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13º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2019
30 e 31 de julho de 2019 – Campinas, São Paulo
ISBN: 978-85-7029-149-3
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COMPOSTAGEM DE LODO DE ESGOTO, RESÍDUOS DE RESTAURANTE E RESÍDUOS
DE GRANJA MISTURADOS COM PODA DE ÁRVORE E APARAS DE GRAMA: AVALIAÇÃO
DOS PROCESSOS DE COMPOSTAGEM EM MÁQUINA RECICLADORA, EM PÁTIO DE
COMPOSTAGEM E EM DE ENSAIO DE RESPIROMETRIA
Beatriz Cristina Migot¹;Sarah Mello Leite Moretti2;Tiago Leandro Silva3; Flaviane Caroline
Pagoto4; Edna Ivani Bertoncini5
Nº 19301
RESUMO–Elevados volumes de resíduos orgânicos são gerados em centros urbanos como lodo
de esgoto, resíduos de restaurantes industriais, atividades pecuárias como a suinocultura, podas
de árvores e de gramados. O objetivo do projeto é avaliar a compostagem do lodo de esgoto,
resíduos de restaurantes industriais e de suinocultura juntamente com materiais estruturantes
como poda de árvore e aparas de grama. As matérias primas foram caracterizadas, de modo a
dimensionar misturas de materiais para decomposição aeróbia pelos seguintes processos: (i)
compostagem tradicional em pilhas no campo; (ii) compostagem em máquina de compostagem
acelerada; (iii) ensaio de respirometria em ambiente controlado, de modo a modificar e validar
processo e equipamento de compostagem acelerada. Lodo de esgoto, resíduos sólidos de suínos e
restos de restaurantes se mostraram excelentes fontes de nitrogênio, assim como a poda de árvore
fonte de carbono. Gramas apresentaram elevado teor de nitrogênio na estação seca do ano. Os
resultados dos testes mostraram-se promissores para a compostagem no campo e o ensaio de
respirometria. Esforços devem ser realizados para que tal eficiência ocorra também na máquina
recicladora, de modo a reduzir período de decomposição, área de pátio e custos de processo de
compostagem.
Palavras-chaves: Resíduos urbanos, resíduos suinocultura, acelerador de compostagem,
composto orgânico.
1 Autor, Bolsista CNPq (PIBIC): Graduação em Tecnologia em Biocombustíveis, FATEC, Piracicaba-SP;[email protected] 2 Bolsista FAPESP Pequena Empresa – Empresa 5Ecos Soluções Sustentáveis, Piracicaba, SP. 3 Graduação em Engenharia Química, UNIMEP, Santa Bárbara D’Oeste, SP. 4 Bolsista FAPESP, Treinamento técnico – Empresa 5Ecos Soluções Sustentáveis, Piracicaba,SP. 5 Orientadora: Pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Polo Regional Centro Sul, Piracicaba-SP; [email protected].
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ABSTRACT –High volumes oforganicwaste are generated in urban centers such as sewagesludge,
industrial restaurantwaste,livestockactivitiessuch as swinefarming,treepruningandgrams.
Theaimofthisstudywastoevaluatethecompostingprocessofsewagesludge,
restaurantsandswinewastestogetherwithstructuringmaterialssuch as treepruningandgrass clippings.
Water, carbon, andnitrogencontentswereevaluated in rawmaterials in ordertodefine
thematerialsmixtures, for aerobicdecompositionbythefollowing processes: (i) traditionalcomposting;
(ii) composting in anacceleratedcompostingmachine; (iii)
respitrometryassaytomodifyandvalidateacceleratedcompostingprocessandequipment.
Sewagesludge, solidwastefromswineandrestaurantwastesprovedtobeexcellentsourcesofnitrogen, as
well as treepruningcarbonsource. Gramspresented high nitrogencontent in thedryseasonoftheyear.
Test resultswerepromising for composting in thefieldcondictionsandtherespirometry test.
Effortsshouldbemadesothatsuchefficiencyalsooccurs in therecyclingmachine, so as
toreducedecomposition time, patioareaandcompostingprocesscosts.
Keywords: Urbanwastes, swinewastes, compostaccelerator, organiccompost.
