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APRESENTAÇÃO
Com o objetivo de oferecer um ensino de qualidade, o Colégio Estadual Padre
Cirilo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional realizou reuniões, debates em
sala de aula, pesquisa de campo (questionários), grupos de estudo e planejamento
com todos os membros da comunidade escolar: direção, coordenação, funcionários,
alunos, pais, APMF, conselho escolar e comunidade em geral, para fazer uma
análise minuciosa da atual situação de nossa instituição de ensino, bem como para
estabelecer metas para os próximos anos letivos. Foi um processo dinâmico e
interativo de estudo e busca, visando sempre o alvo principal: a formação integral de
nossos educandos e, conseqüentemente, a construção de uma sociedade mais
justa, igualitária e feliz.
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IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Padre Cirilo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional (00010),
criado pelo decreto nº 5703/78, hoje reconhecido pela Resolução n. 3120/98, de 11/09/98 e
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar nº 365/02 de 19/08/2002, situa-se à
Avenida Paraná s/n na cidade de Capanema (0450), Estado do Paraná, e-mail
[email protected], telefone-fax (046) 3552-1421. Tendo como entidade mantenedora
o Governo do Estado do Paraná e dependência administrativa a SEED.
A história do Colégio remonta ao ano de 1.959, quando foi criado pelo
decreto 24733 de 04 de agosto de 1.959, iniciando suas atividades em 1.960, com o
nome de Escola Normal Regional de Capanema, mantida e administrada pelas
Irmãs (freiras) da Congregação de Nossa Senhora do Sagrado Coração. Em 1.961,
passou a ser chamada de Escola Normal Regional Padre Cirilo, em homenagem ao
jovem Padre Belga Cirilo Sablon, falecido precocemente nas águas do Rio Iguaçu,
em Janeiro de 1.958, pessoa muito querida, pelo povo de Capanema.
Em 1.968, as Escolas Normais Ginasiais Estaduais do Paraná foram extintas
e transformadas em Ginasiais comuns multi-curriculares, de acordo com a Lei 4978
de 05 de dezembro. O Ginásio Estadual Padre Cirilo continuou funcionando no
prédio de madeira situado na Rua Mato Grosso esquina com Padre Cirilo, o qual
começou a apresentar problemas ameaçando a segurança da comunidade escolar,
sendo então demolido.
A inauguração do novo prédio, o qual ocupamos no momento, e o início das
atividades escolares deu-se em março de 1977.
O nome definitivo da Escola Estadual Padre Cirilo – Ensino de 1º grau, data
de 1983. Em 1991, com a municipalização das séries iniciais, implantou-se a Escola
Municipal Claudino Luiz Piva, a Escola Padre Cirilo ficou com as turmas de 5ª a 8ª
séries do Ensino Fundamental.
A partir de 1994, implantou-se o curso de 2º Grau – Educação Geral –
Preparação Universal.
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OBJETIVOS
O Colégio Estadual padre Cirilo – Ensino Fundamental e Médio tem por
objetivos:
Garantir o conhecimento para o exercício pleno da cidadania
contribuindo assim, para a transformação social;
Trabalhar os saberes por meio do processo de ensino e
aprendizagem promovendo desta maneira quem aprende e quem
ensina, para então produzir uma sociedade que lute contra o modelo
gerador das desigualdades e exclusão social que permeiam as
políticas educacionais existentes;
OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Registrar a história da escola, funcionamento e andamento para que
e para quem a escola existe;
Apresentar aos pais e a comunidade as ações a serem
desenvolvidas pela escola, estando sempre a disposição dos
mesmos;
Organizar o trabalho pedagógico da escola tendo como referência as
finalidades deste ambiente educacional;
Reorganizar a instituição do modo almejado, assim descentralizando
o poder, visto que a construção do mesmo é uma ação coletiva.
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MARCO SITUACIONAL
A organização do colégio se dá na modalidade de Ensino Fundamental (5ª a
8ª Séries) e Ensino Médio. Conta atualmente com dezenove turmas, sendo doze do
ensino Fundamental com 390 alunos e sete turmas do Ensino Médio com 197,
totalizando 587 alunos. Oito turmas do Ensino Fundamental funcionam no período
matutino e quatro no período vespertino e as turmas do Ensino médio funcionam no
período da manhã.
O Colégio Padre Cirilo é a escola base para a Casa Familiar Rural de
Capanema/Planalto – PR que está localizada na comunidade de São Pedro, a 06
Km da cidade de Capanema e a 2000 m do Rio Iguaçu, onde foi adaptada uma
escola já existente, com uma área construída de 535,5 m2, subdividida em 01 sala
de aula, 02 dormitórios com 15 camas cada, 01 sala de estudo, cozinha, refeitório,
04 banheiros, 01 saguão, 01 secretaria, sendo o terreno de 2.300 m2 o qual não
possibilita a prática de agricultura, sendo necessário o deslocamento dos alunos
para propriedades do município para desenvolver a prática. Além disso, a Casa
Familiar Rural faz parte do Roteiro do Turismo Rural que está sendo criado por uma
associação do município em convênio com o IBAMA, IAP. Eco – Paraná, Parque
Nacional do Iguaçu.
O projeto Escola do Campo Casa Familiar Rural é mantido economicamente
por várias organizações, e administrada por uma associação formada pelas famílias
que tem e tiveram filhos estudando na casa, sem fins lucrativos.
Para sua manutenção e funcionamento existem parcerias como:
SEED- Secretaria de Estado da Educação
CODAPAR- Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná
ARCAFAR-SUL- Associação Regional das Casa Familiares Rurais do Sul do
Brasil
EMATER- Empresa e Assistência Técnica e Extensão Rural
PREFEITURAS MUN.- Capanema/ Planalto
O Colégio conta com 38 professores, a maioria pós-graduados, 02 pedagogas
e 10 funcionários.
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Possui duas Salas de Apoio a Aprendizagem nas áreas de Língua Portuguesa
e Matemática e uma sala de Recursos com um profissional (professora) formado em
Psicopedagogia. Tanto nas Salas de Apoio à Aprendizagem como na de Recursos,
os alunos são atendidos através de cronogramas. São trabalhadas as dificuldades
de forma individual, através de leitura, escrita e cálculos. Os métodos utilizados são
diversificados, como atividades lúdicas e uso de material concreto. Todo o trabalho
ocorre mantendo contato constante com os professores do ensino regular, com a
coordenação pedagógica e com os pais, para que haja interação e continuação no
processo ensino e aprendizagem.
