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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS - 2013
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como espaço produzido e apropriado
pela sociedade. (LEFEBRE, 1974 apud Paraná, 2008), composto por inter-relação entre sistemas de objetos:
naturais, culturais e técnicos, sistemas de ações, relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS,
1996).
A partir dessa perspectiva, os objetos geográficos são indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo
objetos naturais.
O objeto aqui – espaço geográfico – é entendido como interdependente do sujeito que constrói. Trata-se
de uma abordagem que não nega o sujeito do conhecimento nem supervaloriza o objeto , mas antes, estabelece
uma relação entre eles, entendendo-os como dois pólos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito torna-se
presente no discurso geográfico (SILVA, 1995).
O objetivo do ensino de Geografia na escola deve ser entendido como aquele que busca apreender os
eventos humanos em sua dinâmica espacial: onde ocorrem, como ocorrem e porque ocorrem na concretude do
lugar e dos demais conceitos básicos da Geografia: paisagem, região, território, natureza e sociedade. (Carneiro,
1993). Para tanto a leitura geográfica da realidade não se restringe a descrição e localização de elementos
naturais e humanos, mais sim em fazer uma análise das inter-relações entre esses elementos nas diferentes
escalas (local, regional, nacional e global).
A geografia tende a explicar como os homens ocupam a superfície terrestre para produzir e reproduzir
nela a sociedade que existe hoje e ainda continuara existindo, dando espaço para iniciativas de planejamento e
manejamento do espaço.
A geografia busca desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar
criticamente a realidade, para melhor compreende-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido
de superar suas contradições. Ou seja, a Geografia deve buscar uma visão contextual e dinâmica, para a
compreensão da natureza do espaço geográfico levando assim um melhor aproveitamento educacional
(Carneiro, 1993).
O ensino de geografia permite uma compreensão ampla da realidade possibilitando que os alunos nela
interfiram de maneira mais consciente e propositiva, produzindo assim atitudes perante os problemas. Para
tanto, porém é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos
básicos com os quais este campo do conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações de modo a pedir
não apenas compreensão das relações socioculturais e o funcionamento da natureza as quais historicamente
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR MARIO EVALDO MORSKI ENSINO MÉDIO E NORMAL
pertence, mas também conhecer e sabe utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento
geográfico.
O ensino de geografia deve levar os educandos em geral a uma consciência da espacialidade das coisas,
dos fenômenos que eles vivenciam, formando assim conceito de espacialidade. (CAVALCANTI, 2002). A
formação de espacialidades (Cavalcanti, 2002), se da através das praticas do dia-dia, onde se formam conceitos
do espaço, sendo que o ensino de geografia tem por essa finalidade trabalhar a espacialidade do meio onde a
pessoa esta inserida.
O ensino de geografia deve fazer com que o aluno perceba que ele faz parte do espaço, e que os
fenômenos que ocorrem são resultados da ação humana ( Cavalcanti, 2002), e da natureza, pois ele estando
inserido no espaço este é agente ativo de suas transformações; O estudo do espaço faz com que o aluno perceba
que tudo esta inter-relacionado, onde a sociedade e natureza se integram e que isto gera relações entre ambas
(CAVALCANTI, 2002).
Através dos conceitos cotidianos o aluno deve formular seus conceitos científicos, sendo papel da escola
e do professor fazer esta mediação, entre os conceitos cotidianos e os científicos, desenvolvendo um
pensamento conceitual e formar um leitor critico da sua realidade, sendo que o aluno já tem uma história que
deve ser respeitada:
“ O aluno é um ser histórico que traz consigo e em si uma historia, e um conhecimento
adquirido na sua própria vivencia. O desafio é fazer partir daí a ampliação e o
aprofundamento do conhecimento do seu espaço, do lugar em que vive, relacionando-o
com outros espaços mais distantes e até diferentes” (CALLAI, 2001, p.136).
Nesta perspectiva, o currículo escolar deve oferecer também os movimentos contraditórios os quais a
sociedade vem enfrentando. Os Desafios Educacionais Contemporâneos visam desenvolver práticas
educacionais eliminando atitudes discriminatórias que evidenciam as diferenças.
