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Compromisso com a excelência A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) completa 34 anos de funcionamento como um exemplo de inovação e qualidade na formação de ma- gistrados e servidores. Diversos eventos, como a outorga da Medalha do Mérito e a premiação dos autores do Hino do Poder Judiciário, marcaram as comemorações pela data. BH - SETEMBRO - 2011 ANO 17 - NÚMERO 164 Publicação da Secretaria do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Páginas 4 e 5 Marcelo Albert Solenidade de comemoração pelo aniversário da Ejef, realizada no fim de agosto, foi presidida pelo desembargador Cláudio Costa e reuniu magistrados e autoridades

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Compromisso com a excelênciaA Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) completa 34 anos defuncionamento como um exemplo de inovação e qualidade na formação de ma-gistrados e servidores. Diversos eventos, como a outorga da Medalha do Mérito ea premiação dos autores do Hino do Poder Judiciário, marcaram as comemoraçõespela data.

BH - SETEMBRO - 2011 ANO 17 - NÚMERO 164

Publicação da Secretaria do Tribunalde Justiça do Estado de Minas Gerais

Páginas 4 e 5

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Solenidade de comemoração pelo aniversário da Ejef, real izada no f im de agosto, foi presidida pelo desembargador Cláudio Costa e reuniu magistrados e autor idades

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Tribunal de Justiça de Minas GeraisPresidente:Desembargador Cláudio Costa1º Vice-Presidente:Desembargador Carreira Machado2º Vice-Presidente:Desembargador Herculano Rodrigues3º Vice-Presidente:Desembargadora Márcia MilanezCorregedor-Geral:Desembargador Alvim Soares

EXPEDIENTESecretário Especial da Presidência: LuizCarlos Elói; Assessora de ComunicaçãoInstitucional: Valéria Valle Vianna; Gerentede Imprensa: Wilson Menezes;Coordenadora de Imprensa: Letícia Lima;Editoras: Francis Rose; Patrícia Melillo;Revisora: Patricia Limongi; Design Gráfico:Shirley Moraes;

Fotolito e Impressão:

Ascom TJMG Rua Goiás, 253 – Térreo – Centro, BeloHorizonte/MG CEP 30190-030Tel.: (31) 3237-6551Fax: (31) 3226-2715E-mail: [email protected] TJMG/Unidade Raja Gabaglia:(31) 3299-4622Ascom Fórum BH: (31) 3330-2123Tiragem: 3 mil exemplaresPortal TJMG: www.tjmg.jus.br

E D I T O R I A L

O presidente do TJMG, desembargador Cláudio Costa,participou, em 24 de agosto, com o vice-governador de Minas,Alberto Pinto Coelho, da solenidade de posse dos aprovados noconcurso público para delegação dos serviços de tabelionato ede registro de Minas Gerais. O concurso, realizado pela EscolaJudicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), do TJMG, eregido pelos Editais 1 e 2 de 2007, foi homologado em 10 dejunho de 2011. A solenidade de posse, conduzida pelo vice-go-vernador, foi realizada no auditório Presidente JuscelinoKubitschek, na Cidade Administrativa. Na foto, o presidenteCláudio Costa entrega termo de posse a Domingo Ritondo,aprovado em primeiro lugar.

Cláudio Costaparticipa de posse

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ParticipeInteressados em divulgar notícias nas próximas edições do TJMG Informativo devem encaminhar omaterial à Ascom pelo e-mail [email protected].

Ejef trabalha pela qualidade da Justiça

Formação humana e qualificação permanente sãoapenas algumas das exigências da atualidade quando oassunto é o serviço público. A sociedade contemporâneadeseja um Judiciário transparente, mas também preparadopara dar respostas eficazes. Nesse contexto, a educaçãocontinuada não pode ser vista como uma coadjuvante. É,antes de tudo, uma necessidade que se impõe às insti-tuições focadas no cidadão. Ao longo de 34 anos, oTribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) tem mostradoa sua preocupação com o tema por meio da Escola JudicialDesembargador Edésio Fernandes (Ejef).

