com atraso, energia solar se torna competitiva · estávamos tocando, coloca-ram uma caixa de som...

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MÍN: 19°C MÁX: 27°C CURITIBA Segunda-feira, 29 de janeiro de 2018 Edição nº 1.675, ano 7 www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CTB ‘BLOW OUT’ EM REMIX Com atraso, energia solar se torna competitiva Limpa. Ainda com participação muito tímida perto de outras fontes, a energia solar enfim aparece com preços competitivos no mercado elétrico e pouco a pouco vem ganhando os telhados de residências e empresas pelo país. Sol é o que não falta PÁG. 04 Na seca há meio ano, atacante de 36 anos fez o gol da vitória por 1 a 0 em Francisco Beltrão | DIVULGAÇÃO/CORITIBA PCC assume chacina com 14 mortes no CE MP vai à luta contra intolerância religiosa Ataque no sábado em casa de shows é atribuído a guerra de facções PÁG. 07 Encontro com lideranças nesta quarta vai debater o tema PÁG. 02 ALECGOL DÁ VITÓRIA NO INTERIOR PRIMEIRO TRIUNFO DO COXA, SOBRE O UNIÃO, TAMBÉM TEVE PÊNALTI DEFENDIDO POR WILSON PÁG. 15 SINGLE DE ESTREIA DA CURITIBANA MARCELLA GANHA NOVA ROUPAGEM E ABRE CAMINHO PARA PRIMEIRO ÁLBUM PÁG. 10

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Page 1: Com atraso, energia solar se torna competitiva · estávamos tocando, coloca-ram uma caixa de som em frente para começarem um sermão”, lembra. ... Passeata contra intolerância

MÍN: 19°CMÁX: 27°C

CURITIBA

Segunda-feira, 29 de janeiro de 2018Edição nº 1.675, ano 7

www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CTB

‘BLOW OUT’

EM REMIX

Com atraso, energia solar se torna competitivaLimpa. Ainda com participação muito tímida perto de outras fontes, a energia solar enfim aparece com preços competitivos no mercado elétrico e pouco a pouco vem ganhando os telhados de residências e empresas pelo país. Sol é o que não falta PÁG. 04

Na seca há meio ano, atacante de 36 anos fez o gol da vitória por 1 a 0 em Francisco Beltrão | DIVULGAÇÃO/CORITIBA

PCC assume chacina com 14 mortes no CE

MP vai à luta contra intolerância religiosa

Ataque no sábado em casa de shows é atribuído a guerra de facções PÁG. 07

Encontro com lideranças nesta quarta vai debater o tema PÁG. 02

ALECGOL DÁ VITÓRIA NO INTERIOR

PRIMEIRO TRIUNFO DO COXA, SOBRE O UNIÃO, TAMBÉM TEVE PÊNALTI DEFENDIDO POR WILSON

PÁG. 15

SINGLE DE ESTREIA DA CURITIBANAMARCELLA GANHA NOVA

ROUPAGEM E ABRE CAMINHO PARA PRIMEIRO ÁLBUM PÁG. 10

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018www.metrojornal.com.br 02| {FOCO}

1FOCO

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A, CNPJ 07.780.914/0001-61. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O Metro Jornal Curitiba é impresso na Gráfica Press Alternativa Ltda / Alm. Tamandaré/PR

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A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.

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O MP-PR (Ministério Púbico do Paraná) convidou lideran-ças das diversas religiões para um encontro nesta quarta-fei-ra. O objetivo, diz procurador Olympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador do Cen-tro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Pro-teção ao Direitos Humanos (Caop), é armar uma “contra--ofensiva” contra os frequen-tes casos de intolerância reli-giosa que vêm ocorrendo no Estado. “Têm registros de si-tuações concretas, seja de invasão dos terreiros, des-truição de símbolos e até de homicídios”. diz Olympio.

Ele também alerta para o acirramento de ânimos vis-to em redes sociais. “Há uma utilização das redes que acaba estimula outras pessoas pe-la intolerância. Isso também é crime. Tem que haver uma contra-ofensiva pelo direito de opção religiosa”, diz.

Os dados do Disque 100, voltado à proteção dos direi-tos humanos, do governo fe-deral, apontam que em 2016, (último ano com números fe-chados) foram 14 denúncias por discriminação religiosa no Paraná.

No país todo foram 759 re-gistros, no entanto o sistema não registra, na maior parte dos casos (62%), a religião das vítimas. Nos casos em que as informações foram demons-tradas, 63% das denúncias vieram de praticantes da Um-banda, Candomblé ou Matri-zes Africanas.

Maycon Kopp, líder do gru-po Tambores do Paraná, que agrega simpatizantes das re-ligiões afro-brasileiras, conta que os praticantes estão ca-da vez menos aceitando os atos discriminatórios. “Eu acho que o pessoal está fican-do um pouco cansado de não poder ter o direito de ter a sua

religião”, diz. Em outubro do ano passado o grupo realizou uma passeata contra a intole-rância religiosa, que reuniu cerca de 10 mil, segundo os organizadores.

Maycon lembra que nos últimos anos dois terreiros foram incendiados na Região Metropolitana de Curitiba. O último caso ocorreu em 25 de dezembro, em São José dos Pi-nhais. Já em julho de 2011, outro terreiro pegou fogo em Fazenda Rio Grande. “A gente sabe que nada pega fogo sozi-nho”, diz.

Tentativas de constrangi-mento ou violência são co-muns. “Eu mesmo já fui ape-drejado. Outra vez, enquanto estávamos tocando, coloca-ram uma caixa de som em frente para começarem um sermão”, lembra.

“O Estado Brasileiro é im-parcial, mas acaba deixando pessoas comprarem espaço para falar mal da nossa reli-gião”, se queixa.

Setor de vulneráveisDesde outubro de 2016 fun-ciona, dentro da Delega-cia de Homicídios, o Setor de Atendimento a Vulnerá-veis. Para lá são enviados os casos, por exemplo, de crimes que envolvam ques-tões raciais, de gênero, se-xo, etnias e religiosas. O res-ponsável é o delegado Fábio Amaro. “Ele já nos falou pa-ra procurar mesmo o setor, que os casos serão levados a sério, diz Kopp.

Direitos humanos. Reunião na quarta-feira vai debater casos com lideranças religiosas. Terreiro queimado em São José dos Pinhais, no Natal, colocou praticantes em alerta. Religiões africanas são as vítimas mais frequentes

Passeata contra intolerância em outubro de 2017 | DIVULGAÇÃO / TAMBORES DO PARANÁ

“As redes sociais infelizmente estimulam esse confronto – que não existe intrinsecamente em nenhuma religião”

OLYMPIO DE SÁ SOTTO MAIOR,

PROMOTORIA DE DIREITOS HUMANOS

MP quer reação contra intolerância religiosa

“Esses atos vêm de pessoas que não estudaram a religião. Deus ensinou que quer paz e amor para todos.”

MAYCON KOPP, PRESIDENTE DO GRUPO

TAMBORES DO PARANÁ

THIAGOMACHADOMETRO CURITIBA

Ricardo Barros

Visita ao

HCO ministro da Saúde,

Ricardo Barros, visita

hoje às 9h o Hospital das

Clínicas da Universidade

Federal do Paraná. Ele vai

lançar o projeto “Gestão

de Alta: estratégia para a

continuidade do cuidado”,

da Secretaria Municipal

de Curitiba com o HC.

Também serão reabertos

leitos na unidade de

urgência e emergência do

hospital.

Jardim Aliança ganha USA mais nova Unidade de saúde de Curitiba, no jardim Aliança, passa a atender, a partir de ho-je, 13,9 mil pessoas dos bairros Santa Cândida e Cachoeira.

Inaugurado no último sábado pelo prefeito Rafael Greca (PMN), o posto terá duas equipes da Estratégia Saúde da Família, com 18 profissionais para os servi-ços de consultas médicas, de enfermagem, serviço de odontologia, vacinas, cura-tivos. METRO CURITIBA

O 111º posto de saúde da cidade | DANIEL CASTELLANO/SMCS

Vazão de cinco Cataratas

Ontem pela manhã, entre 6h e 9h, a Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, abriu as 14 comportas das três calhas do vertedouro. A água escoada foi de 7,5 mil metros cúbicos por segundo, cinco vezes do que cai nas Cataratas do Iguaçu | NILTON ROLIM/ITAIPU BINACIONAL

Dólar

+ 0,06%

(R$ 3,1410)

Bovespa

+ 2,21%

(85.531 pts)

Euro

- 0,31%

(R$ 3,9090)

Selic

(7,0% a.a.)

Salário

mínimo

(R$ 954)

Cotações

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

O MP-PR (Ministério Púbico do Paraná) revelou na semana que passou, em uma pesqui-sa, que de cada 10 estudantes de ensino médio da rede esta-dual do Paraná, menos de 4 se interessam por política.

Os resultados são parte de um trabalho do programa Geração Atitude, um trabalho do MP em parceria com o Exe-cutivo, o Legislativo e o Judi-ciário do Estado com o obje-tivo de fomentar “a formação cidadã dos estudantes, pro-movendo a cidadania, a parti-cipação social e o protagonis-mo juvenil”.

Feito em outubro do ano passado com 10.952 alunos de ensino médio de 176 es-colas públicas do Paraná, o levantamento revelou que 37,7% dos entrevistados dis-seram ter interesse na políti-ca. Para os coordenadores do programa, é um sinal de que a escola não tem conseguido passar aos adolescentes, em sala de aula, noções sobre as instituições e a motivação pa-ra se engajar politicamente e fiscalizar o poder público, por exemplo.

“Na nossa visão, não é pre-ciso incluir disciplinas especí-ficas que incentivem a atua-

ção política dos jovens, basta incluir isso no cotidiano”, ava-lia o promotor de Justiça Eduardo Cambi, coordenador do programa.

“Você poderia fazer uma boa aula de matemática usan-do o portal da transparên-cia do município. Quanto o prefeito está gastando nesse evento? Será que o preço está compatível com a realidade?

Será que não daria para inves-tir a verba em outra coisa?”, exemplifica Cambi.

Em suas visitas às escolas, o promotor diz ter percebido uma tendência: quanto mais engajados na vida comunitá-ria são os alunos e seus pais, mais organizadas e eficientes costumam ser as escolas.

“A gente viu esse contraste bem claro nas periferias de al-

gumas cidades. Em um lugar tínhamos uma escola funcio-nando bem, em que as deci-sões são feitas em prol do es-paço e das pessoas, e a poucos metros dali outra escola onde isso não acontece e a escola vive clima de guerra, paredes pichadas, material deteriora-do. A preocupação com a coi-sa pública faz a diferença”, conta o promotor.

