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COMO DESPERTAR O INTERESSEDOS ALUNOS PELAS AULAS EM APENAS 3 PASSOS

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO

MAS, O QUE É ENSINAR?

PROFESSOR OU ADVERSÁRIO

A FALHA NA PREPARAÇÃO PARA ENFRENTAR A TAREFA DE ENSINAR

O EMBASAMENTO TEÓRICO QUE QUASE NINGUÉM ENTENDE

ENSINAR É UMA TAREFA ÁRDUA, MAS APRENDER TAMBÉM NÃO É MAIS FÁCIL

PRIMEIRO PASSO: PARA EVITAR O FRACASSO

SEGUNDO PASSO: PARA CONQUISTAR A MOLECADA

TERCEIRO PASSO: MOSTRE QUE ELES APRENDERAM

PARA FINALIZAR A CONVERSA

REFERÊNCIAS

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Quem convive comigo já ouviu minha Teoria da mosca voando: a trajetória da mosca voando na rua, vista pela janela da sala, é sempre mais interessante para o aluno que o assunto da aula.

Quem é professor sabe o quanto é difícil despertar e manter a atenção dos alunos durante as aulas. Com turmas grandes, a obrigatoriedade de fazer chamada sempre rouba um tempo precioso, e o professor precisa dar conta dos conteúdos. Como docentes, não sabemos o que é pior: não conseguir abordar todos os assuntos ou perceber que os alunos não aprenderam o que ensinamos.

Cheguei na docência por acaso, por convite de uma ex-professora minha para assumir aulas em um pequeno município do interior de Santa Catarina, o semestre já pela metade: não havia professor para aquelas aulas, e as turmas não eram o que se pode chamar de atrativas. A professora anterior tinha desistido das aulas, saiu chorando da sala e pediu demissão. Lá se vão quase 20 anos deste episódio e, para mim, virou um vício.

A sensação de perceber que os alunos estão entendendo o que estou ensinando e que podem usar o que aprenderam para alguma coisa prática é uma das melhores que já tive.

Também tenho contato com vários ex-alunos, e tenho o privilégio de considerar muitos deles meus amigos: e não é só no facebook, não. 02

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COMO DESPERTAR O INTERESSE DOS ALUNOS PELAS AULAS EM APENAS 3 PASSOS

Mas isso não significa que eu não tenha enfrentado problemas. Alguns marcaram bastante: o aluno que dizia não saber nada de português e, quando tirou a primeira nota 10 em uma prova, dizendo que ia colocá-la em um quadro e dar de presente para a mãe dele parece hilária, mas é comovente.

Ou aquele que dizia não ter qualquer perspectiva na vida, vindo de uma família desestruturada e que, anos depois, encontrei na capital do estado, veio me dar um abraço dizendo que já era graduado em administração e estava trabalhando em uma grande empresa também foi um grande marco para mim.

Também houve a aluna que resolveu fazer Letras e dizia que minhas aulas influenciaram sua escolha... Outro aluno que pensava em estudar farmácia e, depois de uma aula de Literatura, onde encenamos o julgamento da Capitu, resolveu ser advogado: também já está graduado e é um profissional muito bem conceituado!

O aluno que fotografou o quadro porque a explicação foi muito legal e, anos depois, mostrou aos colegas de outra classe, quando veio a ter aulas comigo novamente...

Essas lembranças fazem pensar que ensinar vale a pena.

Se pudermos fazer a diferença na vida de um aluno em cada turma, já teremos cumprido mais que a missão de ensinar.

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ADM
Nota
substituir 'dizendo' por 'falou'.
ADM
Nota
acrescentar 'uma situação' antes de 'hilária'.
ADM
Nota
retirar 'grande' antes de 'marco', e acrescentar 'importante' depois.
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MAS, O QUE É ENSINAR?

Refletindo sobre como foram as aulas que tivemos, boa parte de nós, professores – eu prefiro, ao invés do termo educador - vai dizer que a maioria dos professores que tivemos só nos fez decorar coisas e repeti-las depois. E nós? Estamos reproduzindo repetidores?

Quando você estava na sala de aula, na carteira, e não na mesa de professor, como se sentia?

Quais eram as aulas que interessavam a você? Eu respondo: aquelas que o professor era legal, e que as fazia interessantes. Muitas vezes nem gostávamos da matéria, mas o professor fazia com que os momentos na sala fossem tão bons que acabávamos por estudar a matéria.