1 INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2017), os resíduos orgânicos representam metade
dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil. Uma das alternativas para seu destino é a
aplicação agrícola. Para tanto, é necessário que o material orgânico adicionado ao solo seja
estável, com balanço de nutrientes,e ausência de contaminantes, para que não haja danos ao
sistema solo-água-planta, promovendo melhorias na fertilidade do solo, e na produção agrícola
(JAYAINGHE, 2012).
Segundo Abreu Junior et al. (2015), a agricultura brasileira demonstra interesse no uso dos
resíduos orgânicos desde que devidamente tratados, pois apresentam elevados teores de C-
orgânico (CO) e nutrientes neles contidos.Em contrapartida, as principais preocupações do
agricultor com o uso de tais resíduos estão atreladas a quantidade de N adicionada ao solo e os
teores de elementos e compostos tóxicos como metais pesados e sódio, que esses materiais
podem conter, tendo em vista sua origem urbana ou indústrias, além de patógenos e vetores de
doenças.
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Segundo Matos (2005), a compostagem pode ser definida como um processo de
decomposição aeróbio, tratando resíduos orgânicos independente de sua origem, seja florestal,
urbana, agrícola ou industrial, produzindoo composto orgânico, passível de uso agrícola.
Contudo, o tempo de duração de um processo de compostagem conduzido em pilhas no
campo é cerca de quatro meses, do início até a fase de composto orgânico humificado. Nesse
contexto, empresas fabricantes de máquinas de compostagem acelerada propõem a redução, ao
máximo, do tempo de duração do processo, pois, nas máquinas, é possível regular o teor de água,
temperatura e revolvimento constante da massa compostada, além de utilizar microrganismos
externos que podem acelerar o processo de compostagem (ALEXANDRE, 2017).
Este estudo realizou a pré-caracterização físico-química, química e microbiológica das
matérias primas a serem compostadas, e confrontadas por meio de 03 processos de
decomposição: (i) compostagem tradicional em pilhas; (ii) compostagem em máquina recicladora
(iii) experimento de respirometria, paraobter modificações necessárias na máquina recicladora de
resíduos, obtendo composto orgânico que possa ser utilizado de modo sustentável em solos
agrícolas.
2 MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo foi conduzido na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
(APTA), Polo Centro Sul, no Projeto PIPE FAPESP Processo 2017/00944-0, cujo objetivo
foiacelerar a fase de decomposição de processo de compostagemde diferentes resíduos orgânicos,
visando o uso agrícola sustentável dos compostos orgânicos gerados.
2.1 Caracterização da matéria prima
Foram avaliados três resíduos orgânicos: (i) lodo de esgoto, (ii) resíduo de restaurante e (iii)
resíduo sólido de suinocultura e dois materiais vegetais estruturantes: poda de árvore e aparas de
grama. O lodo de esgoto foi coletado na Estação de Tratamento de Esgoto Ponte do Caixão, da
cidade de Piracicaba que possui sistema aeróbio com geração de 700 t mês-1 de lodo. Os resíduos
de restaurante foramcoletados em uma empresa parceira com 1500 funcionários, gerando
diariamente 500 kg de resíduos de sobras das refeições e do seu preparo. O resíduo de
suinocultura foi coletado na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Tanquinho
(Piracicaba/SP), nopeneiramento de efluentes brutos da lavagem de baias de suínos, que remove
em torno de 6% do teor de sólidos. Os materiais vegetais estruturantes foram fornecidos pela
Prefeitura de Piracicaba, que possui a geração de 180 t mês-1 de poda de árvore triturada e 500 t
mês-1 de aparas de grama.
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A caracterização química, físico-química e microbiológica dos materiais foi realizada no
Laboratório de Análise de Solos, Tecidos Vegetais e Resíduos Orgânicos da APTA, Polo Regional
Centro Sul. Usando a amostra in natura, seguiu-se a metodologia proposta por Andrade e Abreu
(2006) para determinação do teor de água (U), teor de matéria orgânica (MO), dos valores de pH
em água (1:10, m:v) e em solução de CaCl20,01 mol L-1(1:5, m:v), de condutividade elétrica (CE)
em água (1:10, m:v), além da determinação da Capacidade de Troca de Cátions (CTC), de acordo
com Willams (1984). Após secagem, os materiais foram moídos para determinação dos teores de
C-orgânico (WALKLEY e BLACK, 1934) e dos teores de N–Kjeldhal. Para as amostras de materiais
vegetais, os teores de N-total foram determinados de acordo com Sarruge e Haag (1974).