Outros resultadosCambi se disse decepcionado com alguns outros números tirados da pesquisa. Apenas 5,54% dos alunos declararam participar ativamente de grê-mios estudantis, 16,25% dis-seram se interessar pela elei-ção dos diretores das escolas, somente 1,66% dos entre-vistados já participaram de audiências públicas, 2,79%

atuam em ONGs e 5,90% já estiveram em uma manifes-tação de rua. “Os jovens que-rem mudar a realidade, mas acabam, por falta de conhe-cimento, se engajando pouco nas questões políticas”, avalia o promotor.

Paraná. MP ouviu 11 mil alunos de 176 escolas públicas do Estado e avalia que educação não desperta interesse nos estudantes sobre instituições

Estudantes do interior propuseram projetos de lei e foram conhecer as sedes dos poderes em Curitiba | PEDRO DE OLIVEIRA / ALEP

Menos de 40% dos jovens são ‘políticos’, diz pesquisa

Iniciativa fez aluno propor projeto de lei

O Geração Atitude começou em 2014, quando o MP ela-borou e distribuiu às esco-las o Guia do Cidadão, uma publicação que passa infor-mações sobre democracia, política, eleições, voto e ci-dadania. Em seguida os pro-fessores ministraram aulas usando o guia.

Foi feita então a pesquisa – cujos resultados foram pu-blicados agora – e, em no-vembro do ano passado, o

projeto “caravana da cida-dania”: alunos de todo o Es-tado inscreveram ideias de projetos de lei.

Os melhores vieram a Curitiba conhecer as insti-tuições no Centro Cívico e o projeto vencedor, do estu-dante Douglas Froelich, do Colégio Estadual do Campo Helena Kolody, de Cruz Ma-chado, tramita hoje na As-sembleia Legislativa. Froe-lich criou uma “proposta para combater o bullying nas escolas paranaenses, em campanhas de esclareci-mento acerca do problema e debates na comunidade escolar”. METRO CURITIBA

Geração Atitude

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

Motociclista morre em acidente na Leopoldo Jacomel

Um motociclista de 38 anos morreu em um aci-dente no início da tar-de de ontem na rodovia João Leopoldo Jacomel (PR-415), em Piraquara, na RMC. Marcio Bogani-ka Amaral colidiu contra uma Kia Sportage no sen-tido Curitiba, quando o veículo fazia uma conver-são à esquerda para retor-no – o motorista não te-ria visto a moto e Marcio não conseguiu frear. O motorista ficou no local para prestar socorro, mas Marcio morreu na hora.

Recentemente refor-mado, o trecho ainda não tem sinalização. O caso será investigado pela De-legacia de Piraquara.

METRO CURITIBA

Lar Batista Esperança está renovado

Depois de quatro meses de reforma, a casa do Lar Batista Esperança no Pilar-zinho foi entregue na se-mana passada totalmen-te repaginada pelo Projeto Mueller Ecodesign Social. Ao todos 23 profissionais de arquitetura e decora-ção participaram da obra, incluindo as arquitetas Fernanda Viero e Keyla Kinder, do escritório Kids Arquitetura, responsáveis pelo quarto das meninas.

METRO CURITIBA

Social Piraquara

Quarto

das meninas

KELLY KNEVELS Garibaldis e Sacis animam foliões

O bloco Garibaldis e Sacis animou ontem o pré-carnaval para milhares de curitibanos. Das 15 às 19h, o bloco fez a festa em dois quarteirões da Marechal Deodoro, entre a Barão do Rio Branco e Marechal Floriano. O evento foi o 1o pré-carnavalesco organizado pela Fundação Cultural de Curitiba para adultos – na semana passada a festa foi somente para as crianças. No domingo que vem o bloco estará na Regional do Bairro Novo. | DIVULGAÇÃO/FCC

Um menino de 13 anos mor-reu ao tentar nadar em uma cava por volta do meio-dia de ontem no bairro Jardim Tropical, em Piraquara, na RMC.

Ao lado do irmão e de ou-tros dois amigos também menores de idade, ele estava perto da margem, mas ten-tou cruzar a cava e não con-seguiu. O Corpo de Bombei-ros demorou a ser chamado,

mas compareceu por volta das 12h40 com quatro viatu-ras, sendo três do Gost (Gru-po de Operações de Socorro Tático). Um helicópetro do BPMOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas) também foi acionado.

O corpo foi resgatado e as tentativas de reanimação duraram quase duas horas, mas o menino não reagiu.

METRO CURITIBA

Afogamento. Menino de 13 anos morre em cava

Helicóptero da PM foi mobilizado para o resgate | ANDERSON MARTINS/GALO NA BAND

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 04| FOCO

O Metro Jornal publica hoje a 2ª reportagem de uma série de quatro (uma por semana) sobre a geração de energias limpas no país. O tema desta edição é a energia solar.

Série

ENERGIALIMPA

BRUNNOBRUGNOLO METRO CURITIBA

Na primeira semana des-te ano, o Brasil ultrapassou a marca de 1 GW (gigawatt) em projetos de fonte solar fo-tovoltaica conectados na ma-triz elétrica, segundo levanta-mento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fo-tovoltaica). O número colo-cou o país entre os 30 maiores produtores da fonte e repre-senta potência suficiente para abastecer 500 mil residências ou 2 milhões de brasileiros.

De acordo com a associa-ção, o número é resultado do crescimento tanto do mer-cado de geração centraliza-da (usinas) quanto de geração distribuída (casas, comércios, etc – leia mais abaixo) solar fo-tovoltaica no último ano.

Apesar do crescimento e da importância do núme-ro, no ano passado a energia proveniente do sol represen-

Energia solar. Com participação ainda muito tímida, fonte infinita de energia enfim se coloca de vez como opção no mercado elétrico

Guatambu Estância do Vinho, em Dom Pedrito-RS, 100% solar | RODRIGO ALVES VIEIRA

Quinze anos ‘atrasada’, mas agora alternativa competitiva

O número de conexões de micro e minigeração de energia ultrapassou recen-temente as 20 mil insta-lações no país, de acordo com a Aneel (Agência Na-cional de Energia Elétrica). O atendimento delas, aliás, já passa de 30 mil unidades consumidoras.

Do total de 21.095 “usi-nas” geradoras de energia elétrica (dado da última sexta), a fonte disparada mais utilizada pelos consu-midores-geradores é a so-lar, com 20.930 instalações e cerca de 71% potência to-tal de 249 MW, que dá para abastecer mais de 350 mil residências.

O consumo residencial é responsável por quase 60% das conexões; já a classe co-mercial tem 35% delas.

Os três estados com mais conexões (MG – 4.517, SP – 4.043 e RS – 2.503) fazem parte dos 22 que aderiram ao convênio com o Confaz (Conselho Nacional de Po-lítica Fazendária), que isen-ta o pagamento de ICMS so-bre o excedente de energia elétrica gerada pelos siste-mas de geração distribuí-da, que se tornou possível apenas em 2012, quando a Aneel permitiu ao con-sumidor instalar peque-nos geradores em sua uni-dade consumidora e trocar

energia com a distribuido-ra local.

A isenção vale para qual-quer fonte renovável que gere até 75 kW (microge-ração)ou até 5 MW (mini-geração). Quando a energia gerada em um mês for su-perior à energia consumi-da, o consumidor fica com créditos (que valem por cin-co anos) para abater da fa-tura dos meses seguintes.

Mudança de lógicaO último [R]evolução Ener-gética, estudo publica-do em 2016 pelo Green-peace Brasil, que mostra o país com 100% de partici-pação de fontes renováveis em sua matriz até 2050, já apontava a mudança de ló-gica na atual produção, com os consumidores pro-duzindo a própria energia a partir de painéis fotovol-taicos. Na época, eram me-nos de três mil conexões.

METRO CURITIBA

Geração distribuída passa das 20 mil conexões

16,2 milresidências no país possuem micro e minigeração de energias conectadas à rede elétrica. Quase a totalidade com os painéis fotovoltaicos nos telhados

Insolação chinesa

130 GWé quanto a China – líder global de geração de energia solar – atingiu em operação no ano passado, ou seja, 130 vezes mais que o Brasil. De 2016 para 2017, foram 52 GW de incremento. Segundo a Absolar, neste ano a China deve produzir mais energia solar do que toda a energia brasileira, cerca de 160 GW.

Energia do sol usada para produção de vinhosAlém da fundamental contri-buição no desenvolvimento dos parreirais, o sol também é o responsável por todas as demais etapas de produção e armazenamento dos vi-nhos da Vinícola Guatambu, de Dom Pedrito, Rio Grande do Sul.

Desde maio de 2016, a Guatambu trabalha com energia 100% limpa, oriunda dos raios solares – é a primei-ra vinícola da América Latina a ser movida por esta fonte.

Segundo a sócia-proprie-tária e enóloga Gabriela Pöt-ter, a ideia de ter uma energia

sustentável surgiu no início da década, quando foi testada a viabilidade da energia eóli-ca em parceria com pesquisa-dores da PUC-RS. “Acabou não sendo viável, porque os ven-tos vinham mais no inverno e a nossa maior necessidade é no verão, período da safra. Então surgiu um projeto-pi-loto em 2013, com 18 painéis fotovoltaicos”, explica.

De acordo com Pötter, a radiação solar na região da Campanha Gaúcha é 40% maior do que na região mais ensolarada da Alemanha, um dos países pioneiros no uso

da energia e que chegou a ser líder mundial antes da expan-são chinesa.

Com resultado positivo, a Guatambu investiu R$ 1,5 mi-lhão em 600 painéis três anos depois, para o empreendi-mento “zerar” a conta de luz – no verão a vinícola tem pro-dução excedente, que gera créditos para uso nos meses de inverno, quando necessita de energia da distribuidora.

Segundo Pötter, a proje-ção era ter o retorno do inves-timento em sete ou oito anos, mas até pelo aumento suces-sivo do preço da energia, ele

deve vir antes. “No verão a conta era R$ 15 mil”, diz.

RepercussãoA iniciativa da Guatambu rendeu destaque com um ví-deo no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e o “Selo Solar”, concedido em agosto do ano passado pelo Institu-to Ideal (Instituto para o De-senvolvimento de Energias Alternativas na América Lati-na), com apoio do WWF-Bra-sil e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentá-vel, por meio da GIZ e KfW.

METRO CURITIBA

800 hectares com 1,2 milhão de painéis fotovoltaicos em Pirapora-MG, a maior usina do continente que irá produzir até 400 MW neste ano | RONAN ROCHA/EDF ENERGIES NOUVELLES

tou apenas 0,1% do total ge-rado, de acordo com o ONS (Operador Nacional do Siste-ma Elétrico). “Não represen-tamos nem 1%, estamos com um atraso acumulado de 15 anos, por conta de não ter ha-vido um investimento e pla-nejamento estruturado”, diz o presidente executivo da Ab-solar, Rodrigo Sauaia, que ci-tou exemplos positivos em SP, MG, GO e no Nordeste, se-

ja por isenções ou programas de incentivo e financiamento.