E hoje, quando vamos para a sala de aula, o que fazemos?

É verdade que as gerações mais jovens tiveram uma criação diferente da nossa: nós respeitávamos os mais velhos, nossos pais, os professores, policiais... muitos indivíduos das gerações mais jovens parecem não ter recebido, em casa, estes valores. O que fazer, então?

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ADM
Nota
substituir 'a matéria' por 'aquilo que ele ensinava'.
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PROFESSOR OU ADVERSÁRIO?

Neste período em que vivemos, onde o conjunto de valores que recebemos não é compartilhado pelos alunos, o desafio é muito maior. Parece que se trava uma espécie de luta entre professor e alunos, e que nossa sociedade encara o professor como a pessoa que está lá para impedir que os jovens sigam em frente nos estudos, reprovando-os.

Parece que só os professores compreendem que nós não reprovamos ninguém, mas os alunos é que reprovam a si mesmos, quando falham na demonstração do conhecimento que deveriam ter, que é o que chamamos de prova ou avaliação.

Mudam leis, aparecem novos sistemas, e a impressão que se tem é que fica cada vez mais difícil trabalhar como professor: não dá para ensinar para quem não quer aprender, não é verdade?

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ADM
Nota
substituir 'parece' por 'Dá a impressão'
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A FALHA NA PREPARAÇÃO PARA ENFRENTAR A TAREFA DE ENSINAR

Quando cursamos a graduação, estudamos um sem-número de disciplinas, mas parece que falta algo: aprender como ensinar. Mesmo estudando Didática, metodologia e outras disciplinas – a nomenclatura varia – muitas vezes fazemos o mesmo que fizeram conosco. Até a estrutura de nossas provas são parecidas com as que respondemos no passado, não é verdade?

Nós mesmo já nos perguntamos o que os alunos nos questionam: para que aprender isso? Em que eu vou usar isso na vida? Este é o maior desafio. E também uma das maneiras de despertar o interesse dos alunos. Quando sabemos para que vamos usar algo, nossa atenção e interesse são espontâneos. Então aparece a pergunta que cada professor precisa responder para si mesmo: você sabe para que serve o que você ensina?

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Nota
acrescentar um 's': nós mesmos'.
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O EMBASAMENTO TEÓRICO QUE QUASE NINGUÉM ENTENDE

O problema, muitas vezes, não está no conteúdo, mas na maneira como ensinamos e na linguagem. Utilizamos materiais que são produzidos como se todos os alunos fossem iguais, se tivessem os mesmos interesses e a mesma interpretação. Basta olharmos para nós mesmos. Se decidimos estudar a famigerada teoria histórico-cultural que, como diz meu amigo, sócio e colega professor Eder Cachoeira, é chata até no nome, nos deparamos com trechos como o seguinte:

Não seria mais fácil dizer que o homem não é só um corpo, e que o que faz de nós humanos é a relação de cada um com o mundo, que acontece em um período determinado e, por isso, histórico, e é por meio daquilo que fazemos (atividade) que desenvolvemos nosso conhecimento, nossas habilidades diversas e podemos aferir este conhecimento, percebendo o que sabemos e, a partir do que já sabemos, construir novos conhecimentos (zona de desenvolvimento próxima)?

A linguagem acadêmica é bastante rebuscada, muito bonita, mas só quem está na academia (não é a de ginástica, por favor…) é que a usa. Eu adoro: parte do meu trabalho é revisar textos acadêmicos. O problema é que esta linguagem não serve para usar com o aluno, nem com a maioria dos professores. E o material didático que recebemos tem o mesmo problema: não é escrito na língua do aluno. Nós, professores, precisamos traduzir para eles…

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“Para Vigotsky, o ser humano não é só estrutura biológica, mas, o seu processo de humanização é resultado da relação histórico-cultural, tendo a atividade como mediação principal para o desenvolvimento das funções psíquicas superiores e da zona de desenvolvimento proximal”

GONZALEZ; MELLO, 2014, p. 19)

ADM
Nota
colocar uma vírgula antes de 'professor'.
ADM
Nota
Falta um ponto final aqui.
ADM
Nota
Falta um 'l': é Zona de Desenvolvimento Proximal.
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ENSINAR É UMA TAREFA ÁRDUA, MAS APRENDER TAMBÉM NÃO É MAIS FÁCIL

Pense: o que fez você, professor, estudar? Algo despertou seu interesse, e seus alunos não são diferentes.

