composiÇÃo florÍstica e estrutura do ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfnão julgues...

125
Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta... I UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO COMPONENTE ARBÓREO-LIANESCENTE DE UM TRECHO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, BAHIA, BRASIL GUADALUPE EDILMA LICONA DE MACEDO RECIFE – PE FEVEREIRO - 2007

Upload: others

Post on 13-Jun-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

I

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO

COMPONENTE ARBÓREO-LIANESCENTE DE UM TRECHO

DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO

MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, BAHIA, BRASIL

GUADALUPE EDILMA LICONA DE MACEDO

RECIFE – PE

FEVEREIRO - 2007

Page 2: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

Page 3: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

II

GUADALUPE EDILMA LICONA DE MACEDO

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO

COMPONENTE ARBÓREO-LIANESCENTE DE UM TRECHO

DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO

MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, BAHIA, BRASIL

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Botânica da Universidade

Federal Rural de Pernambuco, como parte dos

requisitos para obtenção do título de Doutor

em Botânica

ORIENTADORA:

Profa. Dra. Maria Jesus Nogueira Rodal

CONSELHEIROS:

Dr. André M. A. Amorim

Ph.D Wm. Wayt Thomas

RECIFE – PE

FEVEREIRO - 2007

Page 4: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

III

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO COMPONENTE

ARBÓREO-LIANESCENTE DE UM TRECHO DE FLORESTA

ESTACIONAL NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ, BAHIA, BRASIL

Tese defendida e aprovada em ___/___/___ pela banca examinadora:

ORIENTADORA: ______________________________________________________________

Profa. Dra. Maria Jesus Nogueira Rodal (UFRPE)

TITULARES:

______________________________________________________________ Prof. Dr. Ary Teixeira de Oliveira Filho (UFLA)

______________________________________________________________

Profa. Dra. Elba Maria Nogueira Ferraz (CEFET-PE) ______________________________________________________________

Profa. Dra. Elcida de Lima Araújo (UFRPE) ______________________________________________________________

Prof. Dr. Everardo Valadares de Sá Barretto Sampaio (UFPE) ______________________________________________________________

Profa. Dra. Maria Regina de Vasconcelos Barbosa (UFPB) SUPLENTES: ______________________________________________________________

Prof. Dr. Luis Carlos Maragon UFPE (1° suplente)

________________________________________________________________________ Profa. Dra. Cibele Cardoso de Castro UFPE (2ª suplente)

Page 5: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

IV

Dedico com carinho especial a:

Meu pai, Moisés Enrique Licona Estrada

(in memoriam)

Meu irmão, Carlos Enrique Licona

(in memoriam)

Ao amigo, André Maurício de Carvalho Filho

(in memoriam)

Page 6: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

V

Não julgues nada pela pequenez dos começos.

Uma vez fizeram-me notar que não se

distinguem pelo tamanho as sementes que

darão ervas anuais das que vão produzir

árvores centenárias.

José Maria Escrivá

... Quantas certezas tivemos na vida que hoje não temos

mais! Quantos mestres fomos aplaudir, que hoje não

aplaudimos mais! Quantos amigos mereceram nossa

confiança plena, que hoje não merecem mais!

Quantas luzes iluminaram nossa consciência e

alimentaram nossas esperanças, que não passavam de

luzes falsas e, aos poucos, se apagaram por completo!

Hoje, assim como Pedro, estamos finalmente percebendo

que só a palavra de Cristo permanece, só ela promete e

cumpre, só ela é palavra de vida eterna, a comunicar-nos

a fé e a orientar-nos para a libertação. Só nela vale a

pena apostar tudo...

Pe. Virgilio

Page 7: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

VI

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, que sempre está comigo, minha fortaleza, cuja mão segurei em

todos os momentos em que fraquejei, os quais não foram poucos. Sem Sua força, dificilmente

teria conseguido enfrentar as inúmeras dificuldades vividas nestes quatro anos.

Ao Departamento de Ciências Biológicas, da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia, que me concedeu a licença para esta qualificação.

À Fundação de Apoio à Pesquisa da Bahia – FAPESB, pelo apoio financeiro por meio

da bolsa.

A minha orientadora, Maria Jesus Nogueira Rodal (Mari), a profissional amiga que

soube orientar com capacidade, respeito e profissionalismo esta pesquisa.

Aos meus conselheiros Williams Wayt (o Wayt) e André Amorim, pelas orientações

recebidas.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Botânica da UFRPE, na pessoa de

seu atual coordenador Prof. Dr.Ulysses Paulino e Alburquerque e às coordenadoras anteriores

professoras: Dra. Carmen Silvia Zickel, Dra. Ariadne Moura do Nascimento e Dra. Sônia

Pereira, que muito têm contribuído com este programa no bom desenvolvimento das

atividades

À D. Margarida e Sr. Mano que com paciência e carinho tornaram amena nossa

passagem pelo Programa atendendo todas nossas solicitações.

Ao pessoal do CEPEC, em especial a José Lima da Paixão, pois sem sua ajuda nas

coletas este trabalho não teria sido o mesmo.

A Pedro Fiaschi, que incondicionalmente colaborou na separação e primeira

identificação do material.

A Jomar Jardim, Alexandre, Serginho e aos estagiários, que me auxiliaram em todas as

visitas ao CEPEC.

À Amélia, Maria da Glória e Elielma, minhas amigas de sempre, que não mediram

esforços para colaborar no que fosse preciso, estando sempre presentes para eventual apoio. A

elas, minha eterna gratidão.

Ao professor Rui Macedo, pela sua colaboração na interpretação análise dos solos.

Aos estagiários do herbário da UESB: Luciana, Geisa, Juliana, Marcela, Nilson,

Jaqueline, Janildes, Mirlene, Sandreane, Rafael, Oziel e Débora, que de alguma forma

auxiliaram-me na execução deste trabalho.

Page 8: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

VII

Ao Sr. Francisco Britto, que gentilmente cedeu sua fazenda para que esta pesquisa

fosse realizada e permitiu que o Sr. Florisvaldo Souza Silva (Seu Flor), sua esposa dona Maria

e seus filhos nos recebessem sempre com carinho e colaboração.

A Gerivaldo Souza Silva (o Neném), meu agradecimento especial por ter se

transformado no agente principal no trabalho de campo. Sem perceber, não só foi meu braço

direito, mas também meu braço esquerdo, meus pés e muitas vezes minha cabeça. Foi com

responsabilidade e pelo gosto pelo trabalho o “biólogo botânico” que muitos biólogos

gostariam de ser.

Ao pessoal da Associação da Comunidade do Brejo Novo nas pessoas de Solange,

Waldir, dona Célia e o Sr. Nilton, aos quais devo a descoberta da área estudada.

Ao pessoal do CRA de Jequié, Jorge Duque e Ailton Gomes, pela colaboração nas

viagens de reconhecimento.

Aos meus colegas de turma: Sérgio, Ana Cecília, Gilberto e Isaías, pelos momentos

que passamos em harmoniosa convivência.

Aos colegas, Luciana Maranhão, Airton De Deus, Keila, Alexandre, André e Cecília,

pela amizade e momentos descontraídos que compartilhamos juntos.

Aos meus amigos: Ana Carolina Oliveira da Silva, José Iranildo Miranda de Melo,

“meu irmão”, e Henrique Costa Hemenegildo da Silva, “meu filho”, que juntos me re-

ensinaram a confiar e ver que amizade não é coisa do passado e ainda existe e que continua

sendo o tesouro maior do mundo. Amo vocês.

À Alba, Pepeu, Eluá, Arnaldinho, Avalty, Antônio, Amanda e a toda a família Vilela,

pelo carinho, amizade e apoio nos dias que passei no Recife.

À Maria Natividade Sánchez de Stapf, minha conterrânea, pela amizade e por toda

ajuda e apoio recebido, mesmo quando muito atarefada, na separação e identificação do

material.

À Ângela, meu anjo guardião, por me receber em sua casa e dar-me não só o conforto

desta como sua amizade, carinho e apoio; claro, sem cansar sua beleza, me ensinado a não

cansar a minha. Muito obrigada Ângela, mesmo sendo explorada! Você é especial.

A Margareth Sales e Suzene Izídío da Silva pelo apoio e amizade recebida.

Aos curadores dos diferentes herbários e especialistas do Brasil, que

despretensiosamente contribuíram na confirmação e identificação de todo o material vegetal

coletado. Sem dúvida, a sua contribuição é relevante e importante na validade científica desta

tese.

Page 9: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

VIII

A todos que de uma ou outra forma contribuíram direta ou indiretamente para o êxito

deste trabalho.

Finalmente, quero agradecer de forma especial à minha pequena e grandiosa família:

Arivaldo meu esposo, Pedro, Diana e Karla, nossos filhos, pelo apoio e incentivo, pela

compreensão e amor que nunca deixaram de dar-me durante estes quatro anos; quanta

paciência! À minha mãe e irmãos, especialmente à Cecília, por seu apoio e carinho nesta

caminhada.

Page 10: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

ix

RESUMO GERAL

Este trabalho tem por objetivos conhecer a flora e a estrutura do componente arbóreo

lianescente de um fragmento de floresta estacional semidecidual montana do sudeste da Bahia

e compará-la a outros tipos vegetacionais do Nordeste brasileiro. O fragmento estudado situa-

se na serra do Brejo Novo (13º56’41”S e 40º06’33.9”W), no município de Jequié, Bahia, na

área de contato caatinga e mata atlântica. Foram coletadas 594 espécies, distribuídas em 89

famílias. O perfil de riqueza das famílias e das espécies é semelhante ao encontrado nas

florestas úmidas nordestinas, sendo bastante distinto do da chamada mata de cipó. Diversas

espécies da área estudo são citadas como endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo

e poucas da caatinga. Os resultados apontam ainda que as florestas estacionais semideciduais

do sul e sudeste da Bahia, como a área de estudo, têm flora mais relacionada com as florestas

úmidas, sendo bastante distinta da que ocorre na chamada mata de cipó. Nas 50 parcelas de

10m X 20m foram amostradas 265 espécies, 2.283 indivíduos vivos ou mortos, incluindo

cipós, com perímetro a altura do peito ≥ 15cm, totalizando 27,1m²ha-1 de área basal total. As

médias e máximas de diâmetro e alturas foram 10,38cm, 80cm, 7,5m e 25m, respectivamente.

O índice de diversidade de Shannon foi de 4,45 nats ind-1 para espécies. Destacaram-se pelos

seus maiores valores de importância Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P.

Lima, Gymnanthes hypoleuca Benth., Guapira opposita (Vell.) Reitz e Tapirira guianensis

Aubl. A relação entre abundância das espécies e as variáveis do substrato e ambientais

avaliada através de análises de correspondência canônica mostrou ausência de relações fortes

entre variáveis do substrato e a distribuição de espécies. À luz dos resultados obtidos, parece

haver uma preponderância de fatores espaciais sobre os de topografia e solo, que, embora

significativos, têm um papel secundário na distribuição das espécies.

Palavras-chaves: Fitossociologia, florística, Sudeste da Bahia, mata de cipó, floresta

estacional, Jequié

Page 11: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

x

GENERAL ABSTRACT

The main goals of this research is to get acquainted with the flora and the arbóreo-lianescente

component of a southeast Bahia seasonal semidecidual mountain forest fragment, and to

compare it to other vegetation types of Brazil’s Northeast. That fragment is located in Brejo

Novo mountain range (13º56’41”S and 40º06’33.9”W), in Jequié, Bahia, in the area of

contact between caatinga and Atlantic forest. 594 species were collected, distributed in 89

families. The families and species wealth profile is similar to that found in northeastern rain

forests, and is well distinct of that of the so called vine forest. Different species of the survey

area are mentioned as endemic of southern Bahia and northern Espírito Santo; few of them of

caatinga. Results point that south and southeastern Bahia seasonal semidecidual forests, as

those of the survey area, have a flora more related to rain forests, well distinct of that of the so

called vine forest. 265 species were sampled in 50 parcels of 10m X 20m, with 2,283 live or

dead individuals, including vines, with a ≥ 15cm chest-high perimeter, totaling a 27.1m²ha-1

basal area. Mean and maximum diameters and heights were respectively 10.38cm, 80cm,

7.5m e 25m. Shannon diversity index for species was 4,45 nats ind-1. Higher values of

importance were of Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima, Gymnanthes

hypoleuca Benth., Guapira opposita (Vell.) Reitz and Tapirira guianensis Aubl. Evaluated

through canonic correspondence analyses, relationship between species abundance and

subtract and environmental variables showed absence of strong relationship between subtract

variables and species distribution. The results suggest a preponderance of spatial factors over

those of topography and soil, which, although significant, have a secondary role in species

distribution.

Keywords: Phytosociology, floristic, Bahia’s Southeast, vine forest, seasonal forest, Jequié

Page 12: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xi

LISTA DE FIGURAS

Revisão de Literatura

Figura 1. Vista aérea da localização geográfica da área de estudo 13º56’41”S e

40º06’33.9”W (A) e região de Jaguaquara e Maracás (Planalto de Maracás),

municípios que fazem fronteira com o de Jequié, onde cresce a mata de cipó (B).

...................................................................................................................................

20 Figura 2. Imagens da área de estudo no ano em que foi observada sua maior

caducifólia - Janeiro de 2003 (A), e como é observada comumente (C). ..............

21

Page 13: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xii

LISTA DE FIGURAS

Manuscrito 1

Figura 1. Localização geográfica da área de estudo, no município de Jequié,

Bahia, Brasil (13º56’41”S e 40º06’33.9”W) ......................................................

43

Figura 2. Precipitação e temperaturas médias mensais do município de Jequié,

Bahia, Brasil, no período de novembro de 1998 a março de 2006 (13º56’4”S e

40º06’33.9”W) ....................................................................................................

44

Page 14: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xiii

LISTA DE FIGURAS

Manuscrito 2

Figura 1. Precipitação e temperaturas médias mensais da cidade de Jequié,

Bahia, Brasil, no período de novembro de 1998 a março de 2006. ...................

84

Figura 2. Diagrama de bolhas mostrando a distribuição espacial das parcelas

na área de estudos, baseada nas coordenadas de latitude e longitude, e na

elevação (altitude – 600 m), representada pelas dimensões das bolhas e rótulos

com os valores da elevação. ...............................................................................

85

Figura 3. Análise de correspondência canônica (CCA) de 50 amostras do solo

superficial (0 a 30 cm) da Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia,

Brasil, baseada em 19 variáveis químicas e granulométricas, inclusive matéria

orgânica, e relacionada a variáveis espaciais (latitude, longitude e elevação).

As sete transeções amostrais onde as amostras foram coletadas são indicadas

por símbolos diferentes. .......................................................................................

86

Figura 4. Distribuição do número de indivíduos em classes de diâmetro,

incluindo cipós e sem cipós (A), e do número de indivíduos por classe de

altura (B) e área basal (C) na amostra total do inventário da Mata do Brejo

Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. .........................................................

87

Figura. 5. Médias de densidade (A), área basal (B) diâmetro (C), e altura (D)

ao longo das sete transeções amostrais utilizadas para inventariar a Mata do

Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. ..............................................

88

Figura 6. Distribuição das alturas individuais das 36 espécies com populações

de mais de 10 indivíduos amostrados na mata Brejo Novo, município de

Jequié, Bahia. A caixa dos Box-plot = 50% dos dados coletados; barra superior

= 75% da variação dos dados; barra inferior = 25% da variação dos dados; ┬

e

Page 15: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xiv

┴ = pontos extremos nos dados coletados; linha no interior da caixa = mediana

da distribuição dos dados. ...................................................................................

89

Figura 7. Análises de correspondência canônica (CCA) do número de

indivíduos de 35 espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata do

Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil: proporções da variação total

da matriz de abundância das espécies explicadas por (a) variáveis ambientais

somente, (b) variáveis ambientais e espaciais conjuntamente, (c) variáveis

espaciais somente e (d) indeterminada. ............................................................. 90

Figura 8. Análise de correspondência canônica (CCA): diagramas de

ordenação das parcelas (A) e espécies (B) baseada na distribuição do número

de indivíduos de 35 espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata

do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil, e sua correlação com as

três variáveis ambientais utilizadas. As sete transeções amostrais onde as

amostras foram coletadas são indicadas por símbolos diferentes. ..................... 91

Page 16: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xv

LISTA DE TABELAS

Manuscrito 1

Tabela 1. Lista das plantas vasculares do um fragmento de floresta estacional

(mata de cipó) no município de Jequié, Bahia, Brasil. Material testemunho

está listado usando as iniciais do coletor e número de coleta. O material

botânico está depositado no herbário Professor Vasconcelos-Sobrinho da

Universidade Federal Rural de Pernambuco. A.F.Souza = Amélia Fernandez

de Souza; BL = Jaqueline Baleiro; G.E.L.Macedo = Guadalupe Edilma

Licona de Macedo; Stapf = Maria Natividade Sánchez de Stapf; WT =

William Wayt Thomas; D(H) = determinador e herbário; HAB = hábito; NP

= nome popular; ARV = árvore; ARB = arbusto; ER = erva terrestre; EP =

erva epífita; HE = erva hemiparasita; SUB = subarbusto; LIA = trepadeira

lenhosa; TR = trepadeira herbácea; PA = planta arborescente. ........................

45

Tabela 2. Relação dos trabalhos realizados em florestas ombrófilas e

estacionais do nordeste, utilizados na análise florística da Mata do Brejo Novo.

(NF) = número de famílias; (NE) = número de espécies; (EC) = espécies em

comum com a mata de cipó do Brejo Novo; n/r= não houve registro; ARV =

arbóreas; TRE = trepadeiras; ARB/SUB = arbustos e subarbustos; HER =

ervas terrestres; HER-E = ervas epífitas e hemiparasitas. ................................

58

Tabela 3. Número de espécies no Brejo Novo, Jequié, Bahia, em comum com

outros levantamentos do nordeste nas florestas ombrófilas e estacionais do

nordeste, nas formações não florestais do nordeste e espécies do fragmento

presentes em listas de endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo e de

endêmicas da Caatinga. ....................................................................................... 60

Page 17: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xvi

LISTA DE TABELAS

Manuscrito 2

Tabela 1. Propriedades químicas e granulométricas e teor de matéria

orgânica das amostras de solo superficial (0 a 30 cm) das 50 parcelas

utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia. SB =

soma de bases trocáveis, t = capacidade de troca catiônica efetiva, T =

capacidade de troca catiônica a pH 7, V = saturação por bases, m =

saturação por alumínio, MO = matéria orgânica, tfsa = terra fina seca ao ar.

Os valores são de média ± desvio padrão e de amplitude total de

N amostras de solo de cada uma das transeções. ..........................................

92

Tabela 2. Parâmetros fitossociológicos das espécies arbóreo-lianescentes

(incluindo a categoria morta) amostradas na Mata de Cipó no Brejo Novo,

município de Jequié, Bahia, Brasil. N= número de indivíduos, DR=

densidade relativa (%), DoR= dominância relativa (%), FR = freqüência

relativa, VI= valor de importância. ...............................................................

93

Tabela 3. Resumo dos resultados das análises de correspondência canônica

da abundância de 35 espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a

Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia, em interação com variáveis ambientais

e espaciais, e dos testes de permutação de Monte Carlo correspondentes.

São fornecidos resultados para os dois primeiros eixos de ordenação e

resultados globais que aparecem centralizados entre os dois eixos. ............

99

Tabela 4. Espécies com resultados significativos na análise de espécie

indicadoras (ISA) realizada com base em cinco habitats de substrato

definidos pela posição na encosta e fertilidade do solo em termos de níveis

de cálcio e teores de argila. Freqüência relativa no grupo = % de indicação

perfeita ou de parcelas no grupo onde a espécie está presente, VIO = valor

indicador observado, VIE = valor indicador esperado (média, desvio

padrão e significância). ................................................................................

100

Page 18: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xvii

Tabela 5. Levantamentos do nordeste com critério de inclusão PAP ≥ 15

cm ou DAP = 5 cm utilizadas para comparação com a mata do Brejo Novo.

UF - Unidade federativa; AA = área amostral; N = número de espécies;

DT = densidade total; AB = área basal; Amax = Altura máxima; Amed =

Altura média; Amin = Altura mínima; H' = Indicie de diversidade de

Shannon; n/r = dado não informado pelo autor. ............................................

101

Page 19: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xviii

SUMARIO

RESUMO GERAL ix

GENERAL ABSTRACT x

LISTA DE FIGURAS E TABELAS xi

1. INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................ 01

2. REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 04

2.1. Estudos florísticos realizados na Bahia ............................................................. 04

2.2. A Bahia e sua vegetação ...................................................................................... 07

2.2.1.Caracterização geográfica e vegetacional da Bahia ................................ 07

2.3. Caracterização da mata de cipó da Bahia ........................................................ 09

2.3.1. Classificação fisionômica da mata de cipó ................................................ 09

2.3.2. Ocorrência ................................................................................................. 11

2.3.3. Fitofisionomia das matas de cipó .............................................................. 12

2.3.4. Composição florística ................................................................................ 13

3.3.5. Estado de conservação da mata de cipó ...................................................... 14

3. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15

4. ANEXOS .................................................................................................................... 19

5. MANUSCRITOS ....................................................................................................... 22

5.1 Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional

semidecidual montana em Jequié, Bahia ....................................................... 23

Resumo ............................................................................................................... 25

Abstract .............................................................................................................. 25

Introdução ........................................................................................................... 26

Material e métodos ............................................................................................. 27

Resultados .......................................................................................................... 29

Discussão ............................................................................................................ 31

Agradecimentos ................................................................................................. 36

Referências bibliográficas..................................................................................... 36

Anexos ................................................................................................................ 41

5.2 Estrutura do componente arbóreo-lianescente num fragmetno de floresta

semidecidual montana em Jequié, Bahia, Brasil.............................................. 61

Resumo ................................................................................................................ 63

Page 20: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

xix

Abstract .............................................................................................................. 63

Introdução ........................................................................................................... 64

Material e métodos ............................................................................................. 65

Resultados .......................................................................................................... 67

Discussão ............................................................................................................ 67

Agradecimentos .................................................................................................. 75

Referências bibliográficas .................................................................................. 76

Anexos ................................................................................................................ 81

Page 21: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

1

1. INTRODUÇÃO GERAL

As florestas estacionais do Brasil ocorrem basicamente nos domínios amazônico e

atlântico, atravessando de forma descontínua o bioma cerrado e caatinga (RIZZINI, 1997).

No interior do nordeste brasileiro, essas florestas geralmente ocorrem bordejando a

caatinga, ora limitando com a floresta atlântica a leste, ora com o cerrado a oeste.

A Bahia, pela grande diversidade climática e topográfica, apresenta grande

diversidade de formações vegetais e, sem dúvida, apresenta a maior área contínua das

florestas estacionais. De acordo com Veloso, Rangel & Lima (1991), essas florestas variam

de semideciduais a deciduais. Ainda segundo aqueles autores, as primeiras ocorrem em

ambientes com maior disponibilidade hídrica e apresentam fisionomia estratificada, com

árvores entre 18 e 30 m de altura, enquanto as florestas deciduais, geralmente de menor

porte, têm uma distribuição mais restrita ao sul do estado.

Das florestas estacionais da Bahia, aquelas localizadas mais ao sul encontram-se

muito ameaçadas em função dos desmatamentos (BARBOSA & THOMAS, 2002). Deve

se destacar que há dificuldade na caracterização da vegetação devido à presença de poucas

unidades de conservação e pelo fato de que os poucos remanescentes apresentam pequena

dimensão. Além disso, existe uma grande lacuna no conhecimento botânico e

biogeográfico dessas florestas. Mesmo considerando-se que, nos últimos anos, avançou o

conhecimento da variação florística e fisionômica da cobertura vegetal nordestina,

principalmente no bioma caatinga (RODAL & SAMPAIO, 2002) e no bioma mata

atlântica (BARBOSA & THOMAS, 2002), pouco se sabe sobre as florestas estacionais,

principalmente daquelas situadas no contato entre os biomas caatinga e mata atlântica, área

de Tensão Ecológica (BRASIL, 1981) do sul/sudeste baiano, especialmente sobre a mata

de cipó (FOURY, 1972).

A literatura tem referido o termo mata de cipó tanto para a área geográfica, como

para o tipo vegetacional predominante nessa área (Tricart 1959; Foury 1972; Novaes &

São José 1992). A zona da mata de cipó abriga diversas fisionomias. A mais freqüente, a

denominada mata de cipó, parece ser uma vegetação florestal baixa, de árvores finas, sub-

bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas formando densos emaranhados com

espécies típicas da caatinga (por exemplo, a braúna), associadas às espécies próprias

(ANDRADE LIMA, 1971). Exclusiva da Bahia (Foury 1972), essa vegetação ocorre com

Page 22: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

2

maior freqüência nos planaltos do sul baiano e sudeste da Bahia (Brasil, 1976; Brasil

1981), sempre acima de 500 ou 600 m a.n.m. (Brasil 1981; Mori 1988) e apresenta-se

reduzida a pequenos trechos com relação à sua distribuição primitiva (BAHIA, 1998).

Andrade-Lima (1971) observou que, em condições mais favoráveis, as matas de cipó

alcançam uma condição subpernifólia.

A diferença entre a mata de cipó e outras florestas de altitudes mais baixas no estado

não está muito clara. Botanicamente, de toda a vegetação típica do leste do Brasil (região

oriental), esta é a que menos se conhece. Nessa zona, há uma carência de levantamentos,

poucas coleções têm sido feitas, e não se conhecem estudos ecológicos (MORI, 1988) quer

florísticos e/ou fitossociológicos, havendo apenas o trabalho de A.O. Soares-Filho (dados

não publicados) realizado no planalto de Vitória da Conquista.

Vale salientar que, como acontece em outros tipos de florestas, a mata de cipó

apresenta diferentes fácies que recebem distintas denominações locais, a “mata fria”, onde

ocorrem árvores de maior diâmetro, e a “mata carrascada”, onde as plantas têm menores

alturas e diâmetros (Brasil 1976).

Contudo, sabe-se que estas florestas, que outrora cobriam toda a extensão do planalto

sul baiano (Vitória da Conquista, Jequié) e Maracás (Fig. 1), estão sendo altamente

modificadas pelo homem. Quase eliminadas, seu futuro foi considerado incerto, ainda que

nenhuma perturbação continuasse (MORI, 1988).

Caracterizar a estrutura das florestas estacionais e interioranas do sudeste da Bahia,

identificar a flora, especialmente a arbórea, e comparar esses dados com os resultados já

obtidos para a floresta atlântica nordestina e para a caatinga permitirá responder se, em

termos florísticos e funcionais, aquelas florestas representam um subset das florestas

ombrófilas e qual sua relação com a caatinga.

Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo conhecer a flora e a estrutura do

componente arbóreo-lianescente de um fragmento de floresta estacional semidecidual

montana do sudeste da Bahia (Fig. 2) e compará-lo com outros tipos vegetacionais do

nordeste brasileiro.

Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam com a política de

biodiversidade para o Nordeste brasileiro, em desenvolvimento pelo Ministério do Meio

Ambiente, gerando informações que permitam estabelecer políticas ambientais mais

eficazes para o sudeste da Bahia. As florestas estacionais do sudeste da Bahia, também

Page 23: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

3

conhecidas como mata de cipó, apresentam espécies típicas dos biomas caatinga e floresta

atlântica, além de espécies próprias. Tal fato credencia as matas de cipó como corredores

naturais para estabelecer o fluxo gênico entre populações de plantas e animais,

assegurando a conservação in situ de diversas espécies da flora nordestina.

Page 24: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

4

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Estudos florísticos realizados na Bahia

O interesse pela flora baiana remonta aos tempos da colonização portuguesa no Brasil.

O primeiro registro é a carta encaminhada ao Reino de Portugal pelo escriba Pero Vaz de

Caminha, que fez uma descrição da floresta sul baiana avistada na costa da Bahia e registra a

impressão que lhe deixara a exuberante vegetação. Na época, tal vegetação era representada,

principalmente, por árvores de grande porte, como o pau-brasil (BRASIL, 1981).

Ainda no século XVI, descrevem e fazem referência à flora baiana Gabriel Soares de

Souza, em sua obra Tratado descritivo do Brasil em 1587 (BRASIL, 1976) — na qual

compila 17 anos de observações próprias feitas sobre a fauna e a flora durante sua

permanência no Brasil, e dedica vários capítulos à Bahia, dentre os quais destacamos

“Memorial e grandeza da Bahia de Todos os Santos”, “Das árvores e plantas indígenas que

dão frutos que se comem”, “Das árvores medicinais”, “Das ervas medicinais”, “Das árvores

reais e paus de lei” — e frei Vicente do Salvador (HOEHNE, 1937), em sua História do

Brasil. No século seguinte, podem ser registrados os estudos botânicos gerais e de plantas

medicinais de Georg Markgraf, realizados durante suas viagens pelo Estado em 1638; e no

século XVIII, os estudos de Alexandre Rodriguez Ferreira, no período de 1756 a 1815

(LUETZELBURG, 1992/3).

No século XIX, com a vinda da família real portuguesa ao Rio de Janeiro, sob

auspícios de Maximiliano José I, da Áustria, chega ao Brasil Carl Friedrich Philipp von

Martius, acompanhado dos naturalistas Spix, Mikan, Schott, Pohl, Raddi (FERRI, 1980) e

Swainson (LUETZELBURG, 1992/3). No final de 1817, Martius e Spix chegaram à Bahia

vindos de Minas Gerais, entrando no estado pelo sul e detendo-se na região litorânea, de onde

adentraram pelos domínios das florestas deciduais, caatingas e cerrados, até quase alcançar a

fronteira goiana. Com material de suas viagens, Martius publicou muitas obras, mas se tornou

famoso por ter conseguido reunir todos os dados obtidos em suas andanças pelo Brasil numa

única publicação, a Flora brasiliensis, cujo primeiro fascículo surgiu em 1840, no formato

hoje conhecido, e que foi terminada em 1906 (FERRI, 1980).

O mesmo percurso realizado por Martius na Bahia (LUETZELBURG, 1992/3) foi

seguido pelo príncipe Alexandre Philip von Neuwied, nos anos de 1816 e 1817. Outras

Page 25: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

5

contribuições do mesmo século para o conhecimento da flora da Bahia são os estudos

realizados pelos naturalistas Jacques Samuel Blanchet e Philip Salzmann, que residiram no

estado nos períodos de 1828 a 1856 e 1827 a 1856, respectivamente (LUETZELBURG,

1992/3).

Também visitaram a Bahia para estudar sua flora, ainda no século XIX

(LUETZELBURG, 1992/3), os naturalistas F. Sellow e Freireis (no período 1816-18),

Swainson e A. Gomes (1817), L. Riedel (1821 a 1822), Leschenault (1823-24), G. J. Lhotshy

(1830 a 1831), Gaudichaud (1832 a 1833), B. Luschnat (1835 a 37), George Gardner (em

1837), Giovanni Casaretto (1839 e 1840), Didrichsen (1847), Wawra (1857, 1860 e 1879),

Capanema (1850), J. Barbosa Rodrigues (1869-70), E. H. Ule (1883 e 1889) e C. E. O.

Kuntze (1892).

Na primeira metade do século XX, em 1923, surgiu a obra Estudo botânico do

Nordeste, de Philipp von Luetzelburg. É o resultado de diversas viagens realizadas pelo autor

como botânico da Inspectoria Federal de Obras contra as Secas, fazendo coletas e estudos

vegetacionais, durante os períodos de 1911-12 e 1919. Luetzelburg relaciona as viagens de

outros naturalistas tais como L. Zehtner, J. Massart, Loefgren, G. Bondar, Foster & Racine e

Curran, que também coletaram na Bahia na primeira metade daquele século e descreveram as

vegetações das diversas regiões por eles percorridas. Luetzelburg atravessa a Bahia de sul a

norte e de oeste a leste em 1912 e 1919 (LUETZELBURG, 1992/3; CARVALHO, 1980).

Na segunda metade do século XX, o padre Camille Torrend, profundo conhecedor da

flora da Bahia, o professor Alexandre Leal Costa, médico dedicado ao ensino de Botânica na

Universidade Federal da Bahia (MACEDO, 2001) e muitos de seus alunos, com suas coletas,

contribuíram para a formação do herbário da Universidade Federal da Bahia. Cabe mencionar

ainda o professor Geraldo C. P. Pinto, que fundou o herbário da Escola de Agronomia da

UFBA, em Cruz das Almas, e coletou em diversas regiões da Bahia (GIULIETTI, 2001;

BRASIL, 1981).

Instituições de pesquisa e universidades estaduais também têm contribuído para o

conhecimento da flora baiana, neste século, formando coleções botânicas de referência

(herbários). Em 1965, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC)

criou, no Centro de Pesquisa do Cacau (CEPEC), o Herbário CEPEC. Tomando os estudos

sobre a flora rumos direcionados especialmente ao sul, novas expedições científicas

concorreram para o melhor conhecimento florístico da região cacaueira (sul da Bahia), tais

Page 26: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

6

como as de Harley, Calderon, Pennington, Lourteig, Mello & Emmerich, Rizzini e Mattos

Filho (CARVALHO, 1980).

Além do herbário CEPEC que, ao ampliar-se para o conhecimento de toda a flora do

estado, transformou-se no maior herbário do Nordeste e centro de referência mundial para os

estudos da floresta atlântica, especialmente a sul-baiana, contribuem com o conhecimento da

flora baiana neste século, com suas coleções botânicas, os herbários da Empresa Baiana de

Desenvolvimento Agrícola em Salvador (com grande representatividade de plantas forrageiras

e invasoras de pastagens), o RADAMBRASIL (HRB), da sede regional na Bahia do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o herbário da Universidade Estadual de Feira de

Santana – HUEFS (dedicado principalmente ao estudo de plantas do semi-árido baiano) e o

ALCB, da Universidade Federal da Bahia, dentre outros.

O Royal Botanical Gardens, Kew e o New York Botanical Garden, herbários

estrangeiros, em parceria com instituições nacionais, têm cumprido importante papel no

estudo da flora baiana.

Em 1974, o Kew e o CEPEC, em parceria, iniciaram programa de colaboração e

realizaram uma série de expedições (em 1974, 1978 e 1980) para elaboração de uma futura

coletânea da flora da Bahia. No período de 1980 a 1995, novas colaborações foram firmadas

entre o CEPEC e o Kew, desta vez incluindo a Universidade de São Paulo (herbário SPF) e os

herbários da HUEFS, ALCB da UFBA e o HRB do IBGE. Da parceria entre essas instituições

surgiram publicações importantes para o conhecimento da flora da Bahia, entre as quais se

encontram Harley & Mayo (1980), Harley & Simmons (1986), Stannard (1995), Guedes &

Orge (1998), além dos estudos de gramíneas de Renvoize (1984) e leguminosas de Lewis

(1987).

O New York Botanical Garden iniciou sua contribuição para o conhecimento da flora

da Bahia em 1977, quando o pesquisador Scott Alan Mori foi contratado pelo CEPEC, no

período 1977-1979. A relação entre as duas instituições mantém-se até hoje, desenvolvendo

projetos, principalmente associados às plantas das matas sul-baianas (MORI et al., 1981 e

1983; MORI & PRANCE, 1990; THOMAS & CARVALHO, 1998) e a outras áreas de

floresta atlântica do Nordeste (BARBOSA & THOMAS, 2002).