A disciplina de Geografia através dos conteúdos específicos estão intimamente relacionados o físico e o
humano, o local e o global e as diversas identidades presentes no contexto geográfico- educação ambiental,
sexualidade, história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, prevenção ao uso indevido de drogas,
educação fiscal, enfrentamento à violência, devem ser tratados de modo contextualizado estabelecendo entre
eles relações interdisciplinares. Dessa perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica
das contradições sociais políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e
propiciem compreender a produção cientifica.
Nessa perspectiva de ensino-aprendizagem a Geografia deve buscar um processo de ensino
construtivista onde a construção do conhecimento é espontânea, pois parte do aluno. Muito se critica qual é o
papel do professor nesse processo: o papel do professor é de mediador entre a transformação do conhecimento
cotidiano em cientifico, não é papel de ensinar e repassar informações, pois quando o professor propõe um tema
ao aluno deve considerá-lo como sujeito de saberes já elaborados em sua vida cotidiana (CAVALCANTI,
2002).
A geografia deve ser uma das áreas do ensino que mais contribua para a formação do cidadão, de forma
com que o aluno construa a sua cidadania. Porem a educação para a cidadania perpassa várias disciplinas a
geografia deve contribuir neste processo de forma que:
“A formação do educando para ser um cidadão passa pela idéia de prepará-lo, para “aprender a aprender”, para “saber fazer”, o papel das disciplinas escolares, e o da geografia particularmente, tem a ver com o método, quer dizer, de que forma se ira abordar a realidade. E daí, insisto, a clareza do objeto da Geografia é fundamental, pois nos da os instrumentos (os conteúdos, as informações geográficas) para chegar onde pretendem” (CALLAI, 2001).
OBJETIVOS
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e
as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.
Compreender as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica.
Analisar as diferentes escalas e conceitos geográficos.
Compreensão do mundo articulada ao lugar de vivência do aluno e ao seu cotidiano.
Compreender e interpretar os fenômenos considerando as dimensões
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
-Dimensão econômica do espaço
geográfico
-Dimensão política do espaço geográfico
-Dimensão cultural e demográfica do
espaço geográfico
-Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a
(re)organização do espaço geográfico.
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.
- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais
da diversidade cultural.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do
espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do
território brasileiro.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a urbanização.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a
(re)organização do espaço geográfico.
- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das
informações.
8ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfi-
co
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espa-
ço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geo-
gráfico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios do continente americano.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel
do Estado.
- O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organi-
zação do espaço geográfico.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os in-
dicadores estatísticos da população.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais.
9ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfi-
co
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espa-
ço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geo-
gráfico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel
do Estado.
- A revolução tecnico-científico-informacional e os novos ar-
ranjos no espaço da produção.
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os in-
dicadores estatísticos da população.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da
paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tec-
nologias de exploração e produção.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na
atual configuração territorial.
METODOLOGIA
Através do método de ensino a geografia deve contribuir para a formação de um cidadão, sendo que os
próprios conteúdos devem ter a função de resgatar o conhecimento produzido, ou seja, o que cada um traz junto
consigo, dando sentido social, para estes saberes, a educação e o ensino devem ser pensados sempre do lugar
onde se esta inserido e não isoladamente (CALLAI, 2001).
A educação deve assumir um papel que garanta mudança, no modo de agir e pensar do aluno cidadão;
“A educação para a mudança assume contornos dinâmicos, pois o mundo não para, e os
fenômenos que a geografia estuda tem que ser considerados como resultados de um
processo histórico situado num determinado local(...) Geografia estuda as questões
numa perspectiva de escala de analise que dê conta dos diversos níveis territoriais”
(CALLAI, 2001).
Quanto ao ler e escrever em geografia, este ganhou uma nova dimensão desde o uso de obras literárias,
que possam ter a temática relacionada com o ensino de geografia, e o escrever também, são linguagens que
permitem um maior atrativo nas aulas e maior interesse nos alunos, quebrando com a mesmice de sempre.
