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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO ESTADUAL IMACULADA CONCEIÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Linha Ligação – CEP 84 400-973 – Prudentópolis – PR Fone: (42) 3446-5014 – E-mail: [email protected]

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO ESTADUAL IMACULADA CONCEIÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Linha Ligação – CEP 84 400-973 – Prudentópolis – PR Fone: (42) 3446-5014 – E-mail: [email protected]

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PRUDENTÓPOLIS 2011

SUMÁRIO PÁGINA

I – APRESENTAÇÃO 3 II – INTRODUÇÃO 3

2.1. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO 3 2.2. ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES 3 2.3. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO 4 2.4. OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES 4

III – OBJETIVO GERAL 5 IV – MARCO SITUACIONAL 6

4.1. DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO, DA ESCOLA 6 4.2. ANÁLISE CRÍTICA DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA REALIDADE E SUAS RELAÇÕES COM A PRÁTICA EDUCATIVA, EXPLICITANDO AS PRINCIPAIS QUESTÕES DO CENTRO SEUS LIMITES E POSSIBILIDADES 7 4.3. PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELO COLÉGIO 8 4.4. CONCEPÇÃO DE ESCOLA 9

V – MARCO CONCEITUAL 10 5.1. CONCEPÇÕES 10 5.2. PRINCÍPIOS 11 5.3. REGIME ESCOLAR 14 5.4. AVALIAÇÃO 15

VI – MARCO OPERACIONAL 17 6.1.ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA/FUNÇÕES ESPECÍFICAS 17 6.2. LINHAS DE AÇÃO 30 6.3. PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS 33 6.4. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO E DOS CONSELHEIROS 34

VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 VIII – PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARESANEXOS 36

8 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL 36 8.1 PPC de Arte – Ensino Fundamental e Médio 36 8.2 PPC de Ciências – Ensino Fundamental 50 8.3 PPC de Educação Física – Ensino Fundamental e Médio 55 8.4 PPC de Geografia – Ensino Fundamental e Médio 59 8.5 PPC de História – Ensino Fundamental e Médio 65 8.6 PPC de Língua Portuguesa – Ensino Fundamental e Médio 70 8.7 PPC de Matemática – Ensino Fundamental e Médio 83 8.8 PPC de L.E.M – Ucraniano – Ensino Fundamental 89 8.9 PPC de Ensino Religioso – Ensino Fundamental 94 8.10 PPC de Biologia – Ensino Médio 98 8.11 PPC de Filosofia - Ensino Médio 103 8.12 PPC de Física - Ensino Médio 107 8.13 PPC de Química - Ensino Médio 112 8.14 PPC de Sociologia - Ensino Médio 117 8.15 PPC de Espanhol - Ensino Médio 120

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I – APRESENTAÇÃO A escola deve ser um espaço que propicie aos educandos a valorização da

bagagem cultural que os mesmos trazem na sua formação, para que assim haja uma mediação cultural e esses saberes analisados, refletidos, argumentados, resolvidos, para que assim se tornem sujeitos pensantes e críticos e consigam entender o mundo que os rodeia.

Um ambiente colaborativo, onde todos sejam valorizados, onde exista cumplicidade, onde todos ajudem a todos, são passo importantes para atingir o sucesso.

O processo político pedagógico é o instrumento essencial na construção da escola que buscamos, pois ela é a própria organização do trabalho pedagógico como um todo.

De construção necessariamente coletiva, supõe a reflexão crítica sobre todos os problemas da sociedade e da educação, buscando a transformação da realidade social, política e econômica, exige a articulação e participação de todos os sujeitos do processo educativo e alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção contínua.

Com características ímpares o colégio precisa ter no Projeto Político Pedagógico o espelho da sua realidade, que primeiramente oriente as ações respeitando todo o amparo legal e depois reflita com clareza todas as peculiaridades e particularidades proporcionando aos que recorram a ela uma base concreta para o trabalho. II – INTRODUÇÃO 2.1 IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO O Colégio Estadual Imaculada Conceição – Ensino Fundamental e Médio, teve o seu funcionamento autorizado pela Resolução Nº 248/91 do dia 21 de janeiro de 1991, publicada no Diário Oficial do dia 01 de fevereiro de 1991. O reconhecimento do Colégio ocorreu pela Resolução N.º 223/95 de 30 de janeiro de 1995, publicada no Diário Oficial de 06 de março de 1995. O Regimento Escolar do Colégio Estadual Imaculada Conceição – Ensino Fundamental e Médio, foi aprovado pela Deliberação n.º 16/99 CEE de acordo com o Ato Administrativo n.º 475/2007 do NRE de Irati, em 31 de dezembro de 2007.

O Colégio está localizado na área rural do Município de Prudentópolis, a uma distância de 60 Km da sede, e a cerca de 105 Km de distância do Núcleo Regional de Educação de Irati.

2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES

Em reunião realizada no ano de 1990 a comunidade decidiu por unanimidade nominar o Estabelecimento de Colégio Imaculada Conceição. O Colégio recebeu este nome inspirado no nome da Igreja da comunidade de Ligação, construída no ano 1917 pelos primeiros imigrantes ucranianos chegados a região. A escolha foi movida pela grande religiosidade do povo e pela devoção a Nossa Senhora Imaculada Conceição.

No início do ano de 1991 a Professora Helena Gardasz assumiu o cargo de Diretora e sua gestão foi prorrogada até o término do ano de 1995. Durante os anos de 1996 e 1997 exerceu o cargo a Professora Maria Scherbate. De 1998 a 2003 Professora Cecília Tlumaski Prima. A partir de 2004 com o porte do colégio ampliado passou a existir o cargo de Diretor Auxiliar. Em 2004 e 2005 a Professora Cecília Tlumaski Prima e Professora Lídia Lurdes Bahri Ribeiro, exerceram as funções de Diretora e Diretora Auxiliar, respectivamente. De 2006 a 2008, Professor João Marcio Iulek e Professora Lídia Lurdes Bahri Ribeiro. E atualmente na gestão 2009 a 2011 ocupam os cargos o Professor João Marcio Iulek e o Professor André Luiz Lascosk. Em 31 de março de 1991 realizou-se a Fundação da Associação de Pais e Mestre do estabelecimento, que teve na sua presidência: 31/03/1991 a 02/06/1994 - Senhor Nestor Bahri Primo; 02/06/1994 a 30/10/1996 - Senhor Tadeu Chociai; 30/10/1996 a 15/02/1998 - Senhor Pedro Kuwai;

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15/02/1998 a 22/02/1999 - Senhora Zeneide de Lima e Silva; 22/02/1999 a 16/04/2001 - Senhora Zeneide de Lima e Silva; 16/04/2001 a 16/04/2003 - Senhor Lauro Tkaczuk Tlumaski; 16/04/2003 a 16/04/2005 - Senhora Julia Leuch Daczuk; 16/04/2005 a 15/04/2007 - Senhor João Senkiv Sobrinho; 15/04/2007 a 15/04/2009 - Senhor João Senkiv Sobrinho; 15/04/2009 a 15/04/2011 - Senhora Rose Cristhiane Leonardi. 15/04/2011 a 15/04/2013 - Senhora Bernadete Antonio Tlumaski É importante ressaltar que em 14/03/2004, a Associação de Pais e Mestres, sofreu alteração em sua razão social, passou a ser denominada Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF. 2.3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

No decorrer dos anos de 1991, 1992, 1993 e 1994 as aulas foram ministradas em salas do pavilhão comunitário da sacristia da igreja e duas salas da Prefeitura Municipal de Prudentópolis. No dia 06 de agosto de 1995 foram inauguradas novas instalações do Colégio com quatro salas de aula e ala administrativa, pelo Excelentíssimo Prefeito Municipal de Prudentópolis o Senhor Markiano Antonio. O terreno para a construção do Colégio foi doado pela Senhora Maria Tlumaski. Devido a demanda sempre crescente, o Colégio sofreu diversas ampliações: no ano de 1997 foi adaptado um espaço, com recursos próprios da APM, criando mais uma sala de aula; de 1998 a 2000, ocorreu a construção de uma sala multiuso, convênio PROEM/APM, hoje dividida por divisórias abrigando uma sala de aula e a biblioteca; no período 2000/2001 foram construídas 2 (duas) salas de aula, com verba da FUNDEPAR; recentemente, em 2004 foi adaptado um espaço, criando um sala para o material esportivo, com recursos da APMF; no início de 2008 foi feita mais uma adaptação, fechando o que restava do pátio coberto com divisórias para uma sala de aula com recursos do Fundo Rotativo e da Prefeitura Municipal de Prudentópolis; em 2009 foi feita uma cobertura próximo a cozinha a fim de servir como abrigo aos alunos no momento do lanche que foi transformada em sala de aula.

Após a obra de ampliação e reparos gerais do colégio iniciada em novembro de 2010 que aumenta em mais de mil metros quadrados a área construída solucionando todos os problemas de espaço físico.

Atualmente o Colégio funciona em prédio próprio mantido pela SEED, sendo que o prédio possui 10 salas de aula, 02 salas de aula menores, 01 secretaria estadual, 01 secretaria municipal; 01 sala de direção, 01 equipe pedagógica, 01 sala dos professores, 01 laboratório de informática (Paraná Digital), 01 laboratório de Física, Química e Biologia, 01 biblioteca, 01 almoxarifado, 01 cozinha, 01 Despensa, 01 depósito de material de limpeza, 01 banheiro masculino, 01 banheiro feminino, 01 banheiro para deficientes, 01 vestiário masculino, 01 vestiário feminino; 01 quadra de esportes, 01 sala de material esportivo. O Colégio funciona nos períodos matutino, vespertino e noturno, comporta um total de 585 alunos divididos em 21 turmas. Sendo 15 turmas de Ensino Fundamental com 423 alunos e 06 turmas de Ensino Médio com 175 alunos. Além disso, funciona no mesmo prédio, no período vespertino, a Escola Rural Municipal de Ligação com 6 turmas totalizando aproximadamente 153 alunos.

2.4 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES O Colégio teve o curso de ensino fundamental (6.º a 9.º ano), criado a autorizado pela Resolução N.º 248 de 21/01/1991, publicada no Diário Oficial em 01/02/1991, quando este era ainda denominado 1.º grau. Desde então o curso de ensino fundamental tem sido ofertado e vem sendo ampliado, contando hoje com um total de 15 turmas, distribuídas em, 10 turmas no período matutino com 284 alunos, 04 turmas no período vespertino com 111 alunos, e 01 turma no período noturno com um total de 18 alunos.

A Resolução N. 1957 de 04/06/1999, publicada no Diário Oficial em 31/12/1998, autorizou o funcionamento do curso de 2.º grau – educação geral, hoje denominado Ensino Médio , desde 1997, com implantação gradativa em substituição ao curso de magistério.

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Hoje o curso de Ensino Médio é oferecido no período noturno, com um total de 164 alunos distribuídos por 06 turmas.

Atualmente o Colégio atende 577 alunos de aproximadamente 29 comunidades rurais do norte do município de Prudentópolis. As comunidades atendidas pelo Colégio são as seguintes: Água Quente – 18 Km Alto Barra Grande – 19 Km Barra das Canoas – 17 Km Herval Bonfim – 12 Km Herval Sede 10 Km Herval Fraqueza – 08 Km Herval Fraqueza 2a Secção – 11 Km Ivaí Boa Vista – 10 Km Jaciaba – 15 Km Lageado Raso – 08 Km Macacos – 14 Km Marrecas de Cima – 27 Km Marrecas de Baixo – 20 Km Pimental 2a Secção 06 Km Pimental 1a Secção 11 Km Poço dos Anzóis – 16 Km Rio Belo – 18 Km São Miguel do Herval – 22 Km São Francisquinho – 12 Km São Francisco – 21 Km Senador Correia – 24 Km Serra da Esperança – 25 Km Serra da Gralha – 04 Km Vitorino – 18 Km

O Colégio oferece aulas em Salas de Apoio para o 6.º e 9º ano nos turnos da manhã e noite e possui três turmas de CELEM de Inglês com 67 alunos.

Além dos alunos do Colégio, nas mesmas dependências do Colégio Estadual Imaculada Conceição – Ensino Fundamental e Médio, funciona a Escola Rural Municipal de Ligação, oferecendo a Educação Infantil e o Ensino Fundamental de 1.º a 5.º ano. O Colégio recebe alunos de toda a região norte do município, Distrito de Jaciaba, e os alunos conseguem chegar a escola graças ao transporte escolar, de responsabilidade da Prefeitura Municipal.

III – OBJETIVO GERAL

O Colégio Estadual Imaculada Conceição – Ensino Fundamental e Médio, enquanto instituição pública de ensino, ofertando regularmente o Ensino Fundamental (6.º ao 9.º ano), e o Ensino Médio, tem por objetivo o desenvolvimento pleno do educando, oportunizando com igualdade de condições o acesso e a permanência na escola, inclusive para educandos portadores de necessidades especiais, ensino de qualidade, valorizando a experiência extra-escolar, que o campo oferece, para que o educando possa ser capaz de exercer plenamente a cidadania, tendo possibilidade de progresso no trabalho e também para continuar aprendendo. Ressaltamos que para isso, os conteúdos curriculares e as metodologias serão adequados aos interesses dos alunos, ou seja, a sua realidade. O currículo será direcionado no sentido de desenvolver nos alunos a capacidade de aprender, para então compreender a realidade e o mundo que o rodeia, em todos os aspectos: natural; social; sistema político; tecnologia; cultura; artes; valores sociais. Enfim, relacionando a teoria com a prática, objetivamos formar um cidadão autônomo intelectualmente, crítico e participativo, capaz de ser artífice na construção de uma sociedade mais justa, de respeito aos direitos e deveres do cidadão, onde reine a liberdade e sejam cultivados os ideais de

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solidariedade e de respeito mútuo, buscando o bem comum sob a égide da organização democrática.

A busca dos objetivos obrigatoriamente passa pelo amparo da legislação vigente: Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996, Lei de diretrizes e bases da educação nacional; Lei n.º 8.069 de 13 de julho de 1990, Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e da outras providências; Lei Estadual 16.049 de 19 de fevereiro de 2009, Dispõe sobre o Ensino Fundamental de nove anos; Lei n.º 11.788 de 25 de setembro de 2008, Dispõe sobre o estágio de estudantes; Lei n.º 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências; Lei Estadual n.º 13.381 de 18 de dezembro de 2001, que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná; Lei n.º 11.645 de 10 de março de 2008, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”; Resolução CNE/CEB 1, de 3 de abril de 2002 que Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo; Lei Estadual n.º 11.733 de 28 de maio de 1997, que autoriza a implantação de campanhas de Educação Sexual a serem veiculadas nos estabelecimento de ensino estadual; Lei Estadual n.º 11.734 De 28 de maio de 1997 que torna obrigatória a veiculação de propagandas de informação e prevenção da AIDS para os alunos de Ensino Fundamental e Médio no Estado do Paraná; e demais leis, pareceres, deliberações e instruções que normatizam a educação.

IV – MARCO SITUACIONAL 4.1 DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO, DA ESCOLA 4.1.1 Realidade brasileira

Nos primórdios a educação era oportunizada obedecendo ao critério da divisão da sociedade em classes. Para alguns a escola oferecia conhecimento, outros eram docilizados e conformados em sua condição por essa mesma escola – escola a serviço do poder e das classes dominantes.

No Brasil a educação também foi utilizada para reprodução das classes sociais. Historicamente a educação apresentou uma dualidade: uma escola direcionada aos dirigentes e outra destinada as classes populares. No decorrer do século XX, com a passagem do Brasil de país agrário para país urbano e que tardiamente se industrializou, a escola teve um direcionamento maior em preparar para o trabalho, em detrimento da preocupação com o educando – escola voltada para o mercado de trabalho e não para o aluno. Os modelos pedagógicos ora marginalizavam os sujeitos do campo, ora vinculam-no ao mundo urbano, ignorando a diversidade sócio cultural do povo brasileiro.

Todos conhecemos a grandiosidade territorial do Brasil, sabemos do grande potencial agrícola e industrial que o conduz a figurar entre as grandes economias do mundo, e isso nos orgulha. Mas existe uma outra face profundamente entristecedora, estamos sempre próximos do topo das listas de países, quando se fala em má distribuição de renda e desigualdade social. Os frutos desses insucessos são, índices de mortalidade infantil elevados, baixa expectativa de vida ao nascer, e milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais analfabetos, e uma educação de péssima qualidade, produtora de analfabetos funcionais em massa. A confirmação desse quadro aparece em documento da SEED-PR (2004, p.15), que diz que no Brasil “... temos uma economia consolidada, aberta para o mercado internacional, com um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade no campo (com super-safras), mas contraditoriamente existem milhões de miseráveis; os desprovidos de políticas públicas sociais resultado da absurda concentração de renda no país”.

A inércia não parece ser o caminho, diante dos desafios que estão postos, necessitamos reduzir o número de analfabetos, manter as crianças e os adolescentes na escola, e priorizar a qualidade do ensino, a fim de preparar os educandos para que esses possam ser os artífices da construção de uma sociedade mais justa e um país socialmente desenvolvido. “No início do século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente

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necessidade de mudar a realidade da educação no país. Fato que explicita essa necessidade é a persistência do analfabetismo. Isso expressa o atraso do Brasil marginalizando milhões de cidadãos”. (SEED-PR, 2004, p. 15) 4.1.2 Realidade do Estado

A realidade paranaense está em total sintonia com a realidade brasileira, ou seja, aqui temos desigualdades sociais e má distribuição de renda. Em termos escolares, convivemos com o analfabetismo, evasão escolar e baixa qualidade de ensino. “Essa realidade é devido a um conjunto complexo de fatores a serem considerados desde as condições de trabalho, a formação e remuneração dos professores, a difusão de teorias e práticas pedagógicas com precário vínculo com as necessidades e demanda da realidade escolar e a flexibilização das práticas avaliativas.” (SEED-PR, 2004, p. 15)

É importante termos uma noção exata de que a qualidade do ensino e o sucesso escolar dependem de uma aparato mínimo necessário: espaço físico adequado, equipamentos suficientes, material humano qualificado e valorizado, e uma cultura de valorização da qualidade do ensino. Muitos equívocos já foram cometidos na educação brasileira e paranaense, e o principal deles foi ter-se optado por produzir dados quantitativos e a reduções dos índices de repetência e evasão. Para combater esse retrocesso do não reprova ninguém e da redução da média, é necessário dar autonomia as escolas e cobrar apenas qualidade de ensino, a fim de que a escola volte a ser valorizada pela sociedade.

4.1.3 Realidade do Município

O município de Prudentópolis, com seus 2.307,90Km² de extensão, aparece entre os maiores municípios do Estado, com população de 51.008 habitantes e aproximadamente 60% residente na área rural, constituindo um município rural, dependente economicamente da agricultura. Prudentópolis possui cerca de 8.000 pequenas propriedades rurais nas quais se produz feijão, milho, soja, fumo, erva-mate e maracujá. A agricultura tradicional com uso da queimada, ainda é uma prática muito utilizada nas pequenas propriedades, devido ao relevo acidentado que impossibilita a mecanização. Nessas pequenas propriedades geralmente é empregada a mão de obra familiar e a lucratividade é baixa.

Em termos de educação, principalmente a população rural sempre teve muita dificuldade de acesso a escola, isso explica o alto índice de analfabetismo entre os adultos. Toda a região norte, atendida hoje pelo Colégio Estadual Imaculada Conceição – Ensino Fundamental e Médio, passou a contar com ensino fundamental de 5.ª a 8.ª séries e o ensino médio, somente a partir de 1991, quando o Colégio começou a funcionar.

As grandes distâncias que separam os alunos da escola, as estradas precárias, a necessidade de ajudar os pais no trabalho agrícola, a pouca instrução dos pais que não valorizam a escola, são algumas das dificuldades que as escolas encontram principalmente na zona rural do município. 4.1.4 Realidade da Escola

O Colégio Estadual Imaculada Conceição – Ensino Fundamental e Médio, em funcionamento desde o início da década de 1990, está localizado na Região Norte do município de Prudentópolis, a cerca de 60 Km da sede do município. Sendo esse percurso dividido em 14Km de rodovia pavimentada e os outros 46 Km de estrada apenas cascalhada. O colégio atende alunos provenientes em sua totalidade da zona rural e a grande maioria depende do transporte escolar para chegar a escola, devido as grandes distâncias entre a casa dos estudantes e a escola. Isso ocorre porque o colégio é o único do Distrito de Jaciaba e concentra o atendimento a uma população dispersa por uma área de aproximadamente 25 Km de raio.

Em termos de comunicação o colégio usa uma linha telefônica, via rádio, custeada pela SEED/PR desde outubro de 2006 o acesso a internet que passou a ser possível somente a partir do segundo semestre de 2005, com uma velocidade muito baixa, mesmo após a instalação do Laboratório de Informática do Paraná Digital no ano de 2008 continuou com problemas de acesso devido a velocidade de conexão.

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Algumas dificuldades como as grandes distâncias, as estradas precárias, a necessidade de trabalhar ajudando os pais na agricultura, a pouca instrução dos pais, já apresentadas quando da descrição da realidade do município, são perfeitamente aplicáveis a realidade do colégio.

4.2 ANÁLISE CRÍTICA DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA REALIDADE E SUAS RELAÇÕES COM A PRÁTICA EDUCATIVA, EXPLICITANDO AS PRINCIPAIS QUESTÕES DO CENTRO (ORGANIZAÇÃO, ABRANGÊNCIA, CAPACIDADE FACE À DEMANDA, FORMAÇÃO DOS EDUCADORES E OUTROS) SEUS LIMITES E POSSIBILIDADES

Um país forjado numa colonização de exploração, que acumula uma sucessão de ações que historicamente o mantiveram na condição de dependente, e como tal obediente a ordem mundial, tem expressos em desigualdade social, na má distribuição de renda, na deficiência da saúde e educação públicas, as marcas de um sistema capitalista que aprisiona e dita as regras, tornando seus escravos aqueles que pagam dívidas externas que indiretamente já foram pagas, e acreditam estar em desenvolvimento, rumando para um desenvolvimento que nunca alcançarão. Essa é a lógica de um sistema onde: países exploram países; empresas exploram empresas; pessoas exploram pessoas, e sendo assim, alguém tem que protagonizar o papel de explorado e excluído. Mas por que temos que ser nós?

Se por um lado somos uma nação grandiosa em extensão, com grande produção agrícola e industrial, que nos coloca entre as maiores economias do mundo, temos em contraponto o subdesenvolvimento expresso nos altos índices de analfabetismo, nos números gigantescos de famintos e subnutridos, na precariedade dos serviços públicos, etc. Resumidamente temos dois países: um país excelente para se viver, um verdadeiro paraíso, para menos de 20% da população, que constitui a classe alta detentora da maioria da riqueza e que dirige o país; outro país de fome, miséria, pobreza absoluta e injustiça social onde “vive” a grande maioria da população.

A construção de uma nação socialmente mais justa é responsabilidade, sobretudo, do Estado que deveria reverter o dinheiro dos altos impostos cobrados da população, em benefício desta. Investir em educação de qualidade seria a primeiro passo para a construção de uma sociedade composta de indivíduos autônomos, capacitados para participarem ativamente da mudança da realidade.

Investir em educação compreende não só disponibilizar espaço físico, equipamentos e materiais, mas também valorizar os seus profissionais e priorizar a qualidade do ensino. Assim a escola deve ter o seu valor resgatado, para que os educandos a procurem não apenas buscando um diploma de conclusão, mas buscando conhecimento. Para que esse sonho se realize é necessário dar oportunidades de crescimento, e fazer com que os jovens voltem a ter perspectivas futuras. Geração de emprego, salário digno, saúde e educação como verdadeiras prioridades, apoio ao pequeno agricultor, são algumas das necessidades urgentes para construirmos um país de todos e para todos.

Num colégio distante como o nosso, existe dificuldade de completar o quadro de funcionários, sendo sempre a última opção ou uma solução provisória. As distâncias dificultam os deslocamentos tanto dos profissionais para cursos e reuniões como dos alunos que em dias chuvosos têm muitas dificuldades de chegar ao colégio.

A evasão é um problema que teima em persistir. Na visão de muitos é mais importante trabalhar na busca de resultados financeiros imediatos, do que se dedicar ao estudo. Considera-se a educação a partir da ótica capitalista em detrimento da valorização do conhecimento.

RENDIMENTO ESCOLAR ANO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO

APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO ABANDONO

2005 89.20% 4,70% 6,00% 84,50% 3,70% 11,70% 2006 88,70% 7,30% 3,90% 81,40% 12,30% 6,10% 2007 84,60% 13,30% 2,00% 82,90% 8,80% 8,20%

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2008 79,20% 17,30% 3,30% 78,60% 13,10% 8,10% 2009 86,80% 9,00% 4,1% 85,50% 3,00% 11,40% 2010 89,07% 8,14% 2,79% 89,70% 4,63% 5,67%

Diante dos números, vemos evidentes alguns desafios que estão postos e que devemos enfrentar.

Pela primeira vez em 2009, os alunos das oitavas séries realizaram a Prova Brasil e o Colégio teve mensurado o seu Índice de Desenvolvimento da Educação – IDEB. A meta fixada para o Ensino Fundamental em 2009 era 3,5 e o Colégio alcançou 3,7.

4.3 PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELO COLÉGIO

O colégio atende alunos do campo, em sua esmagadora maioria, filhos de pequenos agricultores, que em suas pequenas propriedades, com utilização de mão-de-obra familiar, praticam a agricultura e a pecuária, atividades pouco rentáveis, em função das limitações topográficas (relevo acidentado), o que demanda o emprego de técnicas rudimentares com intenso esforço físico. Outra parcela da nossa clientela que seguramente não chega a 5% é formada por filhos de comerciantes, e alguns outros profissionais (mecânicos, profissionais de saúde, pedreiros, etc.).

A população é carente em todos os aspectos, muitos não tiveram acesso a educação, o atendimento público que já foi precário, apresenta algumas melhoras recentes, a renda familiar é baixa, as distâncias e as estradas ruins contribuem para o atraso e muitos sequer contam com abastecimento de energia elétrica. Esses fatores dificultam o trabalho da escola, que é pouco valorizada e convive com a evasão, de alunos que trocam o estudo pelo trabalho, que pela falta de perspectivas lhes parece ser a opção mais acertada.

Temos uma oscilação considerável no número de transferências recebidas e expedidas. A medida que os produtos agrícolas comercializados passam a ter um valor mais alto no mercado, passamos a receber transferências, quando enfrentamos momentos de crise no campo com perda de safras e preços baixos é verificada uma expedição maior de transferências.

Dos alunos que finalizam o ensino fundamental um número considerável sequer faz matricula no ensino médio, alguns em função da distância e da dificuldade de freqüentar o ensino médio noturno, e outros por optarem pelo trabalho ou mesmo por falta de estímulo familiar.

4.4. CONCEPÇÃO DE ESCOLA

Estamos em um processo de transmissão de uma escola pouco comprometida com a qualidade do ensino, onde há apenas a busca de ampliação das estatísticas: de índices de alfabetização; de alunos matriculados; e de baixa evasão e repetência, para uma escola mais voltada aos interesses dos alunos e da aprendizagem, onde não só as estatísticas mas também a qualidade do ensino começa a ser o ponto norteador, esse processo fez com que a escola e seus profissionais perdessem status na sociedade, que agora com essa nova postura começa a retomar sua importância. A escola massificada se transformou numa fábrica de analfabetos funcionais, úteis para as estatísticas e perfeitas massas de manobra das oligarquias dominantes do poder, que agora começa a receber uma educação preocupada com a realidade e com o desenvolvimento do aluno como um todo.

Buscamos uma escola que se adapte as mudanças que permeiam o contexto escola, onde possamos usufruir de uma escola comprometida com a realidade do aluno, onde o mesmo possa ser visto como único, com seus problemas e suas limitações e ao mesmo tempo fazendo parte de um conjunto onde deve-se investigar o que o aluno já sabe para que a escola seja intermediária na ampliação do conhecimento e na construção humano-social. Assim formando indivíduos capazes de compreender o mundo que os rodeia e atuarem nas transformações como verdadeiros cidadãos.

Como escola do campo devemos aproveitar a riqueza que o campo brasileiro oferece à ampliação dos conhecimentos escolares para corresponder a necessidade da formação integral dos povos do campo.

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Alunos

Temos majoritariamente alunos que são integrantes de famílias com baixa renda e pouca instrução. Estes possuem pouco ou nenhum contato com a leitura fora da escola. Desde cedo estes alunos estão envolvidos com o trabalho na agricultura e estão a margem da tecnologia (muitos não possuem energia elétrica). Diante do quadro descrito contamos com a desmotivação, pouco apoio dos pais, e a falta de perspectivas futuras. Por isso a escola acaba assumindo responsabilidades descarregadas sobre as suas costas, pelas mazelas sociais, e não vem conseguindo desempenhar o seu verdadeiro papel.

Enquanto instituição educacional queremos ter alunos participativos, responsáveis, compromissados, críticos e criativos a partir da ação humana coletiva gerando novas reflexões, de maneira que resgatem a valorização da cultura de sua própria comunidade. Professores

Temos professores com carga horária elevada, expostos a condições de trabalho em que se depara com salas superlotadas, violência e indisciplina.

Queremos um professor que tenha oportunidades de buscar formação continuada, capaz de analisar e refletir sua prática pedagógica de acordo com a realidade do aluno. E que saibam valorizar a educação do campo e sua cultura como também os saberes da experiência superando a educação voltada para enciclopédias, dando ênfase a prática social.

Tivemos muitos avanços em relação às condições de trabalho e a remuneração dos profissionais da educação, mas buscamos maior percentual de hora atividade para ter mais tempo de aprimorar a prática pedagógica. Funcionários

Contamos com um quadro de funcionários insuficiente, onde existe sobrecarga e desvio de função.

Apesar da valorização dos funcionários com a implementação do plano de carreira, o número ainda não é suficiente para suprir a demanda aberta.

V – MARCO CONCEITUAL 5.1 CONCEPÇÕES 5.1.1 Concepção de sociedade

Temos uma sociedade injusta, com desigualdades sociais e marginalização. A instituição família está desestruturada, muitos filhos não convivem mais com a mãe ou com o pai como seria o ideal, mas sim com avós ou somente com a mãe que acaba assumindo toda a responsabilidade sobre a educação do filho. Partindo desse pressuposto, devemos analisar, refletir e planejar como abranger toda essa heterogeneidade, para buscar possibilidades de intervenção na realidade social, econômica e política.

Queremos uma sociedade mais justa, onde hajam oportunidades e que cada indivíduo possa ser agente ativo das transformações. Que sejam resguardados e resgatados os valores positivos dessa sociedade e que seja permitido a cada um viver e ver que os seus sonhos podem ser realizados.

5.1.3 Concepção de avaliação

As práticas avaliativas que geram tanta polêmica e questionamentos são sem dúvida instrumentos importantíssimos para a melhoria da aprendizagem, quando aplicadas de maneira correta. Para que isso aconteça é necessário que não seja levado em conta, somente o desempenho isolado do aluno, mas também todo o contexto escolar onde a aprendizagem se desenvolve, ou seja, as condições físicas e materiais da escola e ação de professores, gestores, funcionários e pais. A avaliação não deve ser uma mera formalidade realizada mecanicamente, com intuito único de promoção ou retenção, mas deve sim, ser instrumento para diagnosticar as deficiências do processo a fim de saná-las, alcançando a melhoria da qualidade do ensino.

