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COLÉGIO ESTADUAL OLINDA TRUFFA DE CARVALHO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA TRÊS BARRAS, 741 JD. PANORÂMICO FONE/FAX: (45) 3324-7811 CEP: 85819-270 CASCAVEL PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VOLUME I CASCAVEL/PR 2011

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COLÉGIO ESTADUAL OLINDA TRUFFA DE CARVALHO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

RUA TRÊS BARRAS, 741 – JD. PANORÂMICO

FONE/FAX: (45) 3324-7811 CEP: 85819-270

CASCAVEL – PARANÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VOLUME I

CASCAVEL/PR

2011

2

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ..................................... 5

2. MODALIDADES DO ENSINO ................................................................................. 6

2.1 NÚMERO TOTAL DE ALUNOS NOS TRÊS PERÍODOS EM 2011 ................. 6

3. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR ................................................................ 7

4. HISTÓRICO DO COLÉGIO OLINDA TRUFFA DE CARVALHO ............................. 8

4.1 DIREÇÕES QUE JÁ ATUARAM NA ESCOLA .................................................. 9

5. PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO ESTABELECIMENTO .................................. 10

5.1 RELAÇÃO DE PROFESSORES E DISCIPLINA QUE ATUAM NO

ESTABELECIMENTO DE ENSINO. ...................................................................... 10

5.2 RELAÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS II E FUNÇÃO. ......................... 12

5.3 RELAÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E FUNÇÃO. ......................... 12

5.4 RELAÇÃO DAS PEDAGOGAS E PERÍODO DE ATUAÇÃO. ......................... 13

6. AMBIENTES PEDAGÓGICOS .............................................................................. 14

6.1 BIBLIOTECA .................................................................................................... 14

6.2 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ............................................................... 15

6.3 LABORATÓRIOS DE BIOLOGIA, QUÍMICA E FÍSICA ................................... 15

6.4 SALAS DE AULA ............................................................................................. 15

6.5 GINÁSIO DE ESPORTES E QUADRA ESPORTIVA ...................................... 16

6.6 SALA DE VÍDEO ............................................................................................. 17

7. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO, ECONÔMICA E CULTURAL DA COMUNIDADE

ESCOLAR ................................................................................................................. 17

8. OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO ................................................................ 27

8.1 QUEREMOS A ESCOLA ORGANIZADA A PARTIR DE MECANISMOS

LEGAIS .................................................................................................................. 28

8.2 CONCEPÇÕES DA ESCOLA .......................................................................... 29

8.2.1 Que sujeitos queremos formar? ................................................................ 29

8.2.2 Que saberes queremos discutir?............................................................... 29

8.2.3 Que sociedade queremos? ....................................................................... 30

8.2.4 Que escola queremos? ............................................................................. 30

9. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO .................................................. 31

10. PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DO ESTABELECIMENTO ........................... 33

11. PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ESTABELECIMENTO ......................... 34

3

12. PRESSUPOSTOS PSICOLÓGICOS DO ESTABELECIMENTO (TEORIA DA

APRENDIZAGEM) .................................................................................................... 35

13. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO ESTABELECIMENTO DE

ENSINO..................................................................................................................... 37

14. HORA-ATIVIDADE .............................................................................................. 38

15. PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR VISANDO OS ALUNOS COM

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS ...................................................... 39

16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA INGLESA ............................... 41

17. ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ .................................................... 42

19. ESTUDOS RELACIONADOS À DIVERSIDADE EDUCACIONAL ...................... 43

20. PROJETOS INTEGRADOS AO PPP .................................................................. 48

21. CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO ........................................................................ 50

22. FORMAS DE REGISTROS DA AVALIAÇÃO ...................................................... 51

23. PERIODICIDADE DO SISTEMA AVALIATIVO ................................................... 53

24. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS PARACOMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR:

SALA DE APOIO, SALA DE RECURSOS, VIVA ESCOLA E CELEM. ..................... 54

24.1 SALA DE APOIO ........................................................................................... 54

24.2 SALA DE RECURSOS .................................................................................. 54

24.3 PROGRAMA CELEM..................................................................................... 57

26. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ......................................... 58

26.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................. 58

26.2 EDUCAÇÃO FISCAL ..................................................................................... 59

26.3 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS ........................................................... 59

26.4 ENFRENTAMENTO Á VIOLÊNCIA NA ESCOLA .......................................... 60

26.5 RELAÇÕES ÉTICO RACIAIS ........................................................................ 61

26.6 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS ......................................... 62

26.7 GÊNERO E SEXUALIDADE .......................................................................... 62

26.8 COMO A ESCOLA ABORDA OS TEMAS ..................................................... 63

27. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS .............................................. 64

28. OPÇÃO PELA OFERTA DE REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL ................ 65

29. ESTRATÉGIAS DO ESTABELECIMENTO PARA A ARTICULAÇÃO COM A

FAMILIA E A COMUNIDADE .................................................................................... 66

30. INSTÂNCIAS COLEGIADAS DO ESTABELECIMENTO .................................... 67

30.1 CONSELHO ESCOLAR ............................................................................... ..67

30.2 APMF ............................................................................................................. 68

4

30.3 GRÊMIO ESTUDANTIL ................................................................................. 69

31. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ........................................................................ 70

31.1 ADENDO NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - REFERENTE AO

ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO. ........................................................................... 70

31.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO......................................... 70

31.3 ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELA ATIVIDADE DE ESTÁGIO NA

ESCOLA ................................................................................................................ 70

32. ADOLESCENTE APRENDIZ ............................................................................... 71

33. A ESCOLA DISPONIBILIZA SEU ESPAÇO PARA ESTÁGIO DE PRÁTICA DE

ENSINO SUPERVISIONADO DO ENSINO SUPERIOR ......................................... 72

34. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-

PEDAGÓGICO: PERIODICIDADE E INSTÂNCIAS ENVOLVIDAS .......................... 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 74

5

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Nome: Colégio Estadual Olinda Truffa de Carvalho.

Endereço: Rua Três Barras, 741

Bairro: Jardim Panorâmico CEP: 85819-270

Município: Cascavel – Paraná

Fone: (0xx) 45-3324-7811 / 3324-2429

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

CNPJ.: 78.674.553/0001-17

Distância do Estabelecimento de Ensino até o Núcleo Regional de Educação-

Cascavel/PR: 5,2 Km

Autorização de Funcionamento do Estabelecimento: Resolução conjunta 71/82

de 29/07/82.

Reconhecimento do Estabelecimento de Ensino: Resolução 391/1985 DOE

14/02/1985.

Reconhecimento do Ensino Fundamental: Resolução 391/1985 DOE 14/02/1985.

Renovação do reconhecimento do Ensino Fundamental: Resolução 964/2007

DOE 29/03/2007.

Reconhecimento do Ensino Médio: Resolução 2847/1995 DOE 28/07/1995.

Renovação de reconhecimento do Ensino Médio: Resolução 965/2007 DOE

30/03/2007.

Aprovação do Regimento Escolar pelo NRE: Ato administrativo 612/2007.

6

2. MODALIDADES DO ENSINO

O Colégio Estadual Olinda Truffa de Carvalho – Ensino Fundamental e Médio

tem como modalidade o Ensino Regular: Fundamental e Médio. Os turnos de

funcionamento são manhã, tarde e noite. O sistema é anual, subdividido em 4

bimestres.

2.1 NÙMERO TOTAL DE ALUNOS NOS TRÊS PERÍODOS EM 2012

Tabela 1 – Relação de turmas e número de alunos do ano de 2012.

QUANT. DE ALUNOS

POR PERÍODO

TOTAL

SÉRIE N.º TURMAS MANHÃ TARDE NOITE N.º ALUNOS

6º Ano 04 00 92 00 92

7º Ano 05 57 89 00 146

8º Ano 06 77 60 00 137

9º Ano 06 76 44 31 151

1º ano E. M. 05 84 00 69 153

2º ano E. M. 04 67 00 61 128

3º ano E. M. 04 40 00 60 100

CELEM – Italiano e Espanhol 07 00 41 109 150

SALA DE RECURSO 02 18 11 00 29

TOTAL 43 419 337 330 1086

Total de alunos por período: Matutino 419 Vespertino 337 Noturno 330 TOTAL 1086

7

3. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

Conforme matriz escolar a organização do tempo escolar deste

estabelecimento de ensino é seriado, atendendo alunos do Ensino Fundamental de

6º ano a 9º ano e ensino médio de 1º ao 3º ano, distribuídos nos três períodos:

matutino, vespertino e noturno.

No período matutino atendendo alunos do Ensino Fundamental e Médio, no

período vespertino somente ensino Fundamental e período noturno a última série do

fundamental e ensino médio.

O sistema de avaliação é bimestral, onde o aluno deverá obter uma nota

mínima de 6,0 (seis vírgula zero) em cada um dos bimestres, e ao final do ano letivo

totalizar 240 pontos e frequência anual igual ou maior de 75%. O aluno que não

obtiver a nota mínima para aprovação, a decisão será tomada no conselho de classe

final. Nestes casos, o aluno aprovado por conselho de classe em um ano, não

poderá ser aprovado por conselho de classe no ano seguinte na mesma disciplina.

Os professores têm acesso a estas informações de alunos que estão repetindo a

série e/ou que obtiveram aprovação por conselho de classe através de pasta

disponibilizada na mecanografia da escola.

8

4. HISTÓRICO DO COLÉGIO OLINDA TRUFFA DE CARVALHO Este estabelecimento de ensino iniciou suas atividades escolares no dia

10/03/1977 com o nome de Malba Tahan. Não contando com prédio próprio para seu

funcionamento, foram utilizadas as dependências da Fundação Faculdade de

Educação Ciências e Letras de Cascavel – FECIVEL, hoje Universidade Estadual do

Oeste do Paraná – UNIOESTE, com 396 alunos de 1ª a 5ª séries.

A partir de 1982, passou a funcionar em prédio próprio, situado à Rua Três

Barras, 741, Jardim Panorâmico, com o nome de Escola Estadual Olinda Truffa de

Carvalho. Ensino de 1o Grau, criada através da resolução 71/82 publicada no Diário

Oficial de 29/07/82, mantida pelo Governo do Estado do Paraná.

Recebeu esse nome em homenagem à professora Olinda Truffa de Carvalho

pelos relevantes serviços prestados como alfabetizadora.

No ano de 1984, conforme resolução número 2131/84 de 27/04/84 a

Secretaria Estadual da Educação oficializou o funcionamento de duas classes

especiais para este estabelecimento.

O curso de 1o Grau Regular foi reconhecido através da deliberação 391/85

de 14/02/85.

O 2o Grau Regular – Educação Geral teve seu funcionamento autorizado a

partir de 1991, pela resolução 503/91 de 08/02/91 e reconhecido pela resolução

2847/95.

O ensino fundamental de 1a à 4a séries passou a adotar a proposta do Ciclo

Básico de Alfabetização de quatro anos a partir de Janeiro de 1994, conforme

resolução 6342/93.

A Educação Especial passou a contar com uma Sala de Recursos

autorizada pela resolução 3183/95 de 08/08/95, para atendimento complementar

diferenciado de forma a subsidiar com métodos e atividades diversificadas os

conceitos e conteúdos defasados no processo ensino e aprendizagem.

A partir de 1997 este estabelecimento passou a ofertar o Ensino Supletivo

em blocos para o 1o Grau e em 1999 o Supletivo Seriado – EJA, Ensino

Fundamental e Médio.

O PROEM – Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio, teve sua

implantação gradativa a partir do ano de 1999 através do parecer 734/99.

O Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, Educação Infantil e Educação

Especial para este seguimento, devido o processo de municipalização foi cessado no

9

ano 2002, através da resolução nº 1991/02, entretanto funcionando nas mesmas

dependências, porém tendo como mantenedora a Prefeitura Municipal de Cascavel.

No ano de 2004, a EJA entra em processo gradativo de cessação, iniciando

a implantação do ensino fundamental (8ª série) no período noturno, para atender as

necessidades da comunidade escolar.

Em 2006, recebemos autorização do NRE Núcleo Regional de Educação

para funcionamento da 8ª série fundamental no período noturno

4.1 DIREÇÕES QUE JÁ ATUARAM NA ESCOLA

Tabela 1: Relação das direções que já atuaram no Colégio Olinda.