Quando fica mais fácil aprender? Com um professor que consideramos um adversário, um inimigo, ou com aquele que nos conduz pelo caminho da descoberta? O que faz você gostar da disciplina que ensina?

Quando estava no Ensino Médio, tive uma professora de Literatura que, quando ela passava pelos umbrais da porta da sala, eu parecia entrar em coma. O sono chegava instantaneamente e eu sempre dizia que odiava literatura. Anos mais tarde, cursei Letras, e adivinhe em que área fiz minha monografia?

Parece estranho, mas a verdade é que as professoras (não todas, é verdade) de Literatura que tive na faculdade me despertaram para algo que eu não conhecia. Fiz pesquisa de campo na área, e descobri coisas assustadoramente interessantes! O apêndice da minha monografia virou livro, inclusive publicado com o apoio da Universidade onde estudei. Para quem odiava literatura, é uma mudança e tanto, não é mesmo?

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ENSINAR É UMA TAREFA ÁRDUA, MAS APRENDER TAMBÉM NÃO É MAIS FÁCIL

Se você tiver interesse em conhecer a monografia, ela está publicada no site do Domínio Público neste link http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=214646

Também me sinto honrada que o próprio site do domínio público exibe o que escrevi como Modelo de Monografia, se você pesquisar no Google com as palavras-chave, “domínio público modelo de monografia”, é a segunda opção que aparece - a primeira é uma da área jurídica. Veja na figura abaixo:

Se não quiser procurar, ela está neste link: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000874.pdf

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ADM
Nota
substituie por 'exiba'
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ENSINAR É UMA TAREFA ÁRDUA, MAS APRENDER TAMBÉM NÃO É MAIS FÁCIL

Isto significa que o que escrevi tem seu valor. O mais importante é que adquiri o gosto pela pesquisa e, a partir de então, nunca mais parei. E tentei despertar o mesmo em meus alunos: o gosto pelo questionamento e pela descoberta. A Literatura parece a disciplina mais difícil de despertar o interesse dos alunos. Para que uma pessoa precisa saber literatura? É o que muitos consideram cultura inútil, mas foi através dela que eu descobri de onde veio a lenda do lobisomem, e que ela está associada a uma doença – vai ter que ler a monografia para saber mais (hehehe).

Também descobri inúmeras outras coisas, como o surgimento das lendas dos vampiros que, de tempos em tempos, despertam o interesse dos jovens com algum filme ou seriado novo. Serve até para conversa de boteco, ou para se inteirar dos assuntos que os adolescentes gostam. Sem contar que percebemos o quanto e como somos preconceituosos, e o surgimentos das duas lendas tem a ver com isso. Em resumo, literatura serve para aprender a viver sem precisar cometer todos os erros possíveis, já que em uma vida só não dá...

O importante, no desenvolvimento do meu trabalho, foi perceber o processo histórico de tudo isso, e a evolução (ou não) do conhecimento. Hoje sabemos, cientificamente, de onde vem essas lendas, mas ainda há inúmeras pessoas, em incontáveis lugares, que acreditam nelas. Só que nós precisamos pensar nas disciplinas de um modo geral, e não apenas na literatura. Então, como despertar o interesse dos alunos?

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PRIMEIRO PASSO: PARA EVITAR O FRACASSO

Quando chegamos em uma turma, pressupomos que eles sabem os conteúdos dos anos anteriores. Ledo engano. Muitas vezes eles ainda insistem que o professor ou a professora anterior nunca ensinou aquilo. E eles nem lembram o que comeram no café da manhã… Não adianta procurar culpados, é preciso resolver o problema.

O primeiro passo para evitar o fracasso é atacar de ZDP, a tal da Zona de Desenvolvimento Proximal. Eu costumava iniciar com uma revisãozona dos conteúdos dos anos anteriores, com ênfase para o que eles já sabiam, e fazia questão de dizer: “Mas vocês sabem tudo! Dá gosto de dar aula pra vocês”! O resultado disso era ser considerada a professora mais legal, ou a que fazia tudo parecer fácil. Depois, ia crescendo em complexidade, mas eles já estavam fisgados.