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Sabemos que a responsabilidade pela aprendizagem não é tarefa exclusiva do corpo docente, pois ela é dividida com estudantes, pais, gestores, funcionários, enfim a escola como um todo. Assim sendo o fracasso ou o sucesso também é coletivo.

Cada professor dentro de sua área, a partir das informações colhidas no cotidiano, em sala de aula, deve saber observar, analisar e a partir da reflexão interagir com o aluno para que o mesmo amplie seu conhecimento, já que a avaliação faz parte do processo de aprendizagem e deve ser a mediação e intervenção entre o ensino e a aprendizagem de forma que contribua para o progresso do aluno e por conseqüência de toda a escola.

Diante da verificação dos problemas detectados pela avaliação, deve haver um compromisso de solução destes, através de uma auto-avaliação, onde poderá verificar se sua pratica docente esta sendo adequada a realidade do aluno. Por exemplo, o aluno que apresente dificuldades jamais pode ser sumariamente condenado a reprovação, mas precisa ser auxiliado no sentido de superar as deficiências de aprendizagem. Os alunos e os pais terão sempre o resultado das avaliações expressos nas tradicionais notas, e os problemas serão discutidos e solucionados coletivamente.

5.2 PRINCÍPIOS

Liberdade, igualdade e democracia são os princípios que devem orientar todos os trabalhos, buscando assegurar acesso, permanência e aprendizagem de qualidade, construindo cidadãos livres e autônomos, a partir da prática de uma gestão democrática, onde todos estejam comprometidos e sejam agentes construtores do sucesso coletivo.

O princípio da democracia deverá ter uma abrangência ampla, contemplando as dimensões pedagógica, administrativa e financeira, na busca de um comprometimento coletivo com o enfrentamento das questões da exclusão e da marginalização. A gestão democrática será instrumento para a eliminação do individualismo, da exclusão da exploração e da promoção da solidariedade, na busca da autonomia individual que se refletirá num seguro exercício da democracia por parte de todos os indivíduos componentes da comunidade escolar.

A organização da escola deve estar fundamentada nos princípios que deverão nortear o desenvolvimento de todos os trabalhos.

Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Igualdade de oportunidades requer, mais que expansão quantitativa de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de qualidade.

Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. O desafio que se coloca é o de propiciar uma qualidade para todos. O projeto da escola exige dos educadores, funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que almejam e isto requer a definição de fins e o tipo de sociedade e cidadãos que pretendem formar. As ações específicas para obtenção desses fins são meios, que devem estar muito claros para a construção efetiva do mesmo.

Gestão democrática – é um princípio que abrange as dimensões pedagógicas, administrativa e financeira. Ela exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e da não-pemanência do aluno na escola. A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica, visando rompimento com separação entre concepção e execução, entre o pensar e fazer, entre teoria e prática.

A gestão implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo, da reciprocidade, que elimina a exploração da solidariedade, que supera a opressão, da autonomia que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera executora.

Liberdade – o princípio da liberdade está associado à idéia de autonomia. A autonomia e liberdade fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. Por isso, a liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para a intencionalidade definida coletivamente.

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A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país relacionam-se estreitamente com a formação e as condições de trabalho dos profissionais. Garantir o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente e valorizar a experiência e o conhecimento que os professores tem a partir de sua prática pedagógica são caminhos que levam a um ensino de melhor qualidade, com valorização do profissional e melhor desempenho por parte deste. A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola. A escola deve assumir, como uma das principais tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa. Procurar alicerçar conceito de autonomia, enfatizando a responsabilidade de todos.

As condições de trabalho dos profissionais da educação deixam a desejar. Para compensar os baixos salários são obrigados a aumentar a carga horária e como reflexo ocorre a diminuição da qualidade, já que não sobra tempo para leitura, atualização e formação. Em termos de carreira, alguns problemas já foram amenizados, graças aos concursos a rotatividade diminuiu, e os profissionais passaram a ter maior segurança. Quanto a formação continuada, ela vem ocorrendo de maneira satisfatória para os professores, mas ainda deixa a desejar no que diz respeito aos Agentes Educacionais I e II.

5.2.1 Formação inicial e continuada

QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS – FORMAÇÃO INICIAL NOME FORMAÇÃO FUNÇÃO QUE

EXERCE Ensino Fund.

Ensino Médio

Superior Incompleto

Superior Completo

Pós Graduação

Ana Inês Matuchenez X Técnico Administrativo

André Luiz Lascosk X X Professor/Diretor Auxiliar

Anna Cristina Ternouski

X Professora

Bernadete Papirniak X X Professora Cecilia Tlumaski Prima X X Professora Darci bahri X Professor

Fabio Laertes Grocoski X Professor Genoveva Smaha Vogivoda

X Aux. de ServiçosGerais

Helena Gardasz X X Professora Pedagoga

Hemerson Hallysson Kruppa

X Professor

Isabel Smaha de Freitas

X Aux. de Serviços Gerais

Jaqueline Antoniu X Professora

Jessey James Michalowski

X Professor

Joana Vozivoda Ditkun X Auxiliar Administrativo

NOME FORMAÇÃO FUNÇÃO QUE EXERCE

FUNÇÃO QUE EXERCE

Ensino Fund.

Ensino Médio

Superior Incompleto

Superior Completo

Pós Graduação

João Marcio Iulek X X Diretor João Vozivoda X Aux. de

Serviços Gerais José Carlos Bahri X Secretário Julia Bernadete Hauresko

X X Professora

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Katia Gislene Neves X Professora Lais Mariane Neves X Professora Lidia Lurdes Bahri Ribeiro

X X Professora/Diretora Aux.

Lourenço Resende da Costa

X Professor

Marco Antonio Líbano X Professor

Maria Doroti Bahri X Professora Pedagoga

Maria Hanysz Parteka X X Professora

Maria Julek da Silva X Aux.de Serviços Gerais

Maria Lurdes Vojevoda X Professora Michel Adriano de França

X Professor

Nádia Gardasz de Oliveira

X X Professora

Natalia Vozivoda Tabaczuk

X Aux. de Serviços Gerais

Patricia Mudrei X Professora

Reginalda Bahri X Aux. de Serviços Gerais

Renato Ternovski X Professor Rose Cristiane Leonardi

X Auxiliar Administrativo

Sofia Podgurski Hellmann

X Aux. de Serviços Gerais

Tatiane do Rocio Mello X Professora

Terezinha Grabove X Professora

Valcimara Krik X Professora

Diante de um mundo cada vez mais dinâmico, e considerando que existem

avanços em todas as áreas, existe a necessidade de cada profissional buscar uma caminhada de constante aperfeiçoamento, acompanhando a evolução não só de sua área de conhecimento, assim como dos acontecimentos gerais de um mundo cotidianamente marcado por transformações.

Todos os profissionais envolvidos com a educação, têm a obrigação de estar sempre se atualizando, buscando conhecimentos novos nas suas respectivas áreas, pois a produção de conhecimento científico possui uma velocidade grande, e a inércia é sinônimo de despreparo e má atuação. Além da preocupação com as novidades dentro de sua área de ação, os profissionais devem estar antenados com todos os temas relevantes, em nível local, regional e mundial, disponíveis e preparados para discutir novos temas que emergem a cada dia em nossa sociedade.

Para que a formação aconteça, precisamos que haja disponibilidade dos indivíduos em buscarem a formação, e que os gestores trabalhem no sentido de: estimular e possibilitar a participação em eventos; adquirir e selecionar materiais (revistas, jornais, artigos); promover eventos de formação através de parcerias; e fornecer informações sobre eventos que ocorrerão.

5.2.2 Valores indispensáveis ao processo educativo humanizador

A convivência no ambiente escolar será pautada no respeito mútuo, construído através da eliminação do autoritarismo e da imparcialidade. A partir do momento que o respeito passe a existir teremos como conseqüência a solidariedade e o comportamento ético. Diante de um grande número de pessoas, com suas particularidades, humores

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distintos, maneiras de pensar diversas, é imprescindível exercitar a prática do diálogo, onde todos devem aprender a ouvir e a falar, para que os problemas e as divergências sejam solucionados e que a alegria e a afetividade sejam emanadas, demonstrando confiança, segurança e seriedade na condução dos trabalhos.

A noção que todos devemos ter de que a escola deve ser palco de uma ação necessariamente coletiva para alcançar realmente seus objetivos, pressupõe uma responsabilidade individual, onde cada um possa fazer a sua parte, e contribuir para o sucesso coletivo, no entanto, isso não deve significar individualismo e fragmentação no ambiente escolar, pois a responsabilidade pelo sucesso ou pelo fracasso é de cada um e de todos ao mesmo tempo.

Tendo cada um uma parcela importante de contribuição a dar, cada profissional deve estar capacitado e desenvolver uma atitude investigativa, e adotar rigor científico e epistemológico na construção da própria prática, estando sempre aberto a aceitação do novo, sempre com base no senso crítico. A busca incessante da melhoria inclui um compromisso com a formação continuada, que é a maneira mais segura de evitar a estagnação diante de um mundo plenamente dinâmico.

O exercício da democracia plena, requer conhecimento e respeito a legislação e compromisso de ação na transformação da realidade, que consiste na busca da justiça econômica, social e política. A escola que deve ser de todos, desprovida de discriminação, acolhedora das diferenças, igualitária, apartidária e laica, deve ser o palco da criatividade, da reflexão, da curiosidade que com disciplina, cooperação e esperança deverá produzir cidadãos aptos a transformarem a sociedade no palco da justiça social, política e econômica.

5.3 REGIME ESCOLAR

O Colégio funciona regularmente de segunda-feira a sexta-feira nos períodos da manhã, tarde e noite. Oferta a Educação Básica: Ensino Fundamental de 6.º ao 9.º ano, com progressão regular por séries, de forma presencial, no período diurno e noturno; Ensino Médio, com progressão regular por séries, com duração mínima de três anos, de forma presencial, no turno noturno. O calendário escolar, que segundo o regimento deve ser elaborado anualmente, atendendo a legislação e as normas da SEED, que deve ser aprovado pelo Conselho Escolar e Enviado ao Núcleo Regional para homologação, no entanto o colégio não possui autonomia para sua elaboração, e acaba recebendo sempre calendário pronto. A carga horária mínima anual é de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.

O Colégio oferece o Ensino Fundamental - Séries Finais e o Ensino Médio, para o ano letivo de 2012 são: 10 (dez) turmas de Ensino Fundamental no turno da manhã; 4 (quatro) turmas de Ensino Fundamental no turno da tarde; 6 (seis) turmas de Ensino Médio e uma turma de Ensino Fundamental no turno da noite. Além disso estarão em funcionamento salas de apoio de 6.º e 9.º ano nos turnos da manhã e tarde e 6(seis) turmas de CELEM de Inglês, manhã, tarde e intermediário.

O calendário escolar para 2012 prevê o início das aulas no dia 8 de fevereiro com término em 19 de dezembro com as férias de julho previstas para o período de 5 a 22 de julho. O Colégio que funciona de segunda-feira a sexta-feira nos horários: manhã das 7h10min. às 11h30min.; tarde das 12h50min. às 17h10min.; e noite das 18h40min. às 22h50min.

A matrícula deve ser requerida pelo interessado ou por seus pais ou responsáveis quando menor de 18 anos, ou ainda por procurador, em período estabelecido no calendário do estabelecimento, atendendo as instruções da SEED. Ainda em casos especiais alunos poderão ingressar a escola em qualquer tempo e serão aceitas matrículas por transferências de acordo com as normas regimentais.

Todo esforço é destinado para que o processo ensino aprendizagem seja satisfatório, e atendemos a alunos com necessidades especiais e promovemos a educação do campo já que todos nossos alunos são do campo. Temos como desafio promover a educação do campo levando em conta que os sujeitos do campo têm direito a uma

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educação pensada, vinculada a sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais. Apesar da dificuldade e limitações, estamos sempre dispostos a promover a inclusão, tendo como objetivo sanas as necessidades do povo do campo.

5.4 AVALIAÇÃO 5.4.1 Avaliação da educação e da escola (institucional)

A Avaliação Institucional deve ser uma avaliação crítica, que vá além da descrição da realidade e expresse um esforço de compreendê-la. Significativa porque deve trazer os sentidos de se fazer educação publica, e transformadora porque deve comprometer as pessoas que participam do processo educacional em melhorá-lo continuamente.

Devemos lutar por uma avaliação crítica, transformadora, a serviço da educação que se pretende e de avanços e melhorias no processo educacional.

Buscar uma avaliação fiel à realidade educacional e à relevância social da educação, capaz de captar a complexidade do sistema e ao mesmo tempo as particularidades da escola. Avaliação processual, evolutiva e participativa que siga o caminho do aperfeiçoamento contínuo da própria avaliação e que subsidie o aperfeiçoamento da gestão educacional.

A avaliação tem que ser responsável e consequente, apropriada por todos que participam direta ou indiretamente do processo educacional de maneira a ser utilizada para aperfeiçoá-lo sistematicamente. Deve ser abrangente e articulada, envolvendo todas as dimensões da escola. Deve ser formativa e emancipadora, que vá além dos aspectos quantitativos e de controle.

A avaliação é uma tarefa difícil por várias razões, difícil porque a própria natureza da tarefa de avaliar impõe um enfrentamento com o real, e mais que isso, um julgamento. Porém, vale lembrar que avaliar é também descrever, mensurar, estabelecer critérios, comparar, atribuir valor, julgar. Mas não apenas isto, avaliar deve ser sempre e principalmente: analisar, compreender, desvelar, descobrir, pesquisar, estabelecer correlações, ampliar a visão, aprofundar questões, dialogar, construir significados para os sujeitos e para a coletividade.

Caberá a todos os envolvidos na avaliação acreditar no seu poder transformador e garantir o caráter educativo, formativo e emancipador neste processo, partindo do pressuposto básico de que o conhecimento traz autonomia, emancipa o homem e encoraja o compromisso com as transformações que são percebidas como necessárias.

Será feita uma avaliação interna através de um questionário onde serão avaliados todos os setores: direção; equipe pedagógica, equipe técnico administrativa; merendeiras; serviços gerais; e transporte escolar. O questionário será construído coletivamente e buscará diagnosticar as deficiências e as fragilidades. Será constituído por perguntas com respostas objetivas de caráter qualitativo, seguido por um espaço livre para opinião pessoal sobre o assunto perguntado.

Os dados da avaliação que será realizada pelo menos uma vez ao ano, serão tabulados e passarão a compor um banco de informações importante para buscar a melhoria do processo ensino aprendizagem.

Além dessa avaliação interna deverão ser respondidos todos os formulários de avaliação institucional da SEED ou do MEC.

A partir de 2009 passou a ser aplicada no Colégio a Prova Brasil para os alunos do 9.º ano do ensino fundamental, dados os resultados aquém dos esperados estão sendo mobilizados esforços para melhoria da qualidade do ensino para conseqüente melhoria do desempenho na Prova Brasil. Com essa avaliação realizada, obtivemos pela primeira vez a mensuração do IDEB do ensino fundamental que ficou em 3,7, superando a nossa meta que era de 3,5. Com base nos resultados estão sendo planejadas ações para melhoria da aprendizagem dos alunos que vai se refletir em melhor desempenho da Prova Brasil e na superação das metas do IDEB.

5.4.2 Avaliação do ensino-aprendizagem

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A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados de aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor, a fim de retomar metodologias diferenciadas.

Toda avaliação deve assumir dois papes fundamentais: primeiro, a função de diagnóstico para o professor, permitindo que esse conheça o que o aluno aprendeu, fornecendo informações sobre os pontos fracos e fortes de um dado aluno e demonstrando se o ensino atingiu ou não as metas previstas. Conseqüentemente o professor pode tomar decisões sobre o que deve ser ensinado e como deve ser ensinado, comparar o desempenho de uma classe com outra e ainda estabelecer hierarquias de desenvolvimento conceitual que tem implicação no ensino.

O segundo papel que toda avaliação deve assumir é o de ter função diagnóstica para o aluno, possibilitando uma auto-análise de seu progresso, informando-o sobre o que ainda não domina e motivando-o para a aprendizagem. Desse modo, professores, pais e alunos podem verificar regularmente o progresso individual dos educandos e identificar áreas que necessitam de maior atenção.

A avaliação não é um empreendimento meramente mecânico, pois envolve um julgamento de valor, ou seja, a percepção do professor sobre o rendimento escolar. Para tal é preciso que se tenha claro quais serão os critérios que servirão de base para a avaliação. Não basta julgar o aluno, isto é, classificá-lo em termos de rendimento, é preciso que algo seja feito para que o aluno progrida, vindo a atingir os objetivos desejados.

Avaliar é um constante descobrir, é uma ação provocativa que compreende um permanente diálogo entre os sujeitos envolvidos, tornando o ato de aprender uma fonte de alegria e satisfação, é um compromisso que envolverá o professor tanto na definição dos objetivos, como na tomada de decisão e na resolução de problemas, contribuindo para a qualidade do ensino.

A avaliação possibilitará ao professor avaliar seu próprio desempenho, sua prática cotidiana, o que espera dos alunos e o que considera essencial em cada área de conhecimento.

A verificação do rendimento escolar, realizada a partir da avaliação, observará os seguintes critérios:

- Avaliação contínua e cumulativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

- Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo.

No Colégio Estadual Imaculada Conceição - Ensino Fundamental e Médio a avaliação bimestral será constituída de: avaliação escrita 60 (sessenta) pontos; e parte diversificada 40 (quarenta) pontos. Na avaliação escrita o Professor poderá fazer uma ou mais avaliações, porém, quando tratar-se de mais de uma avaliação as notas devem ser somadas atingindo a máximo de 60 (sessenta) pontos, descartadas as divisões e médias.

No que se refere a avaliação escrita, ela poderá ser processada através de uma diversidade de instrumentos: prova objetiva, prova descritiva, interpretação de textos, produção de textos, resultados escritos de trabalhos em grupo, trabalhos individuais, etc., cabendo a cada Professor decidir quantas e quais avaliações utilizará obedecendo as particularidades de sua disciplina e considerando o seu público alvo.

Quanto a parte diversificada, serão avaliados outros itens que o Professor entender como necessários, somando o máximo de 40 (quarenta) pontos.

A nota integral possível de ser alcançada por cada aluno será de 100 (cem) pontos, oriundos da soma da avaliação escrita (60) e da parte diversificada (40). No entanto o aluno deve atingir uma média de 60 (sessenta) pontos bimestrais que somados nos quatro bimestres totalizarão 240 (duzentos e quarenta) pontos necessários para a aprovação e promoção para a série seguinte.

5.4.3 Processos de avaliação, classificação e promoção

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A avaliação deverá constituir um processo contínuo, onde seja adotada uma diversidade de métodos e que sirva de alavanca para o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.

A partir do momento que o processo de avaliação torna-se realmente eficiente, e que em conseqüência deste todas as medidas para a melhoria da aprendizagem sejam tomadas, passamos a ser mais justos quando decidimos pela, aprovação ou não dos alunos. É importante lembrar que devemos respeitar o Regimento Escolar que normatiza o processo de avaliação e estabelece limites mínimos de freqüência e de rendimento para a aprovação.

No que tange a recuperação ela necessariamente deverá ser paralela e possibilitar ao aluno recuperação dos conteúdos que deixou de assimilar, no entanto, além da preocupação da recuperação da nota, não devemos esquecer da recuperação dos estudos que é a mais importante. A recuperação por ser paralela ocorrerá no decorrer do período letivo quando o professor detectar que os conteúdos não foram assimilados pelos alunos, garantindo a possibilidade de apropriação destes. Reiterando que a recuperação não deve ser a repetição de provas ou atividades já realizadas, mas sim, novas oportunidades de apropriação, de forma diversificada e participativa.

VI – MARCO OPERACIONAL 6.1 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA/FUNÇÕES ESPECÍFICAS

A escola conta com uma equipe de trabalho formada por indivíduos distribuídos pelos diversos setores, os quais possuem as suas atribuições estabelecidas pelo Regimento Escolar (em anexo) que está em consonância com a legislação vigente. 6.1.1. Competências 6.1.1.1 Da Equipe de Direção

Compete ao diretor(a): I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse; III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar; IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação; V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar; VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento

às decisões tomadas coletivamente; VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público; IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público; X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a

legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual;

XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

XIII. deferir os requerimentos de matrícula; XIV. elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED,

submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação; XV. acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos

discentes;

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XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos;

XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;

XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;

XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;

XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional;

XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade; XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e

professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED; XXV. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso;

XXVI. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;

XXVII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;

XXVIII. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

XXIX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

XXX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

XXXI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXXII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas

atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.

6.1.1.2 Da Equipe Pedagógica Compete à equipe pedagógica:

I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática;

III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

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VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes;

VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir

do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática;

XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma; XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

SEED; XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a

partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

XXV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

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XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;

XXX. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes;

XXXI. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno; XXXII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino; XXXIII. orientar, acompanhar e vistar periodicamente os livros de registro de classe; XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais;

XXXIV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;

XXXVII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos;

XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

XLI. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

XLII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

XLIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores funcionários e famílias;

XLIV. elaborar seu Plano de Ação; XLV. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

6.1.1.3 Da Equipe Docente Compete aos docentes:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno;

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VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno;

VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo;

IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção; XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística;

XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

XVII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica;

XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED;

XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;

XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento do processo educativo;

XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa;

XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

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XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED; XXIX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. XXX. elaborar o plano de trabalho docente.

6.1.1.4 Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução Compete ao Secretário Escolar:

I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED,

que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino; III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos

administrativos; IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada; V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos; VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso; VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados

às autoridades competentes; VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados; IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de

forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado; XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento; XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;

XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria;

XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;

XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos; XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola; XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

XXII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

XXIII fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando solicitado;

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XXIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XXV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias; XXVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XXVII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações;

III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida; IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os mesmos a quem de direito;

VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;

VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;

IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a movimentação de expedientes;

X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado;

XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e atualizando o sistema informatizado;

XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação; XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias; XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando organização e funcionamento;

II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio;

III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;

IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros;

V. encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos usuários;

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VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo; VII. registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário; VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da

biblioteca; IX. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela

sua manutenção; X. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

XI. auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático; XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias; XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seuscolegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática, assessorando na sua organização e funcionamento;

II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e equipamentos de informática;

III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;

IV. assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório; V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos; VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório de Informática;

VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias; X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e Biologia;

II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;

III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de atividades práticas de ensino;

IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório;

V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do laboratório;

VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;

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VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos e equipamentos de uso do laboratório;

VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente ocorridos no laboratório;

X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de consumo;

XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias; XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

6.1.1.5 Da Equipe Auxiliar Operacional Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:

I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;

II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade à direção;

IV. auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando solicitado pela direção;

V. atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;

VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente escolar;

VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as correspondentes ao uso do banheiro;

VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades escolares;

IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias;

X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o devido destino, conforme exigências sanitárias;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias; XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.

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São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento de ensino:

I. zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

II. selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de qualidade nutricional;

III. servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;

IV. informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do estoque da merenda escolar;

V. conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar, conforme legislação sanitária em vigor;

VI. zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda escolar;

VII. receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e da merenda escolar;

VIII. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias;

IX. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

X. auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer necessário;

XI. respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias; XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

São atribuições do auxiliar operacional que atua na área de vigilância da movimentação dos alunos nos espaços escolares:

I. coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos períodos de atividades escolares;

II. zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de ensino;

III. comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança dos alunos;

IV. percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;

V. encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que necessitarem de orientação ou atendimento;

VI. observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades;

VII. acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se fizer necessário;

VIII. auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de comunicados no âmbito escolar;

IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias;

X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

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XI. zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

XII. auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

XIII. atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;

XIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias; XVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XVII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função. 6.1.2 DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E AÇÕES DISCIPLINARES DOS ALUNOS 6.1.2.1 Dos Direitos

Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75:

I. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula;

II. ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem;

III. ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;

IV. ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação; V. solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino; VI. utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da

escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno; VII. participar das aulas e das demais atividades escolares; VIII. ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos

em lei; IX. ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício

de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento; X. ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular do

estabelecimento de ensino; XI. participar de forma representativa na construção, acompanhamento e avaliação

do Projeto Político-Pedagógico da escola; XII. ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino; XIII. tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua freqüência, no

decorrer do processo de ensino e aprendizagem; XIV. solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão

do aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo;

XV. ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;

XVI. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;

XVII. requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maior, ou através dos pais ou responsáveis, quando menor;

XVIII. ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina;

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XIX. solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino;

XX. sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das atividades;

XXI. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins;

XXII. participar de associações e/ou organizar agremiações afins; XXIII. representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do

Conselho de Classe; XXIV. realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante

justificativa e/ou atestado médico; XXV. receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola,

sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de freqüentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação;

XXVI. receber atendimento educacional hospitalar, quando impossibilitado de freqüentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar. 6.1.2.2 Dos Deveres

São deveres dos alunos: I. manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar; II. realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes; III. atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino,

nos respectivos âmbitos de competência; IV. participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas pelo

estabelecimento de ensino; V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do

seu segmento; VI. cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações

escolares; VII. compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio da

escola, quando comprovada a sua autoria; VIII. cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino; IX. providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário

ao desenvolvimento das atividades escolares; X. tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas; XI. comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos

gerais, sempre que lhe for solicitado; XII. comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares; XIII. manter-se em sala durante o período das aulas; XIV. apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas; XV. comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor

competente; XVI. apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou

adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas; XVII. apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis,

quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas; XVIII. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os

pertencentes à biblioteca escolar; XIX. observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal,

deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;

XX. respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos;

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XXI. cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

6.1.2.3 Das Proibições Ao aluno é vedado: I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento

das atividades escolares; II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo

pedagógico; III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer

documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino; IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao

estudo; V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão

competente; VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão

competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino; VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino; VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a

situações constrangedoras; IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo

professor; X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do

estabelecimento de ensino; XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em

vigor; XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de

substâncias químicas tóxicas; XIII. utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam

vinculados ao processo ensino e aprendizagem; XIV. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de

seus colegas, funcionários e professores; XV. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em

risco a segurança das pessoas; XVI. portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de

outrem; XVII. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou

indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;

XVIII. promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da direção. 6.1.2.4 Das Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares

O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações:

I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe pedagógica e direção;

II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura; III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis,

quando criança ou adolescente; IV. encaminhamento a projetos de ações educativas; V. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com

registro e assinatura, e/ou termo de compromisso;

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VI. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada de providências cabíveis. 6.2 LINHAS DE AÇÃO: PROJETOS E PROGRAMAS

Todos os alunos são sujeitos ativos, participando de todas as atividades do processo do Planejamento a divulgação passando pela pesquisa. O trabalho com projetos deve atender ao interesse dos alunos, envolvendo a responsabilidade e compromisso. Esse trabalho desenvolve a cooperação e a solidariedade entre alunos e todos professores. Os caminhos do aprendizado não são únicos, existem várias formas de chegar a um conhecimento e o projeto é uma proposta que garante a flexibilidade e a diversidade da experiência educativa. Ao estar diante de um problema significativo são instigados a compreender esse problema, os alunos se defrontam com várias interpretações e com pontos de vista diversos acerca da mesma questão.

A partir dessa reflexão, concluímos que os projetos não se reduzem a escolha de um tema para trabalhar em todas as áreas, eles refletem uma visão de educação escolar, na qual a experiência vivida e a cultura sistematizada interagem, na medida em que os alunos vão estabelecendo relações entre os conhecimentos construídos em sua experiência e na vida extra-escolar.

A educação para a cidadania requer que as questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos buscando um tratamento didático que contemplem sua complexibilidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. Com isso o currículo ganha flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e que em nosso colégio os temas de trabalho tomam espaço principal na construção de projetos para discutir o sentido da convivência humana e nas relações com várias dimensões da vida social: o ambiente, a cultura, o trabalho, o consumo, a sexualidade, a saúde, etc.

Com a relação e questão dos resultados de aprendizagem dos alunos, nosso Colégio tem realizado suas atividades, por meio de projetos, que dá as ações de aprendizado um sentido novo: as necessidades de aprendizagem afloram durante as tentativas de se resolver situações problemáticas, permitindo aos alunos decidirem, opinarem, debaterem e irem construindo sua autonomia e cidadania.

Os projetos tem as mais diversas naturezas e podem ser: − Construtivos - quando realizam algo de concreto; − Estéticos - quando se propõem a satisfazer nações estéticas, como aquelas

ligadas a música, a pintura, modelagem, etc; − Social – quando se propõem a produzir algo que reverte em benifício da

comunidade; − Lazer – quando o objetivo a ser atingido está a recreação, como nos casos de

festividades, visitas e excursões; O projeto pode ser de realização individual, em grupo ou envolvendo a participação

de toda a classe ou todo o colégio: Alunos, professores ou até mesmo a participação da Comunidade Escolar.

Os projetos devem estabelecer as matérias, como se organizam os planos de trabalho, como definem –se, de que foram utilizados para dar forma e conteúdo ao processo de ensino em sala de aula.

Os projetos de Trabalhos devem estar no centro como uma forma de vincular a teoria com a prática e com a finalidade de alcançar os seguintes objetivos:

− Introduzir uma nova maneira da globalização em que as relações entre as fontes de informações e os procedimentos para compreende-la e utiliza-la levados adiante pelos alunos, e não só pelos professores.

− Gerar uma série de mudanças na organização dos conhecimentos escolares, como: na sala de aula é possível trabalhar qualquer tema, o desafio em como

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abordá-lo com cada grupo de aluno e resolvido, a partir de uma estrutura que deve ser desenvolvida e que pode encontrar-se em outros temas ou problemas.

− Trabalhar com os projetos é buscar a estrutura cognoscitiva, o problema eixo que vincula as diferentes informações, as quais confluem num tema para facilitar seu estudo e compreensão por parte dos alunos.

Os projetos são uma resposta, nem perfeita nem definitiva, nem única para a evolução que os professores acompanham e que lhe permite refletir sobre sua própria prática e melhorá-la.

Os projetos se baseiam fundamentalmente numa concepção da globalização entendida com um processo muito mais interno do que externo, no qual as relações entre conteúdo e áreas de conhecimento têm lugar em função das necessidades que traz consigo o fato de resolver uma série de problemas que tem na aprendizagem. A aprendizagem de trabalho, se baseia nos centros de interesse dos alunos e baseiam-se nas descobertas espontâneas do alunos.

O colégio foi contemplado com recursos do FNDE do Programa PDE Interativo 2011/2012, com liberação dos recursos prevista para 2012. Foram planejadas diversas ações, programas e projetos visando a melhoria da qualidade do ensino através de atividades extracurriculares, aquisição de materiais, estreitamento de laços com a comunidade escolar e formação dos profissionais. 6.2.1 Projetos PROJETO DE LEITURA – ASAS PARA VOAR

Tem o objetivo de despertar os alunos a se tornarem bons leitores. Criar condições para a diversificação e ampliação das informações. Consiste em destinar uma aula semanal onde a leitura seja praticada por todos dentro do estabelecimento (alunos, professores e funcionários).

