“como vocÊ vÊ seu mundo”

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“COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO” • ÁREAS: Design e Crítica Social• Alunos: Felipe Lauzen, Driely Costa, Suzanne Spim e William Assis• Avaliadores: Bar, Reis, Okida, Vlad, Audrey

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DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE

Nós, Driely Costa de Souza (RG: 39.226.137-6), Felipe Lauzen Monteiro (RG: 48.595.567-2), Suzanne Spim da Costa (RG: 54.507.892-1) e William de Assis da Silva (RG: 42.502.947-5), matriculados no 4° semestre do curso de Produção Multimídia da faculdade Universidade Santa Cecília - Santos/SP, para efeito do que dispõe a Lei 9.610 de 19.02.1998 - Lei de Direitos Autorais -, por este documento, DECLARAMOS que o Trabalho de Finalização de Curso é de nossa autoria e exclusiva responsabilidade e não contém apropriação indevida, parcial ou total, da obra intelectual de outro autor. Santos, de de . Driely Costa de Souza - RG: 39.226.137-6

Felipe Lauzen Monteiro - RG: 48.595.567-2 Suzanne Spim da Costa - RG: 54.507.892-1 William de Assis da Silva - RG: 42.502.947-5

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sumário

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Apresentação .......................................................................................................................................... 07Objetivo .................................................................................................................................................... 09Público ....................................................................................................................................................... 11Justificativa .............................................................................................................................................. 13Justificativa artística ............................................................................................................................. 19Definição .................................................................................................................................................. 27 Gestalt .................................................................................................................................................. 28 Minimalismo ...................................................................................................................................... 32 Cartaz ................................................................................................................................................... 33Pesquisa .................................................................................................................................................... 35Desenvolvimento .................................................................................................................................. 41Criação ...................................................................................................................................................... 49Aplicação .................................................................................................................................................. 73Conclusão................................................................................................................................................. 77Bibliografia ............................................................................................................................................... 79 Comentários ...................................................................................................................................... 81Referências artística ............................................................................................................................. 83Referências bibliográficas .................................................................................................................. 87Agradecimentos .................................................................................................................................... 89

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APRESENTAÇÃO

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Apresentação Como você vê seu mundo?

Durante todo período do curso somos expostos a questões sociais e ambientais. Um projeto com sucata, cartazes em homenagem a tragédias, discussões, relatórios... A todo o momento busca-se formar um profissional que se preocupe com essas questões. Não obstante, aqui estamos.

Dentre uma vasta opção de ferramentas que poderíamos utilizar optamos por aquela que sempre esteve presente nesses engajamentos: o design gráfico. Os jornais, as revistas, as faixas, as placas, adesivos, cartazes, logos, todos compõem o conjunto que é o design gráfico. Muitos deles foram e até hoje estão nas mudanças históricas, nos manifestos e em diversas ações de responsabilidade social.

Na vida urbana em especial, um desses produtos nos chamou atenção por suas peculiaridades: os cartazes. Sua viabilidade, flexibilidade e facilidade de distribuição seja ela impressa ou digital foram os pontos mais decisivos para nossa escolha. Com eles, idealizamos promover a conscientização sobre problemas presentes na vida contemporânea.

Baseado nesse preceito, idealizamos um conjunto de 10 cartazes minimalistas utilizando Gestalt para formar o produto de nosso projeto. Através deles, buscamos reafirmar o papel social do design gráfico, promover conscientização; e consequentemente; a transformação da relação dos cidadãos com tais problemas.

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Objetivo

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Objetivo Como você vê seu mundo?

Nosso projeto busca como objetivo principal promover a conscientização da população sobre diversos problemas sociais através de cartazes. Buscando reafirmar o papel social do design gráfico no Brasil, pretende-se incitar a reflexão sobre problemas sociais como o abuso sexual na internet, a objeção da mulher, os testes experimentais em animais entre outros que permeiam a sociedade.

Em uma realidade agitada e imediatista, a falta de empatia dos cidadãos com os problemas citados tem crescido progressivamente, eles se tornaram tão frequentes que do cotidiano do homem contemporâneo. Nesse contexto, utilizaremos o design gráfico como ferramenta de apoio a nossa ideologia, mobilizar e cogitar uma mudança na concepção dos cidadãos se torna consequentemente uma de nossas metas.

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Público

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Baseado no princípio de que nosso projeto se fundamenta em diversas causas sociais as quais concernem a qualquer indivíduo independentemente de etnia, idade, capacidade intelectual, deficiência ou quaisquer outros aspectos, justificamos nosso público direto e indireto como todo cidadão. Uma vez que nem o cartaz nem nosso objeto de estudo possui restrições, qualquer cidadão é e faz parte do nosso público alvo. O mercado mundial atualmente se volta as questões ambientais e sociais, as normas criadas pela associação brasileira de normas (ABNT) motivam as empresas e organizações a obterem os certificados ISO e consequentemente ampliam a relação dessas organizações com tais questões.

As redes sociais são as principais pioneiras para a divulgação desses assuntos,

elas incorporam um publico misto e representam um percentual de 92% de acesso de um total 48% de todos os habitantes brasileiros de acordo com Portal Brasil do governo federal. Portanto, baseado nesses fatos notamos que nosso mercado não pode se restringir aos ambientes reais, ele deve alcançar também o universo virtual ampliando assim sua propagação. Diretamente, o projeto busca alcançar os cidadãos brasileiros e possivelmente estrangeiros. Indiretamente, se mostra disposto a associações e parcerias com empresas e organizações tendo sempre como prioridade a questão social e não financeira.

Algumas das alternativas idealizadas para aplicação e que descrevem as características nessas diferentes plataformas se encontra no tópico aplicações deste relatório.

Público Como você vê seu mundo?12

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JUSTIFICATIVA

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De acordo com o site data senado, hoje no Brasil, ainda tendo a ciência da lei Maria da Penha por grande parte da população a violência doméstica e familiar representa grande impacto nas taxas de homicídio contra mulheres.

O percentual de negros assassinados no Brasil ainda é 132% maior do que o de brancos de acordo com a Ipea (instituto de pesquisa econômica aplicada). A HSI (Human Society International) afirma que todos os anos ainda 80% do animais são machucados em testes de produtos no mundo. A corrupção chega a R$69 bilhões de reais anualmente nas pesquisas da FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo).

Justificativa Como você vê seu mundo?

Por ano, 6 milhões de pessoas morrem por uso de cigarro no mundo de acordo com a OMS (World Health Organization). Essas e uma vasta lista de fatores que fazem parte do mundo em que vivemos, marcam o lado

obscuro da sociedade. Em meio a agitação da vida contemporânea caminhamos, estudamos e trabalhamos no automático. Multiplicamos o tempo, perdemos momentos, esquecemos de viver. A vida contemporânea nós

prende e nós deixa cego a tais problemas. O entretenimento nós afasta e as preocupações nós limitam, nos tornamos cômodos. Consequentemente, esquecemos de refletir e questionar.

“...num ranking2 de 84 países, ordenados segundo as taxas de

homicídios femininos, o Brasil é o 7.º onde mais se matam mulheres”

(Data senado – secretária de transparência)

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Justificativa Como você vê seu mundo?

Criamos desculpas quando somos questionados, não queremos e não temos tempo para ajudar. Ouve-se “faço minha parte”, “isso não acontece mais”, “o governo tem o dever...” e assim terminamos egoístas e pacíficos. Esse estado de comodidade se propaga e o ser humano se importa a cada dia menos com o meio ambiente, com as pessoas, com o mundo.

