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Manifesto do Coletivo PT de lutas
“O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos
trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os
partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e
política. Nasce, portanto, da vontade de emancipação das massas populares. Os
trabalhadores já sabem que a liberdade nunca foi nem será dada de presente, mas
será obra de seu próprio esforço coletivo”.
“Somos um Partido dos Trabalhadores, não um partido para iludir os trabalhadores.
Queremos a política como atividade própria das massas que desejam participar, legal
e legitimamente, de todas as decisões da sociedade.”
Transcrevemos acima trechos do Manifesto do PT, lançado no Colégio Sion, em São
Paulo, no dia 10 de fevereiro de 1980, para lembrar a todas e a todos os princípios que
nos deram origem.
Esse Manifesto, sempre atual,norteou a ação de um partido que se quis democrático,
ético, transformador da sociedade brasileira, surgiu para dar voz aos explorados e para
estabelecer a diferença no jeito de fazer política no Brasil.
Nessa data, saudamos o partido que se construiu abrigando em seu seio movimentos
sociais, assim como todas as lutas libertárias e que, no governo, tembuscado a
superação de nossa herança histórica de desigualdade e de exclusão social.
Saudamos o PT defensor de nossa soberania, do interesse nacional, da integraçãoSul-
Sul (países latino-americanos, do Caribe, da África) e da paz entre as nações.
Saudamos o PT em sua história de caminhar sempre com o povo, que amadureceu na
luta, assegurando o espaço democrático fundamental às mudanças, fazendo as alianças
com movimentos sociais e forças progressistas, buscando a construção de um país
justo e de uma sociedade igualitária.
Com a ascensão do PT ao âmbito federal, os governos Lula e Dilma conseguiram
reduzir a taxa de desemprego, elevar o salário mínimo, distribuir renda, ampliar o
crédito, enfim, melhorar as condições de vida e trabalho de milhões de brasileiros,
além de resgatar da pobreza uma enorme parcela da população. A inflação foi mantida
sob controle, as contas públicas estão organizadas e os resultados dos programas
sociais nas áreas de saúde, educação, habitação, entre outras, são significativos. O
crédito chegou às mãos do consumidor e das empresas.É importante destacar também
a execução de uma série de políticas públicas que estão integrando segmentos sociais
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vitimados historicamente pela discriminação. Vale citar as políticas de cotas nas
universidades para negros, indígenas, estudantes oriundos de escolas públicas,
iniciativas de igualdade de gênero, de respeito à orientação sexual e contra a
homofobia.
Agora é preciso mais, é preciso que todos/as tenham pleno direito à cidadania e aos
serviços públicos de qualidade. Chegou o momento de dar passos largos necessários
rumo àconsolidação de um projeto histórico socialista de emancipação humana.
O Brasil vive uma nova situação econômica e social e esta nova situação exige uma
política econômica que tenha lado. Se a política de alianças proporcionou avanços
durante esse período, não foi suficiente para sanar as disparidades históricas que são
marcas de nossa sociedade. A construção de um país mais justo passa por profundas
transformações sociais,a qual o atual arco de alianças políticas que sustenta o governo
Dilma não se propõe. Daí a necessidade do PT apontar para uma nova estratégia de
governabilidade, hegemonizada por uma maioria composta de partidos de centro-
esquerda, o que possibilita o enfrentamento à elite e a seus privilégios, conseguindo
materializar mudanças estruturais que assegurem o surgimento de uma sociedade
democrática políticae socialmente.
As jornadas populares de junho e julho, protagonizadas, sobretudo, pela juventude,
mostraram que o PT só tem um caminho e que esse caminho segue à esquerda.As
reivindicações que tomaram conta do Brasil acabaram incorporando pautas como
melhorias no transporte público, saúde e educação, sobretudo, mostraram a exigência
do exercício da política dentro dos limites da ética. Mostraram, ainda, como as
alianças com a direita nos desgastam e nos apequenam.
Já no início das manifestações,a juventude do PT, bem como outros partidos
eorganizações de esquerda, manteve-se nas ruas,levantando bandeiras com pautas
progressistas,e a grande mídia, por outro lado, tentava desqualificar cada vez mais a
política, assim como os partidos.
A grande imprensa, porta-voz da direita, tentou se apropriar das manifestações,
buscando torná-las grandes atos contra o governo federal, desqualificando-ascomo
forma de organização da vida social, visandofragilizar o público em exaltação ao
privado, para manter um modelo de sociedade que se pauta na exploração e na
mercantilização das relações sociais.
