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coleção de normas tecnicas do corpo de bombeiros de goias

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  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia238

    5.7.11.5 A seco da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve:

    a) Ser no mnimo igual do duto, em edificaes com altura igual ou inferior a 30 m;

    b) Ser uma vez e meia a rea da seco do trecho vertical do duto de entrada de ar, no caso de edi-ficaes com mais de 30 m de altura.

    5.7.11.6 A tomada de ar do duto de entrada de ar deve ficar longe de qualquer eventual fonte de

    fumaa em caso de incndio, na projeo da edifi-cao e de preferncia, no nvel do solo ou prximo a este.

    5.7.11.7 As dimenses dos dutos dadas em 5.7.11.2 so as mnimas, aceitando-se, e at mesmo recomen-dando-se, o clculo exato pela mecnica dos fluidos destas seces, em especial no caso da existncia de subsolos e em prdios de excepcional altura ou em locais sujeitos a ventos excepcionais.

    Figura 10 - Exemplo de dutos de ventilao

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia 239

    5.7.12 Balces, varandas e terraos

    5.7.12.1 Os balces, varandas, terraos e assemelha-dos, para ingresso em escadas enclausuradas, devem atender aos seguintes requisitos:

    a) Ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na sada com resistncia mnima de 60 min;

    b) Ter guarda de material incombustvel e no vazada com altura mnima de 1,30 m;

    c) Ter piso praticamente em nvel e desnvel mximo de 30 mm dos compartimentos internos do pr-dio e da caixa de escada enclausurada;

    d) Em se tratando de terrao a cu aberto no-situado no ltimo pavimento, o acesso deve ser protegido por marquise com largura mnima de 1,2 m.

    5.7.12.2 A distncia horizontal entre o paramento externo das guardas dos balces, varandas e terraos que sirvam para ingresso s escadas enclausuradas prova de fumaa e qualquer outra abertura despro-tegida do prprio prdio ou das divisas do lote deve ser no mnimo igual a um tero da altura da edifica-o, ressalvado o estabelecido no item 5.7.12.3, mas nunca inferior a 3 m.

    5.7.12.3 A distncia estabelecida no item 5.7.12.2 pode ser reduzida metade, isto , a um sexto da altura, mas nunca inferior a 3 m, quando:

    a) O prdio for dotado de chuveiros automticos;b) O somatrio das reas das aberturas da parede

    fronteira edificao considerada no ultrapassar um dcimo da rea total dessa parede;

    c) Na edificao considerada no houver ocupaes pertencentes aos grupos C e I.

    Figura 11 - Escada enclausurada do tipo PF ventilada por balco

    5.7.12.4 Ser aceita uma distncia de 1,20 m, para qualquer altura da edificao, entre a abertura despro-tegida do prprio prdio at o paramento externo do balco, varanda ou terrao para o ingresso na escada enclausurada prova de fumaa (PF), desde que entre

    elas seja interposta uma parede com TRRF mnimo de 2 horas (ver Figura 11).

    5.7.12.5 Ser aceita a ventilao no balco da escada prova de fumaa, atravs de janela com ventilao permanente, desde que:

    a) rea efetiva mnima de ventilao seja de 1,5 m;b) As distncias entre as aletas das aberturas das

    janelas tenham espaamentos de no mnimo 0,15 m;

    c) As aletas possuam um ngulo de abertura de no mnimo 45 graus em relao ao plano vertical da janela;

    d) As antecmaras devero atender o Item 5.7.10.1 a, b e c;

    e) Ter altura de peitoril de 1,3 m;f) Ter distncia de no mnimo 3 m de outras aber-

    turas em projeo horizontal, no mesmo nvel ou em nvel inferior ao seu ou divisa do lote, e no mesmo plano de parede;

    g) Os pisos de balco, varandas e terraos devero ser antiderrapantes, conforme item 5.6.2.6.

    5.7.13 Escadas prova de fumaa pressurizada (PFP)

    As escadas prova de fumaa pressurizadas, ou escadas pressurizadas, podem sempre substituir as escadas enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas prova de fumaa (PF), devendo aten-der a todas as exigncias da NT-13 - Pressurizao de escadas de segurana.

    5.7.14 Escada aberta externa (AE)

    5.7.14.1 As escadas abertas externas (ver Figuras 12 e 13) podem substituir os demais tipos de escadas e devem atender aos requisitos dos Itens 5.7.1 a 5.7.3, 5.8.1.3 e 5.8.2, e:

    a) Ter seu acesso provido de porta corta-fogo com resistncia mnima de 90 min;

    b) Manter raio mnimo de escoamento exigido em funo da largura da escada;

    c) Atender to-somente aos pavimentos acima do piso de descarga, terminando obrigatoriamente neste, atendendo ao prescrito no item 5.11;

    d) Entre a escada aberta e a fachada da edificao dever ser interposta outra parede com TRRF mnimo de 2 h;

    e) Toda abertura desprotegida do prprio prdio at escada dever ser mantida uma distncia mnima de 3 m quando a altura da edificao for inferior ou igual a 12 m, e de 8 m quando a altura da edi-ficao for superior a 12 m;

    f) A distncia do paramento externo da escada aberta at o limite de outra edificao no mesmo terreno ou limite da propriedade dever aten-der aos critrios adotados na NT-07 - Separao entre edificaes;

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia240

    g) A estrutura portante da escada aberta externa dever ser construda em material incombustvel, atendendo os critrios estabelecidos na NT-08 - Segurana estrutural nas edificaes, com TRRF de 2 h;

    h) Na existncia de shafts, dutos ou outras abertu-ras verticais que tangenciam a projeo da escada aberta externa, tais aberturas devero ser delimita-das por paredes estanques nos termos da NT-08;

    i) Ser admitido esse tipo de escada at edificaes com altura de 23 m.

    Figura 12 - Escada aberta externa

    Figura 13 - Escada aberta externa

    5.8 GUARDAS E CORRIMOS

    5.8.1 Guarda-corpos e balaustradas

    5.8.1.1 Toda sada de emergncia, corredores, bal-ces, terraos, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) con-tnuas, sempre que houver qualquer desnvel maior de 19 cm, para evitar quedas.

    5.8.1.2 A altura das guardas, medida internamente, deve ser de no mnimo 1,05 m ao longo dos pata-mares, escadas, corredores, mezaninos e outros (ver Figura 14), podendo ser reduzida para at 0,92 m nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas dos bocis ou quinas dos degraus.

    5.8.1.3 Acima do pavimento trreo, as chapas de vidro, quando do para o exterior e no tem proteo

    adequada (item 5.8.1.5), s podem ser colocadas a 1,05 m acima do respectivo piso; abaixo desta cota, quando sem proteo adequada, o vidro deve ser de segurana laminado ou aramado.

    5.8.1.4 As alturas das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balces e assemelhados, devem ser de no mnimo 1,3 m, medido como especificado no item 5.8.1.2.

    5.8.1.5 As guardas constitudas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto , as guardas vaza-das, devem:

    a) Ter balastres verticais, longarinas interme-dirias, grandes, telas, vidros de segurana laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de dimetro no possa pas-sar por nenhuma abertura;

    b) Em ocupaes industriais, depsitos e prises em geral, o dimetro da esfera do item anterior poder se estender at 50 cm;

    c) Ser isentas de aberturas, salincias, reentrncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas;

    d) Ser constitudas por materiais no estilhaveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segu-rana laminados, se for o caso. Exceo ser feita as ocupaes do grupo I e J para as escadas e sadas no-emergenciais.

    5.8.1.6 Recomenda-se o uso de balastre ou lon-garinas verticais visando reduzir a possibilidade de escalagem.

    5.8.2 Corrimos

    5.8.2.1 Os corrimos devero ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situa-dos entre 80 cm e 92 cm acima do nvel do piso, sendo que em escadas essa medida tomada verticalmente da forma especificada no item 5.8.1.2 (ver Figura 14).

    Figura 14 - Dimenses de guardas e corrimos

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia 241

    5.8.2.1.1 Corrimos que formam parte de guarda-cor-pos podem ter sua altura maior que 92 cm, mas no dever exceder 1,05 m, medidos conforme anterior-mente especificado.

    5.8.2.2 Uma escada pode ter corrimos em diversas alturas, alm do corrimo principal na altura normal exigida; em escolas, jardins-de-infncia e assemelha-dos, se for o caso, deve haver corrimos nas alturas indicadas para os respectivos usurios, alm do corri-mo principal.

    5.8.2.3 Os corrimos devem ser projetados de maneira que possam ser agarrados fcil e confortavel-mente, permitindo um contnuo deslocamento da mo ao longo de toda a sua extenso, sem encontrar quais-quer obstrues, arestas ou solues de continuidade. No caso de seco circular, seu dimetro varia entre 38 mm e 65 mm (ver Figura 15).

    5.8.2.4 Os corrimos devem estar afastados a 40 mm, no mnimo, das paredes ou guardas s quais forem fixados.

    5.8.2.5 No so aceitveis, em sadas de emergn-cia, corrimos constitudos por elementos com arestas vivas, tbuas largas e outros (ver Figura 15).

    5.8.2.6 Os corrimos devero ser contnuos por todos os lanos das escadas, prolongando-se, sempre que for possvel, pelo menos 0,2 m do incio e trmino da escada com suas extremidades voltadas para a parede ou com soluo alternativa. Nos patamares, somente o corrimo do lado interno da escada ser contnuo.

    5.8.2.7 Nas rampas e, opcionalmente nas escadas, os corrimos devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso acabado.

    Figura 15 - Dimenses de guardas e corrimos

    5.8.3 Exigncias estruturais

    5.8.3.1 As guardas de alvenaria ou concreto, as gra-des de balaustradas, as paredes, as esquadrias, as divisrias leves e outros elementos de construo que envolvam as sadas de emergncia devem ser projeta-dos de forma a:

    a) Resistir a cargas transmitidas por corrimos nelas fixados ou calculadas para resistir a uma fora horizontal de 730 N/m aplicada a 1,05 m de altura, adotando-se a condio que conduzir a maiores tenses (ver Figura 16);

    b) Ter seus painis, longarinas, balastres e asse-melhados calculados para resistir a uma carga horizontal de 1,20 kPa aplicada rea bruta da

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia242

    guarda ou equivalente da qual faam parte; as reaes devidas a esse carregamento no preci-sam ser adicionadas s cargas especificadas na alnea precedente (ver Figura 16);

    5.8.3.2 Os corrimos devem ser calculados para resistir a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer ponto deles, verticalmente de cima para baixo e hori-zontalmente em ambos os sentidos.

    Figura 16 - Pormenores construtivos da instalao de guardas e as cargas a que elas devem resistir

    5.8.4 Corrimos intermedirios

    5.8.4.1 Escadas com mais de 2,2 m de largura devem ter corrimo intermedirio no mximo a cada 1,8 m. Os lanos determinados pelos corrimos intermedi-rios devem ter no mnimo 1,1 m de largura, ressalvado o caso de escadas em ocupaes dos tipos H-2 e H-3, utilizadas por pessoas muito idosas e deficientes fsi-cos, que exijam mximo apoio com ambas as mos em corrimos, em que pode ser previsto, em escadas lar-gas, uma unidade de passagem especial com 69 cm entre corrimos.

    5.8.4.2 As extremidades dos corrimos intermedirios devem ser dotadas de balastres ou outros dispositivos para evitar acidentes.

    5.8.4.3 Escadas externas de carter monumental podem, excepcionalmente, ter apenas dois corrimos laterais, independentemente de sua largura, quando forem utilizadas por grandes multides.