A instituição de ensino e de qualificação, que é temada matéria das páginas centrais desta edição, nasceu coma oferta de cursos para magistrados. Desde cedo, contudo,mostrou que sua vocação era mais ampla. Hoje, a Ejef con-templa também os servidores. Sua atuação transcende otrabalho de elaboração e de oferta de cursos. Atualmente,a publicação de material técnico e de conteúdo de áreasdiversas revela o compromisso da escola com a formaçãointegral dos profissionais do TJMG e com a disseminaçãodo conhecimento.

Mais do que formar magistrados e servidores alta-mente qualificados do ponto de vista técnico, a Ejef traba-lha para que o Judiciário estadual seja integrado por profis-

sionais humanos e éticos, cooperadores de uma Justiçaque trabalha pela paz social e pelo exercício da cidadania.

Além do trabalho em prol do aperfeiçoamento demagistrados e servidores, a Ejef destaca-se pela seleçãodos novos profissionais que passarão a integrar os quadrosdo Judiciário. Periodicamente, são realizados concursospara áreas e cargos diversos.

Difícil enumerar os profissionais – magistrados eservidores – que ajudaram a escrever a história de suces-so, dinamismo e inovação da Escola Judicial. Fato é que ocomprometimento das equipes resultou em uma atuaçãomarcada pela excelência e pela busca constante pelo quehá de mais moderno e adequado à realidade do Judiciário.

Todas as frentes de trabalho da Escola Judicialmostram que ela vem cumprindo o seu papel, que é, emúltima instância, o de cooperar para o melhor funcionamen-to da Justiça em benefício da sociedade, contribuindo paraa prestação de um serviço público de qualidade. Sua atu-ação reforça ainda suas crenças de que o ser humano éum agente de transformação e de que toda instituiçãopública só se justifica se contribuir para o bem-estar daspessoas a que serve.

Boa leitura.

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N O V O S R U M O S

Letícia Lima“Dizem que sou louco por pensar

assim.” Essa primeira frase da músicaBalada de um Louco, gravada pela bandaOs Mutantes, até há pouco tempo poderiarepresentar o sentimento das autoridadesque defendiam a política antimanicomialcomo a ideal para o tratamento de certosportadores de sofrimento mental quecometeram algum crime. Mas o que eraexceção passa a ser regra. O trabalhodesenvolvido pelo Programa de AtençãoIntegral ao Paciente Judiciário Portadorde Sofrimento Mental (PAI-PJ), do TJMG,que busca a não internação dos conside-rados loucos em manicômios, torna-semodelo para todo o país por meio daRecomendação 35 do Conselho Nacionalde Justiça (CNJ).

Em seu voto, o conselheiro relatorWalter Nunes da Silva Junior diz que aproposta de recomendação deve-se “aosdesinternamentos bem-sucedidos, aosbaixíssimos índices de reincidência e aoinsignificante descumprimento das medi-das impostas”. Há mais de dez anos, oPAI-PJ é o órgão responsável por acom-panhar e oferecer subsídios à autoridadejudicial para promoção dessa política. O

trabalho é orientado por três linhas deação: a intersetorialidade, com a for-mação de parcerias; o acompanhamentopsicossocial do paciente judiciário, fomen-tando as equipes interdisciplinares, funda-mentais na definição do tratamento ade-quado; e a individualização da medida.

O conselheiro lembra que o princí-pio da presunção de periculosidade,usado para justificar a internação manico-mial, faz com que o cidadão consideradoportador de sofrimento mental seja pena-lizado por ser o que é, e não pelo crimeque cometeu. Assim, “recebem duplapenalidade: uma relativa ao crime cometi-do e outra por sua condição de portadorde sofrimento mental”.

O desembargador do TJMGHerbert Carneiro, que foi quem auxiliou oCNJ na elaboração da recomendação,afirma que esses pacientes devemcumprir a pena em liberdade, na modali-dade ambulatorial, ou ser internados emestabelecimento adequado para trata-mento da doença mental. Ele explica que,tendo como base a periculosidade, umapessoa portadora de sofrimento mentalque furtasse um tapete poderia cumprir a

pena presa, “em evidente violação aosdireitos e garantias fundamentais docidadão”, pois a pena poderia ser cumpri-da em liberdade.