As manifestações nos mostraram ser necessário que o PT tenha uma profunda
renovação, a fimdepossibilitar a volta de uma relação profunda com os movimentos
sociais e o estabelecimento de um diálogo maior com a juventude.O PT precisa, para
além de escutar os jovens, caminhar ao lado deles. Cabe ao campo democrático-
popular conquistá-los por meio do debate de ideias e de ações avançadas nas políticas
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públicaspara esse setor, permitindo que essa parcela da sociedade não se decepcione
com a política, mas se sinta parte atuante dela.
É importante reafirmarque a crescente institucionalização do PT nas três esferas do
Estado trouxe avanços significativos para os trabalhadores e demais segmentos
populares.
Entretanto, a dependência da chamada "governabilidade" para conseguirmos aprovar e
executar políticas públicas de interesse social, teve seus limites nas alianças com
partidos conservadores que colocam todo tipo de obstáculos a medidas
transformadoras, como a reforma agrária, uma reforma tributária que redistribua
renda, a democratização dos meios de comunicação, um maior financiamento do
Estado para proporcionar serviços públicos dignos e universalizados, a reforma
política, etc. Epior, levou o PT não simplesmente a se submeter a uma pauta
conservadora, mas, em boa parte, a absorvê-la.
E, mais grave, simultaneamente à institucionalização e às alianças com partidos
conservadores para governar, fragilizamos nossos laços com os movimentos sociais,
origem e razão do surgimento do PT. Passamos de uma relação que era estratégica, de
diálogo com representantes de segmentos que são parceiros históricos, para uma
relação utilitária, que recorremos somente quando o governo está em crise e precisa de
suporte.
O crescimento do PT trouxe também mudanças internas que vêmesmaecendo sua ação
na sociedade, fragilizando sua militância ideológica e descaracterizando-o como um
partido transformador. Associado a tal cenário, a ação da direita em seu tradicional
método de ataque à democracia age sistematicamente por meio da criminalização dos
movimentos sociais, de jornalistas independentes, enfim, do exercício da política.
Exemplo máximo desta ação que, em um espetáculo midiático, traduziu um claro
golpe ao arrepio da Constituição, está a condenação de lideranças históricas do PT
através do episódio da Ação Penal nº 470, estigmatizada pela grande mídia como
“Mensalão”.
Não bastasse os ataques da direita e da grande mídia aos companheiros, observamos a
ausência de fraternidade e solidariedade de alguns membros do partido, os quais não
se contrapuseram devidamente ao resultado do processo, resignando-se diante da
condenação midiática e judicial de algumas de nossas lideranças.
Para além desse triste episódio, há um claro enfraquecimento de nossademocracia
interna: os núcleos de base são pauta saudosista da velha guarda; o PED suprimiu o
rico debate interno que era realizado nos encontros democráticos e deu lugar a um
processo em que o filiado se credencia no sábado de manhã, credenciamento que é
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antecedido pelo pagamento de sua contribuição partidária, geralmente pela tendência a
que pertence, e retorna no domingo à tarde para votar quase sempre sem nenhum
debate; os diretórios raramente funcionam regularmente, exceto para cumprir o
calendário eleitoral interno e externo; candidatos para instâncias importantes de nossa
federação são indicados por umou dois líderes, substituindoa escolha democrática feita
pelo conjunto do partido. Se isso dá certo aqui e ali, aqui e acolá dá errado e a vítima é
sempre o nosso partido. Nesses episódios, é fundamental lembrar que o PT surgiu,
também, para substituir a política dos caciques partidários que ainda hoje reina no
Brasil.
Além disso, o PT se transformou em um partido de gabinetes, espaços que vêm,
inadequadamente, substituindo as instâncias partidárias. Sem falar nos parlamentares
que agem por conta própria, sem dar satisfação à militância, aos princípios do partido
e se ocupam, apenas, de se reelegerem indefinidamente. Não podemos, hoje, dizer que
temos uma bancada federal que atue pelo PT e segundo o PT.
O PT se construiu, entre outros motivos, para dignificar as relações trabalhistas. Deste
modo, é inaceitável que as relações de trabalho entre alguns de nossos dirigentes,
parlamentares e gestores com seus auxiliares, antes marcadas pelo respeito e
profissionalismo, hoje sejam regidas pela exploração, desrespeito e perseguição por
divergências políticas, possíveis, inclusive, de se enquadrar como assédio moral.
Desnecessário mencionar que muitas vezes a construção da tendência, para auferir
vantagens, tem se sobreposto à construção mesma do Partido dos Trabalhadores.
Assim, a fragilização da democracia tem suprimido a reflexão coletiva a partir do
debate, tem afugentado muitos quadros e militantes ideológicos e transformado o PT
num partido cada vez mais tradicional no pior sentido.
