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Revista do Comité Olímpico de Portugal Publicação Bimestral - Março/Abril de 2005 - Nº 114 - PUBLICAÇÃO GRATUITA DOCUMENTO 2 0 F e d e r ç õ e s a s s i n a r a m c o n t r a t o s - p r o g r a m a DOSSIER A s c i n c o c a n d i d a t a s a 2 0 1 2 REPORTAGEM 1 6 ª s e s s ã o d a A c a d e m i a O l í m p i c a Começou a longa viagem até Pequim 2008 E q u i p a d i r e c t i v a d o C O P r e n o v a d a e m e l e i ç õ e s

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Page 1: Começou a longa viagem até Pequim 2008 · DOSSIER As cinco candidatas a 2012 REPORTAGEM 16ª sessão da Academia Olímpica Começou a longa viagem até Pequim 2008 Equipa directiva

Revista do Comité Olímpico de Portugal

Publicação Bimestral - Março/Abril de 2005 - Nº 114 - PUBLICAÇÃO GRATUITA

DOCUMENTO

20 Federções

assinaram

contratos-programa

DOSSIER

As cinco

candidatas

a 2012

REPORTAGEM

16ª sessão

da Academia

Olímpica

Começou

a longa viagem

até Pequim 2008

Equipa directiva do COP renovada em eleições

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www.comiteolimpicoportugal.pt

FIC

HA

TÉCN

ICA

OLIMPO 114foto capa

Carlo

s A

lberto M

atos

Propriedade e Edição

Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 Lisboa

Tel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67

Director José Vicente Moura

Director Executivo João Querido Manha

Textos João Q. Manha

Fotos Carlos Alberto Matos, C.I.O., Candidaturas aos Jogos de 2012

Organização do FOJE 2005

Projecto Gráfico e Paginação Rogério Bastos

Impressão Mirandela - Artes Gráficas, S.A.

Tiragem 2000 exemplares

Periodicidade Bimestral

Numero de Registo ICS 102203

Depósito Legal 9083/95 Distribuição gratuita

6 ELEIÇÕES DO C.O.P.

A nova Comissão Executiva eleita em Assembleia do movimento associativo a 11 de Março tomou

posse uma semana depois no Centro Cultural de Belém na presença do novo secretário de Estado,

Laurentino Dias. Na mesma ocasião foram igualmente empossados os novos dirigentes da

Comissão de Atletas Olímpicos, eleitos em Janeiro

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S U M Á R I O

5 GOVERNO

Laurentino Dias, antigo responsável pelo Desporto do

Grupo Parlamentar do Partido Socialista e presidente da

Comissão de Acompanhamento do Euro-2004, é o novo

responsável do sector no Governo resultante das eleições

gerais de 20 de Fevereiro

12 QUEM É QUEM

Quem são os dirigentes do Comité para a XXIX Olimpíada?

OLIMPO dá a conhecer uma equipa directiva experiente e

solidária, com apenas algumas mudanças relativamente ao

mandato anterior e que tem agora cinco vice-presidentes.

18 PROGRAMA ATÉ 2008

Os projectos para os próximos três anos não se esgotam

na preparação de uma boa campanha nos Jogos de Pequim.

Pelo contrário, contemplam algumas iniciativas importantes

como o Museu Olímpico e o Tribunal Arbitral Desportivo,

além do desenvolvimento da Fundação Olímpica

22 ATENAS: PONTO FINAL

A aprovação do Relatório da Missão de Portugal aos Jogos

Olímpicos de Atenas encerrou um longo e proveitoso traba-

lho da Chefia de Missão. Os Jogos de 2004 ficam assim

completamente encerrados, embora deles se tenham

extraído conclusões que podem ser muito úteis em futuras

Missões.

24 PEQUIM: 1º PASSO

A caminhada para

Pequim-2008 já come-

çou. Pela primeira vez

o Estado delegou no

Comité Olímpico a

coordenação da distri-

buição dos dinheiros

públicos postos à

disposição de

Federações e atletas,

o que permitiu cele-

brar em tempo útil os

contratos-programa

respectivos e entregar

as primeiras tranches.

Não só os contratos

no âmbito do projecto

Pequim-2008, mas

também os de

'Esperanças Olímpicas

2012' foram rubrica-

dos ainda antes das

eleições gerais e do

Comité, dando mais um sinal positivo de organização e apoio

aos atletas que se preparam para representar o país nas

próximas Olimpíadas.

28 OLÍMPICOS 2008/2012

Numa fase organizativa em que o maior protagonismo é dos

dirigentes, os atletas não param de trabalhar arduamente.

Dezanove deles mantém-se no projecto Olímpico, graças

aos resultados alcançados em Atenas, e centenas de

outros preparam-se para também nele ingressar, muitos

dos quais integrados no projecto 'Esperanças'. OLIMPO diz-

lhe quem são.

31 RESULTADOS

A vida dos atletas faz-se

de competições e resulta-

dos. Uma das 'olímpicas'

portuguesas, Naide

Gomes, começou o ano

com uma medalha de ouro

nos Europeus de pista

coberta. Ao longo dos

meses até Pequim, a

revista OLIMPO registará

as provas e os resultados

que hão-de compor a longa

caminhada até à China

34 2012: ONDE?

Faltam apenas três meses para a grande decisão sobre a

cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2012, a escolher pelos

membros do C.I.O., reunidos em Singapura no dia 6 de

Julho, entre as propostas de Paris, Londres, Madrid,

Moscovo e Nova York. OLIMPO dá a conhecer as cinco can-

didaturas.

40 JUVENTUDE

A primeira semana de Julho também será intensa para

cerca de três mil jovens desportistas europeus que vão

participar no Festival Olímpico da Juventude Europeia, este

ano na estância balnear de Lignano Sabbiadoro, no

Nordeste italiano, próximo de Veneza. Portugal participa

com a quota máxima de 72 atletas, incluindo uma equipa de

basquetebol masculino

43 ACADEMIA

A 16ª sessão anual da Academia Olímpica Portuguesa reali-

zou-se este ano em Santa Maria da Feira e foi considerada

uma das melhores de sempre, tendo contado com participan-

tes de Macau, São Tomé e Príncipe e Brasil. O presidente do

IDP, José Manuel Constantino, foi um dos conferecistas.

48 DOCUMENTO

Dois documentos históricos e valiosíssimos, dois diplomas

que testemunham a primeira participação olímpica de

Portugal, nos Jogos de 1912 em Estocolmo, foram desco-

bertos num espólio familiar e entregues ao Comité Olímpico

por Romeu Branco, antigo dirigente do Sporting Clube de

Portugal e membro do Conselho Leonino

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As metas

definidas são

claras,

tangíveis,

mensuráveis

e exequíveis.

Falta

congregar os

meios e as

vontades

E D I T O R I A L

JOSÉ V ICENTE MOURA

Presidente do Comité Ol ímpico de Portugal

Maturidade, ambição

e responsabilidade

No pretérito dia 11 de Março de 2005 o Movimento Olímpico

português deu um sinal inequívoco e histórico. Ao sufragar

maciçamente o projecto proposto para o mandato 2005-2008

dos órgãos sociais do Comité Olímpico de Portugal, período tempo-

ral correspondente à XXIX Olimpíada, a estrutura associativa federa-

da - da qual emana maioritariamente esta instituição de cúpula do

sistema desportivo - protagonizou um acto de maturidade, ambição

e elevada responsabilidade, fazendo seus os ideais e as estratégias

programáticas conducentes à competitividade e evolução do despor-

to português, amplamente reivindicada, desde há muito.

"Progresso Desportivo" é o nosso lema. As metas definidas são cla-

ras, tangíveis, mensuráveis e exequíveis. Falta congregar os meios e

as vontades. Aquelas vontades que recentrem o esforço necessário

para corresponder aos desafios no seu actual estádio de desenvolvi-

mento, bem como o universo dos actores actuantes no sistema, inde-

pendentemente dos quadrantes e opções filosóficas ou ideológicas de

circunstância, no interesse civilizacional que caracteriza o fenómeno

desportivo na sociedade contemporânea.

A participação de Portugal nos Jogos Olímpicos é um eixo funda-

mental de qualquer política desportiva séria, independente das

conjunturas e dos ciclos socioeconómicos.

Não há tempo a perder. Mais do que comemorar o "Ano

Internacional do Desporto e da Educação Física", proclamado no cor-

rente ano no quadro da UNESCO, unamo-nos e prossigamos o ciclo

virtuoso atingido na Olimpíada transacta consagrada em Paris e

Atenas.

Contamos com todos.

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Laurentino Dias

novo governante

para o Desporto

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Laurentino Dias, o antigo coordenador do

Grupo Parlamentar do Partido Socialista

para o Desporto, foi a escolha natural do

novo Primeiro Ministro, José Sócrates, para a

Secretaria de Estado da Juventude e Desporto.

O deputado eleito por Braga desde a V

Legislatura, já tinha desempenhado nos últi-

mos anos sucessivamente a vice-presidência e

depois a presidência da Comissão Eventual

para a Análise e Fiscalização dos Recursos

Públicos Evolvidos na Organização do Euro-

2004 e integrou a Comissão Parlamentar de

Juventude e Desporto, sendo portanto um

político com conhecimento muito profundo da

problemática do sector, que reconhece a neces-

sidade de revisão urgente da Lei de Bases,

através de um "diálogo verdadeiro" com os

diversos agentes do sector. O Partido

Socialista, então pela voz do deputado

Laurentino Dias, tinha sido muito crítico rela-

tivamente à elaboração e aprovação da Lei de

Bases do Desporto, que passou no Parlamento

em 27 de Maio para substituir a Lei de Bases

do Sistema Desportivo que vigorava há treze

anos.

O programa do novo Governo dedica ao

Desporto apenas três das suas 161 páginas,

sob o título "Mais e Melhor Desporto", dividi-

das em cinco vectores no capítulo III

"Qualidade de Vida e Desenvolvimento

Sustentável". Um Congresso do Desporto, a

realizar ainda este ano, é a forma como o

Governo espera "envolver todo o país e todos

os agentes desportivos, promovendo um diá-

logo verdadeiro entre o Estado e o movimento

desportivo". No programa do Governo apro-

vado em Março apoia-se "a candidatura e

organização de grandes eventos desportivos

internacionais, na base de critérios de rigor e

equilíbrio financeiro".

O Governo adianta também uma "visão de

serviço público do desporto" e propõe-se

"aumentar os índices de prática desportiva"

em Portugal, com um 'Programa Nacional de

Desporto para Todos', que deverá contar com

a parceria de entidades públicas e privadas.

Além de reforçar a garantia da ética despor-

tiva, através do "combate à dopagem" e o

reforço do "combate à corrupção e violência no

Desporto", o executivo resultante das eleições

legislativas de 20 de Fevereiro último quer

"modernizar e melhorar a qualidade" desta

área. Um "Programa Nacional Integrado de

Infra-estruturas Desportivas" dedicado à ges-

tão da rede de equipa-

mentos desportivos,

onde se destaca o

Complexo Desportivo

do Jamor, em Oeiras, é

outra das propostas

apresentadas.

Ao nível das compe-

tências da

Administração Pública e

do movimento associati-

vo, o Programa de

Governo prevê uma

"definição rigorosa" em

termos de objectivos e

de formas de financia-

mento e uma clarificação

das funções dos vários

organismos do sector,

como o Conselho

Superior do Desporto ou

o COP. A reavaliação

das competências das

várias ligas profissionais

no seio das diversas

federações desportivas,

especialmente nas áreas

financeiras, de justiça e

de arbitragem, e o aper-

feiçoamento do regime

fiscal são outras promessas, assim como uma

análise da relação entre o Desporto e o serviço

público de televisão e as respectivas regras de

exploração comercial das competições profis-

sionais.

Laurentino Dias, um advogado de 49 anos,

natural de Fafe, elegeu como prioridade da

Legislatura o Desporto Escolar, visando atrair

para o território escolar o prazer da prática

desportiva de formação que por tradição, em

Portugal, está remetida aos clubes e associa-

ções privadas.

Laurentino Dias

49 anos

Advogado

natural de Fafe

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ELE IÇÕES DO COP

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Conquistas desportivas mais ambiciosas de sempre em Pequim-2008

não são os únicos objectivos bem delineados para o último mandato de

Vicente Moura à frente do C.O.P. No acto de posse para a próxima

Olimpíada, destacou três projectos muito importantes: a Fundação

Olímpica, o Museu Olímpico e o Tribunal Arbitral Desportivo

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Fundação, Museu e Tribunal

três prioridades

AComissão Executiva do Comité

Olímpico de Portugal, eleita

em Assembleia no dia 11 de

Março (ver pág. 10), tomou posse seis

dias depois no Centro Cultural de

Belém, na presença do novo Secretário

de Estado da Juventude e Desporto,

Laurentino Dias, também ele recém-

empossado membro do Governo cons-

titucional saído das eleições gerais de

20 de Fevereiro.

Apenas Susana Feitor, que se

encontrava na altura no estrangeiro

por motivos profissionais, não subs-

creveu o auto de posse, perante o

representante do Governo e o repre-

sentante do Comité Internacional

Olímpico, Fernando Lima Bello.

Dirigentes desportivos de praticamen-

te todos os quadrantes e destacadas

figuras do Desporto nacional, como

Carlos Lopes, testemunharam igual-

mente o importante acto em que o pre-

sidente do C.O.P., Vicente Moura, rea-

firmou a intenção de se retirar no final

da presente Olimpíada, não sem antes

concretizar em Pequim a ambiciosa

proposta de chegar às cinco medalhas

e a um resultado global de 60 pontos,

que bateria largamente o melhor resul-

tado de sempre, alcançado no ano pas-

sado em Atenas.

"É uma fasquia alta, mas plenamen-

te assumida", reafirmou Vicente

Moura, depois de já ter garantido ao

universo de apoiantes, largamente

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representado na cerimónia, de que o

seu elenco "não defraudará as expecta-

tivas" e procurará "defender com com-

petência, perseverança e sensatez a

causa desportiva" no melhor interesse

do movimento associativo através de

um "programa exigente, mas exequí-

vel".

Além dos objectivos eminentemente

desportivos que o C.O.P. persegue

depois dos melhores resultados de

sempre nos Jogos de Atenas e nas

Jornadas Europeias da Juventude de

Paris, é intenção do Comité concretizar

três importantes projectos estruturais

durante este novo ciclo. A Fundação

Olímpica, capaz de captar subvenções

ao desporto de alta competição, o

Museu Olímpico, a erigir nos terrenos

adjacentes à sede e já cedidos pela

Câmara Municipal, um parceiro privi-

legiado do Comité, e o Tribunal

Arbitral Desportivo, uma velha aspira-

ção do movimento associativo para a

área da Justiça Desportiva.

"Quanto ao Tribunal Arbitral

Desportivo, por nós estudado e pro-

posto em 2001, já perdemos demasia-

do tempo. Os modelos de sucesso, na

óptica do direito comparado, estão

disponíveis. Não é preciso inventar

nada, o mesmo se aplicando à

Fundação Olímpica que, só em

Espanha, ao abrigo do mecenato, cap-

tou durante a última Olimpíada ver-

bas na ordem dos 18 milhões de

contos", referiu.

� Agenda política

Vicente Moura começou por agradecer

aos elementos que cessaram funções e

em seguida às Federações que vota-

ram a eleição destes corpos gerentes

de forma tão expressiva, contribuindo

para o que designou de "sufrágio his-

tórico", referindo essa união virtual

como um bom ponto de partida para

um exercício em conjunto: "centremo-

nos no interesse nacional, em detri-

mento das questões menores e conten-

ciosos estéreis que ciclicamente nos

dividem".

O presidente do C.O.P. sublinhou a

coincidência de este acto de posse

constituir praticamente o primeiro

acto público do novo governante do

sector, com a certeza de que o novo

Secretário de Estado está bem identifi-

cado com os problemas e dificuldades

do Desporto nacional e que o manterá

bem presente na agenda política, com

o desígnio nacional de aumentar os

índices de prática desportiva num

país onde - considerou - "só pratica

O Desporto é um

sector estratégico que

justifica uma aposta

muito séria por parte

dos governantes

A equipa para a XXIX Olimpíada

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desporto quem pode e não quem

quer, mas onde não pode haver lugar

à exclusão".

No início de um novo ciclo olímpi-

co em pleno dealbar do século XXI

mantém toda a pertinência questões

como: "que modelo de desenvolvi-

mento desportivo para Portugal?";

"quais os pilares de intervenção do

Estado e da sociedade civil?"; "como

crescer e tornarmo-nos mais competi-

tivos, sem perder de vista o primado

constitucional do direito à prática

desportiva e à liberdade associativa?"

Exortou à articulação da Educação

com o Desporto porque aqueles índi-

ces estão claramente abaixo dos míni-

mos desejáveis e, evidentemente,

abaixo também dos padrões médios

europeus, o que contraria a certeza

adquirida de que uma prática despor-

tiva quotidiana garante uma evolução

sustentada da qualidade de vida dos

cidadãos. Vicente Moura enfatizou

esta questão na presença do novo

governante, deixando claro qual vai

ser a tónica das suas intervenções e

preocupações ao longo dos próximos

quatro anos.

Vicente Moura ainda teve oportuni-

dade de sublinhar a aproximação ao

ensino superior universitário e politéc-

nico, procurando mais proximidade

com a sede do conhecimento e da

investigação científica, complementa-

res do papel do conhecimento empíri-

co comum à estrutura associativa.

"O Desporto é um sector estratégico

que justifica uma aposta muito séria

por parte dos governantes", afirmou

ao introduzir o tema do enquadra-

mento jurídico que não deixará de

marcar a agenda política dos próximos

tempos, considerando que a "Lei de

Bases está longe de ser a alavanca para

a mudança" que os actores desportivos

ambicionam.

Ficou claro que questões como o

Regime Jurídico das Federações, a

questão da Segurança Social e do regi-

me fiscal dos desportistas, o Seguro

Desportivo, o Apoio Médico, o estatu-

to do dirigente benévolo, entre outros,

serão trazidas à discussão pública e

política, uma vez que muito da evolu-

ção que se pretende passa por fórmu-

las jurídicas mais adequadas e moder-

nas.

� COP credível

Em relação ao C.O.P. propriamente

dito, Vicente Moura realçou o balanço

desportivo recente, com resultados

positivos e muito auspiciosos, e a cre-

dibilização institucional que o guin-

dou a principal interlocutor e protago-

nista do debate político-desportivo.

Destacou também a consolidação do

modelo de gestão, na senda da profis-

sionalização, que permite prosseguir o

reforço em termos de recursos huma-

nos qualificados e não deixou de men-

cionar a responsabilidade assumida

pelo Comité da gestão absoluta do

Projecto Olímpico 2008-2012, "sem

paralelo na história do Desporto", gra-

ças à comunhão de vontades e à "lou-

vável visão do anterior Governo".

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Laurentino Dias

anuncia Congresso

A posse da Comissão Executiva do C.O.P. foi o

primeiro acto público do novo Secretário de

Estado da Juventude e Desporto, Laurentino

Dias, ainda antes da apresentação e aprovação

do programa de Governo na Assembleia da

República o que, assumidamente, condicionou o

seu discurso. No entanto, fez na altura a reve-

lação de que ainda este ano será realizado o

Congresso do Desporto, contando com o apoio

do C.O.P., visando dar ao país a oportunidade de

"apontar soluções" para o desenvolvimento

desportivo.

