comentÁrio geral da semana plano nacional … · implantaÇÃo da faixa de 700 mhz e...

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 N° 21/16 SEMANA: 27/06/16 a 01/07/16 ASSUNTOS: COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM WiFI-First PHONE SERVICE “ATMOSAT” – O SATÉLITE ATMOSFÉRICO MOBILE EDGE COMPUTING NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Administrador Judicial do Processo de Recuperação Judicial da Oi Anatel altera condições para outorga do STFC em regime privado Leilão da Faixa de 600 MHz nos USA A Telefónica suspende a venda da O2 América Móvil é multada pela FCC Rusgas internas na FCC Deutsche Telekom pode vender sua infraestrutura de Torres Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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N° 21/16

SEMANA: 27/06/16 a 01/07/16

ASSUNTOS:

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM WiFI-First PHONE SERVICE “ATMOSAT” – O SATÉLITE ATMOSFÉRICO MOBILE EDGE COMPUTING

NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Administrador Judicial do Processo de Recuperação Judicial da Oi Anatel altera condições para outorga do STFC em regime privado Leilão da Faixa de 600 MHz nos USA A Telefónica suspende a venda da O2 América Móvil é multada pela FCC Rusgas internas na FCC Deutsche Telekom pode vender sua infraestrutura de Torres

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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Administrador Judicial do Processo de Recuperação Judicial da Oi Visando atender à determinação do Juizado que cuida do processo de recuperação judicial da Oi, o qual concedeu prazo de cinco dias – contados a partir da data de notificação que ainda não ocorreu – para que a Anatel indique até cinco nomes de pessoas jurídicas para serem avaliadas, com vistas à sua nomeação como Administrador Judicial, a Agência publicou no DOU um AVISO que é transcrito abaixo na forma publicada.

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES SUPERINTENDÊNCIA DE COMPETIÇÃO

AVISO

Considerando a decisão exarada pelo MM Juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, nos autos do Processo: 0203711-65.2016.8.19.0001, que determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações indique ao juízo até 5 (cinco) nomes de pessoas jurídicas com idoneidade e expertise para serem avaliados para nomeação como Administrador Judicial do referido processo, a Superintendência de Competição (SCP) promove a presente Consulta de Interessados para que Pessoas Jurídicas com desejo de atuar como Administradora Judicial possam manifestar sua intenção por meio do preenchimento do questionário disponível no site www.anatel.gov.br até às 18:00 hs (horário de Brasília) da próxima sexta-feira, 8 de julho de 2016.

CARLOS MANUEL BAIGORRI Superintendente

A introdução do questionário disponibilizado no site da Agência é a seguinte:

Considerando a decisão exarada pelo MM Juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, nos autos do Processo: 0203711-65.2016.8.19.0001, sobre o pedido de Recuperação Judicial do Grupo Oi, que determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações indique ao juízo até 5 (cinco) nomes de pessoas jurídicas com idoneidade e expertise para serem avaliados para nomeação como Administrador Judicial do processo, a Superintendência de Competição (SCP) promove a presente Consulta de Interessados para que Pessoas Jurídicas, com interesse em atuar como Administrador Judicial no referido processo, possam manifestar sua intenção até as 18:00 hs (horário de Brasília) da próxima sexta-feira, 8 de julho de 2016, por meio do preenchimento do questionário abaixo:

E, ao final é mencionado:

A Pessoa Jurídica declara, para fins de direito, sob as penas da lei, que as informações prestadas na presente Consulta de Interessados, são verdadeiras e autênticas (ou são fieis à verdade e condizentes

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com a realidade dos fatos à época) e que possui comprovação documental de todas as informações aqui prestadas.

A Pessoa Jurídica declara estar ciente de que a participação na presente Consulta de Interessados não gera direito a constar na indicação de possíveis administradores judiciais a ser apresentada ao MM Juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, nos autos do Processo 0203711-65.2016.8.19.0001 pela Agência Nacional de Telecomunicações

O procedimento adotado pela Agência é interessante, mas a conclusão do processo (uma Consulta Pública) provavelmente não será simples. Há um elevado grau de subjetividade que não é usual empegar na seleção de “prestadoras de serviço” para atuar no Setor Público, mesmo considerando as circunstâncias especiais do Processo em causa e o fato de que a decisão final será assumida ou ratificada por um Juizado.

Como a relação de possíveis interessados está completamente aberta, a lista final a ser encaminhado ao Juiz responsável pelo Processo, possivelmente será definida a partir da eliminação dos candidatos que não preencham os requisitos considerados necessários ou ideais. O ponto essencial será o autoconvencimento desses eliminados de que eles realmente não têm condições para desenvolver a missão que lhes será confiada e não apelarão da decisão da Anatel ou, provavelmente, do próprio Juiz, mesmo que seja em nível administrativo.

Trata-se de uma atividade de elevada relevância considerando as volumosas cifras envolvidas. Mas, o processo não pode ou não deve ser conduzido pensando somente em cifras: em outras palavras, nos interesses dos credores. A Empresa como Concessionária de um Serviço Público tem OBRIGAÇÕES assumidas com os seus usuários e com outras Prestadoras de Serviços de Telecomunicações que são tão relevantes sob o ponto de vista do interesse público quanto a negociação das dívidas que levaram ao pedido de Recuperação Judicial.

Isto significa que há um enorme desafio a vencer de forma a atender aos interesses daqueles que provocaram o pedido de Recuperação e a necessidade de manter a Companhia em condições operacionais convencionais, de modo a não atingir os usuários que, ao afinal das contas, não tem nada a ver com os problemas de sua Operadora. Esta tem sido a posição colocada em declarações públicas dos Administradores da Companhia e é assim que deve acontecer. É isto que se espera do Administrador a ser definido.

Dito em outras palavras o Administrador não deve ser somente um “Recuperador”. Ele deve ir mais longe e ser um agente efetivo que apoie a Administração da Companhia a se manter competitiva no mercado dentro dos pressupostos regulamentares da prestação dos Serviços. Pouco adiantará se a Empresa ao final do processo surgir “recuperada” economicamente – ou seja com as negociações com os credores concluídas – mas com uma base de usuários prejudicada em razão de

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oferta insuficiente, de oferta desatualizada ou dissociada das necessidades dos clientes, ou, de qualidade precária segundo os parâmetros estabelecidos e dentro das expectativas dos usuários..

Por último, mas não menos importante, fica a observação sobre como se posicionará a Anatel – como agente de governo diretamente envolvida – diante do elevado montante de multas (mais de 10 bilhões de Reais ou cerca de 15%) que se anuncia fazem parte do “passivo” que está sendo judicialmente considerado. E, ainda, no contexto das multas, como se posicionará durante o período de Recuperação em relação ao eventual descumprimento de obrigações, seja considerando casos pretéritos, cujo processo esteja em andamento, seja de casos que possam surgir em razão das operações que a Companhia continuará desenvolvendo.

Anatel altera condições para outorga do STFC em regime privado O Conselho Diretor da Anatel aprovou a RESOLUÇÃO Nº 668, de 27 de junho de 2016, que “Altera o Regulamento do Serviço Telefônico Fixo Comutado, aprovado pela Resolução Nº 426, de 9 de dezembro de 2005 e revoga a Resolução Nº 283, de 29 de novembro de 2001”. As alterações do Regulamento do STFC são para “acrescentar os seguintes títulos III-A e Anexos I, II, e III que dispõem sobre as normas que disciplinam o procedimento de outorga em regime privado e acompanhamento das transferências de autorização e controle do STFC”. O tema é interessante em um momento relativamente crítico para o STFC que vê sua oferta “minada” por aplicativos de voz não regulados, tipo WhatsApp e Skype, sobre os quais o BS teceu considerações em edições anteriores. Neste particular, é interessante que a Anatel simplifique as condições de outorga que recaem sobre um Serviço que tem concorrentes diretos não sujeitos a qualquer forma de regulação. No caso trata-se do STFC explorado em Regime Privado. Se por um lado isto é bom, por outro serve para ampliar as diferenças com a prestação em Regime Público. Esta questão também tem sido comentada no BS e pode ser considerada uma das causas que dificulta o aumento da oferta do STFC pelas Concessionárias: ao contrário, contribui para que o número de seus usuários venha caindo gradativamente ao longo do tempo. E, no caso mais notável, é razoável associar esta fato aos problemas de domínio público que a Oi – maior Concessionária do STFC do País – vem enfrentando. Segue, na sequência, o texto objeto da modificação aprovada que pode ser de interesse dos leitores do BS mais envolvidos com este assunto.