O colégio tem um Laboratório de Informática (com ar condicionado) com onze
computadores conectados a internet vinte e quatro horas para uso dos professores e
dos alunos (os mesmos precisam de reparos); um Laboratório de Ciências
(necessitando de melhoramentos); uma Biblioteca que dispõe de um bom acervo
bibliográfico para atender a toda a comunidade escolar; uma quadra coberta para
realização de práticas esportivas; uma cozinha equipada; um amplo saguão com
mesas e bancos onde são servidos os lanches; uma sala para direção escolar; uma
sala onde funciona o almoxarifado que dispõe de diversos materiais didáticos e
pedagógicos; uma sala para os professores; dezenove salas de aula; uma horta
escolar onde são cultivados legumes e verduras para enriquecer a alimentação
escolar (o lanche é de qualidade e acompanhado por uma nutricionista municipal);
dois banheiros para uso dos alunos (sendo um masculino e outro feminino); dois
banheiros com um chuveiro em cada para uso dos professores e funcionários; dois
vestiários (sendo um feminino e outro masculino) com chuveiros (estes precisam de
banheiros); uma secretaria (com ar condicionado) que possui dois computadores
(sendo um ligado à internet e disponível para o SERE e outro para digitações
diversas), três impressoras; uma sala para coordenação pedagógica com um
computador com internet usado na preparação de aulas, digitações e pesquisas;
cinco videocassetes; dois DVDs; cinco televisores com rack para facilitar a
mobilidade; cinco aparelhos de som; uma antena parabólica para a gravação dos
programas da TV Escola e demais programas relevantes; um scaner; uma máquina
de xerox; dois telefones; um aparelho de fax; um retroprojetor; uma filmadora; uma
máquina fotográfica simples e uma digital; uma mesa de som com dois microfones e
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duas caixas de som amplificadas estrategicamente dispostas no saguão para uso da
comunidade escolar em atividades pedagógicas variadas e para eventos.
Há, portanto, uma boa infraestrutura, porém, para que o Projeto Político
Pedagógico se efetive de fato, é necessário a otimização dos espaços físicos e
recursos materiais já existentes e também a ampliação dos mesmos, bem como a
disponibilidade, por parte do governo, de profissionais habilitados para todas as
áreas (professor de informática e de mais um pedagogo).
A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da
educação, alunos, funcionários, pais e responsáveis. O colégio atende hoje a uma
comunidade escolar heterogênea, sendo que os alunos são provenientes de famílias
de agricultores, funcionários públicos e funcionários de indústria e comércio, bóias
frias, trabalhadores informais e desempregados.
Possui em seu quadro funcional uma diretora, uma secretária, uma
bibliotecária, duas pedagogas, seis auxiliares de serviços gerais, trinta e nove
professores, uma auxiliar administrativa e uma cozinheira. Todos os funcionários
sempre que ofertado, possível e necessário, participam e/ou buscam formação
continuada através de cursos, palestras, seminários, grupos de estudos entre outros
ofertados pelo estado ou pela escola.
No que se refere á Inclusão de crianças com necessidades educacionais
especiais, dificuldades de aprendizagem, afro-descendentes, entre outros a escola
está se adequando para o recebimento e integração destas no meio escolar, seja na
infraestrutura (barreiras arquitetônicas, espaços físicos) como na superestrutura
(profissionais, atitudes), pois um dos assuntos notoriamente discutidos em nossa
sociedade é a política da inclusão social para estabelecer uma sociedade igualitária
com oportunidades para todos, além de adequação da escola para o atendimento de
todos os alunos.
Em conversa com os pais e/ou responsáveis quando estes vêem à escola,
ora por vontade própria ou quando solicitados, notamos seus anseios por uma
escola democrática, que saiba cobrar e ensinar limites, que garanta o conhecimento
para que o aluno seja um adulto feliz, crítico, capaz e consciente de seu papel na
sociedade.
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Para atingir estes objetivos há um constante empenho para que toda
comunidade escolar (direção, coordenação, professores, alunos, pais e funcionários)
esteja envolvida, comprometida e criando relacionamentos profissionais e pessoais
baseados na dinamicidade, na ética e na moral, fazendo com que o estudo das
diversas áreas do conhecimento tenha como significado primordial: criar, refletir,
construir, aprender, participar, expressar, conversar e entender o mundo e seus
problemas; a liberdade e seus limites; ser solidário; amar e respeitar o próximo, mas
não para ser massa de manobra, por isso ele deve ser dotado de conhecimento para
que possa ser atuante e transformador.
Para tanto, são utilizadas metodologias diversificadas em sala de aula; os
conteúdos a serem trabalhados são adequados às necessidades; são criados
projetos que visam o desenvolvimento integral do educando como palestras e
debates nas diversas áreas do conhecimento com profissionais habilitados;
promoção de diferentes programas (atividades) quanto à prevenção ao uso de álcool
e de drogas, à gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis; projetos de
incentivo à leitura e escrita (exemplo Projeto “Quem Lê Viaja” e participação na Feira
Municipal do Livro); realização de projetos atrativos de integração entre família e
escola, como gincanas esportivas, festivais de música, poesias, danças, teatro,
paródias, organização de lanches e almoços comunitários etc; realização de
campanhas que sensibilizem os educandos quanto aos problemas sociais (exemplo:
Campanha do Agasalho); resgate através da prática esportiva da dignidade, da
ética, da valorização do coleguismo e do espírito de união; realização de grupos de
estudo (Formação Continuada) para contribuir com o professor em sua prática
pedagógica, bem como com funcionários e pais para melhor desempenharem sua
participação e colaboração aos educandos e a toda a comunidade escolar.
O planejamento curricular começa pela inserção de toda comunidade no
debate democrático, sobre questões relativas, não só ao processo de ensino e
aprendizagem, mas também em relação às questões administrativas e financeiras
da escola e da própria sociedade em que ela se insere, considerando sempre os
condicionantes sócio-culturais e políticos que influenciam e afetam diretamente o
cotidiano escolar.
