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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL BÁRBARA BANCZYNSKI SALGADO COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE FACHADA MONOCAPA E CONVENCIONAL: ESTUDO EXPLORATÓRIO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2013

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL

BÁRBARA BANCZYNSKI SALGADO

COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE

FACHADA MONOCAPA E CONVENCIONAL: ESTUDO

EXPLORATÓRIO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA

2013

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BÁRBARA BANCZYNSKI SALGADO

COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE

FACHADA MONOCAPA E CONVENCIONAL: ESTUDO

EXPLORATÓRIO

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação,

apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de

Curso 2, do curso de Engenharia de Produção Civil, do

Departamento Acadêmico de Construção Civil – DACOC

- da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –

UTFPR, Campus Curitiba, como requisito parcial para

obtenção do título de graduação engenheira civil.

Orientador: Prof. Dr. Cezar Augusto Romano

CURITIBA

2013

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Sede Ecoville

Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus Curitiba – Sede Ecoville

Departamento Acadêmico de Construção Civil

Curso de Engenharia de Produção Civil

FOLHA DE APROVAÇÃO

COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE

FACHADA MONOCAPA E CONVENCIONAL: ESTUDO EXPLORATÓRIO

Por

BÁRBARA BANCZYNSKI SALGADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia de Produção

Civil, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, defendido e aprovado em 30

de setembro de 2013, pela seguinte banca de avaliação:

__________________________________ ___ Prof. Orientador – Cezar Augusto Romano, Dr.

UTFPR

__________________________________ ___ Prof. Vanessa Nahhas Scandelari, Dr.ª

UTFPR

___________________________________ _____ Prof. Carlos Alberto da Costa, Msc.

UTFPR

UTFPR - Deputado Heitor de Alencar Furtado, 4900 - Curitiba - PR Brasil

www.utfpr.edu.br [email protected] telefone DACOC: (041) 3373-0623

OBS.: O documento assinado encontra-se em posse da coordenação do curso.

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RESUMO

Devido ao crescimento imobiliário no Brasil, surgiram novas tecnologias no ramo da

Construção Civil, principalmente com a finalidade de reduzir o prazo de entrega da

obra. O surgimento dessas tecnologias, que por vezes são “importadas” de outros

países, nem sempre são acompanhadas de pesquisas e estudos que esclareçam a

viabilidade de sua aplicação. Surge, então, a necessidade de pesquisar a respeito

dessas inovações. Uma das novas tecnologias atualmente disponíveis no mercado é

o sistema monocapa, o qual pretende ser alternativo ao método construtivo

tradicional de fachada, composto por chapisco, emboço, reboco, pinturas ou

texturas. O objetivo desta pesquisa foi o de analisar, comparativamente, o sistema

de revestimento tradicional e o sistema denominado monocapa em edificações,

considerando indicadores de custo, qualidade e prazo. Para tanto, foi realizada uma

pesquisa de campo, com a aplicação de questionários aplicados a engenheiros de

obras de grandes construtoras em Curitiba. Por meio de questionamento se buscou

identificar a visão dos profissionais que utilizam o sistema de revestimento

monocapa acerca de suas vantagens e desvantagens e saber dos profissionais que

não o utilizam qual o motivo da não utilização. Ao final, por meio do método empírico

utilizado, demonstra-se, pelo grupo pesquisado, qual a adesão na utilização do novo

sistema pelas empresas, o conhecimento que os profissionais possuem sobre o

produto e a opinião sobre a efetividade do revestimento de fachada com a utilização

da monocapa no que tange a prazo, custos e qualidade.

Palavras-chave: revestimento de fachada, monocapa, monocamada e monomassa.

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ABSTRACT

Due to the real estate growth in Brazil, new technologies in the field of

Construction, primarily for the purpose of reducing the delivery of the work. The

emergence of these technologies, which sometimes are "imported" from other

countries, are not always accompanied by research and studies to clarify the

feasibility of its application. Then comes the need to search about these innovations.

One of the new technologies on the market today is the monolayer system, which

aims to be an alternative to traditional construction method façade, composed of

roughcast, plaster, stucco, paint or textures. The objective of this research was to

analyze comparatively the coating system and the traditional system called

monolayer in buildings, considering indicators of cost, quality and time. Therefore, we

conducted a field study, with the application of questionnaires to engineers of major

construction works in Curitiba. Through questioning attempted to identify the views of

professionals who use the coating system monocapa about their advantages and

disadvantages and know the professionals who do not use the reason of non-use. At

the end, through the empirical method used is demonstrated by research group,

membership in which the use of the new system by the companies, the knowledge

that professionals have about the product and the opinion on the effectiveness of the

facade cladding using the monolayer with respect to time, cost and quality.

Keywords: facade cladding, monolayer, monolayer and monomassa.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - A EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS E APLICAÇÃO DA QUALIDADE

15

FIGURA 2 – SUBIDA E DESCIDA DE BALANCIM PARA EXECUÇÃO DE

REVESTIMENTO DE FACHADA................................................................................19

FIGURA 3 – SUBIDA E DESCIDA DE BALANCIM PARA EXECUÇÃO DE

REVESTIMENTO DE FACHADA QUANDO HOUVER REVESTIMENTO

DECORATIVO.....................................................................................................19

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1– QUALIDADE DO SISTEMA DE REVESTIMENTO DE FACHADA

MONOCAPA, COMPARADO AO CONVENCIONAL ....................................... 32

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – CUSTO DAS FACHADAS CONVENCIONAIS E PRÉ-

FABRICADAS (EM 2008).. ............................................................................... 16

QUADRO 2 - QUADRO DAS ATIVIDADE E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS

PARA PRODUÇÃO DAS ARGAMASSAS..........................................................19

LISTA DE TABELAS

TABELA 1– ESTIMATIVAS DE GASTOS POR ETAPA DE OBRA (%) –

JANEIRO/2013....................................................................................................13

TABELA 2 – IDADES MÍNIMAS PARA BASE DE REVESTIMENTO..................21

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LISTA DE SIGLAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas

CDC: Código Brasileiro de Defesa do Consumidor

NR: Norma Regulamentadora

NBR: Norma Brasileira

PPM: Taxa de defeitos em partes por milhão

UTFPR: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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SUMÁRIO

FOLHA DE APROVAÇÃO............................................................... 3

RESUMO......................................................................................... 4

LISTA DE FIGURAS ....................................................................... 6

LISTA DE GRÁFICOS .................................................................... 6

LISTA DE QUADROS ..................................................................... 6

LISTA DE TABELAS ...................................................................... 6

LISTA DE SIGLAS .......................................................................... 7

SUMÁRIO ....................................................................................... 8

1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 6

1.1. PROBLEMÁTICA .................................................................................... 6

1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................. 6

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................... 7

1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................. 7

1.3.2 Objetivos Específicos ..................................................................... 7

1.4 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES .................................................... 8

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................ 9

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................. 10

2.1. CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................................................... 10

2.2. ETAPAS DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES .............................................. 12

2.3. REVESTIMENTOS ................................................................................ 14

2.3.1 Revestimento Externo – Monocapa .............................................. 21

2.4. INDICADORES DE DESEMPENHO ..................................................... 22

3. MÉTODO DA PESQUISA ....................................................... 25

4. ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS ................................ 26

4.1. OBRAS QUE UTILIZAM O SISTEMA DE REVESTIMENTO DE FACHADA

MONOCAPA .................................................................................................... 27

4.1.1 Tecnologia construtiva da edificação ............................................... 27

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4.1.2 Tempo de execução do revestimento .............................................. 28

4.1.3 Qual a economia proporcionada pelo revestimento monocapa ....... 29

4.1.4 Quanto à qualidade percebida ......................................................... 30

4.1.5 Quanto à produtividade .................................................................... 32

4.1.6 Quanto à durabilidade ...................................................................... 32

4.1.7 Quanto à manutenção ...................................................................... 33

4.2. OBRAS QUE NÃO UTILIZAM O SISTEMA DE REVESTIMENTO DE

FACHADA MONOCAPA .................................................................................. 33

4.3. QUESTIONÁRIO DESTINADO AO FUNCIOÁRIO DA EMPRESA

FORNECEDORA DO MATERIAL UTILIZADO NO SISTEMA DE REVESTIMENTO

MONOCAPA .................................................................................................... 34

5. CONCLUSÕES ....................................................................... 35

5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 35

5.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ..................................... 36

REFERÊNCIAS ............................................................................. 38

ANEXO 1....................................................................................... 43

ANEXO 2....................................................................................... 45

ANEXO 3....................................................................................... 46

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1. INTRODUÇÃO

1.1. PROBLEMÁTICA

O grande crescimento imobiliário, segundo Faria et al. (2013) verificado no

Brasil nos últimos cinco anos, ocorrido em virtude da estabilidade financeira no país,

do aumento da renda média do brasileiro, facilitação de crédito imobiliário, aliados

ao deficit habitacional, dentre outros fatores, proporcionou a disseminação de novas

tecnologias na construção civil, principalmente as que favorecem a entrega rápida

de imóveis.