A recuperação do tem-po perdido, contudo, já co-meçou. Na retomada dos lei-lões do governo federal, em dezembro do ano passado, a redução do preço da energia solar surpreendeu. “Se consa-grou como uma nova alterna-tiva competitiva para o país. O recurso solar é imenso e a fonte chegou para ficar. A re-dução foi muito significativa, o preço médio caiu de R$ 297 o megawatt-hora do leilão an-terior, em novembro de 2015, para R$ 145 MW/h”, contou Sauaia. O primeiro leilão fe-deral de energia solar acon-teceu somente em novembro de 2014 – cinco anos depois da eólica, que alcançou seu 1 GW ainda em 2011.

A queda no preço pode ter, inclusive, um reflexo di-reto no aumento da contra-tação. “No PDE (Plano Dece-nal de Expansão de Energia) 2026 [publicado ano passado], o Ministério de Minas e Ener-

gia tinha um cenário de que se o custo da solar caísse 40%, aumentaria a contratação de 1 mil MW para 1,9 mil MW ao ano. Estava previsto pa-ra 2023, mas recomendamos que isto seja revisto já no PDE deste ano e ampliem o prota-gonismo da fonte na matriz elétrica nacional”, diz Sauaia.

Em 2017 as usinas repre-sentaram 85% da produção solar, e 85,5% foi no Nordeste, com destaque para a geração em Tabocas do Brejo Velho e Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e de Ribeira do Piauí, no Piauí.

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

8polêmicas do

Congresso em 2018

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Com um período de trabalho no ano ainda mais curto em função do período eleitoral, deputados e senadores voltam do recesso parlamentar na quinta-feira dispostos a afastar a sensação de paralisia. A partir de agosto, as campanhas estão autorizadas, mas a defi nição dos candidatos deixará os plenários vazios mais cedo. Câmara e Senado planejam um esforço concentrado para ter uma agenda de votações e avanças em propostas consideradas polêmicas. Confi ra algumas:

MARCELO FREITAS

Reforma tributária

A simplifica-ção da cobran-ça de impostos é um desejo anti-go da equipe eco-nômica. O proje-to em tramitação prevê que no-ve tributos sejam transformados em apenas um, o IVA (Imposto so-bre Valor Agrega-do). IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep, Cofins, salário-educação, ICMS e ISS seriam extintos. A maté-ria está numa co-missão especial.

Supersalários

A caçada aos salários acima do teto de R$ 33,8 mil estará no fo-co da Câmara. Uma co-missão especial come-çará a funcionar ainda em fevereiro e tende a criar tensão, sobretudo com o Poder Judiciário. Além de proibir o extra-teto – inclusive retiran-do regalias como auxí-lios-moradia –, uma das propostas em dis-cussão prevê o fim das férias de 60 dias para juízes.

Jogos de azar

Visto como uma alternativa para melhorar a arre-cadação do país, a regularização dos jogos de azar aguarda votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. A proposta permite a explora-ção de bingos e jogo do bicho e a implantação de cassinos integrados a pólos turísticos. A estimativa é de que o negócio, proibido no Brasil desde 1946, pode gerar R$ 20 milhões em arrecadação, dinhei-ro que seria investido em segurança pública.

Planos de saúde

Uma nova legislação para regulamentar os planos de saúde está em discussão no Congresso. A prin-cipal mudança atende os mais idosos. Pela pro-posta, o reajuste para  segurados a partir de 59 anos – que hoje, normalmente, fica com os maio-res valores de mensalidade – seria parcelado.

Cassação de mandatosSem punir ninguém em 2017, a Câmara terá três processos contra depu-tados na pauta já no re-torno do recesso. Presos na Papuda, os deputa-dos Celso Jacob (MDB--RJ) e Paulo Maluf (PP-SP) serão alvos de processo de cassação que devem ser analisados em ple-nário, em sessão aber-ta. O Conselho de Éti-ca também irá trabalhar no processo contra Lú-cio Vieira Lima (MDB), acusado de ser proprie-tário dos R$ 51 milhões encontrados em aparta-mento em Salvador.

Reforma da Previdência Prioridade do go-verno, a propos-ta tem como eixo central a fixação da idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. As discussões em ple-nário começam na próxima segunda--feira. A votação está marcada pa-ra o dia 19, mas es-tá condicionada ao sucesso do presidente Mi-chel Temer em angariar o mínimo de 308 votos necessários para aprovar. Até agora, o número não foi atingido.

Foro privilegiadoA comissão que vai discutir o fim do pri-vilégio de julgamen-to especial para au-toridades começará a funcionar já na vol-ta do recesso. O direi-to ficaria restrito aos presidentes da Repú-blica, da Câmara, do Senado e do STF (Su-premo Tribunal Fe-deral). Estima-se que em torno de 55 mil ocupantes de funções públicas tenham foro privilegiado no país hoje. O tema tam-bém está em análise em ação do STF.

Temer demonstra preocupação com falta de

votos | UESLEI MARCELINO/REUTERS

6Transporte por aplicativos

Sem consenso em 2017, a criação de regras para aplicativos de transporte – como Uber, Cabify e 99 – ficou para este ano, diante de impasse. A propos-ta da Câmara obriga, por exemplo, o uso de placas vermelhas e de licença emitida pelas prefeituras, o que praticamente inviabilizaria o serviço. O Sena-do fez mudanças, retirou exigências e obrigou ape-nas que critérios de segurança sejam adotados. O texto final depende agora dos deputados.

Motoristas de aplicativos fizeram prostetos em 2017 | MARCELO CAMARGO/ABR

Maior impacto seria no Judiciário

| FELLIPE SAMPAIO /STF

Maluf deve ter o futuro decidido

pelo plenário | RICARDO BOTELHO/

BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

Projeto quer evitar abusos nos custos da saúde privada

| ROVENA ROSA/ABR

Jogos estão proibidos no Brasil

a mais de 70 anos | WILLIAM

THOMAS CAIN/GETTY IMAGES

Pilha de processos contra autoridades iria para justiça

comum | GERVÁSIO BAPTISTA/STF

Meirelles é a favor da

mudança | FÁBIO RODRIGUES

POZZEBOM/ABR

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {BRASIL} 07|

O governador do Ceará, Ca-milo Santana (PT), deter-minou ontem a criação de uma força-tarefa para inves-tigar a chacina ocorrida em Fortaleza, no sábado, que deixou 14 mortos – a maior da história do Estado. O go-vernador se reuniu, duran-te boa parte da manhã, com integrantes da Secretaria de Segurança Pública e do Mi-nistério Público, entre ou-tras autoridades.

O ataque ocorreu em uma casa de shows de Ca-jazeiras e é atribuído a uma guerra de facções crimi-nosas. Um grupo chama-do GDE (Guardiões do Es-tado), que é ligado ao PCC (Primeiro Comando da Ca-pital), teria assumido a au-toria do crime. Por enquan-

to, no entanto, a Secretaria de Segurança evita atribuir responsáveis.

O governador pediu ‘ri-gor’ na investigação e pro-meteu dar uma “resposta firme” à chacina. Segundo o governo, a Polícia Mili-tar já identificou cinco sus-

peitos – três atuaram co-mo mandantes e dois como executores.

Outro suspeito de ter par-ticipado da execução foi pre-so nos arredores da boate, ainda no sábado, portando um fuzil.

VítimasA chacina ocorreu na ma-drugada de sábado, em uma casa de shows conhecida co-mo ‘Forró do Gago’. Um gru-po armado desembarcou de um veículo e abriu fogo con-tra as pessoas no local. En-tre os 14 mortos, oito eram mulheres.

Segundo boletim médi-co divulgado na noite de on-tem, quatro dos sobreviven-tes da chacina passavam por cirurgia e seguiriam interna-

Guerra de facções. Após 14 pessoas morrerem em ataque a uma casa de shows em Cajazeiras, no sábado, governador do Estado, Camilo Santana, diz que identificou cinco suspeitos. OAB-CE pede intervenção federal e teme mais mortes

PCC assume chacina; Ceará terá força-tarefa

Casa de shows é conhecida pelo nome ‘Forró do Gago’ e foi alvo de ataque no sábado | DIVULGAÇÃO/SINPOL/CE

Garçom morre em tiroteio no Rio

Samuel Ferreira Coelho não resistiu aos ferimentos | REPRODUÇÃO/BANDNEWS FM

Policiais realizaram bus-cas em comunidades da zo-na norte do Rio de Janeiro, ontem, para tentar locali-zar os suspeitos de matar um garçom na noite de sá-bado. Samuel Ferreira Coe-lho, 24 anos, foi baleado no peito após uma perse-guição policial a bandidos na Tijuca, na zona norte,

no fim da noite de sábado. O funcionário do Bar

Pinto, na rua Conde de Bonfim, não resistiu aos ferimentos. Dois policiais militares e uma mulher, que estava no carro de um aplicativo de transportes, ficaram feridos.

O tumulto foi ainda maior por conta de um

bloco que ocorria a poucos metros do local do crime. Um carro foi perfurado por 17 tiros durante o confron-to, mas as duas mulheres que estavam no automó-vel conseguiram se salvar. Os criminosos fugiram em veículos roubados.

O comboio pretendia entrar no morro da Formi-

ga, na mesma região. Os fe-ridos foram levados para o Hospital da Polícia Militar e para o Hospital Federal do Andaraí, na zona norte. O caso é investigado pela 19ª DP, na Barra da Tijuca.

Policial é baleado No Engenho Novo, tam-bém na zona norte da cida-

de, um PM da UPP (Unida-de de Polícia Pacificadora) do morro São João foi ba-leado durante uma blitz na rua Barão do Bom Re-tiro, na manhã de ontem. O agente foi levado para o Hospital Municipal Salga-do Filho, no Méier, onde foi submetido a uma cirur-gia. METRO RIO

“Nas próximas horas, nós vamos dar uma resposta firme em relação a quem cometeu [a chacina]. É inaceitável o fato corrido, e as pessoas serão punidas com o rigor da lei”

CAMILO SANTANA (PT), GOVERNADOR

DO CEARÁ

Os cinco anos da tragédia na boate Kiss, em Santa Ma-ria, onde um incêndio ma-tou 242 pessoas e feriu 636, foi lembrado com uma série de homenagens, no sábado. Em memória às vítimas, foi celebrado um culto ecu-mênico. Sinos de igrejas fo-ram tocados e balões soltos. Em frente ao local do incên-dio, velas foram acesas em uma vigília da qual partici-param amigos e familiares das vítimas.