Além disso, não há vestígios de uma política de efetiva comunicação do partido, que
nos permita enfrentar a grande imprensa nas redes sociais, com subsídios, com
orientações, e análises de conjuntura para nos garantir um direcionamento. Sem contar
que o PT deve continuar lutando pela regulamentação do capítulo constitucional
referente à comunicação, especialmente no artigo que prevê a complementaridade
entre modelos de comunicação público, estatal e privado. O equilíbrio deve ser a meta,
tal como já vem sendo alcançado por outros países da América do Sul.
No episódio das manifestações, nos socorremos na leitura de dedicados blogueiros
independentes para, minimamente, tentar nos situar na nova realidade. A direita
trabalha em tempo real com a grande imprensa e nós nos arrastamos.
Outro aspecto preocupante é o crescimento partidário sem critérios. A disputa interna
provoca uma verdadeira corrida atrás de novos filiados - arregimentados às centenas,
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sem acolhimento adequado, ou formação prévia, pessoas que em muitas situações se
comportam como "estranhos no ninho" - ocasionando um inchamento e uma
descaracterização do partido.
Outro fenômeno a ser destacado é a diferenciação econômica entre os candidatos
petistas. Se a reforma política - em particular o financiamento público de campanha - é
imprescindível para frear o "caixas 2", mitigar a corrupção e democratizaro processo
eleitoral, dando oportunidades iguais para os diversos partidos, isso vale também
internamente, pois salta aos olhos a diferenciação entre os nossos candidatos: há os
que conseguem recursos facilmente e aqueles que têm de "passar o chapéu", e a
disputa se torna absolutamente injusta.Desde a primeira eleição de que participamos
no DF, os candidatos são praticamente os mesmos, que se revezam nas instâncias
distrital e federal, o que pode denotar o não-surgimento de novas lideranças ou, pior, o
seu sufocamento ou exclusão pelo modus operandi das direções do PT.
É preciso analisar também a relação do partido com os governos que elegeu.
Certamente o PT tem que dar sustentação política aos governos que comanda, mas
esse é um processo dialético, de conflitos, que deve ser mediado pelo debate, porém a
subordinação do PT aos Executivos, nas três esferas de poder onde governa, por
vezesfragiliza a estratégia do partido. Estamos assistindo a uma verdadeira
subserviência - muitas vezes motivada por interesses particulares de seus dirigentes no
interior do governo - que tem fragilizado o necessário contraponto do PT aos nossos
governos e ferido a autonomia partidária.
Todos esses aspectos se manifestamem nível nacional, e no PT do Distrito Federal não
é diferente. Por aqui é, provavelmente, uma das causas das dificuldades de encontrar
saídas para que o nosso governo tenha sucesso.
Temos uma longa e orgulhosa história na capital do país. Lutamos contra a ditadura,
por diretas-já, pela autonomia política do DF. Construímos um governo democrático e
popular entre 1995 e 1998, que realizou políticas públicas significativas em diversas
áreas, como o Bolsa-escola e a Escola Candanga, na educação; o Saúde em Casa, na
Saúde; o Temporadas Populares, na cultura,etc. E que concluiu seu mandato com 80%
de aprovação popular, sendo derrotado pelo poder econômico dos coronéis da política
do DF.
Na oposição, fiscalizamos e amarguramos doze anos de corrupção e desmandos dos
governos Roriz e Arruda, até a queda deste, inclusive com sua prisão, quando o
escândalo conhecido como Caixa de Pandora desmantelou uma das redes de corrupção
mais devastadoras do Brasil. E retornamos ao GDF em 2010 com o candidato que o
PT apresentou à população, à frente de uma coalizão ampla, que se queria de centro-
esquerda, com grande apoio dos movimentos social e sindical.
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Cabe lembrar que na época do Encontro do Partido dos Trabalhadores, quando se
definiram alianças e se delineou um programa de governo para ser apresentado à
população, um expressivo grupo de militantes se colocou contra a extensão da aliança
defendida majoritariamente naquele Encontro, por entender que o povo do DF não
queria remanescentes do governo que se ia do Palácio do Buriti, ou melhor, do
Buritinga, para as páginas policiais.
Aprovadas as alianças, a composição do governo extrapolou muito aquilo que foi
aprovado no Encontro, trazendo para dentro do GDF toda a sorte de gente que havia
sido defenestrada pelas urnas, ou seja, ignorouaquilo que foi votado e aprovado,
democraticamente, em uma importante instância do partido.