Laurentino Dias manifestou o interesse num

Comité Olímpico "independente, forte e que con-

gregue todos" e que, a par do Governo, "faça

com que o Desporto seja cada vez mais forte

em Portugal".

"Podem contar connosco pois, embora os

recursos sejam escassos, a vontade de fazer

crescer a prática desportiva é muito grande",

afirmou.

No entanto, o governante adiantou que o

desporto escolar será a primeira prioridade do

seu trabalho, justificando que "é na escola que

tudo começa". Laurentino Dias defendeu que o

crescimento da prática desportiva deve resul-

tar da alteração dos processos de formação

desportiva que actualmente dependem demasi-

ado dos clubes e das Associações. "É preciso

fazer com que os nossos jovens façam

desporto a sério na escola e deixem de encarar

esta actividade como um aborrecimento".

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Comissão de Atletas

com novo elenco

Nuno Fernandes sucede a Susana Feitor como presi-

dente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO), igual-

mente empossada no mesmo dia no CCB, em resul-

tado de eleições realizadas a 24 de Janeiro. Tratou-

se de uma troca de posições, pois Nuno Fernandes já

era vice-presidente da CAO, mas a atleta além de

ocupar agopra a vice-presidência também passou a

englobar, como vogal, a Comissão Executiva do COP.

Depois das alterações estatutárias, os atletas ficam

assim pela primeira vez com dois representantes, um

directo e outro por inerência, no plenário do órgão

directivo. Do elenco anterior, transitaram Nuno

Barreto, Gustavo Lima, Diogo Cayolla e Nuno

Laurentino, entrando quatro novos elementos: Álvaro

Marinho, Nuno Merino, João André e Nuno Pombo.

Um excelente concerto de Pedro Caldeira

Cabral, intitulado "Memórias da Guitarra

Portuguesa" antecedeu o acto de posse dos

órgãos sociais do C.O.P. Além das duas conhe-

cidas "Balada da Oliveira" e "Baile dos

Carêtos", o guitarrista, acompanhado, de

Joaquim António Silva (viola) e Duncan Fox

(Contrabaixo) interpretou diversas composições

de autores clássicos (desde o século XVI) e tam-

bém de Artur e Carlos Paredes.

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Agrande maioria das Federações

e restantes sócios do

Movimento Associativo com-

pareceu na Assembleia Eleitoral de 11

de Março para conferir à lista liderada

por Vicente Moura um expressivo

voto de confiança. Foram contados 102

votos num universo de 140, que o pre-

sidente reeleito considerou um "apoio

esmagador" que agradeceu.

"Este resultado é em simultâneo

gratificante e muito responsabiliza-

dor", disse Vicente Moura, que garan-

tiu ser este o seu último mandato à

frente do Comité Olímpico de

Portugal, com um preenchido caderno

de propostas a realizar. "Daqui a qua-

tro anos quero estar aqui a passar o

testemunho com a consciência do

dever cumprido e a satisfação de ter

realizado o projecto que propusemos

no nosso programa eleitoral".

As prioridades para esta

Olimpíada, além da obtenção dos me-

lhores resultados de sempre nos Jogos

de Pequim e o desenvolvimento da

preparação dos Jogos de 2012 como

resultado de uma "preparação mais

rigorosa, mais responsável e mais pro-

fissional", são o arranque do Museu

Olímpico, do Tribunal Arbitral de

Desporto e a candidatura à organiza-

ção dos Jogos de 2016 ou 2020.

Votaram 25 das 30 Federações olím-

picas (com direito a 3 votos) e 27 dos

restantes instituições não olímpicas (1

voto cada).

Entre as ausentes (Esqui, Futebol,

Tiro, Tiro com Arco e Triatlo), desta-

cou-se pela sua importância relativa a

FPF, Federação da única modalidade

colectiva que representou Portugal nos

últimos Jogos Olímpicos de Atenas,

por incompatibilidade de agenda dos

respectivos dirigentes. Outras das

ausentes, como a de Esqui, vivem

momentos de alguma perturbação

interna. No entanto, Vicente Moura

reafirmou o seu interesse e empenho

em encontrar formas de incentivar

Federações inactivas ou menos inter-

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Lista sufragada

por larga maioriaFO

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venientes no movimento associativo

desportivo.

� Quatro novos elementos

A Assembleia eleitoral reuniu na sede

do COP quase todos os membros do

elenco proposto por Vicente de

Moura, que apresenta quatro novos

elementos: um dos vice-presidentes, o

presidente da Federação de Voleibol,

Vicente Araújo, e três

vogais, os presidentes das

Federações de Natação,

Paulo Frischknecht, e

Trampolins, Celeste Gil,

além da atleta olímpica

Susana Feitor - o que

contribui também para

um incremento da quota

de representação femini-

na.

Em relação ao elenco anterior, o

actual é aumentado em mais uma

vice-presidência, registando-se a subi-

da dos anteriormente vogais Marques

da Silva e Alípio de Oliveira, os dois

mais recentes Chefes de Missão de

Portugal, respectivamente aos Jogos

de Sydney e Atenas.

A marchadora de Rio Maior deixa o

cargo de presidente da Comissão de

Atletas Olímpicos, em que é rendida

pelo saltador à vara Nuno Fernandes, e

torna-se na primeira atleta no activo a

incorporar os órgãos executivos do

COP. Além dela, também o recém elei-

to presidente da Federação de Natação,

Paulo Frischknecht, emprestam à

Comissão Executiva a experiência

efectiva de várias participações olímpi-

cas como atletas ou técnicos, o que de

resto também acontece com o líder do

Voleibol português, Vicente Araújo,

que esteve presente nos últimos três

Jogos Olímpicos como 'oficial', no

Comité de Controlo da Federação

Internacional da modalidade.

Do elenco da XXVIII Olimpíada,

foram substituídos Victor Nogueira

(ex-dirigente da Natação), António

Roquette e o já falecido Alberto

Silveira (Futebol), que fora o

Tesoureiro eleito em 2001 e depois

substituído por Norberto Rodrigues.

Outra substituição

regista-se no cargo de

Relator do Conselho

Fiscal, com o Coronel

Florindo Morais a entrar

no lugar de Maria João

Marques, perante a recon-

dução do presidente e do

secretário deste órgão,

António Feu e Pedro

Sousa Ribeiro, respectivamente.

Naturalmente, o representante do

Comité Internacional Olímpico conti-

nua a ser o Engº Fernando Lima Bello,

que presidiu ao acto eleitoral, o

mesmo acontecendo com o Secretário

Geral, Victor Fonseca da Mota.

VOTANTES N.º VOTOS VOTARAM

30 Federações Olímpicas 90 75

34 Federações Não Olímpicas

15 Membros Extraordinários 50 27

1 Membro do COI

TOTAIS 140 102

Momentos da Assembleia Eleitoral: Nuno Fernandes e Maria José

Farinha apoiaram Lima Bello e o mandatário da Lista, Alberto Coelho

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DIR IGENTES

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PRESIDENTE

José Vicente MouraCapitão de Mar e Guerra

67 anos

Foi atleta federado de várias modalidades, com particular relevo na Natação e no Pólo

Aquático, e também na Ginástica e Basquetebol.

Como dirigente, desempenhou diversos cargos na Federação Portuguesa de Natação,

à qual presidiu entre 1982 e 1990. Mais tarde foi presidente do Sport Algés e Dafundo,

seu clube de sempre e também dirigiu o Panathlon Clube de Portugal entre 1996 e

2002. Foi o primeiro presidente do Conselho Superior de Desporto, entre 1997 e 2002.

Recebeu o Prémio Fernando Machado de Dirigente do Ano em 1993 e a Medalha de

Honra ao Mérito do Governo Português (Outubro de 2002).

� OLÍMPICO

Membro do COP desde 1980, tendo integrado a Comissão Executiva na XXIII

Olimpíada em que desempenhou as funções de Chefe de Missão aos Jogos de Los

Angeles de 1984.

De 1984 a 1988 foi secretário-geral adjunto, vice-presidente de 1988 a 1990 e presidiu

ao COP entre 1990 e 1993 e depois em dois mandatos sucessivos desde 1997.

É membro fundador da Academia Olímpica de Portugal

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VICE-PRESIDENTE

Artur Lopes

Médico-Cirurgião, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo

59 anos

� Antigo praticante de andebol e Esgrima.

Como dirigente iniciou-se como seccionista de ciclismo no Grupo Desportivo de Lousa e

no Sporting Clube de Portugal, onde também foi director do departamento de futebol

juvenil no final dos anos 80.

Entrou na Federação Portuguesa de Ciclismo como Presidente do Congresso em 1985 e a

partir de 1992 assumiu a presidência, que lhe abriu as portas do dirigismo interancional da

modalidade, quer da Federação Internacional de Ciclismo Profissional, quer da União

Europeia de Ciclismo de que é vice-presidente desde 1997, quer ainda da União Ciclista

Internacional. É membro do Conselho Nacional Antidopagem.

� OLÍMPICO

É vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal desde 1997.

VICE-PRESIDENTE

Mário Rui Tavares SaldanhaEmpresário, Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol

58 anos

Foi jogador de Basquetebol de alta competição no Clube Atlético de Queluz, Sporting

Clube de Portugal, Sporting da Beira, Ferroviário de Nampula e Sport Lisboa e Benfica,

entre 1951 e 1978.

Iniciou-se como dirigente no seu clube de origem, o Atlético de Queluz, a que presidiu

antes de ser eleito presidente da Federação da modalidade em 1992.

Recebeu o Prémio da Confederação do Desporto de Portugal em 1997 e a Medalha de Bons

Serviços Desportivos atribuída pelo Ministro do Desporto em Março de 2001. Foi

Deputado eleito à Assembleia da República em Março de 2002

� OLÍMPICO

Foi Vice-presidente do COP entre 1993 e 1996 e voltou a desempenhar o cargo a partir de

2001, tendo na Olimpíada de 1997 a 2000 presidido à Comissão de Revisão de Contas.

VICE-PRESIDENTE

Manuel José Marques da SilvaOficial da Armada (reformado),

Engenheiro Electrotécnico, Gestor de Empresas

68 anos

Destacou-se como dirigente do ténis nacional, depois de ter iniciado a carreira no CIF -

Clube Internacional de Futebol (Presidente da Direcção de 1980 a 89). Presidiu à

Associação de Ténis de Lisboa de 1989 a 1993 e à Federação Portuguesa de Ténis de 1993 a

1997). Actualmente preside à Mesa da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de

Padel.

� OLÍMPICO

É Membro da Comissão Executiva do COP desde 1997, tendo chefiado a Missão de

Portugal aos Jogos de Sydney 2000. Em 2003 e 2004 foi o primeiro Provedor do Atleta

Olímpico em Portugal. Desempenha a função de Coordenador das actividades do Centro

de Preparação Olímpica de Vila Real de Santo António.

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DIR IGENTES

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VICE-PRESIDENTE

José Alípio Ferreira de Oliveira

Professor Universitário, Mestre em Gestão Desportiva

pela Universidade do Porto

55 anos

Como dirigente distinguiu-se como presidente da Federação Portuguesa de Hóquei em

Campo, cargo que deixou em finais de 2004, que lhe permitiu desempenhar funções interna-

cionais como dirigente da Federação Europeia de Hóquei. Também foi vice-presidente da

Federação Portuguesa de Voleibol e cumpriu um mandato na Comissão Executiva do FC

Porto.

�OLÍMPICO

Vogal da Comissão Executiva do COP desde 2000, Chefe de Missão de Portugal aos Jogos

Olímpicos de Atenas, Chefe de Missão de Portugal aos Jogos da Juventude em Moscovo,

Membro do Conselho Directivo da Academia Olímpica

VICE-PRESIDENTE

Vicente Henrique Gonçalves de Araújo

Professor do Ensino Secundário (Requisitado no IDP desde 1994), Presidente da Federação

Portuguesa de Voleibol

53 anos

Longa carreira de treinador e dirigente ligada ao Voleibol nacional, depois de ter concluído o

Curso Nacional de Treinadores da Federação Espanhola e o Curso da FIVB de Treinadores

de I e II Grau. Desempenhou funções de Director Técnico Nacional da FPV desde 1982,

Director Regional da Associação de Voleibol do Porto, e foi treinador do SC Braga,

Nun'Alvares de Gondomar e Fluvial Portuense, particularmente equipas dos escalões de for-

mação e femininas.

Recebeu o Troféu da Confederação de Desportos de Portugal e Medalha de Mérito

Desportivo do Governo.

Começou a carreira de dirigente na Associação de Voleibol do Porto em 1981 e foi eleito pre-

sidente da Federação Portuguesa de Voleibol em 1996. É vice-presidente da

Confederação do Desporto de Portugal desde 2003.

Também apresenta um grande currículo como dirigente internacional, que iniciou em 1993

na Comissão Técnica, sendo actualmente Vice-Presidente do Executivo da FIVB e Presidente

da Comissão de Desenvolvimento. Também desempenhou cargos na Confederação

Europeia de Voleibol e na Comissão de Voleibol de Praia.

�OLÍMPICO

Integrou o Comité de Controlo da FIVB nos Jogos de Atlanta, Sydney e Atenas.

SECRETÁRIO GERAL

Victor Manuel Serrador Fonseca da Mota

Mestre em Gestão de Organizações Desportivas, Oficial Superior do Exército (na reserva)

60 anos

Antigo Campeão Nacional Universitário de Atletismo e Ténis de Mesa, iniciou a carreira

dirigente em 1989 na Federação Portuguesa de Atletismo, como secretário-geral, funções que

desempenhou durante oito anos. Integrou o Conselho Superior de Desporto a partir de 1993.

�OLÍMPICO

Chefe de Missão aos Jogos de Atlanta de 1996, olimpíada em que desempenhou o cargo de

Vice-presidente do COP de 1993 a 97. É Secretário-geral desde 1997. A nível internacional,

integra a Comissão de Preparação dos Jogos Olímpicos dos Comités Olímpicos Europeus

desde 1997 e fez parte do Grupo de Trabalho Desporto e Ambiente dos Comités Olímpicos

Europeus (1997 a 2001). É membro do Comité Executivo da MEMOS desde 1995.

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VOGAL

João Jacinto Romão Correia

Agente Técnico de Arquitectura e Engenharia

71 anos

Foi jogador de Andebol de 11, ao serviço do Sporting Clube de Portugal, múltiplas vezes campeão

regional e nacional, e também praticou futebol no mesmo clube nos escalões juvenis.

Em 1963, iniciou carreira de treinador de Andebol, primeiro no Sporting, depois no Liceu de Oeiras e

finalmente no Encarnação, clube de que foi fundador. Ao serviço da Federação, desempenhou funções

de seleccionador nacional de Juniores. Recebeu o Prémio Stromp (1967) e é Sócio de Mérito da

Associação de Lisboa e da Federação Portuguesa de Andebol.

A carreira de dirigente foi iniciada na secção de Andebol do Sporting, tendo ingressado na Federação

Portuguesa de Andebol em 1971, como vogal do Conselho Técnico. Mais tarde foi vice-presidente em

múltiplos mandatos, entre 1971 e 1988, foi observador de árbitros, comentador de imprensa, e secretário

da Mesa do Congresso (83 a 86). Também presidiu à Associação de Andebol de Lisboa em 1976 e 1977.

�OLÍMPICO

Primeiro dirigente do Andebol a integrar a Comissão Executiva do COP, desde 1997.

VOGAL

João José Areias Barbosa Matos

Engenheiro Técnico Mecânico, Presidente da Federação Portuguesa de Badminton

43 anos

Foi campeão nacional de Badminton em pares-homens em múltiplas categorias, até à de Veteranos, e

iniciou carreira directiva na modalidade, presidindo à Federação Portuguesa de Badminton desde

1992.

�OLÍMPICO

Integra a Comissão Executiva do COP desde 1997

TESOUREIRO

Norberto Fernandes Rodrigues

Licenciado em Química Orgânica, Presidente da Federação Portuguesa de Lutas Amadoras

68 anos

Atleta internacional e campeão Nacional, árbitro, treinador e finalmente dirigente de Luta Greco-

Romana, mas também praticou Natação e Futebol.

Como dirigente, iniciou-se na secção de Lutas do SL Benfica e depois, na Federação, presidiu à

Comissão Central de Árbitros e ao Gabinete Técnico, foi Vice-presidente desportivo, e finalmente

Presidente da Direcção. É membro da comissão consultiva da

Confederação do Desporto de Portugal.

Recebeu as Medalhas de Ouro e de Prata da Federação Internacional de Lutas Associadas, por relevan-

tes serviços ao desenvolvimento da Luta no Mundo, é Sócio de Mérito da Associação de Lutas

Amadoras de Lisboa e foi galardoado com o Troféu da Confederação de Desporto de Portugal e com a

Medalha de Bons Serviços Desportivos do Governo

�OLÍMPICO

Membro do Conselho Fiscal do COP, Secretário Geral Adjunto e finalmente Tesoureiro

VOGAL

António Nogueira Lopes Aleixo

Licenciado em Ciências Agronómicas, Presidente da Federação Portuguesa de Judo

61 anos

Desde 1962 foi Atleta, Árbitro e Treinador de Judo, mas também foi jogador e treinador de Rugby.

Além disso foi praticante não federado de Hóquei em Patins, Tiro e Atletismo

Como dirigente, está ligado ao desenvolvimento da Federação Portuguesa de Judo a que preside

desde 1997, mas também foi director da Federação Portuguesa de Rugby. A nível internacional, pre-

side à Confederação Ibero-americana de Judo desde 2004.

�OLÍMPICO

É vogal da Comissão Executiva do COP desde 2001

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VOGAL

João Manuel da Boa de Jesus

Licenciado em Educação Física, Oficial da Reserva Naval, Presidente da Federação Portuguesa de

Ginástica

58 anos

Longa carreira profissional como técnico desportivo estatal e uma carreira de dirigente ligada ao

Ginásio Clube Português (membro do conselho geral desde 1975, vice-presidente desde 2000) e à

Federação Portuguesa de Ginástica, a que presidente desde 2005, depois de ter sido vice-presidente

em dois mandatos. Actualmente também é vice-presidente do Panathlon.

Destacou-se internacionalmente como Presidente da Comissão Organizadora e Executiva da 12ª

Gimnaestrada, realizada em Lisboa em 2003, integrando o Comité Executivo da União Europeia de

Ginástica e a Assembleia Geral da Federação Internacional de Ginástica.

�OLÍMPICO

Membro da Assembleia Plenária (desde 1996) e Vogal da Comissão Executiva do COP desde 2001.

Foi o Chefe de Missão ao VIII Festival Olímpico da Juventude Europeia (Múrcia, 2001)

VOGAL

Maria Celeste Baptista GilLicenciada em Dança pela F.M.H., Presidente da Federação Portuguesa de Trampolins e

Desportos Acrobáticos

43 anos

Professora de Dança, Ginástica de Manutenção e Aeróbica que desempenha funções direc-

tivas na Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos desde 1990.