A análise microbiológica foi realizada nos resíduos orgânicos in natura,armazenadas em
sacos estéreis de polietileno conservados a 4ºC. Procedeu a análise de coliformes totais,
Escherichia coli(USEPA, 2003) e Salmonella sp., de acordo com o método oficial 989,13 da AOAC.
2.2 Ensaio de respirometria
O teste de respirometria baseou-se no método de Bartha modificado (CETESB, 1990), que
consiste na captura de CO2 liberado pela atividade microbiana, por uma solução alcalina de NaOH
de concentração conhecida. O teste foi conduzido por 83 dias com 6 tratamentos e 3 repetições,
totalizando 18 respirômetros. A partir da caracterização, os materiais foram misturados para
garantir relação C/N da mistura igual a 30:1, e teor de água de 50%. Foram avaliados os seguintes
tratamentos: T1: Lodo de esgoto (100g) + poda de árvore (100g); T2: Lodo de esgoto (5g) e aparas
de grama (95g); T3: Resíduo de restaurante (140g) + Poda de árvore (60g), T4: Resíduo de
restaurante (11g) + aparas de grama (89g), T5: Resíduo de suinocultura (112g) + Podas de árvore
(88g) e T6:Resíduo de suinocultura (30g) + aparas de grama (70g).A determinação do CO2 liberado
foi avaliado diariamente por meio das leituras de condutividade elétrica da solução de NaOH,
medida de acordo com Rodela & Saboya (1999), até a estabilização das leituras por 03 dias
consecutivos. Os substratos resultantes do processo de respirometria foram coletados, misturados
os materiais das 3 repetições, homogeneizado e, procedeu a caracterização final, para comparar
suas propriedades químicas, físico-químicas e microbiológicas finais com as propriedades do
material inicial.
2.3 Condução da compostagem em máquina aceleradora do processo
A máquina aceleradora de compostagem utilizada foi cedida pela empresa parceira 5ECOS
Indústria de Máquinas e Equipamento LTDA, operando com dispositivos revolvedores mecânicos,
elevação de temperatura e adição de microrganismos selecionados, denominado cepa microbiana.
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A cepa microbiana consistiude microrganismos testados e selecionados pela empresa, adicionados
à máquina antes da primeira entrada de material, deixado como lastro nas bateladas seguintes.
Para a execução do processo, foram avaliados os seguintes tratamentos: M1: Lodo de
esgoto + Podas de árvores + Cepa microbiana; M2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama + Cepa
microbiana; M3: Resíduo de restaurante + Podas de árvore + Cepa;M4: Resíduo de restaurante +
Aparas de grama + Cepa; M5: Resíduo de suinocultura + Podas de árvore + Cepa e M6: Resíduo
de suinocultura + Aparas de grama + Cepa.A cepa microbiana foi adicionada aos tratamentos para
avaliar a interferência da mesma sob as misturas e garantir que o processo padrão ocorra.
A temperatura de cada lote foi medida diariamente e o revolvimento foi efetuado no início do
processo com programação já existente na máquina, de modo a homogeneizar os resíduos.
Diariamente, foi feita coleta de amostras dos lotes para determinar o teor de água, e
periodicamente foram coletas amostras para determinação dos valores de pH, CE, C, N e MO.
2.3.1. Processo de humificação dos compostos produzidos na máquina aceleradora
Após a estabilização do processo na máquina, dada pela manutenção da temperatura em
faixas de 30-40°C e dos parâmetros anteriormente citados, parte do composto final gerado seguiu
para tambores de humificação para completar o processo de bioestabilização. No início e no final
do processo de humificação, foram avaliados os valores de pH, CE, C, N, parâmetros de CTC e
microrganismos patogênicos como coliformes e Salmonella sp.
2.4 Condução do processo de compostagem em pilhas no campo
As pilhas de compostagem foram construídas em escala piloto, em pátio cimentado, nas
dimensões de 2,5 m de largura, 4,0 m de comprimento, e 1,5 m de altura, totalizando 15 m3, após
caracterização das matérias primas, e misturas na relação C/N inicial de 30:1 e teor de água de
50%.