Projeto desenvolvido durante o ano todo tendo como o objetivo de despertar nos alunos gostos pelos diferentes tipos de textos e desenvolver o hábito de leitura. VALORIZAÇÃO DA CULTURA

Oportunizar aos educandos conhecer a história do seu povo e de seu lugar ajuda a fazer com que ocorra o resgate e a valorização das tradições, faz com que haja uma identificação e se desenvolva um sentimento de pertencimento ao lugar. Depois de conhecer e valorizar a sua cultura é possível conhecer outras, sem correr risco de ter uma crise de identidade. SEXUALIDADE, GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E DROGAS

A ignorância é solo fértil para o nascimento de inúmeros problemas. Cabe a escola levar informação e esclarecimento, falar a linguagem dos jovens buscando desarma-los das dúvidas e angústias para que possam crescer com responsabilidade sobre si e o seu futuro, mantendo-se afastados das drogas, respeitando o seu corpo e não atropelando nenhuma etapa.

TREINAMENTO DESPORTIVO

Projeto desenvolvido durante todo o ano letivo, possibilita aos educandos permanecerem no colégio em contraturno desenvolvendo treinamento principalmente de xadrez. A partir dos alunos envolvidos nos treinamentos são formadas as equipes para representarem o colégio em jogos municipais, regionais e estaduais. FICA

Enfrentar o problema da evasão escolar é uma necessidade já que a legislação garante que as crianças em idade escolar obrigatoriamente devem estar na escola. Esse trabalho é contínuo e deve envolver a escola o Conselho Tutelar e o Ministério Público.

FERA, COMCIÊNCIA, CELEM E OUTROS

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Haverá sempre um esforço por parte da comunidade escolar em enviar representantes para eventos como o Fera, o Comciência e os encontros do Celem, assim como serão realizadas atividades alusivas as datas pontuais, a formação da cidadania, a semana da paz e a outros momentos importantes. 6.2.2 Plano de Ação TRANSPORTE ESCOLAR

Como a escola atende alunos da área rural, de comunidades distantes, e a maioria dos alunos depende do transporte escolar, as condições das estradas determinam a ida ou não dos alunos a escola, principalmente em dias de chuva. Portanto, deve-se cobrar da Prefeitura Municipal, manutenção constante das estradas. ESPAÇO FÍSICO, EQUIPAMENTOS E MATERIAL DIDÁTICO

Sabendo que a suficiência de espaço físico, equipamentos e material didático é determinante na qualidade do ensino e no sucesso da instituição de ensino, devemos implementar ações para a melhoria desses aspectos, como:

− Buscar recursos para a manutenção dos equipamentos; − Garantir que os equipamentos disponíveis sejam utilizados; − Adquirir novos equipamentos: de acordo com a necessidade e a disponibilidade

financeira; − Adquirir fitas de vídeo, DVDs, CDs e softwares educativos; − Ampliar o acervo da biblioteca. − Garantir material esportivo em quantidade suficiente; − Adquirir outros materiais atendendo a solicitações de todos os setores; − Adquirir material didático específico para atender aos alunos com necessidades

especiais; − Adquirir material didático para a disciplina de ensino religioso; − Instalar ventiladores na sala dos professores, cozinha, direção, secretaria e

salas que faltam; − Ampliar a cozinha, construindo um espaço adicional com banheiro para os

funcionários; − Adquirir material para as aulas de Ucraniano.

MERENDA ESCOLAR Garantir a qualidade e o abastecimento, preferencialmente com produtos

produzidos na região, através de convenio com a CONAB.

ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO A participação e a integração serão estimuladas a partir da: − Criação do Grêmio Estudantil; − Fortalecimento da APMF; − Fortalecimento do Conselho Escolar; − Organização de reuniões e eventos em geral que mobilizem a comunidade

escolar. LIVRO DIDÁTICO

Cobrar junto aos órgãos competentes a disponibilização de livros didáticos em quantidade suficiente. COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA

− Reivindicar junto a SEED, tomada das providencias necessárias para que o colégio melhore a conexão a Internet, com velocidade mínima necessária, par uso administrativo e pedagógico;

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PESSOAL − Exigir junto a SEED que o quadro de pessoal seja suprido de acordo com a

demanda existente. LIVRO DE CHAMADA

Cobrar junto ao Núcleo Regional que os livros de chamada sejam disponibilizados antes do início do ano letivo e exigir que cada docente mantenha os livros atualizados e sempre disponíveis no estabelecimento de ensino. PARCERIAS

− Promover parcerias com instituições públicas e privadas, através da APMF a fim de arrecadar recursos materiais e financeiros;

− Junto com a secretaria municipal de saúde, trabalhar com informação buscando a prevenção e atendimento aos alunos;

− Buscar junto a Secretaria Municipal de Agricultura, Emater, Iap, Iapar, Ibama, cursos de capacitação e palestras nas áreas de agricultura, pecuária e meio ambiente;

6.3 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar, órgão representativo da comunidade escolar e local, tem por atribuições deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas e financeiras da escola, a fim de garantir o cumprimento das finalidades desta. Na busca de atingir o objetivo de edificar uma educação de qualidade social, o Conselho escolar desempenhará funções deliberativas, consultivas, fiscais e mobilizadoras.

CONSELHO DE CLASSE

Órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor/aluno e os procedimentos adequados. Atuará com imparcialidade, liberto de qualquer tipo de preconceito buscando dentre suas atribuições, diagnosticar deficiências no processo ensino aprendizagem, a fim de contribuir para a melhoria qualitativa do processo.

APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários vinculada a direção e ao conselho escolar, pessoa jurídica de direito privado, responsável pelo planejamento e execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de apoio sócio-educativo em meio aberto, é um órgão de representação dos pais e profissionais do estabelecimento, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão formado não somente por pais, mas também com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação na Escola Pública, que objetiva dar apoio à Direção de escolas, primando pelo entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e toda a comunidade, com atividades sócio-educativas, culturais e desportivas.

Uma de suas grandes responsabilidades é discutir, colaborar e participar das decisões coletivas sobre as ações da equipe pedagógica administrativa e do Conselho Escolar, visando a assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e a integração família-escola-comunidade. ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA

São eleitos democraticamente pelos seus pares, de maneira que cada turma tenha um representante e um suplente. Os representantes e seus respectivos suplentes,

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respeitando cada grau e modalidade de ensino, indicarão o seu representante no Conselho Escolar. Os representantes de turma terão a incumbência de defender os interesses daqueles que representam, e deverão contribuir na articulação entre os diversos setores, para que haja diálogo e progresso geral.

PARTICIPAÇÃO DE PAIS

A participação de pais se efetivará através do pleno funcionamento do Conselho Escolar e da APMF. A participação dos pais concretizará o processo de construção coletiva de uma escola eficiente e útil para todos.

Entretanto, o nosso colégio apresenta alguns entraves que dificultam a participação dos pais. É um colégio localizado na zona rural, atendendo uma clientela num raio de aproximadamente 25Km, essas distâncias às vezes dificultam uma participação mais expressiva e freqüente dos pais. Devemos enfrentar esses problemas, oportunizando momentos em que os pais possam estar na escola e principalmente criar uma cultura de participação, para que essa se torne uma rotina, e que não se restrinja apenas ao cumprimento de uma mera formalidade, atendendo a convocações ou convites.

6.4 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO E DOS CONSELHEIROS

Todos os profissionais envolvidos com a educação têm a obrigação de estarem em constante atualização, buscando conhecimentos novos nas suas respectivas áreas, pois a produção de conhecimento científico possui uma velocidade grande, e a inércia é sinônimo de despreparo e má atuação. Além da preocupação com as novidades dentro de sua área de ação, os profissionais devem estar antenados com todos os temas relevantes, em nível local, regional e mundial, disponíveis e preparados para discutir novos temas que emergem a cada dia em nossa sociedade.

Para que a formação aconteça, precisamos que haja disponibilidade dos indivíduos em buscarem a formação, e que os gestores trabalhem no sentido de: estimular e possibilitar a participação em eventos; adquirir e selecionar materiais (revistas, jornais, artigos); promover eventos de formação através de parcerias; e fornecer informações sobre eventos que ocorrerão. VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Conselho escolar e a aprendizagem na escola/elaboração Ignez Pinto Navarro ... [et.al.] – Brasília: MEC, SEB, 2004.

LEI ESTADUAL 16.049 DE 19 DE FEVEREIRO DE 2009. Dispõe sobre o Ensino Fundamental de nove anos, Curitiba, 2009.

LEI ESTADUAL N.º 11.733 DE 28 DE MAIO DE 1997. Autoriza a implantação de campanhas de Educação Sexual a serem veiculadas nos estabelecimento de ensino estadual, Curitiba, 1997.

LEI ESTADUAL N.º 11.734 DE 28 DE MAIO DE 1997. Torna obrigatória a veiculação de propagandas de informação e prevenção da AIDS para os alunos de Ensino Fundamental e Médio no Estado do Paraná, Curitiba, 1997.

LEI ESTADUAL N.º 13.381 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2001. Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná, Curitiba, 2001.

LEI N.º 10.639 DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências, Brasília, 2003.

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LEI N.º 11.645 DE 10 DE MARÇO DE 2008. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, Brasília, 2008.

LEI N.º 11.788 DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes, Curitiba, 2008.

LEI N.º 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e da outras providências, Brasília, 1990.

LEI N.º 9.394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Lei de diretrizes e bases da educação nacional, Brasília, 1996.

RESOLUÇÃO CNE/CEB 1, DE 3 DE ABRIL DE 2002. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, Brasília, 2002.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – GOVERNO DO PARANÁ. Estudos temáticos para o plano estadual de educação – resultados do I seminário integrador. Curitiba: Imprensa Oficial, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – GOVERNO DO PARANÁ. Seminário de disseminação da políticas de gestão escolar para diretores da rede pública. Volume I. Paranaguá outubro/2004. Curitiba: Imprensa Oficial, 2004.

VIII – PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES 8.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino da arte busca formar a crescente demanda de estudantes de classes populares em alunos dinâmicos, com interesse de aprender e buscar atitudes dignas e cidadãs. Que saiba da existência de grandes artistas e estilos de época, bem como as de seu Estado e cidade;que produza arte e reconheça o seu valor e dos demais colegas. Que interaja socialmente, entre diferentes culturas e se reconheça como um ser pensante e capaz de produzir e criar sua história.

No Paraná, a arte teve uma educação religiosa e catequizadora, representada pela Companhia de Jesus. Até meados de 1760, chamada de artes e ofícios (ligada a arte barroca); os projetos iluministas, a Reforma Pombalina e os Colégios Seminários, mostram novas visões. Com a Reforma a Igreja Católica, surge a primeira Construção da Educacional Brasileira onde a arte refere-se ao desenho e a matemática associados a aulas régias (período até 1800); com a chegada da família real a Academia de Artes (1826), arte neoclássicas e exercícios de cópia. Eram importantes as aulas de piano para as mulheres. Em 1886, surge no Paraná a Escola Profissional Feminina, com desenho e pintura, corte e costura, flores e bordados. Já em 1890 com reforma e currículo novos, novamente a arte fica a mercê da ciência e da geometria (início da industrialização). A partir do momento que surge a Escola Nova (valorização da cultura nacional) o Brasil passa a existir na arte de um

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povo, junto com as raízes: colonização, arte indígena, medieval, renascentista e africana. Este processo resultaria na Semana de Arte Moderna de 1922, onde foi reconhecida a importância da arte na educação das crianças ( expressividade, espontaneidade e criatividade). Valorização da arte na Escola Nova. Assim é instituído o canto orfeônico (1931), música em escolas e conservatórios (sob a supervisão de Heitor Villa Lobos), como o Atelier Livre em 1948 e em 1954, o Paraná ganha a Escola de arte na Educação básica do Paraná. Em 1971 (Lei Federal n. 5692/71) a arte passa a ser obrigatória no Ensino Fundamental e Médio. Com concepção tecnicista (técnicas e habilidades). Já em 1990 o Currículo Básico e a reestruturação do Ensino Médio com base histórico crítica buscava uma transformação social. Em 1996, a LDB manteve a obrigatoriedade da arte no Ensino Fundamental e buscou a formação de professores específicos por área. Dois anos depois, relação de arte com música, visuais, teatro, dança e audiovisuais traz novas perspectivas e dúvidas. Em 2003 começa a construção coletiva das orientações coletivas para o Ensino Médio. Graduação- Licenciatura Plena. PCNs: duas aulas semanais, quadro próprio de professores, FERA, Com Ciência; As DCEs foram reformuladas no Estado do Paraná em 2007/2008 visando a uniformidade das disciplinas em suas especialidades e ajustes e atualizações dos textos e conteúdos estruturantes. Este documento rege a proposta e o plano de trabalho em arte. Ou seja, estamos no séc. XXl e a arte ainda luta por se firmar como disciplina formadora e de função primordial na vida do ser humano. O currículo básico é formado tanto pelos fatores externos (regime sócio-político, religião, família, trabalho) quanto características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do sistema . Também os saberes acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e abordagens em função de sua permanência e transformação.

É importante que o aluno compreenda que a Arte está presente em todas as sociedades, e que o ser humano produz maneiras de ver e sentir, diferentes em cada tempo histórico, pois ele nasce em um determinado contexto histórico e este contexto irá determinar o seu processo de criação e produção artística. “Estas formas artísticas - como expressão concreta de visões de mundo – são determinadas, mas também determinam o contexto histórico, social, econômico e político, isto é, as transformações da sociedade implicam condições para uma nova atitude estética e são por elas modificadas”(DCE, 2006, p. 55). A partir destas transformações pretende-se que os alunos do Ensino Médio apropriem-se dos conhecimentos sobre as diversas áreas de arte, desenvolvam um trabalho de criação total e unitário, façam relações com a diversidade de pensamento e de criação artística, aumentem a capacidade do pensamento crítico, transformem a realidade, aprimorem seus sentidos humanos, enfim, humanizem-se, superando a condição de alienação e repressão à qual estes sentidos, historicamente, foram submetidos. A arte sempre propicia um envolvimento com assuntos contemporâneos relacionados a comportamento, valores, sexualidade, vícios, qualidade de vida, o qual deve ser incorporado no conteúdo bimestral. Isto melhora a vivência entre eles, criando uma nova visão social.

A contextualização da historia da arte trás uma série de obras que podem ser relacionadas com os assuntos acima citados, levando a interdisciplinaridade e a parte diversificada dos conteúdos. Os conteúdos trazem a atividade prática como forma de descoberta de suas capacidades ou de quanto podemos aprender se quisermos. Com a globalização , o termo cultura tem uma maior abrangência , onde podemos ver e ouvir outros modos de vida, diferentes dos nossos. Assim passamos a perceber a cultura aqui presente, como a indígena, a afro-descendente e os europeus. Conhecer é valorizar. O folclore é um aspecto interessante, além do artesanato, a dança, a música e suas vertentes. A educação artística vai além do simples desenhar e pintar, ela é responsável pela auto-estima, iniciativa e conhecimento inter e intrapessoal. Por isso a arte transforma vidas. As

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cores, os artistas, as formas, as linhas, a dança, o teatro, a música, o desenho, a pintura tem o poder e a magia levar o ser humano a se descobrir e se valorizar.

A obra de arte expressa um campo geral de sentidos, possibilitando a compreensão, fruição, segundo seus próprios sentimentos. A obra de arte influencia os sentimentos na medida em que estes seguem os caminhos propostos pelas diversas modalidades e sua contextualização. Possibilitando ao aluno o contato com a arte mundial, nacional, regional e local, visualizando sua vivência. Interagir com seu próprio mundo o fará compreender que há muito mais a se conhecer e aperfeiçoar.

Utilizar a eterna novidade dentro dos conceitos e da história da arte. Arte é passar a realidade para uma outra dimensão, recriando-a. As técnicas como forma de conhecimento, sendo inventadas e reinventadas. Por isso equipamentos e materiais são a base.

O artesanato (arte popular), a arte industrial (designer/tecnologia) e a obra de arte (aprofundamento de uma técnica) precisam ser discutidos e diferenciados durante o processo.

A arte vive pelas tradições, por isso é autêntica (história). Têm seu ritual, sua liberdade, sua temática, seu aprofundamento. A literatura é vasta . Trás o conceito e aplicação da música, dança, teatro, visual. Envolve a arquitetura, jardinagem, decoração, vestuário, sempre como belo X feio, imaginativo, único , incompreensível.

Podemos imitar, produzir, reproduzir, criar, mas precisamos de inspiração, expressão e construção. Assim ela é produto do homem. Sua função é a formação do homem: andar, falar, ler, escrever, cantar, dançar, desenhar, pintar, gesticular, imitar. Está em nós e precisa aflorar, não sabe-se por que. A filosofia oriental e ocidental devem ser demonstradas como algo real.

Socialmente engajada, formal e conteudista pelo academicismo e libertária pelas manifestações, buscou a perfeição e hoje a mensagem é o que conta, associada à técnica usada.

Devemos ainda atender a diversidade cultural encontrada na escola, além de elaborar ações em relação ao Meio Ambiente, elencando conteúdos que atendam as seguintes leis: 10.649/03 “História e Cultura Afro”, 9.795/99 “Meio Ambiente” e 11.645/08 “História e Cultura dos Povos Indígenas”. Em relação aos Desafios Educacionais Contemporâneos (sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas, violência na escola, educação ambiental e educação fiscal) não há um conteúdo específico elencado no planejamento, então estes temas serão trabalhados dentro dos próprios conteúdos curriculares sempre que necessário, por ventura quando algum dos temas for citado, ou se fazer referencia a eles dentro do assunto que estará sendo trabalhado. Dando ênfase também aos educando com necessidades educacionais especiais, também serão trabalhados os conteúdos referente ao ensino da arte, sendo adaptadas as suas necessidades, aproveitando desenvolver a troca de conhecimento já adquirido, com informações através da mídia e de seus colegas em sala de aula.

Sabendo que os “Desafios Contemporâneos” estão ligados diretamente as questões tecnológicas, indústria cultural de massa e faz repensar a arte reprodutiva: gravura, fotografia, imprensa, cinema, CDs, HQs, músicas locais e nacionais (qualidade, produtividade e intencionalidade), cinema, literatura, leitura e releitura de obras em busca de novas idéias. A visão crítica é mais do que nunca essencial ao aluno, buscando entender e saber escolher o que tem qualidade.. A expressão é diferente de reprodução e repetição. A criação é diferente consumo. Experimentar o novo é diferente de seguir a moda das roupas, do rádio , a TV, DVD. Inculta, as vezes sem valor e ética, faz regredir a humanidade.

A Arte é uma disciplina que OBJETIVA valorizar o conhecimento, a experiência escolar e extra-escolar dos alunos, propondo a vinculação entre as disciplinas, a educação escolar, as práticas sociais, a cidadania e os valores morais. Compete ao professor ensinar ARTE VISUAL e ao aluno:

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• Conhecer e valorizar a arte plástica paranaense, sua história, os artistas, salões de arte, exposições, pintura popular, esculturas, artesanato decorativo, doméstico, utilitário, construção de bonecos, grafitagem;

• Conhecer, analisar e criticar as imagens e sua natureza estática e dinâmica. • Criar e construir formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e

tridimensional); • Observar e analisar as formas que produz e sua correlação com a produção dos

colegas; • Considerar os elementos básicos da linguagem visual em suas articulações nas

imagens produzidas (ponto, linha, plano...); • Reconhecer e utilizar elementos da linguagem visual representando, expressando e

comunicando por imagens: modelar, gravar, fotografar, colar... • Vivenciar e conhecer propriedades expressivas e construtivas dos materiais,

suportes, instrumentos, procedimentos e técnicas na produção de formas visuais; • Experimentar, utilizar e pesquisar materiais e técnicas artísticas (pincéis, lápis, giz,

carvão, computação gráfica); • Conviver com produções visuais e suas concepções estéticas nas diferentes

culturas; • Identificar significados, reconhecendo formas sensíveis visuais presentes na

natureza e nas diversas culturas; • Falar, escrever e registrar elementos audiográficos, pictóricos, sonoros e dramáticos

sobre as questões trabalhadas; • Reconhecer a importância das artes visuais na sociedade e na vida do indivíduo; • Observar, estudar e compreender as diferentes obras de arte, artistas e movimentos

artísticos produzidos em diversas culturas (regional, nacional e internacional) e em diferentes tempos da história;

Compete ao professor ensinar DANÇA e ao aluno: • Improvisar inventando, registrando e repetindo seqüências de movimentos criados; • Selecionar e organizar movimentos para a organização de pequenas coreografias; • Reconhecer e explorar de espaços em duplas ou outros tipos de formação em

grupos, aceitando a natureza e o desempenho motriz de cada um. • Valorizar a cultura local, os grupos folclóricos e suas características;

Compete ao professor ensinar MÚSICA e ao aluno:

• Perceber e identificar os elementos da linguagem musical (motivo, forma, estilo, gênero) em atividades de apreciação, explicitando-os por meio da voz, corpo, materiais, observações ou representações diversas;

• Identificar instrumentos ou materiais sonoros associados a idéias musicais de arranjos e composições;

• Utilizar o sistema modal, tonal na prática do canto a uma ou mais vozes; • Criar letras, arranjos improvisações de canções, parlendas, raps, como portadoras

de elementos da linguagem musical; • Interpretar músicas existentes, vivenciando um processo de expressão individual ou

grupal, dentro e fora da escola; • Ouvir, aceitar e respeitar as estratégias dos colegas nos trabalhos individuais e em

equipe; • Reconhecer movimentos musicais e obras de diferentes épocas culturais associados

a outras linguagens artísticas no contexto histórico, social e geográfico, observados na sua diversidade.

Compete ao professor ensinar TEATRO e ao aluno: • Associa a atividade teatral a histórias, dança, música, literatura; • Reconhece e utiliza os elementos da linguagem dramática: espaço cênico,

personagem, ação;

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• Experimenta e articula entre as expressões corporais, plásticas e sonoras, improvisações a partir de estímulos diversos (tema, texto dramático, poético, jornalismo....objetos, máscaras e imagens);

• Pesquisa, elabora e utiliza de cenário, figurino, maquiagem, adereços, objetos de cena, iluminação e som;

• Observa, analisa e aprecia o trabalho em teatro realizado pelos outros grupos, interagindo ator-expectador na criação dramática;

• Cria textos e encenações, compreendendo os significados expressivos corporais, textuais, visuais e sonoros da criação teatral;

• Pesquisa e lê textos dramáticos e de fatos da história do teatro, bem como cria textos teatrais a partir de outros materiais;

• Experimenta diversos papéis e personagens, formando uma personalidade sem preconceitos e com valor moral;

• Percebe as diferentes culturas e épocas, interagindo com a história; • Representa personagens conhecidos ou inventados, construindo gestos,

expressões, falas e figurinos; 2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 6ºANO/ ÁREA DE MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Gêneros: Folclórico Indígena Popular e Étnico Técnicas: vocal e instrumental

Pré - história Africana Indígena

6º ANO ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: pintura, escultura Gêneros: Cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia

Arte Africana Arte Pré-Histórica Indígena ARTE ORIENTAL

6.ºANO ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Enredo, Roteiro. Espaço Cênico, adereço Técnicas: Jogos teatrais

Pré-história Africano

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Ação Espaço

Direto e Indireto, Improvisão, Manipulação, Máscara Gênero: Rituais

Indígena

6.ºANO ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos Articulares Fluxo Livre e Interrompido Rápido e Lento Formação Níveis: Alto, Médio e Baixo Deslocamentos: Direto e Indireto Dimensões: Pequeno e Grande Técnica de Improvisão Gênero Curricular

Pré-história Africano Indígena

7º ANO ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Instensidade Densidade

Ritmo Melodia Escrita Musical Gênero: Popular Étnico, Folclórico Técnicas: Vocal e Instrumental. Improvisação

Música Popular Étnica Greco Romana Brasileira Paranaense

7º ANO ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha

Proporção Tridimensional

Arte popular Brasileira e Paranaense

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Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Figura a fundo Abstrata Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura , Modelagem e Gravura... Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia...

Barroco Greco Romana RENASCIMENTO COMÉDIA DELL ARTE

7º ANO TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagens: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais. Ação Espaço

Representação Leitura dramática Cenografia Técnicas: Jogos teatrais, mímicas, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua, Arena, Caracterização: Comédia e Tragédia

Teatro popular Brasileiro Paranaense Teatro Africano

7º ANO DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço

Ponto de apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado. Níveis: Alto, médio e baixo. Formação: direção Gênero: folclórico, popular e étnico

Popular Ètnica Brasileira Paranaense Greco-romana Barroco

8º ANO DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento corporal tempo e Giro Hip Hop

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espaço

Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Genero: indústria cultural espetáculo

Musicais

8º ANO MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Tonal, modal e a fusão de ambos Técnicas: vocal, instrumental e mista

Rap Rock Tecno (Ocidental e Oriental

8º ANO ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Semelhanças Contrastes Ritmo visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, audiovisual e mista

Indústria cultural Arte contemporânea ARTE MODERNA

8º ANO TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, adaptação cênica

Realismo Expressionismo

9.º ANO MÚSICA

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e etnico.

Música popular: brasileira, paranaense e popular Música Contemporânea Música Latino-americana

9.º ANO ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura fundo Ritmo visual Técnica: pintura, grafitte, performance, fotografia Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano Propaganda

Arte do século XX Vanguardas Muralismo Arte latino americana Hip Hop

9.º ANO TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação Espaço

Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum, ... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino

Teatro engajado Teatro do absrudo Vanguardas Cinema Novo

9.º ANO DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimemto corporal Kinesfera Vanguardas

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Tempo Espaço

Ponto de apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: performance e moderna

Indústria Cultural Dança Moderna Dança Contemporânea

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO

Estas Diretrizes concebem que o Currículo para a disciplina de Arte, no Ensino Médio, deve ser organizado de forma a preservar o direito do aluno de ter acesso ao conhecimento sistematizado em arte.

Para que o processo pedagógico se efetive, espera-se que o professor trabalhe com o conhecimento de sua formação - Artes Visuais, Teatro, Dança ou Música; que façam relações com os saberes das outras áreas de arte, e que proporcione ao aluno uma perspectiva de abrangência do conhecimento em arte produzido historicamente pela humanidade.

Optou-se por uma proposta de organização curricular a partir do conceito de conteúdos estruturantes, os quais constituem uma identidade para disciplina de arte e uma prática pedagógica que inclui as quatro áreas de arte, dentre todas as series do Ensino Médio, o qual é subdividido pelo educador para trabalhar por série.

Os conteúdos estruturantes para disciplina de arte no Ensino Médio são os seguintes:

• Elementos formais; • Composição; • Movimentos e períodos; • Tempo e espaço.

ENSINO MÉDIO/ MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escala Gênero: erudito, clássico, popular, pop, ... Técnicas: eletrônica, informática e mista, improvisação

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Música Popular

ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS

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ENSINO MÉDIO/ TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-fórum Encenação e leitura dramática Gêneros: tragédia, comédia, drama e épico Dramaturgia Representação nas mídias

Teatro do Oprimido Teatro Pobre Indústria Cultural Teatro Greco Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino-americano Teatro Realista

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figurativa Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo visual Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, escultura e arquitetura... Gêneros: Cenas do cotidiano

Arte ocidental Arte oriental Arte africana Arte brasileira Arte paranaense Arte popular Indústria cultural Arte contemporânea

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Teatro Simbolista ENSINO MÉDIO/ DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal Tempo Espaço

Kinisfera Fluxo Peso Eixo Salto e queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

Pré-História Greco Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Dança Brasileira Dança Paranaense Dança Africana Dança Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A arte é uma das dimensões do conhecimento que permeiam o currículo da

Educação Básica e que abrange as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança, possibilitando um trabalho pedagógico com foco na totalidade do conhecimento. Inicialmente, é necessário conhecer os fundamentos teóricos-metodológicos que permeiam a disciplina de Arte, nas formas de como a arte é compreendida no cotidiano das escolas e, também, de como as pessoas buscam entendê-la. Algumas dessas formas estão presentes no senso comum e refletem-se no trabalho pedagógico com arte na atualidade: Arte como mímesis e representação, Arte como expressão e Arte como técnica (formalismo). A arte como mímesis e representação, desenvolvida na Grécia Antiga por Platão e Aristóteles, é aquela que se fundamenta na representação fiel ou idealizada da natureza e é considerada uma reprodução intencional que resulta numa apreensão da forma conforme modelos estabelecidos. Por muito tempo, esta concepção foi tida como referência formativa no ensino de Arte. A arte como expressão, no movimento romântico do final do século XVIII se contrapôs a forma de como a arte era produzida desde a Antiguidade Clássica, Renascimento até a segunda fase da Revolução Industrial, buscando uma nova forma de entendê-la. A arte passa então a se fixar, numa concepção em que o artista expressa em suas obras seus sentimentos e emoções.

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Arte como técnica (formalismo) no início do século XX, é uma concepção pela qual a arte passa a ser analisada somente pela sua técnica, considerando a obra de arte pelas suas propriedades formais, é a idéia da forma pela própria forma. Estas concepções de arte se fazem presentes no cotidiano da escola e cabe ao professor refletir e reorganizar a sua prática pedagógica na aplicação destas no processo educativo dos alunos. Buscar definir a arte e entendê-la, remete-se em abordar campos conceituais que historicamente foram construídos sobre ela: conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo e o conhecimento da produção artística relacionado aos processos do fazer artístico e da criação como forma de organização e estruturação do trabalho artístico. O enfoque dado ao ensino de Arte na Educação Básica funda-se na relação entre arte e sociedade, fundamentando-se nas concepções de arte no campo das teorias críticas abordando a arte como ideologia, arte como forma de conhecimento e arte como trabalho criador. Sob tal perspectiva, Vázquez (1978) aponta que estas três interpretações são fundamentais para o entendimento da arte no convívio social. A arte como ideologia nos faz refletir que a arte é produto de um conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma classe. A arte não é só ideologia, porém, ela está presente nas produções artísticas. A arte como forma de conhecimento mostra que a arte é organizada e estruturada por um conhecimento próprio, por um conteúdo formal, que ao mesmo tempo possui um conteúdo social e que tem como objeto o ser humano em suas múltiplas dimensões. A dimensão da arte como trabalho criador considera que ao criar o ser humano recria-se, constituindo-se como um ser humano criador, sensível, consciente, capaz de compreender e transformar a realidade. O trabalho artístico além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade constitui-se, em si mesma, numa nova realidade social concreta. Estas concepções de arte são fundamentais para o desenvolvimento do ensino desta disciplina na escola, no entanto deve-se ter uma coerência entre os fundamentos teóricos - metodológicos, os conteúdos, os objetivos, a metodologia e a avaliação para uma aprendizagem efetiva. Na Educação Básica, a disciplina de Arte busca propiciar aos alunos um conhecimento sistematizado, porém é necessário conhecer os elementos que a constitui, elementos estes que são basilares, denominados de Conteúdos Estruturantes. Estes conteúdos (elementos formais, composição, movimentos e períodos) são os fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Os elementos formais são tidos como a matéria prima para o desenvolvimento do trabalho artístico; a composição é o processo de organização e estruturação dos elementos que constituem a produção artística; os movimentos e períodos se caracterizam pelo contexto histórico presente numa composição artística. A partir dos conteúdos estruturantes, que são articulados entre si e interdependentes para a compreensão da totalidade da arte, o encaminhamento metodológico também é compreendido de forma orgânica. São três momentos pelos quais os alunos devem passar, teorizar, que é a apreensão do conteúdo por meio da cognição e da racionalidade; sentir e perceber, que é o acesso as obras de arte (música, teatro, artes visuais e dança); trabalho artístico, que é o momento da prática, do trabalho criador. Esses momentos podem ser trabalhados pelo professor simultaneamente ou iniciados por qualquer um deles. É importante lembrar que “essa abordagem metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os três aspectos metodológicos abordados (...) – teorizar, sentir e perceber e o trabalho artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que as aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos.” (DCE, p. 71-72). No caso do Ensino Médio organizado por blocos de disciplinas semestrais, o encaminhamento metodológico e a forma de organização dos conteúdos sofrerão mudanças com relação ao tempo, como já foi apontado inicialmente. A arte concentra em sua especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre as áreas e as disciplinas escolares, favorecendo uma unidade no trabalho pedagógico e a efetivação do conhecimento por parte do aluno.