Irá Mourão Beuren per-deu o filho Silvio no in-cêndio. Desde então, o 27 de janeiro nunca mais foi o mesmo. Saudades e es-perança por um reencon-tro são os sentimentos que tomam conta de seu cora-ção. Até o momento, nin-guém foi condenado crimi-nalmente. Os quatro réus, dois sócios da casa noturna e dois músicos, aguardam julgamento em liberdade.

RÁDIO BANDEIRANTES

Kiss. Familiares lembram 242 vítimas de tragédia

Sábado foi de vigília no local do incêndio | EVANDRO STURM/FUTURA PRESS

Helicóptero cai na BarraNa manhã de ontem, um helicóptero caiu na altura da avenida Embaixador Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, na zona oeste. O piloto Alexandre de Araújo, 44 anos, ficou ferido. Após ser atendido no local, ele foi liberado. | REPRODUÇÃO/BANDNEWS FM

das em estado de saúde de-licado. Outros cinco recebe-ram alta.

OAB pede intervençãoA seccional da OAB (Ordem dos Advogados) do Brasil no Ceará quer pedir interven-ção federal no Estado. Uma

reunião do conselho es-tá marcada para quarta-fei-ra, quando o assunto será discutido.

A OAB teme retaliações e diz que já existem informa-ções de uma revanche, pla-nejada pela facção inimiga, o CV (Comando Vermelho).

“Estamos vivendo um co-lapso na segurança públi-ca, situação que se repete no interior do estado, com a presença do crime orga-nizado desafiando o poder estatal”, diz um comunica-do divulgado pela entidade.

METRO BRASÍLIA

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 08| {ECONOMIA}

Os chocolates continuam doces e redondos, mas o apelo para ganhar o gosto do consumidor nesta Pás-coa ganha mais tecnologia.

Os ovos chegam oficial-mente às prateleiras dos su-permercados apenas após a Quarta-Feira de Cinzas, em 14 de fevereiro. Mas uma feira realizada na semana passada em São Paulo pela Abicab (Associação Brasilei-ra da Indústria de Chocola-tes, Cacau, Amendoim, Ba-las e Derivados) apresentou as novidades para a Páscoa e as projeções do mercado. A data será comemorada em 1º de abril neste ano.

A Lacta, maior produtora do mercado, aposta em ovos para o público infantil com aplicativo próprio e senhas para destravar funções co-

mo filtros para fotos e sinte-tizadores de voz. Já a Nestlé, que no ano passado relan-çou o Surpresa, sucesso com dinossauros da década de 1990, traz desta vez fones de ouvido com bluetooth para os novos adolescentes.

Ao todo serão 130 lança-mentos apresentados pelas principais marcas, que abu-sam de luzes, cores e perso-nagens licenciados focados principalmente nas crianças.

Os fãs de chocolate devem se preparar para preços sal-gados. A expectativa das mar-cas é trazer produtos com va-lores até 8% mais altos que no ano passado, índice maior que a inflação oficial medida em 2017, de 2,95%.

“Cacau e manteiga, prin-cipais ingredientes do choco-late, tiveram aumento maior

que a inflação. Mas nem to-dos os produtos terão este reajuste”, explica a gerente de marketing do Grupo CRM, detentor das marcas Kope-nhagen e Chocolates Brasil Cacau, Maricy Gattai.

É a Kopenhagen quem

traz para esta Páscoa o item mais caro entre as grandes marcas. O ovo especial pa-ra os 90 anos da marca tem cinco quilos de chocolate ao leite e bombons sortidos e sairá por R$ 1,1 mil.

Mas se seu bolso pede

opções bem mais modes-tas, pode manter a calma. As fabricantes continuam a investir em produtos pe-quenos e preços bem mais baixos, como os miniovos da Nestlé e o kit com três bombons da Ferrero Ro-cher, por R$ 9,90 cada um.

“As empresas aprende-ram com a crise. Hoje te-mos opções tanto para quem tem menos poder aquisitivo como para quem busca presentes especiais. É possível ver também que o consumidor aprendeu a gostar de algumas marcas e tem buscado esse produto”, afirma o vice-presidente da Abicab, Afonso Champi.

Páscoa. Consumidor deve encontrar valores até 8% mais altos. Supermercados recebem o tradicional doce a partir da Quarta-Feira de Cinzas

2017 teve a menor produção dos últimos três anos | DÁRIO OLIVEIRA / FOLHAPRESS

Ovos chegam mais tecnológicos e a preços que vão a R$ 1,1 mil

VANESSASELICANI METRO ABC

Três anos de queda

A produção de ovos de Páscoa tem declinado no país. Em 2017, foram 9 mil toneladas de choco-late para a data, cerca de 36 milhões de ovos, a pior marca em três anos. Fo-ram 14,3 mil toneladas e 58 milhões de ovos em 2016 e 19,7 mil toneladas e 80 milhões de ovos em 2015. “Estamos otimistas. Sabemos que os índices econômicos deram sinais de recuperação”, disse o presidente da Abicab, Ubi-racy Fonseca. METRO

Chocolate

Os gastos de brasileiros no exterior em viagens chega-ram a US$ 19 bilhões em 2017, segundo o BC (Ban-co Central). A despesa é a maior desde 2014, quando foram gastos em viagens ao exterior US$ 25,5 bilhões. Em relação a 2016 (US$ 14,5 bilhões), o crescimento foi de 31% em um ano.

As receitas, ou seja, os gastos de estrangeiros em viagens para o Brasil foram de US$ 5,8 bilhões, montan-te menor que os gastos dos

brasileiros lá fora. Com is-so, o saldo em viagens ficou negativo no ano passado, chegando a um deficit de US$ 13,2 bilhões.

Um dos fatores que favo-receram ao resultado do ano passado está a maior estabi-lidade do dólar, tornando mais previsível o custo das viagens ao exterior. A moe-da norte-americana come-çou 2017 cotada a R$ 3,28 e fechou o ano em R$ 3,31 – variação muito pequena, de apenas 0,9%. METRO

Turismo. Gastos lá fora crescem 31% em um ano

VIAJAR É MAISBrasileiros voltam a gastar no exterior, em US$ bilhões

F���E : BANCO CENTRAL DO BRASIL

0.00.0

7.5

15.0

22.5

30.0

20172016201520142013201220112010

15,9

20,822

25 25,5

17,3

14,5

19

Previdência: empresários querem a reforma

Costa: para presidente da CNDL, é

algo inevitável | REPRODUÇÃO

Pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) com líde-res empresariais dos setores de comércio e serviços reve-la que 66% dos entrevistados apoiam a reforma da previ-dência. Para 27%, a reforma não é importante, ao passo que 7% não têm opinião for-mada a respeito.

De modo geral, as mu-danças recentes na política econômica do governo são consideradas importantes

para 79% dos empresários consultados, contra 13% que rejeitam a importância des-sas ações.

Os que defendem que o próximo presidente dê conti-nuidade à agenda de mudan-

ças na condução da economia formam 75% dos empresá-rios, ainda que 70% conside-rem necessário algum tipo de correção nas medidas.

“A evolução da situação demográfica brasileira e o orçamento deficitário pú-blico agravado nos últimos anos já influenciam a opi-nião pública de que o Brasil terá de fazer mudanças pro-fundas, duras e necessárias. A reforma da previdência é algo inevitável”, diz o presi-dente da CNDL, José César da Costa. METRO

66%dos líderes empresariais consultados pela pesquisa em todo o Brasil disseram considerar importante a mudança

Empresas excluídas têm até quarta para acerto

As micro e pequenas empresas excluídas em 1º de janeiro do Simples Nacional, regime espe-cial de tributação, têm até a próxima quarta-fei-ra, dia 31, para acerta-rem as contas e pedirem a reinclusão no progra-ma. De acordo com a Re-ceita Federal, não haverá prorrogação do prazo de adesão ao regime para empresas que estão em atividade. METRO

Clássico

Lego completa 60 anos sem mudar formato original

A empresa Lego, dos blo-quinhos coloridos para montar, completou on-tem 60 anos. Criada na Dinamarca por Ole Kirk Kristiansen, foi fundada em 1932, mas só lançou seus primeiros blocos no formato que conhe-cemos hoje em 1958. Fo-ram anos de pesquisa para que os blocos che-gassem ao design con-siderado perfeito. METRO

Cai percentual de cheques sem fundo em 2017

Em 2017, o número de cheques devolvidos (se-gunda devolução por fal-ta de fundos) em relação ao total de cheques mo-vimentados foi de 1,96%, registrando considerável redução em relação ao ano anterior (-0,34 pon-to percentual). Na com-paração mensal, em de-zembro o percentual de cheques devolvidos so-bre os movimentados foi de 1,92%. METRO

Commodities

Colheita de soja avança 3,8% da área total

A colheita de soja da sa-fra 2017/18 no Brasil avançou para 3,8% da área total estimada até a última quinta-feira, abaixo dos 4,3% de um ano atrás, mas acima dos 2,9% da média de cinco anos. A primeira colheita do milho, a chamada “ve-rão”, totalizava 5,3% do total da área, ante 3,4% há um ano e 4,6% na mé-dia recente. METRO

Moeda Simples

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {MUNDO} 09|

Doze regiões administrati-vas da França decretaram ontem o terceiro estado de alerta, numa escala de qua-tro, por causa da grande quantidade de chuva que desaba em boa parte do país. Na capital, Paris, era esperado que as águas do rio Sena, que corta a cida-de, atingissem até 6,20 me-tros na noite de ontem ou na manhã de hoje. Quase 1,5 mil pessoas foram eva-cuadas neste fim de sema-na de suas casas na região da capital.

As águas transbordan-tes já tomaram passarelas

ribeirinhas em Paris e le-varam o mundialmente fa-moso museu do Louvre a fe-char uma exibição de arte islâmica em seu subsolo. Os serviços de barcos turísticos “Bateaux Mouches” de Paris foram suspensos devido à altura das águas, enquanto cisnes foram vistos nadan-do onde normalmente ha-via calçadões. Ratos acaba-ram forçados a correr para as ruas da cidade para não se afogarem.

Segundo o serviço me-teorológico Météo France, a “excepcional” quantidade de chuva registrada entre 1º

de dezembro e 21 de janei-ro na capital francesa foi o dobro do normal. A descida das águas deve demorar, e o Sena seguirá em níveis al-tos por vários dias após o pi-co de inundação desse últi-mo fim de semana. As águas subterrâneas e os lagos de armazenamento estão mui-to próximos da saturação.

Esta cheia do Sena lem-bra as inundações que ocor-reram em maio e junho de 2016, que provocaram a morte de duas pessoas e prejuízos no valor de € 1 bi-lhão somente na região de Paris. METRO

Paris. Museu do Louvre fecha exposição, cisnes surgem nadando onde havia calçadas e ratos invadem as ruas para não se afogarem

Ruas de Paris são inundadas pelo rio Sena

Homem pesca

em local onde

está submerso

calçadão da

margem direita

do rio Sena

PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS

REUTERSDIVULGAÇÃO/PANORAMIO

Estátua do soldado Zouave, na Pont de l ‘Alma,

antes da enchente...