Outra linguagem muito usada na geografia é o dos meios de comunicação, mais vale lembrar que o
“professor não deve se tornar um jornal, trabalhando apenas com noticias”, além de tomar o devido cuidado
com as notícias vinculadas, pois estas muitas vezes defendem uma ideologia e interesses de alguns grupos, o ler
e escreve em geografia deve formar alunos mais atentos a sua realidade e participem da transformação da
mesma.
É necessário que os alunos falem, escrevam, tenham suas oportunidades em sala de aula; O ler escrever
falar em público é uma tarefa interdisciplinar que deve estar ligada a todas as áreas do ensino, passando todas as
barreiras até então criadas de que só cabe a certa disciplina.
De acordo com as Diretrizes a metodologia de ensino deve permitir que o aluno se aproprie dos
conceitos fundamentais da Geografia e compreenda o processo da produção e transformação do espaço
geográfico.
O professor deve conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o
questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e aprendizagem critica
aconteçam. Todo esse procedimento tem por finalidade de que o ensino de geografia contribua para a formação
de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e critica.
A organização do processo de ensino deve ampliar a capacidade de analise do espaço geográfico e a
formação de conceitos da disciplina. Os conteúdos serão abordados com ênfase nas dimensões geográficas da
realidade econômica, política, socioambiental sendo que alguns conteúdos estruturantes podem ser mais
enfatizados. Devendo haver uma articulação dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos.
A Geografia nos anos finais do ensino fundamental encaminhará o aluno para que amplie as noções
espaciais que desenvolveu nos anos iniciais. Desta maneira, o professor aprofundará os conceitos básicos que
fundamentam a compreensão e a crítica da organização. Destacando que o espaço geográfico é resultado da
integração entre as características físico-natural e humano-social, analisado a partir de diferentes níveis de
escalas de análise.
As práticas pedagógicas para o ensino de Geografia estarão relacionadas aos fundamentos teóricos
das Diretrizes, utilizando recursos áudio visuais (filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens
em geral), obras de arte e literatura, aula de campo e outras maneiras de abordar o conteúdo. A cartografia será
abordada como um recurso didático ao longo do processo ensino-aprendizagem, devendo estar presente em
todos os anos.
O uso da linguagem cartográfica, como recurso metodológico, é importante para compreender como os
fenômenos se distribuem e se relacionam no espaço geográfico.Entretanto, a linguagem cartográfica deve ser
trabalhada ao longo da Educação Básica, como instrumento efetivo da leitura e análise de espaços próximos e
distantes conhecidos e desconhecidos.
Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia tornam-se importantes instrumentos para a
compreensão do espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais nas diversa escalas geográficas.
A aula de campo: É um importante encaminhamento metodológico para analisar a área em estudo (urbana ou
rural), de modo que o aluno poderá diferenciar, por exemplo, paisagem de espaço geográfico. Parte-se de uma
realidade local bem delimitada para investigar sua constituição histórica e realizar comparações com os outros
lugares, próximos ou distantes. Assim, a aula de campo jamais Serpa um passeio, porque terá importante papel
pedagógico no Ensino de Geografia.
A aula de campo abre ainda possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas, tais como:
consultas bibliográficas (livros e Periódicos), análise de fotos antigas, interpretação de mapas, entrevistas com
moradores, elaboração de maquetes, murais, etc. (NIDELCOFF,1986).
Os recursos áudio visuais: Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral
(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos conteúdos da
Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-conceituais.
A cartografia: O domínio da leitura de mapas é um processo de diversa etapas porque primeiro é acolhida a
compreensão que o aluno tem da realidade em exercícios de observar e representar o espaço vivido, com o uso
da escala intuitiva e criação de símbolos que identifiquem os objetos. Depois, aos poucos, são desenvolvidas as
noções de escala e legenda, de acordo com os cálculos matemáticos e as convenções cartográficas oficiais
(RUA, 1993). Ao apropriar-se da linguagem cartográfica, o aluno estará apto a reconhecer representações de
realidades mais complexas, que exigem maior nível de abstração.
Propõe-se que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos estudantes como se fossem textos, passíveis
de interpretação, problematização e análise crítica.
Literatura: As obras de arte possuem uma importância destacam no conjunto de abordagens possíveis às aulas
de Geografia, visto que abraçam particularidade que não são possíveis com outros recursos.