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"TÍTULO III-A DAS OUTORGAS PARA EXPLORAÇÃO DO STFC EM REGIME PRIVADO

CAPÍTULO I

DAS CONDIÇÕES GERAIS Art. 10-A. A exploração do STFC em regime privado depende de prévia autorização e será formalizada mediante Ato expedido pela Anatel. § 1º Quando a empresa interessada for selecionada mediante procedimento licitatório, conforme dispõe o art. 136 da LGT, combinado com seu § 2º, a autorização será formalizada por meio de assinatura de Termo de Autorização, cuja eficácia se dará com a publicação do seu extrato no DOU. § 2º Devem constar do Termo de Autorização, entre outros: I - o serviço autorizado e a área de prestação; II - as condições para expedição do termo; III - os direitos e deveres da autorizada; IV - os direitos e deveres dos Assinantes; V - as prerrogativas da Anatel; VI - as condições gerais de exploração do serviço; VII - as condições específicas para prestação e exploração do serviço; VIII - as disposições sobre interconexão; IX - a vinculação às normas gerais de proteção à ordem econômica; X - as formas de contraprestação pelo serviço prestado; XI - as disposições sobre transferências; XII - as disposições sobre fiscalização; XIII - as sanções; XIV - as formas e condições de extinção; e, XV - a vigência, a eficácia e o foro. Art. 10-B. As condições para expedição e exploração da autorização estão previstas na Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, e demais normas aplicáveis ao serviço. § 1º A habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e com a Seguridade Social deverão ser comprovadas na forma dos Anexos I e II a este Regulamento. § 2º Qualquer alteração contratual efetivada por parte da requerente no curso do Procedimento de Outorga deve ser imediatamente informada à Anatel, sob pena de arquivamento ou anulação.

CAPÍTULO II DA ÁREA E MODALIDADES DE PRESTAÇÃO

Art. 10-C. A área de prestação do STFC em regime privado corresponderá concomitantemente às Regiões I, II e III do Plano Geral de Outorgas. § 1º Excepcionalmente, poderão ser expedidas autorizações: I - restritas a apenas uma Área de Numeração, identificada no Plano Geral de Códigos Nacionais, para os fins previstos

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no § 4º do art. 30 do Anexo à Resolução nº 86, de 30 de dezembro de 1998, desde que o interessado expressamente o solicite; e, II - em áreas específicas, exclusivamente para compatibilizar outorgas já concedidas com a área de prestação definida no caput. § 2º A autorizada a prestar o STFC que detiver mais de um Termo de Autorização, cujas Áreas de Prestação estejam contidas nas Regiões I, II ou III do PGO, pode consolidá-los em um único instrumento de outorga. Art. 10-D. As autorizações para prestação do STFC serão expedidas nas modalidades de serviço local, longa distância nacional ou longa distância internacional. Parágrafo Único. A critério da empresa interessada, a autorização poderá ser expedida cumulativamente em todas as modalidades previstas no caput. Art.10-E. É vedada a uma mesma prestadora, sua controladora, coligada ou controlada, a prestação de uma mesma modalidade de STFC, por meio de mais de uma autorização ou concessão, em uma mesma área de prestação de serviço, ou parte dela. Parágrafo Único. A prestadora ou grupo deverá regularizar suas outorgas no prazo máximo de 18 (dezoito) meses, contados da data em que se concretizou a situação descrita no caput.

CAPÍTULO III DO INÍCIO DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO

Art. 10-F. A prestadora do STFC deverá informar à Anatel o início da operação comercial do serviço, por modalidade e localidade onde entrar em operação comercial. Parágrafo Único. Em caso de descontinuidade da oferta do STFC em determinada localidade, nas modalidades objeto da outorga, a prestadora deverá manifestar expressamente e por escrito sua decisão, com antecedência de dois meses, perante a Anatel, seus usuários e demais prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo interconectadas. Art. 10-G. O prazo para o início da operação comercial do serviço, quando este depender de sistema radioelétrico próprio, não pode ser superior a dezoito meses, contados a partir da data de publicação do extrato do ato de autorização de uso de radiofrequência no DOU. Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser prorrogado uma única vez, por no máximo doze meses, se as razões apresentadas para tanto forem julgadas relevantes pela Anatel.

CAPÍTULO IV DAS TRANSFERÊNCIAS

Art. 10-H. A transferência da autorização para exploração do STFC e da autorização para uso de radiofrequência a ela associada exige prévia anuência da Anatel. Art. 10-I. Para transferência da autorização do STFC, a interessada deve: I - atender às exigências compatíveis com o serviço a ser prestado, em relação à qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, habilitação jurídica e regularidade fiscal, apresentando a documentação enumerada no Anexo I a este Regulamento; e,

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II - apresentar declaração firmada por seu representante legal, sub-rogando-se nos direitos e obrigações da primitiva autorizada. Art. 10-J. A transferência da autorização pode ser efetivada pela Anatel a qualquer momento, mediante solicitação das partes interessadas e com observância do disposto no art. 10-I deste regulamento. Art. 10-K. Todos os pedidos de transferência devem ser instruídos com os documentos enumerados no Anexo III a este Regulamento, conforme o caso. Art. 10-L. Deverá ser submetida previamente à Anatel a alteração que possa vir a caracterizar transferência de controle, apurada nos termos do Regulamento de Apuração de Controle e de Transferência de Controle em Empresas Prestadoras dos Serviços de Telecomunicações, aprovado pela Resolução nº 101, de 4 de fevereiro de 1999, quando as partes envolvidas na operação se enquadrarem nas condições dispostas no art. 88 da Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011. § 1º A aprovação da transferência de controle levará em consideração a manutenção das condições de autorização ou de outras condições previstas na regulamentação, devendo a prestadora enviar à Agência requerimento contendo sua composição societária, a operação pretendida e o quadro resultante da operação, além da documentação constante do Anexo III a este Regulamento. § 2º A Anatel, a seu critério, poderá determinar que as alterações societárias que não se enquadrem nos termos definidos no caput sejam submetidas à anuência prévia. Art. 10-M. Os casos de transferência de controle que não se enquadrarem no artigo anterior, as modificações da denominação social, do endereço da sede e dos acordos de sócios que regulam as transferências de quotas e ações, bem como o exercício de direito a voto, das Autorizadas de STFC e de suas sócias diretas e indiretas devem ser comunicados à Agência, no prazo de sessenta dias, após o registro dos atos no órgão competente. Parágrafo único. As comunicações de que trata o caput devem ser instruídas com a documentação a que se refere o art. 3º do Anexo III a este Regulamento." (NR) Art. 2º Revogar a Resolução nº 283, de 29 de novembro de 2001. Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 30 (trinta) dias a contar da data de sua publicação.

JOÃO BATISTA DE REZENDE Presidente do Conselho

Leilão da Faixa de 600 MHz nos USA

A FCC concluiu o estágio inicial do Leilão para a “reformulação” (repackaging) da Faixa de 600 MHz que está patrocinando nos USA: o chamado “Leilão Reverso”. Está prevista a utilização desta Faixa para o Serviço Móvel (Wireless) com a saída da Radiodifusão (TV UHF). O processo prevê o “ressarcimento” dos radiodifusores pelo espectro que ocupavam e sobre o qual não terão mais direitos caso decidam pela venda (retorno) ao Estado. Ou seja: simplesmente deixarão de operar os canais UHF não havendo “reacomodação” para outros espaços do espectro, como ocorreu, por exemplo, no Leilão da Faixa de 700 MHz, no Brasil.

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Nesta fase do Leilão a FCC pretendia encontrar a quantidade de espectro que os radiodifusores estariam dispostos a “liberar” e o valor pelo qual seriam ressarcidos. Com a conclusão do processo verificou-se que é possível dispor de 126 MHz a um custo de $86.422.558.704,00. Ou seja: aproximadamente $86,5 bilhões!