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A interdisciplinaridade visa a união de idéias dentro das disciplinas, formando um conceito mais completo de certos conteúdos, visando uma melhor compreensão e aprendizagem. Para alcançar os objetivos propostos usa-se de métodos (estratégias) que levem o aluno a vivenciar o que se quer ensinar, na forma de: Dramatização, dança, desenho, decalque, escultura, modelagem; imagens de Pinacoteca, videoteca, biblioteca, cartazes, transparências, slides, Aula Expositiva, seminários, palestras, pesquisa,exposições, instalações, intervenções; Leitura, passeios;pintura recorte e colagem, dobradura, máscara, fantoche, música: canto, coral Para que uma aula flua de forma interessante, é necessário a utilização de diferentes meios mais acessíveis:

Vídeo, TV Multimídias, Pen drive, CD, DVD, Rádio; retroprojetor, quadro de giz, apagador; tesoura, cola, régua, compasso; lápis de cor, giz de cera, carvão, tintas, pincel, nanquim; papéis de diversos tipos; revistas , jornais, livros, tecidos, fios, sucatas, quadra, jardim; Avaliação O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do desempenho de cada aluno, sendo superior os aspectos qualitativos aos quantitativos. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação, cap. I, art 8º, a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”. A partir do conteúdo harmonia, apontado no texto, o professor poderá trabalhar relacionando as quatro áreas artísticas e, em cada uma delas, escolher os seguintes critérios de avaliação: Música : execução musical e percepção dos intervalos musicais Dança : análise e percepção dos movimentos coreográficos Artes Visuais : análise e compreensão da proporção como fator estrutural na disposição

das partes Teatro : análise e compreensão da forma como é estruturado o teatro realista Pensar os critérios de avaliação que devem orientar o ensino da Arte é essencial para o entendimento dos conteúdos que abrangem todas as áreas da arte que podem ser resumidos nas seguintes expectativas de aprendizagem: compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade; produção de trabalhos artísticos visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social; apropriação prática e teórica das formas de compor nas diversas áreas da arte. Avaliar em Arte é superar os limites dos gostos pessoais e das afinidades para centrar-se no conhecimento propiciando uma aprendizagem socialmente significativa para o aluno. O método de avaliação proposto nas DCEs inclui a observação e o registro do processo de aprendizagem, com avanços e dificuldades na apropriação do conhecimento.

Para se obter uma avaliação efetiva, individual e de grupo, são necessários vários instrumentos de avaliação que irá auxiliar na apropriação e apreensão dos conteúdos abordados durante as aulas de Arte trabalhos artísticos individuais e em grupo; trabalhos teóricos e práticos; pesquisas bibliográficas e de campo; debates em forma de seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios, gráficos, portifólio, áudio-visual, atividades de leitura (compreensiva/crítica) de textos, entre outros. Dentro do segmento avaliativo, 6,0 pontos no mínimo duas avaliações e mais 4,0 pontos de trabalhos conforme o P.P da escola e também será necessária a recuperação paralela de conteúdos defasados pelos educandos. Referências FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento: o sistema Laban/Bartenieff na formação e pesquisa em artes cênicas. São Paulo: Annablume, 2002. LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978

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PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008. PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas : Autores Associados, 2003 VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. As ideias estéticas de Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978 8.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS - ENSINO FUNDAMENTAL I- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

No mundo das divisões do conhecimento, das especificidades que possibilitam e, freqüentemente, proporcionam a perda da totalidade, busca-se, cada vez mais, a unidade, a interdisciplinaridade, não como forma de pensamento unidimensional, mas como uma apreensão crítica das diversas dimensões da mesma realidade (GASPARIN,2002).

Sendo a ciência fruto da construção humana, no seu esforço de decodificar e compreender o mundo, é necessário romper com a visão compartimentada do saber e incorporar à discussão científico-pedagógica e ao ensino de Ciências os aspectos éticos e político-sociais da ciência e da tecnologia. A Ciência se constrói com a evolução do pensamento humano.

Para dar aulas de Ciências não basta conhecer física, química, biologia e geociências. Deve-se também estar por dentro daquilo que é produzido em uma área do conhecimento que recentemente tem tido grandes avanços: a didática das ciências da natureza (CAMPOS; NIGRO,1999).

A diversidade de seres vivos existentes na Terra é muito grande. Alguns cientistas estimam que no planeta existam de cinco a trinta milhões de tipos diferentes de seres vivos, dos quais cerca de apenas um milhão e quatrocentos mil são conhecidos.

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Através da disciplina de Ciências é possível contribuir na elaboração e ampliação do conhecimento sobre a Terra, pois, é nela que a matéria e energia circulam e se reciclam, e que há interdependência entre o ambiente e os seres vivos.

De acordo com os conhecimentos já construídos, sabemos que a Ciência é uma produção humana, resultado de um trabalho coletivo, dinâmico, passível de erros e acertos, formado historicamente e compartilhado por grupos.

Formular teorias foi o ponto de partida para o aparecimento de uma ciência racional, que, no decorrer da história fez com que o homem mudasse a forma de expressar seu conhecimento referente ao mundo e, desta forma, a ciência passa a ser determinada pela maneira com que ele expressa esse conhecimento.

Partindo do pressuposto que o saber científico é construção e patrimônio da humanidade, entende-se que a definição do conjunto de princípios a serem observados nos conteúdos, propiciará aos alunos/cidadãos elementos para questionar em que medida o conhecimento científico está a serviço do bem comum, permitindo uma compreensão mais elaborada do mundo em que vive (DCE, 2004).

Os avanços científicos determinam o desenvolvimento de novas tecnologias. A ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, é falível, intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais (CHASSOT, 2004).

Levando em conta as especificidades da escolarização fundamental e a realidade do nosso colégio que está situado no campo, o ensino de Ciências deve levar em conta uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais dos sujeitos do campo, sem perder de vista os conhecimentos historicamente produzidos, que se constitui em patrimônio universal (DCE,2006). Isso não é difícil de ser aplicado, visto que as ciências biológicas, físicas e químicas podem ser visualizadas facilmente no dia-a-dia dos educandos de escolas rurais.

A valorização dos conhecimentos empíricos ajuda os povos do campo a valorizar a sua identidade cultural.

Segundo as DECs o currículo da Educação Básica, contexto não é apenas o entorno contemporâneo e espacial de um objeto ou fato, mas é um elemento fundamental das estruturas sócio-históricas, marcadas por métodos que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados à abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.

Foram elencados os conteúdos estruturantes entendidos como saberes fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e de suas áreas afins.

Dessa forma, as diretrizes propõem como conteúdos estruturantes: Astronomia. Matéria. Sistemas biológicos. Energia. Biodiversidade. Todos eles são interdependentes e devemos tentar trabalhá-los sem os desmembrar.

Através do ensino de ciências é possível: Despertar no aluno o interesse pela Ciência, de modo que ele possa usar o

conhecimento compartilhado em sala de aula relacionando-o com o seu dia a dia. O ensino de Ciências deve contribuir também para que o aluno:

− Perceba-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;

− Desenvolva o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, de inter-relação pessoas e de inserção social, para agir com perseverança na busca do conhecimento e no exercício da cidadania;

− Conheça o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

− Utilize as diferentes linguagens como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias;

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− Saiba utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos (PEREIRA et.al,1999).

− Contemple a diversidade cultural e respeite as características biológicas (biótipo) dos diversos povos.

− Analise os conflitos entre epidemias/endemias e o atendimento à saúde, entre as doenças e as condições de higiene proporcionadas à população, bem como o índice de desenvolvimento humano (IDH).

− Compreenda o valor dos povos ligados à vida do campo. Devemos também levar em conta os princípios específicos propostos pelo DCEs,

visto que veio atender uma busca contínua pela maturidade na educação: − A inter-relação entre os sujeitos do processo de ensino e de aprendizagem e o

objeto de estudo da disciplina; − A intencionalidade da produção científica; − A aplicabilidade das noções e conceitos científicos; − A provisoriedade da produção científica no ensino de Ciências. − A historicidade da produção do conhecimento científico.

Em Ciências, assim como em todas as demais disciplinas deve-se levar em conta a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. A lei quanto a obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos é explícita, independente das suas diferenças ou necessidades. É importante ressaltar que não é suficiente apenas esse conhecimento, pois o aluno com necessidades especiais precisa de condições efetivas de aprendizagem e o desenvolvimento de suas potencialidades. É imprescindível uma participação mais qualificada dos educadores para o avanço desta importante reforma educacional, para assim atender as necessidades de todos os alunos com ou sem deficiências. O professor não está preparado para enfrentar os obstáculos mais citados da Educação inclusiva, onde se torna um grande desafio, fazer com que a inclusão ocorra, sem perder de vista que além das oportunidades é preciso garantir a aprendizagem no desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais. III – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O ensino de Ciências deve contribuir para que os alunos compreendam melhor o mundo e suas transformações, possam agir de forma responsável em relação ao meio ambiente e aos seus semelhantes e reflitam sobre questões éticas que estão implícitas na relação entre ciência e sociedade. Nesse processo, o papel do educador é fundamental. Sua atitude é sempre uma referência para os alunos: a consideração das múltiplas opiniões, a persistência na busca de informações, a valorização da vida e o respeito às individualidades serão observados e servirão de exemplo na formação dos valores dos estudantes (BIZZO, 2000).

O estudo de Ciências precisa apresentar interação direta com os fenômenos naturais e tecnológicos, para evitar lacunas na formação dos estudantes. Ao propor atividades devemos levar em consideração que nem todos os alunos têm os mesmos interesses, nem aprendem da mesma maneira.

Conforme o conteúdo a ser trabalhado, podemos nos utilizar diversas formas para facilitar o aprendizado, como:

− Leitura e interpretação de textos atuais; − Interpretação de figuras e legendas; − Resolução de problemas; − Pesquisas em livros, revistas e jornais; − Elaboração de relatórios de experimentos e investigações; − Confecção de cartazes, panfletos e murais; − Trabalhos de campo (visitas a jardins, canteiros, plantações, estações de

tratamento de água).

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Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico, percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando assim, a mudança do foco do processo de ensino e de aprendizagem. Isso alterou a concepção de aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação (DCE-CIÊNCIAS, 2006).

Hoje, busca-se a formação continuada dos professores, através da formação continuada que a secretaria de Educação promove em diversas áreas do conhecimento.

O objetivo das diretrizes é a transformação da sociedade e não uma abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências, segundo o DCE são: Astronomia. − Matéria. − Sistemas Biológicos. − Energia. Biodiversidade. É de suma importância considerar o desenvolvimento cognitivo dos alunos relacionando a suas experiências, idade, identidade cultural e social e os diferentes significados e valores que as ciências podem ter para eles.

IV – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011-SUED/SEED serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina de Ciências, propostos nas DCEs.

Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude que estruturam e organizam os campos de estudo da disciplina. “...São construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999)”.

Ao selecionar os conteúdos de Ciências é necessário considerar: − a importância dos mesmos no presente período histórico; − a contribuição para ampliar o desenvolvimento cognitivo do educando; − O real significado para o dia a dia do educando. É importante que o professor trabalhe com todos os conteúdos estruturantes em

todas as séries. Aos conteúdos estruturantes estão atrelados os conteúdos básicos, os quais não podem ser reduzidos e sim acrescentados conforme a realidade e a necessidade.

Os conteúdos básicos apresentados abaixo devem ser desdobrados em específicos no momento da elaboração do Plano de Trabalho Docente:

Astronomia: Origem e evolução do Universo. Astros. Gravitação universal. Matéria: Constituição da matéria. Propriedades da matéria. Sistemas biológicos: Célula. Morfologia e fisiologia dos seres vivos. Mecanismos de herança genética. Energia: Formas de energia. Conservação da energia. Biodiversidade: Evolução dos seres vivos. Interações ecológicas.

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V - AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser um processo contínuo e democrático, onde o professor decide junto ao aluno quais as melhores formas de avaliar o trabalho produzido em sala de aula.

Muito se tem escrito a respeito da avaliação da aprendizagem. Sobre prova escrita, então... todos os impropérios já foram lançados: monstro, entulho da educação, atraso pedagógico, algoz dos estudantes, etc. E o professor, no contexto do seu dia-a-dia, precisa continuar a elaborar provas como instrumento de avaliação. Muitas vezes ele entra em uma crise ética, sentindo-se culpado pensando estar fazendo algo errado, quase cometendo um crime contra seus alunos (MORETTO,2003).

Nenhuma avaliação é destruidora se pensada com carinho e respeitando as discussões concebidas no ambiente escolar.

Serão utilizados como materiais avaliativos, analisando quais são mais aceitos e bem sucedidos em cada turma: − Relatos escritos; − Trabalhos, debates e material produzido individualmente e em grupo; − Relatórios; − Participação em sala de aula, respeitando o limite de cada aluno; − Provas dissertativas e objetivas; − Textos críticos; − Redações; − Seminários. A prova que também é um dos instrumentos de investigação do aprendizado terá peso 6,0, a quantidade de provas que serão feitas dependerá dos conteúdos desenvolvidos durante o bimestre. Outras atividades desenvolvidas na sala de aula, ou fora dela como seminários, debates, pesquisas, etc, totalizarão 4,0 pontos. A média bimestral será a soma das provas de das atividades desenvolvidas. Essa distribuição foi decidida pelo coletivo da escola e consta no PPP.

Sempre será respeitado um atraso por parte do aluno no que se refere a participação nas avaliações. Ao final de toda atividade avaliativa, haverá recuperação paralela, se necessário; esta será oferecida a todos os alunos. A recuperação irá suprir as dificuldades encontradas pelos alunos, o professor fará uma revisão oral, indicando leituras complementares, atividades escritas ou provas que auxiliem o aluno a melhorar seu desempenho quanto aos números mas principalmente aprimorar seus conhecimentos para prosseguir seus estudos com uma maior segurança e solidez.

VI - REFERÊNCIAS: BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson R. Coleção Ciências. São Paulo: Ática, 2004.

BIZZO, Nélio. Ciência: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000.

CAMPOS, Maria C. da Cunha; NIGRO, Rogério G. Didática de ciências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999.

CHASSOT, A . A ciência através dos tempos. 2.ed. São Paulo:Moderna, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 5ª. ed., 1996.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

MORETTO, Vasco Pedro. Prova- um momento privilegiado de estudo- não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A,3ª. ed., 2003.

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PEREIRA, Ana Maria; WALDHELM, Mônica; SANTANA, Margarida Carvalho. Ciências. São Paulo: Editora do Brasil, 1999.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental- versão preliminar. PR: SEED, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual: versão preliminar, 2006.

DCEs da SEED. Orientações Curriculares. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. 2008. 8.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Com a Educação Física e o Desporto, o aluno compreenderá de maneira prática como a atividade física melhora a qualidade de vida em todos os sentidos: físico, intelectual e psicológico.

A vida é atribuída ao movimento desde os mais amplos, evidentes, facilmente reconhecíveis, até os minúsculos e despercebíveis .O ser humano é uma criatura ativa, que se expressa pela motricidade que é uma característica fundamental à sobrevivência do ser humano , o que o leva a aproximar-se da Educação Física e dos Esportes integrando-o a sociedade como ser participativo, crítico e criativo . Segundo Platão: “Todo ser vivo tem necessidade de saltar e brincar e é portador de um ritmo que produz a dança e o canto”.

O processo educativo tem como objetivo maior a formação integral do ser humano. A escola enquanto instituição educacional, deve na medida do possível, ofertar o maior numero possível de vivências e informações a fim de auxiliar na formação como capacidade para a compreensão do real significado da sociedade atual, numa perspectiva de transformação que aponte para o compromisso com o coletivo e com uma ordem social democrática.

A Educação Física enquanto disciplina que compõem a grade curricular do estabelecimento de ensino tem os mesmos objetivos de Educação, ou seja, deve preocupar-

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se também com o desenvolvimento integral do ser humano, utilizando para isso “ A Expressividade Corporal”, onde serão trabalhados temas do dia-a-dia e suas manifestações como o medo, a raiva, o prazer, o preconceito, e a dor.

Será através deste conteúdo principal que conseguiremos trabalhar as manifestações esportivas, as manifestações da ginástica, as brincadeiras, os jogos e os brinquedos, e veremos as manifestações estético corporais presentes na dança e no teatro, usando para tanto elementos articuladores como: O Corpo que Brinca e Aprende: Manifestações Lúdicas; O Desenvolvimento Corporal e a Construção da Saúde; e a Relação do Corpo com o Mundo do Trabalho..

Para que a Educação Física venha a desempenhar seu importante papel junto a sociedade ela precisa ser recuperada e transformada em uma disciplina que venha de fato, contribuir para o processo de educação devendo estar fundamentada na produção do conhecimento, ter conteúdo concreto e indissociáveis, ter conhecimento de fatos sociais e principalmente ser um instrumento de capacitação do saber.

Proporcionar ao aluno a formação necessária para a vida em sociedade, integrando-o em novos grupos sociais de uma forma consciente, através da atividade física.

- Realizar atividades que melhorem as suas qualidades físicas: resistência, velocidade, força, flexibilidade, coordenação, agilidade e equilíbrio, como apoio a melhora da qualidade de vida.

- Desenvolver e aperfeiçoar os fundamentos básicos das atividades desportivas para a formação individual e coletiva do educando.

- Promover o desenvolvimento dos conteúdos curriculares de modo que sejam respeitadas as capacidades cognoscitivas de cada um.

- Adquirir conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica e suas relações nas práticas desportivas e no seu dia-a-dia

- Consolidar a Educação Física como disciplina escolar com objetivos pedagógicos que transcendem os objetivos do esporte com um fim na sua prática, formando no aluno uma visão critica do mundo onde está inserido..

- Estimular o espírito de competição, aprendendo a usar os fundamentos dos desportos, técnicas e táticas de jogo, respeitando as regras como meio de formação integral, através de competições internas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ATLETISMO – Corridas de velocidade, fundo e meio fundo e de revezamento Saltos em distância e altura Arremessos Lançamentos de Disco Saltos em altura e distância Arremesso de Peso Lançamentos de dardo GINÁSTICA capacidades físicas habilidades motoras Alongamentos HANDEBOL histórico familiarização iniciação aos fundamentos básico jogos recreativos Sistemas defensivo e ofensivo Jogo

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FUTSAL Histórico familiarização com a bola fundamentos básicos sistema de jogo jogos recreativos jogos ATIVIDADES RECREATIVAS Jogos dramáticos Gincana cultural e recreativa brincadeiras ao ar livre brincadeiras em sala de aula atividades ao ar livre e em sala de aula FUTEBOL Histórico Familiarização iniciação aos fundamentos básicos sistema de jogo DANÇAS consciência corporal ritmo e movimento De salão e folclóricas BASQUETEBOL Histórico Familiarização Iniciação aos fundamentos básicos Regras básicas iniciação aos fundamentos técnicos e táticos sistema de jogo jogos desportivos XADREZ Histórico Reconhecimento do tabuleiro Movimentação de peças Jogos VOLEIBOL Histórico Familiarização com bola Fundamentos Rodízio e regras básicas Sistemas jogo desportivo METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia do ensino da Educação Física terá como ponto de partida uma observação criteriosa e pedagógica vinculada aos conteúdos, e uma proposta de formar e abranger interesses que venham ao encontro das necessidades e expectativas da realidade escolar. Passando por uma mudança de comportamento dentro das aulas de educação

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física, o trabalho será planejado também com base na realidade do educando, sendo as atividades voltadas ao aumento do conhecimento sobre seu corpo e suas limitações não como objeto excludente, mas sim como ponto de inicio para se buscar uma melhora na qualidade de vida através das mais diversas atividades que fazem parte da educação física.

Durante as aulas serão propostas atividades ligadas ao assunto em questão e em um segundo momento após verificadas as pré disposições dos alunos serão elaborados exercícios para o desenvolvimento de todos os alunos para que sejam alcançados os objetivos propostos. AVALIAÇÃO

A avaliação será continua, permanente e cumulativa para todas as séries, sendo realizada levando-se em conta o que cada aluno aprendeu dentro de suas próprias capacidades, sendo efetuada uma avaliação inicial de seus conhecimentos no inicio de cada conteúdo e uma avaliação ao final de cada conteúdo para verificação do aprendizado, sendo analisados a aprendizagem ocorrida no período e a sua força de vontade ao tentar realizar os trabalhos apresentados, com prioridade ao processo de ensino aprendizagem.

Sendo que a Educação Física escolar não tem objetivos de formar atletas e sim melhorar a qualidade de vida dos alunos , as performances esportivas não serão levadas em conta, mas sim serão avaliados as dificuldades enfrentadas pelos alunos e em cima disso elaborados procedimentos que visem a superação das maiores dificuldades.

Dentro dos valores atribuídos aos alunos decidiu-se no conjunto das disciplinas deste estabelecimento de ensino que todas as disciplinas deverão dividir suas avaliações em dois momentos diferentes,no primeiro a avaliação prática que pode ser através de trabalhos ou de praticas formais e um segundo momento através de uma avaliação formal do conhecimento do aluno, sendo colocado o percentual de 60% para a avaliação formal através de prova e 40% para as demais atividades avaliadas, e para os alunos que não conseguirem atingir pelo menos 60% da nota total será realizado trabalho de recuperação paralela para que o mesmo possa acompanhar o andamento das aulas, através de exercícios de fixação e trabalhos complementares. V - REFERÊNCIAS CASTELANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2ed. Campinas: Papirus, 1991 COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e pratica da educação física. São Paulo: Scipione., 1992. MEDINA, João P. S. O Brasileiro e seu corpo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1990. TANI, Go. Educação física escolar: fundamentos para uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/EDUSP, 1988. Diretrizes Curriculares de Educação Física, Ensino Fundamental; julho 2006.

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8.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde os primórdios de sua criação como ciência, a Geografia tem passado por mudanças teórico-metodológicas e a constante redefinição de seu objeto de estudo. Se em princípio essas mudanças eram creditadas principalmente à sua subordinação aos interesses hegemônicos, atualmente, em face da revolução técnico-científica em curso, é importante que se considere que também a Geografia, assim como vários outros ramos do conhecimento humano, atravessa um período de profundas transformações.

Nesse sentido cabe ainda reconhecer o caráter histórico das sociedades humanas, do conhecimento científico e das relações travadas entre estes dois elementos. Nas palavras de Paulo Freire, reconhecer “a historicidade do conhecimento, a sua natureza de processo em permanente devir. Significa reconhecer o conhecimento como uma produção social, que resulta da ação e reflexão...” (2003, p. 09).

Apesar do aparente fim do socialismo dito real e da ausência de um modelo sócio-político-econômico que contraponha-se ao neoliberalismo vigente, o referencial teórico-metodológico da Geografia tem-se consolidado, como demonstram os trabalhos de diversos autores (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEF, 2005), com a utilização do materialismo histórico ou dialético.

É importante lembrar que não existe neutralidade política no processo de ensino-aprendizagem, sendo este também um ato político daqueles que dele participam. Nesse

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sentido, fica explícita a elaboração e aplicação deste como uma forma de analisar e pensar, criticamente, a estrutura social hegemônica existente, visando à sua superação.

Não devemos deixar de observar a relação entre a “produção [e a reprodução] histórica do saber como uma ‘verdade’ que justifica uma relação de poder” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM, 2005 p. 05), e ainda, que educação e política são “práticas distintas, mas que ao mesmo tempo não são outra coisa que senão modalidades específicas de uma mesma prática: a prática social. Integram, assim, um mesmo conjunto, uma mesma totalidade” (SAVIANI, 2003, p. 85).

O objeto de estudo da Geografia, atualmente definido como o Espaço Geográfico, foi conceituado por professores da disciplina como o espaço “produzido, apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados” (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM, 2006 p. 12) de acordo com Santos:

“Os objetos que interessam à geografia não são apenas objetos móveis, mas também imóveis, tal uma sociedade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos geográficos. Esses objetos são do domínio tanto do que se chama a Geografia Física como do domínio do que se chama a Geografia Humana e através da história desses objetos, isto é, da forma como foram produzidos e mudam, essa Geografia Física e essa Geografia Humana se encontram. (1996b,p.59)”. O Espaço Geográfico, como objeto de estudo, é considerado como produto da ação

humana, através do trabalho social, no meio. Tal relação só pode ser compreendida através do estudo do próprio meio e das necessidades e da capacidade de apropriação de cada sociedade, no decorrer do processo histórico. Ao converter a Natureza em um conjunto de objetos que seleciona à medida que desenvolve os meios de utilizá-los, atribuindo-lhes valor, o Homem transformou-a em Segunda Natureza, apropriando-se dela em um ato social.

A intervenção coletiva do homem na natureza objetivando a satisfação de suas necessidades, o trabalho social, é o elo de ligação entre o homem e a própria natureza. Não cabe a distinção entre o físico e o humano, pois a ação humana sobre a superfície terrestre se faz presente em todas as partes. Nas palavras de Jecohti; Filizola “a presença do homem é um fato em toda a face da Terra, e a ocupação que não se materializou é, todavia, politicamente existente” (1992, p. 100).

Seguindo esse princípio, para compreender o meio é necessário entender a interdependência de todos os seus elementos. Para compreender a organização espacial faz-se necessário entender as relações sociais que ocorrem nesse mesmo espaço, através dos processos de trabalho e satisfação das necessidades humanas. Compreender o Espaço Geográfico é compreender as relações meio-sociedade e todas as suas correlações inerentes e decorrentes.

É fato pacificamente aceito que estamos em meio à Terceira Revolução Técnico-Científica ou Revolução Informacional. Esta revolução é impulsionada, entre outra: pela aplicação intensiva da informática aos processos produtivos; pela crescente automatização/robotização da produção; pela capacidade cada vez ampliada de intervenção da humanidade sobre a natureza; pela crescente interdependência produtiva e de consumo entre as diversas partes do planeta, propiciada pelo desenvolvimento dos meios de transporte e de comunicação.

Emergem daí o meio técnico-científico-informacional, expresso em regiões onde ocorre o adensamento de meios de transporte, comunicação, centros de pesquisa, produção e consumo avançados e as transnacionais, conglomerados produtivos que representam a vanguarda e são a mola propulsora deste período histórico, com operações e atuação descentralizadas pela maior parte do planeta, explorando, produzindo e/ou comercializando em cada lugar de acordo com a melhor relação custo/benefício econômica e política.

Por mais paradoxal e redundante que seja, vale lembrar que neste momento histórico a capacidade produtiva existente é tão grande, que é capaz de fazer frente à satisfação das necessidades de toda a humanidade. Os avanços da informática, robótica,

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medicina, biotecnologia e de tantos outros ramos do conhecimento humano, no entanto, estão postos à serviço de uma pequena parcela da população mundial, concentrada nos países ricos/desenvolvidos/centrais/do norte e pulverizada nas pequenas elites dos países pobres/subdesenvolvidos/periféricos/do sul.

À imensa maioria da população mundial reservam-se os resquícios e resíduos do desenvolvimento técnico-científico-informacional alcançado, ou nem isso, e o papel de produtores da riqueza de uns poucos, expropriados que são de seus recursos naturais, de sua força de trabalho e de seu potencial intelectual.

O atual momento histórico de desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo, entendido este como sistema econômico-social-político hegemônico, propõe diversos desafios que definirão o futuro do planeta Terra e da própria Humanidade. Dentre eles, destacam-se:

- o estágio de desenvolvimento das forças produtivas e a difusão do modelo de sociedade de consumo, que exercem uma pressão insustentável sobre os recursos naturais e as fontes de energia em uso, alterando o equilíbrio climático-ecológico do planeta;

- a revitalização e maximização das relações de exploração e dominação entre ricos e pobres, em escalas local, nacional, regional e mundial, que nega à considerável parcela da Humanidade o acesso aos benefícios científicos e tecnológicos existentes e mesmo a satisfação de necessidades básicas como alimentação, educação, saúde e saneamento entre outros.

Diante destes e outros desafios, a apreensão do conhecimento geográfico da totalidade entre humanidade e natureza, espaço e sociedade, mediados pelo trabalho social, torna-se uma necessidade premente e inadiável, objetivando o desenvolvimento da capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor compreende-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido de superar suas contradições.

São objetivos da Geografia no Ensino Médio: - Propiciar ao educando a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar

criticamente o Espaço Geográfico, com suas relações sócio-espaciais, para melhor compreende-lo, identificando e atuando sobre as possibilidades de transformação no sentido de superar seus conflitos e contradições a partir da construção de suas próprias interpretações e representações.

- Perceber a relação entre meio e sociedade, tendo como elo de ligação o trabalho social;

- Analisar historicamente a formação das diversas configurações espaciais, tais como localizações, estruturas e processos, em escalas local, nacional, regional e global;

- Conceituar os tipos de sociedade, as maneiras e modos como estas se apropriam da natureza, a idéia de organização e produção do espaço;

- Abordar o homem como ser biológico – elemento integrante da natureza - e social - pertencente a esta ou àquela classe social;

- Apreender o espaço geográfico como uma totalidade que envolve o espaço e a sociedade, a natureza e a humanidade;

- Compreender a interdependência entre os diversos elementos e os impactos ambientais provocados pela ação humana;

- Desenvolver a capacidade de leitura, interpretação, análise, elaboração e produção de produtos cartográficos (mapas e cartas), tabelas e gráficos;

- Possibilitar ao educando o acesso ao conhecimento científico socialmente construído e historicamente acumulado;

- Capacitar ao educando posicionar-se, manifestar-se e atuar frente às diversas e variadas situações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Todos os conteúdos estruturantes serão trabalhados abordando as

perspectivas socioambientais, culturais e demográficas, socioeconômicas e

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geopolíticas, que identificam os campos de estudos da Geografia, e os Desdobramentos Possíveis, os conteúdos pontuais que permitem a abordagem do objeto de estudo da disciplina. Ensino Fundamental: Eixos Estruturantes

Temas Específicos

6.º ANO

As eras geológicas; Os movimentos da Terra no Universo e suas influências; As rochas e os minerais; O ambiente urbano e rural; Movimentos sócioambientais; fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas; Rios e bacias hidrográficas; Sistemas de energia; Circulação e poluição atmosférica; Desmatamento; Chuva ácida; Buraco na camada de ozônio; Efeito estufa; Ocupação das áreas irregulares; Desigualdade social e problemas ambientais; entre outros.