VOGAL

Paulo Frischknecht

Licenciado em Educação Física (Graduado em Treino de Alto Rendimento), Presidente da Federação

Portuguesa de Natação

46 anos

Um dos mais consagrados atletas portugueses, 96 vezes internacional de Natação, recordista e cam-

peão nacional, medalha de prata dos Europeus de Juniores (Oslo'76). Como treinador, conduziu sete

atletas diferentes em dez participações olímpicas e contou 61 presenças em competições internacio-

nais, conquistando 12 títulos de de campeão nacional de clubes

Inicia a carreira de dirigente como presidente da Federação de Natação, eleito em 2004.

�OLÍMPICO

Como atleta, participou em dois Jogos Olímpicos (Montreal e Moscovo). É Vice-presidente da

Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal.

VOGAL

Susana Paula de Jesus Feitor

Estudante, Atleta internacional de Marcha Atlética

30 anos

Campeã do Mundo de Juniores (1990) e Campeã da Europa (1993), conquistou oito medalhas em

diferentes competições internacionais de Marcha ao longo da carreira. A nível nacional foi 34 vezes

campeã e bateu os Recordes Nacionais em 54 ocasiões, sendo um deles Mundial e outro Europeu.

Recebeu a Medalha de Mérito Desportivo do Governo da República (1990), a Medalha de Honra ao

Mérito Desportivo oito anos depois e o título de Dama da Ordem do Infante em 1998. Em 1990 foi

eleita Atleta do Ano em Portugal.

�OLÍMPICO

Participou até agora em quatro Jogos Olímpicos, obtendo como melhor resultado o 13º lugar em

Atlanta-96

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PRESIDENTE

António Magalhães Barros Feu

Gestor de Empresas, Licenciado em História, Curso de Contabilidade Geral

Técnico Oficial de Contas, Tradutor e Intérprete, Presidente da Federação Portuguesa de

Motonáutica

68 anos

Desportista invulgar, campeão nacional de três modalidades diferentes. Foi jogador inter-

nacional de Basquetebol, modalidade em que foi Campeão Nacional (1956) e vencedor da

Taça de Portugal (55), foi Campeão Nacional (3ªs categorias) de Ténis e Campeão Nacional

de Motonáutica. Foi internacional quatro vezes em Basquetebol e duas vezes em

Motonáutica. Também foi praticante de Natação.

Como dirigente iniciou-se no Portimonense, como presidente da Direcção (1960 a 62) e

mais tarde da Associação Naval Infante de Sagres (Presidente da Direcção de 1977 a 81).

Em 1988, foi eleito pela primeira vez para presidente do Congresso da Federação

Portuguesa de Motonáutica e em 1994 assumiu a presidência da Direcção.

Em 1957, recebeu a Menção Honrosa dos prémios anuais do Comité Olímpico de Portugal.

Em 2001 foi distinguido com o Troféu da Confederação de Desporto de Portugal e com o

Diploma do Comité Internacional Olímpico. Foi Deputado à Assembleia da República.

�OLÍMPICO

Foi Membro da Comissão de Revisão de Contas do COP de 1997 a 2001 e Presidente do

Conselho Fiscal a partir de 2001. É membro do Conselho Directivo da Academia Olímpica

de Portugal desde 1997. Chefiou a Missão de Portugal ao Festival Olímpico da Juventude

Europeia (Paris, 2003)

SECRETÁRIO

Pedro José de Araújo de Sousa Ribeiro

Licenciado em Engenharia Química, Bacharel em Economia

64 anos

Foi durante 20 anos jogador de Rugby do CDUL e do Técnico, clubes a que também presi-

diu, e praticou Ténis, Badminton e Vela. Foi Árbitro e Treinador de Rugby até 1997.

Como dirigente federativo, presidiu à Federação Portuguesa de Rugby em duas ocasiões

distintas (1975-77, 2000-01) e foi director da Federação Portuguesa de Badminton (1965 a

68). Durante dez anos representou Portugal na Federação Internacional de Rugby (FIRA)

e na International Rugby Board.

�OLÍMPICO

É membro do Conselho Fiscal do COP desde 2000. Nos Jogos Olímpicos de Atenas de 2004

foi Adjunto do Chefe da Missão de Portugal.

RELATOR

Florindo Baptista MoraisOficial do Exército, Coronel Reformado, Licenciado em Ciências Militares e em

Economia, Presidente da Federação Portuguesa de Esgrima

66 anos

CONSELHO FISCAL

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Page 18: Começou a longa viagem até Pequim 2008 · DOSSIER As cinco candidatas a 2012 REPORTAGEM 16ª sessão da Academia Olímpica Começou a longa viagem até Pequim 2008 Equipa directiva

Ogrande projecto a desenvolver

pelo Comité Olímpico de

Portugal na XXIX Olimpíada

(2005-2008) é a concretização de uma

estrutura organizacional que permita

a preparação metódica e sustentada,

uma formulação rigorosa dos critérios

de acesso, o acompanhamento multi-

disciplinar dos atletas e a adequada

comunicação e articulação com as

Federações. Assim está estabelecido

no programa eleitoral sufragado a 11

de Março, sob o lema "Progresso

Desportivo".

Estes objectivos passam pela cria-

ção do DAPO (Departamento de

Apoio ao Projecto Olímpico), que terá

competências na definição de critérios

e parâmetros, selecção e validação de

atletas a integrar o Projecto Olímpico,

acompanhamento e validação dos

respectivos percursos desportivos,

preparação e grelhas competitivas,

informação periódica para fornecer ao

COP e posteriormente às Federações

e ao Estado. Este departamento será

dotado dos necessários meios huma-

nos e materiais, terá carácter misto

incluindo técnicos contratados e

eventuais.

Ao mesmo tempo será criada uma

Comissão Multidisciplinar, presidida

por uma personalidade de reconheci-

do prestígio e constituída por elemen-

tos convidados, seleccionados de

instituições de ensino superior ou

outras, com atribuições na área do

desporto, para, apoiar a preparação

dos atletas integrados no Projecto, em

conjunto com as federações.

O apoio às federações, aliás, passa-

rá também pelo incentivo à conquista

de meios no sentido de inverter a pre-

cária situação financeira, preconizan-

do uma trajectória de observância de

orçamentações próximas da realidade

PROGRAMA

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"Progresso Desportivo"

é o lema para

a XXIX Olimpíada

OBJECTIVOS PARA PEQUIM 2008

� Aumentar n.º de atletas e modalidades

representadas

� Atingir fasquia dos 60 pontos

� 5 medalhas

� 12 Diplomas

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Ogrande projecto a desenvolver

pelo Comité Olímpico de

Portugal na XXIX Olimpíada

(2005-2008) é a concretização de uma

estrutura organizacional que permita

a preparação metódica e sustentada,

uma formulação rigorosa dos critérios

de acesso, o acompanhamento multi-

disciplinar dos atletas e a adequada

comunicação e articulação com as

Federações. Assim está estabelecido

no programa eleitoral sufragado a 11

de Março, sob o lema "Progresso

Desportivo".

Estes objectivos passam pela cria-

ção do DAPO (Departamento de

Apoio ao Projecto Olímpico), que terá

competências na definição de critérios

e parâmetros, selecção e validação de

atletas a integrar o Projecto Olímpico,

acompanhamento e validação dos

respectivos percursos desportivos,

preparação e grelhas competitivas,

informação periódica para fornecer ao

COP e posteriormente às Federações

e ao Estado. Este departamento será

dotado dos necessários meios huma-

nos e materiais, terá carácter misto

incluindo técnicos contratados e

eventuais.

Ao mesmo tempo será criada uma

Comissão Multidisciplinar, presidida

por uma personalidade de reconheci-

do prestígio e constituída por elemen-

tos convidados, seleccionados de

instituições de ensino superior ou

outras, com atribuições na área do

desporto, para, apoiar a preparação

dos atletas integrados no Projecto, em

conjunto com as federações.

O apoio às federações, aliás, passa-

rá também pelo incentivo à conquista

de meios no sentido de inverter a pre-

cária situação financeira, preconizan-

do uma trajectória de observância de

orçamentações próximas da realidade

PROGRAMA

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"Progresso Desportivo"

é o lema para

a XXIX Olimpíada

OBJECTIVOS PARA PEQUIM 2008

� Aumentar n.º de atletas e modalidades

representadas

� Atingir fasquia dos 60 pontos

� 5 medalhas

� 12 Diplomas

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e um maior pragmatismo no planea-

mento.

� Profissionalização

A progressiva profissionalização da

estrutura do COP, adoptando um

organograma hierárquico-funcional

que segregue positivamente os poderes

de administração das competências

executivas e ou operativas, com a cria-

ção de departamentos especializados,

dotados de quadros habilitados e qua-

lificados. Trata-se de um processo evo-

lutivo e flexível, estando prevista a

atribuição de pelouros aos vice-presi-

dentes com disponibilidade profissio-

nal e segundo a respectiva apetência

técnica.

Neste âmbito, o COP deseja também

relançar o debate sobre o estatuto dos

membros dos órgãos sociais, na via da

sua progressiva profissionalização,

com a certeza de que a gestão não se

compadece eternamente com o volun-

tariado. Desenvolverá internamente

um processo de análise, descrição, qua-

lificação e avaliação de funções, visan-

do a adequação do seu pessoal às exi-

gências actuais e futuras, proporcio-

nando ferramentas de trabalho

indispensáveis à selecção e recruta-

mento dos seus futuros quadros.

� Projecto Pequim

Ao longo desta gerência, o COP assu-

mirá, na plenitude, a gestão do

Projecto Olímpico Pequim 2008 e

desenvolverá o Projecto Esperanças

Olímpicas que consiste num sistema de

detecção e apoio de diversa ordem a

jovens praticantes especialmente dota-

dos, susceptíveis de integrar futuras

participações olímpicas. Assumirá a

liderança e a operacionalização do pro-

jecto, deixando de ser um mero interfa-

ce entre o Estado e as Federações.

Passam a ser definitivamente do

domínio público as verbas movimenta-

das, a natureza da respectiva aplicação

e a discriminação das fontes de finan-

ciamento, segundo o princípio da

transparência da acção das entidades

com responsabilidades no sector do

desporto.

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� Departamento de Apoio ao Projecto Olímpico

(DAPO)

� Comissão Multidisciplinar de apoio

� Projecto Olímpico Pequim 2008

� Projecto Esperanças Olímpicas

� Festivais Olímpicos da Juventude Europeia

� Celebração Anual do Dia Olímpico

� Estatuto do atleta olímpico

� Facilidades académicas e profissionais

e enquadramento fiscal dos atletas

� Seguro Desportivo

� Estatuto do Atleta Olímpico

� Procura de Recursos Financeiros

� Incentivo à Prática Desportiva

� Apoio técnico e material aos Comités Olímpicos

dos PALOP

� Participação nos I Jogos da ACOLOP em Macau,

em 2006

� Eventual participação nos Jogos Olímpicos

de Inverno

� Admissão de Portugal aos Jogos do Mediterrâneo

� Candidatura à Organização dos Jogos Olímpicos

de Lisboa

� Apoio a candidatura à organização

de um Campeonato do Mundo de Futebol

� Candidatura à organização da Universíada

em 2007 ou 2009

� Projecto Urbanístico do Perímetro da Sede

� Colaboração com instituições

do ensino superior público e privado

� V Jornadas de encontro de atletas, treinadores

e oficiais do Projecto Olímpico

� Nova imagem gráfica na Internet e nos meios

de informação

� Desenvolvimento de Programa Editorial

� Relacionamento com os órgãos de soberania

PROGRAMA DO COP PARA A XXIX OLIMPÍADA

Comissão

Jurídica

Comissão

de Ética

Centros de

Preparação Olímpica

Norte

Centro

Sul

Enquadramento

Médico

Comissão Desporto

e Ambiente

Comissão Médica

Comissão

Multidisciplinar

Comissão

de Atletas

Olímpicos

Provedor do Atleta

Comissão a Mulher

e o Desporto

Contabilidade

e Pessoal

Tesouraria

e Assuntos Gerais

Organização e

Informática

Logística

Marketing

Gabinete

de Comunicação

Documentação

e Informação

Formação

Relações

Internacionais

Segurança

e Frota Auto

Academia Olímpica

Fundação Olímpica

Tribunal Arbitral

Museu Olímpico

PRESIDENTE

COMISSÃO EXECUTIVA

CONSELHO FISCAL

ASSEMBLEIA PLENÁRIA

Departamento

de Património

Departamento

Admninistração

Departamento

Técnico

Associativismo

Desportivo

Gabinete

de PreparaçãoAntidopagem

Departamento

de Apoio

ao Projecto

Olímpico

ORGANIGRAMA DO C.O.P.

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PROGRAMA

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� ANTIDOPAGEM

A luta contra a dopagem e a defesa

da verdade desportiva, com conjun-

to com o Estado e com a os orga-

nismos internacionais, em particu-

lar a Agência Mundial Antidopagem,

continuará a ser uma prioridade do

COP

� INTEGRAÇÃO

Aproveitando o efeito positivo do

fenómeno Obikwelu na opinião públi-

ca, à semelhança de outros exem-

plos menos mediáticos registados

em desportos colectivos, o COP

promoverá a inclusão social através

do desporto de minorias étnicas e

comunidades imigrantes.

� RECONHECIMENTO

O COP deseja equacionar um mel-

hor aproveitamento do conhecimen-

to empírico daqueles agentes

desportivos cujas carreiras sejam

reconhecidas pela comunidade e

constituem uma mais-valia para a

promoção do desporto. Trata-se de

inflectir certas correntes tecno-

cratas na apreciação de competên-

cias e saberes, aproveitando os

ídolos, sobretudo, para disseminar

o desporto a nível nacional, regional

e local.

� ESTUDO

O COP colaborará na eventual ela-

boração de um Livro Branco do

Desporto Português no intuito de

dar a conhecer os indicadores fide-

dignos e estatísticos do Portugal

desportivo, perante as sistemáti-

cas contradições e lacunas consta-

tadas na informação desportiva

através do levantamento e cruza-

mento exaustivo e rigoroso de

dados.

� COMUNICAÇÃO

O COP continuará a colaborar e a

intervir junto da comunicação social

com o propósito de contribuir para

um serviço de maior qualidade e

uma maior cultura desportiva dos

respectivos operadores e do públi-

co em geral, por forma a aumentar

a exposição pública dos diversos

desportos e fomentar o desenvolvi-

mento da prática desportiva.

Reformas estruturais

OCOP acompanhará atentamente o desenvolvimento normativo da Lei de

Bases do Desporto, com especial preocupação no que concerne ao regime

fiscal e ao sistema de segurança social aplicável aos atletas no percurso de alta

competição, bem como as questões relacionadas com a importância económica

do desporto, a expressão do emprego na área do desporto e a influência social

desta actividade, procurando contribuir para repensar o modelo de organiza-

ção do desporto português.

Lutará pela resolução de problemas da reinserção social dos atletas de alto

rendimento, após o término das suas carreiras, bem como pela concretização

das medidas de apoio à alta competição, como é o caso das facilidades acadé-

micas e profissionais, ou a questão pendente do enquadramento fiscal em sede

de tributação das bolsas em IRS. E, em colaboração com as entidades compe-

tentes, efectivar-se-á um Seguro Desportivo adequado à realidade e aos proble-

mas diagnosticados no segmento da alta competição.

Em convergência e simultaneamente, procurar-se-á definir e consagrar o

estatuto do atleta olímpico.

Também acompanhará as reformas necessárias para a conjugação de esfor-

ços entre os diversos subsistemas, particularmente o educativo e o desportivo,

na via do aumento dos índices de prática desportiva e da competitividade, só

possível através do alargamento da base de selecção para o subsistema de alto

rendimento. Procurará emitir opinião ou desencadear esforços para influenciar

a adopção de uma racional política de infra-estruturas e equipamentos despor-

tivos, nomeadamente através da reserva de espaços vitais, integrada numa cul-

tura urbanística e territorial equilibrada, tendo em vista a qualidade de vida

das populações e o cumprimento da universalidade no acesso ao desporto.

Instituições a criar

INSTITUIÇÃO OBJECTIVOS

Fundação Olímpica captar subvenções ao desporto

de alta competição

Tribunal Arbitral Desportivo melhorar eficácia e equidade

da justiça desportiva

Centro de Apoio Jurídico patrocínio jurídico de agentes desportivos

Museu Olímpico preservação do vasto espólio disperso

em Portugal

Museu

Olímpico

será

construído

junto da

sede do

COP

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Candidatura

aos Jogos de Lisboa

OCOP não abdicará da tese dos efeitos positivos da elaboração de uma

futura candidatura de Portugal à organização dos Jogos Olímpicos. Além

dos inúmeros apoios institucionais, desportivos e de grupos económicos já

manifestados e publicamente difundidos, concretamente pela edilidade lisboe-

ta, trata-se de uma oportunidade única para elaborar definitivamente um

plano integrado de desenvolvimento desportivo para o país, a longo prazo.

Neste sentido, o COP elaborará um documento orientador, equacionando as

fontes de financiamento inerentes ao cumprimento do caderno de encargos.

Não é uma utopia nem um cliché. Portugal pode e deve investir num projecto

desta dimensão, pois está comprovado que este desígnio tem constituído um

meio de promoção dos países candidatos e uma forma de estudar prospectiva-

mente o desporto. Uma candidatura é um pretexto e constitui uma medida

política macro inteligente, pois é consensual que o desporto é o grande

embaixador de Portugal.

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� AMBIENTE

O ambiente será alvo de atenção,

através de acções dedicadas a

este importante tema, conexo com

o desafio da sustentabilidade, plas-

mado na Carta Olímpica e na Carta

Europeia do Desporto.

� TURISMO

O turismo desportivo, a qualidade

de vida e a saúde pública consti-

tuem igualmente preocupações que

atravessam o desporto, a merecer

uma permanente atenção

Prestará atenção à dinâmica pró-

pria da actividade desportiva, em

termos de desportos e disciplinas

emergentes, como é o caso dos

denominados 'desportos de aventu-

ra'.

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AAssembleia Plenária de apro-

vou por unanimidade o

Relatório da Chefia da Missão

de Portugal aos Jogos Olímpicos de

Atenas, extenso documento de 66

páginas e vários anexos, que relata e

analisa pormenorizadamente todos os

passos da participação olímpica de

2004, desde a fase de preparação e

projecto olímpico ao desempenho

propriamente dito nos estádios gre-

gos. Com a promulgação deste relató-

rio, encerra-se a XXVIII Olimpíada e

abre-se a XXIX, havendo lugar a

conclusões úteis para o futuro.

Do documento elaborado pelos

Chefe de Missão e adjunto, respecti-

vamente Professor Alípio de Oliveira

e Engº Pedro Sousa Ribeiro, destaca-

se o capítulo de Reflexões Finais e

Sugestões, que extrapola da experiên-

cia vivida diversas recomendações

para os responsáveis pelas Missões

Olímpicas a Pequim-2008 e seguintes.

A Chefia de Missão considera que

a preparação e participação olímpicas

têm evoluído positivamente nos últi-

mos tempos, quer quanto ao conceito,

quer quanto ao modelo organizacio-

nal, apesar de nem sempre essas

mudanças terem sido marcadas pela

coerência e pela cientificidade: "ocor-

rem normalmente referências empíri-

cas que, sendo de considerar, nem

sempre resultam na melhor solução",

referem os dois responsáveis no seu

documento.