Especula-se que o valor pretendido pelos radiodifusores seja muito alto e que as Operadoras não estariam dispostas a cobri-lo quando do processo de venda através do Leilão direto promovido pela FCC. E, naturalmente, também se deduz que o Governo deseja ter algum ganho. Desta forma, é possível que a FCC retome o Leilão reverso tentando baixar os preços requeridos pelos radiodifusores. Como consequência, é factível que baixe a quantidade de espectro disponível, pois alguns podem não se interessar na “liberação” com preços inferiores aos que propuseram. O Leilão direto deve ocorrer a partir de agosto próximo.

Vale registrar que o último grande Leilão de espectro conduzido pela FCC e concluído em janeiro de 2015, alcançou o valor de $45 bilhões por 65 MHz de espectro nas Faixas de 1700 MHz e 2,1 GHz. E, em Faixas inferiores ao espectro de 1 GHz a FCC realizou um Leilão em 2008, na Faixa de 700 MHz, no qual conseguiu levantar $18,6 bilhões, por 84 MHz de espectro.

Considerando estes números diversos analistas estão céticos em relação à possibilidade de haver interesse de adquirir espectro na base de preços pretendida pelos radiodifusores, mesmo considerando as posições das Operadoras Móveis mais “agressivas” e econômica e financeiramente mais saudáveis, que as levariam a “investir” na compra de espectro.

Assim, é de se esperar que novos movimentos surjam no cenário em que o Leilão está sendo realizado. Isto é natural diante dos enormes interesses que estão em jogo e também pelas incertezas provocadas de um processo (compra de espectro pelo Estado) que está sendo desenvolvido no Setor de Telecomunicações pela primeira vez, os USA. Por tudo isto e considerando a relevância do mercado americano como referência para outros países – guardadas as devidas proporções e características específicas – é interessante acompanhar o processo, inclusive pelas astronômicas cifras envolvidas que dão uma ideia da valorização de um bem que sempre será escasso, a despeito dos grandes avanços nas tecnologias dos rádios e no processamento dos sinais de telecomunicações que permitem transmitir mais informação por unidade de espectro (Hz) disponível.

A Telefónica suspende a venda da O2

A Telefónica anunciou ter abandonada, por enquanto, seus planos de vender a subsidiária O2 que tinha uma forte atuação no Reio Unido. Na verdade, a Operadora já havia sido vendida para a Hutchinson, mas o negócio foi vetado pela OFCOM sob o argumento de que haveria uma concentração significativa no mercado do Reino Unido com a junção das duas Operadoras.

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Com esta decisão foi á procura de outros potenciais compradores. Mas, a recente decisão da população britânica com relação à saída da Comunidade Europeia (Brexit) alterou os planos da operadora espanhola conforme ela está anunciando.

É evidente que o cenário ficou muito mais conturbado e, desta forma, a Empresa decidiu manter o controle da O2 o que a obrigará a mudar algumas estratégias corporativas anteriormente traçadas. Uma delas diz respeito à redução do seu elevado nível de endividamento que, agora, deverá ser enfrentado de outra forma.

América Móvil é multada pela FCC

A Puerto Rico Telephone Company e sua Controladora América Móvil, de propriedade de Carlos Slim Helú e sua família, pagarão $1,1 milhão de multa para resolver uma investigação feita pela FCC na qual foi comprovado ter sido ultrapassado o limite de participação de capital estrangeiro exercido pela Companhia mexicana.

É interessante registrar as declarações do Chefe do FCC´s Enforcement Bureau, Travis LeBlanc: “A Companhias estrangeiras que desenvolvem negócios nos Estados Unidos e seus territórios devem seguir as regras federais, incluindo as relacionadas com a participação de capital estrangeiro. A FCC assegura que a participação estrangeira em operadoras de telecomunicações Americanas é de interesse público, considerando questões relacionadas com competição, segurança nacional, política externa, e política comercial. Esta é a maior multa já aplicada por uma violação dos limites de participação estrangeira devido às repetidas violações da família Slim”.

O BS registra o fato para o conhecimento dos seus leitores chamando a atenção para a rigidez com que os USA tratam a questão da participação do capital estrangeiro em empresas consideradas estratégicas como é o caso das que operam no Setor de telecomunicações.

No Brasil, questões deste tipo são tratadas com a aplicação da Resolução Nº 101/99 da Anatel que são bastante rígidas em relação aos limites de participação e às eventuais “participações cruzadas”, mas não levam em conta as origens do capital, desde que estejam envolvidas Empresas com Sede no País.

Segue, abaixo, o texto do Release publicado no Site da FCC.

PUERTO RICO TELEPHONE & AMÉRICA MÓVIL TO PAY $1.1 MILLION FOR REPEATEDLY EXCEEDING FOREIGN OWNERSHIP LIMITS-

WASHINGTON, June 28, 2016 – The Federal Communications Commission announced today that Puerto Rico Telephone Company and its parent company, América Móvil of Mexico, will pay $1.1 million to resolve an investigation by the FCC’s Enforcement Bureau. Stock purchases of América Móvil by its owner Carlos Slim Helú and his family repeatedly exceeded the foreign ownership levels approved by the Commission.

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“Foreign companies doing business in the United States and its territories must follow all federal rules, including those governing their ownership of American companies” said Enforcement Bureau Chief Travis LeBlanc. “The FCC ensures that foreign ownership in American telecommunications carriers is in the public interest, considering issues related to competition, national security, law enforcement, foreign policy, and trade policy. This is the largest fine for a violation of foreign ownership and control limits because of the Slim family’s repeated violations.” Puerto Rico Telephone Company (PRTC), a telecommunications carrier operating in the United States territory of Puerto Rico, and América Móvil, S.A.B. de C.V. (América Móvil) of Mexico, have exceeded their approved foreign ownership three times in five years. Most recently, in June 2014, the Slim family increased its ownership in and control of América Móvil through a purchase of stock from AT&T International. This also increased the family’s ownership in FCC licensee PRTC beyond the voting and equity interests then approved by the agency’s International Bureau in accordance with the FCC’s foreign ownership rules and policies. As part of today’s settlement, PRTC and América Móvil have each agreed to adopt compliance plans to prevent future stock purchases by the Slim family that would exceed foreign ownership limits without first receiving the International Bureau’s review and approval. The plans require both companies to develop and implement monitoring of compliance with the Commission’s rules governing foreign ownership. The plans include designating Compliance Officers, developing a comprehensive compliance plan, and reporting regularly on compliance. More information about the FCC’s foreign ownership rules and policies can be found here: https://www.fcc.gov/general/foreign-ownership-rules-and-policies. Today’s Consent Decree with PRTC and América Móvil can be found here: https://apps.fcc.gov/edocs_public/attachmatch/DA-16-647A1.pdf.

Rusgas internas na FCC O BS já trouxe aos seus leitores em outras oportunidades “rusgas” existentes entre o Comissário Ajit Pai (representante do Partido Republicano) e o Comissário Presidente Tom Wheeler (representante dos Democratas), ao explicitarem publicamente divergências entre ambos na abordagem de assuntos tratados pela Comissão. Não se deseja entrar no mérito das discussões. Mas, tão somente registrar a forma de atuação da FCC no seu mais elevado nível de decisão que soa estranha, mesmo considerando o nível de autonomia que deve existir entre as posições dos integrantes de uma Agência Reguladora independente. Evidenciou-se novamente e recentemente uma situação desta natureza em um Comunicado do Comissário Pai, publicado no Site da própria FCC para “immediate release” em que ele se coloca

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publicamente contra uma posição de Wheeler, de forma contundente e um tanto quanto agressiva, conforme a seguir colocado: Media Contact: Matthew Berry, (202) 418-2005 [email protected] For Immediate Release

STATEMENT OF COMMISSIONER AJIT PAI On Media Ownership Proposal

WASHINGTON, June 29, 2016.—The FCC’s rules should reflect the media marketplace of today. Unfortunately, Chairman Wheeler’s media ownership proposal reflects the world that existed in the 1970s.

Last month, the FCC had no problem approving not one, but two multibillion dollar cable mergers. Last year, it signed off on AT&T’s acquisition of DirecTV. Yet, it now gets the vapors at the prospect of a newspaper in Scranton, Pennsylvania owning a single radio station. Whatever the motivation for the Chairman’s proposal, it has nothing to do with the evidence in the record, principled decision-making, or the law. Indeed, given current trends, it is likely that the Commission’s newspaper-broadcast cross-ownership restrictions will outlive the print newspaper industry itself.