...e neste

fim de semana

Protesto contra Putin em Moscou e prisão de Navalny (dest.) | N. ISAYEV / REUTERS

O ex-presidente da Catalu-nha Carles Puigdemont, in-dicado para assumir nova-mente o cargo, deve entrar na Justiça para solicitar uma permissão para retor-nar à Espanha e tomar pos-se, informou ontem a agên-cia de notícias “Ansa”.

Atualmente, ele está em exílio em Bruxelas, na Bélgi-ca, por conta de um manda-do de prisão por “rebelião” expedido a pedido do go-verno de Madri. No entan-to, mesmo com as ações do governo contra ele, seu par-tido foi o mais votado nas eleições de dezembro, o que fez com que o presidente do Parlamento, Roger Torrent, o indicasse para liderar a Catalunha novamente.

A notícia do pedido vem menos de 24 horas depois de a Corte Constitucional da Espanha decidir suspen-der a posse do líder catalão, ao menos que ele retorne para o país e receba a auto-rização de um juiz do Tribu-nal Supremo.

A queda de braço en-tre Espanha e Catalunha se acirrou desde a convocação de um referendo em prol da independência, em setem-bro do ano passado. METRO

Espanha. Puigdemont vai à Justiça por posse, informa agência

A polícia russa deteve on-tem o líder de oposição Ale-xei Navalny, momentos após ele aparecer em um protesto e pedir aos eleitores que boi-cotassem o que afirma que será uma eleição presiden-cial fraudada em março.

Vídeos postados em re-des sociais mostram que Navalny apareceu na prin-cipal via de Moscou, a pou-cas centenas de metros do Kremlin, para se juntar a várias centenas de adeptos que participavam de um protesto que as autoridades disseram ser ilegal.

Ele havia andado apenas

poucos metros quando foi cercado por policiais que vestiam capacetes e o derru-baram no chão, arrastando--o depois para dentro de um carro policial. Navalny tem sido barrado de participar da campanha eleitoral, na qual as pesquisas mostram que o atual presidente, Vla-dimir Putin, deverá vencer.

Horas após ser detido, Na-valny foi solto, segundo seu advogado. O governo diz que ele fomenta raiva social e que as eleições deste ano se-rão justas. Putin está no po-der desde 2000 e, se for ree-leito, ficará até 2024. METRO

Rússia. Principal opositor de Putin é detido em protesto

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 10| {CULTURA}

2CULTURA

A cantora Marcella, que está entre as novas vozes curitiba-na a se lançarem na carreira musical, dá nova roupagem ao single “Blow Out”, divul-gado no final do ano passa-do. A música “Blow Out” ga-nhou um novo videoclipe na semana que passou com um remix.

A primeira versão do sin-gle beirava tranquilidade e le-veza, vibe que sofreu uma re-viravolta ao cair nas mãos da dupla de produtores Pedro Dash e Dan Valbusa, o Seak-ret, conhecido por conduzir um trabalho focado na mistu-ra de pop, trap e hip hop.

A releitura do vídeo, que traz uma pegada indie pop, constrói um ambiente galác-tico que mescla jogos de luz e sombra, prata e muito bri-lho. Ao som da melódica voz de Marcella, “Blow Out” le-va os internautas a viajarem por um universo psicodélico que traça uma harmonia en-tre corpo, luzes, imagens e batida.

Em entrevista ao Metro Jornal, a artista curitibana contou que o ritmo mais ba-dalado sempre lhe agradou. “Eu sempre curti mais essa pegada eletrônica por conta do que o meu pai escutava

em casa, e desde que come-cei a fazer o disco eu sem-pre soube que faria remixes das músicas depois de lança-das. Apesar do meu álbum ser muito tranquilo e leve, eu também sou uma pessoa que curte muito balada, então eu também quis fazer uma ver-são que desse para dançar”.

A música “Blow Out”, composta por Conde Balta-zar, marca apenas o primei-ro dos vários lançamentos do álbum de Marcella, disco que traz 7 faixas (sendo duas au-torais), metade em inglês e metade em português. “Op-

tei por também cantar em in-glês porque morei no exte-rior durante 4 anos, os meus estudos sempre foram em in-glês e dos 16 aos 20 anos es-tudei em escola americana, então quis fazer músicas em inglês para que os meus ami-gos de fora também pudes-sem ouvi-las”, contou ela.

Marcella também falou um pouco sobre a repercus-são do remix de “Blout Out”. “Pela roupagem da música ser bem mais pop e mains-tream, talvez a repercussão do remix seja bem maior do que teve a versão origi-

nal. Logo que ela foi lança-da, foi uma surpresa para to-do mundo, porque muito da produção do álbum eu man-tive para mim, então nin-guém esperava que fosse sur-gir algo tão profissional. A repercussão foi muito boa e é muito bacana ver que as pessoas curtiram a música e ver que ela toca em vários lugares”.

O próximo single será lan-çado no começo de março e vai trazer um novo videocli-pe, enquanto o álbum com-pleto, cujo nome ainda está em definiçao, tem previsão

de lançamento para o come-ço de abril.

Aos 24 anos, a composito-ra herdou do pai o gosto pelo gênero eletrônico e carrega como fortes influências para o seu trabalho as artistas in-ternacionais Lorde e Lana Del Rey e a brasileira Céu.

FormaçãoFoi por meio de aulas de tea-tro que Marcella deixou a ti-midez de lado e se abriu pa-ra um outro campo artístico: a música. Não que o conta-to com essa arte ainda não houvesse acontecido: a can-tora teve a infância marcada por aulas de guitarra, piano, teclado e as de canto, que a acompanham até hoje.

Marcella já soltava a voz em vídeos no Instagram e também cantava em eventos pela cidade quando conhe-ceu o seu produtor Maycon Ananias, em 2015, e foi a par-tir daí que começou a elabo-ração do seu primeiro traba-lho musical.

O single “Blow Out” está disponível em todas as pla-taformas de música digital, e a versão remixada pode ser acessada pelo link https://youtu.be/M089PENUuNE.

METRO CURITIBA

Música. Após lançar a sua canção de estreia em outubro de 2017, curitibana Marcella retorna à cena em parceria com o duo Seakret. Juntos, dão novo tom ao vídeo de ‘Blow Out’. Álbum completo deve vir em abril

Após lançar ‘Blow Out’, em outubro de 2017, Marcella volta com versão remix do single de lançamento | HENRIQUE THOMS

‘Blow Out’ ganha remix e abre caminho para álbum

Depois de invadir o YouTu-be com as onomatopeias fo-fas do projeto Mônica Toy, a Mauricio de Sousa Produ-ções promete encantar uma nova leva de fãs com “Bidu-zidos”, que acaba de ser lan-çado no canal youtube.com/turmadamonicaTV.

Tal como sua antecessora, a nova websérie animada se-rá composta por vídeos cur-tos e sem falas. Os protago-nistas da vez, no entanto, são os mascotes da turminha do bairro do Limoeiro.

A cada 15 dias será lança-do um capítulo diferente que tenta imaginar o cotidiano divertido dos cãezinhos Bi-du, Floquinho e Chovinista, do gato Mingau e da galinha Giselda.

A ideia é atender um pú-blico cada vez mais envol-

vido com o universo pet ao mesmo tempo em que os ani-madores poderão explorar as personalidades dos persona-gens, em geral relegados a coadjuvantes das histórias principais.

A primeira história já está no ar. “Hora do Banho” mos-tra como cada um dos masco-tes se relaciona com a água.

METRO

‘Biduzidos’ terá lançamentos

quinzenais | DIVULGAÇÃO

YouTube. Mascotes da Turma da Mônica ganham animação

Você já se imaginou no país das maravilhas de Alice? Ou talvez dentro de uma pintu-ra surrealista de Salvador Da-lí? Porque é assim que você vai se sentir dentro da “Hou-se of Eternal Return” (Casa do Eterno Retorno, em tradução livre), primeira mostra per-manente do museu da com-panhia de arte Meow Wolf, em Santa Fé, nos EUA.

Tudo começa com um mistério: a casa onde fica a exibição pertenceu à famí-lia Selig, que desapareceu sem deixar rastros. Assim, o papel dos visitantes é ex-plorar, em qualquer ordem, o local ao máximo, atrás de pistas e interagindo com a exposição, para descobrir o que aconteceu. Isso significa

encontrar passagens secre-tas, desvendar objetos pes-soais dos antigos moradores, passar por diversos cômo-dos, analisar objetos e ou-

tras obras interativas, e mui-to mais.

Nessa brincadeira, que promete divertir a família to-da, não existe certo ou erra-do, nem uma resposta defi-nitiva para o mistério (criado) dos Selig.

As obras – visuais, sonoras e táteis – que compõem a ins-talação foram todas criadas por membros da Meow Wolf, que usam tecnologia para fa-zer sua arte.

Para eles, a casa pretende criar uma narrativa de imer-são dentro de uma instalação de arte interativa, oferecendo uma experiência diferente de qualquer outra. Veja mais de-talhes das atrações no site do museu: www.meowwolf.com. METRO

Um museu muito diferente nos Estados Unidos

Não existe ordem para explorar o

museu | KATE RUSSELL/MEOW WOLFF

Mort Walker

Morre

criador do

‘Recruta Zero’

O cartunista Mort Walker,

criador da tirinha “Recruta

Zero”, morreu no último

sábado aos 94 anos,

em sua casa, em Stamford,

Connecticut (EUA).

O presidente da Sociedade

Nacional de Cartunistas

dos Estados Unidos, Bill

Morrison, disse ao jornal

“The Washington Post”

que a causa da morte

foi pneumonia.

O personagem é um

recruta preguiçoso do

Exército que sempre

encontra uma forma

de driblar o trabalho.

A estreia foi em 1950 e, ao

longo dos anos, a tirinha

alcançou 200 milhões de

leitores, sendo publicada

em mais de 1,8 mil jornais

de mais de 50 países,

incluindo o Brasil.

A tirinha continuará a ser

produzida, segundo o

“Washigton Post”.

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {CULTURA} 11|

O 35a Oficina de Músi-ca de Curitiba continua a todo vapor por vários espaços da capital para-naense e com uma progra-mação gratuita, de estilos variados.

O tradicional evento, que teve início no último sábado, proporciona ho-je 4 opções de apresenta-ções musicais para quem quer dar início à semana ao som de boa música.

Às 18h30, os amantes do gênero podem confe-rir uma roda de samba no Memorial de Curitiba, na Praça Iguaçu. O evento se-rá aberto para quem qui-ser participar e vai reviver os clássicos do samba na companhia do convidado Ricardo Salmazo, que vai embalar a roda com voz e pandeiro.