Ao entrar em novos conteúdos, procurava instigá-los a descobrirem diferenças, usos que provocavam confusão (quando ensinava regras gramaticais) e usava mais coisas de rua, como eles chamavam, do que os livros didáticos para atividades. Sempre tinha panfletos que eles traziam, fotos e outras coisas para que eles mesmos me mostrassem os erros de português. E eles viravam verdadeiras feras. O objetivo não era fazer uma prova de arrepiar, mas que eles conseguissem utilizar, na vida diária, o que estudavam. E isso se refletia, depois, nas provas normais, como eles chamavam. Mas Português é fácil, afinal, a gente usa o tempo todo, falando, lendo, fazendo compras...

Se alguém for ensinar algo a você e não tiver a menor ideia do que se trata, você vai ficar viajando e não vai aprender. Mas se quem ensina parte de algo que você já sabe e cresce em complexidade, você percebe que não existe dificuldade. O segredo para não fracassar é usar com esperteza a tal da ZDP.

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Nota
tirar o 'para', porque o Eder não quer ele ali...
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SEGUNDO PASSO: PARA CONQUISTAR A MOLECADA

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Para fazer isso, basta que você se pergunte: como usaria, no seu dia a dia, o que vai ensinar? Assim, ao invés de entrar na sala com uma pilha de livros e de cara amarrada, lance um desafio: mostre a prática e pergunte aos alunos que parte da sua disciplina é essa.

Lembro que um professor de física, no curso técnico em óptica optométrica (tá, já sei que isso não tem nada a ver com português, inglês, espanhol e literatura, que são minhas áreas de formação, mas não fui para a área de linguística para fugir de cálculos...) que nos ensinou a medir o prédio da escola pela sombra. Isto foi bárbaro! E eu nunca fui fã de Física. Até ter aulas com ele...

Se você mostrar que o que ensina vai facilitar a vida dos alunos, a atenção deles estará com você. Se o seu professor ensinar o que facilita a sua vida, sua atenção também estará com ele. Você pode estar pensando que não é tão simples, e colocando inúmeros empecilhos, mas funciona. A própria Revista Época publicou uma reportagem que vale muito a leitura, sobre um professor de matemática da rede pública do Rio de Janeiro que ensina campeões.

O estudo confirma que um bom professor “é o fator decisivo entre o sucesso ou o fracasso dos cidadãos. Muitos países já perceberam isso. O Brasil, ainda não” (ÉPOCA, 2016, capa).

Como professora, tenho certeza que você, como professor ou professora também, quer fazer o melhor, e quer que seus alunos se deem bem, na escola e na vida. A reportagem, bastante extensa, ainda mostra que nós não aprendemos a ensinar. Nada do que eu usei em sala de aula veio de disciplinas como Didática, Metodologia ou Psicologia (da Educação ou não). Pouco foi aproveitado de aulas interessantes e inteligentes que tive, e a maioria foi de ralar sozinha para descobrir como me comunicar de verdade com meus alunos.

Não dá para bancar o(a) professor(a) malvado(a), e nem para ser o bonzinho, ou a boazinha. É preciso ser você mesmo, respeite e faça com que respeitem você, e procure despertar o interesse dos alunos. Para isso é preciso comunicar-se, criar empatia, como fiz no início deste e-book, me identificando com vocês, que estão lendo o livro. Por meio de problemas semelhantes que passamos, criamos uma afinidade: faça o mesmo com seus alunos, e procure instigá-los. Uma técnica usada por alguns colegas é criar competições, campeonatos, prêmios... seja criativa(o).

ADM
Nota
substituir 'que' por 'de'.
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TERCEIRO PASSO: MOSTRE QUE ELES APRENDERAM

O professor da reportagem da Revista época conta que adia os conceitos porque as crianças têm dificuldades de abstrair frações, por exemplo. Com uma atividade prática que envolve medir a sala de aula usando uma folha de papel A4 e uma entrevista com um pedreiro, o professor inicia o ensino de fração. Depois de dominarem as operações de maneira prática, entram os conceitos. É a aplicação da dita Teoria Histórico-cultural, que parece um bicho-de-sete-cabeças e, na verdade, é uma excelente maneira de ensinar. Só que esqueceram de nos ensinar isso para nós na graduação...

A Coordenadora do Projeto NeuroEduca, da UFMG, Leonor Bezerra Guerra cita que “as informações chegam a nós através dos órgãos dos sentidos. Quando o professor apresenta um tema, será mais proveitoso se ele ativar várias áreas cerebrais” (NEUROEDUCAÇÃO, 2015, p. 15). Se pensarmos no que foi citado até agora, a melhor maneira de fazer isso ainda é de maneira prática. Quando você realiza uma atividade do seu dia a dia, está utilizando vários sentidos e, por isso, a probabilidade de aprender é maior, não é só uma possibilidade.

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ADM
Nota
Tem que ser com letra maiúscula. Revista Época
ADM
Nota
retirar 'para nós'.
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PARA FINALIZAR A CONVERSA

COMO DESPERTAR O INTERESSE DOS ALUNOS PELAS AULAS EM APENAS 3 PASSOS

Voltando à minha teoria, do início deste e-book, você vai perceber que, quando a atenção dos alunos estiver com você, pode ter um dinossauro voando lá fora que eles não vão olhar. Ponderando o que é pior, dar conta dos conteúdos ou perceber que o aluno não aprendeu: quando se sentirem à vontade com você, os alunos aprenderão qualquer coisa! Steve Jobs contou, em sua biografia, que aprendeu mais com a professora do terceiro ano do que com qualquer outra pessoa em sua vida, e ela precisou suborná-lo com um pirulito, na primeira vez. No filme Gangsta’s Paradise, Michelle Pfeiffer faz o mesmo e, com isso, consegue aproximar-se de seus alunos e fazer uma enorme diferença na vida deles.

Você pode estar pensando em seus alunos, em suas turmas, nas dificuldades que vai encontrar e procurando desculpas para não experimentar.

Gostaria de lembrar um ditado bem conhecido: “para os mesmos resultados, continuamos o que estamos fazendo; para resultados diferentes, precisamos mudar as atitudes”.

Mesmo que você seja o professor ou a professora mais legal da sua escola, que os seus alunos aprendam muito e que você esteja orgulhoso ou orgulhosa deles, tenho certeza que você quer sempre melhorar. Também acredito que você quer fazer a diferença na vida dos alunos, mostrando a eles que são capazes e que estudar é, sim, algo divertido e que a gente usa para a vida, o tempo todo.

Também gostaria de compartilhar algumas decisões que tomei quando entrei na sala de aula pela primeira vez: eu decidi não cometer os mesmos erros que meus professores cometiam comigo; decidi nunca repetir uma aula ruim que um professor tivesse me dado; e decidi fazer o melhor, não só para os alunos, para mim. E foi avaliando minhas aulas que eu as mudei constantemente. Não pense que eu tenho milhões de aulas fantásticas prontas e que nunca dei uma aula chata. Sim, eu falhei muitas vezes. E foram estas falhas que me fizeram tomar outra decisão importante: me colocar no lugar dos alunos e me avaliar como professora, para saber se eu gostaria de ter aulas comigo. Na maioria das vezes eu adoraria. E você, gostaria de ter aulas com um professor como você?

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COMO DESPERTAR O INTERESSE DOS ALUNOS PELAS AULAS EM APENAS 3 PASSOS

MEDEIROS, Elita. Como despertar o interesse dos alunos pelas aulas em apenas 3 passos. Plataforma Cultural, 2016. Disponível em: < >. Acesso em: dia, mês com três letras, exceto se for maio e o link onde ele vai estaro ano.

Como citar este e-book em trabalhos acadêmicos, de acordo com as normas da ABNT:

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COMO DESPERTAR O INTERESSE DOS ALUNOS PELAS AULAS EM APENAS 3 PASSOS

Como citar este e-book em trabalhos acadêmicos, de acordo com as normas da ABNT:MEDEIROS, Elita. Como despertar o interesse dos alunos pelas aulas em apenas 3 passos. Plataforma Cultural, 2016. Disponível em: <o link onde ele vai estar>. Acesso em: dia, mês com três letras, exceto se for maio e o ano.

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REFERÊNCIAS

GONZALES, A. G. G.; MELLO, M. A. Cadernos da Pedagogia. São Carlos, Ano 7 v.7 n.14, p. 19-33, jan-jun 2014. ISSN: 1982-4440. Disponível em: < >. Acesso em: 23 jan. 2017.http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/viewFile/621/237

NEUROEDUCAÇÃO. Nº 3. São Paulo: Segmento, 2015.

OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.

REVISTA ÉPOCA. Edição 959, 31 outubro. Rio de Janeiro, Globo, 2016.

COMO DESPERTAR O INTERESSE DOS ALUNOS PELAS AULAS EM APENAS 3 PASSOS

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