As pilhas foram montadas com auxílio de pá carregadeira, intercalando-se uma camada de
material estruturante e outra do material rico em nitrogênio, avaliando-se as seguintes misturas: P1:
lodo de esgoto + poda de árvore, P2: lodo de esgoto + aparas de grama, P3: resíduo de
restaurante + podas de árvores, P4:resíduo de restaurante + Aparas de gramas, P5: resíduo de
suinocultura + podas de árvore e P6: resíduo de suinocultura + aparas de grama.Diariamente
mediu-se a temperatura das pilhas, e quando a mesma atingiu 65oC promoveu-se seu
revolvimento. Semanalmente, foram determinados os teores de água das pilhas, promovendo
irrigação quando o teor de água atingiu menos de 50%. Após os primeiros 15 dias e durante todo
processo de compostagem realizou-se coleta de amostras para caracterização dos materiais.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 Caracterização da matéria prima
Os materiais estruturantes vegetais (Tabela 1) apresentaramelevado valor da relação C/N,
83,4 para podas de árvore e 50,3 para aparas de grama, caracterizando-os como fonte de C
(BRIETZKE, 2016), fornecendo aos microrganismos energia para degradação da matéria orgânica.
A cepa microbiana apresentou alto valor de condutividade elétrica, indicando acúmulo do
elemento ao longo do tempo. O excesso de sais solúveis e/ou sódio trocável, geram problemas
para o solo, pois dificulta a absorção de água pelas plantas, provocando diminuição do rendimento
das culturas (AMORIM et. al., 2010). No caso da cepa, observa-se que deve ser trocada a
periodicamente para que não haja acumulação de sódio e outros elementos contaminantes.
Tabela 1: Caracterização inicial das matérias-primas quanto suas propriedades químicas e físico-químicas.
Matéria-Prima[1]
N C U C/N pH pH CE Densidade
--------- % ---------
H2O CaCl2 µS/cm g cm3
LE 5,3 55,4 84,5 10,5 7,5 7,1 210,8 0,9 RR 2,9 55,4 71,8 19,1 4,2 4,1 2360,0 1,0 RS 2,5 47,9 66,4 19,5 6,9 6,4 1334,5 0,7 PA 0,7 58,4 21,4 83,4 - - - 0,2 AG 1,0 50,3 15,9 50,3 - - - 0,1
Cepa 2,0 44,5 10,5 22,3 4,7 4,5 8330,0 0,7 [1]
: LE: Lodo de esgoto; RR: Resíduo de restaurante; RS: Resíduo suinocultura; PA: Poda de árvore; AG: Aparas de
grama.
No que se refere a parâmetros microbiológicos, o lodo de esgoto utilizado no processo de
compostagem é classificado como Classe B pela Resolução nº 375 (CONAMA, 2006), pois
apresentou valores de coliformes totais e fecais iguais a 1,0 x 107 e 8,4 x 105 NMP g-1 de sólidos
totais (Tabela 2), respectivamente, além da presença de Salmonella sp. Ressalta-se a importância
da obtenção de temperatura elevadas por período adequado ao longo do processo de
compostagem, para eliminação destes microrganismos patogênicos em quaisquer resíduos
orgânicos.
Tabela 2: Caracterização inicial dos resíduos orgânicos quanto suas propriedades microbiológicas.
Matéria-Prima [1]
Teor de
Água Coliformes Totais (Termotolerantes)
E. coli Salmonella
% ---------- NMP/ g de Sólidos Totais -------
LE 84,5 1,0 x 10
7 8,4 x 10
5 Presente
RR 71,8 2,8 x 107 1,6 x 10
7 Ausente
RS 66,4 2,4 x 106 2,4 x 10
6 Ausente
[1] LE: Lodo de esgoto; RR: Resíduo de restaurante; RS: Resíduo suinocultura;
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3.2 Ensaio de respirometria
Na Figura 1,observa-se crescente evolução de CO2 acumulado para todos os tratamentos,
indicando progresso do processo de degradação das misturas de materiais estudados a partir da
relação C/N de 30:1, na qual os microrganismos utilizam uma parte de N para formação de
proteína microbiana e 30 partes de C como fonte de energia, o que sugere que esta razão de C/N
30:1 utilizada no ensaio seja a mais desejável (BRIETZKE, 2016).