7.º ANO

A formação do território brasileiro; Modelado terrestre e a ocupação econômica do espaço brasileiro; Rios:caminhos navegáveis e fontes de energia; A diversidade climatobotânica brasileira; A formação do espaço socioeconômico brasileiro e povoamento; População brasileira:estrutura e dinamismo; Espaço urbano e agrário no Brasil; As diferentes regionalizações no Brasil; A divisão geoeconômica do Brasil; Distribuição espacial da população afrodescendente no Brasil; entre outros.

8.º ANO

A ocupação do espaço nas Américas; Formação dos blocos econômicos; América:paisagem, povos e cultura; Países platinos; A América Andina; Guianas; América Central:agricultura tropical e turismo; Os contrastes do NAFTA; entre outros.

9.º ANO Geopolítica

Europa:clima, relevo, hidrografia e população;União Européia; A divisão do pós-guerra na Europa; O desmoronamento do socialismo; África:natureza e povo; uma história de exploração; A organização do espaço asiático:conflitos, diversidades e parcerias; Oceania; entre outros.

Ensino Médio: Conteúdos Estruturantes

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª Série

Linguagem cartográfica; Sistema terrestre; Clima e hidrologia terrestre; Biomas terrestres; As bases físicas do Brasil; Sociedade industrial e meio ambiente; Fronteiras e mapas políticos; entre outros.

2ª Série

Indústria e produção do espaço geográfico; A produção agropecuária no mundo; Circulação e rede de transportes; Geografia da população; Espaço urbano; As relações étnico-raciais no ambiente urbano; A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil (a rota da escravidão); A população brasileira (miscigenação de povos); A contribuição do negro na construção da nação brasileira; entre outros.

3ª Série

A geografia da guerra fria; A superpotência; Potências mundiais; Potências regionais; Conflitos étnicos regionais na Europa, Oriente Médio e África; Geopolítica do Brasil; Blocos econômicos; entre outros.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A abordagem metodológica (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED, 2006) deverá ser orientada sobre três linhas básicas, à saber:

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Concepção de totalidade: utilizando uma perspectiva relacional que flua do local para o nacional, deste para o regional e deste para o global; do global para o regional, deste para o nacional e deste para o local;

Articulação entre conceitos e correntes filosóficas: evitando ecletismos através da contextualização dos conceitos/correntes em suas perspectivas históricas e de classe;

A humanidade (sociedade) entendida como agente, através do trabalho social, produtora do espaço: considerando o Espaço Geográfico como produto e produtor das relações sociais, políticas, econômicas e culturais, em relação dialética.

Metodologicamente, reconhece-se a necessidade de garantir o acesso ao conhecimento socialmente gerado e historicamente acumulado valorizando, no entanto, o saber próprio do educando, expresso na visão do mundo em que está inserido pois, “essa percepção do espaço está visceralmente ligada à experiência vivida, a um espaço que, de certa forma, a experiência vivida seleciona e ordena” (RESENDE, 1994, p.86), o que implica conhecer e reconhecer os aspectos sociais, econômicos e culturais nos quais estão inseridos, como condicionantes de sua leitura e visão de mundo.

Os elementos básicos da mediação entre conhecimento, educando e educador, serão o livro didático, utilizado de forma crítica, e outros recursos como mapas, globos, atlas, matérias jornalística de diversos meios (televisão, jornal impresso, revistas, internet etc), multimídias/meios, audiovisuais diversos (filmes, transparências, documentários etc), observações e pesquisas in loco, linguagens diversificadas como textos e obras literárias, poesia, pintura e outras expressões das artes plásticas, músicas, histórias em quadrinhos, caricaturas, charges, fotografias, entre outras, como se trata de um colégio no meio rural deverá levar-se em consideração o conhecimento já adquirido pelo aluno na prática.O processo de ensino e aprendizagem terá momentos diversificados como, por exemplo, exposição e explicação de conteúdos, diálogos, trabalhos em grupo, exercícios de compreensão e fixação, de crítica e reflexão, observação e reconhecimento do espaço geográfico, produção de textos, mapas temáticos, maquetes e outras formas de expressão, avaliações, entre outros. AVALIAÇÃO

A avaliação caracteriza-se por ser uma constante que perpassa todo o processo de ensino e aprendizagem. Terá caráter diagnóstico, permitindo a recuperação dos conteúdos e adequação dos processos e objetivos; contínuo, estendendo-se durante todo o processo de ensino e aprendizagem; e diversificado, abrangendo todos os aspectos e ações do processo de ensino e aprendizagem.

Para tanto, os objetivos a serem alcançados por educandos e educadores deverão ser e estar claros e precisos, bem como o tempo e os meios necessários através dos quais eles serão realizados.

As capacidades de criticar fundamentadamente, de sintetizar os principais aspectos, de elaborar conclusões pessoais e coletivas e a apreensão dos elementos essenciais ao desenvolvimento de tais capacidades serão valorizadas e prevalecerão sobre a simples memorização de conteúdos. A avaliação privilegiará ainda os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e valorizará a multidisciplinariedade e a interdisciplinaridade dos conteúdos.

Serão utilizados como instrumentos de avaliação os seguintes itens: - testes ou provas, escritos ou orais, individuais ou coletivos; - pesquisas individuais ou coletivas com produção de textos, mapas temáticos,

desenhos ou outras formas de representação; - participação em outras atividades propostas em sala e extra-sala; - seminários de apresentação de pesquisas; - debates em sala; - realização das atividades propostas; - outros instrumentos necessários à dinâmica da avaliação. - De acordo com o Projeto Político Pedagógico do colégio, as provas terão valor:

6.0 pontos e as demais atividades o valor de 4.0 pontos.

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- A cada avaliação realizada, será feita recuperação paralela a mesma. REFERÊNCIAS ADAS, Melhem. Geografia. 4. ed. 4 v. São Paulo: Moderna, 2002.

ALMEIDA, Marina Alves de Almeida; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2005.

CÂMARAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Deliberação 007/99 de 09 de abril de 1999. Delibera sobre as normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino em nível do ensino fundamental e médio. Relatores: Marília Pinheiro Machado de Souza e Orlando Bogo. [Curitiba: s.n., 1999].

FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 2003.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ - SEED/DEF. Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná, versão preliminar, geografia. [Curitiba: s.n., 2006].

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM/DEF. A reforma do ensino médio – uma análise crítica [Curitiba: s.n., 2005].

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Orientações Curriculares – Semana Pedagógica: Geografia. [Curitiba: s.n., 2006].

JECOHTI, Hatsue Mlsima; FILIZOLA, Roberto. Geografia. In: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 1992. p. 98 –122.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes. Construindo o espaço: manual do professor. 2. ed. 4 v. São Paulo: Ática, 2004.

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8.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A História é a ciência dos homens no tempo. É através dela que situamos os períodos e contextos dos acontecimentos. É dominando determinados conteúdos históricos que entendemos o porquê de certos avanços ou retrocessos.

Estudar História é apropriar-se de conhecimentos sobre os fatos do passado levando em conta sempre a sua dimensão econômico-social, política e cultural. É interrogando o passado que se responde as questões do presente e se constrói visões do passado segundo as concepções do presente. “Poucos de nós duvidamos que o conhecimento do passado é a trilha mais segura para uma presença mais consciente no mundo.”( Luciano Figueiredo) Apropriando-se dos conhecimentos históricos e entendendo-os como parte do cotidiano, o aluno será capaz de perceber que de nada adianta aceitar os fatos como “naturais” e sim enxergá-los como resultados das atitudes humanas no tempo e no espaço e que podem ser mudados ou aceitos dependendo da visão que construímos a respeito dos mesmos.

O professor de História, por sua vez, precisa direcionar um novo olhar sobre a História nacional, regional e local, resgatar a importância que todos os povos tiveram para a construção do mundo em que vivemos, em especial, o mundo que conhecemos, o qual fez e faz parte do nosso dia-a-dia.

Vale ressaltar a grande importância e responsabilidade que tem a escola do meio rural em preparar o aluno no conhecimento globalizado tornando-o apto para enfrentar os desafios da dura realidade que muitas vezes o permeia .

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É preciso construir uma nova visão sob o ponto de vista crítico, despertando no educando o senso de acordo com as novas ordens vigentes da sociedade, apontando caminhos, fazendo-o descobrir novas formas de pensar , agir , construir e interpretar sua própria realidade dentro de um contexto histórico e participativo para o pleno desenvolvimento, social ,político , econômico e principalmente cultural entendendo e valorizando as diversas culturas , contextualizando os conteúdos aplicados em seu cotidiano. Por isso é de suma importância a inclusão do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, amparada na lei nº 10.639/2003., que tem por objetivo levar aos alunos o reconhecimento e a valorização da história, cultura e identidade do povo negro, buscando combater o racismo e as discriminações que o atingem. Conteúdos Estruturantes Dimensão cultural/Relações culturais- conhecer os conjuntos de significados que os homens conferiram a sua realidade para explicar o mundo através de modos de pensar, agir e perceber o mundo em organizações sociais diferentes Dimensão sócio- econômica/ Relações de trabalho- entender como os ciclos econômicos influenciaram na formação de diferentes grupos sociais, estabelecendo variadas relações de trabalho durante todo o processo histórico, determinando assim a condição de vida do conjunto da população. Dimensão política/Relações de poder - compreender a necessidade de organização nas diversas instâncias sócio-históricas para facilitar a sobrevivência, que levou à formação de lideranças políticas que sempre precisam ser avaliadas e mudadas quando necessário. Conteúdos básicos Ensino Fundamental 6º ano Fontes históricas O tempo na História: séculos A vida humana no Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais Surgimento das cidades Povoamento da América Sítios arqueológicos Civilizações: Mesopotâmia, Egito, China, India Fenícios e hebreus Civilização grega Civilização romana

7º ano Feudalismo Os árabes e o Islamismo África China Mudanças na Europa durante a Baixa Idade Média Humanismo Renascimento Reforma Protestante Monarquias européias Expansão marítima européia América e as suas grandes civilizações Colonização da América Nordeste brasileiro no período colonial Escravidão Rebeliões na colônia

8º ano

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O Absolutismo A vida cotidiana na era absolutista A descoberta e a exploração do ouro no Brasil Portugal e o ouro brasileiro A vida nas cidades mineiras do Brasil Revolução Industrial As lutas operárias e os sindicatos A Era da Ilustração A Independência dos EUA A Revolução Francesa O Império Napoleônico A crise do antigo sistema colonial no Brasil A unificação da Itália e a Alemanha Período Regencial no Brasil Segundo Reinado Abolição do tráfico negreiro Imigração

9º ano A era dos Impérios capitalistas A história da terra paranaense A proclamação da República no Brasil Paraná- berço do ouro no Brasil A industrialização e o movimento operário no Brasil Tropeirismo Emancipação política do Paraná A Primeira Guerra Mundial Contestado A Revolução Russa Regimes autoritários na Europa Paraná Contemporâneo: cultura e economia A Segunda Guerra Mundial A Revolução de 1930 no Brasil A Guerra Fria A descolonização da África A questão judaico-palestina Os anos dourados do Brasil O fim das liberdades democráticas A redemocratização e o governo Sarney O fim da União Soviética A globalização e seus efeitos O planeta pede socorro

ENSINO MÉDIO

1º ano Fundamentos da História A Pré-História As civilizações do Oriente Próximo A Grécia Antiga Roma Antiga Reinos bárbaros e Império Bizantino Civilização Islâmica Idade Média: feudalismo e Cruzadas Idade Média: comércio, cidades, Estados

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Renascimento cultural Reforma Religiosa

2º ano

A Europa absolutista Expansão marítima e mercantilismo Colonização portuguesa do Brasil: administração e economia Cultura e sociedade no Brasil colonial A colonização espanhola e inglesa na América As revoluções na Inglaterra As luzes da razão Formação e expansão dos Estados Unidos A Revolução Francesa e o Império Napoleônico A Independência da América Latina Revoltas e rebeliões coloniais Formação territorial e emancipação política do Estado do Paraná Contestado Paraná Contemporâneo A construção do Estado no Brasil Período Regencial

3º ano

Industrialização e socialismo Revoluções liberais e nacionalistas na Europa Imperialismo e neocolonialismo Segundo Reinado República Velha Movimentos sociais e Revolução de 1930 Primeira Guerra e Revolução Russa A crise do Estado liberal- 1929 A Segunda Guerra Mundial O Brasil e a Era Vargas O mundo da Guerra Fria Brasil: República Populista A descolonização afro-asiática Os militares no poder O Brasil e a nova ordem mundial

METODOGIA DA DISCIPLINA -ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

É muito importante o papel do professor no processo ensino-aprendizagem. O trabalho do professor não consiste simplesmente em transmitir informações, mas, sobretudo apresentá-las de uma forma que os alunos possam assimilar e aprender. O trabalho e diálogo com o professor ajudam a desenvolver o senso critico.

O planejamento do ensino da História, segundo as Diretrizes, deve romper com a forma em que o aluno se encontre numa posição passiva, mas formar um ser político capaz de compreender a historicidade de todas as coisas desde a concepção da História como obra humana até a capacidade de avaliar as determinações, condicionamentos e possibilidades do momento histórico em que se vive.

Através das atividades, serão apresentados vários caminhos para que o educando conheça novos fatos e possa expressar- se de forma critica , levando em consideração o saber já construído dos educandos. O professor aproveitará as experiências e o saber dos alunos para situar-se no tempo e espaço, agindo e colaborando para que o aluno aprimore o conhecimento que possui.

No processo de construção do conhecimento, a pesquisa e a elaboração de sínteses são fundamentais para que o aluno possa assimilar o conteúdo. Cabe indicar

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fontes, esclarecer objetivos, discutir informações, detectar dificuldades e apontar alternativas de solução. O aluno deve ser continuamente estimulado a identificar, relacionar as idéias centrais de textos e a reorganizá-los com base em sua leitura e interpretação.

Portanto, o sentido geral da prática metodológica é envolver o educando na sua própria história de vida, seus costumes, tradições, conhecer bem o meio que está inserido, entendendo assim o contexto social, político, econômico e cultural no mundo em que vive. Despertar a consciência critica que através da qual possa perceber – se como membro atuante do processo histórico, que saiba relacionar a teoria com a prática , tendo assim condições de progredir no trabalho , no estudo e nas situações do seu cotidiano.

O ensino de História em articulação com as demais disciplinas tem como objetivos, a formação de atitudes e concepções para a vida pessoal e cidadã, o respeito à diversidade, espírito de justiça, solidariedade e compreensão. AVALIAÇÃO

As atividades na disciplina incluídas na prática pedagógica possibilitam uma avaliação contínua do ensino – aprendizagem. É muito importante que os alunos se autoconheçam para poder se interessar pela aprendizagem, como também é necessário que participem do processo de aprendizagem (incluindo a avaliação) e que estejam conscientes de como esse processo ocorre.

O papel do professor é apontar caminhos para que os alunos continuem e aprimorem o processo de construção do conhecimento. É necessário que nesse processo, o professor explicite para os alunos os critérios pelos quais eles serão avaliados. É importante que o professor adote os meios que julgar mais adequados às suas propostas. A avaliação não deve ser feita só de momentos específicos, mas um acompanhamento processual, permitindo um “retrato” de cada aluno e da classe.

A avaliação deve ser um processo a partir da avaliação diagnóstica tanto do professor quanto do aluno. Assim poderão rever as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo de ensino aprendizagem, bem como planejar outros métodos os quais visem a superação das dificuldades encontradas .

Critérios estabelecidos pelo coletivo da escola: serão feitas avaliações bimestrais que somarão 6.0 e outras atividades desenvolvidas na disciplina: 40. O aluno terá possibilidade de recuperar conhecimentos não assimilados através da recuperação paralela que será aplicada a cada bimestre.

Caberá ao professor observar se o alunos apropriaram-se dos conceitos históricos, se conseguem estabelecer relações com a política, economia e a diversidade étnico-racial no seu cotidiano pelos fatos estudados em seu contexto social de diferentes épocas, visando sempre inseri-los ou aprimorá-los como membros ativos na sociedade a qual pertencem.

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Pilettti , Nelson 1945 ;História e Vida integrada ;

Velocino Bruck Fernandes.O Paraná é assim. 8.6 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Como disciplina, a Língua Portuguesa só passou a integrar os currículos nas últimas décadas do século XIX. Historicamente o processo de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial , ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13). Ainda no período colonial, as escolas organizadas pelos jesuítas propunham-se a ensinar a ler e escrever,“favorecendo o modelo de sociedade escravocrata” e de reprodutoras do interesse de Portugal. Já no século XVIII, o Marquês de Pombal tornou obrigatório o ensino de Língua Portuguesa no Brasil e mesmo em Portugal , proibindo o uso da língua usada na colônia até então: o tupi-guarani. Era a primeira tentativa de efetivar a hegemonia da língua portuguesa na Colônia. Mesmo com essas mudanças, o ensino de português continuava ineficiente, ministrado por professores despreparados e voltado para a elite da colônia que continuaria seus estudos na Europa.

Esse quadro continuou até a vinda da família real para o Brasil, em 1808, quando surgiram aqui as primeiras instituições de ensino superior, privilegiando ainda a classe dominante do Brasil-colônia. A população menos favorecida continuou sem acesso à língua usada nas escolas. Em 1837, as disciplinas de Gramática, Retórica e Poética (Literatura) foram incorporadas ao currículo e em 1871, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português.

A partir da metade do século XX, com a expansão do ensino primário público, o ensino de Língua Portuguesa, já sob a concepção tecnicista, passou a ser baseado em exercícios de memorização e contribuía para a consolidação da ditadura militar, “impondo

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uma formação acrítica e passiva”, muito eficiente para aquele contexto. Mantendo essa ótica, a lei 5692/71 mudou o Português para Comunicação e Expressão (1° Grau) e Comunicação em Língua Portuguesa (2° Grau). Nesse período, a teoria da comunicação de Jakobson postulava o ensino da disciplina referente à língua materna.

Ainda na década de 70 outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas entre elas: • a Sociolinguística, que volta-se para as questões da variação linguística; • a Análise do Discurso, que reflete sobre a relaçaõ sujeito-linguagem-história,

relaciona-se à ideologia; • a Semântica, preocupa-se com a natureza, função e uso dos significados; • a Linguística Textual, que apresenta como objeto o texto, considerando o

sujeito e a situação de interação, estuda os mecanismos de textualização (DCE p.44 2008) Desses debates surgiu o questionamento sobre a eficácia das aulas de gramática

no ensino de português, embora a prática em sala de aula continuasse pautada em livros didáticos que reforçavam a concepção tradicional de linguagem, não “possibilitando a todos os estudantes o aprimoramento no uso da língua materna tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho com a literatura.” (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, 2008, p. 44). Quanto ao trabalho com a última, o objetivo era servir-se dela para exercícios gramaticais e usá-la ainda para transmitir valores religiosos, morais e cívicos, com o intuito de formar cidadãos respeitadores da ordem estabelecida. Nesse período o ensino de Literatura ocorria somente no segundo grau com ênfase em aspectos estruturais e/ou historiográficos, cabia ao professor a condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros ouvintes, sem papel ativo no processo de leitura. Tal prática pode ser compreendida pela análise do contexto da época: à ditadura militar não era interessante despertar o espírito crítico e criador dos alunos. Assim, a literatura perdia muito do seu valor nos sentido de instrumento para ampliação do conhecimento, da reflexão e visão de mundo do leitor.

Na década de 70, os cursos de pós-graduação aumentaram e consequentemente houve o aumento de uma elite de professores e pesquisadores voltados para o pensamento e discussões críticas em relação aos rumos da educação. Esse fato aliado à abertura política da época possibilitou, a partir dos anos 80, os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das práticas discursivas chegaram ao Brasil quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser estudadas nos meios acadêmicos. Surgiram daí produções teóricas que influenciaram mudanças no ensino da língua não mais voltado a teorias gramaticais, mas que possibilitassem o domínio efetivo de falar, ler e escrever, nesse sentido, a linguagem passaria a ser vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. (DCE, 2008, p. 45 )

A partir dessas mudanças influenciadas por Bakhtin, o ensino de língua materna “requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado” (DCE, 2008, p.46) esse sentido, o discurso oral ou escrito é fundamental para o processo de ensino/aprendizagem da língua, porque é a partir dele que se concretizam experiências reais do uso da língua, do uso da palavra em toda sua amplitude, enfim, o ensino pautado nessa teoria considera que a aprendizagem não ocorre a partir de elementos linguísticos isolados, ela se a partir do trabalho com o texto. No entanto, é preciso lembrar que texto não se restringe à formalização do discurso oral ou escrito, isso porque ele abrange um antes e um depois, portanto não pode ser pensado apenas em seus aspectos formais, uma vez que é a linguagem em uso efetivo.

Para Bakhtin, os textos podem ser agrupados em gêneros discursivos, porém essa definição não limita o texto a determinada propriedade formal, isso porque “antes de o gênero constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica com a língua” .

O trabalho pedagógico desenvolvido a partir dos gêneros é importante uma vez que muitos deles já fazem parte do cotidiano dos alunos, desenvolvendo assim sua prática

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pedagógica, a escola não priorizaria apenas textos didatizados, mas levaria para sala textos presentes nas diversas esferas da sociedade, possibilitando ao aluno a inserção social no sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade da qual faz parte.

O trabalho com gêneros, sejam eles os mais diversificados possíveis, no entanto não exclui o ensino de gramática nem impede que o professor apresente regras gramaticais aos seus alunos, contudo essas regras precisam reforçar a compreensão de que como se estrutura um texto, como essas regras se juntam para produzirem determinados efeitos de sentido, e não centrar-se apenas em suas nomenclaturas e classificações.

Enfim, a partir dessas considerações, fica evidente que as DCEs (2008) propõem o trabalho com uma língua “viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva” (p. 48). Para isso, é importante que a escola considere as práticas linguísticas que o aluno apresenta ao ingressar nela, para que daí sejam trabalhados os saberes relativos ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para a construção do multiletramento, possibilitando que seus alunos se utilizem da leitura, escrita e oralidade como forma de participação na sociedade letrada.

O ensino da Língua Portuguesa deve garantir ao estudante o domínio das práticas socioverbais que são indispensáveis à vida cidadã e que transcendem os limites das vivências cotidianas informais.

Nessa perspectiva, é fundamental dar ênfase às três práticas discursivas : leitura, escrita e oralidade.

Quanto à leitura em primeiro lugar, o aluno precisa familiarizar-se com diferentes tipos de textos, desenvolver uma atitude de leitor crítico como também uma compreensão responsiva, ou seja, reagir ao texto, dando-lhe uma resposta.

Quanto à escrita e a oralidade é necessário levar em consideração que os alunos são filhos de pequenos agricultores, portanto é preciso desenvolver um trabalho na disciplina de Língua Portuguesa que reconheça e valorize práticas culturais e conscientize os alunos da importância para a sociedade através do trabalho que os mesmos realizam nas comunidades onde vivem.

É preciso considerar que língua é um sistema de signos específico, histórico e social, que nos possibilita significar o mundo e a sociedade. Aprendê-la é aprender não apenas palavras e saber combiná-las em expressões complexas, mas aprender pragmaticamente seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas entendem, interpretam a realidade e a si mesmos.

Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordo com as condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social;

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1ª, 2ª e 3ª séries Gêneros Discursivos Esferas Sociais de Circulação

COTIDIANA

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Adivihas Álbum de Família Anedotas Bilhetes Cantigas de Roda Carta Pessoal Cartão Cartão Postal Causos Comunicado Convites Curriculum Vitae Diário Exposição Oral Fotos Músicas Parlendas Piadas Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos de Experiências Vividas Trava-Línguas LITERÁRIA/ARTÍSTICA Biografias Autobiografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas

Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas

Textos Dramáticos ESCOLAR

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Ata Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discurssão Argumentativa

Exposição Oral Júri Simulado Mapas Palestra Pesquisas Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Eciclopédias

IMPRENSA Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita) Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras PUBLICITÁRIA Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan Músicas Paródia Placas

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Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político POLÍTICA Abaixo Assinado Assembléia Carta de Emprego Carta de Reclamação Carta de Solicitação Debate Debate Regrado Discurso Político “de Palanque” Fórum Manifesto Mesa Redonda Panfleto JURÍDICA Boletim de Ocorrência Constituição Brasileira Contrato Declaração de Direitos Depoimentos Discurso de Acusação Discurso de Defesa Estatutos Leis Ofício Procuração Regimento Regulamentos Requerimentos PRODUÇÃO E CONSUMO Bulas Manual Técnico Placas Regras de Jogo Rótulo/Embalagens MIDIÁTICA Blog Chat Desenho Animado E-mail Entrevista filmes Fotoblog Home Page Reality Show Talk Show Telejornal Telenovelas Torpedos

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Video Clip Vídeo Conferência CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTÚDOS BÁSICOS - 6º ANO LEITURA

• Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade do texto • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ESCRITA

• Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais de gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância veral/nominal.

ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos da fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COM PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS 7ºANO LEITURA . Tema do texto; . Interlocutor; . Finalidade do texto; . Argumentos do texto; . Contexto de produção; . Intertextualidade; . Informações explícitas e implícitas; . discurso direto e indireto; . Elementos composicionais do gênero;

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. Repetição proposital de palavras;

. léxico;

. Ambiguidade;

. Marcas linguísticas: coesão coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA . Contexto de produção; . Interlocutor . Finalidade do texto; . Informatividade; . Discurso direto e indireto; . Elementos composicionais do gênero; . Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; . Processo de formação de palavras; . Acentuação gráfica; . Ortografia; . Concordância verbal/nominal. ORALIDADE . Tema do texto; . Finalidade; . Papel do locutor e interlocutor; . Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; . Adequação do discurso ao gênero; . Turnos de fala; . Variações linguísticas; . Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; . Semântica. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS- 8ºANO LEITURA . Conteúdo temático; . Interlocutor; . Intencionalidade do texto; . Argumentos do texto; . Contexto de produção; . Intertextualidade; . Vozes sociais presentes no texto; . Elementos composicionais do gênero; . Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; . Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); . Semântica:

• operadores argumentativos; • ambiguidade; • sentido figurado; • expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA . Conteúdo temático; . Interlocutor; . Intencionalidade do texto; . Informatividade; . Contexto de produção;

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. Intertextualidade;

. Vozes sociais presentes no texto;

. Elementos composicionais do gênero;

. Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; . Concordância verbal e nominal; . Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; . Semântica: -

• operadores argumentativos; • ambiguidade; • significado das palavras; • sentido figurado; • expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE . Conteúdo temático; . Finalidade; . Argumentos; . Papel do locutor e interlocutor; . Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; . Adequação do discurso ao gênero . Turnos de fala; . Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); . Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; . Elementos semânticos; . Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); . Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEUÚDOS BÁSICOS – 9º ANO Leitura . Conteúdo Temático; . Interlocutor; . Intencionalidade do Texto; . Argumentos do texto; . Contexto de produção; . Intertextualidade; . Discurso ideológico presente no texto; . Vozes sociais presentes no texto; . Elementos composicionais do gênero; . Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; . Partículas conectivas do texto; . Progressão referencial no texto; . Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; . Semântica; . - operadores argumentativos;

• polissemia; • expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA . Conteúdo temático; . Interlocutor;

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. Intencionalidade do texto;

. Informatividade;

. Contexto de produção;

. Intertextualidade;

. Vozes sociais presentes no texto;

. Elementos composicionais do gênero;

. Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

. Partículas conectivas do texto;

. Progressão referencial no texto;

. Marcas linguísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; . Sintaxe de concordância; . Sintaxe de regência; . processo de formação de palavras; . Vícios de linguagem; . Semântica:

• operadores argumentativos; • modalizadores; • polissemia.

ORALIDADE . Conteúdo temático; . Finalidade; . Argumentos . Papel do locutor e interlocutor; . Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas …; . Adequação do discurso ao gênero; . Turnos de fala; . Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias entre outras); . Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; . Semântica; . Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)

. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO MÉDIO LEITURA

• Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuaçao, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e consequência entre partes e elementos do rexto; • Semântica;

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• operadores argumentativos; • modalizadores • figuras de linguagem.

ESCRITA

• Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. • Semântica:

• operadores argumentativos; • modalizadores • figuras de linguagem

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Vícios de linguagem; • Sintaxe de concrdância; • Sintaxe de regência.

ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguístico: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos da fala; • Variações linguísticas (lexicais,semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência ,gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, tec.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

“O ensino de Língua Portuguesa seguiu – e ainda segue, em alguns contextos – uma concepção de linguagem não privilegiada, no processo de aquisição e no aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto”. (DCE, 2009, p.15)

Os conteúdos de Língua Portuguesa serão trabalhados de forma a oportunizar o domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, interligando teoria, prática e realidade, possibilitando, desta forma, a emancipação e autonomia do educando em relação ao pensamento e às práticas de linguagem.

Espera-se que o aluno amplie o seu domínio quanto à oralidade, permitindo que, gradativamente, possa conhecer e usar a variedade linguística padrão, bem como

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entender a necessidade do seu uso em determinados contextos sociais. Tendo em vista os objetivos que se pretendem com os gêneros, as possibilidades para o trabalho com estes serão realizadas por meio de diversas estratégias, como a apresentação de temas variados; depoimentos de situações significativas vivenciadas pelo aluno ou por pessoas do seu convívio; dramatização; contação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação. A partir das propostas dessas atividades, o aluno poderá perceber, tanto pela sua fala quanto pela fala do outro, as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a linguagem formal e informal; o papel do locutor e do interlocutor; os argumentos utilizados; os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros.

Com relação à prática da escrita, deve-se levar em consideração o aprendizado da língua sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros textuais são construções coletivas. Nessa perspectiva, a escrita será trabalhada associada ao estudo destes gêneros, uma vez que os mesmos são dinâmicos e refletem as necessidades culturais e sociais. Desta forma, o trabalho com a escrita deverá ser feito pela seleção de um gênero das diversas esferas sociais de circulação, como cotidiana, literária, artística, científica, escolar, publicitária, política, imprensa, jurídica, produção e consumo e midiática.

O trabalho com a prática da escrita poderá ser desenvolvido através de atividades de discussão sobre o tema, leitura de textos sobre o mesmo assunto (gêneros diferentes), adequação da linguagem ao gênero, organização de parágrafos, coerência e coesão textual, argumentatividade, tipos de discursos, vícios de linguagem e outras. Nesse trabalho, tanto o professor quanto o aluno precisam planejar o que será produzido; em seguida escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e posteriormente fazer a revisão, reestruturação e reescrita do texto. Por meio desse processo, o aluno perceberá que a reformulação da escrita é um importante recurso para o aprimoramento dessa prática.

Na concepção utilizada pelas diretrizes para nortear o letramento, a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões. Utiliza ainda estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural. Visando um sujeito critico e atuante nas práticas de letramento da sociedade, o trabalho pedagógico com a leitura, acontecerá pelo contato com diferentes textos produzidos no âmbito social – jornalístico, artístico, científico, didático- pedagógico, cotidiano, literário, publicitário, etc, bem como a leitura de fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais. Nessa perspectiva, serão desenvolvidas atividades de interpretação e compreensão textual, analisando os conhecimentos de mundo do aluno, osconhecimentos linguísticos, o conhecimento da atuação comunicativa dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas respectivas esferas e do suporte em que o gênero está publicado.

O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permitirá ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme o texto em análise. No entanto, nesse estudo o que vale não é a categoria em si, mas sim a função que ela desempenha para os sentidos do texto.