Office of Commissioner Ajit Pai: (202) 418-2000 Twitter: @AjitPaiFCC

www.fcc.gov/leadership/ajit-pai O fato que deu origem à reação de Ajit Pai pode ser encontrado em matéria da Reuters que é reproduzida na sequência. Como se observa relaciona-se com o estabelecimento de regras sobre propriedade cruzada envolvendo os controladores de jornais e Estações de Rádio nos mesmos mercados. Tom Wheeler está propondo a manutenção das regras atuais que proíbem a possibilidade, enquanto Pai é favorável a uma maior abertura. Reuters Mon Jun 27, 2016

(Reporting by David Shepardson; Editing by Tom Brown)

FCC chair proposes retaining most U.S. media ownership rules

WASHINGTON The chairman of the U.S. Federal Communications Commission on Monday proposed retaining most rules limiting cross ownership of newspapers, radio and TV stations in the same market.

FCC chairman Tom Wheeler proposed retaining the existing rules barring companies in most instances from owning a newspaper and a broadcast TV or radio station in the same market, as well as other individual market

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limits on radio and TV stations with "slight modification," according to the summary of a proposal to fellow commissioners seen by Reuters.

Congress had ordered the commission in 1996 to review cross ownership rules every four years but the FCC last completed a review in 2006. The FCC still has not completed the 2010 or 2014 reviews.

The FCC in 1975 banned cross-ownership of a newspaper and broadcast station in the same market unless it granted a waiver, but allowed existing ownership structures to remain in place.

Wheeler is proposing to modestly relax the rule by providing an exception for failed or failing newspapers or stations.

The struggling U.S. newspaper industry has long sought an end to the ban. The Newspaper Association of America told Congress in 2014 that cross-ownership allows journalists at newspapers and broadcast stations to collaborate.

Republican FCC Commissioner Michael O'Rielly said in a blog post this month that the cross-ownership limits should be scrapped.

"Broadcasters and newspapers have much to contribute in terms of diverse, local content, but many have been left fighting, some for their very survival, with an artificially-narrowed range of options," O'Rielly wrote.

The Pew Research Center said in a report this month that U.S. newspaper weekday circulation fell 7 percent and Sunday circulation fell 4 percent in 2015 -- the greatest declines since 2010.

Advertising revenue at U.S. newspapers fell nearly 8 percent in 2015 -- the steepest decline since 2009. The U.S. has shed more than 120 newspapers since 2004, Pew said.

In May, a U.S. federal appeals court struck down regulations aimed at cracking down on joint sales agreements by local broadcasters, saying an overall review of media ownership rules was long overdue and needed to be completed first.

The three-judge panel of the 3rd Circuit U.S. Appeals Court in Philadelphia said the commission's regulation "put the cart before the horse" because it had failed to finalize the overall review of media ownership rules. Wheeler's proposal also leaves in place rules barring mergers among any of the top four national television broadcast networks -- ABC, CBS, NBC, and Fox.

Em termos individualizados Pai faz menção no seu Comunicado a um pequeno jornal da cidade de Scranton, na Pensilvânia que detém a propriedade de uma rádio na mesma localidade e que pela posição de Wheeler estaria em situação irregular.

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Segundo Pai a motivação de Wheeler não teria nada a ver com evidências relacionadas com situações do passado; com os princípios de tomada de decisões; ou com aspectos legais. E “cutuca” o Presidente da FCC ao mencionar que no mês passado não houve problemas para aprovar, não uma, mas duas fusões multibilionárias de Operadoras de Cabo (Charter comprou Time Warner e Altice comprou Cablevision). E que no ano anterior ele teria aprovado a aquisição da DirectTV pela AT&T. O assunto não tem um interesse imediato maior para os leitores do BS, a não ser os aspectos estranhos da situação, pois no Brasil não há restrições tão específicas quanto a este aspecto. Mas, a reação incisiva de Pai leva à interpretação de que no caso da FCC pode haver algo mais por trás do fato exposto que não está sendo explicitado, pelo menos por enquanto e que leva à sua forma de atuar e manifestar posições divergentes. É evidente que há conotações e divisões políticas nos posicionamentos de ambos. O que chama a atenção é que a forma agressiva de relacionamento dos Comissários da mesma Agência parece não causar constrangimentos. Tanto que é objeto de tratamento formal dentro da própria Entidade (publicação da crítica no Site da FCC) e a imprensa não explora o caso levando ao entendimento que se trata de um procedimento usual nos USA. Sobre este aspecto, o exemplo da FCC não é a melhor referência a ser seguida quando se imagina a atuação de Órgãos similares de outros Países, como é o caso do Brasil. Mas, vale o registro pela curiosidade e pelo fato de a FCC ser uma referência mundial como entidade reguladora no Setor de Telecomunicações.

Deutsche Telekom pode vender sua infraestrutura de Torres

A Agência Reuters divulgou que a Deutsche Telekom está preparando a venda de milhares de torres de sua rede móvel celular em um negócio que deverá movimentar cifras da ordem de 5 bilhões de euros ($5,5 bilhões). A DT contratou Goldman Sachs e Morgan Stanley para desenvolverem um processo de venda, possivelmente um leilão.

A notícia especula que haveria interessados nos ativos indicando nomes tradicionais deste tipo de negócio: Crown Castle, American Tower, SBA. Mas, também não se elimina a possibilidade de entrar no jogo a Telxius (recentemente criada pela Telefónica), ou, até, a criação de um negócio separado a exemplo do que fizeram a Telefónica, América Móvil e Telecom Italia (INWIT).

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A matéria também coloca o interesse da “Deutsche Telekom se aproximar de investidores em infraestrutura bem como seguradoras e fundos de pensão, cujo apetite em comprar ativos regulados com cash flows seguros cresceu no ambiente de baixa taxas de juros que é relativamente recente”.

Para colocar os leitores do BS no contexto completo da notícia o texto da Reuters, de 01/07/2016 é reproduzido na sequência.

Deutsche Telekom looks to sell off German mobile masts: sources

FRANKFURT | By Arno Schuetze Fri Jul 1, 2016 FRANKFURT - Deutsche Telekom is preparing to sell thousands of German mobile phone masts in a potential 5 billion-euro ($5.5 billion) deal as it seeks to free up funds for investing in its European networks, two sources close to the matter said.

The German company has appointed Goldman Sachs and Morgan Stanley to organize an auction of the German masts, which it plans to launch in the autumn and which it hopes will value the assets at 4-5 billion euros including debt, they said.

Deutsche Telekom is planning to send out first information packages on the business to prospective buyers after the summer break and will, depending on their feedback, decide on whether it sells all or just a stake in the business, or ultimately decides to keep it.

Goldman Sachs, Morgan Stanley and Deutsche Telekom declined to comment.

The group, which in 2012 sold its U.S. towers business to Crown Castle for $2.4 billion, is not alone among the mobile network operators selling such infrastructure to raise capital and cut debt.

Telefonica Deutschland in April agreed to sell its 2,350 towers to Telxius, which was set up by its Spanish parent Telefonica earlier this year to hold its 11,500 masts in Spain as well as some data centers and domestic subsea cables, with a view to a stock market listing or trade sale.

Telecom Italia said in May that it would decide within months on options for its remaining 60 percent stake in Infrastructure Wireless Italian (INWIT)).

And last year Carlos Slim's America Movil spun off its wireless transmission towers and listed its shares on the Mexican stock market. The shares are down 14 percent since the IPO in late December.

Deutsche Telekom is expected to approach infrastructure investors as well as insurers and pension funds, whose appetite to buy regulated assets with secure cash flows has grown in the recent low-interest rate environment, the sources said.

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Separately, Deutsche Telekom will approach private equity groups after having made good experiences with buyout groups in several situations, for example its online classifieds unit Scout24, they said.

Groups specializing in managing mobile masts, such as American Tower, Crown Castle and SBA are also expected to be interested in the Deutsche Telekom sale, they added.

Deutsche Telekom is still in the process of separating out its German masts as a business and has not produced pro-forma standalone earnings figures yet.

"Despite certain shared user ship agreements for individual sites, Deutsche Telekom has a certain freedom in defining how much it pays its towers subsidiary for the use of the service," one of the people said.

The person added that the details of the leasing contracts as well as the assessment of how easily additional users for the masts can be attracted will also be factors in determining a potential valuation of the assets, they said.