Observa-se maior evolução de C-CO2acumulado para os tratamentos com poda de árvore,
nos quais foram adicionadas maiores teores de C-total. Contudo, a maior taxa de degradação
ocorreunos tratamentos conduzidos com gramas de jardins (T2 com 31,2% e T4 com 29,0%),
(Figura 2), cujo material orgânico é mais facilmente degradado.
O resíduo de restaurante apresenta alto teor de matéria orgânica passível de ser
degradada, porém, possui também em sua constituição material de natureza mais difícil de
decomposição proveniente da alimentação, como carnes, gorduras, e as taxas de decomposição
com o mesmo material estruturante grama foi significativamente igual a taxa de decomposição do
lodo (2,1% de diferença maior para o lodo de esgoto). Contudo, quando o resíduo de restaurante é
misturado a poda de árvore, material estruturante mais recalcitrante, apresenta taxa de
decomposição 6,6% menor que a mistura com gramas.
Figura 1: Evolução de CO2 dos tratamentos durante 83 dias de condução do ensaio de respirometria.
T1: Lodo de esgoto + Poda de Árvore; T2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama; T3: Resíduo de restaurante + Poda de Árvore; T4: Resíduo de restaurante + Aparas de Grama; T5: Resíduo Suinocultura + Poda de Árvore; T6: Resíduo
Suinocultura + Aparas de Grama.
No ensaio de respirometria, apesar de não se caracterizar por elevadas temperaturas, em
função da quantidade pequena de material em decomposição, verificou-se a remoção praticamente
total de E. coli quando comparado às matérias primas originais, nas quais essa categoria perfazia
quase que a totalidade dos coliformes totais (Tabela 3).
0
20000
40000
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 35 38 43 48 53 59 64 69 77 82
mg d
e C
O2
acum
ula
do
diasT1 T2 T3 T4 T5 T6
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Figura 2: Taxa de degradação (%) ao final do processo de respirometria para cada mistura de resíduos.
T1: Lodo de esgoto + Poda de Árvore; T2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama; T3: Resíduo de restaurante + Poda de Árvore; T4: Resíduo de restaurante + Aparas de Grama; T5: Resíduo Suinocultura + Poda de Árvore; T6: Resíduo
Suinocultura + Aparas de Grama. As médias seguidas por letras iguais não diferem entre si pelo teste Tukey 5%.
Contudo, o processo permitiu o crescimento/reaparecimento de outras bactérias
termotolerantes, nesses 83 dias de observação, elevando os valores de coliformes totais a valores
próximos aos valores encontrados nas matérias primas. Mesmo assim, Salmonella sp. presente no
lodo de esgoto mostrou-se ausente nos compostos tanto na mistura com poda como na mistura
com grama (Tabela 3).
Tabela3: Caracterização final dos tratamentos quanto suas propriedades microbiológicas.
Tratamentos[1]
Teor de Água Coliformes Totais (Termotolerantes)
E. coli Salmonella
% ------------ NMP/ g de Sólidos Totais ----------
T1 61,4 4,1 x 10
6 <1,8 Ausente
T2 67,3 5,5 x 103 <1,8 Ausente
T3 70,8 5,5 x 106 <1,8 Ausente
T4 57,5 7,8 x 104 <1,8 Ausente
T5 80,2 8,1 x 106 <1,8 Ausente
T6 75,2 6,4 x 106 <1,8 Ausente
[1]:T1: Lodo de esgoto + Poda de Árvore; T2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama; T3: Resíduo de restaurante + Poda de Árvore; T4: Resíduo de restaurante + Aparas de Grama; T5: Resíduo Suinocultura + Poda de Árvore; T6:
Resíduo Suinocultura + Aparas de Grama
3.3 Processo de compostagem em máquina recicladora e processo de humificação
Na Figura 3 observa-se estabilização de temperatura na faixa de 40-50 °C após 10 dias de
processo. O pico de temperatura para o tratamento M2: lodo de esgoto + aparas de grama + cepa
ocorreu no 6º dia do processo (abaixo de 50oC), para o M6:resíduo de suinocultura + aparas de
grama +cepa o pico ocorreu no 8° dia a 54°C, e, para os demais tratamentos ocorreu no 7º dia,
com maior valor para resíduo de restaurante de restaurante + aparas de grama, em torno de 63oC.
