competitividade no setor de viagens e turismo

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Competitividade do Setor de Viagens e Turismo A experiência de Cubatão, Itanhaém e Santos (SP) Aristides Faria Lopes dos Santos | Profa. Dra. Elizabeth Kyoko Wada

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Page 1: Competitividade no setor de viagens e turismo

Competitividade do Setor de Viagens e TurismoA experiência de Cubatão, Itanhaém e Santos (SP)

Aristides Faria Lopes dos Santos | Profa. Dra. Elizabeth Kyoko Wada

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Problema de pesquisa

O relacionamento entre o poder público e seus stakeholders exerce influência sobre a

competitividade no setor de viagens e turismo em nível municipal?

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Objetivos de pesquisa

• Objetivo geral– Verificar se o relacionamento entre o poder público e seus stakeholders exerce

influência sobre a competitividade no setor de viagens e turismo em nível subnacional.

• Objetivos específicos– Identificar os stakeholders do poder público municipal no setor de turismo;– Analisar as relações de hospitalidade existentes entre o poder público e seus

stakeholders;– Averiguar se as Secretarias de Turismo (SETURs) praticam a gestão do

relacionamento com seus stakeholders de modo sistemático.

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Metodologia

• Protocolo de pesquisa• Estudo de casos múltiplos• Pesquisa exploratória, abordagem qualitativa• Técnica de coletas de dados

– Pesquisa bibliográfica– Pesquisa documental– Entrevistas individuais semiestruturadas com Secretários de Turismo de Cubatão,

Itanhaém e Santos– Entrevistas individuais semiestruturadas (Stakeholders): snowball

• Tratamento dos dados– Referencial teórico organizado em dois capítulos teóricos– Transcrição das entrevistas– Análise de conteúdo: categorias de análise

• Perfil profissional• Estrutura da Secretaria• Atividade do departamento

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Metodologia

• Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo• Agência de Viagens Caiçara ExpediçõesCubatão

• Associação Comercial de Itanhaém• Secretaria de Desenvolvimento EconômicoItanhaém

• Museu Pelé• Museu do CaféSantos

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Conceitos adotados

Hospitalidade Turismo Serviços Stakeholders Competitividade

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Caracterização do objeto de estudo

Imagem: Região Metropolitana da Baixada Santista

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Objeto de estudo

• Municípios– Cubatão, Itanhaém e Santos– Unidades de análise: Secretarias Municipais de Turismo

• Justificativa– Localização: Região Metropolitana da Baixada Santista

• Região administrativa estabelecida por lei (território)

– Secretarias Municipais de Turismo (SETURs) na estrutura administrativa;– Existência de Conselhos Municipais de Turismo (COMTURs);– A diversidade e a complementaridade que as características, os atrativos e

serviços ofertados representa para a região turística como um todo.• Região turística da Costa da Mata Atlântica

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Cub

atão

Itan

haém

Sant

os

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Resultados

• Identificou-se que há relações de hospitalidade e hostilidade entre o poder público e seus stakeholders e mesmo entre os demais entes dos mercados– Conflitos de interesse, divergências partidárias e competição predatória

• Os municípios parecem desenvolver pouco diálogo e mantém poucas ações conjuntas para promoção regional do turismo

• Os resultados evidenciaram o diminuto alcance das ações do governo estadual na região no que tange ao turismo e a fragilidade de entidades setoriais

• Verificou-se que há parcerias pontuais e de curto prazo, sem que haja planejamento estratégico em nível regional ou ao menos intermunicipal– Fator evidenciado pela falta de um organismo que lidere esse processo– Nos anos de 1990 teve início um “movimento de descentralização das ações estatais

e tinha o propósito de incentivar a participação dos municípios na cogestão das políticas públicas do turismo, visando à democratização do acesso ao turismo” Araujo e Taschner (2012, p. 81)

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Resultados

• Foi possível verificar que o poder público não pratica a gestão do relacionamento com seus stakeholders de modo sistêmico, formal– Inoperância dos COMTURs pesquisados: Cubatão e Itanhaém: em processo de

reativação; e Santos: inativo• A deficiência e inoperância dos Conselhos Municipais de Turismo

tendem a empurrar para baixo o nível de qualidade dos produtos e serviços ofertados pelo trade turístico local, o que diminui o potencial de competitividade

• Deficiência e inoperância– Aumenta a importância e a influência da ação governamental, mas...– Porter (2008) recomenda que o Governo – e suas intervenções por meio de leis

e (des)regulamentações – não seja compreendido como uma força competitiva pois sua interferência é indireta sobre o mercado

– Plano Diretor de Turismo da Região Metropolitana da Baixada Santista• Defasado já que sua publicação original é de 2003

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Referências (resumo)ARAUJO, C. M.; TASCHNER, G. Turismo e políticas públicas no Brasil. In: BENI, M. C. (Org.) Turismo: planejamento estratégico e capacidade de gestão. Barueri (SP): Manole, 2012.

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Muito obrigado!!

“Certamente, nem todas as comunidades em que predomina a

confiança de conseguir realizá-la conseguirão tal feito, mas aquelas

em que falta a confiança seguramente

fracassarão”(BENI, 2012, p. 535)

Imagem: Itanhaém (SP)