Também hoje, às 20h, o grupo de coro masculino Ottava Bassa leva à Capela Santa Maria o espetáculo “Momentos”, que traz um repertório especial.

Com elementos cênicos e performáticos, o concer-to reúne obras de diferen-tes estilos e épocas, como “Pacem”, de Lee Dengler, “Hallelujah” de Lelonard Cohen, “Pie Jesu” de An-drew lloyd Webber, e “Ave Maria”, de Julio Caccini. Os ingressos variam entre R$10 e R$20 na bilheteria do local.

No mesmo horário, às 20h, o Quarteto Hé-lio Brandão se apresenta no bar O Pensador com o show “Open Jam”, que traz ao público um repertório refinado de jazz ao som de saxofone, piano, baixo,

guitarra e bateria. A entra-da custa R$10.

E, por fim, hoje às 21h, o Spok Quinteto, forma-do pelo maestro Spok e o baterista Adelson Silva, o violista Renato Bandeira, o sanfoneiro Beto Hortís e o baixista Hélio Silva, sobe ao palco do Guairão.

No concerto, o gru-po executa um repertó-rio formado por diversos estilos musicais, que pas-sa por choro, baião, ma-racatu, caboclinho, ciran-da e frevo de rua, canção e de bloco. Os ingressos pa-ra o show variam de R$6 a R$36 e podem ser adquiri-dos pelo Disk Ingrsessos.

Mais informações so-bre os concertos estão disponíveis no site www.oficinademusica.org.br/.

METRO CURITIBA

Música. Programação da 35a Oficina de Música de Curitiba segue promovendo concertos e encontros musicais gratuitos pela cidade

Grupo de coro masculino Ottava Bassa é uma das atrações da 35a Oficina de Música desta segunda | DIVULGAÇÃO

Espetáculos da Oficina embalam início da semana

1 3 52 4 6

O mercado de games promete novidades animadoras durante todo este ano, que vão desde continuações de franquias de sucesso a novas apostas. Confi ra os seis jogos mais aguardados pela equipe do Metro Jornal

METRO INTERNACIONAL

Prepare-se para a jogatina

‘Sea of Thieves’

Produzida pela Rare, a bem-humorada aventura 3D exclusiva para Xbox One e PC aposta no uni-verso dos piratas para propor um divertido jogo de ação cooperativa no qual os participantes par-tem em uma busca épica por tesouros secretos en-quanto se metem em ba-talhas navais.Quando sai? Dia 20/3.

‘God of War’

Kratos está de volta, e es-ta será uma ótima chan-ce para mudar a mecâni-ca da popular série como a conhecemos. Depois de eliminar os deuses do Olimpo, o deus da guer-ra deixa a Grécia e ago-ra cruza pelos nove rei-nos da mitologia nórdica com seu filho, Atreus.Quando sai? No primeiro quadrimestre do ano.

‘Dragon Ball FighterZ’Goku e companhia es-tão de volta aos conso-les com um novo jogo de luta. Com uma esté-tica idêntica à do ani-me que lhe deu ori-gem, o novo game pretende contar uma nova história desses guerreiros a partir de batalhas espetaculares. Lançado na sexta, 26/1.

‘Detroit: Become Human’O game promete uma grande história inte-rativa na qual vamos aprender mais sobre a evolução dos androi-des em um futuro não tão distante. Os perso-nagens Kara, Connor e Markus vão mostrar as-pectos diferentes de co-mo é ser um robô.Quando sai? A confi rmar.

‘A Way Out’

Prepare-se para dividir a tela com um amigo pa-ra controlar os persona-gens Leo e Vincent, dois prisioneiros que preci-sam trabalhar juntos pa-ra escapar da prisão e das autoridades. Seja em modo individual ou mul-tiplayer, o jogo traz me-cânica e narrativa como há muito não se via.Quando sai? Dia 23/3.

‘Red Dead Redemption 2’

Rockstar Games nos le-va de volta ao Velho Oeste neste game que será um prólogo do anterior. Uma das poucas notícias co-nhecidas até agora é que os jogadores poderão con-trolar Arthur Morgan, fo-ra da lei integrante da gangue de Van der Linde.Quando sai? No primeiro quadrimestre do ano.

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018www.metrojornal.com.br 12| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Trump no Fórum EconômicoO mundo inteiro esperou por sua fa-la no World Economic Forum em Da-vos, na Suíça, mas o que se viu mesmo foi que ele só pensa naquilo, America First. Falou da reforma tributária, do aumento das bolsas em 30% em 2017 e das regulamentações que fez, o que ne-nhum outro presidente americano fez até hoje. Só não falou que os america-nos ricos que se beneficiaram com a re-dução de impostos. As aplicações nas bolsas de valores de Wall Street produ-ziram mais 65 bilionários, e os ameri-canos pobres não têm nenhum acesso a esses recursos, eles continuam esque-cidos e pobres, e o que é pior, sem o Obamacare, que é a assistência de saú-de que foi cortada pelo America First. A grande pergunta que revolucionaria e valorizaria todos os participantes do Fórum Econômico Mundial deveria ser com reação ao Acordo do Clima de Pa-ris, mas o Mr. Swchab amarelou, prefe-riu perguntar a respeito de sua forma de lidar com o dinheiro e o capital es-peculativo de suas empresas imobiliá-rias e seus cassinos não tão rentáveis. Esse é o mundo hoje, e pelo jeito vai continuar como está, e os USA ficarão mais isolados, porque acham que domi-nam tudo.JOSÉ PEDRO NAISSER - CURITIBA - PR

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Os invasores

Cruzadas

O momento é de compreensão na forma de vivenciar padrões e velhos costumes, sejam os seus ou o que

outras pessoas preservam.

Despertará maior interesse por estudos, atividades culturais e entretenimentos que preencham a

mente e sua rotina.

Cuide para não ser tomado por impulsos consumistas. Período importante para decisões

relacionadas a temas materiais.

Tendências a mais impulsos no esclarecimento de assuntos que envolvam relacionamentos. Pondere

com o jeito de se expressar.

Período indicado para reflexões sobre seu comportamento e mesmo para exercitar mais as suas crenças.

Interrompa desgastes na rotina.

Seja mais paciente com diferenças de opiniões, especialmente com questões

profissionais e nas amizades. Parcerias tomarão atenção.

Momento para tratar assuntos financeiros com moderação, especialmente para evitar impulsos

consumistas. Repense as suas despesas.

Novos interesses marcarão o setor profissional e trarão oportunidades para uma nova fase. Cuide para

não sobrecarregar seu ritmo.

Atitudes diferentes marcarão sua postura nas relações sociais. Também é um momento especial

para declarações afetivas.

O empenho a temas que envolvam grupos será mais intenso. Período para atenção com atitudes

individualistas diante das amizades.

Hoje a perseverança será chave para tratar assuntos e, principalmente, para lidar com

algumas convivências. Use a diplomacia.

Decisões que envolvam crenças, ideologias e temas culturais tendem a tomar sua atenção.

Modere nas expectativas diante das relações.

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

[email protected]: Guilherme Salviano

Nesses dias de calorão, não só nós ficamos incomoda-dos. Os bichinhos também sentem e precisam de al-guns cuidados especiais.

Assim como ninguém gosta de vestir casaco no verão, os bichinhos, que já nasceram “agasalhados” sofrem mais nos dias quen-tes. Então, providencie uma tosa, ao menos a higiênica, para seu pet agora mesmo. Banhos também são indi-cados uma vez por semana. A recomendação é lavá--los com água em tempera-tura ambiente e xampu es-pecial para pets, neutro e hipoalergênico.

E a veterinária Cibele Er-reiras Ruiz lembra que, por mais que pareça óbvio, mui-tos tutores se esquecem de que durante o verão é co-mum que os animais, prin-cipalmente os mais pelu-dos, fiquem desidratados.

A hidratação é essencial, avisa a veterinária. A dica é espalhar vasilhas de água pela casa, assim o cachor-ro será incentivado a matar a sede, e quando quiser. “O ideal é manter a água sem-pre fresca e limpa, mas se você ficar fora por muito tempo faça a troca ao me-nos duas vezes por dia e mantenha os potes na som-bra”, orienta Cibele.

Se for levar o seu bichi-nho para se exercitar, evi-te o horário entre 10 da ma-nhã e 17 horas. Locais com árvores, sombra, piso frio ou grama, são os mais reco-mendados. O asfalto quente pode queimar as patinhas do cachorro. A veterinária indica que o dono verifique todos esses detalhes antes de sair de casa.

E, claro, não se esqueça do protetor solar. Mas não só para você, existem fil-tros solares específicos pa-ra os animais. “A recomen-dação é aplicar nas partes menos cobertas por pelos, como pontas da orelha, bar-riga e nariz, principalmente em animais de pelo curto, pelagem branca ou de mu-cosas claras”, aconselha a veterinária. E atenção: não aplique o protetor solar pa-ra humanos em seu pet, po-de intoxicá-lo!

É comum, durante o ve-rão, que os animais percam o apetite e por isso comam menos. Mas não é um moti-vo para se preocupar, você pode oferecer mais porções de comida por dia para ver se ele anima em comer um pouco mais. Uma sugestão de alimento são as frutas frescas, como melão e me-lancia que contém alto teor de água. METRO

Que calor do cão!Verão. Aprenda maneiras de proteger seu cachorro das altas temperaturas

É indicado aplicar nos cachorros remédios antipulgas e anticarrapatos a cada 30 dias

Sudoku

Soluções

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 14| {ESPORTE}

3ESPORTE

MMA

Jacaré nocauteia no primeiro round

A luta principal do UFC Charlotte foi entre Ronal-do “Jacaré” e Derek Brun-son. E o brasileiro não de-cepcionou, aplicando um nocaute no rival ainda no round inicial. Com a vi-tória, ele deve disputar o cinturão dos pesos médios (até 84kg). METRO

Roger Federer, número dois do mundo, teve que encarar uma grande batalha, mas se-gurou o mental, derrotou o croata Marin Cilic, sexto co-locado, e conquistou pela sexta vez o Aberto da Austrá-lia, primeiro Grand Slam da temporada. O natural da Ba-sileia marcou 3 sets a 2 no rival com parciais de 6/2 6/7 (7/5) 6/3 3/6 6/1 após 3h02 de duração na Rod Laver Arena.

A final foi uma reedição de Wimbledon quando Fe-derer passeou. Ele bateu Ci-lic pela nona vez em dez jo-gos. O croata segue com um Slam no currículo no Aberto dos Estados Unidos em 2014, na única vez em que bateu Federer na semifinal.

Federer segue ampliando suas marcas no tênis. Cam-

peão em 2004, 2006, 2007, 2010 e 2017, ergue seu sex-to troféu no torneio igualan-do Novak Djokovic e é o pri-meiro a atingir a casa dos 20 Grand Slams. O suíço de 36 anos ergue também seu 96º troféu em 145 finais.