Na XXVIII Olimpíada, registaram-

se algumas alterações que podem ser

consideradas como oportunas e ade-

quadas. Por outra parte, ficaram

ideias que são passíveis de optimiza-

ção e sistematização, algumas das

quais estão mesmo já em prática,

como seja a continuidade do Projecto

Olímpico, que pela primeira vez não

sofreu interrupção na fase transitória,

ou a responsabilização total do COP

pela centralização e coordenação da

preparação olímpica, em conjunto

com as Federações..

De igual modo, a criação do

DAPO, departamento técnico profis-

sional do COP, virá ao encontro de

outra recomendação da Chefia de

Missão, bem como a da criação de um

departamento de comunicação que

enquadre ao longo da Olimpíada o

Adido de Imprensa da Missão e a de

um gabinete de Marketing que cuide

da imagem e dos respectivos benefí-

cios económicos e logísticos.

A Chefia de Missão de Atenas sub-

linha a necessidade de reavaliar e me-

lhorar o Seguro Olímpico e destaca a

importância do trabalho da Comissão

Médica do COP ao longo do processo

de preparação no sentido de se ape-

trechar com toda a informação clínica

e pessoal dos atletas e também reco-

menda a constituição atempada das

equipas administrativas e de apoio à

Missão. Mais tempo e cuidados de

preparação também nas diversas

áreas de apoio aos atletas garantem

uma maior eficácia na resposta às

necessidades de atletas e treinadores

durante o período dos Jogos.

ATENAS 2004

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RELATÓRIO DA CHEFIA DE MISSÃO

Atenas aponta

soluções de futuro

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1O Projecto Olímpico, deve ser

pensado e concebido à luz de

um modelo organizacional que tenha

em conta as especificidades da pre-

paração olímpica e onde os objecti-

vos por modalidade e atleta, os

recursos humanos, as infra estru-

turas disponíveis e a criar, o finan-

ciamento e o objectivo nacional

para os Jogos Olímpicos sejam

determinantes .

2Deve haver uma continuidade

do Projecto Olímpico, por

forma a não ocorrerem interregnos

na preparação olímpica. Isto pres-

supõe um trabalho de

curto/médio/longo prazo.

3Equacionar o sistema de

concessão de Bolsas Olímpicas

e apoios às Federações, segundo o

conceito de continuidade do

Projecto Olímpico. As Bolsas para

os atletas e os apoios para as acti-

vidades devem ser equilibrados e

ter em conta a importância das

competições e estágios.

4Centralizar no Comité Olímpico

de Portugal (COP) a gestão do

Projecto Olímpico.

5Estabelecer as fronteiras admi-

nistrativas entre Projecto

Olímpico, Projecto de Esperanças

Olímpicas, Projecto de Alta

Competição e apoio ao

Desenvolvimento da Prática

Desportiva, sem deixar de promo-

ver a interacção, a articulação e a

coerência sistémica entre eles,

num principio de rendibilização de

recursos e de complementaridade

de objectivos.

6Aprofundar e dar coerência ao

Projecto de Esperanças

Olímpicas integrando-o no modelo

global de preparação olímpica.

7Criar um corpo regulamentar

mais abrangente e compatível

para a Preparação Olímpica, servin-

do de instrumento promotor da

equidade e facilitador da tomada de

decisão.

8A estrutura de coordenação e

acompanhamento do Projecto

Olímpico, deverá ser profissionaliza-

da e constituída por um número

adequado de áreas técnicas face ao

quadro de atribuições e competên-

cias que lhe é conferido. Deve ter a

prerrogativa de produzir documen-

tos de incidência normativa e regu-

lamentar que, inclusivamente,

enquadre a Alta Competição e que

permita estabelecer e sistematizar

os critérios de avaliação e de

entrada e permanência de atletas e

equipas no Projecto.

9Fixar os objectivos desportivos

para os atletas e equipas

envolvidos no Projecto Olímpico.

10O Vértice Estratégico e

centro de decisão deverá

continuar a ser constituído pelos

Presidentes do IDP e do COP.

11Deverá manter-se a aposta

do COP nos Centros de

Preparação Olímpica, estrategica-

mente implantados pelo país, sem

prejuízo da existência de um Centro

de Alto Rendimento nacional (CAR)

a assumir pelo Estado.

12Deve ser desenvolvido um

adequado processo de

detecção de talentos, envolvendo

também o denominado Desporto

Escolar ou Desporto na Escola,

numa perspectiva globalizante do

conceito.

13O COP deverá criar uma

estrutura profissional e em

permanência para a área da

Comunicação Social. O Adido de

Imprensa presente nos Jogos

Olímpicos deverá sair dessa estru-

tura e cumprir um trabalho de pro-

moção e acompanhamento ao longo

de toda a fase de preparação olím-

pica. O exemplo de Atenas 2004

deve ser tido como exemplo a

seguir, provavelmente com algumas

correcções, sobretudo no que se

refere ao período de "antes dos

Jogos".

14É aconselhável a criação de

uma rede de comunicação

intra e inter sectorial que permita

coerência e eficácia na circulação e

tratamento da informação.

15Criação de um Gabinete de

Marketing que acompanhe

todo o processo de participação

nos Jogos Olímpicos e cuide de

patrocínios e imagem, tratando

inclusivamente, em conjunto com a

Chefia de Missão, questões como,

o Traje Olímpico Oficial, permitindo

uma logística eficaz e uma solução

atempada.

16Melhorar o regime de

Seguros dos elementos da

Missão Olímpica. Deverá ser estu-

dada uma resolução satisfatória de

acordo com a legislação vigente e

envolvendo o Estado, o COP e as

Federações.

17A Comissão Médica do COP

liderará o acompanhamento

dos atletas estabelecendo um diá-

logo em permanência com as

Federações, através de troca de

informações e produção de instru-

mentos sob forma de documentos

escritos ou de base digital e supor-

te informático, no sentido de, a

qualquer momento, estar disponível

informação detalhada sobre cada

atleta do Projecto Olímpico.

Coordenará a intervenção da estru-

tura de apoio médico que o COP

disponibiliza, complementarmente, a

exemplo do que aconteceu no âmbi-

to do Projecto Atenas 2004.

Definirá a Equipa Médica presente

nos Jogos Olímpicos. A sua inter-

venção deve ter início com o lança-

mento do Projecto Olímpico.

18A estrutura logístico -

administrativa que tratará

de preparação e participação olím-

picas, deverá ser definida e activa-

da com antecedência de forma a

ser possível um acompanhamento

desde o início do processo pelas

pessoas que o vão protagonizar. A

identificação das pessoas e das

respectivas atribuições e compe-

tências logo no início do ciclo olímpi-

co traz toda a vantagem para a efi-

ciência e eficácia do processo.

Estas definições deverão ser as

mesmas que vão enquadrar e cor-

porizar, mais tarde, na Aldeia

Olímpica, as estruturas orgânicas

de apoio.

19O processo de

Acreditações deve ser pre-

parado com todo o cuidado e cum-

prindo os prazos pré - estabeleci-

dos. Deve utilizar-se a experiência

adquirida. As Federações e todos

os elementos da Missão devem

ser permanentemente esclareci-

dos a fim de evitar tensões e

dúvidas destabilizadoras.

20A Chefia de Missão deve ser

definida o mais cedo possí-

vel a fim de acompanhar desde

inicio todo o processo de prepara-

ção e participação nos Jogos

Olímpicos.

21Na Aldeia Olímpica, a Chefia

de Missão deverá definir o

quadro de tarefas, competências e

responsabilidades, de cada um dos

elementos do Secretariado e do

grupo de assistentes e voluntários,

bem como, agendar as reuniões

com os Chefes de Equipa e deter-

minar os locais e os procedimentos

de difusão informativa (ver Anexo

L).

22A estrutura de organização

e acompanhamento dos

Dignitários, Patrocinadores e

Convidados, deverá estar perma-

nente e operacionalmente ligada

aos sectores de logística, venda de

bilhetes e transportes. Deverão

planificar-se as acções de acolhi-

mento nos aeroportos e de acom-

panhamento no regresso. A coor-

denação deve ser desempenhada

por um responsável, indicado pelo

COP para o efeito.

23Considera-se aconselhável a

constituição de um

Conselho Consultivo da Missão,

composto por especialistas de

várias áreas técnicas, por repre-

sentantes das Federações, dos

Atletas e dos Treinadores. Neste

órgão debater-se-ão todos os

temas tidos como susceptíveis de

reflexão e debate.

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REFLEXÕES FINAIS E SUGESTÕES

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Os presidentes das 20

Federações com atletas elegí-

veis para os apoios à prepara-

ção para os Jogos Olímpicos de 2008

e 2012 estiveram por duas vezes na

sede do Comité Olímpico a assinar os

respectivos contratos-programa,

numa iniciativa sem precedentes que

decorreu da outorga dos fundos esta-

tais ao Comité Olímpico por parte da

administração pública. Primeiro, no

dia 27 de Janeiro, na presença do

Secretário de Estado do Desporto, dr.

Hermínio Loureiro, foi a vez de todas

as Federações já incluídas no projecto

'Esperanças Olímpicas', que aponta

para os Jogos de 2012, não obstante

alguns dos atletas nele englobados já

terem conseguido estar presentes em

Atenas. Semanas mais tarde, numa

cerimónia mais restrita, repetiram a

presença os dirigentes das nove

Federações cujos atletas garantiram,

em Atenas, a transição para o

Projecto Pequim-2008, para a assina-

tura dos respectivos contratos-pro-

grama. No conjunto dos dois progra-

mas, estão já a ser apoiados directa-

mente 148 desportistas e respectivos

treinadores.

Como declarou o responsável pela

pasta do Desporto no Governo ces-

sante, o 27 de Janeiro de 2005 (como

também o 21 de Fevereiro) foi um

"dia feliz para o Desporto português"

ao confirmar a responsabilização das

entidades directamente envolvidas

no Desporto pela melhor gestão dos

dinheiros públicos consignados ao

desporto de alta competição.

Ao contrário do que sucedia no

passado, o contrato assinado entre o

COP e o Instituto do Desporto de

Portugal para apoio à preparação dos

Jogos de Pequim tem a duração de

quatro anos - e não carece de ser

revisto, negociado e assinado ano a

ano, como acontecia no passado. Pela

primeira vez, está orçamentado e

garantido um apoio continuado ao

programa de preparação olímpica.

Também pela primeira vez a

responsabilidade da condução e ges-

tão do programa cabe em exclusivo

ao próprio Comité Olímpico, que

contratualizou directamente com as

Federações os apoios necessários.

Como sublinhou o presidente do

IDP, José Manuel Constantino, quan-

do ficou concluído o processo contra-

tual "a preparação olímpica é agora

da exclusiva responsabilidade do

COP; cabendo ao Estado apenas asse-

gurar os apoios financeiros".

� 14 milhões de euros

O contrato-programa envolve verbas

no valor global de 14 milhões de

euros, o que representa um acréscimo

de 14,8 por cento relativamente a

Atenas, as quais são distribuídas em

quatro tranches anuais de 3,25, 3,75,

3,75 e 3,25 milhões, respectivamente

entre este ano e 2008, subdivididas

em quatro parcelas: Projecto Pequim-

2008 (69 %), Esperanças Olímpicas

(18 %), Selecção de Prioridades (9 %)

e Gestão do Projecto (4 %). Neste

contexto, o Projecto Pequim-2008 vai

absorver mais de 9,5 milhões de

euros de financiamento oficial

� Direitos e deveres

No contrato-programa assinado com

cada uma das nove Federações já

envolvidas no Projecto Pequim-2008,

a 21 de Fevereiro, começa por ser

estabelecido o objectivo de criar mel-

hores condições de preparação aos

atletas, visando a "consequente

obtenção de prestações desportivas

que permitam manter a expectativa

de virem a obter resultados de mérito

nos Jogos Olímpicos". O retorno dos

apoios concedidos em função das

estimativas previamente estudadas

no documento doutrinário 'Projecto

Olímpico 2005-2012', aprovado pelas

Federações, é um objectivo explícito

desta relação.

No caso, por exemplo, do

Atletismo, o valor da comparticipa-

CONTRATOS - PROGRAMA

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“Dias felizes”

para o Desporto

Na ocasião, Vicente Moura e o presidente do IDP, José Manuel Constantino, assina-

ram o contrato de apoio do Estado às actividades regulares do Comité Olímpico de

Portugal, no valor de 400 mil euros

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VICENTE MOURAPresidente do Comité Olímpico de Portugal

"É com muita emoção e satis-

fação que assinalo este momen-

to histórico para o Comité

Olímpico e para o Movimento

Associativo em que, pela

primeira vez, uma entidade priva-

da assume a gestão de verbas

públicas no desenvolvimento de

um projecto nacional. É a prova

de que o Comité ganhou peso

institucional e credibilidade.

Ao confiarem-nos esta respons-

abilidade Presidente do Instituto

de Desporto e Portugal e o

Secretário de Estado compreen-

deram e assumiram a máxima de

'Menos Estado, Melhor Estado'

aceitando também o desafio a

que nos propomos de alcançar

em Pequim e em 2012, através

do programa 'Esperanças

Olímpicas' um maior número de

medalhas e melhores resultados.

Realço que também pela primeira vez foi possível dar continuidade aos apoios após o final dos Jogos

Olímpicos de Atenas, anulando-se o compasso de espera que sempre se verificava, com enormes

prejuízos desportivos, entre cada ciclo olímpico.

Peço ajuda a todos, Federações, Confederação, patrocinadores, para que ajudem a facilitar-nos a

vida, pois mercê dela facilitaremos a vida aos atletas e seus treinadores, únicos destinatários do

nosso trabalho.

Seremos rigorosos e credíveis na aplicação dos direitos e deveres consignados nos contratos e

temos a certeza de que alcançaremos os resultados e objectivos a que, igualmente pela primeira

vez, o COP se compromete e que são os de presença em Pequim-2008 de 18 modalidades difer-

entes e a conquista de cinco medalhas e 12 diplomas"

HERMÍNIO LOUREIRO

Secretário de Estado do Desporto e da Reabilitação

"Este é um dia feliz para o Desporto em Portugal, mas também

para a administração pública, com o IDP a assumir um papel de

referência ao cumprir com simplicidade e rigor o disposto no artigo

25º da Lei de Bases do Desporto sobre as competências do

Comité Olímpico de Portugal.

O Desporto português cresceu oito por cento em número de prati-

cantes nos últimos anos e está agora mais perto da média

europeia (de 38%), estando certo que irá ultrapassá-la muito

antes dos dez anos que eu fixara como meta para esse desígnio

nacional.

É fundamental que se mantenha este clima de cooperação e que se

impeça por todos os meios o regresso a um ambiente de

crispação, porque o Desporto precisa de todos e é com o apoio de

todos que vai melhorar.

Este é um dia feliz para o Desporto em Portugal que iremos recor-

dar dentro de três anos e meio quando ouvirmos o nosso hino e a

bandeira portuguesa subir ao mastro olímpico em Pequim, no

momento em que os nossos atletas alcançarem os mais elevados

objectivos a que nos propomos e que sem dúvida realizaremos,

com muita ambição, mas também muita responsabilidade."

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ção do COP ascende aos 252,750

euros para uma previsão de seis atle-

tas, os que elegíveis à data do acordo,

mas este contrato não é fechado e

naturalmente o valor vai subir à

medida que mais e mais atletas consi-

gam atingir as fasquias de elegibili-

dade olímpica, ao longo do ciclo de

quatro anos em que se defrontam

com variados testes e provas de

selecção. Também pode ser reduzido

se alguns dos atletas agora incluídos

não alcançarem os resultados que

garantam a sua continuidade do pro-

grama.

Da parte das Federações o contrato

obriga a remeter ao COP, em tempo

útil, o plano das acções de prepara-

ção e competições previstas para

cada um dos praticantes integrados

no Projecto, os relatórios de avaliação

intercalares e todas as informações

sobre o cumprimento do plano, bem

como dos resultados obtidos e aplica-

ção das verbas disponibilizadas, ou

quaisquer outros elementos necessá-

rios ao Comité para avaliar a boa exe-

cução do contrato programa. As

Federações estão obrigadas a entre-

gar o plano anual de actividades e o

orçamento provisional acompanhado

do respectivo cronograma financeiro

e devem Entregar o Relatório e

Contas anual da Preparação Olímpica

até 31 de Janeiro do ano seguinte ao

do exercício.

A concepção do plano das acções

de preparação e competições previs-

tas e delinear os objectivos desporti-

vos para cada um dos praticantes

integrados no Projecto é uma prerro-

gativa das respectivas Federações.

Igualmente a celebração dos contra-

tos com os atletas e respectivos trei-

nadores responsáveis é da responsa-

bilidade de cada Federação.

Naturalmente, o COP tem o direi-

to de suspender a liquidação da com-

participação financeira em caso de

incumprimento da correcta execução

dos programas de preparação apre-

sentados, ou da não observância dos

direitos e deveres estabelecidos. O

COP obriga-se a prestar às

Federações uma colaboração adequa-

da à boa execução do plano de pre-

paração dos praticantes integrados

no Projecto e a enviar cópia dos

contratos - programa celebrados ao

Instituto do Desporto de Portugal.

CONTRATOS - PROGRAMA

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JUDO TRAMPOLINS VELA

VOLEIBOL DE PRAIA TIRO TRATLO

ATLETISMO CANOAGEM CICLISMO

As nove modalidades já inseridas no Projecto Pequim-2008

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VELAGINÁSTICA BADMINTON

BASQUETEBOL CANOAGEM HIPISMO

LUTAS AMADORAS

Além das modalidades assinaladas

em foto também assinaram o

contrato-programa “Esperanças

Olímpicas 2012” as de Atletismo,

Ciclismo, Judo, Trampolins,

Triatlo e Voleibol.

NATAÇÃO

REMO TÉNIS DE MESA TIRO COM ARMAS DE CAÇA

ANDEBOL ESGRIMA FUTEBOL

Projecto “Esperanças Olímipicas” envolve 20 modalidades

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Page 28: Começou a longa viagem até Pequim 2008 · DOSSIER As cinco candidatas a 2012 REPORTAGEM 16ª sessão da Academia Olímpica Começou a longa viagem até Pequim 2008 Equipa directiva

São 19 os atletas que transitaram

do Projecto Atenas para o

Projecto Pequim-2008, o que

significa desde logo que alcançaram

nos anteriores Jogos Olímpicos resul-

tados que confirmam o seu estatuto

de alta competição. Pela primeira vez

na história dos apoios oficiais e bol-

sas não se verificou quebra de apoio

na transição das Olimpíadas.

Este grupo está dividido em três

níveis de Bolsas mensais. O primeiro

(1250 euros para o atleta, 937,5 para o

treinador) atribuído aos três medal-

hados de Atenas, Francis Obikwelu,

Rui Silva e Sérgio Paulinho, o segun-

do (respectivamente 1000 e 750) para

os finalistas, como Alberto Chaíça,

Emanuel Silva, João Pina e João Neto,

Vanessa Fernandes ou os três veleja-

dores Álvaro Marinho-Miguel Nunes

e Gustavo Lima, e finalmente o ter-

ceiro (750, 562,5) para os restantes

sete contemplados, que em Atenas se

classificaram ao nível de semi-finalis-

ta, entre a 9ª e a 16ª posições.