Nos noticiários, vemos estupros, roubos, descaso e um arsenal de problemas todos os dias. Nas ruas, o mesmo e muito mais. Todos, acontecimentos que ao fim do dia são esquecidos. Na mídia o mesmo acontece, algumas semanas se vão e com elas as notícias. São acontecimentos tão frequentes que passamos a vê-los de forma comum. Nós aceitamos a comodidade e assim criamos um ciclo sem fim.

Há também, outros problemas que nem mesmo temos conhecimento de sua existência. Eles estão diante de nós, porém não os vemos e não queremos enxergar. Se por ventura uma mulher é violentada em sua casa, o acontecimento fica restrito a ela e o agressor. Em poucos casos existe um final diferente, seja por ameaça, por medo ou até pela ausência de ajuda.

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Justificativa Como você vê seu mundo?

Na mesma vizinhança, nada muda. Os que escutam mantem-se calados, ninguém busca saber ou saberá.

A discriminação racial e sexual está presente em todo momento, nas brincadeiras extrovertidas, nos apelidos, nas formas de tratamento entre outras pequenas ações. Em meio a situações como essas buscamos aceita-las como algo natural mesmo que de alguma maneira nos ofenda, essa atitude cria uma ciclo em que se você reclama o errado é você por se ofender e se você não diz nada as ofensas continuam, a ignorância cresce, o preconceito ganha espaço e a vítima sente-se sem saída. São causas rotineiras e aparentemente superficiais como essas que direcionam a visão da futura geração a qual definira a condição e o progresso de nossa sociedade.

Por esse motivo, é essencial que se tenha a conscientização do que acontece e a mobilização, mesmo que pequena, sobre os problemas sociais. A mudança mesmo sendo gradativa é capaz de gerar um novo mundo.

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É através de um simples papel em um muro que você pode evitar um acidente, encontrar uma resposta e até mesmo abrir os olhos e mudar a si e ao mundo em seu redor.

Sendo assim, nossa proposta de trabalho evoca o ideal social do design gráfico: mobilizar e conscientizar. Nas revoluções, manifestos, viradas históricas entre outros acontecimentos ao longo dos séculos, o design foi amplamente utilizado. Cartazes, faixas, avisos, jornais, revistas, todos esses produtos ampliaram a possibilidade de mudança e a expansão da comunicação entre as pessoas. Eles divulgaram opiniões, avisos, informações e mensagens que foram cruciais para relação do homem com a sociedade e suas consequências. O que seria de Adolf Hitler sem seu arsenal de cartazes, símbolos, cartilhas entre outros conteúdos visuais? E a vida sem design? Sem design gráfico?

Justificativa Como você vê seu mundo?17

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Nos livros de histórias, é evidenciado em demasia as imagens e os símbolos corporais do ditador. Aspectos esses que favoreceram grande parte população alemã a aceitar seu ideal baseado em uma novo recomeço para Alemanha derrotada no período pós primeira guerra. Hitler através de sua equipe promovia vídeos, propagandas, cartazes e slogans que reafirmavam sua ideologia e atraia os alemães a ter orgulho de sua pátria e a defende-la a todo custo.

Justificativa Como você vê seu mundo?18

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JUSTIFICATIVA artística

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Justificativa Artística Como você vê seu mundo?

Dentro de um universo de produtos que o design gráfico nos oferece, os cartazes possuem uma peculiaridade. Munidos de imagens, cores, da linguagem verbal e não verbal e o seu caráter mais artístico, eles são capazes de alcançar e informar as pessoas mais facilmente. Sua forma de aplicação é viável, pratica e simples; pode-se alcançar um maior público, gastando menos, intervindo mais e transmitindo a mensagem com mais afinco.

O cartaz pode estar na rua, no ônibus, nas lojas, nos banheiros, nos hospitais, na internet, nas escolas, no cotidiano da vida urbana e da rural. Ele não se limita a classe social, nível de conhecimento ou território, por esse motivo, muitos grupos sociais o utilizam para propagar suas ideias e concepções. Em 2014, por exemplo, o Brasil foi palco de várias manifestações, cidadãos

foram às ruas munidos de cartazes e faixas com frases simples e atraíram a atenção da população e até mesmo da mídia nacional e internacional. Seu poder de propagação se apoiou na causa e representou a voz dos brasileiros.

Tendo em vista as possibilidades e a flexibilidade dos cartazes, optamos por promover através deles a conscientização da população sobre os problemas sociais em que vivemos.

A princípio pensamos em fundamentar e expor apenas um problema social, contudo ao analisarmos o contexto do mundo em que vivemos, com a facilidade de obter informações e a nova relação com o tempo-espaço, decidimos abranger diversos aspectos dos problemas sociais.

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Justificativa Artística Como você vê seu mundo?

É um risco calculado porque ao abranger o projeto em tantos assuntos, poderíamos afetar a qualidade da produção textual, no entanto, ousamos investir porque sabemos das múltiplas funções que o design gráfico consegue atingir através da arte e das tecnologias. Além disso, consegue-se ampliar o efeito.

Pretendemos oportunizar a conscientização através de um conjunto de ações que é a produção e exposição dos cartazes, queremos através deles incitar a reflexão sobre problemas sociais com a utopia de transformar o mundo em que vivemos. Sabemos que não será a solução, sobretudo é válida a iniciativa. Como diz o ditado popular: “São pequenas ações que mudam a sociedade.”.

Sendo assim, para representar nosso ideal escolhemos primeiramente as características físicas dos cartazes de acordo com seu meio de divulgação e aplicação. A primeira delas, foi o tamanho A3. Ele compreende uma proporção adequada a aplicação e leiturabilidade nos meios em meios como o mural, as paredes e os ambientes sociais em geral.

A gramatura 150g, por sua vez, se justifica na qualidade do material, um papel mais rígido conduz maior durabilidade e resistência ao se tocar e transportar. Com proposito de evitar que a luz ambiente incidida sob o papel atrapalhasse a leitura e causasse incomodo ao leitor, como acontecem com os papeis mais brilhosos, nós optamos pelo acabamento fosco.

Ao que se trata de princípios conceituais, escolhemos unir o estilo minimalista e a Gestalt para compor nossos cartazes.

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Justificativa Artística Como você vê seu mundo?

A Gestalt é uma ciência que estuda a percepção humana, segundo o princípio básico de sua teoria, a interpretação de uma imagem por inteiro se difere da interpretação da mesma como um conjunto de elementos. Ou seja, ao ler uma imagem como um todo se tem uma interpretação.

Quando a mesma imagem é lida como partes que formam um conjunto, tem-se outra interpretação.

Através dessa característica a Gestalt é capaz de gerar curiosidade no leitor. O uso de Gestalt em logos, artes e produtos são assuntos apresentados com frequência em grupos e nas redes sociais. Ela está nas imagens que possuem ilusão de ótica, nas explicações criativas de logos como o supermercado Carrefour e também nas composições gráficas dos sites. As imagens em Gestalt se utilizam de ferramentas que atraem o olhar e a leitura curiosa, e são capazes de carregar diversos significados.

Nesse quesito, a Gestalt se justifica na capacidade de atrair o nosso público alvo através da curiosidade.

Além disso, por sua característica de composição de imagem pode-se ter maior liberdade de interpretações sob um tema especifico. Um cartaz sobre o desmatamento de arvores, por exemplo, pode transcender esse tópico por unir elementos distintos que compõem a imagem. Imaginemos que neste cartaz há duas serras que juntas compõem uma arvore. O leitor pode ver dois objetos distintos que possuem uma interpretação, mas que juntos descrevem outra informação. Sabe-se que se trata de natureza, destruição e problemas gerados pelo homem.