O cenário da construção civil, diante desse forte crescimento imobiliário,

mostrou-se mais atraente, fazendo com que muitas construtoras revisassem sua

forma de produção, a fim de oferecer um produto economicamente acessível e que

atenda as exigências do consumidor.

Dentro desse contexto, a construção de edificações vem apresentando

evolução nas tecnologias construtivas, as quais têm viabilizado a possibilidade das

construtoras efetuarem a entrega de seus produtos em menor prazo.

Dentre essas atividades, encontra-se a de revestimento externo. Uma das

novas tecnologias atualmente disponíveis no mercado é o sistema monocapa, o qual

pretende ser alternativo ao método construtivo tradicional de fachada, composto por

chapisco, emboço, reboco, pinturas e texturas.

O sistema de monocapa, a priori, se apresenta viável justamente por

otimizar o tempo de execução da obra, uma vez que, como o próprio nome sugere,

esse sistema é aplicado em uma só camada diretamente sobre a alvenaria. Porém,

essa nova tecnologia ainda carece de estudos quanto à qualidade, custo e

fornecimento do produto.

1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

Neste contexto surge a pergunta de pesquisa que norteia este estudo de

caso: o método construtivo denominado monocapa é vantajoso em uma obra predial

em contraposição ao método construtivo tradicional de revestimento de fachada?

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As obras localizam-se na cidade de Curitiba, sejam elas de alvenaria

estrutural ou convencional. Espera-se estabelecer parâmetros para verificar se o

método construtivo denominado monocapa mostra-se útil à um novo

empreendimento, seja ele de alvenaria estrutural ou convencional, pois a fachada

em ambas as situações, de forma geral, possui a mesma função de substrato para a

aplicação de monocapa ou do revestimento tradicional.

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar comparativamente o sistema de revestimento tradicional e o

sistema denominado monocapa em edificações, considerando indicadores de custo,

qualidade e prazo.

1.3.2 Objetivos Específicos

Identificar indicadores de custo, qualidade e prazo para sistema de

revestimento de edificações de alvenaria estrutural.

Verificar o custo total que o método construtivo de revestimento de fachada

convencional e de monocapa representam na obra.

Identificar o tempo de execução da obra demandado pelo método

construtivo de revestimento monocapa e compará-lo com o tempo da obra ao optar

pelo método tradicional.

Pesquisar e analisar os preços da mão de obra e material utilizados com o

novo método construtivo de revestimento monocapa e compará-lo com dados já

consolidados do sistema tradicional.

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1.4 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES

A construção de edifícios é um empreendimento composto por inúmeras

atividades, todas com impacto financeiro e, portanto, estudos sobre prazo e custo da

obra faz-se necessário.

O estudo comparativo dos dois métodos de revestimento de fachada –

monocapa e tradicional – é útil para a análise de futuras obras a serem realizadas.

Em virtude da pouca informação sobre a nova tecnologia, monocapa, torna-se mais

difícil o estudo para cada obra específica.

Deve ainda ser considerado que as normas brasileiras que dispõem sobre

fachada são genéricas e não estabelecem critérios para a aplicação de referido

revestimento. Segundo Esquivel (2009), a norma referente ao desempenho (NBR

15575-4 ABNT, 2008), aborda de forma geral a fachada. Não há referências sobre

questões específicas do desempenho de cada tipo de revestimento de fachada.

Assim, a monocapa ainda carece de regulamentação específica no Brasil.

Desta forma, o presente estudo pretende fornecer dados empíricos sobre a

aplicação do método construtivo de fachada monocapa e compará-lo com o método

construtivo tradicional. Sabe-se que com esse novo método é possível finalizar a

fachada em menos tempo, se comparado ao sistema convencional, porém é preciso

analisar as questões relacionadas a custo e qualidade do produto final.

De qualquer forma, não basta apenas conhecer o produto monocapa, mas

analisar se para a obra a ser executada será vantajoso o uso desse novo sistema

construtivo ou não.

Para definir o método a ser empregado em cada uma das atividades de uma

obra, as variáveis custo, prazo e qualidade são tomadas como parâmetros

principais. Logo, essas informações a respeito de uma nova tecnologia são

fundamentais para a sua utilização e o sucesso no mercado construtivo.

Neste contexto, embora a monocapa seja um método que reduz o tempo de

construção da obra, ele ainda não está consolidado, sendo necessária a obtenção

de informações acerca do desempenho desse novo sistema. Assim, o presente

estudo pretende deixar mais consolidadas as informações sobre a monocapa,

reduzindo possíveis pré-conceitos.

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1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho está estruturado de forma a primeiramente apresentar

informações sobre os dois métodos de revestimento de fachada, quais sejam:

monocapa e convencional. No primeiro capítulo encontra-se a problemática, a

delimitação do problema, os objetivos e as contribuições do presente estudo. O

capítulo dois traz o referencial teórico acerca dos métodos construtivos de

revestimento de fachada convencional e monocapa. O procedimento metodológico é

apresentado no capítulo três. Por fim, no capítulo quatro, a análise dos dados é

apresentada.

A respeito do método de revestimento de fachada tradicional, os dados

estão consolidados, pois esse sistema é utilizado de forma abrangente e há muito

tempo. Porém sobre o método de revestimento de fachada monocapa há poucas

informações, mas nesse primeiro momento somente os dados encontrados em

outras pesquisas são apresentados. No próximo momento, diante de pesquisas

realizadas com questionários a respeito das informações pendentes, esses dados

são expostos.

Estas duas etapas resultaram em capítulos dos quais os capítulos um e dois

fazem parte da primeira etapa e os capítulos três e quatro fazem parte da segunda

etapa. Os mesmos são descritos a seguir.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De forma a contextualizar os assuntos abordados nesse trabalho, o presente

versa sobre as tecnologias utilizadas na construção civil, as diversas etapas da obra

e os métodos de revestimento de fachada. Para que nos próximos capítulos o

método de revestimento de fachada tradicional e o método de revestimento de

fachada monocapa sejam comparados, os conceitos dos dois métodos precisam ser

abordados.

2.1. CONSTRUÇÃO CIVIL

O setor da construção civil está sendo pressionado a inovar, segundo Albino

et al. (2005). Após a década de 90, a inovação passou a ser um forte diferencial e na

categoria de edifícios residenciais houve a necessidade de se adequar as exigências

específicas de cada cliente/comprador. Apesar da pressão do mercado, segundo

Sabbatini (1989), comparado a outras áreas, a construção civil tem um sensível

atraso tecnológico em nosso país.

Outro ponto importante é que o consumidor brasileiro passou a ficar mais

exigente quando da aquisição de produtos e serviços. Isso se deu, conforme

ensinam Grinover et al. (2007) em muito amparado pela promulgação do Código

Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC)1 que lhes garante uma série de direitos

básicos no mercado de consumo para a aquisição de produtos e serviços. Dentre

eles, conforme artigo 6º de referida lei, destaque-se o direito à informação adequada

e clara sobre produtos e serviços (art. 6º, inciso III), a proteção contra a publicidade

enganosa (inciso IV), e a revisão de contratos que estabeleçam prestações

desproporcionais, (inciso V).

Outrossim, referido diploma legal estabelece um patamar mínimo de

qualidade na prestação de produtos e serviços, tal como se verifica no artigo 39,

inciso VII2, regulando a conduta dos fornecedores de produtos e serviços, nestes

1Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras

providências. 2 Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

(...) VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela

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inclusos a área de construção civil, quando verificadas as figuras do consumidor e

fornecedor.