02. UNIVERSALIZAÇÃO DA BANDA LARGA

O Programa Banda Larga para Todos não teve evoluções significativas pelas razões expostas nos BS editados até o Nº 13/16. Na verdade, dá agora para perceber que se tratava mais de um Plano “midiático” do que propriamente algo estruturado para um desenvolvimento consistente.

O anterior Ministro das Comnicaões parece ter percebido as dificuldades e tentou imprimir um status mais atual ao Programa procurando, quem sabe, marcar a sua administração. Neste sentido foi lançado o Programa “Brasil Inteligente” que, no entanto, foi “atropelado” pela sua saída da Pasta em razão das mudanças político institucionais pelas quais passa o País. O Programa certamente será “revisto” pelo Ministro Kassab se é que ele será simplesmente considerado.

A questão básica é que o PPA 2016 – 2019 não contemplava recursos significativos para este Programa. Agora, deve-se esperar o posicionamento do Ministério do Planejamento para se verificar os rumos que tal PPA tomará. Note-se que havia um potencial esforço dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento na administração anterior no sentido de dar um status diferenciado ao Setor de Telecomunicações procurando atrair investimentos da iniciativa privada.

Este enfoque parece ter sido mantido e, até, incrementado com as intenções estabelecidas no Programa PPI, do Governo em Exercício.

Merece registro a Portaria Nº 1.455, do Ministério das Comunicações, comentada no item inicial do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA, do BS Nº 10/16, que ainda está em vigor. Muito provavelmente tal Portaria será “revisitada” pelo novo Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.

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De qualquer maneira o BS manterá o texto que trata do PPA 2016 – 2019. Até para comparação com eventual revisão que vier a ser emitida. Não há dúvidas que algumas alterações devem ser introduzidas até para estabelecer níveis de prioridade que certamente serão distintas entre os dois Governos.

PPA 2016 - 2019

O DOU de 11/01/16 publicou o Plano Plurianual para o período 2016 - 2019. Nele estão contidas metas para o Setor de Telecomunicações. Surpreendentemente, há metas quantitativas para a Banda Larga Móvel e não estão incluídas para a Rede Fixa (Banda Larga Fixa; Backbone; e Backhaul). Para estes segmentos há apenas algumas metas de qualidade a serem perseguidas.

No caso da Banda Larga Móvel espera-se que ao final do período 90% dos usuários móveis (sem fio) tenham a ela acesso. Isto pode caracterizar uma aposta do governo no sentido de que a Banda Larga no País, principalmente, nas regiões do Interior seja provida pelas Redes Móveis e não pelas Fixas. Se este é o objetivo aumenta a necessidade de se acelerar a implantação das redes de 700 MHz bem como da construção de Backbones e Backhauls. Ocorre que as perspectivas de momento apontam de forma categórica em sentido contrário!

Também há metas relacionadas com a digitalização da TV; programas de inclusão digital em cidades do Interior; incentivo à produção nacional de conteúdo; estações de rádio comunitárias; emissoras educativas; incentivos ao desenvolvimento e produção de equipamentos e software nacionais; e outros de menor relevância.

Assim, pode-se concluir que o crescimento da Banda Larga no País, no período do PPA, estará mais condicionado às ações da iniciativa privada – portanto do mercado – do que, propriamente, por ações diretas do governo. Na visão do BS, em princípio, este não será um grande problema desde que sejam tomadas medidas para reativar a economia do País, criando-se mecanismos para sair da crise em que se encontra no momento. As perspectivas de curto prazo neste sentido não são animadoras.

Por outro lado, está contemplado o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas; lançamento do cabo submarino Brasil – Europa; implantação da Rede Privativa da Adminstração Pública Federal; e, realização de leilões reversos para a implantação de redes de transporte ópticas capazes de atender aos Pequenos Provedores. Claramente, estes projetos, estão relacionadas com atividades nas quais a Telebras estará envolvida. Uma outra incógnita, pois são de conhecimento geral as dificuldades de ordem econômica e financeira pelas quais pass a Empresa. Será um enorme desafio para a atual Diretoria conseguir equalizar este aspecto com a real necessidade da implementação dos projetos em causa.

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Os fatos reais cada vez mais apontam no sentido de a Telebras enfrentar dificuldades de difícil transposição devido à falta de recursos. Muito dificilmente, ela disporá de recursos públicos para o desenvolvimento de novos projetos e as condições de acesso ao mercado financeiro, no momento são praticamente inexistentes.

No campo da gestão do Setor de telecomunicações estão previstas diversas medidas que fazem parte do Planejamento da Anatel para o período em questão, já divulgadas pelo BS em edição anterior. No entanto, as iniciativas para implementar tais medidas correm com velocidade reduzida.

03. NOVOS CABOS SUBMARINOS

Não houve comentários púbicos sobre este assunto na semana. O texto anterior é mantido como referência por se tratar de tema que tem um relativo interesse para o País por tratar de Backbones Internacionais que criam novas alternativas de interligação entre o Brasil (e o Continente Sul Americano) e as Américas do Norte e Central, bem como a Europa e a África diretamente e a Ásia, indiretamente.

A mais recente novidade foi o anúncio do lançamento de um novo Cabo Submarino interligando as Américas, com terminações no Brasil, em Fortaleza e Rio de Janeiro (Ver “Brusa – Novo Cabo Submarino entre Brasil (Br) e Estados Unidos (USA)” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 08/16. Nesta semana surge a informação da construção do Data Center da Telefónica em Virginia Beach, conforme posto no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 015/16.

Na semana anterior à emissão do BS Nº 10/16, foi anunciado o lançamento do Cabo Submarino entre o Brasil e Angola (ver ”Cabo Submarino Brasil – Angola” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16). Um evento, realmente, importante em sendo efetivamente concretizado e posto em operação no contexto mundial das telecomunicações.

Não têm sido, divulgadas novas informações em relação ao Cabo Submarino que interligará o Brasil à Europa, em função de um investimento conjunto da IslaLink e da Telebras, objeto de comentarios em BS anteriores.

Debe-se registrar a noticia recente anotada no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA dO BS Nº 16/16 sob título: “Novo Cabo Submarino Transatlântico” com informações adicionais no BS Nº 17/16.

04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim mantém-se atual o texto do BS N° 18/15 com os comentários feitos nos BS 22/15 e BS 23/15.

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Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.

Sugere-se a leitura do item “Jogos Olímpicos – Uma oportunidade perdida...em Telecom – O Case Avenida das Américas” inserido no BS 03/16 e sua complementação no BS 05/16, sob o título “Rede Aérea de Telecomunicações – Avenida das Américas – Rio de Janeiro – Trajeto Olímpico”. Tendo como referência as obras realizadas na Avenida das Américas devido à realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o BS aproveitou o caso para comentar a ausência de planejamento integrado em obras de grande vulto e o fato de ser mantida nos postes desta via uma cabeação instalada em condições precárias.

Também deve ser objeto de leitura o item ”Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo” que faz parte do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16.

05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA

Este tema também continuará sendo mantido na forma de edições anteriores do BS por se tratar de assunto de interesse geral e multidisciplinar no contexto das Empresas Prestadoras de Serviços de interesse público.

A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites implantados de maio de 2009 em diante.

Espera-se a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas as situações dispensadas do compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015, conforme abordado no RELATÓRIO SEMANA No. 13/15.

Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e sugere-se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.

Sugere-se, também, a leitura do item “Telefónica cria uma Empresa de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 04/16.

06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015

Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei

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aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de regulamentação em Consulta Pública.

A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm dificuldades em fazê-lo.

No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.

07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL

Continuam as atividades para a migração em Brasília, nas Cidades Satélites do DF e Cidades do Entorno do DF, no Estado de Goiás. A previsão é que ocorra no final do ano. No Projeto Piloto de Rio Verde as atividades estão praticamente encerradas e o Projeto é dado como concluído.

08. A REVISÃO DO MODELO – O NOVO AMBIENTE DAS COMUNICAÇÕES

A Comissão do Minicom, na prática, encerrou os seus trabalho com a assinatura da Portaria Nº 1.455, de 8 de abril de 2016, que mereceu rápida referênia no item inicial do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16.