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Justificativa Artística Como você vê seu mundo?

Por ser apresentada de forma não verbal, a informação é capaz de gerar diversas interpretações. O homem lê as formas baseado na sua memória imagética se associações que ele é capaz de fazer, como por exemplo a capacidade de ver rostos e objetos na formação das nuvens. Essa capacidade de interpretação múltipla não elimina porém a noção do tema proposto.

Ao contrário, ele se soma gerando novas interpretações. Por esse motivo, a Gestalt abre um leque de interpretações correlacionadas que agregam conteúdo ao projeto e auxiliam na ideia de que a forma como o leitor interpreta os cartazes é inteiramente relacionada com seu jeito de ver os objetos e de enxergar o mundo ao seu redor.

O conceito minimalista dos cartazes estão presentes na leveza e no aspecto limpo das artes. A escolha de uma única cor, as linhas e os espaços em branco também justificam esse estilo. Além disso, seu aspecto visual é capaz de contrastar com o ambiente urbano e a agitação do cotidiano, gerando destaque perante os outros.

O estilo minimalista é responsável também por gerar a sinestesia através das cores e formas. Nesse sentido, a cor proposta para cada cartaz foi escolhida para representar a sensação que o problemas social representa de acordo com cada tópico. A exemplo, um cartaz que trata do assedio virtual, transmite uma sensação sexual e triste. Sendo assim, uma cor fria e que represente o apelo sexual, seria uma escolha adequada a este cartaz. As formas, por sua vez, são simples e leves. Curvas necessárias e espaços limpos se fazem presentes para gerar a Gestalt.

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Page 24: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Justificativa Artística Como você vê seu mundo?

Idealizando um produto que engloba qualquer cidadão também gostaríamos que todos os cartazes fossem apropriados a qualquer cidadão, inclusive os deficientes. Hoje no Brasil de acordo com o censo 2012 do IBGE cerca de 23,9 % do brasileiros possui algum tipo de deficiência, isso representa 45.606.048 de brasileiros.

Todos nós somos iguais e fazemos parte da sociedade, a contribuição pode vir de todos cidadãos, mesmo que pequena. Uma vez que nosso projeto trata diretamente com o cidadão, excluir uma categoria seria incoerente. Sendo assim, idealizamos algumas soluções viáveis para atender a todos.

Primeiramente aos deficientes visuais, utilizaríamos uma nova camada de papel em alto relevo que se sobrepõe aos espaços em branco que compõem a Gestalt.

Aos deficientes motores, a aplicação dos cartazes a uma altura ideal seguindo o conceito de ergonomia será eficaz para auxiliar na leitura dos cartazes. Enquanto aos deficientes mentais, buscamos uma alternativa mais participativa. Dentro dos centro de tratamento buscaríamos através de jogos e atividades utilizar os conceitos psicológicos do Gestalt para estimular e tratar sinestesicamente.

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Justificativa Artística Como você vê seu mundo?

Para representar todo teor do nosso projeto buscávamos um nome que somasse com a proposta visual, que é definida pela forma que o público lê e interpreta esses cartazes.Além disso, um apelo mais descontraído e amigável era essencial para que os cartazes pudessem ser mais atrativos. Escolhemos então o seguinte título: “Como você vê seu mundo?”.

Ao ponto que ele é informal, ele também carrega um conteúdo que convida o público a pensar na questão do seu olhar perante o mundo. A questão é capaz de gerar curiosidade e levar o leitor a querer entender do que se trata especificamente. Nesse ponto, já cativamos nosso público a conhecer o projeto.

A escolha do pronome possesivo na terceira pessoa “seu” no lugar de um artigo definido com preposição como “no”, torna o título ainda mais íntimo e direto ao relacionar a visão do leitor sobre a forma como ele vê e interpreta seu mundo, um mundo dentro de seu intelecto.

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Justificativa Artística Como você vê seu mundo?

A visão dos cidadãos pelo mundo é inteiramente relacionada a suas ações e ideias. Portanto, convida-los a refletir sobre a forma em que o enxergam, consequentemente, altera sua concepção sobre o mundo, incitando mudanças.

Abaixo tem-se o processo de criação do logo:

Logotipo

Na questão artística nosso logo foi formado por uma tipografia mais regrada baseada em formas exatas e hastes uniformes, o que confere a ele uma visão mais moderna e descontraída. Dentro de um balão que forma um ponto de interrogação transmite uma aspecto cômico caracterizado nas HQ’s, dessa forma se torna mais atrativo e corresponde a ideia proposta com ele.

O conjunto de elementos que foram elencados acima compõe nosso projeto de conclusão de curso.

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Definição

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A Gestalt é um meio que atua na área da teoria da forma. O design gráfico ou qualquer outro tipo de design utiliza as normas da Gestalt em diversas vezes, o tempo todo, muitas vezes até de forma inconsciente. Ele ajuda as pessoas a assimilarem e entenderem a mensagem que é passada, seja através do design gráfico, web design, representação gráfica, fotografia ou qualquer outro meio.

O que significa a palavra Gestalt? É uma palavra de origem alemã que significa “forma”, onde pode ser traduzida aproximadamente como “forma total” ou “forma global”. A Gestalt surgiu no início do século XX, na Alemanha, e o mesmo foi adotado pelos psicólogos que fizeram o seu significado ampliado para o “unificado”, ou seja, a percepção da unidade de vários outros elementos.

Definição Como você vê seu mundo?

Quem fundou o Gestalt? O conceito da Gestalt foi introduzido na psicologia contemporânea e filosofia por Christian von Ehrenfels, mas o verdadeiro fundador foi Max Wertheimer, cujo trabalho surgiu em resposta ao estruturalismo de Wilhelm Wundt. A Gestalt teve influência de outros grandes idealizadores como Immanuel Kant, Ernst Mach e Joham Wolfgang von Goethe.

Qual é o princípio básico da Gestalt? Um dos principais quesitos da Gestalt é tornar mais claro o que está implícito, permitindo assim que todos tenham consciência da maneira como se comportam aqui e ali, antes e agora, na fronteira do contato com o seu meio. Trata-se de dar continuidade do processo em seu curso, observando atentamente os “fenômenos de superfície” de sua interpretação. Além disso, a Gestalt é o conjunto de entidades físicas, biológicas, fisiológicas ou simbólicas que juntas formam um conceito e padrão, que é maior do que a soma de suas partes.

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Para que serve a Gestalt? O mundo visual é relativamente completo, de forma que o cérebro humano desenvolveu alguns métodos para lidar com isso. Uma das formas que a nossa cabeça faz para poder aplicar a Gestalt, é através da formação de grupos que possuem uma característica em comum. Mas aí é que está: quantos grupos se formam e quais efeitos eles possuem na nossa percepção? Quanto mais forte o grupo, mais intenso a Gestalt é. É este grupo que contribui para a unidade no design. Além da Gestalt ser a ferramenta mais poderosa que o designer tem para criar, ela trata-se do fenômeno da percepção da forma através da interpretação do nosso cérebro e do efeito da imagem em nossa retina.

Definição Como você vê seu mundo?29

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Definição Como você vê seu mundo?

Quais são as leis da Gestalt? A Gestalt é composta por 8 princípios básicos, entre elas:

Lei da Proximidade: São elementos que são agrupados de acordo com a distância que se encontram uns dos outros. Os elementos que estiverem mais perto de outros em uma região, tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distantes de seus similares.