Ainda em 1979, foi publicada a Iª parte do Inventário florestal no Estado da Bahia,

realizado nos municípios de Una, Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Prado, Itamaraju,

Page 27: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

7

Belmonte e Ilhéus, realizado por S. Tavares, I. A. F. Paiva, C. H. de Carvalho e E. J. de S.

Tavares (BRASIL, SUDENE, 1979).

Outros estudos têm sido desenvolvidos sobre a flora da Bahia, como os Projetos Flora

da Chapada Diamantina, coordenado pela UFBA e o de Leguminosae da Bahia, espécies com

potenciais forrageiros, coordenados pela UEFS. Mais recentemente, houve o Projeto Flora da

Bahia (1999-2001), do qual participaram pesquisadores de oito instituições (GIULIETTI,

2001).

2.2. A Bahia e sua vegetação

2.2.1. Caracterização geográfica e vegetacional da Bahia

A Bahia limita-se ao norte com Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Piauí; ao sul, com

Minas Gerais e Espírito Santo; a oeste, com Tocantins e Goiás; e a leste com o oceano

Atlântico. É o quinto Estado brasileiro em extensão territorial: ocupa 564.692,6 km², o

equivalente a 6,64% do território nacional e a 36,3% da área total do Nordeste do país. (dados

veiculados pelo site http://www.sei.ba.gov.br/ da Superintendência de Estudos Econômicos e

Sociais da Bahia - SEI, em 29 de julho de 2003).

A geologia é muito diversificada, com predominância de rochas proterozóicas. No

Oeste e no Nordeste do Estado, ocorrem bacias sedimentares do fanerozóico. Na sua porção

mediana e no sudeste, há coberturas detríticas tércio-quaternárias (EMPRESA BRASILEIRA

DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 1979). Essas formações geológicas refletem-se em seu

relevo, que inclui altitudes menores de 400m na parte leste, e que se mantém através dos vales

dos rios até a parte oeste, onde, de forma geral, as altitudes aumentam e aparecem vários

pontos acima de 800m, no extremo Oeste, ao longo da Chapada Diamantina e nas serras

próximas de Vitória da Conquista (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA

AGROPECUÁRIA, 1979).

O clima da Bahia é altamente diversificado nas diferentes regiões, associando-se,

geralmente, às diferentes formas de relevo. Varia de úmido a superúmido (mais de

2.000mm/ano), com elevado excedente hídrico durante a maior parte do ano; ocorrem os

climas úmido (1.750mm/ano a 2.000mm/ano); subúmido (800mm/ano a 1.500mm/ano) e

semi-árido (500mm/ano a 800mm/ano), com elevada deficiência hídrica (BRASIL, 1981).

São registradas temperaturas médias anuais de cerca de 23ºC no litoral, de 20ºC

caracterizando todo o interior com exceção da parte setentrional, e temperaturas anuais

Page 28: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

8

superiores a 26ºC no norte do estado e no vale do São Francisco (dados do site

http://www.sei.ba.gov.br. da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia -

SEI, em 29 de julho de 2003).

A variedade climática e topográfica da Bahia permite grande diversidade vegetacional.

Com base no sistema de “Classificação fisionômico-ecológica das formações neotropicais”

(VELOSO & GÓES, 1982), cinco regiões fito-ecológicas são definidas pelos técnicos do

projeto RADAMBRASIL (BRASIL, 1981): savana (cerrado), estepe (caatinga), floresta

ombrófila densa, floresta estacional semidecidual e floresta estacional decidual, além de áreas

de formações pioneiras com influência marinha e fluviomarinha (vegetação de restinga e

manguezal), áreas de tensão ecológica (contatos entre tipos de vegetação), áreas de refúgio

ecológico e de ação antrópica.

Na Bahia (região compreendida na folha SD24 Salvador – Brasil 1981) a savana

(cerrado) ocorre sobre plataformas pré-cambrianas evidenciadas por sedimentos e

metassedimentos do Supergrupo Espinhaço. Geomorfologicamente, compreende os maciços

montanhosos acima de 800m, remanescentes de estruturas dobradas ou tectonizadas,

intercaladas com superfícies de aplanamento e relevos tabuliformes desenvolvidos sobre

depósitos continentais detrítico-sedimentares do Cenozóico e depósitos juracretácicos do

Mesozóico (BRASIL, 1981). A Savana caracteriza-se por ser uma vegetação xeromorfa.

A região da estepe (caatinga) reveste terrenos arqueozóicos, os complexos de Jequié e

Caraiba-Paramirim de fácies granulito e anfibólito, respectivamente. Compreende áreas

deprimidas, cercada por planaltos, abertas por processo de pediplanação, compondo o setor

médio das bacias dos rios Paraguaçu, das Contas e Pardo. A caatinga é caracterizada como

uma vegetação lenhosa, espinhosa e decidual de fanerófitas. Na Bahia (BRASIL, 1981),

distinguem-se quatro subformações: estepe arbórea densa com palmeiras (dominante na

região), estepe arbórea densa sem palmeiras, estepe arbórea aberta com palmeiras e estepe

arbórea aberta sem palmeiras

A floresta ombrófila densa ocupa na Bahia, preferencialmente, terrenos arqueozóicos,

representados pelo Complexo de Jequié, que envolve relevos de planaltos e de piemontes

estruturados por rochas granitizadas do escudo, incluindo cadeias marginais incorporadas ao

setor cratônico e uma faixa remobilizada, comportando intrusões. Caracteriza a formação de

serras estruturais acima de 600m e planaltos rebaixados com menos de 300m, delimitados por

elevações alinhadas na direção noroeste-sudoeste. Constituída por fanerófitas ombrófilas sem

resistência à seca, ocupa áreas mais próximas ao litoral. Esta região, obedecendo a uma

Page 29: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

9

hierarquia topográfica, foi dividida em três tipos de formações (BRASIL, 1981): aluvial

(formação arbórea ribeirinha nas planícies recentes do quaternário), terras baixas (é a

formação florestal das terras baixas situada entre as cotas de 5 a 10 m) e floresta ombrófila

submontana (que ocupa os relevos dissecados montanhosos e os planaltos com solos

profundos em altitudes que vão de 100m a 600m).

A floresta estacional Semidecidual ocupa superfícies pré-cambrianas, abrangendo

relevos planálticos e de piemontes formados por rochas granitizadas e áreas terciário-

quaternárias que formam o pediplano central da Chapada Diamantina. O conceito ecológico

de floresta estacional está ligado ao clima de estações bem definidas, uma chuvosa e outra

seca, com estacionalidade foliar dos indivíduos arbóreos dominantes, os quais têm adaptação

hídrica. Neste caso, a decidualidade das folhas gira em torno de 20% a 50%. São registradas

formações de floresta submontana, que enquadra áreas cuja altitude está compreendida entre

100m e 600m e da floresta montana que reveste as áreas de relevo residual compreendido

entre 600m e 2.000m de altitude (BRASIL, 1981).

A floresta estacional decidual compõe os relevos tabuliformes que correspondem às

superfícies recobertas por depósitos detríticos e aluviais do Terciário-Quaternário, assim

como as áreas deprimidas e planaltos kársticos do Arqueano. Diferencia-se da floresta

estacional semidecidual pela percentagem de decidualidade foliar dos seus indivíduos

dominantes, que passa de 50%, devido ao maior período seco. Considerando as cotas

altimétricas, os técnicos do Projeto RADAMBRASIL (BRASIL, 1981) definiram na Bahia

duas formações: a submontana (compreendida entre 100 e 600m de altitude), com uma

estacionalidade foliar que coincide com a época desfavorável e que ocorre revestindo, ao

norte, os pediplanos karstificados e o patamar do médio Paraguaçu e, ao sul, a depressão de

Itabuna-Itapetinga; e a montana (acima de 600m de altitude), que reveste os planaltos dos

Geraizinhos, composta por uma vegetação de árvores baixas e plantas lenhosas sarmentosas,

deciduais na época seca, conhecida como mata de cipó. Trata-se de uma formação

característica da zona de transição entre os domínios da floresta atlântica e caatinga.

2.3. Caracterização da mata de cipó da Bahia

2.3.1. Classificação fisionômica da mata de cipó

Andrade-Lima (1971), ao estudar a vegetação de Jaguaquara e Maracás, municípios

que fazem fronteira com o de Jequié, não diferencia a mata de cipó (FOURY, 1972) da mata

Page 30: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

10

seca (BURTT-DAVY, 1938). Andrade-Lima (1971) observou que a mata de cipó pode ser

correlacionada com a mata de agreste do Nordeste Oriental, cuja fisionomia é um tanto

semelhante, sendo esta última subcaducifólia, aparecendo no topo das serras da caatinga do

Nordeste Oriental (florestas serranas), em altitudes variáveis, conforme a distância das fontes

de umidade. Assim, por serem caducifólias ou subcaducifólias e dada à dificuldade de

distingui-las, por estarem extremamente devastadas pelo homem, Andrade-Lima (1971)

agrupou-as sob o nome de mata seca, empregado na fitogeografia de Pernambuco

(VASCONCELOS SOBRINHO, 1941; ANDRADE-LIMA, 1966).

Na classificação fitoecológica utilizada pelo RADAMBRASIL (BRASIL, 1981), a

mata de cipó (FOURY, 1972) corresponde à região da floresta estacional decidual do tipo

montana.

Para Tricart (1959) e Foury (1972), a mata de cipó é uma zona de transição, “zona da

mata de cipó” que é coberta de uma floresta seca, a “mata de cipó”. Andrade-Lima (1971) e

Foury (1972) igualam esta zona de transição à mata do Agreste de Pernambuco, porém mais

úmida, com pluviometria entre 800mm e 1.000mm anuais, com estações de chuva e seca bem

definidas, composta por árvores baixas, mais delgadas do que as florestas costeiras e mais

esparsas, mostrando-se menos densa. Segundo Andrade-Lima, a “mata de cipó” é uma

floresta instável, com sua existência subordinada à persistência do meio florestal a que esta

biologicamente ligada:

Reciprocamente, quando a floresta desaparece, este meio especial desaparecerá ao mesmo

tempo. Por conseguinte, a floresta não mais pode retomar a possessão do terreno que

perdeu, porque as condições favoráveis a sua recuperação não existem mais (FOURY,

1972, p. 41).

Nesse sentido, a mata de cipó define-se como “área de tensão ecológica”. Segundo

Schimper (apud BRASIL, 1981, p. 414), “área de tensão ecológica” é “a gradação de um tipo

de vegetação que se desenvolve para outro, partindo de seu ótimo ecológico até o extremo

oposto, quando desaparece”, ou ainda, de acordo com a definição de Ecótono de Clements

(apud BRASIL, 1981) “uma faixa ao longo da qual dois tipos de vegetação estão em fase de

competição por um mesmo espaço”.

Segundo Mori (1988), para alguns botânicos, a mata de cipó não representa um tipo

distinto de vegetação, mas o resultado de distúrbios. É possível concluir, com Foury (1972),

Page 31: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

11

que a mata de cipó é uma vegetação característica que se desenvolve na zona de transição

entre a zona de caatinga e a zona úmida no estado da Bahia.

2.3.2. Ocorrência

Este tipo de floresta ocorre na zona de transição entre a zona litorânea, com clima

tropical úmido, e a zona semi-árida do interior (FOURY, 1972). Surge entre a floresta

higrófila e a mata xerofítica nos arredores de Feira de Santana, em direção a Ipiaú

(TRICART, 1959).

As matas de cipós ocorrem entre 500m e 700m, segundo Andrade-Lima (1971), ou

entre 600m e 1.000m a.n.m. (MORI, 1988; FOURY, 1972; BRASIL, 1976), em regiões com

pluviosidade em torno de 800mm anuais, com estações de seca e chuva bem definidas. A

mata de cipó está localizada no Planalto Sul baiano, onde a altitude média é de 800m acima

do nível do mar, estendendo-se ao norte até Jequié, numa faixa bem estreita, e ao sul, numa

faixa mais ampla, pelo município de Belo Campo. Pode-se dizer que se estende de forma mais

ou menos triangular, com vértice superior ao sul de Jequié e base na altura dos municípios de

Cândido Sales, Belo Campo e Encruzilhada (BRASIL, 1976).

Andrade-Lima (1971), ao caracterizar a vegetação de Jaguaquara-Maracás, localizou a

mata de cipó a oeste da rodovia BR-116, aproximadamente em torno do planalto de Maracás

entre 650-850m de altitude (Fig. 1), com níveis mais baixos a leste, sob a maior incidência

dos ventos úmidos (barlaventos). A mata de cipó circunda a cidade de Itiruçu, onde se observa

seu maior desenvolvimento e condição de subperenifólia, com maior amplitude na direção

norte-sul, onde é limitada, ao norte, pelas caatingas dos níveis mais baixos na cidade de

Irajuba e, ao sul, também pelas caatingas, nas cotas em torno de 300m do vale do rio das

Contas, onde está Jequié. A leste da BR-116, ocupa as vertentes a sotavento da serra do Rio

Preto (bacia do rio Jiquiriçá), entre as cotas de 600m e 800m, estas últimas já no planalto.

Essa formação recobre superfícies pediplanadas conhecidas como planaltos dos Geraizinhos e

de Maracás, onde predominam solos do tipo latossolo vermelho-amarelo álico, originário de

depósitos detríticos de cobertura terciário-quaternária (BRASIL, 1981).

As áreas remanescentes deste tipo de vegetação são de cerca de 965km², apresentando-

se como fragmentos ou manchas cujas dimensões oscilam em torno de 10 a 15km²,

encontradas nas partes mais conservadas do relevo, geralmente em lugares de difícil acesso,

como boqueirões (BRASIL,1976). A topografia é, em geral, plana ou levemente ondulada

Page 32: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

12

(topografia de planalto), sem marcos orográficos especiais, e a pluviosidade parece decrescer

no sentido leste-oeste, porquanto em toda a extensão oeste a transição se faz de maneira não

muito nítida, ou seja, gradativamente até a caatinga. São freqüentes “encaixes” de mata de

cipó em áreas de caatinga, como nos municípios de Manoel Vitorino e Poções, em sua parte

Oeste. Como acontece nos demais tipos florestais, apresenta fácies. Recebe denominações

locais, tais como “mata fria”, quando ocorrem árvores de maior diâmetro, e “mata

carrascada”, quando estas aparecem com alturas e diâmetros menores. É provável, no segundo

caso, que já sejam matas em solos mais rasos ou anteriormente exploradas, ou matas

secundárias (BRASIL, 1976).

2.3.3. Fitofisionomia das matas de cipó

Andrade-Lima (1971), ao estudar a vegetação de Jaguaquara e Maracás, descreveu a

mata de cipó como uma vegetação arbórea, que cresce onde se encontram espécies da

caatinga associadas às espécies próprias da formação, com abundância de cipós (de onde

provém seu nome) que sobem entrelaçados até o topo das árvores, favorecidos pela presença

de luz.

A mata de cipó (BRASIL, 1981) é a formação que reveste o planalto dos Geraizinhos,

sendo sua estrutura composta por um emaranhado de árvores baixas, em geral de cerne duro

(madeira de alta densidade) e plantas lenhosas sarmentosas deciduais na época seca. É

caracterizada pela dominância da forma biológica fanerófita decidual com as gemas foliares

protegidas, possuindo seus indivíduos copas muito esgalhadas e folhas pequenas. Pela ação

antrópica, essa formação encontra-se completamente alterada, apresentando como fisionomias

dominantes, vegetação secundária e pastagens. Seus remanescentes são encontrados nas

partes mais conservadas do relevo e apresentam vegetações densas, compostas por árvores

altas e finas, com cerca de 18m e de folhagem reduzida (BRASIL, 1981).

Para Foury (1972), nas regiões onde ainda se encontrava, a mata de cipó de há mais de

30 anos adquire a forma de pequenos fragmentos. Segundo Viana (1990), entende-se como

fragmento florestal qualquer área de vegetação natural contínua interrompida por barreiras

antrópicas, como estradas e culturas agrícolas, entre outras, ou naturais, como lagos, outras

formações vegetais capazes de diminuir significativamente o fluxo de animais, pólen, etc.

Para Oliveira (1997), fragmento é um remanescente da vegetação nativa cercada por uma

matriz de terras agrícolas ou outras formas de uso da terra. Tanto por seu aspecto, como por

Page 33: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

13

sua composição florística, é uma floresta que se distingue da floresta da qual é vizinha. As

árvores são menores, mais delgadas do que as das florestas costeiras, de maneira que esta

floresta parece menos densa. É pouco rica em matéria lenhosa e este material é de pequenas

dimensões.

Para Tricart (1959) e Mori (1988), a mata de cipó é caracterizada por árvores de baixa

altura (10-15m) e de pequeno diâmetro, muitas das quais perdem suas folhas na estação seca.

A presença em abundância de lianas (cipós), formando usualmente um sistema de redes, e a

formação de um sub-bosque de arbustos delgados, que se alçam em busca de luz, dificultam a

passagem dentro da floresta.

Segundo Tricart (1959), nos solos arenosos mais pobres, a mata de cipó é substituída

por uma formação arbustiva muito fechada, designada, bem como as savanas do interior (no

entanto, bem diferentes), sob o nome popular de “campo cerrado”. É uma massa intrincada de

arbustos, de 4m a 6m de altura, onde aparecem algumas cactáceas, como o facheiro, e plantas

espinhosas. Nos planaltos cretáceos, com solos muito permeáveis, a formação é menos densa

e alta. Composta por árvores retorcidas, que atingem 6m a 7m, arbustos em tufos, pequenos

bosques e clareiras de altas gramíneas e moitas, recebem, devido ao lugar onde crescem, o

nome de “tabuleiro”.

Em resumo, a mata de cipó é uma floresta seca, com árvores relativamente baixas,

raramente ultrapassando 10m a 12m de altura, com manchas de grande densidade de árvores

por unidade de área, com diâmetro que varia de pequeno a médio, onde ocorrem, sempre em

grande quantidade, cipós e lianas que formam um emaranhado e dificultam a penetração e o

caminhar dentro da formação. Surge em área de estações chuvosa e de secas bem definidas,

perdendo as folhas nos meses de inverno, que é seco (julho/setembro).

2.3.4. Composição florística

Segundo BRASIL (1981), A mata de cipó é caracterizada por diversas espécies,

principalmente dos gêneros Aspidosperma, Piptadenia, Caesalpinia, Pithecellobium, Pisonia,

além de epífítas e cipós, assim como muitas espécies que ocorrem em áreas mais secas, como,

por exemplo, a barriguda (Bombacaceae), pavoação (Rutaceae), o pau-ferro (Leguminosae) e

outras (BRASIL, 1976).

Page 34: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

14

O substrato arbustivo, embora não muito denso, é representado por espécies das

famílias Rubiaceae, Euphorbiaceae, Violaceae e, um tanto raramente, por espécies de

Bromeliaceae e Cactaceae (BRASIL, 1976).

Variações pedológicas naturais ou decorrentes da intervenção humana permitem o

estabelecimento de espécies de caatinga, sem que haja dominância desse tipo vegetacional.

Essa formação (secundária ou não) possui um estrato ralo e baixo, composto por ervas

crestadas, entremeado de arbustos esgalhados e espinhentos pertencentes aos gêneros

Piptadenia, Mimosa e Pterogyne (BRASIL, 1981).

Na região de Jaguaquara-Maracás, a leste da BR-116, Andrade-Lima (1971) verificou

como espécies mais representativas Plathymenia foliolosa (vinhático), Melanoxylum brauna

(pau-preto), Bowdichia virgilioides (sucupira), Buchenavia sp. (pau-fava), Tabebuia sp. (pau-

d’arco), Cariniana sp. (jequitibá), Cedrela sp. (cedro), Ocotea sp. (louro), Dalbergia sp.

(jacarandá), Pterocarpus violaceus (pau-sangue) e Bombax sp. (munguba). Em terras

abandonadas, após utilização na agricultura de curta duração, foram encontradas espécies

herbáceas ou subarbustivas, principalmente Verbesina diversifolia (assa-peixe) e Pteridium

aquilinum (feto).

No Planalto de Vitória da Conquista, a aproximadamente 60 Km de Vitória da

Conquista, Soares-Filho (2000) destaca como espécies mais importantes Metrodorea mollis,

Anadenanthera colubrina, Esenbeckia febrífuga.

2.3.5. Estado de conservação da mata de cipó

A mata de cipó encontra-se altamente alterada e em situação instável (FOURY, 1972).

A maior parte, tanto as áreas florestais remanescentes como a vegetação secundária de porte

arbóreo, foi e continua sendo intensamente explorada. Situada na zona de transição entre a

caatinga e a floresta atlântica, essa região apresenta elevado desmatamento, em função da

retirada de madeira de valor comercial e de lenha para produção de carvão, da atividade

pecuária e da agricultura de curta duração. Se continuar assim, o futuro da mata de cipó é

incerto podendo desaparecer completamente, como previsto há mais de 25 anos por Andrade-

Lima (1971); Foury (1972); Brasil (1976 e 1981), pois quando é derrubada, por uma causa ou

por outra, é definitivamente substituída pela vegetação xerófita da zona semi-árida.

Page 35: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

15

3. REFERÊNCIAS

ANDRADE LIMA, D. Vegetação. Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: Fundação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Conselho Nacional de Geografia, folha

II, p.11, 1966.

———. Vegetação de Jaguaquara-Maracás, Bahia. Ciência e Cultura. São Paulo, Sociedade

Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), v. 23, nº 3, p. 317-319, 1971.

ANDRADE, M.C. Caracterização da sub-região da mata seca em Pernambuco. Separata da

Associação de Geógrafos Brasileiros. Anais. São Paulo, v. XI, tomo I, s/p, 1959.

BAHIA. SUPERINTENDÊNCIA DE ASSUNTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA

– SEI. Bahia em síntese. Informações geoambientais. Disponível em

<http://www.sei.ba.gov.br/ > acessado em 29 de julho de 2003.

BAHIA. SUPERINTENDÊNCIA DE ASSUNTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA

SEI. Informações geoambientais. Cartogramas. Disponível em

<http://www.sei.ba.gov.br/geoambientais/cartigramas/index.htm> Acessado em 14 de outubro

de 2003.

BARBOSA, M. R. & THOMAS, W. Biodiversidade, conservação e uso sustentável da Mata

Atlântica no Nordeste. In: Araújo, E. L. et al., eds. Biodiversidade, conservação e uso

sustentável da flora do Brasil. Recife: UFRPE, Brasil/Imprensa Universitária, p. 19 – 22,

2002.

BRASIL. Diagnóstico sócio-econômico da região cacaueira. Recursos florestais. Rio de

Janeiro: Ministério da Agricultura/Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira-

Ceplac/Convênio IICA-Ceplac/Cartográfica Cruzeiro do Sul. v. 7, 1976.

BRASIL. SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE –

SUDENE. DEPARTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS. Inventário florestal no

estado da Bahia – I. Recife: SUDENE – Divisão de Reprografia (Série Recursos Vegetais, 9)

231 p. ilust. 1979.

BRASIL MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA/SECRETÁRIA GERAL. Projeto

RADAMBRASIL, Folha SD 24 Salvador: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso

Page 36: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

16

potencial da terra. Rio de Janeiro: Ministério de Minas e Energia/Secretária Geral (Levantamento

de Recursos Naturais, 24), 1981.

BURTT – DAVY, J. The classification of tropical woody vegetation types. Institute Paper.

Oxford. v. 13 p.1 –85, 1939.

CARVALHO, A. M. História botânica da região cacaueira. In XXXI Congresso Nacional de

Botânica, 1980, Ilheús/Itabuna. Resumos. Ilheús/Itabuna: Sociedade Botânica do Brasil,

1980.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Manual e métodos de

análise de solo. Rio de Janeiro: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa)/Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos, 1979.

FERRI, M. G. Vegetação brasileira. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1980.

FOURY, P. A. As matas do nordeste brasileiro e sua importância econômica. Boletim

Geográfico. v. 31, n. 228, p.1-126, 1972.

GIULIETTI, A. M. Relatório do Projeto Flora da Bahia. Feira de Santana: CNPq, UEFS,

UESC, UESB, UFBA, IBGE (não publicado), 2001.

GUEDES, M. L. & ORGE, M. D. R. Checklist das espécies vasculares do Morro do Pai

Inácio (Palmeiras) e Serra da Chapadinha (Lençóis), Chapada. Bahia: UFBA, 1998.

HARLEY, R.M. & MAYO, S. J. Towards a checklist of the flora of Bahia. London, Royal

Botanic Gardens, Kew, 1980.

HARLEY, R.M. & SIMMONS, N.A. Florula of Mucugê. London, Royal Botanic Gardens,

Kew, 1986.

HOEHNE, F. C. Botânica e agricultura no Brasil no século XVI. São Paulo: Ed. Nacional.

(Biblioteca Pedagógica Brasileira, 5. Brasiliana 71), 1937.

LEWIS, G. P. Legumes of Bahia. London: Royal Botanic Gardens, Kew, 1987.

LUETZELBURG, P. Estudo botânico do Nordeste. 3 v. Rio de Janeiro: Inspetoria Federal

de Obras contra as Secas (Publicação 57, Ser. 1-A), 1922/3.

MACEDO, G. E. L. De História Natural a Ciências Biológicas na Universidade Federal

da Bahia (1949-1970): uma abordagem histórica. Dissertação (Mestrado) — Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo, 2001.

Page 37: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

17

MORI, S.A. & BOOM, B.M. Final Report to the World Wildlife Fund-US on the

botanical survey of endagered moist forest of eastern Brazil. New York: The New York

Botanical Garden, 1981.

MORI, S.A. & BOOM, B.M. Southern Bahian moist forests. Botanical Review, v. 49, p.

155-232, 1983.

MORI, S. A. Eastern, Extra-Amazonian Brazil. Pp. 428-454 In Campbell, D. G. & Hammond,

D., eds. Floristic inventory of tropical countries. New York: New York Botanical Garden,

1988.

MORI, S. A. & PRANCE, G.T. Flora neotropica: Lecythidaceae Part III. New York:

Organization for Flora Neotropica by Hafner Publishing Company. (Monograph 21-II),

1990.

NOVAES, A.B. & SÃO JOSÉ, A.R. Caracterização da região de mata de cipó no sudoeste da

Bahia. Pp. 32-38. In: Reflorestamento no Brasil. Vitória da Conquista, Universidade

Estadual do Sudoeste da Bahia. 1992.

OLIVEIRA, L. M. T. Diagnóstico de fragmentos florestais nativos, em nível de paisagem,

em áreas sobre influência da Veracruz Florestal Ltda. Dissertação (Mestrado em Ciências

Florestais) — Universidade Federal de Viçosa, 1997.

RENVOIZE, S. A. The grasses of Bahia. London, Royal Botanic Gardens, Kew, 1984.

RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e

florísticos. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 1997.

RODAL, M. J. N. & SAMPAIO, E. V. S. B. A vegetação do bioma caatinga. In SAMPAIO,

E. V. S. B. et al., eds. Vegetação e flora da caatinga. Recife: Associação de Plantas do

Nordeste (APNE)/Centro Nordestino de Informações de Plantas (CNIP), p. 11-24, 2002.

STANNARD, B. L. (ed.). Flora of the Pico das almas, Chapada Diamantina, Bahia,

Brazil. London, Royal Botanic Gardens, Kew, 1995.

SOARES-FILHO, A. O. Estudo Fitossociológico de duas florestas em região ecotonal no

planalto de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Dissertação (Mestrado) — Pontifícia

Universidade de São Paulo, 2000.

THOMAS, W.W. CARVALHO, A.M.V.; GARISON, J. & ARBELÁEZ, A.L. Plant

endemism in two forests in Southern, Brazil. Biodiversity and Conservation, v. 7, p.311 –

322, 1998.

Page 38: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

18

TRICART, J. As zonas morfoclimáticas do nordeste brasileiro. Salvador: Livraria

Progresso Editora, 1959.

VACONCELOS–SOBRINHO. As regiões naturais de Pernambuco. Arquivos do Instituto

de Pesquisa Agronômica. v. 3. Pernambuco: Secretária da Agricultura, Industria e Comércio,

p.25-33, 1941.

VELOSO, H. P. & GÓES FILHO, L. Fitogeografia brasileira, classificação fisionômica

ecológica da vegetação neotropical. Boletim Técnico. Projeto RADAMBRASIL, Série

Vegetação, n.º 1¸ Salvador: IBGE. 1982.

VELOSO, H. P., RANGEL FILHO, A. L. R. & LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação

brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de

Recursos Naturais e Estudos ambientais, 1991.

VIANA, V. M. Biologia e manejo de fragmentos florestais. In CONGRESSO FLORESTAL

BRASILEIRO, Campos do Jordão, 1990. Anais. Campos do Jordão: Sociedade Brasileira de

Silvicultura, p.113-117, 1990.

Page 39: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

19

ANEXOS

Page 40: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

20

Figura 1. Vista aérea da localização geográfica da área de estudo 13º56’41”S e 40º06’33.9”W

(A) e região de Jaguaquara e Maracás (Planalto de Maracás), municípios que fazem fronteira

com o de Jequié, onde cresce a mata de cipó (B).

Jagaracás Itiruçu

(A)

(B)

Page 41: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

21

Figura 2. Imagens da área de estudo no ano em que foi observada sua maior caducifólia -

Janeiro de 2003 (A) e como observada comumente (C).

(B)

(A)

Page 42: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

22

5. MANUSCRITOS

Page 43: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

23

5.1 Manuscrito a ser enviado para a Revista Acta Botanica Brasilica:

Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana

em Jequié, Bahia, Brasil

Page 44: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

24

Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana em

Jequié, Bahia, Brasil 1

Guadalupe Edilma Licona de Macedo2, 4 e Maria Jesus Nogueira Rodal3

1 Parte da tese de doutorado da primeira autora apresentada no Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade

Federal Rural de Pernambuco 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Ciências Biológicas, Avenida José Moreira Sobrinho, s/n.

Jequiezinho, 45200000, Jequié, BA, Brasil. 3 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Rua Dom Manoel Medeiros s/n. Dois Irmãos,

CEP 5211900, Recife, PE, Brasil. 4 Autor para correspondência: [email protected]

Page 45: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

25

RESUMO (Padrões de riqueza florística em um fragmento de floresta estacional semidecidual

montana em Jequié, Bahia, Brasil). A literatura refere o termo mata de cipó tanto para a área

geográfica, como para a vegetação predominante na zona de contato entre a estepe e a floresta

estacional, situada principalmente nos planaltos Sul-bahiano e Maracás. Essa vegetação apresenta flora

particular formada por elementos próprios da caatinga e das florestas úmidas, com fisionomia florestal

baixa, de árvores finas, sub-bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas. Considerando

que a área geográfica da mata de cipó pode abrigar vários tipos vegetacionais, fica a seguinte questão:

fisionomias semelhantes à acima citada têm sempre a flora característica da mata de cipó? Para

elucidar parte dessa questão, foi levantada a flora de um fragmento florestal naquela área (13º56’41”S

e 40º06’33.9”W), respondendo-se as seguintes perguntas: qual a flora do fragmento florestal? Qual sua

relação com outras matas de cipó? Qual sua relação com a flora da caatinga e da mata atlântica? Foram

coletadas 594 espécies, distribuídas em 89 famílias. O perfil de riqueza das famílias e das espécies é

semelhante ao encontrado nas florestas úmidas nordestinas, sendo bastante distinto do da chamada

mata de cipó. Os resultados apontam ainda que no sul/sudoeste da Bahia as florestas estacionais

semideciduais, como a da área de estudo, têm flora mais relacionada com as florestas úmidas, sendo

bastante distintas da chamada mata de cipó.

Palavras-chaves: Flora vascular, Floresta Atlântica, Nordeste do Brasil, floresta estacional

semidecidual

ABSTRACT (Floristic wealth patterns in a fragment of seasonal semideciduous mountain forest —

Vine Forest —, in Jequié, Bahia.) Literature refers the term “vine forest” both to geographical area and

thepredominant vegetation in the contact zone of steppe and seasonal forest, mainly located in

southern Bahia and Maracás plateaus. That vegetation presents a particular flora composed of elements

peculiar of caatinga and rain forests, with low forest physiognomy, thin trees, lean bushes understory

and abundant vines. Considering that vine forest geographical area can hold various vegetation types,

the question arises: physiognomies similar to the above cited always have the vine forest characteristic

flora? To elucidate part of that question, the flora of a fragment of that area (13º56’41”S and

40º06’33.9”W) was surveyed, answering the following questions: what is the flora of the forest

fragment? What is its relationship with other vine forests? What is its relationship with caatinga and

rain forest flora? 594 species were collected, distributed in 89 families. The families and species

wealth profile is similar to that found in northeastern rain forests, and is well distinct of that of the so

called vine forest. Besides, results show that in south-southwestern Bahia semidecidual seasonal

forests like the one surveyed have a flora more related to rain forests, well distinct of vine forests flora.

Keywords: Vascular flora, Atlantic forest, Northeastern Brazil, semidecidual seasonal forest

Introdução

Page 46: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

26

As florestas estacionais tropicais brasileiras ocorrem basicamente nos domínios amazônico e

atlântico, atravessando ainda, de forma descontínua, o cerrado e a caatinga (Rizzini 1997). De acordo

com Veloso et al. (1991), essas florestas variam de semideciduais a deciduais, sendo que as primeiras

ocorrem em ambientes com maior disponibilidade hídrica e apresentam fisionomia estratificada, com

árvores entre 18 e 30 m de altura, enquanto as segundas geralmente têm menor porte. No interior do

nordeste brasileiro, essas florestas geralmente ocorrem bordejando a caatinga, ora limitando com a

mata atlântica a leste, ora com o cerrado a oeste.

Dos estados nordestinos, a Bahia apresenta a maior área contínua de florestas estacionais (sensu

Veloso et al. 1991). De modo geral, as florestas estacionais do nordeste ainda são pouco estudadas,

com exceção das de Pernambuco (Sales et al. 1998). Os principais resultados do projeto Mata

Atlântica do Nordeste (Centro de Pesquisa da Lavoura Cacaueira CEPLAC - New York Botanical

Garden) apontam a necessidade de maior número de coletas nas áreas mais secas e interioranas do

sudeste baiano, principalmente naquelas situadas no contato entre os domínios florístico-vegetacionais

da caatinga e da mata atlântica (Bigarella et al. 1975). Técnicos do projeto RADAMBRASIL tratam a

zona desse contato (estepe/floresta Estacional) como área de tensão ecológica (Brasil 1981), em função

da presença de elementos florísticos daqueles dois domínios.

Áreas de tensão ecológica, mas que os próprios domínios florísticos-vegetacionais, onde

predomina um tipo de vegetação, embora outros também possam ocorrer, apresentam uma grande

variedade de tipos vegetacionais muitas vezes ocorrendo lado a lado em função de variações do

ambiente. Como exemplo, podemos citar o caso da cobertura vegetal do planalto da Borborema, área

de transição entre os domínios da caatinga e da floresta, que varia de caatinga arbustiva até florestas

úmidas (Rodal, 2002).

No caso da zona de contato entre a estepe e a floresta estacional do sul e sudoeste da Bahia, a

literatura tem referido o termo mata de cipó tanto para a área geográfica, como para o tipo

vegetacional predominante nessa área (Tricart 1959; Foury 1972; Novaes & São José 1992). A

vegetação de mata de cipó ocorre, principalmente, recobrindo parte do planalto Sul baiano (Brasil

1981) e de Maracás (Andrade-Lima 1971) e no vale médio rio de Contas, sempre acima de 500 ou 600

m a.n.m. (Brasil 1976; Mori 1988). Andrade-Lima (1971) observou que em condições mais favoráveis

as matas de cipó do planalto de Maracás alcançam uma condição subpernifólia.