Apesar de essa recomendação serrecente – ela foi publicada em 12 de julhode 2011 –, o PAI-PJ, por ser referência, jávinha “exportando” essa experiência. Aequipe do programa esteve na Bahiadepois de baixada, em 31 de março de2011, a Portaria 26, também do CNJ, queinstituiu o grupo de trabalho para realizarmutirões, elaborar estudos e apresentarpropostas relativas à fiscalização e aoacompanhamento do cumprimento demedidas de segurança. O desembargadorHerbert Carneiro e a coordenadora do

PAI-PJ, Fernanda Otoni de Barros Brisset,fazem parte do grupo.

Segundo Fernanda Otoni, na Bahia,já foi realizado um mutirão de períciaspara sugerir a medida ambulatorial noscasos de pessoas internadas no Hospitalde Custódia e Tratamento. Também foirealizado um seminário com a rede deassistência à saúde e social do Estado.Para ela, a responsabilidade da transmis-são da experiência do PAI-PJ para outrosestados é muito grande. “O grandedesafio é transmitir o que nós con-seguimos realizar aqui em Minas, de acor-do com as idiossincrasias de nossa cul-tura e território, com a humildadenecessária para saber que essa transmis-são tem limites, pois cada Estado vai terque inventar, ao seu modo, o jeito deacompanhar os sujeitos que se consti-tuíram a partir da oferta cultural daquelaregião.”

Ela conta que é no espaço das dis-cussões que a comunicação vai se fazen-do mais clara, pois é impossível transmitira singularidade de cada caso através deuma cartilha. O próximo destino da equipeé o Espírito Santo.

É impossível transmitir a singularidade

de cada caso atravésde uma cartilha”‘

Prática

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Fernanda Otoni conta que a equipe do programa mineiro tem real izado seminários em outros Estados

PAI-PJ é modelo para ser adotado em todo o Brasil

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E J E F

Soraia CostaExcelência e inovação foram algumas das palavras

usadas para descrever a atuação da Escola JudicialDesembargador Edésio Fernandes (Ejef) em seus 34anos de funcionamento. Nos diversos eventos que mar-caram as comemorações, personagens importantes nacriação e na consolidação do trabalho da escola lem-braram o empenho de todos para que a Ejef se desta-casse na formação técnica e humana de servidores emagistrados. Na solenidade realizada no fim de agosto, opresidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais(TJMG), desembargador Cláudio Costa, destacou a noto-riedade da escola em todo o país.

Cláudio Costa relembrou a trajetória da Ejef, queiniciou suas atividades com a promoção de cursos de for-

mação e de aperfeiçoamento de magistrados. “Tendopassado por profundas modificações nesses 34 anos, aescola passou a editar publicações técnicas, pesquisas ejurisprudência. A partir de 2002, a Escola Judicial assu-miu também a responsabilidade pelo recrutamento, pelaseleção e pela formação de nossos servidores”, disse.

O presidente ressaltou a fundamental atuação dealguns magistrados – como os desembargadores doTJMG Edésio Fernandes, Régulo da Cunha Peixoto eSérgio Lellis Santiago, além do ministro do SuperiorTribunal de Justiça (STJ) Sálvio de Figueiredo Teixeira –para o sucesso da Ejef em seus primeiros anos. ParaCláudio Costa, a escola tem em sua história um detalheespecial: o pai do presidente, desembargador Hélio

Trinta e quatro anos dedicados ao Judiciário

Presidente Cláudio Costa fez a entrega da Medalha do Méri to ao desembargador Sérgio Lel l is Santiago, ex-presidente do TJMG

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Costa, foi seu primeiro superintendente. “Atualmente, aEjef prossegue acompanhando as constantes novidadese os desafios que se apresentam em relação aos concur-sos públicos, à formação e à capacitação de magistradose servidores”, afirmou.

Para o 2º vice-presidente do TJMG e superinten-dente da Ejef, desembargador Herculano Rodrigues, aformação continuada é imprescindível para a humaniza-ção. O magistrado afirmou que a atuação da escola sem-pre foi marcada pelo estudo, pela reflexão e pelo debate.“Continuaremos essa tarefa, inspirados pela ética”, disse.Herculano Rodrigues afirmou que o aniversário é tam-bém um momento de oportunidades: para rever cami-nhos, identificar aspectos positivos e fazer novos planos.