Lei da Semelhança: São eventos semelhantes que agrupam-se. Essa semelhança dá-se por conta de intensidade, cor, tamanho, forma, peso, etc.

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Page 31: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Definição Como você vê seu mundo?

Lei da Continuidade: Essa lei dita que pontos que estão conectados por uma linha reta ou curva são vistos de uma maneira mais suave. Em vez de ver linhas e ângulos separados, linhas são vistas como uma só.

Lei da Pregnância: É conhecida também como Lei da Simplicidade. É a mais importante de todas, ou pelo menos, a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas de forma mais simples. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.

Lei do Fechamento: É o conceito de um fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto. Logo, nossa mente tenta ver um objeto fechado, mesmo quando não há um.

Lei da Unidade: Esta lei diz respeito ao conceito de um elemento, que pode ser construído de uma única forma, ou de várias formas que constroem esse elemento.

Lei da Segregação: Diz respeito a função que o cérebro tem de captar, destacar, notificar e perceber informações dentro de uma unidade.

Lei da Unificação: A unificação é a junção, sintonia dos elementos visuais que resultam em um produto. Quanto mais equilibrado são os elementos, mais sensação de unificação dá à informação.

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Definição Como você vê seu mundo?

O que é Minimalismo? A palavra Minimalismo vem de uma formação de movimentos artísticos, científicos e culturais que marcou história em vários momentos no início do século XX, dando continuidade e força no início da década de 1960 nos Estados Unidos. Começou com a característica principal de tornar as obras mais objetivas, básicas, claras, simples e mínimas, com uso de poucos elementos para expressar sua ideia através do mesmo. O movimento minimalista teve grande influência no design, nas artes visuais, nas programações visuais, na música, na literatura, na arquitetura, no desenho industrial e na tecnologia.

Durante o século XX, na história da arte, houve três impactantes tendências que marcaram o minimalismo daquela época: o construtivismo, o modernismo e a vanguarda russa. Os construtivistas procuravam uma

linguagem universal da arte por meio da experimentação formal, que poderia ser absorvida por toda a humanidade. Já na segunda e mais importante fase do movimento, artistas como Sol Lewitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson, procuravam estudar dentro da produção as possibilidades estéticas a partir de estruturas bi ou tridimensionais para suas obras. Principais características do Minimalismo Este movimento deu-se por conta da elaboração de obras (pinturas, esculturas, músicas, peças de teatro) com a utilização do mínimo de recursos, poucas cores nas pinturas e uso abusivo de formas geométricas nas artes plásticas. Na música minimalista, produziam poucas notas para valorizar a repetição sonora, e em suas obras o intuito era a utilização de cores neutras para valorizar as formas geométricas. Já a literatura, era caracterizada pela economia de palavras, onde os autores minimalistas evitavam advérbios.

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Definição Como você vê seu mundo?

O que é o Cartaz? Cartaz, que também pode ser chamado de “pôster”, é um aviso ou um anúncio, escrito ou impresso, através de uma linguagem verbal ou não-verbal, que chama a atenção do público através de um produto ou uma informação visual. Essa informação normalmente é divulgada em lugares públicos, visando a Propaganda (que poderia ser um cartaz de uma agência) e a Publicidade (que pode ser marcado um convite para uma reunião), além de ser importante para atrair movimentos de caráter político ou artístico.

Foi marcado com o seu primeiro cartaz impresso em 1480, onde no século XX, teve grande importância no design moderno e no design russo, onde marcou história na escola alemã de design, Bauhaus.

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Para que serve o Cartaz? O cartaz tem como principal função informar (trazer novas informações), orientar (direcionar o público), anunciar (apresentar um novo produto) e sugerir uma informação na qual pode ser transmitido para todos, comunicando através da cor, do tamanho, da imagem, do desenho, do traço e das palavras, algo que seja de seu interesse.

Pode também ser classificado entre promocional, publicitário ou educativo. O cartaz promocional consiste em promover um produto ou atrair a atenção do público para determinados assuntos. O cartaz publicitário é criado de forma sofisticada e complexa, dando prioridade para textos e imagens. Já o cartaz educativo, são usados em escolas e universidades, com o intuito de tornar-se compreensível o estudo de novos conceitos e de esclarecer conteúdos didáticos.

Definição Como você vê seu mundo?34

Page 35: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Pesquisa

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Pesquisa Como você vê seu mundo?

Durante a concepção deste projeto foi necessário aprimorarmos conceitos aprendidos durante toda graduação. Dentre eles, rever as linhas de estudo de cor, aplicar a história do design, a definição e aplicações do Gestalt, algumas ferramentas de software entre outros. Para todos, nos baseamos em livros, sites e principalmente no material disponibilizado pelos docentes.

No que se trata aos cartazes, notamos que como designers era preciso ter algum material empírico que comprovasse a eficácia de nosso projeto. Sendo assim, idealizamos alguns testes que pudessem nós comprovar que os cartazes passavam a informação proposta e principalmente se ele exercia o efeito que desejávamos aos leitores. Escolhemos então realizar um teste sensorial. Esse teste se compôs do conjunto de cartazes sem quaisquer informação textual e duas questões.

Respeitando as regras de propagação dos cartazes antes de sua entrega e apresentação aos docentes, organizamos um teste com alguns indivíduos que compõem o nosso público alvo para analisar os cartazes através de imagens em nossos aparelhos eletrônicos.

Para nós certificarmos de que a imagem em Gestalt dos cartazes exerciam seu papel, convidamos nosso cobaias a descrever alguns dos dez cartazes e dizerem o que eles consideravam ser. Eles não eram instruídos do que se tratava apenas que deveria nos dizer o que eles entendiam e em seguida tentar relacionar a imagem a algum problema social, buscávamos desta forma analisar sua capacidade de leitura e averiguar as possíveis interpretações sobre cada cartaz.

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Pesquisa Como você vê seu mundo?37

Page 38: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Pesquisa Como você vê seu mundo?38

Page 39: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Pesquisa Como você vê seu mundo?39

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Analisados amplamente, as entrevistas demonstram que o objetivo de propor diversas interpretações ao tema proposto foi alcançado, de modo geral todos relacionaram a elementos que englobam a mensagem pretendida. Ao que condiz com a interpretação, notamos que a proposta de interpretações baseadas no modo de ver do indivíduo foi alcançada. Em alguns casos as relações criadas fugiam muito do tema proposto, por isso, voltamos ao software para aplicar as mudanças necessárias a atender mais claramente a mensagem requerida.

Cremos que com o auxílio do logo, a intensão de demonstrar que a forma como vemos o mundo determina o que queremos ver será reafirmada. Baseado em resultado empíricos, pudemos realizar os ajustes necessários e comprovar a eficácia de nosso projeto em sociedade com maior veemência.

Pesquisa Como você vê seu mundo?40

Page 41: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Desenvolvimento

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Em um brainstorming surgia nossa ideia e nela a preocupação de seguir um processo de criação que fosse eficaz. Palavras e conceitos foram e vieram. No meio do processo chegamos a uma conclusão: o melhor método para criação é não seguir o método regrado. Existem inúmeras formas de criar e cada um de nós possui artifícios distintos para fazer isso. Seja na união de diversos processos ou diretamente no papel e na mão. Por isso, não nós restringimos a seguir o mesmo. Parte de nós preferia referências reais, outros uma criação introspectiva e até um brainstorming visual. Sendo assim o processo descrito aqui descreve o que ocorreu por todos em comum, contudo conjunto a eles muitos de nós utilizamos outros meios de referência, imersão e desenvolvimento.