    5.9 ELEVADORES DE EMERGNCIA

    5.9.1 Obrigatoriedade

    obrigatria a instalao de elevadores de emergn-cia:

    a) Em todas as edificaes residenciais A-2 e A-3 com altura superior a 80 m e nas demais ocupa-

    es com altura superior a 60 m, excetuadas as de classe de ocupao G-1 e em torres exclusiva-mente monumentais de ocupao F-2;

    b) Nas ocupaes institucionais H-2 e H-3, sempre que sua altura ultrapassar 12 m, sendo um ele-vador de emergncia para cada rea de refgio.

    5.9.2 Exigncias

    5.9.2.1 Enquanto no houver norma especfica refe-rente a elevadores de emergncia, estes devem atender a todas as normas gerais de segurana previstas nas NBR 5410 e NBR 7192 (ver Figura 9):

    a) Ter sua caixa enclausurada por paredes resis-tentes a 120 minutos de fogo, independente dos elevadores de uso comum;

    b) Ter suas portas metlicas abrindo para antec-mara ventilada nos termos do item 5.7.10, para varanda conforme item 5.7.12, para hall enclau-surado e pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local anlogo do ponto de vista de segurana contra fogo e fumaa;

    c) Ter circuito de alimentao de energia eltrica com chave prpria independente da chave geral do edifcio, possuindo este circuito chave rever-svel no piso da descarga, possibilitando que ele seja ligado a um gerador externo na falta de ener-gia eltrica na rede pblica;

    d) Deve estar ligado a um grupo moto gerador (GMG) de emergncia.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia 243

    5.9.2.2 O painel de comando deve atender, ainda, s seguintes condies:

    a) Estar localizado no pavimento da descarga;b) Possuir chave de comando de reverso para per-

    mitir a volta do elevador a este piso, em caso de emergncia;

    c) Possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as chamas existentes, de modo que as respectivas portas per-maneam abertas, sem prejuzo do fechamento do vo do poo nos demais pavimentos;

    d) Possuir duplo comando automtico e manual reversvel, mediante chamada apropriada.

    5.9.2.3 Nas ocupaes institucionais H-3, o elevador de emergncia deve ter cabine com dimenses apro-priadas para o transporte de maca.

    5.9.2.4 As caixas de corrida (poo) e casas de mquinas dos elevadores de emergncia devem ser enclausuradas e totalmente isoladas das caixas de cor-rida e casas de mquinas dos demais elevadores. A caixa de corrida (poo) deve ter abertura de ventilao permanente em sua parte superior, atendendo s con-dies estabelecidas na alnea do item 5.7.8.1.

    5.9.2.5 O elevador de emergncia deve atender a todos os pavimentos do edifcio, incluindo os locali-zados abaixo do pavimento de descarga com altura ascendente superior a 12 m (ver NT-13).

    5.10 REA DE REFGIO

    5.10.1 Conceituao e exigncias

    5.10.1.1 rea de refgio a parte de um pavimento separada por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas a pelo menos uma escada/rampa de emergncia ou sada para rea externa (Figura 17).

    Figura 17 - Desenho esquemtico da rea de refgio

    5.10.1.2 A estrutura dos prdios dotados de reas de refgio deve ter resistncia conforme NT-08 de segu-rana estrutural na edificao. As paredes que definem

    as reas de refgio devem apresentar resistncia ao fogo conforme a NT-08 e as condies estabelecidas na NT-09.

    5.10.2 Obrigatoriedade

    obrigatria a existncia de reas de refgio em todos os pavimentos nos seguintes casos:

    a) Em edificaes institucionais de ocupao E-5, E-6 e H-2 com altura superior a 12 m e na ocu-pao H-3 com altura superior a 6 m, bem como, para esta ocupao, no trreo e/ou 1 pavimento, se nestes houver internao. Nesses casos a rea mnima de refgio de cada pavimento deve ser de, no mnimo, 30% da rea de cada pavimento;

    b) A existncia de compartimentao de rea no pavimento ser aceita como rea de refgio, desde que tenha acesso direto s sadas de emer-gncia (escadas ou rampas).

    5.10.3 Hospitais e assemelhados

    5.10.3.1 Em ocupaes H-2 e H-3, as reas de ref-gio no devem ter reas superiores a 2000 m.

    5.10.3.2 Nessas ocupaes H-2 e H-3, bem como nas ocupaes E-6, a comunicao entre as reas de ref-gio e/ou entre essas reas e sadas deve ser em nvel ou, caso haja desnveis, em rampas, como especifi-cado no item 5.6.

    5.11 DESCARGA

    5.11.1 Tipos

    5.11.1.1 A descarga, parte da sada de emergncia de uma edificao, que fica entre a escada e a via pblica ou rea externa em comunicao com a via pblica, pode ser constituda por:

    a) Corredor ou trio enclausurado;b) rea em pilotis;c) Corredor a cu aberto.

    5.11.1.2 O corredor ou trio enclausurado que for uti-lizado como descarga deve:

    a) Ter paredes resistentes ao fogo por tempo equi-valente ao das paredes das escadas que a ele conduzirem, conforme NT-08;

    b) Ter pisos e paredes revestidos com materiais que atendam as condies da NT-10;

    c) Ter portas corta-fogo com resistncia mnima de 90 min de fogo quando a escada for prova de fumaa ou quando a escada for enclausurada protegida, isolando-o de todo compartimento que com ele se comunique, tais como apartamentos, salas de medidores, restaurante e outros.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia244

    5.11.1.3 Admite-se que a descarga seja feita por meio de saguo ou hall trreo no-enclausurado, desde que entre o final da descarga e a fachada ou alinhamento predial (passeio) mantenha-se um espao livre para acesso ao exterior, atendendo-se s dimenses exigi-das no item 5.11.2, sendo admitido nesse saguo ou hall, elevadores, portaria, recepo, sala de espera, sala de estar e salo de festas (ver Figura 18).

    5.11.1.4 A rea em pilotis que servir como descarga deve:

    a) No ser utilizvel como estacionamento de ve-culos de qualquer natureza, sendo, quando necessrio, dotada de divisores fsicos que impe-am tal utilizao;

    b) No ser exigido o item anterior, nas edifica-es onde as escadas exigidas forem do tipo NE - (escadas no enclausuradas) e altura at 12 m, desde que entre o acesso escada e a rea externa (fachada ou alinhamento predial) possua um espao reservado e desimpedido, no mnimo, com largura de 2,2 m;

    c) Ser mantida livre e desimpedida, no podendo ser utilizada como depsito de qualquer natureza.

    Figura 18 - Descarga atravs de hall trreo no-enclausurado

    5.11.1.5 O elevador de emergncia pode estar ligado ao hall de descarga, desde que seja agregado largura desta uma unidade de sada (0,55 m).

    5.11.2 Dimensionamento

    5.11.2.1 No dimensionamento da descarga, devem ser consideradas todas as sadas horizontais e verticais que para ela convergirem.

    5.11.2.2 A largura das descargas no pode ser inferior:

    a) A 1,2 m, nos prdios em geral, e a 1,65 e 2,2 m, nas edificaes classificadas com H-2 e H-3 por sua ocupao respectivamente;

    b) largura calculada conforme item 5.4, consi-derando-se esta largura para cada segmento de

    descarga entre sadas de escadas (ver Figura 19), no sendo necessrio que a descarga tenha, em toda a sua extenso, a soma das larguras das escadas que a ela concorrem.

    Figura 19 - Dimensionamento de corredores de descarga

    5.11.3 Outros ambientes com acesso

    5.11.3.1 Galerias comerciais (galerias de lojas) podem estar ligadas descarga desde que seja feito por meio de antecmara enclausurada e ventilada diretamente para o exterior ou atravs de dutos, dentro dos padres estabelecidos para as escadas prova de fumaa (PF), dotadas de duas portas corta-fogo P-60, conforme indicado na Figura 20.

    Figura 20 - Acesso de galeria comercial descarga

    5.12 ILUMINAO DE EMERGNCIA E SINALIzAO DE SADA

    5.12.1 Iluminao das rotas de sadas de emergncia

    As rotas de sada devem ter iluminao natural e/ou artificial em nvel suficiente, de acordo com a NBR 5413. Mesmo nos casos de edificaes destinadas a uso unicamente durante o dia, indispensvel ilumi-nao artificial noturna.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia 245

    5.12.2 Iluminao de emergncia

    5.12.2.1 A iluminao de emergncia deve ser execu-tada obedecendo NT-18.

    5.12.2.2 As luminrias de emergncia localizadas acima das portas de sada (intermedirias e finais) em ambientes fechados com lotao superior a 100 pessoas para as ocupaes F-3, F-5, F-6, F-7 e F-10 devem ser do tipo balizamento, mantendo-se perma-nentemente acesas durante a utilizao do ambiente (funcionamento: normal e emergncia).

    5.12.3 Sinalizao de sadas de emergncia

    5.12.3.1 A sinalizao de sada deve ser executada obedecendo NT-20.

    5.13 LOCAIS DE REUNIO DE PBLICO

    Os locais de reunio de pblico devem obedecer aos seguintes aspectos quanto locao de cadeiras e pol-tronas fixas:

    a) Entre as filas de cadeiras de uma srie dever ter espaamento mnimo de 0,90 m de encosto a encosto;

    b) Entre as sries de cadeiras existir espaamento livre de no mnimo 1,20 m de largura;

    c) O nmero mximo de assentos por fila deve ser de 16 e por coluna 20, constituindo srie de 320 assentos, no mximo;

    d) No sero permitidas sries de assentos encosta-dos na parede com mais de 08 por fila.

    5.14 EXIGNCIAS PARA EDIFICAES EXISTENTES

    Para as edificaes existentes, devem-se analisar os critrios da NT-01.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia Anexos246

    ANEXO A

    TABELA A1 - DADOS PARA O DIMENSIONAMENTO DAS SADAS DE EMERGNCIA

    OcupaoPopulao

    Capacidade da Unidadede Passagem (UP)

    Grupo DivisoAcessos / Descargas

    Escadas / Rampas

    Portas

    AA-1, A-2 Duas pessoas por dormitrio(A)

    60 45 100A-3

    Duas pessoas por dormitrio(A) e uma pessoa por 4 m2 de rea de alojamento(B)

    B B-1, B-2Duas pessoas por dormitrio(C) e uma pessoa por

    15 m2 nas demais reas

    C C-1 a C-3 Uma pessoa por 5 m2 de rea(D) (E)

    100 75 100D D-1 a D-4 Uma pessoa por 7 m2 de rea(F)

    EE-1 a E-4 Uma pessoa por 1,5 m2 de rea de sala de aula

    E-5, E-6 Uma pessoa por 1,5 m2 de rea de sala de aula 30 22 30

    F

    F-1, F-10 Uma pessoa por 3 m2 de rea

    100 75 100F-2, F-5, F-8 Uma pessoa por m2 de rea(G)

    F-3, F-6, F-7, F-9 Duas pessoas por m2 de rea (1:0,5 m2)

    F-4 Uma pessoa por 3 m2 de rea

    GG-1, G-2, G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veculos

    100 60 100G-4, G-5, G-6 Uma pessoa por 20 m2 de rea

    H

    H-1, H-6 Uma pessoa por 7 m2 de rea 60 45 100

    H-2Duas pessoas por dormitrio(C) e uma pessoa por

    4 m2 de rea de alojamento(B)30 22 30

    H-3Uma pessoa e meia por leito e uma pessoa por

    7 m2 nas demais reas

    H-4 Uma pessoa por 7 m2 de rea 100 75 100

    H-5 Uma pessoa por 7 m2 de rea 60 45 100

    I I-1, I-2, I-3 Uma pessoa por 10 m2 de rea

    100 60 100J J-1, J-2, J-3, J-4 Uma pessoa por 30 m2 de rea(D)

    LL-1 Uma pessoa por 3 m2 de rea

    L-2, L-3 Uma pessoa por 10 m2 de rea

    M

    M-2, M-3, M-9 Uma pessoa por 10 m2 de rea

    100 60 100M-4 Uma pessoa por 4 m2 de rea

    M-5, M-7, M-8, M-10 Uma pessoa por 30 m2 de rea

    NOTAS GENRICAS:1. Esta tabela se aplica a todas as edificaes, exceto para os locais que se enquadrem na NT-12;2. Os parmetros dados nesta tabela so os mnimos aceitveis para o clculo da populao no dimensionamento das unidades de passagem (ver itens: 5.3 e 5.4);3. As capacidades das unidades de passagem (1 UP = 0,55 m) em escadas e rampas estendem-se para lanos retos e sada descendente.