Por cada atleta qualificado as

Federações recebem 1467 euros men-

sais, cabendo por isso a fatia maior à

Federação de Atletismo.

� 21 raparigas em 129

No projecto Esperanças Olímpicas

estavam incluídos no final de 2004

um total de 129 atletas de 20 modali-

dades, dos quais 21 eram raparigas.

Apenas em dois desportos o sexo

feminino estava em maioria, no Judo

com cinco dos oito incluídos e nos

Trampolins.

Não contando os atletas das qua-

tro modalidades colectivas (Andebol,

Basquetebol, Futebol e Voleibol) e do

Ciclismo, em que os subsídios não

são nominais, mas em grupo para a

selecção que há-de ser eleita no

momento das provas de selecção

olímpica, as classes nascidas de 1984

a 1986 dominavam a lista, que tem

uma amplitude de idades muito

vasta. Ainda estão no Projecto de

Esperanças sete atletas que este ano

completam os 24 anos, num progra-

ma em que a mais jovem continua a

ser a nadadora Diana Gomes, de 15

anos, pouco mais nova que os ginas-

tas Ana Rente e Carlos Jesus, de 16.

Diana Gomes, a mais jovem atleta

olímpica de sempre, não é a única a

ter já participado nos Jogos

Olímpicos neste grupo que se projec-

tava para Pequim-2008 e para os

Jogos de 2012. Também os atletas

Gaspar Araújo, Luís Sá e Nélson

Évora e os nadadores Adriano Niz,

Luís Monteiro, João Araújo,

Fernando Costa e Tiago Venâncio já

competiram nos Jogos de Atenas,

enquanto a marchadora Vera Santos

e a triatleta Maria Areosa só não esti-

veram presentes por razões de quo-

tas de participação.

CONTRATOS-PROGRAMA

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19 atletas no Projecto Pequim

e 129 Esperanças Olímpicas

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Page 29: Começou a longa viagem até Pequim 2008 · DOSSIER As cinco candidatas a 2012 REPORTAGEM 16ª sessão da Academia Olímpica Começou a longa viagem até Pequim 2008 Equipa directiva

Os atletas já incorporados no Projecto Pequim-2008

são os seguintes

ATLETISMO

Naide Gomes Heptatlo

Francis Obikwelu 100, 200 metros

Rui Silva 1500 metros

Manuel Damião 1500 metros

Alberto Chaíça Maratona

João Vieira 20 km Marcha

CANOAGEM

Emanuel Silva K1 500m, 1000m

CICLISMO

Sérgio Paulinho Estrada

JUDO

Telma Monteiro -52kg

João Pina -66kg

João Neto -73kg

TRAMPOLINS

Nuno Merino

TRIATLO

Vanessa Fernandes

TIRO

João Costa Pistola

VELA

Álvaro Marinho 470

Miguel Nunes 470

Gustavo Lima Laser

VOLEIBOL

Miguel Maia/João Brenha Volei de Praia

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PROJECTO PEQUIM 2008

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PROJECTO ESPERANÇAS OLÍMPICAS

CONTRATOS-PROGRAMA

Os atletas incorporados no Projecto Esperanças Olímpicas são os seguintes

ATLETISMO

Arnaldo Abrantes 1986 110 metros barreiras

Liliana Cá 1986 Lançamento do Disco

Milton Dias 1986 400 metros barreiras

Ricardo Lima 1985 400 metros barreiras

Ana Cabecinha 1984 20 km Marcha

Hugo Caldeira 1984 Lançamento do Disco

Nélson Évora 1984 Salto em Comprimento

Bruno Saramago 1982 5000 metros

Marco Fortes 1982 Lançamento do Peso

Patrícia Lopes 1982 400 metros barreiras

Sandra Tavares 1982 Salto com Vara

Fernando Almeida 1981 800 metros barreiras

Gaspar Araújo 1981 Salto em Comprimento

Jéssica Augusto 1981 5000 metros

Luís Sá 1981 110 metros barreiras

Ricardo Alves 1981 100 metros

Vera Santos 1981 20 km Marcha

BADMINTON

Alexandre Paixão 1986

Telma Santos 1983

CANOAGEM

Teresa Portela 1987 K1 500m

Ricardo Tavares 1986 K2 500m

Carlos Portela 1985 K2 500m

Filipe Duarte 1985 K4 1000m

Helena Rodrigues 1984 K1 1000m

Pedro Santos 1984 K4 1000m

David Fernandes 1983 K4 1000m

Pedro Gomes 1981 K4 1000m

ESGRIMA

Joaquim Videira 1984 Espada

EQUESTRE

Francisco Nobre Guedes1987

GINÁSTICA

Carlos Jesus 1988 Artística

JUDO

Joana Cesário 1987 -57kg

Ana Cachola 1986 -63kg

Marta Amaro 1985 -78kg

Tiago Lopes 1985 -66kg

Ana Monteiro 1984 -48kg

Joana Ramos 1982 -52kg

João Cardoso 1982 -60kg

Pedro Dias 1982 -66kg

LUTAS

Ângela Gonçalves 1987 Livre

Vânia Guerreiro 1987 Livre

Ricardo Salvado 1984 Greco

NATAÇÃO

Diana Gomes 1989 100,200 bruços

Tiago Venâncio 1987 100,200 livres

Fábio Pereira 1986 200 mariposa

Adriano Niz 1986 200 costas, 200 livres

João Araújo 1985 200,400 livres,

200 mariposa

Fernando Costa 1985 1500 livres

Pedro Mendonça 1984 100,200 bruços

Luís Monteiro 1984 200,400 livres,

200 mariposa

Duarte Mourão 1984 200 mariposa

REMO

Roberto Rodrigues 1985 Scul 2x

Ricardo Santos 1985 Scul 2x

Nuno Mendes 1984 Scul 2x

Paulo Quesado 1984 Scul 2x

Pedro Fraga 1983 Scul 2x

TÉNIS DE MESA

Tiago Apolónia 1986

Marcos Freitas 1986

TIRO C/ ARMAS DE CAÇA

João Paulo Azevedo 1984 Trap

TRAMPOLINS

Ana Rente 1988

TRIATLO

Maria Areosa 1984

Bruno Pais 1981

VELA

Luís Niza 1987 420

Paulo Baptista 1987 420

Sara Carmo 1986 Europe

Gonçalo Ribeiro 1985 470

Francisco Lobato 1984 Laser

Fausto Neves 1984 470

ANDEBOL

15 atletas Juniores

BASQUETEBOL

12 atletas Juniores

CICLISMO

5 atletas Provas de Estrada

FUTEBOL

18 atletas Sub-18

VOLEIBOL

12 atletas Juniores

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Um salto inspirador

XX IX OL IMP IADA - A CAMINHO DE PEQU IM

Ao mesmo tempo

que os dirigentes

concluíam com

inédita ante-

cedência os

processos de

apoio à

preparação

olímpica, no

campo desportivo

os atletas estão

a iniciar com

determinação a

caminhada para

Pequim. Uma

medalha de ouro

no Europeu de

Atletismo e uma

de bronze na

Taça do Mundo

de Judo foram os

primeiros pódios

deste ciclo,

iniciado por 19

atletas, mas a

que muitos

outros se jun-

tarão nos próxi-

mos tempos.

Naide Gomes foi a primeira atle-

ta com estatuto olímpico a bri-

lhar no início da longa cami-

nhada até aos Jogos de Pequim, ao

sagrar-se campeã europeia de salto em

comprimento em pista coberta, a sua

terceira medalha em grandes competi-

ções, depois da prata no Europeu-02 e

do ouro no Mundial-04, ambas no

Pentatlo.

Dos outros atletas integrados no

Projecto Pequim-2008, também Francis

Obikwelu obteve um resultado assina-

lável ao estabelecer um novo recorde

nacional dos 60 metros (pista coberta),

com 6,54 segundos, em Madrid, dois

dias depois de ter igualado o máximo

anterior em Birmingham, mas conduz

a sua temporada com muito cuidado,

devido a problemas num joelho que

poderão obrigá-lo a passar pela mesa

de operações, depois dos Mundiais de

Helsínquia. Obikwelu optou por não

disputar os Europeus de Pista Coberta,

disputados uma semana depois do

'meeting' da capital espanhola, por

considerar que não poderia vencer a

prova - o que seria um risco para o seu

prestígio actual.

Também Rui Silva, o outro meda-

lhado de Atenas, optou por não com-

petir em absoluto na época de Inverno,

na sequência da operação a uma hérnia

inguinal a que se submeteu após os

Jogos Olímpicos. O ribatejano deverá

reaparecer em força na Primavera.

FO

TO

LU

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A vitória de Naide em Madrid ficou

envolta nalgum dramatismo provoca-

do por um erro dos juizes na medição

do salto de uma adversária, a alemã

Bianca Keppler, o que veio a atrasar a

homologação dos resultados em quase

24 horas e impediu, pela segunda vez,

a atleta santomense de realizar o seu

sonho de dar uma volta de consagra-

ção à pista, com a bandeira nacional...

Impedida de disputar o Pentatlo

devido às limitações físicas provoca-

das por lesões e fadiga, nem por isso

Naide Gomes deixou de bater o recor-

de nacional do comprimento, que já

lhe pertencia com 6,51 metros, marca

que ultrapassou por quatro vezes ao

longo da competição, fixando o novo

máximo em 6,70. Para este Verão,

Naide Gomes estabeleceu o objectivo

de alcançar uma grande marca no

Heptatlo, pretendendo classificar-se

nas oito primeiras dos Mundiais de

Helsínquia, depois de ter sido 12ª nos

Jogos Olímpicos de Atenas.

O segundo melhor português nos

Europeus de Pista Coberta foi Gaspar

Araújo, outro saltador, que terminou a

prova em 5º lugar, com 7,87 metros,

dias depois de ter saltado oito metros

no mesmo local. Olímpico em Atenas

e um dos atletas integrados no progra-

ma 'Esperanças Olímpicas', Gaspar

ficou a alguns centímetros da medalha

de bronze destes Europeus e persegue

agora os mínimos para os Mundiais de

Helsínquia, fixados em 8,19 metros.

� Telma de bronze

Depois da longa paragem por lesão

que se seguiu aos Jogos Olímpicos e

aos Europeus de juniores, a judoca

Telma Monteiro reapareceu em gran-

de estilo no início de Março no torneio

Super A de Tampere, Finlândia,

conquistando mais uma medalha de

bronze na categoria de -52 kg, perden-

do apenas com a russa Bogdanova.

No mesmo torneio, também Ana

Hormigo (-48kg) se classificou em 3º

lugar, duas semanas depois de ter sido

7ª em Hamburgo, ascendendo ao 3º

posto do 'ranking' europeu - o que lhe

vai permitir ascender ao Projecto

Pequim-2008 (nível 3), juntando-se a

Telma Monteiro e a João Pina e João

Neto. Com 23 anos, a atleta de Castelo

Branco ainda luta por uma primeira

presença olímpica.

Andreia Cavalleri (-70kg) já tinha

alcançado em Sofia, em Janeiro, um 5º

lugar - pelo que, tudo somado, confir-

ma-se a ideia de que o sector feminino

do Judo português promete um ano

bem melhor que o sector masculino,

não obstante as lesões sofridas por

Ana Cachola e Ana Monteiro, duas

das atletas que fazem parte do progra-

ma 'Esperanças Olímpicas'.

Entre os homens, os resultados têm

sido discretos nos primeiros meses de

2005, destacando-se mais a demissão

apresentada pelo seleccionador Rui

Rocha, após o torneio de Paris, em

Fevereiro, por não concordar com a

entrega da condução dos combates aos

treinadores dos clubes. O selecciona-

dor, que esteve ligado à conquista de

49 medalhas internacionais em oito

anos e liderou a equipa nacional nos

Jogos Olímpicos de Sydney e Atenas,

foi substituído entretanto pelo seu

antigo atleta Michel Almeida.

A equipa nacional masculina está

desfalcada desde Dezembro e por

tempo ainda indeterminado de um

dos seus expoentes máximos, o olím-

pico João Pina, que se lesionou com

gravidade no ombro direito durante

um estágio no Japão, repetindo uma

mazela que já o obrigara a submeter-se

a uma intervenção cirúrgica há três

anos.

� Paulinho a rolar

Com a responsabilidade e os galões de

vice-campeão olímpico, Sérgio

Paulinho iniciou a carreira no ciclismo

internacional ao serviço de uma das

equipas de ponta, a Wurth-Liberty,

lado a lado com outro olímpico, Nuno

Ribeiro, mas nas primeiras provas do

calendário os dois portugueses não

coincidiram: um correu na Austrália, o

outro na Malásia, e depois cada um

em sua 'clássica' diferente em

Espanha.

Numa fase menos exigente da tem-

porada, Paulinho deu um ar de graça

na corrida Tirreno-Adriático, não pro-

priamente na classificação geral, mas

ao terminar em segundo no Prémio da

Montanha.

A nível nacional, outro membro da

última equipa olímpica nacional,

Cândido Barbosa, teve um começo

prometedor e ambicioso da tempora-

da, ao vencer o Grande Prémio do

Oeste, que incluiu a subida da Serra

do Montejunto, começando a ser

apontado por observadores especiali-

zados como potencial candidato ao tri-

unfo na Volta a Portugal.

� Vanessa corta mato

Com o à vontade e tranquilidade de

sempre, a triatleta Vanessa Fernandes

foi testar a forma de correr nos nacio-

nais de corta-mato e terminou em

quinto lugar da geral e primeira de

sub-23, o que lhe garantia um lugar na

selecção nacional para os Mundiais de

crosse... Está em boa forma, portanto.

Também sem adversários à altura a

nível nacional as duas tripulações de

Vela que se mantiveram no Projecto

Olímpico, Gustavo Lima, no Laser, e

dupla Álvaro Marinho-Miguel Nunes,

no 470, testaram positivamente na

semana do Carnaval, em Vilamoura.

Marinho e Nunes deram-se mesmo ao

luxo de vencer as oito regatas disputa-

das!

� Natação destaca elite

Sem atletas no Projecto Pequim-2008,

embora tenha o objectivo de participar

nos próximos Jogos com quatro a sete

nadadores e atingir meias-finais, a

Federação Portuguesa de Natação

decidiu criar um 'Projecto Elite', que

visa facilitar o acesso a provas interna-

cionais de primeiro nível, como as da

Taça do Mundo e do Circuito Mar

Nostrum. No núcleo inicial foram elei-

tos três atletas (Duarte Mourão,

Fernando Costa e Tiago Venâncio) que

também fazem parte do programa

'Esperanças Olímpicas'. Na sua pri-

meira participação internacional,

disputaram a Taça do Mundo de Belo

Horizonte, no Brasil, onde Mourão

ficou perto do pódio (4º nos 200 mari-

posa). E Venâncio já fez os mínimos

para o Mundial.

XX IX OL IMP IADA - A CAMINHO DE PEQU IM

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Depois de quatro anos

muito duros, decidi fazer

uma pausa neste

Inverno, para descansar

a cabeça e recuperar

dos problemas físicos.

Mas agora vou

recomeçar. Já é tempo

de alcançar no Heptatlo

uma boa marca como já

fiz no Pentatlo

Naide Gomes

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ATLETISMO

Naide Gomes

Campeã europeia de Salto em comprimento, tendo

batido o recorde nacional duas vezes em duas sem-

anas. Primeiro no Meeting de Estocolmo (2ª no

Pentatlo) e depois nos Europeus de Madrid

Francis Obikwelu

Correu os 60 metros em quatro meetings interna-

cionais de pista coberta, batendo o recorde nacional

duas vezes. Optou por não disputar os Europeus de

Madrid.

Alberto Chaíça

O maratonista participou em Fevereiro na Taça dos

Campeões Europeus de Crosse, em Mântua, enquanto

continua a preparação da época, cujo ponto alto será

a Maratona dos Mundiais de Helsínquia

João Vieira

O marchador de Rio Maior vem competindo regular-

mente em provas de distâncias curtas, mas desistiu

nos 50 quilómetros dos campeonatos nacionais, gan-

hos pelo também olímpico Pedro Martins.

Manuel Damião

Época de Inverno regular, com uma excelente partici-

pação na Taça dos Campeões Europeus de crosse, em

Mântua, onde foi 4º

Rui Silva

Optou por não competir neste Inverno, concluindo a

recuperação da operação a que foi submetido.

CANOAGEM

Emanuel Silva

A Taça do Mundo começa apenas a 13 de Maio, em

Poznan.

CICLISMO

Sérgio Paulinho

Disputou provas por etapas de início de época na

Austrália (48º no Tour Down Under, ganho pela sua

equipa), em Espanha (desistiu na Volta a Valência) e

Itália (60º e 2º da Montanha no Tirreno-Adriático)

JUDO

João Pina

A recuperar de uma rotura de ligamentos do ombro,

sofrida no estágio de Dezembro, no Japão, e de uma

apendicite. Só deve reaparecer no final da temporada.

Telma Monteiro

Regressou em grande no início de Março com mais

uma medalha de bronze no torneio de Tampere

João Neto

Depois de um intervalo competitivo para se dedicar

aos exames do seu curso universitário, em que tam-

bém subiu de peso e de escalão, esteve no estágio

realizado na Alemanha, em Fevereiro, e vai voltar à

competição nas provas da Taça do Mundo de Tallin e

Bucareste, no início da Primavera

TRAMPOLINS

Nuno Merino

Após a fase de preparação para uma época que com-

porta os Campeonatos do Mundo, em Setembro, ini-

ciou em finais de Março a actividade internacional com

a participação em torneios na Holanda e na

Dinamarca.

TRIATLO

Vanessa Fernandes

Fase de preparação, culminando com um teste no

Nacional de crosse, onde se classificou em 5º lugar

geral. Inicia a participação na Taça do Mundo em finais

de Abril, no México.

TIRO

João Costa

Participou no início do ano nos Europeus de Ar

Comprimido, em Tallin, onde obteve uma classifi-

cação discreta. Na segunda semana de Abril, dispu-

ta a prova da Taça do Mundo de Pusan, Coreia, nas

suas duas especialidades de Pistola Livre e Pressão

de Ar.

VELA

Gustavo Lima

Depois de ter renovado o título nacional em

Dezembro, reapareceu no Carnaval para ganhar a

Semana Internacional de Vilamoura, superando o

espanhol Gomez e o húngaro Fazakas.

Álvaro Marinho - Miguel Nunes

Na XXXI Semana Internacional de Carnaval de

Vilamoura, cometeram a proeza de ganhar todas as

(oito) regatas de 470.

VOLEIBOL DE PRAIA

Miguel Maia - João Brenha

Enquanto não chega o Verão, os dois atletas partici-

pam nas competições 'indoor', Maia em Itália ao

serviço da equipa do Crema, e Brenha em Portugal, no

Sporting de Espinho.