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Herculano destacou o apoio da Presidência à Ejef Atualmente, Paulo Figueiredo e Mônica Sá estão à frente das duas diretor ias que compõem a Ejef

Herculano Rodrigues participou do primeiro cursode formação inicial oferecido pelo TJMG, em 1976; elelembra que o Tribunal já oferecia o curso para os ma-gistrados antes mesmo que isso fosse uma exigêncialegal. Segundo ele, o Estado de Minas foi pioneiro nessainiciativa. “Hoje os juízes convivem por quatro mesesdurante o curso de formação inicial e daí nasce uma ver-dadeira irmandade, frequentemente até acontecem casa-mentos”, afirma Herculano Rodrigues.

O superintendente destacou a satisfação dos servi-dores que atuam na Escola Judicial – pessoas compro-metidas com o trabalho e que têm a sensação de devercumprido. “Queremos fazer diferente e fazer diferença. Ahistória da Ejef foi tecida por muitas mãos. O presidenteCláudio Costa tem sido um parceiro de nossas ações”,resumiu. A formação continuada dos magistrados é vista

com orgulho pelo superintendente da Ejef: “Os encontrosregionais para juízes, no interior de Minas, sempre con-tribuíram para a integração da família forense”.

Na época da fundação da Ejef, em 1977, o entãopresidente do TJMG, desembargador Edésio Fernandes,nomeou um único funcionário para ser o diretor e iniciaras atividades. Hoje, trabalham na escola 240 pessoas,

entre servidores e funcionários terceirizados, que exer-cem suas atividades na Diretoria Executiva de Gestão daInformação Documental (Dirged) e na Diretoria Executivade Desenvolvimento de Pessoas (Dirdep).

O primeiro diretor da Escola Judicial, que até entãoocupava o cargo de diretor-geral do TJMG, RicardoFiúza, lembra que a ideia de fundar a escola partiu danecessidade de oferecer um curso de formação inicialaos magistrados. O objetivo foi alcançado pela primeiravez em 1976, ano anterior à fundação da escola. Umadas preocupações, segundo Fiúza, era que a escola nãose limitasse à formação inicial e permanente dos ma-gistrados; seu grande sonho era que a formação seestendesse aos servidores. Esse sonho se concretizou.Hoje, são oferecidos cursos a magistrados e servidores.

O desembargador e ex-presidente do TJMG SérgioResende, que foi juiz em Divinópolis, afirmou que osjuízes no interior se sentiam isolados e que os cursosoferecidos pela Escola Judicial proporcionavam umatroca de experiências muito interessante.

Atualmente, duas diretorias dividem as tarefasrealizadas pela Ejef. Cabe à Dirdep promover os concur-sos para ingresso no Tribunal e nos cartórios extrajudi-ciais, além do trabalho de formação e o relacionado àcarreira de servidores e magistrados. “Temos dadoatenção especial à educação a distância para atendernossos colegas de todo o Estado – um público de apro-ximadamente 20 mil pessoas. Nossos colegas do interi-or têm um grande interesse; o índice de conclusão dosnossos cursos a distância passa dos 90%”, afirmou odiretor da Dirdep, Paulo Figueiredo.

Já a Dirged cuida da gestão da informação docu-mental. Sob sua responsabilidade estão o sistemaeletrônico de bibliotecas, a edição da Revista Jurispru-dência Mineira e a elaboração de boletins, conteúdo depalestras, arquivos, bancos de constitucionalidade, desentenças e de acórdãos indexados, regionalização dearquivos, entre outras iniciativas. “A Ejef é um lugarmuito interessante para trabalhar, porque permite o

desenvolvimento das potencialidades do ser humano”,disse a diretora da Dirged, Mônica Sá.

A guarda de todo o conhecimento gerado pelaEscola Judicial cabe ao Memorial da Ejef, que reúne oacervo da escola – livros, boletins, revistas, documentos,fotografias e documentários em vídeo. Outro objetivo épreservar e perpetuar a memória do desembargadorEdésio Fernandes. O acervo conta com medalhas, diplo-mas e objetos que apresentam valor histórico. Atualmen-te, a documentação está sendo compilada e digitalizada,de forma a garantir a preservação das peças originais.

