comedia de aristofanes-critica a educação

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1 A comédia em Aristófanes: Uma visão sobre a educ Tarcísio Alves dos Santos Esse texto tem como finalidade apresentar como a comédia em poderia serapresentada de maneira estética aos valores culturais políticos e educacionais de seu tempo. A arte na anti!uidade pressupun"a uma c educação e os valores estéticos na comunidade como bem fala $osen ideia )ue também é apresentada em a Paideia *l+ssica e mostra o )uanto essa )ue estética era importante na vida social dos tempos anti!os pois cu valores morais e políticos muito embora possamos pensar )ue essa eleva aos tempos atuais e as devidas )uest,es. -ortanto tentarei ideias da Paideia com o contexto da comédia cl+ssica ateniense em Aristó alar sobre a comédia !re!a ateniense mel"or di/endo a comé necessariamente falar de seu principal representante o comedió!ra 345 a.*( o )ual escreveu um !rande n6mero de comédias )ue tin"a r a realidade contempor#nea de Atenas na)uele período %século 7 a.*( comédias )ue escreveu desde a inf#ncia posso citar: Cavaleiros %090 a.*( Vespas %099 a.*( Pássaros %0&0 a.*( Rãs %0'5 a.*( e também As nuvens %039 a.*(. Entretanto a)ui apenas vou me referir ; comédia intitulada As nuvens, e darei <nfase principalmente a )ue est+ se referia ao contexto político e Essa comédia foi representada em 093 a.* no festival das =randes uma !rande repercussão exatamente por tratar de )uest,es particula educação ateniense. A comédia não servia apenas de modelo c>mico p pessoas darem boas risadas como muitos filósofos até consentiam 6nico animal capa/ de rir mas tin"a o ob?etivo de mostrar a reali contempor#nea em seu cotidiano. @ada parecia ser deixado de lado temas sobre a educação a parte cívica arte a literatura e todo A comédia visa as realidades do seu tempo mais do )ue )u arte. ...B é importante não perder de vista )u fundamental é apresentar além da efemeridade das suas representaç,es certos aspectos eternos do Comem ) elevação poética da epopéia e da tra!édia %DAE=E$ 9''& E importante frisar )ue a comédia aristof#nica foi elaborada !rande tumulto em )ue a sociedade ateniense se encontrava em uma devido ; decad<ncia do sistema democr+tico e também por causa da ! -eloponeso. 8esse modo o sistema político ateniense estava em !r alvo f+cil e perspica/ para a comédia. as não era apenas a situação política )ue estava ruim para educação também estava em um novo processo )ue em sua an+lise era o sistema. A educação implantada pelos sofistas em contraponto a e

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Esse texto tem como finalidade apresentar como a comédia em Aristófanes poderia ser apresentada de maneira estética aos valores culturais, políticos e educacionais de seu tempo.

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A comdia em Aristfanes: Uma viso sobre a educao.

Tarcsio Alves dos Santos

Esse texto tem como finalidade apresentar como a comdia em Aristfanes poderia ser apresentada de maneira esttica aos valores culturais, polticos e educacionais de seu tempo. A arte na antiguidade pressupunha uma concordncia entre a educao e os valores estticos na comunidade, como bem fala Rosenfield (p. 10). Essa ideia que tambm apresentada em a Paideia Clssica, e mostra o quanto essa questo esttica era importante na vida social dos tempos antigos, pois culminava uma gama de valores morais e polticos, muito embora, possamos pensar que essa questo ainda se eleva aos tempos atuais e as devidas questes. Portanto, tentarei focar principalmente as ideias da Paideia com o contexto da comdia clssica ateniense em Aristfanes. Falar sobre a comdia grega ateniense, melhor dizendo, a comdia tica, necessariamente falar de seu principal representante, o comedigrafo Aristfanes (447-385 a.C), o qual escreveu um grande nmero de comdias que tinha relao direta com a realidade contempornea de Atenas naquele perodo (sculo V a.C). Dentre tantas comdias que escreveu desde a infncia posso citar: Cavaleiros (424 a.C); Vespas (422 a.C); Pssaros (414 a.C); Rs (405 a.C) e tambm As nuvens (432 a.C).Entretanto, aqui, apenas vou me referir comdia intitulada As nuvens, e darei nfase principalmente a que est se referia ao contexto poltico e educacional da poca. Essa comdia foi representada em 423 a.C, no festival das Grandes Dionsias, e teve uma grande repercusso exatamente por tratar de questes particulares entre a poltica e educao ateniense. A comdia no servia apenas de modelo cmico para fazerem as pessoas darem boas risadas, como muitos filsofos at consentiam, como o homem o nico animal capaz de rir, mas tinha o objetivo de mostrar a realidade contextual e contempornea em seu cotidiano. Nada parecia ser deixado de lado, nela apareciam temas sobre a educao, a parte cvica, arte, a literatura e todo o modelo da polis grega.