    Nos demais casos devem sofrer reduo como abaixo especificado. Essas porcentagens de reduo so cumulativas, quando for o caso:a) Lanos ascendentes de escadas, com degraus at 17 cm de altura: reduo de 10%;b) Lanos ascendentes de escadas, com degraus at 17,5 cm de altura: reduo de 15%;c) Lanos ascendentes de escadas, com degraus at 18 cm de altura: reduo de 20%;d) Rampas ascendentes, declividade at 10%: reduo de 1% por degrau percentual de inclinao (1% a 10%);e) Rampas ascendentes de mais de 10% (mximo: 12,5%): reduo de 20%.

    4. Por rea entende-se a rea do pavimento que abriga a populao em foco, conforme terminologia da NT-03. Quando discriminado o tipo de rea (por ex.: rea do alojamento), a rea til interna da dependncia em questo;

    5. O clculo de populao, das ocupaes mistas, dever ser realizado em funo de cada diviso especfica. Ex: auditrios e assemelhados, em escolas, tero populao calculada como F-5; 5.1. Os sales de festas localizados no interior de outras ocupaes principais, com leiaute de mesas e utilizados como local de refeio, devero ser considerados como diviso F-8.

    6. As cozinhas e suas reas de apoio, tm-se o dimensionamento admitido para uma pessoa por 7 m de rea.

    NOTAS ESPECFICAS:a) Em apartamentos de at 2 dormitrios, a sala deve ser considerada como dormitrio. Em apartamentos maiores (3 ou mais dormitrios), as salas, gabinetes e outras dependncias que

    possam ser usadas como dormitrios (inclusive para empregadas) so considerados como tais. Em apartamentos mnimos, sem divises em planta, considera-se uma pessoa para cada 6 m de rea de pavimento;

    b) Alojamento = dormitrio coletivo com mais de 10 m;c) Em apartamentos de at 2 dormitrios que possurem sala, esta deve ser considerada como dormitrio. Em apartamentos maiores (3 ou mais dormitrios) que possurem salas, gabine-

    tes ou outras dependncias, estes devem ser considerados como dormitrios;d) A parte de atendimento ao pblico de comrcio atacadista deve ser considerada como do grupo C;e) Para a rea de lojas adota-se o clculo de uma pessoa por 7 m de rea;f) Para ocupaes do tipo Call-center, o clculo da populao de uma pessoa por 1,5 m de rea;g) Para o clculo da populao, ser admitido o leiaute dos assentos fixos (permanente) apresentados em planta.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia Anexos 247

    ANEXO B

    TABELA B1: DISTNCIAS MXIMAS A SEREM PERCORRIDAS

    Grupo ou Diviso

    Andar

    Sem chuveiros automticos Com chuveiros automticos

    Sada nica Mais de uma sada Sada nica Mais de uma sada

    Sem Deteco autom-tica de fumaa

    Com Deteco autom-tica de fumaa

    Sem Deteco autom-tica de fumaa

    Com Deteco autom-tica de fumaa

    Sem Deteco autom-tica de fumaa

    Com Deteco autom-tica de fumaa

    Sem Deteco autom-tica de fumaa

    Com Deteco

    automtica de fumaa

    A e B

    De sada da edificao (piso de

    descarga)

    45 m 55 m 55 m 65 m 60 m 70 m 80 m 95 m

    Demais andares

    40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m

    C, D, E, F, G-2, G-3, G-4, G-5, G-6, H, L

    e M

    De sada da edificao (piso de

    descarga)

    40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m

    Demais andares

    30 m 35 m 40 m 45 m 45 m 55 m 65 m 75 m

    I-1 e J-1

    De sada da edificao (piso de

    descarga)

    80 m 95 m 120 m 140 m - - - -

    Demais andares

    70 m 80 m 110 m 130 m - - - -

    G-1 e J-2

    De sada da edificao (piso de

    descarga)

    50 m 60 m 60 m 70 m 80 m 95 m 120 m 140 m

    Demais andares

    40 m 45 m 50 m 60 m 70 m 80 m 110 m 130 m

    I-2, I-3, J-3 e J-4

    De sada da edificao (piso de

    descarga)

    40 m 45 m 50 m 60 m 60 m 70 m 100 m 120 m

    Demais andares

    30 m 35 m 40 m 45 m 50 m 65 m 80 m 95 m

    NOTAS GENRICAS:a) Esta tabela se aplica a todas as edificaes, exceto para os locais que se enquadrem na NT-12;b) Para que ocorram as distncias previstas nesta Tabela e Notas, necessria a apresentao do leiaute definido em planta baixa (salo

    aberto, sala de eventos, escritrios, escritrios panormicos, galpes e outros). Caso no seja apresentado o leiaute definido em planta baixa, as distncias definidas devem ser reduzidas em 30%;

    c) Para edificaes com sistema de controle de fumaa, admite-se acrescentar 50% nos valores acima;d) Para a classificao das ocupaes (grupos e divises), consultar a Tabela 1 do anexo A da NT-01.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia Anexos248

    ANEXO C

    TABELA C1: NMERO MNIMO DE SADAS E TIPOS DE ESCADAS DE EMERGNCIA POR OCUPAO

    Dimenso N (rea de pavimentos a 750 m) O (rea de pavimento > 750 m)

    Altura em m

    Trrea/ Sada H 6 6 < H 12 12 < H 30

    Acima de 30m

    Trrea/ Sada H 6 6 < H 12 12 < H 30

    Acima de 30m

    Gr. Diviso n nTipo

    nTipo

    nTipo

    nTipo

    n nTipo

    nTipo

    nTipo

    nTipo

    esc esc esc esc esc esc esc esc

    AA-1 1 1 NE 1 NE 1 1 NE 1 NE A-2 1 1 NE 1 NE 1 EP 1 PF1 1 1 NE 2 NE 2 EP 2 PFA-3 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 1 1 NE 2 NE 2 EP 2 PF

    BB-1 1 1 NE 1 EP 1 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFB-2 1 1 NE 1 EP 1 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    CC-1 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 EP 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFC-2 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFC-3 1 1 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 3 PF 4 PF

    D - 1 1 NE 1 EP 1 PF * PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    E

    E-1 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFE-2 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFE-3 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFE-4 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFE-5 1 1 NE 1 EP 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFE-6 2 2 NE 2 EP 2 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF

    F

    F-1 1 1 NE 1 EP 2 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFF-2 1 1 NE 1 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFF-3 2 2 NE 2 NE 2 NE 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFF-4 2 2 NE 2 NE + + + + 2 2 NE 2 EP + + + +F-5 2 2 NE 2 NE 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFF-6 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFF-7 2 2 NE 2 EP 3 3 NE 3 EP F-8 1 1 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFF-9 2 2 NE 2 EP 2 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    F-10 1 1 NE 1 EP 2 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    G

    G-1 1 1 NE 1 NE 1 NE 1 EP 2 2 NE 2 NE 2 NE 2 EPG-2 1 1 NE 1 NE 1 EP 1 EP 2 2 NE 2 NE 2 EP 2 PFG-3 1 1 NE 1 EP 1 PF 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    G-4 a G-6 1 1 NE 1 NE 1 EP 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    H

    H-1 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 2 NE 2 NE 2 EP H-2 1 1 NE 1 EP 1 PF 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFH-3 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PFH-4 1 1 NE 1 EP 1 PF * PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFH-5 2 2 NE 2 NE + + + + 2 2 NE 2 NE + + + +H-6 1 1 NE 1 EP 1 PF 1 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    II-1 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 EP 2 2 NE 2 EP 2 EP 2 PFI-2 1 1 NE 2 NE 1 EP 2 EP 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFI-3 2 2 NE 1 EP 1 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF

    J 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    LL-1 1 1 NE 2 EP 1 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 3 PF 4 PFL-2 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF 2 2 NE 2 EP 3 PF 3 PFL-3 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF 2 2 NE 2 EP 3 PF 3 PF

    M

    M-1 1 1 NE 1 NE + + + + 2 2 NE 2 NE + + + +M-2 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF 2 2 NE 2 EP 3 PF 3 PFM-3 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PFM-4 1 1 NE 1 NE 1 NE 1 NE 1 1 NE 2 NE 2 NE 2 NEM-5 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF

    M-8 a 10 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF

    NOTAS GENRICAS:a) Para o uso desta tabela, devem ser consultadas as tabelas anteriores, em que so dados os significados dos cdigos alfabticos e alfanu-

    mricos utilizados e mais os indicados a seguir:b) Abreviatura dos tipos de escada:

    NE = Escada no enclausurada (escada comum); EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida);

    PF = Escada prova de fumaa.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia Anexos 249

    c) Outros smbolos e abreviaturas usados nesta tabela:Tipo esc. = Tipo de escada;Gr. = Grupo de ocupao (uso) - conforme Tabela 1, do Anexo - A, da NT-01;Div. = Subdiviso do grupo de ocupao - conforme Tabela 1, do Anexo - A, da NT-01;Nota (1) = Em edificaes de ocupao do grupo A - diviso A-2, rea de pavimento (menor ou igual a 750 m), altura acima de 30 m,

    contudo no superior a 50 m, a escada poder ser do tipo EP (Escada Enclausurada Protegida), sendo que acima desta altura (50 m) permanece a escada do tipo PF (Escada Enclausurada Prova de fumaa);

    + = Smbolo que indica necessidade de consultar Norma Tcnica, outras ou regulamentos especficos (ocupao no abordada nessa Norma Tcnica);

    = No se aplica;* = Para edificaes com rea inferior a 375 m2 por pavimento, tipo e altura menor ou igual a 106 metros, ser permitida a utilizao de

    apenas uma escada do tipo PF. Para edificaes acima de 60 m, alm da escada PF, deve haver elevador de emergncia.d) O nmero mnimo de escadas estabelecido na Tabela C1 poder ser aumentado caso a distncia mxima a percorrer exigir o acrscimo de

    sadas de emergncia;e) Havendo necessidade de acrescentar escadas para atender somente alguns pavimentos de uma edificao mista, a definio do tipo de

    escada ser em funo da diviso, rea construda e altura dos pavimentos atendidos (Exemplo 1 - Anexo C); f) Para divises H-2 e H-3 com altura superior a 12 m: alm das sadas de emergncias por escadas (Tabela C1) deve possuir elevador de

    emergncia (Figura 9). Para divises H-2 com altura superior a 12 m e H-3 com altura superior a 6 m deve possuir reas de refgio (Figura 17). As reas de refgio quando situadas somente em alguns pavimentos de nveis diferentes deve ter seus acessos ligados por rampa (5.6.1.a). Para as edificaes que possuam rea de refgio em todos os pavimentos (exceto pavimento trreo), no h necessidade de rampa interligando os diferentes nveis em acessos s reas de refgio;

    g) Havendo necessidade de 2 (duas) ou mais escadas de segurana, uma delas poder ser do tipo Aberta Externa (AE), atendendo ao item 5.7.14 desta Norma Tcnica;

    h) A quantidade mnima de escadas previstas nesta tabela pode ser desconsiderada desde que a edificao possua at 36 m de altura, e a(s) escada(s) proposta(s) atendam aos parmetros de distncia mxima a percorrer (Tabela B1) e quantidade mnima de unidades de passa-gem para a lotao prevista (Tabela A1);

    i) Para as divises F-3 e F-7, com populao total superior a 2.500 pessoas, deve ser consultada a NT-12;j) Para as ocupaes de diviso F-3, onde o local tratar-se de recinto esportivo e/ou de espetculo artstico cultural (exceto ginsios e pisci-

    nas com ou sem arquibancadas, academias e pista de patinao), deve ser consultada a NT-12;k) As condies das sadas de emergncia em edificaes com altura superior a 150 m devem ser analisadas por meio de Comisso Tcnica,

    devido as suas particularidades e risco.l) Nas escadas abaixo do pavimento de descarga, em subsolos com ocupao diferente de estacionamento (garagens - G1 e G2), onde est

    prevista a escada NE, conforme Tabela C1, esta deve ser enclausurada, dotada de PCF P-90, sem a necessidade de ventilao. Para os subsolos com altura descendentes superior a 12 m, e que tenham ocupao diferente de estacionamento (garagens - G1 e G2), devem ser projetados sistemas de pressurizao para as escadas.

    m) As rampas podem substituir as escadas desde que tenham as mesmas caractersticas exigidas na Tabela C1.