20,12
31,15
22,45
29,0226,12 25,88
0
10
20
30
40
T1 T2 T3 T4 T5 T6
Degra
dação (
%)
DA
CDAB BC BC
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Figura 3: Temperatura das misturas de materiais na máquina aceleradora de compostagem
M1: Lodo de esgoto + Poda de árvores + Cepa; M2: Lodo de esgoto + Aparas de grama + Cepa; M3: Resíduo de restaurante + Poda de árvores + Cepa; M4: Resíduo de restaurante + Aparas de grama + Cepa; M5: Resíduo de suinocultura + Podas de árvore + Cepa; M6: Resíduo de suinocultura + Aparas de grama + Cepa.
Ressalta-se que a temperatura de programação da máquina foi de 55oC, e assim, apenas o
resíduo de restaurante e gramas reagiram adequadamente, de modo a liberar calor e aumentar a
temperatura da massa, indicando ser uma mistura apropriada para resíduos de restaurantes.
Quando não se injetou temperatura as misturas, os mesmos apresentaram-se na temperatura
ambiente de 20-27oC, provavelmente em função do volume reduzido de resíduos que abriga a
máquina de compostagem acelerada, em torno de 80 kg, que não simula o processo de
compostagem em pilhas. Sistemas fechados de compostagem, deverá ser garantido o período
termofílico mínimo necessário para redução de agentes patogênicos de 03 dias com temperaturas
acima de 60 °C, de acordo com a Resolução do CONAMA N° 481/2017 (BRASIL, 2017), que não
ocorreu no processo (Figura 4).
Tabela 4: Caracterização físico-química e química dos compostos produzidosna máquina aceleradora de
compostagem no início e final do processo de decomposição, e após processo dehumificação.
Tratamentos[1]
Coleta Dias C N Teor H2O
C/N pH pH CE
------------- % ------------
H2O CaCl2 µs cm
-1
M1
Inicial 1 46,5 1,7 45,1 26,9 5,5 5,3 2,4
Final 14 38,4 1,7 37,4 22,5 4,9 4,8 3
Humificação 33 (19d) 36,6 1,7 59,5 21,5 7,7 6,9 0,5
M2
Inicial 1 42,6 1,7 34,1 26,9 5,3 5,1 2,8
Final 13 35 1,8 51,7 19,8 7,3 6,9 2
Humificação 43 (30) 29,8 1,7 53,7 17,5 8 7,3 0,5
M3
Inicial 1 48,4 1,9 37,2 26,2 4,5 4,5 4,4
Final 11 40,8 1,8 27,4 22,3 5 4,9 6,2
Humificação 27 (16) 36 2 36,8 18,2 7 7,5 1,9
M4
Inicial 1 43,4 1,5 49,6 28,2 5,1 4,9 3
Final 12 38,2 1,6 33 23,7 5 4,5 3,5
Humificação 26 (14) 35 1,5 64,7 23,1 7,1 7,2 0,1
M5 Inicial 1 52,4 1,9 41,3 27,2 5,3 5,1 4,2
0
20
40
60
80
1 2 5 6 7 8 9 12
Temperatura
Dias
M1 M2 M3 M4 M5 M6
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10
Final 12 44,4 2,0 25,2 21,9 5,2 5,0 4,3
Humificação 19 (7d) 44,5 2,0 26,9 21,7 7,9 7,5 3,3
M6
Inicial 1 48,8 2,1 46,5 23,2 4,8 4,7 3,8
Final 9 44,7 2,1 40,5 21,3 4,6 4,5 4,3
Humificação 29 (10) 44,5 2,1 27,4 21,2 4,6 4,4 0,5 [1]:
M1: Lodo de esgoto + Poda de árvore + Cepa; M2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama + Cepa; M3: Resíduo de restaurante + Poda de árvore + Cepa; M4: Resíduo de restaurante + Aparas de grama + Cepa; M5: Resíduo de suinocultura + Poda de árvores + Cepa. M6: Resíduo de suinocultura + Aparas de grama + Cepa. H: Humificado.
Tabela 5: Caracterização microbiológica dos compostos geradosantes e após processo de humificação.