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Page 34: Começou a longa viagem até Pequim 2008 · DOSSIER As cinco candidatas a 2012 REPORTAGEM 16ª sessão da Academia Olímpica Começou a longa viagem até Pequim 2008 Equipa directiva

Os 13 membros da Comissão de

Inspecção do Comité

Internacional Olímpico, lide-

rados pela antiga campeã marroquina

Nawal El Moutawakel, visitaram em

Fevereiro e Março as cinco cidades

que ainda se encontram na corrida à

organização dos Jogos Olímpicos de

2012 e estão agora a proceder à elabo-

ração do relatório final que há-de ser-

vir de base à votação dos 106 mem-

bros do CIO, marcada para a 117ª ses-

são do Comité Internacional

Olímpico, agendada para de 6 a 9 de

Julho, em Singapura.

O antigo atleta olímpico e presi-

dente do Comité Olímpico de

Portugal, Fernando Lima Bello, repre-

sentante do CIO em Portugal, é um

dos encarregados de escolher a me-

lhor das cinco candidaturas, Paris,

Londres, Moscovo, Madrid ou Nova

York.

Ao longo dos últimos meses os

interessados têm feito o exaustivo tra-

balho de melhorar as respectivas pro-

postas, depois do relatório preliminar

que eliminou quatro outras cidades -

e que continua a servir de base para

uma comparação entre os diversos

projectos. Poucas melhorias substan-

ciais foram introduzidas, em particu-

lar na candidatura francesa, mas o

compasso de espera serviu para Nova

York resolver um imbróglio compli-

cado sobre a garantia de construção

de um novo estádio olímpico ou para

JOGOS OL ÍMP ICOS DE 2012

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Cinco grandes

na corridaDia 6 de Julho em Singapura será escolhida por votação dos membros

do C.I.O. a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2012, entre as cinco

candidatas que ultrapassaram a primeira fase: Paris, Londres, Madrid,

Moscovo ou Nova York. O favoritismo vem sendo concedido a Paris,

mas apenas Moscovo parece completamente descartada a três meses

de distância da grande decisão

A praia para o Voleibol projectada para o coração de Paris

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Page 35: Começou a longa viagem até Pequim 2008 · DOSSIER As cinco candidatas a 2012 REPORTAGEM 16ª sessão da Academia Olímpica Começou a longa viagem até Pequim 2008 Equipa directiva

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35

Moscovo elaborar melhor o seu pro-

jecto financeiro que não fora conside-

rado rigoroso na primeira instância.

O principal factor de decisão pode

ser mais político do que técnico, o

que ajuda a explicar que Madrid,

apresentando uma proposta reconhe-

cidamente mais sólida que Londres,

nunca tenha conseguido ascender ao

nível de favorito, partilhado desde

início pelas candidaturas inglesa e

francesa...

� Paris favorita

No final de Março, o próprio líder da

candidatura inglesa, Ken Livingstone,

reconhecia que Paris estava na frente,

mas com a convicção de que nenhu-

ma das cinco candidaturas seria

capaz de alcançar a maioria dos votos

na primeira votação. Segundo

Livingstone, a três meses da decisão,

Paris teria garantido 30 votos,

Londres 25, nenhuma das outras cida-

des excedia os 20, mas haveria ainda

30 a 40 delegados indecisos. Neste

caso, o que mais vale seria a segunda

opinião, com as pessoas que votam

inicialmente em Madrid, Nova York

ou Moscovo a terem de optar em

segunda instância entre Paris e

Londres.

Esta ideia dos ingleses contrasta

O Charles de

Gaulle é um dos

mais modernos

aeroportos do

Mundo, mas a

rede de transpor-

tes urbanos,

nomeadamente

ferroviários, pre-

cisa de melhorias.

O IBC-MPC fica

próximo de um

dos centros

desportivos, com

oito locais de

competição

95% da estru-

tura de transpor-

tes urbanos para

os Jogos ainda

vai ser construí-

da, mas garante

absoluta eficiên-

cia, porque a

cidade não tem

obstáculos com-

plicados. O aero-

porto de Barajas

é um dos melho-

res da Europa e

tem a vantagem

de ficar muito

próximo da Aldeia

Olímpica e de um

dos pólos despor-

tivos. O IBC-MPC

fica na Feira

IFEMA, onde se

desenrolarão as

provas de oito

modalidades.

Apesar de ter

uma das redes de

metro mais

extensas, ela é

considerada obs-

oleta e necessita

de elevados inves-

timentos em efi-

ciência e segu-

rança. O

Aeroporto de

Heathrow é

considerado sufi-

ciente para a

família olímpica,

mas também

carece de avulta-

dos melhoramen-

tos. O IBC-MPC

será construído

no Parque

Olímpico e ficará

entre 7 e 17 qui-

lómetros distante

dos locais de

competição

Um dos maio-

res problemas é o

trânsito, em par-

ticular por causa

da travessia do

rio Hudson. Um

'plano X' está

anexo à candida-

tura, propondo

novas soluções

sobretudo ferro-

viárias para as

ligações Leste-

Oeste entre Long

Island e

Mannathan Grand

Central Station,

mas a sua eficá-

cia subsiste uma

grande incógnita.

O IBC e o MPC

ficam próximos do

projectado

Estádio Olímpico

e da aldeia dos

jornalistas.

Quanto a aero-

portos, a cidade é

das melhor servi-

das do Mundo.

A cidade pro-

põe num dos três

aeroportos, o de

Vnukovo, para

servir directa-

mente os Jogos

Olímpicos, atra-

vés da constru-

ção de uma nova

linha de comboio

suburbano ultra-

rápido directa e

dedicada. O IBC-

MPC será cons-

truído junto da

Aldeia Olímpica e

da Aldeia dos

Media, bem no

centro do projec-

to.

ESTRUTURAS

1 2 3 4 5

As margens do rio Moscovo à espera dos Jogos

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com a avaliação técnica que nunca

colocou Londres em segundo lugar

em qualquer dos itens, nem sequer no

"legado olímpico" para a cidade, e

tem encarado com alguma cautela a

reserva da família real relativamente

ao assunto. Ao contrário, por exem-

plo do apoio explícito da Casa Real

de Bourbon à proposta de Madrid, só

ao fim de muitos meses de candidatu-

ra, o Palácio de Buckingham deu um

sinal de envolvimento ao patrocinar

uma festa de reconhecimento a mais

de 300 antigos atletas britânicos

medalhados olímpicos, por altura do

centenário do Comité Olímpico

Britânico.

Madrid é, aliás, a candidatura mais

entusiástica, tendo sido registado por

uma sondagem da responsabilidade

do próprio C.I.O. 91% de apoio popu-

lar, contra 85% dos parisienses e ape-

nas 68% dos londrinos e 67% dos

nova-iorquinos.

Nesta fase intermédia entre o final

das inspecções e a apresentação do

relatório, que deverá estar concluído

pelo menos um mês antes da votação,

desenvolve-se um grande trabalho de

lóbi político, havendo sinais de apelos

da parte das autoridades de Moscovo

ao apoio dos antigos países socialistas

no sentido de salvar a candidatura de

uma votação humilhante - um 'des-

vio' diplomático que poderia vir a

prejudicar alguma das favoritas na

JOGOS OL ÍMP ICOS DE 2012

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O novo Estádio Olímpico de Nova York será usado no futebol americano

O novo Estádio Olímpico é o grande trunfo estrutural dos ingleses

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Três pólos

este, oeste e

central desen-

hados a partir de

23 infra-estru-

turas já exis-

tentes, de um

total de 33 pro-

postas. Nove

modalidades

decorrerão no

Parque Olímpico e

a Aldeia fica ape-

nas a dois

quilómetros do

Estádio Olímpico.

À excepção da

Vela (em Palma de

Maiorca, a 550

kms) e do Remo-

Canoagem (a 50

km), todas ficam

num eixo de 20

kms, dentro da

cidade. Cinco

novos estádios,

três deles perma-

nentes, serão

construídos.

31 locais de

competição (13 já

existentes, 2

aprovados para

Canoagem slalom

e Voleibol e 11

temporários em

caso de vitória da

candidatura). O

pólo Oeste (Orly)

alberga dez locais

para 16

desportos e o

Pólo Norte (Saint

Dennis) oito

locais para 13

modalidades, dis-

tando ambos seis

quilómetros da

Aldeia. Só a Vela

se disputa longe,

em La Rochelle (a

461 kms),

enquanto o local

para o Remo e

Canoagem dista

41 kms da

cidade.

31 locais (19

já existentes,

dois novos, o

Estádio Olímpico

e um Grande

Pavilhão de

Desportos, e dez

adicionais em

caso de eleição,

três deles tem-

porários). Quase

todos os locais

ficam num raio de

42 quilómetros

integrados no

'plano X' de trans-

portes, de um

lado e do outro

do eixo de comu-

nicações criado

por estradas e

pelo rio.

Orçamento de

2,7 mil milhões

de dólares para

infra-estruturas

desportivas que

visam melhorar a

qualidade de vida

na Midtown

Manhattan.

33 locais pro-

postos, 20 dos

quais já existem,

concentrados em

três grandes

área ( o Parque

Olímpico com 16

locais de provas e

a Aldeia Olímpica,

a zona centro (4

desportos) e a

zona Oeste (5).

Três centros de

competição situ-

am-se longe: Vela

a 245 kms, Tiro a

72 e

Canoagem/Remo a

54. Só um novo

recinto, o Estádio

de Wembley, para

o Futebol, já está

em construção,

mas serão pre-

cisos outros 12

novos, nove dos

quais perma-

nentes.

29 locais, 14

dos quais já exis-

tentes da estru-

tura criada para

os Jogos

Olímpicos de

1980. Outros

cinco estão a ser

construídos até

2007 e dez novos

(três tem-

porários) serão

construídos se a

cidade vencer a

candidatura.

Todas as modali-

dades, incluindo

Vela e Futebol, se

disputam na

cidade, em quatro

pólos ao longo do

Rio Moscovo que

a atravessa. 1,2

mil milhões de

dólares para

obras, mas o COI

não aprovou o

plano de capaci-

dades de alguns

estádios.

1 2 3 4 5

DESPORTOS

primeira volta.

Outras cidades que foram sendo

apontadas como derrotadas da pri-

meira volta, Madrid e Nova York,

contam com aliados de grande peso: a

cidade espanhola com Juan Antonio

Samaranch, antigo presidente do CIO,

e Nova York com a NBC, cadeia de

televisão que é a grande parceira de

comunicações do Comité há três

décadas. Estes exemplos apenas

demonstram que é prematuro e arris-

cado fazer previsões, pois há muitos

factores cruzados, sendo apenas

indiscutível que Paris reúne um

maior grau de favoritismo.

� Primeira fase

Na primeira fase da candidatura, per-

ante nove cidades proponentes, o

grupo de inspecção constituído para a

avaliar as propostas decidiu seleccio-

nar cinco, eliminando nessa fase

Leipzig, Istambul, Rio de Janeiro e

Havana. As outras também foram

classificadas de forma diferente, com

Paris, Nova York, Londres e Madrid a

merecerem um "alto nível de confian-

ça" nas possibilidades de sediarem os

Jogos e manifestando algumas reser-

vas relativamente a Moscovo.

Depois dessa decisão as cinco

'sobreviventes' dispuseram de sensi-

velmente um ano para aprofundarem

as suas propostas, podendo desde

logo investir maiores cuidados nos

itens de pior classificação por parte

do Grupo de Trabalho que dividiu a

apreciação em 11 critérios diferentes.

Os mais significativos são os que

se resumem nos quadros, nomeada-

mente os que dizem respeito a gran-

des infra-estruturas de acolhimento,

às infra-estruturas desportivas e à

Aldeia Olímpica, sendo interessante a

solidez da proposta espanhola, que

causou grande impacto aos avaliado-

res. Mas um quarto factor de grande

preponderância é o financeiro e a pro-

posta espanhola é batida largamente

pelas grandes metrópoles que ofere-

cem lucros superiores a mil milhões

de dólares - com Nova York a aproxi-

mar-se mesmo dos dois mil milhões.

Madrid também venceu Paris no

capítulo dos Transportes, graças à

reduzida área em que se situam

quase todos os pólos olímpicos, servi-

dos por um sistema dedicado de

transportes que oferece uma velocida-

de média de 65 km/hora, considera-

da de duvidosa aplicação pelos ava-

liadores. Este capítulo é também a

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pedra no sapato londrino, devido aos

longos percursos entre os diversos

centros de competição.

No que diz respeito à

Acomodação, só Paris,. Londres e

Nova York preenchem os requisitos e

mereceram nota máxima, enquanto

Madrid adiantou a garantia de cons-

truir até 2012 mais cerca de 30 mil

quartos, a juntar aos 41.588 já existen-

tes. Este é o ponto mais fraco da can-

didatura espanhola.

Em matéria de segurança, a vanta-

gem também vai para Paris, à frente

de Londres, surgindo Madrid na ter-

ceira posição, ainda à frente de Nova

York - duas cidades irmanadas por

gigantescos atentados terroristas nos

últimos anos. Os índices de segurança

parisienses são muito elevados e são

anualmente postos à prova em múlti-

plos eventos de nível internacional,

particularmente na área desportiva,

como a chegada da Volta a França em

bicicleta ou o Open de ténis de

Roland Garros.

Paris e a França organizaram nos

últimos anos Campeonatos do Mundo

de cinco modalidades do programa

olímpico (Andebol, Atletismo, Futebol,

Judo e Ténis de Mesa) com sucesso

absoluto. Neste índice da experiência

de organização de grandes eventos

desportivos, a comissão de avaliação

colocou Nova York em segundo plano

e Madrid em terceiro, à frente de

Londres.

� Madrid igual a Paris

Factor muito importante para a deci-

são final dos delegados do CIO que

vão votar dia 6 em Singapura é o resu-

mo geral da candidatura, passando em

revista todos os itens parcelares, e o

significado do seu legado olímpico,

tomando em consideração quatro

ideias-chave:

� compreensão das necessidades olím-

picas

� perfeita integração dos padrões

olímpicos na oferta das infra-estrutu-

ras gerais e desportivas da cidade

� experiência desportiva

� legado pós-Olímpico

Para surpresa de muitos, no início

da fase final da campanha, Paris e

Madrid estavam empatadas neste capí-

tulo com um índice de 8 pontos de

mínimo e 9 de máximo. Londres sur-

gia a seguir com 6-8, Nova York ape-

nas com 5-8 e finalmente Moscovo

com 5-7.

JOGOS OL ÍMP ICOS DE 2012

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PROJECÇÃO DE RECEITAS*

Nova York 1.834 Realista

Paris 1.010 Realista

Londres 1005 Realista

Madrid 842 Realista

Moscovo 820 Optimista

*em milhões de dólares

A família Real

espanhola está

muito

envolvida na

candidatura de

Madrid, que

projectou um

novo estádio em

estilo clássico

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A Aldeia ocupa

85 dos 250 hec-

tares de área

disponível, servin-

do para a reabili-

tação de um anti-

go campo mineiro,

e terá capacidade

para 17.500 pes-

soas, situando-se

a 1,6 kms do

Estádio e servida

pelo Anel

Olímpico, com 16

modalidades a

menos de dez qui-

lómetros e uma

distância média

geral de apenas

11,6.

A Aldeia princi-

pal será construí-

da dentro da

cidade junto do

Periférico que a

envolve, numa

área de 50 hec-

tares numa das

raras zonas ainda

pouco desenvolvi-

das na metrópole.

Não estão especi-

ficados número

nem género dos

imóveis. A distân-

cia média para os

locais de competi-

ção é de 11,5

kms, ficando o

Estádio Olímpico

a 7. A Vela ficará

alojada em La

Rochelle, a 468

kms.

A menos de

dez kms de 26

dos locais de

competição e a 6

kms do Estádio

Olímpico, numa

zona verde de 80

hectares no

norte da cidade.

A capacidade pro-

posta excede as

necessidades

olímpicas.

Uma Aldeia de

16.800 camas

num parque de

35 hectares,

junto do centro

de transportes

de Stratford, no

East London. A

distância média

para os despor-

tos é de 19 kms,

mas quatro das

modalidades

disputam-se a

mais de 50 kms,

o que é um ponto

delicado. A Vela

terá alojamento

próprio, em

Weymouth-

Portland, a 245

kms.

4.400 aparta-

mentos em

Queens, numa

península cercada

de água em três

frentes, a apenas

5 kms do novo

Estádio Olímpico

e a uma distância

média de 13,8

kms de todas as

provas. 95% dos

transportes dos

atletas para as

provas serão fei-

tos por 'ferry

boat' e comboio

dedicado - solu-

ção que ainda

necessita de ava-

liação mais pro-

funda por parte

do COI.

Paris

(França)

POPULAÇÃO:

2,077,537

CONTINENTE: Europa

HISTÓRIA: Sede dos

Jogos de 1900 e

1924. Concorreu aos

Jogos de 2008, clas-

sificando-se em 3º

lugar, atrás de Beijing

e Toronto, e aos de

1992, ficando em 2º

atrás de Barcelona. A

França também orga-

nizou os Jogos de

Inverno de Albertville

(1992), Grenoble

(1968) e Chamonix

(1924).

CANDIDATURA:

Anunciada em 21 de

Maio de 2003.

ORÇAMENTO: 7 mil

milhões de dólares

Londres

(Grã Bretanha)

POPULAÇÃO:

7,651,634

CONTINENTE: Europa

HISTÓRIA: Londres

nunca organizou os

Jogos tendo vencido a

candidatura olímpica,

mas recebeu os de

1908 porque a cidade

eleita, Roma, acabou

por ser trocada.

Londres também foi

escolhida para 1948,

numa decisão repenti-

na tomada unilateral-

mente após a II

Guerra Mundial - uma

vez que, tendo ganho

a candidatura de

1944, os Jogos tin-

ham sido cancelados.

Manchester foi candi-

data inglesa derrota-

da em 1996 e 2000.

CNDIDATURA:

Decisão anunciada em

15 de Maio de 2003.

ORÇAMENTO: 4 mil

milhões de dólares

New York

(EUA)

POPULAÇÃO:

8,115,135

CONTINENTE:

América do Norte

HISTÓRIA: Candidata-

se pela primeira vez,

mas o país já foi sede

dos Jogos Olímpicos

de Verão e Inverno

diversas vezes, as

últimas das quais em

Salt Lake City os de

Inverno de 2002 e em

Atlanta os de Verão

de 1996.

CANDIDATURA: Após

nomeação do Comité

Olímpico dos EUA

ORÇAMENTO: 3,1 mil

milhões de dólares

Madrid

(Spain)

POPULAÇÃO:

2,847,779

CONTINENTE: Europa

Ocidental

HISTÓRIA: Espanha foi

a sede dos Jogos

Olímpicos de 1992,

em Barcelona. Madrid

já se candidatou aos

Jogos de 1972, per-

dendo para Munique,

mas a última candida-

tura espanhola foi a

de Sevilha, para os de

2008, não tendo che-

gado à fase final de

escrutínio. Também

Jaca candidatou-se

aos Jogos de Inverno

de 1998 e 2010,

sem sucesso.

CANDIDATURA:

Madrid começou por

derrotar a nível nacio-

nal a pretensão de

Sevilha em voltar a

candidatar-se.