  • NORMA TCNICA 11/2014 Sadas de Emergncia Anexos250

    ANEXO C

    EXEMPLO 1: ACRSCIMO DE ESCADA DEVIDO PAVIMENTO LAzER

    LEGENDA:

    AC - AntecmaraEP - Escada enclausurada protegida (escada protegida);PF - Escada prova de fumaa.

  • NORMA TCNICA 12/2014

    EVENTOS PBLICOS E CENTROS ESPORTIVOS E DE EXIBIO REQUISITOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIO

    ANEXOS

    A Figura 1: Detalhe do Comprimento e Nmero Mximo de Assentos

    B Figura 2: Barreiras, Guarda-corpos e Corrimos Centrais: Cargas de Projeto, Alturas e Disposies

    C Figura 3: Detalhe das Dimenses dos Assentos e dos Patamares

    D Figura 4: Dimenses dos Corrimos e Guarda-corpos das Escadas

    E Figura 5: Detalhe dos Assentos nos Patamares e Guarda-corpos (Barreiras)

    F Figura 6: Corrimos Centrais e LateraisG Figura 7: Detalhe de Patamares para Pblico

    em P

    H Figura 8: Distncias a Percorrer e AcessosI Figura 9: Barreiras Antiesmagamento

    Posio e Resistncia Mecnica

    J Figura 10: Barreiras Antiesmagamento Contnuas e No-contnuas

    K Figura 11: Perspectiva de Vomitrio PadroL Figura 12: Perspectiva de Corrimos Centrais e

    Laterais

    M Figura 13: Sadas e Escoamento do PblicoN Figura 14: Obstculos na Entrada de AcessoO Figura 15: Sinalizao de Lotao

    SUMRIO

    1. Objetivo2. Aplicao3. Referncias Normativas e Bibliogrficas4. Definies5. rea de Acomodao do Pblico Setores6. Sadas (Normais e de Emergncia)7. Dimensionamento das Sadas8. Medidas Especficas9. Edificaes de Carter Temporrio10. Edificaes Existentes11. Prescries Diversas

    ESTADO DE GOISCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

    NO

    RM

    A T

    CNIC

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    Inc

    ndio

    Atualizada pela Portaria n 183/2014 CG. Publicada no BGE n 205/2014 de 07/11/2014

  • NORMA TCNICA 12/2014 Eventos Pblicos e Centros Esportivos e de Exibio Requisitos de Segurana contra Incndio252

    1. OBJETIVO

    Estabelecer os requisitos mnimos necessrios para a segurana contra incndio e pnico em eventos pbli-cos e centros esportivos e de exibio. Em especial, dimensionar a populao mxima e as sadas de emer-gncia, atendendo ao previsto no Cdigo Estadual de Segurana Contra Incndio e Pnico (Lei n 15802, de 11 de setembro de 2006).

    2. APLICAO

    2.1 Esta Norma Tcnica (NT) aplica-se s edificaes enquadradas nas Divises F-3 (estdios, ginsios, rodeios, arenas e similares) e F-7 (construes provi-srias para pblico, circos, arquibancadas e similares), permanentes ou no, fechadas ou abertas, cobertas ou ao ar livre.

    2.1.1 Quando houver lotao inferior a 2.500 pes-soas, para edificaes permanentes, admite-se que os parmetros de sadas sejam dimensionados conforme a Norma Tcnica 11 - Sadas de Emergncia.

    2.2 A NT-11 complementa o presente texto nos assun-tos no detalhados nesta NT.

    3. REFERNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRFICAS

    BRASIL. Decreto n 6.795, de 16 de maro de 2009. Regulamenta o art. 23 da Lei n 10.671, de 15 de maio de 2003.

    BRASIL. Lei n 10.671, de 15 de maio de 2003. Dispe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e d outras providncias.

    COELHO, Antnio Lea. Modelao matemtica do abandono de edifcios sujeitos ao de um incn-dio. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portuga.

    CORPO DE BOMBEIROS DA POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO. Instrues Tcnicas. So Paulo, 2011.

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIS. Normas Tcnicas. Gois, 2014.

    COT, Ron. NFPA-101 - Life Safety Code Hand-book. 18.ed. Quincy: NFPA, 2000.

    FIFA. Football Stadiums - Technical recommen-dations and requirements. 4.ed. FIFA: Zurich, 2007.

    GUIDE TO SAFETY AT SPORTS GROUNDS (Green Guide). 5.ed. United Kingdom, 2008.

    NBR 15219 - Plano de emergncia contra incndio - requisitos.

    NBR 15476 - Mveis plsticos - assentos plsti-cos para estdios desportivos e lugares pblicos no cobertos.

    NBR 15816 - Mveis plsticos - assentos plsticos para estdios desportivos e lugares pblicos fecha-dos.

    NBR 5410 - Instalaes eltricas de baixa tenso. NBR 5419 - Proteo de estruturas contra descar-gas atmosfricas.

    NBR 9050 - Acessibilidade a edificaes, mobili-rios, espaos e equipamentos urbanos.

    PAULS, JAKE. Movement of People. Fire Protection Engineering. 2 ed. Quincy: NFPA,1995;

    PORTARIA n. PM3-001/02/96, que disciplina o dis-posto na Resoluo SSP-122/85, baixando Norma tcnica para a realizao das vistorias prvias.

    PORTUGAL. Decreto Regulamentar n. 34/95, de 16 de dezembro de 1995. Regulamento das Condies Tcnicas e de Segurana dos Recintos de Espetcu-los e Divertimentos Pblicos.

    4. DEFINIES

    Alm das definies constantes da NT-03 - Termi-nologia de segurana contra incndio aplicam-se as definies especficas abaixo:

    4.1 Acesso: caminho a ser percorrido pelos usurios do pavimento ou do setor, constituindo a rota de sada para se alcanar uma escada, ou uma rampa, ou uma rea de refgio, ou descarga para sada do recinto. Os acessos podem ser constitudos por corredores, passagens, vestbulos, balces, varandas, terraos e similares.

    4.2 Acesso lateral: um corredor de circulao para-lelo s filas (fileiras) de assentos ou arquibancadas, geralmente possui piso plano ou levemente inclinado (rampa) (ver Figura 1).

    4.3 Acesso radial: um corredor de circulao que d acesso direto na rea de acomodao dos espec-tadores (patamares das arquibancadas), podendo ser inclinado (rampa) ou com degraus. Deve ter largura mnima de 1,20 m (ver Figura 1).

    4.4 Arquibancada: srie de assentos em filas suces-sivas, cada uma em plano mais elevado que a outra, em forma de degraus, que se destina a dar melhor visi-bilidade aos espectadores, em estdios, anfiteatros, circos, auditrios etc. Podem ser providas de assentos (cadeiras ou poltronas) ou no. H tambm a modali-dade de arquibancadas para pblico em p.

    4.5 Assento rebatvel: mobilirio que apresenta duas peas principais, encosto e assento. A pea do assento possui caractersticas retrteis que permanece na posi-o recolhida quando desocupada.

    4.6 Barreiras: estruturas fsicas destinadas a impedir ou dificultar a livre circulao de pessoas.

  • NORMA TCNICA 12/2014 Eventos Pblicos e Centros Esportivos e de Exibio Requisitos de Segurana contra Incndio 253

    4.7 Barreiras antiesmagamento: barreiras destina-das a evitar esmagamentos dos espectadores, devido presso da multido aglomerada nas reas de acomo-dao de pblico em p.

    4.8 Bloco: agrupamento de assentos preferencial-mente localizados entre dois acessos radiais ou entre um acesso radial e uma barreira.

    4.9 Descarga: parte da sada de emergncia que fica entre a escada ou a rampa e a via pblica ou rea externa em comunicao com a via pblica, pode ser constituda por corredores ou trios cobertos ou a cu aberto.

    4.10 Local de segurana: local fora da edificao, no qual as pessoas esto sem o perigo imediato dos efei-tos do fogo (ver Figura 13).

    4.11 Local de relativa segurana: local dentro de uma edificao ou estrutura onde, por um perodo limi-tado de tempo, as pessoas tm alguma proteo contra os efeitos do fogo e da fumaa. Este local deve pos-suir resistncia ao fogo e elementos construtivos (de acabamento e de revestimento) incombustveis, pro-porcionando s pessoas continuarem sua sada para um local de segurana. Exemplos: escadas de segu-rana, escadas abertas externas (NT-11 - Sadas de emergncia), corredores de circulao (sada) ven-tilados (mnimo de 1/3 da lateral com ventilao permanente). (ver Figura 13).

    4.12 Plano de abandono: conjunto de normas e aes visando remoo rpida, segura, de forma ordenada e eficiente de toda a populao fixa e flutuante da edi-ficao em caso de uma situao de sinistro.

    4.13 Posto de comando: local fixo ou mvel, com representantes de todos os rgos envolvidos no aten-dimento de uma emergncia.

    4.14 Sala de comando e controle: local instalado em ponto estratgico que proporcione viso geral de todo recinto (setores de pblico, campo, quadra, arena etc.), devidamente equipado com todos os recursos de informao e de comunicao disponveis no local, destinado coordenao integrada das operaes desenvolvidas pelos rgos de Defesa Civil e Segu-rana Pblica em situao de normalidade.

    4.15 Setor: espao delimitado para acomodao dos espectadores, permitindo a ocupao ordenada do recinto. Definido por um conjunto de blocos.

    4.16 Taxa de fluxo (F): nmero de pessoas que pas-sam, por minuto, por determinada largura de sada (pessoas/minuto).

    4.17 Tempo de sada: o tempo no qual todos os espectadores, em condies normais, conseguem

    deixar a respectiva rea de acomodao (setor) e aden-trarem em um local seguro ou de relativa segurana.

    NOTA: No inclui o tempo total necessrio para percor-rer a circulao inteira de sada (do assento ao exterior).

    4.18 Tnel de sada ou vomitrio: passagem coberta que interliga as reas de acomodao do pblico (arquibancadas) s circulaes de sada ou de entrada do recinto.

    5. REA DE ACOMODAO DO PBLICO - SETORES

    5.1 GENERALIDADES

    5.1.1 Os recintos para eventos desportivos devem ser setorizados. O movimento dos ocupantes no dever saturar as rotas de fuga bem como possibilitar s equi-pes de segurana, socorro e salvamento, condies para executarem suas respectivas aes nos diversos eventos.

    5.1.2 Em todos os setores devem ter sadas suficien-tes, em funo da populao existente, sendo exigidas, no mnimo, duas alternativas de sada, em lados dis-tintos. Recomenda-se que cada setor tenha lotao mxima de 10.000 pessoas.

    5.1.3 Somente so considerados lugares destinados a espectadores aqueles inseridos dentro dos setores pre-viamente estabelecidos e com rotas de fuga definidas.