Conforme mencionado, a referida Portaria estabeleceu diretrizes para a Anatel se posicionar em relação ao assunto. O BS continuará monitorando e irá fazendo os comentários na medida em que houver alguma divulgação sobre o andamento dos trabalhos. Com a nomeação do Ministro Gilberto Kassab para o Ministério que passa a cuidar dos assuntos de telecomunicações é bem provável que novas políticas ou novos rumos sejam aplicados ao Setor.

Há toda uma expectativa de que isto possa ocorrer no sentido de se criarem condições mais propícias à alavancagem dos investimentos em ampliação e inovação das Redes existentes. Comentários desenvolvidos nesta edição do BS são animadoras neste sentido. Somente assim será possível atender aos anseios e necessidades cada vez maiores da sociedade brasileira por Serviços mais abrangentes, com qualidade de padrão internacional e custos mais razoáveis dos que são atualmente praticados. A questão da Banda Larga Ilimitada introduziu um parâmetro adicional de discussão que, até então, não tinha tanta proeminência.

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O encaminhamento das discussões que envolvam um possível equacionamento da elevada carga tributária incidente sobre a prestação de Serviços de Telecomunicações também é um elemento indispensável a ser considerado nem que seja numa visão escalonada de longo prazo.

De qualquer forma, mantém como referência alguns texto comentados em BS anteriores, de uma maneira ou outra, relacionados com o assunto. Por conveniência dos leitores, os mesmos estão abaixo indicados e relacionados.

REP1. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO DO SETOR (BS 01/16)

REP2. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS (BS 01/16)

REP3. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC e no SMP (BS 01/16)

REP4. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO (BS 01/16)

REP 5. COMENTÁRIOS DA TELEFÔNICA NA CONSULTA PÚBLICA (BS 01/16)

08A. COMENTÁRIOS DA INTERVOZES NA CONSUTLA PÚBLICA (BS 02/16). 08B. COMENTÁRIOS DA Oi NA CONSULTA PÚBLICA (BS 02/16). 09. WiFI-First PHONE SERVICE

O New York Times publicou uma interessante reportagem sobre a utilização do WiFI como meio para retirar tráfego das redes celulares (o BS tem chamado esta técnica de off-load). Com isto poderá haver redução nos custos do uso dos serviços, pois é usual que o tráfego via WiFI seja mais barato do que o cursado via a interface aérea das redes celulares.

A novidade que o NYT traz é que o assunto está se fortalecendo com o envolvimento de pesos pedados da indústria como é o caso da Google (Projeto Fi), da Bandwith.com e da Republic Wireless, além das tradicionais Operadoras do Serviço Móvel. Os testes feitos em S. Francisco e em Lake Tahoe apresentaram bons resultados, segundo a reportagem.

Os aparelhos chamados WiFi-First Phones já estão sendo disponibilizados com chips específicos que podem ser ativados mediante um Aplicativo.

O BS considera a experiência bastante interessante e suscetível de ser aplicada no Brasil com sucesso. Na verdade, ela se presta a outros usos que contribuem para a disseminação da Banda

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Larga. Um deles é para facilitar o acesso às redes na chamada “última milha”. Já se considera utilizar o WiFI, por exemplo, como um dispositivo comunitário. Desta forma, distintos usuários próximos poderiam compartilhar um mesmo WiFI para acessar a Rede de Banda Larga.

A ênfase é proporcionar o serviço de voz que anteriormente se constituía em um gargalo para este tipo de acesso, e obrigava a existência de uma rede somente para voz. A evolução tecnológica permitiu a introdução desta facilidade com uma qualidade que não deixa nada a dever à das antigas redes dedicadas, quando não é superior. Isto vem permitindo sua adoção em uma escala que realimenta o processo levando a mais melhorias.

Desta forma, é de se pressupor que grandes e interessantes novidades deverão surgir com a aplicação em larga escala dos WiFI mais evoluídos nas terminações das Redes de Acesso e em outros pontos das Redes. Isto, sem dúvida, permitirá alternativas de projetos que contribuirão bastante para a oferta mais rápida de novos Serviços e Aplicativos.

O BS sugere a leitura da mencionada reportagem que por comodidade é abaixo reproduzida conforme publicada pelo NYT no dia 29/06/2016.

While Limited, Wi-Fi-First Phones Are a Good, Frugal Bet

By BRIAN X. CHEN JUNE 29, 2016

Credit Minh Uong/The New York Times

YOUR household Wi-Fi router has a hidden power: It is also a cellphone service provider. In fact, most mobile data traffic travels through smaller networks like Wi-Fi routers, not those hulking cell towers outside.

The internet companies Google and Bandwidth.com have turned that little-known fact into a business opportunity. Their mobile phone services rely on cell networks that they lease from traditional carriers, but if a Wi-Fi network has a better connection, they shift phone calls and data over to Wi-Fi instead.

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More often, your Wi-Fi is going to have a stronger data connection, so in tech industry parlance, these phone services are sometimes called “Wi-Fi first.”

Less work on cell towers leads to lower costs for consumers, so Google and Bandwidth offer service prices that are less than half of what a traditional carrier would charge. Bandwidth’s phone service, called Republic Wireless, offers a range of plans, including one for $25 a month for unlimited minutes and messages and 1 gigabyte of cellular data. Google’s service, Project Fi, costs at least $30 a month for the same package, and you are reimbursed for the cellular data you don’t use.

In contrast, AT&T’s cheapest phone plan starts at $45 a month for a bucket including only 300 megabytes of data, and Verizon charges $50 a month for its plan including one gigabyte of cellular data.

Based on numbers alone, you might wonder, how could one resist going with a Wi-Fi-first phone plan? But there are several other factors to consider, including the reliability and ease of using the phone services, customer service quality and the phones that work with the networks. (For example: The iPhone is out of the picture.)

After testing Project Fi and Republic Wireless for a few weeks and comparing their performance with traditional carriers, I concluded that they are ideal for budget-conscious consumers who don’t need to have the latest and greatest devices.

Overview

Project Fi and Republic Wireless share a lot in common, though there are differences. Both services work only with phones running Google’s Android system. In the United States, both primarily rely on Sprint and T-Mobile networks for cellular coverage. But Project Fi’s plans also include cell coverage from U.S. Cellular, a smaller carrier, as well as foreign networks in more than 120 countries.

Unlike traditional carriers, which sell phones in physical retail stores and online, both Project Fi and Republic Wireless primarily sell their phones and services online. Google sells only two Nexus devices that work with Project Fi. Republic Wireless also sells its compatible phones and plans through its website and Amazon. But starting next month, customers will be able to bring their own devices, including some Samsung, Motorola and Nexus phones, to its service.

When you receive a Project Fi phone, you insert the SIM card and activate it through the Project Fi app. Similarly, with Republic Wireless, when you receive the phone, you activate it through the Republic app downloaded through Google’s app store.

The technologies for both services work seamlessly — if you start a phone call over a Wi-Fi connection and move out of its range, for example, the call is handed off to a nearby cell tower.

Test Results I tested Project Fi and Republic Wireless in two cities where getting a good cell signal can be challenging — San Francisco and South Lake Tahoe, Calif. — and compared their performance with a smartphone on AT&T’s network. Both Project Fi and Republic Wireless worked reliably and turned in impressive results.

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To assess data performance, I ran network tests with the app Speed Test on the phones multiple times in each location. AT&T’s cell network was faster over all: Its download speeds peaked at 28 megabits a second. Republic Wireless reached 17 megabits a second for downloads, and Project Fi’s fastest download speed was 9.2 megabits a second. All those speeds are fast enough to smoothly stream music or video.

Both Project Fi and Republic Wireless were better at handling Wi-Fi calls than AT&T. I tried starting phone calls in an area with a strong Wi-Fi connection and then walked out of range of the Wi-Fi. AT&T dropped the call when I left the Wi-Fi zone, but Project Fi and Republic Wireless hung on. As for audio quality, calls on both Project Fi and Republic Wireless sounded similar; I could not discern a meaningful difference between a call placed over Wi-Fi or cellular.

For a stress test, I tried using all the phone services while riding in a car through mountains around Lake Tahoe. Not surprisingly, all the services struggled to place calls or browse the web.

Customer Service

Traditional phone carriers are not well known for quality customer service, so it’s important to know how quickly and capably Project Fi and Republic Wireless can solve customer problems. Both had customer service operations that felt more modern than traditional carriers.