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Para que isto aconteça a APMF e o Conselho Escolar que têm por objetivo
contribuir para que esta instituição de ensino ofereça qualidade e comprometimento
na formação dos educandos, participam das reuniões e assembléias, visitam o
colégio e as salas de aula dando sugestões e orientações, contribuindo assim nas
tomadas de decisões em todos os aspectos (físicos, materiais, pedagógico e
administrativo) buscando sempre o melhor caminho. A escolha dos integrantes da
APMF dá-se por meio de um processo democrático, ou seja, através de assembléias
que oportunizam o voto à toda comunidade escolar.
Sabemos que o uniforme não garante a igualdade entre os alunos, mas
quanto ao seu uso, todos os anos, no início do ano letivo, a comunidade escolar em
assembléia geral, vota pela adoção ou não do mesmo. Caso a decisão for positiva, o
uso do uniforme torna-se obrigatório no corrente ano. Porém, para evitar que o aluno
retorne para casa sem assistir aula, o colégio providencia o uniforme para que o
discente troque-o e devolva-o no final da aula. Queremos, com esta atitude, um
ambiente escolar harmônico e uma identificação, além de proporcionarmos um
maior controle dos que entram e saem do prédio escolar, visando assim a segurança
para com os alunos.
A eleição do diretor é feita através de voto secreto, onde fazem parte desta
escolha os professores, funcionários, pais e alunos maiores de dezesseis anos.
A organização do Conselho Escolar é feita pela direção e é composto pelo
diretor, professores, funcionários, alunos e membros da sociedade. O Conselho
Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, que tem
por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os
setores da escola garantindo a eficiência e a qualidade de seu funcionamento
seguindo as diretrizes e políticas traçadas pela Secretaria de Educação.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF da escola é um
órgão de representação que segue um estatuto próprio e é eleito pela comunidade
escolar através de assembléias.
O colégio não possui Grêmio Estudantil, no entanto, cada classe elege,
através do voto, um Representante de Turma e esta eleição é mediada pelo
Professor Regente que é escolhido pela própria classe.
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O Conselho Escolar e a APMF estarão definindo o que são prioridades para
a escola, como por exemplo:
- Capacitação de todos os segmentos escolares;
- Investimento na formação continuada dos docentes;
- Consulta à comunidade escolar;
- Institucionalização da Gestão Democrática.
Quis se dizer com Gestão democrática, uma gestão onde todos os
segmentos da comunidade escolar tenham voz e vez, que não apenas a direção
tome as decisões, mas sim, que professores, funcionários, APMF, Conselho Escolar,
pais e alunos possam contribuir dando opiniões e ajudando nas decisões. Isto ocorre
através de reuniões, assembleias e comunicados verbais e escritos de tudo que está
ocorrendo no colégio, bem como o que ainda vai ocorrer. Enfim, uma gestão
transparente e participativa.
O Calendário Escolar estabelece um mínimo de 800 (oitocentas) horas
distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias efetivos de trabalho escolar,
onde as atividades pedagógicas são programadas, de acordo com a Proposta
Pedagógica, com frequência exigível e efetiva orientação por professores
habilitados. As atividades escolares são planejadas e organizadas no princípio do
ano letivo, e se necessário revistas durante o ano letivo seguindo orientações da
Documentação Escolar, do NRE e da Secretaria Estadual de Educação; respeitando
o Calendário Escolar; o P.P.P. (Projeto Político Pedagógico) e o Regimento escolar.
Esse planejamento é realizado através de reuniões e encontros pedagógicos
envolvendo direção, coordenação pedagógica, professores, APMF e Conselho
Escolar.
O Calendário está em consonância com o da Rede Municipal de Educação,
devido ao transporte escolar para alunos provenientes da zona rural, beneficiando,
com isso, alunos e comunidade em geral.
O Calendário Escolar contempla:
a)Início e término do ano letivo;
b)Encontros pedagógicos, antes do início das aulas e no decorrer do
período;
c)Férias dos professores e alunos;
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d)Férias oficiais;
e)Datas da (s) Assembleia (s) Ordinária (s) da Associação de Pais, Mestres
e Funcionários.
f) Atividades escolares como: participação em jogos esportivos municipais,
regionais e estaduais; participação em projetos, como: Feira do Livro, Com Ciência,
FERA; atividades artísticas, culturais e esportivas envolvendo pais e alunos;
encontros pedagógicos, reuniões e assembleias.
A escola atendendo a Resolução Nº 4106/2004 contempla aos professores
em exercício a Hora-Atividade, que é um tempo reservado ao professor em exercício
de docência para estudos, planejamento, avaliação e outras atividades de caráter
pedagógico. Para tanto, deverá ser observado o percentual de 20% (vinte por cento)
da jornada de trabalho à hora-atividade e esta ser cumprida integralmente no
mesmo local e turno das aulas e de acordo com Instrução Normativa expedida pela
SEED.
Os professores utilizam a Hora Atividade para prepararem aulas,
aprimorarem seus conhecimentos com leituras, pesquisas na internet e biblioteca,
trocas de experiências com os demais professores, conversa com a coordenação
pedagógica e direção sobre o processo de ensino e aprendizagem.
É de responsabilidade do governo o fornecimento dos materiais didático-
pedagógicos, mas este, nem sempre atende todas as necessidades da escola, por
isso, muitos materiais são adquiridos através de doações da comunidade e
promoções feitas pela escola.
A escolha do livro didático (material de apoio ao professor) é feita em
encontros pedagógicos, onde os professores de cada disciplina se reúnem no
município e escolhem o que mais condiz com a realidade da região e que possui o
melhor desenvolvimento e amplitude dos conteúdos curriculares, e estes são
fornecidos pelo governo. Sendo que é disponibilizado nas escolas o livro didático
público tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio.
A aprendizagem ocorre entre o ato de ensinar e aprender, através da relação
professor-aluno-conhecimento, onde os alunos adquirem através do saber
historicamente elaborado conhecimentos que os tornem seres capazes de se
modificarem e modificarem o mundo, uma vez que o desenvolvimento cognitivo é,
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certamente, um processo progressivo de construção de estruturas intelectuais que
se apresenta como resultado das ações do homem sobre o mundo.
A avaliação é contínua e diagnóstica, em forma de provas, trabalhos
escritos, debates, diálogos e apresentações de trabalhos. A escola utiliza como
critérios para avaliar o aluno com mais segurança através de sua participação nas
atividades educativas, sua capacidade de atenção e de compreensão, sua
criatividade, seu interesse, sua capacidade de domínio dos conteúdos da disciplina.