A comdia visa as realidades do seu tempo mais do que qualquer outraarte. [...] importante no perder de vista que o seu propsito fundamental apresentar, alm da efemeridade das suas representaes, certos aspectos eternos do Homem que escapam elevao potica da epopia e da tragdia (JAEGER, 2001, p. 415).

E importante frisar que a comdia aristofnica foi elaborada em uma poca de grande tumulto, em que a sociedade ateniense se encontrava em uma situao de caos devido decadncia do sistema democrtico e tambm por causa da grande guerra do Peloponeso. Desse modo, o sistema poltico ateniense estava em grandes dificuldades, alvo fcil e perspicaz para a comdia.Mas no era apenas a situao poltica que estava ruim para nosso autor, mas a educao tambm estava em um novo processo, que em sua anlise era corrosiva a todo o sistema. A educao implantada pelos sofistas em contraponto a educao tradicional era uma ameaa feroz aos costumes e prticas dos cidados atenienses. nesse mbito que a comdia As nuvens entre em cena como se fosse um modelo de escola sofstica que visa ensinar novos valores educacionais a polis. Aristfanes no perde a oportunidade de criticar o novo modelo educacional e mostrar o valor da comdia na educao, apesar de que nem sempre a comdia teve seu espao pblico, mas somente quando a comdia entrou no mbito poltico que adquiriu real importncia, e sua manuteno passou a ser considerado um dever de honra dos ricos. Assim, ela pde competir com a tragdia. O heri foi tambm adotado na comdia (em muitas vezes de maneira distorcida pelo autor), como outras formas lricas, num esforo para organizar um ato dramtico completo (inspirao na tragdia). Finalmente, no pice da sua evoluo, a comdia em Aristfanes, chega ao ideal educacional, tomando para si a tarefa da crtica pblica. Em As nuvens no s a escola sofstica crtica do nosso autor, mas tambm o personagem de Scrates, que confundido com um sofista, bem diferente dos textos platnicos, em que o mesmo se aparece em crtica aos sofistas. Scrates duramente criticado e apresentado como um filsofo que se utiliza de seu conhecimento, para atravs da dialtica inverter valores, transformas discursos, mudar a ordem dos argumentos justos para injustos e vice-versa, fazer que seus discpulos aprendam somente esse novo modelo educacional, que foge ao modelo tradicional.A comdia As nuvens que foi encenada em 423 a.C., e como j citamos, no festival das Grandes Dionsias, tem em seu elenco Estrepsades (pai de Feidipides), Feidipides, (jovem irresponsvel), Xntias (escravo), Alunos de Scrates, Scrates, Coro das Nuvens, Corifaios, Aristfanes, Filosofia, Sofisma, Psias (credor de Estrepsades), Amnias (credor de Estrepsades), Cairefonte (discpulo de Scrates), Escravos, Estudantes, Testemunhas, etc.No incio da comdia o velho campons Estrepsades estar a lamentar-se por suas dvidas, e reclama at por ter casado com uma mulher de hbitos aristocrticos, donzela da cidade, bonequinha de luxo, e ele apenas com hbitos rudes e desagradveis teria que agradar aos seus velhos caprichos. Feidipides, que seria fruto dessa unio, tinha prazer terrvel por cavalos, e empregava-se em gastar muito dinheiro nessa empreitada, o que fazia seu pai ir loucura por causa de seus credores. Seu pai atormentado, fica inquieto na cama pensando nas dvidas que o cercam, observa o filho que em sua opinio no est preocupado com nada a no ser os malditos cavalos.

O caso ainda pior, embora incrvel, Com este meu filho, moo irresponsvel, Preguioso sem par e incorrigvel. Vede como ele dorme aconchegado Sob cinco cobertas. Muito bem! Se isto que queres, vou dormir tambm. No tem graa: dormindo, e eu acordado. [...] Tudo por tua causa, filho ingrato. Teus malditos cavalos, tuas selas, Arreios, jaezes e chicotes, E rabos de cavalo, ainda por cima! Estou falido, arruinado, pobre. O que vai ser de mim no fim do ms, Quando todas as dvidas vencerem?[footnoteRef:1] [1: ARISTFANES. Pags. 3, 4.]