    5.1.4 As rotas de fuga dos espectadores devem ser independentes das rotas de fuga dos atletas ou artistas que se apresentam no recinto.

    5.1.5 Recomenda-se que os setores sejam identifica-dos por meio de cores diferenciadas e predominantes.

    5.1.6 Os setores, as fileiras e os assentos dos espec-tadores (inclusive quando o assento for no prprio patamar da arquibancada) devem ser devidamente numerados e identificados, com marcao fixa e vis-vel, devendo tambm as fileiras serem identificadas nas laterais dos acessos radiais, em cor contrastante com a superfcie.

    5.1.7 As numeraes dos ingressos devem conter a identificao do setor (com sua cor destacada), do bloco, da fila e do assento. Tal medida objetiva: controlar e facilitar o acesso do pblico; evitar tumultos durante a acomodao dos espectadores; coibir possveis vendas de ingressos acima da capacidade do recinto.

    5.1.8 Os setores das arquibancadas para pblico em p devem ser dotados de barreiras antiesmagamento - ver Captulo Guarda-corpos (barreiras) e corrimos.

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    5.2 PATAMARES (DEGRAUS) DAS ARQUIBANCADAS

    5.2.1 O comprimento mximo dos patamares das arquibancadas deve obedecer s seguintes regras:

    5.2.2 Para estdios e similares (arquibancadas per-manentes): 20 metros, quando houver acesso em ambas as extremidades do patamar; e, 10 metros, quando houver apenas um acesso (ver Figura 10).

    5.2.3 Para ginsios cobertos e similares (locais inter-nos) e para arquibancadas provisrias (desmontveis): 14 metros, quando houver acessos nas duas extremi-dades; e, 7 metros, quando houver apenas um acesso.

    5.2.4 A altura e largura dos degraus das arquibanca-das, para pblico em p (quando permitido), devem possuir as seguintes dimenses:

    a) Altura mxima de 0,19 m;b) Largura mnima de 0,40 m (ver Figura 7).

    5.2.5 A altura e largura dos patamares (degraus) das arquibancadas (ver Figura 7), para pblico sentado (cadeiras individuais ou assentos numerados direto na arquibancada, quando permitido), devem possuir as seguintes dimenses:

    a) Altura mxima de 0,57 m;b) Largura mnima de 0,80 m. Para maior conforto

    do usurio, recomenda-se mnimo de 0,85 m.

    5.2.5.1 Para edificaes existentes, admite-se que os degraus das arquibancadas tenham largura mnima de 0,75 m, desde que haja:

    a) Reduo de 25% no comprimento mximo do pata-mar, constante no item 5.2.2 e 5.2.3, quando os assentos das cadeiras (poltronas) forem rebatveis;

    b) Reduo de 50% no comprimento mximo do patamar, constante no item 5.2.2 e 5.2.3, quando os assentos das cadeiras (poltronas) forem no-rebatveis (tipo concha) ou quando no houver assentos fixos.

    5.2.5.2 Para arquibancadas provisrias (desmon-tveis, sem cadeiras ou poltronas), se aceita largura mnima do patamar de 0,70 m. Caso haja cadeiras ou poltronas, se aceita largura mnima de 0,75 m, com reduo em 25% do comprimento mximo do patamar.

    5.2.6 Quando os prprios patamares da arquiban-cada so usados como degraus de escada, a altura mxima destes deve ser de 0,15 a 0,19 m.

    5.3 INCLINAO DAS ARQUIBANCADAS

    5.3.1 Nos setores com assentos fixos (cadeiras ou pol-tronas), a inclinao mxima deve ser de 37 graus (recomenda-se inclinao de 34 graus).

    5.3.1.1 Nos setores cuja inclinao superar ou igualar-se a 32 graus, obrigatrio a instalao de guarda-corpos na frente de cada fila de assentos (ver Figura 3 e 5). A altura dessas barreiras deve ser, no mnimo, de 0,70 m do piso e sua resistncia mecnica mnima de 1,5 kN/m (Kilo newton por metro).

    5.3.2 Nos setores com assento no prprio patamar da arquibancada (sem cadeiras), a inclinao mxima deve ser de 25 graus.

    5.3.3 Nos setores com arquibancadas para pblico em p, a inclinao no deve ser superior a 25 graus, sendo recomendada a inclinao de 10 graus (ver Captulo Guarda-corpos (barreiras) e corrimos sobre exigncia de barreiras antiesmagamentos).

    5.4 ASSENTOS

    5.4.1 Os assentos individuais (cadeiras ou poltro-nas) das arquibancadas, destinados aos espectadores, devem obedecer s caractersticas abaixo (ver Figuras 3 e 5):

    5.4.1.1 Serem projetados, conforme normas tc-nicas, com resistncia mecnica suficiente para os esforos solicitados.

    5.4.1.2 Serem constitudos com material incom-bustvel ou retardante ao fogo, conforme normas tcnicas.

    5.4.1.3 Cada assento dever possuir, no mnimo, 0,42 m de largura til e deve ser instalado, no mnimo, a cada 50 cm entre eixos, medidos centrali-zadamente.

    5.4.1.4 Terem encosto mnimo: 0,30 m de altura (ver Figura 3).

    5.4.1.5 Terem espaamento mnimo de 0,40 m para circulao nas filas, entre a projeo dianteira de um assento de uma fila e as costas do assento em frente (ou guarda-corpo). Para edificaes existentes admite-se este espaamento com 0,35 m (ver Figuras 3 e 5).

    5.4.1.6 Serem afixados de forma a no permitir sua remoo ou desprendimento de partes, manualmente.

    5.4.2 Os estdios com pblico superior a 35.000 pessoas devem adotar assentos rebatveis, exceto se o degrau (patamar) da arquibancada possuir largura igual ou superior a 1,10 m.

    5.4.3 frente da primeira fileira de assentos fixos, nas cotas inferiores dos setores das arquibancadas, deve ser mantida a distncia mnima de 0,55 m para circu-lao (ver Figura 5).

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    6. SADAS (NORMAIS E DE EMERGNCIA)

    6.1 Generalidades

    6.1.1 As sadas podem ser nominadas didaticamente em:

    a) Acessos;b) Circulaes de sadas horizontais e verticais e

    respectivas portas, quando houver;c) Escadas ou rampas;d) Descarga;e) Espaos livres no exterior.

    6.1.2 importante que se fornea, nos recintos de grande aglomerao de pessoas, circulaes de sada capazes de comportar, de forma segura, a passagem das pessoas no perodo de tempo seguro, capaz de evitar o congestionamento das sadas e o estresse psi-colgico.

    6.1.3 Os responsveis pela edificao e pela segu-rana do evento devem assegurar que as vias de sada esto planejadas para prover aos espectadores uma circulao livre e desimpedida at que eles consigam atingir a rea externa da edificao, devendo apresen-tar este planejamento no plano de abandono. Assim, deve-se assegurar que:

    a) Haja nmeros suficientes de sadas em posies adequadas (distribudas de forma uniforme);

    b) Todas as reas de circulaes de sada tenham larguras adequadas respectiva populao;

    c) As pessoas no tenham que percorrer distncias excessivas para sair do local de assistncia (aco-modao), devendo ser adotadas as rotas mais diretas possveis;

    d) Haja dispositivos que direcionem o fluxo de pes-soas que iro adentrar em uma rota de fuga, conforme dimensionamento das sadas;

    e) As sadas tenham sinalizao e identificao ade-quadas, tanto em condies normais como em emergncia;

    f) Haja controle de acesso do pblico, visando garantia da lotao mxima estabelecida.

    6.1.4 Nas sadas, os elementos construtivos e os materiais de acabamentos e de revestimento devem ser de Classe I (Incombustvel). Ver prescries da NT-10 - Controle de materiais de acabamento e de revestimento.

    6.1.5 O piso das reas destinadas sada do pblico (incluindo os patamares das arquibancadas), alm de ser incombustvel, deve tambm ser executado em material antiderrapante e conter sinalizao comple-mentar de balizamento conforme normas pertinentes.

    6.1.6 As circulaes no podem sofrer estreita-mento em sua largura, no sentido da sada do recinto,

    devendo, no mnimo, manter a mesma largura ou, no caso de aumento de fluxo na circulao, deve-se dimensionar para o novo nmero de pessoas.

    6.1.7 As sadas devem possuir, no mnimo, 1,20 m de largura. Para edificaes existentes se aceita 1,10 m.

    6.1.8 As portas e passagens nas circulaes devem ter altura mnima de 2,20 m para edificaes novas e de 2,00 m para as existentes.

    6.1.9 As sadas devem ser dimensionadas em funo da populao de cada setor considerado, sendo que deve haver, no mnimo, duas opes (alternativas) de fuga, em lados distintos, em cada setor.

    6.1.10 Para recintos com previso de pblico igual ou superior a 2.500 pessoas, dever ser elaborado plano de abandono, devendo constar as plantas ou croquis que estabeleam as sadas e evacuao de cada um dos setores. Uma cpia do plano de aban-dono deve ser mantida na sala de comando e controle do recinto.

    6.1.11 As sadas que no servem aos setores de arquibancadas ou plateia devem seguir aos parme-tros da NT-11 - Sadas de emergncia.

    6.1.12 Os acessos destinados aos portadores de necessidades especiais devem observar, ainda, os cri-trios descritos na NBR 9050.

    6.1.13 Toda circulao horizontal deve estar livre de obstculos e permitir o acesso rpido e seguro do pblico s sadas verticais dos respectivos pisos ou rea de descarga.

    6.1.13.1 Locais de vendas e outros locais de acmulo de pessoas devem distar, no mnimo, 5 m das sadas dos setores (ver Figura 13).

    6.1.13.2 Nos tneis de sada ou de acesso de pblico (vomitrios) no devem ser dispostos obstculos ou aberturas (portas, janelas) que criem acmulo de pessoas, visando assim evitar interferncias no fluxo de sada.

    6.1.14 Os desnveis existentes nas sadas horizon-tais devem ser vencidos por rampas de inclinao no superior a 10% e patamar horizontal de descanso a cada 10 m.

    6.1.15 Nas barreiras ou alambrados que separam a rea do evento (arena, campo, quadra, pista etc.) dos locais acessveis ao pblico devem ser previstas pas-sagens que permitam aos espectadores sua utilizao em caso de emergncia, mediante sistema de abertura acionado pelos componentes do servio de segurana ou da brigada de incndio. Essas passagens devem ser instaladas ao final de todos os acessos radiais e devida-mente sinalizadas, preferencialmente, na cor amarela.

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    6.1.16 Quando houver mudanas de direo, as paredes no devem ter cantos vivos.

    6.1.17 As portas e os portes de sada do pblico devem abrir sempre no sentido de fuga das pessoas, e possuir largura dimensionada para o abandono seguro da populao do recinto, porm, nunca inferior a 1,20 m.

    6.1.18 As portas de sada devem ser providos de barras antipnico, no sendo permitido qualquer tipo de travamento no sentido de sada do recinto.

    6.1.19 Nenhum sistema de sada deve ser fechado de modo que no possa ser facilmente e imediata-mente aberto em caso de emergncia, devendo ser monitorado pelo servio de segurana.

    6.1.20 As sadas de emergncia devem ser monitora-das pessoalmente pela segurana, enquanto o recinto for utilizado pelo pblico.

    6.1.21 Todas as portas e portes de sada dos respecti-vos setores devem ser mantidos na posio totalmente aberta antes do fim do evento. Quando abrir, no deve obstruir qualquer tipo de circulao (corredores, esca-das, descarga etc.). O responsvel pela segurana tem o dever de verificar ou ser informado quando todas as portas e portes das sadas finais estiverem segura-mente na posio aberta, com prazo suficiente para garantir o egresso seguro do pblico.

    6.1.21.1 Devero ser observadas medidas que per-mitam a sada do pblico de torcidas distintas, separadamente, devendo estas sadas atenderem pro-porcionalmente ao pblico a que se destinam.