Deve-se considerar na avaliação que sempre é o professor que tem que ter em
mente os objetivos propostos para a disciplina. O aluno será avaliado em função
desses objetivos. A tarefa do professor é ensinar, visando atingir essas metas, e
verificar depois se elas foram realmente atingidas.
A recuperação é paralela e deve acontecer junto aos trabalhos escolares de
sala de aula visando o melhor aprendizado do aluno. Ela visa recuperar o conteúdo
para todos os alunos, dando ênfase especial para os que não atingirem os objetivos,
onde o professor trabalha os conteúdos com uma estratégia diferenciada da anterior
e revê sua forma de avaliação, visto que o aluno recuperou o conteúdo se
necessário atribui assim a melhor nota.
Para os alunos que se encontram com problemas de saúde, impossibilitados
de frequentar a escola, realizamos um trabalho diferenciado, no qual é ofertado
conteúdo a domicilio, para que assim o aluno possa acompanhar a vida escolar no
momento correspondente ao seu. No caso de o aluno estar hospitalizado já está
implantado em algumas localidades o SAREH (Serviço de Atendimento à Rede de
Escolarização Hospitalar), o qual é disponibilizado no hospital dois professores e um
pedagogo para acompanhar o desenvolvimento das atividades ofertadas pela escola
ao aluno.
O Conselho de Classe ocorre bimestralmente onde pais, alunos,
professores, coordenação, direção e funcionários reunidos discutem os problemas
levantados no Pré-Conselho que é feito através de Pareceres Pedagógicos (fichas
que apontam os problemas de aprendizagem, indisciplina, relação professor-aluno,
aluno-aluno e demais funcionários e que são respondidos pelos professores e
alunos). Baseado nos problemas e sugestões levantados pelos alunos é discutido
uma solução.
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A evasão e a repetência são assuntos notoriamente discutidos pelos
profissionais de nossa escola, uma vez que não atingimos 100% de aprovação. Os
índices de reprovação e evasão escolar no último ano foram respectivamente, oito
virgula três por cento (8,3) e dois virgula cinco por cento (2,5 %). Analisamos que
estes fatores emergem muitas vezes da incapacidade da escola de fazer com que o
aluno progrida adequadamente e pela falta de estratégias para que o mesmo
permaneça no sistema.
Observamos que há uma relação diretamente proporcional entre evasão e
repetência, e estas, estão diretamente ligadas à relação professor-aluno-
conhecimento.
Para resgatarmos os alunos evadidos e diminuirmos o índice de reprovação,
tomamos algumas medidas tais como; a) despertar o interesse dos alunos no
processo de ensino e aprendizagem; b) trazer, sempre que possível, os pais ou
responsáveis para sua conscientização sobre a importância dos estudos formais; c)
informar os pais ou responsáveis sempre que o aluno tiver cinco faltas consecutivas
ou sete alternadas durante o mês; d) alertar os pais ou responsáveis acerca das
penalidades previstas em lei (Estatuto da Criança e do Adolescente) pela não
permanência do seu filho na escola (abandono intelectual, da Sala de Apoio à
Aprendizagem e da Sala de Recursos). Nos casos em que se esgotando os recursos
anteriores não resolvam o problema, faz-se a devida comunicação ao Conselho
Tutelar e se, assim mesmo, o problema persistir, a promotoria Pública é acionada.
Para solucionarmos os problemas de aprendizagem, que resultam na
repetência e na evasão escolar, é necessário o comprometimento de toda a
comunidade escolar. Cabe à escola orientar professores e pais a respeito destas
dificuldades, através de estudos e assistência pedagógica para a solução de tais
problemas.
Os professores devem estar atentos aos seus alunos, observando e
identificando quais as dificuldades de aprendizagem que eles apresentam, para
desta forma buscar conhecimentos, recursos e apoio a fim de promover a
aprendizagem. Sendo que para identificar as dificuldades do aluno o professor faz
um estudo de como acontece a aprendizagem baseado na realidade dos mesmos, e
através deste estudo poder saná-las.
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A partir do momento que a equipe pedagógica e o corpo docente estão
cientes das dificuldades dos alunos, cabe repassar aos pais para que estes possam
conhecer e auxiliar nas dificuldades apresentadas pelos seus filhos, participando do
processo educativo e colaborando com o trabalho da escola no sentido de
supervisionar as lições de casa criando hábitos e disciplina de estudo, Se cada um
cumprir o seu papel certamente a educação terá novamente o seu antigo valor
ocupando o seu merecido papel no desenvolvimento individual e social.
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MARCO CONCEITUAL
Queremos uma educação permanente e para todos, que atenda nossos
anseios e necessidades para transformarmos nossos alunos em seres capazes de
mudar a sociedade vigente, buscando através dos saberes adquiridos e
reelaborados o caminho da igualdade, da fraternidade e da justiça social e
intelectual.
Assim sendo, partimos da linha sócio-histórica de educação que se constitui
na formação da própria identidade da escola e na construção da identidade dos
sujeitos que por ela são formados.
Partindo da concepção de natureza humana proposta por Marx e Engels de
que o homem necessita produzir continuamente sua existência e é pelo trabalho que
ele age sobre a natureza adaptando-a às suas necessidades, Saviani define a
educação como um processo de trabalho não material (diferente do trabalho material
que visa a produção de bens materiais para subsistência), no qual o produto não se
separa do ato de produção. O trabalho educativo é "o ato de produzir direta e
intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida
histórica e coletivamente pelo conjunto de homens" (Saviani, 1991, p 21).
A produção intencional da humanidade implica a produção de idéias,
conceitos, valores, hábitos, atitudes, conhecimentos, ou seja, a produção do saber
ou a forma pela qual o homem apreende o mundo e é humanizado. Conforme
Saviani (1991, p. 21) "O que não é garantido pela natureza deve ser produzido
historicamente pelos homens".Assim o saber objetivo é considerado matéria prima
para a atividade educativa e deve ter primazia sobre o mundo da natureza, ou seja,
sobre o saber natural, espontâneo.
Assim sendo, percebe-se que a concepção de sociedade embutida é aquela
construída historicamente, articulada ao trabalho humano pela interação com o meio
e os demais homens.
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Apoiado em Gramsci, Saviani (1991, p. 103) define a escola como "uma
instituição cujo papel consiste na socialização do saber elaborado, e não do saber
espontâneo, do saber sistematizado e não do saber fragmentado, da cultura erudita
e não da cultura popular".
