competência 163 pequenas grandes coisas · rentemente de seus concorrentes, ... fundador do...
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o BoM TrEINADor
“As raras e simples ‘cortesias’ são a base da satisfação e retenção de clientes e funcionários. E do mais profundo dos oceanos azuis”, diz Tom Peters. Hábil catalisador, para concluir a ideia recorre a uma frase de Henry Clay, congressista norte americano dos primórdios do século 19, considerado um dos melhores senadores da história do país: “As cortesias menores e corriqueiras são as que marcam mais profundamente”.
supErpoDErosAsPeters insiste no potencial dos pequenos gestos, que explicita no título de seu novo livro, The Little BIG Things: 163 Ways to Pursue Excellence. Ainda que pareçam ingênuas, essas recomendações para bem viver e conviver são, em sua opinião, habilidades fundamentais para a gestão, que podem ser aprendidas, praticadas e avaliadas e cujo impacto nos resultados é inversamente proporcional à complexidade de seu enunciado ou ao esforço que exigem. Uma parte da lista:
1. Manterse sempre em contato com os outros.2. Investir nos relacionamentos (significa “fazer amigos”, como ele faz questão de explicar).
3. Escutar: “a principal vantagem competitiva sustentável”.4. Perguntar: leiase, envolver, inspirar, consultar, reagir.5. Agradecer: apreciar, reconhecer.6. Fazer networking: tecer redes, mais reais que virtuais.7. Pedir desculpas “de maneira clara e corrigirse”: nunca é demais.8. Ser considerado: a amabilidade é gratuita “e estratégica”.
DE ToDAs, A prINcIpAl“Quais são as quatro palavras mais importantes em qualquer organização?”, pergunta Peters. “E você, o que pensa?”, é sua resposta. “Escutar –quase obsessivamente– é um sinal de respeito evidente”, diz ele. E começa a alinhar os poderes ocultos dessa “faculdade dos grandes líderes”. Os médicos saberiam mais sobre seus pacientes se os escutassem com um pouco de paciência quando dão as razões da consulta, em vez de interrompêlos aos 18 segundos, como mostrou a pesquisa de Jeremy Groopman no livro How Doctors Think. “Escutar é aprender, é o prérequisito da renovação constante, a criatividade, a inovação. Escutar é o principal diferencial e a maior fonte de valor agregado”, conclui Peters. E requer mais que 18 segundos.
163 pEQuENAs GrANDEs COISASCOnHEçA OITO HABILIDADES GEREnCIAIS InDISPEnSÁVEIS PARA QUEM ASPIRA À EXCELÊnCIA, QUE InCLUEM AS “CORTESIAS”, COMO DIz O ESPECIALISTA EM GESTÃO TOM PETERS EM SEU nOVO LIVRO
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curso: Coaching for Performance: Motivating Individuals and Leading TeamsQuando: 15 e 16 de junho de 2010professor: Henry Moon e nelson RepenningIdioma: Inglêscusto: £ 2.450 (inclui bibliografia e a maior parte das refeições)onde: London Business School, Regent’s Park, Londres nW1 4SA, Reino UnidoTelefone: (44) 20 7000 7390E-mail: [email protected] informações em:
www.london.edu/programmes/executiveeducation/coachingforperformance.html
Parece já haver consenso de que a chave das empresas bemsucedidas está no talento de seu pessoal. O especialista em inteligência emocional Roy Lubit afirma algo interessante a respeito: “É estranho que busquemos a opinião de um expert para melhorar nosso jogo de golfe, mas não para melhorar nosso relacionamento com as pessoas”. Contudo, o coach –ou treinador pessoal– no trabalho é tão ou mais importante que o treinador físico.
• Por que fazer. Dirigido a gerentes seniores e de nível médio interessados em motivar seu pessoal, faz parte da série de cursos curtos que prometem ideias inspiradoras e soluções de rápida implementação para problemas de negócios pontuais.
• Principais tópicos. Melhoria na contratação e retenção de funcionários por meio do coaching; princípios essenciais da motivação individual; psicologia das equipes; estrutura das equipes; manual para corrigir maus hábitos.