DIREÇÃO VICE-DIREÇÃO GESTÃO

Terezinha Valezan - 10/03/1977 a 8/08/1993

Luísa Maria P. de Oliveira Neide Mioli Bogger 09/08/1983 a 31/05/1984

Neide Mioli Bogger 08/10/1984 a 01/07/1985

Idalide Grandi Soares

Aparecida Porto França Maria da Gloria Joanico Leocádia Santos Soares

02/07/1985 a 31/12/1987

Leocádia Santos Soares Idalide G. Soares Neusa M. Lima Terezinha Gazziero

01/01/1988 a 30/12/1991

Dirce Maria Martins Terezinha Gazziero 01/01/1992 a 31/12/1995

Neusa Lima Ivonete M.V. Vendrusculo Neudi Zanatti

01/01/1996 a 31/12/1997

Dirce Maria Martins Elizabete Miranda Kopp Terezinha Gazziero

01/01/1998 a 31/12/2001

Altamir José Batista Nelci Olímpia Meassi 01/01/2002 a 31/12/2003

Altamir José Batista Nelci Olímpia Meassi 01/01/2004 a 31/12/2005

Ivonete Maria V.Venson José Carlos de Oliveira 01/01/2006 a 31/12/2007

Ivonete Maria V. Venson Marilda Aparecida Bianco 01/01/2008 a 31/12/2011

Ivonete Maria V. Venson Sandra Maíra Bolzon 01/01/2012 a 31/12/2014

10

5. PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO ESTABELECIMENTO

5.1 RELAÇÃO DE PROFESSORES E DISCIPLINA QUE ATUAM NO

ESTABELECIMENTO DE ENSINO.

NOME DO PROFESSOR Disciplina que ministra

Adriana F. de Oliveira Língua Portuguesa

Alessandra T. Galvão Schiarotti História

Almira Vieira Berti Matemática

Amelia Madalena Garcia Pedagoga

Ana Cristina S. de Lima História

Ana Paula Agostinetto Nobre Ciências

Anahi Marta Simon Ciências

André Simion Sociologia

Antonio Carlos Machado Professor Readaptado

Ary Israel Junior Educação Física

Berenice Conterno Rossi Língua Portuguesa

Camila Machado Chaves Arte

Camylla Galante Filosofia

Cezar Roberto Casagrande Educação Física

Cleuzia da Silva Professor Readaptado

Cristiane Soares Pereira Prado Física

Cristina Cavagnolli Língua Portuguesa

Dalvani Redivo Costa Língua Portuguesa

Daniela Angie Ferrando Química

Daniela Deggerone Língua Portuguesa

Daniele L. S. Rodrigues Química

Demostenes de Aguiar LEM Inglesa

Edinei Baccin Física

Edson de Lima Rangheti História

Eliane Terezinha Baccin Ciências e Química

Eliane Terezinha Bernardi Educação Física

Elizabete Maria Broetto Santana LEM Espanhol

11

Elizabeth Aparecida Gomes Geografia

Eliziane Cordeiro S. da Rocha Ensino Religioso

Frederico Plantikow Kafer Sociologia

Giuvania Maria da Silva Educação Física

Gracilene Gisele Orth Schreiner Química

Graziele Kerber Educação Física

Irineu Brambatti Venson História

Irma Elizete Fungetto de Mattos Sala de Recursos

Ivanete Toffolo Língua Portuguesa

Ivanilda Moha Vicente Língua Portuguesa

Ivone Prado Lopes Arte

Ivone Zunta Raia LEM Inglês

Jandira Linhares Penna Fianza Educação Física

Jose Carlos de Oliveira Geografia

Josemar Santi Sociologia

Juliana Góbbi Ensino Religioso

Julsemara Ines Fraporti Pedagoga

Lauderi DalBosco Geografia

Leila Alexandra Kapp Arte

Leiza Daniele Zander Ciências

Lourdes Tereza Rech de Marins Matemática

Lucia Augusta Ferreira Caldeira Gilnek Língua Portuguesa

Luciana Silvestre da Silva Filosofia

Lucivana Pelicioli Pedagoga

Mara Cristine Schwengber Goes Matemática

Marcela Cezar Bózio História

Marcia Esfalcini Falci Ribeiro Educação Física

Margarete dos Santos Oliveira Arte

Margarida Esser Barbosa Matemática

Maria Aparecida Mendes de Souza Sala de Recursos

Maria de Fátima Gomes Matemática

Maria de Lima Língua Portuguesa

Marielly Lautert Sociologia

Marilda Aparecida Bianco Pedagoga

12

Mariza Fátima Reichert Seiterfus Biologia

Marlene de Fatima dos Santos Zanette História

Marli Aparecida Bencz Língua Portuguesa

Mauro Jose Unser Língua Portuguesa

Monica Elizabete Basso Forlin Pedagoga

Neide Jurema Schawdech Geografia

Nilceia Rodrigues da S. Limanski CELEM Italiano

Paulo de Jesus Vicente Geografia

Raquel Pulita Física

Renato Rodrigues de Souza Geografia

Rogério Santana Calegari Matemática

Rosalaine Sidinéia Kautzmann Ataides Ensino Religioso

Rosana de Moraes História

Rosane Zampieri Pedroso Língua Portuguesa

Rosani R. M. Baccin Física

Roselir Nandi Geografia

Ruti Rosane Pêgo dos Santos Língua Portuguesa/ S. Recursos

Sandra Maira Bolzon História

Sandro Precome Fachinello Matemática

Sergio Paulo Scortegagna Biologia

Simone A. B. de Lima Geografia

Solange de Oliveira Cardoso Broto Educação Física

Terezinha Pontes Pedagoga

Terezinha Zeli Antunes de Lírio Pedagoga

Valdirene Andrade de Souza Língua Portuguesa

Vera Anita Reckziegel Arte

Vera Lima Fernandes Leite Língua Portuguesa

Vilmar Lima Ramos Língua Portuguesa

Zair de Fátima Fonguetto de Souza Pedagoga

5.2 RELAÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS II E FUNÇÃO.

NOME DO FUNCIONÁRIO FUNÇÃO

13

Claudineia Trebien Ferreira Secretaria

Cleci Terezinha Battistus Lab. informática

Daniela Natali Coser Lab. de Biologia, Química e Física

Geusa Alves de Moraes Secretária

Gisele de Albuquerque Secretaria

Patricia Reichert Secretaria

Lucimar Pedro Garcia Secretaria

Maria José das Graças Alves Biblioteca

Osmar Batista Prado Biblioteca

5.3 RELAÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E FUNÇÃO.

NOME DO FUNCIONÁRIO FUNÇÃO

Ana Aparecida do Nascimento Auxiliar Operacional Geral

Floraci Pereira Florença Auxiliar Operacional Geral

Irene Kovalski Ferreira Auxiliar Operacional Geral

Ireni Fernandes Globs Auxiliar Operacional Geral

Joraci de Fátima Bueno Klock Merendeira

Luis Antunes Auxiliar Operacional Geral

Luzia Donata Barbosa Merendeira

Maria Goreti Bueno dos Santos Auxiliar Operacional Geral

Maria José dos Santos Auxiliar Operacional Geral

Neiva Ribeiro de Franca Auxiliar Operacional Geral

Olga Deina de Oliveira Auxiliar Operacional Geral

Rosanne Bazzanella Klin Merendeira

Sandra Aparecida Bolake Cavalli Auxiliar Operacional Geral

5.4 RELAÇÕES DAS PEDAGOGAS E PERÍODO DE ATUAÇÃO.

NOME PERÍODO

Amélia Madalena Garcia Pedagoga - manhã e noite

Terezinha Pontes Pedagoga - Tarde

14

Delciane Martini Costa Pedagoga – tarde

Lucivana Pelicioli Pedagoga – manhã e tarde

Marilda Aparecida Bianco Pedagoga – manhã

Monica Elizabete Forlin Pedagoga – tarde

Zair de Fátima Fonguetto de Souza Pedagoga – noite

Terezinha Zeli Antunes de Lirio Pedagoga - noite

15

6. AMBIENTES PEDAGÓGICOS

6.1 BIBLIOTECA

O Colégio Estadual Olinda Truffa de Carvalho conta com a biblioteca "José

de Alencar" com um acervo de aproximadamente dez mil livros. O acervo conta com

materiais para pesquisa e leitura, tem uma ampla coleção de literaturas nacionais e

internacionais. Possui espaço para os alunos poderem fazer seus trabalhos, leitura e

pesquisa, acompanhadas do professor (a) e ou no contra-turno.

Os alunos têm data estipulada para retirar e devolver livros de literatura,

prazo de 15 dias, caso não respeitem a data de devolução ficará sem emprestar

livros por um período igual ao de atraso para a devolução. O empréstimo é feito

durante as aulas de português, bem como as devoluções e ou quando houver o

interesse do aluno.

A biblioteca conta também com um jornal local diário, revistas semanais,

revistas mensais e outros periódicos enviados pelo Estado e doações da

comunidade.

Possui também uma videoteca com fitas VHS, CDs, DVDs, com conteúdos

destinados aos professores como: Salto para o futuro e também para os alunos, em

diversas áreas.

Aos professores, há livros de todas as áreas. Em 2006, com a implantação

da biblioteca do professor, o acervo de livros foi enriquecido.

O espaço físico é de aproximadamente 110m2 (cento e dez metros

quadrados) com dois banheiros adaptados para pessoas com Necessidades

Especiais.

Horário de atendimento é de segunda a sexta nos períodos: manhã das

07h30min às 11h45min; tarde das 13h15min às 17h30min; noite das 19h00min as

23h00min.

As funções do agente educacional que atua na biblioteca são:

Organização e conservação do acervo;

Controle de entrega e recebimento de todos os livros

Auxílio a pesquisa;

Restauração de livros;

Catalogação de livros.

16

6.2 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

O laboratório de informática do Paraná Digital disponibiliza um espaço com

20 computadores conectados a Internet, com o sistema Linux, para atendimento a

toda comunidade escolar. Proporcionando assim um espaço agradável para que os

professores ministrem suas aulas.

Os estudantes além de usufruírem aulas no laboratório, realizam pesquisas

em horário de contra- turno, agregando assim um conhecimento atualizado e

diversificado através da internet.

Na hora-atividade dos professores utilizam o PRD para pesquisa,

planejamento de suas aulas e atividades diversas.

Professores e alunos realizam com o(a) técnico(a) do laboratório o prévio

agendamento para utilização dos computadores. Atividades como provas, trabalhos

são impressos neste local.

6.3 LABORATÓRIOS DE BIOLOGIA, QUÍMICA E FÍSICA

O laboratório tem um amplo espaço, com mesas, bancos, uma bancada

central, quadro e materiais conservados além de vidrarias e reagentes químicos. O

laboratório é voltado para as aulas práticas de biologia, química e física e também

pode ser utilizado por outras matérias tais como: geografia e matemática.

6.4 SALAS DE AULA

O Colégio conta com 16 salas de aula, dispostas em dois blocos. A maiorias

das salas de aula estão bastante danificadas, faltam muitos tacos no chão,

ocasionando tropeções e até quedas de alunos e professores. Em dias chuvosos,

algumas salas molham, obrigando a aglomeração dos alunos em locais que não

molha. O prédio, de maneira geral, está muito deteriorado, necessitando

urgentemente da execução do projeto de construção nova conforme divulgado pela

mantenedora.

Quatro salas estão localizadas no 2º piso, tendo somente a escada para a

acessibilidade das mesmas. A construção das salas e corredores de acesso às

mesmas não é uniforme, ou seja, em alguns locais há somente escadas,

impossibilitando a locomoção de pessoas com deficiência física, nas diversas

17

dependências na escola (biblioteca, laboratório de informática, sala de recursos e

quadras esportivas.

Quinze salas contam com TV Pendrive. As chaves das salas estão dispostas

em painel na sala dos professores, onde o professor da 1ª aula abre a sala e o

professor da 3ª aula fecha a mesma. O mesmo processo se repete após o recreio.

6.5 GINÁSIO DE ESPORTES E QUADRA ESPORTIVA

O Estabelecimento de ensino conta com dois espaços para a prática de

educação física, sendo um ginásio de esportes coberto e uma quadra esportiva sem

cobertura.

O ginásio conta com uma ampla quadra poliesportiva, banheiros (masculino

e feminino), arquibancada e um palco. Além das aulas de educação física este

espaço também é utilizado para apresentações culturais e artísticas, como:

realização da Gincana Cultural, família na escola (entrega de boletins), projetos,

assembléia de pais e outros. A comunidade pode utilizar do ginásio de esportes nos

finais de semana, com prévio agendamento.

6.6 SALA DE VÍDEO

A sala é de multiuso, destinada a reuniões e principalmente às aulas com

apresentação de vídeos ou para trabalhar com o multimídia. Está disponível nesta

sala: vídeo cassete, DVD, TV comum, computador. A sala pode ser utilizada por

todas as disciplinas e tem acomodação para até 40 pessoas. O agendamento para a

sala de vídeo é realizada na mecanografia.

18

7. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO, ECONÔMICA E CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR

Com o objetivo de conhecer a comunidade escolar, o Colégio Estadual

Olinda Truffa de Carvalho aplicou um questionário sócio econômico cultural a todos

os alunos, com o objetivo de conhecer a comunidade do colégio, como renda,

quantidade de familiares, moradia entre outros. Os dados são apresentados a seguir.

Com relação à renda familiar das pessoas que moram com os alunos,

apresentado no gráfico 1, mais da metade dos alunos (53,07%) tem uma renda

familiar de um a três salários mínimos. Também apresenta um numero considerável

das famílias com um salário mínimo ou menos e acima de três salários.

GRÁFICO 1: Renda familiar.

O número de residentes na casa de cada família, na maioria das

residências, é entre 4 e 5 moradores seguidos de 3 familiares e 6 ou mais conforme

mostrado no gráfico 2.