O Projeto Político Pedagógico resultante da pedagogia Histórico Crítica
(concepção seguida pela nossa escola) é pautado nessas reflexões sobre o conceito
de educação e de escola e a tarefa a que se propõe essa Pedagogia em relação a
educação escolar de acordo com Saviani (1991, p. 16,17) implica:
a) identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber
objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua
produção e compreendendo as suas principais manifestações bem como as
tendências atuais de transformação;
b) conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo
assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares;
c) provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas
assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo
de sua produção bem como as tendências de sua transformação.
Para que uma teoria histórico-crítica da educação possa se constituir em
pedagogia histórico-crítica, ela precisa assumir um posicionamento sobre o que é
educação e o que significa educar seres humanos. Segundo Saviani, (1991, p.103):
"A Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes sociais da
educação, a compreensão do grau em que as contradições da sociedade marcam a
educação e, conseqüentemente como é preciso se posicionar diante dessas
contradições e desenredar a educação das visões ambíguas, para perceber
claramente qual é a direção que cabe imprimir a questão educacional".
Saviani evidencia que a prática social é comum a professores e alunos.
Consiste este passo, no primeiro contato que o aluno mantém com o conteúdo
trabalhado pelo professor. Sendo a visão do aluno, uma visão de senso comum,
empírica, geral, uma visão um tanto confusa, ou seja, sincrética, onde tudo de certa
forma, aparece como natural. Nesta fase, deve, então o professor, posicionar se em
relação à mesma realidade de maneira mais clara e, ao mesmo tempo, com uma
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visão mais sintética a fim de conduzir o processo pedagógico com maior segurança
e realizar o planejamento de suas atividades antecipadamente. Ao dialogar com
seus alunos sobre o tema a ser estudado mostrará a eles o quanto já conhecem
sobre o assunto, evidenciando, que a temática desenvolvida em sala de aula, está
presente na prática social, ou seja, em seu dia a dia.
Sendo assim, a assimilação das características fundamentais de um conceito
será muito mais fácil para o aluno quando os traços definidores desse conceito se
apresentarem com as imagens visuais correspondentes.
Para a "pedagogia histórico-crítica", a educação escolar responde a uma
necessidade histórica que o desenvolvimento do conhecimento humano e da vida
em geral coloca, a saber da apropriação do saber historicamente acumulado para
que o indivíduo se torne cada vez mais um ser social. É nesse contexto da
necessária formação do indivíduo, que não se dá apenas na esfera da vida
cotidiana, que se insere o trabalho educativo nas disciplinas escolares mediante a
apropriação do conhecimento científico, do desenvolvimento da sensibilidade
artística, da postura filosófica, da análise política, de comportamentos morais etc.
É válido e apropriado afirmar que ensinar e aprender é o estabelecimento de
uma relação de causa e efeito, é o produto da troca das informações e das
experiências pessoais entre aprendiz e mestre.
Nessa troca, ninguém sai ileso e os resultados serão marcantes e especiais,
na medida em que marcantes e especiais forem o empenho, a responsabilidade e as
influências mútuas de quem ensina aprendendo e de quem aprende educando.
A cada avanço, a cada passo dado, corresponde a uma mudança qualitativa,
no pensamento, uma adaptação ao ambiente, uma assimilação da realidade
transformada em conhecimento efetivamente construído.
Educar é possibilitar ao educando encontrar suas próprias alternativas de
solução para situações problema, aí estando embutida a esperança de descobrir e
de aprender.
A esperança, por si só, não será capaz de estabelecer e definir
transformações no mundo. Mas, educar com objetivos definidos e expectativas de
resultados satisfatórios é uma forma sadia, responsável e ética de busca de um
futuro melhor.
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O incentivo à reflexão, à análise e aos questionamentos é condição
indispensável ao estabelecimento de um verdadeiro diálogo pedagógico, de uma
relação de afeto e respeito mútuo em torno do que deve ser aprendido e do que
deve ser ensinado.
Assim, temos a certeza de que estamos oferecendo matérias de estimável
valor pedagógico com a esperança de que, em breve, a educação em nosso país
alcançará níveis de excelência nunca antes atingidos, desde que continuemos a
contar com o trabalho digno e o esforço do educador brasileiro.
Historicamente a educação vem sofrendo inúmeras transformações no intuito
de promover a educação para todos e nestes últimos anos vem crescendo as
discussões acerca da educação de crianças e jovens com necessidades educativas
especiais, que têm por finalidade básica proporcionar as pessoas portadoras de
necessidades especiais condições que favoreçam o pleno desenvolvimento de suas
potencialidades, visando a sua auto-realização, aprendizagem, integração social e
independência.
Apesar de todos os esforços e iniciativas ainda são inúmeras as barreiras
físicas e sociais que impedem o efetivo processo de integração dos educandos
especiais no mundo de todos e esta dificuldade é remota, houve um tempo em que
as pessoas portadoras de deficiência eram marginalizadas e até sacrificadas por
não serem úteis à sociedade.
Com o passar do tempo esta rejeição transformou-se em compaixão,
proteção que, felizmente, hoje em dia vem sendo substituída pela conquista da
dignidade, direito e cidadania.
Já é consenso geral a necessidade da criação de novas linhas de ações
inspiradas no princípio de integração para assegurar a educação para todos. As
escolas para todos devem promover a aprendizagem e atender as necessidades de
cada um, já que, a educação é um, senão, o único meio de promover a cidadania.
Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite a diversidade da raça
humana, atendendo às necessidades das maiorias e minorias é concretizar a
realização, a mediação deste processo.
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A integração educativo/escolar refere-se ao processo de educar/ensinar no
mesmo grupo (salas de ensino regular) a criança com e sem necessidades
educativas especiais.
Embora os conceitos de integração e inclusão, no âmbito do ensino, acenam
uma mesma idéia, ou seja, a inserção da pessoa portadora de necessidades
educativas especiais na escola, elas apresentam diferentes significados.
A integração objetiva favorecer um ambiente de convívio que oportunize a
pessoa portadora de necessidades educativas especiais um processo dinâmico de
participação em todos os níveis sociais e no espaço educacional prima por
desenvolver modalidades alternativas para aqueles alunos que, em função de suas
necessidades específicas não conseguem se desenvolver no sistema regular de
ensino.