Sendo a análise linguística prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e escrita, os conteúdos gramaticais serão estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentidos e enunciados. Daí a importância de se considerar, não somente a gramática normativa, mas também as outras, como a descritiva e a internalizada no processo de Língua Portuguesa.

Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.

Quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinem o uso da norma padrão.

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AVALIAÇÃO

Para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele, identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá- las.”

É preciso que o professor respeite as diferenças e promova uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões pré-estabelecidos e conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações sociais mais generosas e includentes.

Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos serão avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento lingüístico constante, o letramento.

Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.

A avaliação escrita contemplará conteúdos. trabalhados de forma objetiva , subjetiva e discursiva, na forma de provas somando de 60 pontos. A leitura e interpretação de textos, trabalhos de pesquisa, criação de textos e oralidade somando mais 40 pontos. REFERÊNCIAS ESTADO DO PARANÁ – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica, 2008. BISOGNIN, Tadeu Rossato – Descoberta & Construção. São Paulo: FTD, 1991 AZEVEDO, Dirce Guedes de. Palavra e Criação. São Paulo: FTD FERREIRA. A. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. LOBATO,Monteiro – Contos (extraídos de Urupês). Curitiba:Pólo editorial do Paraná, 1997. LOBATO, Monteiro – Negrinha. São Paulo:Brasiliense,1956. GONÇALVES,Maria Magaly Trindade; AQUINO,Zélia Thomaz; SILVA,Zina Bellodi.(Orgs.) Antologia escolar de literatura brasileira: poesia e prosa. São Paulo: Musa Editora, l998. ASSIS,Joaquim Maria Machado de.- Capitu In: Dom Casmurro. São Paulo: Ática,1978. ESTADO do Paraná – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica - 2008 AMARAL.E... [et al]. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação.São Paulo: FTD, 2000. BERTOLIN. R...Curso Completo de Português. São Paulo: IBEP. MORICONI. I. Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. BRAGA. R. 200 Crônicas Escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2004. FERREIRA. A. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

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8.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Apresentação da disciplina

A história nos mostra que a construção do pensamento matemático teve sua base alicerçada na necessidade de aplicações e de resoluções de problemas da vida cotidiana e que estes continuam a permitir o desenvolvimento de habilidades como, por exemplo: por a prova os resultados, testar seus efeitos, comparar diversos caminhos, e também estimular o desenvolvimento, da autonomia, da auto-estima, e da segurança.

A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidade e coerências que podem e devem ser foco do nosso trabalho, pois despertam curiosidades e instigam a capacidade de generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico.

Para Miguel e Miorim (2004, p. 70) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc”, outra finalidade “é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público” (id. 2004, p.71)

É preciso considerar um ensino que aponte para concepções, cuja postura possibilite aos estudantes realizar analises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias.

Para Lorenzato e Fiorentini (2001) “Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, na qual apenas, o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não garantem competência a qualquer profissional que nela trabalhe”.

As primeiras propostas de ensino de matemática partiram dos sofistas com o objetivo de formar o homem político, o qual dominaria a arte da persuasão. Logo após o ensino foi

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baseado na memorização e na repetição juntamente com o pensamento euclidiano, ou seja, no rigor das demonstrações.

Por determinada época a prática do ensino e o empirismo ficou de lado, sendo privilegiados mais tarde com o surgimento das escolas e da organização do sistema de ensino. As grandes descobertas ocorreram com as navegações e atividades comerciais e industriais.

Com a revolução industrial os matemáticos tiveram que deixar de serem matemáticos pesquisadores e serem professores, tudo estava se modernizando, a população urbana aumentando, preocupando-se com a questão do ensino juntamente com estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos. Aí que tiveram a idéia de unificar as disciplinas abordando conteúdos matemáticos e explorar o caráter didático e pedagógico do ensino da matemática.

Uma das características importantes da educação é que ela é uma atividade intencional e a declaração das intenções básicas constitui os objetivos da educação.

Por que o conhecimento desta disciplina é importante como saber escolar e como contribui para formação / transformação do estudante?

O conhecimento da matemática é importante como saber escolar com finalidade de familiarizar gradativamente os alunos com o método matemático, conseguir dotá-los de habilidades para lidar desembaraçadamente com os mecanismos do cálculo e dar-lhes condições para mais tarde saberem utilizar seus conhecimentos em situações da vida real. O ensino da Matemática, para Elon Lages Lima, deve abranger três componentes fundamentais, que chamaremos de Conceituação, Manipulação e Aplicações. Da dosagem adequada de cada um desses três componentes depende o equilíbrio do processo de aprendizagem, o interesse dos alunos e a capacidade que terão para empregar, futuramente, não apenas as técnicas aprendidas nas aulas, mas sobretudo o discernimento, a clareza das idéias, o hábito de pensar e agir ordenadamente, virtudes que são desenvolvidas quando o ensino respeita o balanceamento dos três componentes básicos. Eles devem ser pensados como um tripé de sustentação: os três são suficientes para assegurar a harmonia do curso e cada um deles é necessário para o seu bom êxito.

Um dos objetivos da disciplina Matemática é transpor, para a prática docente, o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.

Compreender e se apropriar da própria matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos e algoritmos. Fazer com que construa valores e atitudes de natureza diversa.

O objetivo das diretrizes é conceder uma abordagem de conteúdos vinculados aos questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos. Os conteúdos estruturantes da disciplina de Matemática, segundo o DCE são:

• Números e Álgebra • Grandezas Medidas • Geometrias • Funções • Tratamento da Informação

Para atingir plenamente seus objetivos, o ensino da matemática deve ser feito de maneira a atender a certos requisitos básicos, que enumeramos a seguir:

• Estimular o desenvolvimento de estratégias pessoais, verificando nas próprias estratégias procedimentos vinculados à organização do sistema de numeração, e de conceitos e procedimentos relativos ao pensamento numérico, ao geométrico, ao algébrico, à competência métrica.

• Contribuir para a formação global do educando, a qual tem como objetivo maior à conquista da cidadania;

• Explorar temas que de fato encontrem na matemática uma ferramenta indispensável para serem compreendidos;

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• Reconhecer os fatos matemáticos em situações do cotidiano e buscar soluções para os problemas que envolvam os conhecimentos da disciplina de forma crítica e criativa.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 6º ano Números e Álgebra

• Sistemas de numeração; • Números Naturais; • Múltiplos e divisores; • Potenciação e radiciação; • Números fracionários; • Números decimais.

Grandezas e Medidas • Medidas de comprimento; • Medidas de massa; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de tempo; • Medidas de ângulos; • Sistema monetário.

Geometrias • Geometria Plana; • Geometria Espacial.

Tratamento da Informação • Dados, tabelas e gráficos; • Porcentagem.

7º ano Números e Álgebra

• Números Inteiros; • Números Racionais; • Equação e Inequação do 1º grau; • Razão e proporção; • Regra de três simples.

Grandezas e Medidas • Medidas de temperatura; • Medidas de ângulos

Geometrias • Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria não-euclidiana.

Tratamento da Informação • Pesquisa Estatística; • Média Aritmética; • Moda e Mediana; • Juro simples.

8º ano Números e Álgebra

• Números racionais e irracionais • Sistemas de equações do 1º grau

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• Potências • Monômios e Polinômios • Produtos Notáveis

Grandezas e Medidas • Medidas de comprimento • Medidas de área • Medidas de volume • Medidas de ângulos

Geometrias • Geometria Plana • Geometria Espacial • Geometria Analítica • Geometria não-euclidianas

Tratamento da Informação • Gráfico e Informação • População e amostra

9º ano Números e Álgebra

• Números reais • propriedades dos radicais • Equação de 2º grau • Teorema de Pitágoras • Equações irracionais • Equações Biquadradas • Regra de três composta

Grandezas e Medidas • Relações métricas no triângulo retângulo • Trigonometria no triângulo retângulo

Funções • Noção intuitiva de função Afim • Noção intuitiva de função quadrática

Geometrias • Geometria Plana • Geometria Espacial • Geometria Analítica • Geometria não-euclidianas

Tratamento da informação • Noções de Análise Combinatória • Noções de Probabilidade • Estatística • Juros Compostos.

Ensino médio 1ª Série Números e álgebra

• Números reais • Equações e inequações Exponenciais, Logarítmica e Modular

Grandezas e Medidas • Medidas de área • Medidas de volume

Geometrias • Geometria Plana

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• Geometria não-euclidiana Funções

• Função Afim • Função Quadrática • Função Exponencial • Função Logarítmica • Funções Trigonométricas • Função Modular • Progressão Aritmética • Progressão Geométrica

2ª Série Números e álgebra

• Sistemas Lineares • Matrizes e Determinantes

Geometrias • Geometria Plana • Geometria Espacial • Geometria Não-euclidiana

Tratamento da Informação • Estatística • Análise Combinatória • Probabilidades • Binômio de Newton

3ª Série Números e álgebra

• Números Complexos • Polinômios

Funções • Função Polinomial

Geometrias • Geometria Analítica • Geometria não-euclidianas

Ainda serão trabalhados de acordo com o art. 10.639/2003 os seguintes conteúdos: • Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira, por cor,

renda e escolaridade no país e no município; • Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país; • Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à

população negra. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A prática da docência dos professores que lecionam matemática requer continuidade, analise critica das idéias centrais que articulam a pesquisa, o currículo e a proposta pedagógica para superação dos desafios. Possibilitar aos alunos realizar analises, discussões, apropriação de conceitos e formulação de idéias. Para alcançar esses objetivos, serão utilizadas aulas expositivas, correção dos exercícios para eliminar dúvidas, comentar a questão, utilizar adequadamente a calculadora, TV pendrive, internet e outros materiais de apoio, fazer pesquisas em sala de aula e pesquisas de campo. O colégio onde pratico minhas docências, se situa na zona rural, distante aproximadamente 60 quilômetros da cidade. Assim, os métodos utilizados variam de turma para turma. Há algumas turmas com número expressivo de alunos, onde a matéria não caminha como deve. Já outras turmas com poucos alunos, a matéria segue normal.

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Será desenvolvido atividades referentes ao Desafios Educacionais Contemporâneos. Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, Relações Étnico-Raciais, Sexualidade , Violência na escola.

Ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por educadores matemáticos, encontram-se apontamentos para o exercício da prática docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação Matemática. Beatriz D’Ambrosio (1989) elege algumas propostas metodológicas que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina Matemática. A autora destaca :

• Resolução de problemas: aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações, dando condições de buscar varias alternativas que almejam a solução.

• Etnomatemática: reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático. (exercício da critica e a analise da realidade)

• Modelagem Matemática: propõe a valorização aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.

• Mídias Tecnológicas : dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo de ensino aprendizagem.

• História da Matemática: possibilidade de entender como o conhecimento matemático é construído historicamente.

• Investigação Matemática: Contribui para uma melhor compreensão da disciplina.

AVALIAÇÃO A prática avaliativa em Educação Matemática, precisa de encaminhamentos metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do aluno. (DCE – Matemática –2008)

A avaliação deve servir como um instrumento de diagnostico do processo, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumentos de avaliação).

Segundo D’Ambrósio a avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua pratica docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão do educador. (2001, p.78)

A avaliação será de grande valia para a continuidade e revisão do trabalho do professor, apontando os pontos que não estão bem claros para os alunos.

A avaliação se dará da seguinte forma: Trabalhos, atividades desenvolvidas em sala de aula, provas oral e escrita.

Para os alunos portadores de necessidades especiais serão oferecidas condições e acompanhamento para que eles possam compreender e acompanhar o conteúdo, juntamente com os outros alunos.

Portanto a avaliação pode ser vista como um recurso a serviço do desenvolvimento do aluno e da práxis pedagógico do professor.

Após o desenvolvimento dos conceitos e o resultado das avaliações , haverá recuperação paralela, com revisão oral feita pelo professor, indicação de estudos e leitura que vise suprir as falhas que foram detectadas. O aluno poderá ainda fazer um trabalho escrito ou outra prova melhorando a sua nota e estará principalmente ampliando o seu conhecimento sobre determinado assunto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

D'AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, 1989.

D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo horizonte : Autêntica, 2001.

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MIGUEL, A.; MIORIM, M.A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Matemática – Departamento de Educação Básica, Paraná ,2008. 8.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA UCRANIANA - ENSINO FUNDAMENTAL I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Segundo as Diretrizes Curriculares alguns princípios educacionais orientarão o ensino da LEM:

O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de LEM em relação às demais obrigatórias do currículo; o resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no Currículo da Educação Básica; e o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística),pautado no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

É importante reconhecer a relação estabelecida entre língua e a pedagogia crítica no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo na medida que se torna claro que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação,da cultura, do poder,das questões da política e da pedagogia não se separam.

Portanto, propõe-se fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação, organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos possíveis; segundo BAHKTIN (1988), toda a enunciação envolve a presença de duas vozes do eu e do outro. É no espaço discursivo que os sujeitos se constituem socialmente dão forma ao que dizem e ao que são.

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A língua estrangeira moderna pode ser propiciadora da construção das identidades dos sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.

A aprendizagem de uma língua estrangeira moderna é uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de agir discursivamente no mundo. Auxilia o desenvolvimento integral do indivíduo, aguça a percepção, ao abrir a porta ao mundo, não só propicia acesso à informação, mas torna os indivíduos, e consequentemente, os países, mais bem conhecidos pelo mundo.

Por uma questão histórica, segundo o contexto de localização do colégio, é de suma importância a aprendizagem de Língua Ucraniana. Desde o final do século XIX e, principalmente, a partir do século XX, devido a um conjunto de fatores que marcaram a história da Europa como o aumento populacional, a falta de emprego e de terras agriculturáveis, períodos de guerra e pós guerra e perseguições étnicas, muitos europeus passaram a creditar esperanças de melhoria de qualidade de visa ao Brasil. Eles foram motivados também pela propaganda do governo brasileiro na Europa, que buscava ampliar as possibilidades de mão de obra do país devido ao fim da escravidão. Em grande parte do território brasileiro foram criadas colônias de imigrantes. No sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as de imigrantes italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Numa tentativa de preservar suas culturas, muitos colonos se organizaram para construir e manter escolas para seus filhos, uma vez que a escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus países de origem e o Estado brasileiro não ofertava atendimento a todas as crianças. Por essa razão ainda é possível encontrar comunidades bilíngues no Paraná.

O Colégio desde sua implantação ano 1991 optou pelo ensino da Língua Ucraniana na Matriz Curricular do Ensino Fundamental, porque o mesmo situa-se numa região onde há muitos descendentes de ucranianos os quais ainda dominam principalmente a língua oral e um pouco menos a língua escrita e a leitura. O objetivo da escola é colaborar na preservação da língua, dos costumes e tradições do povo, pois quando um povo perde a sua cultura perde também a sua identidade. Nesta concepção o aluno apropriando-se do conhecimento precisa:

Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

· Vivenciar, na aula de Língua Ucraniana, formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social;

• Ter maior consciência sobre o papel da língua na sociedade;

• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;

• Conscientizar o aluno da complexidade do ato de ler e que o texto não é portador de um significado único e fechado em si mesmo;

• Trabalhar o texto em seu contexto social de produção e dele selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua.

II – CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

A Língua Ucraniana, segundo a grade curricular será ministrada em todas as séries do Ensino Fundamental – séries finais. Para a organização de conhecimentos que identificam os campos de estudo são basilares para a compreensão do objeto de estudo. Esses saberes são concebidos como conteúdos estruturantes, a partir dos quais se abordam os conteúdos básicos. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos a língua será retratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.

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Segundo Bakhtin, a linguagem não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a ser, portanto, a língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, mas algo em que eles ingressam numa corrente móvel de comunicação verbal. Ao contrário de uma concepção que centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados orais e escritos. O uso da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso também só existe na forma de enunciados. O discurso é produzido por um eu, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e escreve. A localização geográfica, temporal, social, etária também são elementos essenciais na constituição dos discursos.

Caberá ao professor criar oportunidades para os alunos perceberem a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais de poder. Constitui-se como Conteúdo Estruturante: discurso como prática social. Gêneros discursivos e seus elementos composicionais: Cotidiana;

Ø literária/artística; Ø Científica; Ø Escolar; Ø Imprensa; Ø Publicitária; Ø Política; Ø Produção e consumo; Ø Midiática.

Leitura: Ø Identificação do tema; Ø Intertextualidade; Ø Intencionalidade; Ø Vozes sociais presentes no texto; Ø Léxico; Ø Coesão e coerência; Ø Marcadores do discurso; Ø Funções das classes gramaticais no texto; Ø Elementos semânticos; Ø Discurso direto e indireto; Ø Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Ø Recursos estilísticos; Ø Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos etc. Ø Variedade linguística; Ø Ortografia.

Escrita: Ø Tema do texto; Ø Interlocutor; Ø Finalidade do texto; Ø Intencionalidade do texto; Ø Intertextualidade; Ø Condições de produção; Ø Informatividade; Ø Vozes sociais presentes no texto; Ø Discurso direto e indireto; Ø Emprego do sentido denotativo e conotativo; Ø Léxico; Ø Coesão e coerência; Ø Funções das classes gramaticais no texto; Ø Elementos semânticos; Ø Recursos estilísticos;

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Ø Marcas linguísticas; Ø Variedade linguística; Ø Ortografia;

Oralidade: Ø Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; Ø Adequação do discurso ao gênero; Ø Turnos de fala; Ø Vozes sociais presentes no texto; Ø Variações linguísticas; Ø Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Ø Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; Ø Adequação da fala ao contexto; Ø Pronúncia.

Ill - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

É importante trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais emergentes, pois a disciplina favorece a utilização de diversos gêneros textuais, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial.

Serão selecionados textos que tenham qualidade em relação às informações e, principalmente, que instiguem o aluno à pesquisa e a discussão. As características do gênero a que o texto pertence serão evidenciadas no desenvolvimento do trabalho pedagógico. Os elementos linguístico-discursivos, neles presentes, serão analisados na medida em que colaborem para a compreensão dos mesmos. Serão trabalhados ainda, os diversos gêneros, com diferentes graus de complexidade da estrutura linguística, conforme a série que forem trabalhados, conforme o grau de proximidade e domínio dos alunos em relação ao conteúdo.

Na aula serão feitas discussões orais sobre a compreensão do texto, bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas neste processo.

Serão utilizados recursos visuais para auxiliar o trabalho em sala de aula. Os alunos serão expostos a textos orais pertencentes aos diferentes discursos,

visando o uso funcional da língua, ou seja, expressar ideias em Língua Estrangeira, mesmo que com limitações. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.

O texto será trabalhado em seu contexto social de produção e dele serão selecionados itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua. As reflexões gramaticais devem ser decorrentes de necessidades específicas dos alunos, a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com os textos.

Para que o aluno compreenda a palavra do outro, é preciso que se reconstrua o contexto sócio histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em Língua Estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos.

A prática escolar de produção escrita buscará leitores efetivos dentro ou fora da escola, isto é, textos direcionados a um público determinado. Não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, isto é, significativa. É importante direcionar as atividades de produção de texto definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso.

Será utilizado o material didático disponível na prática pedagógica ,dicionários, livros paradidáticos, cartazes, vídeos, DVDs, fitas de áudio,CD-ROMs , pendrive, jogos etc. E ainda, será seguido o princípio da continuidade, isto é, a manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da Língua Estrangeira Moderna ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto político pedagógico, a

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articulação com as demais disciplinas do currículo (interdisciplinaridade) e o perfil dos alunos. lV – AVALIAÇÃO:

A avaliação se constitui num instrumento facilitador de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo. Ao avaliar faz-se necessário subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.

A avaliação é a base da atividade pedagógica e deve ser interpretada como parte integrante do desenvolvimento da aprendizagem diária do aluno. De acordo com a proposta metodológica a avaliação deve abranger a destrezas linguísticas: compreensão da leitura, produção de breves textos escritos e orais bem como a interação oral. Acrescentam –se também a criticidade e a reflexão em relação aos conteúdos expostos e trabalhados.

Será observada a participação ativa dos alunos, considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação dos alunos com o material didático; nas conversas em língua materna e na língua estrangeira estudada; e no próprio uso da língua, que funciona como um recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento dos pensamentos e de idéias (Vygotsky 1989).

A avaliação será processual, diagnóstica e formativa e obedecerá ao regimento escolar; provas escritas com o valor 6,0 e outras atividades com o valor 4,0. De acordo com os parâmetros nacionais o aluno necessita atingir a média 6,0 para ser aprovado.

A recuperação paralela será parte integrante do processo avaliativo, uma vez que contribui para a (re)construção de saberes, caracterizando-se sempre no readaptação dos conteúdos trabalhados e no posterior resumo dos conteúdos aprendidos.

O aluno será observado quanto a sua participação na leitura, oralidade e escrita; O aluno será avaliado por meio de: dramatização de textos, exercícios

comunicativos através de situações simuladas, trabalhos, pesquisas, testes orais e escritos, leitura e interpretação de textos, traduções, produção de textos, atividades escritas e ilustradas e outras atividades somatórias.

A avaliação de pessoas com necessidades especiais acontecerá de forma a verificar criteriosamente o aprendizado efetivo do aluno, pois ao mesmo tempo em que fornece subsídios ao trabalho docente, possibilita a tomada de decisão e a melhoria da qualidade de ensino, bem como expressa informações sobre as ações em desenvolvimento e a necessidade de regulações constantes. Essa verificação observará critérios como: contexto escolar: condições físicas e pedagógicas do contexto escolar, a ação pedagógica; aluno: nível de desenvolvimento, condições pessoais; família: a) condições físicas da moradia, cultura, valores e atitudes, expectativas de futuro, pessoas que convivem com o aluno, relações afetivas, qualidade das comunicações, oportunidades de desenvolvimento e de conquista da autonomia.

Contudo, a avaliação, em todos os casos deve estar a serviço da aprendizagem, promovendo-a continuamente, organizando e ampliando o que conhecemos do mundo que nos rodeia. V - Referências Bibliográficas: BAKHTIN,M.Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BILACH,O. Metodologia Nova. Edmonton-Alberta: Canadá,1998. BRASIL. Lei no 9394, de 20 de dezembro de 1996 . Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União,23 de dezembro de 1996. CHOMEN.W. Pequeno Dicionário Ucraniano-Português.São Paulo:Diário Popular,1990. SLAVUTYCH.Y. Manual da Língua Ucraniana. Curitiba:Centro Brasileiro de Estudos Ucranianos,1976. SLOBODA.C. Bukvar Ucraniano. Prudentópolis: Tipografia,1976.

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Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental-Língua Estrangeira. 2008. 8.9 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO - ENSINO FUNDAMENTAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.

Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, mas, diante da necessidade atual, esta disciplina requer uma nova forma de ser vista e compreendida no currículo escola. Dentro do espírito da atual orientação do Ensino Religioso,é preciso ter presente que não se deseja dar catequese na escola pública, mas sim, fazer um ensino que respeite a pluralidade cultural e a diversidade religiosa inerente à nossa realidade escolar. Não é função da escola educar para a fé, nem fazer proselitismo. O objetivo é apresentar o transcendente tal como é concebido, nas mais variadas culturas e tradições religiosas. Espera-se, para essa área, um profissional de educação sensível a pluralidade, consciente da complexidade sócio-cultural da questão religiosa e que garanta a liberdade do educando. Antes de tudo, este professor devera ter consciência da diversidade cultural e precisa respeitar o posicionamento religioso de seus alunos. Sendo assim, o foco no Sagrado que é o objeto de estudo da disciplina constituído por todo o que as diferentes religiões respeitam, considerando suas diferentes manifestações, de forma a possibilitar a reflexão sobre a realidade contida na pluralidade cultural numa perspectiva de compreensão sobre a religiosidade e a do outro e nas diferentes formas de ver o Sagrado. Essa reflexão objetiva, inclusive, fomentar medidas de repudio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que, todos nos, somos portadores de singularidades, independente de seguir ou não uma religião, pautando-se em relações éticas e sociais de respeito. Hoje, mas do que os outros períodos da historia da humanidade, tem-se consciência de que não existe uma única verdade reconhecida por todos, mas, diferentes verdades e vias de salvação. Entre as

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varias condições indispensáveis para tornar possível o ensino religioso, uma é fundamental e dela derivam as outras: o que é questão de fé para as religiões, para a escola é objeto de estudo. A linguagem, portanto, a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso devera ser a pedagógica e não a Religiosa. De acordo com as DCEs de Ensino Religioso, a disciplina no Brasil assumiu diferentes características legais e pedagógicas ao longo da historia, no período jesuítico (1500-1759), o objetivo era ensinar o conhecimento religioso e amor ao criador, conforme a orientação catequética católica. No período imperial (1824-1891), conforme artigo 5° da Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824, a religião Católica, por ser a religião do Império, teve sua continuidade. A todas as outras religiões, era permitido o culto domestico ou particular em casas para isso destinadas, contudo de forma alguma, era permitido qualquer manifestação religiosa em espaços públicos. Já no período Republicano (1981-1930), e de acordo com o artigo 72 § 3° da Constituição da Republica dos Estado Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891, era permitido que todos os indivíduos e confissões religiosas exercer publica e livremente o seu culto, associando-se por fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito comum. O § 6° do mesmo artigo afirma que será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos. Na Era Vargas e Republica Nova (1930-1967), o artigo 153 da Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil de 16 de julho de 1934, assegurou ao ensino religioso, freqüência facultativa e ministrada de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno. Por sua vez, a Lei de Diretrizes e Bases 4024/61, o seu artigo 97 determinou que seu ensino religioso seria ministrado sem ônus para os poderes públicos, de acordo com a confissão religiosa do aluno. Conforme o artigo 168 § 3° e 4° da Constituição da Republica federativa do Brasil de 24/01/1967, na vigência do Período Militar o Ensino Religioso de matricula facultativa constituiu disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio. Com o fim do período da Ditadura Militar, foi sistematizada e aprovada a constituição da Republica Federativa do Brasil, em 05/10/1988, a qual em seu artigo 210§ 1° determina que o Ensino Religioso é facultativo ao aluno e constituirá disciplina dos horários normais das escolas publicas do ensino fundamental. No final de 1996 foi aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sob 9.394/96 que reforça os princípios constitucionais e acrescida do exposto na Lei 9475/97, afirma ser o Ensino Religioso de orientação aconfessional, de matricula facultativa constituindo disciplina dos horários normais das escolas publicas de Ensino Fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo. As Diretrizes Curriculares Estaduais Paraná, 2006, p. 21, apresentam como orientação para o Ensino Religioso a busca de identificação, de entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, fomentando medidas de repudio a todo e qualquer forma de preconceito e discriminação, contemplando a Lei 10.639/03(Religiões afro-brasileiras e indígenas). Dar conta do Ensino Religioso nessa perspectiva é um desafio que se apresenta ate mesmo da disciplina e seu histórico de vinculo direto à uma determinada concepção religiosa que por vezes afasta ou inibe sua aceitação enquanto componente curricular. A disciplina tem como objetivo valorizar o pluralismo e a diversidade cultural presente na sociedade brasileira, contribuir para a análise do papel das tradições religiosas, promover a reflexão sobre o sentido da atitude moral co conseqüência do fenômeno religioso, possibilitar esclarecimentos sobre a diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.

Pretende-se com a disciplina de Ensino Religioso que o aluno se torne uma pessoa esclarecida quanto à diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo e desta forma, aprender a respeitar os outros nas suas diferenças e a conviver respeitosamente com pessoas de diferentes religiões e culturas, bem como proporcionar aos educandos

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oportunidades de se tornarem capazes de entender os momentos específicos das diversas culturas, colaborando para a autêntica cidadania. Os conteúdos trabalhados nas aulas, de Ensino Religioso privilegia o estudo das diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, a partir da concepção prevista na legislação e nas novas Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso Texto Sagrado. BÁSICOS E ESPECÍFICOS Respeito à diversidade religiosa. - Organizações religiosas - Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa. - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira. - Fundadores e/ou líderes religiosos. - Estruturas hierárquicas. - Organizações religiosas mundiais e regionais.( Umbanda e Candomblé) - Valorização à vida, campanhas anti-drogas, sexualidade e enfrentamento a violência e meio ambiente; Lugares sagrados - Caracterização dos lugares e templos sagrados - Lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. - Lugares na natureza – rios, lagos, montanhas, grutas, etc. - Lugares construídos – templos, cidades sagradas, etc. Textos sagrados orais ou escritos - Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas (cantos, narrativas, poemas, orações, etc. - Livros sagrados (Bíblia, Vedas, Alcorão). - Cultura afro – tradições orais africanas, afro-brasileiras e ameríndias. Símbolos religiosos - Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos (nos ritos, nos mitos e no cotidiano). Festas religiosas - Eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos. Ex.: peregrinação, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas, etc. Ritos - Práticas celebrativas ou manifestações religiosas formadas por um conjunto de rituais nas diferentes culturas religiosas. Ex.: ritos culturais e sociais, ritos de passagem, mostruários, etc. Vida e morte - O sentido da vida nas tradições / manifestações religiosas - Reencarnação - Ressurreição METODOLOGIA

O encaminhamento teórico metodológico da disciplina pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão o trabalho, focando sempre o respeito às diversas manifestações religiosas, com objetivo de ampliar e valorizar o universo cultural dos educando. Para tanto, é fundamental aproximar as disciplinas com as demais áreas do conhecimento.

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Todo o conhecimento trabalhado nas aulas de Ensino Religioso tem como intencionalidade contribuir para a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa, bem como da discriminação de qualquer expressão do Sagrado, para isso torna-se fundamental colocar o aluno em contato com a diversidade cultural religiosa, buscando compreender cada uma delas no contexto dos diferentes povos e/ou grupos.

Devemos ainda atender a diversidade cultural encontrada na escola, além de elaborar ações em relação ao Meio Ambiente, elencando conteúdos que atendam as seguintes leis: 10.649/03 “História e Cultura Afro”, 9.795/99 “Meio Ambiente” e 11.645/08 “História e Cultura dos Povos Indígenas”. Em relação aos Desafios Educacionais Contemporâneos (sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas, violência na escola, educação ambiental e educação fiscal) não há um conteúdo específico elencado no planejamento, então estes temas serão trabalhados dentro dos próprios conteúdos curriculares sempre que necessário, por ventura quando algum dos temas for citado, ou se fazer referencia a eles dentro do assunto que estará sendo trabalhado.

Nesse contexto as aulas serão encaminhadas por intermédio da leitura de textos escritos e/ou imagéticos, análise de recortes de filmes depoimentos discussões e produções de textos individuais ou em grupos. Outro encaminhamento utilizado é o da pesquisa individual e/ou em grupo via internet, entrevistas, materiais impressos sobre conhecimentos que compões o conteúdo programático. O material disponível na pagina eletrônica da Secretaria de Estado da Educação e do NRE também contribuem para o encaminhamento das análises e explicações por meio da TV pendrive. Propõe-se aula dialogada a partir da experiência religiosa do educando e dos seus conhecimentos prévio para, em seguida, apresentar o conteúdo a ser trabalhado. Os recursos didático-pedagógico e tecnológicos a ser usado será : TV multimídia, DVD, CD, radio, laboratório de informática, Cartaz, Livro didático,Filmes, Revistas.