Quanto é, aproximadamente, a renda familiar?

19,74%

53,07%

19,74%

6,15%

1,30%

Até R$ 510,00

De R$ 510,00 à R$ 1530,00

De R$ 1530,00 à R$ 2550,00

De R$ 2550,00 à R$ 4080,00

Acima de R$ 4080,00

19

GRÁFICO 2: Quantidade pessoas que moram na residência.

Com relação à moradia, no gráfico 3, mostra com quem o aluno mora sendo

que 52,8% moram com pai e mãe, em segundo lugar apresenta que mais de 20%

moram com a mãe. Com esses dados é possível analisar que quase a metade dos

alunos moram com apenas um dos pais ou com parentes, esses dados são

expressivos para analisar a condição da estrutura familiar de nossa comunidade.

GRÁFICO 3: Com quem o aluno mora

Ainda com relação à moradia, no gráfico 4, é apresentado como é a

condição da casa mostrando que mais de 60% tem casa própria seguido por mais de

30% que é alugada.

Quantas pessoas moram na residência?

6,62%

18,97%

25,60%23,80%

15,36%

9,65%

Duas

Três

Quatro

Cinco

Seis ou mais

Mora sozinho (a)

Com quem mora?

52,80%

1,76%

21,23%

3,53% 3,24%6,19%

11,25%

Pai e Mãe

Somente com o pai

Somente com a mãe

Esposo (a)/ Companheiro (a)

Família Social

Avós

Outros

20

GRÁFICO 4: Qual o tipo de moradia dos alunos.

Em relação de como e onde são às residências, o gráfico 5, mostra que

87,5% são em rua, calçada ou asfaltada; 1,25% moram na zona rural; 32,18%

possuem rede de esgoto; 62,81% utilizam água tratada da Sanepar; 64,06% tem

eletricidade. Com esses dados é possível analisar que muitas famílias não têm todas

as condições necessárias de vida tendo aproximadamente 40% das famílias não

possuem energia elétrica e/ou água tratada. Já com relação ao esgoto, agora que

está sendo colocado o encanamento para ligação na estação, com previsão de

aproximadamente 2 anos para o bairro ter o esgoto funcionando.

GRÁFICO 5: Como e onde é a residência do aluno.

Qual tipo de moradia?

62,89%

32,38%

2,46% 2,27%

Própria

Alugada

Residência cedida

Financiada

Como e onde é a residência?

87,50%

9,37%

1,25%

98,75%

32,18%

12,50%

90,63%

67,82%

37,19%

62,81%

35,94%

64,06%

Sim Não

Rua calçada ou asfaltada

Rua de terra

Situada na zona rural

Tem rede de esgoto

Utiliza água tratada pela Sanepar

Tem eletricidade

21

Nas residências, 61,55% possuem computador, desses 37,8% com acesso a

Internet. Foi analisado também que aproximadamente 50% das famílias possuem

automóvel, 36,87% possuem telefone fixo e 11,87% das casas possui TV por

assinatura, como apresentado no gráfico 6.

GRÁFICO 6: Quais itens têm na residência do aluno.

Com relação à localização da residência, a distância da casa até o colégio,

os resultados apontam que mais de 70% moram entre 5 a 10 quadras do colégio. A

maioria dos alunos é do bairro e ficam próximos do colégio, os outros 30% estão

distribuídos em outros bairros ou na área rural como mostrado no gráfico 7.

GRÁFICO 7: Distância entre a residência do aluno e o colégio.

Como mais de 70% dos alunos moram próximos ao colégio a maioria não

utiliza um meio de transporte para vir até o colégio, ou seja, vem a pé, dos que

Quais dos itens abaixo há em sua residência?

76,25%

58,12%

41,88%

88,13%

23,75%

62,20%

37,80%

63,13%

36,87%

11,87%

Sim Não

Computador sem acesso a

internet

Computador com acesso a

internet

Automóvel

Telefone fixo

TV por assinatura

Distânca da residência até o colégio

31,87%

6,56%

1,87%

9,52%

3,93%

46,25%

Até 5 quadras

Até 10 quadras

Mais de 10 quadras

Área rural

Outro bairro

Não opinaram

22

precisam de algum meio 7,5% se utilizam de carro e 4,06% utilizam ônibus, dados

apresentados no gráfico 8.

GRÁFICO 8: Locomoção de casa até o colégio

Quanto a pretensão dos alunos em cursarem o Ensino Superior, gráfico 9 e

10, temos que 92,50% dos alunos tem interesse, destes 74,63% almejam o ensino

público e 11,86% o privado.

GRÁFICO 9: O aluno pretende fazer um curso superior.

Locomoção de casa até o colégio:

7,50%4,06%

0,63% 0,94% 0,94%

85,93% Carro

Ônibus de transporte coletivo

urbano

Ônibus de transporte rural

Transporte escolar/ Van

Bicicleta

A pé

Existe a pretensão dos filhos cursarem o ensino

superior?

7,50%

92,50%

Sim

Não

23

GRÁFICO 10: Quanto ao tipo de instituição de ensino superior. Qual a pretensão

dos alunos.

Com relação a religião das famílias, gráfico 11, o catolicismo é

predominante, perfazendo 66,87% das famílias, seguido por evangélicos com

22,61%.

GRÁFICO 11: Religiosidade das famílias.

Referente à escolaridade dos pais, gráfico 12 e 13, verificamos que

aproximadamente 30% dos pais tem o ensino médio completo, seguido pelo ensino

fundamental de 5ª a 8ª série e o ensino fundamental de 1ª a 4ª série com

aproximadamente 20% cada.

Onde pretendem cursar o ensino superior?

11,86% 13,51%

74,63%

Público

Privado

Não opinaram

Qual religião?

66,87%

22,61%

4,64% 5,88%

Católica

Protestante ou Evangélica

Outra

Não pratica religião

24

GRÁFICO 12: Escolaridade do Pai.

GRÁFICO 13: Escolaridade da Mãe.

Para o hábito de leitura tem os seguintes percentuais: 18,12% para jornais;

28,12% revistas; 49,68% livros; 29,37% sites e matérias de internet; 15,62% não têm

o hábito de ler. Totalizando que mais de 85% dos alunos tem algum hábito de leitura

como apresentado no gráfico 14.

Qual a escolaridade do pai?

3,40%

22,60%

8,66%

21,36%

1,23%

3,44%

11,14%

28,17% Não estudou

De 1ª a 4ª Série do Ensino

FundamentalDe 5ª a 8ª Série do Ensino

FundamentalEnsino Médio incompleto

Ensino Médio completo

Ensino Superior incompleto

Ensino Superior completo

Não sabe

Qual a escolaridade da mãe?

4,06%

27,18%

19,68%

14,06%

15,62%

3,75%5,03%

4,06%

6,56%

Não estudou

De 1ª a 4ª Série do Ensino

FundamentalDe 5ª a 8ª Série do Ensino

FundamentalEnsino Médio incompleto

Ensino Médio completo

Ensino Superior incompleto

Ensino Superior completo

Não sabe

Não opinaram

25

GRÁFICO 14: Hábito de ler.

Na leitura de livros mensais, 43,96% lêem no mínimo um; 26,94% no mínimo

dois; 10,83% três ou mais e 18,27% nenhum, gráfico 15.

GRÁFICO 15: Quantidade de livros lidos pelo aluno.

Entretanto ainda existem, entre os alunos, hábitos de estudo em casa, sendo

que 13,43% estudam ou revisam o conteúdo em casa; 42,5% fazem todas as

tarefas; 35% de vez em quando estudam em casa, porém 9,07% não estudam em

casa, gráfico 16.

Tem o hábito de ler?

81,88%

49,68% 50,32%

18,12%

71,88%

28,12%

70,63%

29,37%

84,38%

15,62%

Sim Não

Jornais

Revistas

Livros

Sites

Não leio

Quanto a leitura de livros mensais por parte dos alunos:

43,96%

26,94%

10,83%

18,27%

Mínimo de um

Mínimo de dois

Três ou mais

Nenhum

26

GRÁFICO 16: Alunos com hábito de estudo em casa.

Visto os dados de porcentagem sobre estudo em casa, que deveria existir,

antes disso, o compromisso dos pais (ou responsáveis) em motivar e cobrar de seus

filhos tal estudo, de modo que estes tenham consciência da importância da escola.

Para isto se tem 22,81% dos responsáveis pelo aluno que olham seu caderno com

frequência, 59,06% às vezes, 16,87% nunca, 1,26% não opinaram, gráfico 17.

GRÁFICO 17: Responsáveis com hábito de olhar o caderno dos filhos.

Sabemos que ainda existe um índice de analfabetismo nas famílias de nossa

comunidade, o gráfico 18 mostra que 16,87% de membros das famílias são

analfabetos.

Hábitos de estudar em casa:

13,43%

35,00%

9,07%

42,50%

Estuda e revisa os conteúdos

Faz todas as tarefas

Estuda de vez em quando

Não estuda em casa

Responsável pelo aluno tem o hábito de olhar o caderno

dos filhos:

22,81%

59,06%

16,87%

1,26%

Com frequência

As vezes

Nunca

Não opinaram

27

GRÁFICO 18: Quantidade de membros não alfabetizados na família.

GRÁFICO 19: Alunos que trabalham

E por fim referente ao trabalho, gráfico 19, mostra que: 31,77% estão

empregados e 4,36% fazem estágio remunerado, aproximadamente 40% dos alunos

apenas estudam.

Há pessoas não alfabetizadas que moram em sua

residência?

16,87%

83,13%

Sim

Não

Você trabalha?

11,52% 12,46%

7,79%

12,78%

44,24%

6,85%4,36%

Sim, Estou empregado com

carteira assinada

Sim, mas não tenho carteira de

trabalho assinada

Trabalho por conta própria

Já trabalhei, mas atualmente estou

desempregado

Nunca trabalhei

Nunca trabalhei, mas estou a

procura de trabalho

Faço estágio remunerado

28

8. OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO

Após duas décadas de ditadura militar é proclamada a Constituição Federal

de 1988. A partir daí é inegável que a sociedade civil brasileira conquistou

significantes avanços na construção de uma nação que se denomina como

democrática, porém, não podemos estacionar no conformismo ou acreditar que os

detentores do poder político e econômico calam-se diante destes progressos

conquistados historicamente pela classe trabalhadora. A seguinte afirmação nos

remete a uma releitura de BOBBIO “... o problema fundamental em relação aos

direitos do homem, hoje, não é tanto justificá-los, mas protegê-los. Trata-se de um

problema não filosófico, mas político”. (1992, p 24)

Partindo deste pressuposto e sem emitir juízo de valor fundamentado no

senso comum, cabe-nos apenas questionar sobre: Que escola pública é essa que

estamos permanentemente construindo? É realmente universal, gratuita e de

qualidade para todos os cidadãos?

Complementamos os tópicos acima com a afirmação de FREIRE (2005,

p.14)”... não estamos politizando a educação, ela sempre foi política. Sempre esteve

a serviço da classe dominante”.

Nesse sentido, cabe à escola estimular discussões sobre a posição que

assumem diante deste grande desafio. Voltando a FREIRE (2005, p. 19)... “a

neutralidade frente ao mundo, frente ao histórico, frente aos valores, reflete apenas o

medo que se tem de revelar o compromisso, é estar no mundo adaptado a ele sem

dele ter consciência”. Logo a escola tem como objetivo desenvolver o senso crítico

com responsabilidades, e participação de todos na busca de alternativas para

emancipação social.

Aos filhos da classe trabalhadora cabe à escola pública, com todas as suas

fragilidades a qual está assumindo inúmeros papéis atribuídos a ela, deixando sua

função principal – o conhecimento científico - em segundo plano. Deste modo, a

escola está reproduzindo a ordem capitalista.

Diante desta realidade social que compõe a comunidade escolar do Colégio

Olinda, compreende-se que, por se tratar de alunos oriundos da classe trabalhadora

com baixo poder econômico e é para estes que a escola tem como obrigação legal e

moral oportunizar uma formação acadêmica consistente. A escola não dará conta de

resolver todas as mazelas sociais, porém deve cumprir com suas obrigações,

29

aproveitando todas oportunidades de modo a contribuir com a formação integral do

educando e sua emancipação humana e social.

8.1 QUEREMOS A ESCOLA ORGANIZADA A PARTIR DE MECANISMOS LEGAIS

A criança e o adolescente tem direito à educação, visando ao pleno

desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho (ECA, Art. 53.)

São considerados os seguintes tópicos: igualdade de condições para o

acesso e permanência na escola, direito de ser respeitado por seus educadores,

direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores, direito de organização e participação em entidades estudantis, acesso à

escola pública e gratuita próxima de sua residência. (ECA. Art. 53).

Correlatamente aos direitos inscritos, vale anotar que alcançam as crianças e

adolescentes todas as obrigações contempladas no ordenamento jurídico. Restando

aos mesmos sujeitos a responder perante as mais variadas instâncias,

principalmente a Justiça da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar, pelos atos

anti-sociais que praticam, notadamente quando atingem a categoria de atos

inflacionais (ou seja, a conduta descrita na lei penal como crime ou contravenção).