Holanda (2003) salienta que muitas empresas construtoras, para conseguir

aumentar a produtividade, qualidade e diminuir o custo do seu produto final, têm

buscado diferentes formas de produção.

Ainda segundo a autora em comento, muitas empresas, para modificar sua

forma de produção começaram a investir em racionalização da produção ou

implantação de novas tecnologias.

Para Sabbatini (1989) racionalização construtiva consiste em:

[...] um processo composto pelo conjunto de todas as ações que tenham por

objetivo otimizar o recurso de materiais, humanos, organizacionais,

energéticos, tecnológicos, temporais e financeiros disponíveis na

construção em todas as suas fases” e tecnologia construtiva é “um conjunto

sistematizado de conhecimentos científicos e empíricos, pertinentes a um

modo específico de se construir um edifício (ou uma sua parte) e

empregados na criação, produção e difusão desse modo de construir.

O referido autor leciona que para evoluir no setor da construção civil há a

necessidade de criação de novos métodos, processos e sistemas construtivos, mas

ressalta que a importação de tecnologias voltadas para a construção de edifícios,

sem a devida equalização com o contexto do país, frequentemente é prejudicial para

a evolução do setor. Portanto, para a evolução do setor da construção civil, há a

possibilidade de importar uma tecnologia já existente em outros países com uma

adequação a realidade local.

Comparado a outros países, o Brasil se mostra muito aquém no

desenvolvimento de tecnologias na área da construção civil. De qualquer forma, a

importação e/ou criação de novas tecnologias deve ser feita com planejamento e

estudo da aplicabilidade para o setor nacional.

Diversas são as tecnologias construtivas empregadas nas várias etapas da

construção de um edifício.

Segundo Sabbatini (1989), método construtivo tradicional é conceituado

como o “conjunto organizado das técnicas empregadas na construção de parte de

Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

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uma edificação e que tem uso firmado na tradição construtiva local”. Para o presente

estudo, estende-se que no método construtivo tradicional de revestimento de

fachada utiliza-se chapisco, emboço, reboco, pintura e textura. Para o método

construtivo não tradicional é utilizando a monocapa.

2.2. ETAPAS DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES

O presente trabalho volta-se ao estudo comparativo entre revestimentos de

fachadas de obras de edificações habitacionais, categoria esta específica da

construção civil. Tendo em vista que a fachada se enquadra em uma etapa da obra,

necessário também se faz especificar quais são as etapas de uma obra e em qual

delas se enquadra o revestimento de fachada.

Segundo a NBR 8950 (1985) da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), a indústria da construção civil deve ser dividida em categorias, quais sejam:

obras de edificações, obras viárias, obras hidráulicas, obras de sistemas industriais,

obras de urbanização e obras diversas. Por sua vez, a categoria de obras de

edificações se subdivide nas seguintes subcategorias: habitacional, comercial e/ou

administrativa, industrial, cultural e esportiva, estações e terminais, de assistência

médico-social e outras obras.

Para o presente trabalho, o tipo de obra de interesse é a obra de edificação

habitacional, mais especificamente de múltiplos pavimentos. Segundo Assumpção e

Lima (1996), nos edifícios de múltiplos pavimentos normalmente os serviços se

desdobram em duas frentes de trabalho: uma delas está delimitada pela região da

torre e a outra pela região do térreo ou da periferia. Sendo que na torre, devido aos

pavimentos tipo, o processo se torna bastante repetitivo.

A obra de edificação pode ser dividida conforme as fases. Segundo

Domingues (2002), para dividir dessa forma, utiliza-se dados históricos ou o tipo do

projeto. Logo, essa divisão não possui um padrão único e varia conforme a obra

específica. No presente trabalho, a obra estudada será dividida e apresentada de

acordo com a representatividade de cada etapa.

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13

Na Tabela 1, apresenta-se um exemplo de divisão de uma obra para

estimação do gasto por etapa:

Tabela 1 - Estimativas de Gastos por Etapa de Obra (%) – janeiro/2013

Etapas

Construtivas

HABITACIONAL COMERCIAL

Residencial PRÉDIO

COM

ELEVADO

R FINO (4)

PRÉDIO SEM

ELEVADOR PRÉDIO

COM

ELEVADO

R FINO (7)

PRÉDIO

SEM

ELEVADO

R MÉDIO

(8)

FINO (1) MÉDIO

(2)

POPULAR

(3) MÉDIO (5) MÉDIO (6)

Serviços

Preliminares 2,4 a 3,4 2,4 a 3,9 0,6 a 1,2 0,2 a 0,3 0,4 a 0,7 1,0 a 2, 0,0 a 1,0 0,4 a 0,8

Movimento de

Terra 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0 0,0 a 1,0

Fundações

Especiais _ _ _ 3,0 a 4,0 3,0 a 4,0 3,0 a 4,0 3,0 a 4,0 3,0 a 4,0

Infraestrutura 7,1 a7,7 3,8 a 4,4 2,4 a 4,4 2,0 a 2,6 3,7 a 4,3 4,3 a 4,8 2,9 a 3,5 4,2 a 5,1

Superestrutura 15,7 a

18,4 12,2 a 16,9 10,6 a 13,6 27,4 a 33,5 23,5 a 29,3 20,3 a 25,3 24,2 a 29,0 20,3 a 24,4

Vedação 4,5 a 7,4 7,4 a 11,6 7,7 a 13,6 3,1 a 4,4 4,5 a 8,9 8,3 a 14,1 3,1 a 4,3 4,7 a 7,4

Esquadrias 2,7 a 5,4 7,0 a 13,1 8,2 a 13,7 5T 4,3 a 7,7 3,3 a 5,8 6,9 a 13,6 8,0 a 14,9

Cobertura 0 a 0,4 4,1 a 8,9 9,0 a 17,9 _ 0,6 a 1,9 _ _ _

Instalações

Hidráulicas

11,1 a

13,0 11,2 a 13,1 11,1 a 12,0 10,5 a 12,4 9,7 a 11,4 9,5 a 10,4 9,4 a 10,4 7,4 a 8,3

Instalações

Elétricas 3,8 a 4,8 3,8 a 4,8 3,8 a 4,8 4,5 a 5,4 3,7 a 4,6 3,8 a 4,8 3,7 a 4,6 3,8 a 4,7

Impermeabilizaçã

o e Isolação

Térmica

10,6 a

13,7 0,4 a 0,8 0,4 a 0,8 1,4 a 2,8 1,3 a 2,0 5,0 a 6,3 2,1 a 2,7 6,6 a 8,0

Revestimento

(pisos, paredes e

forros)

20,0 a

27,1 23,7 a 29,5 21,5 a 29,7 19,6 a 25,5 24,7 a 31,5 22,7 a 32,0 17,0 a 24,0 17,4 a 21,0

Vidros 1,6 a 2,9 0,4 a 0,7 0,6 a 1,2 1,2 a 2,4 0,3 a 0,7 0,3 a 0,6 1,5 a 2,8 1,1 a 2,1

Pintura 3,9 a 5,6 6,0 a 7,8 3,9 a 4,8 3,4 a 4,3 4,9 a 6,6 2,6 a 3,4 6,5 a 9,8 6,3 a 8,1

Serviços

Complementares 2,3 a 3,4 0,5 a 0,7 0,5 a 1,1 0,3 a 0,9 0 a 1,2 0,5 a 1,1 0 a 1,1 0 a 8,1

Elevadores _ _ _ 2,0 a 2,4 _ _ 3,8 a 4,7 _

Fonte: Guia da Construção Civil: custos, suprimentos e soluções técnicas. V. 66, n. 140,

março/2013.

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14

2.3. REVESTIMENTOS

Segundo a Tabela 1, uma das etapas mais representativas em relação ao

custo da obra é a fase de revestimentos, dentro da qual a execução de fachadas

está contemplada.

De acordo com Britez (2007) acredita-se que a forma mais usual de

identificar um edifício é pelo seu revestimento externo. Logo, essa etapa da obra

mostra-se bastante importante, pois determina a fisionomia do edifício.