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lEITurA
O enunciado mais admirável e provocador é um discurso vazio se quem o formula não respaldar suas palavras com ações em todos os aspectos de sua vida. De acordo com Alan Deutschman, muitos líderes se concentram demasiadamente no que dizem e não suficientemente no que fazem. Se a liderança é a arte de transformar as pessoas, seu modo de pensar, sentir e agir, o ingrediente essencial é a credibilidade, argumenta o autor. Mas, ao examinar as histórias de dezenas de líderes, Deutschman demonstra que muitos não são dignos de crédito: enquanto alguns seguem os princípios que propalam, custe o que custar, grande parte ignora seus valores quando lhe convém.
Faça o que digo e faço. De Herb Kelleher, da Southwest Airlines (veja entrevista na página 8), cuja prioridade sempre foram as pessoas e que, dife
rentemente de seus concorrentes, atravessou os momentos mais difíceis sem despedir funcionários, ao governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que falava do cuidado com o meio ambiente enquanto era proprietário de uma frota de cinco caminhonetes Hummer, o livro analisa as conquistas e fracassos de conhecidos políticos, esportistas e homens de negócio.
Deutschman trabalha com o rigor de um garimpeiro; examina, entre tantos outros, os discursos de Martin Luther King, nelson Mandela, Warren Buffett, Jeff Bezos, Al Gore e Michael Bloomberg, apenas para tornar evidente a autenticidade de seus princípios.
Com nome e sobrenome. Walk the Walk é escrito com a fluência própria de um jornalista experiente. Deutschman –colaborador da Fortune, Fast Company e Vanity Fair– compilou as entrevistas
que realizou em seus últimos 20 anos de carreira e usouas para provar sua teoria: “O papel de um líder é enfocar as prioridades e agir de acordo com elas. Escolher e inculcar o valor ou os valores que governarão sua organização, movimento ou comunidade”.
Selecionar apenas um par de uma lista de valores é um desafio. Ray Kroc, fundador do McDonald’s, era fanático por limpeza e famoso por recolher ele mesmo o lixo que encontrava nos restaurantes da rede. Mesmo que contrário às opiniões de Wall Street, Jeff Bezos, da Amazon, sempre foi fiel a sua estratégia de permitir as críticas negativas dos usuários no site.
Ao contrário, a visão de Howard Schultz, da Starbucks, de criar lojas de café personalizadas perdeu o significado quando ficou claro que sua meta era, na verdade, crescer para dominar o mercado.
ChegA de rETórIcAUM LÍDER VERDADEIRO VIVE DE ACORDO COM O QUE PREGA. DEPOIS DE LER O QUE O JORnALISTA ALAn DEUTSCHMAn, AUTOR DE MUDE OU MORRA, ESCREVE EM SEU nOVO LIVRO, O QUE PARECE UMA OBVIEDADE COnVERTESE nA PROVA DA CRISE DE VALORES nA LIDERAnçA
WAlK THE WAlK: THE #1 rulE For
rEAl lEADErs (ED. PENGUIN GROUP)
ASSuntOpEssoAl
John e Doris NaisbittHarperCollins, janeiro de 2010
Os naisbitt examinam as mudanças sociais, políticas e econômicas que exerceram pressão para que a China, país onde a riqueza era impensável e a educação em administra-ção de empresas, ridiculari-zada, se convertesse em outra que valoriza o espírito em-preendedor e com demanda crescente por faculdades de administração.
Joseph E. StiglitzNorton, W.W. & Company, janeiro de 2010
ganhador do Prêmio nobel de Economia em 2001 e autor dos best-sellers making Globaliza-tion Work e globalization and Its discontents, entre outros livros, Joseph E. Stiglitz, pro-fessor da Columbia university, oferece agora sua versão da última crise financeira e ante-cipa a nova ordem econômica mundial que se aproxima.
