colheita de amostras para análise foliar em actinídea (kiwi) · aparentemente sãs, uma amostra...

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L Q A R S E - Colheita de amostras de folhas em casos especiais Os desequilíbrios de natureza nutritiva, que ocorrem ao longo do ciclo vegetativo, poderão ser identificados através da análise foliar. Para tal há que proceder do seguinte modo: colher em plantas afectadas uma amostra constituída por folhas com aspecto anómalo, independentemente da época e da sua localização nos ramos; colher simultaneamente em plantas aparentemente sãs, uma amostra composta por folhas com aspecto normal de posicionamento idêntico às anteriores; colher duas amostras de terra, na camada de 0- 50cm (na zona de influência dos aspersores), uma na zona onde predominam as plantas com sintomas e outra na zona com plantas sem sintomas; registar na ficha informativa para amostras de material vegetal, que acompanha a amostra, os sintomas observados, referindo em que folhas aparecem (folhas mais velhas ou mais novas). Referir, igualmente, a época de aparecimento dos sintomas e sua distribuição no pomar (concentrado numa zona ou se em árvores dispersas). Figura 5 - Folha com sintomas de carência de manganês Localização do LQARS (na Tapada da Ajuda) Colheita de amostras para análise foliar INIA/Unidade de Ambiente e Recursos Naturais Ex-Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva Tapada da Ajuda - Apartado 3228 1301 – 903 LISBOA www.inrb.pt Em actinídea (kiwi) Junho de 2009

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L Q A R S

E - Colheita de amostras de folhas em casos

especiais

Os desequilíbrios de natureza nutritiva, que

ocorrem ao longo do ciclo vegetativo, poderão ser

identificados através da análise foliar. Para tal há

que proceder do seguinte modo:

•••• colher em plantas afectadas uma amostra

constituída por folhas com aspecto anómalo,

independentemente da época e da sua

localização nos ramos;

•••• colher simultaneamente em plantas

aparentemente sãs, uma amostra composta por

folhas com aspecto normal de posicionamento

idêntico às anteriores;

•••• colher duas amostras de terra, na camada de 0-

50cm (na zona de influência dos aspersores),

uma na zona onde predominam as plantas com

sintomas e outra na zona com plantas sem

sintomas;

•••• registar na ficha informativa para amostras de material vegetal, que acompanha a amostra, os

sintomas observados, referindo em que folhas

aparecem (folhas mais velhas ou mais novas).

Referir, igualmente, a época de aparecimento

dos sintomas e sua distribuição no pomar

(concentrado numa zona ou se em árvores

dispersas).

Figura 5 - Folha com sintomas de carência de manganês

Localização do LQARS (na Tapada da Ajuda)

Colheita de amostras

para análise foliar

INIA/Unidade de Ambiente e Recursos Naturais

Ex-Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva

Tapada da Ajuda - Apartado 3228

1301 – 903 LISBOA

www.inrb.pt

Em actinídea (kiwi)

Junho de 2009

COLHEITA DE AMOSTRAS DE FOLHAS

É fundamental que se faça a colheita de amostras de folhas para avaliar o estado de nutrição das plantas, de modo a efectuar uma fertilização racional.

A - Unidade de amostragem

•••• A colheita de folhas para análise

laboratorial deverá ser efectuada numa

zona representativa das características

dominantes do pomar, no que se refere à

natureza do solo, topografia, exposição,

cultivar, idade das plantas e técnicas

culturais.

•••• Em cada zona homogénea define-se uma

unidade de amostragem constituída por 15

plantas fêmeas, marcadas de forma

permanente, em diagonais cruzadas

(Figura 1).

15

1 14

2 13

3 12

4

5

11 6

10 7

9 8

Figura 1 - Marcação das 15 plantas da

unidade de amostragem

B - Colheita de amostras de folhas na época

normal de colheita

•••• Colher as folhas no início do

engrossamento dos frutos (Figura 2).

•••• Colher num ramo do ano, a 1,70m do

solo, a folha anexa ao último fruto,

contando a partir da base do lançamento

frutífero (Figura 3).

Figura 2 – Esquema da folha a colher

(Adaptado de Marchal et al. 1990).

Figura 3 – Frutos em crescimento.

•••• Colher 2 folhas por planta (uma de cada

lado da linha) constituindo, assim, uma

amostra composta por 30 folhas no total

das 15 plantas.

•••• Colocar as folhas (limbo + pecíolo)

umas sobre as outras, sempre viradas

para o mesmo lado.

•••• Envolver cada amostra de 30 folhas em

papel absorvente (Figura 4) e enviar, por

correio azul, em envelope almofadado,

para o Laboratório que efectuar a análise

(caso não entregue directamente a

amostra). Dentro do envelope deve

seguir uma ficha informativa para amostras de material vegetal.

Figura 4 - Envolver a amostra com papel de cozinha

e enviar por correio azul

C -Determinações a solicitar

Macronutrientes Micronutrientes

Azoto (N) Ferro (Fe)

Fósforo (P) Manganês (Mn)

Potássio (K) Zinco (Zn)

Cálcio (Ca) Cobre (Cu)

Magnésio (Mg) Boro (B)

Enxofre (S)

D - Interpretação dos resultados

Para que o Laboratório que faz a análise possa

efectuar, com segurança, a interpretação dos

resultados de análise foliar e preconizar uma

recomendação de fertilização é indispensável o

envio da ficha informativa para amostras de material vegetal devidamente preenchida.

Também é indispensável que tenha sido

efectuada a análise de uma amostra de terra

colhida na mesma unidade de amostragem há

menos de 4 anos, bem como de uma amostra de

água de rega.