Na pré-produção, foi essencial que nós reuníssemos para discutir sobre o tema de nosso projeto. Tratando de problemas consequentes ou diretamente causados pelo homem, o exercício de reflexão dentro do grupo pautou o primeiro processo de nossa criação. Nesse momento, todos seguiam o mesmo ponto.

Desenvolvimento Como você vê seu mundo?42

Page 43: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

A imersão no conteúdo através de pesquisas online, conversas com amigos e familiares, a discussão entre os membros deste grupo, entre outras formas, nos trouxe a uma lista. Abaixo os temas que nossos encontros geraram:

• Individualidade• Falta de ética• Consumismo• Alienação• Dependência tecnológica• Estereótipos de beleza• Discriminação sexual (homofobia,

machismo, transfobia)• Trabalho escravo• Corrupção• Maus tratos aos animais• Violência contra mulher• Imediatismo• Pedofilia• Discriminação de raça/etnia

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Logo após, buscamos um link de imagem, objetos e formas com os temas através de referências visuais e sinestésicas. Pesquisas online, uma reflexão sobre algum objeto, viagens, música ou qualquer elemento que nós ajudasse a obter resultados. Nesse ponto, alguns de nós por obter maior facilidade optou por ir diretamente para os rafes.

A produção de rafe em geral aqui se iniciava. Primeiramente, unimos imagens que remetessem ao sentimento ou a própria ação que tal problema social exerce. Através de esboços buscamos uni-las com objetivo de formar um elemento em Gestalt. Esse processo foi um tanto árduo pela questão da Gestalt. Muitos encontros e discussão contudo, nós trouxe aos rafes que podem ser vistos a seguir:

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Depois de um resultado palpável então fomos as análises. Cada um do grupo mostrou suas criações e através da leitura da imagem pelo companheiro pode ajustar e refinar seus rafes. Foi uma etapa de aperfeiçoamento e alinhamento do estilo, das formas e das ideais por trás de cada rafe. Nesse momento também aproveitamos para utilizar pessoas fora do nosso projeto e nos certificarmos que a imagem informava o que queríamos. A sabia pergunta “O que você acha que é isso?”, “Do que você acha que se trata?” ... E assim não corríamos o risco de sermos mal compreendidos. Foi nesse período em que consultamos alguns professores e pudemos melhorar o projeto.

Com os rafes prontos partimos para produção do cartazes. A escolha do software foi sob decisão unanime do grupo, visto a facilidade e o conhecimento da ferramenta por todos.

A produção seguiu a mesma proposta do rafes. Após as artes criadas, analisamos e ajustamos. A final, precisávamos escolher as cores e definir se os cartazes teriam algum texto ou não.

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Visto que nossa proposta desde o inicios eram cartazes minimalistas e o texto poderia causar desequilíbrio visual causando um desvio involuntário, decidimos abandonar a inserção de textos. Essa escolha ao ponto que pode tornar os cartazes extremamente clean e causar uma abordagem muito vasta, foi suprida pelo logo do projeto que fica discreto e não afeta na leitura.

Ao fim, buscamos uma linha de estudo das cores para ser aplicada aos cartazes de forma coerente. Nesse último processo também revisamos a impressão e fizemos os últimos ajustes necessários.

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Criação

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Criação Como você vê seu mundo?

Amplamente em todo processo de produção os conceitos adquiridos durante toda formação foram de extrema importância, em especial alguns pontuais que se relacionam as disciplinas especificas e tem relação direta com nosso projeto. A exemplo, temos as disciplinas de design gráfico, fotografia, produção multimídia, design e meio ambiente, e criação.

Todos cartazes seguiram os alguns critérios como padrão. A seguir tem-se quais são e suas razões:

Cor única e espaço branco: A escolha de ambos se justifica pelo caráter minimalista e intencional de manter a sinestesia da cor, além de tornar a Gestalt mais pura evitando ao máximo a influência nas possibilidades de interpretação.

Formas chapadas: Marcam o espaço negativo da Gestalt e contribuem para leveza na arte.

Canal de comunicação sinestésico: Através da proposta de leitura dos cartazes, o canal sinestésico se adequa da melhor maneira. Demonstrar ao leitor que sua interpretação sobre o cartaz é inteiramente relaciona a sua experiência com a forma, a cor e a mensagem torna o processo intrinsicamente sinestésico.

Estilo minimalista: Evita conflitos visuais e possibilita maiores possibilidades de leitura, já que não possui muitos elementos que podem direcionar a interpretação sobre o cartaz.

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Criação Como você vê seu mundo?

Historia da arte: Dentro do contexto histórico, inserimos nosso projeto na sucessão dos movimentos que aconteceram durante o abstracionismo. A tendência das formas e cores chapadas de Piet Mondrian, Wassily Kandinsky e a própria Bauhaus foram de extrema importância para afirmação da tendência minimalista. Por esse motivo, pode-se dizer que o minimalismo foi um nascimento gerado através da evolução do abstracionismo e pautado em sua identidade visual.

História do design: Cremos que nesse sentido a melhor exemplificação visual e conceitual seja a Bauhaus. Sua proposta pautada pela forma, pela função e pela cor são os símbolos pelos quais nossos cartazes se utilizam. A escola foi pioneira nas inovações e na propagação do design no mundo. A cor, a forma e o conceito como ferramenta de trabalho e comunicação é até hoje pregada nas universidades e cursos.

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Criação Como você vê seu mundo?

Tipografia: A tipografia utilizada nos cartazes encontra-se apenas no logo, ela auxilia na leitura e propicia uma melhor relação de cada imagem no cartaz com o objetivo de leitura idealizado. A sua aplicação sem serifa transmite uma ideal moderno, a base de suas linhas remetem a um aspecto regrado nas formas circulares e quadradas, o que traz a ela e a moldura ao seu redor uma aparência cômica e descontraída. A justificativa do logo se encontra na sessão de justificativa artística deste relatório.

Papel: O papel escolhido foi couchê fosco 170g. A escolha de cada um dos elementos desse papel está apresentada na justificativa. Contudo, reafirmamos que a gramatura escolhida confere ao produto robustez e qualidade final. Fosco, para evitar reflexos e brilho indesejado na leitura e o papel couchê por sua versatilidade e custo benefício.

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1 -Experimento em Animais

Buscando representar o uso de animais em experimentos com produtos cosméticos, medicinais ou para fins científicos, reunimos três símbolos que se relacionam com a ideal visual: o coelho, uma lagrima e uma seringa. Como pode ser visto no esquema ao lado.

Primeiramente, neste cartaz temos um linha de leitura da esquerda para direita, o que confere um sentindo de movimento ao animal. O sentido de leitura dos cidadãos ocidentais leva em conta essa ordem, portanto, levando em conta que se tem um espaço limpo do lado direito e que o coelho encontra-se exprimido no lado esquerdo do cartaz pode-se concluir que essa justaposição gera sinestesicamente o sentido de movimento.

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Além disso, o uso de espaço em branco que forma o coelho em gestalt se insere em seu sentido psicológico simbolizando o socorro e o pedido de paz perante aos maus tratos e as formas desumanas as quais são submetidos. A seringa junto a uma lágrima em gestalt sob a cor vermelho sangue foram idealizados propositalmente, eles representam o vermelho que em uma associação material da cor se em que se relaciona diretamente a cor do sangue. No sentido psicológico, representa a agressão, a ação de machucar e causar danos. O choro, vermelho, acentua o conceito triste no sentido figurado de uma lágrima de sangue.