Já a inclusão propõe um modo de interação social. No qual, para a mesma
acontecer, deverá fazer uma mudança nos valores e atitudes da sociedade e da
própria educação escolar, em que as escolas inclusivas primam por um sistema que
considere a necessidade de todos os alunos e estrutura-se em função dessas
necessidades. Não se trata aqui, criar estruturas especiais para o atendimento de
quaisquer educandos, mas fazer com que as estruturas já existentes sejam capazes
de atender a todos nos seus diferentes níveis de ensino.
Não podemos falar em inclusão sem refletir sobre o que é incluir as pessoas
com dificuldades de aprendizagem, os indisciplinados, os pobres, os negros, os
descendentes das demais raças e etnias uma vez que falamos de proporcionar
igualitariamente todas as condições de acesso e permanência na escola. Portanto, a
efetivação desta proposta só poderá ocorrer com o trabalho e envolvimento de todos
os membros da escola professores, funcionários e direção e a comunidade escolar
conscientizando e lutando para que a idéia de uma sociedade justa e igual se
efetive.
20
MARCO OPERACIONAL
Os discentes com dificuldades de aprendizagem (déficit de atenção,
hiperatividade, dificuldades na leitura, na escrita, em cálculos, entre outros distúrbios
de aprendizagem) são atendidos na Sala de Recursos e na Sala de Apoio à
Aprendizagem e de forma diferenciada por todos os professores em sala de aula
regular.
Já os problemas de indisciplina são resolvidos obedecendo às normas do
regimento interno, sendo aplicado pelos professores, pedagogos e diretor, nos casos
menos graves, e pelo Conselho Escolar, nos casos mais graves. As medidas
tomadas para os atos de indisciplina consistem em: advertência verbal, advertência
escrita com comunicação aos pais, suspensão da freqüência às atividades normais
da classe, transferência de turma e transferência de turno. Visto que a indisciplina é
gerada por vários motivos como problemas familiares, proteção excessiva de alguns
pais, carência de afeto e social, e também por influências negativas, cabe a todo a
equipe escolar trabalhar para que estes problemas possam ser resolvidos ou
amenizados, através de conversas com o aluno e com os familiares, se necessário
encaminhar para outros órgãos competentes que possam contribuir com o nosso
trabalho.
Mesmo com todas as discussões que estão acorrendo em torno das políticas
de inclusão sociais para as pessoas com necessidades educativas especiais, quer
sejam em caráter educacional e/ou social, há que se repensar o processo de
integração social, pois este não tem ultrapassado os limites dos muros da escola
(sem contar que são poucas escolas que promovem a inclusão), criando estratégias
e mobilizando discussões no sentido de viabilizar um processo real de inclusão
social.
Uma vez que o conhecimento já está construído, a escola tem a função de
fazer estudo e análise crítica com o aluno para que ele possa apropriar-se e
reelaborar esse conhecimento. O ensino é de responsabilidade do professor e a
escola deve garantir o conhecimento, exercendo assim sua função. Ela deve
também ofertar condições para o aluno adquirir a aprendizagem necessária.
21
O trabalho do docente é o núcleo primordial da educação escolar, por isso a
organização que se deseja é aquela que melhor favoreça o trabalho docente, uma
vez que este trabalho é uma atividade social porque contribui para a formação
cultural e científica dos alunos.
Na interação com os alunos com necessidades educativas especiais, os
professores aprendem a ser mais tolerantes, conhecer e respeitar ritmos e estilos de
aprendizagem variados, ao utilizar estratégias diferenciadas de ensino e avaliação,
que acabam por beneficiar a turma toda.
É dever da família educar seus filhos e transmitir valores morais, princípios
éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene
pessoal e garantir a ida e a permanência dos filhos na escola. Mas, atualmente a
família tem passado esta função para a escola, justificando não ter tempo para
cuidar de seus filhos, acreditando que educar em sentido amplo é função da escola.
Já a escola diz que o êxito do processo educacional depende da atuação da família,
que deve prestar mais atenção em todos os aspectos do educando e que essa
atitude da família desvia a escola de sua função que é transmitir os conteúdos
curriculares, sobretudo de natureza cognitiva.
Sempre que é necessário, o Colégio agenda reuniões de acompanhamento
educacional com os pais e/ou responsáveis, visando à articulação com a família e a
comunidade e estas são mensais ou bimestrais conforme a necessidade. Toda vez
que o Colégio organiza uma festividade e/ou atividade cultural a família é convidada
e esta sempre atende às solicitações.
A organização curricular dar-se-á num processo dinâmico de discussão,
reflexão e elaboração contínua, contando sempre com a participação da equipe
escolar, buscando comprometimento com o trabalho realizado, com os propósitos
discutidos e com a adequação dos projetos elaborados às características sociais e
culturais da realidade em que a escola está inserida, proporcionando às salas de
aula um espaço privilegiado de reflexão e de situações vivas e enriquecedoras da
aprendizagem.
Centra-se na possibilidade de uma maior integração dos componentes
curriculares, na maior integração dos docentes entre si e com a comunidade e,
conseqüentemente, uma maior aproximação com os objetivos da aprendizagem.
22
Parte das decisões em torno do currículo da escola ficam no âmbito do coletivo dos
professores e com eles a responsabilidade do acompanhamento da ação
pedagógica e de seu ato de ensinar. É claro, contando sempre com o apoio da
equipe pedagógica. Tudo isso, para que o educando receba uma educação integral,
que o torne um cidadão crítico, atuante e participativo, que saiba lutar por seus
direitos, buscando uma vida digna, consciente e comprometido com seus deveres.
Tudo isso somente se efetivará com a garantia do conhecimento, do domínio dos
conteúdos escolares e com as experiências sociais vividas na escola, no lar e na
sociedade.
O Currículo do Colégio Estadual Padre Cirilo está em consonância com a
realidade do educando, com o mundo que o cerca, vivo e em rede, proporcionando a
oportunidade de conhecer, fazer, relacionar, aplicar-se, transformar, onde o aluno
estabelece relações com o meio ambiente, percebendo-se parte dele, entendendo
as relações de trabalho estabelecidas entre os homens.