Project Fi lets customers reach out via phone, web chat or email. I experienced a hiccup with Project Fi — after activating my account and choosing a phone number, Project Fi gobbled my existing Google Voice phone number.

After I contacted a service representative over web chat in the evening, Google restored my Google Voice number the following morning — not ideal. Google said it would revise its sign-up process to clarify that customers will lose their existing Google Voice numbers if they choose a new number for Project Fi.

However, in another test, I emailed Google asking why my coverage was spotty in Lake Tahoe, and after about three hours a service representative responded, explaining that reliable service in that area was not guaranteed, and issued me a $5 refund.

Republic Wireless has a number of interesting approaches to customer service. You can open a support ticket through the Republic app or website and get a response via email, or ask someone to call you. You can also use web chat or send a text message to a chat bot, which spits out a list of options for how you can get help, and connect with a service representative.

I used both the chat bot and app to pose the same question about why coverage was spotty in Lake Tahoe. Within minutes, two representatives looked into it and said there were no outages in the area, so performance should have been fine.

Bottom Line Because Republic Wireless and Project Fi are similar, the trade-offs will guide you.

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Project Fi costs a little more than Republic Wireless, but you will also have the benefit of being able to use the service overseas at the same rates, without swapping out a SIM card.

But a major downside is that you have only two phone options: Huawei’s 5.7-inch Nexus 6P and LG’s 5.2-inch Nexus 5X. So if you are frugal, travel often and don’t mind having few options for phone models, go with Project Fi.

Republic Wireless service is cheaper and available on more devices, including Samsung’s Galaxy phones, which are the best Android devices on the market. The cell service is not available on networks overseas, but the company says it plans to expand internationally in the next year. So if you are on a tight budget, want more options for handsets and have no near-term plans to use a phone abroad, go with Republic Wireless.

Then there is the option of sticking with a traditional carrier. The big carriers tend to get the latest and coolest phones right when they are released. In addition, AT&T and Verizon generally have faster and more reliable coverage throughout the country. Early adopters of new gear and professionals who value a zippy cell connection will probably want to stick with a big carrier.

10. “ATMOSAT” – O SATÉLITE ATMOSFÉRICO

Um dos grandes desafios de sempre das telecomunicações foi o de levar os serviços a regiões de baixa densidade populacional, como é o caso das áreas rurais ou de acesso difícil por dificuldades naturais (florestas, áreas montanhosas, desertos, oceanos, etc.). Na década de 60 foram iniciadas as primeiras ligações utilizando satélites orbitando fora da atmosfera terrestre que ampliaram sensilvelmente as possibilidades de prestação dos serviços de telecomunicações nessas regiões, além das interligações intercontinentais..

O grande avanço para as telecomunicações ocorreu quando foram lançados os primeiros satélites geoestacionários (órbita a 36.000 Km da superfície terrestre), permitindo comunicações entre continentes em condições muito superiores às que eram obtidas com os antigos cabos coaxiais submarinos. Entre elas a transmissão de sinais de TV. Os problemas estavam nos elevados custos de tais sistemas decorrentes não só do satélite propriamente dito, mas de todos os custos associados à sua colocação e estabilização em órbita.

A partir da década de 80 os satélites passaram a ter um grande concorrente nos cabos submarinos de Fibras Ópticas. Mais fáceis de lançar e com capacidade muito superior à dos Cabos Coaxiais e à dos Satélites. Além de outras vantagens devido às menores distâncias percorridas pelos sinais. Deve-se lembrar que em um Satélite Geoestacionário há uma distância mínima entre o ponto de transmissão e de recepção: 72.000 Km! (36.000 Km no sentido Terra – Satélite e 36.000 Km no sentido reverso).

A despeito deste fato mantiveram-se os espaços para as comunicações via satélite. Estes s continuam sendo lançados continuamente seja para ocupar novas órbitas seja para substituir satélites que deixaram de ser operacionais e são substituídos por outros mais modernos e, via de regra, com muito maior capacidade.

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A distância em questão é proibitiva para determinadas aplicações pelo que sempre se considerou a utilização de satélites em órbitas mais baixas. Diversas iniciativas ocorreram neste sentido as quais, por razões diversas que fogem ao escopo deste BS, não tiveram o sucesso esperado. Mas, as ideias precursoras se mantiveram de pé à espera do momento em que recursos tecnológicos mais avançados permitissem a concretização do objetivo em causa.

Este momento já foi atingido no passado recente e continua no futuro, em associação com a ruptura de um aspecto básico inerente aos antigos satélites: a necessidade de utilizar foguetes para coloca-los em órbita! Nos novos tempos os satélites estarão associados a “Aeronaves” com propulsão elétrica e se comportarão como “aviões não tripulados” (Drones) que poderão ficar no espaço por longos períodos de tempo, pois a energia elétrica será provida por fontes próprias alimentadas pela energia solar; e, em baixas altitudes!

É bem verdade que com órbitas mais baixas o ângulo de cobertura diminui o que leva à necessidade de uma maior quantidade de unidades para cobrir uma região específica. Um outro problema decorre do fato de o satélite não ser Geoestacionário o que significa que ele está se movimentando em relação à Terra. Neste caso devem se empregar sofisticados sistemas para manter uma determinada Estação Terrena constantemente “sintonizada” com os satélites associados às Aeronaves (Drones) que mudam de posição a cada instante voando a altitudes da ordem de 30Km (comparar 30 Km com 36.000 Km dos satélites Geoestacionários!).

A “órbita” fica a distâncias que ainda são incluídas na atmosfera: por isto os “satélites” são denominados “ATMOSAT”. Como os motores são elétricos não faz falta que voem em regiões de baixa densidade de oxigênio o que é imprescindível para as turbinas a combustão. Este é um limitador para se utilizarem motores deste tipo em soluções similares o que impedia o progresso das atividades no passado. O motor elétrico supera tal dificuldade.

Estas características têm interesse para as telecomunicações pois permitem fornecer serviços para regiões nas quais o custo da infraestrutura seria muito elevado viabilizando a universalização das telecomunicações. Um objetivo desde sempre perseguido para oferecer os Serviços aos habitantes de regiões menos providas de infraestrutura em condições similares às das grandes metrópoles. No caso específico, a oferta da Banda Larga para prover acesso normal à Internet.

Sobre este tema o El País publicou uma interessante reportagem que o BS recomenda aos seus leitores por trazer considerações adicionais a este texto introdutório.

Aeronaves solares en vuelo permanente para llevar Internet a zonas remotas

Las mejoras en la propulsión eléctrica y en la energía solar impulsan el desarrollo de satélites atmosféricos

El País, 5 JUL 2016

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El prototipo 'Helios', que fue tras el Pathfinder uno de los primeros aviones solares. NASA / M. Galante / MPRF

El avión 'Solar Impulse 2' completó, el pasado 23 de junio, el primer vuelo solar a través del Atlántico, desde Nueva York hasta Sevilla, en 70 horas. Un avance significativo en la aplicación de la propulsión eléctrica en aviones. Sin embargo, el Solar Impulse no es el primero ni tampoco es el único avión eléctrico capaz de mantener el vuelo durante largos períodos de tiempo.

Ya a finales de la década de los setenta y principios de los ochenta, la NASA inició el programa Pathfinder. El proyecto estaba dedicado a la investigación y el desarrollo de una aeronave capaz de mantenerse en vuelo durante largos periodos de tiempo y a gran altura, principalmente para servir en tareas de vigilancia y de observación.

En los años noventa, la aeronave NASA Pathfinder Plus voló a casi 25.000 metros de altitud, estableciendo entonces el récord para una aeronave eléctrica. Un proyecto sucesor de aquel, el prototipo 'Centurion/Helios', se diseñó para ascender incluso más allá de los 30.000 metros y volar durante semanas o meses consecutivos, sin parar.

Provisto con baterías y con paneles solares cubriendo la superficie alar, una aeronave eléctrica no tripulada que sea capaz de producir suficiente electricidad para funcionar día y noche podrá mantenerse

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en el aire durante largos periodos de tiempo. Tanto como indefinidamente, sirviendo por tanto como satélite atmosférico o atmosat.