Dessa forma, ao contrário do que se difunde equivocadamente (diga-se, por

ignorância ou má-fé), o Estatuto da Criança e do Adolescente não significa a

"porteira aberta para a impunidade”. Também não contempla qualquer garantia para

que as crianças e adolescentes possam praticar os atos ilícitos sem nada lhes

“acontecer" ou que importe em "rompimento das relações de autoridade" no âmbito

da família ou da escola. A clara definição da lei é no sentido de que nenhum

adolescente a que se atribua a prática de conduta estabelecida como crime ou

contravenção pode deixar de ser julgado pela Justiça da Infância e Juventude ou,

em se tratando de criança, pelo Conselho Tutelar e sujeito às chamadas medidas

protetivas, elencadas no art. 101, do Estatuto da Criança e Adolescente. (NETO,

Procurador de justiça do Paraná)1

1 Dr. Olympio de Sá Sotto Maior Neto. Procurador de Justiça do Estado do Paraná.

30

8.2 CONCEPÇÕES DA ESCOLA

8.2.1 Que sujeitos queremos formar?

Sujeitos críticos, com embasamento em suas convicções, capazes de ler a

realidade social que o cerca. Através do conhecimento ser capaz de diferenciar,

sugerir, questionar, buscando assim minimizar as desigualdades sociais presente em

nossa sociedade.

8.2.2 Que saberes queremos discutir?

Os saberes a serem discutidos serão os saberes científicos, onde os mesmos

possibilitarão ao aluno uma visão crítica da realidade que o cerca. Isto é, uma

interpretação desta realidade que deverá resultar em um posicionamento, para que

participe ativamente das decisões, de maneira a alcançar seus objetivos enquanto

cidadão, cumprindo com seus deveres e fazendo valer seus direitos.

Além disto, privilegiar temas da atualidade que levem a compreensão e

superação de preconceitos enraizados em nossa sociedade, do respeito ao outro,

independente de sua raça, credo, opção política, orientação sexual e condição

econômica.

Na concepção histórica - cultural, de Vigotsky, compreende-se que o

desenvolvimento humano é um processo sócio histórico, cabendo ao professor

intermediar seu desenvolvimento trabalhando.

A aprendizagem e desenvolvimento integral, principais objetivos da educação,

realizam-se essencialmente a partir das interações que o indivíduo estabelece com o

outro e com o meio. É através destas interações que o indivíduo se constitui e

constitui o outro como sujeito, não havendo espaço mais propício que a escola para

o desenvolvimento desse processo, que é também o processo de apropriação da

cultura. As relações estabelecidas no interior da escola, como espaço rico e diverso

é que, permitem manifestações de ordem afetiva, cognitiva e social, que possibilitam

o desenvolvimento de atitudes e o acesso a conhecimentos que tornam as pessoas

mais preparadas para viverem em sociedade, como cidadãs e cidadãos de direito.

31

8.2.3 Que sociedade queremos?

Queremos uma sociedade cidadã, democrática e participativa, cumpridora,

mas também questionadora das leis, com discussões amplas do contexto histórico,

político e social.

Maior investimento na saúde, educação e políticas econômicas que

proporcionem criação de empregos com remuneração justa, que atendam a

demanda social do nosso povo. Uma sociedade com consciência crítica, amiga da

desmistificação dos fenômenos sociais e históricos, não acomodada diante dos fatos

sócios - econômicos, culturais e políticos, com capacidade de fazer uma leitura da

realidade, enfim, uma sociedade criativa e politizada.

8.2.4 Que escola queremos?

Uma escola com identidade definida, que se detenha nos conteúdos

científicos produzidos pela humanidade, que se aproprie deles de forma criativa.

Que faça com que a família seja co-participativa, responsável, na formação do

cidadão consciente. Uma escola enfim, que cumpra com seu papel na formação

integral do ser humano. Uma escola democrática, justa, que respeite as

individualidades, a diversidade cultural e religiosa, que não seja preconceituosa com

os menos favorecidos, entendendo que estes são os que mais necessitam do

conhecimento para busca da emancipação social.

32

9. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Segundo PARO (2005, p. 108), na produção material da sua existência, na

construção de sua história, o homem produz conhecimentos, técnicas, valores,

comportamentos, atitudes, tudo enfim que configura o saber historicamente

produzido. Para que isso não se perca, para que a humanidade não tenha que

reinventar tudo a cada nova geração, fato que condenaria a permanecer na mais

primitiva situação, é preciso que o saber esteja permanentemente sendo passado

para as gerações subsequentes. Essa mediação é realizada pela educação,

entendida como apropriação do saber historicamente produzido.

Conforme SCHILLING (2008, p. 69), a educação materializada na escola, é

um dos direitos humanos fundamentais para a realização de uma série de outros

direitos humanos. Segundo Florestan Fernandes, "Ou os estudantes se identificam

com o destino de seu povo, com eles sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do

seu povo, e nesse caso serão aliados daqueles que exploram o povo."

De acordo com a psicologia histórico-cultural, os conhecimentos são

repassados de geração para geração, e não de forma hereditária, mas sim pela

socialização dos indivíduos. Mais uma vez fica confirmado que tais conhecimentos

são divulgados através das relações sociais. Continuar negando a existência do

aluno “diferente” na escola é nada mais, nada menos, que negar a realidade social,

Até porque discutir se ele deve ou não permanecer na escola regular, sob o ponto de

vista legal, isto já é luta vencida.

Resistir a não aceitação da heterogeneidade na escola é negar a

competência e o profissionalismo, uma vez que antes de ser aluno este é um ser

humano que deve ser respeitado como tal, cumprindo com seus deveres e fazendo

jus a seus direitos. Enquanto se perde momentos tentando descobrir para onde

mandar ou quem deve trabalhar com estes alunos, deixamos de investir no potencial

destes.

Na concepção de Vigotsky, compreende-se que o desenvolvimento humano é

um processo sócio histórico, cabendo ao professor intermediar seu desenvolvimento

trabalhando em sua zona proximal de desenvolvimento, o que torna - se um desafio

para o professor, de aceitar o aluno fisicamente na escola é preciso acreditar que ele

pode desenvolver seu potencial.

33

Para explicar o processo do desenvolvimento , Vigotsky faz uso do conceito

de nível de desenvolvimento atual e zona de desenvolvimento próximo. Diz que ao

analisar o desenvolvimento de uma criança, é necessário não se deter naquilo que

já amadureceu, mas o que está em processo de formação. Para tanto, trabalha com

o nível de desenvolvimento atual (em algumas traduções aparece como real ou

efetivo) e com o nível de desenvolvimento próximo (ou proximal). O primeiro é o que

a criança resolve problemas de forma independente, autônoma. O segundo é o que

a criança faz com ajuda, com a colaboração do adulto ou de uma criança mais

velha.

La mayor ou menor posibilidad que tiene el niño para pasar de lo que puede hacer por sí mismo, a lo que es capaz de hacer en colaboración constituye el síntoma indicador más sensible para caracterizar la dinámica del desarrollo y del éxito en su actividad mental. Coincide plenamente con la zona de su desarrollo próximo (VYGOTSKI, 1982, p.240).

Entende-se que a escola não é a única responsável pelas mazelas sociais,

porém ela pode fazer uso das possibilidades de promover a contradição,

contribuindo assim para a busca da emancipação social, cultural e econômica do

indivíduo. Cumpre, então, com o compromisso que ela tem com todos os alunos,

independente de apresentarem ou não, dificuldades de aprendizagem. Para tanto,

necessita de ações pedagógicas planejadas e executadas atendendo às diferenças.

34

10. PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DO ESTABELECIMENTO

A escola tem por finalidade imprescindível trabalhar com a essência do

pensamento humano, sendo o educando essencial para este processo educacional.

Para isto, faz-se necessário definirmos que tipo de ser humano queremos preparar

para a sociedade a qual estamos inseridos.

Atualmente, definimos o ser humano como um ser capaz de refletir, emitir

juízos, dominar e modificar a natureza através de seu trabalho; bem como elaborar

conceitos e ideias. Mas acima de tudo queremos um ser humano que questione o

sentido da sua existência, que indague a respeito do espaço por ele ocupado na

sociedade, sendo um cidadão participativo, que provoca mudanças. Conforme Paulo

Freire, “Seria, realmente, uma violência, como de fato é, que os homens, seres

históricos e necessariamente inseridos num movimento de busca, com outros

homens, não fossem o sujeito do seu próprio movimento (FREIRE, p.85, 1981).

Um ser humano que reflita sobre valores morais, sociais, políticos e culturais

dentro da sociedade que vive. Sendo assim, o Colégio Estadual Olinda Truffa de

Carvalho procura ministrar uma educação de qualidade, buscando contemplar na

sua proposta pedagógica os conteúdos necessários para a formação de cidadãos.

35

11. PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ESTABELECIMENTO

Este estabelecimento de ensino visa atender as necessidades individuais de

cada educando, entretanto tendo como norteador o conteúdo, sem o qual uma

função vital da escola estaria comprometida:

“Sem conteúdo não há ensino, qualquer projeto educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos nos sujeitos que se educam. Estas afirmações ao tratamento científico do ensino possibilita dizer que, sem formalizar os problemas relativos aos conteúdos não existe discurso rigoroso nem científico sobre o ensino, porque estaríamos falando de uma atividade vazia ou com significado à margem do para que serve” (SACRISTÁN, 2000, p. 120).

Na escola, o processo de ensino e aprendizagem deve se realizar em todo e

qualquer momento, de maneira a envolver toda a comunidade escolar. Para o bom

andamento da escola é necessário o envolvimento de todos, desde a família do

educando, dele mesmo, dos funcionários, professores, equipe pedagógica e direção.

A partir do momento que houver o comprometimento de todos estes agentes, será

possível atingir um objetivo comum, uma educação de qualidade.

“O processo de ensino/aprendizagem contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado, sua importância está condicionada à possibilidade de [...] ter consciência sobre seus modelos de explicação e compreensão da realidade, reconhecer os equívocos e limites em determinados contextos, enfrentar questionamentos, colocando-os em cheque num processo de desconstrução de conceitos e reconstrução/apropriação de outros” (RAMOS, P 02, 2004).

A partir dessa discussão, percebemos que a escola é um espaço

democrático, que visa à integração social. E que a investigação histórica é um

instrumento que colabora com esta proposta, uma vez que todos os sujeitos

envolvidos no processo são considerados.

36

12. PRESSUPOSTOS PSICOLÓGICOS DO ESTABELECIMENTO (TEORIA DA APRENDIZAGEM)

De acordo com Vygotsky o ser humano é construído a partir das relações que

estabelece com o meio em que vive e com os outros indivíduos. Nesse caso, a

aprendizagem está atrelada ao fato de o ser humano viver em um meio social,

sendo que a sua maturidade biológica está relacionada à sua maturidade social.

Segundo Vygotsky, 1995, “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma

relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.”

Baseado no pensamento de Vygotsky, o professor é considerado um

mediador entre o aluno e o conhecimento sistematizado, e o aluno é um sujeito

pensante capaz de vincular sua ação à representação do mundo que constitui sua

cultura. Consequentemente, a escola deverá ser um espaço e um tempo próprio

para que ocorra o processo ensino-aprendizagem, pois é nela que ocorre

diretamente a interação entre sujeitos.

Um conceito fundamental para as Teorias da Aprendizagem desenvolvido por

Vygotsky é o de Zona de Desenvolvimento Proximal, que é definida como uma zona

cognitiva na qual os estudantes podem solucionar problemas com a mediação do

professor, uma vez que ainda não são capazes de solucioná-los sozinhos. Nesse

sentido, é importante que o professor apresente problemas que interrelacionem

elementos da realidade com elementos de raciocínio e abstração que estão ligados

à zona cognitiva. É fundamental, para o desenvolvimento da aprendizagem, o

trabalho em grupos que promova a interação entre os alunos.

A concepção Sócio-Interacionista, de Vygotsky, contribui para a formulação

de pressupostos educacionais que valorizem tanto o ritmo de aprendizagem dos

alunos, quanto a influência do meio e da história do aluno na apreensão dos

conteúdos curriculares, pois concebe um sujeito interativo que constrói o

conhecimento a partir da mediação com o meio em que vive e com os outros

sujeitos com quem se relaciona, sejam eles professores ou demais alunos.