O perfil sinestésico encontra-se no excesso do vermelho aplicado, tem-se a sensação de exagero, pode-se relacionar com cheiro do sangue, como um grito do animal. Se analisarmos o cartaz por contexto narrativo podemos deduzir que pelo animal não possuir nariz ou boca, ele não pode pedir ajuda ou respirar, consequentemente está morto. O sangue sobre todo cartaz reafirma essa conclusão e a seringa acentua a causa deste problema.

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2 - Manipulação Religiosa

O tema deste cartaz faz referências aos casos velados pela igreja ao longo da história, pretende-se através dele incitar a reflexão sobre o sigilo e consequentemente também a castidade que a igreja impõe aos fies. Vale ressaltar que não pretendemos direcionar uma crítica a alguma religião em especifico, mas propiciar no leitor uma reflexão através de dois elementos que possuem relação simbólica com a religião ocidental: uma fechadura e um chapéu de cardeal em gestalt. Ambos presentes pela relação cor de objeto e cor de fundo.

A escolha do chapéu de cardeal foi meramente simbólica, visto que essa figura marca no mundo ocidental um dos símbolos da igreja e consequentemente carrega consigo a ideia de religião.

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No objetivo dentro do cartaz ela se apresenta como referência a relação de poder religioso e soberania.

No que se refere a fechadura propomos uma relação com a ideia de estar trancado, tem-se por indução a sensação de que se guarda algo, como um cadeado protege o que há dentro de uma maleta. A posição da fechadura encontra-se também onde poderia ser o nariz de um rosto, sua colocação proposital se justifica para identificar de uma pessoa junto ao chapéu.

A cor branca que compõe essa figura se insere em seu sentido psicológico, remetendo-se a paz e pureza. Nesse caso, assim como o cartaz 1 pretendemos disseminar uma mensagem de harmonia entre os problemas religiosos. A cor de fundo por sua vez, enfatiza o ideal de mistério e vergonha. Um amarelo sujo e tendendo ao marrom, representa sinestesicamente uma sensação de enjoo e desconforto. A linha de leitura central soma-se a ideia de doutrina e tradicionalismo proposta ao cartaz. De modo geral, as associações feitas ao tema durante as pesquisas giram em torno do tema religião.

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3 - Desmatamento

O desmatamento em demasia é a mensagem principal do cartaz 3, nele busca-se fazer relação com três objetos: dois serrotes e uma arvore ao meio formada pela gestalt.

As linhas da serra são pontiagudas e grossas na base, o que confere a elas uma sensação de rigidez e agressividade na forma, através de conceitos do estudo das linhas elas podem também representar agitação e raiva o que enfatiza a proposta. Além disso, se observarmos a ponta superior onde se inicia um zig-zag até seu fim, podemos fazer uma relação com o constante crescimento das derrubadas ilegais.

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Ao que convém as cores, tem-se um tom de verde com porcentagem significativa de amarelo que transmite por associação material as folhas mortas e secas descartadas pela natureza, é por essa relação que consegue-se através da cor enfatizar a proposta sobre o desmatamento.

O branco por sua vez, representa a relação psicológica de paz assim como nos outros cartazes. A linha de leitura proposta se justifica na disposição proposital que gera uma sensação de pressão e força dos serrotes contra a arvore, é também por esse motivo que ambos encontram-se ligeiramente inclinados.

O caractere sinestésico encontra-se no excesso desse verde lavado que transmite a sensação de folhas velhas e sem vida ao chão e também ao cheiro de mata que morre e se prepara para nascer de novo.

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4 - Consumismo

O quarto produto de nosso projeto incita em primeiro plano a reflexão sobre a pesca ilegal em que o dinheiro sobrepõe a preservação da vida, em segundo plano pode representar a relação mais ampla no lucro através de animais sem crédulo ou preocupação ambiental.

O cartaz possui dois elementos: são os arpões e os peixes que juntos formam em gestalt o símbolo do cifrão. Os arpões além de contribuírem na formação do cifrão, representam a morte desses animais, quando analisados de perto vemos dois sinais nos olhos dos peixes que reafirmam o estado de vida de ambos.

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Os peixes unidos representam a letra “s” e vistos separadamente são representação de dois animais mortos, podemos também relaciona-los a simbologia de prosperidade presenta na história bíblica e na nota de cem reis brasileira.

O azul em tom escuro possui uma relação material com as aguas do mar, aguas negras e frias. Nesse ponto, pode-se dizer que a imensidão azul representa simplesmente o lugar onde os peixes se encontram. Ao que concerne a característica sinestésica tem-se a frieza da cor azul, a sensação de tristeza mas ao mesmo tempo silenciosa como as ondas do alto mar durante a noite. O branco se contrasta marcando a colocação dos peixes feridos em destaque e representando um chamado de paz a valorização do capital acima da vida.

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5 - Assédio Virtual

O abuso sexual através da internet nomeia nosso quinto cartaz, nele vemos um conjunto de elementos que possuem relação com o tema. Desses elementos temos: Um órgão reprodutor masculino representado como o botão scroll de um mouse, o mouse em si e indiretamente outros possíveis objetos.

Este cartaz foi um dos que mais geraram interpretações múltiplas, apesar disso foi um dos que mais circundou a questão proposta. A presença do órgão masculino simboliza o assédio sexual exercido na web, através dos sites, webchats e principalmente por perfis fake, crianças e adultos sofrem diariamente seja por pedofilia, por propagação de conteúdo íntimo ou simplesmente por repercussão nas redes sociais.

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A relação em gestalt dos objetos propicia uma gama de novas interpretações a cada detalhe, é claro sobretudo que o órgão e a silhueta do mouse se mantem em destaque. Além disso, é possível notar que a forma do mouse foge do padrão real, essa modificação foi idealizada com intuito de transmitir subliminarmente a sensação sexual através das curvas.

A linha de leitura centralizada e a posição do mouse de cabeça para baixo, nos coloca como observadores de tal pratica, temos a sensação de observar de cima um mouse a espera de uma mão. Além disso, a tonalidade rosa transborda pela fisiologia do alto teor de amarelo na cor uma sensação de choque e ao mesmo tempo um sinal de infantilidade e agitação.

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6 - Opressão contra a Mulher

A visão da mulher como objeto em sociedade, uma concepção machista que é ditada na mídia, nos comercias de cerveja, nas portas de loja, nas propagandas e inclusive pelos próprios cidadãos. Buscamos com este cartaz representar a mulher presa a um alicate em gestalt, essa relação pode incitar uma ampla lista de interpretações, como o tema proposto ou mesmo o estereótipo de beleza imposto as mulheres. Todos ao fim permeiam o assunto mulher em sociedade.

A silhueta da posição lateral da mulher em gestalt foi aplicado após diversos testes, ao fim escolhemos esse por demonstrar um apelo sensualista e marcado pelos seios e glúteos os quais são evidenciados pelo mídia como sinônimo de beleza e perfeição.

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O alicate representa a mulher sendo ajustada como uma peça, por esse motivo seu formato interno de encaixe possui os seios e os glúteos evidenciados.

Pode-se dizer que ele se restringe a uma padronização de mulheres e ao marcar isso em sua forma conclui-se que aquelas que seguem esse padrão ou que indiretamente são assim são usadas pela mídia e pela sociedade como peças de um maquinário. Maquinário que remete-se ao sistema de escravidão do homem para com o capital em que tudo para ganhar mais, inclusive tendênciar o papel da mulher em sociedade é valido.