A Organização Curricular utilizada é por disciplina e série:
Ensino Fundamental
1. Quinta Série
- Artes
- Ciências
- Educação Física
- Ensino Religioso
- Geografia
- História
- Língua Portuguesa
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês
- Matemática
2. Sexta Série
- Artes
- Ciências
- Educação Física
- Ensino Religioso
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- Geografia
- História
- Língua Portuguesa
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês
- Matemática
3. Sétima Série
- Artes
- Ciências
- Educação Física
- Ensino Religioso
- Geografia
- História
- Língua Portuguesa
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês
- Matemática
4. Oitava Série
- Artes
- Ciências
- Educação Física
- Ensino Religioso
- Geografia
- História
- Língua Portuguesa
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês
- Matemática
Ensino Médio
1. Primeira Série
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- Biologia
- Educação Física
- Física
- Geografia
- História
- Língua Portuguesa
- Língua Estrangeira Moderna – inglês
- Matemática
- Química
2. Segunda Série
- Biologia
- Educação Física
- Física
- Geografia
- História
- Língua Portuguesa
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês
- Matemática
- Química
- Sociologia
3. Terceira Série
- Arte
- Biologia
- Educação Física
- Filosofia
- Física
- Geografia
- História
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- Língua Portuguesa
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês
- Matemática
- Química
O Colégio oferta o Inglês como língua Estrangeira Moderna tanto no Ensino
Fundamental como no Médio; o Ensino de Filosofia e Sociologia é ofertado no
Ensino Médio pela escola; e os estudos sobre o Estado do Paraná são ministrados
nas aulas de História pelos professores que buscam a melhor forma de trabalha-los
adequando-os ao tempo escolar em cada série.
A Casa Familiar Rural é uma escola credenciada ao Colégio Estadual Padre
Cirilo para ser trabalhado especificamente com alunos do campo, que visa valorizar
e manter a permanência dos jovens no campo, buscando despertar no educando o
interesse pelos costumes, cultura, saberes, tradições que estão sendo deixadas
para trás, bem como o engajamento do pequeno agricultor na sociedade e o
interesse na participação de políticas públicas que venha beneficiá-lo.
A partir de 2006, a Pedagogia da Alternância foi reformulada pela parceria
entre SEED (Secretaria da Educação) e a ARCAFAR-SUL (Associação Regional das
Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil). Em convênio com a SEED, a formação
pedagógica dos alunos é ministrada na própria Casa Familiar, não sendo mais
necessário o deslocamento dos alunos até a cidade, no CEEBJA, o que veio a
aumentar o aproveitamento dos alunos na semana que permanecem na Casa
Familiar. Eles contam com a presença de professores e monitores.
O funcionamento da Pedagogia da Alternância devera seguir os moldes do
Projeto Político Pedagógico da Casa Familiar Rural, podendo sofrer alguma
alterarão em comum acordo entre o Conselho de Administração, Monitores e
Professores.
O aluno permanece em regime de internato por uma semana, na Casa
Familiar Rural, quando recebe a teoria pedagógica e agrícola e na semana seguinte
volta para sua propriedade onde juntamente com a família e acompanhado pelos
monitores e professores realizam a prática dos projetos agrícolas. Isso quer dizer
que aluno alterna uma semana na Casa Familiar Rural e uma semana na sua
26
propriedade e assim consecutivamente, o curso de Qualificação Agrícola tem
duração de 03 anos.
A matriz curricular que integra a Proposta Pedagógica do Colégio Estadual
Padre Cirilo contempla:
a)Base Nacional Comum, compreende 75% da carga horária prevista;
b)Parte Diversificada, compreendendo 25% da carga horária.
A concepção de avaliação da aprendizagem em nossa escola leva em conta
os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Assim sendo a avaliação deve ter uma finalidade diagnóstica, voltada para o
levantamento das dificuldades dos alunos, com vistas à correção de rumos, à
reformulação de procedimentos didáticos ou até mesmo dos objetivos.
A avaliação é um processo contínuo e paralelo ao processo de ensino e aprendizagem e deve ser permanente. Para que ela aconteça, o professor deve conhecer seus alunos, seus avanços e dificuldades.
Nesse processo de avaliação, não podemos esquecer que o professor
também deve se avaliar, refletindo sobre o seu próprio trabalho, verificando seus
procedimentos e, quando necessário, reestruturando sua prática. Diante de todas as
considerações apresentadas acerca do papel e da importância da avaliação no
processo educativo, destacamos que a avaliação deve estar vinculada à concepção
de mundo, de sociedade e de ensino que queremos, permeando toda a prática
pedagógica e as decisões metodológicas.
Sendo assim, a avaliação não deve representar o fim do processo de
aprendizagem, nem tampouco a escolha inconsciente de instrumentos avaliativos,
mas sim, a escolha de um caminho a percorrer na busca de uma escola necessária.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem, responsabilidade da escola,
será realizado de forma contínua, cumulativa e sistemática, tendo como um de seus
objetivos o diagnóstico da situação de aprendizagem de cada aluno, em relação a
programação curricular prevista e desenvolvida em cada nível e etapa da
escolaridade. Deverá ser o resultado de discussões críticas e contribuições de toda
a comunidade escolar.
Pretendemos uma avaliação ampla, para permitir um planejamento escolar
coletivo e participativo, ajudando os educadores a planejar a continuidade de seu
27
trabalho, ajustando ao processo dos alunos, buscando oferecer a eles condições de
superar obstáculos e desenvolver o autoconhecimento e a autonomia, visando ainda
auto-avaliações e avaliações em grupo, assim como o retorno e a discussão com os
alunos da avaliação feita pelo professor, bem como a recuperação paralela de
estudo, com a retomada, em sala de aula, dos conteúdos cujos objetivos propostos
não foram atingidos pelos alunos. Os registros de avaliação são feitos através de
notas bimestrais e a comunicação do resultado aos pais é feita através de boletins
emitidos bimestralmente e através reuniões de acompanhamento.
A sistemática da avaliação do desempenho do jovem ou adolescente
da Casa Familiar Rural será contínua, diagnóstica, participativa, progressiva e tem a
função de analisar e refletir se o processo de aprendizagem está sendo alcançado.
Contanto o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos
necessários a sua realização como cidadão crítico, permitindo que todos os sujeitos
sejam avaliados por diferentes instrumentos e em diversos espaços.
A avaliação deve ser feita de tal modo que sirva como diagnóstico para o
professor e através deste ele possa construir uma compreensão dos avanços e
dificuldades dos alunos, manifestados através dos instrumentos elaborados e
utilizados. Dessa forma o professor consegue analisar a situação de aprendizagem e
o que precisa ser retomado e modificado na prática pedagógica, através dos
seguintes procedimentos: trabalhos individuais, atividades em grupo, trabalhos de
campo, elaboração de textos, aulas na roça, excursões, entrevistas, dramatizações,
observações, além da oralidade e leitura. A recuperação deverá ser paralela e
contínua.