Em agosto, diversos eventos marcaram as come-morações pelos 34 anos da Ejef: o espetáculo Noite deContos, a apresentação da peça teatral O Auto da Com-padecida e a sessão solene para a outorga da Medalhado Mérito Escola Judicial Desembargador Edésio Fer-nandes. Durante a solenidade, também houve a premia-ção dos finalistas do concurso que escolheu o Hino doPoder Judiciário e a apresentação de um documentáriocom a história da Ejef. Os agraciados com a medalhaforam o ministro do STJ Sálvio de Figueiredo e o desem-bargador Sérgio Lellis Santiago, ex-presidente do TJMG.

História

DiretoriasAtualmente, a Ejefprossegue acompanhando as constantes novidades

e os desafios que se apresentam em relação aosconcursos públicos, à formação e à capacitação demagistrados e servidores”‘

O desembargador Edésio Fernandes e Ricardo Fiúza foram personagensimportantes na histór ia da escola

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E N T R E V I S TA >> R i c a r d o B a s t o s M a c h a d o e D a n i e l A u g u s t o d e O l i v e i r a M a c h a d o

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Depois de meses de suspense, foi anunciado, em 27 de julho, o resultado do Concurso do Hino do PoderJudiciário de Minas Gerais, que terá uma versão oficial para execução em todas as comarcas. O primeirolugar coube ao juiz da Vara de Família e Sucessões de Passos, Ricardo Bastos Machado, de 46 anos, e aomúsico Daniel Augusto Oliveira Machado, de 23. O sobrenome não é mera coincidência: os autores da com-posição vencedora são tio e sobrinho. O magistrado, com seis livros não jurídicos publicados e um noprelo, afirma que a veia artística entre os Machado atravessa gerações: “Nas festas familiares sempreacabamos criando algo, nem que seja por brincadeira”. Tanto o juiz como o pianista Daniel, recém-forma-do pela Escola de Música da Universidade de Minas Gerais, contam que essa foi a primeira experiênciaprofissional como compositores. A dupla agora se anima a novos voos. O magistrado revelou ainda queabriu mão do prêmio em dinheiro em benefício do sobrinho.

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Manuela Ribeiro

O bacharel em direi to Ricardo Machadoe o bacharel em piano Daniel Augusto:colaboração que deu certo

Fotos

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TJMG Informativo – Como foi o processo para criar ohino?RBM – Quando soube do concurso, imprimi o edital, fiz aletra e enviei para o Daniel. Isso foi na sexta-feira, a quatrodias do fim das inscrições. Sempre tive facilidade paraescrever e fiquei motivado, porque faço parte da Casa há13 anos e conheço a missão, a visão e os valores do Judi-ciário, pois é isso que vivencio diariamente em meu traba-lho, na conciliação e nas demais atividades de magistrado.DAOM – Vi o cartaz em escolas de música; mas, inicial-mente, descartei a possibilidade de participar, porque oassunto, específico e complexo para quem não é da área,me pareceu um impedimento. Na última hora, quando re-cebi a letra, vi que a prosódia e a métrica estavam perfei-tas, pois tio Ricardo é poeta, e aí comecei a alimentar es-peranças. Musiquei o texto de sexta para sábado e graveiuma versão inicial do hino. No domingo, meu tio veio a BeloHorizonte, fizemos os últimos ajustes e gravamos nova-mente. Na segunda, o prazo limite, estava tudo pronto.

Qual a sensação de representar o Poder Judiciário deMinas?RBM – Ter essa primeira experiência coroada de êxito foiuma emoção enorme, porque se tratava de um universo de104 candidatos de todo o Estado, que tem a tradição de serberço de grandes poetas e músicos. Representar oJudiciário mineiro e ter meu nome associado à Justiça paraa posteridade é gratificante e multiplicou o sabor da con-quista, sobretudo porque o concurso foi conduzido deforma imparcial e sigilosa.DAOM – Ter o nome eternizado no hino não só é uma ale-gria e uma honra como também é excelente para a minhacarreira. Meus professores e colegas ficaram surpresoscom a premiação, porque não me formei em composição,mas isso não depende só do aprendizado das técnicas eteorias, mas da criatividade, que não se ensina.Como vocês souberam do resultado?DAOM – Uma tia que trabalha no edifício Mirafiori assistiu