Ignorou o PT que a população brasiliense, ao lhe delegar um novo mandato como líder
de uma coligação partidária, queria mudanças profundas na forma de fazer política em
nossa cidade; almejava pela ética na política; vislumbrava transparência no trato do
dinheiro público; esperava pela recuperação dos serviços públicos sucateados há mais
de uma década pela corrupção desenfreada.Queria a população, por meio de políticas
que atendessem a maioria, abrandar as profundas disparidades sociais em uma das
unidades da federação mais desiguais do país, e buscava resgatar o orgulho de morar
na capital federal tão manchada pela sucessão de desgovernos que por aqui tivemos.
Acreditou no discurso do então candidato de que “cuidaria da população”, elevando o
nível de civilidade e diminuindo a barbárie que ainda hoje aqui permeia as relações
sociais.
O PT-DF não pode fugir de suas responsabilidades. O que está em jogo é o destino de
quase três milhões de pessoas que aqui habitam, ou trabalham. Contingente este de
cidadãos que certamente não querem a volta daquele passado tenebroso, mas que
ainda não enxergaram em nosso governo a possibilidade de materializar um modelo de
cidade que melhore suas condições de vida e trabalho.
É preciso agir e aprofundar as mudanças. Dar prioridade a pauta de reivindicações dos
movimentos sociais: dialogar e atender as legítimas reivindicações dos trabalhadores,
implementar políticas que dialoguem com os setores mais excluídos da população,
criando as condições necessárias para vencer as eleições em 2014.
Devemos aproveitar o momento que se abre de renovação dos diretórios zonais e
distrital para resgatar o PT que criamos em 1980. Isso passa pela oxigenação de suas
instâncias com a promoção do debate e um chamamento amplo da militância, para que
de forma democrática discutamos tanto os rumos do PT-DF quanto do nosso governo.
Queremos de volta o PT das instâncias em funcionamento, democráticas; queremos de
volta dirigentes, parlamentares e executivos que respeitem o programa do PT e as
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decisões de suas instâncias; queremos de volta os debates que nos instrumentalizavam
e nos preparavam para o enfrentamento com a direita.
Brasília, janeiro de 2015.
Brasília, 02 de fevereiro de 2015
Pedido de formalização do Coletivo PT de Lutas junto ao PT-DF
O Coletivo PT de Lutas surgiu em meados de 2013, a fim de reacender dentro do
partido um debate mais incisivo quanto ao papel do PT no Brasil e no Distrito Federal.
Já nesta época, lançamos um Manifesto intitulado “Queremos de volta o PT de Lutas”,
nome que logo após daria origem a esta organização coletiva. Sendo assim,
encaminhamos o pedido de formalização do Coletivo junto ao PT-DF.
Nós entendemos que o Partidos dos Trabalhadores(as) possui papel estratégico para a
esquerda no Brasil, na América Latina e no mundo, logo, deve atuar sempre em
consonância com os movimentos sociais, colocando suas pautas no centro da agenda
política do país. Considerando sua importância na construção de uma sociedade mais
justa e igualitária, o partido deve ser protagonista no conjunto de mobilizações
populares, sempre na luta por mais direitos para mulheres e homens no DF e no Brasil.
Ao PT, cabe o papel de vanguarda no processo histórico de empoderamento da classe
trabalhadora e não massa burocrática. Ao PT, cabe o papel de fazer política, construir
uma contra-hegemonia com os segmentos democráticos de esquerda e os movimentos
sociais, pressionando os nossos governos para que façam o mesmo.
O Coletivo PT de Lutas é formado por professores(as), jornalistas, estudantes, entre
outros. Nossos eixos principais de atuação são a educação pública e de qualidade, uma
comunicação verdadeiramente social, pois lutamos contra o monopólio da velha mídia,
e ações voltadas aos direitos humanos, com foco no combate a qualquer tipo de
opressão, como machismo, racismo, o preconceito geracional e a homofobia.
Deste modo, esperamos contribuir assiduamente com a dinâmica interna do PT DF,
ampliando e promovendo espaços internos de discussão, avaliação e fomento de
políticas para a população do DF.
“Minhas causas valem mais do que a minha vida”
Dom Pedro Casaldáliga
Assinam este documento a Coordenação do Coletivo PT de Lutas:
Andreza Silva Xavier – 61 91482362 ([email protected])
Rosilene Correa Lima – 61 99420377 ([email protected])
Carlos Alberto Almeida (Beto Almeida) – 61 99862373 ([email protected])
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Rodrigo Rodrigues Costa e Lima – 61 91611142 ([email protected])
E-mail do Coletivo: [email protected]