37

13. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O conjunto dos profissionais deste estabelecimento – Direção, Professores,

Equipe pedagógica, Agentes de Apoio, Agentes Educacionais I, Agentes

Educacionais II, realizam formação continuada a fim de aprimorar seus

conhecimentos na área de atuação. Essa formação continuada se dá de várias

formas:

Participação nas duas semanas pedagógicas ofertadas pela SEED, que

precedem o início do ano letivo e antes do retorno do recesso escolar;

Grupos de estudos aos sábados (disciplinas e temas diversificados), com

material disponibilizado pela SEED;

Afastamento da função para ingresso no programa de capacitação PDE,

proporcionando aos docentes tempo integral para aprofundamento de

estudos sobre o conteúdo e metodologia escolhidos nas áreas específicas

do conhecimento;

Participação em simpósios, promovidos pela SEED, proporcionando

debates sobre temas pertinentes, relacionados a disciplinas diversas;

Funcionários da escola participam do programa Pró-funcionário,

desenvolvendo trabalhos de investigação de dados sobre: o

funcionamento e utilização de laboratórios, biblioteca, secretaria,

documentações de forma geral, da participação dos colegiados, enfim,

criando um perfil detalhado sobre as instituições analisadas;

Itinerantes promovidos pela SEED, com debates de temas diversos,

relacionados ao processo de ensino- aprendizagem de cada disciplina,

além de abordar assuntos pertinetes à realidade de cada instituição;

Cursos de aperfeiçoamento / aprofundamento promovidos pela APP com

a colaboração de várias instituições de ensino superior

(UNIOESTE,UFPR) entre outras;

GTRs (Grupos de Trabalho em Rede), ofertados anualmente pela SEED

com a abordagem de temas diversos, proporcionando aos docentes maior

flexibilidade quanto a horários de estudos e elaboração gradativa do

trabalho final conforme sua disponibilidade.

38

Hora -atividade dos professores, como um momento de leitura e reflexão

relacionados não só aos conteúdos, mas também às formações.

No estabelecimento de ensino é desenvolvido o projeto do PIBID (Projeto

Institucionalizado de Bolsas de Iniciação a Docência) pela UNIOESTE, em que os

acadêmicos proporcionam oficinas de formação continuada aos alunos através de

grupos de trabalho de complementação curricular nas áreas de: Matemática,

Ciências e Português. Além disso, o estabelecimento oferece cursos através do

CELEM (Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas) de italiano e

espanhol, nos períodos vespertinos e noturnos.

39

14. HORA-ATIVIDADE

Entendendo que o principal objetivo da escola pública é dar atendimento às

necessidades educacionais dos alunos, a escola sempre se preocupou em

proporcionar aos educandos condições para que o trabalho de apropriação do

conhecimento aconteça. Para tanto é necessário um planejamento, uma preparação

de todo o processo educativo, para que a escola possa garantir que o aluno amplie

suas visões de mundo partindo do conhecimento empírico para um conhecimento

mais elaborado e sistematizado.

Os professores percebendo as responsabilidades que lhes cabem nesse

processo de garantir aos alunos esse acesso ao saber mais elaborado,

empreenderam luta histórica pelo direito a hora-atividade, visando não o benefício

próprio, mas do aluno, da escola e da sociedade como um todo.

A lei Estadual nº 13807, de 30/09/2002, vem ao encontro dos anseios dos

educadores e institui 20 % de hora- atividade sobre o total de horas- aula assumidas

pelo professor em efetiva regência de classe.

No Colégio Estadual Olinda Truffa de Carvalho, a Hora-Atividade é de

organização individual. A Hora-atividade é uma carga horária destinado ao professor

para planejamento das atividades, das aulas, das avaliações, para realização de

estudos, leituras (Formação continuada), para pesquisa utilizando o laboratório de

informática. Neste momento também os professores procuram a equipe pedagógica

para sanar dúvidas, preenchimento do registro de classe, informar alunos faltosos e

com baixo rendimento escolar e casos de indisciplina. É neste momento que se

realiza a auto-avaliação e avaliação de todo processo ensino-aprendizagem, dar

atendimento a pais e alunos quando necessário, atualização do registro de classe,

pré- conselho e controle de notas. Também utilizada para análise, avaliação e

redimensionamento dos projetos da escola.

Dentro do possível, o horário de hora-atividade procura favorecer o encontro

dos professores por área do conhecimento, mas nem sempre isso é possível, devido

à rotatividade de professores em diversas escolas.

As horas-atividades, bem como as atividades realizadas pelos professores

neste horário são registradas no livro ponto do professor.

40

15. PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR VISANDO OS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

As dificuldades de aprendizagem na escola vão desde situações leves e

transitórias que podem se resolver espontaneamente e ao longo do trabalho

pedagógico até situações persistentes que requerem o uso de recursos especiais

para a sua solução.

Atender a esse contínuo de dificuldades requer respostas educacionais

adequadas envolvendo graduais e progressivas adaptações no currículo.

As adaptações curriculares constituem em possibilidades educacionais de

atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Desta forma as

adaptações são realizadas mediante recursos pedagógicos que estejam dentro das

possibilidades do mesmo. Contemplando o currículo regular, assegurando os

conteúdos estabelecidos no Plano de trabalho docente, tornando apropriados às

individualidades dos alunos com necessidades especiais. Um currículo dinâmico,

alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos.

As adaptações curriculares implicam em ações pedagógicas fundamentadas em

critérios que definem:

O que o aluno deve aprender;

Como e quando aprender;

Que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo

de aprendizagem;

Como e quando avaliar o aluno.

Para que alunos com necessidades educacionais especiais possam participar

integralmente em um ambiente rico de oportunidades educacionais com resultados

favoráveis, alguns aspectos precisam ser considerados:

A preparação e o acompanhamento da equipe pedagógica e dos

professores;

O apoio adequado e recursos especializados, quando forem necessários;

As adaptações curriculares e de acesso ao currículo.

A heterogeneidade e as diferenças culturais da escola necessitam de um

currículo com tais características, porém, os interesses de determinado modelo de

sociedade, dificulta o olhar para as diversidades. Educação para todos compreende

um currículo, voltadas às diferenças individuais, sejam dos alunos com deficiência

ou não. O currículo, nessa visão, é um instrumento útil, uma ferramenta que pode

41

ser alterada para beneficiar o desenvolvimento pessoal e social dos alunos,

resultando em alterações que podem ser maior de idade ou menor expressividade.

Podemos definir as adaptações curriculares como modificações que são

necessárias realizar em diversos elementos do currículo básico para adequar as

diferentes situações, grupos e pessoas para as quais se aplica. As Adaptações

Curriculares são intrínsecas ao novo conceito de currículo. De fato, um currículo

inclusivo deve contar com adaptações para atender à diversidade das salas de aula,

dos alunos (Landivar, 1999, apud Paraná, 2007, p. 53).

Na escola, a Adaptação Curricular é garantida no Plano de Trabalho Docente

dos professores e proporcionada aos alunos de acordo com as necessidades

educativas individuais de cada educando, sendo que as ações são desenvolvidas

em conjunto com os professores, equipe pedagógica e professoras da educação

especial.

42

16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA INGLESA

A Língua Estrangeira Moderna é importante para que os alunos façam uso

da língua em situações significativas relevantes, e que não se limitem ao exercício

de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Através do

aprendizado de uma língua estrangeira, promove-se a inclusão social do educando

numa sociedade diversa, complexa e permite aos sujeitos que se percebam como

integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. O aluno aprende como

construir significados para melhor entender as diferentes culturas.

A LEM é ofertada em todas as séries do Ensino Fundamental e do Ensino

Médio, com duas aulas semanais em cada uma das séries. O ensino da LEM –

língua inglesa é ofertada no Estabelecimento desde a implantação do Ensino

Fundamental e Médio (Reconhecimento do Ensino Fundamental: Resolução

391/1985 DOE 14/02/1985 e do Ensino Médio: Resolução 2847/1995 DOE

28/07/1995).

43

17. ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ

A escola de Ensino Fundamental e Ensino Médio vêm passando, nas últimas

décadas, por um processo de redefinição dos seus objetivos e formas de trabalho,

com o intuito de melhor responder às características da sociedade contemporânea e

consequentemente aperfeiçoar seu desempenho.

Para isso, o aluno, ao ingressar no Ensino Fundamental irá ampliar suas

noções culturais, históricas e espaciais, assim como os conhecimentos para o

entendimento das relações entre questões econômicas, culturais, demográficas,

políticas e sócio ambientais presentes no espaço.

Ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno deverá ter noções básicas sobre

as relações sócio espaciais nas diferentes escalas históricas e geográficas (do local

ao global) e condições de aplicar seus conhecimentos na interpretação e crítica de

espaços próximos e distantes, conhecidos empiricamente ou não. Esses

conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio, de modo a ampliar as

relações estabelecidas entre os conteúdos.

Nesse sentido, a instrução n° 04/2005 da SEED/SUED supriu, da parte

diversificada da matriz curricular, as várias disciplinas criadas pelas políticas

anteriores, dentre elas as que abordavam as especificidades regionais como, por

exemplo, os assuntos relacionados à história e geografia do Paraná. Desta maneira,

fica garantido o estudo do Estado do Paraná em diversas disciplinas.

Essa abordagem auxilia a compreensão do processo histórico da transição da

ordem mundial precedente à atual. Esse ponto de partida pode se articular, na

sequência, com a discussão em outras escalas. Os professores têm a possibilidade

de abordar os diversos critérios de regionalização do espaço geográfico até a

formação dos atuais blocos regionais (econômicos e políticos), e selecionar outros

conteúdos que envolverão também aspectos socioambientais e culturais dos

diversos recortes espaciais em análise que devem incluir, também, o Brasil e o

Paraná.

44

19. ESTUDOS RELACIONADOS À DIVERSIDADE EDUCACIONAL

O Estado do Paraná, anualmente apresenta a elevação no índice de

matrículas nas escolas públicas, no entanto, os dados de evasão escolar mostram

números altos. Sendo assim, o grande desafio é incluir a todos no sistema

educacional. A escola pública deve ter o compromisso político e social de garantia a

TODOS o direito ao acesso à escolarização e ao saber sistematizado

historicamente.

Para atender sua função social que é de ofertar educação de qualidade, a

todos seus educandos, nossa escola tem a preocupação em apresentar uma

proposta de Educação Inclusiva. Esta proposta prevê um conjunto de ações

pedagógicas, que têm como fundamento a valorização da diversidade e o respeito

às diferenças, reconhecendo o direito de todos à educação nas escolas de ensino

regular.

Pela lei 10.639 de 09/01/2003, fica estabelecida a inclusão no currículo oficial

na rede de ensino da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e indígena”, desta

maneira deve se reconhecer e valorizar a contribuição dos afro-descendentes na

formação da história do povo brasileiro. Este tema é previsto nos Planos de trabalho

docente e abordado em todas as disciplinas no decorrer do ano letivo.

Para que isso se concretize a escola promove espaços para discussões sobre

as diversidades, tais como: condição econômica, raça, credo, orientação sexual, e

outros temas polêmicos.

Dentre as medidas sócias educativas desenvolvidas pela escola visando a

inclusão dos alunos podemos destacar:

Gincana cultural que valoriza as diferentes culturas.

Palestra de conscientização dentro da sala de aula.

Adaptações curriculares.

Troca de informações com outros professores da rede.

Parceria com instituições de Ensino Superior para promoção de

palestras, oficinas, mini-cursos, e outros.

Grupos de estudos aos sábados ofertados pela SEED, que discutem a

diversidade.

Dentre as dificuldades encontradas para garantir que nossa escola garanta

uma educação inclusiva de qualidade, podemos destacar:

45

Falta de estrutura para lidar com a realidade de atender alunos com

necessidades educativas especiais, visto que as salas são

heterogêneas.

Acessibilidade.

Falta de assessoramento de profissionais habilitados para atendimento

destes alunos como psicólogos, fonoaudiólogas, A mantenedora SEED

não está cumprindo a legislação vigente.

as adequações da arquitetura do prédio colegial (banheiros adaptados,

rampas e corrimões) o que não contamos atualmente, entretanto

estamos no aguardo destas adequações com a reforma dos prédios

escolares.

Em relação à educação Especial, historicamente, a educação de pessoas

com deficiência nasceu de forma solidária, segregada e excludente. Ela surgiu com

caráter assistencialista e terapêutico pela preocupação de religiosos e filantropos na

Europa. Mais tarde, nos Estados Unidos e Canadá, surgiram os primeiros programas

para prover atenção e cuidados básicos de saúde, alimentação, moradia e educação

dessa população, até então marginalizada pela sociedade.

A partir desse novo olhar em relação às pessoas com necessidades

educacionais especiais, surge o conceito de integração, que tem origem no princípio

ideológico e filosófico da normalização, criado na Dinamarca por Bank-Mikel Kelsen

(1959). Esse conceito defendia, para as crianças com deficiência, modos de vida e

condições iguais ou parecidas com os demais membros da sociedade. A ideia de

normalização subentendia não tornar o individuo “normal”, mas torná-lo capaz de

participar da vida em sociedade, inclusive da escola.

Surge, assim, o princípio de oferecer condições e oportunidades iguais do

ponto de vista educacional, e atividades sociais mais amplas, o que, na década de

70, nos EUA e em outros países, era denominado mainstreaming, que significa

integrar as pessoas com deficiências à corrente principal da vida.

Nesse conceito, a educação deveria ocorrer em ambiente o menos restrito

possível, e o atendimento às necessidades individuais realizado preferencialmente

no ensino regular. Somente os alunos com deficiências mais graves seriam

encaminhados para escolas especiais.