O jogoEnquanto Cilic entrou ner-voso para a final, Federer imprimiu um forte ritmo, perdeu apenas dois pontos no saque, quebrou duas ve-zes e, avassalador, marcou 6/2 em 24 minutos, um pas-seio na primeira etapa.

No segundo set o croata relaxou, se soltou e apesar de games apertados foi fa-zendo seu serviço. Pressio-nou no décimo game, teve set-point, mas Roger se safou

e levou ao tie-break. Federer abriu uma miniquebra, mas Marin logo recuperou e fez 6 a 4 com winner de forehand e aproveitou a chance com bom smash fechando por 7/6 (7/5). Fez apenas um pon-to a mais que o suíço na par-cial, 47 a 46.

Federer pressionou na de-volução e aproveitou um ga-me ruim de Cilic para con-seguir a quebra, abrir 5/2 com facilidade e fechar por 6/3 em 29 minutos. Mostrou tranquilidade após Cilic em-patar no set anterior.

No quarto set Cilic se-guiu cambaleando diante de um confiante Federer. O suí-ço abriu 2/0, teve break-point apos dupla-falta de Cilic pa-ra ampliar, mas o croata se salvou e conseguiu devolver

a quebra em um game ruim de Federer com erros e dupla--falta. O croata virou para 4/3, teve um 15/40, errou devolu-ções, Roger teve vantagem, mas foi quebrado com pontos incríveis e winners de Marin. O tenista dos balcãs não des-perdiçou, sacou bem e fechou por 6/3 levando ao quinto.

Cilic começou o set com break-point, mas Roger se segurou, vibrou ao confir-mar e quebrou em seguida. Ele teve outro game proble-mático, mas após muita lu-ta confirmou e novamente vibrou abrindo 3/0 e a par-tir daí, o saque de Roger fun-cionou e ele conseguiu nova quebra com erro na direita do croata. Abriu 5/1 e levou o troféu com belo saque aber-to. METRO COM BAND

Federer chegou ao seu 20º título de Grand Slams | EDGAR SU/REUTERS

O hexa veio

Aberto da Austrália. Federer bateu Cilic por 3 sets a 2 na decisão e igualou Djokovic, com seis troféus no torneio

O goleiro Wallace, reserva do Guarani no Campeona-to Paulista da Série A-2, fa-leceu em um acidente de veículos na Rodovia dos Bandeirantes, próximo à ci-dade de Limeira.

O veículo de Wallace ca-potou. Um helicóptero da Polícia Militar chegou ao lo-cal 30 minutos após o aci-dente, ocorrido por volta das 14h de sábado, mas o goleiro já estava morto. O ir-mão dele, que também esta-va no veículo, foi socorrido com vida. Ambos estavam indo visitar parentes em Ri-beirão Preto. METRO

Tragédia. Goleiro do Guarani morre em acidente

Wallace tinha 22 anos

| GABRIEL FERRARI/GUARANIPRESS

Calorão

HalepApós ser derrotada por

Caroline Wozniacki

na decisão do Aberto

da Austrália após uma

batalha de 2h49m,

no sábado, a romena

precisou ir ao hospital

para tratar de uma

desidratação em

decorrência do forte

calor de 40ºC registrados

no momento da partida.

Ela recebeu alta ontem.

Keno fez o primeiro do Verdão | LUIS MOURA/WPP/FOLHAPRESS

Palmeiras segue 100% no PaulistaA campanha palmeirense continua irretocável no Cam-peonato Paulista. Pela quar-ta rodada, o time de Róger Machado visitou o Braganti-no e venceu por 2 a 0, man-tendo os 100% de aproveita-mento na competição – até aqui, quatro vitórias em qua-tro jogos.

O Palmeiras entrou elé-trico. Com muita movimen-tação e toque de bola, o al-viverde empurrou o time do interior para a defesa e pressionou. Dudu era o que mais infernizava a defesa ri-

val. Mas, apesar do volume e das oportunidades, o gol não saía.

Era um jogo de ataque contra defesa. Incluindo um Borja – criticado pela falta de mobilidade – bastante par-ticipativo. Ainda assim, per-deu uma chance cara a cara com o goleiro, após lança-mento espetacular de Lucas Lima.

Na etapa final, o Verdão seguiu insistindo. Girava a bola, achava espaços, mas pecava nas finalizações. Ke-no foi para o campo e botou

fogo no jogo. E, em dois mi-nutos, aos 18, o amuleto al-viverde guardou completan-do cruzamento de Michel Bastos.

O Bragantino não tinha escolha a não ser ir para ci-ma. E levou o segundo, aos 26. Felipe Melo acertou lan-çamento longo e achou Du-du com liberdade. Ele limpou a zaga para marcar belo gol.

Mesmo administrando a vantagem daí por diante, o Palmeiras ainda conseguiu mais chances, mas o placar acabou assim. METRO

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

Grupo A

P V GP SG

1º CIANORTE 5 1 5 22º FOZ DO IGUAÇUFOZ DO IGUAÇU 5 1 4 13º CORITIBA 5 1 3 1

4º CASCAVEL 4 1 4 1

5º MARINGÁ 3 1 4 -1

6º PARANÁ 1 0 2 -4

CLASSIFICAÇÃO

Paranaense3ª rodada

ONTEM

1 X 1PARANÁ LONDRINA

2 X 2RIO BRANCO CASCAVEL

3 X 1MARINGÁ TOLEDO

0 X 1PRUDENTÓPOLIS FOZ DO IGUAÇU

0 X 1UNIÃO CORITIBA

SÁBADO

0 X 0ATLÉTICO CIANORTE

Grupo B

P V GP SG

1º ATLÉTICO 7 2 5 42º LONDRINA 5 1 5 23º TOLEDO 4 1 3 -1

4º UNIÃO 3 1 2 -2

5º RIO BRANCO 3 0 6 0

6º PRUDENTÓPOLIS 1 0 1 -3

Vão às semifinais da 1ª taça

Foi preciso jogar em Francis-co Beltrão para o Coxa en-fim vencer no Campeonato Paranaense. Ontem, longe da torcida, o Alviverde bateu o União por 1 a 0 no estádio Anilado com gol de Alecsan-dro na 1ª etapa.

Com muitas lesões e de-sempenho questionável na temporada passada, o vete-rano atacante, que começou a partida no lugar de Kleber – que sequer viajou –, não fa-zia um gol desde a 19ª roda-da do último Brasileirão, no dia 6 de agosto (2 a 0 sobre a Chape no Couto).

“Sabemos que não foi um jogo bonito, uma partida muito pegada, muito calor, não conseguimos fazer um belo jogo, mas conseguimos vencer. Fico feliz de começar o ano marcando o gol”, de-clarou Alecgol.

Com meio time diferen-te das duas primeiras ro-dadas – dois empates no Couto Pereira –, o técnico Sandro Forner valorizou a vitória, mas não ficou com-pletamente satisfeito com a atuação. “Faltou um pouco a parte ofensiva. Alteramos muito a equipe, foram seis mudanças, equipe muito jo-vem hoje. Os atletas ansio-sos, querendo o resultado, e todos estes fatores mere-cem ser analisados, e dentro deste cenário, melhoramos”, analisou.

Com cinco pontos, o Ver-dão ainda está fora da zona de classificação do grupo A e hoje não iria à semifinal.

O time terá a semana in-teira livre para se preparar para o Atletiba do próximo domingo, no Couto Pereira.

O jogoO Coxa segurou a pressão inicial do time de casa e aos poucos foi melhorando na partida. Aos 41’, Alecsandro

tabelou com Guilherme Pa-rede, ganhou da zaga e to-cou na saída do goleiro para abrir o placar.

No 2º tempo, com Simião no lugar de Iago, o Alviver-de optou por segurar o re-sultado e foi salvo do castigo por Wilson. Aos 27’ Romér-cio colocou o braço na bola na área e árbitro marcou pê-nalti. Lucas Vieira cobrou à meia altura e Wilson foi no canto buscar. METRO CURITIBA

Sai zica. Atacante que não marcava desde o começo de agosto do ano passado fez gol que deu a vitória ao Alviverde; Wilson pegou pênalti

Alecsandro não ia às redes há quase seis meses | DIVULGAÇÃO/CORITIBA

Alecsandro desencanta e Coxa vence 1a

Marcos Paulo; Julio Lopes (Felipe Virgulino), Casimiro,

Junior e Paulo Henrique; Sorbara, Sato, Léo Maringá (Fornazari) e William Henrique; Lucas Vieira e Marquinhos Cambalhota (Max). Técnico: Ivair Cenci

Wilson; Cesar Benítez, Walisson Maia, Romércio e

W. Matheus; Julio Rusch, Vitor Carvalho, Iago Dias (Simião ) e Thiago Lopes; G. Parede (Léo Andrade) e Alecsandro (Evandro). Técnico: Sandro Forner

01

• Gols. Alecsandro aos 41’ do 1o tempo• Arbitragem. Leonardo Sigari Zanon

UNIÃO

CORITIBA

3 golsfez o velho conhecido Bruno Batata, hoje no Maringá. O atacante é o artilheiro do Paranaense até aqui

Com um gol antes dos 5’ de partida, parecia que ontem o Tricolor enfim venceria, mas o time levou o empate do Londrina no 2º tempo e fi-cou apenas no 1 a 1 na Vila Capanema e saiu vaiado pe-la torcida.

O ponto foi o primeiro conquistado pelo Paraná no Estadual, depois de duas der-rotas. O time amarga a lan-terna do grupo A e se com-plicou de vez na briga por uma vaga nas semifinais da Taça Dionísio Filho (1ª Taça).

“É óbvio que ficamos cha-teados. Queremos vencer, ainda mais na nossa casa. Eu sei que nós vamos melhorar, tenho certeza disso. Temos um grupo de pessoas que querem trabalhar para aju-dar a instituição”, disse o téc-nico Wagner Lopes, confian-te na recuperação.

Nesta semana o Tricolor

deixará o Paranaense em se-gundo plano, pois na quin-ta-feira tem duelo contra o URT, em Minas Gerais, em jogo único pela primeira fa-se da Copa do Brasil. O clube precisa de um empate para avançar. No domingo, o Pa-raná visitará o Toledo pela 4ª rodada do Paranaense.

O jogoMarcando pressão e muito li-gado, o Tricolor abriu o pla-car logo aos 4’: Neris apro-veitou a bola pererecando na área após escanteio e fuzilou César.