Nessa zona há uma carência de levantamentos, quer florísticos e/ou fitossociológicos, havendo

apenas o trabalho de A.O. Soares-Filho, dados não publicados realizado no planalto de Vitória da

Conquista. Esse autor concluiu que a vegetação florestal estacional decidual montana amostrada

poderia ser classificada como mata de cipó. Todavia, vale salientar que a zona da mata de cipó pode

abrigar outros tipos vegetacionais, dependendo das condições de solo e relevo. Técnicos do CEPLAC

(Brasil 1976) ressaltaram que, como acontece em outros tipos de florestas, a mata de cipó apresenta

Page 47: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

27

diferentes fácies que recebem distintas denominações locais, a “mata fria”, onde ocorrem árvores de

maior diâmetro, e a “mata carrascada”, onde as plantas têm menores alturas e diâmetros.

No contexto das observações acima apresentadas, resta saber se toda vegetação com fisionomia

florestal baixa, de árvores finas, sub-bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas formando

densos emaranhados (Mori, 1988) localizada nos planaltos Sulbaiano e de Maracás e o vale do médio

rio de Contas, entre esses dois planaltos, representa floristicamente a mata de cipó (Andrade-Lima

1971; Foury 1972; Mori 1988) ou outros tipos vegetacionais.

Para responder a parte dessa questão foi levantada a flora vascular de um fragmento florestal

numa área de tensão ecológica situada no vale do médio rio de Contas em Jequié, Bahia, respondendo às

seguintes perguntas: Qual a flora desse fragmento florestal em Jequié? Qual sua relação com outros

estudos realizados em fragmentos de mata de cipó? Qual sua relação com a flora da caatinga e da

floresta atlântica?

Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para a política de conservação de

biodiversidade para o Nordeste brasileiro, uma vez que as florestas estacionais do sudeste da Bahia

credenciam-se como corredores naturais para estabelecer o fluxo gênico entre populações de plantas e

animais, assegurando a conservação in situ da flora nordestina.

Material e métodos

O estudo foi realizado num fragmento florestal situado no domínio de floresta estacional

decidual montana (Brasil, 1981) situado na fazenda Brejo Novo (13º56’41”S e 40º06’33.9”W) entre

617m e 755m de altitude, a 9 km da sede do município de Jequié, Bahia (Fig. 1). Trata-se de uma

propriedade particular, em uma reserva florestal com 74 ha, que se estende as duas outras

propriedades. O conjunto de relevos onde está situada a serra do Brejo Novo pertence ao complexo

migmatítico de Jequié (Brasil, 1981) e faz parte das serras marginais ou de patamares e serras do rio de

Contas, no planalto Sulbaiano (Silva, 1980).Vale salientar que, em apenas um dos três anos de coleta,

o fragmento ficou completamente sem folhas (decídua) apresentando características de floresta

estacional semidecidual montana (sensu Veloso et al. 1991). Trata-se de uma zona de transição entre a

floresta atlântica e a caatinga (Bahia/SEI 2003). Em termos da rede hidrográfica, as águas drenam para

o riacho da Jibóia, tributário do rio de Contas.

O solo predominante é classificado como Latossolo Vermelho Amarelo (Brasil, 1981).

Segundo Macedo & Rodal (dados não publicados), os solos são argilosos, distróficos (V<50%) com

baixos teores de nutrientes e altos teores de hidrogênio e alumínio trocável (H+ + Al3+), pH ácido,

baixos teores de fósforo, potássio e cálcio e altos de teores de magnésio e matéria orgânica.

Page 48: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

28

Infelizmente, não há posto meteorológico na área de estudo, sendo o mais próximo localizado

na sede de Jequié, situada a 216 m de altitude, onde a precipitação média anual é de 544,03 mm e a

temperatura média 24,3º C (dados para período de 1998 – 2006, fornecidos pela Superintendência de

Recursos Hídricos da Bahia). O desnível de mais de 401m certamente tem influência na temperatura

e, conseqüentemente, na disponibilidade hídrica para as plantas, resultando numa vegetação de porte

florestal na área de estudo, enquanto que na sede do município é caatinga.

As coletas de material botânico foram realizadas mediante caminhadas aleatórias de março de

2003 a março de 2006, semanalmente no primeiro ano, quinzenalmente no segundo e mensalmente no

último, seguindo as técnicas usuais de coleta para plantas, sugeridas por Mori et al. (1989). Os

espécimes foram secos em estufa e preparados na forma de exsicatas, com duplicatas. A identificação

das espécies foi realizada por comparação com exsicatas depositadas nos herbários CEPEC, HUEFS,

IPA e PEUFR e por especialistas de diferentes herbários do Brasil, para os quais foram enviadas

duplicatas.

Foi elaborada uma lista das espécies, com informações acerca do hábito, nome e número do

coletor, determinador e nome popular, ordenadas por família. As plantas com sementes e as

pteridófitas (sensu Engler) foram organizadas de acordo com as famílias reconhecidas pelo

Angiosperm Phylogeny Group II (APG II 2003) e Kramer & Green (1990), respectivamente. A grafia

dos autores dos nomes científicos seguiu Brummitt (1992), Brummitt & Powell (1992). O hábito das

plantas seguiu Font Quer (2000).

Os resultados foram comparados com diversos levantamentos florestais e não florestais do

nordeste, geralmente dissertações e teses. Foram considerados apenas levantamentos pontuais em áreas

delimitadas onde houve coleta sistemática de plantas com informações do hábito ou que informaram o

critério de inclusão. Os trabalhos não publicados foram: 1) florestas ombrófilas montanas de

Pernambuco, por E.M.N. Ferraz (São Vicente Férrer), e da Bahia, por M.L.C. Neves (Elísio Medrado);

2) florestas ombrófilas de terras baixas da Bahia, por L.A.A. Paraguassú (Porto Seguro), e da Paraíba,

por M.R.V. Barbosa (João Pessoa); 3) florestas estacionais semideciduais montanas e submontanas, da

Bahia por L.S. Funch (Lençóis), L.A. Passos (Ibicoará) e M.T.S Stradmann (Lençóis), de Pernambuco,

por M.S Correia (Pesqueira), e 4) floresta estacional decidual montana do Ceará, por J.R. Lima

(Crateús) e da Bahia, por A.O.Soares-Filho (Vitória da Conquista). Além disso, os resultados da flora

da área de estudo foram comparados com diversos trabalhos publicados sobre vegetação de caatinga

(Oliveira et al. 1997; Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et al. 2005; Gomes et al. 2006). Na

comparação com os levantamentos, além de se considerar o hábito das espécies, foi utilizado a

verificação do número de famílias, o número de espécies nos levantamentos e as espécies em comum

com a área de estudo.

Page 49: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

29

Resultados

Na mata do Brejo Novo foram coletadas 594 espécies, distribuídas em 89 famílias, além de três

táxons desconhecidos (Tab. 1). Como espécies novas ou em processo de descrição podem ser citadas:

Anthurium sp. (Araceae – S. Mayo, comunicação pessoal); Dichorisandra sp (Commelinaceae –

Barreto, comunicação pessoal); Erythroxylum sp (Erythroxylaceae – Loiola, comunicação pessoal),

Machaerium sp. e Peltogyne sp. (Fabaceae – Lima, comunicação pessoal).

Entre as famílias, merecem destaque Fabaceae (61 espécies), seguida por Myrtaceae (42),

Rubiaceae (37), Orchidaceae (27), Euphorbiaceae (25), Malpighiaceae (23), Bromeliaceae (19),

Asteraceae (18) e Bignoniaceae e Sapindaceae (17 espécies cada), totalizando 47% das espécies

coletadas. Os gêneros de maior riqueza foram: Eugenia (17 espécies), seguido de Erythroxylum (11),

Psychotria (10) e Machaerium (8).

Dos diferentes hábitos de plantas vasculares encontrados, o arbóreo foi o mais rico, com 275

espécies, cerca de 50% das espécies coletadas, distribuídas em 52 famílias. Destaque para Fabaceae,

com 43 espécies, e Myrtaceae, com 40 (Tab. 1). Como emergentes, podem ser citadas

Pseudopiptadenia contorta e Pterocarpus rohrii (Fabaceae), com indivíduos de mais de 20 m de

altura. O dossel é rico em espécies, destacando-se, por sua maior freqüência, Tapirira guianensis e

Thyrsodium spruceanum (Anacardiaceae), Xylopia sericea (Annonaceae), Aspidosperma spruceanum

(Apocynaceae), Schefflera morototoni (Araliaceae), Ocotea brasiliensis (Lauraceae) e Peltogyne sp.

(espécie nova de Fabaceae). Como característicos do subdossel, têm-se os vários representantes de

Myrtaceae, especialmente Eugenia (representado por 15 espécies), juntamente com Capparis

grandipetala (Brassicaceae), Gymnanthes hypoleuca, Senefeldera verticillata, e Pogonophora

schomburgkiana (Euphorbiaceae), Guapira opposita (Nyctaginaceae) e Casearia javitensis

(Salicaceae).

Embora a maioria das espécies tenha sido registrada na mata como um todo, algumas foram

coletadas em habitats específicos. Exemplos de populações mais freqüentes em áreas com menores

altitudes e próximas às bordas da mata foram: Schinopsis brasiliensis (Anacardiaceae), Acacia

polyphylla, Senna spectabilis var. excelsa e S. macranthera (Fabaceae), Allophylus laevigatus

(Sapindaceae), Celtis spinosa (Cannabaceae), Ziziphus cotinifolia (Rhamnaceae) e Cordia blanchetii

(Boraginaceae). Pela freqüência em trilhas ou em clareiras no interior do fragmento, destacaram-se as

populações de Erythroxylum polygonoides e E. vacciniifolium (Erythroxylaceae), Miconia budlejoides

e M. lepidota (Melastomataceae) e Metrodorea maracasana (Rutaceae). A única palmeira de porte

arbóreo registrada foi Syagrus botryophora.

As trepadeiras (lenhosas e herbáceas) representam o segundo hábito em riqueza, com 110

espécies ou cerca de 19% das espécies amostradas, distribuídas em 27 famílias. Essas plantas foram

observadas na borda, ao longo das trilhas e no interior da mata, predominantemente no dossel da

Page 50: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

30

floresta. Foram registradas 75 espécies de trepadeiras lenhosas, distribuídas em 24 famílias,

destacando-se Malpighiaceae, com 18 espécies, seguida por Fabaceae e Bignoniaceae, com 9 cada

(Tab.1). Os gêneros, Bauhinia, Dalbergia e Machaerium (Fabaceae) apresentaram maior número de

espécies. As trepadeiras herbáceas reúnem 35 espécies, divididas em 13 famílias, sendo Euphorbiaceae

(6) e Passifloraceae (5) as de maior riqueza. Destaque para os gêneros Dalechampia (Euphorbiaceae) e

Passiflora (Passifloraceae), por seu maior número de espécies (Tab.1). Em geral, as trepadeiras

lenhosas de Malpighiaceae, Bignoniaceae, Polygonaceae, Sapindaceae, Smilacaceae e Passifloraceae

foram encontradas tanto na borda como nas trilhas do interior da mata, juntamente com Ipomoea

subalata (Convolvulaceae). Bauhinia smilacina (Fabaceae) é freqüente no dossel, enquanto que os

muitos representantes de Schrankia leptocarpa sensu Bell, formam “emaranhados” com plantas

arbustivas e subarbustivas. Trepadeiras herbáceas são encontradas principalmente no interior da mata,

sendo exemplos Ditassa hispida (Apocynaceae), Dioscorea aff. sincorensis (Dioscoreaceae) e

Operculina macrocarpa (Convolvulaceae).

Ocorreram 104 espécies de arbustos e subarbustos, quase 18% das espécies coletadas,

distribuídas em 30 famílias. Destaque para Rubiaceae com 19 espécies, sendo o gênero Psychotria o

de maior riqueza, seguida de Asteraceae e Euphorbiaceae, com 11 e 8 espécies, respectivamente

(Tab.1). Tilesia baccata e Verbesina macrophylla (Asteraceae), Cordia curassavica e Tournefortia

paniculata (Boraginaceae), Jatropha ribifolia, Manihot sp. e Croton tetradenius (Euphorbiaceae), e

Mimosa tenuiflora (Fabaceae) são freqüentes na borda. Outras como Erythroxylum macrocalyx

(Erythroxylaceae), Rudgea jasminoides e Rudgea cf. sessiliflora (Rubiaceae) são encontradas nas

trilhas e em áreas abertas no interior do fragmento, enquanto Miconia ligustroides e Ossaea consimilis

(Melastomataceae) ocorrem no interior da mata.

Em seguida, as ervas terrestres (60 espécies) e as epífitas (45 espécies, incluindo as epífitas

hemiparasitas) que correspondem a 10% e 8% do total das espécies, respectivamente 28 e 7 famílias,

em sua maioria ervas terrestres são as famílias de maior riqueza nesse hábito. Apenas duas

hemiparasitas foram registradas: Psittacanthus bicalyculatus e Struthanthus sp (Loranthaceae), em

árvores de Pouteria bapeba (Sapotaceae), sempre na borda.

A maioria das ervas terrestres cresce gregariamente na borda, em áreas de clareiras e em trilhas

no interior da mata. Realce para os densos agrupamentos de Pteridium arachnoideum

(Dennstaedtiaceae), em clareiras das áreas de maior altitude.

Orchidaceae e Bromeliaceae, na maioria epífitas, são as famílias de maior riqueza, e respondem

por 43% das espécies daquele hábito (Tab.1). São plantas encontradas em todo o fragmento,

preferindo os ramos mais altos das árvores da borda e daquelas nas áreas mais elevadas do terreno.

Page 51: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

31

Discussão

Inventários de diversidade em florestas tropicais são concentrados em espécies arbóreas mais

que em outros hábitos, em razão de serem um componente importante naqueles ecossistemas pelo fato

de proverem recursos e estrutura de habitat para muitas outras espécies (Mani & Parthasarathy 2006).

Realmente, trata-se do hábito com maior riqueza de espécies, cerca de 50% das plantas vasculares, não

só na área de estudo, assim como em outras florestas da região nordeste (Lourenço & Barbosa 2003;

Andrade et al. 2004). Todavia, nas duas últimas décadas, tem aumentado o interesse no estudo dos

demais hábitos de plantas das florestas tropicais (Gerwing et al. 2006). Tratam-se basicamente de

trepadeiras, ervas terrestres, epífitas, saprófitas e parasitas, as quais dependem de outras plantas como

mecanismo de suporte, para nutrição ou ainda para estruturar habitats especializados (Richards 1996).

Em geral, esses hábitos representam metade da riqueza das plantas vasculares das florestas tropicais, e

sua riqueza e abundância variam de acordo com as características dessas florestas (Richards 1996).

Árvores - O perfil das famílias arbóreas da mata do Brejo Novo mostra maior afinidade com as

formações florestais mencionadas na Tab. 2 do que com a flora registrada nos diferentes tipos

caducifólios não florestais do semi-árido nordestino (Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et

al. 2005; Gomes et al. 2006). De fato, espécies freqüentes na vegetação de caatinga como Senna

spectabilis var. excelsa e Schinopsis brasiliensis (Lewis 1987; Andrade-Lima 1989) só ocorrem nas

bordas da mata. Vale salientar que, na região de Jequié, essas e outras espécies de caatinga são

freqüentes em áreas de menor altitude, geralmente inferiores a 300 m.

Diferentes autores (Gentry 1995; Richards 1996) têm argumentado que as florestas úmidas têm

maior riqueza que as secas. Nas florestas ombrófilas do nordeste, o número de famílias variou de 22 a

62 com média de 38, enquanto nas estacionais (excluindo a área de estudo) oscilou entre 17 e 40, com

média de 26 (Tab. 2). Ao comparar o total das famílias arbóreas da área de estudo (52) com os

levantamentos citados na Tab. 2, nota-se maior semelhança com as florestas ombrófilas. Todavia, as

famílias com maior riqueza de espécies nessas duas fisionomias são as mesmas, embora com

diferentes proporções. Como exemplo, Fabaceae e Myrtaceae apresentarem maior número de espécies

arbóreas em todos os levantamentos citados na Tab. 2 , entretanto, em média, essas famílias têm uma

maior riqueza nas florestas ombrófilas.

Padrão semelhante ao registrado no nível de família ocorre quando a análise se dá no nível

específico. Se considerarmos as 275 espécies arbóreas de Brejo Novo, nota-se que este valor foi mais

próximo do registrado nas ombrófilas, cujo número de espécies variou de 53 a 353, com média de 150

espécies, valor bastante superior ao das estacionais que variou de 38 a 121(Tab. 2), com média de 66

espécies por levantamento.

Page 52: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

32

A maior semelhança com as ombrófilas (Tab. 3) é reforçada quando se considera que na área

de estudo ocorrem sete espécies endêmicas da região do sul da Bahia e norte do Espírito Santo

(Thomas et al. 2003): Duguetia cf. scottmorii (Annonaceae), Dendropanax brasiliensis (Araliaceae);

Protium bahianum (Burseraceae), Swartzia oblata (Fabaceae), Erythroxylum membranaceum

(Erythroxylaceae), Eugenia cf. itacarensis (Myrtaceae) e Pouteria bapeba (Sapotaceae) não havendo

registro de nenhuma espécie endêmica da caatinga (Giulietti et al. 2002).

Oliveira-Filho et al. (2006) comentaram que o padrão geral revelado na análise da flora arbórea

das formações florestais do leste da América do Sul mostrou a forte influência da distância geográfica

na distribuição das espécies. Argumentaram, ainda, que quando as análises são restritas a setores da

Floresta Atlântica, como as realizadas no nordeste por Ferraz et al. (2004) e no sudeste por Oliveira-

Filho & Fontes (2000) o padrão das espécies parece ser primariamente relacionado com o clima. Este

último trabalho assinala, ainda, que a altitude e suas correspondentes variações de temperatura são

fortemente correlacionadas com a diferenciação interna, tanto das florestas ombrófilas como

semidecíduas e que estas últimas são, em grande parte, um subconjunto da flora das primeiras.

Finalizando, concluíram que a abordagem mais correta para florestas ombrófilas e semidecíduas do

sudeste brasileiro é de um contínuo de distribuição de espécies.

O estudo realizado no Ceará por J.R. Lima, dados não publicados, em uma floresta estacional

decidual montana no planalto da Ibiapaba, mostrou que a flora nada tem a ver com a dos outros tipos

de florestas estacionais da região ao norte do rio São Francisco, tanto em termos de composição como

na riqueza de espécies, que é bem menor. A autora afirmou que a flora é mais relacionada com tipos

vegetacionais caducifólios não espinhosos da Ibiapaba (mata seca e carrasco) do que com a caatinga

propriamente dita e com as demais florestas estacionais daquela região. Tais resultados mostram que

áreas próximas tendem a compartilhar mais espécies, independente do tipo vegetacional, confirmando

as conclusões de Oliveira-Filho et al. (2006) sobre a distância geográfica, ou seja, a influência do

grande tipo vegetacional na composição de espécies de uma determinada área.

Os estudos recentes realizados sobre a flora arbórea das florestas estacionais do sudoeste da

Bahia mostram que a floresta decidual (mata de cipó) analisada por A.O. Soares-Filho, dados não

publicados, no planalto de Vitória da Conquista, é completamente distinta da flora de Brejo Novo, e da

floresta analisada por Amorim et al. (2005), no município de Jussari, sul da Bahia. Enquanto os

resultados de A.O. Soares-Filho, dados não publicados, apontam para uma maior identidade com a

caatinga e com as florestas estacionais do Brasil central, os resultados da área de estudo e de Amorim

et al. (2005) mostram que na verdade a flora é um subset das ombrófilas. Como exemplo dessa

distribuição contínua de espécies nas matas do sul e sudeste da Bahia, nota-se que a área de estudo tem

um maior número de espécies compartilhadas com florestas próximas, tanto ombrófilas como

estacionais (Tab. 2), 40 no caso das ombrófilas (M.L.C. Neves, dados não publicados) e 26 no das

Page 53: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

33

estacionais (Amorim et al. 2005). Os trabalhos analisados apontam, ainda, que no sul e sudoeste da

Bahia as florestas estacionais semideciduais, como a área de estudo, têm flora mais relacionada com as

florestas úmidas, sendo bastante distintas da que ocorre na chamada mata de cipó.

Trepadeiras - Gentry (1995) observou que as florestas tropicais têm dez vezes mais indivíduos de

trepadeiras lenhosas que as temperadas. Reforçando essa importância, Richards (1996) salientou que

as trepadeiras das florestas tropicais têm um papel importante na estrutura e produtividade do sistema e

que sua abundância varia de acordo com o tipo de floresta e estágio sucessional. A esse respeito,

Gentry (1995) comentou que embora as florestas secas neotropicais sejam consistentemente distintas

das úmidas, pela sua menor riqueza de espécies, não diferem, significativamente, em muitos de seus

atributos estruturais. Como exemplo, citou que trepadeiras lenhosas são importantes em ambos os

tipos. Todavia, Schnitzer (2005) observou que a análise de 69 florestas tropicais indicam que a

abundância das trepadeiras lenhosas esta negativamente correlacionada com a média da precipitação

anual e positivamente correlacionada com a sazonalidade.

Os 15 levantamentos de florestas estacionais e ombrófilas nordestinas relacionados na Tab. 2,

não apresentam grande discrepância na proporção e composição das famílias com maior riqueza. Em

média, aqueles levantamentos apresentam 12,4% de trepadeiras, valor inferior aos 20% encontrados

por Gentry (1991), para florestas tropicais. A riqueza de espécies nas ombrófilas variou entre 11 a 57

espécies, com média de 28 espécies por levantamento, enquanto nas estacionais oscilou entre 4 e 54

com média de 36 espécies (Tab. 2).

Exceto por Cucurbitaceae e Dilleniaceae, que ocorrem preferencialmente nas florestas mais

úmidas, e por Convolvulaceae nas florestas estacionais, não há variação nas famílias de maior riqueza.

A respeito das famílias mais importantes entre as trepadeiras nas florestas secas neotropicais, Gentry

(1995) apontou Bignoniaceae como a mais representativa, não por sua elevada riqueza, e sim devido às

outras famílias apresentarem poucas espécies. Comportamento igual é observado na área de estudo.

A flora das trepadeiras da área de estudo apresentou poucas espécies em comum com a

vegetação caducifólia não florestal do semi-árido (caatinga e carrasco): Pyrostegya venusta (Araújo et

al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et al. 2005; Gomes et al. 2006), Dioclea violacea (Araújo et al.

2005) Schrankia leptocarpa sensu Bell e Mascagnia sepium (Alcoforado-Filho et al. 2003),

Heteropterys trichanthera (Rodal et al. 1999), Serjania pernambucensis, Passiflora galbana, P.

cincinnata (Gomes et al. 2006) e Serjania lethalis (Araújo et al. 1998, Rodal et al. 1999; Gomes et al.

2006). Logo, fica claro que as trepadeiras têm pouca afinidade com a vegetação caducifólia não

florestal (Tab. 3).

Considerando os levantamentos com maior proporção de trepadeiras nota-se que

Hippocrataceae (sensu Cronquist) está presente apenas na área de estudo e na floresta ombrófila de

Page 54: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

34

São Vicente Férrer (E.M.N. Ferraz, dados não publicados). A análise da presença de representantes

desta família em levantamentos onde não foi registrado o hábito das espécies indica diversas espécies

nas florestas do sul da Bahia (Mori et al. 1983; Amorim et al. 2005).

De acordo com o checklist das endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo (Thomas et

al. 2003), a área de estudo apresenta as seguintes trepadeiras endêmicas: Bauhinia angulosa Vogel

(Fabaceae), Chondrodendron microphyllum (Menispermaceae), Janusia schwannioides e

Stigmaphyllon blanchetii (Malpighiaceae).

Richards (1996) divide as trepadeiras em dois grupos funcionais: 1) tolerantes à sombra, e 2)

intolerantes à sombra. O autor salientou que nas florestas tropicais o segundo grupo é o mais numeroso

e que engloba principalmente as trepadeiras lenhosas, as quais são tolerantes à sombra quando jovens,

necessitando da luz do sol do dossel para seu pleno desenvolvimento. De fato, nota-se que na área de

estudo trepadeiras lenhosas aparecem com maior freqüência na borda e nas trilhas do interior da mata e

as trepadeiras herbáceas no interior. Richards (1996) observou ainda que o grupo de intolerantes a

sombra é conspícuo em florestas primárias não perturbadas bem como em clareiras e em vegetação

secundária, onde são especialmente abundantes formando densos emaranhados, como registrado para

Schrankia leptocarpa sensu Bell (Fabaceae) na área de estudo.

Arbustos e subarbustos – Via de regra, nos levantamentos realizados em florestas ombrófilas e

florestas estacionais nordestinas citados na Tab. 2, Fabaceae, Rubiaceae, Asteraceae e Solanaceae

apresentaram o maior número de espécies, tendo a primeira maior riqueza nas estacionais e a segunda

nas ombrófilas. O número de espécies arbustivas e subarbustivas nas florestas ombrófilas variou entre

25 e 95 com média de 57 espécies por levantamento, enquanto nas estacionais (exceto a área de

estudo) oscilou entre 4 e 100 com média de 36 espécies (Tab. 2). Ao contrário dos demais hábitos,

estes parecem estar mais relacionados com as formações caducifólias não florestais do semi-árido

(Tab. 3).

Dez espécies foram comuns às florestas ombrófilas: Coutarea hexandra, Croton

argyrophylloides, Lantana camara, Psychotria carthagenensis, Tilesia baccata, Verbesina

macrophylla, Vernonia acutangula e V. brasiliana e sete às estacionais: Cordia curassavica, Coutarea

hexandra, Croton argyrophylloides, Helicteres macropetala, Erythroxylum vacciniifolium, Lantana

camara e Verbesina macrophylla. Considerando levantamentos em florestas ombrófilas e estacionais

que não apresentaram os hábitos também realizados no sul/sudeste da Bahia (Thomas et al. 1998;

Amorim et al. 2005), há registro de sete espécies em comum com o Brejo Novo: Cordia curassavica,

Erythroxylum nobile, Faramea hyacinthina, Lantana camara, Randia armata, Rudgea jasminoides e

Sorocea hilarii.

Page 55: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

35

Um total de 17 espécies também está presente nas formações caducifólias não florestais no

semi-árido (Allophylus semidentatus; Baccharis trinervis var. rhexioides; Cordia curassavica; Croton

argyrophylloides; Coutarea hexandra; Guettarda angelica; Helicteres macropetala; Heliotropium

procumbens; Jatropha ribifolia; Lantana camara; Mimosa tenuiflora; Oxalis frutescens; Randia

armata; Tournefortia paniculata; Verbesina macrophylla; Vernonia obscura) como informam os

trabalhos de Oliveira et al. (1997); Araújo et al. (1998); Ferraz et al. (1998); Rodal et al. (1999);

Alcoforado-Filho et al. (2003); Andrade et al. (2004); Gomes et al. 2006; Rodal et al. (2006).

Considerando os dados acima discutidos e o fato de apenas seis espécies serem comuns ao

Brejo Novo, às florestas ombrófilas, às florestas estacionais e às formações não florestais caducifólias

do semi-árido, pode-se supor que o componente arbustivo e subarbustivo tem uma afinidade maior

com a flora das formações não florestais. Esta conclusão é reforçada quando se considera que no

checklist das endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo (Thomas et al. 2003) nenhuma das

espécies arbustivas e subarbustivas foi relacionada. No entanto, no checklist das endêmicas da caatinga

(Giulietti et al. 2002) a área de estudo tem os arbustos e subarbustos endêmicos Croton

argyrophylloides e Guettarda angelica (Rubiaceae), sendo esta última de ampla distribuição na

caatinga. E outras, como Coutarea hexandra, ocorrem no carrasco, cerrado, mata atlântica e caatinga

nordestina.

Ervas terrestres - Nas florestas tropicais esse hábito é basicamente dependente da presença de luz para

seu maior desenvolvimento, embora existam espécies típicas do interior florestal sombreado (Richards

1996). Trata-se de um padrão semelhante ao registrado na área de estudo, onde as ervas terrestres se

apresentam gregariamente na borda e em áreas de clareiras. Reprodução vegetativa, outra característica

de ervas de florestas tropicais (Richards 1996), é comum na área de estudo, a exemplo de Clidemia

hirta (Melastomataceae), Besleria longimucronata (Gesneriaceae), Araeococcus parviflorus e

Bilbergia amoena (Bromeliaceae). Embora não façam parte da flora das herbáceas terrestres, era

marcante a presença de plântulas de arbóreas de Gymnanthes hypoleuca (Euphorbiaceae), Eriotheca

macrophylla (Malvaceae), e Miconia spp (Melastomataceae).

A composição florística das ervas da área de estudo mostra maior similaridade com as

formações florestais (Tab. 2) não havendo nenhuma espécie em comum com as áreas de caatinga e

carrasco (Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Alcoforado-Filho et al. 2003; Rodal et al. 2004;

Araújo et al. 2005; Gomes et al. 2006).

Não houve registro de espécies endêmicas nem com a caatinga ou mata Atlântica (Tab. 3).

Outro aspecto relevante é a baixa riqueza de ervas monocotiledôneas terrestres na mata do

Brejo Novo, quando comparada a diversas florestas ombrófilas (Thomas et al. 2004a, 2004b, 2004c;

Rodal et al. 2005a; Rodal & Sales submetido). Todavia, quando se compara a riqueza de ervas

Page 56: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

36

terrestres nas florestas nordestinas, nota-se que não houve grande variação, uma vez que nas

ombrófilas esteve entre seis e 67 com média 36 enquanto nas estacionais (excluindo a área de estudo)

oscilou de sete a 44 com média 30.

Epífitas e hemiepífitas - Há consenso que as florestas secas tem menor número de espécies que

as úmidas, sendo inclusive uma característica estrutural distintiva entre os dois tipos de florestais

(Gentry 1995). Nos levantamentos do nordeste apresentados na Tab. 2 o número de espécies

encontrados nas ombrófilas esteve entre nove e 15 com média 10 e nas estacionais (excluindo a área de

estudo) oscilou de um a 46 com média 17. É possível que o maior número médio de epífitas das

estacionais esteja relacionado com o elevado número registrado por Rodal e Nascimento (2002). Neste

caso, deve-se considerar que aquelas autoras realizaram um levantamento detalhado das epífitas, o que

nem sempre ocorre nos levantamentos florísticos.

As hemiepífitas são plantas características de florestas tropicais, sendo ausentes nas

temperadas. Nesse grupo podemos encontrar as plantas estrangulantes, ausentes na área de estudo, e as

hemiepífitas que não causam danos fatais às hospedeiras (Richards 1996) como é o caso das

lorantáceas e as santaláceas presentes na Mata do Brejo Novo.

De acordo com o checklist das endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo (Thomas et

al. 2003) na área de estudo somente Sophronitis grandis (Orchidaceae) é endêmica (Tab. 3).

Apenas Tillandsia recurvata é uma espécie comum à área de estudo e diferentes tipos

caducifólios não florestais do semi-árido nordestino (Araújo et al. 1998; Rodal et al. 1999; Araújo et

al. 2005; Gomes et al. 2006).

Agradecimentos - A Fundação de Apoio à Pesquisa da Bahia pela bolsa concedida à primeira autora e

ao Conselho Nacional Científico e Tecnológico pela bolsa de produtividade da segunda autora. Aos

botânicos William Wayt Thomas e André M. Amorim, às botânicas Maria Regina Vasconcelos

Barbosa, Ângela Maria de Miranda Freitas, Maria Natividade Sanchez de Stapf e ao pessoal do

CEPEC pelo auxílio na identificação. Ao Sr. Francisco Britto proprietário da fazenda Brejo Novo, ao

Sr. Florisvaldo Souza Silva (Seu Flor) e, em especial a Gerivaldo Souza Silva (Neném) e José Lima da

Paixão pela coleta de material botânico.

Referências bibliográficas

Alcoforado-Filho, A.G.; Sampaio, E.V.S.B. & Rodal, M.J.N. 2003. Florística de um remanescente de

vegetação caducifólia espinhosa arbórea em Caruaru, Pernambuco. Acta Botanica Brasilica 17(2):

287-303.

Page 57: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

37

Amorim, A.M.; Fiaschi, P.; Jardim, J.G.; Thomas, W.W.; Clifton, B.C. & Carvalho, A.M.V. 2005. The

vascular plants of a forest fragment in southern Bahia, Brazil. Sida 21(3): 1727-1752.

Andrade, K.V.S.; Rodal, M.J.N.; Lucena, M.F.A. & Gomes, A.P.S. 2004. Composição florística de um

trecho do Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Pernambuco, Brasil. Hoehnea 31(3): 337-348.

Andrade-Lima, D. 1971. Vegetação de Jaguaquara-Maracás, Bahia. Ciência e Cultura 23(3): 317-319.

Andrade-Lima, D. 1989. Plantas das caatingas. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Ciências.

APG II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and

families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society 141: 399-436.

Araújo, F.S.; Sampaio, E.V.S.B.; Figueiredo, M.A.; Rodal, M.J.N. & Fernandes, A.G. 1998.

Composição florística da vegetação de carrasco, Novo Oriente, CE. Revista Brasileira de

Botânica 21(2): 105-116.

Araújo, F.S; Rodal, M.J.N & Barbosa, M.R.V. (orgs.). 2005. Análise das variações da

biodiversidade do bioma caatinga. Suporte a estratégias regionais de conservação. Brasília,

Ministério do Meio Ambiente.

Bahia. 1998. Plano diretor de recursos hídricos: bacia Rio de Contas. Documento síntese. Salvador

Secretária de Recursos Hídricos, Saneamento e Habitação.

Bahia/ SEI . Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Estado da Bahia. 2003. Bahia em

síntese. 2003 Banco de dados geoambientais. Disponível em <http://www.sei.ba.gov.br/ >>

Acesso em: 29 de julho.

Bigarella, J.J.; Andrade-Lima, D.; Riehs, P.J. 1975. Considerações a respeito das mudanças

paleoambientais na distribuição de algumas espécies vegetais e animais no Brasil. Anais da

Academia Brasileira de Ciências (Suplemento) 47: 411-464.

Brasil. Ministério da Agricultura. 1976. Diagnóstico sócio-econômico da região cacaueira. Recursos

florestais. Rio de Janeiro, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.

Brasil. Ministério das Minas e Energia. 1981. RADAMBRASIL . Folha SD 24 Salvador: geologia,

Geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, Ministério de Minas e

Energia/Secretária Geral (Levantamento de Recursos Naturais, 24)

Brummitt, R.F. & Powell, C.E. 1992. Authors of plant names. London, Royal Botanic Gardens,

Kew.

Brummitt, R.F. 1992. Vascular plant families and genera. London, Royal Botanic Gardens, Kew.

Cronquist, A. 1988. The evolution and classification of flowering plants. New York, The New York

Botanical Garden.

Ferraz, E.M.N.; Araújo, E.L. & Silva, S.I. 2004. Floristic similarities betwen lowland and montane

areas in Northeastern Brazil. Plant Ecology 174(1): 59-70.

Page 58: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

38

Ferraz, E.M.N.; Rodal, M.J.N.; Sampaio, E.V.S.B. & Pereira, R.C.A. 1998. Composição florística em

trechos de vegetação de caatinga e brejo de altitude na região do Vale do Pajeú, Pernambuco.