Embora a proposta de integração plena estivesse voltada para a inserção do

aluno na classe comum e na comunidade, a educação pessoas com necessidades

especiais acabou acontecendo de forma paralela em instituições especializadas ou

46

em classes especiais. Chega assim, ao nosso meio, o movimento da inclusão com

divulgação da Declaração de Salamanca (Espanha, 1994), sob o patrocínio da

UNESCO.

O conceito de inclusão em sua evolução sócio - histórica aponta para a

necessidade de aprofundar o debate sobre a diversidade. Isso implicaria em buscar

compreender a heterogeneidade, as diferenças individuais e coletivas, as

especificidades do ser humano e, sobretudo as diferentes situações vividas na

realidade social e no cotidiano escolar.

Essa discussão passa necessariamente pela reflexão sobre os conceitos

historicamente construídos acerca dos alunos com necessidades educacionais

especiais cristalizados no imaginário social e expressos na prática pedagógica

centrada na limitação, nos obstáculos e nas dificuldades e acolhimento das

necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de partida a escuta dos alunos,

pais e comunidade escolar.

Observa-se, nesse conceito, uma mudança de foco, que deixa de ser a

deficiência e passa a concentrar-se no aluno e no êxito do processo ensino

aprendizagem, para qual o meio ambiente deve ser adaptado às necessidades

específicas do educando, tanto no contexto escolar e familiar, como no comunitário.

Sobre a inclusão sugere a imagem de uma escola em movimento, em

constante transformação e construção, de enriquecimento pelas diferenças. Esse

movimento implica: mudanças de atitudes, constante reflexão sobre prática

pedagógica, modificação e adaptação do meio e, em nova organização da estrutura

escolar.

Há autores, no entanto, que propõem a inclusão de forma mais radical,

discordando da validade de adaptações e complementações curriculares,

enfatizando a necessidade de se rever à prática pedagógica para que seja

especializada para todos os alunos. Essa dimensão humana e antropológica é ideal

e desejável por muitos pais e professores, mas há ainda, um longo caminho a ser

percorrido, principalmente com relação à formação de professores, em direção à

educação para a diversidade.

A inclusão é um processo complexo que configura diferentes dimensões:

ideológica, sócio-cultural, política e econômica. Os determinantes relacionais

comportam as interações, os sentimentos, significados, as necessidades e ações

práticas; já os determinantes materiais e econômicos viabilizam a reestruturação da

escola.

47

Nessa linha de pensamento, a educação inclusiva deve ter como ponto de

partida o cotidiano: o coletivo da escola e a classe comum, onde todos os alunos

com necessidades educacionais especiais ou não, precisam apropriar-se do

conhecimento, ter acesso ao conhecimento, à cultura e progredir no aspecto pessoal

e social.

Ao entrar num ambiente escolar, nos deparamos com um universo de

diversidades culturais, étnicas, religiosas e humanas, o que ocasiona múltiplos

conflitos entre profissionais da educação e aqueles que estão no processo de

aprendizagem. Esses conflitos ocasionam um desconforto no cotidiano escolar e

fazem com que a educação perca seu verdadeiro sentido que é formar cidadãos

plenos e atuantes na sociedade.

O maior desafio, hoje, é dar um significado à educação, não mais como

instrumento para metas econômicas, políticas e com um ensino mecânico e sem

objetivos, mas sim, como uma educação para toda a vida, em que o aluno seja

valorizado com práticas de formação de identidades, dando igualdade de

oportunidades para todos, independentes das diferenças individuais existentes.

Uma escola de boa qualidade para todos, uma escola inclusiva, deve estar a serviço da dimensão social e política das relações humanas, na medida em que o processo educacional ofereça além da apropriação de conhecimentos, a capacidade crítica, indispensável ao exercício da cidadania plena. (CARVALHO, 2002, P.43)

Após a Declaração de Salamanca em que se propõe uma educação para

todos, governantes e profissionais que formam o ambiente escolar vem estudando

formas que possibilitem esta realidade. Uma das propostas da escola é uma

educação inclusiva em que não abrange apenas pessoas com necessidades

especiais, mas todos os alunos, docentes e funcionários de uma instituição

educativa.

Segundo MITTLER (2000, p25):

No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola.

A Inclusão não é apenas para pessoas com necessidades educacionais

especiais, mas sim para todos, principalmente aqueles que não tiveram

oportunidade de participar democraticamente do ambiente escolar. É preciso uma

educação individual, em que todos sejam vistos nas suas diferenças, mas que haja

igualdade de oportunidades no processo de ensino-aprendizagem.

48

Valorizar cada aluno, reunir a diversidade, sem nenhum tipo de distinção, um

dos objetivos da prática , ainda está longe de abranger , porém políticas e ações

são desenvolvidas para promover a inclusão como nunca em outros tempos .

Para chegar a um processo completo de inclusão é preciso ainda, destruir

inúmeras barreiras, principalmente quando se trata de pessoas com deficiências.

Essas barreiras estão em rever mitos, romper com o preconceito, estigmas,

inseguranças de professores, e outros problemas que são enfrentados no ambiente

escolar.

Segundo MANTOAN (2003, p.19): “Se o que pretendemos é que a escola

seja inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada

para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as

diferenças”. Assim, fazendo com que a educação seja completamente para todos,

construindo uma sociedade mais justa e humana.

O processo de inclusão também compromete uma mudança nas escolas

como: diferentes metodologias e adaptações curriculares de pequeno e grande

porte.

É preciso reestruturar uma prática que, por muito tempo, está concretizada e

sendo aplicada. Mas mudar é preciso. E com esta meta, a Educação Especial luta

para que as pessoas com necessidades educacionais especiais possam ter o direito

a uma educação de qualidade, que possam ser inseridos numa classe regular e

frequentar, como os demais, uma escola que possibilite aprendizado e uma atuante

participação desses na sociedade em que estão inseridos. Pois, acredita-se que o

ambiente seja primordial para o desenvolvimento dessas pessoas.

Conforme VYGOTSKY Apud REGO (2001), “o desenvolvimento pleno do ser

humano depende do aprendizado que realiza num determinado grupo cultural, a

partir da interação com os outros indivíduos. Que o homem constitui-se como tal

através de interações sociais, portanto, é visto como alguém que transforma e é

transformado nas interações sociais”.

Justifica- se assim a importância da interação dos alunos com necessidades

educacionais especiais com os considerados “normais” Esses poderão se

desenvolver e contribuir com o desenvolvimento dos demais.

O Estabelecimento de ensino está localizado em um bairro periférico,

atendendo alunos dos bairros: Jaçanã, Santa Catarina, Panorâmico, Jardim Nova

Itália, Universitário, Turisparque, Jardim União e outros. A comunidade escolar é

constituída de alunos com situação econômica diversificada.

49

20. PROJETOS INTEGRADOS AO PPP

É fato que a educação tem carregado historicamente a disputa de diversos

interesses e intenções do sistema capitalista, e seguindo a lógica de perpetuação do

sistema vigente, o Estado tem ofertado estratégias de resolução de problemas de

origem social, econômica, falta de estrutura familiar, entre outros, que podem até não

surgirem na escola, mas acabam desembocando na mesma. Diante desse quadro, a

escola sentiu a necessidade de ofertar projetos para conscientização sobre o

respeito, diferenças étnico-raciais, cooperação, valorização do ser humano, melhora

da auto-estima, sempre envolvendo as origens culturais e potencialidades dos

alunos, além do seu comprometimento com a escola.

Dentre os objetivos dessas Atividades Pedagógicas de Complementação

Curricular procuramos viabilizar o acesso, permanência e participação dos

educandos em uma ou mais atividades pedagógicas ofertadas às quais possibilitam

aos mesmos, maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação com

colegas, professores e comunidade.

A escola desenvolve os projetos:

PRÉ-JOVEM, com pessoas da organização religiosa Fé Bahái, que pretende

contribuir na formação dos jovens no sentido de formação de valores e ética.

PROJETO ATLETAS DO FUTURO (Tênis de Mesa, xadrez e voleibol), em

parceria com o SESI. É ofertado a todos os alunos do colégio em contraturno,

com duas aulas semanais de 50 minutos cada.

PROJETO CAMISA 5 – HANDEBOL, realizado em parceria com a família

Zimerman.

PROJETO GINCANA CULTURAL: Trabalho interdisciplinar com incentivo a

pesquisa, a reflexão crítica, na construção do conhecimento escolar da

educação, a produção artística e intelectual e desenvolvimento da arte.

PROJETO ROMPENDO PRECONCEITOS, promovido pelo grupo de estudos

da Equipe multidisciplinar e com a participação dos demais professores. As

atividades propostas são realizadas na semana da Consciência negra.

PROJETO PIBID: Em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do

Paraná (UNIOESTE), a escola oportuniza o Programa Institucional de Bolsa

50

de Iniciação a Docência – VIVENCIANDO A ESCOLA: INCENTIVO A

PRÁTICA DOCENTE, nas disciplinas de Matemática, Ciências e Português.

Os alunos bolsistas deste projeto desenvolvem ou se envolvem em atividades

que proporcionem a iniciação dos licenciados nos diversos aspectos da instituição

escolar.

Disciplina de Matemática:

Público Alvo: é dirigido ao Ensino Médio em contraturno como aulas de

reforço trabalhando com os alunos que apresentam defasagem de conteúdos, e

elaboração de material pedagógico, contribuindo assim para a melhoria do ensino e

aprendizagem.

Disciplina de Ciências e Biologia:

Público Alvo: é dirigido ao Ensino Fundamental e Médio, em período regular,

trabalhando com os alunos. (sexualidade, meio ambiente, drogas, etc.), onde irão

desenvolver o aspecto de buscar o conteúdo para seu conhecimento na forma

investigativa.

Disciplina de Português:

Público alvo: é dirigido aos alunos de 6º ano, no período vespertino. São

trabalhados conteúdos relacionados à ortografia, produção de textos, interpretação.

51

21. CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO

A avaliação é o processo que norteia as ações a serem desenvolvidas e

repensar do fazer pedagógico. Terá de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o

instrumento dialético do avanço, além de ser o instrumento de identificação de novos

rumos. “Enfim, terá de ser o instrumento do reconhecimento dos caminhos

percorridos e da identificação dos caminhos a serem perseguidos” (LUCKESI, 1995).

Para Gadotti, avaliação qualifica a educação, como também os serviços

prestados pela instituição. A avaliação da aprendizagem não pode ser separada de

uma necessária avaliação institucional, mesmo que elas sejam de natureza

diferente: enquanto a primeira diz respeito à instituição, a outra se refere mais

especificamente ao rendimento escolar do aluno. São distintas, mas inseparáveis. O

rendimento do aluno depende muito das condições institucionais e do Projeto

Político-Pedagógico da escola. Em ambos os casos a avaliação, numa perspectiva

dialógica (ROMÃO, 1998), destina-se à emancipação das pessoas e não à sua

punição, à inclusão e não à exclusão ou, como diz Cipriano C. Luckesi (1998:180) “à

melhoria do ciclo de vida.

Não se pode mais confundir avaliação educacional com mensuração do

rendimento escolar. Na avaliação interagem diferentes variáveis e fatores, não

diretamente ligados à escola, que devem ser considerados. Assim, estabelecer uma

filosofia que sirva de base para orientar o processo de avaliação é fundamental para

o seu êxito. Se não se define essa orientação o processo avaliativo pode se

transformar numa atividade rotineira e burocrática sem sentido. É essa teoria de

base que definirá tanto o modelo de avaliação, quanto os objetivos, o planejamento

e os métodos a serem utilizados.

52

22. FORMAS DE REGISTROS DA AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem e está

diretamente ligada aos objetivos traçados nas diferentes disciplinas escolares ao

início de cada série, constando no Plano de Trabalho Docente de cada professor.

Para tanto a forma e registro da avaliação deste Estabelecimento de Ensino seguirá

os seguintes critérios:

Todas as disciplinas ofertam, no mínimo, oito instrumentos avaliativos no

decorrer do ano letivo, sendo 2 (dois) em cada bimestre. Para cada instrumento

será realizado a retomada dos conteúdos e ofertada a recuperação paralela. Os

registros no livro de Registro de Classe dar-se-ão da seguinte forma: 1º bimestre: |

AV1 | RE1 | AV2 | RE2 |. Para os demais bimestres fica a critério de cada professor

dar continuidade: AV3 | RE3 | AV4 | RE4|... ou reiniciar. Cada registro deverá conter

as respectivas datas.