    6.1.22 No devem existir peas plsticas em fecha-duras, espelhos, maanetas, dobradias e outros.

    6.1.23 As catracas de acesso devem ser reversveis, para permitir a sada do recinto, em caso de necessi-dade, a qualquer momento, sendo que esses espaos no so aceitos e no devem ser computados como parte do sistema de sada normal ou de emergncia.

    6.1.24 As catracas devem ser dimensionadas para atender a todo o pblico e a seu acesso em um tempo mximo de 1 hora com a devida agilidade e atendi-mento aos procedimentos de segurana. Para este clculo, deve ser considerada uma capacidade mxima de 660 espectadores por catraca por hora.

    6.1.25 Ao lado das entradas devem ser previstas portas ou portes de sada dos espectadores, dimensio-nados de acordo com o estabelecido nesta NT, com as respectivas sinalizaes, no podendo ser obstrudos pela movimentao de entrada do pblico ao recinto (em caso de emergncia, devem estar livres e pron-tas para o uso). Para tanto, junto aos portes, durante o acesso do pblico ao recinto, deve ter, permanen-

    temente, monitoramento pelo pessoal do servio de segurana, de forma a garantir o abandono rpido das pessoas que j se encontram em seu interior.

    6.1.26 Portas e portes de correr ou de enrolar no devem ser usados nas sadas (proibido), pois so inca-pazes de serem abertos quando h presso exercida na direo do fluxo da multido; e, tambm, por pos-surem mecanismos ou trilhos que so suscetveis a travamentos (emperramentos).

    6.1.27 As circulaes devem ser iluminadas e sina-lizadas com indicao clara do sentido da sada, de acordo com o estabelecido e adotado na NT-18 - Ilu-minao de emergncia e NT-20 - Sinalizao de emergncia.

    6.1.28 Todas as sadas (portas, portes) devem ser claramente marcadas, nos 2 lados (interno e externo), com seus respectivos nmeros de identificao, para facilitar o deslocamento rpido em caso de emergncia.

    6.2 SADAS VERTICAIS - ESCADAS OU RAMPAS

    As sadas verticais (escadas ou rampas) devem, ainda, satisfazer as exigncias descritas a seguir:

    6.2.1 Serem contnuas desde o piso ou nvel que aten-dem at o piso de descarga ou nvel de sada do recinto ou setor.

    6.2.2 Terem largura mnima de 1,20 m. As escadas, quando possurem largura superior a 2,40 m, devem ser subdivididas, por meio de corrimos em canais com largura mnima de 1,20 m e mxima de 1,80 m (ver Figuras 4 e 14).

    6.2.3 Terem corrimos contnuos em ambos os lados, com altura entre 0,80 m a 0,92 m, e guarda-corpos (onde aplicvel) com altura mnima de 1,10 m. Ambos atendendo aos requisitos do item 6.4 - Guarda-corpos (barreiras) e corrimos.

    6.2.4 Terem, atendido aos requisitos do item 6.4.

    6.2.5 Devem ser construdas em lances retos e sua mudana de direo deve ocorrer em patamar interme-dirio e plano.

    6.2.6 O lano mximo, entre 2 patamares de escada ou rampa, consecutivos, no deve ultrapassar 3,20 m de altura. Para as escadas, recomenda-se que a cada lano de 12 degraus seja interposto um patamar.

    6.2.7 Os patamares devem ter largura mnima igual da escada (ou rampa), e comprimento conforme a seguir:

    a) Quando houver mudana de direo na escada ou na rampa, o comprimento mnimo dos patamares deve ser igual largura da respectiva sada;

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    b) Caso no haja mudana de direo, o compri-mento mnimo deve ser igual a 1,20 m (exemplo: patamar entre dois lanos na mesma direo).

    6.2.8 Elevadores e escadas rolantes no so aceitos como sadas de emergncia.

    6.2.9 Os degraus das escadas (exceto os acessos radiais) devem atender aos seguintes requisitos:

    a) Altura dos espelhos dos degraus (h) deve situar--se entre 0,15 m e 0,18 m, ou seja, 0,15 m h 0,18 m, com tolerncia de 0,005 m (0,5 cm);

    b) Largura mnima das pisadas (b): 0,27 m;c) O balanceamento dos degraus deve atender a

    relao entre altura do espelho (h) e a largura da pisada (b), a saber: 0,63 2 h + b 0,64 (m).

    6.2.9.1 Os degraus dos acessos radiais, nas arqui-bancadas, devem ser balanceados em funo da inclinao da arquibancada e das dimenses dos pata-mares.

    6.2.10 Em reas de uso comum no so admitidas escadas em leque, caracol ou helicoidal.

    6.2.11 O uso de rampas obrigatrio nos seguintes casos:

    a) Na descarga e acesso de elevadores de emergn-cia;

    b) Quando a altura a ser vencida no permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada;

    c) Para unir o nvel externo ao nvel do saguo tr-reo das edificaes para acesso de portadores de necessidades especiais (ver NBR 9050).

    6.2.12 As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimos nas laterais.

    6.2.13 As rampas no podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sem-pre por patamares planos.

    6.2.14 Os patamares das escadas e rampas devem ser sempre em nvel.

    6.2.15 As rampas podem suceder um lano de escada, no sentido descendente de sada, mas no podem preced-lo.

    6.2.16 No permitida a colocao de portas em rampas, sendo que estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com comprimento no inferior da folha da porta de cada lado do vo.

    6.2.17 As inclinaes das rampas no devem exce-der a 10% (1:10).

    6.2.18 As sadas que no servem aos setores de arquibancadas ou plateia devem atender aos par-metros estabelecidos no item 7.2.3.

    6.2.19 Devem ser previstos espaos adequados para portadores de necessidades especiais, atendendo aos critrios descritos nas normas tcnicas pertinentes.

    6.3 DESCARGA E ESPAOS LIVRES NO EXTERIOR

    6.3.1 Cuidados especiais devem ser adotados pela organizao do evento e pelas autoridades competentes para que a descarga do pblico tenha fluxo suficiente na rea externa, ao redor do recinto, para se evitar con-gestionamento nas circulaes internas da edificao, o que comprometeria as sadas do recinto, mesmo que corretamente dimensionadas. Dessa forma, medidas de segurana devem ser adotadas para se evitar a aglo-merao de pblico nas descargas externas do recinto, por exemplo: desvios de trnsito nas vias prximas ao recinto, proibio de comrcio nas proximidades das sadas etc.

    6.3.2 Nos acessos ao recinto devem ser planeja-das reas de acmulo de pblico suficientemente dimensionadas para conter o pblico com segurana, organizado em filas antes de passar pelas catracas.

    6.3.3 No dimensionamento da rea de descarga, devem ser consideradas todas as sadas horizontais e verticais que para ela convergirem.

    6.3.4 As descargas devem atender aos seguintes requisitos:

    a) No serem utilizadas como estacionamento de veculos de qualquer natureza. Caso necessrio, prever divisores fsicos que impeam tal utiliza-o;

    b) Serem mantidas livres e desimpedidas, no devendo ser dispostas dependncias que, pela sua natureza ou sua utilizao, possam provo-car a aglomerao de pblico, tais como bares, pistas de dana, lojas de souvenir ou outras ocupaes;

    c) No serem utilizadas como depsito de qualquer natureza;

    d) Serem distribudas de forma equidistante e de maneira a atender o fluxo a elas destinado e o respectivo caminhamento mximo;

    e) No possuir salincias, obstculos ou instalaes que possam causar leses em caso de abandono de emergncia.

    6.4 GUARDA-CORPOS (BARREIRAS) E CORRIMOS

    6.4.1 As sadas devem ser protegidas, de ambos os lados, com guarda-corpos e/ou corrimos (conforme o caso) sempre que houver qualquer desnvel maior de 18 cm.

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    6.4.2 A altura das guardas (barreiras) internas deve ser, no mnimo, de 1,10 m e sua resistncia mecnica varia de acordo com a sua funo e posicionamento (ver Figuras 2 e 5).

    6.4.2.1 No permetro de proteo dos tneis de acesso (vomitrios), para compor a altura mnima de 1,10 m, recomenda-se que at a altura 0,90 m (90 cm) a guarda seja confeccionada com concreto (ver Figura 11).

    6.4.3 As arquibancadas cujas alturas em relao ao piso de descarga sejam superiores a 2,10 m devem possuir fechamento dos encostos (guarda-costas) do ltimo nvel superior de assentos, de forma idntica aos guarda-corpos, porm, com altura mnima de 1,80 m em relao a este nvel (ver Figura 5).

    6.4.4 O fechamento dos guarda-corpos deve ser feito por meio de balastres, com vo mximo de 0,15 m entre eles, podendo ser utilizadas longarinas quando o uso de balastres for invivel.

    6.4.5 Os guarda-corpos no devem possuir vos (aberturas) superiores a 15 cm (ver requisitos na NT-11 - Sadas de emergncia).

    6.4.6 Os corrimos devem ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nvel do piso atendendo tambm aos demais requisitos previstos na NT-11.

    6.4.7 Nos acessos radiais das arquibancadas com inclinao superior a 32 graus, quando houver acomo-daes ou assentos em ambos os lados, os corrimos devem ser laterais (individuais por fila) ou centrais, com altura entre 80 e 92 cm e resistncia mnima de 2,00 KN/m. Quando forem centrais, devem possuir intervalos (aberturas), pelo menos, a cada cinco fileiras de bancos, visando facilitar o acesso ao assento e per-mitir a passagem de um lado para o outro (ver Figuras 6 e 10). Esses intervalos (aberturas) tero uma largura livre, horizontalmente, entre 70 cm a 90 cm (corres-pondente largura do patamar).

    6.4.8 Os corrimos devem possuir as terminaes (pontas) arredondadas ou curvas.

    6.4.9 As escadas com mais de 2,40 m de largura, devem ser subdividas com corrimos centrais, for-mando canais de circulao, espaados a intervalos entre 1,20 m a 1,80 m, sendo que, neste caso, as extremidades devem ser dotadas de balastres ou outros dispositivos para evitar acidentes.

    6.4.10 Os corrimos devem ser construdos para resistir a uma carga de 900 N (Newton), em qualquer ponto, aplicada verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos.

    6.4.11 Nas escadas comuns e rampas no enclau-suradas pode-se dispensar o corrimo, desde que o guarda-corpo atenda tambm aos preceitos do corri-mo, conforme NT-11.

    6.4.12 Para escadas de escoamento e circulao de pblico com largura til total maior que 3,60 m, recomendada a colocao de barreiras retardantes antes da chegada s mesmas para um melhor controle e promoo de um ritmo contnuo de pblico.

    6.4.13 As barreiras antiesmagamentos devem ser previstas nas arquibancadas para pblico em p, espaadas em funo da inclinao (ver Figura 9), possuindo os seguintes requisitos:

    a) Serem contnuas;b) Terem alturas de 1,10 m;c) No possurem pontas ou bordas agudas. As bor-

    das devem ser arredondadas;d) Terem resistncia mecnica e distncias entre

    barreiras, conforme Figura 9;e) Terem sua resistncia e funcionalidade testadas,

    por engenheiro ou arquiteto habilitado, antes de serem colocadas em uso, sendo exigido laudo tc-nico especfico com recolhimento de ART ou RRT;

    f) Serem verificadas antes de cada evento, devendo possuir manuteno constante.

    7. DIMENSIONAMENTO DAS SADAS

    7.1 CLCULO DA POPULAO

    7.1.1 As sadas so dimensionadas em funo da populao mxima no recinto e/ou setor do evento.

    7.1.1.1 O clculo do dimensionamento da populao mxima se d em funo da rea do recinto e/ou setor do evento.

    7.1.1.2 No caso de ocupaes temporrias em que for definido um limite de populao inferior a densi-dade mxima permitida, esta poder ser utilizada para o dimensionamento das sadas de emergncia desde que haja compromisso do responsvel pelo uso, atra-vs de termo de responsabilidade de lotao mxima (Anexo N da Norma Tcnica 01) assinado pelo respon-svel pelo evento.