Revista Brasileira de Botânica 21(1): 7-15.

Font-Quer, Pio. 2000. Diccionario de Botánica. Barcelona, Ediciones Península, S.A.

Foury, P.A. 1972. As matas do nordeste brasileiro e sua importância econômica. Boletim Geográfico

31(28): 1-126.

Gentry, A.H. 1991. The distribution and evolution of climbing plants. Pp. 3-49. In: Putz, F.E. &

Mooney, H.A. (eds.). The biology of vines. Cambridge, Cambridge University Press.

Gentry, A.H. 1995. Diversity and floristic composition of neotropical dry forest. Pp. 146-190. In:

Bullock, S.H.; Mooney, H.A. & Medina, E. (eds.). Seasonally dry tropical forest. Cambridge,

Cambridge University Press.

Gerwing, J.J.; Schnitzer, S.A.; Burnham, R.J.; Bongers, F.; Chave, J.; DeWalt, S.J.; Ewango, C.E.N.;

Foster, R.; Kenfack, D.; Martinez-Ramos, M.; Parren, M.; Parthasarathy, N.; Perez-Salicrup, D.R.;

Putz F.E. & Thomas. D.W. 2006. A standard protocol for liana censuses. Biotropica 38: 256-261.

Giulietti, A.M.; Harley, R.M.; Queiroz, L.P.; Barbosa, M.R.V.; Bocage-Neta, A.L. & Figueiredo, M.A.

2002. Espécies da caatinga. Pp. 103-118 In: Sampaio, E.V.S.; Giulietti, A.M.; Virginio, J.;

Gamarra-Rojas, C.F.L. (eds.). Vegetação e flora da caatinga. Recife, Associação de Plantas do

Nordeste.

Gomes, A.P.; Rodal, M.J.N. & Melo, A.L. 2006. Florística e fitogeografia da vegetação arbustiva

subcaducifólia da Chapada de São José, Buíque, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20(1): 37-48.

Guedes, M.L.S. 1998. A vegetação fanerogâmica da reserva ecológica Dois Irmãos. Pp. 157-171. In:

Machado, I.C; Lopes, A.V. & Porto, K.C. (orgs.). Reserva ecológica de Dois Irmãos: estudos em

um remanescente de mata atlântica em área urbana. Recife, Pernambuco, Brasil. Recife,

Secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente/ Ed. Universitária da UFPE.

Kramer, K.U. & Green, P.S. 1990. (eds). Pteridophytes and Gymnosperms. Berlin, Springer-Verlag.

Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. London, Royal Botanic Gardens, Kew.

Lourenço, C.E.L & Barbosa, M.R.V. 2003. Flora da fazenda Ipuarana, Lagoa Seca, Paraíba (Guia de

campo). Revista Nordestina de Biologia 17(1/2): 23-58.

Mani, S. & Parthasarathy, N. 2006. Tree diversity and stand structure in inland and coastal tropical

dry evergreen forests of peninsular India. Current Science 90(9): 1-10.

Mori, S.A. 1988. Eastern Extra-Amazonian Brazil. Pp. 428-454. In: Campbell, D. & Hammond, D.

(eds.). Floristic inventary of tropical countries. New York, New York Botanical Garden.

Mori, S.A.; Boom, B.M.; Carvalho. A.M. & Santos, T.S. 1983. Southern Bahian moist forests.

Botanical Review 49: 155-232.

Page 59: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

39

Mori, S.A.; Silva, L.A.M.; Lisboa, G. & Coradin, L. 1989. Manual de manejo do herbário

fanerogâmico. Ilhéus, Centro de Pesquisa do Cacau.

Moura, F.P. & Sampaio, E.S.B. 2001. Flora lenhosa de uma mata serrana semidecídua em Jataúba,

Pernambuco. Revista Nordestina de Biologia 15(1): 77-89.

Novaes, A.B. & São José, A.R. 1992. Caracterização da região de mata de cipó no sudoeste da Bahia.

Pp. 32-38. In: Reflorestamento no Brasil. Vitória da Conquista, Universidade Estadual do

Sudoeste da Bahia.

Oliveira, M.E.A.; Sampaio, E.V.S.B.; Castro, A.A.J.F. & Rodal, M.J.N. 1997. Flora e fitossociologia

de uma área de transição carrasco-caatinga de areia em Padre Marcos, Piauí. Naturalia 22: 131-

150.

Oliveira-Filho, A.T. & Fontes, M.A.L. 2000. Patterns of floristic among Atlantic Forest in south-

eastern Brazil, and the influence of climate. Biotropica 32(4b): 793 – 810

Oliveira-Filho, A.T., Jarenkow,J. A.; Rodal, M. J. 2006. Floristic relationships of seasonally dry Forest

of eastern south américa base don tree species distribution patterns. In: Pennington, R. T; Lewis,

G.P; Ratter, J.A.2006. Neotropical savannas and dry Forest: divertsity, biogeography, and

conservation. Florida, CRC Press.

Richards, P.W. 1996. The tropical rain forest: an ecological study. Cambridge, Cambridge

University Press.

Rizzini, C. T. 1997. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e

florísticos. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural Edições.

Rodal, M.J.N. & Nascimento, L.M. 2002. Levantamento florístico da floresta serrana da reserva

biológica de Serra Negra, microrregião de Itaparica, Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica

16(4): 481-500.

Rodal, M.J.N. & Sales, M.F. submetido. Brejo dos Cavalos: uma floresta serrana úmida no semi-árido

do nordeste do Brasil. Hoehnea.

Rodal, M.J.N.; Andrade, K.V.A.; Sales, M.F.S. & Gomes, A.P.S. 1998. Fitossociologia do

componente lenhoso de um refúgio vegetacional no município de Buíque, Pernambuco. Revista

Brasileira de Botânica 58(3): 517-526.

Rodal, M.J.N.; Lucena, M.F.A.; Andrade, K.V.S.A. & Melo, A.L. 2005b. Mata do Toró: uma floresta

estacional semidecidual de terras baixas no nordeste do Brasil. Hoehnea 32(2): 283-294.

Rodal, M.J.N.; Nascimento, L.M. & Melo, A.L. 1999. Composição florística de um trecho de

vegetação arbustiva caducifólia, no município de Ibimirim, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica

13(1): 15-28.

Rodal, M.J.N.; Sales, M.F.; Silva, M.J.S. & Silva, A.G. 2005a. Flora de um brejo de altitude na

escarpa oriental do planalto da Borborema, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19(4): 843-858.

Page 60: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

40

Sales, M.F.; Mayo, S.J.; Rodal, M.J.N. 1998. Plantas vasculares das florestas serranas de

Pernambuco. Um checklist da flora ameaçada dos brejos de altitude. Recife, Imprensa

Universitária. Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Schnitzer, S.A. 2005. A Mechanistic Explanation for Global Patterns of Liana Abundance and

Distribution. The American naturalist 166(2): 262 - 276.

Silva, T.C. 1980. Mapa geomorfológico da Bahia. Salvador, CEPLAB.

Siqueira, D.R.; Rodal, M.J.N.; Lins-e-Silva, A.C. & Melo, A.L. 2001. Physiognomy, structure, and

floristic in an area of Atlantic Forest in Northeast Brazil. In: Gottsberger, G. & Liede, S. (eds.).

Life forms and dynamics in tropical forest. Berlin-Stuttgart, J. Cramer in der Gebrüder

Bomtraeger Verlagsbuchhandlung.

Thomas, W.W. & Carvalho, A.M.V. 2004a, Preliminary checklist of the plants of Monte Pascoal

National. New York, New York Botanical Garden (www.nybg.org/bsci/res/ME.html) Acessado em

13 de dezembro.

Thomas, W.W. & Carvalho, A.M.V. 2004b, Preliminary checklist of the plants of the Mata da

Esperança. New York, New York Botanical Garden (www.nybg.org/bsci/res/MP.html) Acessado

em 13 de dezembro.

Thomas, W.W.; Carvalho, A.M.V.; Amorim, A. M.; Garrison, J. 2004c; Preliminary checklist of the

flora of the Una Biological Reserve. New York, New York Botanical Garden

(www.nybg.org/bsci/res/una.html). Acessado em 13 de dezembro.

Thomas, W.W.; Carvalho, A.M.V.; Amorim, A.A; Garrison, J. & Arbeláez, A.L. 1998. Plant

endemism in two forests in southern Bahia, Brazil. Biodiversity and Conservation 7: 311-322.

Thomas, W.W.; Jardim, J.G.; Fiaschi, P. & Amorim, A.M. 2003. Lista preliminar das angiospermas

localmente endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo, Brasil. In: Prado, P.I.; Landau,

E.C.; Moura, R.T.; Pinto, L.P.S.; Fonseca, G.A.B. & Alger, K. (orgs.). Corredor de

biodiversidade de Mata atlântica do sul da Bahia. CD-ROM. Ilhéus,

IESB/CI/CABS/UFMG/UNICAMP.

Tricart, J.1959. As zonas morfoclimáticas do nordeste brasileiro. Salvador, Livraria Progresso

Editora.

Veloso, H.P.; Rangel-Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira,

adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro, IBGE.

Page 61: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

41

ANEXOS

Page 62: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

42

LISTA DE FIGURAS

Manuscrito 1

Figura 1. Localização geográfica da área de estudo, no município de Jequié, Bahia,

Brasil (13º56’41”S e 40º06’33.9”W) ................................................................................

43

Figura 2. Precipitação e temperaturas médias mensais do município de Jequié, Bahia,

Brasil no período de novembro de 1998 a março de 2006 município de Jequié, Bahia.

(13º56’4”S e 40º06’33.9”W) ..............................................................................................

44

Page 63: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

43

Fig. 1

Jequié

N

Bahia

Área de estudo Brejo Novo 13º56’41”S 40º06’33,9”

Sergipe

Alagoas

Pernambuco

Espírito Santo

Minas Gerais

Piauí

74.0 ha

Fonte: SEI 2003 Escala = 1/100.000

Page 64: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

44

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

80.0

90.0

100.0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

MESES

mm

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

30.0

º C

PRECIPITAÇÃO

TEMPERATURA

Fig. 2.

Page 65: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

45

Tabela 1. Lista das plantas vasculares do um fragmento de floresta estacional (mata de cipó) no municipio de Jequié, Bahia, Brasil. Material testemunho está listado usando as iniciais do coletor e número de coleta. O material botânico está depositado no herbário Professor Vasconcelos-Sobrinho da Universidade Federal Rural de Pernambuco. A.F.Souza = Amélia Fernandez de Souza; BL = Jaqueline Baleiro; G.E.L.Macedo = Guadalupe Edilma Licona de Macedo; Stapf = Maria Natividade Sánchez de de Stapf; WT = William Wayt Thomas; D(H) = determinador e herbário; HAB = hábito; NP = nome popular; ARB = arbusto; ARV = árvore; ER = erva terrestre; EP = erva epífita; HE = erva hemiparasita; SUB = subarbusto; LIA = trepadeira lenhosa e TR = trepadeira herbácea; PA = planta arborescente. FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 1. ACANTHACEAE / S.R.Profice(RB)

1 Aphelandra nitida Nees & Mart. ARB G.E.L. Macedo 123 2 Herpetacanthus longiflorus Moric. ARB G.E.L. Macedo 135 cipó de São João 3 Justicia cuneiformis Nees & Mart. ARB G.E.L. Macedo 215 4 Justicia genuflexa Nees & Mart. ER A.F.Souza 2 Camarão branco 5 Justicia glaziovii Lindau ARB G.E.L. Macedo 1774 6 Justicia sp. ARB G.E.L. Macedo 785 7 Mendoncia blanchetiana Profice LIA G.E.L. Macedo 1419 8 Acanthaceae Indet.1 ARB G.E.L. Macedo 832A

2. ANACARDIACEAE / C.Coreia (HUEFS); J.R.Pirani (SPF) 9 Astronium concinnum Schott ex Spreng. ARV G.E.L. Macedo 1361 Cedro, Bastião

10 Astronium sp.1 ARV G.E.L. Macedo 1672 11 Astronium sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1056 12 Cyrtocarpa caatingae J.D. Mitch. & Daly ARV G.E.L. Macedo 445 Pau pimenta 13 Schinopsis brasiliensis Engl. ARV G.E.L. Macedo 159 Aroeira 14 Tapirira guianensis Aubl. ARV G.E.L. Macedo 305 Pau pombo 15 Thyrsodium spruceanum Benth. ARV G.E.L. Macedo 725 Cambotá 16 Thyrsodium sp. ARV G.E.L. Macedo 1808

3. ANNONACEAE / R. Mello-Silva (SPF) 17 Duguetia cf. scottmorii Maas ARV G.E.L. Macedo 332 Caraiba 18 Rollinia dolabripetala (Raddi) R.E.Fr. ARV G.E.L. Macedo 1600 Pinha brava 19 Rollinia aff. pickelii Diels ARV G.E.L. Macedo 625 Imbirá 20 Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr. ARV G.E.L. Macedo 852 21 Xylopia sericea A. St. Hil. ARV G.E.L. Macedo 927 Pindaiba

4. APOCYNACEAE / W.M.Fereira (UEC); A.M.Miranda (HS T); A.Rapini (HUEFS)

22 Aspidosperma discolor A.DC. ARV G.E.L. Macedo 1644 23 Aspidosperma pyricollum Müll. Arg. ARV G.E.L. Macedo 1337 Pitiá 24 Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 201 Camaçari 25 Aspidosperma sp. ARV G.E.L. Macedo 303 Pitiá 26 Ditassa hispida (Vell.) Fontella TR G.E.L. Macedo 916 Pitiá 27 Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel ARV G.E.L. Macedo 685 Pau leite 28 Matelea sp. TR G.E.L. Macedo 517 29 Peltastes peltatus (Vell.) Woodson LIA G.E.L. Macedo 1874 30 Peplonia bradeana (Fontella & E. A. Schwarz) Fontella & Rapini LIA G.E.L. Macedo 317

31 Tabernaemontana bracteolaris Mart. ex Mull. Arg. ARV G.E.L. Macedo 344 Pau de colher 32 Apocynaceae Indet 1 ARB G.E.L. Macedo 758 33 Apocynaceae Indet 2 ARV G.E.L. Macedo 1543 Pau de cachimbo

5. ARACEAE/ M.N.Coelho (RB) 34 Anthurium bellum Schott ER G.E.L. Macedo 283 35 Anthurium aff. jilekii Schott ER A.F.Souza 32 36 Anthurium sp. (sp nova.) EP G.E.L. Macedo 1592 37 Anthurium sp. ER G.E.L. Macedo 792 38 Monstera adansonii var. klotzschiana (Schott) Madison ER G.E.L. Macedo 1225 39 Philodendron pedatum (Hook.) Kunth EP G.E.L. Macedo 205 Imbé 40 Taccarum sp. ER G.E.L. Macedo 794

Continua ...

Page 66: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

46

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 6. ARALIACEAE/ P.Fiaschi (CEPEC)

41 Dendropanax brasiliensis (Seem.) Frodin ARV G.E.L. Macedo 1663 42 Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin ARV G.E.L. Macedo 1585 Matatauba

7. ARECACEAE/ T. Medeiros Costa (UFP) 43 Bactris glassmanii Med.-Costa & Noblick ex A.J. Hend. PAL G.E.L. Macedo 1240 Mané véi 44 Syagrus botryophora (Mart.) Mart. PAL G.E.L. Macedo 251 Pati(palmeira)

8. ARISTOLOCHIACEAE 45 Aristolochia sp.1 TR G.E.L. Macedo 697 46 Aristolochia sp.2 LIA G.E.L. Macedo 566

9. ASTERACEAE/ R.C. Pereira (IPA); M.F. Cavalcante (IPA) 47 Baccharis trinervis var. rhexioides (Kunth) Baker ARB G.E.L. Macedo 261 48 Bejaronoa semistriata (Baker) R.M. King & H. Rob. SUB G.E.L. Macedo 532 49 Chaptalia integerrima (Vell.) Burkart ER G.E.L. Macedo 648 50 Chromolaena maximilianii (Schard ex DC.) R.M. King & H. Rob. LIA G.E.L. Macedo 1248

51 Chromolaena odorata (L.) R.M. King & H. Rob. ARB G.E.L. Macedo 166 52 Conyza chilensis Spreng. ER G.E.L. Macedo 646 53 Gochnatia lucida (Baker) Cabrera ARV G.E.L. Macedo 614 54 Mikania obovata DC. TR G.E.L. Macedo 764 55 Piptocarpha cf. leprosa (Less.) Baker ARB G.E.L. Macedo 266 56 Tilesia baccata (L.) Pruski ARB G.E.L. Macedo 540 57 Trixis antimenorrhoea (Schrank) Kuntze TR G.E.L. Macedo 915 58 Verbesina macrophylla (Cass.) S.F. Blake ARB G.E.L. Macedo 171 Assa peixe 59 Vernonia acutangula Gardner ARB G.E.L. Macedo 368 60 Vernonia brasiliana (L.) Druce ARB G.E.L. Macedo 1249 61 Vernonia cotoneaster (Willd. ex Spreng.) Less. ARB G.E.L. Macedo 1258 62 Vernonia obscura Less. ARB G.E.L. Macedo 918 63 Wedelia villosa Gardner ER G.E.L. Macedo 230 64 Asteraceae Indet. ARB G.E.L. Macedo 824

10. BIGNONIACEAE/ M. Assis (HRCB) 65 Adenocalymma sp. LIA G.E.L. Macedo 1303 66 Anemopaegma sp. LIA G.E.L. Macedo 491 67 Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. TR G.E.L. Macedo 620 68 Arrabidaea rego (Vell.) DC. TR G.E.L. Macedo 914 69 Arrabidaea sp. ARV G.E.L. Macedo 1611 70 Clytostoma sciuripabulum Bureau & K. Schum. LIA G.E.L. Macedo 185 71 Lundia cordata (Vell.) A. DC. LIA G.E.L. Macedo 1199 72 Phryganocydia corymbosa (Vent.) Bureau ex K. Schum. LIA G.E.L. Macedo 753 73 Pyrostegia venusta (Ker-Gawl) Miers LIA A.F.Souza 18 Cipó Catitu 74 Sparattosperma catingae A.H. Gentry TR G.E.L. Macedo 853 75 Stizophyllum perforatum (Cham.) Miers ARV G.E.L. Macedo 563 76 Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith ARV G.E.L. Macedo 1230 77 Tabebuia sp. ARV G.E.L. Macedo 1781 Ipê 78 Xylophragma sp. LIA G.E.L. Macedo 358 79 Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau ARV G.E.L. Macedo 200 80 Bignoniaceae Indet. 1 LIA G.E.L. Macedo 1752 81 Bignoniaceae Indet. 2 LIA G.E.L. Macedo 1986

11. BORAGINACEAE/J.I.M.Melo (PEUFR); M.N.Stapf (HUE FS); C.F.Conceição (HUEFS)

82 Cordia corchorifolia A. DC. ER G.E.L. Macedo 522 83 Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult. ARB G.E.L. Macedo 108 84 Cordia aff. superba Cham. ARV Stapf 296 85 Cordia sp (sp nova) ARV G.E.L. Macedo 2039 Baba de boi 86 Cordia taguahyensis Vell. ARV G.E.L. Macedo 220 Baba de boi 87 Cordia trachyphylla Mart. ARV A.F.Souza 24 Baba de boi

Continua ...

Page 67: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

47

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP

88 Heliotropium angiospermum Murray ER G.E.L. Macedo 783 89 Heliotropium procumbens Mill. SUB G.E.L. Macedo 784 90 Tournefortia candidula (Miers) I.M. Johnst. ARV WT 13553 91 Tournefortia membranacea A. DC. TR G.E.L. Macedo 593 92 Tournefortia paniculata Cham. ARB G.E.L. Macedo 649

12. BRASSICACEAE/ M.B.Costa e Silva (IPA) 93 Capparis brasiliana DC. ARB G.E.L. Macedo 1207 94 Capparis cf. grandiflora Wall. ex Hook.f. & Thomson. ARV G.E.L. Macedo 160

95 Capparis grandipetala Maguire & Steyerm ARV G.E.L. Macedo 372 Grão de burro 96 Capparis jacobinae Moric. ex Eichler ARV A.F.Souza 17 97 Capparis nectaria Vell. ARV G.E.L. Macedo 299

13. BROMELIACEAE/ M.G.Wanderley (SP) 98 Aechmea lingulata (L.) Baker EP G.E.L. Macedo 382 99 Ananas sp. EP G.E.L. Macedo 285

100 Araeococcus parviflorus (Mart. ex. Schult. f.) Lindm. ER G.E.L. Macedo 656 101 Billbergia amoena (Lodd.) Lindl. ER G.E.L. Macedo 909 102 Billbergia chloristica Sanders EP G.E.L. Macedo 610 103 Canistrum sp. EP G.E.L. Macedo 1032 Bromélia 104 Hohenbergia cf. pabstii L.B. Sm. EP A.F.Souza 36 105 Hohenbergia sp.1 EP G.E.L. Macedo 513 106 Hohenbergia sp.2 EP G.E.L. Macedo 660 107 Lymania sp. ER G.E.L. Macedo 1990 Bromélia 108 Racinaea spiculosa (Griseb.) M.A. Spencer & L.B. Sm. EP G.E.L. Macedo 178 109 Tillandsia gardneri Lindl. EP G.E.L. Macedo 179 Bromélia 110 Tillandsia recurvata (L.) L. EP G.E.L. Macedo 399 111 Tillandsia stricta Sol. ex Sims EP G.E.L. Macedo 149 112 Tillandsia tenuifolia L. EP G.E.L. Macedo 1559 113 Tillandsia sp. EP G.E.L. Macedo 1984 Bromélia 114 Vriesea ensiformes (Vell.) Beer. EP G.E.L. Macedo 184 115 Vriesea recurvata Gaud. EP G.E.L. Macedo 907 116 Vriesea sp. EP G.E.L. Macedo 1262 Bromélia 14. BURSERACEAE/ J.R.Pirani (SPF) 117 Protium bahianum Daly ARV G.E.L. Macedo 462 Amescla 118 Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand ARV G.E.L. Macedo 1171 119 Protium warmingianum March. ARV G.E.L. Macedo2027A

15. CACTACEAE 120 Epiphyllum sp. EP G.E.L. Macedo 833 Flor de maio 121 Rhipsalis sp. EP G.E.L. Macedo 886 122 Cactaceae Indet. ARB G.E.L. Macedo 659 16. CANNABACEAE/ R.B.Torres (IAC) 123 Celtis spinosa Spreng ARV G.E.L. Macedo 1250 Juá mirim 123 Celtis spinosa Spreng ARV G.E.L. Macedo 1250 Juá mirim 17. CELASTRACEAE/ J.A.Lombardi (HRCB); R.M.Okano (V IC) 124 Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C. Sm. ARV G.E.L. Macedo 1577 125 Cheiloclinium serratum (Cambess.) A.C. Sm. LIA G.E.L. Macedo 276 126 Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek ARV G.E.L. Macedo 389 127 Maytenus floribunda Reissek ARV G.E.L. Macedo 1205 128 Maytenus sp. ARV G.E.L. Macedo 1359 129 Salacia sp. LIA G.E.L. Macedo 962 130 Tontelea leptophylla A.C. Sm. ARV G.E.L. Macedo 1623 131 Tontelea miersii (Peyr.) A.C. Sm. ARV G.E.L. Macedo 627 18. CHRYSOBALANACEAE 132 Couepia sp. ARV G.E.L. Macedo 991 133 Hirtella sp. ARV G.E.L. Macedo 994 134 Licania sp.1 ARV G.E.L. Macedo 2044

Continua ...

Page 68: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

48

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 135 Licania sp.2 ARV G.E.L. Macedo 449 19. CLUSIACEAE/ P. Fiaschi (CEPEC) 136 Clusia rosea Jacq. EP G.E.L. Macedo 902 137 Garcinia sp. ARV G.E.L. Macedo 1191 20. COMMELINACEAE/ R. Barretto (UFP) 138 Commelina obliqua Vahl ER G.E.L. Macedo 619 139 Dichorisandra hexandra (Aubl.) Standl. ER G.E.L. Macedo 814 140 Dichorisandra sp. (sp. nova) ER G.E.L. Macedo 359 21. CONNARACEAE 141 Cnestidium sp. LIA G.E.L. Macedo 671 142 Connarus sp. LIA G.E.L. Macedo 1242 22. CONVOLVULACEAE/ R.S.Bianchini (SP) 143 Evolvulus filipes Mart. ER G.E.L. Macedo 844 144 Evolvulus glomeratus Nees & C. Mart. ER G.E.L. Macedo 760 145 Ipomoea tiliacea (Willd.) Choisy TR G.E.L. Macedo 661 146 Ipomoea subulata Hassl. LIA G.E.L. Macedo 1892 147 Jacquemontia bracteosa Meisn. TR A.F.Souza 8 148 Jacquemontia glaucescens Choisy TR G.E.L. Macedo 917 149 Operculina macrocarpa (L.) Urb. TR G.E.L. Macedo 751 23. COSTACEAE/J.M.A.Braga (RB) 150 Costus spiralis (Jacq.) Roscoe var. Spiralis ER G.E.L. Macedo 164 24. CUCURBITACEAE 151 Gurania subumbellata (Miq.) Cogn. TR G.E.L. Macedo 818 25. CYPERACEAE 152 Cyperus sp. ER G.E.L. Macedo 640 26. DENNSTAEDTIACEAE / S.R.S.Xavier (PEUFR) 153 Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon ER G.E.L. Macedo 384 27. DILLENIACEAE/C.N.Fraga (RB) 154 Davilla kunthii A. St.-Hil. LIA A.F.Souza 20 155 Dilleniaceae Indet. LIA G.E.L. Macedo 241 28. DIOSCOREACEAE 156 Dioscorea aff. sincorensis R. Knuth TR G.E.L. Macedo 850 157 Dioscorea trilinguis Griseb. TR G.E.L. Macedo 805 29. EBENACEAE/ M.F.Santos (SPF); P.T. Sano (SPF) 158 Diospyros cf. hispida A. DC. ARV G.E.L. Macedo 448 30. ELAEOCARPACEAE/ M.N.Coelho (RB) 159 Sloanea monosperma Vell. ARV G.E.L. Macedo 353 160 Sloanea pubescens Benth. ARV G.E.L. Macedo 1504 161 Sloanea stipitata Spruce ex Benth. ARV G.E.L. Macedo 1139 31. ERYTHROXYLACEAE/ M.I.B. Loiola (UFRN) 162 Erythroxylum affine A. St.-Hil. ARV G.E.L. Macedo 1461 Caboclo roxo 163 Erythroxylum macrocalyx Mart. ARB G.E.L. Macedo 308 Caboquinho 164 Erythroxylum membranaceum Plowman ARV G.E.L. Macedo 1464 Caboquinho 165 Erythroxylum nobile O. E. Schulz ARB G.E.L. Macedo 193 166 Erythroxylum polygonoides Mart. ARV G.E.L. Macedo 623 167 Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil. ARV G.E.L. Macedo 502 Caboclo roxo 168 Erythroxylum subrotundum A. St. -Hil. ARV G.E.L. Macedo 169 Caboquinho 169 Erythroxylum vacciniifolium Mart. ARB G.E.L. Macedo 781 170 Erythroxylum sp.2 ARV Bl 2 171 Erythroxylum sp.3 ARV G.E.L. Macedo 292 Caboclo preto 172 Erythroxylum sp. (sp. nova) ARV G.E.L. Macedo 673 32. EUPHORBIACEAE/M.F.A.Lucena (PEUFR); I. Cordeiro (SP) 173 Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. ARV G.E.L. Macedo 552 174 Aparisthmium cordatum (Juss.) Baill. ARV G.E.L. Macedo 630 175 Chaetocarpus echinocarpus (Baill.) Ducke ARV G.E.L. Macedo 1418 Continua ...

Page 69: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

49

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 176 Cnidoscolus pubescens Pohl ARB G.E.L. Macedo 1317 177 Croton argyrophylloides Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 778 178 Croton cordiifolius Baill. ARB G.E.L. Macedo 272 179 Croton floribundus Spreng. ARV G.E.L. Macedo 560 180 Croton tetradenius Baill. ARB G.E.L. Macedo 267 Velame de vaqueiro

181 Croton triqueter Lam ARB G.E.L. Macedo 148 182 Dalechampia brasiliensis Lam. TR G.E.L. Macedo 504 183 Dalechampia ficifolia Lam. TR G.E.L. Macedo 1292 184 Dalechampia peckoltiana Müll. Arg. TR G.E.L. Macedo 919 185 Dalechampia triphylla Lam. TR G.E.L. Macedo 800 186 Dalechampia sp. TR G.E.L. Macedo 221 187 Euphorbia comosa Vell. ER G.E.L. Macedo 846 188 Euphorbia gardneri (Müell. Arg.) ARV G.E.L. Macedo 367 189 Gymnanthes hypoleuca Benth. ARV G.E.L. Macedo 291 190 Gymnanthes sp. ARV G.E.L. Macedo 265 191 Jatropha ribifolia (Pohl) Baill. ARB G.E.L. Macedo 849 192 Manihot sp. ARB G.E.L. Macedo 913 193 Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. ARV A.F.Souza 39 194 Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. ARV G.E.L. Macedo 440 Cocão 195 Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat.. ARV G.E.L. Macedo 333 196 Tragia volubilis L. TR G.E.L. Macedo 762 197 Euphobiaceae Indet. ARB G.E.L. Macedo 301 33. FABACEAE/H.C.Lima (RB); A.M.S. da F. Vaz (RB);

L.P.Queiroz (HUEFS); A.Du Bocage (IPA); J.A.S.Costa (HUEFS); V.F. Mansano (RB)

198 Acacia martiusiana (Steud.) Burkart LIA G.E.L. Macedo 1880 199 Acacia polyphylla DC. ARV G.E.L. Macedo 252 Brauna conga 200 Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record ARV G.E.L. Macedo 533 Manzê 201 Andira fraxinifolia Benth. ARV A.F.Souza 43 202 Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. ARV G.E.L. Macedo 158 203 Bauhinia angulosa Vogel LIA G.E.L. Macedo 1101 204 Bauhinia catingae Harms ARV G.E.L. Macedo 1879 205 Bauhinia smilacina (Schott) Steud. LIA G.E.L. Macedo 298 Escada de macaco 206 Bauhinia sp. ARB G.E.L. Macedo 843 207 Centrosema virginianum (L.) Benth. TR G.E.L. Macedo 1252 208 Copaifera cf. lucens Dwyer ARV G.E.L. Macedo 993 Pau óleo 209 Dalbergia frutescens (Vell.) Britton LIA G.E.L. Macedo 743 210 Dalbergia sp. LIA G.E.L. Macedo 1923 Braúna conga 211 Dimorphandra exaltata Schott Kuhl & Hoehne ARV G.E.L. Macedo 1726 Masé 212 Dioclea violacea Mart. ex Benth. LIA G.E.L. Macedo 1738 213 Diplotropis incexis Rizzini & A. Mattos ARV G.E.L. Macedo 1111 214 Galactia striata (Jacq.) Urb. TR G.E.L. Macedo 360 215 Hymenaea cf. courbaril L. ARV G.E.L. Macedo 1657 Pau roxo 216 Hymenaea sp. ARV G.E.L. Macedo 2041 217 Hymenolobium cf. janeirense var. stipulatum (N.F. Mattos) Lima ARV G.E.L. Macedo 1944

218 Inga cf. capitata Desv. ARV G.E.L. Macedo 684 Ingá de nico 219 Inga striata Benth. ARV G.E.L. Macedo 996 220 Inga subnuda subsp. luschnathiana (Benth.) T.D.Penn. ARV G.E.L. Macedo 1087 221 Inga sp. ARV G.E.L. Macedo 1955 222 Machaerium aculeatum Raddi ARV G.E.L. Macedo 1509 223 Machaerium brasiliense Vogel ARV G.E.L. Macedo 1506 224 Machaerium condensatum Kulhm. & Hoehne LIA G.E.L. Macedo 1387 225 Machaerium cf. salzmannii Benth. ARV G.E.L. Macedo 1080 226 Machaerium triste Vogel LIA G.E.L. Macedo 1348

Continua...

Page 70: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

50

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 227 Machaerium sp.1 LIA G.E.L. Macedo 1318 228 Machaerium sp.2 LIA G.E.L. Macedo 1402 Calombi 229 Machaerium sp.3 ARV G.E.L. Macedo 1455 Roncador 230 Melanoxylon braunia Schott ARV G.E.L. Macedo 1633 Brauna

231 Mimosa caesalpiniifolia Benth. ARV G.E.L. Macedo 1400 232 Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. ARB G.E.L. Macedo 235 Jurema 233 Mimosa vellosiana Mart. SUB G.E.L. Macedo 615 234 Ormosia arborea (Vell.) Harms ARV G.E.L. Macedo 1241 235 Peltogyne cf. confertiflora (Mart. ex Hayne) Benth. ARV G.E.L. Macedo 310 Jatobá 236 Peltogyne sp. (sp. nova) ARV G.E.L. Macedo 1344 237 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. ARV G.E.L. Macedo 156 Tamboril 238 Piptadenia adiantoide (Spreng.) J.B.Macbr. ARB G.E.L. Macedo 2023 239 Plathymenia reticulata Benth. ARV G.E.L. Macedo 976 Vinhático 240 Platymiscium floribundum Vogel ARV A.F.Souza 37 241 Poecilanthe ulei (Harms) Arroyo & Rudd ARB G.E.L. Macedo 718 242 Pseudopiptadenia bahiana G.P. Lewis & M.P. Lima ARV G.E.L. Macedo 561 Pau fava 243 Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima ARV G.E.L. Macedo 323 Pau fava 244 Pterocarpus rohrii Vahl ARV G.E.L. Macedo 293 Catuaba 245 Schrankia leptocarpa sensu Bell LIA G.E.L. Macedo 338 Calombi 246 Senna acuruensis var. catingae (Harms) H.S. Irwin & Barneby ARV G.E.L. Macedo 851

247 Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S.Irwin & Barneby ARV G.E.L. Macedo 1893 Canjuão 248 Senna multijuga var. verrucosa (Vogel) H.S.Irwin & Barneby. ARV G.E.L. Macedo 810 249 Senna spectabilis var. excelsa (Schrad.) H.S.Irwin & Barneby ARV G.E.L. Macedo 176 Canjuão 250 Stylosanthes acuminata M.B Ferreira & Souza Costa ER G.E.L. Macedo 642 251 Swartzia acutifolia Vogel ARV G.E.L. Macedo 1375 252 Swartzia apetala Raddi ARV G.E.L. Macedo 1323 253 Swartzia oblata R.S. Cowan ARV G.E.L. Macedo 311 Curindiba 254 Swartzia simplex var. ochnacea (DC.) R.S.Cowan ARV G.E.L. Macedo 313 255 Tachigali densiflora (Benth.) Oliveira-Filho ARV G.E.L. Macedo 1457 256 Tachigali pilgeriana (Harms) Olivrira-Filho ARV G.E.L. Macedo 690 Ingaçu 257 Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi & Pipoly ARV G.E.L. Macedo 467 Ingaçu 258 Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel ARV G.E.L. Macedo 1565 Casca grossa 34. GESNERIACEAE 259 Besleria longimucronata Hoehne ER G.E.L. Macedo 829 35. LAMIACEAE/ F.França (HUEFS) 260 Aegiphila luschnatii Schauer ARB G.E.L. Macedo 587 261 Vitex capitata Vahl ARB G.E.L. Macedo 891 262 Vitex sp. ARV G.E.L. Macedo 576 36. LAURACEAE 263 Ocotea brasiliensis Coe-Teixeira ARV G.E.L. Macedo 302 Louro sabão 264 Ocotea cernua (Nees) Mez ARV G.E.L. Macedo 677 Louro 265 Ocotea complicata (Meisn.) Mez ARV G.E.L. Macedo 1237 Louro cravo 266 Ocotea nitida (Meisn.) Rohwer ARV G.E.L. Macedo 932 267 Ocotea notata (Nees & Mart. ) Mez ARV G.E.L. Macedo 1648 268 Ocotea sp. ARV G.E.L. Macedo 1875 37. LECYTHIDACEAE 269 Cariniana legalis (Mart.) Kuntze ARV G.E.L. Macedo 544 Jequitibá 38. LOGANIACEAE 270 Spigelia laurina Cham. & Schltdl. SUB G.E.L. Macedo 825 271 Strychnos sp.1 LIA G.E.L. Macedo 562 272 Strychnos sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1026 39. LORANTHACEAE/ M.J.G. de Andrade (HUEFS) 273 Psittacanthus bicalyculatus Mart. EP G.E.L. Macedo 369 274 Struthanthus sp. EP G.E.L. Macedo 1255

Continua ...