O professor proporcionará no mínimo dois (2) instrumentos avaliativos para

cada bimestre. Após a verificação dos resultados, retoma-se o conteúdo e na

sequência realiza-se a reavaliação do mesmo. Todas as avaliações terão peso 10,0

(dez vírgula zero); Nos casos da não realização da recuperação paralela lançar 0,0

(zero virgula zero) conforme prevê a instrução normativa

Para obter a média no final de cada bimestre, soma-se as duas maiores

notas em cada uma das avaliações (avaliação e ou reavaliação) divide-se por dois,

obtendo assim a média bimestral. EX: 7,5 + 6,3= 6,4. Os instrumentos que serão

utilizados ficarão sob a responsabilidade do professor, sendo que uma das

avaliações de cada bimestre deverá ser prova escrita. É necessário que sejam

oportunizados instrumentos diferenciados. Por exemplo, se utilizar prova escrita

individual na avaliação, serão utilizados no momento da reavaliação, outros

instrumentos avaliativos, como trabalho, pesquisa, etc. Segue modelo de registro no

livro Registro de classe:

1º BIMESTRE 2º BIMESTRE

AV1 RE1 AV2 RE2 M. 1º Bi AV1 RE1 AV2 RE2 M. 2º Bi

7,5 6,O 5,5 6,3 6,9

53

Para os alunos que se recusarem a realizar a reavaliação e estão com a nota

da avaliação abaixo da média, faz-se o registro em campo específico (anotações) de

registro de classe, com assinatura do discente e docente.

Antes da aplicação de qualquer instrumento avaliativo, o professor esclarece

critérios de avaliação, seguindo o regimento escolar, e após a correção apresenta os

resultados aos alunos para os encaminhamentos necessários.

54

23. PERIODICIDADE DO SISTEMA AVALIATIVO

O sistema de avaliação é Bimestral sendo oportunizado no mínimo dois

instrumentos avaliativos por bimestre, com registro das notas em escala de 0,0 (zero

vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero) conforme consta no regimento escolar desta

escola, sendo que uma das avaliações é prova escrita, podendo ser objetiva,

subjetiva ou mista, a outra por meio de procedimentos metodológicos diversificados,

a critério do professor, em consonância com a equipe pedagógica.

Após cada verificação avaliativa, é realizada uma reavaliação dos conteúdos

não assimilados, que necessariamente é precedida pela recuperação de estudos,

oportunizando a apreensão dos conteúdos, dando prioridade aos essenciais.

55

24. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS PARA COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR: SALA DE APOIO, SALA DE RECURSOS E CELEM.

As intervenções pedagógicas ofertadas para atendimento à alunos com

dificuldades de aprendizagem neste ano de 2011: Sala de Apoio, Sala de Recursos.

Todas estas intervenções pedagógicas são ofertadas para os alunos em contra

turno.

24.1 SALA DE APOIO

O programa Sala de Apoio atende alunos com defasagem escolar oriunda das

séries iniciais, e ou com dificuldades de aprendizagem e baixo rendimento escolar,

onde o aluno recebe o reforço pedagógico nas disciplinas de Português e

Matemática, tendo quatro aulas semanais, em contraturno. Uma vez apropriado os

conteúdos e/ ou superado as defasagens, o aluno é dispensado do programa e

convocado outro aluno.

O estabelecimento de ensino oferta sala de apoio para os 6º anos e 9º anos.

São ofertadas: duas turmas de Matemática e duas turmas de Português no período

matutino para os alunos das 5ª série/6° Ano; uma turma de matemática e uma de

português no período matutino para as 8ª série/ 9º ano e uma turma de matemática

e uma de português no vespertino para as 8ª série/ 9º anos.

24.2 SALA DE RECURSOS

A escola oferece duas salas de Recursos na modalidade D.M. (déficit

Intelectual), uma funcionando no período matutino e outra no período vespertino.

A Sala de Recursos é um Serviço especializado de natureza pedagógica, o

qual tem como objetivo complementar o atendimento educacional realizado em

classes comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries (Instrução nº 05/04, da

Secretaria do Estado da Educação). É ofertado para os alunos com necessidades

educacionais especiais, (espaço de investigação e compreensão dos processos

cognitivos, sociais e emocionais), o qual visa à superação das dificuldades de

aprendizagem e o desenvolvimento para que o aluno tenha o rendimento esperado

no ensino regular.

56

Para ingressar no programa, o aluno passa por uma avaliação em contexto,

realizada pelos professores do regular, equipe pedagógica e professora da Sala de

Recursos.

O papel da Sala de Recursos é de natureza pedagógica e tem como objetivo

complementar o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino

Fundamental. O trabalho pedagógico especializado constitui um conjunto de

procedimentos específicos, de forma a desenvolver o processo cognitivo, motor,

sócio-afetivo-emocional, necessários para apropriação e produção de

conhecimentos.

Considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial: a

Constituição Federal de 1988; a Lei nº 7953/89; a Lei de Diretrizes e Base da

Educação Nacional, nº 9394/96; a Resolução nº 02/01, do Conselho Nacional da

Educação; a Deliberação, nº 02/03, do Conselho Estadual da Educação do Paraná,

garante aos alunos com necessidades especiais matriculados na rede regular de

ensino, o acesso e a permanência de todos os educandos, bem como todos os

atendimentos educacionais especializados necessários ao processo ensino

aprendizagem.

A filosofia do trabalho de apoio pedagógico específico e/ou sala de recursos

está calcada no respeito às diferenças individuais, bem como no direito individual em

ter oportunidades iguais, mediante atendimento diferenciado.

A sala de recursos atende alunos com dificuldades de aprendizagem,

hiperatividade, déficit intelectual e/ou Transtorno Global do desenvolvimento. Tem

como finalidade facilitar a aprendizagem dos alunos que apresentam histórico de

fracasso escolar.

As atividades da sala de recursos não devem ser confundidos com reforço

escolar (repetição da prática educativa da sala de aula), nem com às atividades

inerentes à orientação educacional, que estão mais voltadas à escola como um todo.

Diferentemente, o professor da sala de recursos – habilitado para o trabalho – irá

intervir como mediador, em atendimento grupal ou individual, utilizando recursos

coerentes com as necessidades de cada aprendiz, com vistas a favorecer o

desenvolvimento global, o que é indispensável ao êxito das atividades acadêmicas.

Os recursos tecnológicos (livros, papéis, lápis, pincéis, tintas, jogos, quadros-

de- giz, giz, tesouras, colas, barbantes, sucatas, brinquedos, computador, recursos

áudio visuais e outros). Esses componentes servem como estímulos, e incentiva a

relação entre as crianças e adolescentes tornando a aprendizagem bem sucedida,

57

sempre intermediado pelo mediador e alunos na busca e apropriação dos conteúdos

acadêmicos historicamente construídos.

O encaminhamento para a sala de recursos decorre das observações

sistemáticas do professor do ensino regular, uma vez percebendo a necessidade,

procura a Equipe Pedagógica para os encaminhamentos necessários.

O aluno que ingressa na Sala de Recursos deverá estar matriculado e

frequentando o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série; a avaliação pedagógica de

ingresso deverá ser realizada no contexto do Ensino Regular, pelo professor da

Classe comum, professor especializado e equipe pedagógica da Escola, com

assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa) e equipe NRE. O qual

enviará relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção e

encaminhamentos.

O aluno da Sala de Recursos que frequenta a Classe Comum em outro

estabelecimento, o mesmo deverá apresentar relatório de avaliação pedagógica no

contexto, declaração de matrícula e encaminhamentos.

Cada turma atende no mínimo 20 (vinte) alunos, com atendimento por

intermédio de cronograma; o horário de atendimento deverá ser em período

contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a Classe Comum; o aluno

da Sala de Recursos deverá ser atendido individualmente ou em grupos de até 10

(dez) alunos, com atendimento por meio de cronograma pré- estabelecido; os

grupos de alunos em atendimento serão organizados preferencialmente por faixa

etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos. O

cronograma de atendimento é elaborado pela professora da Sala de Recursos junto

com a equipe pedagógica da Escola, e, sempre que possível ou se fizer necessário,

com os professores de Classe Comum, em consonância com os procedimentos de

intervenção pedagógica que constam no relatório da Escola em que o aluno

frequenta a Classe Comum. O aluno deverá receber atendimentos de acordo com

suas necessidades, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não

ultrapassando 2 (duas) horas diárias.

O professor da Sala de Recursos deverá prever: controle de frequência dos

alunos por intermédio de livro de frequência da escola; contato periódico com a

equipe pedagógica da escola e, sempre que possível ou se fizer necessário, com os

professores da Classe Comum para o acompanhamento do desenvolvimento do

aluno e; participação no Conselho de Classe.

O educador da educação especial constrói o seu Plano de Trabalho Docente

58

visando as características individuais do seu aluno, e junto com os profissionais de

ensino comum, dinamiza estratégias para que os alunos que estão incluídos na sala

regular, superem suas dificuldades e assim possam acompanhar o processo de

ensino-aprendizagem.

O estabelecimento já recebeu materiais para a sala Multifuncional e está no

aguardo da liberação para funcionamento da mesma.

24.3 PROGRAMA CELEM

O CELEM é um programa ofertado pela SEED que oportuniza a oferta do

ensino de Línguas com duração de dois anos, com quatro horas aulas semanais de

50min cada, é ofertado para os alunos do ensino fundamental e médio, em

contraturno, funcionários do Colégio e para comunidade em geral. O colégio oferta

as línguas de Espanhol e italiano. O Espanhol com cinco turmas, sendo duas turmas

de 1ª série Básico, uma turma de 2ª série Básico e duas turmas de 1ª série

Aprimoramento. O Italiano com duas turmas, sendo uma turma de 1ª serie e uma

turma de 2ª série do Básico. O programa foi implantado no Colégio em 2009.

59

26. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

O maior desafio é sem dúvida, o conhecimento em si, razão do nosso

trabalho e a função essencial da escola. No entanto, constantemente surgem novos

desafios, exigindo um posicionamento em relação aos mesmos os quais interferem

no resultado do rendimento escolar. Trazendo para educação questões que devem

ser trabalhados neste contexto, tanto para os profissionais da escola, como para os

educandos, seus pais e a comunidade, em toda a complexidade de cada um desses

segmentos.

Tais desafios relacionam os temas de Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Cidadania e Direitos Humanos, Enfrentamento a Violência na Escola, Relações

Étnico culturais, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Gêneros e Sexualidade, em

que serão trabalhadas de formas diversificadas com encaminhamentos teórico-

metodológico por meio das diversas aulas diárias, palestras, debates, dinâmicas em

grupos, filmes, revistas, exercícios de fixação, pesquisa, uso da TV Pendrive,

multimídia e quadro com giz, entre outros.

26.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A vida na Terra e de todas as sociedades humanas, depende cada vez mais

da manutenção de determinados elementos e de delicados equilíbrios da base

natural do planeta. A relação entre a sociedade humana e a natureza tem gerado, ao

longo da história, inúmeros problemas, observando a degradação ambiental do

planeta. A Educação Ambiental deve ser compreendida como um processo de

interação entre o homem e a natureza. Esta visão é também desenvolvida no âmbito

da ciência geográfica, cujos conhecimentos têm estreita ligação com as práticas de

Educação Ambiental. Na atualidade, há a necessidade de trabalhar conteúdos

referentes a educação ambiental, tendo com documento norteador a Agenda 21 (

Programa de Gestão Ambiental em Microbacias – PGAIM). A qual possui caráter

interdisciplinar, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Estado do Paraná.

60

26.2 EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal é um processo que visa a construção de uma consciência

voltada ao exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão

no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controle social e fiscal do

Estado.

26.3 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Para Arendt, “A cidadania está em constante construção, que teve origem,

historicamente, com o surgimento dos direitos civis, no decorrer do século XVIII, sob

a forma de direitos de liberdade, mais precisamente, a liberdade de ir e vir, de

pensamento, de religião, de reunião pessoal e econômica, rompendo com o

feudalismo medieval na busca da participação na sociedade”.

O conceito de cidadania, entretanto, tem sido frequentemente apresentado de

uma forma vaga e imprecisa. Uns identificam-na com a perda ou aquisição da

nacionalidade; outros, com os direitos políticos de votar e ser votado. No Direito

Constitucional, aparece o conceito, comumente, relacionado à nacionalidade e aos

direitos políticos. Já na Teoria Geral do Estado, aparece ligado ao elemento povo

como integrante do conceito de Estado. Dessa forma, fácil perceber que no discurso

jurídico dominante, a cidadania não apresenta um estatuto próprio pois na medida

em que se relaciona a estes três elementos (nacionalidade, direitos políticos e povo),

aparecendo como algo ainda indefinido.

No entanto, é necessário sabermos sobre o papel da educação no processo

de solidificação dos direitos humanos e da cidadania, cujo fundamento também se

encontra no texto constitucional brasileiro, pois a Constituição de 1988, ao consagrar

a universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos, também entrega ao Estado

e ao cidadão – de forma implícita – a tarefa de educar (dever) e ser educado (direito)

em direitos humanos e cidadania. Somente com a colaboração de todos os

partícipes da sociedade e do Estado, é que os direitos humanos fundamentais

alcançarão a sua plena efetividade.

A educação em direitos humanos deve se dar de uma forma tal que os

princípios éticos fundamentais que o cercam, sejam para todos nós – membros da

coletividade – tão naturais como que o próprio ar que respiramos. A consolidação da

61

cidadania, em sua forma plena, deve ser o fator principal da criação de uma cultura

em direitos humanos. A Declaração Universal de 1948, a esse propósito, deixa bem

claro que: "A instrução [leia-se: educação] será orientada no sentido do pleno

desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento e do respeito pelos

direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a

compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou

religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da

paz" (Artigo XXVI, 2.ª alínea). No entanto devemos lembrar que os mesmos também

devem cumprir com seus deveres.