AVALIAÇÃO

Em Ensino Religioso é necessário destacar que os procedimentos avaliativos não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas ou de conceitos. Não se constitui objeto de reprovação, mas não deixa de ser importante no processo educativo. Posso identificar, por exemplo, através de ações em que medida o aluno: Respeita a pluralidade religiosa;

Aceita as diferenças;

Expressa relação harmoniosa em sala de aula, com os colegas;

É atencioso com os alunos que tenham necessidades especiais, os da inclusão;

Participar com prazer de todas as atividades propostas, tais como: textos, debates, teatro, música, questionamentos, registro formal do conteúdo apresentado, dramatizações, relatórios e apresentações nas celebrações culturais da escola, durante o ano. A recuperação de estudo deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis que aprenda. A recuperação é justamente isso, de retomar, de volta ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simplesmente decorrência da recuperação de conteúdos. REFERÊNCIAS Apostilas Grupos de Estudos de Ensino Religioso BIACA, Valmir ET AL. Baderno Pedagógico de Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2009

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Ensino Religioso e Cidadania – Pontifícia Universidade Católica do RS – organização Jornal Mundo Jovem. HTTP://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/ 8.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA - ENSINO MÉDIO I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. A preocupação em explicar e compreender este fenômeno estende-se ao longo da

história da humanidade. Os filósofos Platão e Aristóteles, deixaram importantes contribuições quanto à

classificação dos seres vivos. As interpretações filosóficas buscam explicações no intuito de compreender a natureza. No decorrer do tempo surgiram novas contribuições como a de Carl von Linné – fundador do sistema de classificação dos organismos, Darwin, Mendel e outros.

A incursão pela História e Filosofia permitem identificar a concepção de Ciência presente em cada momento histórico e as relações com o momento em que se destaca.

A Ciência presente em cada contexto sempre esteve sujeita`a interferências, determinações tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, às necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Ao mesmo tempo que sofre a sua interferência, nelas interfere ( ARAÚJO, 2002, ANDREY, 1988).

No ensino é importante considerar o avanço da Ciência sem deixar de refletir sobre as implicações deste avanço; analisar as consequências geradas para a vida humana e os impactos ambientais.

Os conhecimentos biológicos devem ser entendidos como produto histórico e tratados como indispensáveis à compreensão da prática social, pois revelam a realidade

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concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação desta realidade ( LIBÂNEO, 1983 ).

É importante que haja um esforço em contextualizar a teoria nas situações práticas do dia-a-dia. As atividades de observação, experimentação e outras precisam estar presentes de modo significativo. Em suma, é de grande importância oportunizar o acesso à cultura científica socialmente valorizada, visando a formação de sujeitos críticos e capazes de refletir sobre o mundo que os rodeia para que possam desfrutar de tudo o que já foi inventado de modo racional e dar a sua parcela de contribuição à sociedade que pertencem. “Assim, para o currículo da educação Básica, contexto não é apenas o entorno contemporâneo e espacial de um objeto ou fato, mas é um elemento fundamental das estruturas sócio-históricas, marcadas por métodos que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados à abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento. No decorrer do estudo da disciplina de Biologia o aluno desenvolverá condições de:

Compreender os seres vivos como partes integrantes que interagem com outros seres e com o ambiente.

Compreender o sistema de classificação antigo e o atual dos seres vivos. Identificar os fatores que interferem no aparecimento e / ou extinção de algumas

espécies ao longo da história. Propor soluções para que o processo de extinção seja desacelerado. Conhecer processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados

em microscópio ou a olho nú. Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido, utilizando

meios como: textos, desenhos, tabelas, gráficos, etc. Relacionar fenômenos, fatos e idéias em Biologia, elaborando conceitos,

identificando diferenças e semelhanças. Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de

problemas, fazendo uso quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados coletados.

Utilizar diferentes formas de obter informações ( observação, experimentação, leitura de textos e imagens, entrevistas) relacionando ao tema em estudo.

Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos.

Utilizando elementos da Biologia, formular questões e buscar soluções para problemas propostos. Reconhecer a Biologia como Ciência da construção humana, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.

Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidos no seu ambiente.

Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e a implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente. Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, e as concepções de desenvolvimento sustentável.

Contemplar a diversidade cultural, motivando o respeito mútuo entre os educandos. Participar do estudo sobre as teorias antropológicas. Estudar as características biológicas ( biotipo ) dos diversos povos. Valorizar os conhecimentos trazidos pelos educandos que estão ligados à vida do

campo. Cabe a escola promover a aprendizagem e permitir o acesso ao conhecimento de

forma a atingir todos os educandos, onde a condição social e econômica, o pertencimento étnico e cultural, as necessidades especiais não interfiram de forma negativa no processo ensino-aprendizagem. Essas situações especiais serão um desafio onde o educador buscará caminhos adequados para consolidar o saber acumulado pela humanidade.

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Em todas as disciplinas deve-se levar em conta a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. A lei quanto a obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos é explícita, independente das suas diferenças ou necessidades. É importante ressaltar que não é suficiente apenas esse conhecimento, pois o aluno com necessidades especiais precisa de condições efetivas de aprendizagem e o desenvolvimento de suas potencialidades. É imprescindível uma participação mais qualificada dos educadores para o avanço desta importante reforma educacional, para assim atender as necessidades de todos os alunos com ou sem deficiências. O professor não está preparado para enfrentar os obstáculos mais citados da Educação inclusiva, onde se torna um grande desafio, fazer com que a inclusão ocorra, sem perder de vista que além das oportunidades é preciso garantir a aprendizagem no desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais.

II – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Em Biologia, compreender o fenômeno VIDA e sua complexidade de relações implica a compreensão da Ciência em cada contexto histórico, social, político, econômico e cultural.

O desenvolvimento dos conteúdos Estruturantes deve ocorrer de forma integrada, amarrando os conteúdos específicos entre si e estes, quando possível com os de outras disciplinas.

Há necessidade em criar um clima facilitador de aprendizagem onde o estudante possa estar em contato com o conteúdo abordado e que este possa ter repercussão na existência do educando. O emprego de diversas modalidades didáticas é fundamental para dinamizar, motivar a aprendizagem dos alunos.

É importante que o aluno adquira um posicionamento de vida isento de preconceitos e superstições; é necessário que ele perceba-se como parte da sociedade em que vive e do ambiente que o cerca, portanto deve despertar consciência de responsabilidades para consigo, com outros seres e com o ambiente. Além disso a Biologia deve contribuir para a compreensão do papel das conquistas científicas e tecnológicas no desenvolvimento de atitudes favoráveis para a manutenção da saúde e a capacidade de transferir conhecimentos para situações cotidianas. Para que o processo ensino aprendizagem se efetive serão adotados recursos conforme o conteúdo abordado.

Observação e descrição de seres vivos, discussão para a comparação das características dos seres vivos, discussão de critérios usados por Linné e os atuais.

Atividades orais com problematização partindo do princípio da provocação e mobilização na busca por conhecimento para resolução de problemas.

Aula dialogada, leitura, escrita com a participação dos alunos favorecendo a expressão de seus pensamentos suas percepções, significações e interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de novos significados.

Serão utilizadas recursos midiáticos com diversas imagens como vídeo, transparências, fotos, figuras, legendas e gráficos agregadas a uma problematização em torno da questão demonstração interpretação para atingir determinados objetivos.

Outra atividade importante é a aula experimental que pode ser utilizada para auxiliar na compreensão de conceitos, resolução de problemas ou de hipóteses. Através desse processo o educando aprende a pensar interpretando dados obtidos e forma uma atitude científica. O estudo do meio como terrenos baldios, bosques, rios córregos, hortas, mercados, fábricas, etc, possibilita a aproximação a natureza, aguça a curiosidade e desperta o interesse pela pesquisa.

O trabalho em grupo será incentivado uma vez que desenvolve a capacidade de cooperação, responsabilidade, tolerância e o respeito mútuo.

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A atividade lúdica que também deverá estar presente pois auxilia no desenvolvimento de habilidades como compreensão de conteúdos e resolução de problemas de forma atraente e prazerosa. Essa concepção metodológica não deve constituir uma limitação à iniciativa do professor, no sentido de criar e procurar atividades, adequando-as conforme a necessidade. E de suma importância considerar a necessidade de conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as concepções do aluno, elementos que facilitam ou dificultam a aprendizagem dos conceitos a serem desenvolvidos. III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: O aprendizado de Biologia, cujo cenário, a biosfera, é um todo articulado e inseparável das demais ciências, essa articulação ocorre também entre os diversos conteúdos dentro da própria Biologia. Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011-SUED/SEED serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina, propostos nas DCEs. Segundo DCEs, conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos e consequente compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Os conteúdos estruturantes que nortearão o trabalho são:

• Organização dos seres vivos. • Mecanismos Biológicos. • Biodiversidade. • Manipulação Genética.

A partir da proposta Curricular, o professor elaborará o seu plano de trabalho docente, onde os conteúdos básicos serão desdobrados em específicos e ganharão o aprofundamento necessário em cada série do ensino. Seguem os conteúdos básicos: -Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. -Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. -Mecanismos de desenvolvimento embriológico. -Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. -Teorias evolutivas. -Transmissão das características hereditárias. -Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. -Organismos geneticamente modificados. IV - AVALIAÇÃO

Os resultados obtidos nas avaliações nortearão o trabalho do professor, se estes resultados não forem satisfatórios, cabe ao professor rever a sua prática e dar uma nova oportunidade aos alunos.

A avaliação deve ser de forma contínua sistemática, com pedominância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Não basta atribuir conceito apenas com base no resultado das provas. É preciso usar instrumentos que permitam acompanhar as atividades no dia-a-dia dos alunos. Serão utilizados instrumentos como: trabalhos individuais, debates, produção de trabalhos e materiais em grupo, relatórios, participação em sala de aula e durante as visitas (campo, jardim, etc.), produção de textos, seminários e provas dissertativas e objetivas.

A avaliação diagnóstica formativa auxiliará o professor a observar os alunos, a mediar e interagir com os mesmos; permitirá também compreender melhor suas necessidades e fazer intervenções pedagógicas para otimizar a aprendizagem.

O diretor, os professores e pedagogos decidiram que o valor das provas terá peso seis e outras atividades peso quatro. O número de provas e trabalhos serão decididos pelo professor conforme o assunto estudado e a necessidade. A media bimestral será obtida através da soma das notas da prova, trabalhos e outras atividades realizadas.

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Ao longo do curso, espera-se que o aluno: • Identifique e compare características dos diferentes grupos dos seres vivos. • Estabeleça relações entre as características específicas dos micro-

organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus. • Classifique os seres vivos quanto ao número de células, tipo de organização

celular, forma de obtenção de energia e tipo de reprodução. • Reconheça e compreenda a classificação filogenética ( morfológica, estrutural

e molecular ) dos seres vivos. • Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos. • Identifique a estrutura e funcionamentos das organelas citoplasmáticas. • Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e

biofísicos que ocorrem no interior das células. • Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula. • Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

frequentes nos sistemas biológicos (histologia). • Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a

evolução das espécies. • Reconheça a importância sobre a estrutura genética para manutenção da

diversidade dos seres vivos. • Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre

os seres vivos. • Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e

as relações existentes entre eles. • Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para a

manutenção do equilíbrio dos ecossistemas. • Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes

com o meio em que vivem. • Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os

resultados decorrentes de sua aplicação/utilização. • Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos

biotecnológicos aplicados à melhoria de vida da população e à solução de problemas sócio ambientais.

• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica.

• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.

Após o desenvolvimento dos conceitos e o resultado das avaliações, haverá recuperação paralela, com revisão feita pelo professor, indicação de estudos e leitura que vise suprir as falhas que foram detectadas. O aluno poderá ainda fazer um trabalho escrito ou outra prova melhorando a sua nota e estará principalmente ampliando o seu conhecimento sobre determinado assunto. V - REFERÊNCIAS : DCEs da SEED. Orientações curriculares. Departamento de Ensino Médio. Fev., 2009.

NOVA ESCOLA- a revista do professor. São Paulo, Fundação Victor Civita.

PAULINO, Roberto Wilson. Biologia- Volume único. São Paulo, Ática.

FONSECA, Albino. Biologia- Coleção Horizontes. São Paulo, IBEP.

LOPES, S. & ROSSO, S. Biologia-volume único. São Paulo, Saraiva, 2008.

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HOFFMAN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 20. ed. Porto Alegre, 2003. 8.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA - ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Esta Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Filosofia foi elaborada tendo como referência as Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná, a qual considera os educandos como sujeitos de um processo histórico em que a experiência vivida fora do processo da educação institucionalizada constitui forte elemento formativo. As Diretrizes Curriculares de Filosofia pontuam que ao se tratar de Ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar. Ensina-se Filosofia ou a filosofar? Mas, sabemos que não é possível filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar. Deste modo, entende-se que as aulas de Filosofia, são espaços de estudo da Filosofia e do filosofar. A Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um conhecimento que possibilita ao educando o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento. Portanto, a Filosofia, em sua dimensão pedagógica, significa o espaço de experiência filosófica, o espaço de criação e provocação do pensamento original, na busca, da compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos. Os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva de pensar problemas com significados históricos e sociais para os educandos, e serão estudados e analisados com auxílio de fragmentos de textos filosóficos, que devem fornecer subsídios para que o educando possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos. Por isso é importante não fazer apenas uma leitura histórica dos textos filosóficos, o que seria uma atualização de formas antigas que colocaria em risco a atividade filosófica. Ir

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ao texto filosófico ou a história da Filosofia não significa trabalhar numa perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única preocupação da aula de Filosofia. Eles são importantes na medida em que atualizam o problema filosófico a ser tratado com os educandos.Para melhor ser compreendida foi dividida e quatro períodos: - Filosofia Antiga - Filosofia Média ou Medieval - Filosofia Moderna - Filosofia Contemporânea. Para esse conteúdo, os objetivos são os seguintes: - Conhecer a origem e os conceitos filosóficos no contexto atual; -Conscientizar os educandos sobre o necessidade da Filosofia e mostrar o seu valor para a atualidade; - Adquirir o senso crítico filosófico diante dos desafios atuais; - Entender o processo da Filosofia no processo do conhecimento; - Mostrar e compreender a necessidade dos valores éticos para a nossa vida; - Conhecer o verdadeiro sentido da importância da verdade e da liberdade. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO O trabalho pedagógico com os conteúdos específicos da Filosofia constitui-se em quatro momentos: a sensibilização; a problematização; a investigação; e a criação de conceitos.

Em sala de aula, o início do conteúdo pode ser facilitado pela exibição de um filme ou de uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música; ou tantas outras possibilidades. Damos o nome a essa etapa de sensibilização. Após a sensibilização, inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Não significa dizer que a sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo problematizado.

A problematização seria o segundo momento, quando o educador e educando levantam questões, identificam problemas e problematizam o conteúdo. É importante ressaltar que o recurso utilizado para a sensibiliização seja o filme, a música, ou o texto, filosófico ou não, podem ser retomados a qualquer momento no trabalho em sala. Os recursos didático-pedagógico e tecnológicos a ser usado será : TV multimídia, DVD, CD, radio, laboratório de informática, Cartaz, Livro didático,Filmes, Revistas. Problematizando, o educador convida o educando a investigar o problema em questão, isto se dá por meio do diálogo investigativo. O diálogo investigativo a partir do texto e com o texto é o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica em sala de aula. Recorrendo à história da Filosofia e aos clássicos, o educando defronta-se com as diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis soluções que já foram elaboradas, que não obstante, podem não resolver o problema, mas orientar a discussão. Após esse exercício, o educando terá condições de perceber o que está implícito nas idéias e com elas se tornam conhecimentos e por vezes ideologias, criando assim a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos um pensar coerente e crítico.

Devemos ainda atender a diversidade cultural encontrada na escola, além de elaborar ações em relação ao Meio Ambiente, elencando conteúdos que atendam as seguintes leis: 10.649/03 “História e Cultura Afro”, 9.795/99 “Meio Ambiente” e 11.645/08 “História e Cultura dos Povos Indígenas”. Em relação aos Desafios Educacionais Contemporâneos (sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas, violência na escola, educação ambiental e educação fiscal) não há um conteúdo específico elencado no planejamento, então estes temas serão trabalhados dentro dos próprios conteúdos curriculares sempre que necessário, por ventura quando algum dos temas for citado, ou se fazer referencia a eles dentro do assunto que estará sendo trabalhado. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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As Diretrizes de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidades para a organização do ensino de Filosofia, de acordo com o número de aulas disponíveis no curso ou na matriz curricular. Esses conteúdos são conhecimentos de maior amplitude e relevância que, desmembrados em um plano de Ensino, deverão garantir conteúdos significativos ao educando. Esses conteúdos são: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência. 3.1 – Mito e Filosofia O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve suas idéias, cria sistemas, inventa e elabora leis, códigos e práticas. Entender a conquista da autonomia da racionalidade diante do mito, marca o advento de uma etapa fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história humana. 3.1.1 – Conteúdos básicos - O nascimento da filosofia - A vida cotidiana na sociedade grega - Mito – a origem de todas as coisas - Mito e Razão - Senso comum, conhecimento filosófico e conhecimento científico.

3.2 – Teoria do Conhecimento Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade e a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo. 3.2.2 – Conteúdos Básicos - O problema do conhecimento - Fundamentos do conhecimento - Filosofia e Método - Racionalismo - Empirismo - Ceticismo

3.3 – Ética Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa, um dos grandes problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito e a norma. A ética possibilita a problematizarão, análise e crítica dos valores, virtudes, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade, heteronomia, anomia, niilismo, violência, relação entre os meios e os fins. 3.3.3 – Conteúdos Básicos - Ética e Moral - A Liberdade - Responsabilidade e Liberdade - Diversidade e sociedade 3.4 – Filosofia e Política Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupa-se na investigação sobre a necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo. Problematiza conceitos como o de cidadania, democracia,justiça, igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão. 3.4.1 – Conteúdos Básicos - O preconceito contra a política

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- Os gregos e a invenção da política - Nascimento da Democracia - Essência da política - Política – poder e violência

3.5 – Filosofia da Ciência É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relacionam com planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos e religiosos. Ciência e tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendê-las. 3.6.1 – Conteúdos Básicos - O que é Ciência - As conseqüenciais sociais e políticas da ciência - Bioética: geral, especial e clínica 3.6 – Estética Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma com o elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada principalmente para a beleza e a arte, a estética está intimamente ligada á realidade e ás pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir e apropriar-se do mundo enquanto realidade humanizada. Também estão em questão as diferentes concepções sobre a arte, as relações entre a arte e o pensamento, arte e mercado e arte e sociedade. 3.5.1 – Conteúdos Básicos - A Beleza - A Arte - Estética ou Filosofia da Arte? - Arte e Política - Crítica do gosto - Cinema, teatro e dança 4 – AVALIAÇÂO DO ENSINO DA FILOSOFIA Para Kohan e Waksman, o ensino de Filosofia tem uma especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. Como prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos essa disciplina encontra seu sentido na experiência do pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse conhecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir. A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica; isto é, não tem finalidade em si mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo de ensino-aprendizagem, pela qualidade com que educadores, educandos e a própria instituição de ensino o constroem coletivamente. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, a avaliação não resumir-se-á a perceber quanto o educando assimilou do conteúdo presente, na história da Filosofia, do texto ou dos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. Ao avaliar, o educador deve ter profundo respeito pelas posições do educando, mesmo que não concorde com ela, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos. Assim a avaliação se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o educando pensava antes e o que pensa após o estudo. Dentro do segmento avaliativo, 3,0 pontos no mínimo duas avaliações e mais 4,0 pontos de trabalhos conforme o P.P da escola e também será necessária a recuperação paralela de conteúdos defasados pelos educandos.

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5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - DCEs - Filosofia – Ensino Médio – 2ª Edição, Secretaria do Estado da Educação - DELEUZE, G. GUATTARI, F. – O que é a Filosofia? RJ,Ed.34 1992. - KOHAN, WAKSMAN – Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: Fávero, A. KOHAN, W. O. RAUBER, J.J. – Um olhar sobre o ensino de Filosofia, Ijui Ed. Da UNIJUI, 2002. - Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Proposta Curricular para o ensino de filosofia no 2º Grau. Curitiba. 1994. - ASPIS, R. – O Professor de Filosofia: O ensino da Filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica. CEDES. Campinas. Nº 64, 2004. - SEVERINO, A. J. In GALLO, S. DANELON, M. CORNELLI, G. – Ensino de Filosofia: teoria e prática. Ijui: Ed. Unijui, 2004. - CORBISIER, R. Introdução a Filosofia. 2ª Ed Rj. Civilização Brasileira, 1986, v.1. - GALLILA, S. – O ensino da Filosofia e a criação de conceitos. CEDES. Campinas, 2004. 8.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA - ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais pela aplicação de um método regido por determinados princípios gerais e disciplinado por relações entre experimentos e teoria. Seu campo de ação compreende, em linhas gerais, o estudo das propriedades da matéria – seus aspectos e níveis de organização – e leis de seu movimento e transformações. Busca formular essas leis em uma linguagem matemática capaz de abranger o maior número possível de fenômenos. O homem sempre buscou compreender melhor os fenômenos naturais e a estrutura do universo. Para isso, tem procurado definir princípios e leis elementares. Todo esse esforço levou ao surgimento da física como uma disciplina científica. As fronteiras com a técnica têm origem na base empírica da física, construída sobre métodos experimentais e instrumentos de medidas. A física ora cria e aperfeiçoa esses instrumentos, ora busca em outras áreas de estudo. A luneta telescópica, por exemplo, que permitiu a Galileu realizar observações de grande impacto científico, foi criada para servir à técnica de navegação. A física também contribui com variadas aplicações no lar, na indústria, na medicina e na pesquisa científica, como é o caso da energia elétrica e do raio X. No ambiente escolar é necessário rediscutir o papel da Física, procurando possibilitar uma melhor compreensão do mundo e uma formação mais adequada, voltada à construção da cidadania. Isso não significa elaborar novas listagens de tópicos ou conteúdos a serem desenvolvidos, mas, sobretudo, dar novas dimensões ao trabalho realizado em sala de aula. O conhecimento da Física deve, necessariamente, começar pela pergunta, pela

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inquietação, pela existência de problemas e pela curiosidade. Cabe ao educador, antes de qualquer coisa, ensinar a perguntar. Essa é a questão fundamental no processo de ensino- aprendizagem. Para que o aluno possa fazer perguntas, é necessário que o ponto de partida sejam situações concretas da vida e do cotidiano, como por exemplo, a origem do universo e sua evolução, os gastos com a conta de luz, o funcionamento de aparelhos usados no dia a dia. O ensino de Física hoje proposto é o de intercalar ciência e cotidiano, onde os alunos devem aprender a aplicar os princípios e generalizações aprendidas nas aulas para a compreensão e controle de fenômenos e problemas do dia-a-dia. Percebe-se que isto não está sendo vivenciado no âmbito escolar, o que mostra a precariedade do ensino num mundo em constante evolução que a qualquer momento uma grande quantidade de informações e conceitos físicos surgem ao nosso redor. A física é um produto da inteligência humana, que se mantém em contínua construção e reelaboração. Seus princípios, seus conceitos e suas idéias, formulados e reformulados ao longo de séculos de reflexão e pesquisa, nem sempre são óbvios e muitas vezes contrariam o senso comum. São necessário tempo, estudo e persistência para compreendê-los adequadamente. Podemos, então, mostrar que é possível ensinar Física de maneira diferente e voltada à realidade dos alunos, problematizando os conceitos e práticas, buscando a participação e a colaboração dos alunos no âmbito escolar, fazendo com que se aumente o diálogo problematizador entre professor-aluno preservando os princípios de igualdade, liberdade, diversidade, participação e solidariedade, definindo assim uma relação democrática entre professor-aluno. A finalidade de estudos da Física no Ensino Médio é, primordialmente, a de facilitar a aprendizagem de sua conceituação correta como Ciência na Natureza, bem como examinar seu método e alguns de seus resultados. Espera-se que ao final do curso os alunos tenham o conhecimento da terminologia para o uso de termos corretos utilizados para descrever fenômenos, processos ou sistemas físicos, bem como o conhecimento de símbolos e convenções adotadas na Física, estando capacitado a usá-los correta e fluentemente. Espera-se ainda, que os alunos assimilem os conhecimentos dos processos de cálculo usados na Física, capacitando-os a utilizá-los na resolução de problemas simples. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. Nos fundamentos teórico-metodológicos apresentaram-se as três grandes sínteses que compunham o quadro conceitual de referência da Física no final do século XIX e início do século XX. Essas três sínteses – Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão denominadas “conteúdos estruturantes”. Em cada conteúdo estruturante estão presentes idéias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas. Os conteúdos estruturantes serão contemplados nas três series do ensino médio, buscando assim garantir o objeto de estudo da Física. Estes estão divididos (didaticamente) em três campos: 1º) O estudo dos Movimentos (trajetórias, descrição clássica dos movimentos – inércia e momentum, gravitação universal) está ligado a compreensão de fenômenos relacionados ao cotidiano do aluno fica mais claro e preciso. A Cosmologia também será contemplada, enriquecendo as aulas propondo leituras e atividades, mostrando que estas ciências surgiram da necessidade postas pelas diversas civilizações que nos antecederam. 2º) O estudo da Termodinâmica e óptica (modelos de calor, lei zero da termodinâmica, vapor e movimento, pressão e movimento, verso e reverso – a ordem do universo, luz e ondas)

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também está presente nos afazeres diários dos estudantes, e seus conceitos fundamentais são de grande importância para ver a Física como uma ciência em construção e assim ajudar a entender melhor o mundo em que vivemos. 3º) Os conceitos de Eletromagnetismo (carga elétrica, geração mais transformação igual a conservação de energia, campos eletromagnéticos, dualidade onda partícula da luz) são importantes para o entendimento das inovações tecnológicas. Trabalhos de Maxwell serão amplamente explorados, assim como as leis do Eletromagnetismo Clássico, para que assim, aconteça à compreensão da Teoria da Relatividade Especial, proposta por Einstein. CONTEÚDOS BÁSICOS. Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor. Os conteúdos básicos apresentados devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas. Por serem conhecimentos fundamentais, não podem ser suprimidos nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que a constitui como conhecimento especializado e sistematizado. Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da disciplina, mostrando que tipo de abordagem teórico metodológica devem receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atrelados. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino. 1ª SÉRIE

● INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FÍSICA E CINEMÁTICA O que é Física; Divisão da Física; Evolução da Física; Importância da Física; Ramos da Física; Grandezas Físicas; Sistema Internacional de Unidades; Ordem de Grandeza; Representação Gráfica; Ponto Material; Referencial; Movimento; Trajetória; Posição; Deslocamento Escalar; Velocidade Média e Instantânea; Aceleração; Movimento Retilíneo Uniforme; Movimento Retilíneo Uniformemente Variado; Gráficos; Lançamento Vertical; Lançamento Horizontal; Lançamento Oblíquo.

● DINÂMICA Princípio da Inércia; Efeitos da aceleração; Forças (Gravidade, Elástica, Tração, Normal e Centrípeta); Princípio Fundamental da Dinâmica; Princípio da Ação e Reação; Decomposição de forças.

● ENERGIA – TRABALHO, QUANTIDADE DE MOVIMENTO – IMPULSO Trabalho da força; Energia; Energia Mecânica; Energia Cinética; Energia Potencial Gravitacional; Energia Potencial Elástica; Conservação da Energia Mecânica; Potência; Impulso; Sistemas isolados; Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento.

● HIDROSTÁTICA Fluido; Densidade; Massa específica e peso específico; Empuxo e Teorema de Arquimedes; Flutuação dos Corpos; Pressão; Teorema de Stevin; Pressão atmosférica; Princípio de Pascal; Equilíbrio de corpos imersos e flutuantes.

● ESTÁTICA E EQUILÍBRIO DOS CORPOS Centro de Gravidade; Equilíbrio dos Corpos; Alavancas; Polias e Roldanas; Plano Inclinado e Engrenagens.

● GRAVITAÇÃO UNIVERSAL Histórico; Leis de Kepler; Leis de Newton para Gravitação Universal; Aceleração da gravidade; Imponderabilidade; Satélites e velocidade de escape.

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2ª SÉRIE ● ENERGIA TÉRMICA E CALOR

Termologia; Termometria; Unidades de temperatura; Particularidades de cada uma das escalas; Conversão de escalas; Estados Físicos da Matéria; Calor; Capacidade térmica, calor específico; Quantidade de calor sensível; Mudanças de estado físico; Calor latente; Quantidade de calor latente; Trocas de calor sem mudança de fase; Trocas de calor com mudança de fase; Potência Térmica.

● TRANSMISSÃO DE CALOR – DILATAÇÃO TÉRMICA – TERMODINÂMICA Transmissão de calor: condução, convecção e irradiação; Efeitos do calor; Dilatação de Sólidos e Líquidos; Trabalho realizado ou recebido por um gás; Transformações Gasosas; Cálculo do Trabalho; Energia interna e variação de energia interna; Primeira Lei da Termodinâmica; Segunda Lei da Termodinâmica; Rendimento; Ciclo de Carnot.

● LUZ Propagação Retilínea da Luz e suas conseqüências; Cor de um Corpo; Espelho Plano; Espelhos Esféricos; Índice de Refração; Lei de Snell-Descartes; Dispersão da Luz; Lentes Esféricas e Óptica da Visão.

● ONDAS E SOM Energia e Ondas; Características de uma Onda; Tipos de Onda; Fenômenos Ondulatórios; Ondas Estacionárias; Ondas Sonoras; Acústica. 3ª SÉRIE

● ELETROSTÁTICA Eletricidade Estática; Eletrização dos Corpos; Lei de Coulomb; Campo Elétrico; Tensão Elétrica; Eletricidade Atmosférica; Capacitores.

● ELETRODINÂMICA Corrente Elétrica; Energia e Potência Elétrica; Efeito Joule – Resistores; Tensão Elétrica; Associação de Resistores; Geradores e Receptores; Dispositivos Elétricos de Medidas.

● MAGNETISMO – ELETROMAGNETISMO Ímãs; Inseparabilidade dos Pólos; Magnetismo Terrestre; Magnetismo da Matéria; Indução Magnética; Campo Magnético; Campo Magnético gerado por uma Corrente Elétrica; Campo Magnético Criado por Solenóide; Eletroímã; Força Magnética; Indução Eletromagnética; Lei de Faraday; Lei de Lenz; Transformador.

● FÍSICA MODERNA Radiação do Corpo Negro; Constante de Planck; Efeito Fotoelétrico; Átomo de Bohr; Dualidade Onda-partícula; Princípio da Incerteza; Teoria da Relatividade; Ondas Eletromagnéticas; Espectro Eletromagnético; Equações de Maxwell. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA É importante que o processo pedagógico, parta do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem. Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias específicas no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido. Porém, uma sala de aula é composta de pessoas com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e idéias que dependem de sua origem cultural e social e esse ponto de partida deve ser considerado. No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia escolhida, é importante considerar o que os estudantes conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não conhecem? Ou ainda, como eles podem explicitar questões que os inquietam, mas não sabem como

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perguntar? Nesses casos, torna-se imprescindível cumprir nossa função de professor como uma espécie de “informante científico”. Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da formação, é preciso uma mediação não-aleatória, feita pelo conhecimento físico, num processo organizado e sistematizado pelo professor. A Física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através de conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja, a compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam. Na seqüência são destacados recursos didáticos para enfatizar a metodologia abordada:

● Aulas expositivas e explicativas sobre os temas centrais: produção de “notas de aulas” em transparência para integrar os conteúdos;

● Utilização da TV pen-drive como instrumento de apoio às aulas, onde se pode expor vídeos, imagens, sons, de modo a buscar a interação com os alunos, integrando mais o assunto que está sendo abordado;

● Uso de vídeos didáticos, com posterior debate; ● Aulas práticas (mesmo que a escola não disponha de laboratório, pode-se propor

algumas atividades experimentais com materiais trazidos pelos próprios alunos); ● Articulação com os professores da área de linguagens e códigos e suas tecnologias; ● Interação com os professores da área de Ciências Humanas e Sociais; ● Seminários com temas propostos por séries; ● O ensino da Física e a informática através do laboratório de informática; ● Visitas técnicas programadas.