Page 71: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

51

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 40. LYTHRACEAE/ T.B. Cavalcante (CEN) 275 Cuphea polymorphoides Koehne ER G.E.L. Macedo 223 41. MALPIGHIACEAE/ A.M.Amorim (UESC) 276 Banisteriopsis sepium (A. Juss.) B. Gates LIA G.E.L. Macedo 331 277 Byrsonima laevigata (Poir.) DC. ARV G.E.L. Macedo 1347 278 Dicella macroptera Mart. ex A. Juss. LIA Bl 11 279 Heteropterys longibracteata A. Juss. LIA G.E.L. Macedo 1385 280 Heteropterys sericea (Cav.) A . Juss. LIA G.E.L. Macedo 1881 281 Heteropterys trichanthera A. Juss. LIA G.E.L. Macedo 840 282 Heteropterys sp. LIA G.E.L. Macedo 1369 283 Hiraea aff. fagifolia (DC.) Juss. LIA G.E.L. Macedo 1398 284 Janusia schwannioides W.R. Anderson LIA G.E.L. Macedo 490 285 Mascagnia sepium (A. Juss.) Griseb. LIA G.E.L. Macedo 558 286 Mascagnia anisopetala (A. Juss.) Griseb. LIA G.E.L. Macedo 1200 287 Stigmaphyllon blanchetii C.E.Anderson LIA G.E.L. Macedo 1276 288 Tetrapterys acutifolia Cav. LIA G.E.L. Macedo 881 289 Tetrapterys phlomoides (Spreng.) Nied. LIA G.E.L. Macedo 1871 290 Tetrapterys longibracteata A.Juss. LIA G.E.L. Macedo 539 291 Thryallis brachystachys Lindl. ARB G.E.L. Macedo 786 292 Heteropterys nordestina Amorim TR G.E.L. Macedo 1985 293 Malpighiaceae Indet 1 LIA G.E.L. Macedo 1299 294 Malpighiaceae Indet 4 LIA G.E.L. Macedo 1671 295 Malpighiaceae Indet 7 LIA G.E.L. Macedo 2022 296 Malpighiaceae Indet 8 ARV G.E.L. Macedo 1564 297 Malpighiaceae Indet 9 LIA G.E.L. Macedo 1417 298 Malpighiaceae Indet 10 ARV G.E.L. Macedo 1669 42. MALVACEAE/ G.L.Estevez (SP); A.G. de C.Sobrinho (HUEFS) 299 Abutilon bedfordianum (Hook.) A. St.-Hil & Naudin ER G.E.L. Macedo 356 300 Ayenia tomentosa L. SUB G.E.L. Macedo 841 301 Corchorus sp. ER G.E.L. Macedo 492 302 Eriotheca cf. globosa (Aubl.) A. Robyns ARV G.E.L. Macedo 1097 Imbiruçu 303 Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns ARV G.E.L. Macedo 1970 Imbiruçu 304 Helicteres macropetala A. St.-Hil. ARB G.E.L. Macedo 1294 305 Helicteres vuarame Mart. emend. Cristóbal ARB G.E.L. Macedo 772 306 Herissantia crispa (L.) Brizicky ER G.E.L. Macedo 357 Vassourinha 307 Luehea aff. paniculata Mart. & Zucc. ARV G.E.L. Macedo 1358 Inhaiba 308 Melochia betonicifolia A. St.-Hil. ARB G.E.L. Macedo 366 309 Quararibea floribunda (A.St.-Hil) K. Schum. ARV G.E.L. Macedo 538 310 Quararibea penduliflora (St.Hil.) K. Schum. ARB G.E.L. Macedo 1201 311 Sida sp. ARB G.E.L. Macedo 263 312 Waltheria indica L. ER G.E.L. Macedo 782 313 Malvaceae Indet. ER G.E.L. Macedo 495 43. MARANTACEAE/ J.M.A.Braga (RB); V.L. C. Rodrigue s (ESA) 314 Calathea sp. ER G.E.L. Macedo 1983 315 Stromanthe tonckat (Aubl.) Eichler ER G.E.L. Macedo 2000 44. MARTYNIACEAE 316 Holoregmia viscida Nees ARB G.E.L. Macedo 1305 45. MELASTOMATACEAE/ R.Goldemberg (UPCB) 317 Bertolonia sp. ER G.E.L. Macedo 678 Begônia da mata 318 Clidemia hirta (L.) D. Don ER G.E.L. Macedo 168 319 Miconia buddlejoides Triana ARV G.E.L. Macedo 639 Mundururu preto 320 Miconia lepidota Schrank & Mart. ex DC. ARV G.E.L. Macedo 441 Mundururu 321 Miconia ligustroides (DC.) Naudin ARB G.E.L. Macedo 897 Toupeira 322 Miconia prasina (Sw) DC. ARV G.E.L. Macedo 643 Mundururu branco

Continua ...

Page 72: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

52

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 323 Ossaea consimilis D'El Rei Souza ARB G.E.L. Macedo 321 46. MEMECYLACEAE 324 Mouriri arborea Gardner ARV G.E.L. Macedo 746 Murta 47. MELIACEAE/ J.R.Pirani (SPF) 325 Trichilia casaretti C.DC. ARV G.E.L. Macedo 1041 326 Trichilia cf. elegans A. Juss ARV G.E.L. Macedo 942 327 Trichilia hirta L. ARB G.E.L. Macedo 769 328 Trichilia pseudostipularis (A.Juss.) C. DC. ARV G.E.L. Macedo 214 329 Trichilia ramalhoi Rizzini ARV G.E.L. Macedo 599 330 Trichilia silvatica C.DC. ARV G.E.L. Macedo 1995 331 Trichilia sp. ARV G.E.L. Macedo 698 48. MENISPERMACEAE/ J.M.A.Braga (RB) 332 Chondrodendron microphyllum (Eichler) Moldenke LIA G.E.L. Macedo 202 333 Curarea sp. LIA A.F.Souza 29 49. MORACEAE/ R.M. de Castro (HUEFS) 334 Brosimum gaudichaudii Trécul ARV G.E.L. Macedo 234 Bastião 335 Ficus cf. obtusifolia Kunth ARV G.E.L. Macedo 605 336 Ficus mariae C.C. Berg, Emygdio & Carauta ARV G.E.L. Macedo 1107 337 Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby ARV G.E.L. Macedo 1148 338 Sorocea hilarii Gaudich. ARB G.E.L. Macedo 500 339 Sorocea racemosa Gaudich. ARB G.E.L. Macedo 802 50. MYRISTICACEAE 340 Virola gardneri (A. DC.) Warb. ARV G.E.L. Macedo 306 Bicuiba branca 341 Virola officinalis Warb. ARV G.E.L. Macedo 1059 Caraiba 342 Virola oleifera (Schott) A.C.Sm. ARV G.E.L. Macedo s/n 51. MYRSINACEAE/ M.F.Freitas (RB) 343 Cybianthus cuneifolius Mart. ARB G.E.L. Macedo s/n 344 Cybianthus sp.1 LIA G.E.L. Macedo 880 345 Cybianthus sp.2 ARB A.F.Souza 51 346 Cybianthus sp.3 ARV G.E.L. Macedo 1222 347 Myrsine venosa A. DC. ARB A.F.Souza 11 52. MYRTACEAE/ M. Sobral (BHCB) 348 Calyptranthes lucida Mart. ex DC. ARV G.E.L. Macedo 887 349 Calyptranthes sp.1 ARV G.E.L. Macedo 1440 Araçá 350 Calyptranthes sp.2 ARV G.E.L. Macedo 691 351 Campomanesia sp. ARV G.E.L. Macedo 290 Quebra facão 352 Eugenia cf. adenantha O. Berg ARB G.E.L. Macedo 481 Araçá 353 Eugenia brasiliensis Lam. ARV G.E.L. Macedo 547 354 Eugenia aff. florida DC. ARB G.E.L. Macedo 1362 355 Eugenia cf. itacarensis Mattos ARV G.E.L. Macedo 1063 Araçá 356 Eugenia itapemirimensis Cambess. ARV G.E.L. Macedo 1505 Araçá 357 Eugenia cf. macrantha O. Berg ARV G.E.L. Macedo 868 358 Eugenia platyphylla O. Berg ARV G.E.L. Macedo 559 359 Eugenia cf. pruinosa D. Legrand ARV G.E.L. Macedo 1685 360 Eugenia sp.1 ARV G.E.L. Macedo 990 361 Eugenia sp.2 ARV G.E.L. Macedo 931 Murta 362 Eugenia sp.3 ARV G.E.L. Macedo 1415 363 Eugenia sp.4 ARV G.E.L. Macedo 1408 364 Eugenia sp.5 ARV G.E.L. Macedo 348 365 Eugenia sp.6 ARV G.E.L. Macedo 296 366 Eugenia sp.7 ARV G.E.L. Macedo 1453 367 Eugenia sp.8 ARV G.E.L. Macedo 1349 368 Eugenia sp.9 ARV G.E.L. Macedo 1108 369 Marlierea cf. excoriata Mart. ARV G.E.L. Macedo 1123 guabiraba

Continua ...

Page 73: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

53

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 370 Marlierea sp. ARV G.E.L. Macedo 2021 Catuaba 371 Myrcia amazonica DC. ARV G.E.L. Macedo 1937 372 Myrcia eximia DC. ARV Bl 5 Murta 373 Myrcia guianensis (Aubl.) DC. ARV G.E.L. Macedo 741 374 Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk. ARV G.E.L. Macedo 395 375 Myrcia spectabilis DC. ARV G.E.L. Macedo 442 Murta 376 Myrcia splendens (Sw.) DC. ARV G.E.L. Macedo 206 Murta roxa 377 Myrcia sp. ARV G.E.L. Macedo 1188 Imbaiba 378 Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg ARV G.E.L. Macedo 484 Araçá 379 Myrciaria guaquiea (Kiaersk.) Mattos & D. Legrand ARV G.E.L. Macedo 284 380 Psidium brownianum DC. ARV G.E.L. Macedo 546 381 Psidium cf. brownianum DC. ARV G.E.L. Macedo 275 382 Psidium cf. myrtoides O. Berg ARV G.E.L. Macedo 1391 383 Psidium schenckianum Kiaersk ARV G.E.L. Macedo 259 384 Psidium sp. ARV G.E.L. Macedo 341 Solteiro 385 Myrtaceae Indet. 1 ARV G.E.L. Macedo 968 Murta 386 Myrtaceae Indet. 2 ARV G.E.L. Macedo 1364 387 Myrtaceae Indet. 3 ARV G.E.L. Macedo 1943 388 Myrtaceae Indet. 4 ARV G.E.L. Macedo 939 389 Myrtaceae Indet. 5 ARV G.E.L. Macedo 330 Araçá 53. NYCTAGINACEAE/ C.F.S. de Sá (RB) 390 Andradea floribunda Allemão ARV G.E.L. Macedo 1508 391 Guapira hirsuta (Choisy) Lundell ARV G.E.L. Macedo 550 Farinha seca 392 Guapira aff. nitida ( Schmidt) Lundell ARV G.E.L. Macedo 548 Farinha seca 393 Guapira opposita (Vell.) Reitz ARV G.E.L. Macedo 146 Farinha seca 394 Neea floribunda Poepp. & Endl. ARV G.E.L. Macedo 195 54. OCHNACEAE 395 Ouratea sp. ARV S/N. de coleta 55. OLACACEAE 396 Heisteria blanchetiana (Engler) Sleumer ARV G.E.L. Macedo 525 Murta 397 Schoepfia brasiliensis A.DC. ARV G.E.L. Macedo 286 398 Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer ARV G.E.L. Macedo 950 Pau d'arco 399 Olacaceae Indet.1 ARV G.E.L. Macedo 1469 400 Olacaceae Indet.2 ARV G.E.L. Macedo 1475 56. OLEACEAE 401 Linociera micrantha Mart. ARV G.E.L. Macedo 1742 402 Linociera sp.1 ARV G.E.L. Macedo 288 403 Linociera sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1113 57. ORCHIDACEAE/ E.C. Smidt (HUEFS) 404 Aspidogyne bicolor (Barb. Rodr.) Garay ER A.F.Souza 41 405 Campylocentrum micranthum (Lindl.) Rolfe EP G.E.L. Macedo 1432 406 Catasetum sp. EP G.E.L. Macedo 520 407 Cattleya af. amethysglossa Linden & Rchb.f. ex Warner ER G.E.L. Macedo 1290 408 Cyrtopodium gigas (Vell.) Hoehne EP G.E.L. Macedo 376 409 Cyrtopodium virescens Rchb.f. & Warm ER G.E.L. Macedo 1314 410 Dichaea sp. EP G.E.L. Macedo 791 411 Encyclia patens Hook. ER A.F.Souza 5 412 Epidendrum ochlorochlorum Barb. Rodr. EP A.F.Souza 30 413 Galeandra beyrichii Rchb. f. EP G.E.L. Macedo 578 414 Gomesa recurva R. Br. EP G.E.L. Macedo 1596 415 Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay ER G.E.L. Macedo 212 416 Notylia sp. EP G.E.L. Macedo 521 417 Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. ER G.E.L. Macedo 708 418 Oncidium aff. lietzei Regel EP G.E.L. Macedo 408

Continua ...

Page 74: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

54

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 419 Oncidium aff. Barbatum Lindl. EP G.E.L. Macedo 2024 420 Oncidium aff. ciliatum Lindl. EP G.E.L. Macedo 912 421 Oncidium hookeri Rolfe EP G.E.L. Macedo 320 422 Oncidium loefgrenii Cogn ER A.F.Souza 42 423 Paradisanthus mosenii Rchb. f. ER G.E.L. Macedo 709 424 Polystachya sp. EP G.E.L. Macedo 966 425 Prescottia stachyodes (Sw.) Lindl. ER G.E.L. Macedo 217 426 Sacoila lanceolata (Aubl.) Garay ER G.E.L. Macedo 1142 427 Sophronitis grandis (Lindl. & Paxton) C. Berg & M.W.Chase EP G.E.L. Macedo 377 428 Specklinia gomes-ferreiraei (Pabst) Luer EP G.E.L. Macedo 1982 430 Specklinia murexoidea (Pabst) Luer EP G.E.L. Macedo 1987 431 Zygostates comuta Lindl. EP A.F.Souza 13 58. OXALIDACEAE/ P. Fiaschi (CEPEC) 431 Oxalis psoraleoides Kunth ER G.E.L. Macedo 780 432 Oxalis frutescens L. SUB G.E.L. Macedo 845 59. PASSIFLORACEAE/ T.S.Nunes (HUEFS) 433 Passiflora cincinnata Mast. TR G.E.L. Macedo 662 Maracujá 434 Passiflora edmundoi Sacco TR G.E.L. Macedo 706 435 Passiflora galbana Mast. LIA G.E.L. Macedo 895 436 Passiflora ovalis Vell. ex M. Roem. TR A.F.Souza 15 437 Passiflora setacea DC. TR G.E.L. Macedo 1277 438 Passiflora suberosa L. TR G.E.L. Macedo 603 60. PHYLLANTACEAE/ M.F.A. Lucena (PEUFR) 439 Margaritaria nobilis L.f ARV G.E.L. Macedo 1678 440 Margaritaria sp. ARV G.E.L. Macedo 1756 61. PHYTOLACCACEAE 441 Microtea aff. glochidiata Moq. ER G.E.L. Macedo 711 62. PICRAMNIACEAE/ J.R.Pirani (SPF) 442 Picramnia glazioviana Engl. ARB A.F.Souza 4 443 Picramnia cf. ramiflora Planch. ARV G.E.L. Macedo 689 63. PIPERACEAE/ E.F.Guimarães (RB) 444 Peperomia rubricaulis (Nees.) A. Dietr. ER G.E.L. Macedo 507 445 Piper corcovadensis (Miq.) C. DC. ARB G.E.L. Macedo 799 446 Piper hoffmannseggianum Schult. ARB G.E.L. Macedo 798 447 Piper sp. SUB G.E.L. Macedo 998 64. POACEAE/ M.B.Costa e Silva; N.A.Alburquerque (IPA); J.R.Maciel (IPA) 448 Ichnanthus leiocarpus (Spreng.) Kunth ER G.E.L. Macedo 222 449 Ichnanthus nemoralis (Schrad.) Hitchc. & Chase ER G.E.L. Macedo 218 450 Lasiacis divaricata (L.) Hitchc. ER G.E.L. Macedo 180 451 Parodiolyra micrantha (Kunth) Davidse & Zuloaga ER G.E.L. Macedo 383 65. POLYGALACEAE/ E.B. M.Silva (HUEFS) 452 Polygala aff. mollis Kunth ER G.E.L. Macedo 224 453 Securidaca sp. LIA G.E.L. Macedo 2018 66. POLYGONACEAE/ E. Melo (HUEFS) 454 Coccoloba declinata (Vell.) Mart. LIA G.E.L. Macedo 705 455 Coccoloba lucidula Benth LIA G.E.L. Macedo 279 456 Coccoloba cf. moseni Lindau ARV G.E.L. Macedo 324 457 Coccoloba cf. parimensis Benth. LIA A.F.Souza 10 458 Coccoloba oblonga Lindau ARV G.E.L. Macedo 496 67. POLYPODIACEAE/ S.R.S. Xavier (PEUFR) 459 Pecluma ptilodon (Kunze) M.G. Price EP G.E.L. Macedo 1076 460 Phlebodium pseudoaureum (Cav.) Lellinger ER WT 13593 461 Polypodium catharinae Langsd. & Fisch. ER G.E.L. Macedo 244 462 Polypodium hirsutissimum Raddi ER A.F.Souza 50

Continua ...

Page 75: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

55

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 68. PROTEACEAE 463 Roupala aff. paulensis Sleumer ARV G.E.L. Macedo 413 69. PUTRANJIVACACEAE; M.F.Lucena (PEUFR) 464 Drypetes sp. ARV G.E.L. Macedo 978 70. RHAMNACEAE/ R.B. de Lima (JPB) 465 Colubrina glandulosa Perkins ARV G.E.L. Macedo 1022 Imburaé 466 Crumenaria decumbens Mart. ER G.E.L. Macedo 842 467 Ziziphus cotinifolia Reissek. ARV G.E.L. Macedo 365 Juá 71. RUBIACEAE/ J.Jardim (CEPEC); M.R.V.Barbosa (JPB) 468 Alibertia cf. elliptica (Cham.) K. Schum. ARV G.E.L. Macedo 450 469 Alseis floribunda Schott ARV G.E.L. Macedo 766 Casca fina 470 Amaioua cf. intermedia Mart. ARV A.F.Souza 12 471 Borreria verticillata (L.) G. Mey. ER G.E.L. Macedo 820 472 Chomelia sp.1 ARV G.E.L. Macedo 457 Pereira 473 Chomelia sp.2 ARV G.E.L. Macedo 988 474 Cordiera cf. bahiensis C. Persson & Delprete ARV G.E.L. Macedo 374 Pereira 475 Coussarea capitata (Benth.) Benth. & Hook. f. ARV G.E.L. Macedo 390 476 Coussarea leptopus Müll. Arg. ARV G.E.L. Macedo 676 477 Coussarea sp. ARB G.E.L. Macedo 233 Pau de colher 478 Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum ARB G.E.L. Macedo 796 479 Faramea hyacinthina Mart. ARB G.E.L. Macedo 855 480 Faramea martiana Müll. Arg. ARB A.F.Souza 6 481 Guettarda angelica Mart. ex Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 839 482 Ixora cf. bracteolaris Müll. Arg. ARV G.E.L. Macedo 1433 483 Mitracarpus cf. villosus (Sw.) Cham. & Schltdl. ARB G.E.L. Macedo 174 484 Psychotria astrellantha Wernham ARB G.E.L. Macedo 162 Pimentinha brava 485 Psychotria bahiensis DC. ARB G.E.L. Macedo 1147 486 Psychotria carrascoana Delprete & E. B. Souza ARB G.E.L. Macedo 856 487 Psychotria carthagenensis Jacq. ARB G.E.L. Macedo 355 488 Psychotria deflexa DC. ARB G.E.L. Macedo 859 489 Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Roem. & Schult.) Müll.

Arg. SUB A.F.Souza 22

490 Psychotria stachyoides Benth. ARB A.F.Souza 45 491 Psychotria vellosiana Benth. ARV G.E.L. Macedo 1766 492 Psychotria sp. ARB G.E.L. Macedo 534 493 Randia armata (Sw.) DC. ARB G.E.L. Macedo 1100 494 Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Arg. ARB G.E.L. Macedo 812 495 Rudgea cf. sessiliflora Standl. ARB G.E.L. Macedo 672 496 Rudgea sp ARV G.E.L. Macedo 1365 497 Rubiaceae Indet. 1 LIA A.F.Souza 19 498 Rubiaceae Indet. 2 ARB G.E.L. Macedo 1896 499 Rubiaceae Indet. 3 ARV G.E.L. Macedo 1281 500 Rubiaceae Indet. 4 ARB G.E.L. Macedo 1029 501 Rubiaceae Indet. 5 ARV G.E.L. Macedo 1167 502 Rubiaceae Indet. 6 ARV G.E.L. Macedo 2057 503 Rubiaceae Indet. 7 LIA A.F.Souza 38 72. RUTACEAE/ J.R.Pirani (SPF) 504 Angostura bracteata (Nees & Mart.) Kallunki ARV G.E.L. Macedo 209 505 Conchocarpus macrophyllus J.C. Mikan ARB G.E.L. Macedo 469 506 Esenbeckia grandiflora Mart. ARV G.E.L. Macedo 592 507 Esenbeckia cf. leiocarpa Engl. ARV G.E.L. Macedo 1569 508 Metrodorea maracasana Kaastra ARV G.E.L. Macedo 213 Orelha d'onça,

509 Neoraputia alba (Nees & Mart.) Emmerich ARV G.E.L. Macedo 551 510 Pilocarpus riedelianus Engl. ARB G.E.L. Macedo 707

Continua ...

Page 76: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

56

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 511 Pilocarpus spicatus A. St.-Hil. SUB G.E.L. Macedo 1226 512 Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. ARV G.E.L. Macedo 256 Espinheiro 513 Zanthoxylum monogynum A. St.-Hil. ARV G.E.L. Macedo 243 514 Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil. & Tul. ARV G.E.L. Macedo 294 515 Zanthoxylum rhoifolium Lam. ARV G.E.L. Macedo 2001 Laranjeira brava 516 Rutaceae Indet. ARV G.E.L. Macedo 1372 73. SALICACEAE/ R.B.Torres (IAC) 517 Banara cf. kuhlmannii (Sleumer) Sleumer ARV G.E.L. Macedo 381 518 Banara sp. ARV G.E.L. Macedo 1973 519 Casearia arborea (Rich.) Urb. ARV Bl 7 Gonzalo 520 Casearia javitensis Kunth. ARV G.E.L. Macedo 304 Cambotá de rato 521 Casearia melliodora Eichler ARV Bl 12 522 Casearia selloana Eichler ARV G.E.L. Macedo 865 523 Casearia sylvestris Sw. ARV A.F.Souza 21 524 Prockia crucis L. ARV G.E.L. Macedo 633 525 Xylosma sp.1 ARV G.E.L. Macedo 269 Pau de resposta 526 Xylosma sp.2 ARV G.E.L. Macedo 572 74. SANTALACEAE 527 Phoradendron sp.1 EP G.E.L. Macedo 370 528 Phoradendron sp.2 EP G.E.L. Macedo 645 529 Phoradendron sp.3 EP G.E.L. Macedo 1664 530 Phoradendron sp.4 EP G.E.L. Macedo 379 Erva de passarinho

75. SAPINDACEAE/ M.Oliveira (PEUFR); G.V. Somner (RBR) 531 Allophylus dioicus Radlk. ARB G.E.L. Macedo 1206 532 Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 452 533 Allophylus laevigatus (Turcz) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 297 Bazorê 534 Allophylus semidentatus (Miq.) Radlk. ARB G.E.L. Macedo 187 535 Cardiospermum sp. TR G.E.L. Macedo 776 536 Cupania emarginata Cambess ARV G.E.L. Macedo 249 537 Cupania oblongifolia Mart. ARV G.E.L. Macedo 157 Folha carne 538 Cupania paniculata Cambess. ARV G.E.L. Macedo 1327 Bastiana 539 Paullinia racemosa Wawra LIA G.E.L. Macedo 612 540 Paullinia sp. LIA G.E.L. Macedo 1490 541 Serjania clematidifolia Cambess LIA G.E.L. Macedo 229 542 Serjania ichthyoctona Radlk. TR G.E.L. Macedo 1637 543 Serjania lethalis A. St.-Hil. LIA A.F.Souza 46 544 Serjania pernambucensis Radlk TR G.E.L. Macedo 186 545 Serjania sp. TR G.E.L. Macedo 658 546 Urvillea laevis Radlk TR G.E.L. Macedo 752 547 Urvillea stipitata Radlk LIA G.E.L. Macedo 239 76. SAPOTACEAE 548 Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl. ARB G.E.L. Macedo 410 549 Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 767 Araçá 550 Chrysophyllum rufum Mart. ARV G.E.L. Macedo 287 Carne de anta 551 Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam ARV G.E.L. Macedo 1437 Massaranduba 552 Pouteria bapeba T.D. Penn. ARV G.E.L. Macedo 312 553 Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni ARV G.E.L. Macedo 245 554 Pouteria procera (Mart.) T.D. Penn. ARV G.E.L. Macedo 1717 Pau d'arco roxo 555 Pouteria venosa (Mart.) Baehni ARV G.E.L. Macedo 464 Massaranduba 556 Pouteria sp. ARV G.E.L. Macedo 528 557 Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. ARV G.E.L. Macedo 387 77. SCHIZAEACEAE/ S.R.S.Xavier (PEUFR) 558 Anemia tomentosa var. anthriscifolia (Schrad.) Mickel ER G.E.L. Macedo 641

Continua ...

Page 77: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

57

Tabela 1. Continuação ... FAMÍLIA/ESPÉCIE/D(H) HAB COLETOR /N.º NP 78. SIMAROUBACEAE/ J.R.Pirani (SPF) 559 Simarouba amara Aubl. ARV G.E.L. Macedo 1077 Paparaiba 79. SMILACACEAE/ R.H.P. Andreata (RUSU) 560 Smilax aff. cissoides Mart. ex Griseb LIA G.E.L. Macedo 487 561 Smilax remotinervis Hand.-Mazz. LIA G.E.L. Macedo 163 80. SOLANACEAE 562 Brunfelsia sp. ARB G.E.L. Macedo 199 563 Schwenckia sp. ER G.E.L. Macedo 557 564 Solanum paraibanum Agra LIA G.E.L. Macedo 322 565 Solanum sp.1 ARB G.E.L. Macedo 541 566 Solanum sp.2 ARB G.E.L. Macedo 147 567 Solanum sp.3 ARB G.E.L. Macedo 586 568 Solanum sp4 ARB G.E.L. Macedo 260 Caiçara 569 Solanaceae Indet. 1 LIA G.E.L. Macedo 866 570 Solanaceae Indet. 2 ARB G.E.L. Macedo 636 571 Solanaceae Indet. 3 ARV G.E.L. Macedo 1609 81. STYRACACEAE 572 Styrax camporum Pohl ARV G.E.L. Macedo 397 573 Styracaceae Indet. ARV G.E.L. Macedo 1646 82. SYMPLOCACEAE 574 Symplocos nitens Benth. ARV G.E.L. Macedo 438 575 Symplocos sp. ARV G.E.L. Macedo 1515 Preaca 83. THEOPHRASTACEAE 576 Clavija spinosa (Vell.) Mez ARB G.E.L. Macedo 554 84. THYMELAEACEAE/ L.Rossi (SP) 577 Daphnopsis racemosa Griseb. ARV G.E.L. Macedo 161 Imbirá 85. TRIGONIACEAE/ J.R. Miguel (RB) 578 Trigonia nivea var. pubescens (Cambess.) Lleras LIA G.E.L. Macedo 240 86. VERBENACEAE/ F.França (HUEFS) 579 Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. ARV G.E.L. Macedo 1298 580 Lantana camara L. ARB G.E.L. Macedo 167 Camará 581 Lantana fucata Lindl. ARB G.E.L. Macedo 231 Camará 582 Lantana radula Sw. ARB G.E.L. Macedo 150 Camará 583 Lippia brasiliensis (Link.) T.R.S. Silva ARB G.E.L. Macedo 535 584 Lippia sp. ARB G.E.L. Macedo 1295 Canela de Véi 585 Stachytarpheta sp. ARB G.E.L. Macedo 363 87. VIOLACEAE/ J. de P. Souza (ESA) 586 Hybanthus communis (A. St.-Hil.) Taub. SUB G.E.L. Macedo 836 587 Paypayrola sp. LIA A.F.Souza 40 88. VITACEAE/ J. A. Lombardi (HRCB) 588 Cissus bahiensis Lombardi LIA G.E.L. Macedo 775 589 Cissus sp. LIA G.E.L. Macedo 1755 590 Cissus sp1 LIA G.E.L. Macedo 1641 89. VOCHYSIACEAE/ F.França (HUEFS) 591 Erisma sp. ARV G.E.L. Macedo 435 Preaca 592 Qualea sp.1 ARV G.E.L. Macedo 1119 Preaca 593 Qualea sp.2 ARV G.E.L. Macedo 1784 Preaca 594 Vochysia sp. ARV G.E.L. Macedo 2066 Preaca Desconhecida1 ARV G.E.L. Macedo s/n Desconhecida2 ARV G.E.L. Macedo 1691 Desconhecida3 ARV G.E.L. Macedo 1771

Page 78: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

58

Tabela 2. Relação dos trabalhos realizados em florestas ombrófilas e estacionais do nordeste, utilizados na análise florística da Mata do Brejo Novo. (NF) = número de famílias, (NE) = número de espécies, (EC) = espécies em comum com a mata de cipó do Brejo Novo; n/r= não houve registro; ARV = arbóreas; TRE = trepadeiras; ARB/SUB = arbustos e subarbustos; HER = ervas terrestres; HER-E = ervas epífitas e hemiparasitas.

Floresta ombrófila de terras baixas

Levantamentos ARV TRE ARB/SUB HER HER-E UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC

Mori et al. (1983) BA Buararema 36 169 14 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r

L. A.A. Paraguassú, dados não publicados BA Porto Seguro 45 144 15 n/r n/r n/r 4 4 0 8 11 0 n/r n/r n/r

Guedes (1998) PE Recife/Dois irmãos 34 99 9 9 11 1 17 25 1 4 6 0 n/r n/r n/r

Siqueira et al. (2001) PE Cabo de Sto. Agostinho 33 80 14 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r

M.R.V. Barbosa, dados não publicados PB João Pessoa 36 100 20 14 34 0 18 38 2 17 64 2 n/r n/r n/r

Floresta ombrófila montana

Levantamentos ARV TER ARB/SUB HE HER-E

UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC

M.L.C. Neves, dados não publicados BA Elísio Medrado/serra da Jibóia 62 353 40 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r

Rodal et al. (2005a) PE Bonito/Mata do Brejão 22 53 9 15 23 1 21 83 1 26 48 3 4 7 0

Rodal & Sales (submetido) PE Caruaru/Brejo dos Cavalos 43 117 20 14 37 3 25 95 6 25 67 6 4 15 1

E.M. Ferraz, dados nao publicados PE São Vicente Férrer 53 242 30 24 57 5 19 46 3 14 21 1 6 9 0

Floresta estacional semidecidual de terras baixas

Levantamentos ARV TER ARB/SUB HER HER-E

UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC

Andrade & Rodal (2004) PE São Lourenço da Mata/Tapacurá

38 85 14 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r

Rodal et al. (2005b) PE São Lourenço da Mata/Mata do Toro

40 121 15 12 17 1 17 41 2 10 19 2 1 4 1

Lourenço & Barbosa (2003) PB Lagoa Seca 23 44 6 10 19 n/r 15 30 1 11 26 1 1 1 0

Page 79: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

59

Tabela 2. Continuação ...

Floresta estacional semidecidual montana

Levantamentos ARV TER ARB/SUB HER HER-E

UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC

Área de estudo BA Jequié/Mata do Brejo Novo 52 275 27 110 30 104 28 60 7 45

L.S. Funch, dados nao publicados BA Lençõis 37 99 8 13 33 2 11 16 0 18 25 0 n/r n/r n/r

M.T.S. Stradman, dados nao publicados BA Lençõis 35 94 10 7 9 0 16 35 0 23 44 1 n/r n/r n/r

L.A. Passos Jr., dados nao publicados BA Ibicoará 20 47 8 7 8 2 19 36 1 14 25 1 n/r n/r n/r

Ferraz et al. (1998) PE Triunfo 27 78 10 4 4 0 18 36 5 n/r n/r n/r n/r n/r n/r

Moura & Sampaio (2001) PE Jataúba 17 38 9 5 8 1 3 4 2 n/r n/r n/r n/r n/r n/r

Rodal & Nascimento (2002) PE Florest/Inajá 28 73 14 17 54 5 22 100 5 18 38 3 12 46 2

M.S. Correia, dados nao publicados PE Pesqueira 28 54 10 13 25 2 16 37 3 26 57 2 1 2 1

Floresta estacional decidual montana

Levantamentos ARV TER ARB/SUB HER HER-E

UF Município NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC NF NE EC

A.O. Soares-Filho, dados não publicados BA Cândido Sales 20 38 3 n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r n/r

J.R. Lima, dados não publicados CE Crateús/Serra das Almas 20 43 2 10 16 1 17 39 1 5 7 0 n/r n/r n/r

Page 80: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

60

Tabela 3. Número de espécies no Brejo Novo, Jequié, Bahia, em comum com outros levantamentos do nordeste nas florestas ombrófilas e estacionais do nordeste, nas formações não florestais do nordeste e espécies do fragmento presentes em listas de endêmicas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo e endêmicas da Caatinga.