A cor roxa ao fundo, em sentido afetivo busca representar a sensualidade ao extremo, o excesso de roxo exprime uma sensualidade forçada e triste. O branco neste cartaz em especifico se insere com seu caráter fisiológico, formada pela soma de todas as cores luz ele é capaz de causar desconforto e irritação o que concretiza a condição da mulher nesse contexto social.

A linha de leitura central se apoia em uma única causa, enaltecer a figura da mulher no centro do alicate transmitindo a ideia de que por mais que a mulher esteja presa ela não permite que o alicate a manipule. A formação em gestalt consegue transparecer que ao mesmo ponto que ela está dentro, ela parece se destacar perante ele.

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7 - Corrupção

Em meio há pronunciamentos do governo em afirmar que o país encontra-se estável e os relatos dos noticiários demonstrando os juros altos, os cortes de gastos, as novas medidas econômicas entre uma serie de atitudes, nós faz concluir que a situação atual não encontra-se nem um pouco equilibrada. O país passa por um crise de má administração e gestão e em meio ao agravamento desses problemas já antes identificados, tenta remediar.

Sendo assim, o conjunto do prédio do planalto em Brasília junto a forma de uma balança buscam incitar no leitor o questionamento e a reflexão sobre os problemas políticos e econômicos atuais.

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O prédio do planalto com uma reta em seu topo carregando dois pesos representa em gestalt uma balança e é capaz de demonstrar a falta de equilíbrio em que vive o governo brasileiro, metaforicamente, é exatamente o que ocorre hoje no país, a economia e a política se mantem em constante desvalorização e desequilíbrio econômico.

A balança por outra perspectiva pode ser relacionada também a questão da justiça e ao governo. Nessa visão teríamos outra possível interpretação da imagem.

A cor escolhida pode propor um ideal de pacifismo o qual o governo busca passar, contudo vemos que essa não é a realidade atual, por esse motivo ao analisarmos através da visão fisiológica temos a representação da lentidão e a calma com que as mudanças e a própria justiça é aplicada no país.

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8 - Tempo é Dinheiro

O tempo e o dinheiro, são os controladores da sociedade contemporânea. Esse cartaz busca a reflexão sobre nossa relação com o tempo e o dinheiro. Trabalhamos e gastamos em ciclo sem fim, o tempo corre contra nós e nesse ritmo terminamos velhos e desgastados para o sistema capitalista.

Nosso cartaz se utiliza de uma ampulheta e um saco de dinheiro para representar essa relação do homem com tais questões. No saco de dinheiro podemos notar a presença de uma nota que indiretamente nos remete as etiquetas das lojas em geral, nesse contexto temos o dinheiro como um produto que deseja ser alcançado mas que se torna fracionado e maleável como uma areia em nossas mãos.

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A ampulheta se insere como símbolo de tempo e com a ajuda da cor amarela do cartaz pode-se apoiar para ter a relação material com a areia e psicológica com ideia de emergência e desespero. O amarelo esverdeado também pode ser comparado a cor de um rosto doente que sofre por uma enfermidade.

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9 - Indústria Alimentícia

Nosso quinto produto fala sobre o cultivo e a produção de carne, esse processo é duramente criticado por ONG’s e entidades que buscam defender os animais que são cultivados para abate. Os animais são submetidos a um processo 00 em que o único objetivo é gerar capital, seja alimentando os animais com suplementos para gerar mais carne, seja aplicando substancias e até mesmo arrancando o couro do animal ainda vivo. Nesse contexto, idealizamos esse cartaz que forma em gestalt 3 elementos: um porco de cabeça para baixo, duas chaminés de indústria e um bacon.

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O porco inverso além de contribuir para formação das chaminés, representa no contexto histórico a forma como os animas eram amarrados a um pedaço de madeira e cozinhados e além disso, pode ser associado ao representação do animal morto. O bacon que divide o animal ao meio, possui uma representação irônica ao que ser formado pelo corte do porco.

A medida que se forma o bacon, se corta e dilacera o animal. As chaminés presentes com suas fumaças dos dois lados simbolizam em primeira instancia a indústria e seus processos, porém ao analisar o todo notamos que se trata também das patas do animal.

A cor laranja em seu lado fisiológico auxiliam na digestão de alimentos por provocar maior produção de acido no estomago, nesse aspecto o excesso dessa cor no cartaz transmite subliminarmente uma ironia ao se relacionar com a morte do porco e o produto que será gerado.

Dentro da sinestesia, o tom de laranja é forte e remete ao fogo, ao calor e a agonizante ação de queimar desse animal no processo industrial.

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Criação Como você vê seu mundo?

10 - Comida Morta

Nosso ultimo cartaz simboliza a relação da má alimentação gerando problemas como a obesidade que causa mortes e problemas de saúde todos os anos. O hambúrguer no centro do cartaz quando lido em conjunto com as duas batatas nos remete a uma sepultura. Nesse sentido, busca-se alertar os cidadãos sobre a má alimentação e o consumo de produtos industrializados. Hoje tais produtos mostram suas consequências em doenças e enfermidades que muitos de nós vivencia.

Sua cor exprime a relação com o cemitério e a terra, o tom frio do marrom foi idealizado para provocar um incomodo na relação com o sanduiche. Além disso, vemos um único tumulo sozinho para que o leitor não fuja seu olhar ao lado e possa analisar a imagem gestalt mais limpa.

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Aplicação

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Todo produto precisa ter sua aplicação estudada, sendo assim nossos cartazes não falecem neste quesito. Por sua razão social, pensamos que os cartazes devem estar nos ambientes sociais fechados e abertos, seja eles a rua, os estabelecimentos, os transportes públicos, as escolas e universidades, em qualquer local. O cartaz permite essa flexibilidade.

Além da aplicação nos ambientes, idealizamos marcadores de paginas para distribuição e estendemos seu alcance ao mundo virtual. Vale ressaltar que aqui são mostradas aplicações viáveis de nosso produto, contanto não foram criadas, são apenas projetos.

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Atualmente de acordo com a ONU cerca de 3,2 bilhões de pessoas no mundo utilizam a internet. Esse número cresce a cada dia com as ações de inclusão e o crescimento tecnológico. No universo da web, uma categoria se destaca: as redes sociais. Só no brasil, entre cada 10 internautas 8 utilizam as redes sociais segundo a consultoria eMarketer.

Jovens, crianças, adultos, idosos, todo público se encontra lá. Ter um perfil em uma rede social se tornou como um rg para as relações humanas no mundo contemporâneo. Visto esse crescimento e a ampliação da propagação dos nossos cartazes, idealizamos a criação de uma página na rede social facebook.

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Aplicação Como você vê seu mundo?

A escolha desta rede social especifica é devido prioritariamente ao número de usuários brasileiros presentes nela. Eles representam o 3º lugar no ranking de quantidade de usuários por país de acordo o Leonardo Tristão, diretor geral do facebook no Brasil. Além disso, a viabilidade que as ferramentas desta rede social possibilita se adequa na proposta que concebemos.

Projetamos a criação de uma página na rede social facebook que tenha como intuito alimentar discussões sobre problemas sociais, em priori os que nossos cartazes abordam. A proposta compreende publicações semanais dentro de um formato especifico. Nessas publicações se encontraria o cartaz em Gestalt (nosso principal produto), o título do tema proposto com uma pequena frase ou pergunta. Junto a ela o link que mostre o ponto de vista distinto sobre o tema. Nesse aspecto se apoiamos no ideal de nosso projeto para gerar a transformação e o exercício da política dentro do Facebook.