Sendo ento vitima atroz de seus credores, Estrepsades, se ver impossibilitado de pag-los, dividas essas que eram feitas por seu filho, e seu vcio por cavalos. Estrepsades, ento tem uma brilhante ideia, lembra-se que ali por perto de sua casa h um lugar o qual homens de pele amarelada, plidos por sua intelectualidade, mas, porm sbios na arte da retorica, pode faz-lo livrar-se das dvidas que o cercam. Esse lugar era uma escola sofistica chamada de pensatrio. Seriam os sofistas, que eram hbeis na arte de ensinar, pois esses tinham novos mtodos, outro tipo de educao, que facilmente podia corromper as mentes. Vemos que Aristfanes nesse exato momento da pea comea sua crtica a o novo modelo educacional, sobre os sbios sofistas que colocavam a educao tradicional em questo, como tambm o perigo que est poderia levar a polis grega, j que, poderia derrubar as antigas crenas, seus deuses, os valores, que antes eram incontestveis. Dando continuidade, o velho Estrepsades se achava incapaz de aprender no pensatrio, desse modo, pensa em enviar seu filho para a arte da oratria. O problema que Feidipides no concorda com as ideias de seu pai, pelo contrrio, hesita profundamente em ir a tal lugar, onde estariam trapaceiros, corruptos, homens que no tinham o verdadeiro valor aristocrtico, pois tinham uma pele amarelada, no era como os verdadeiros cavalheiros que andam ao sol; talvez maneira de pensar e hbitos vindos da parte de sua me. Para ele, aquelas pessoas eram estranhas, e no dignas de horas, vejamos:

EstrepsadesMeu filho, estou contente. Agora vou dizer-te o que preciso. Vs aquele casebre, aqui pertinho com uma bonita porta?FeidipidesNo me digas Que para l me ests encaminhando!Estrepsades (reverente)Este o Pensamental, meu caro filho. Ali vivem homens sbios, professores, Que iro te ensinar, e mais: provar-te que toda a atmosfera realmente um forno csmico, e ns apenas somos Uns fragmentos de carvo ardendo. Ainda h mais: mediante pagamento, Naturalmente, oferecem um curso chamado: o meio de vencer demandas. um meio honesto, enquanto for possvel.FeidipidesE quem so esses homens?EstrepsadesVou dizer-te. So grandes eruditos. Cientistas.FeidipidesMuito bem. Mas quem so?[...] FeidipidesNo venhas me dizer que so esses pedantes, charlates Cairefonte e esse embusteiro Scrates.[footnoteRef:2] [2: ARISTFANES. Pags. 8.]

Vemos por meio desse dilogo que Estrepsades descreve os sofistas como eruditos, cientistas, que para ele, com suas novas tticas inovadoras poder livr-lo de suas angustias. No entanto, seu filho pareceu a contragosto aos ideais de seu pai, no s por sua lngua afiada crtica aos sofistas, chamando os mesmos de charlates, mas por dar nomes aos bois, dizendo que Scrates seria um embusteiro. Aristfanes apresenta Scrates, em As nuvens como se fosse um dos sofistas, totalmente diferente dos textos platnicos. Scrates aparece como um sbio, que se utiliza de seus conhecimentos para persuadir a mente das almas alheias, ele apenas uma caricatura do prprio Scrates, que estava merc da comdia aristofrnica para suas crticas, mesmo que seu alvo no fosse o prprio Scrates, mas ao novo modelo de educao. Porm, um personagem to conhecido pelos atenienses caia bem no alvo irnico o qual pretendia, ainda mais quando Scrates tambm elevava as mentes a crenas distantes da tradicional. Podemos dizer ento:

O Scrates da comdia nada tem daquela energia moral que Plato e outros socrticos lhe atriburam. Se Aristfanes o tivesse conhecido sob aquela faceta, no teria utilizado para seus intentos. O seu heri um iluminista distante do povo e um homem de cincia ateu. Por meios de alguns traos tomados por Scrates, personifica-se nesta figura o cmico tpico do sbio vaidoso e satisfeito consigo prprio (JAEGER, 2001, p. 429).

Desse modo, Aristfanes pretendia com sua comdia atingir um lugar de autenticidade, de predomnio com sua comdia, do mesmo modo que a poltica apresentava sua importncia naquele tempo. Era a comedia que poderia elevar o entendimento sobre as causas que poderia dar rumos a educao, e ela mesma tambm seria educativa. Estrepsades no teve sucesso com seu filho, ento resolve ele mesmo ser o heri em sua cmica misso no pensatrio ao acreditar, que l estariam cura para seus males, os males de suas dvidas. Ao chegar ao pensatrio ele recebido e reprendido por um dos discpulos do mestre, que zomba de seus costumes grosseiros ao chutar a porta do pensatrio. Mesmo depois da zombaria feita por um dos alunos do pensatrio, Estrepsades quer conhecer esse novo modelo de educao que poderia ajud-lo a persuadir seus devedores. Aristfanes no perde tempo de fazer crticas ao modelo de educao fornecido pelos sofistas como nesse dilogo:

EstrepsadesNo podes me dizer, ento. certo. Por isso mesmo aqui me apresentoPara estudar neste Pensamental.EstudanteMuito bem, neste caso, ento, te digo. No te esqueas, porm, que o nosso estudo do mais denso mistrio rodeado. (em voz baixa) Escuta aqui: agora mesmo Scrates Arga o solerte Cairefonte, para saber, perfeita e exatamente, o nmero de ps (de ps de pulga) que uma pulga capaz de completar de um pulo to somente. Com efeito uma pulga picara Cairefonte na sobrancelha, e, rpida, saltara para a calva socrtica imponente.EstrepsadesE como foi que ele mediu tal coisa?EstudanteFoi verdadeiramente genial. Primeiro derreteu alguma cera, depois tratou de aprisionar a mosca E as patinhas meteu na cera mole, que deixou esfriar. Um sapatinho Assim formou ento. Logo em seguida, descalou os sapatos, e a medida foi feita sem tropeos, num instantinho.EstrepsadesQue inteligncia, Zeus onipotente![footnoteRef:3] [3: ARISTFANES. Pags.10, 11.]

As crticas de nosso comedigrafo no so elevadas somente aos estudos esquisitos do pensatrio, que ele trata de uma maneira com certa estupidez, mas ao prprio Scrates que submetido ao humor mais feroz nessa comdia, relatando em Scrates coisas absurdas, que menos se parecia com um filsofo, mas com um personagem hilrio que em seus estudos nada serviam a no serem motivos para risadas. o caso da transformao da comida citada em outro dilogo da pea.

EstudanteCom muito amor. Uma combinao de cincia e prestidigitao. Ps na mesa, primeiro, uma camada de cinza feita de p, pulverizada. Depois muito vontade, muito ancho, com uma haste de ferro fez um gancho. E traa um arco ao longo do permetro. Com esse movimento circular o extremo do gancho em seu caminho encontra o manto que est mais vizinho, E o manto manda ento ele empenhar. O que for apurado pra o jantar.EstrepsadesQue talento! Que gnio! O prprio Tales era um amador com ele comparado! Abra-me a porta do Pensamental quero ver esse sbio frente a frente, Quero estudar com ele! Ser letrado![footnoteRef:4] [4: ARISTFANES. Pag. 12]

Temos ai uma das crticas ao filsofo Scrates, como algum que se utiliza de seus ensinamentos para algo sem escrpulos. O Scrates de As Nuvens tambm citado por Aristfanes como um ateu, negando a soberania de Zeus, e incluindo novos deuses aos atenienses. Como um cientista que observa o cu, Scrates dir que as nuvens teriam um valor superior aos deuses, pois elas que eram responsveis pelos fenmenos das chuvas, ensinando a Estrepsiades as verdadeiras verdades a cerca dos astros, coisas essas ensinadas pelos sofistas. Assim o Scrates aristofnico nega ferozmente toda uma educao tradicional. Mesmo assim, Estrepsades ao observar o pensatrio consegue convencer seu filho a estudar no mesmo e conhecer a verdadeira arte da retrica. No entanto, aps ser educado no pensatrio seu filho sai com outros ensinamentos, nada parecido com tudo que havia aprendido anteriormente. H uma total inverso de valores, e por meio da oratria apreendida fica a ludibriar os devedores de seu pai, e tenta at mesmo convencer a bater nele, que se revolta contra a escola sofistica atirando fogo na mesma, vendo, que o que ali era ensinado nada poderia acrescentar a educao dos jovens, mas persuadi-los a se tornarem egostas, com mensagens sem carter. O que seria melhor era voltar velha educao tradicional, com seus deuses e costumes. Aristfanes deixa claro sua crtica ao novo modelo de educao imposta pelos sofistas, algo que a seu entender no deveria ter espao aos atenienses, muito embora, possamos dizer que, a educao sofistica trouxe para ns todo um legado de sabedoria, ganhos, descobertas, e a profisso de professor. Fica tambm evidente o quanto a comdia deve seu espao voltado educao e a questes politicas de seu tempo dentro do campo esttico.

REFERNCIAS:

ARISTFANES. As Nuvens. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.1995.

ARISTFANES. Nuvens. Trad. Jaime Bruna. So Paulo: Cultrix, 1968.

ARISTFANES. Comdias I. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006.

JAEGER, Werner. Paideia A formao do homem grego. So Paulo:Martins Fontes, 1989.

MARILENA, Chaui. Introduo histria da filosofia: dos pr-socrticos a Aristteles, Volume I. So Paulo: CIA das Letras, 2002.

ROSENFIELD, Kathin Holzermary. Esttica. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CINCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTESDEPARTAMENTO DE FILOSOFIADISCIPLINA: FILOSOFIA E ARTE IPROFESSOR: MARIA JOS ALUNO: TARCSIO ALVES DOS SANTOS

A comdia em Aristfanes: Uma viso sobre a educao.

NATAL2011