Levantamentos Arbóreas Trepadeiras Arbustos e subarbustos

Herbáceas terrestres

Herbáceas epífitas e

hemiparasitas

N. de espécies no Brejo Novo 275 110 104 60 45

Florestas ombrófilas Nordeste (9) 73 (5) 08 (6) 10 (6) 7 (3) 1

Florestas estacionais Nordeste (12) 43 (9) 09 (10) 7 (8) 11 (4) 4

Formações não florestais (6) 4 (5) 8 (8) 17 (6) 0 (4) 1

Endêmicas do sul da BA e norte ES 7 4 0 0 1

Endêmicas da Caatinga 0 0 2 0 0

Obs. Números em parentese referem-se ao número de levantamentos (incluindo os da Bahia) usados na comparação com a flora do Brejo Novo e listas de endêmicas.

Page 81: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

61

5.2 Manuscrito a ser enviado para a Revista Acta Botanica Brasilica:

Estrutura do componente arbóreo-lianescente em uma floresta estacional semidecidual montana em

Jequié, Bahia, Brasil

Page 82: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

62

Estrutura do componente arbóreo-lianescente em uma floresta estacional semidecidual montana em

Jequié, Bahia, Brasil 1

Guadalupe Edilma Licona de Macedo 2, 4 e Maria Jesus Nogueira Rodal3

1 Parte da tese de doutorado da primeira autora,apresetnada no Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de Peranmbuco. 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Ciências Biológicas, Avenida Josê Moreira Sobrinho, s/n. Jequiezinho, 45200000, Jequié, BA, Brasil. 3 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Rua Dom Masnuel Medeiros s/n. Dois Irmãos,

CEP5211900, Recife, PE, Brasil 4 Autor para correspondência: [email protected]

Page 83: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

63

RESUMO (Estrutura do componente arbóreo-lianescente em uma floresta estacional semidecidual

montana em Jequié, Bahia, Brasil.) Foi realizado o levantamento fitossociológico em um fragmento de

floresta e análises de solo, com o objetivo de responder às seguintes perguntas: há variações estruturais da

comunidade vegetal? Essas variações estão correlacionadas com variáveis do substrato? Existem

diferenças estruturais nas florestas estacionais do Nordeste? Foram amostrados 2.283 indivíduos, dos

quais 7% são cipós, totalizando 27,1 m²ha-1 de área basal. O dossel está entre 8 m e 14 m de altura. As

espécies com maior VI foram Pseudopiptadenia contorta, Gymnanthes hipoleuca e Guapira aff.

opposita. O índice de diversidade de Shannon foi 4,45 nats ind-1. Os solos são argilosos, ácidos, com

níveis elevados de acidez total, distróficos, com baixos teores de cálcio, potássio e fósforo. Análises de

correspondência canônica (CCAs) foram utilizadas para avaliar a relação entre a distribuição da

abundância das espécies e a topografia e as propriedades do solo. As CCAs indicaram autovalores muito

baixos, sugerindo a preponderância de fatores espaciais sobre os de topografia e solo, que, embora

significativos, têm um papel secundário na distribuição das espécies.

Palavras-chaves: Fitossociologia, solo, análise de correspondência canônica

ABSTRACT (Tree and liana structure in a montane seasonal semidecidual forest in Jequié, Bahia,

Brazil.) Was carried out a phytosociological survey and soil analyses in a fragment forest in order to

answer the following questions: are there structural variations of the vegetal community? Are those

variations correlated to subtract variables? Are there structural differences in Northeastern seasonal

forests? 2,283 individuals were sampled, 7% of which, totaling a 27.1 m²ha-1 of basal area. Forest canopy

level lies between 8 m and 14 m. Species with higher VI were Pseudopiptadenia contorta, Gymnanthes

hipoleuca e Guapira aff. opposita. Shannon diversity for species was 4,45 nats ind-1. Soils were

argillaceous, acid, with high total acidity levels, dystrophic, with low nutrients calcium, potassium and

phosphor levels. Canonical correspondence analyses (CCAs) had been used to evaluate the relation

between species abundance and topography/ soil properties The CCAs had very indicated low

eigenvalues, suggesting the preponderance of special factors over of topography and soil properties, that,

even so significant, has a secondary paper in the distribution of the species.

Keywords: Phytosociology, soil, canonic correspondence analyses

Page 84: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

64

Introdução

A literatura tem registrado nomes distintos para as florestas tropicais (Rizzini 1997, Veloso et al.

1991, Richards 1996, Lüttge 1997), ora enfatizando a disponibilidade hídrica (floresta seca ou úmida), a

sazonalidade (floresta estacional ou ombrófila), a sincronia na perda de folhas dos indivíduos (floresta

caducifólia ou perenifólia), ou mesmo combinações daqueles aspectos. Rizzini (1997) observou que a

composição florística das florestas que perdem regularmente as folhas pode representar apenas uma forma

empobrecida da composição das florestas pluviais ou podem ser floras bem distintas. Com relação à

estrutura, salientou ainda que, de acordo com o grau de dissecação ao qual as plantas estão submetidas,

ocorre um gradiente de comunidades cada vez mais simples estruturalmente.

A proposta do sistema de classificação da vegetação brasileira do IBGE (Veloso et al. 1991),

baseada em critérios fisionômico-ecológicos, considerou que as florestas estacionais tropicais

(sazonalmente secas) ocorrem basicamente em dois domínios florístico-vegetacionais: o Amazônico e o

Atlântico. Este último abriga desde florestas estacionais a ombrófilas e vem sendo drasticamente reduzido

ao longo dos últimos cinco séculos, restando hoje menos de 10% da cobertura original (Galindo-Leal &

Câmara 2003).

No nordeste brasileiro, o conhecimento da estrutura do componente arbóreo da Floresta Atlântica

lato sensu ainda é limitado, embora se saiba que esses fragmentos de tamanho reduzido suportam uma

alta diversidade de angiospermas, como observam Siqueira et al. (2001). Há resultados preliminares sobre

as florestas ombrófilas e semideciduais situadas nas serras do maciço da Borborema (Sales et al.1998;

Tavares et al. 2000; Ferraz & Rodal, 2006). No caso das florestas ombrófilas da Bahia, o conhecimento já

está bastante avançado com relação à flora (Thomas et al. 1998; Thomas et al. 2003; Thomas et al.

2004a, 2004b, 2004c; Carvalho-Sobrinho & Queiroz, 2005). No entanto, no que se refere às florestas

estacionais montanas, o conhecimento ainda é incipiente, havendo apenas os trabalhos de Amorim (2005)

no município de Jussari e de Soares-Filho (dados não publicados) no Planalto de Vitória da Conquista, na

Bahia.

Em uma escala regional, Ferraz et al. (2004) comentaram que, na Floresta Atlântica nordestina, os

totais pluviométricos, juntamente com fatores como distância da costa, número de meses secos e altitude,

têm se mostrado como variáveis de interferência significativa na organização das populações. Carvalho et

al. (2005) observaram que, mesmo no interior de pequenos fragmentos, a heterogeneidade ambiental é

apontada como um dos principais fatores que atuam na composição florística e na estrutura das florestas.

Das florestas estacionais da Bahia, aquelas localizadas mais ao sul do estado, em geral,

apresentam pequena dimensão, estando ameaçadas em função dos desmatamentos (Barbosa & Thomas,

2002). Além disso, há grande lacuna no conhecimento botânico e biogeográfico dessas florestas,

principalmente naquelas situadas no contato entre os domínios florístico-vegetacionais da caatinga e da

floresta atlântica (Bigarella et al. 1975). Técnicos do projeto RADAMBRASIL referem essa zona como

área de tensão ecológica entre a estepe e floresta estacional (Brasil 1981). No caso da zona de contato

Page 85: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

65

entre a estepe e a floresta estacional do sul e sudoeste da Bahia, a literatura tem referido o termo mata de

cipó tanto para a área geográfica, como para o tipo vegetacional predominante nessa área (Tricart 1959;

Foury 1972).

Embora diferentes autores tenham ressaltado que a fisionomia florestal baixa, de arvores finas, sub-

bosque de arbustos delgados e com abundância de lianas formando densos emaranhados, localizada entre os

planaltos Sulbaiano e de Maracás, apresente uma flora particular, a chamada vegetação de mata de cipó

(Andrade-Lima 1971; Mori 1988), outros autores reconhecem que na mesma região geográfica e com a

mesma fisionomia ocorre um conjunto florístico, mais relacionado com a flora das florestas mais úmidas

costeiras (Macedo & Rodal dados não publicados).

Neste sentido, este trabalho foi conduzido em um fragmento florestal estacional semidecidual

montana situado na área de tensão ecológica entre a estepe e a floresta estacional, em Jequié, Bahia com o

objetivo de responder à seguintes perguntas: Quais são as famílias e espécies estruturalmente mais

importantes? Existem diferenças estruturais nas florestas estacionais do nordeste do Brasil? Há variações

estruturais da comunidade vegetal? Em caso afirmativo, essas variações estão correlacionadas com

variáveis do substrato? Entende-se aqui como estrutura tanto aspectos fisionômicos, como a densidade e

biomassa vegetal, como de composição da flora, no caso, a distribuição de abundâncias das espécies.

Como substrato, entende-se aqui a superfície de fixação da vegetação, ou seja, as características do relevo

e o conjunto de variáveis químicas e físicas dos solos.

Material e Métodos

Localização da área de estudo – A área de estudo (13º56’41”S e 40º06’33,9”W) localiza-se na fazenda

Brejo Novo com altitudes entre 617 m e 755 m. Trata-se de uma propriedade particular situada a 9 km da

sede do município de Jequié, estado da Bahia, Brasil, e que possui uma reserva florestal com 74,08 ha,

que se estende às duas outras propriedades.

Aspectos bióticos e abióticos – O estudo foi realizado num fragmento florestal situado no domínio de

floresta estacional decidual montana (Brasil, 1981). O conjunto de relevos onde está situada a serra do

Brejo Novo pertence ao complexo migmatítico de Jequié (Brasil, 1981) e faz parte das serras marginais

ou de patamares e serras do rio de Contas, no planalto sul baiano (Silva, 1980).Vale salientar que, em

apenas um dos três anos de coleta, o fragmento ficou completamente sem folhas (decídua) apresentando

características de floresta estacional semidecidual montana (sensu Veloso et al. 1991). Trata-se de uma

zona de transição entre a floresta atlântica e a caatinga (Bahia/SEI 2003). Em termos da rede hidrográfica,

as águas drenam para o riacho da Jibóia, tributário do rio de Contas.

Infelizmente, não há posto meteorológico na área de estudo, sendo o mais próximo localizado na

sede de Jequié, situada a 216 m de altitude, onde a precipitação média anual é de 544,03 mm e a

temperatura média 24,3º C (dados para período de 1998 – 2006, fornecidos pela Superintendência de

Page 86: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

66

Recursos Hídricos da Bahia) (Fig.1). O desnível de mais de 401m certamente tem influência na

temperatura e, conseqüentemente, na disponibilidade hídrica para as plantas, resultando numa vegetação

de porte florestal na área de estudo, enquanto que na sede do município é caatinga.

Coleta de dados – A escolha do fragmento de Brejo Novo ocorreu em função de seu estado de

conservação e acesso. O levantamento quantitativo do componente arbóreo-lianescente foi realizado entre

março de 2003 e março de 2006. Depois de caminhadas no interior do fragmento e delimitação de seu

perímetro com auxílio de sistema de posicionamento global, foi instalada uma transeção principal de

600 m, cortando a área no sentido norte-sul, que coincide, de maneira geral, com o sentido de maior

inclinação da vertente. A partir deste eixo, foram instaladas sete transeções secundárias de 200 m cada,

sempre no sentido leste, perpendiculares à principal e a intervalos de 100 m de distância. Nas transeções

secundárias foram instaladas estacas a cada 10 m,, demarcando 140 pontos. No total, foram instaladas

sete transeções numeradas de um a sete, a partir da parte mais baixa do terreno. Do total de pontos, foram

sorteados aleatoriamente 50, nos quais foram instaladas parcelas de 10 × 20 m, sempre no sentido norte-

-sul perpendicular a cada transeção. As parcelas foram georreferenciadas com auxílio de um GPS marca

Garmin 12XL. Foram instaladas sete parcelas nas transeções 1, 2, 3, 5 e 6; nove no transeção 4 e seis na

transeção 7. A distribuição espacial e a elevação de cada parcela é indicada na Fig. 2.

Na amostragem, foram incluídos todos os indivíduos de hábito tanto arbóreo como trepador,

estivessem eles vivos ou mortos em pé, mas apresentando perímetro de caule à altura do peito

PAP ≥ 15 cm. Os indivíduos que se encontravam no limite da parcela foram amostrados sempre que a

metade de seu diâmetro estivesse no interior da parcela. Além do PAP, as alturas também foram

determinadas, com auxílio das varas encaixáveis de 1 m, perfazendo no máximo 9 m. Todos os

indivíduos foram marcados com plaquetas de alumínio e tiveram registrados os seguintes dados:

localização da parcela, data da marcação, número do indivíduo, número de coleta, PAP (cm), altura total

(m), família e espécie, além de observações sobre características florais e vegetativas relevantes. Todos os

indivíduos amostrados tiveram seus ramos férteis ou estéreis coletados e secos em estufa a 50ºC.

Posteriormente, apenas uma exsicata de cada espécie foi depositada no herbário Professor Vasconcelos

Sobrinho (PEUFR) da Universidade Federal Rural de Pernambuco, com duplicatas enviadas no herbário

HUESB, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e do Centro de Pesquisas do Cacau

(CEPEC). A identificação das espécies foi realizada por comparação com exsicatas depositadas nos

herbários citados e confirmada por especialistas dos diferentes herbários do Brasil. As famílias foram

classificadas de acordo com o APG II (2003).

No centro de cada parcela, foi coletada uma amostra simples de solo, por meio de tradagem, na

profundidade de 0 a 30 cm. A profundidade de 0-30 cm foi escolhida tendo em vista que esta é a região

do solo onde ocorrem às reações bioquímicas fundamentais para a manutenção da vegetação (Lopes,

1989). As amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e encaminhadas ao Laboratório de Análise

Page 87: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

67

de Solos da UESB, para análise das propriedades físico-químicas e teores de matéria orgânica. As

análises foram realizadas e interpretadas de acordo com as recomendações e protocolos do Manual da

EMBRAPA (1997) e Tomé Júnior (1997).

Tratamento dos dados – Os valores de altura média (m), diâmetro médio (cm), densidade (número de

indivíduos) e área basal (m2ha-1) por parcela foram calculados utilizando o pacote FITOPAC (Shepherd,

1996). Em seguida, calculou-se a média daqueles parâmetros para as parcelas de uma mesma transeção,

bem como o desvio e erro padrão, por meio do MS Excel. Os valores fornecidos foram utilizados na

elaboração de gráficos que possibilitassem visualizar possíveis tendências, a serem posteriormente

avaliadas por análise estatística.

Antes de se avaliarem as diferenças estatísticas dos parâmetros fisionômicos entre as transeções,

testou-se a normalidade da distribuição dos parâmetros (altura, densidade, diâmetro e área basal)

utilizando o teste de Shapiro-Wilk e quando o resultado obtido foi > 0,05, caracterizando distribuição

normal, aplicou-se a ANOVA. Quando o resultado foi < 0,05 (não normal) aplicou-se o teste não

paramétrico de Kruskal-Wallis, conforme recomendação de Shapiro & Wilk (1965). Para verificar em

quais transeções houve diferença, utilizou-se o teste Tukey para dados paramétricos, ou Mann-Whitney

para dados não paramétricos (Zar 1996). O pacote estatístico utilizado para estas análises foi o Bioestat

2.0 (Ayres et al. 2000).

Foram elaborados histogramas de distribuição de freqüência das classes de altura e diâmetro, e

calculados os seguintes parâmetros fitossociológicos: densidade relativa do táxon (DRt, %); freqüência

absoluta do táxon (FAt, %); freqüência relativa do táxon (FRt, %); dominância relativa do táxon (DoRt,

%); e valor de importância (VIt). Para os cálculos desses parâmetros e do índice de diversidade de

Shannon, foi utilizado o pacote FITOPAC (Shepherd, 1996). As variações de alturas individuais das

espécies com maior densidade (mais de 10 indivíduos) foram comparadas “box plot”, utilizando o

programa STATISTICA 6.0.

Os dados de estrutura foram comparados com diversos levantamentos, dos quais alguns ainda não

foram publicados como as seguintes dissertações e teses: 1) Florestas ombrófilas montanas da Bahia, de

M.L.C. Neves (Elísio Medrado); 2) Florestas ombrófilas de terras baixas de Pernambuco, de A.C.Lins e

Silva & M.J.N. Rodal (Recife); da Paraíba, de M.R.V. Barbosa (João Pessoa) e da Bahia, de L.A.A.

Paraguassú (Porto Seguro) 3) florestas estacionais semideciduais montana de Pernambuco, de

L.Nascimento (Brejo de Madre de Deus), de M.S Correia (Pesqueira); e da Bahia, de L.S. Funch

(Lençóis), de L.A. Passos (Ibicoará) e de M.T.S Stradmann (Lençóis); 4) florestas estacionais deciduais

da Bahia, de A.O.Soares-Filho (Vitória da Conquista).

Para se realizar uma análise espacial da distribuição das propriedades dos solos nas unidades

amostrais (parcelas) foi utilizada uma análise de correspondência canônica (CCA). Segundo Braak

(1987), esta técnica de análise multivariada basicamente ordena em eixos perpendiculares a variação

Page 88: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

68

multidirecional de um conjunto de variáveis, produzindo diagramas em que são representados,

conjuntamente, os ótimos de distribuição de variáveis e amostras, na forma de coordenadas de ordenação,

e as variáveis ambientais a eles correlacionadas, na forma de vetores que mostram a direção de mudanças

crescentes de cada variável no espaço de ordenação. O método requer, ao menos, duas matrizes de dados

oriundos das mesmas unidades amostrais, uma primária (ou dependente) e outra secundária (ou

independente). No presente caso, a matriz primária foi constituída pelas variáveis de solo nas parcelas e a

matriz secundária pelas variáveis espaciais derivadas das coordenadas geográficas mais a altitude de cada

parcela. As transeções foram incluídas como variável categórica apenas para visualizá-las nos padrões

emergentes da CCA. As variáveis de solo foram previamente padronizadas em uma escala relacional (1 a

100) e algumas delas foram eliminadas devido à forte redundância (Al+H, T e t, correspondentes à acidez

total, capacidade de troca catiônica efetiva e a pH 7, respectivamente) e outras à variância tão reduzida

que criaram uma discrepância dicotômica indesejável (P, terra fina e cascalho). As variáveis de solo

remanescentes foram pH em H2O, níveis de K, Ca, Mg, soma de bases (SB), saturação por bases (V),

saturação por alumínio (m), teor de matéria orgânica (MO) e proporções de areia, silte e argila. As

variáveis espaciais foram obtidas da longitude (x), latitude (y) (ambas em decimais) e a elevação (z),

obtida da altitude subtraída de 600 m. Foi primeiramente construída uma matriz polinomial; obtida de x, y

e z; que continha os seguintes termos: x, y, z, x2, y2, z2, xy, xz, yz, x2y, x2z, y2z, xy2, xz2, yz2 e xyz.

Foi utilizada uma CCA com rotina progressiva de seleção das variáveis da matriz secundária, de acordo

com sua significância em relação aos padrões emergentes da matriz primária, fornecida por testes de

permutação de Monte Carlo. O programa utilizado foi o CANOCO 4.5 (ter Braak & Smilauer, 2002). Ao

final do processo, as variáveis selecionadas como significativas foram somente xy e y2 (longitude ×

latitude e elevação2 ).

Para verificar a relação entre a distribuição das abundâncias das espécies lenhosas (árvores e

trepadeiras) e as características do substrato, com controle da autocorrelação espacial, foi também

empregada a CCA, seguindo o algoritmo proposto por Borcard et al. (1992). Este requer a organização de

três matrizes, uma primária, contendo a abundância das espécies nas parcelas, uma secundária, contendo

as variáveis ambientais e uma terciária, contendo as co-variáveis espaciais. A matriz primária, ou de

espécies, consistiu do número de indivíduos por parcela das 36 espécies que apresentaram dez ou mais

indivíduos na amostra total e, ao mesmo tempo, estavam presentes em cinco ou mais parcelas. Este

procedimento é recomendado por Gauch (1982) porque espécies raras aumentam o volume de cálculos

sem produzir padrões relevantes e as e de baixa freqüência podem produzir discrepâncias, principalmente

quando abundantes localmente, como foi o caso de Metrodorea maracasana, no presente estudo. A

matriz secundária, ou ambiental, consistiu da mesma matriz de variáveis do substrato por parcela utilizada

na CCA anterior, acrescida da elevação das parcelas obtida da altitude subtraída de 600 m. A matriz

terciária, ou espacial, consistiu de variáveis espaciais obtidas da longitude (x) e latitude (y) (ambas em

decimais) seguindo um modelo polinomial: x, y, x2, y2, xy, x3, y3, x2y, e xy2.

Page 89: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

69

Ainda seguindo Borcard et al. (1992), o passo seguinte foi a realização de quatro CCAs

relacionando a matriz de espécies com a ambiental (CCA1), com a espacial (CCA2), com a ambiental

mais a espacial como matriz de co-variáveis (CCA3) e com a espacial mais a ambiental como matriz de

co-variáveis (CCA4). Para tanto, foi utilizado o programa CANOCO 4.5 (ter Braak & Smilauer, 2002).

Nas duas primeiras CCAs, foi utilizada a rotina de seleção progressiva de variáveis ambientais associada

a testes de permutação de Monte Carlo para verificar significância das mesmas. No caso das variáveis do

substrato, apenas três permaneceram – elevação, cálcio e argila – e, no das variáveis espaciais, só duas

foram preservadas – elevação2 e ‘longitude × latitude’. As mesmas variáveis foram utilizadas nas duas

outras CCAs. Testes de permutação Monte Carlo foram aplicados as quatro CCAs e seus resultados foram

empregados para estimar a proporção da variação dos dados das espécies que é explicada distintamente

pelas variáveis ambientais e espaciais, bem como a proporção explicada indistintamente pelos dois

conjuntos de variáveis, além da variação remanescente que não é explicável por nenhuma das variáveis

em questão.

Com base nos padrões emergentes da CCA, foram definidos quatro habitats combinando as sete

transeções em três grupos; Baixa Encosta (1, 2 e 3), Meia Encosta (4 e 5) e Alta Encosta (6 e 7). Foi

utilizada a Análise de Espécies Indicadoras (Dufrêne & Legendre, 1997) processada pelo programa PC-

ORD for Windows versão 4.14 (McCune & Mefford,, 1999) como ferramenta na determinação das

preferências das espécies pelos três habitats. Este método combina a informação sobre a concentração da

abundância de uma espécie em certo grupo de unidades amostrais e sobre a fidelidade da ocorrência desta

espécie a este mesmo grupo. Um valor indicador (ValInd) é gerado para cada espécie em cada grupo e a

significância da diferença de um valor gerado pelo acaso é determinada pelo teste de permutação de

Monte Carlo. Com isso, uma espécie só é considerada indicadora de um habitat quando apresenta o maior

ValInd para o mesmo e o resultado do teste de Monte Carlo é significativo. Para a análise foram

consideradas todas as espécies com menos de 10 indivíduos.

Resultados

Análises do substrato – As médias, desvios-padrão e amplitudes das variáveis de solo em cada transeção

são encontrados na Tab. 1. A análise granulométrica indica que a maioria das parcelas pode ser

classificada como muito argilosa. Os solos são predominantemente ácidos (pH < 5), com níveis elevados

de acidez total (H+ + Al3+ trocáveis), distróficos (V < 50%) e com baixos teores de nutrientes (soma de

bases trocáveis, SB < 3 cmolc/dm3). Entre as bases, na maioria das parcelas, o cálcio e o potássio

apresentaram níveis baixos (< 1 e < 0,1 cmolc/dm3, respectivamente) e o magnésio níveis altos

(> 0,8 cmolc/dm3). Contudo, houve algumas exceções em todos os casos. O fósforo apresentou níveis

baixos em quase todas as parcelas. Os teores de matéria orgânica visíveis no campo através da cor escura

no horizonte superficial foram elevados (> 25 g/dm3) ou médios (14 a 24 g/dm3) em metades quase

iguais das parcelas, mas valores médios e elevados foram encontrados em todas as transeções.

Page 90: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

70

A Fig. 3 mostra o diagrama da CCA com ordenação das 50 amostras de solo em função de suas

propriedades químicas e granulométricas mais os teores de matéria orgânica e sua correlação com as

variáveis espaciais selecionadas (elevação2 e ‘latitude × longitude’), a maior parte da qual se concentra ao

longo do Eixo 1. Os autovalores foram muito baixos; Eixo 1 = 0,021 e Eixo 2 = 0,002; o que significa

apenas que todas as propriedades tiveram variâncias pequenas ao longo dos gradientes sumarizados nos

primeiros eixos de ordenação, na verdade, inexpressivas a partir do Eixo 2. A variância proporcional

acumulada pelo Eixo 1 foi de 12,8%. Apesar destes valores tão baixos, a variância proporcional

acumulada para a correlação entre as variáveis de solo e as espaciais foi elevada no Eixo 1: 92,6%. De

fato, o teste de significância de Monte Carlo para o Eixo 1 foi altamente significativo (F = 6,883,

P = 0,002), assim como para todos os eixos em conjunto (F = 3,759, P = 0,002). As correlações internas

entre as variáveis espaciais e o primeiro eixo de ordenação foram RP = 0,501 e RP = 0,489 para elevação2

e ‘latitude × longitude’. As variáveis que mais contribuíram para o gradiente sumarizado no Eixo 1 foram

saturação por alumínio (m) e areia, que aumentaram no mesmo sentido do aumento da elevação e

‘latitude × longitude’, e saturação por bases, cálcio e soma de bases, que aumentaram no sentido

contrário, e potássio embora mais ligado ao segundo eixo.

Estrutura da vegetação – Foram amostrados 2.283 indivíduos, sendo 93,7% vivos, 6,3% mortos em pé,

totalizando 27,1 m² ha-1 de área basal. Dos vivos, 7% eram cipós (Fig. 4A). Os diâmetros e alturas

médias e máximas foram 10,38 cm, 80 cm e das alturas 7,5 m e 25 m, respectivamente. A Fig. 4A mostra

que houve maior concentração de indivíduos na classe de diâmetro de 4,7-10 cm e 10,01-15 cm que

incluíram todos os cipós, quase todos na classe de 4,7 – 10 cm (Fig. 4A). Cerca de 59% (1263) dos

indivíduos estavam no intervalo de 5,01 a 8 m de altura (Fig. 4B), que correspondem a 9,18 m2 .ha-1 da

área basal, ou seja, 33% da área basal. Portanto, na classe de 5,1 – 8m o valor da área basal foi mais

influenciado pela quantidade de indivíduos, enquanto que na classe de 8,01- 11 foi mais pelo diâmetro de

cada indivíduo (Fig. 4C).

A distribuição dos indivíduos nas diferentes classes de altura sugere uma estratificação em dois

níveis: um estrato inferior, com indivíduos de 1,3 a 8 m; e um superior que pode ser subdividido em dois,

um com árvores entre 8,01 e 14 m; e outro com árvores acima de 14 m. Esses estratos representam 74%,

24% e 2% dos indivíduos e respondem por 40%, 50% e 10% da ABT, respectivamente.

Após testar a normalidade da distribuição dos dados fisionômicos (densidade, altura, diâmetro e

área basal) entre os transeções, verificou-se que todas as variáveis fisionômicas apresentam distribuição

normal com exceção da área basal (P = 0,003). A transeção 7 teve menor densidade (Fig. 5A), sendo

estatisticamente distinta da transeções 1 (t = 2,617; p = 0,0121), 4 (t = 0,9861; p = 0,0046), e 6 (t =

2,8877; p = 0,006). Embora os valores de área basal (Fig. 5B) tenham variado de 0,44 a 1,54 m2, não

houve diferença estatística significativa entre transeções. Também não houve diferenças significativas

para diâmetros e alturas (Fig. 5C e D), que variaram apenas de 9,78 a 10,6 cm; 7,1 a 8,03 m.

Page 91: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

71

Na amostra, foram identificadas 52 famílias e 265 espécies (Tab. 2), duas delas ainda

desconhecidas, duas novas espécies para ciência, na família Fabaceae, gêneros Peltogyne e Machaerium.

As primeiras 63 espécies respondem por cerca de 75% do VI, com destaque para os representantes de

Fabaceae e Euphorbiaceae, em termos de VI e de dominância relativa.

Das famílias amostradas, nove responderam por cerca de 75% do VI total (Fabaceae,

Euphorbiaceae, Anacardiaceae, Myrtaceae, Nyctaginaceae, Salicaceae, Rubiaceae, Apocynaceae e

Lauraceae). Em termos do número de espécies, houve destaque para Fabaceae, com 42 espécies.

Considerando o número de indivíduos e área basal, é marcante a importância de Fabaceae e

Euphorbiaceae nos diferentes estratos da floresta, e de Anacardiaceae nos estratos mais altos. Nos andares

mais baixos, é marcante a presença de Myrtaceae, tanto em termos de indivíduos quanto em número de

espécies, e de Rubiaceae em número de espécies. O índice de diversidade de Shannon para espécies foi

4,45 nats ind-1.

Das espécies com maior VI, Pseudopiptadenia contorta (Fabaceae), Gymnanthes hipoleuca

(Euphorbiaceae) e Guapira aff. opposita (Nyctaginaceae) apresentaram mais de 100 indivíduos por

hectare, representando 21% da densidade relativa e 22% da dominância relativa (Tab. 2). As 198 espécies

que obtiveram VI ≤ 1 representaram 20% dos indivíduos amostrados e 55,5% da dominância total. O

índice de diversidade de Shannon para espécies foi 4,45 nats ind-1.

A Fig. 6 mostra a distribuição vertical das 36 espécies de maior densidade (mais de 10

indivíduos). Destas espécies, 18 não ultrapassaram 8 metros de altura e 24 ultrapassaram os 10 metros.

Destaque para Cytocarpa catingae, Pseudopiptadenia contorta e Syagrus botryophora, por superarem os

20 metros de altura, estando também bem representadas nos outros estratos. Outras como Metrodorea

maracasana, Scheflera morototoni, Xylopia sericea estavam mais representadas na classe de altura de

8,01–14. Alseis floribunda, Casearia arborea, C. javitensis, C. sylvestris, Erytrhroxylum sp, Eugenia sp5,

Guapira aff. opposita, Myrcia racemosa, M. eximia, M. splendens, Pogonophora schomburgkiana,

Maytenus disticophylla e Senefeldera verticillata foram espécies com maior densidade nos estratos mais

baixos, contribuindo com a elevada concentração de indivíduos na classe de 5,01 a 8 m. Peltogyne sp.,

Tapirira guianensis, Pterocarpus rohrii, Gymnanthes hypoleuca também estão bem representadas na

classe 5,01-8 m, com representantes em estratos superiores, atingindo até 15 m.

Relação solo × vegetação – As quatro CCAs apresentaram autovalores muito baixos para os dois

primeiros eixos, isto é, todos < 0,2 (Tab. 3). Isto significa que os gradientes são curtos em todos os casos,

ou seja, há pouca substituição de espécies e a maioria delas se distribui ao longo dos gradientes variando

apenas sua abundância ( Braak,, 1995). A CCA ambiental explicou menos que a metade do que explicou

a CCA espacial, o que salienta que a proximidade espacial tem um peso bem maior que o das variáveis do

substrato quando se procura explicar a distribuição da abundância das árvores no fragmento. Além disso,

conforme indica a Fig.7, (a) apenas 7% da variação total é puramente ambiental e independente do espaço

Page 92: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

72

(CCA3); (b) 5% da variação é indistintamente espacial e ambiental (CCA1 – 3 ou CCA2 – 4), ou seja,

deve-se à estrutura espacial do próprio ambiente e (c) 21% da variação é puramente espacial e

independente do ambiente (CCA4). Em decorrência disso, pouco mais de um terço da variação total

(33,7%) foi explicada por ambiente e espaço em conjunto (CCA1 + 4 ou CCA2 + 3), restando (d) 66,3%

de variação das espécies que é não explicável pelas variáveis utilizadas ou então é meramente estocástica.

Esta expressiva variância remanescente é comum em dados de vegetação e não prejudica a significância

das relações espécie-ambiente (Braak, 1988). Com efeito, os dois primeiros eixos das quatro CCAs

explicaram proporções elevadas das variações da correlação espécie-ambiente, todas > 70% (Tab. 3). As

correlações de Pearson entre espécies e variáveis ambientais também foram elevadas nos dois primeiros

eixos, mostrando-se superior a 0,75 em pelo menos um dos eixos das CCAs 1 ou 3. Além disso, em todas

as CCAs, os testes de permutação de Monte Carlo indicaram diferenças altamente significativas entre as

correlações encontradas e as geradas pelo acaso, tanto para o primeiro eixo canônico como para o

conjunto de eixos canônicos (Tab. 3).

A Fig. 8 mostra o diagrama de ordenação das parcelas (A) e espécies (B) nos dois primeiros eixos

da CCA1. A indicação das transeções por símbolos diferentes ajuda a interpretação dos padrões (Fig. 8A).

O gradiente expresso pelo primeiro eixo é fortemente associado à elevação do terreno e sua coincidência

com a variação espacial norte-sul (Fig. 3 e 4) certamente tornou difícil isolar os efeitos espaciais da

elevação neste caso. As proporções de cálcio e argila aparecem com maior expressão no segundo eixo e

são estas as variáveis aparentemente mais independentes do efeito espacial, como já sugerido na análise

espacial das variáveis de solo (Fig. 4). São elas, provavelmente, as maiores responsáveis pela correlação

entre a distribuição das abundâncias das espécies e as variáveis do substrato que, por pequena que seja, é

significativamente independente do espaço.

As espécies que mais contribuem com o primeiro eixo (Fig. 8) são positivamente, isto é, locais

menos elevados, Allophylus laevigatus, Ocotea complicata, Erythroxylum sp.1, Myrcia eximia, Tachigali

rugosa, Alseis floribunda, Ocotea velutina, e, negativamente, isto é, locais mais elevados, Inga subnuda,

Xylopia sericea, Syagras botryophora, Inga capitata, Tapirira guianensis, Casearia sylvestris. As

espécies que aparecem relacionadas com os maiores níveis de argila e cálcio são Eugenia sp.5,

Pseudopiptadenia contorta, Amaioua intermedia, Cyrtocarpa caatingae, Gymnanthes hypoleuca,

Pterocarpus rohrii, Maytenus distichophylla e Senefeldera verticillata. Do outro lado, associadas aos

teores mais baixos de argila e cálcio estão Schefflera morototoni, Pogonophora schomburgkiana, Alseis

floribunda, Tachigali rugosa, Thyrsodium spruceanum, Inga subnuda e Casearia arborea.

As análises de espécies indicadoras (Tab. 4) confirmam, em boa medida, os padrões emergentes

da CCA1. As sete espécies significativamente indicadoras de sítios menos ou mais elevados também

foram destacadas da mesma maneira pela CCA1. Contudo, apenas três espécies mostraram-se com

indicadoras significativas quanto aos teores de argila e cálcio, em concordância com a CCA1: Inga

subnuda e Syagrus botryophora, com menos teores, e Ocotea velutina, com teores maiores.

Page 93: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

73

Discussão

Estrutura da vegetação – Segundo Carvalho et al. (2005) o elevado número de levantamentos pontuais

nas matas do sudeste do Brasil permitiu a realização de trabalhos de síntese sobre o componente arbóreo

levando assim a uma análise crítica sobre a influência da altitude e de outros fatores na diferenciação

estrutural dessas matas. Tal cenário é completamente diferente da realidade do nordeste do Brasil, onde, a

exceção de Pernambuco, são escassos os trabalhos quantitativos pontuais.