Tratamentos[1]
Teor de Água Coliformes Totais (Termotolerantes)
E. coli Salmonel
a
% ----- NMP/ g de Sólidos Totais --------
M1 37,4 3,5 x 10
4 1,2 x 10
4 Ausente
M1H 59,5 1,06 x 106 3,2 x 10
4 Ausente
M2 51,6 3,3 x 106 4,5 x 10
6 Ausente
M2H 53,7 9,2 x 105 2,8 x 10
4 Ausente
M3 27,4 2,4 x 103 2,4 x 10
3 Ausente
M3H 36,8 2,5 x 105 2,6 x 10
5 Ausente
M4 33,0 > 1,8 >1,8 Ausente
M4H 64,7 4,5 x 106 1,7 x 10
5 Ausente
M5 30,2 2.3 x 106 1.13 X 10
5 Ausente
M5H 19,0 1.97 x 106 1.13 X 10
6 Ausente
M6 42,4 3,2 x 103 < 1.8 Ausente
M6H 29,3 2.3 x 107 1.3 X 10
4 Ausente
[1]:M1: Lodo de esgoto + Poda de árvore + Cepa; M2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama + Cepa; M3: Resíduo de
restaurante + Poda de árvore + Cepa; M4: Resíduo de restaurante + Aparas de grama + Cepa; M5: Resíduo de suinocultura + Poda de árvores + Cepa; M6: Resíduo de suinocultura + Aparas de grama + Cepa. H: Humificado.
Após o processo de humificação em tambores, os compostos foram caracterizados e
observa-se que o processo foi fundamental para que os compostos atingissem o ponto de semicura
(Tabela 4), caracterizado por relações C/N em torno de 18/1 (Oliveira et. al., 2008).
3.4 Processo de compostagem em pilhas no campo
As temperaturas das pilhas foram medidas por um período de 50 dias.Os valores de
temperaturas observados (Figura 5) caracterizam a fase inicial mesofílica do processo de
compostagem, em que ocorre a decomposição aeróbica de compostos orgânicos facilmente
degradáveis, havendo a liberação de uma grande quantidade de energia na forma de calor,
promovendo o aumento da temperatura (KIEHL, 1985).A caracterização inicial dos compostos foi
feita aos 15 dias de condução das pilhas. A segunda caracterização, foi feita aos 90, 45 e 35 dias
de condução, respectivamente, para as pilhas com lodo de esgoto, resíduo de restaurante e
resíduo de suinocultura. Assim sendo, a caracterização final foi realizada com a estabilização dos
compostos aos 120, 52, e 50 respectivamente (Tabela 5). Nota-se que o pH de todos os
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tratamentos, com exceção do P1, finalizou em torno de 7. Valores próximos de 7 indicam a
estabilização do material (COSTA, et. al., 2005).
Figura 4: Evolução de temperatura das pilhas de compostagem ao longo dos primeiros 50 dias de processo.
P1: Lodo de esgoto + Poda de Árvore; P2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama; P3: Resíduo de restaurante + Poda de Árvore; P4: Resíduo de restaurante + Aparas de Grama; P5: Resíduo Suinocultura + Poda de Árvore; P6: Resíduo
Suinocultura + Aparas de Grama.
Para caracterização microbiológica, nota-se para a pilha P5 (resíduo de suinocultura + poda
de árvore) e pilha P4 (resíduo de restaurante + aparas de grama) um recrescimento de coliformes
totais e E. coli após os primeiros 30 dias de processo. Esse recrescimento é definido como o
aumento do número de bactérias que ocorre após o ponto de tratamento (PERES, 2011) devido a
grande disponibilidade de nutrientes para os agentes patogênicos, mesmo após inertes e a
temperatura insuficiente para elimina-los, não excedendo 50ºC (Figura 3).A Resolução CONAMA
Nº 380 (BRASIL, 2006)cita que a temperatura para pilhas de compostagem deve manter uma
média superior a 45ºC por no mínimo 14 dias, que ocorreu nas pilhas de compostos desse ensaio.
Salmonela sp. se manteve ausente a partir dos primeiros 30 dias de condução (Tabela 6).
Tabela 6: Caracterização dos compostos em pilhas de compostagem durante todo o processo.