AVALIAÇÃO Do ponto de vista específico, a avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes Curriculares, ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das idéias em Física e da não-neutralidade da ciência. A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a escola pública o espaço onde a educação democrática deve acontecer. No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação. Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por isso a avaliação será contínua, dinâmica, informal, e conforme normas contidas

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no regimento, será realizada em etapas por bimestre, em que serão atribuídos os valores máximos de 6,0 pontos para avaliações escritas (provas) + 4,0 pontos para atividades diversas (trabalhos, participações) para que através desta série de observações sistemáticas possamos emitir juízo valorativo sobre a evolução dos alunos na aprendizagem da Física. Serão adotados os seguintes componentes de avaliação: conceitos físicos, procedimentos físicos, atitudes e raciocínio e terá como base: as respostas dos alunos, quando eles manifestam de forma implícita ou explicativa suas certezas, dúvidas e erros; as observações das ações e discussões efetuadas durante as tarefas individuais, em grupos pequenos ou com a classe toda; análise de provas, tarefas feitas em casa, diárias e trabalhos escritos. Será realizada através de: exercícios, problemas, pesquisas, resumos, esquemas, cadernos de classe; atividade extra-classe; provas de tipos variados com respostas discursivas, curtas, testes de múltipla escolha e somatórias; realização de atividades experimentais. A recuperação de conteúdos acontecerá a todo momento de forma paralela, sempre que detectado pelo professor ou até mesmo pelo aluno carências no processo ensino-aprendizagem. Os métodos a serem utilizados serão definidos de acordo com a carência do aluno, podendo ser, trabalhos em grupo, lista de exercícios, revisão de avaliação e conteúdo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1992. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983. GREF. Física. Vol: 1, 2 e 3. 5ᵃ ed. 1. reimpr. São Paulo: Edusp, 2002. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. Vol: 1, 2, 3 e 4. 4ᵃ ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. SEED (Secretaria de Estado da Educação do Paraná), DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física. Curitiba, 2008. SEED (Secretaria de Estado da Educação do Paraná), Livro Didático Público: Física – Ensino Médio. Curitiba: Posigraf, 2006. TIPLER, P. A. Física. Vol: 1, 2 e 3. 4ᵃ ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. 8.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA - ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Aceitando a idéia de que “ saber química “ é “ saber o mundo material na forma da química “, as aulas de química passam a ser um exercício de pensamento sobre os materiais que nos rodeiam e nos constituem.

O conhecimento químico é uma construção histórica humana, como qualquer outro conhecimento, que só passa a constituir os indivíduos se for intencionalmente buscado nas interações sociais, como nos espaços escolares. Ninguém nasce sabendo química, mesmo que esteja rodeado com os artefatos que o conhecimento químico permitir criar. Igualmente, ninguém aprende nada de Química olhando para os artefatos, mesmo que crie um pensamento sobre eles. Terá apenas uma idéia vaga do que se trata, construída com base em conhecimentos do cotidiano ou dia – a – dia. O saber químico sobre algo é um saber histórico que pode constituir uma mente individual desde que venha a ser construído na interação entre sujeitos, como a que se pretende que exista nas aulas.

O cerne da ciência química é perceber, saber falar sobre e interpretar as transformações química da matéria ( ou das substâncias ) causadas pelo favorecimento de novas interações entre as partículas constituintes da matéria nas mais diversas situações. ( Maldaner, Piedade, 1 995 p. 15 ).

Os interesses da indústria da segunda metade do século X I X impulsionaram pesquisas e descobertas relacionadas ao conhecimento químico, entre eles os avanços da eletricidade que trouxeram significativas contribuições, principalmente os conceitos de

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afinidade química e eletrólise, que esclareceram a estrutura da matéria. ( Matéria e sua natureza ).

Segundo Maldaner ( 2 003 ), formou – se uma crença de crescimento econômico ilimitado de recursos naturais inesgotáveis e sempre substituíveis pelas descobertas da ciência e tecnologia.

O impacto sobre o meio ambiente é decorrente de dois valores que se juntam criando bases ideológicas da chamada sociedade de consumo. Um primeiro vetor corresponde a visão otimista de história e de capacidade infinita de inovação tecnológica, que permitiria uma dinâmica sem limites do processo de transformação da natureza em bens e serviços. O segundo vetor corresponde à ânsia consumista que o capitalismo conseguiu disseminar na consciência da humanidade e que se identifica na busca esquizofrenicamente acelerado, sendo a própria razão de ser atividade econômica e a razão ontológica do processo civilizatório ( Maldaner Buarque, 1 990, p. 120 )

O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta está sendo atingido por vários problemas que correspondem a este campo do conhecimento.

Muitas vezes acontecem confusões em torno do significado e do papel da Química em nossas vidas, isso inclui os meios de comunicação de massa que tratam o assunto de modo contraditório.

Esses atos podem desencadear críticas precipitadas que condenem a Química. Na verdade, muitas vezes, aqueles problemas têm solução na própria Química.

Conhecer a Química significa compreender as transformações que ocorrem de forma abrangente e integrada podendo julgar informações de forma mais fundamentada, tomando decisões inteligentes, enquanto indivíduo e cidadão.

Muitas vezes, os alunos trazem concepções do senso comum, estruturas conceituais alternativas que não podem ser ignoradas pelo professor, mas que devem ser superadas no sentido da construção de conceitos cientificamente estabelecidos.

Cabe ao professor, utilizando estratégias de ensino, levar os alunos a aproximarem-se cada vez mais qualitativamente do conceito desejado, uma vez que a proposta em questão é sócio-histórica. A origem dos saberes da Química é histórica em função da evolução da ciência como um todo, das transformações sofridas pelo mundo e do surgimento da sociedade tecnológica que exige das ciências dos materiais respostas precisas e específicas às suas demandas. Através do estudo e do conhecimento sobre a constituição, propriedades e transformações das substâncias, a Química responde às necessidades da sociedade. Para pensar sobre o ensino de Química o conhecimento científico é fundamental, mas não suficiente. Acredita-se que o ensino de Química que leva a alfabetização científica do sujeito deve estar centrado na inter-relação de dois componentes básicos: conhecimento químico e o contexto social. Essa relação implica a compreensão de um mínimo necessário do conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de Química. A importância da abordagem experimental está na caracterização do seu papel investigativo e de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, da elaboração dos conceitos. É necessário perceber que o experimento faz parte do contexto normal de sala de aula. A Química tem papel essencial na formação do sujeito, levando-o ao estudo das substâncias materiais e suas transformações, mas ainda assim é uma ciência ligada diretamente à vida.

Os objetivos da disciplina de Química para o Ensino Médio são: • Desenvolver a capacidade de comunicação. • Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico. • Interpretar e utilizar diferentes formas de representação ( tabelas, gráficos, expressões,

ícones, etc ).

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• Produzir textos adequados para relatar experiências, formular dúvidas ou apresentar conclusões.

• Utilizar as tecnologias básicas de redação e informação, com computadores. • Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos,

identificando regularidades, apresentando interpretações e prevendo evoluções. • Formular questões a partir de situações reais e compreender aquelas já enunciadas. • Utilizar instrumentos de medição e de cálculo. • Elaborar estratégias de enfrentamento das questões. • Descrever fenômenos, substâncias, materiais, propriedades e eventos químicos, em

linguagem científica. • Reconhecer e compreender símbolos, códigos e nomenclatura própria da Química e da

tecnologia Química interpretando, por exemplo, símbolos e termos químicos em rótulos e bulas.

• Identificar e relacionar unidades de medida usadas para diferentes grandezas, como massa, energia, tempo, volume, densidade, concentração de soluções.

• Consultar e pesquisar diferentes fontes de informações, como enciclopédias, internet, entrevistas a técnicos e especialistas.

• Articular o conhecimento químico e o de outras áreas no enfrentamento de situações problema, como identificar e relacionar aspectos químicos, físicos e biológicos em estudos sobre produção, destino e tratamento de lixo, com aspectos sociais, ambientais e econômicos.

• Reconhecer o papel da química no sistema produtivo, industrial e rural. • Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento

da química e tecnologia. • Valorizar a cultura regional referente à tintas e pigmentos utilizadas no artesanato

regional, principalmente valorizando a cultura trazida pelos descendentes ucranianos. • Orientar os alunos com relação do uso discriminado dos agrotóxicos, fertilizantes e seus

efeitos. Dessa forma entende-se que são objetivos a serem desenvolvidos não durante uma

aula ou um bimestre do ano letivo, mas sim durante todo o período das séries do Ensino Médio. Estes objetivos devem ocorrer aos poucos de forma que cada conteúdo e as metodologias utilizadas posam proporcionar a cada aula o seu pleno desenvolvimento e complementação. Entendemos por Conteúdos Estruturantes aqueles saberes que identificam o campo de estudos da Química e que, a partir de seus desdobramentos em conteúdos pontuais fique garantida a abordagem do objeto de estudo desta disciplina , em sua totalidade e complexidade. O surgimento dos saberes da química tem explicações históricas em função das transformações sofridas pelo mundo. A partir das reflexões feitas da disciplina de Química no Ensino Médio, foram apresentados os seguintes c Conteúdos Estruturantes para o Ensino de Química: Transformação Química sintética Bioquímica

Subsância e

Propriedades Matéria Composição Matéria e sua Natureza

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Matéria e sua natureza:

É o conteúdo estruturante que identifica a disciplina de química, por se tratar da essência da matéria, é ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos conteúdos estruturantes na disciplina de Química. Para poder evidenciar nosso estudo usaremos exemplos de conteúdos específicos de matéria e sua natureza: Estrutura de matéria, substância, misturas, métodos de separação, fenômenos físicos, e químicos, estrutura atômica, distribuição eletrônica, tabela periódica, ligações químicas, funções químicas, radiotividade. 3-2 –Biogeoquímica:

Este conteúdo estruturante é caracterizado pelas interações existentes entre as hidrofera, litosfera, e atmosfera e historicamente constituem-se a partir de uma sobreposição de biologia, geologia e química. O conteúdo Estruturante Biogeoquímico pode ser desdobrado nos seguintes conteúdos específicos: Soluções, Termoquímica, Cinética Química, Equilíbrio Químico. 3-3 – Química Sintética:

Este conteúdo Estruturante foi consolidado a partir da apropriação da Química na síntese de novos produtos e novos materiais e que permite o estudo que envolve produtos farmacêuticos, a indústria alimentícia, (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes ), fertilizantes, agrotóxicos. O Conteúdo Estruturante pode ser desdobrado nos seguintes conteúdos específicos: Química do carbono, Funções Oxigenadas, Polímeros, Funções Nitrogenadas, Isomeria. Entende – se que a Química Orgânica e a Inorgânica não devem ser tratadas em separado, pois fazem parte de uma mesma disciplina na qual muitos conteúdos derivados dos estruturantes se inter relacionam e merecem um mesmo encaminhamento. Os conteúdos específicos serão trabalhados nas diferentes séries: 1º Série

• Conceitos de Matéria e Energia. • Matéria – composição, propriedade e modificações. • Matéria e sua Natureza elétrica. • Modelos Atômicos • Elementos químicos, nº atômico, massa atômica. • Tabela Periódica. • Classificação periódica moderna. • Ligações Químicas, Iônicas, covalente e metálica. • Regra do octeto • Ácidos , bases

2º série. • Funções da Química inorgânicas • Funções da química e o cotidiano • Reações químicas • Estudo dos gases • Estudo das soluções • Reações • Equilíbrio químico 3º série • Química orgânica • Característica dos compostos orgânicos • Característica do átomo de carbono • Classificação das cadeias carbônicas • Classificação dos compostos orgânicos • Funções orgânicas, polímeros, conservantes • Isomeria, substancias bioquímicas, fertilizantes e aditivos

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• Pol´meros, tintas, medicamentos METODOLOGIA DA DISCIPLINA O estudo de química de forma exclusivamente livresca sem intenção direta com fenômenos naturais ou tecnológicos, deixa enorme lacuna na formação dos estudantes. Para pensar sobre o ensino de química o conhecimento cientifico é fundamental, mas não o suficiente. É essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, relacionando suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e social e os diferentes significados e valores que as ciências naturais podem ter para eles, para que a aprendizagem seja significativa. Dessa forma considerar de grande importância não só o acompanhamento do livro didático, que na maioria das vezes é o único instrumento disponível, mas também a disposição de outros instrumentos como revistas, vídeos, maquetes, alimentos naturais e industrializados, reagentes e equipamentos experimentais, fontes de captação de água potável, lixões, materiais diversos, entre outros, de acordo com as necessidades para um aprendizado mais efetivo. Outras metodologias, além daquelas, expositivas e orais por parte do professor, que envolvam a plena participação do aluno, exigindo dele o pleno desenvolvimento das capacidades são de fundamental importância, como, por exemplo os trabalhos de pesquisa, discussões, leituras complementares, experimentos, coleta, classificação e catalogação de materiais, confecção de cartazes, produção de textos acerca de determinados temas, entre outros, tanto de forma individual quanto em grupo. É difícil e até mesmo desolador perceber o abismo que existe entre aquilo que escrevemos como ideal em nossas propostas pedagógicas e aquilo que conseguimos ter na pratica. Podemos ser transmissores de informação, até por conveniência, mas o que perpassa a situação de estar na escola é o fato inalienável tecermos todos humanos. O maior desafio para o professor ainda é de trazer os conteúdos dos livros didáticos para a realidade dos nossos alunos e assim tornar sua aprendizagem mais fácil, mais dinâmica e mais atraente.

AVALIAÇÃO No entendimento, a avaliação deve ultrapassar os limites quantitativos e incorporar quatro dimensões: diagnóstica, processual, contínua, cumulativa e participativa. Realizar uma avaliação desse nível não é muito fácil em relação às condições de trabalho. De acordo com o sistema adotado pela instituição o processo avaliativo terá os seguintes critérios: 60% será de avaliações através de textos escritos com provas objetivas e descritivas e 40% de envolvimento dos alunos nas diversas atividades de construção do conhecimento. O que se busca é desenvolver no aluno a instigação de questionar o outro, o mundo e a si mesmo, contribuindo para a formação de um cidadão crítico. Os alunos têm de realmente se sentir sujeitos do processo e não apenas executores de tarefas escolares com o objetivo exclusivo de acumular pontos para avaliação final. Isso implica o estabelecimento de mecanismo para estimular a inclusão do aluno, ao mesmo tempo desafiando-o a ser participativo, crítico e criativo. O aluno será avaliado não apenas pela entrega de relatórios dos experimentos, das respostas dos exercícios ou da realização de trabalhos escolares sobre temas abordados, mas também pelo seu engajamento nos debates em sala de aula, pela sua participação nas atividades. A adoção de instrumentos de auto-avaliação de forma participativa da turma com discussão reflexiva e orientada irá auxiliar no processo de aprendizagem. Os criterios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia,assim os critérios são elementos no processo avaliativo que articulam todas as etapas da ação pedagógica. A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples:os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno ,então é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda .A

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recuperação é justamente isso :o esforço de retomar,de voltar ao conteúdo,de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido,a recuperação da nota é simples decorrencia da recuperaçãode conteúdo. A avaliação para os alunos com necessidades especiais deve ser diferenciada de acordo com as necessidades de cada aluno dando oportunidade para que eles acompanham com exito os conteúdos. REFERÊNCIAS MALDANER, O. A. A formação Inicial e continuada de professores de Química: Professor / Pesquisador. 2ª Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2 003. SANTOS, W. L. P. e MÓL, G. S; Química e Sociedade: Cálculos, Soluções e estética. São Paulo – Nova Geração, 2004. SARDELLA, A; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna. Volume 3. Editora Scipione COUVRE, Geraldo José. Química total. Volume único. São Paulo. FTD 2001. FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. Volume único. Editora Moderna. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. 8.14 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A sociologia surge após a Revolução burguesa Inglesa/ Industrial e Francesa por volta de 1830.

No século XVIII constitui um marco importante para a história do pensamento ocidental e para o surgimento da sociologia. As profundas transformações políticas, econômicas e culturais levam o surgimento da sociologia (ciências sociais ou da sociedade).

As conseqüências da rápida industrialização foram trágicas: aumento da violência, da prostituição, do alcoolismo, da comunidade. Além da conflituosa relação capital x trabalho.

Essas transformações colocavam a sociedade num plano de análise a se constituir em problema, em objeto que deveria ser investigado. É uma formação de uma estrutura muito específica, a sociedade capitalista que impulsiona uma reflexão sobre a sociedade, sobre suas transformações, suas crises e seu antagonismo de classe.

Assim sendo, o surgimento da sociologia pretende-se em parte aos abalos provocados pela revolução industrial, pelas nossas condições de existência por ela criada e também devido às modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento e buscando conhecer a natureza e a cultura.

Neste momento que iniciou com o renascimento há uma renuncia de visão sobrenatural, mítica, religiosa para explicar a realidade, passa a prevalecer à busca por uma indagação racional; método da observação e da experimentação, método científico.

Após revolução burguesa, já no século XIX a ênfase continuará sendo o pensamento e explicação racional, porém, a interpretação crítica e navegadora da realidade, marca dos ideais dos iluministas que orientou o projeto revolucionário da burguesia deveria ser superado em nome da organização da sociedade e manutenção do status.

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A sociologia é uma área de interesse recente, mas foi à primeira ciência social a se institucionalizar. Antes, portanto, da ciência política e da antropologia. Ela foi criada por Augusto Comte (1838) que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem.

Para Durkheim, a sociologia demonstrou que os fatos sociais têm característica própria, e que são estudadas pelas outras ciências. Ambos os mestres tem em comum a preocupação com os grandes problemas sociais causados pelo sistema capitalista. O desemprego, a miséria e os conflitos foram estudados pelos pensadores, que tudo poderá ser solucionado através do resgate de valores morais. E como responsável por essa mudança, será a educação que devera adequar os indivíduos à nova sociedade.

Esta disciplina surgiu no século XVIII na forma de resposta acadêmica para desafios de modernidade, marcado mudanças na maneira de se pensar a realidade social. A disciplina de sociologia é de suma importância na vida de todo ser humano, pois, ela é uma das ciências humanas que estuda as unidades que formam a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos ou instituições. Enquanto indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia. A sociologia tem como base teórico-metodológica que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreendendo as diferentes sociedades e culturas que é um dos objetivos da Sociologia, ela cobre todas as áreas do convívio humano, desde as relações na família ate a organização das grandes empresas.

A Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo construindo para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidianas, das suas múltiplas relações sociais e conseqüentemente, de si mesma como seres inevitavelmente sociais. CONTEUDOS ESTRUTURANTES. 1ª série

• O estudo da sociedade humana. De que se ocupam as ciências sociais? Historia das ciências sociais. Surge a sociologia (objetividade e conceitos básicos na sociologia, o que são

Fatos Sociais) • Conceitos básicos para a compreensão da vida social:

Isolamento social; Contatos Sociais; Comunicação; Interação Social; Processos Sociais; (competições, conflitos, acomodação, assimilação)

• Instituições Sociais: O que são instituições- (família, igreja, Estado)

• Agrupamentos Sociais: ( os grupos sociais, multidão, publico, massa)

Mecanismos de sustentação dos grupos sociais ( liderança, normas e sanções sociais, valores sociais, símbolos)

2ª Série • Fundamentos Econômicos as sociedade:

O (Processo de produção: trabalho, matéria-prima, meios de produção, instrumentos de produção)

Modos de produção: (primitivo, escravista, asiático, feudal, capitalista, socialista)

• Política – O que é política? • Poder – a conquista do poder. • Ideologia: (Características da Ideologia – Por uma contra – Ideologia) • A cultura: (cultura material e cultura não – material)

Os elementos da cultura

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O crescimento do patrimônio cultural O contato entre culturas.

3ª Série • Direitos e Deveres de Cidadão. • Mudanças sociais (Causas da mudança social, fatores contrários à mudança social,

conseqüências da mudança social) • Movimentos sociais

Movimentos Urbanos: (estudos dos problemas – falta de moradia, saúde, transporte, segurança, educação, etc...) Movimentos Rurais: (cooperativismo, as origens históricas da estrutura agrária brasileira, as formas de distribuição de terra no Brasil) Movimentos de luta pela terra: Ligas Camponesas, Movimento dos sem terra. Organizações de movimentos para agir nas diversas instancias sociais (numa atitude ativa e participativa). Movimentos Sociais Conservadores: como Golpe Militar.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

A disciplina de sociologia na escola publica, trabalha com diversidade de temas que são do interesse do aluno e da sociedade, através doa quais são estudados as realidade social.

Na disciplina de sociologia é fundamental utilizar os mais variados instrumentos metodológicos, os mesmos devem partir do objetivo que se pretende atingir.

Os trabalhos serão desenvolvidos através de: • Pesquisa de campo Pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser

desenvolvido; Antes: os resultados obtidos vão servir de base para problematizarão a serem

desenvolvidas; Depois: os resultados vão comprovar ou refuturar o que foi discutido a luz das

teorias sociológicas; Professor: contato anterior com o local estabelecido para pesquisa; Elaboração de um roteiro de entrevista; Visitas a museus.

• Filmes e vídeos. Um filme deve ser entendido como um texto, estando possível a diversas leituras; Escolha: deve ser levado em conta: o conteúdo a ser trabalhados, a faixa etária

dos alunos e seu repertório cultural; Elaboração de um roteiro que contemple os aspectos fundamentais para o

conteúdo em estudo. • Leitura e análise de textos sociológicos. A utilização de textos teórico-sociológicos pode subsidiar o desenvolvimento

teórico dos conteúdos. O exercício de análise de textos teórico-sociológicos propicia a aproximação do

aluno com a linguagem das ciências sociais; Os textos sociológicos que forem utilizados deverão ser contextualizados: quem é

o autor, quando ele escreve, onde ele escreve com que dialoga etc. AVALIAÇÃO

Dentro deste contexto de compromisso com a qualidade da educação pública, a avaliação assume dimensões mais abrangentes e passa a ter algumas características importantes. A primeira delas diz respeito aos objetos. É preciso ter clareza dos objetivos que pretendemos alcançar, quando estamos avaliando.

Outro aspecto importante é que a avaliação deve ser contínua (processual), pois, ao avaliar o processo de aprendizagem, freqüentemente o professor pode diagnosticar

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aspectos que precisam ser melhorados, podendo assim intervir na própria prática ou nos fatores que estão interferindo nos resultados.

A avaliação também deve ser planejada, e articulada com os objetivos propostos no processo de ensino aprendizagem, ou seja, devem ser coerentes com os resultados que pretendemos alcançar, não devemos somente considerar os aspectos cognitivos, mas sim, contemplar o aluno e o processo de aprendizagem na sua integralidade.

Não devemos esquecer a nossa concepção de avaliação que deve estar vinculada ao grande objetivo da educação que é a formação da pessoa autônoma, crítica e consciente. A avaliação desse modo deve estar a serviço das aprendizagens que favoreçam essa formação e, ao mesmo tempo, que forneça informações significativas que ajudam os educadores a aperfeiçoarem sua prática, em direção à melhoria da qualidade de ensino.

O colégio tem como proposta avaliação efetiva, individual e do grupo; serão usados vários instrumentos de avaliação dentre eles debates, textos, pesquisas de campo, filmes, musicas (relacionadas ao tema), apresentações de trabalhos, criatividade, empenho, procurando avaliar o aluno integralmente, acompanhando a aprendizagem no período letivo por meio de atividades desenvolvidas em sala de aula, trabalhos, pesquisas e outros. Dentro do segmento avaliativo será realizado no mínimo duas avaliações de 3,0 pontos cada e 4,0 pontos de trabalhos conforme o P. P. da escola . A recuperação de estudos se dará se o aluno tiver rendimento insuficiente, sendo recuperadas 100% das avaliações, a recuperação dos conteúdos será concomitante, mas com metodologia diferente da utilizada quando foi abordado o assunto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. SEED, Curitiba-PR DURHEIM. E. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: nacional LUCKESI, Cipriano C. Avaliações da Aprendizagem na Escola: Relembrando Conceitos e Recriando a Prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003 -OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 25ª Ed. Ensino Médio, São Paulo: Ática, 2006. TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação a Sociologia. 2ª ed. São Paulo: atual 2000 8.15 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL - ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Aprender Língua Espanhola ou qualquer idioma estrangeiro não significa aprender códigos ou apenas estruturas gramaticais, aprender uma língua consiste em aprender noções de comunicação, como também conhecer a cultura do povo que a fala, seus credos, costumes e aspectos particulares de sua fala. Segundo as DCEs, propõe-se que a aula de LEM constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos, e, portanto, possíveis de transformação na prática social.

O idioma estrangeiro auxilia o aluno em seu crescimento pessoal, intelectual e profissional. É importante aprender espanhol não somente por razões de trabalho e econômicas, mas também por ser fundamental no desenvolvimento pessoal e conhecimento de mundo. Segundo estatísticas o espanhol é o terceiro idioma mais falado no mundo, depois do chinês mandarim e do inglês, e é o segundo em número de falantes. No final do século XIX 60 milhões de pessoas o falavam, hoje são cerca de 500 milhões em todo o mundo. Além do mais o espanhol é o segundo idioma mais utilizado na comunicação internacional do mundo e é também uma das línguas oficiais das Nações Unidas e suas organizações. Em relação à cultura pode-se destacar a influencia latino americana na arquitetura, na arte e na literatura. Hoje 21 países adotaram o espanhol como língua oficial, inclusive o sudeste dos Estados Unidos.

Aprender um segundo idioma amplia consideravelmente os horizontes de uma pessoa e a sua capacidade de processar informações, já que “ (...) o essencial na tarefa de

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decodificação não consiste em conhecer a forma linguística utilizada, mas compreendê-la em um contexto concreto preciso...” (BAKHTIN, 1992). Reforçando este argumento, segundo as Diretrizes de L.E.M. , “o objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendem o que se pretende com o ensino de Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja, ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça o uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independente do grau de proficiência atingido.”

Deve se ter em mente que o bom aprendizado de um novo idioma é bem precioso, que se adquire por toda a vida e através do qual muitas outras coisas boas podem ser adquiridas. Como a motivação vem através do sucesso, é de extrema importância que se adquire através do sucesso, é de extrema importância que se trabalhe com tarefas interessantes e estimulantes para os alunos.

O espanhol é mais que uma disciplina escolar. É um tópico cujas contribuições podem vir de suas próprias áreas de interesses. Dessa forma, a motivação e a autoconfiança do aluno podem aumentaram levando-o a ter um rendimento no aprendizado.

O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo, de construir significados e valores. É preciso dar-lhes a oportunidade de um “processo educativo global, expondo-os à alteridade, à diversidade, à heterogeneidade, caminho fértil para a construção da sua identidade”. Sendo assim, a aprendizagem de Línguas, neste caso a espanhola, não se restringe apenas à propósitos instrumentais, mas à formação integral do aluno.

O ensino de Língua Espanhola expande-se também à interdisciplinaridade, uma vez que a língua é resultado do processo de colonização e mestiçagem dos povos. Em outros aspectos, a interdisciplinaridade tem o papel de complementar e expandir conhecimentos, “o ensino de língua estrangeira não pode nem ser nem ter um fim em si mesmo, mas precisa interagir com outras disciplinas, encontrar interdependências, convergências, de modo que se estabeleçam as ligações de nossa realidade complexa (...), precisa, enfim, ocupar um papel diferenciado na construção coletiva do conhecimento”.

1- CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

2.1- CONTEÚDOS BÁSICOS: Leitura: Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Vozes sociais presentes no texto; Léxico; Coesão e coerência; Marcadores do discurso; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativo do texto; Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua; pontuação; recursos gráficos ( como

aspas, travessão, negrito etc.); Variedade linguística; Acentuação gráfica; Ortografia;

Escrita: Tema do texto;

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Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Condições de produção; Informatividade ( informações necessárias para a conferencia do texto); Vozes sociais presentes no texto; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativo; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos; Marcas linguísticas; Variedade linguística Ortografia; Acentuação gráfica.

Oralidade: Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia.

2- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Para que o processo ensino aprendizagem aconteça de forma duradoura e eficiente, de modo a fazer parte da bagagem intelectual e prática do aluno serão utilizadas técnicas e metodologias como:

Desenvolvimento da leitura e interpretação textual por meio de diversos tipos de textos, os quais estarão voltados ao contexto do aluno;

Ampliação do vocabulário e produção de textos em forma de diálogo, narração, descrição, dissertação;

Desenvolvimento da expressão oral por meio de dramatizações, jogos, brincadeiras; Leitura, interpretação e tradução de textos com temas da educação no campo,

imigração e cultura afro; Os recursos didáticos utilizados serão rádio, TV multimídia, DVD, jornais, livros,

textos, canções, histórias em quadrinhos, revistas, giz, quadro negro, retroprojetor; Compreensão oral através das mídias tecnológicas, vídeos, músicas.

3- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação é a base da atividade pedagógica e deve ser interpretada como parte

integrante do desenvolvimento da aprendizagem diária do aluno. De acordo com a proposta metodológica a avaliação deve abranger a destrezas linguísticas: compreensão da leitura, produção de breves textos escritos e orais bem como a interação oral. Acrescentam –se também a criticidade e a reflexão em relação aos conteúdos expostos e trabalhados.

A avaliação deve abranger vários aspectos, pois assim o educando terá êxito. O processo avaliativo deve ser visto tendo como base a avaliação diagnóstica, global, paralela e contínua somando-se as atividades propostas como a oralidade, tarefas, atividades em grupos e testes escritos.

De acordo com os critérios avaliativos contidos no Projeto Politico Pedagógico do colégio serão realizados dois testes escritos bimestrais cada um com valor de 3,0 pontos. Os outros

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4,0 pontos serão obtidos através de uma avaliação contínua do desempenho e evolução do aluno, como: trabalhos individuais e em grupo, produções de texto, pesquisas, seminários, apresentação de trabalhos, oralidade e outras tarefas do dia- a- dia.

A recuperação paralela será parte integrante do processo avaliativo, uma vez que contribui para a (re)construção de saberes, caracterizando-se sempre no readaptação dos conteúdos trabalhados e no posterior resumo dos conteúdos aprendidos.

Contudo, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem, promovendo-a continuamente, organizando e ampliando o que conhecemos do mundo que nos rodeia.

4- REFERÊNCIAS:

BAKHTIN, M. “Estética da criação verbal”- Cidade. 1992. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira – Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação. LOBATO, Jesus & GARCÍA, Concha. “Espanhol sin Fonteras” Madrid. Editora SGEL. 2000. RINALDI, Simone & CALLEGARI, Marilia. “Arriba”. São Paulo. Editora Moderna.2004. ROMANOS, Henrique & CARVALHO, Jacira. “Interacción en Español”. São Oaulo. Editora FTD. 2000.