Un satélite atmosférico tiene esencialmente el mismo propósito que un satélite espacial en órbita terrestre baja, pero el satélite atmosférico se mantiene dentro la atmósfera terrestre. Como el atmosat asciende directamente desde tierra y se puede recuperar y trasladar resulta más versátil y también más económico que un satélite espacial que requiera un cohete propulsor para alcanzar su órbita. El avión solar NASA Pathfinder fue uno de los primeros desarrollos de satélite atmosférico de ese tipo, concepto que incluye también los globos y los satélites inflables.

Este tipo de aeronaves solares y autónomas resultan posibles gracias a las mejoras en la propulsión eléctrica, en la energía solar, en la informática y también al desarrollo de materiales más ligeros y resistentes. En aviación son numerosas las ventajas de la propulsión eléctrica y ya se considera que el reemplazo total de las turbinas por motores eléctricos es cuestión de tiempo.

Los motores eléctricos son técnicamente mucho más simples que los motores de combustión. Un motor eléctrico no necesita toma de aire ni tampoco salida para los gases de escape; tampoco requiere suministro de combustible, ni de aceite ni de refrigerante. Y además son más pequeños y más ligeros a igual o mayor potencia.

Este tipo de aeronaves solares y autónomas resultan posibles gracias a las mejoras en la propulsión eléctrica, en la energía solar, en la informática y también al desarrollo de

materiales más ligeros y resistentes

Todo eso simplifica enormemente instalar los motores en la estructura del avión. También abre la posibilidad para añadir o quitar motores según sea necesario o en base a los requerimientos, preferencias o presupuesto del cliente. Es lo que se conoce como propulsión eléctrica distribuida y es aplicable a cualquier tipo de vehículo eléctrico, sea un avión o un coche.

Además, a diferencia de los motores de combustión, los motores eléctricos no necesitan quemar oxígeno. Esto permite que un motor eléctrico funcione a plena potencia cuando se encuentra a grandes alturas, allí donde el motor convencional ve reducido su rendimiento debido precisamente a que el aire es más tenue y hay menos oxígeno. En los motores eléctricos tampoco hay que cambiar el aceite lubricante y refrigerante cada cierto número de horas de funcionamiento, el motivo por el cual un avión con motor de combustión no podría volar de forma indefinida aunque repostara combustible en vuelo.

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El avión eléctrico Greased Lightning GL-10, un ejemplo de potencia eléctrica distribuida. NASA Langley / David C. Bowman

Recientemente, la compañía Luminati Aerospace anunció que a finales de este año tiene previsto comenzar a fabricar drones, aeronaves no tripuladas, que serán capaces de volar por encima de los 20.000 metros. Llegar hasta esa altitud significa que el avión podrá alcanzar sin problemas la tropopausa, una zona previa a la troposfera que se encuentra situada por encima de las nubes. En ese espacio, las nubes no puedan bloquear la luz del sol y los vientos son generalmente suaves, facilitando el vuelo de la aeronave.

Según Luminati, "el objetivo es construir drones que puedan mantenerse en vuelo permanentemente". La compañía prevé construir "una flota de drones que proporcionen cobertura y acceso a Internet desde el aire a miles de millones de personas" que viven en zonas remotas o sin infraestructuras de telecomunicaciones. El mismo objetivo del Proyecto Loon de Google, pero utilizando drones en lugar de globos aerostáticos, y de la iniciativa internet.org de Facebook.

Recientemente también la compañía aeronáutica Boeing ha dado a conocer sus planes para el desarrollo de drones alimentados por energía solar capaces de mantenerse en vuelo de forma permanente y a gran altitud. Los drones pueden mantener una posición fija en el aire respecto a la superficie terrestre y servir así como repetidores para redes terrestres de telecomunicaciones, como complemento o como reemplazo a los costosos satélites de comunicaciones.

Otras aplicaciones para ese tipo de drones incluyen desde fines científicos a operaciones de búsqueda y rescate además de tareas de inteligencia, de reconocimiento y de vigilancia.

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11. MOBILE EDGE COMPUTING

O BS teve acesso a um artigo de Juan Pedro Tomás que trata do chamado MEC – Mobile Edge Computing. O texto é do interesse direto dos leitores que têm familiaridade com os aspectos técnicos mais detalhados do Core dos Sistemas Móveis Celulares. Mas, indiretamente, também pode alcançar os leitores que se preocupam com as inovações tecnológicas pelas quais passa o Setor e o que elas podem representar para o processo de prestação dos Serviços de Telecomunicações.

O grande “motor” para as iniciativas que estão em andamento aponta para dois temas: o 5G, como novo padrão tecnológico das Redes Celulares; e, a IoT (Internet das Coisas) como o novo “universo” onde se desenvolverão novas e múltiplas aplicações nas quais a comunicação se dará via “interação” com dispositivos e terminações relacionadas com as pessoas, sem envolver diretamente as pessoas. Exemplos típicos são a “Casa Inteligente”; a “Cidade Inteligente”; os “Monitoramentos Inteligentes”; os “Sistemas Autônomos”; etc.

No caso, a palavra “inteligente” (smart) sempre aparece para dar a ideia de que se tratam de processos onde se prescinde da intervenção humana direta de forma que os dados (informações) são coletados, transmitidos, processados, armazenados, e alguma ação é tomada, prescindindo da intervenção humana direta. É a automação de determinadas atividades e processos da vida humana levada a suas últimas possibilidades e consequências.

No caso a iniciativa de desenvolver a tecnologia MEC, conforme pode ser verificado, está a cargo de Empresas industriais do Setor atuando através de um Grupo (ISG – Industry Specification Group) do ETSI – European Telecommunications Standards Institute.

Então, o BS reproduz o mencionado texto, reiterando que está mais dirigido para os leitores que têm interesse no segmento tecnológico do Setor.

What is mobile edge computing?

Juan Pedro Tomás 2016-06-09 Share 1

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Bringing intelligence closer to the end user, what is mobile edge computing and why is it important? Mobile Edge Computing (MEC) is a network architecture concept that offers application developers and content providers cloud-computing capabilities and an IT service environment at the edge of the mobile network.

This environment is characterized by ultra-low latency and high bandwidth as well as real-time access to radio network information. Through this network architecture, network congestion can be reduced by running applications and performing related processing tasks closer to the cellular customer.

The mobile edge computing server can be deployed at the LTE macro base station, at the 3G Radio Network Controller (RNC) and at a multi-technology cell aggregation site. The multi-technology cell aggregation site can be located indoors within an enterprise (a hospital or a large corporate HQ), or indoors/outdoors in a large public building or arena (a shopping mall, a stadium) to control a number of local, multi-technology access points, providing radio coverage to the premises.

The MEC concept, which combines elements of information technology and telecoms networking also allows mobile telcos to open their radio access network (RAN) to authorized third-parties, such as application developers and content providers.

The technical standards for mobile-edge computing are being developed by the European Telecommunications Standards Institute (ETSI). “Mobile edge computing creates a new value chain and an energized ecosystem, based on innovation and business value where mobile operators, application developers, content providers, OTT players, network equipment vendors, IT and middleware providers can benefit from greater cooperation,” says Nurit Sprecher, Convenor of the ETSI’s Industry Specification Group.

By using mobile edge computing technology, a mobile telephony operator can efficiently deploy new services for specific customers or classes of customers. MEC also collects data about storage, network bandwidth and CPU utilization for each application or service deployed by a third party. Application developers and content providers can take advantage of close proximity to cellular subscribers and real-time RAN information.

Mobile edge computing will enable new vertical business segments and services for consumers and enterprise customers. According to the ETSI, some of this network achitecture’s use cases include video analytics, location services, Internet of Things (IoT), augmented reality, optimized local content distribution and data caching.

New MEC industry standards and deployment of MEC platforms will act as enablers for new revenue streams to operators, vendors and third-parties, according to the ETSI.

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The initiative aims to benefit a number of entities within the value chain, including mobile operators, application developers, Over the Top (OTT) players, Independent Software Vendors (ISVs), telecom equipment vendors, IT platform vendors, system integrators, and technology providers.

The MEC initiative is an Industry Specification Group (ISG) within ETSI which has been set up by Huawei, IBM, Intel, Nokia Networks, NTT DOCOMO and Vodafone.

The main goal of this group is to create a standardized, open environment which will allow the integration of applications from vendors, service providers, and third-parties across multi-vendor Mobile-edge Computing platforms.

________________________________________________________________________________ NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.