Rodal (2002) observou que a densidade das florestas de Pernambuco está em torno 1.500 ind ha-1,

e que não há diferenças significativas entre florestas situadas em diferentes condições climáticas

(ombrófilas e estacionais) e de altitude (montanas e terras baixas). Andrade & Rodal (2004)

reconheceram que em Pernambuco, florestas mais perturbadas apresentam densidades maiores ou

menores, a depender do estágio sucessional e que a falta de históricos de uso mais detalhados limita

maiores conclusões. Considerando os levantamentos da Bahia listados na Tab. 5, nota-se que há grande

variação na densidade total (1.104 ind ha-1 a 2.283 ind ha-1) e que as florestas ombrófilas têm densidades

próximas a da área de estudo (floresta estacional) assim como as estacionais tendem a apresentar menores

densidades. O fato de os poucos levantamentos quantitativos do estado não disponibilizarem informações

sobre ação antrópica também limita conclusões a respeito de um padrão na densidade dessas florestas.

Os dados dos levantamentos de Pernambuco indicam que as florestas montanas (acima de 600 m)

têm maior área basal que as das terras baixas, independente da condição climática, ombrófila ou

estacional (Rodal 2002). Padrão distinto do observado na Bahia, onde aparentemente as florestas

ombrófilas, independente da altitude, têm maior área basal que as estacionais, especialmente a decidual

montana (Tab. 5).

Considerando as florestas da Bahia, a altura do dossel da área de estudo (8 a 14 m) é mais

semelhante às das estacionais. Nestas, o dossel varia de 10 a 16 m (L.S. Funch, dados não publicados;

M.T. Stradmann, dados não publicados) enquanto que nas ombrófilas (Mori et al.1983; L.A.Paraguassú,

dados não publicados), varia de 20 a 32 m. Nas florestas de Pernambuco as estacionais têm menor altura

do dossel que as ombrófilas que esta em torno de 20 m de altura, com emergentes alcançando entre 26 e

36 m. Vale a pena ressaltar que na área de estudo apenas um indivíduo alcançou 25 m.

O menor porte da vegetação da área de estudo é confirmado quando se verifica que apenas 0,4%

dos indivíduos alcançaram mais de 17 metros, enquanto nas ombrófilas de Pernambuco (Tab. 5) as

proporções variaram entre 10% e 21%. Tais resultados sugerem que do ponto de vista fisionômico área de

estudo assemelha-se a chamada mata de cipó (sensu Mori 1988) pelo predomínio de arvores finas e

baixas como atestam os resultados da floresta estacional decidual montana estudada por Soares-Filho

(mata de cipó). Todavia diferencia-se desta pela maior densidade e pela maior área basal (Tab. 5).

A revisão apresentada por Siqueira et al. (2001) mostrou que, nas terras baixas (menos de 100 m

de altitude) de Pernambuco, Paraíba e Alagoas, as famílias mais importantes em termos do número de

indivíduos são Anacardiaceae, Sapotaceae, Burseraceae, Lecythidaceae e Moraceae. Andrade & Rodal

Page 94: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

74

(2004) acrescentaram Fabaceae (sensu Judd et al. 1999) à lista e observaram que as três primeiras são

estruturalmente importantes nas florestas ombrófilas da região e que essa importância vai decrescendo à

medida que as florestas tornam-se mais secas, citando como exemplo a floresta estacional semidecidual

do Toró. Ressaltaram, ainda, que essa diferença estrutural não parece ser o resultado de corte seletivo já

que o mesmo padrão se repete nas florestas montanas (> 600 m), das ombrófilas para as estacionais.

Nos levantamentos realizados em florestas ombrófilas de terras baixas da Bahia ou em montanas,

quer ombrófilas ou estacionais, as famílias estruturalmente mais importantes são Myrtaceae,

Leguminosae (sensu lato), Euphorbiaceae, Anacardiaceae e Lauraceae, ocupando apenas posições

distintas, parecendo não haver diferenças marcantes entre os diferentes tipos de florestas.

Com relação à importância estrutural de Fabaceae nos levantamentos da Bahia, notam-se dois

padrões distintos: o das florestas estacionais, onde há um elevado número de espécies, em geral de

elevada importância estrutural, e o das florestas ombrófilas/matas ciliares, onde a riqueza é menor,

embora as espécies também sejam estruturalmente importantes. A respeito da distribuição de abundância

dessa família nas florestas andinas e da América Central, Gentry (1995) observou uma diminuição da

importância dessa família a partir dos 1500 m de altitude.

Andrade & Rodal (2004) destacaram que, à medida, que as florestas de Pernambuco ficam mais

secas e ocupam áreas com maior altitude, Myrtaceae vai se tornando estruturalmente mais importante,

embora a riqueza seja similar. No caso das florestas da Bahia, esse padrão não se repete, uma vez que a

família é estruturalmente importante e rica em espécies em todos os tipos de florestas, independente da

condição climática e altitude. A respeito da importância de Myrtaceae, Mori et al. (1983) ressaltaram que,

em florestas neotropicais, Myrtaceae nunca ocupa as 20 primeiras famílias em relação à riqueza, exceto

na floresta atlântica brasileira.

Das espécies estruturalmente mais importantes, vale destacar que Pseudopiptadenia contorta,

secundária inicial segundo Rolim et al. (1999), esteve representada por indivíduos em praticamente todas

as classes de altura, sendo a emergente mais abundante. Silva & Nascimento (2001) observaram que em

locais onde Pseudopiptadenia contorta, típica dos estratos mais baixos das florestas de tabuleiro do norte

do Rio de Janeiro, ocorre como a mais abundante, dominando o dossel, a mata já deve ter sido bastante

explorada. De fato, informações dos moradores das vizinhanças do Brejo Novo indicam que houve

exploração de espécies como Plathymenia reticulata (vinhático) e Manilkara salzmannii (massaranduba),

entre outras.

Comparando o índice de diversidade do Brejo Novo (H’= 4,45 nats ind-1) com os de

levantamentos que empregaram o mesmo critério de inclusão e superfície amostral semelhante, nota-se

que o de Brejo Novo foi superior ao de todas as florestas ao norte do Rio São Francisco (Tab. 5),

estacionais do sudeste do Brasil (Carvalho et al., 2000; Van den Berg & Oliveira-Filho, 2000; Souza et

al,. 2003; Gomes et al., 2005) do sul (Soares-Silva & Barroso, 1992) e no centro-oeste (Silva & Scariot,

2003). Foi, no entanto, próximo ao registrado nas florestas ombrófilas da Bahia (Tab. 5).

Page 95: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

75

Solo × Vegetação - A ausência de relações fortes entre variáveis do substrato e a distribuição de espécies

confirma a impressão superficial a respeito da uniformidade da distribuição das espécies na área de

estudo. À luz dos resultados obtidos, parece haver uma preponderância de fatores espaciais sobre os de

topografia e solo, que, embora significativos, têm um papel secundário na distribuição das espécies.

Considerando que a radiação solar e a disponibilidade de água e de nutrientes minerais são, nesta

ordem, os fatores preponderantes na determinação dos padrões de distribuição de plantas ao redor do

mundo (Hugget, 1995), pode-se supor, como já observado por Oliveira-Filho et al. (1998) para uma

floresta decídua do Brasil Central, que o dossel descontínuo dominado por folíolos de mimosáceas

(Piptadenia contorta, no caso da área de estudo) permite que a luz alcance o sub-bosque, criando

microhabitats, formando clareiras naturais que têm um papel importante na distribuição espacial e

temporal das espécies.

A elevada proporção de variação não explicada e o pequeno número de espécies

significativamente identificadas como indicadoras de habitats reforça a idéia de que padrões estocásticos

podem preponderar sobre os ambientais como um agente causal na distribuição de espécies. Embora uma

razoável parte da variância não possa ser explicada pelas variáveis ambientais utilizadas, não é possível

descartar uma possível existência de variáveis importantes, mas nem sempre facilmente perceptíveis ou

mensuráreis. Assim como já observado por outros autores (Carvalho et al. 2005), conclusões sobre os

padrões de distribuição de espécies face às variáveis ambientais só devem se aproximar de uma

generalização após muitas repetições do mesmo padrão em diversas áreas.

Finalizando, o fato das florestas tropicais possuírem a maior diversidade de plantas no mundo e

estarem criticamente ameaçadas pela fragmentação (Myers et al. 2000) fez crescer, nos últimos anos, o

interesse pela pesquisa em fragmentos florestais tropicais (Laurance & Bierregaard, 1997). No caso do

nordeste do Brasil, os fragmentos florestais estão sob forte ameaça de destruição, havendo um

conhecimento muito limitado sobre a composição florística e abundância de suas espécies. Considerando

que um pré-requisito para tomar qualquer decisão com respeito à preservação de populações, espécies ou

táxons maiores é o conhecimento da sua existência (Barrowclough, 1992), este trabalho mostra que

pequenos fragmentos florestais dispersos pela paisagem apresentam elevada diversidade e talvez

representem a única forma de conservação disponível no momento atual.

Agradecimentos - À Fundação de Apoio à Pesquisa da Bahia pela bolsa concedida à primeira autora e ao Conselho

Nacional Científico e Tecnológico pela bolsa de produtividade da segunda autora. Aos botânicos William Wayt

Thomas e André M. Amorim, às botânicas Maria Regina Vasconcelos Barbosa, Ângela Maria de Miranda Freitas,

Maria Natividade Sánchez de Stapf e ao pessoal do CEPEC pelo auxílio na identificação. A coordenação e

estagiários do herbário da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia pela colaboração nos trabalhos de campo.

Ao Msc. Henrique Costa Hermenegildo da Silva, ao Biol. Airton de Deus e ao Dr. Michael Schessel pela sua

cooperação na análise estatística. Ao Sr. Francisco Britto proprietário da fazenda Brejo Novo, ao Sr. Florisvaldo

Page 96: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

76

Souza Silva (Seu Flor) e, em especial a Gerivaldo Souza Silva (Neném) e a José Lima da Paixão pela coleta de

material botânico.

Referências bibliográficas

Amorim, A.M; Thomas, W.W.; Jardim, J.G.; Fiaschi, P. Thomas, W.W. & Carvalho, A.M. 2005. The

vascular plants of a forest fragment in southern, Bahia, Brazil. Sida 21(3):1727-752.

Andrade, K.S.A. & Rodal, M.J.N. 2004. Fisionomia e estrutura de um remanescente de floresta estacional

semidecidual de terras baixas no nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica 27(3): 463- 474.

Andrade-Lima, D. 1971. Vegetação de Jaguaquara-Maracás, Bahia. Ciência e Cultura 23(3): 317-319.

APG II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families

of flowering plants. Botanical Journal of the Linnean Society 141: 399-436.

Ayres, M.; Ayres Jr., M. & Ayres, D.L. 2000. BioEstat 2.0: aplicações estatística nas áreas de ciências

biológicas e médicas. Belém, Sociedade Civil Mamiauá; Brasília, CNPq.

Bahia/SEI - Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Estado da Bahia. 2003. Bahia em

síntese. Banco de dados geoambientais. Disponível em <http://www.sei.ba.gov.br/ >>.

Barbosa, M.R. & Thomas, W.W. 2002. Biodiversidade, conservação e uso sustentável da Mata Atlântica

no Nordeste. Pp. 19-22. In: Araújo, E.L.; Moura, A.N.; Sampaio, E.V.S.B.; Gestinari, L.M.S. &

Carneiro, J.M.T. (eds.). Biodiversidade, conservação e uso sustentável da flora do Brasil. Recife,

UFRPE, Brasil/Imprensa Universitária.

Barrowclough, G.F. 1992. Systematics, Biodiversity, and Conservation Biology. In: Eldredge, N. (ed.).

Systematics, Ecology and Biodiversity Crisis. New York, Columbia University Press, Pp. 121-143.

Bigarella, J.J.; Andrade-Lima, D.; Riehs, P.J. 1975. Considerações a respeito das mudanças

paleoambientais na distribuição de algumas espécies vegetais e animais no Brasil. Anais da

Academia Brasileira de Ciência (Suplemento). 47: 411-464

Borcard, D.; Legendre, P. & Drapeau, P. 1992. Partialling out the spatial component of ecological

variation. Ecology 73(3): 1042-1055.

Brasil. Ministério da Agricultura. 1976. Diagnóstico sócio-econômico da região cacaueira. Recursos

florestais. Rio de Janeiro, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira.

Brasil. 1981. Ministério das Minas e Energia/Secretária Geral. Projeto RADAMBRASIL, Folha SD 24

Salvador: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro,

Ministério de Minas e Energia/Secretária Geral (Levantamento de Recursos Naturais, 24).

Carvalho, D.A.; Oliveira-Filho, A.T.; Vilela, E.A. & Curi, N. 2000. Florística e estrutura da vegetação

arbórea de um fragmento de floresta ciliar do alto São Francisco (Martinho Campos, Minas Gerais). ).

Boletim do herbário Ezechias Paulo Heringer 6:5-22.

Carvalho, A.C.; Enivanis A.; Vilela, E.A.; Curi, N; Van Den Berg, E; Fontes, M.A.L. & Botezelli. L.

2005. Distribuição de espécies arbóreo-arbustivas ao longo de um gradiente de solos e topografia em

Page 97: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

77

um trecho de floresta ripária do rio São Francisco em Três Marias, MG, Brasil. Revista Brasileira de

Botânica 28(2): 329-345.

Carvalho-Sobrinho, J.G. & Queiroz, L.P. 2005. Composição florística de um fragmento de mata atlântica

na Serra da Jibóia, Santa Terezinha, Bahia, Brasil. Sitientibus 5(1): 20-28.

Dufrêne M. & Legender, P. 1997. Species assemblages and indictor species: the need for a flexible

asymmetrical approach. Ecological Monographs 67(3): 345-366

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/ Embrapa. 1997. Manual de métodos de análises de solo.

Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura e Abastecimento/Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa)/Centro Nacional de Pesquisas de Solos.

Ferraz, E.M.N.; Araújo, E.L. & Silva, S.I. 2004. Floristic similarities between lowland and montane areas

of Atlantic Coastal Forest in Northeastern Brazil. Plant Ecology. 174(1): 59-70.

Ferraz, E.M.N. & Rodal, M.J.N. 2006. Caracterização fisionômica-estrutural de um remanescente de

floresta ombrófila montana de Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20(4): 911-926.

Foury, P.A. 1972. As matas do nordeste brasileiro e sua importância econômica. Boletim Geográfico 31:

1-126.

Galindo-Leal, C. & Câmara, I.G. 2003. Atlantic Forest hotspot status: an overview. In: Galindo-Leal, C.

& Câmara, I.G. (eds.). The Atlantic Forest of South America. Washington, Center for Applied

Biodiversity Science.

Gauch, H.C. 1982. Multivariate analysis in community ecology. Cambridge, Press University.

Gentry, A.H. 1995. Diversity and floristic composition of neotropical dry forest. Pp. 146-190. In:

Bullock, S.H.; Mooney, H.A. & Medina, E. (eds.). Seasonally dry tropical forest. Cambridge,

Cambridge University Press.

Gomes, E.P.C.; Fisch, S.T.V. & Mantovani, W. 2005. Estrutura e composição do componente arbóreo na

Reserva Ecológica do Trabiju, Pindamonhangaba, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19(3): 451-

464.

Hugget, R.J. 1995. Geoecology, an evolutionary approach. Routledge, London.

Judd, W.S. et al. 1999. Plant systematics : a phylogenetic approach. Massachusetts, Sinauer

Associates.

Laurance, W.F. & Bierregaard, Jr.R.O. (ed.). 1997. Tropical Forest remnants: ecology, management,

and conservation of fragmented communities. Chicago, University of Chicago Press.

Lopes, A.S. 1989. Manual de fertilidade do solo. Ttrad. e adaptação de Potash Phosphate Institute.

1938. Soil fertility manual. São Paulo, ANDA/POTAFOS.

Lüttge, U. 1997. Physiological ecology of tropical plants. New York, Springer-Verlag.

McCune, B. & Mefford, M.J. 1999. PC-ORD: Multivariate analysis of ecological data, Version 4.

Gleneden Beach, MjM Software Design.

Page 98: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

78

Medina, E. 1995. Diversity of life forms of higher plants in neotropical dry forests. Pp 221-238. In:

Bullock, S.H.; Mooney, H.A. & Medina, E. (eds.). Seasonally dry forests. Cambridge, Cambridge

University Press.

Mooney, H.A.; Bullock, S.H. & Medina, E. 1995. Introduction. Pp. 1-8. In: Bullock, S.H.; Mooney, H.A.

& Medina, E. (eds.). Seasonally dry forests. Cambridge, Cambridge University Press.

Mori, S.A.; Boom, B.M.; Carvalho, A.M. & Santos, T.S. 1983. Southern Bahian moist forests. Botanical

Review 49:155-232.

Mori, S.A. 1988. Eastern Extra-Amazonian Brazil. Pp. 428-454. In: Campbell, D. & Hammond, D. (eds.).

Floristic inventary of tropical countries. New York, New York Botanical Garden.

Myers, N.; Mittermeier, R.A.; Mittermeier, C.G.; Fonseca, G.B. & Kents, J. 2000. Biodiversity hotspots

for conservation priorities. Nature 403: 853-858.

Oliveira-Filho, A.T., Curi, N., Vilela, E.A. & Carvalho, D.A. 1998. Effects of canopy gaps, topography

and soils on the distribution of woody species in a Central Brazilian deciduous dry forest. Biotropica

30: 362-375.

Richards, P.W. 1996. The tropical rain forest: An ecological study. 2nd ed. Cambridge, Cambridge

University Press.

Rizzini, C.T. 1997. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos. São Paulo, Editora de

Humanismo, Ciências e Tecnologia e Editora da Universidade de São Paulo.

Rodal, M.J.N. 2002. Montane Forests, in Northeast Brazil: a phytogeographical approach. Botanische

Jahrbücher für Systematik, Pflanzengeschichte und Pflanzengeographie 124: 1 -10.

Rolim, S.G.; Couto, H.T.Z. & Jesus, R.M. 1999. Mortalidade e recrutamento de árvores na Floresta

Atlântica em Linhares (ES). Sciencia Forestalis 55: 49-69.

Sales, M.F.; Mayo, S.J. & Rodal, M.J.N. 1998. Plantas vasculares das florestas serranas de

Pernambuco – Um checklist da flora ameaçada dos brejos de altitude. Recife, Universidade

Federal Rural de Pernambuco/ Imprensa Universitária.

Shapiro, S.S. & WILK, M.B. 1965. An analysis of variance test for normality (complete samples).

Biometrika 52(3/4): 591-611.

Shepherd, G.J. 1996. FITOPAC 1: Manual de usuário. Campinas, Universidade Estadual de

Campinas/Departamento de Botânica.

Silva, L.A. & Scariot, A. 2003. Composição florística e estrutura da comunidade arbórea em uma floresta

estacional decidual em afloramento calcário (Fazenda São José, São Domingos, GO, Bacia do Rio

Paraná. Acta Botanica Brasilica 17(20): 305-313.

Silva, T.C. 1980. Mapa geomorfológico da Bahia. Salvador, CEPLAB.

Silva, G. C. & Nascimento, M.T. 2001. Fitossociologia de um remanescente de mata sobre tabuleiros no

norte do estado do Rio de Janeiro (Mata do Carvão). Revista Brasileira de Botânica 214(1): 51-62.

Statistica 6.0. 1995. Statistical software. StatSoft. Inc.

Page 99: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

79

Siqueira, D.R.; Rodal, M.J.N.; Lins-e-Silva, A.C.B. & Melo, A.L. 2001. Physiognomy, structure and

floristics in an area of Atlantic forest in northeast Brazil, In: Gottsberger, G. & Lied, S. (eds.).

Proceedings of life forms and strategies in tropical forests. Berlin-Stuttgart, Gebr. Borntraeger

Verlagsbuchhandlung, Pp. 11-27.

Soares-Silva, L.H. & Barroso, G.M. 1992. Fitossociologia do estrato arbóreo da floresta na porção norte

do Parque Estadual Mata dos Godoy, Londrina – PR, Brasil. Anais do VIII Congresso Sociedade

Botânica de São Paulo. Campinas. Pp. 101 -112

Souza, J.S.; Espírito Santo, F.D.B.; Fontes, M.A.L.; Oliveira-Filho, A.T. & Botezelli, L. 2003. Análise

das variações florísticas e estruturais da comunidade arbórea de um fragmento de floresta semidecídua

às margens do rio Capivari, Lavras-MG. Revista Árvore 27(2): 185-206.

Tavares, M.C.; Rodal, M.J.N.; Melo, A.L. & Araújo, M.F.L. 2000. Fitossociologia de um componente

arbóreo de um trecho de Floesta Ombrófila Montana do Parque Ecológico João Vasconcelos

Sobrinho, Caruaru, Pernambuco. Naturalia 26: 243-270.

ter Braak, C. J. F. 1988. CANOCO - A FORTRAN program for canonical community ordination by

(Partial) (Detrended) (Canonical) correspondence analysis and redundancy analysis, version 2.1

Technical report LWA-88-2, TNO, Wageningen, Institute of Applied Computer Science.

ter Braak, C. J. F. 1995. Ordination. Pp. 91-173. In: R. H. G. Jongman; C. J. F. ter Braak & O. F. R. van

Tongeren (eds.). Data analysis in community and landscape ecology. Cambridge, Cambridge

University Press.

ter Braak, C.J.F. 1987. The analysis of vegetation – environment relationships by canonical

correspondence analysis. Vegetatio 69(1): 69 -77.

ter Braak, C.J.F. & Smilauer, P. 2002. CANOCO Reference manual and CanoDraw for Windows

user's guide: Software for Canonical Community Ordination (version 4.5). Ithaca,

Microcomputer Power.

Thomas, W.W.; Carvalho, A.M.V.; Amorim, A.A; Garrison, J. & Arbeláez, A.L. 1998. Plant endemism

in two forests in southern Bahia, Brazil. Biodiversity and Conservation 7: 311-322.

Thomas, W.W.; Jardim, J.G.; Fiaschi & Amorim, A.M. 2003. Lista preliminar de angiospermas

endêmicas do sul da Bahia. In: Prado, P.I.; Landau, E.C.; Moura, R.T.; Pinto, L.P.S.; Fonseca, G.A.B.

& Alger, K. (orgs.). Corredor de biodiversidade da Mata Atlântica do sul da Bahia. Publicação

em CD-ROOM, Ilhéus, IESB/CI/CABS/UFMG/Unicamp.

Thomas, W.W. & Carvalho, A.M.V. 2004a. Preliminary checklist of the plants of Monte Pascoal

National. New York, New York Botanical Garden (www.nybg.org/bsci/res/ME.html)

Thomas, W.W. & Carvalho, A.M.V. 2004b. Preliminary checklist of the plants of the Mata da

Esperança. New York, New York Botanical Garden (www.nybg.org/bsci/res/MP.html)

Page 100: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

80

Thomas, W.W.; Carvalho, A.M.V.; Amorim, A.M.; Garrison, J. 2004c. Preliminary checklist of the

flora of the Una Biological Reserve. New York, New York Botanical Garden

(ww.nybg.org/bsci/res/una.html).

Tomé Júnior, J.B. 1997. Manual de análise de interpretação de análise de solo. Guaíba, Agropecuária.

Tricart, J.1959. As zonas morfoclimáticas do nordeste brasileiro. Salvador, Livraria Progresso Editora.

Van den Berg, E. & Oliveira-Filho, A.T. 2000. Composição florística e estrutura fitossociológica de uma

floresta ripária em Itutinga, MG, e comparação com outras áreas. Revista Brasileira de Botanica 23:

231-253.

Veloso, H.P.; Rangel-Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira,

adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro, IBGE.

Zar, J.H. 1996. Biostatistical Analysis. 3rd ed. Upper Saddle River, Prentice-Hall.

Page 101: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

81

ANEXOS

Page 102: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

82

LISTA DE FIGURAS

Manuscrito 2

Figura 1. Precipitação e temperaturas médias mensais da cidade de Jequié, Bahia, Brasil, no

período de novembro de 1998 a março de 2006. .........................................................................

86

Figura 2. Diagrama de bolhas mostrando a distribuição espacial das parcelas na área de

estudos, baseada nas coordenadas de latitude e longitude, e na elevação (altitude – 600 m),

representada pelas dimensões das bolhas e rótulos com os valores da elevação. ..........................

85

Figura 3. Análise de correspondência canônica (CCA) de 50 amostras do solo superficial (0 a

30 cm) da Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil, baseada em 19 variáveis

químicas e granulométricas, inclusive matéria orgânica, e relacionada a variáveis espaciais

(latitude, longitude e elevação). As sete transeções amostrais onde as amostras foram coletadas

são indicadas por símbolos diferentes. ...........................................................................................

86

Figura 4. Distribuição do número de indivíduos em classes de diâmetro incluindo cipós e sem

cipós (A) e do número de indivíduos por classe de altura (B) e área basal (C) na amostra total

do inventário da Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. ..................................

87

Figura. 5. Médias de densidade (A), área basal (B) diâmetro (C), e altura (D) ao longo das sete

transeções amostrais utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, município de Jequié,

Bahia, Brasil. .................................................................................................................................

88

Figura 6. Distribuição das alturas individuais das 36 espécies com populações de mais de 10

indivíduos amostrados na mata Brejo Novo, município de Jequié, Bahia. A caixa dos Box-plot

= 50% dos dados coletados; barra superior = 75% da variação dos dados; barra inferior = 25%

da variação dos dados; ┬

e ┴ = pontos extremos nos dados coletados; linha no interior da caixa

= mediana da distribuição dos dados. ...........................................................................................

89

Figura 7. Análises de correspondência canônica (CCA) do número de indivíduos de 35

espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, município de Jequié,

Page 103: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

83

Bahia, Brasil: proporções da variação total da matriz de abundância das espécies explicadas por

(a) variáveis ambientais somente, (b) variáveis ambientais e espaciais conjuntamente, (c)

variáveis espaciais somente e (d) indeterminada. .........................................................................

90

Figura 8. Análise de correspondência canônica (CCA): diagramas de ordenação das parcelas

(A) e espécies (B) baseada na distribuição do número de indivíduos de 35 espécies nas 50

parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil, e

sua correlação com as três variáveis ambientais utilizadas. As sete transeções amostrais onde as

amostras foram coletadas são indicadas por símbolos diferentes. ................................................

91

Page 104: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

84

Fig. 1

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

80.0

90.0

100.0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MESES

mm

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

30.0

º C

PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA

Page 105: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

85

Fig. 2

68 52 49 49 48 48 45

58 83 83 60 67 83

102 84 84 71 73

102 133 124

124 115 110 106 93 100

142 142 135 131 109 121

121 138 134 140 120 122

152 152 150

143 140 139

13.9460

13.9470

13.9480

13.9490

13.9500

13.9510

13.9520 40.1100 40.1110 40.1120

Longitude (W)

Latit

ude

(S)

80

84 86

132 142

Page 106: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

86

Fig. 3

-0.3

-0.2

-0.1

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

-0.6 -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 CCA: Eixo 1

CC

A: E

ixo

2

V

SB

Elevação 2

K

Ca

silte

pH

areia

argila

Transeções: 1 2 3 4 5 6 7

Variáveis de solo Variáveis espaciais

m

Mg

MO

Longitude ×××× Latitude

Page 107: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

87

1498

426

85

176

43

21

19

8

3

1

1

2

4

150

0 250 500 750 1000 1250 1500 1750

4.77 - 10.00

10.1 - 15.0

15.01 - 20.00

20.01 - 25.00

25.01 - 30.00

30.01 - 35.00

35.01 - 40.00

40.01 - 45.00

45.01 - 50.00

50.01 - 55.00

55.01 - 60.00

Cla

sse

de

diâ

me

tro

(cm

)

Número de indivíduos

Árvores

Cipós

(A)

309

1263

393

126

30

7

1

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Até 5 m

5.01 - 8

8.01 - 11

11.01 - 14.00

14.01 - 17.00

17.01 - 20.00

Acima de 20.01

Cla

sse

s d

e a

ltura

(m

)

Número de indivíduos (excluíndo cipós)

(B)

1.55

9.18

7.56

5.71

1.82

0.67

0.17

- 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00

Até 5 m

5.01-8.0

8.01-11.0

11.01-14.0

14.01-17.0

17.01-20.0

Mais de 20

Cla

sses

de

altu

ra (

m)

Área basal (m². ha-1)

(C)

Fig. 4

Page 108: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

88

(A)

(B)

(C)

(D)

Fig. 5

0 10 20 30 40 50 60 70

1 2 3 4 5 6 7 Transeções

Den

sida

de (

n.º

de in

divi

duos

)

0

0.5

1

1.5

2

2.5

1 2 3 4 5 6 7 Transeções

Áre

a ba

sal m

2

0 2 4 6 8

10 12 14

1 2 3 4 5 6 7 Transeções

Dia

met

ro m

édio

(cm

)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

1 2 3 4 5 6 7 Transeções

Altu

ra m

edia

(m

)

Page 109: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Maced

o, G

.E.L. C

om

po

sição flo

rística e estrutu

ra do co

mp

on

ente arbó

reo-lian

escente d

e um

trecho

de floresta...

8

9

Alseis floribunda

sp1

Casearia arborea

Casearia javitensis

Casearia sylvestris

Eriotheca macrophyllasp1sp5

Myrcia eximia

Myrcia guianensis

Myrcia racemosa

Myrcia splendens

Ocotea brasiliensis

Ocotea complicatasp.

Pterocarpus rohrii

Tachigali rugosa

Tapirira guianensis

Thyrsodium spruceanum

Trichilia silvatica

Xylopia sericea

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Altura (m)

Linha branca: Mediano

25%-75%

M

in-Max

Fig. 6

Allophylus laevigatus Alseis floribunda

Aspidosperma spruceanum

Calyptranthes sp1 Casearia arborea

Casearia javitensis Casearia sylvestris

Cyrtocarpa caatingae Eriotheca macrophylla

Erythroxylum sp1 Eugenia sp5

Guapira opposita Gymnanthes hypoleuca

Inga capitata Inga subnuda ssp.

luschnathiana Maytenus distichophylla

Metrodorea maracasana Myrcia eximia

Myrcia guianensis Myrcia racemosa Myrcia splendens

Ocotea brasiliensis Ocotea complicata

Peltogyne sp. Pogonophora

schomburgkiana Pseudopiptadenia

contorta Pterocarpus rohrii

Schefflera morototoni Tachigali rugosa

Senefeldera verticillata Syagrus botryophora

Tapirira guianensis

Page 110: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

90

Fig. 7

(a) 7.0634% (b) 5.2250%

(c) 21.4320%

(d) 66.2796%

Page 111: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

91

Fig. 8

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

-1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 CCA: Eixo 1

CC

A: E

ixo

2

Transeções: 1 2 3 4 5 6 7

Variáveis do substrato:

elevação

Ca

argila

-2.0

-1.0

0.0

1.0

2.0

3.0

-3.0 -2.0 -1.0 0.0 1.0 2.0 3.0

CCA: Eixo 1

CC

A: E

ixo

2

elevação

Ca

argila

Eugenia sp.5

Pseudopiptadenia contorta

Amaioua intermedia Pterocarpus rohrii Maytenus distichophylla

Senefeldera verticillata

Gymnanthes hy poleuca

Cyrtocarpa caatingae

Myrcia splendens

Ocotea complicata Casearia sylvestris

Myrcia eximia Eriotheca macrophylla

Aspidosperma spruceanum

Myrcia acuminatissima Xylopia sericea

Tapirira guianensis Syagrus botryophora

Inga capitata

Myrcia guianensi s Casearia javitensis

Trichilia silvatica Allophylus laevigatus Guapira opposita Ocotea velutina

Peltogyne sp. Erythroxylum sp.1

Casearia arborea Inga subnuda Thyrsodium spruceanum

Tachigali rugosa

Alseis floribunda Pogonophora schomburgkiana

Schefflera morototoni

Calyptranthes sp.1

Espécies Variáveis do substrato

Page 112: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

92

Tabela 1. Propriedades químicas e granulométricas e teor de matéria orgânica das amostras de solo superficial (0 a 30 cm) das 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia. SB = soma de bases trocáveis, t = capacidade de troca catiônica efetiva, T = capacidade de troca catiônica a pH 7, V = saturação por bases, m = saturação por alumínio, MO = matéria orgânica, tfsa = terra fina seca ao ar. Os valores são de média ± desvio padrão e de amplitude total de N amostras de solo de cada uma das transeções.