Tempo de condução
Tratamentos[1]
Teor água
C N MO C/N pH CE
---------------------- % --------------------------
H2O µs cm
-1
Após 15 Dias de Condução
P1 67,3 36,7 1,3 27,9 28,8 8,1 0,4 P2 58,5 37,1 1,4 35,3 26 8 0,4 P3 67,8 28,5 1,2 20,9 24,6 7,3 0,4
P4 66,3 26,6 1,1 17,8 24,8 6,7 0,7
P5 39,9 34,2 1,1 31,5 31,7 5,7 0,9 P6 54,4 29,1 0,9 32,6 32,7 8 2,1
Processo Finalizado
P1 62,0 33,3 1,6 31,0 20,4 5,8 0,4 P2 59,3 18,2 1,6 19,7 11,2 6,1 0,8 P3 51,6 36,8 1,7 34,2 22,0 7,7 1,5 P4 52,5 26,0 1,6 25,1 16,2 8 1,7 P5 48,6 19,9 0,9 21,0 21,9 8 0,6 P6 55,9 15,8 1,1 23,5 14,1 7,9 0,5
P1: Lodo de esgoto + Poda de Árvore; P2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama; P3: Resíduo de restaurante + Poda de Árvore; P4: Resíduo de restaurante + Aparas de Grama; P5: Resíduo Suinocultura + Poda de Árvore; P6: Resíduo
Suinocultura + Aparas de Grama.
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
1 2 5 7 8 9 13 15 18 20 21 22 25 27 28 29 30 33 34 35 36 37 38 40 41 43 44 49
P1 P2 P3 P4 P5 P6
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Tabela 7: Caracterização microbiológica dos compostos orgânicos aos 30 dias e no final do processo
Tratamentos[1]
Tempo de condução
Teor de Água Coliformes Totais (Termotolerantes)
E. coli Salmonela
% ----- NMP/ g de Sólidos Totais ----
P1 30 dias 62,9 1.5 x 10
6 9.0 x 10
3 Ausente
Final 65,8 3.5 x 104 <1.8 Ausente
P2 30 dias 65,5 2.4 x 10
6 4.7 x 10
4 Ausente
Final 55,7 5.9 x 104 <1.8 Ausente
P3 30 dias 54,2 3.5 x 10
6 3.5 x 10
6 Ausente
Final 49,3 3.1 x 106 < 1.8 Ausente
P4 30 dias 54,3 1.7 x 10
4 < 1.8 Ausente
Final 46,5 2.99 x 106 < 1.8 Ausente
P5 30 dias 58,0 5.2 x 10
5 1.7 x 10
5 Ausente
Final 48,6 1.6 x 104 3.9 x 10
3 Ausente
P6 30 dias 56,8 < 1.8 < 1.8 Ausente
Final 57,6 3.8 x 106 4.7 x 10
3 Ausente
[1]:P1: Lodo de esgoto + Poda de Árvore; P2: Lodo de esgoto + Aparas de Grama; P3: Resíduo de restaurante + Poda de
Árvore; P4: Resíduo de restaurante + Aparas de Grama; P5: Resíduo Suinocultura + Poda de Árvore; P6: Resíduo
Suinocultura + Aparas de Grama.
4 CONCLUSÃO
As taxas de decomposição das misturas no ensaio de respirometria foram maiores quando
se utilizou a grama como material estruturante, para o lodo e para os resíduos de restaurantes,
indicando que as gramas são potenciais candidatas a materiais estruturantes. Para o resíduo de
suinocultura, as taxas de decomposição foram semelhantes para ambos materiais estruturantes
Houve remoção de coliformes totais para valores abaixo de 103 NMP g-1 de ST nos
compostos produzidos nas máquinas recicladoras os compostos de resíduo de restaurante tanto
com poda como grama, e resíduo de suinocultura com poda de árvore. Após o processo de
humificação houve a recriação de coliformes para todos os tratamentos, a valores superiores a 103
NMP g-1 de ST.
Nos compostos produzidos nas pilhas, a decomposição foi maior quando se utilizou aparas
de grama. Contudo, a grama concentra metais pesados oriundos de materiais presentes em
parques e gramados das cidades, permanecendo nos compostos finais em concentrações abaixo
daquelas limitantes pela legislação para uso de compostos orgânicos em solos agrícolas.
Os resultados indicam modificações necessárias no processo de compostagem na máquina
recicladora de resíduos, para obtenção de composto orgânico que possa ser utilizado de modo
sustentável em solos agrícolas.
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5 AGRADECIMENTOS
Ao CNPq pela bolsa de Iniciação Científica PIBIC. Á FAPESP pelo auxílio concedido ao
Projeto PIPE FAPESP Processo 2017/00944-0.
6 REFERÊNCIAS
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