A presença em sala de aula do diálogo, da cooperação, da troca de
informações mútuas, do confronto dos pontos de vista divergentes, possibilitará o
desenvolvimento do educando devendo ser observado: ritmo de cada um,
comportamento, experiências, trajetórias pessoais, contextos familiares, valores
ampliados da capacidade individual, trocas, etc., visando o alcance do objetivo
comum: a aquisição do conhecimento.
Portanto, o processo de ensino e aprendizagem ocorre de forma interativa e
dinâmica entre professor, aluno, coordenação pedagógica, e na troca entre os
próprios colegas de sala, na busca coletiva do conhecimento entre toda a
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comunidade escolar e o mundo que a cerca. Todo o processo deve ser orientado
pelo professor, pois cabe a ele transmitir o saber historicamente construído.
Sempre que os objetivos deste processo não estiverem sendo atingidos,
são feitas as devidas intervenções pedagógicas para que possam ser
diagnosticadas as causas e através de discussões, diálogos, reflexões e sugestões
entre professores, alunos, coordenação pedagógica e pais, sejam encontradas
alternativas e soluções para que o ensino e a aprendizagem se efetivem. Isto deve
ocorrer com a mudança de postura do professor, comprometendo-se com sua
função de ensinar frente ao aluno com dificuldades, com um maior
comprometimento do próprio aluno, com um maior envolvimento da família e
finalmente, com o encaminhamento do aluno à Sala de Apoio à Aprendizagem ou de
Sala de Recurso.
Os registros avaliativos são feitos em livro próprio com notas onde os
discentes são avaliados de formas diferenciadas, pelo seu desempenho e
participação a cada bimestre totalizando ao final do ano quatro bimestres.
Os discentes são avaliados constantemente, de forma contínua, diagnóstica
através de provas escritas, orais, trabalhos extra classe, discussões e troca de
idéias entre colegas, professores e equipe pedagógica.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos , a mesma dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, sendo organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados. Sendo a nota uma consequência do trabalho realizado, após a
recuperação dos conteúdos será organizado uma nova avaliação de mesmo peso, a
qual será substituída permanecendo a maior.
Será aprovado o aluno que obtiver média seis (conforme Resolução
5206/93) ou mais, com o mínimo de setenta e cinco por cento de freqüência ; e
reprovado caso não alcance essa média e/ou não tiver setenta e cinco por cento de
freqüência. O aluno só será aprovado por Conselho de Classe, desde que o mesmo
apresente condições de acompanhamento no ano seguinte e não podendo ocorrer
em dois anos consecutivos.
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O Colégio oferta a Progressão Parcial (Dependência) para o Ensino Médio,
desde que não ultrapasse as três disciplinas durante o curso, para aqueles poucos
alunos que não obtiveram êxito, apesar das aulas bem dadas, diferenciadas,
recuperação imediata e paralela e outras atividades propostas pelos professores.
Para os alunos que vêm transferidos de outras escolas que ofertam mais de duas
disciplinas (Dependências), a escola oferecerá duas dependências e as demais
serão feitas na modalidade de adaptação.
A progressão parcial é ofertada em forma de trabalho, pois nossa escola não
apresenta outro turno de ensino médio, esse trabalho é conduzido pelo professor da
disciplina com contribuição da coordenação.
Para os alunos do Ensino Fundamental a Progressão Parcial não é ofertada,
no entanto, os alunos provenientes de outras escolas que a necessitam são
atendidos em forma de adaptação.
O Conselho de Classe é parte integrante do processo de avaliação
desenvolvido pela escola. Constitui um momento de reflexão sobre as práticas
presentes no cotidiano escolar, com o objetivo de atingir a real aprendizagem dos
alunos: deseja-se que todos os alunos aprendam. É realizado bimestralmente com
a participação dos professores, direção, equipe pedagógica, pais, alunos, demais
funcionários. Sendo que anteriormente é feito um pré-conselho com os alunos,
coordenado pelo professor representante e/ou pelo(s) pedagogo(s), onde eles
expõem suas angústias e dificuldades, as quais são levadas ao conselho e
discutidas maneiras de sana-las. O Pós-Conselho é realizado por turma em sala de
aula, coordenado pelo professor representante de turma juntamente com o aluno
representante que participou do conselho de classe. Sendo também realizado o Pós-
Conselho com os professores a partir do levantamento feito no Pré-Conselho com os
alunos coordenado pela Equipe Pedagógica e Direção.
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CONCLUSÃO
Enfim, queremos uma escola efetiva e pública, diferente daquela que
tínhamos até tão pouco tempo, que só atendia à uma classe dominante ou apenas
preparava o indivíduo para o trabalho. Queremos uma escola em que o profissional
da educação seja valorizado, bem preparado, que trabalhe com satisfação, com
segurança, com motivação, cumprindo seu papel de formar um cidadão capaz,
criativo e fraterno. Uma escola com material didático/pedagógico e espaço físico
suficiente e adequado, que transmite o conhecimento, que resgate os valores
morais, éticos, de respeito mútuo e que valorize os costumes, as tradições, a arte e
a cultura do povo.
Queremos uma escola que garanta o conhecimento para que o aluno
possa transformar a sociedade e para que possamos ter esse aluno, a instituição
trabalhará de forma integrada com toda a comunidade em geral, procurando
sempre, por em prática o Projeto Político Pedagógico, buscando assim a efetivação
do processo ensino e aprendizagem.
A direção, a coordenação pedagógica, o Conselho Escolar e a APMF,
procurarão ter um acompanhamento constante no processo ensino e aprendizagem,
mantendo contato com professores, alunos e pais através de diálogos, avaliações,
observações, reuniões pedagógicas, comunicados verbais e escritos, assembléias
etc, para avaliar se de fato, o PPP (Projeto Político Pedagógico) do colégio está
sendo colocado em prática, lembrando sempre que o objetivo do mesmo tem caráter
coletivo e participativo e que deve garantir a aprendizagem do aluno. Para isso é
estudado, discutido e procurado entender algumas situações fundamentais na
escola.
31
BIBLIOGRAFIA
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32
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de Janeiro: WVA, 1997
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ANEXOS
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