    7.1.1.2.1 O termo em referncia no item anterior dever ser recolhido durante a inspeo e ficar arqui-vado na Seo do Corpo de Bombeiros juntamente com o restante da documentao do processo.

    7.1.1.3 Podero ser excludas, no clculo de dimen-sionamento mximo da populao, as reas frias, halls, elevadores, escadas e corredores de circulao, desde que detalhado num quadro de reas especfico, com exceo:

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    a) Das reas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificaes dos grupos F-3, F-6 e F-7, quando, em razo de sua disposio em planta, esses lugares puderem, eventualmente, ser utili-zados como arquibancadas.

    7.1.2 A informao da lotao mxima permitida deve ficar disposio da fiscalizao e afixada junto por-taria principal, conforme Anexo O desta NT.

    7.1.3 A lotao do recinto (populao mxima) deve ser calculada obedecendo-se aos seguintes critrios:

    7.1.3.1 Arquibancadas

    a) Com cadeiras ou poltronas (rebatveis ou no rebatveis): nmero total de assentos demarca-dos (observando-se os espaamentos);

    b) Sem cadeiras ou poltronas: na proporo de 0,5 m linear de arquibancada por pessoa.

    7.1.3.2 Setores com pblico em p

    a) O clculo se d pela densidade (D) mxima de 3 pessoas por m da rea til destinada aos espec-tadores (Dmx. = 3 pessoas/m).

    7.1.3.2.1 Quando a rea do gramado, do campo, da pista, da quadra, da arena de rodeios etc. for usada para espectadores, a densidade mxima deve ser de 3 pessoas por m (Dmx. = 3 pessoas/m), com tempo mximo para evacuao de 5 minutos. Neste caso o dimensionamento das sadas, como fator de segu-rana, deve ser de 4 pessoas por m.

    7.1.3.2.1.1 Para este tipo de uso, as autoridades competentes devem ser consultadas quanto s poss-veis restries.

    7.1.3.2.2 O pblico do gramado deve ser compu-tado no dimensionamento das sadas permanentes do recinto.

    7.1.3.3 Camarotes

    a) No caso de camarotes que no possuam cadeiras fixas, a densidade (D), para fins de clculo, de 2,5 pessoas por m da rea bruta do camarote;

    b) No caso de camarotes que possuam mobilirios (cadeiras, poltronas, mesas), a populao ser definida conforme o leiaute.

    7.1.4 A organizao dos setores com as respecti-vas lotaes deve ser devidamente comprovada pelos responsveis dos respectivos eventos, por meio de memorial de clculo, sendo tais informaes essen-ciais para o dimensionamento das rotas de fuga.

    7.1.5 Nos setores de pblico em p, medidas de segu-rana devem ser adotadas, pela organizao do evento

    e pelas autoridades competentes, para se evitar que haja migrao de determinadas reas para outras com maior visibilidade do evento, provocando assim uma saturao de alguns pontos e esvaziamento de outros. Nesse caso, barreiras fsicas e outros dispositivos efi-cazes devem ser usados para se evitar a superlotao de algum setor ou rea.

    7.1.6 Outros mtodos analticos de clculo de popula-o, devidamente normalizados ou internacionalmente reconhecidos, podem ser aceitos, desde que sejam devidamente comprovados, pelo responsvel tcnico, ao Servio de Segurana contra Incndio do Corpo de Bombeiros.

    7.1.7 Quando verificada por autoridades competen-tes a necessidade de reduo de pblico em funo do risco que o evento oferece, pode ser adotado o critrio de reduo de pblico, utilizando-se para tal fim a ava-liao da reduo do tempo necessrio para abandono.

    7.1.8 vedada a utilizao das reas de circulao e rotas de sada para o cmputo do pblico.

    7.2 TEMPO DE SADA

    7.2.1 O tempo mximo de sada usado, em conjunto com a taxa de fluxo (F) para determinar a capacidade do sistema de sada da rea de acomodao do pblico para um local de segurana ou de relativa segurana (ver Item 4 - Definies).

    NOTA: No inclui, assim, o tempo total necessrio para percorrer a circulao inteira de sada (do assento ao exterior).

    7.2.2 Nas reas de arquibancadas externas (baixo risco de incndio, ver NT-14 - Carga de incndio), o tempo mximo de sada, nos termos desta NT, ser de 8 minutos (ver Figura 13). Caso a arquibancada seja interna (local fechado), o tempo mximo ser de 6 minutos (ginsios poliesportivos, por exemplo).

    7.2.3 Nas reas internas destinadas a usos diver-sos, com presena de carga de incndio (por exemplo: museus, lojas, bibliotecas, camarotes, cabi-nes de imprensa, estdios, camarins, administrao, estacionamentos, restaurantes, depsitos, rea de con-centrao dos atletas ou artistas e outros), as sadas devem ser dimensionadas conforme NT-11. Con-tudo, caso sejam instalados, nesses locais, sistemas de chuveiros automticos e deteco automtica de incndio, se aceita o dimensionamento conforme esta NT, devendo adotar tempo de sada de 2,5 minutos.

    7.2.4 Nas reas usadas para eventos temporrios tais como: gramado, campo de jogo, arena, pista, quadra, praas e similares (quando usados para o pblico), o tempo de sada mximo ser de 5 minutos.

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    7.2.5 Em certas circunstncias pode ser neces-srio aplicar um tempo de egresso menor do que o estabelecido, por exemplo, se for constatado pelos responsveis, em observao regular, que os espec-tadores ficam agitados, frustrados ou estressados, em menos tempo do que o perodo pr-estipulado para a sada completa do setor.

    7.2.6 Para os locais cuja construo consista em materiais no retardantes ao fogo, o tempo mximo de sada no poder ser superior a 2,5 minutos.

    7.2.7 Para definio da lotao mxima e dispo-nibilizao de ingressos de cada setor, dever ser considerada, para cada evento, a possibilidade de reduo do pblico em funo da necessidade de divi-so de setores, por parte das autoridades, e em funo de possveis reas de risco verificadas em vistoria.

    7.2.8 Caso os espectadores, no dimensionamento ou em testes prticos, no consigam sair do setor den-tro de tempo estipulado, por algum motivo (exemplo: diviso de setores, insuficincia de sadas etc.), ento, uma reduo da capacidade final do(s) setor(es) deve ser avaliada pelos responsveis pela edificao.

    7.2.9 Para diminuir o tempo de sada, podem ser adotadas medidas como limitar a lotao no setor, aumentar as sadas, redirecionar o fluxo dos especta-dores para outras sadas no saturadas etc.

    7.2.10 vedada a utilizao das reas de circulao e rotas de sada para o cmputo do pblico.

    NOTA: Deve-se tambm ser considerado que alguns espectadores, em certas circunstncias, ficaro na rea de acomodao para olharem placares, ouvirem ann-cios adicionais, ou simplesmente esperando a multido dispersar-se. Assim, levar um tempo maior que 8 minutos para deixarem o local. Esta prtica no deve ser considerada na determinao do tempo de egresso.

    7.3 DISTNCIAS MXIMAS A SEREM PERCORRIDAS

    7.3.1 As distncias mximas de percurso para o espectador, partindo de seu assento ou posio, tendo em vista o tempo mximo de sada da rea de acomo-dao e o risco vida humana, so:

    a) 60 m para se alcanar um local de segurana ou de relativa segurana (ver Item 4 - Definies);

    b) 30 m at o patamar de entrada do vomitrio mais prximo. Para edificaes existentes, se aceita at 40 m;

    c) 10 m para se alcanar um acesso radial (ver Figura 8), para estdios e similares, e 7 m para arquiban-cadas provisrias, ginsios cobertos e similares;

    d) Nos casos de eventos temporrios em locais des-cobertos, a distncia mxima a ser percorrida no poder ser superior a 120 m.

    7.4 DIMENSIONAMENTO DAS SADAS DE EMERGNCIA PARMETROS RELATIVOS AO ESCOAMENTO DE PESSOAS

    7.4.1 Para dimensionar o abandono de uma edificao, deve ser utilizada a taxa de fluxo (F) que o indica-tivo do nmero de pessoas por minuto que passam por determinada largura de sada (pessoas/minuto).

    7.4.2 Siglas adotadas:

    P = populao (pessoas);E = capacidade de escoamento (pessoas);D = densidade (pessoas por m);F = taxa de fluxo (pessoas por minuto);L = largura (metro).

    7.4.3 O dimensionamento ser em funo do fluxo de pessoas por minuto (pessoas/minuto) que passam por uma circulao de sada. O fluxo a ser considerado nesta NT deve ser conforme as taxas a seguir:

    a) Nas escadas e circulaes com degraus: 66 pessoas por minuto por metro (79 pessoas por minuto, para uma largura de 1,20m). Se aceita, para edificaes existentes, o valor de 73 pes-soas/minuto/metro;

    b) Nas sadas horizontais (rampas, portas, corre-dores): 83 pessoas por minuto por metro (99 pessoas por minuto, para largura de 1,20 m). Se aceita, para edificaes existentes, o valor de 109 pessoas/minuto/metro.

    7.4.3.1 Caso o clculo resultar em valor fracionado de pessoas, adota-se o nmero inteiro imediatamente superior.

    Por exemplo: 97,5 pessoas (valor de clculo) adota-se como resultado final o valor de 98 pessoas.

    7.4.4 Exemplos de dimensionamentos:

    7.4.4.1 Exemplo 1: Arquibancada para pblico em p em estdio existente - considerando um setor de arquibancadas com dimenses de 20 m de frente por 18 m de profundidade (rea til para pblico em p). Determinar a largura dos acessos radiais para a popu-lao deste setor:

    a) Densidade mxima (D): 3 pessoas por m;b) Clculo da populao (P) total: P = 20 x 18 x (D)

    P = 20 x 18 x (3) = 1080 pessoas;c) Fluxo (F) nos acessos radiais = 73 pessoas por

    minuto por metro (estdio existente);d) Tempo (T) de sada do setor = mximo de 8

    minutos (estdio);e) Capacidade de escoamento (E) por metro: E = F x T = 73 x 8 = 584 pessoas por metro;f) Largura necessria = 1080 / 584 = 1,85 metros,

    no mnimo.

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    7.4.4.2 Exemplo 2: Arquibancada para pblico sentado em estdio novo (assentos individuais), consi-derando um setor de arquibancadas com dimenses de 20 m de frente por 28,80 m de profundidade. Deter-minar o nmero necessrio de acessos (considerar os acessos com largura de 1,40 m):

    a) Largura (L) mnima dos patamares: L = 0,80 m (assentos fixos);

    b) Espaamento entre assentos = 0,50 m;c) Quantidade de assentos por patamar: 20 m /

    0,50 m = 40 assentos;d) Quantidade de patamares (filas de assentos):

    28,80 m / 0,80 m = 36 patamares totais;e) Clculo da populao: P = 36 x 40 = 1440 pes-

    soas;f) Fluxo (F) nos acessos radiais (F = 66 pessoas por

    minuto por metro, ou 92 pessoas para uma lar-gura de 1,40 m);

    g) Tempo (T) de sada do setor = mximo de 8 minutos (estdio);

    h) Capacidade de escoamento (E) para cada acesso de 1,40 m: E = F x T = 92 x 8 = 736 pessoas;

    i) Quantidade de acessos necessrios (P / E) = 1440 / 736 = 2 acessos de 1,40 m cada (um acesso em cada extremidade do setor).

    7.4.4.3 Exemplo 3: Largura das sadas horizontais e verticais - considerando um estdio novo com capaci-dade mxima de 65.000 espectadores, dimensionar a largura total das sadas.