Um hino para o Judiciário

à audiência pública que anunciou os vencedores e nos avi-sou. Cinco minutos depois, recebi a ligação do desembar-gador Herculano [Herculano Rodrigues, 2º vice-presidentedo TJMG e superintendente da Escola JudicialDesembargador Edésio Fernandes] nos parabenizandopela vitória. Informei a ele que o coautor, meu tio, era juizdo TJMG. Até então, o desembargador não sabia de nada.RBM – Ao ser informado, o desembargador me telefonoutambém, manifestando surpresa e satisfação pelo fato deum membro do Judiciário ter vencido o concurso.E os planos para o futuro?RBM – Continuarei julgando e escrevendo; mas, certa-mente, estou considerando a possibilidade de ampliar aparceria e continuar investindo até profissionalmente noramo.DAOM – Dois caminhos me atraem: o mestrado, com aatuação como professor, e a carreira de concertista. Masagora não acho mais tão improvável me arriscar a compor.

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reverberam na galeria redonda, toda devidro. Em sua obra, Cildo Meirelles mon-tou um quarto onde tudo é vermelho vivo,somente as paredes são brancas. Nosfundos desse ambiente, há uma pia torta,com uma torneira que jorra um líquidovermelho. Já a instalação O Assassinatodos Corvos é composta de 98 alto-falantes. Através deles, a artista contasobre um sonho perturbador. A dis-posição das caixas de som e o fato de opúblico se sentar entre elas passam aimpressão para quem assiste de estarparticipando dos acontecimentos.

Inhotim foi idealizado pelo empre-sário Bernardo Paz em meados dos anos80, e seu acervo vem sendo formadodesde essa época. Mais de 500 obras,entre pinturas, esculturas, desenhos,fotografias, vídeos e instalações de artis-tas brasileiros e estrangeiros, são exibi-das em 13 galerias permanentes e quatrodedicadas a trabalhos temporários. Hátambém várias obras de arte contem-

Caminhar pelos jardins de Inhotimpode ser uma experiência única de con-templação. O museu a céu aberto possuiuma extensa coleção de espécies daflora tropical e um acervo artístico derelevância internacional. Nos 97 hectaresque ocupa, no município de Brumadinho,a 60 km de Belo Horizonte, arte enatureza convivem e complementam-se.

A beleza das galerias e o inusitadode algumas instalações artísticas fazemcom que o visitante perceba que a artecontemporânea é um universo com-plexo. Os trabalhos podem envolverarquitetura, engenharia, música e váriosrecursos tecnológicos, com o objetivo deprovocar uma infinidade de sensaçõesnos espectadores. Bons exemplos dissosão as obras Sons da Terra, do norte-americano Doug Aitken, Desvio para oVermelho, do brasileiro Cildo Meirelles, eO Assassinato dos Corvos, doscanadenses Janet Cardiff e GeorgeBures Miller.

Em Sons da Terra, um buraco de200 metros de profundidade abriga oitomicrofones. Os sons, como o gotejar delençóis freáticos e o estrepitar de rochas,

T U R I S M O

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Patrícia Melillo

Acervo

Marcelo Albert

Arte e natureza em comunhãoArte e natureza em comunhãoArte e natureza em comunhãoporânea espalhadas pelos jardins projeta-dos com a colaboração do renomadopaisagista Burle Marx. Diversas ativi-dades educativas, culturais e sociais sãodesenvolvidas no local.

Em Inhotim, o visitante dispõe deum serviço de transporte interno, quefacilita o acesso às obras mais distantes.O custo por pessoa é de R$ 10, e o visi-tante tem o direito de usufruir do veículoquantas vezes quiser durante o passeio.Para pessoas com necessidades espe-ciais e crianças menores de seis anos, oserviço é gratuito. No local, há visitastemáticas e para grupos. Em algunscasos, é preciso fazer o agendamentoprévio e é cobrada uma taxa, além doingresso.