Segundo a (NBR 13755) da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), a definição de revestimento externo é a seguinte:

Conjunto de camadas superpostas e intimamente ligadas, constituído pela

estrutura-suporte, alvenarias, camadas sucessivas de argamassa e

revestimento final, cuja função é proteger a edificação da ação da chuva,

umidade, agentes atmosféricos, desgaste mecânico oriundo da ação

conjunta do vento e partículas sólidas, bem como dar acabamento estético.

Para Silva (2006), os revestimentos têm como funções básicas regularizar a

superfície, proteger as alvenarias e estruturas de concreto de forma a resultar na

durabilidade, bem como a contribuição do desempenho geral dos fechamentos da

edificação. Sendo essas funções genéricas, ressalta que há muitas variações,

dependo da obra específica.

Deve-se levar em consideração que, segundo Maciel et al. (1998), não é

função do revestimento corrigir imperfeições grosseiras da fachada. Ocorre que é

recorrente encontrar a falta de prumo e alinhamento da alvenaria, o que acarreta em

um revestimento com maior espessura, comprometendo o desempenho das reais

funções do revestimento. Consta na norma (NBR 13749) da Associação Brasileira

de Normas Técnicas (ABNT), que a espessura admissível de revestimento para

parede externa é entre 20 e 30 milímetros. Portanto, ao seguir essa recomendação

normativa, não se deve esperar que as correções da alvenaria sejam feitas pelo

revestimento.

De acordo com Crescencio (2003), a utilização de revestimento de

argamassa é uma realidade no canteiro de obra brasileiro e precisa haver uma

produção racionalizada do material, de forma a evitar elevados custos.

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15

Os revestimentos de argamassa são amplamente utilizados no mercado

brasileiro. Segundo Paravisi (2008), esse sistema é o mais utilizado no país. Para

Diogo (2007), geralmente o revestimento é constituído por argamassas inorgânicas

de base cimentícia sob um revestimento decorativo ou um sistema de pintura.

A NBR 13529 (1995) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),

define revestimento de argamassa como:

O cobrimento de uma superfície com uma ou mais camadas superpostas de

argamassa, apto a receber acabamento decorativo ou constituir-se em

acabamento final.

Consta na NBR 13530 (1995) da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), que os revestimentos podem ser de camada única ou de duas camadas.

Sendo que, segundo a NBR 13529 (1995) da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT), o revestimento de camada única é composto por um único tipo de

argamassa aplicada sobre a base de revestimento, em uma ou mais demãos. Já o

revestimento de duas camadas é constituído por emboço e reboco aplicados sobre a

base de revestimento, conforme ilustrado na Figura1:

Figura 1 - A evolução dos conceitos e aplicação da qualidade

Fonte: (DIOGO 2007).

Para Silva (2006), o emboço tem como função regularizar a superfície, de

modo a preparar para o recebimento de outra camada, de reboco ou de acabamento

decorativo. Pode também ser de camada única ou reboco “paulista” (popularmente

denominado em obras). Já o reboco é a camada executada após o emboço e pode

receber acabamento decorativo ou constituir o acabamento final, quando o

acabamento é feito em pintura.

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16

Segundo o mesmo autor, o chapisco, diferente do emboço e reboco, não

constitui uma camada de revestimento. O chapisco é definido como uma camada de

preparação da base, de forma a proporcionar boa aderência da argamassa ao

substrato.

Os revestimentos externos podem ser de argamassas tradicionais ou

industriais, conforme definido por Souza (2009). As argamassas tradicionais são

aquelas produzidas no próprio canteiro de obras, enquanto que as argamassas

industriais são aquelas produzidas em fábrica.

Segundo Junior (2010), geralmente os revestimentos à base de argamassa,

industrializados ou não, são aplicados de forma manual, caracterizando uma etapa

bastante dependente da mão-de-obra. Apresenta alta variabilidade e altos índices de

perda, sendo muitas vezes um gargalo na obra, afetando o prazo de execução.

O engenheiro Luiz Henrique Ceotto, diretor da Tishman Speyer, afirma que,

de toda a massa que o funcionário aplica na fachada, perde-se 20% ou 30%. A

fachada com argamassa e acabamento em pintura, segundo Ceotto, tem custo

aproximado de R$ 119,00 (cento e dezenove reais) por metro quadrado,

considerando material e mão-de-obra. Se receber revestimento cerâmico, ressalta

que o valor sobe para R$ 162,00 (cento e sessenta e dois reais) por metro

quadrado, conforme adiante segue:

Quadro 1 – Custo das fachadas convencionais e pré-fabricadas (em 2008)

Fonte: <http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/tecnologia-das-fachadas-a-

fachada-01-08-2008.html>.

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17

Segundo reportagem da revista Téchne, há no mercado dois sistemas de

projeção de argamassa: por spray com recipiente acoplado, popular canequinha, e

por bomba de projeção. A adesão é grande devido à facilidade de operação, custo

menor do equipamento e treinamento mais rápido da mão de obra. O bombeamento

representa industrialização completa dessa etapa da obra. Na mesma reportagem,

verifica-se ainda que é importante ponderar o custo final do metro quadrado da

parede pronta, pois este valor é menor se comparado ao sistema manual.

A construtora paranaense FMM, segundo reportagem da revista Téchne,

optou por utilizar o sistema de projeção por bomba e teve uma economia na ordem

de 30% na etapa de execução do emboço. Em locais que, devido a dificuldade do

fornecimento da argamassa industrializada, a aplicação é manual, é dispensada

uma média de 0,95Hh/m² com quatro pedreiros e quatro serventes. Enquanto que

em obras com aplicação por bomba a produtividade é de 0,23Hh/m² com cinco

pedreiros.

Segundo Maciel et al. (1998), há três formas de produção da argamassa:

preparada em obra, industrializada fornecida em sacos e a fornecida em silos.

Segue Quadro 2 que mostra as atividades e equipamentos necessários para

produção das argamassas:

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18

ARGAMASSA ATIVIDADES EQUIPAMENTOS

Preparada em obra

Medição, em massa ou em

volume, das quantidades de

todos os materiais constituintes;

transporte desses materiais até

o equipamento de mistura;

colocação dos materiais no

equipamento; mistura.

Equipamento de mistura

(betoneira ou argamassadeira);

recipientes para a medição dos

materiais (carrinhos-de-mão ou

padiolas); pás; peneiras para

eliminar torrões e materiais

estranhos ao agregado.

Industrializada (fornecida em

sacos – materiais em estado

seco e homogêneo)

Colocação da quantidade

especificada do material em pó

no equipamento de mistura,

seguida da adição da água.

Argamassadeira e os

recipientes para a colocação da

água.

Fornecida em silos

Medição mecanizada. Um

equipamento de mistura pode

ser acoplado no próprio silo ou

um outro equipamento de

mistura específico, localizado

nos pavimentos do edifício

efetua a mistura.

Equipamento de mistura

específico.

Quadro 2 - Quadro das atividades e equipamentos necessários para produção das argamassas.

Fonte: Adaptado de (MACIEL et al., 1998).

Do Quadro 2, observa-se que, para as argamassas produzidas em obra, faz-

se necessário espaços disponíveis para estoque de areia, cimento Portland, cal

hidratada e possíveis aditivos ou adições, sendo que para as argamassas

industrializadas, faz-se necessário apenas espaço para o estoque do material

ensacado do fornecedor, simplificando a logística do canteiro de obra.

Segundo Júnior (2010), o revestimento argamassado preparado em obra é

composto pelas seguintes etapas de execução:

1. Montagem dos balancins;

2. Subida dos balancins para preparação da base. Esta preparação é

composta pela limpeza, eliminação de imperfeições, chapiscamento e

eventualmente fixação externa das alvenarias;

3. Colocação dos arames de fachada;

4. Descida dos balancins com a atividade de mapeamento;

5. Reprojeto;

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19

6. Subida dos balancins com a atividade de taliscamento;

7. Descida dos balancins com a aplicação do emboço, acabamentos e

atividades complementares devido a detalhes construtivos;

8. Pode haver a necessidade de subida dos balancins sem atividade e

descida executando o reboco e outras atividades complementares necessárias.

A Figura 2 mostra as atividades executadas nas subidas e descidas de

balancim:

Figura 2 – Subida e descida de balancim para execução de revestimento de fachada

Fonte: Adaptado de (SABBATINI, Fernando Henrique et al., 2006).

Se houver revestimento decorativo, ainda há mais duas atividades, conforme

mostra a Figura 3:

Figura 3– Subida e descida de balancim para execução de revestimento de fachada

quando houver revestimento decorativo

Fonte: Adaptado de (SABBATINI et al., 2006).

Limpeza da

Base;

Fixação da

alvenaria;

Arames de

fachada.

Verificação;

chapisco;

Taliscamento;

Primeira cheia,

se necessário;

Colocação de

reforço.

Lavagem;

Chapisco;

Mapeamento;

Análise de

espessura.

Aplicação da

argamassa;

Execução de

detalhes

construtivos.

Sobe vazio

fazendo a

inspeção do

revestimento

produtivo.

Produção do

revestimento

decorativo.

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20

Logo, ao se utilizar esse procedimento, serão três subidas e três descidas de

balancins.

Segundo reportagem da revista Téchne, no mercado brasileiro os principais

tipos de argamassas decorativas industrializadas para fachadas são: minerais,

acrílicas, bicamada e monocapa. As minerais apresentam maiores espessuras e

maior resistência mecânica por consistirem de maior quantidade de cimento

Portland. As argamassas acrílicas apresentam maiores opções de cores,

tonalidades fortes e vibrantes devido a composição de resina acrílica, agregados e

aditivos. Esse material deve ser aplicado sobre o emboço e tem espessura de

aproximadamente 5mm e para evitar problemas o material pode ser aplicado em

duas camadas. As argamassas bicamada, como o próprio nome sugere, são

compostas por duas camadas, sendo a primeira denominada de “emboço de

espessura reduzida”, geralmente composta por cimento Portland, e a segunda

camada é a de acabamento final e pode ser composta de base acrílica ou mineral.

As argamassas tipo monocapa, conhecida também por monocamada, como o

próprio nome sugere, possuem apenas uma camada que substitui o emboço, reboco

e pintura, sendo que o produto pode ou não ser pigmentado.

De acordo com a NBR 7200 (1998) da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT), as bases para recebimento do revestimento deve ter as idades

mínimas, conforme Tabela 2:

Tabela 2 – Idades mínimas para base de revestimento

Base Idade mínima

recomendada (dias)

Estruturas de concreto e alvenarias armadas estruturais 28

Alvenarias não armadas estruturais e alvenarias sem função estrutural

de tijolos, blocos cerâmicos, blocos de concreto e concreto celular 14

Chapisco para aplicação do emboço ou camada única 3

Emboço de argamassa de cal, para início dos serviços de reboco 21

Emboço de argamassas mistas ou hidráulicas, para início dos serviços

de reboco 7

Revestimento de reboco ou camada única, para execução de

acabamento decorativo 21

Fonte: NBR 7200 (1998) Da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

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21

A necessidade de atendimento às idades mínimas recomendadas para

recebimento de revestimento provoca impacto no custo e projeto da obra.

2.3.1 Revestimento Externo – Monocapa

Segundo Souza (2009), diante das múltiplas camadas (chapisco, emboço e

reboco) que compõe o revestimento de argamassa, este está sofrendo profundas

alterações de forma a reduzir o número de etapas, os custos finais e aumentar a

produtividade. Para Crescencio e Barros (2005), o revestimento de camada única,

de origem francesa, surge como uma alternativa ao sistema convencional.

O revestimento de camada única pode ser denominado de monocamada e

frequentemente é conhecido como “monomassa” (SOUZA, 2009). No Brasil, devido

ao produto de uma empresa de representatividade no mercado, ter um produto

denominado monocapa, é comum utilizar-se desse termo para designar o

revestimento de camada única.

Leão (2011) define fachada monocamada como: “uma única camada,

independentemente de sua espessura”.

Monomassa pode ser conceituada como: “Argamassa que funciona

simultaneamente como enchimento e acabamento de paredes”3.

O produto geralmente é fornecido em sacos de 30kg, prontos a amassar,

fazendo-se necessária apenas a colocação da quantidade de água especificada pelo

fabricante. Há certa variedade de cores disponíveis.

A monocapa é considerada uma argamassa industrializada, pois não é

produzida na obra. Segundo reportagem da revista Téchne, a principal vantagem

das argamassas industrializadas para revestimento de fachada, comparada as

argamassas produzidas em obra, está no controle da produção, pois no canteiro há

o tempo de mistura e adição de água, insumos como cimento, cal e areia que

precisam ser controlados. Com a argamassa industrializada, o processo é mais

simples, sendo necessário apenas o controle da adição de água e do tempo de

mistura. O produto apresenta uniformidade de características, justamente por ser

industrializado.

3Engenhariacivil.com: Engenharia Civil na Internet. Disponível em

<http://www.engenhariacivil.com/dicionario/?s=monomassa>. Acesso em 14/03/2013.

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22

Em reportagem à revista Téchne, Edição 174 de setembro de 2011, Eleana

Patta Flain, afirma que há pesquisas que ressaltam que a utilização de argamassas

industrializadas pode reduzir as perdas nos canteiros de obras em até 80%, quando

comparadas aos processos convencionais. O material pode ser aplicado tanto

manualmente quanto mecanicamente. No entanto, segundo Flain, devido a procura

por menores prazos, menores desperdícios e maior qualidade, as empresas estão

optando por equipamentos mecânicos.

Outras vantagens das argamassas decorativas industrializadas, segundo a

reportagem, são: a espessura (entre 2mm e 3mm), a qual diminui as cargas da

edificação, e o fato de possuírem a pigmentação desejada, eliminando a etapa de

pintura.

Segundo reportagem da revista Equipe de Obra de junho de 2012, uma obra

situada no Sergipe produz de 70m² a 150m² por dia, com três profissionais treinados

utilizando o método da “canequinha”. O engenheiro responsável pela obra afirma

que há um ganho de cerca de 60% do tempo de execução dessa etapa da obra.

Outro ponto importante é que com esse tipo de revestimento ganha-se o

tempo de espera das idades mínimas recomendadas para recebimento de cada

etapa do revestimento tradicional (chapisco, emboço e reboco).

2.4. INDICADORES DE DESEMPENHO

O presente trabalho analisa a viabilidade do emprego do sistema de

revestimento de fachada monocapa. Para tanto, a utilização de indicadores de

desempenho será uma ferramenta para a análise em questão.

Para Souza et al. (1994), um indicador de desempenho pode ser definido

como o resultado de um processo ou características dos produtos finais resultantes

desse processo. Diz respeito ao comportamento do processo ou produto em relação

a determinadas variáveis, sejam elas: custo de determinado processo, lucro,

retrabalho e conformidade de produtos.

De acordo com Lima (2005), os indicadores de desempenho auxiliam na

tomada de decisão referente a determinada estrutura, processo ou produto.

Segundo Neto e Martins (1998) “a medição do desempenho tradicional tem

como principal preocupação a medição em termos do uso eficiente dos recursos”.

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23

Para Formoso et al. (2009), um indicador tem três funções, quais sejam: de

visibilidade, de controle de um processo e estabelecimento de metas. Os autores

referem-se a visibilidade no sentido de demonstrar o desempenho da empresa,

explicitando os pontos fortes ou fracos.

Segundo Lima (2005), pode-se afirmar que:

Um sistema de indicadores de desempenho é um conjunto de medidas

integradas em vários níveis (organização, processos e pessoas), definidas a

partir da estratégia e dos objetivos da unidade de negócio, tendo como

objetivo, fornecer informações relevantes às pessoas certas (aquelas

responsáveis pela tomada de decisão) sobre o desempenho de processos e

produtos, para auxiliar no processo de tomada de decisão.

No caso do ramo da construção civil, mais especificamente de construtoras

residenciais, as estratégias englobam questões de custo, prazo e qualidade,

portanto, o sistema de indicadores de desempenho forneceria informações sobre os

processos para que sejam tomadas as devidas decisões para adequação dos

custos, prazos e qualidade da obra.

De acordo com Bonelli et al. (1994), os indicadores de desempenho em

manufatura mais citados são custos e qualidade, sendo que o tempo, na maioria das

indústrias, é igualmente importante para ter sucesso competitivo. O autor ressalta

que a variável tempo é bastante utilizada atrelada a prazos de entrega.

No presente trabalho o objetivo principal está atrelado ao custo, prazo e

qualidade do sistema de revestimento de fachada monocapa. Logo, os indicadores

de desempenho essenciais para o estudo são os indicadores de desempenho

relacionados ao custo, prazo, qualidade.

Segue exemplificação, segundo Bonelli et al. (1994), dos tipos de

indicadores mais comuns:

1. Com relação a custos:

Custo por unidade produzida;

Razão entre o mais importante componente de custo e o custo total;

Consumo do mais importante componente de custo por unidade

produzida;

Custo de overhead por unidade produzida;

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24

Custo de investimentos/unidade de capacidade instalada;

Custo de mão de obra como percentual de vendas;

Consumo de material em dólares por unidade produzida;

Valor de estoques na fábrica/material consumido (dólares).

2. Com relação a prazos de entrega:

Percentual de entregas efetuadas a tempo;

Índice de atraso dos pedidos;

Relação entre horas de processamento e prazo de entrega.

3. Com relação à qualidade:

As medidas enquadram-se em duas categorias: medidas da qualidade

em campo, refletindo a qualidade dos produtos que chegam às mãos

dos clientes; e medidas de qualidade de peças, submontagens e

produtos ainda na fábrica. Existe também a qualidade de projeto,

expressa por medidas de desempenho. Seguem-se exemplos das

várias categorias:

Frequência de falhas no campo por unidade de operação;

Tempo médio em falhas;

Taxa de defeitos em partes por milhão (PPM);

Porcentagem de itens rejeitados na inspeção;

Índices de perdas de produção;

Índice de retrabalho;

Índices de desempenho no campo (velocidade, precisão, consumo de

energia, etc.).

Na literatura, a maioria das informações sobre indicadores de desempenho

referem-se à indústria. Embora haja uma tendência de, nos canteiros de obra,

adequar os processos com os da indústria, de forma a ter uma maior produtividade,

há diversas peculiaridades aliadas ao setor da construção civil. Por essa razão, os

índices apresentados, que se referem ao sistema industrial, serão adequados a

análise do procedimento de revestimento de fachada monocapa, razão pela qual

pretende-se obter resultados mais claros.

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25

3. MÉTODO DA PESQUISA

De acordo com LAKATOS e MARCONI (1993), método científico é o

conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na

investigação, sendo a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa.

Segundo os mesmos autores, os métodos que fornecem as bases lógicas à

investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.

Considerando a pouca informação a respeito do processo de revestimento

de fachada monocapa, o presente trabalho se volta ao estudo de obras que utilizam

ou não o revestimento em monocapa. A intenção é saber, das que utilizam, quais as

vantagens e dos que não utilizam, qual a razão da não utilização. Os dados são

coletados em campo, por meio de índices de desempenho.

O método de pesquisa utilizado é o indutivo, que consistente na análise de

dados coletados a cada etapa concluída da obra sob análise, com metodologia de

observação sistemática sob planejamento. Realiza-se em condições controladas

para responder aos propósitos preestabelecidos – e a de observação individual,

realizada por um pesquisador.

As empresas selecionadas são de grande porte que executam edifícios

residenciais e comerciais, com representatividade significativa no mercado de

Curitiba, em número de unidades e área construída.

Foram coletadas referências significativas, como os índices de desempenho,

para que a aplicabilidade do estudo esteja fundamentada. Ao buscar referenciais,

comprovou-se também a carência de trabalhos a respeito do tema no Brasil, o que

reforça a importância desse estudo e de sua continuidade.

Importante ressaltar que esta metodologia é realizada por uma

pesquisadora-atuante, que possui contato diário com o procedimento de execução

de revestimento de fachada monocapa e que durante o estudo fez o

acompanhamento da execução da fachada da obra.

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26

4. ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS

Neste capítulo aborda-se o desempenho do revestimento de fachada

monocapa em obras de empresas construtoras com representatividade considerável

no mercado imobiliário da região metropolitana de Curitiba, delimitação da pesquisa,

no Paraná, além de serem atuantes em outros estados do Brasil. Para coleta desses

dados, foi elaborado e aplicado um questionários para engenheiros de obras de

Curitiba no período de junho a agosto de 2013.

Os questionários foram aplicados com o objetivo de coletar e analisar

informações dos profissionais que trabalham ou já trabalharam com o sistema de

revestimento de fachada monocapa para obter o grau de satisfação a respeito desse

sistema de revestimento.

Obtiveram-se dados de 6 (seis) construtoras, das quais 2 (duas) utilizavam o

sistema de revestimento de fachada monocapa e as outras 4 (quatro) não. Sendo

que, uma das duas construtoras que utilizam o sistema de revestimento de fachada

monocapa é a construtora que a pesquisadora trabalha. De cada construtora foram

coletadas pelo menos três respostas de engenheiros de obras distintas.

A fim de elucidar os dados com base em informações obtidas por engenheiros

que trabalham com o sistema de revestimento de fachada monocapa, foram

questionados 7 (sete) engenheiros de 2 (duas) construtoras.

Foi aplicado o questionário, Anexo 1, para engenheiros de construtoras que

utilizam o sistema de revestimento de fachada monocapa (também denominado de

monomassa ou monocamada). Já o questionário apresentado no Anexo 2, foi

elaborado para engenheiros de construtoras que não trabalham com o sistema de

revestimento de fachada monocapa. O questionário apresentado no Anexo 3, foi

aplicado à empresa fornecedora de monocapa no mercado curitibano , já que as

todas as construtoras pesquisadas utilizam o produto dessa empresa para fazer o

revestimento de fachada tipo monocapa, pois é a única fornecedora do insumo

nesse mercado.

Nas 4 (quatro) construtoras que não trabalham com o sistema de

revestimento de fachada monocapa foram questionados 13 (treze) engenheiros.

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27

4.1. OBRAS QUE UTILIZAM O SISTEMA DE REVESTIMENTO DE FACHADA

MONOCAPA

Neste item serão analisadas as respostas obtidas pela aplicação do

questionário do Anexo 1, aplicado aos engenheiros de obras que utilizam o sistema

de revestimento de fachada monocapa.

4.1.1 Tecnologia construtiva da edificação

Nas obras que utilizam o sistema de revestimento de fachada monocapa,

100% (cem por cento) dos engenheiros responderam que a estrutura da obra era em

alvenaria estrutural, o que impõe que nesta pesquisa não foram obtidas informações

de aplicação do revestimento de fachada monocapa em estrutura convencional. Na

Foto 1, apresenta-se a fachada, ainda não revestida, de uma das obras na qual a

pesquisa foi realizada:

Foto 1 – Fachada de uma obra em alvenaria estrutural

Fonte: A autora

Com relação à questão do tipo de revestimento mais comum para esse tipo

de obra, no caso alvenaria estrutural, os engenheiros explicitaram que o

revestimento mais utilizado atualmente é o próprio revestimento de fachada

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28

conhecido como monocapa. Esses profissionais participaram de uma ou duas obras

que utilizassem esse tipo de revestimento. A Foto 2 mostra a fachada revestida com

monocapa.

Foto 2 – Fachada de uma obra em alvenaria estrutural revestida com monocapa

Fonte: A autora

4.1.2 Tempo de execução do revestimento

Todos os sete engenheiros questionados afirmaram que a vantagem do

sistema de revestimento de fachada monocapa, comparado ao sistema

convencional (chapisco, emboço e reboco), é a rapidez de execução do processo. A

facilidade do sistema de revestimento também foi citada por um dos entrevistados. O

termo economia foi citado por dois entrevistados.

No mesmo dia é feito toda a área que possui a mesma cor, para que não haja

diferença de tonalidade. Portanto o rendimento depende da área que está definida

em projeto com mesma cor. Na foto 3, a fachada é composta por duas cores, sendo

que a cor mais escura abrange uma área menor.

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Foto 3 – Área de fachada realizada por dia.

Fonte: A autora

4.1.3 Qual a economia proporcionada pelo revestimento

monocapa

Somente um dos engenheiros respondeu que não houve economia ao utilizar

o sistema de revestimento de fachada monocapa, alegando que houve um “estouro”

de 20% do orçamento. Os demais entrevistados acreditam que houve economia ao

optar por esse sistema de revestimento de fachada.

Quanto à redução do tempo de obra somente um dos entrevistados alegou

que houve um atraso na obra, por falta de mão de obra qualificada para trabalhar

com o sistema de revestimento de fachada monocapa. Os demais afirmaram que o

tempo de obra foi reduzido por ter optado por esse tipo de revestimento, dentre

esses, alguns alegaram não saber quanto do tempo da obra foi reduzido. Um dos

entrevistados acredita que houve redução do tempo da obra de dois a três meses

por torre e outro acredita que houve redução de 30% (trinta por cento) do tempo de

obra.

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4.1.4 Quanto à qualidade percebida

Dos entrevistados, 5 (cinco) deles considerou o sistema de revestimento de

fachada monocapa com uma qualidade pior comparando-o com o revestimento

convencional (chapisco, emboço e reboco). Dos outros 2 (dois) entrevistados, um

deles considerou com uma qualidade igual e outro com uma qualidade melhor do

que o sistema de revestimento de fachada convencional.

O Gráfico 1 ilustra os resultados explanados:

Gráfico 1 – Qualidade do sistema de revestimento de fachada monocapa,

comparado ao convencional

Fonte: A autora

A Foto 4 ilustra o trabalhador executando um retoque na fachada. Nesse

caso, o retoque foi devido à esquadria ter sido colocada após o revestimento de

fachada ser concluído, o que não é recomendado pelo fabricante.

Qualidade do sistema de revestimento de fachada monocapa, comparado ao

convencional

Pior

Igual

Melhor

72%

14%

14%

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Foto 4 – Trabalhador executando retoque na fachada

Fonte: A autora

A diferença de tonalidade que ocorre devido ao retoque é mostrada na Foto 5.

Foto 5 – Diferença de tonalidade após retoque

Fonte: A autora

Todos os engenheiros entrevistados, que trabalharam com o sistema de

revestimento de fachada monocapa utilizaram o mesmo produto, fornecida pela

única empresa que fornece para o mercado de Curitiba. Os engenheiros alegaram

que a referida empresa proporciona aos funcionários que executam esse

revestimento um treinamento especial para trabalharem com o produto. Na Foto 6 é

mostrado o trabalhador treinado pela empresa fornecedora preparando a mistura de

monocapa para aplicação:

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Fotografia 6 – Material sendo preparado para aplicação

Fonte: A autora

4.1.5 Quanto à produtividade

Quanto a produtividade a resposta mais completa foi a de que um trabalhador

produz em média 20m² (vinte metros quadrados) por dia. Sendo que, considerando

uma equipe, um dos entrevistados respondeu que a produtividade é de 60m²

(sessenta metros quadrados) por dia e outro de 80m² (oitenta metros quadrados) por

dia.

Quanto ao preço pago pelo serviço de revestimento de fachada monocapa,

houve grande diferença entre os valores alegados pelos engenheiros, variando

desde R$ 24,00 (vinte e quatro reais) o metro quadrado até R$ 100,00 (cem reais) o

metro quadrado de fachada revestida.

4.1.6 Quanto à durabilidade

A respeito da durabilidade do produto aplicado, a maioria dos entrevistados

não soube informar, alegando desconhecer esse dado. Somente um dos

entrevistados informou que a expectativa de durabilidade é de 3 (três) anos.

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4.1.7 Quanto à manutenção

Quanto ao custo de manutenção, a maioria não sabia dizer qual o valor pago.

Um dos entrevistados alegou ser um valor alto devido ao produto não aceitar

retoques. Um dos entrevistados informou que o preço é de R$ 4,00 (quatro reais)

por metro quadrado.

4.2. OBRAS QUE NÃO UTILIZAM O SISTEMA DE REVESTIMENTO DE

FACHADA MONOCAPA

A opinião dos engenheiros quanto ao motivo da não utilização do sistema de

revestimento de fachada monocapa é bastante variada. Os motivos citados foram:

Não é indicado para espessuras maiores que 3cm;

Falta de mão de obra qualificada para correta aplicação do produto;

Qualidade inferior à de outros revestimentos externos;

A impossibilidade de fazer retoques;

Baixa qualidade;

Produtividade e custo.

Dos 13 (treze) entrevistados, 8 (oito) afirmaram desconhecer o sistema de

revestimento de fachada monocapa, o que representa 62% (sessenta e dois por

cento) do total.

Quanto ao tipo de revestimento de fachada utilizado nas obras que os

engenheiros trabalharam na empresa, os sistemas mais citados foram:

Argamassa de projeção (Votorantim) e argamassa com cal (Argafácil).

Chapisco + Emboço + Textura Rolada;

Chapisco + Emboço + Textura Projetada;

Massão 1 (Massa mais grossa) + Massão 2 (Massa + fina) + Textura

rolada;

Chapisco, emboço, pintura e pastilha.

Revestimento convencional com massa branca e votomassa.

Textura e cerâmica.

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Textura e perfilor em obra industrial, textura em obra residencial. É

comum o uso de cerâmica na fachada.

Textura, pastilha e pintura

Sistema convencional: chapisco, emboço, reboco, pintura ou

revestimento cerâmico.

Argamassa e revestimento cerâmico.

Das empresas cujos engenheiros foram entrevistados, três delas constroem

obras em alvenaria estrutural, sendo que a outra duas não. Dos engenheiros

entrevistados, oito deles já haviam ouvido falar no revestimento de fachada

monocapa, os outros cinco engenheiros nunca tinham ouvido falar nesse tipo de

revestimento.

4.3. QUESTIONÁRIO DESTINADO AO FUNCIOÁRIO DA EMPRESA

FORNECEDORA DO MATERIAL UTILIZADO NO SISTEMA DE

REVESTIMENTO MONOCAPA

O entrevistado informou que trabalha na empresa desde 2003 e acredita que

os motivos principais que fazem as construtoras a optarem pelo sistema de

revestimento de fachada monocapa são: velocidade de execução e número menor

de trabalhadores para execução do revestimento.

Em Curitiba, o funcionário entrevistado já trabalhou em aproximadamente 12

(doze) obras utilizando o produto da empresa para execução do revestimento de

fachada. No momento, encontram-se em execução cinco obras de construtoras

prediais utilizando a monocapa em Curitiba, segundo o funcionário.

Segundo o entrevistado, o treinamento que os funcionários recebem é por

parte da empresa, na fábrica, em São Paulo. A produtividade é estimada por ele

entre 30 (trinta) e 40m² (quarenta metros quadrados) por pessoa, por dia, sendo

que, em um balancim, trabalham duas pessoas e uma bomba. Logo, em um

balancim a produtividade está entre 60 (sessenta) e 80m² (oitenta metros

quadrados) por dia.

O entrevistado afirma que o produto tem uma garantia de 5 (cinco) anos,

sendo que é recomendado uma manutenção anual, como a lavagem da fachada.

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5. CONCLUSÕES

5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo do desenvolvimento desta pesquisa frente aos resultados dos

questionários aplicados, questões como: os diversos segmentos que a empresa

atua, quando a empresa constrói obras para incorporadores e estipulação de

especificações de materiais a serem utilizados, acabaram dificultando a obtenção de

dados precisos em relação ao tema abordado.

Alguns dos entrevistados responderam que a empresa para a qual trabalham

já construiu obras de terceiros utilizando o sistema de revestimento de fachada

monocapa, porém, o índice de utilização é muito baixo. Ocorreu ainda que, enquanto

um funcionário de uma das empresas pesquisadas afirmou que a mesma não

utilizava o sistema de revestimento de fachada monocapa, outro afirmou o contrário.

Foram obtidas informações de que duas empresas utilizavam o sistema de

revestimento de fachada monocapa no segmento econômico no qual a empresa

atua, sendo estas obras em alvenaria estrutural.

Não se obteve informações de obras prediais com alvenaria convencional e

que utilizasse o revestimento de fachada monocapa. Percebe-se que o número de

obras feitas em alvenaria estrutural e, por conseguinte, com revestimento de

fachada monocapa é pouco expressivo no mercado da construção civil em Curitiba,

onde a pesquisa se concentrou.

Detectou-se por meio de estudo realizado que há uma resistência na

construção civil frente a novas tecnologias. Os profissionais mostram-se bastante

relutantes na utilização de produtos inovadores e incrivelmente esses profissionais

não sabem sobre dados básicos sobre o produto.

Vislumbra-se uma não homogeneidade nas informações obtidas e muito

desconhecimento quanto a informações básicas do produto monocapa. Apesar de

ser um produto novo no mercado, além de ser de interesse para a empresa que

fornece o produto divulgar informações vantajosas quanto à utilização do mesmo, é

de suma importância que os engenheiros que trabalham com esse produto

obtenham as informações básicas para formar uma opinião embasada em dados.

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Alguns fatores conduzem para que esse tipo de revestimento não se torne

popular, como, por exemplo, o fato de que há poucos fornecedores da monocapa e

somente os profissionais treinados pela empresa Alfa podem aplicar o produto. Não

obstante, não há grande número desses profissionais, o que torna a mão de obra

especializada, nesse ponto, muito escassa.

Em Curitiba todas as obras pesquisadas que utilizam o revestimento de

fachada monocapa aplicam o produto da empresa Alfa, o que faz com que haja

apenas um fornecedor e inexista concorrência de mercado. Tal fato limita a

utilização do produto, uma vez que, se a construtora escolher revestir a fachada com

a monocapa, só possuirá um produto para fazê-lo e uma empresa para fornecê-lo.

Como todo produto, a monocapa possui recomendações para sua aplicação,

como, por exemplo, a de que o produto deve ser aplicado após as janelas e portas

estarem instaladas e a espessura total do revestimento não deve ser superior a 30

mm (trinta milímetros). Porém, na obra, ocorre que a camada do revestimento

ultrapassa esse limite estipulado pelo fabricante e a superfície é revestida antes da

instalação de algumas portas e janelas. Consequentemente, aparecem patologias

devido a essas atitudes que são, muitas vezes, associadas diretamente ao produto,

gerando uma falsa impressão de que tem uma baixa qualidade.

Restou cristalino que não há unanimidade na opinião dos engenheiros quanto

ao produto sob análise. De um lado, há os que valorizam o produto devido as suas

vantagens, principalmente a diminuição do prazo para conclusão da obra. Do outro

norte, há os profissionais que – devido ao fato de em casos anteriores terem ciência

de um resultado não muito positivo – preferem manter o uso do sistema de

revestimento de fachada convencional.

5.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Não obstante, carece o tema de grandes estudos, os quais seriam de grande

valia para o mercado da construção civil, principalmente no que tange a análise da

vida útil desse revestimento. Isso porque, tendo a revisão bibliográfica efetuada e o

questionário aplicado como paradigma, foi constada a ausência de informações

precisas quanto à correta mensuração da vida útil do produto.

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Executar uma pesquisa com os moradores de edifícios revestidos com

monocapa também se faz interessante para analisar a opinião dos consumidores e

poder questionar de modo comparativo (isso quando a pessoa já morou em edifício

revestido pelo sistema convencional) os dois tipos de revestimento.

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REFERÊNCIAS

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ANEXO 1

Questionário destinado a funcionários de empresas que trabalham com o sistema de revestimento de fachada monocapa/monocamada/monomassa.

Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso da graduação em Engenharia

de Produção Civil da UTFPR, como parte integrante da pesquisa da aluna Bárbara Banczynski

Salgado, sob orientação do professor Cezar Augusto Romano. As perguntas têm por objetivo obter

dados sobre um sistema de revestimento de fachada novo no mercado da construção civil. É

importante que sejam levados em conta os aspectos da empresa para a qual trabalha/presta serviço

atualmente, pois, se possível, os dados serão utilizados para futuras decisões quanto a opção de

revestimento de fachada a ser utilizado pela empresa.

Os dados dos entrevistados ficarão em sigilo, ficando restritos aos objetivos dessa pesquisa

de graduação.

Responda as perguntas diante da sua opinião e com base na sua experiência.

Empresa que trabalha:

Cargo que ocupa na empresa:

A obra que trabalhou com o sistema de revestimento de fachada monocapa era/é de alvenaria:

O Estrutural O Convencional

Qual sistema de revestimento de fachada era mais utilizado pela empresa para este tipo de obra?

Em quantas obras já trabalhou utilizando esse sistema de revestimento de fachada?

Em sua opinião, quais as vantagens que o sistema monocapa apresenta em relação ao sistema convencional (chapisco, emboço, reboco)?

Você acredita que houve economia de dinheiro ao optar por esse sistema de revestimento? Se sim, quanto você estipula que tenha sido?

Page 48: COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2139/1/CT_EPC_2013... · Segundo Esquivel (2009), a norma referente ao desempenho

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Você acredita que houve redução de tempo de execução da obra ao optar por esse sistema? Se sim, quanto você estipula que tenha sido?

Como você qualifica o resultado obtido pelo revestimento de fachada monocapa, comparando-o com o sistema convencional, do ponto de vista da qualidade da obra:

O Pior O Igual O Melhor

Qual a marca do produto utilizado para executar o revestimento de fachada monocapa?

Os funcionários que executam o sistema de revestimento de fachada monocapa têm um treinamento especial?

Qual a produtividade diária (área de fachada concluída)?

Qual o preço pago por m² de fachada concluída?

Qual a expectativa de durabilidade do produto aplicado?

Qual a expectativa do custo de manutenção?

Page 49: COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2139/1/CT_EPC_2013... · Segundo Esquivel (2009), a norma referente ao desempenho

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ANEXO 2

Questionário destinado a funcionários de empresas que NÃO trabalham com o sistema de revestimento de fachada monocapa/monocamada/monomassa.

Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso da graduação em Engenharia

de Produção Civil da UTFPR, como parte integrante da pesquisa da aluna Bárbara Banczynski

Salgado, sob orientação do professor Cezar Augusto Romano. As perguntas têm por objetivo obter

dados sobre um sistema de revestimento de fachada novo no mercado da construção civil. É

importante que sejam levadas em conta os aspectos da empresa para a qual trabalha/presta serviço

atualmente, pois, se possível, os dados serão utilizados para futuras decisões quanto a opção de

revestimento de fachada a ser utilizado pela empresa.

Os dados dos entrevistados ficarão em sigilo, ficando restritos aos objetivos dessa pesquisa

de graduação.

Responda as perguntas diante da sua opinião e com base na sua experiência.

Empresa que trabalha:

Cargo que ocupa na empresa:

Você já ouviu falar no revestimento de fachada monocapa/monomassa/monocamada?

O Sim O Não

A empresa que você trabalha utiliza o sistema de revestimento de fachada monocapa/monocamada/monomassa?

O Sim O Não

Caso não utilize o sistema, na sua opinião, qual a razão por não utilizá-lo?

Qual(is) o(s) sistema(s) de revestimento de fachada utilizado nas obras que você trabalhou nessa empresa?

Page 50: COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS DE REVESTIMENTO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2139/1/CT_EPC_2013... · Segundo Esquivel (2009), a norma referente ao desempenho

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ANEXO 3

Questionário destinado a empresa Alfa.

Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso da graduação em Engenharia

de Produção Civil da UTFPR, como parte integrante da pesquisa da aluna Bárbara Banczynski

Salgado, sob orientação do professor Cezar Augusto Romano. As perguntas têm por objetivo obter

dados sobre um sistema de revestimento de fachada novo no mercado da construção civil. É

importante que sejam levadas em conta os aspectos da empresa para a qual trabalha/presta serviço

atualmente, pois, se possível, os dados serão utilizados para futuras decisões quanto a opção de

revestimento de fachada a ser utilizado pela empresa.

Os dados dos entrevistados ficarão em sigilo, ficando restritos aos objetivos dessa pesquisa

de graduação.

Responda as perguntas diante da sua opinião e com base na sua experiência.

Desde qual ano a empresa atua com o sistema de revestimento de fachada monocapa em Curitiba?

Em sua opinião, quais os motivos que levam as construtoras a optarem pelo sistema de revestimento de fachada monocapa?

Quantas obras prediais já foram feitas em Curitiba?

Quantas obras prediais estão utilizando o sistema de revestimento de fachada monocapa nesse momento, em Curitiba?

Para quais construtoras prediais foram prestados os serviços de revestimento de fachada monocapa?

Qual o tipo de garantia fornecida para o contratante?

Qual o tipo de treinamento necessário aos trabalhadores para execução do revestimento?

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Qual é a produção conseguida com esse material? (m² de fachada)

Qual é o tempo de garantia do produto?

Há algum serviço de manutenção pós conclusão da obra?