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Conclusão

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Conclusão Como você vê seu mundo?

Com o resultado deste projeto de muitos estudos, pesquisas, referências, aprendemos a trabalhar melhor em equipe, onde dividimos as tarefas de acordo com a aptidão de cada integrante do grupo, criticamos opiniões, obtivemos um olhar bem mais sério e rígido sobre a construção de cartazes no Design Gráfico e respeitamos as limitações de cada um. A expectativa deste TFC é trazer o máximo de informações e aprendizado que colhemos nestes 2 anos de curso e ver o quão interessante e amplo é o mercado de trabalho nessa área. Em vista a tudo que foi vivido e pensado, obtivemos um resultado positivo, muito melhor do que esperávamos na parte da elaboração deste projeto.

Concluímos assim que nosso projeto satisfaz e afirma nossa intenção com os cartazes, que podem gerar interpretações diversas e despertar curiosidade nos leitores. Durante a leitura muitos deles buscaram se afastar e aproximar do cartaz com intuito de enxergar algo a mais.

De modo geral, a forma como o indivíduo pensa e enxerga o mundo mostrou-se inteiramente relacionada a forma como ele interpreta os cartazes, isso justifica o ideal proposto pelo projeto em que é através da reflexão e conscientização sobre os problemas sociais presentes em nosso cotidiano que podemos ampliar nossa visão de mundo e contribuir na nossa maneira, seja ela intelectualmente ou fisicamente. O que realmente nós importa e satisfaz é saber que o design é capaz de incitar a mudança de um individuo e possivelmente uma geração.

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Bibliografia

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BATCHELOR, David. Minimalismo. 1.ed. São Paulo: Cosac Naify, 1991. 80p.

FRASER, Tom. O Essencial da Cor no Design. Trad. de BORGES, Luis Carlos. SENAC Título Original: Colour in Design: Pocket Essentials, 2013.

GOMES FILHO, João. Gestalt do Objeto: Sistema de Leitura Visual da Forma. Escrituras, 2006. 136p.

HORCADES, Carlos. A Evolução da Escrita - História Ilustrada. SENAC RIO, 2007. 152p.

LUCIE SMITH, Edward. Os Movimentos Artísticos a Partir de 1945. Martins Fontes, 2006. 314p.

MOLES, Abraham. O Cartaz. Perspectiva, 2005. 258p.

VILLAS-BOAS, André. O que É e o Que Nunca foi Design Gráfico. 2AB, 2013. 112p. WILLIAMS, Rodin. Design Para Quem Não É Designer - Princípios de Design e Tipografia Para Iniciantes. CALLIS, 2013. 216p. WILLS, Pauline. O Uso da Cor no Seu Dia-a-dia - Manual Prático. Trad. de Carmen Fischer. Pensamento Título Original: Working with Colour, 1997.

Bibliografia Como você vê seu mundo?80

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Comentários sobre a Bibliografia Colocamos em pauta vários assuntos onde poderíamos encontrar uma busca detalhada de livros e chegamos em assuntos como: Teoria da Gestalt, Cartazes Minimalistas, Tipografia de Cartazes, Cores, Definição de Minimalismo e Definição de Gestalt. Visto isso, colocamos em prática a construção de nossa leitura, e encontramos livros com seus respectivos assuntos. Tais como:

• Entender de que forma representaríamos o Gestalt através das cores de cada cartaz.

• Gestalt para ser analisado de acordo com as formas de cada cartaz.

• Explicação e história dos cartazes.

• Referências para as formas em Minimalismo.

• Utilizar a tipografia e a frase no qual poderíamos representar os elementos através dos cartazes.

• Teoria das cores minimalistas.

Obtivemos um resultado amplo para a criação da bibliografia, e encontramos várias referências, nos quais nos ajudaram a criar a parte escrita de forma elaborada.

Bibliografia Como você vê seu mundo?81

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Referências arstísticas

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Noma Bar

O Estilo de Noma Bar trouxe influências da linguagem em Gestalt, formas chapadas, cores únicas e restritas, e traços Minimalistas.

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Favio D’Altilia

Favio D’Altilia apareceu na história do Gestalt como forma de inspiração de temas distintos, e com dupla interpretação de suas artes, além de possuir cores simples e neutras.

Referências Arstísticas Como você vê seu mundo?85

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Tang Yau Hoong

Tang Yau Hoong é um grande artista da Malásia, onde concentra seus traços no Gestalt e nos elementos que formam obras que confundem e complementam ao mesmo tempo.

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Referências Bibliográficas

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LEANDRO DE MOURA, Rodrigo. Percentual de Negros Assassinados no Brasil é 132% Maior do Que o de Brancos. Cress PR. Paraná, 28 Janeiro 2014. Disponível em: ttp://www.cresspr.org.br/site/percentual-de-negros-assassinados-no-brasil-e-132-maior-do-que-o-de-brancos/ Acesso em: 2 Novembro 2015.

Agência Indusnet Fiesp. Custo da Corrupção no Brasil Chega a R$69 bi por Ano. São Paulo, 13 Maio 2010. Disponível em: http://www.fiesp.com.br/noticias/custo-da-corrupcao-no-brasil-chega-a-r-69-bi-por-ano/ Acesso em: 27 Outubro 2015.

SGROI, Fábio. Artigo: Definição e Emprego. 12 Novembro 2007. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/artigo-definicao-e-emprego.htm Acesso em: 2 Novembro 2015.

Comunicação Institucional, IBOPE. Número de Usuários de Redes Sociais Ultrapassa 46 Milhões de Brasileiros. 26 Março 2013. Disponível em: ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Numero-de-usuarios-de-redes-sociais-ultrapassa-46-milhoes-de-brasileiros.aspx Acesso em: 31 Outubro 2015.

Redação Olhar Digital. 89 Milhões de Brasileiros Acessam o Facebook. 21 Agosto 2014. Disponível em: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/89-milhoes-de-brasileiros-acessam-o-facebook/43687 Acesso em: 27 Outubro 2015.

De Almeida JR, Ataíde. “Brasil É Um Dos Países Mais Importantes Para o Facebook”. Brasília, 04 Fevereiro 2014. Disponível em: correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2014/02/04/interna_tecnologia,411115/brasil-e-um-dos-paises-mais-importantes-para-facebook-diz-diretor-geral.shtml Acesso em: 27 Outubro 2015.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Cerca de 48% dos Brasileiros Usam Internet Regularmente. 19 Dezembro 2014. Disponível em: brasil.gov.br/governo/2014/12/cerca-de-48-dos-brasileiros-usam-internet-regularmente Acesso em: 4 Novembro 2015.

Data Senado. Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Março 2013. Disponível em: http://www.senado.gov.br/senado/datasenado/pdf/datasenado/DataSenado-Pesquisa-Violencia_Domestica_contra_a_Mulher_2013.pdf Acesso em: 4 Novembro 2015.

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Referências Bibliográficas Como você vê seu mundo?88

Page 89: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Agradecimentos

Page 90: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”
Page 91: “COMO VOCÊ VÊ SEU MUNDO”

Sem ordem específica, nossos agradecimentos...

Aos nossos pais, por nos encorajar a lutar por este projeto e por estar sempre ao nosso lado nos momentos de dificuldade.

Aos nossos docentes, por suas observações inspiradoras e compreensivo apoio.

A Maryana Sales e Bruna Nostre por ter ajudado na parte da criação junto conosco. E por último e não menos importante, a Deus.

Agradecimentos Como você vê seu mundo?91