A literatura, em seus diversos gêneros, pode ser instrumento mediador para a compreensão dos
processos de produção e organização espacial; do conceitos fundamentais à abordagem geográfica e, também,
instrumento de problematização dos conteúdos (BASTOS, 1998)
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação do ensino aprendizagem será de maneira formativa, diagnóstica e processual,
acompanhando de forma investigativa tanto processo de ensino aprendizagem, quanto a prática pedagógica,
assumindo assim dimensão formadora, sendo o fim desse processo a aprendizagem (Paraná, 2008). A avaliação
é um elemento integrador do processo ensino e aprendizagem, visando identificar avanços e dificuldades,
levando-nos a buscar caminhos para solucioná-los.
O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o conhecimento empírico e o
conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e interpretar textos, fazendo uso das representações
cartográficas, analisando o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas,
comparando, e sintetizando a densidade das relações e transformações que tornam concreta e vivida a realidade.
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos
geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais para compreensão e intervenção na realidade.
A avaliação deve ser abrangente. Os mecanismos utilizados devem ser variados, legítimos e devem ter como
função principal a verificação dos progressos conquistados pelos alunos.
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação
contínua e formativa. A avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa
continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem
na sala de aula.
Não tem sentido processos avaliativos que apenas constatem o que o aluno aprendeu ou não aprendeu,
acima de tudo os objetos/processos avaliativos devem contribuir para a formação de sujeitos que se apropriem
do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos (Paraná, 2008).
Para tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar pertinentes no decorrer do processo de ensino/
aprendizagem, poderão ser utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:
Atividade de Leitura compreensiva de textos;
Construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros;
Pesquisas Bibliográficas;
Interpretação e produção de texto;
Palestra/ Apresentação oral
Relatórios;
Apresentação e discussão de temas em seminários:
Debates
Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
Atividades a partir de Recursos audiovisuais
Trabalho em grupo
Confecção de peças teatrais com a temática geográfica.
Interpretação de músicas e obras literárias.
Questões discursivas
Questões objetivas
Projetos de Pesquisa
Confecção de Jogos.
Para que as intervenções possam ocorrer satisfatoriamente e de formas diferenciadas, propiciando assim,
alterações de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula, o professor utilizará o instrumento que julgar
apropriado, durante o desenvolvimento do conteúdo em sala, para a compreensão e melhor desempenho da
turma. Observando que tais intervenções serão feitas no decorrer dos bimestres.
Desta forma podemos concluir que a avaliação do processo ensino aprendizagem, entendidas como
questão metodológica de responsabilidade do professor, e é determinada pela perspectiva de investigar para
intervir, devendo ser desenvolvida com diversidade de instrumentos e técnicas, possibilitando aos estudantes
variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento (Paraná, 2008).
Quanto ao processo de recuperação, esta se se dará de forma paralela e tratada de forma continua e
concomitante ao processo de ensino aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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n°16.p.133-152.2001.
CARNEIRO. S.M.M. Importância Educacional da Geografia. Educar. Curitiba: Editora UFPR, nº9,p.117-
120,1993.
CASTROGIOVANNI, A.C.(Org) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Ed.. UFRS,
1999.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de Ensino. Goiânia: Alternativa, 2002
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000
____________Por uma geografia nova. São Paulo:Hucitec,1986.
SEED/PR. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED,2008.
SEED/PR. Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do Projeto Político-Pedagógico. Curitiba,
SEED/DEEIN, 2005.
SEED/PR. Os desafios educacionais contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da
Proposta Pedagógica Curricular e a especificidade da escola pública. Texto elaborado e organizado por Ana
Carolina Soares Duarte, Elisane Fank e Paulla Helena Silva de Carvalho, da Coordenação de Gestão Escolar
VESENTINI J.W.. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.
VYGOTSKY. L.S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In LEONTIEV... et al.
Psicologia e Pedagogia: bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. Tradução de Rubens E. de
Frias. São Paulo: Centauro, 2005.
RUA XV DE DEZEMBRO Nº 78 FONE: 042 3677 1151 - PINHÃO - PARANÁ[email protected]