Transeção Transeção 1 Transeção 2 Transeção 3 Transeção 4 Transeção 5 Transeção 6 Transeção 7 N 7 7 7 9 7 7 6

pH 5,73 ± 0,14 5,5 ± 0,19 5,47 ± 0,24 5,39 ± 0,37 5,43 ± 0,2 5,34 ± 0,08 5,52 ± 0,15 em H2O 5,9 – 5,5 5,7 – 5,2 5,9 – 5,2 6,3 – 5,1 5,7 – 5,1 5,4 – 5,2 5,7 – 5,3

P 2,3 ± 0,5 2,1 ± 0,4 2,4 ± 0,8 2,2 ± 0,4 2,0 ± 0 2,0 ± 0 2,2 ± 0,4 (mg dm-3) 3 – 2 3 – 2 4 – 2 3 – 2 2 – 2 2 – 2 3 – 2

K 1,10 ± 0,08 1,05 ± 0,03 1,06 ± 0,04 1,09 ± 0,08 1,03 ± 0,02 1,03 ± 0,01 1,03 ± 0,02 (cmolc dm-3) 1,26 – 1,04 1,12 – 1,03 1,15 – 1,04 1,20 – 1,02 1,04 – 1,01 1,04 – 1,01 1,05 – 1,01

Ca 1,87 ± 0,68 1,44 ± 0,34 1,69 ± 0,6 2,06 ± 2,27 1,33 ± 0,05 1,33 ± 0,1 1,45 ± 0,52 (cmolc dm-3) 3,1 – 1,3 2,2 – 1,2 3,0 – 1,2 8,1 – 1,2 1,4 – 1,3 1,5 – 1,2 2,5 – 1,2

Mg 1,71 ± 0,33 1,51 ± 0,19 1,57 ± 0,21 1,62 ± 0,31 1,41 ± 0,21 1,47 ± 0,35 1,43 ± 0,36 (cmolc dm-3) 2,2 – 1,3 1,8 – 1,2 1,8 – 1,2 2,3 – 1,2 1,8 – 1,2 2,1 – 1,1 2,0 – 1,1

Al -3+H 5,81 ± 0,79 7,83 ± 1,29 9,24 ± 2,05 8,37 ± 1,76 9,00 ± 1,38 9,49 ± 1,4 8,83 ± 0,77 (cmolc dm-3) 7,3 – 5 10,0 – 6,5 12,2 – 6,1 12,4 – 6,5 11,7 – 7,5 11,9 – 7,8 9,7 – 7,8

SB 2,70 ± 0,97 2,00 ± 0,44 2,30 ± 0,78 2,72 ± 2,59 1,74 ± 0,24 1,80 ± 0,42 1,92 ± 0,87 (cmolc dm-3) 4,2 – 1,6 2,9 – 1,6 3,9 – 1,4 9,6 – 1,4 2,2 – 1,5 2,5 – 1,3 3,6 – 1,3

t 4,0 ± 0,6 4,1 ± 0,3 4,7 ± 1,0 4,8 ± 2,0 4,0 ± 0,3 4,4 ± 0,5 4,2 ± 0,5 (cmolc dm-3) 5,0 – 3,4 4,5 – 3,7 6,7 – 3,6 9,8 – 3,4 4,5 – 3,7 5,1 – 3,8 5,1 – 3,8

T 7,5 ± 0,9 8,8 ± 1,2 10,5 ± 2,4 10,1 ± 2,9 9,7 ± 1,2 10,3 ± 1,4 9,7 ± 0,6 (cmolc dm-3) 8,4 – 6,3 10,6 – 7,2 15,1 – 7,6 16 – 7,5 12,2 – 8,6 13,1 – 9,0 10,4 – 9,0

V 26,1 ± 12,3 14,1 ± 5,6 14,9 ± 6,4 16,9 ± 15,7 10,1 ± 3,6 9,7 ± 4,8 11,0 ± 8,8 (%) 44 – 12 24 – 7 24 – 5 58 – 6 17 – 6 19 – 5 28 – 4 m 47,7 ± 21,8 68,6 ± 12,6 66,0 ± 14,9 56,4 ± 30,3 74,9 ± 10,1 76,7 ± 11,5 74,5 ± 19,9

(%) 75 – 21 84 – 46 88 – 43 76 – 3 86 – 56 90 – 58 91 – 38 MO 28,4 ± 10 26,9 ± 9,2 31,6 ± 13,7 33,7 ± 24,2 26,6 ± 5,3 27,9 ± 5 28,7 ± 4,3

(g dm-3) 47 – 20 40 – 18 61 – 20 93 – 15 37 – 21 35 – 23 35 – 23 tfsa 95,1 ± 15,5 98,4 ± 6,8 82,7 ± 24,4 100 ± 0 100 ± 0 100 ± 0 100 ± 0 (%) 100 – 60 100 – 83 100 – 46 100 – 100 100 – 100 100 – 100 100 – 100

Cascalho 6,9 ± 15,5 3,6 ± 6,8 19,3 ± 24,4 1,0 ± 0,0 1,0 ± 0,0 1,0 ± 0,0 1,0 ± 0,0 (%) 42 – 1 19 – 1 56 – 1 1 – 1 1 – 1 1 – 1 1 – 1

Areia 249,3 ± 42,5 230,3 ± 53,9 282,9 ± 74,8 308,8 ± 100,2 245,7 ± 61,8 239,3 ± 26,3 325,8 ± 49,5 (%) 311 – 201 306 – 181 361 – 176 521 – 201 356 – 171 283 – 205 387 – 266 Silte 101,3 ± 36,9 76,0 ± 48,9 124,9 ± 45,3 122,1 ± 29,0 84,9 ± 21,9 88,6 ± 19,6 79,5 ± 36,4 (%) 151 – 51 151 – 16 186 – 61 171 – 84 126 – 65 117 – 63 126 – 39

Argila 651,0 ± 40,4 696,7 ± 25,7 595,3 ± 47,2 572,1 ± 95,3 672,4 ± 70,6 675,3 ± 30,5 597,7 ± 18,6 (%) 711 – 591 731 – 661 661 – 521 691 – 381 761 – 561 721 – 631 621 – 571

Page 113: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

93

Tabela 2. Parametros fitossociológicos das espécies arboreo-lianescentes (incluindo a categoria morta) amostradas na Mata de Cipó no Brejo Novo, município de Jequié, Bahia, Brasil. N= número de indivíduos, DR= densidade relativa (%), DoR= dominância relativa (%), FR=frequência relativa, VI= valor de importância Família/Espécie N DR DoR FR VI 1. Acanthaceae

1. Mendoncia blanchetiana Profice 1 0.04 0.01 0.08 0.13 2. Anacardiaceae

2. Astronium concinnum Schott ex Spreng. 4 0.18 0.11 0.24 0.52 3. Astronium sp.1 1 0.04 0.02 0.08 0.14 4. Astronium sp.2 1 0.04 0.01 0.08 0.13 5. Cyrtocarpa caatingae J.D. Mitch. & Daly 31 1.36 2.76 1.41 5.54 6. Tapirira guianensis Aubl. 56 2.45 5.19 2.20 9.84 7. Thyrsodium spruceanum Salzm ex Benth. 55 2.41 1.72 2.04 6.17 8. Thyrsodium sp. 1 0.04 0.05 0.08 0.18

3. Annonaceae 9.Duguetia cf. scottmorii Maas 3 0.13 0.09 0.16 0.38 10. Rollinia aff. pickelii Diels 4 0.18 0.04 0.24 0.45 11. Rollinia dolabripetala (Raddi) R.E. Fr. 4 0.18 0.42 0.24 0.83 12. Xylopia sericea A. St. Hil. 36 1.58 1.92 1.33 4.83

4. Apocynaceae 13. Aspidosperma discolor A.DC. 2 0.09 0.13 0.16 0.37 14. Aspidosperma pyricollum Müll. Arg. 6 0.26 0.34 0.39 1.00 15. Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg. 47 2.06 2.29 1.96 6.31 16. Aspidosperma sp. 1 0.04 0.04 0.08 0.16 17. Himatanthus drasticussp. 2 0.09 0.03 0.16 0.27 18. Tabernaemontana bracteolaris Mart. ex Müll. Arg. 1 0.04 0.04 0.08 0.16 19. Apocynaceae Indet. 2 6 0.26 0.21 0.47 0.94

5. Araliaceae 20. Dendropanax brasiliensis (Seem.) Frodin 1 0.04 0.06 0.08 0.19 21. Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin 14 0.61 1.44 0.94 2.99

6 Arecaceae 22. Syagrus botryophora (Mart.) Mart. 20 0.88 0.58 1.10 2.55

7. Bignoniaceae 23. Arrabidaea sp. 2 0.09 0.02 0.16 0.26 24. Clytostoma sciuripabulum Bureau & K. Schum. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 25. Phryganocydia corymbosa (Vent.) Bureau ex K. Schum. 4 0.18 0.05 0.24 0.46 26. Tabebuia sp.1 3 0.13 0.18 0.24 0.55 27. Bignoniaceae Indet.1 2 0.09 0.02 0.16 0.26

8. Boraginaceae 28. Cordia trachyphylla Mart. 7 0.31 0.25 0.39 0.95

9. Brassicaceae 29. Capparis cf. grandiflora Wall. ex Hook.f. & Thomson. 4 0.18 0.15 0.24 0.56 30. Capparis nectaria Vell. 2 0.09 0.05 0.16 0.30

10. Burseraceae 31. Protium bahianum Daly 10 0.44 0.17 0.47 1.08 32. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 1 0.04 0.02 0.08 0.14 33. Protium warmingianum March. 10 0.44 0.64 0.63 1.70

11. Celastraceae 34. Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C. Sm. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 35. Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek 19 0.83 0.88 0.94 2.65 36. Maytenus sp. 2 0.09 0.03 0.16 0.28 37. Salacia sp. 2 0.09 0.02 0.16 0.27 Continua ...

Page 114: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

94

Família/Espécie N DR DoR FR VI 38. Tontelea leptophylla A.C. Sm. 1 0.04 0.03 0.08 0.15

12. Chrysobalanaceae 39. Couepia sp 5 0.22 0.13 0.31 0.66 40. Hirtella sp. 3 0.13 0.05 0.16 0.34 41. Licania sp.1 1 0.04 0.01 0.08 0.14 42. Licania sp.2 4 0.18 0.20 0.24 0.61

13. Clusiaceae 43. Garcinia brasiliensis Mart. 1 0.04 0.02 0.08 0.14

14. Ebenaceae 44. Diospyros cf. hispida A. DC. 5 0.22 0.31 0.31 0.84

15. Elaeocarpaceae 45. Sloanea monosperma Vell. 1 0.04 0.75 0.08 0.87 46. Sloanea pubescens Benth. 3 0.13 0.17 0.16 0.46 47. Sloanea stipitata Spruce ex Benth. 2 0.09 0.03 0.16 0.28

16. Erythroxylaceae 48. Erythroxylum affine A. St.-Hil. 6 0.26 0.10 0.47 0.84 49. Erythroxylum macrocalyx Mart. 6 0.26 0.17 0.39 0.83 50. Erythroxylum membranaceum A. St.-Hil. 3 0.13 0.08 0.24 0.45 51. Erythroxylum nobile O. E. Schulz 2 0.09 0.03 0.16 0.27 52. Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil. 2 0.09 0.03 0.16 0.27 53. Erythroxylum subrotundum A. St. -Hil. 5 0.22 0.06 0.39 0.67 54. Erythroxylum sp.1 26 1.14 0.39 1.02 2.55

17. Euphorbiaceae 55. Aparisthmium cordatum (Juss.) Baill. 6 0.26 0.21 0.16 0.63 56. Chaetocarpus echinocarpus (Baill.) Ducke 1 0.04 0.02 0.08 0.14 57. Croton floribundus Spreng. 7 0.31 0.12 0.39 0.82 58. Gymnanthes hypoleuca Benth. 216 9.46 4.74 2.90 17.10 59. Gymnanthes sp. 2 0.09 0.16 0.16 0.40 60. Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 7 0.31 0.07 0.31 0.69 61. Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. 47 2.06 0.76 1.57 4.39 62. Senefeldera verticillata (Vell Conc.) Croizart. 85 3.72 1.57 2.51 7.81

18. Fabaceae 63. Acacia polyphylla DC. 2 0,09 0,03 0,16 0,28 64. Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. 1 0,04 0,05 0,08 0,17 65. Bauhinia angulosa Vogel 1 0,04 0,01 0,08 0,13 66. Bauhinia smilacina (Schott) Steudel 11 0,48 0,13 0,78 1,39 67. Copaifera cf. lucens Dwyer 8 0,35 1,07 0,47 1,90 68. Dalbergia frutescens (Vell.) Britton 35 1,53 0,41 1,73 3,67 69. Dalbergia sp. 1 0,04 0,01 0,08 0,13 70. Dimorphandra exaltata Schott Kuhl & Hoehne 1 0,04 0,01 0,08 0,13 71. Dioclea violacea Mart. ex Benth. 3 0,13 0,03 0,24 0,40 72. Diplotropis incexis Rizzini & A. Mattos 4 0,18 0,41 0,31 0,90 73. Hymenaea cf. courbaril L. 2 0,09 0,05 0,16 0,30 74. Hymenaea sp. 2 0,09 0,02 0,16 0,26 75. Hymenolobium cf. janeirense var. stipulatum (N.F. Mattos) Lima 1 0,04 0,01 0,08 0,13 76. Inga cf. capitata Desv. 14 0,61 0,70 0,78 2,09 77. Inga striata Benth. 1 0,04 0,03 0,08 0,15 78. Inga subnuda subsp. luschnathiana (Benth.) T.D.Penn. 14 0,61 0,42 0,71 1,74 79. Inga sp.1 5 0,22 0,15 0,31 0,69 80. Machaerium aculeatum Raddi 6 0,26 0,07 0,31 0,65 81. Machaerium brasiliense Vogel 1 0,04 0,01 0,08 0,13 82. Machaerium cf. salzmannii Benth 3 0,13 0,07 0,24 0,44 83. Machaerium condensatum Kulhm. & Hoehne 3 0,13 0,02 0,24 0,39 84. Machaerium sp. 1 0,04 0,01 0,08 0,13

Continua ...

Page 115: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

95

Família/Espécie N DR DoR FR VI 85. Machaerium sp.1 4 0,18 0,05 0,31 0,54 86. Machaerium sp.2 3 0,13 2,36 0,24 2,73 87. Machaerium triste Vogel 5 0,22 0,04 0,31 0,57 88. Melanoxylon brauna Schott 9 0,39 0,80 0,63 1,82 89. Mimosa caesalpiniifolia Benth. 1 0,04 0,01 0,08 0,13 90. Peltogyne cf. confertiflora (Mart. ex Hayne) Benth. 4 0,18 0,05 0,24 0,46 91. Peltogyne sp. (sp. nova) 17 0,74 1,07 1,02 2,83 92. Plathymenia reticulata Benth. 8 0,35 1,31 0,55 2,21 93. Platymiscium floribundum Vogel 2 0,09 0,09 0,16 0,33 94. Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima 109 4,77 11,90 2,83 19,50 95. Pterocarpus rohrii Vahl 17 0,74 0,60 0,86 2,21 96. Schrankia leptocarpa sensu Bell, non DC. 14 0,61 0,16 0,78 1,56 97. Tachigali densiflora (Benth.) Oliveira-Filho 1 0,04 0,16 0,08 0,28 98. Tachigali pilgeriana (Benth.) Oliveira-Filho 2 0,09 0,05 0,16 0,30 99. Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarcchi & Pipoly 20 0,88 0,94 0,86 2,68 100. Swartzia acutifolia Vogel 1 0,04 0,02 0,08 0,14 101. Swartzia apetala Raddi 10 0,44 0,58 0,39 1,41 102. Swartzia oblata R.S Cowan 3 0,13 0,25 0,24 0,61 103. Swartzia simplex var. ochnacea (DC.) R.S.Cowan 4 0,18 0,08 0,31 0,56 104. Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vogel 4 0,18 0,37 0,24 0,79

19. Lamiaceae 105. Vitex capitata Vahl 1 0.04 0.02 0.08 0.14

20. Lauraceae 106. Ocotea brasiliensis Coe-Teixeira 20 0.88 1.23 1.10 3.21 107. Ocotea cernua (Nees) Mez 9 0.39 0.38 0.47 1.24 108. Ocotea complicata (Meisn.) Mez 14 0.61 0.32 0.55 1.48 109. Ocotea nitida (Meisn.) Rohwer 6 0.26 0.12 0.39 0.77 110. Ocotea notata (Nees & Mart. ) Mez 10 0.44 0.24 0.55 1.22

21. Malpighiaceae 111. Banisteriopsis sepium (A. Juss.) B. Gates 6 0.26 0.08 0.39 0.73 112. Byrsonima cf. laevigata (Poir) DC. 2 0.09 0.08 0.16 0.32 113. Byrsonima sp. 1 0.04 0.01 0.08 0.14 114. Heteropterys longibracteata A. Juss. 2 0.09 0.03 0.08 0.19 115. Heteropterys sp1 6 0.26 0.08 0.31 0.65 116. Heteropterys trichanthera A. Juss. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 117. Hiraea aff. fagifolia (DC.) Juss. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 118. Janusia schwannioides W.R. Anderson 1 0.04 0.01 0.08 0.13 119. Malpighiaceae Indet. 8 1 0.04 0.01 0.08 0.13 120. Malpighiaceae Indet. 9 1 0.04 0.01 0.08 0.13 121. Malpighiaceae Indet. 10 1 0.04 0.01 0.08 0.14

22. Malvaceae 122. Eriotheca cf. globosa (Aubl.) A. Robyns 4 0.18 1.04 0.24 1.45 123. Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns 32 1.40 1.38 1.18 3.96 124. Luehea aff. paniculata Mart. 3 0.13 0.05 0.16 0.34

23. Melastomataceae 125. Miconia ligustroides (DC.) Naudin 1 0.04 0.02 0.08 0.14 126. Miconia budlejoides Triana 9 0.39 0.45 0.47 1.32 127. Miconia lepidota Schrank & Mart. ex DC. 4 0.18 0.15 0.24 0.56 128. Miconia prasina (Sw) DC. 4 0.18 0.05 0.31 0.54

24. Memecylaceae 129. Mouriri arborea Gardner 2 0.09 0.04 0.16 0.29

25. Meliaceae 130. Trichilia casaretti C.DC. 3 0.13 0.06 0.16 0.35 131. Trichilia cf. elegans A. Juss 2 0.09 0.02 0.16 0.26

Continua.

..

Page 116: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

96

Família/Espécie N DR DoR FR VI 132. Trichilia ramalhoi Rizzini 2 0.09 0.03 0.16 0.28 133. Trichilia silvatica C. DC. 16 0.70 0.27 1.02 1.99 134. Trichilia sp. 4 0.18 0.07 0.31 0.56

26. Moraceae 135. Ficus mariae C.C. Berg, Emygdio & Carauta 1 0.04 0.01 0.08 0.13 136. Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 1 0.04 0.02 0.08 0.14

27. Myristicaceae 137. Virola gardneri (A.DC.) Warb. 9 0.39 0.32 0.71 1.42 138. Virola officinalis Warb. 7 0.31 0.49 0.55 1.35 139. Virola oleifera (Schott) A.C.Sm. 1 0.04 0.04 0.08 0.16

28. Myrsinaceae 140. Cybianthus cuneifolius Mart. 1 0.04 0.01 0.08 0.14

29. Myrtaceae 141. Calyptranthes sp.1 18 0.79 0.44 0.63 1.85 142. Campomanesia sp. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 143. Eugenia aff. florida DC. 7 0.31 0.24 0.55 1.10 144. Eugenia brasiliensis Lam. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 145. Eugenia cf. adenantha O. Berg 2 0.09 0.04 0.16 0.28 146. Eugenia cf. itacarensis Mattos 3 0.13 0.10 0.16 0.39 147. Eugenia cf. macrantha O. Berg 2 0.09 0.06 0.16 0.30 148. Eugenia cf. pruinosa D. Legrand 3 0.13 0.04 0.24 0.41 149. Eugenia itapemirimensis Cambess. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 150. Eugenia sp. 7 0.31 0.09 0.55 0.95 151. Eugenia sp.1 6 0.26 0.09 0.47 0.83 152. Eugenia sp.2 4 0.18 0.05 0.31 0.54 153. Eugenia sp.4 3 0.13 0.03 0.24 0.40 154. Eugenia sp.5 17 0.74 0.32 0.71 1.77 155. Eugenia sp.6 3 0.13 0.04 0.16 0.32 156. Eugenia sp.7 2 0.09 0.07 0.16 0.32 157. Eugenia sp.8 1 0.04 0.04 0.08 0.16 158. Eugenia sp.9 1 0.04 0.02 0.08 0.14 159. Marlierea cf. excoriata Mart. 1 0.04 0.02 0.08 0.14 160. Marlierea sp. 1 0.04 0.07 0.08 0.19 161. Myrcia amazonica DC. 1 0.04 0.12 0.08 0.25 162. Myrcia eximia DC. 30 1.31 0.60 1.26 3.17 163. Myrcia guianensis (Aubl.) DC. 17 0.74 0.25 0.71 1.70 164. Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk. 32 1.40 0.65 1.26 3.31 165. Myrcia sp. 3 0.13 0.17 0.16 0.46 166. Myrcia spectabilis DC. 10 0.44 0.19 0.63 1.25 167. Myrcia splendens (Sw.) DC. 17 0.74 0.47 1.10 2.31 168. Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg 1 0.04 0.01 0.08 0.13 169. Myrciaria guaquiea (Kiaersk.) Mattos & D. Legrand 4 0.18 0.05 0.16 0.38 170. Myrtaceae Indet. 1 7 0.31 0.14 0.47 0.92 171. Myrtaceae Indet. 2 1 0.04 0.04 0.08 0.16 172. Myrtaceae Indet. 3 1 0.04 0.01 0.08 0.14 173. Myrtaceae Indet. 4 1 0.04 0.04 0.08 0.16 174. Myrtaceae Indet. 5 1 0.04 0.01 0.08 0.13 175. Psidium brownianum DC. 2 0.09 0.01 0.16 0.26 176. Psidium cf. myrtoides O. Berg 1 0.04 0.03 0.08 0.15 177. Psidium sp. 1 0.04 0.01 0.08 0.13

30. Nyctaginaceae 178. Andradea floribunda Allemão 1 0.04 0.01 0.08 0.13 179. Guapira aff. nitida ( Schmidt) Lundell 8 0.35 0.15 0.55 1.05 180. Guapira aff. opposita (Vell.) Reitz 150 6.57 5.20 3.06 14.83

Continua...

Page 117: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

97

Família/Espécie N DR DoR FR VI 181. Neea floribunda Poepp. & Endl. 4 0.18 0.07 0.24 0.48

31. Ochnaceae 182. Ouratea sp. 1 0.04 0.03 0.08 0.15

32. Olacaceae 183. Heisteria blanchetiana (Engler) Sleumer 2 0.09 0.04 0.16 0.28 184. Olacaceae Indet. 1 4 0.18 0.06 0.24 0.47 185. Olacaceae Indet. 2 2 0.09 0.07 0.16 0.32 186. Schoepfia brasiliensis A.DC. 3 0.13 0.29 0.24 0.66 187. Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer 7 0.31 0.20 0.39 0.90

33. Oleaceae 188. Linociera micrantha Mart. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 189. Linociera sp.1 1 0.04 0.01 0.08 0.13 190. Linociera sp.2 2 0.09 0.02 0.16 0.26

34. Passifloraceae 191. Passiflora ovalis Vell. ex M. Roem. 1 0.04 0.01 0.08 0.13

35. Phyllantaceae 192. Margaritaria nobilis L.f 2 0.09 0.03 0.16 0.28 193. Margaritaria sp. 1 0.04 0.19 0.08 0.32

36. Picramniaceae 194. Picramnia cf. ramiflora Planchon 2 0.09 0.02 0.16 0.26

37. Polygalaceae 195. Securidaca sp. 1 0.04 0.01 0.08 0.14

38. Polygoniaceae 196. Coccoloba cf. moseni Lindau 6 0.26 0.12 0.39 0.78 197. Coccoloba lucidula Benth. 4 0.18 0.03 0.31 0.52 198. Coccoloba oblonga Lindau 1 0.04 0.13 0.08 0.25

39. Proteaceae 199. Roupala aff. paulensis Sleumer 2 0.09 0.07 0.16 0.31

40. Putranjivaceae 200. Drypetes sp. 2 0.09 0.29 0.16 0.53

41. Rhamnaceae 201. Colubrina glandulosa Perkins 1 0.04 0.07 0.08 0.19

42. Rubiaceae 202. Alseis cf. floribunda Schott 33 1.45 1.38 1.33 4.16 203. Amaioua cf. intermedia Mart. 12 0.53 0.36 0.63 1.51 204. Chomelia sp.1 2 0.09 0.03 0.16 0.27 205. Chomelia sp.2 1 0.04 0.01 0.08 0.13 206. Coussarea capitata (Benth.) Benth. & Hook. f. 2 0.09 0.02 0.08 0.19 207. Coussarea sp. 1 0.04 0.02 0.08 0.14 208. Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum 7 0.31 0.56 0.47 1.34 209. Faramea hyacinthina Mart. 1 0.04 0.04 0.08 0.16 210. Ixora cf. bracteolaris Müll. Arg. 1 0.04 0.25 0.08 0.37 211. Psychotria carthagenensis Jacq. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 212. Psychotria subtriflora Müll. Arg. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 213. Psychotria vellosiana Benth. 5 0.22 0.08 0.39 0.69 214. Rubiaceae Indet. 5 3 0.13 0.05 0.24 0.41 215. Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Arg. 5 0.22 0.06 0.39 0.67 216. Rudgea sp. 2 0.09 0.02 0.08 0.18

43. Rutaceae 217. Esenbeckia cf. leiocarpa Engl. 1 0.04 0.36 0.08 0.49 218. Esenbeckia grandiflora Mart. 3 0.13 0.03 0.24 0.40 219. Metrodorea maracasana Kaastra 20 0.88 1.58 0.31 2.77 220. Neoraputia alba (Nees & Mart.) Emmerich 1 0.04 0.01 0.08 0.13 221. Pilocarpus riedelianus Engl. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 Continua...

Page 118: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

98

Família/Espécie N DR DoR FR VI 222. Rutaceae Indet. 2 0.09 0.07 0.08 0.23 223. Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. 1 0.04 0.06 0.08 0.18 224. Zanthoxylum monogynum St.-Hil. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 225. Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil. & Tul. 10 0.44 1.37 0.71 2.52

44. Salicaceae 226. Banara kuhlmannii (Sleumer) Sleumer 1 0.04 0.01 0.08 0.13 227. Banara sp.1 1 0.04 0.07 0.08 0.19 228. Casearia arborea (Rich.) Urb. 29 1.27 1.23 1.73 4.22 229. Casearia javitensis Kunth. 61 2.67 1.48 2.04 6.19 230. Casearia melliodora Eichler 1 0.04 0.01 0.08 0.13 231. Casearia sylvestris Sw. 13 0.57 0.34 0.86 1.78 232. Xylosma prockia (Turcz.)Turcz. 7 0.31 0.71 0.31 1.33

45. Sapindaceae 233. Allophylus edulis (A.St.-Hil.,Cambess & A. Juss.) Radlk. 1 0.04 0.01 0.08 0.13 234. Allophylus laevigatus (Turcz) Radlk. 14 0.61 0.36 0.63 1.60 235. Cupania emarginata Cambess 9 0.39 0.43 0.63 1.45 236. Cupania paniculata Cambess. 10 0.44 2.30 0.55 3.29 237. Paullinia racemosa Wawra 1 0.04 0.01 0.08 0.13 238. Paullinia sp 1 0.04 0.01 0.08 0.14 239. Serjania clematidifolia Cambess 4 0.18 0.04 0.16 0.37 240. Serjania ichthyoctona Radlk. 5 0.22 0.05 0.24 0.50

46. Sapotaceae 241. Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. 4 0.18 0.04 0.16 0.37 242. Chrysophyllum rufum Mart. 1 0.04 0.58 0.08 0.70 243. Manilkara salzmannii (A. DC.) H.J. Lam 9 0.39 0.53 0.55 1.47 244. Pouteria bapeba T.D. Penn. 8 0.35 0.36 0.47 1.19 245. Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni 9 0.39 0.31 0.63 1.33 246. Pouteria procera (Mart.) T.D. Penn. 4 0.18 0.31 0.31 0.80 247. Pouteria venosa (Mart.) Baehni 1 0.04 0.02 0.08 0.14 248. Pouteria sp.1 1 0.04 0.02 0.08 0.14 249. Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. 6 0.26 0.09 0.39 0.75

47. Simaroubaceae 250. Simarouba amara Aubl. 8 0.35 1.53 0.55 2.43

48. Solanaceae 251. Brunfelsia sp.1 2 0.09 0.06 0.16 0.31 252. Solanaceae Indet. 3 1 0.04 0.18 0.08 0.30

49. Styracaceae 253. Styracaceae Indet. 1 1 0.04 0.06 0.08 0.18 254. Styrax camporum Pohl 2 0.09 0.09 0.16 0.34

50. Symplocaceae 255. Symplocos nitens Benth. 3 0.13 0.04 0.24 0.41 256. Symplocos sp. 1 0.04 0.09 0.08 0.21

51. Vitaceae 257. Cissus sp. 2 0.09 0.02 0.08 0.18 258. Cissus sp.1 1 0.04 0.01 0.08 0.13

52 Vochysiaceae 259. Erisma sp. 7 0.31 0.19 0.55 1.04 260. Qualea sp.1 2 0.09 0.06 0.16 0.31 261. Qualea sp.2 4 0.18 0.11 0.31 0.59 262. Vochysia sp. 1 0.04 0.15 0.08 0.27 263. Desconhecida 1 1 0.04 0.13 0.08 0.25 264. Desconhecida 2 1 0.04 0.21 0.08 0.33 265. Mortas 144 6.31 7.69 3.45 17.45

Page 119: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

99

Tabela 3. Resumo dos resultados das análises de correspondência canônica da abundância de 35 espécies nas 50 parcelas utilizadas para inventariar a Mata do Brejo Novo, Jequié, Bahia, em interação com variáveis ambientais e espaciais, e dos testes de permutação de Monte Carlo correspondentes. São fornecidos resultados para os dois primeiros eixos de ordenação e resultados globais que aparecem centralizados entre os dois eixos.

CCAs* 1: Ambiente 2: Espaço 3: Ambiente –

Espaço

4: Espaço –

Ambiente

Eixos: 1 2 1 2 1 2 1 2

Autovalores 0,140 0,078 0,198 0,141 0,086 0,041 0,144 0,126

Correlações espécie × ambiente ou

espaço

0,759 0,736 0,881 0,832 0,834 0,740 0,860 0,872

Variância percentual cumulativa (%):

de dados das espécies 6,8 10,5 9,6 16,4 5,7 8,3 8,0 14,9

de relações espécie × ambiente ou

espaço

55,3 85,9 36, 61,5 58,7 86,4 32,6 61,1

Soma de autovalores canônicos

(traço)

0,254 0,551 0,146 0,443

Variância total explicada (%): 12,29 26,66 7,06 21,43

Testes de permutação de Monte

Carlo:

Primeiro eixo canônico: F 3,332 4,672 2,458 3,547

P 0,002 0,002 0,002 0,002

Todos os eixos canônicos: F 2,146 3,199 1,457 2,654

P 0,002 0,002 0,010 0,002

Correlações internas com os eixos (r):

Cálcio (Ca) 0,23 0,69 –0,34 0,75

Argila 0,22 0,49 –0,82 –0,40

Elevação –0,99 –0,10 0,18 –0,57

Latitude 0,90 –0,15 0,05 0,19

Longitude 0,28 0,20 0,19 0,33

Latitude2 0,85 0,04 0,38 0,14

Latitude3 0,80 0,13 0,47 0,16

Latitude2×Longitude 0,90 0,38 0,63 0,62

* Inércia total ou soma de todos os autovalores: 2,381

Page 120: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

100

Tabela 4. Espécies com resultados significativos na análise de espécie indicadoras (ISA) realizada com base em cinco habitats de substrato definidos pela posição na encosta e fertilidade do solo em termos de níveis de cálcio e teores de argila. Freqüência relativa no grupo = % de indicação perfeita ou de parcelas no grupo onde a espécie está presente, VIO = valor indicador observado, VIE = valor indicador esperado (média, desvio padrão e significância). Habitats de Elevação Freqüência relativa (%) VIO VIE

Espécie BE ME TE Média SD P

Base da Encosta – BE

Allophylus laevigatus (Turcz.) Radlk. 29 13 0 23,4 13,1 5,6 *

Ocotea complicata (Meisn.) Mez 29 6 0 26,0 12,8 5,6 *

Erythroxylum sp.1 43 19 8 28,6 17,4 6,0 *

Myrcia eximia DC. 57 25 0 45,3 20,1 6,3 **

Meia Encosta – ME

Ocotea velutina (Nees) Rohwer 24 56 0 42,4 17,6 5,7 **

Casearia arborea (Rich.) Urb. 43 69 15 43,2 23,4 5,5 **

Myrcia acuminatissma O. Berg 33 50 8 34,6 19,4 5,9 *

Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. 38 69 8 40,3 22,7 6,5 *

Casearia javitensis Kunth 48 35 71 44,8 26,9 6,6 *

Guapira opposita (Vell.) Reitz 81 94 54 47,2 34,0 5,0 *

Topo da Encosta – TE

Casearia sylvestris Sw. 14 13 46 29,1 15,3 5,3 *

Inga capitata Desv. 14 13 38 27,7 14,7 5,8 *

Xylopia sericea A. St. Hil. 14 31 69 48,6 20,5 6,0 **

Habitats de Fertilidade de Solo (Ca + argila) Freqüência relativa (%) VIO VIE

Espécie FB FM FA Média SD P

Fertilidade Baixa – FB

Inga subnuda (Turcz.) Radlk. 1 2 28 28,5 13,7 5,5 *

Sygarus botryophora (Meisn.) Mez 0 9 29 29,1 17,5 5,7 *

Fertilidade Média – FM [nenhum resultado significativo]

Fertilidade Alta – FA

Ocotea velutina (Nees) Rohwer 33 2 6 32,6 17,9 6,0 * * p < 0,05; ** p < 0,01; *** p < 0,001.

Page 121: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

101

Tabela 5. Levantamentos do nordeste com critério de inclusão PAP ≥ 15 cm ou DAP = 5 cm utilizadas para comparação com a mata do Brejo Novo. UF - Unidade federativa; AA = área amostral; N = número de espécies; DT = densidade total; ABT = área basal; Amax = Altura máxima; Amed = Altura média; Amin = Altura mínima; H' = Indicie de diversidade de Shannon; n/r = dado não informado pelo autor.

FLORESTA OMBRÓFILA DE TERRAS BAIXAS

Levantamentos UF AA (ha) N Alt (m) DT

(ind./ha) ABT

(m²ha-¹) Amax (m)

Dmax (cm)

Dmed (cm)

H'

Siqueira et al. (2001) PE 1,0 82 10 − 80 1.657 27,5 26 79,6 11,5 3,5 A.C. Lins e Silva, dados não publicados PE 0,4 780 50 780 24,7 28 77,1 14,9 3,4 M.R.V. Barbosa, dados não publicados (Campus) PB 0,5 52 50 3.002 24,4 25 87,5 n/r 2,7 M.R.V. Barbosa, dados não publicados (Buraquinho) PB 0,5 41 50 2.437 30,1 26 66,5 n/r 2,8 Paraguassú, dados não publicados BA 0,3 144 − 1.490 28,5 35 130,5 12,0 4,5

FLORESTAS OMBRÓFILAS MONTANAS

Levantamentos UF AA (ha) N Alt (m) DT

(ind./ha) ABT

(m²ha-¹) Amax (m)

Dmax (cm)

Dmed (cm)

H'

Tavares et al. (2000) PE 1,0 91 900 − 1.000 1.562 44,4 35 194,0 13,0 3,7 Rodal & Nascimento (2001) PE 1,0 51 900 − 980 1.527 50,6 35 183,8 14,0 2,7 Ferraz,E.M. & Rodal, M.J.N (2006) PE 1,0 152 600 − 640 1.521 44,2 36 244,8 13,4 n/r L.M.Nascimento, dados não publicados PE 1,0 62 900 − 1.100 1.657 40,8 30 105,0 14,2 n/r M.L.C. Neves, dados não publicados BA 1,1 353 300 − 800 1.967 51,4 38 104,9 n/r 5,2

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DE TERRAS BAIXAS

Levantamentos UF AA (ha) N Alt (m) DT

(ind./ha) ABT

(m²ha-¹) Amax (m)

Dmax (cm)

Dmed (cm)

H'

Andrade & Rodal (2004) PE 1,0 89 100 − 170 1.145 23,9 32 77,3 13,1 3,4

Continua....

Page 122: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

102

Tabela 5. Continuação...

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

Levantamentos UF AA

(ha) N Alt (m) DT

(ind./ha) ABT

(m²ha-¹) Amax (m)

Dmax (cm)

Dmed (cm)

H'

L.S. Funch, dados não publicados (encosta) BA n/r 47 500 − 800 440 n/r 20 55,00 15 n/r M.T.S. Stradman, dados não publicados (encosta) BA 1,3 105 950 − 1.000 1.184 15,54 20 44.39 12,76 3,6 L.A. Passos, dados não publicados BA 0,2 50 900 1.423 17,22 16 56,25 10,11 3,4 Área de estudo BA 1,0 2.656 617− 755 2.283 27,1 25 80,04 10,20 4,4

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA

Levantamentos UF AA (ha)

N Alt (m) DT

(ind./ha) ABT

(m²ha-¹) Amax (m)

Dmax (cm)

Dmed (cm)

H'

A.O. Soares-Filho, dados não publicados BA 0,2 42 830 1.104 14,29 18 − − 3,2

Page 123: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Macedo, G.E.L. Composição florística e estrutura do componente arbóreo-lianescente de um trecho de floresta...

103

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA

ACTA BOTANICA BRASILICA

Page 124: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Page 125: COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DO ...livros01.livrosgratis.com.br/cp094827.pdfNão julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se distinguem pelo

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo