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    EUR21620

    RECURSOS HUMANOS

    www.europa.eu.int/eracareers/europeancharter

    Carta Europeiado Investigador

    Cdigo de Condutapara o Recrutamento

    de Investigadores

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    Interested in European research?

    RTD info is our quarterly magazine keeping you in touch with main developments

    (results, programmes, events, etc). It is available in English, French and German.

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    European Commission

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    B-1049 Brussels

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    Directorate-General for Research

    Directorate The human factor, mobility and Marie Curie activities

    Unit D1

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    European Commission

    Office SDME 03/51

    B-1049 Brussels

    Tel. (32-2) 29-84342

    Fax (32-2) 29-99079

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    Directorate-General for ResearchHuman resources and mobility (Marie Curie Actions) EUR 216202005

    COMISSO EUROPEIA

    Carta Europeia

    do Investigador

    Cdigo de Condutapara o Recrutamento

    de Investigadores

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    LEGAL NOTICE:

    Neither the European Commission nor any person acting on behalf of the Commission isresponsible for the use which might be made of the following information.

    The views expressed in this publication are the sole responsibility of the author and do notnecessarily reflect the views of the European Commission.

    A great deal of additional information on the European Union is available on the Internet.It can be accessed through the Europa server (http://europa.eu.int).

    Cataloguing data can be found at the end of this publication.

    Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities, 2005

    ISBN 92-894-9318-6

    European Communities, 2005

    Reproduction is authorised provided the source is acknowledged.Printed in Belgium

    PRINTED ON WHITE CHLORINE-FREE PAPER

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    A COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

    Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,nomeadamente o artigo 165.o,

    Considerando o seguinte:

    (1) Em Janeiro de 2000 1, a Comisso considerou necessrio estabelecero Espao Europeu da Investigao como o eixo fulcral da futura acocomunitria neste domnio, para fins de consolidao e estruturaode uma poltica europeia de investigao.

    (2) O Conselho Europeu de Lisboa definiu como objectivo a atingir pelaComunidade tornar-se, at 2010, a economia baseada no conhecimentomais dinmica e competitiva do mundo.

    (3) Na sua Resoluo de 10 de Novembro de 2003 2, o Conselho abordouquestes relacionadas com a profisso e a carreira dos investigadoresno Espao Europeu da Investigao e congratulou-se, em especial,com a inteno da Comisso de trabalhar no sentido da elaborao de

    Recomendao da Comissode 11 de Maro de 2005Cdigo de Conduta para o Recrutamentode Investigadores

    1 COM(2000) 6 final de 18.1.2000.2 JO C 282 de 25.11.2003, p.1-2. Resoluo do Conselho de 10 de Novembro de 2003 relativa

    profisso e carreira de investigador no Espao Europeu de Investigao (Resoluo 2003/C 282/01).

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    uma Carta Europeia do Investigador e de um Cdigo de Conduta parao Recrutamento de Investigadores.

    (4) A potencial escassez de investigadores identificada 3, especialmente

    em determinadas disciplinas-chave, constituir uma ameaa grave aopoder inovador, ao patrimnio de conhecimentos e ao crescimento da

    produtividade da UE num futuro prximo e poder prejudicar a

    realizao dos objectivos de Lisboa e de Barcelona. Em consequncia,

    necessrio que a Europa se torne muitssimo mais atraente para os

    investigadores e reforce a participao das mulheres na investigao,

    contribuindo para a criao dascondies necessrias para carreirasde

    I&D mais sustentveis e de maior interesse para os investigadores 4.

    (5) Recursos humanos suficientes e bem desenvolvidos em I&Dconstituem a pedra angular do avano dos conhecimentos cientficose dos progressos tecnolgicos, melhorando a qualidade de vida,garantindo o bem-estar dos cidados europeus e contribuindo paraa competitividade da Europa.

    (6) Devero ser criados e implementados novos instrumentos para aprogresso na carreira dos investigadores, contribuindo assim para

    a melhoria das suas perspectivas de carreira na Europa.(7) Perspectivas de carreira melhores e mais visveis contribuem tambm

    para a promoo de uma atitude pblica positiva em relao profisso de investigador, encorajando assim mais jovens aenveredar por carreiras no domnio da investigao.

    (8) O objectivo poltico final da presente recomendao contribuir parao desenvolvimento de um mercado europeu do trabalho atraente,

    aberto e sustentvel para os investigadores, em que as condies-quadro permitam o recrutamento e conservao de investigadores

    3 COM(2003) 226 final e SEC(2003) 489 de 30.4.2003.4 SEC (2005) 260.

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    de alta qualidade em ambientes propcios a um desempenho eprodutividade eficazes.

    (9) Os Estados-Membros deveriam envidar esforos para oferecer aos

    investigadores sistemassustentveis de progresso em todas as fasesda carreira, independentemente da sua situao contratual e da viaprofissional escolhida em I&D, e para garantir que os investigadoressejam tratados como profissionais e como parte integrante dasinstituies em que trabalham.

    (10) Embora os Estados-Membros tenham desenvolvido esforosconsiderveis para eliminar os obstculos administrativos e jurdicos mobilidade geogrfica e intersectorial, muitos desses obstculosainda subsistem.

    (11) Devem ser incentivadas todas as formas de mobilidade como parteintegrante de uma poltica global de recursos humanos no domnioda I&D a nvel nacional, regional e institucional.

    (12) necessrio que o valor de todas as formas de mobilidade sejaplenamente reconhecido nos sistemas de avaliao e de progressona carreira dos investigadores, garantindo assim que essa

    experincia promova o seu desenvolvimento profissional.

    (13) Deve ser estudado o desenvolvimento de uma poltica coerente decarreiras e de mobilidade dos investigadores para dentro 5 e para forada Unio Europeia, tomando em devida considerao a situao dospases e regies em desenvolvimento dentro e fora da Europa, de modoa que a constituio de capacidades de investigao na Unio Europeiano seja feita em detrimento de regies e pasesmenos desenvolvidos.

    (14) As entidades financiadoras ou empregadoras dos investigadoresdeveriam, na sua qualidade de entidades recrutadoras, serresponsveis por proporcionar aos investigadores procedimentos de

    5 COM(2004) 178 final de 16.3.2004.

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    seleco e recrutamento abertos, transparentes e comparveis a nvelinternacional.

    (15) A sociedade deveria apreciar melhor as responsabilidades e o

    profissionalismo que os investigadores demonstram na execuo doseu trabalho em diferentes fases da sua carreira e nas suasactividadesmultifacetadas como trabalhadores do conhecimento, lderes,coordenadores de projectos, gestores, supervisores, mentores,conselheiros de orientao profissional ou divulgadores cientficos.

    (16) A presente recomendao parte do princpio que as entidadesempregadoras ou financiadoras dos investigadores tm comoobrigao primordial garantir o cumprimento dos requisitoslegislativos nacionais, regionais ou sectoriais aplicveis.

    (17) A presente recomendao dota os Estados-Membros, entidadesempregadoras e financiadoras e investigadores de um instrumentovalioso para a realizao, a ttulo voluntrio, de outras iniciativasdestinadas melhoria e consolidao das perspectivas de carreirados investigadores na Unio Europeia e criao de um mercado detrabalho aberto para os investigadores.

    (18) Os princpios e requisitos gerais descritos na presente recomendaoso fruto de um processo de consulta pblica, qual foramplenamente associados os membros do Grupo Director sobreRecursos Humanos e Mobilidade,

    Recomenda o Seguinte:

    1. Os Estados-Membros devem procurar tomar as medidas necessrias

    para garantir que as entidades empregadoras ou financiadoras dosinvestigadores desenvolvam e mantenham uma cultura de trabalhoe um ambiente propcio investigao, em que os indivduos egrupos de investigao sejam apreciados, incentivados e apoiados edisponham do material necessrio e do apoio intangvel que lhes

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    permita atingir os seus objectivos e realizar as suas tarefas. Nestecontexto, deve ser dada especial prioridade organizao decondies de trabalho e de formao na fase inicial da carreira dos

    investigadores, dado que tal contribui para as futuras escolhas erefora o interesse de uma carreira em I&D.

    2. Os Estados-Membros devem envidar esforos para tomar, sempreque necessrio, as medidas cruciais para garantir que as entidadesempregadoras ou financiadoras dos investigadores melhorem osmtodos de recrutamento e os sistemas de avaliao/aferioprofissional, a fim de criar um sistema mais transparente, aberto,equitativo e internacionalmente aceite de recrutamento e de

    progresso na carreira, como um requisito prvio para a criao deum verdadeiro mercado europeu de trabalho para os investigadores.

    3. Os Estados-Membros ao formularem e adoptarem as suasestratgias e sistemas para o desenvolvimento de carreirassustentveis para os investigadores devem tomar em devidaconsiderao e ser guiados pelos princpios e requisitos geraisenunciados na Carta Europeia do Investigador e no Cdigo de Condutapara o Recrutamento de Investigadores constantes do anexo.

    4. Os Estados-Membros devem envidar esforos para transpor essesprincpios e requisitos gerais, no seu domnio de responsabilidade,para os quadros regulamentares nacionais ou para as normas ouorientaes sectoriais e/ou institucionais (cartase/ou cdigos para osinvestigadores). Ao faz-lo, devero ter em conta a grande diversidadedas ordens jurdicas, regulamentaes e prticas que, em diferentespases e em diferentes sectores, determinam o percurso, a

    organizao e as condies de trabalho de uma carreira em I&D.5. Os Estados-Membros devem considerar esses princpios e requisitos

    gerais como uma parte integrante dos mecanismos institucionais degarantia da qualidade, valorizando-os como um meio para oestabelecimento de critrios de concesso de fundos em regimes de

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    financiamento nacionais/regionais, bem como adoptando-os emprocedimentos de auditoria, acompanhamento e avaliao dosorganismos pblicos.

    6. Os Estados-Membros devem prosseguir os seus esforos paraeliminar os obstculos jurdicos e administrativos ainda existentesque impedem a mobilidade, incluindo os relacionados com amobilidade intersectorial e a mobilidade entre e no mbito dediferentes funes, tendo em devida considerao o alargamento daUnio Europeia.

    7. Os Estados-Membros devem envidar esforos para garantir que osinvestigadores beneficiem de uma cobertura adequada em matriade segurana social de acordo com o seu estatuto jurdico. Nestecontexto, deve ser prestada especial ateno transferncia dedireitos de penso, quer legais quer complementares, parainvestigadores que mudem de emprego nos sectores pblico eprivado no mesmo pas e tambm para os investigadores que mudemde emprego para um outro pas da Unio Europeia. Esses regimesdeveriam garantir que os investigadores que, no decurso da sua vida,mudam de emprego ou interrompem a sua carreira no percamindevidamente direitos em matria de segurana social.

    8. Os Estados-Membros devem criar as necessrias estruturas deacompanhamento a fim de procederem regularmente reviso dapresente recomendao, bem como de aferirem em que medida asentidades empregadoras ou financiadoras e os investigadoresaplicaram a Carta Europeia do Investigador e o Cdigo de Condutapara o Recrutamento de Investigadores.

    9. O critrio para esta aferio deve ser estabelecido e acordado com osEstados-Membros no contexto dos trabalhos realizados pelo GrupoDirector sobre Recursos Humanos e Mobilidade.

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    10. Os Estados-Membros, na sua qualidade de representantes emorganizaes internacionais estabelecidas a nvelintergovernamental, devem tomar em devida considerao a

    presente recomendao ao propor estratgias e tomar decises sobreas actividades dessas organizaes.

    11. A presente recomendao dirigida aos Estados-Membros, mastambm tem como objectivo ser um instrumento para a promoodo dilogo social, bem como do dilogo entre os investigadores, aspartes interessadas e a sociedade em geral.

    12. Os Estados-Membros so convidados a informar a Comisso, namedida do possvel at 15 de Dezembro de 2005 e posteriormentecom periodicidade anual, das medidas que tenham adoptado nasequncia da presente recomendao e dos primeiros resultados dasua aplicao, apresentando alm disso exemplos de boas prticas.

    13. A presente recomendao ser revista periodicamente pela Comissono mbito do mtodo aberto de coordenao.

    Feito em Bruxelas, em 11 de Maro de 2005.

    Pela ComissoJanez PotonikMembro da Comisso

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    A Carta Europeia do Investigador consiste num conjunto de princpios erequisitos gerais que definem os papis, responsabilidades e direitos dosinvestigadores, bem como das entidades empregadoras e/oufinanciadoras dos investigadores 6. O objectivo da Carta garantir que anatureza da relao entre os investigadores e as entidades empregadorasou financiadoras seja propcia ao sucesso na produo, transferncia,partilha e divulgao dos conhecimentos e do desenvolvimentotecnolgico, bem como progresso na carreira dos investigadores. ACarta reconhece tambm o valor de todas as formas de mobilidade comoum factor de desenvolvimento profissional dos investigadores.

    Neste sentido, a Carta constitui um enquadramento para os investigadorese as entidades empregadoras e financiadoras, que os convida a agir deforma responsvel e como profissionais no seu ambiente de trabalho e areconhecerem-se mutuamente como tal.

    A Carta dirige-se a todos os investigadores na Unio Europeia em todas as

    fases da sua carreira e abrange todos os domnios de investigao nossectores pblico e privado, independentemente da natureza da nomeaoou emprego 7, do estatuto jurdico da sua entidade empregadora ou dotipo de organizao ou estabelecimento em que o trabalho realizado.Toma em considerao os mltiplos papis dos investigadores, que so

    ANEXO

    Seco 1

    Carta Europeia do Investigador

    6

    Ver definio na Seco 3.7 Ver definio na Seco 3.

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    nomeadosno apenas para a realizao de trabalhos de investigao e/ouactividades de desenvolvimento, mas que participam tambm nasuperviso, orientao pedaggica e gesto ou em tarefas administrativas.

    A presente Carta parte do princpio que os investigadores, bem como assuas entidades empregadoras e/ou financiadoras, tm a obrigaoprimordial de garantir o cumprimento dos requisitos da legislaonacional ou regional aplicvel. Nos casos em que os investigadoresbeneficiam de um estatuto ou direitos que so, em determinadosaspectos, mais favorveis que os previstos na presente Carta, esta nodeve ser invocada para reduzir o estatuto ou os direitos j adquiridos.

    Os investigadores, bem como as entidades empregadoras e financiadoras,que aderirem presente Carta estaro igualmente a respeitar os direitosfundamentais e os princpios consagrados na Carta dos DireitosFundamentais da Unio Europeia 8.

    8 Jornal Oficial C 364 de 18.12.2000, p. 1-22.

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    Princpios e requisitos gerais aplicveis aos investigadores:

    Liberdade de investigao

    Os investigadores devem realizar a sua investigao tendo como objectivoo bem da humanidade e a expanso das fronteiras do conhecimentocientfico, gozando simultaneamente da liberdade de pensamento e deexpresso, bem como da liberdade para determinar os mtodosadequados para a resoluo dos problemas, de acordo com prticas eprincpios ticos reconhecidos.

    No entanto, os investigadores devem reconhecer as limitaes a estaliberdade que podero decorrer de circunstncias especficas dainvestigao (incluindo superviso/orientao/gesto) ou de restriesoperacionais, por exemplo, questes de ordem oramental ouinfraestrutural ou, principalmente no sector industrial, questes deproteco dos direitos de propriedade intelectual. Todavia, essaslimitaes no devem contrariar prticas e princpios ticos reconhecidos,aos quais os investigadores devem aderir.

    Princpios ticos

    Os investigadores devem aderir s prticas ticas e aos princpios ticosfundamentais reconhecidos e adequados (s) sua(s) disciplina(s), bemcomo s normas ticas documentadas nos diferentes cdigos de ticanacionais, sectoriais ou institucionais.

    Responsabilidade profissional

    Os investigadores devem envidar todos os esforos para garantir que osseus trabalhos de investigao sejam relevantes para a sociedade e nodupliquem trabalhos anteriormente realizados por outros.

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    Devem evitar o plgio de qualquer tipo e respeitar o princpio dapropriedade intelectual e da propriedade conjunta de dados caso otrabalho de investigao seja efectuado em colaborao com um ou vrios

    supervisores e/ou outros investigadores. A necessidade de validao denovas observaes pela demonstrao da reprodutibilidade dasexperincias no deve ser interpretada como plgio, desde que sejamexplicitamente citados os dados a confirmar.

    Caso algum aspecto do seu trabalho seja delegado, os investigadoresdevem garantir que a pessoa em quem esse trabalho delegado tenhacompetncia para o executar.

    Atitude profissional

    Os investigadores devem ter conhecimento dos objectivos estratgicosque regem o seu ambiente de investigao, bem como dos mecanismosde financiamento, e devero obter todas as aprovaes necessrias antesdo incio do seu trabalho de investigao ou do acesso aos recursosproporcionados.

    Os investigadores devem informar as suas entidades empregadoras efinanciadoras ou o seu supervisor caso o seu projecto de investigaosofra atrasos, seja redefinido ou completado, bem como avisar caso esteseja terminado mais cedo ou suspenso por qualquer motivo.

    Obrigaes contratuais e jurdicas

    Os investigadores a todos os nveis devem ter conhecimento daregulamentao nacional, sectorial ou institucional que rege as condies

    de formao e/ou de trabalho. Tal inclui a regulamentao relativa aosdireitosde propriedade intelectual e os requisitos e condies de eventuaispatrocinadores ou entidades financiadoras, independentemente danatureza do seu contrato. Os investigadores devem cumprir essa

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    regulamentao apresentando os seus resultados (por exemplo, teses,publicaes, patentes, relatrios, desenvolvimento de novos produtos,etc.) conforme estabelecido nas condies do contrato ou em documento

    equivalente.

    Responsabilizao

    Os investigadores devem estar conscientes que so responsveis peranteas suas entidades empregadoras e financiadoras ou outros organismospblicosou privados conexos, bem como, a nvel tico, perante a sociedadeno seu conjunto. Os investigadores financiados por fundos pblicos, em

    especial, so tambm responsveis pela utilizao eficiente do dinheirodos contribuintes. Em consequncia, devem aderir aos princpios de umagesto financeira slida, transparente e eficiente e cooperar quando darealizao de eventuais auditorias autorizadas dos seus trabalhos deinvestigao, quer pelas suas entidades empregadoras/financiadoras querpor comits de tica.

    Os mtodos de recolha e anlise, as realizaes e, quando aplicvel,dados pormenorizados devero estar disponveis para fins de controlo

    interno e externo, sempre que necessrio e solicitado pelas autoridadescompetentes.

    Boas prticas em investigao

    Os investigadores devem sempre adoptar prticas de trabalho seguras,consentneas com a legislao nacional, e nomeadamente tomar todas asprecaues necessrias para fins sanitrios e de segurana e para a

    recuperao da informao em caso de desastres informticos, porexemplo, preparando estratgias adequadas relativamente a cpias desegurana. Devem tambm ter conhecimento dos requisitos legaisnacionais em vigor relativos proteco dos dados e da confidencialidadee tomar as medidas necessrias para lhes dar sempre cumprimento.

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    Divulgao e explorao dos resultados

    Os investigadores devem garantir, de acordo com as respectivasdisposies contratuais, que os resultados dos seus trabalhos de

    investigao sejam divulgados e explorados, por exemplo, atravs decomunicao, de transferncia para outros contextos de investigao ou,se adequado, de comercializao. Espera-se, em especial, que osinvestigadores seniores liderem o processo no sentido de garantir que ainvestigao seja frutuosa e que os resultados sejam exploradoscomercialmente ou disponibilizados ao pblico (ou ambos) sempre quehaja oportunidade.

    Envolvimento pblico

    Os investigadores devem garantir que as suas actividades de investigaosejam levadas ao conhecimento da sociedade em geral numa forma emque possam ser compreendidas por leigos na matria, melhorando assima compreenso que o pblico tem da cincia. Um envolvimento directocom o pblico ajudar os investigadores a compreender melhor ointeresse do pblico quanto a prioridades cientficas e tecnolgicas e

    tambm as suas preocupaes.

    Relao com os supervisores

    Os investigadores em fase de formao devem estabelecer uma relaoestruturada e regular com o(s) seu(s) supervisor(es) e representante(s)da faculdade/departamento de modo a tirar todo o partido da sua relaocom estes.

    Tal inclui a conservao de registos de toda a evoluo do trabalho e detodos os resultados da investigao, obtendo reaces atravs derelatrios e seminrios, tomando em considerao essas reaces e

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    trabalhando de acordo com calendrios, metas, prestaes concretase/ou resultados da investigao acordados.

    Deveres de superviso e gesto

    Os investigadores seniores devem dedicar especial ateno ao seu papelmultifacetado como supervisores, mentores, conselheiros de orientaoprofissional, lderes, coordenadores de projectos, gestores oudivulgadores cientficos. Devem executar estas tarefas de acordo com osmais elevados padres profissionais. No que diz respeito ao seu papelcomo supervisores ou mentores de investigadores, os investigadores

    seniores devem estabelecer uma relao construtiva e positiva com osinvestigadores em incio de carreira, a fim de criar condies para umatransferncia de conhecimentos eficiente e para um maiordesenvolvimento e sucesso da carreira dos investigadores.

    Desenvolvimento profissional contnuo

    Os investigadores em todas as fases de carreira devem procurarcontinuamente o seu aperfeioamento atravs de uma actualizaoregular e de um alargamento das suas aptides e competncias. Talpoder processar-se de vrias formas, nomeadamente atravs deformao formal, workshops, conferncias e aprendizagem electrnica.

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    Princpios e requisitos gerais aplicveis s entidades

    empregadoras e financiadoras:

    Reconhecimento da profisso

    Todos os investigadores que seguem uma carreira de investigao devemser reconhecidos como profissionais e tratados como tal. Estereconhecimento deve comear no incio da sua carreira, nomeadamentea nvel ps-graduado, e incluir todos os nveis, independentemente dasua classificao a nvel nacional (por exemplo, empregado, estudanteps-graduado, doutorando, doutorado (fellow), funcionrio pblico).

    No-discriminao

    Os investigadores no sero objecto de qualquer forma de discriminaopor parte das entidades empregadoras e/ou financiadoras com base nosexo, idade, origem tnica, nacional ou social, religio ou convices,orientao sexual, lngua, deficincia, opinies polticas e condio socialou econmica.

    Ambiente de investigao

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras dos investigadores devemgarantir a criao de um ambiente de investigao ou formao pelainvestigao to estimulante quanto possvel, com equipamentos,instalaes e oportunidades adequados, incluindo a colaborao distncia atravs de redes de investigao, bem como o cumprimento da

    regulamentao nacional ou sectorial em matria de sade e seguranano domnio da investigao. As entidades financiadoras devem garantir adisponibilizao de recursos adequados para apoio ao programa detrabalho acordado.

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    Condies de trabalho

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir que ascondies de trabalho dos investigadores, incluindo investigadores com

    deficincias, proporcionem, quando adequado, a flexibilidade consideradaessencial para a boa execuo da investigao, de acordo com a legislaonacional em vigor e os acordos colectivos nacionais ou sectoriais. Estasentidades devem ter como objectivo proporcionar condies de trabalhoque permitam aos investigadores de ambos os sexos conciliar famlia etrabalho, filhos e carreira 9. Dever nomeadamente ser dada especialateno a horrios de trabalho flexveis, a trabalho a tempo parcial, aoteletrabalho e a licenas sabticas, bem como s necessrias disposies

    financeiras e administrativas dessas modalidades.

    Estabilidade e permanncia do emprego

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir que odesempenho dos investigadores no seja prejudicado pela instabilidadedos contratos de trabalho e devem, por conseguinte, comprometer-setanto quanto possvel a melhorar a estabilidade das condies de

    emprego dos investigadores, desse modo aplicando e cumprindo osprincpios e condies estabelecidos na Directiva da UE relativa acontratos de trabalho a termo 10.

    9 Ver SEC (2005) 260, Mulheres e cincias: Excelncia e inovao Igualdade dos gneros nacincia.

    10

    Esta directiva tem como objectivo impedir que os trabalhadores contratados a termo sejamtratados de forma menos favorvel que o pessoal permanente equiparvel, a fim de evitarabusos decorrentes da utilizao de sucessivos contratos a termo, de melhorar o acesso formao dos trabalhadores contratados a termo e de garantir que estes sejam informados daabertura de vagas para postos de trabalho permanentes. Directiva 1999/70/CE do Conselho,de 28 de Junho de 1999, respeitante ao acordo-quadro CES, UNICE e CEEP relativo a contratosde trabalho a termo.

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    Financiamento e salrios

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras dos investigadores devemgarantir que estes beneficiem de condies justas e atraentes de

    financiamento e/ou de salrios com regalias de segurana socialadequadas e equitativas (incluindo assistncia na doena e assistncia famlia, direitos de penso e subsdio de desemprego) de acordo com alegislao nacional em vigor e com os acordos colectivos nacionais ousectoriais. Estas condies devem abranger os investigadores em todas asfases de carreira, incluindo os investigadores em incio de carreira, e serproporcionais ao seu estatuto jurdico, desempenho e nvel dequalificaes e/ou responsabilidades.

    Equilbrio entre gneros 11

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem ter como objectivoum equilbrio representativo entre gneros a todos os nveis do pessoal,incluindo a nvel de superviso e gesto. Tal dever ser conseguidoatravs de numa poltica de igualdade de oportunidades na fase derecrutamento e nas fases subsequentes da carreira, prevalecendo todavia

    os critrios de qualidade e competncia. A fim de garantir um tratamentoequitativo, os comits de seleco e avaliao devem apresentar umequilbrio adequado entre gneros.

    Progresso na carreira

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras dos investigadores devemelaborar, de preferncia no mbito da sua gesto de recursos humanos,

    uma estratgia especfica de progresso na carreira para os investigadoresem todas as fases de carreira, independentemente da sua situao

    11 Ver SEC (2005) 260, Mulheres e cincias: Excelncia e inovao Igualdade dos gneros nacincia.

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    contratual, incluindo os investigadores com contratos de trabalho a termo.Essa estratgia dever incluir a disponibilidade de mentores queproporcionem apoio e orientao para o desenvolvimento pessoal e

    profissional dos investigadores, dessa forma motivando-os e contribuindopara a reduo da insegurana quanto ao seu futuro profissional. Osinvestigadores devem ser devidamente informados dessas disposies eacordos.

    Valor da mobilidade

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem reconhecer o valor

    da mobilidade geogrfica, intersectorial, interdisciplinar, transdisciplinare virtual 12, bem como da mobilidade entre os sectores pblico e privado,como um meio importante de promoo do conhecimento cientfico e dodesenvolvimento profissional em todas as fases da carreira de uminvestigador. Em consequncia, devem integrar essas opes naestratgia especfica de desenvolvimento de carreira e valorizar ereconhecer plenamente qualquer experincia de mobilidade no mbitodo seu sistema de avaliao/progresso na carreira.

    Tal implicar tambm a criao dos instrumentos administrativosnecessrios a fim de permitir a transferncia dos direitos em matria desegurana social e de subsdios, de acordo com a legislao nacional.

    Acesso formao pela investigao e ao desenvolvimento contnuo

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir que sejadada a todos os investigadores, em qualquer fase da sua carreira e

    independentemente da sua situao contratual, a oportunidade dedesenvolvimento profissional e de melhoria da sua empregabilidade

    12 Por exemplo, colaborao distncia atravs de redes electrnicas.

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    atravs do acesso a aces de desenvolvimento contnuo de aptides ecompetncias.

    Essas aces devem ser objecto de uma avaliao regular quanto sua

    acessibilidade, aceitao e eficcia na melhoria das competncias,aptides e empregabilidade.

    Acesso a orientao profissional

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir adisponibilizao de orientao profissional e de assistncia na procura deemprego, nas instituies em causa ou em atravs da colaborao com

    outras estruturas, aos investigadores em todas as fases das sua carreira,independentemente da sua situao contratual.

    Direitos de propriedade intelectual

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir que osinvestigadores em todas as fases da sua carreira usufruam dos benefciosda explorao (se aplicvel) dos seus resultados de I&D atravs de

    proteco jurdica e, em especial, de uma proteco adequada dosdireitos de propriedade intelectual, incluindo dos direitos de autor.

    As polticas e prticas devem especificar os direitos dos investigadorese/ou, quando aplicvel, das suas entidades empregadoras ou de outraspartes, incluindo organizaes comerciais ou industriais externas,conforme eventualmente previsto no mbito de acordos de colaboraoespecficos ou de outros tipos de acordos.

    Co-autoria

    A co-autoria deveria ser considerada de uma forma positiva pelasinstituies quando da avaliao do pessoal, como prova de umaabordagem construtiva na realizao de trabalhos de investigao. As

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    entidades empregadoras e/ou financiadoras devem, por conseguinte,desenvolver estratgias, prticas e procedimentos que proporcionem aosinvestigadores, incluindo os que iniciam a sua carreira de investigao, as

    condies-quadro necessrias para que tenham direito a ser reconhecidose referidos e/ou citados, no contexto dassuas contribuiesefectivas, comoco-autores de comunicaes, patentes, etc., ou a publicar os resultados dosseus prprios trabalhos de investigao independentemente do(s) seu(s)supervisor(es).

    Superviso

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir que sejaclaramente indicada uma pessoa de referncia a quem os investigadoresem incio de carreira possam recorrer para o desempenho dos seusdeveres profissionais, e que os investigadores sejam devidamenteinformados do facto.

    Essas modalidades deveriam definir claramente que os supervisorespropostos estejam suficientemente especializados na superviso detrabalhos de investigao, tenham tempo, conhecimentos, experincia,

    especializao e empenhamento, de modo a poderem disponibilizar umapoio adequado ao formando em investigao e providenciar osprocedimentos de progresso e reviso necessrios, bem como osnecessrios mecanismos de retorno.

    Ensino

    O ensino constitui um meio essencial para a estruturao e divulgao de

    conhecimentos e dever, por conseguinte, ser considerado uma opovaliosa no contexto das vias profissionais dos investigadores. No entanto,as responsabilidades a nvel de ensino no devero ser excessivas e nodevero impedir os investigadores, especialmente no incio da suacarreira, de desenvolver as suas actividades de investigao.

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    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir que asfunes de ensino sejam remuneradas de forma adequada e tomadas emconsiderao nos sistemas de avaliao/aferio e que o tempo dedicado

    pelo pessoal snior formao de investigadores em incio de carreiraseja contado como uma parte integrante das suas funes de ensino.Deve ser dada formao adequada para as actividades de ensino eorientao como parte integrante do desenvolvimento profissional dosinvestigadores.

    Sistemas de avaliao/aferio

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem criar para todos osinvestigadores, incluindo os investigadores seniores, sistemas deavaliao/aferio para fins de apreciao do seu desempenhoprofissional, com carcter regular e de uma forma transparente, por umcomit independente (e de preferncia internacional no caso dosinvestigadores seniores).

    Os referidos procedimentos de avaliao e aferio devem tomar emdevida considerao a criatividade global da investigao e dos

    respectivos resultados, por exemplo, publicaes, patentes, gesto dainvestigao, ensino/leitorado, superviso, orientao, colaboraonacional ou internacional, funes administrativas, actividades desensibilizao do pblico e mobilidade, que devero ser tidas em contano contexto da progresso na carreira.

    Reclamaes/recursos

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras dos investigadores devemestabelecer procedimentos adequados, em conformidade com as regrase regulamentao nacionais, possivelmente sob a forma de uma pessoaimparcial (do tipo mediador), para tratar de reclamaes/recursosapresentados pelos investigadores, incluindo os relativos a conflitos entre

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    supervisor(es) e investigadores em incio de carreira. Esses procedimentosdevem proporcionar a todo o pessoal de investigao assistnciaconfidencial e informal na resoluo de conflitos, litgios e queixas

    relacionadas com o trabalho, a fim de promover um tratamento justo eequitativo no mbito da instituio e de melhorar a qualidade geral doambiente de trabalho.

    Participao em rgos de deciso

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras dos investigadores devemreconhecer como plenamente legtimo, e mesmo desejvel, que os

    investigadores estejam representados nos rgos de deciso, consulta einformao relevantes das instituies em que trabalham, de modo aprotegerem e promoverem os seus interesses individuais e colectivoscomo profissionais e a contriburem activamente para o funcionamento dainstituio 13.

    Recrutamento

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem garantir que asnormas de entrada e admisso dos investigadores, especialmente emincio de carreira, estejam claramente especificadas e devem tambmfacilitar o acesso a grupos desfavorecidos ou a investigadores, incluindoprofessores (de qualquer nvel), que retomem a carreira de investigao.

    Ao nomear ou recrutar investigadores, as entidades empregadoras e/oufinanciadoras devem aderir aos princpios estabelecidos no Cdigo deConduta para o Recrutamento de Investigadores.

    13 Neste contexto ver tambm a Directiva 2002/14/CE.

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    Seco 2

    Cdigo de conduta para o recrutamento de investigadores

    O Cdigo de Conduta para o Recrutamento de Investigadores composto

    por um conjunto de princpios e requisitos gerais que devem ser seguidospelas entidades empregadoras e/ou financiadoras quando da nomeaoou recrutamento de investigadores. Estes princpios e requisitos devemgarantir o respeito de valores como a transparncia do processo derecrutamento e o tratamento equitativo de todos os candidatos, emespecial no que diz respeito ao desenvolvimento de um mercado europeude trabalho atraente, aberto e sustentvel para os investigadores, sendocomplementares dos consagrados na Carta Europeia do Investigador. As

    instituies e entidades empregadoras que aderirem ao Cdigo deConduta exprimiro abertamente o seu empenhamento em actuarem deuma forma responsvel e respeitvel e em proporcionarem condies-quadro justas para os investigadores, com uma inteno clara decontribuir para o avano do Espao Europeu da Investigao.

    Princpios e requisitos gerais do Cdigo de Conduta

    Recrutamento

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem estabelecerprocedimentos de recrutamento que sejam abertos 14, eficientes,transparentes, favorveis e comparveis a nvel internacional, bem comoadaptados ao tipo de vagas divulgadas.

    14 Devem ser utilizados todos os instrumentos disponveis, em especial os recursos da rede

    web acessveis internacional ou globalmente, como o Portal de Mobilidade do Investigadorpan-europeu (Researchers Mobility Portal): http://europa.eu.int/eracareers.

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    Os anncios devem conter uma descrio sucinta dos conhecimentos ecompetncias exigidos, que no devero ser de tal modo especializadosque desencorajem candidatos adequados. As entidades empregadoras

    devem incluir uma descrio das condies de trabalho e dos direitos,incluindo as perspectivas de progresso na carreira. Alm disso,o intervalo entre o anncio da vaga ou o convite apresentao decandidaturas e o prazo para resposta dever ser realista.

    Seleco

    Os comits de seleco devem reunir especializaes e competncias

    diversas e apresentar um equilbrio adequado entre gneros e, quandoapropriado e vivel, incluir membros de diferentes sectores (pblico eprivado) e disciplinas, incluindo de outros pases e com experinciarelevante para a avaliao do candidato. Sempre que possvel, dever serutilizada uma vasta gama de prticas de seleco, como avaliao porperitos externos e entrevistas pessoais. Os membros dos painis deseleco devem receber formao adequada.

    Transparncia

    Os candidatos devem ser informados, antes da seleco, sobre o processode recrutamento e os critrios de seleco, o nmero de vagas disponveise as perspectivas de progresso na carreira. Devem tambm serinformados, aps o processo de seleco, sobre os pontos fortes e fracosdas suas candidaturas.

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    Apreciao do mrito

    O processo de seleco dever ter em conta toda a gama de experincias 15

    dos candidatos. Embora com especial incidncia no seu potencial global

    como investigadores, tambm de tomar em considerao a suacriatividade e nvel de independncia.

    Tal implica que o mrito seja apreciado de forma qualitativa, bem comoquantitativa, com especial incidncia em resultados importantes numacarreira diversificada e no apenas no nmero de publicaes. Emconsequncia, a importncia dos ndices bibliomtricos deve seradequadamente ponderada num contexto mais vasto de critrios de

    avaliao, como as actividades de ensino, superviso, trabalho emequipa, transferncia de conhecimentos, gesto da investigao einovao e sensibilizao do pblico. Quanto aos candidatos do meioindustrial, deve ser dada especial ateno a quaisquer contribuies parapatentes, desenvolvimento ou invenes.

    Variaes na ordem cronolgica dos CV

    No devem ser penalizadas interrupes de carreira ou variaes naordem cronolgica dos CV, devendo antes ser consideradas como aevoluo de uma carreira e, consequentemente, como uma contribuiopotencialmente valiosa para o desenvolvimento profissional dosinvestigadores no sentido de um percurso profissional multidimensional.Deve, por conseguinte, ser permitido aos candidatos apresentar CV combase em provas, reflectindo um conjunto representativo de realizaes equalificaes adequadas ao lugar a que a candidatura se reporta.

    15 Ver tambm a Carta Europeia do Investigador: Sistemas de avaliao/aferio na seco 1 dopresente documento.

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    Reconhecimento da experincia de mobilidade

    Qualquer experincia de mobilidade - por exemplo, uma estadia noutropas/regio ou noutro contexto de investigao (pblico ou privado) ou

    uma mudana de uma disciplina ou sector para outro, quer integradanuma formao pela investigao inicial, quer numa fase posterior dacarreira de investigao, ou uma experincia de mobilidade virtual - deveser considerada um contributo valioso para o desenvolvimentoprofissional de um investigador.

    Reconhecimento de qualificaes

    As entidades empregadoras e/ou financiadoras devem providenciar umaavaliao e aferio adequadas das qualificaes acadmicas eprofissionais, incluindo qualificaes no formais, de todos osinvestigadores, especialmente no contexto da mobilidade internacional eprofissional. Estas entidades devem informar-se devidamente ecompreender plenamente as regras, procedimentos e normas que regemo reconhecimento dessas qualificaes e, consequentemente, exploraras convenes, regras especficas e legislao nacional existentes em

    matria de reconhecimento dessas qualificaes atravs de todos oscanais disponveis 16.

    Antiguidade

    O nvel de qualificaes exigidas deve ser consentneo com asnecessidades do lugar a preencher e no ser fixado de modo a constituiruma barreira entrada. O reconhecimento e a avaliao das qualificaes

    16 Consultar http://www.enic-naric.net/ para mais informaes quanto Rede de CentrosNacionais de Informao sobre o Reconhecimento Acadmico (National Academic RecognitionInformation Centres - NARIC) e Rede Europeia de Centros de Informao (European Networkof Information Centres ENIC).

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    devem incidir na apreciao das realizaes do candidato, mais do quenas suas circunstncias ou na reputao da instituio em que asqualificaes foram obtidas. Dado que as qualificaes profissionais

    podero ter sido obtidas na fase inicial de uma longa carreira, devetambm ser reconhecido o padro do desenvolvimento profissional aolongo da vida.

    Nomeaes ps-doutoramento

    As instituies responsveis pela nomeao de investigadoresdoutorados devem estabelecer regras claras e orientaes explcitas para

    o recrutamento e nomeao desses investigadores, incluindo a duraomxima e os objectivos dessas nomeaes. Essas orientaes devemtomar em considerao perodos anteriores de nomeaes ps-doutoramento noutras instituies e o facto de que o estatuto de ps-doutoramento dever ser transitrio, com o objectivo primrio deproporcionar oportunidades adicionais de desenvolvimento profissionalpara a carreira de um investigador no contexto das perspectivas decarreira a longo prazo.

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    Seco 3:

    Definies

    Investigadores

    Para fins da presente recomendao, ser utilizada a definio deinvestigador de Frascati 17, reconhecida internacionalmente. Emconsequncia, os investigadores so definidos como:

    Profissionais que trabalham na concepo ou criao de novos

    conhecimentos, produtos, processos, mtodos e sistemas e na gesto dos

    respectivos projectos.

    Mais especificamente, a presente recomendao abrange todas as

    pessoas profissionalmente envolvidas em actividades de I&D em qualquerfase da sua carreira 18, independentemente da sua classificao. Tal incluitodas as actividades relacionadas com a investigao fundamental,investigao estratgica, investigao aplicada, desenvolvimentoexperimental e transferncia de conhecimentos, incluindo a inovaoe funes de consultoria, superviso e ensino, gesto de conhecimentose de direitos de propriedade intelectual, explorao dos resultados dainvestigao ou jornalismo cientfico.

    feita uma distino entre investigadores em incio de carreira einvestigadores experientes:

    17 In: Proposed Standard Practice for Surveys on Research and Experimental Development,Frascati Manuel, OCDE, 2002.

    18

    COM (2003) 436 of 18.7.2003: Investigadores no Espao Europeu da Investigao: umaprofisso, mltiplas carreiras.

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    Entende-se por investigadores em incio de carreira 19 osinvestigadores que se encontram nos primeiros quatro anos(equivalente a tempo inteiro) da sua actividade de investigao,

    incluindo o perodo da formao pela investigao. Entende-se por investigadores experientes 20 os investigadores com,

    pelo menos, quatro anos de experincia de investigao(equivalente a tempo inteiro), a contar da data de obteno de umdiploma universitrio que lhes d acesso a estudos dedoutoramento no pas em que foi obtido ou os investigadorestitulares de um diploma de doutoramento, independentemente dotempo despendido para a sua obteno.

    Entidades empregadoras

    No contexto da presente recomendao, entende-se por entidadesempregadoras todas as instituies pblicas ou privadas que empregaminvestigadores numa base contratual ou que os acolhem ao abrigo deoutros tipos de contratos ou convenes, mesmo que no exista umarelao financeira directa. Estas ltimas entidades referem-se

    especialmente a instituies de ensino superior, departamentosuniversitrios, laboratrios, fundaes ou organismos privados em que osinvestigadores realizam a sua formao pela investigao ou desenvolvemas suas actividades de investigao com base no financiamentoconcedido por um terceiro.

    19 Ver Programa de Trabalho sobre Estruturao do Espao Europeu da Investigao: RecursosHumanos e Mobilidade, Aces Marie Curie, edio de Setembro de 2004, pgina 41.

    20 Idem, pgina 42.

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    Entidades financiadoras

    Por entidades financiadoras entende-se todos os organismos 21

    que concedem financiamentos (incluindo bolsas, prmios e subvenes)

    a instituies pblicas e privadas de investigao, incluindoestabelecimentos de ensino superior. Nesta qualidade, podero estipularcomo condio para a concesso do financiamento que as instituiesfinanciadas implementem e apliquem estratgias, prticas e mecanismosefectivos consentneos com os princpios e requisitos gerais definidosna presente recomendao.

    Nomeao ou empregoPor nomeao ou emprego entende-se qualquer tipo de contrato oubolsa, subveno ou prmio financiado por um terceiro, incluindo ofinanciamento no mbito do(s) programa(s)-quadro 22.

    21 A Comunidade envidar todos os esforos para aplicar os compromissos estabelecidos napresente recomendao aos beneficirios de financiamento no mbito dos programas-quadrode aces em matria de investigao, desenvolvimento tecnolgico e demonstrao.

    22 Programa(s)-quadro de aces em matria de investigao, desenvolvimento tecnolgico edemonstrao.

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    Directorate-General for ResearchHuman resources and mobility (Marie Curie Actions) EUR 216202005

    EUROPEAN COMMISSION

    The European Charter

    for Researchers

    The Code of Conductfor the Recruitment

    of Researchers

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    The Commission of the European Communities

    Having regard to the Treaty establishing the European Community, and inparticular Article 165 thereof

    Whereas

    (1) The Commission considered it necessary in January 2000 1 to estab-lish the European Research Area as the linchpin of the Communitysfuture action in this field with a view to consolidating and giving struc-ture to a European research policy.

    (2) The Lisbon European Council set the Community the objective ofbecoming the most competitive and dynamic knowledge economy inthe world by 2010.

    (3) The Council has addressed issues related to the profession and thecareer of researcherswithin the European Research Area in itsResolution

    of 10 November 2003 2 and welcomed in particular the Commissions

    intention to work towards the development of a European Researchers

    Charter and a Code of Conduct for the Recruitment of Researchers.

    Commission Recommendationof 11 March 2005on the European Charter for Researchersand on a Code of Conduct for the Recruitmentof Researchers

    1 COM(2000) 6 final of 18.1.2000.2

    JO C 282, p. 1-2, of 25.11.2003. Council Resolution of 10 November 2003 (2003/C 282/01 onthe profession and the career of researchers within the European Research Area).

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    (4) The identified potential shortage of researchers 3, particularly in cer-tain key disciplines, will pose a serious threat to EUs innovativestrength, knowledge capacity and productivity growth in the near

    future and may hamper the attainment of the Lisbon and Barcelonaobjectives. Consequently, Europe must dramatically improve itsattractiveness to researchers and strengthen the participation ofwomen researchers by helping to create the necessary conditions formore sustainable and appealing careers for them in R&D 4.

    (5) Sufficient and well-developed human resources in R&D are the cor-nerstone of advancement in scientific knowledge, technologicalprogress, enhancing the quality of life, ensuring the welfare of Euro-

    pean citizens and contributing to Europes competitiveness.

    (6) New instruments for the career development of researchers should beintroduced and implemented, thus contributing to the improvementof career prospects for researchers in Europe.

    (7) Enhanced and more visible career prospects also contribute to thebuilding of a positive public attitude towards the researchers pro-fession, and thereby encourage more young people to embark on

    careers in research.(8) The ultimate political goal of this Recommendation is to contribute to

    the development of an attractive, open and sustainable Europeanlabour market for researchers, where the framework conditions allowfor recruiting and retaining high quality researchers in environmentsconducive to effective performance and productivity.

    (9) Member States should endeavour to offer researchers sustainable

    career development systems at all career stages, regardless of theircontractual situation and of the chosen R&D career path, and they

    3 COM (2003) 226 final and SEC(2003) 489 of 30.4.2003.4 SEC (2005) 260.

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    should endeavour to ensure that researchers are treated as profes-sionals and as an integral part of the institutions in which they work.

    (10) Even though Member States have made considerable efforts to over-

    come administrative and legal obstacles to geographical and inter-sectoral mobility, many of these obstacles still remain.

    (11) All forms of mobility should be encouraged as part of a comprehen-sive human resource policy in R&D at national, regional and institu-tional level.

    (12) The value of all forms of mobility needs to be fully recognised in thecareer appraisal and career advancement systems for researchers,

    thus guaranteeing that such an experience is conducive to their pro-fessional development.

    (13) The development of a consistent career and mobility policy forresearchers to 5 and from the European Union should be consideredwith regard to the situation in developing countries and regions withinand outside Europe, so that building research capacities within theEuropean Union does not occur at the expense of less developedcountries or regions.

    (14) Funders or employers of researchers in their role as recruiters shouldbe responsible for providing researchers with open, transparent andinternationally comparable selection and recruitment procedures.

    (15) Society should appreciate more fully the responsibilities and the pro-fessionalism that researchers demonstrate in executing their work atdifferent stages of their careers and in their multi-faceted role asknowledge workers, leaders, project coordinators, managers, super-

    visors, mentors, career advisors or science communicators.

    5 COM(2004) 178 final of 16.3.2004.

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    (16) This Recommendation takes as its premise that employers or fundersof researchers have an overriding obligation to ensure that they meetrespective national, regional or sectoral legislation requirements.

    (17) This Recommendation provides Member States, employers, fundersand researchers with a valuable instrument to undertake, on a vo-luntary basis, further initiatives for the improvement and consolidationof researchers career prospects in the European Union and for thecreation of an open labour market for researchers.

    (18) The general principles and requirements outlined in this Recommen-dation are the fruits of a public consultation process to which themembers of the Steering Group on Human Resources and Mobilityhave been fully associated,

    Hereby recommends:

    1. That Member States endeavour to undertake the necessary steps toensure that employers or funders of researchers develop and main-tain a supportive research environment and working culture, whereindividuals and research groups are valued, encouraged and sup-ported, and provided with the necessary material and intangible sup-port to enable them to fulfil their objectives and tasks. Within thiscontext, particular priority should be given to the organisation ofworking and training conditions in the early stage of the researcherscareers, as it contributes to the future choices and attractiveness ofa career in R&D.

    2. That Member States endeavour to take, wherever necessary, the cru-

    cial steps to ensure that employers or funders of researchers improvethe recruitment methods and career evaluation/appraisal systems inorder to create a more transparent, open, equal and internationallyaccepted system of recruitment and career development as a pre-requisite for a genuine European labour market for researchers.

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    3. That Member States - as they formulate and adopt their strategiesand systems for developing sustainable careers for researchers - takeduly into account and are guided by the general principles and

    requirements, referred to as The European Charter for Researchersand the Code of Conduct for the Recruitment of Researchers outlinedin the Annex.

    4. That Member States endeavour to transpose these general principlesand requirements within their area of responsibility into national re-gulatory frameworks or sectoral and/or institutional standards andguidelines (charters and/or codes for researchers). In so doing theyshould take into account the great diversity of the laws, regulations

    and practices which, in different countries and in different sectors,determine the path, organisation and working conditions of a careerin R&D.

    5. That Member States consider such general principles and require-ments as an integral part of institutional quality assurance mecha-nisms by regarding them as a means for establishing funding criteriafor national/regional funding schemes, as well as adopting them forthe auditing, monitoring and evaluation processes of public bodies.

    6. That Member States continue their efforts to overcome the persistinglegal and administrative obstacles to mobility, including those relatedto intersectoral mobility and mobility between and within differentfunctions, taking into account an enlarged European Union.

    7. That Member States endeavour to ensure that researchers enjoy ade-quate social security coverage according to their legal status. Withinthis context, particular attention should be paid to the portability of

    pension rights, either statutory or supplementary, for researchersmoving within the public and private sectors in the same country andalso for those moving across borders within the European Union.Such regimes should guarantee that researchers who, in the course

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    of their lives, change jobs or interrupt their careers do not unduly suf-fer a loss of social security rights.

    8. That Member States put in place the necessary monitoring structures

    to review this Recommendation regularly, as well as to measure theextent to which employers, funders and researchers have applied theEuropean Charter for Researchers and the Code of Conduct for theRecruitment of Researchers.

    9. That the criteria for measuring this will be established and agreedwith the Member States within the context of the work undertaken bythe Steering Group on Human Resources and Mobility.

    10. That Member States in their role as representatives in the interna-tional organisations established at intergovernmental level take dueaccount of this Recommendation when proposing strategies and tak-ing decisions concerning the activities of those organisations.

    11. This Recommendation is addressed to the Member States but it isalso intended as an instrument to encourage social dialogue, as wellas dialogue among researchers, stakeholders and society at large.

    12. The Member States are invited to inform the Commission, as far aspossible, by 15th December 2005 and annually thereafter of anymeasures they have taken further to this Recommendation, and toinform it of the first results of its application as well as to provideexamples of good practice.

    13. This Recommendation will be reviewed periodically by the Commis-sion in the context of the Open Method of Coordination.

    Done at Brussels, 11 March 2005For the Commission

    Janez PotonikMember of the Commission

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    The European Charter for Researchers is a set of general principles andrequirements which specifies the roles, responsibilities and entitlementsof researchers as well as of employers and/or funders of researchers 6.The aim of the Charter is to ensure that the nature of the relationshipbetween researchers and employers or funders is conducive to successfulperformance in generating, transferring, sharing and disseminatingknowledge and technological development, and to the career develop-ment of researchers. The Charter also recognizes the value of all forms ofmobility as a means for enhancing the professional development ofresearchers.

    In this sense, the Charter constitutes a framework for researchers, employers

    and funders which invites them to act responsibly and as professionalswithin their working environment, and to recognise each other as such.

    The Charter addresses all researchers in the European Union at all stagesof their career and covers all fields of research in the public and private

    sectors, irrespective of the nature of the appointment or employment 7, thelegal status of their employer or the type of organisation or establishmentin which the work is carried out. It takes into account the multiple roles ofresearchers, who are appointed not only to conduct research and/or tocarry out development activities but are also involved in supervision, men-toring, management or administrative tasks.

    ANNEX

    Section 1

    The European Charter for Researchers

    6

    See definition in Section 3.7 See definition in Section 3.

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    This Charter takes as its premise that researchers as well as employersand/or funders of researchers have an overriding obligation to ensure thatthey meet the requirements of the respective national or regional legisla-

    tion. Where researchers enjoy a status and rights which are, in certainrespects, more favourable than those provided for in this Charter, its termsshould not be invoked to diminish the status and rights already acquired.

    Researchers, as well as employers and funders, who adhere to this Char-ter will also be respecting the fundamental rights and observe the prin-ciples recognised by the Charter of Fundamental Rights of the EuropeanUnion 8.

    8 Official Journal C 364, 18.12.2000 p. 0001-0022.

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    General Principles and Requirements

    applicable to Researchers:

    Research Freedom

    Researchers should focus their research for the good of mankind and forexpanding the frontiers of scientific knowledge, while enjoying the free-dom of thought and expression, and the freedom to identify methods bywhich problems are solved, according to recognised ethical principles andpractices.

    Researchers should, however, recognise the limitations to this freedomthat could arise as a result of particular research circumstances (includingsupervision/guidance/management) or operational constraints, e.g. forbudgetary or infrastructural reasons or, especially in the industrial sector,for reasons of intellectual property protection. Such limitations shouldnot, however, contravene recognised ethical principles and practices, towhich researchers have to adhere.

    Ethical principles

    Researchers should adhere to the recognised ethical practices and fun-damental ethical principles appropriate to their discipline(s) as well as toethical standards as documented in the different national, sectoral or insti-tutional Codes of Ethics.

    Professional responsibility

    Researchers should make every effort to ensure that their research is re-levant to society and does not duplicate research previously carried outelsewhere.

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    They must avoid plagiarism of any kind and abide by the principle of intel-lectual property and joint data ownership in the case of research carriedout in collaboration with a supervisor(s) and/or other researchers. The

    need to validate new observations by showing that experiments are repro-ducible should not be interpreted as plagiarism, provided that the data tobe confirmed are explicitly quoted.

    Researchers should ensure, if any aspect of their work is delegated, thatthe person to whom it is delegated has the competence to carry it out.

    Professional attitude

    Researchers should be familiar with the strategic goals governing theirresearch environment and funding mechanisms, and should seek all ne-cessary approvals before starting their research or accessing the resourcesprovided.

    They should inform their employers, funders or supervisor when theirresearch project is delayed, redefined or completed, or give notice if it isto be terminated earlier or suspended for whatever reason.

    Contractual and legal obligations

    Researchers at all levels must be familiar with the national, sectoral orinstitutional regulations governing training and/or working conditions.This includes Intellectual Property Rights regulations, and the require-ments and conditions of any sponsor or funders, independently of thenature of their contract. Researchers should adhere to such regulations bydelivering the required results (e.g. thesis, publications, patents, reports,

    new products development, etc) as set out in the terms and conditions ofthe contract or equivalent document.

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    Accountability

    Researchers need to be aware that they are accountable towards theiremployers, funders or other related public or private bodies as well as, on

    more ethical grounds, towards society as a whole. In particular,researchers funded by public funds are also accountable for the efficientuse of taxpayers money. Consequently, they should adhere to the prin-ciples of sound, transparent and efficient financial management and co-operate with any authorised audits of their research, whether undertakenby their employers/funders or by ethics committees.

    Methods of collection and analysis, the outputs and, where applicable,

    details of the data should be open to internal and external scrutiny, when-ever necessary and as requested by the appropriate authorities.

    Good practice in research

    Researchers should at all times adopt safe working practices, in line withnational legislation, including taking the necessary precautions for healthand safety and for recovery from information technology disasters, e.g. by

    preparing proper back-up strategies. They should also be familiar with thecurrent national legal requirements regarding data protection and confi-dentiality protection requirements, and undertake the necessary steps tofulfil them at all times.

    Dissemination, exploitation of results

    All researchers should ensure, in compliance with their contractualarrangements, that the results of their research are disseminated andexploited, e.g. communicated, transferred into other research settings or,if appropriate, commercialised. Senior researchers, in particular, areexpected to take a lead in ensuring that research is fruitful and that results

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    are either exploited commercially or made accessible to the public (orboth) whenever the opportunity arises.

    Public engagement

    Researchers should ensure that their research activities are made knownto society at large in such a way that they can be understood by non-spe-cialists, thereby improving the publics understanding of science. Directengagement with the public will help researchers to better understandpublic interest in priorities for science and technology and also the pub-lics concerns.

    Relation with supervisors

    Researchers in their training phase should establish a structured and re-gular relationship with their supervisor(s) and faculty/departmental rep-resentative(s) so as to take full advantage of their relationship with them.

    This includes keeping records of all work progress and research findings,obtaining feedback by means of reports and seminars, applying such feed-

    back and working in accordance with agreed schedules, milestones, deliv-erables and/or research outputs.

    Supervision and managerial duties

    Senior researchers should devote particular attention to their multi-facetedrole as supervisors, mentors, career advisors, leaders, project coordina-tors, managers or science communicators. They should perform these

    tasks to the highest professional standards. With regard to their role assupervisors or mentors of researchers, senior researchers should build upa constructive and positive relationship with the early-stage researchers,in order to set the conditions for efficient transfer of knowledge and for thefurther successful development of the researchers careers.

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    Continuing Professional Development

    Researchers at all career stages should seek to continually improve them-selves by regularly updating and expanding their skills and competencies.

    This may be achieved by a variety of means including, but not restricted to,formal training, workshops, conferences and e-learning.

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    General Principles and Requirements applicable to Employers and

    Funders:

    Recognition of the profession

    All researchers engaged in a research career should be recognised as pro-fessionals and be treated accordingly. This should commence at the begin-ning of their careers, namely at postgraduate level, and should include alllevels, regardless of their classification at national level (e.g. employee,postgraduate student, doctoral candidate, postdoctoral fellow, civil ser-vants).

    Non-discrimination

    Employers and/or funders of researchers will not discriminate againstresearchers in any way on the basis of gender, age, ethnic, national orsocial origin, religion or belief, sexual orientation, language, disability,political opinion, social or economic condition.

    Research environment

    Employers and/or funders of researchers should ensure that the moststimulating research or research training environment is created whichoffers appropriate equipment, facilities and opportunities, including forremote collaboration over research networks, and that the national or sec-toral regulations concerning health and safety in research are observed.Funders should ensure that adequate resources are provided in support of

    the agreed work programme.

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    Working conditions

    Employers and/or funders should ensure that the working conditions forresearchers, including for disabled researchers, provide where appropri-

    ate the flexibility deemed essential for successful research performance inaccordance with existing national legislation and with national or sectoralcollective-bargaining agreements. They should aim to provide workingconditions which allow both women and men researchers to combine fam-ily and work, children and career9. Particular attention should be paid,inter alia, to flexible working hours, part-time working, tele-working andsabbatical leave, as well as to the necessary financial and administrativeprovisions governing such arrangements.

    Stability and permanence of employment

    Employers and/or funders should ensure that the performance ofresearchers is not undermined by instability of employment contracts, andshould therefore commit themselves as far as possible to improving thestability of employment conditions for researchers, thus implementingand abiding by the principles and terms laid down in the EU Directive on

    Fixed-Term Work10.

    9 See SEC (2005) 260, Women and Science: Excellence and Innovation Gender Equality inScience.

    10 Which aims to prevent fixed-term employees from being treated less favourably than similarpermanent employees, to prevent abuse arising from the use of successive fixed-term con-tracts, to improve access to training for fixed-term employees and to ensure that fixed-termemployees are informed about available permanent jobs. Council Directive 1999/70/EC con-cerning the Framework Agreement on fixed-term work concluded by ETUC, UNICE and CEEP,adopted on 28 June 1999.

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    Funding and salaries

    Employers and/or funders of researchers should ensure that researchersenjoy fair and attractive conditions of funding and/or salaries with ade-

    quate and equitable social security provisions (including sickness andparental benefits, pension rights and unemployment benefits) in accor-dance with existing national legislation and with national or sectoral col-lective bargaining agreements. This must include researchers at all careerstages including early-stage researchers, commensurate with their legalstatus, performance and level of qualifications and/or responsibilities.

    Gender balance

    11

    Employers and/or funders should aim for a representative gender balanceat all levels of staff, including at supervisory and managerial level. Thisshould be achieved on the basis of an equal opportunity policy at recruit-ment and at the subsequent career stages without, however, taking prece-dence over quality and competence criteria. To ensure equal treatment,selection and evaluation committees should have an adequate genderbalance.

    Career development

    Employers and/or funders of researchers should draw up, preferably withinthe framework of their human resources management, a specific careerdevelopment strategy for researchers at all stages of their career, regard-less of their contractual situation, including for researchers on fixed-termcontracts. It should include the availability of mentors involved in provi-

    ding support and guidance for the personal and professional developmentof researchers, thus motivating them and contributing to reducing any

    11 See SEC (2005) 260, Women and Science: Excellence and Innovation Gender Equality inScience.

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    insecurity in their professional future. All researchers should be madefamiliar with such provisions and arrangements.

    Value of mobility

    Employers and/or funders must recognise the value of geographical, inter-sectoral, inter- and trans-disciplinary and virtual 12 mobility as well as mobi-lity between the public and private sector as an important means ofenhancing scientific knowledge and professional development at any stageof a researchers career. Consequently, they should build such options intothe specific career development strategy and fully value and acknowledge

    any mobility experience within their career progression/appraisal system.This also requires that the necessary administrative instruments be put inplace to allow the portability of both grants and social security provisions,in accordance with national legislation.

    Access to research training and continuous development

    Employers and/or funders should ensure that all researchers at any stage

    of their career, regardless of their contractual situation, are given theopportunity for professional development and for improving their employ-ability through access to measures for the continuing development of skillsand competencies.

    Such measures should be regularly assessed for their accessibility, take-up and effectiveness in improving competencies, skills and employability.

    12 i.e. remote collaboration over electronic networks.

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    Access to career advice

    Employers and/or funders should ensure that career advice and job place-ment assistance, either in the institutions concerned, or through collabo-

    ration with other structures, is offered to researchers at all stages of theircareers, regardless of their contractual situation.

    Intellectual Property Rights

    Employers and/or funders should ensure that researchers at all careerstages reap the benefits of the exploitation (if any) of their R&D resultsthrough legal protection and, in particular, through appropriate protec-

    tion of Intellectual Property Rights, including copyrights.

    Policies and practices should specify what rights belong to researchersand/or, where applicable, to their employers or other parties, includingexternal commercial or industrial organisations, as possibly provided forunder specific collaboration agreements or other types of agreement.

    Co-authorship

    Co-authorship should be viewed positively by institutions when evaluatingstaff, as evidence of a constructive approach to the conduct of research.Employers and/or funders should therefore develop strategies, practicesand procedures to provide researchers, including those at the beginningof their research careers, with the necessary framework conditions so thatthey can enjoy the right to be recognised and listed and/or quoted, in thecontext of their actual contributions, as co-authors of papers, patents, etc,or to publish their own research results independently from their supervi-sor(s).

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    Supervision

    Employers and/or funders should ensure that a person is clearly identifiedto whom early-stage researchers can refer for the performance of their pro-

    fessional duties, and should inform the researchers accordingly.

    Such arrangements should clearly define that the proposed supervisorsare sufficiently expert in supervising research, have the time, knowledge,experience, expertise and commitment to be able to offer the researchtrainee appropriate support and provide for the necessary progress andreview procedures, as well as the necessary feedback mechanisms.

    Teaching

    Teaching is an essential means for the structuring and dissemination ofknowledge and should therefore be considered a valuable option withinthe researchers career paths. However, teaching responsibilities shouldnot be excessive and should not prevent researchers, particularly at thebeginning of their careers, from carrying out their research activities.

    Employers and/or funders should ensure that teaching duties are ade-

    quately remunerated and taken into account in the evaluation/appraisalsystems, and that time devoted by senior members of staff to the trainingof early stage researchers should be counted as part of their teaching com-mitment. Suitable training should be provided for teaching and coachingactivities as part of the professional development of researchers.

    Evaluation/appraisal systems

    Employers and/or funders should introduce for all researchers, includingsenior researchers, evaluation/appraisal systems for assessing their pro-fessional performance on a regular basis and in a transparent manner byan independent (and, in the case of senior researchers, preferably inter-national) committee.

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    Such evaluation and appraisal procedures should take due account oftheir overall research creativity and research results, e.g. publications,patents, management of research, teaching/lecturing, supervision, men-

    toring, national or international collaboration, administrative duties, pub-lic awareness activities and mobility, and should be taken intoconsideration in the context of career progression.

    Complaints/appeals

    Employers and/or funders of researchers should establish, in compliancewith national rules and regulations, appropriate procedures, possibly in

    the form of an impartial (ombudsman-type) person to deal with com-plaints/appeals of researchers, including those concerning conflictsbetween supervisor(s) and early-stage researchers. Such proceduresshould provide all research staff with confidential and informal assistancein resolving work-related conflicts, disputes and grievances, with the aimof promoting fair and equitable treatment within the institution andimproving the overall quality of the working environment.

    Participation in decision-making bodies

    Employers and/or funders of researchers should recognise it as whollylegitimate, and indeed desirable, that researchers be represented in therelevant information, consultation and decision-making bodies of the insti-tutions for which they work, so as to protect and promote their individualand collective interests as professionals and to actively contribute to theworkings of the institution 13.

    13 In this context see also EU Directive 2002/14/EC.

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    Recruitment

    Employers and/or funders should ensure that the entry and admissionstandards for researchers, particularly at the beginning at their careers, are

    clearly specified and should also facilitate access for disadvantagedgroups or for researchers returning to a research career, including teachers(of any level) returning to a research career.

    Employers and/or funders of researchers should adhere to the principlesset out in the Code of Conduct for the Recruitment of Researchers whenappointing or recruiting researchers.

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    Section 2

    The Code of Conduct for the Recruitment of Researchers

    The code of conduct for the recruitment of researchers consists of a set of

    general principles and requirements that should be followed by employersand/or funders when appointing or recruiting researchers. These prin-ciples and requirements should ensure observance of values such astransparency of the recruitment process and equal treatment of all appli-cants, in particular with regard to the development of an attractive, openand sustainable European labour market for researchers, and are com-plementary to those outlined in the European Charter for Researchers.Institutions and employers adhering to the Code of Conduct will openly

    demonstrate their commitment to act in a responsible and respectableway and to provide fair framework conditions to researchers, with a clearintention to contribute to the advancement of the European Research Area.

    General Principles and Requirements for the Code of Conduct

    Recruitment

    Employers and/or funders should establish recruitment procedures whichare open 14, efficient, transparent, supportive and internationally compa-rable, as well as tailored to the type of positions advertised.

    14 All available instruments should be used, in particular international or globally accessibleweb-based resources such as the pan-European Researchers Mobility Portal:http://europa.eu.int/eracareers.

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    Advertisements should give a broad description of knowledge and com-petencies required, and should not be so specialised as to discouragesuitable applicants. Employers should include a description of the working

    conditions and entitlements, including career development prospects.Moreover, the time allowed between the advertisement of the vacancy orthe call for applications and the deadline for reply should be realistic.

    Selection

    Selection committees should bring together diverse expertise and compe-

    tences and should have an adequate gender balance and, where appropri-

    ate and feasible, include members from different sectors (public and private)and disciplines, including from other countries and with relevant experience

    to assess the candidate. Whenever possible, a wide range of selection prac-

    tices should be used, such as external expert assessment and face-to-face

    interviews. Members of selection panels should be adequately trained.

    Transparency

    Candidates should be informed, prior to the selection, ab