Quem for passar o dia desfrutandodas riquezas naturais e culturais deInhotim conta com três opções paraalmoço, além de lanchonetes, cafés, umaomeleteria e uma pizzaria. Dois restau-rantes oferecem pratos à la carte (ospreços variam de R$ 39 a R$ 55 por pes-soa) e há também um bufê a quilo, aopreço de R$ 5 por 100 gramas.

No site www.inhotim.org.br, há infor-

mações detalhadas de como chegar aolocal. Para quem prefere ir de ônibus, aempresa Saritur opera o traslado partindoda rodoviária de Belo Horizonte, de terçaa sexta-feira, com saída às 9h e retornoàs 16h30. Nos finais de semana e feri-ados, a saída ocorre às 9h, e o retorno, às17h. A passagem custa R$ 13,10 (ida) eR$ 12,75 (volta).

A obra Desvio para o Vermelho , do art ista Ci ldo Meirel les, foi concebida em 1967 e está exposta em uma das galer ias permanentes de Inhot im

SERVIÇOFuncionamento: De terça a sexta-feira, das 9h30 às16h30; sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30Entrada:R$ 20 por pessoa (maiores de 60anos e estudantes pagam meia;menores de seis anos entram gratuitamente)Informações: (31) 3227-0001, de segunda asexta-feira, das 9 às 17h

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C U L T U R A

08 S E T E M B R O / 2 0 1 1 Remetente: Assessoria de Comunicação Institucional - TJMG | Rua Goiás, 253 - Térreo - Centro - Belo Horizonte - MG - CEP 30190-030

IMPR

ESSO

M U S E O L O G I A

Na era do descartável, da busca frenéticapela última geração de aparelhos eletrônicos, aceramista Antonina Rocha percorre o caminhoinverso e vai ao encontro do passado. Naexposição Casa Rocha e Minhas Memórias, emcartaz na galeria de arte do Fórum Lafayette até 27de setembro, a artista resgata objetos da sua infân-cia e reconstrói em barro as suas lembranças.

De acordo com a artista, na Casa Rocha,estabelecimento comercial de seu pai, tinha detudo um pouco: brinquedos, utilitários, mantimen-tos. Tudo ali fascinava a menina Antonina. Ela serecorda com saudades de uma gaveta “cheinha”de óculos. Os clientes os experimentavam até

Gilson

Carlos

dos Sa

ntos C

unha

encontrar aquele que se ajustasse perfeitamente àsua visão.

Antonina Rocha nasceu em Ubá/MG. É gra-duada em artes plásticas pela Escola Guignard(1999), onde se especializou em cerâmica. Partici-pou de mostras individuais e coletivas em Viçosa,Ubá, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

A Galeria de Arte Fórum Lafayette, aberta aopúblico de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h,fica na avenida Augusto de Lima, 1.549, no BarroPreto. A galeria integra o Espaço Cultural do FórumLafayette, coordenado pela Assessoria de Comuni-cação Institucional, com o apoio da direção do Foroda comarca de Belo Horizonte.

Memórias de infância na galeria do Fórum

Mejud promove seminário

Rosana MariaA Memória do Judiciário Mineiro (Mejud) do

TJMG, em parceria com a Escola de Ciência daInformação da Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG), realiza, de 3 a 6 de outubro, o II SeminárioInternacional Ciência e Museologia: Universo Imaginá-rio. O evento vai reunir profissionais de museologia,pesquisadores e estudantes. O objetivo é promover odiálogo entre pessoas que atuam na área de pesquisaem museologia e de desenvolvimento de inovações tec-nológicas. O evento será realizado no campus daUFMG, com a presença de profissionais de vários paí-ses. As inscrições podem ser feitas até 29 de setembro.Informações pelo telefone (31) 3409-5225 e pelo sitehttp://simuseu.eci.ufmg.br.

Para publicar a sua foto no Click do Leitor, envie a imagem e o texto para o e-mail [email protected].

Em Belo Horizonte, existem muitas belezas, pre-cisamos olhar em volta e senti-las. Esta foto foi tirada do18º andar do edifício Mirafiori, de dentro do Setor deApoio Administrativo da Escola Judicial do TJMG.

Gilson Carlos dos Santos Cunha - Ejef

C L I C K D O L E I T O R

Túlio T

ravagli

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Arquivo