Na 2ª etapa o Londri-na equilibrou o jogo e qua-se empatou aos 12’, mas Ne-ris salvou em cima da linha. Oito minutos depois Car-los Henrique ganhou dividi-da com o próprio Neris e ti-rou do goleiro para igualar o marcador. METRO CURITIBA

Lanterna. Paraná empata com Tubarão e segue sem vencer no Paranaense

Lateral direito Alemão foi escalado em sua posição ontem | GERALDO BUBNIAK/FOLHAPRESS

Thiago Rodrigues; Alemão,Charles , Neris e Júnior;

Leandro Vilela, Alex Santana (Wesley), Zezinho (Lucas Fernandes) e João Paulo ; Zé Carlos (Gabriel Pires) e Felipe Augusto. Técnico: Wagner Lopes

César ; Matheuzinho, Del’Amore, Dirceu e Silvio

(Lucas Áfrico); Rômulo, Moisés, Marcinho (Rodrigo Figueiredo) e Thiago Primão (Wesley); Gustavo Tocantins e Carlos Henrique. Técnico: Ricardinho

11

• Gols. Neris aos 5’ do 1o tempo e Carlos Henrique aos 20’ do 2o tempo• Arbitragem. Adriano Milczvski

PARANÁ

LONDRINA

Furacão viaja com 21 jogadores para Caxias

Nikão deve ser titular no jogo de amanhã | MIGUEL LOCATELLI/ATLÉTICO

Depois de quase um mês de treinamento, o time princi-pal do Rubro-negro enfim vai estrear na temporada. Ontem à noite o grupo com 21 atletas seguiu para o Rio Grande do Sul, onde ama-nhã, às 21h30, enfrenta o Caxias pela primeira fase da Copa do Brasil.

Além dos 18 jogadores que compõem o time prin-cipal (contando os golei-ros Léo e Santos), também viajaram dois atletas do ti-me alternativo que disputa

o Campeonato Paranaense: Zé Ivaldo e Bruno Guima-rães – ambos jogaram no empate por 0 a 0 contra o Cianorte, sábado, na Arena da Baixada.

Hoje pela manhã o time de Fernando Diniz faz o úl-timo treino antes da estreia, ainda em Porto Alegre. Na sequência, à tarde, o grupo segue para Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, onde um em-pate no estádio Centenário basta para a classificação.

METRO CURITIBA

Confira quem foi ao RS:

• Goleiros. Léo e Santos

• Laterais. Jonathan, Thiago Carleto

e Sidcley

• Zagueiros. Paulo André, Wanderson,

Thiago Heleno e José

Ivaldo

• Meias.Pavez, Bruno Guimarães,

Matheus Rossetto,

Matheus Anjos, Raphael

Veiga, Felipe Gedoz,

Guilherme e Nikão

• Atacantes.Bergson, Marcinho, Pablo

e Ribamar

A lista

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

Tite vê Alemanha, Espanha e França como os principais concorrentes do Brasil na briga pelo título da Copa do Mundo da Rússia. Em entre-vista ao Metro Jornal, em Por-to Alegre, no sábado, o treina-dor revelou imensa realização em estar à frente da Seleção Brasileira e se mostrou muito satisfeito com o futebol que a equipe tem apresentado.

Quais são seus próximos compromissos?O primeiro é o jogo Grêmio e Independiente, pela Reco-pa. Pela grandeza, pelo mo-mento do Grêmio, por seus atletas que já foram convoca-dos. Até porque vai ser em fe-vereiro, e em março é que co-meçam os grandes jogos da Champions League.

Qual o tamanho da respon-sabilidade de ser técnico da Seleção? É fácil dormir, por exemplo?Não é fácil dormir. Mas eu uso alguns artifícios. O arti-fício de ficar perto da minha família me deixa em paz. E o artifício de ficar mergulhado no meu trabalho, para eu ser justo nas minhas convoca-ções. Isso me aflige: o fato de ser justo. Eu quero acompa-nhar tudo, para quando eu ti-ver a decisão final, eu ter cer-teza de que trabalhei todo o possível. E que se ela [Copa] fugir de alguma forma é por-que eu não sou perfeito, mas eu trabalhei para isso. Então, isso vai me deixar com paz. Essa é a coisa que mais me ti-ra o sono.

Por que tu valorizas mais desempenho que vitórias?Só ganhar é muito raso. Ga-nhar, todo mundo tem que ganhar. Mas antes a gente tem que ser competente.

Por que a admiração pelo trabalho do técnico italiano Ancelloti?O Ancelloti no Real Madrid, por exemplo, tinha Marce-lo, de lateral, Carvajal, Sérgio Ramos e Pepe ou Varane. To-ni Kroos, Modrić, James e Is-co. Nenhum volante. Cristia-no Ronaldo e Benzema. Este time aí era encantador. Foi campeão da Champions em 2014 e encantava. E o que que esse time tinha? Ele ti-nha do meio para frente uma equipe criativa, sem nenhum volante, mas que não se ex-punha, e era extremamente competitiva também. E a li-nha de quatro defensiva dele era uma linha que dava sus-tentação. Uma equipe muito equilibrada. Um pouquinho da escola da linha de qua-tro defensiva italiana, mas com uma criatividade no seu

TITE Em entrevista ao Metro, técnico fala sobre jogadores importantes para a

Seleção Brasileira, analisa adversários e avalia sua realização profi ssional. Defensor do bom desempenho, treinador diz entender a vitória como consequência de um trabalho bem feito

‘SÓ GANHAR É RASO’ JO

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meio-campo e ataque, que é o DNA brasileiro.

O que pensastes ao ver grandes seleções fora da Copa?A gente viu o quanto são di-fíceis as fases classificatórias. Vamos pegar as Eliminató-rias Sul-Americanas, os últi-mos dois anos – tira esses úl-timos seis meses até quando se definiu a classificação. Chi-le, bicampeão da Copa Amé-rica, está fora da Copa. E era o melhor futebol apresenta-do. A Itália fora é surpreen-dente. Eu encontrei o técnico da Suécia e o parabenizei. Ele eliminou a Itália! A Holanda

foi terceira colocada na últi-ma Copa: fora. Estados Uni-dos investiu e ficou fora pa-ra Costa Rica e Panamá. Para ver o quanto é difícil a fase de classificação.

Quem são os favoritos?Brasil, Alemanha, Espanha e França. Sem escala de impor-tância. Argentina, potencial-mente, pode crescer e Bélgica pode ser a surpresa.

Mesmo dominando o jogo o Brasil não venceu a Ingla-terra. Preocupou?O último terço do campo a gente vai ter que encontrar soluções ofensivas e, ao mes-mo tempo, o que eu enten-di é que mentalmente nós fomos muito fortes. Em ne-nhum momento nos expu-semos à Inglaterra. E a Ingla-terra jogou dentro sua casa, com todo o seu público, e conseguiu chutar uma vez a gol. Isso o técnico falou e deu

uma entrevista coletiva para toda a imprensa e disse: “Po-xa, a gente não conseguiu jo-gar. A gente conseguiu jogar contra a Alemanha, mas não conseguiu jogar contra o Bra-sil”. Então, serviu de parâme-tro para ele e também para nós, que, quando enfrentar-mos uma linha de cinco de-fensiva, a gente vai ter que encontrar algumas formas, e, nesse aspecto, foi bom.

O que tu dirias para o torce-dor a respeito do Firmino?O Firmino joga muito. Joga muito. Ele é extremamente inteligente para jogar. Tem uma capacidade de finali-zação impressionante. Joga-dor extremamente competi-tivo. Joga numa grande liga, na qual o nível de exigência é muito alto.

Coutinho acertou ao ir pa-ra o Barcelona agora? Onde vês ele jogando?

Para todos os atletas eu passo um ponto de vista: vão para um local onde vocês se sen-tem felizes. Vocês e a família de vocês. Se tu fores para um local onde tu estás infeliz, tu tens que acordar de ma-nhã e pensar “Putz, aqui não é o local”, tu não vais produ-zir. Vai para um local onde tu produzas bem e se sintas fe-liz. Estar nesse local é o pri-meiro requisito. O que tem é uma adaptação agora. Onde ele vai jogar? Por dentro, ou por fora? Para mim, ele vai jogar no lado esquerdo, on-de o Neymar estava jogando, com características diferen-tes. Coutinho não é Neymar.

Coutinho é articulador, Ney-mar é atacante.

O que tu sentiste quando fa-lavam que tu convocavas o Paulinho, por exemplo, por-que ele era teu ‘bruxo’?Quando a pessoa fala que convoco porque o cara é meu protegido, meu “bruxo”, meu “parça”, primeiro conside-ro um desrespeito a todo o meu trabalho, a toda a mi-nha conduta profissional. Eu não aceito, o cara está sen-do leviano. Ele pode fazer um crítica dizendo que o Pauli-nho não merece e que estou fazendo errado a minha es-colha. Mas quando ele colo-ca isso, ele fala de troca de fa-vores... Eu não troco favor. Eu sou um profissional que me habilitei muito, trabalhei muito para chegar onde eu estou. Então, eu não troco fa-vor. Não faço porque é “par-ça”, porque é meu homem de confiança. Homem de con-fiança é o meu irmão. Esse é o meu homem de confiança. As pessoas têm que saber di-ferenciar. O que eu vi no Pau-linho é que dentro da Seleção ele fez em 2013 uma gran-de Copa das Confederações, ele é campeão mundial {pe-lo Corinthians}. Então ele se credenciou. Te traz alegria ver a Seleção jogar?Sim! Eu me sinto represen-tado pelo futebol da Seleção. Eu fico feliz. Sim, sim, sim! É a primeira pergunta que eu vou direto dizer “sim”, me sinto feliz. Se ela vai ganhar eu não sei, mas me sinto re-presentado pelo futebol que ela apresenta, sim.

Qual a diferença entre Sele-ção e clube?No clube, o cara torce incon-dicionalmente. Se tu estás em último na tabela, ele tor-ce, se tu estás jogando bem, ele torce igual, se tu estás jo-gando mal, ele torce igual. Na Seleção, não. Se não jogar bem, se não convencer, não tem torcida. Tem esse cunho maior, de exigência maior.

Quanto o Tite quer a taça?Eu vou te dizer qual é o meu foco de atenção. Quando o fo-co é resultado, ele te oprime. Ele te engessa. Porque eu não tenho condições de controlar resultado. Não tenho. É mui-to ilusório isso, é muito ra-so. Mas eu tenho condições de controlar desempenho in-dividual, preparação, força mental, aspecto físico, aspec-to clínico. Há um próximo passo na tua carreira?Nada é maior do que ser téc-nico da Seleção do teu país. Tudo que vem depois vai ser menor. Clube europeu vai ser menor. Seleção de um outro país... O ápice da carreira do Tite é ser técnico do seu país. METRO POA

“Nada é maior do que ser técnico da Seleção do teu país. O ápice da carreira do Tite é ser técnico do seu país.”

“Eu não troco favor. Eu sou um profissional que me habilitei muito, trabalhei muito para chegar onde eu estou.”