Bill Capodagli e Lynn JacksonMcGraw-Hill, dezembro de 2009
ed Catmull, presidente da Pixar, e John lasseter, seu diretor de criação, admiravam o gênio de Walt disney desde crianças. Por isso, não é à toa o fato de am-bos terem moldado o estúdio de animação a sua imagem e se-melhança. em Innovate the Pi-xar Way, eles revelam a fórmula para expandir a criatividade em qualquer organização.
ouTrAs NoVIDADEs
cHINA's MEGATrENDs: THE 8 pIllArs oF A NEW socIETy
FrEEFAll: AMErIcA, FrEE MArKETs, AND THE sINKING oF THE WorlD EcoNoMy
INNoVATE THE pIxAr WAy: BusINEss lEssoNs FroM THE WorlD's MosT crEATI-VE corporATE plAyGrouND
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Ele foi o mais famoso explorador dos oceanos e um comunicador nato, que soube apresentar para uma audiência mundial os segredos da vida nas profundezas marinhas. JacquesYves Cousteau nasceu em 11 de junho de 1910 em SaintAndrédeCubzac, França. Era um jovem oficial da Marinha quando um grave acidente automobilístico o obrigou a renunciar a sua vocação aeronaval, embora o tenha levado a nadar no mar como parte do processo de reabilitação. Em 1943, em plena luta de resistência contra a ocupação alemã, Cousteau inventou, em colaboração com o
engenheiro Émile Gagnan, o primeiro escafandro autônomo, que liberava o mergulhador do pesado equipamento usado até então e lhe permitia moverse com maior agilidade e manter a respiração sob a água durante um período razoável.
Depois da guerra, os royalties da patente lhe proporcionaram os recursos necessários para levar adiante suas expedições. Mais tarde adquiriu um antigo dragaminas britânico, o Calypso, que transformou em navio de pesquisa. A bordo dele, Cousteau realizou durante décadas inúmeras expedições e imer
sões, transformandose em pioneiro da preservação marinha e das causas ecológicas. Com seus premiados documentários e programas para a televisão e graças a uma câmara desenhada por ele para registrar a vida submarina, mostrou a seus seguidores de todas as latitudes as dimensões desconhecidas dos rios, dos mares e dos oceanos. Também
escreveu, em colaboração com outros autores, mais de 50 livros.
Uma de suas grandes preocupações era a contaminação dos mares. Em 1960 se opôs firmemente à imersão de resíduos radioativos franceses no Mediterrâneo, logo
interrompida pelo então presidente da França, Charles de Gaulle. Tempos depois, uniuse aos protestos contra as experiências nucleares
no Pacífico Sul.Preocupado também com a super
população, propôs, como estratégia de sobrevivência, a conquista dos desertos e o uso de métodos mo
dernos para criar florestas e favorecer as culturas locais. nos Estados Unidos e na França, fundou organizações protetoras do planeta, que angariaram recursos para suas expedições. Entre 1982 e 1983, viajou com seu filho JeanMichel ao
longo do rio Amazonas e outros rios, somando 6 mil quilômetros, para mapear a região. Essa foi uma das principais expedições do oceanógrafo e suas imagens de peixesbois, ariranhas e populações ribeirinhas ficaram famosas.
Seu trabalho como divulgador e conservacionista lhe valeu o reconhecimento internacional. Entre muitas outras honrarias, compartilhou, em 1977, o Prêmio Ambiental Internacional das nações Unidas e, em 1985, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade nos Estados Unidos. na Eco1992, realizada no Rio de Janeiro, lançou uma petição “pelos direitos das gerações futuras”, que reuniu mais de 5 milhões de assinaturas. Apelidado de “Capitão Planeta” pelos meios de comunicação, foi consultor regular da OnU e do Banco Mundial e acadêmico de ciências em seu país e na América do norte.
Cousteau sustentava que as sociedades necessitavam de uma nova classe de tomadores de decisão, mais bemeducados para compreender as conexões entre a humanidade e a natureza, preocupados com o futuro e capazes de reconhecer os valores além da economia. Cunhou o termo ecotechnie, derivado das palavras gregas oikos (lar) e téchne (habilidade no fazer), para salientar a necessidade de uma abordagem multidisciplinar nas decisões vinculadas ao desenvolvimento que contemplasse suas consequências no longo prazo.
Cousteau morreu em 1997, em Paris. Em uma de suas últimas entrevistas afirmou que “provavelmente a humanidade prejudicou mais a Terra no século 20 que em toda a história”. Sem se considerar perito em qualquer disciplina, o homem que desde menino sentiu paixão pelos mares, pelas viagens e pelo cinema foi talvez o primeiro a chamar a atenção das massas para os efeitos da destruição do meio ambiente.
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ASSuntOpEssoAl
Ilustração: Guillermo Messina
JAcQuEs cousTEAu, o “CaPiTÃo PlaNETa”
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