ORÇAMENTO: 2 mil

milhões de dólares

Moscovo

(Rússia)

POPULAÇÃO:

8,389,700

CONTINENTE: Europa

oriental

HISTÓRIA: Recebeu

os Jogos Olímpicos

em 1980, apesar dos

boicotes políticos pro-

vocados pela ocupa-

ção militar soviética

do Afeganistão.

ORÇAMENTO: 1,8 mil

milhões de dólares

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ALDEIA OLÍMPICA

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Um total de 72 atletas (45 rapa-

zes e 27 raparigas) representa-

rão Portugal na edição deste

ano do Festival Olímpico da

Juventude Europeia, a oitava desde

1991, a realizar de 3 a 8 de Julho, na

cidade Lignano Sabbiadoro, na região

nordestina de Itália entre Veneza e

Trieste. Contando os dirigentes, técni-

cos e árbitros, a comitiva portuguesa

incluirá mais de cem pessoas.

Portugal participa com o contingen-

te máximo possível de atletas, dispu-

tando oito das onze modalidades, sete

individuais e uma colectiva. As outras

três sem atletas portugueses são o

Andebol, o Futebol e o Voleibol - uma

vez que cada país, por convite da

organização, só pode disputar uma

das quatro disciplinas por equipas,

tendo Portugal sido seleccionado para

a competição de Basquetebol, em

que terá como adversários as

equipas da Alemanha, Israel,

Itália, Lituânia, Espanha e

Turquia.

Os Jogos da Juventude serão

disputados por mais de três mil

atletas de 48 países e constituem

uma primeira oportunidade para

jovens esperanças, de idades

compreendidas entre os 13 e os

17 anos, conviverem com o

ambiente olímpico. Muitos cam-

peões e medalhados olímpicos

dos Jogos das últimas duas déca-

das, como Sérgio Paulinho, participa-

ram e obtiveram também resultados

de relevo nestes mini-Jogos, cuja

importância vem crescendo no pan-

orama olímpico.

O maior contingente português é o

do Atletismo, com 20 atletas, seguido

da Natação, com 16.

Portugal também colabora com três

árbitros

� Abertura a 3 de Julho

A cerimónia de abertura do Festival

realiza-se no dia 3 de Julho no Estádio

Comunal de Lignano Sabbiadoro e

inclui as mais sagradas e tradicionais

cerimónias olímpicas: a chegada da

tocha olímpica acesa em Olímpia acen-

dendo a pira do estádio e o juramento

dos atletas. Os jogos, realizados pela

primeira vez em Itália, serão então

declarados abertos pelo presidente dos

Comités Olímpicos Europes, Mario

Pescante, membro do CIO.

� Ideia de Rogge

O Festival nasceu em 1991, então sob a

designação de 'Jornadas' da Juventude

Europeia, por iniciativa do então pre-

sidente da Associação dos comités

europeus, nada mais nada menos que

o dr. Jacques Rogge, hoje presidente

do Comité Internacional Olímpico, e

do próprio Mario Pescante, seu suces-

sor no cargo. O princípio que norteou

esta ideia, escreve Pescante no boletim

oficial da organização, era guiado tam-

bém pelo pensamento do Barão de

Coubertin no sentido do "desenvolvi-

mento harmónico do indivíduo, e dos

jovens em particular, através do

Desporto, favorecendo em simultâneo

a consolidação de uma sociedade

pacífica e empenhada na defesa

da dignidade humana".

A um ano dos Jogos Olímpicos

de Turim de 2006 é extremamente

significativo que também esta

manifestação se realize em Itália,

numa região com fortes ligações a

diferentes países europeus

(Croácia, Suíça, Áustria,

Alemanha) e, por isso mesmo,

uma "forte vocação europeísta",

Como sublinha Giovanni

Petrucci, presidente do Comité

Olímpico Italiano.

FEST IVAL OL ÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA

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40

72 portugueses

na festa de Lignano

Portugal participa com o contin-

gente máximo no oitavo Festival

Olímpico da Juventude Europeia,

para jovens dos 13 aos 17 anos,

marcado para a primeira semana

de Julho na cidade italiana de

Lignano Sabbiadoro, próximo de

Veneza. Os portugueses estarão

em todas as modalidades individu-

ais e na competição de basquete-

bol masculino.

Passagem de testemunho de Paris para Lignano

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Chefia de Missão já designada

A posse da Comissão Executiva do Comité Olímpico de

Portugal nomeou na sua primeira reunião plenária a Chefia

de Missão às Jornadas Europeias da Juventude de 2005:

Norberto Rodrigues, Tesoureiro do C.O.P., e João Correia

serão respectivamente Chefe e Chefe-adjunto da jovem comi-

tiva nacional. Por curiosidade, trata-se de dois dirigentes

oriundos de modalidades (Lutas Amadoras e Andebol) em

que Portugal não se fará representar. Poucas semanas depois

da nomeação, Norberto Rodrigues participa de 14 a 16 de

Abril no primeiro Seminário de Chefes de Missão, que clari-

ficará todas as questões relativas à logística da participação.

Aldeia Olímpica com praia privativa

O Festival realiza-se a meio caminho

entre Veneza e Trieste, numa das

regiões mais belas de Itália, numa

pequena, mas moderna cidade bal-

near, localizada numa pequena

península que separa o Mar Adriático

da lagoa de Marano. As estruturas

turísticas de Lignano Sabbiadoro ofe-

rece 70 mil camas e oito quilómetros

de praias de areia finas, mas igual-

mente dotada de muito modernas

instalações desportivas para todos os

desportos, tudo num raio de quatro

quilómetros, planos, ideias para pas-

seios a pé e de bicicleta. Na realidade,

Lignano Sabbiadoro reclama-se a

"cidade das férias desportivas".

O clima é mediterrânico, com

escassa pluviosidade e temperaturas

sem grandes amplitudes.

Os jovens da cidade e da região

mobilizaram-se entusiasticamente no

voluntariado de apoio ao Festival,

numa sequência lógica da história de

organizações desportivas de mais alto

n ível. Lignano foi recentemente sede

do Campeonato Italiano de Futebol

Infantil, do Meeting Internacional de

Atletismo, do torneio de Voleibol de

Praia, do muito tradicional torneio

Lignano Basket, de Campeonatos

Italianos da Comunidade

Terapêutica, de Campeonatos

Italianos de Deficientes, da chegada

de uma etapa da Volta a Itália em

bicicleta, de regatas vélicas, de provas

de Motonáutica, de provas de golfe,

etc.

� Pinhal olímpico

A aldeia olímpica para os três mil

atletas situa-se no centro

Ge.Tur., uma estrutura de

acolhimento para jovens

com muitos anos de

experiência, situada no

coração da península li-

nhanesa, no meio de um

denso pinhal - e que

inclui modernas infra-

estruturas desportivas

(piscina, ténis, pavilhões

para basquetebol, voleibol,

andebol, etc.), grandes restaurantes e

serviços, sem esquecer a praia privati-

va com cerca de 1200 metros de

extensão. Os serviços vão ser comple-

tados com assistência médica durante

as 24 horas, com enfermarias e salas

de emergência.

A ideia da candidatura à organiza-

ção do 8º FOJE nasceu em Janeiro de

2000, quando o presidente regional

do Comité Olímpico Italiano (CONI),

Emilio Felluga, se tornou no primeiro

a responder ao convite da entidade

desportiva nacional às suas estru-

turas regionais apresentarem

candidaturas. Cerca de dois

anos depois, em Dezembro

de 2001, em Monte Carlo,

ao mesmo tempo que

Mario Pescante era eleito

presidente do EOC, Lignano

recebia a designação para albergar

o FOJE.

A transmissão de poderes deu-se a

1 de Agosto de 2003, após a cerimó-

nia de Encerramento do 7º Festival

Europeu, em Paris, quando o presi-

dente do comité organizador francês

entregou a Silvano Delzotto, presi-

dente do município de Lignano

Sabbiadoro, a bandeira oficial do

FOJE.

A Aldeia Olímpica situa-se dentro do pinhal à beira do Adriático

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FEST IVAL OL ÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA

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REPRESENTAÇÃO DE PORTUGAL

MODALIDADE RAPAZES RAPARIGAS OFICIAIS ÁRBITROS

Atletismo 11 9 5

Canoagem 5 3 2

Ciclismo 3 2

Gin. Artística 3 2 1

Judo 5 3 2 1

Natação 8 8 3

Ténis 1 1 1

Basquetebol 12 4 1

Chefia Missão 2

Logística 1

Equipa Médica 3

Attaché de Press 1

LIMITES DE IDADE

RAPAZES RAPARIGAS

Atletismo 16/17 16/17

Canoagem 15/16 15/16

Ciclismo 15/16 --

Ginástica Artística -- 14/15

Judo 15/16 15/16

Natação 15/16 13/14

Ténis 15/16 15/16

Basquetebol 16/17 --

PAÍSES PARTICIPANTES

Países que participam em competições colectivas e

individuais. À excepção da Itália, cada país pode

disputar apenas uma competição por equipas,

cabendo a Portugal um lugar entre os oito partici-

pantes na prova de Basquetebol (uma selecção por

definir).

Alemanha �

Áustria �

Bélgica �

Croácia �

Dinamarca �

Eslovénia �

Eslováquia �

Espanha �

Finlândia �

França �

Geórgia �

Holanda �

Irlanda �

Israel �

Itália � � � �

Letónia �

Lituânia �

Noruega �

Polónia �

Portugal �

República Checa �

Rússia �

Sérvia-Montenegro �

Suíça �

Turquia �

Ucrânia �

Países que apenas participam

em competições individuais

ATLETISMO

Local de Competição: Lignano Stadium

(distância: 1,5 Km - 5 minutos)

Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12 Km - 15 minutos)

Disciplinas para Rapazes: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m,

3000m, 2000m obstáculos, 110m barreiras, 400m barreiras,

4x100m estafetas, salto em altura, salto à vara, salto em com-

primento, lançamento do disco, lançamento do peso, lançamento

do dardo

Disciplinas para Raparigas: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m,

3000m, 100m barreiras, 400m barreiras, 4x100m estafetas,

salto em altura, salto à vara, salto em comprimento, lançamento

do disco, lançamento do peso, lançamento do dardo

Dias de Competição: 4 a 8 de Julho

CANOAGEM

Local de Competição: S. Giorgio Bassin

(distância: 33 Km - 45 minutos)

Local de Treino: S. Giorgio Bassin

(distância: 33 Km - 45 minutos)

Disciplinas para Rapazes: K1 500m 1000m, K2 500m 1000m,

K4 500m 1000m, C1 500m 1000m, C2 500m 1000m

Disciplinas para Raparigas: K1 500m 1000m, K2 500m 1000m,

K4 500m 1000m

Dias de Competição: 4 a 7 de Julho

CICLISMO

Locais de Competição: Azzano Decimo

(distância: 45 Km - 60 minutos)

e Corva (distância: 45 Km - 60 minutos)

Local de Treino: Azzano Decimo (distância: 45 Km - 60 minutos)

Disciplinas: Contra-Relógio (7,4 Km), Critério (16,5 Km), Prova

de Estrada (59,4 Km)

Dias de Competição: 4 a 6 de Julho

GINÁSTICA ARTÍSTICA

Local de Competição: Latisana Sport Hall

(distância: 25 Km - 40 minutos)

Local de Treino: Lignano Its School Gym

(distância: 0,2 Km - 2 minutos)

Disciplinas: Competição por Equipa, Competição Individual;

Finais por Aparelhos

Dias de Competição: 4 a 8 de Julho

JUDO

Local de Competição: Lignano Sport Hall

(distância: 1,5 Km - 5 minutos)

Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12 Km - 15 minutos)

Categorias de Peso para Rapazes: Kg - 50, 55, 60, 66, 73, 81,

90, +90

Categorias de Peso para Raparigas: Kg - 44, 48, 52, 57, 63,

70, +70

Dias de Competição: 4 a 7 de Julho

NATAÇÃO

Local de Competição: Village Pool (distância: 0 Km - 0 minutos)

Local de Treino: Village Pool (distância: 0 Km - 0 minutos)

Disciplinas para Rapazes: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m,

1500m; Bruços - 100m, 200m; Costas - 100m, 200m;

Mariposa - 100m, 200m; Medley - 200m, 400m;

Estafetas - 4x100m livres, 4x100m medley, 4x200m medley

livres

Disciplinas para Raparigas: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m,

800m; Bruços - 100m, 200m; Costas - 100m, 200m; Mariposa

- 100m, 200m; Medley - 200m, 400m;

Estafetas - 4x100m livres, 4x100m medley, 4x200m medley livre

Dias de Competição: 4 a 8 de Julho

TÉNIS

Local de Competição: Lignano Tennis Club

(distância: 0,9 Km - 5 minutos)

Local de Treino: Lignano Albatros (distância: 0,2 Km - 2 minutos)

Disciplinas: Individuais Masculinos; Individuais Femininos;

Pares Mistos

Dias de Competição: 4 a 8 de Julho

BASQUETEBOL

Local de Competição: Lignano Sport Hall

(distância: 1,5 Km - 5 minutos)

Local de Treino: Lignano School Gym

(distância: 1 Km - 5 minutos)

Dias de Competição: 4 a 8 de Julho

Albânia

Andorra

Arménia

Azerbaijão

Bielorússia

Bósnia e

Herzegovina

Bulgária

Chipre

Estónia

Grã-Bretanha

Grécia

Hungria

Islândia

Liechtenstein

Luxemburgo

Macedónia

Malta

Moldávia

Mónaco

Roménia

São Marino

Suécia

FUTEBOL

(Masc.)

BASQUETEBOL

(Masc.)

ANDEBOL

(Fem.)

VOLEIBOL

(Fem.)

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Santa Maria da Feira foi a sede da

XVIII sessão anual da Academia

Olímpica de Portugal, realizada

ao longo da semana santa com a parti-

cipação de 38 novos membros, dividi-

dos em quatro grupos de trabalho e

que incluiu elementos enviados pelos

Comités Olímpicos de São Tomé e

Príncipe e de Macau, além de um

grupo de brasileiros estudantes na

Universidade de Trás os Montes e

Alto Douro.

O Deão da AOP, Sílvio Rafael,

considerou esta sessão uma das me-

lhores de sempre, pelo nível das

comunicações e pelo empenhamento

dos participantes, que se mostraram

muito colaborantes e activos, trabal-

hando arduamente nos grupos de tra-

balho para apresentarem bons relató-

rios finais circunstanciados e com

recurso a 'data show'. Uma das boas

conclusões desta sessão em terras de

Santa Maria foi a organização espontâ-

XV I I I SESSÃO ANUAL DA AOP

Uma das melhores sessões de sempre,

segundo o balanço do Deão, Sílvio Rafael,

culminou com a criação de mais um

núcleo de membros da Academia

Olímpica, em terras de Santa Maria, e

formou novos membros em São Tomé,

Macau e Brasil

Academia deixa raízes

em Sª Maria da Feira

O presidente do IDP apresentou uma comunicação sobre a organização de grandes eventos

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nea de um novo núcleo local

da Academia, através da

união entre membros forma-

dos em sessões anteriores,

nomeadamente Joaquim

Assunção, e os ali diploma-

dos este ano.

O presidente do Instituto

de Desporto de Portugal,

José Manuel Constantino, foi

figura central desta edição,

presente na sessão de aber-

tura em que foram entre-

gues os prémios aos vence-

dores do Concurso

'Olimpismo e Inovação', e ao

apresentar uma comunica-

ção subordinada ao tema

dos Grandes Eventos

Desportivos, que dominou

parte do segundo dia de tra-

balhos.

A sessão teve início com a

apresentação da Academia

Olímpica Internacional e da

Academia de Portugal pelo

Deão, dando a conhecer aos

membros recém-chegados a

actuação e objectivos destes

importantes órgãos de

divulgação dos ideais olím-

picos.

Ainda no primeiro dia, David

Sequerra, elucidou sobre a

Solidariedade Olímpica e os projectos

de desenvolvimento desportivo, em

particular nas áreas de formação de

quadros, em países e regiões menos

favorecidas, patrocinados por esta

espécie de o.n.g. do Olimpismo inter-

nacional que tanto tem contribuído

para o desenvolvimento desportivo

mundial.

� Jogos em Portugal

José Manuel

Constantino ocupou-

se da segunda sessão

de trabalhos e

defrontou uma pla-

teia ávida de infor-

mação sobre as pos-

sibilidades económi-

cas e técnicas de

Portugal organizar

grandes eventos

desportivos interna-

cionais, dividindo a

questão em dois

pólos comunicantes -

quem organiza e

quem financia, defendendo a divisão

de responsabilidades de acordo com a

vocação e as capacidades de cada

parte. De um lado o movimento asso-

ciativo (federações, associações, clubes

ou mesmo o Comité Olímpico) a quem

compete a tarefa de organizar e garan-

tir a boa estrutura e funcionamento

das provas, do outro o Estado com

responsabilidades de financiamento e

de fiscalização da boa utilização dos

meios.

A grande questão que lhe foi colo-

cada disse respeito, natural-

mente, à possibilidade e perti-

nência de Portugal se candida-

tar a organizar uma edição dos

Jogos Olímpicos, tendo o

responsável governamental

respondido que defende "que o

país se deve candidatar se tiver

condições de vencer", embora

salvaguardando que ainda não

existem estudos concluídos

que sustentem essa decisão.

"Seria excelente" Portugal

receber os Jogos Olímpicos,

mas só em caso de reunir as

condições absolutas para

garantir o sucesso - como de

resto não deixaria de ser exigi-

do pelo Comité Internacional

Olímpico antes de adjudicar a

organização. Sublinhando a

necessidade de o trabalho das

Federações para as próximas

décadas dever ser orientado no

sentido de aumentar conside-

ravelmente a competitividade

internacional, em quantidade e

a qualidade, Constantino lem-

brou que no passado já tinha

havido duas vozes a avançar

com a ideia, primeiro um can-

didato à Câmara Municipal do

Porto, António Taveira, que propôs os

Jogos Olímpicos na capital do Norte, e

depois a presidente da Área

Metropolitana de Lisboa, Maria Emília

de Sousa - e que já nessa altura a posi-

ção do actual presidente do IDP, mani-

festada em artigos no jornal 'Record'

era a mesma.

"Não se pense que se pode resolver

como passo de mágica os problemas

de organização desportiva e desenvol-

vimento desportivo do país só por

meio de uma candidatura", advertiu

José Manuel Constantino,

citando, a propósito o

actual presidente do

Comité Internacional

Olímpico, Jacques Rogge:

"O gigantismo dos Jogos

Olímpicos resulta inva-

riavelmente em atrofia-

mento das capacidades e

estrangulamento finan-

ceiro das cidades que

organizam os Jogos e

depois levam anos a

pagar a festa, como

Montreal que demorou

duas décadas a pagar os

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Luís Caldas intervindo da plateia

Chefe de Missão a Atenas explicou a participação

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Jogos de 1976".

Na mesma perspectiva analisou as

candidaturas à organização de eventos

menos complexos, como campeonatos

europeus ou mundiais, com resultados

bem diversos em função do planea-

mento e do aproveitamento que as

respectivas federações deles fizeram.