    7.4.4.3.1 Para sadas horizontais (corredores e por-tas):

    a) Fluxo (F) nas sadas horizontais = 83 pessoas por minuto por metro;

    b) Tempo (T) de sada dos setores = mximo de 8 minutos;

    c) Capacidade de escoamento (E) para sada por metro: E = F x T = 83 x 8 = 664 pessoas;

    d) Largura total das sadas horizontais necess-rias: 65.000 / 664 = 98 metros, distribudos de forma a atender aos requisitos desta NT (diviso por setores, larguras mnimas, caminhamento mximo etc.).

    7.4.4.3.2 Para sadas verticais (escadas):

    a) Fluxo (F) nas sadas horizontais = 66 pessoas por minuto para cada metro;

    b) Tempo (T) de sada dos setores = mximo de 8 minutos;

    c) Capacidade de escoamento (E) por metro: E = F x T = 66 x 8 = 528 pessoas;

    d) Largura total das escadas: 65.000 / 528 = 123 metros de escadas, distribudos de forma a aten-der aos requisitos desta NT (diviso por setores, larguras mnimas, caminhamento mximo etc.).

    8. MEDIDAS ESPECFICAS

    8.1 SALA DE COMANDO E CONTROLE

    8.1.1 Na edificao, deve-se prever uma sala em local estratgico, que possa dar viso completa de todo recinto (setores de pblico, campo, quadra, arena e outros), devidamente equipada com todos os recursos de informao e de comunicao disponveis no local, incluindo controle de acesso.

    8.1.1.1 Nesta sala, devem-se interligar os sistemas de monitoramento, de som e de alarmes (incndio e segurana) existentes no recinto.

    8.1.1.2 A sala de comando e controle funcionar como posto de comando integrado das operaes desenvolvidas em situao de normalidade, sendo que em caso de emergncia, deve-se avaliar o melhor local para destinao do posto de comando.

    8.1.2 Sonorizao

    8.1.2.1 Os recintos devem ser equipados com sistema de sonorizao, setorizados, que permita difundir, em caso de emergncia, aviso de abandono ao pblico e acionar os meios necessrios de socorro.

    8.1.2.2 Os equipamentos de sonorizao devem ser conectados a sistemas autnomos de alimentao el-trica para que, no caso de interrupo do fornecimento de energia, sejam mantidos em funcionamento por perodo mnimo de 60 minutos.

    8.1.2.3 Antes do incio de cada evento, o pblico presente deve ser orientado quanto localizao das sadas de emergncia para cada setor e sobre os siste-mas de segurana existentes.

    8.2 ACESSO DE VIATURAS

    8.2.1 Deve-se prever no recinto acesso e sada ade-quados aos servios de emergncia (incluindo o local da prtica desportiva: arena, campo, quadra, pista etc.), obedecendo aos critrios da NT-06 - Acesso de viatura na edificao e reas de risco.

    8.2.2 As vias de acesso e sada dos servios de emer-gncia devem ser separadas dos acessos e sadas usadas pelo pblico.

    8.2.3 Devem ser garantidos dois acessos de veculos de emergncia junto ao campo, em lados ou extremi-dades opostas, viabilizando a remoo de vtimas.

    8.2.4 Deve ser reservada e devidamente sinalizada, rea destinada a viaturas de emergncia, com dimen-ses mnimas de 20 m de comprimento por 8 m de largura, em local externo, adjacente ao estdio e pr-ximo a um dos portes de acesso ao campo.

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    8.3 PROTEO PASSIVA

    8.3.1 Os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistncia mecnica compatvel com as aes e as solicitaes a que so sujeitos (conforme normas da ABNT). Deve ainda, possuir resistncia ao fogo, suficiente para o abandono seguro dos ocupantes e para as aes de socorro (conforme NT-08 - Resis-tncia ao fogo dos elementos de construo).

    8.3.2 A estabilidade estrutural da edificao deve ser comprovada em laudo tcnico especfico, emitido por profissional capacitado e habilitado, devidamente registrado em seu devido Conselho de Classe.

    8.3.3 As reas internas da edificao (depsitos, escritrios, museus, lojas, sala de imprensa, biblio-tecas, camarins, administrao, estacionamentos, restaurantes, de concentrao dos atletas ou artistas e outras similares) devem ser devidamente compar-timentadas das reas de pblico e circulaes de sada com elementos resistentes ao fogo (ver NT-09 - Compartimentao horizontal e compartimentao vertical). Essa compartimentao pode ser substituda por sistemas de chuveiros automticos e de deteco automtica de incndio.

    8.3.4 Os dutos e shafts (horizontais ou verticais) das instalaes em geral do recinto devem ser devi-damente selados, quando atravessarem qualquer elemento de construo (em especial paredes e lajes), mantendo-se assim a compartimentao dos espaos, o isolamento dos locais e a proteo das circulaes (ver NT-09).

    8.3.5 A reao ao fogo dos materiais utilizados nos acabamentos, nos elementos de decorao e no mobi-lirio principal fixo deve ser controlada para limitar o risco de deflagrao e a velocidade do desenvolvi-mento do incndio.

    8.4 INSTALAES ELTRICAS

    8.4.1 As instalaes eltricas e o sistema de prote-o contra descargas atmosfricas devem atender aos requisitos previstos, respectivamente, na NBR 5410 (Instalaes eltricas de baixa tenso) e NBR 5419 (Proteo de estruturas contra descargas atmosfri-cas).

    8.4.2 Os circuitos que alimentam os sistemas ou ser-vios de segurana devem ser devidamente protegidos contra a ao do fogo e fumaa.

    8.5 BRIGADA DE INCNDIO

    8.5.1 Os critrios para constituio da brigada de incndio dos recintos devem ser estabelecidos em con-formidade com a NT-17 - Brigada de incndio.

    8.6 EQUIPAMENTOS DE SEGURANA CONTRA INCNDIO

    8.6.1 Os equipamentos de segurana contra incn-dio dos recintos devem ser projetados de acordo com a Lei 15.802/2006, Cdigo Estadual de Segurana con-tra Incndio e Pnico no Estado de Gois e respectivas Normas Tcnicas, devendo considerar os riscos espe-cficos a serem protegidos e as adaptaes admitidas neste captulo.

    8.6.1.1 Os responsveis pelo evento devero disponi-bilizar chaves mestras, na sala de comando e controle e no posto de comando integrado, para abertura de todos os locais de acesso restrito que contenham equipamentos de combate a incndio. Devero ainda manter os integrantes da brigada de incndio e da segurana com cpia da chave mestra, prximo aos locais de uso.

    8.6.2 Extintores

    8.6.2.1 A proteo por extintores dever atender aos parmetros da NT-21, admitindo-se as adaptaes abaixo.

    8.6.2.2 Nos locais de acesso de pblico para assis-tncia aos espetculos desportivos e em outros que necessitem de segurana, os extintores podem ser ins-talados em armrios, em locais de acesso restrito brigada de incndio e ao pessoal de segurana, com percurso mximo (caminhamento) de 35 m para se alcanar um armrio. Estes locais, quando trancados, devero possuir chave mestra.

    8.6.2.3 As reas de acomodao do pblico (arqui-bancadas) esto isentas da instalao de extintores de incndio e do caminhamento do item anterior.

    8.6.2.4 Nos locais administrativos, vestirios, bares, restaurantes, museus, lojas, cabines de rdios, cama-rotes, sala de imprensa, estacionamentos cobertos e demais reas onde no h presena de espectadores, deve-se atender s prescries da NT-21.

    8.6.3 Sistema de Hidrantes

    8.6.3.1 A proteo por hidrantes dever atender aos parmetros da NT-22, admitindo-se as adaptaes abaixo.

    8.6.3.2 Nos locais de acesso de pblico, os hidran-tes podero ser instalados em locais de acesso restrito ao Corpo de Bombeiros e Brigada de Incndio, em armrios prprios, com chave mestra.

    8.6.3.3 As reas de acomodao do pblico (arqui-bancadas, cadeiras, sociais e similares) esto isentas da instalao de hidrantes, devendo ser cobertas pelos hidrantes instalados nas circulaes de acesso, permi-

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    tindo-se adotar at 60 m de mangueiras (divididos em lances de 15 metros). Nas demais reas adotam-se as prescries da NT-22.

    8.6.4 Sistema de iluminao de emergncia

    8.6.4.1 A proteo pelo sistema de iluminao de emergncia obrigatria em todos os eventos, devendo atender s prescries da NT-18 - Sistema de ilumina-o de emergncia.

    8.6.4.2 O sistema de iluminao e os demais sis-temas de emergncia devem possuir duas fontes alternativas de energia, sendo recomendado o uso de grupo motogerador.

    8.6.4.3 Nos recintos com capacidade acima de 5.000 espectadores obrigatria a instalao de grupo motogerador de energia, para a manuteno de todos os sistemas eltricos de segurana (emergncia).

    8.6.4.4 A iluminao do espetculo esportivo deve ser mantida acesa at a sada total do pblico, devendo seu desligamento ser efetuado apenas aps consulta ao Posto de Comando.

    8.6.5 Sistema de deteco e alarme de incndio

    8.6.5.1 O sistema de deteco e alarme de incndio deve ser setorizado e monitorado pela central de segu-rana, atendendo s prescries da NT-19 - Sistema de deteco e alarme de incndio.

    8.6.5.2 Os acionadores manuais de alarme devem ser instalados junto aos hidrantes. Os avisadores sono-ros, nas reas de acomodao e de circulao do pblico, devem ser substitudos por sistema de som audvel.

    8.6.5.3 Junto central de alarme e na sala de comando e controle, dever ser instalado microfone conectado ao sistema de som do recinto.

    8.6.5.4 As reas tcnicas, depsitos, museus, lojas, subsolos, shafts, dutos, espaos confinados e outras reas similares devem ser protegidas por deteco automtica de incndio.

    8.6.6 Sinalizao de emergncia e geral

    8.6.6.1 O sistema de sinalizao de emergncia obrigatrio em todos os eventos, conforme parmetros da NT-20 (Sinalizao de emergncia).

    8.6.6.2 Todas as sadas, as circulaes, os acessos, os setores, os blocos, os equipamentos de segurana, os riscos especficos, as reas de acomodao do pblico, os servios de socorro e as orientaes em geral devem ser devidamente sinalizadas e visveis, atendendo aos objetivos desta NT.

    8.6.6.3 Devem ser instaladas, em todos os acessos de entrada do recinto, placas indicativas da capa-cidade total de pblico, e nas entradas dos setores, placas indicativas da capacidade de pblico do respec-tivo setor (ver Figura 15).

    8.7 DEVEM SER FIXADOS, EM LOCAIS VISVEIS MAPAS INDICANDO:

    a) A localizao atual do usurio na edificao;b) As duas sadas de emergncia mais prximas;c) O caminhamento para atingir essas sadas;d) Telefones da central de segurana do estdio;e) Lotao mxima permitida, conforme projeto

    aprovado pelo CBMGO; f) Outras informaes teis.

    8.8 GS COMBUSTVEL (GLP E GN)

    8.8.1 O uso de GLP ou de GN deve atender aos requisitos da NT-28 - Manipulao, armazenamento, comercializao e utilizao de gs liquefeito de petr-leo (GLP) ou da NT-29 - Comercializao, distribuio e utilizao de gs natural, respectivamente.

    8.8.2 No permitido o uso de gs combustvel nos locais de vendas, nas reas de acomodao e circula-o do pblico.

    8.9 SUBSOLOS

    8.9.1 Os subsolos que possurem ocupaes dis-tintas de estacionamento de veculos (subsolos ocupados) devem atender s exigncias adicionais contidas no Regulamento de segurana contra incn-dio das edificaes e reas de risco do Estado de Gois, principalmente quanto s medida