Como exemplos do que se deve evitar,

recordou o Mundial de Atletismo de

Pista Coberta - "que 'secou' financeira-

mente a Federação" - ou o Mundial de

Ciclismo de Lisboa, que não tiveram

qualquer continuidade ou repercussão

no desenvolvimento desses desportos

em Portugal, com a agravante do caso

da pista de atletismo desmantelada e

armazenada sem aproveitar a nin-

guém, mas comentou que a "adminis-

tração pública também devia ser mais

interventiva para exigir que, após o

evento, ele aproveitasse alguma coisa

a alguém".

Como exemplos positivos citou o

Europeu de Futebol, que além da

renovação das infra-estruturas ainda

permitiu à Federação Portuguesa de

Futebol distribuir dinheiro pelas asso-

ciações e clubes, de também a

Gimnaestrada que, talvez por ter sido

um evento essencialmente de pratican-

tes, acabou por ter um efeito mobiliza-

dor e de dinâmica multiplicador do

gosto pela Ginástica.

"Registo o facto de, após a

Gimnaestrada, a Federação

Portuguesa de Ginástica ter reduzido

para apenas 23% a sua dependência

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Macau, São Tomé

e Brasil presentes

A sessão deste ano da Academia Olímpica contou com a pre-

sença de membros vindos de países membros da ACOLOP,

nomeadamente o sãotomense Ilírio Aragão e duas macaenses,

Júlia Lopes e Chan Man Chong, além de nove estudantes e

uma bolseira brasileiros. Estes são oriundos da Universidade

de Montes Claros, Minas Gerais, e trabalham durante seis

meses na Universidade de Trás os Montes no âmbito de um

intercâmbio universitário entre as duas instituições que vai

trazer em breve 25 professores brasileiros a realizarem o

Mestrado em Vila Real. O interesse de Macau nos trabalhos

da Academia Olímpica de Portugal também não é novidade,

uma vez que o próprio vice-presidente actual do Comité,

Manuel Silvério, participou em anterior sessão.

Sílvio Rafael, Deão da AOP, satisfeito com a sessão de 2005

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XV I I I SESSÃO ANUAL DA AOP

financeira do Estado, tendo agora 64%

de financiamento através de novas

fontes, nomeadamente pela prestação

de serviços a entidades com as quais

começou a relacionar-se por ocasião

daquela grande manifestação", revelou

o presidente do IDP.

� Atenas em revista

A tarde da segunda sessão foi preen-

chida com uma análise aos Jogos

Olímpicos, sua evolução desde a

Antiguidade até aos nossos dias, com

realce para as coincidências históricas

entre as duas eras do olimpismo, tema

exposto pelo vice-presidente do C.O.P.

Alípio de Oliveira, culminando na

análise da participação nos Jogos de

Atenas, onde aquele dirigente foi

Chefe de Missão e, respondendo a

uma pergunta, esclareceu ter a partici-

pação de Portugal custado exactamen-

te 11.931.910 euros. Também o adido

de imprensa da Missão a Atenas, João

Querido Manha, elucidou os membros

da Academia sobre o trabalho de

comunicação e relacionamento com os

media.

No dia seguinte, foi a vez de o

doping, tema muito interessante para

a plateia desta sessão da Academia,

estar em destaque através da comuni-

cação de Pedro Branco, um dos médi-

cos da Missão de Portugal a Atenas, e

finalmente a última jornada culminou

com um grande debate sobre o futuro

do Olimpismo e da Academia

Olímpica, moderado por Alípio de

Oliveira, Ribeiro da Silva e António

Feu.

Os novos membros apresentaram

as conclusões dos quatro grupos de

trabalho, sob o grande tema dos

"Desafios do Olimpismo para o

Terceiro Milénio" e receberam depois

os diplomas respectivos.

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Feira soube receber

A autarquia de Santa Maria da Feira

proporcionou aos participantes na XVIII

sessão da Academia Olímpica uma

semana inesquecível, quer pelas exce-

lentes condições de trabalho nas insta-

lações do Orfeão e de alojamento, quer

pelo programa social proporcionado

com uma tarde de visita pelo concelho,

com paragem no Museu do Papel, no

Parque Ornitológico, no Europarque e

finalmente no magnífico castelo de

Santa Maria da Feira.

Viagem de prémio

a Olímpia

Doze jovens e três professores

são os vencedores do Concurso

Olimpismo Inovação promovido

pelo IDP, cuja entrega de prémios

(uma viagem de uma semana à

Grécia como visita a todos os

locais 'sagrados' do Olimpismo,

incluindo Olímpia) decorreu na

abertura da Sessão Anual da

A.O.P. O concurso decorreu no

primeiro trimestre do ano lecti-

vo, movimentando cerca de 200

partici-

pantes, e

teve os

seguintes

vencedores:

� 2º Ciclo:

Escola

Básica

Integrada de

Abrigada

(Alenquer) - Sónia Vaz, Rayssa

Alves, Pedro Menino, João

Ricardo e Paulo Valente

(Professor)

� 3º Ciclo: Escola Básica dos 2º

e 3º Ciclos de Lamaçães (Braga)

- Diana Oliveira, Joana Gonçalves,

Katarina Warren, Miguel Cunha e

Guilhermina Rodrigues

(Professora)

� Secundário: Escola Secundária

Carolina Michaëlis (Porto) - José

Teixeira, Paula Guimarães, Ângelo

Martins, André Neves e Maria

Clementina Rocha (Professora)Um dos grupos de trabalho em plena fase de discussão

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Português

preside

a União Ibérica

José Pedro Sarmento,

Presidente da Associação

Portuguesa de Gestão de

Desporto (APOGESD) desde

Novembro de 2002, foi

nomeado Presidente da União

Ibérica de Gestores de

Desporto (UIGD) no II

Congresso de Gestión del

Deporte, que decorreu em

Valência, sob a organização da

Federatión Autonómica de

Gestores del Deporte (FAGD),

dirigida por Albert Cucarela.

Depois de se ter iniciado no

passado dia 25 de Junho de

2004, em Huelva, a criação

da UIGD, APOGESD e FAGD

decidiram alternar, de ano

para ano, a presidência daque-

la nova e importante

Associação. Assim, o presi-

dente da APOGESD exercerá

a presidência da UIGD no seu

primeiro ano de actividade até

à abertura do I Congresso

Ibérico de Gestão de

Desporto, que se realizará em

Guimarães, em Novembro

deste ano, sob a organização

conjunta da APOGESD e da

Cooperativa "Tempo Livre".

"Para os gestores do desporto

português foi de uma impor-

tância vital a criação da UIGD,

já que os nossos amigos

espanhóis possuem uma maior

experiência nesta área", refe-

riu José Pedro Sarmento,

também presidente da

Federação Portuguesa de

Hóquei.

Europeu de Judo

em Lisboa

A candidatura da Federação

Portuguesa de Judo à organi-

zação do Campeonato da

Europa de 2008 foi escolhida

durante o Congresso da União

Europeia da modalidade, reali-

zado na Hungria em finais de

Março.

A FPJ já escolheu, por seu

turno, a cidade de Lisboa e o

Pavilhão Atlântico para acolher

a importante competição, em

ano de Jogos Olímpicos.

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Rosa Mota nomeada

para comissão Anti-doping

A campeã olímpica portuguesa Rosa Mota foi seleccionada para a Comissão de

Atletas da Agência Mundial Anti-Dopagem, na sequência de uma proposta do

Instituto do Desporto de Portugal. A integração de Rosa Mota no exército de com-

bate ao doping teve carácter imediato.

A Comissão de Atletas é uma estrutura recente da Agência que vai permitir aos

desportistas seguirem de perto os avanços da luta mundial contra o doping. Rosa

Mota será a segunda portuguesa a integrar os quadros da AMA, onde o Director do

Laboratório de Análises e Dopagem do IDP, Luís Horta, ocupa o cargo de presiden-

te da Subcomissão de Acreditalção de Laboratórios e o de relator da Comissão de

Saúde e Investigação, desde 2004.

Presidente do COP

visitou Pequim e Macau

O presidente do Comité Olímpico de

Portugal, Comandante José Vicente

Moura, foi recebido em Janeiro em

Pequim pelo Vice-ministro de Desporto

da China e Vice-presidente do Comité

Olímpico Chinês, Yu Zaiging, na sede

da Administração Geral de Desporto da

China em Pequim.

Vicente Moura, que acompanhava a

visita oficial do Presidente Jorge

Sampaio à China, foi posto ao corrente

dos preparativos para os Jogos

Olímpicos de 2008 e ouviu os agradeci-

mentos do dirigente chinês ao apoio

concedido por Portugal à escolha de

Pequim para sede da competição.

A China manifestou disponibilidade

e interesse em receber atletas e quadros

portugueses em estágios de preparação

para os Jogos de Pequim, cujo Comité

Organizador também recebeu o dirigen-

te português na respectiva sede.

O vice-presidente do BOCOG Jiang

Xiaoyu garantiu que antes do final deste

ano Pequim terá prontas todas as infra-

estruturas, sistemas informáticos e de

segurança para a realização dos Jogos

de 2008.

Jogos ACOLOP

em marcha em Macau

Já em Macau, o comandante Vicente

Moura participou na cerimónia oficial

que constitui o primeiro passo para a

realização dos I Jogos da ACOLOP, a

realizar em 2006 nas mesmas infra-

estruturas que vão ser utilizadas nos

próximos Jogos Desportivos da Ásia

Oriental.

Neste encontro com todas as autori-

dades desportivas de Macau, foi assina-

do um protocolo de cooperação com a

Agência Lusa e aberto oficialmente o

site dos Jogos da ACOLOP em

http://www.lusa.pt/html/acolop/aco-

lop.htm

Na véspera, o presidente do COP,

acompanhado do Cônsul Geral de

Portugal e do representante do

Presidente da República, João Gabriel,

fora recebido pelo presidente do

Comité Olímpico de Macau e presidente

do Comité Organizador dos Jogos da

Ásia Oriental e dos Jogos da ACOLOP,

Manuel Silvério, tendo tido a oportuni-

dade de constatar o grande investimen-

to em curso no antigo território de

administração portuguesa em matéria

de infra-estruturas desportivas.

A ACOLOP é a associação dos

Comités Olímpicos dos Países de

Língua Oficial Portuguesa, constituída

em 2004 e que inclui, além do COP, os

de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-

Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé

e Príncipe, Timor-Leste e ainda de um

país de língua espanhola, a Guiné

Equatorial.

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Dois diplomas atestando a pri-

meira participação portugue-

sa nos Jogos Olímpicos, em

Estocolmo-1912, foram descobertos

num espólio familiar e doados ao

Comité Olímpico. Os dois documen-

tos com cerca de 40 centímetros de

altura, em zinco gravura a cores,

estão em razoável estado de conser-

vação, necessitando apenas de alguns

retoques e constituem duas preciosi-

dades que não deixarão de figurar

em lugar de grande relevo no futuro

Museu Olímpico.

Os diplomas diferem apenas no

endosso. Um está passado em nome

da Sociedade Promotora de Educação

Física de Portugal, instituição que

precedeu o Comité Olímpico e foi

responsável por essa primeira partici-

pação nacional, mas o outro está em

nome do Comité Olímpico

Portuguez.

� Romeu Branco

A descoberta e nobre decisão de

devolver tão valioso espólio ao

Comité Olímpico de Portugal coube a

Romeu Branco, dirigente do Sporting

Clube de Portugal há mais de meio

século e actual membro do Conselho

Leonino e do Grupo Stromp.

Na cerimónia formal de entrega, a

preceder a Assembleia Plenária de 11

de Março, Romeu Branco explicou

que os dois diplomas encontravam-se

dentro de um velho baú com múlti-

plas preciosidades que herdou por

falecimento do sogro, há... 25 anos.

"Na altura, não tive oportunidade de

analisar bem o conteúdo e escolher as

coisas, apenas tive a noção de que

havia ali material valioso para ver

melhor um dia que tivesse mais

tempo. Durante 25 anos o baú per-

maneceu arrumado e fechado, mas,

recentemente, ao abri-lo, descobri

estas preciosidades. Só lamento que

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Achado histórico

oferecido ao C.O.P.

Romeu Branco apresenta os diplomas olímpicos recuperados do velho baú do seu sogro para admiração e regozijo de Vicente Moura,

Lima Bello e Victor Mota

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tenha demorado 25 anos a descobri-

las..."

O sogro de Romeu Branco chama-

va-se Júlio Santos e foi Professor de

Educação Física.

� Primeira participação

A participação portuguesa nos Jogos

Olímpicos de Estocolmo esteve a

cargo de seis atletas de três modali-

dades e ficou tragicamente assinalada

pela morte súbita de Francisco

Lázaro, de apenas 21 anos, vítima de

uma insolação durante a Maratona

Olímpica. Os atletas portugueses

foram Armando Cortesão, que atin-

giu as meias-finais dos 800 metros,

Francisco Lázaro e António Stromp

(Atletismo), Fernando Correia

(Esgrima), Joaquim Vital e António

Pereira (Lutas Amadoras).

Os Jogos de 1912, disputados por

números recordes para a altura de 28

países e 2490 atletas, em 13 modali-

dades, passaram à história pelas pro-

ezas desportivas do índio norte-ame-

ricano Jim Thorpe, da tribo Sioux e

bisneto do grande chefe Falcão

Negro, que venceu o Pentatlo e o

Decatlo com grande facilidade e

mereceu o elogio do Rei Gustavo V

ao receber os respectivos diplomas:

"Você é o maior atleta de todos os

tempos".

� Sociedade Promotora

A entidade em cujo nome foi passado

um dos diplomas agora doados ao

C.O.P., a Sociedade Promotora de

Educação Física Nacional já existia,

desde o século XIX, e foi no seu seio

que se constituiu o I Comité

Olímpico Português, em 1909, embo-

ra Portugal já possuísse desde 1906

um representante no Comité

Olímpico Internacional, o dr. António

de Lencastre.

O primeiro presidente do C.O.P.

foi Mauperrin dos Santos, que já era

o presidente da Sociedade

Promotora, e esta iniciativa visou

apenas a tal participação nos Jogos

de Estocolmo, uma vez que em

seguida - e coincidindo com o hiato

da VI Olimpíada provocado pela I

Guerra Mundial - o C.O.P. esteve

inactivo entre 1913 e 1918. Foi já

depois da I Guerra que o Ministro da

Instrução Pública, por decreto de 14

de Agosto de 1919, instituiu o II

C.O.P., visando a participação nos

Jogos de Antuérpia de 1914. É possí-

vel que documentação e outros itens

da passagem de Portugal pelos Jogos

de Estocolmo, quase centenários, se

tenham disperso ou perdido, por

causa desses hiatos institucionais e

estejam ainda hoje encerrados em

velhos baús como os do sogro do dr.

Romeu Branco...

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Holanda estuda

candidatura a 2028

O Comité Olímpico da Holanda e as

estruturas desportivas governamen-

tais criaram uma comissão de estudo

para investigar as possibilidades de o

país poder ganhar a candidatura à

organização dos Jogos Olímpicos e

dos Jogos Paralímpicos em 2028. A

estrutura de trabalho chama-se

"Jogos Olímpicos e Paralímpicos

2028" e é formada por representan-

tes das federações, das autarquias,

do governo e do sector privado.

O relatório conclusivo deve ser apre-

sentado no final de Dezembro, depois

de profundos estudos e discussões

com o Comité Internacional Olímpico,

os membros holandeses do CIO, os

departamentos governamentais e as

cidades, bem como com os Comités

Nacionais de países que já tenham

concorrido à organização dos Jogos

Olímpicos, em ordem a elaborar uma

proposta vencedora, a mais de vinte

anos de distância.

Squash pode entrar

nos Jogos de 2012

O squash avançou no final de Março

com o processo no sentido de se tor-

nar modalidade do programa olímpico

nos Jogos de 2012. A Federação

Mundial de Squash (FMS) desenvolve

há 20 anos um paciente, mas convic-

to, trabalho de lóbi junto das instân-

cias olímpicas e considera ter chega-

do a hora de obter a recompensa.

O Comité Internacional Olímpico

acaba de incluir o squash no grupo

dos cinco desportos com hipótese de

integrar o programa dos Jogos de

2012, a "analisar mais detalhadamen-

te".

Membros do CIO foram convidados

pela FMS a acompanhar o Clássico

Canary Wharf, de Londres, nas

Docklands, um dos pólos desportivos

da candidatura londrina aos Jogos de

2012. A utilização de 'courts' provisó-

rios e portáteis tem permitido orga-

nizar grandes competições da modali-

dade fora dos ginásios tradicionais e

em ambientes espectaculares ao ar

livre, como o Simphony Hall de

Boston, o Grand Central Terminal de

Nova York, o Royal Albert Hall de

Londres ou as Pirâmides de Gizé, no

Egipto.

Gianna Daskalaki

a mulher do ano

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bril 2005

50

Neve e Gelo em selo e tvO designer português Pedro Albuquerque prossegue a sua carreira ligada ao

grafismo dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim-2006, com o desenho de

um dos selos oficiais, lançados no final de Março.

O selo de 60 cêntimos apresenta as duas masco-

tes, o Gelo e a Neve, da sua criação. Na ocasião,

foi também apresentado o desenho animado

'Neve e Gelo', uma série de 52 episódios de um

minuto que começará a ser emitida diariamente

em Outubro na RAI até ao começo dos Jogos.

A série apresentada contempla quatro selos,

sendo os outros três representativos das estân-

cias oficiais dos Jogos de 2006, Cesana, Pinerolo e

Sestrières, alguns meses depois de uma primeira

série de quatro sêlos dedicada às outras cidades-

sede desta edição, Turim, Bardonecchia, e

Pragelato e Sauze D'Oulx. Cada um dos selos tem uma tiragem de 3,5 mi-

lhões de exemplares.

Gianna Angelopoulos-Daskalaki, presidente do Comité de Organização dos

Jogos Olímpicos de Atenas, venceu o Troféu 'Mulher e Desporto' de 2005,

em reconhecimento do seu imenso contributo para o sucesso dos Jogos de

2004 e pelo seu papel inspirador para outras mulheres envolvidas no

desporto e no diri-

gismo.

O troféu foi-lhe

entregue no Museu

Olímpico de

Lausana por oca-

sião do Dia

Internacional da

Mulher por Dennis

Oswald, membro

do Comité

Executivo do

Comité

Internacional

Olímpico e

Presidente da Comissão Coordenadora dos Jogos de Atenas.

A premiada sublinhou o facto de em Atenas ter sido batido o recorde de

participação feminina (pela primeira vez acima dos 40%) e de também pela

primeira vez mulheres terem disputado uma prova (lançamento do Peso)

em Olímpia, o local onde os Jogos nasceram, na Antiguidade.

Na mesma cerimónia, outras cinco mulheres, uma de cada continente,

foram premiadas com troféus 'Mulher e Desporto' pelo seu trabalho em

prol do Desporto nos respectivos países:

ÁFRICA: Marguerite Rouamba Karama (Burkina Faso)

EUROPA: Orna Ostfeld (Israel)

AMÉRICA: Donna Lopiano (EUA)

ÁSIA: Annabel Pennefather (Singapura)

OCEANIA: Lynne Bates (Austrália)

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