26.4 ENFRENTAMENTOS À VIOLÊNCIA NA ESCOLA

O tema da violência escolar tem sido uma preocupação de diversos segmentos

sociais, sendo tratados em debates nas Instituições de Ensino Superior, nos

Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, Conselhos Tutelares, Ministério

Público, Juizados da Infância e Juventude e nos últimos anos está presente de

forma reincidente na mídia. Afinal, quando falamos em violência que está presente

no ambiente escolar, que tipo seria? Refere–se às agressões verbais, brigas, roubo,

furto, indisciplina, incivilidades, violência moral, violência física, violência contra o

patrimônio público, discriminação, humilhação, desrespeito. No entanto nem sempre

a escola consegue resolver as ações de violência geradas no seu interior, pois na

maioria das vezes quando se trata da violência relacionada com alunos esta

situação vem de fora dos muros da escola.

26.5 RELAÇÕES ÉTNICAS RACIAIS

Esta temática visa proporcionar uma reflexão a respeito do ensino, a partir da

Lei 10.639/03, lei 11.645/2008 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira

e Indígena. Para tal, procuramos enfatizar os conceitos raciais, objetivando apontar

caminhos para a valorização da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena. Ainda

com o intuito de auxiliar educadores e educandos no desenvolvimento de atividades

que tomem o patrimônio cultural como fonte para ensino, trazendo suas

representações, bem como seus silêncios e omissões – a exemplo da invisibilidade

dos afro-descendentes e indígena no Paraná.

62

Em 2010 foi composta a Equipe multidisciplinar onde participa profissionais das

diferentes segmentos da escola. Em 2011 está ocorrendo o grupo de estudos da

equipe multidisciplinar, promovido pela SEED.

26.6 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

O objetivo da Prevenção do uso Indevido de Drogas é discutido na forma

menos dogmática possível. O primeiro ponto lembrado é que o consumo de

substâncias psicoativas faz parte da história da humanidade e que mesmo hoje a

criminalização só atinge parte destas substâncias. A partir daí, é possível

reconhecer, por exemplo, que as drogas mais consumidas no Brasil são legais:

álcool e tabaco. O álcool chama mais atenção, pois assim como outras drogas

consideradas ilegais, pode favorecer comportamentos de risco. Apontam-se também

os principais problemas associados ao consumo de drogas ilícitas: demanda por

tratamento de dependentes, atendimento a casos de overdose, facilitação na

transmissão de doenças como AIDS e hepatite e estímulo ao tráfico violento de

drogas. A escola é uma referência para a comercialização e consumo de drogas

lícitas e ilícitas. Alguns autores defendem que o trabalho de prevenção na escola

deve ser feito pela via da análise e enfrentamento do problema associado ao

consumo do que pela simples condenação moral. Por fim, trata do problema relativo

ao tráfico de drogas e discussão sobre a descriminalização do usuário. Nos debates,

parece haver consenso que o uso de drogas é prejudicial e que a política de controle

do tráfico não é eficaz e as campanhas de conscientização não cumprem sua função

social de alerta quanto aos danos causados à saúde pelo uso de substâncias

químicas.

26.7 GÊNERO E SEXUALIDADE

Os conceitos gerais acerca dos estudos recentes sobre as relações entre

gêneros e sexualidades, propondo que nos despojemos de conceitos preconcebidos

acerca da orientação sexual manifestada sob diversas formas e que, independente

de nossas vontades, adentra os ambientes escolares.

Nas culturas ocidentais em que vivemos de forma muito mais intensa e

explícita do que em outras épocas, o amor e a sexualidade tem tido significados

como dimensões indissociáveis da vida humana.

63

Neste Estabelecimento são respeitadas as diversidades, dentre elas:

orientação sexual, gênero, etnia entre outros. O trabalho desenvolvido pauta-se no

respeito ao outro.

26.8 COMO A ESCOLA ABORDA OS TEMAS

É na escola que se observa vários comportamentos, que explicitam os

diferentes valores culturais preservados pelas famílias, bem como os preconceitos,

trazidos à tona nas relações entre aluno/aluno, aluno/professor, professor /aluno,

professor/família, entre outros.

Tais atitudes devem ser vistas como desafios inquietantes para a escola, que

também tem na sua função social o desenvolvimento global do educando.

Como abordagem pedagógica, os professores contemplam em seu Plano de

Trabalho Docente conteúdos relacionados aos temas. A escola busca parceria com

as Instituições de Ensino Superior local para promoção de oficinas e work shops,

nos diferentes projetos e Gincana Cultural, os temas são abordados visando a

valorização do ser humano, relações saudáveis e o conhecimento dos gêneros e

suas diversidades. A escola trabalha conteúdos fundamentados, para que os alunos

tenham argumentação e defendam suas posições, levando em conta e sendo

respeitados os direitos de cada cidadão.

64

27. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação paralela deve acontecer após cada avaliação ou atividade,

quando verificado que o conteúdo não foi assimilado pelos alunos. O mesmo deverá

ser retomado em sala com diferentes formas de abordagem, ofertando em seguida

uma nova avaliação. Quanto ao registro, caso o aluno tenha obtido uma nota maior,

esta substituirá a nota anterior. Vale ressaltar que todos os alunos têm direito

recuperação paralela e que a nota deve ser a expressão da qualidade do que o

aluno aprendeu e não apenas um dado quantitativo. Tudo de acordo com as normas

vigentes a seguir.

Deliberação nº 007/99 – CEE

Art. 10 - O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a

aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo

estabelecimento.

Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de

estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi

considerado insuficiente.

Art. 11 - A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,

dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

Regimento Interno

Art.111º A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos.

Art.112º A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

Art.113º A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didáticos - metodológicos diversificados.

Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área

de estudos e os conteúdos da disciplina.

65

28. OPÇÃO PELA OFERTA DE REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

Neste Estabelecimento de ensino não é ofertado o Regime de Progressão

Parcial, por não se adequar à realidade escolar.

No entanto, ao receber alunos transferidos e que tem dependência em

alguma disciplina a escola antes de realizar a matrícula presta a família e o

educando as informações necessárias quanto a sua situação escolar e apresenta as

possibilidades de procurar uma escola onde oferte tal regime ou que o aluno realize

atividades, mediante um plano de estudos, durante o ano letivo visando

regulamentar a vida escolar e suprimir a ausência de determinada(s) disciplina(s) na

grade curricular.

66

29. ESTRATÉGIAS DO ESTABELECIMENTO PARA A ARTICULAÇÃO COM A FAMILIA E A COMUNIDADE

Conforme Vigotsky (1896-1934) o Outro social, pode se apresentar por meio

de objetos, da organização do ambiente, do mundo cultural que rodeia o indivíduo. E

é através de estratégias que o colégio Olinda Truffa de Carvalho realiza articulações

entre as famílias e a comunidade: (padres, pastores) reuniões de pais, palestras,

grupos de estudos, gincana cultural, escola de pais, festa junina, dia das mães, dia

dos pais, almoço de confraternização, programa CELEM, entre outros.

Mas, não basta só reunir comunidade, pais, grupo docente e discente da

escola, é preciso haver consciência de participação e comprometimento com o

saber, não fazendo desses encontros e visitas na escola somente palco de

reclamações, mas sim momentos de unir forças que venham contribuir para o melhor

andamento da escola.

A escola “desenvolveu até 2009 o Projeto denominado „„Escola de Pais” , o qual

é desenvolvido com reuniões mensais com duração de duas horas, os pais são

informados por carta convite. Com ficha de frequência e certificação no final do ano

letivo. O tema inicial é definido pela escola, e em cada encontro define-se o próximo

e assim sucessivamente até a conclusão. As oficinas acontecem no período

noturno com parceria de profissionais liberais ou da própria escola. Nestes

encontros é oportunizado aos participantes lanche, chimarrão entre outros agrados

com o propósito de retorno, nos demais encontros No momento este projeto não

está acontecendo mas a intencionalidade é resgatar o mesmo.

.

67

30. INSTÂNCIAS COLEGIADAS DO ESTABELECIMENTO

30.1 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição

escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da Secretaria de

Estado da Educação observando a Constituição Federal e Estadual, a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o

Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função

social e específica da escola.

São objetivos do Conselho Escolar:

Realizar a gestão escolar, numa perspectiva democrática e coletiva, de

acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político

Pedagógico da escola;

Constituir em instrumento de democratização das relações no interior da

escola, assegurando os espaços de efetiva participação da comunidade

escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do

trabalho pedagógico escolar;

Promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a

integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade

escolar na construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita

e universal;

Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho

pedagógico na escola a partir dos interesses e expectativas histórico-

sociais, em consonância com as orientações da Secretaria de Estado da

Educação e a legislação vigente;

Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela

comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como

pressuposto o Projeto Político Pedagógico da escola;

Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho

pedagógico da escola, de modo que a organização das atividades

68

educativas escolares estejam pautadas nos princípios da gestão

democrática.

São membros eleitos do Conselho Escolar: Presidente: Ivonete Maria

Vendrusculo Venson; Representantes da Equipe Pedagógica: Marilda Bianco

e Lucivana Pelicioli; Representantes do corpo docente: Margarida Esser e

José Carlos de Oliveira; Representantes dos agentes educacionais II:

Claudinéia Ferreira e Maria José das Graças Alves; Representantes dos

agentes educacionais I: Maria Goreti Bueno dos Santos e Luis Antunes;

Representantes do corpo discente: Marina Machado e Thainá de Fátima

Rossi; Representantes dos pais de alunos: Ivone Aparecida de Oliveira e

Maria Aparecida Fontana Ribeiro; Representantes da APMF: Mauro José

Unser e Vera Anita; Representante da sociedade civil: Cícero Castorino

Geremias Machado e Maria Delurdes Correa.

30.2 APMF

Pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais,

Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-

partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus

Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por meio de eleição.

Seus membros são eleitos em assembléia pelo voto direto, onde

permanecerão por um período de dois anos. Os mesmos se reúnem sempre que se

faz necessário, tendo um regimento próprio onde suas atribuições são definidas.

A APMF visa promover o entrosamento entre pais, estudantes, professores,

funcionários e toda a comunidade, por meio de atividades sociais, educativas,

culturais, desportivas e de formação político-pedagógico, consoante ao Conselho

Escolar.

São os integrantes da APMF, eleitos em 08/09/ 2011: Presidente: Marina da

Silva Veiga; Vice-presidente: Luiz Carlos Mendes dos Santos; 1º secretario Mauro

José Unser; 2º secretário: Margarida Esser Barbosa; Diretor social cultural e

esportivo: Claudia Ferreira e Vera Anita Reckziegel; conselho fiscal: Floraci

Florêncio, Cleci Terezinha Batistus, GeusaAlves de Morais; Colaboradores: Lucimar

Pedro Garcia, Amélia Madalena Garcia e Valter Luiz David.

69

30.3 GRÊMIO ESTUDANTIL

É uma instância colegiada que visa assessorar o corpo docente e discente da

escola. Composto por educandos, que são eleitos democraticamente, através do

voto direto entre seus pares. Tendo como primeira ação a leitura do Estatuto, para a

interação de suas funções junto a comunidade escolar e seus representantes.

Posterior a isto elaboram um plano de ação em consonância com a direção e

coordenação da escola.

Neste ano de 2011, em 17 de junho houve eleição para o Grêmio Estudantil.

São os membros eleitos: Presidente: Mayara de Oliveira; Vice-presidente: Giani

Carolina Broetto Raini; Secretario Geral: Sabrina Alves dos Santos; 1º secretario:

Aline de França Américo; Tesoureiro Geral: Pamela Wilnes dos Santos; 1º

tesoureiro: Agnes Kaufman; Diretor social: Beatriz Simardo; Diretor de Imprensa:

Maurício Galgarotto; Diretor de esportes: Lucas Mazurek Gatti; Diretor de cultura:

Luana de Paula Lastra; Diretor de saúde e meio ambiente: Abnel Ferreira Bueno.

70

31. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

31.1 ADENDO NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - REFERENTE AO

ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO.

A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político – Pedagógico da

escola deve estar em consonância com a concepção de escola pública, a qual

concebe o estágio como uma atividade que estabelece um paralelo preparatório

para o trabalho produtivo, conforme Lei nº 11788/2008.

O Ensino Médio, de acordo com o Artigo 35 da LDB, além da “consolidação e

aprofundamento dos conhecimentos do ensino fundamental, possibilita o

prosseguimento de estudos, a preparação básica para o trabalho e a cidadania do

educando”, sendo assim o estágio integra o itinerário formativo do educando e faz

parte do projeto pedagógico.

O trabalho faz parte da formação integral do ser humano e a função social da

escola deve ultrapassar o aprendizado das competências da atividade profissional e

assumiu um caráter de agente de formação processual de uma totalidade social

posta. Para isto, é necessário que a escola instrumentalize o educando para que

este possa analisar as relações de produção, de dominação, bem como as

possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho. Os conhecimentos

escolares, portanto são a via que possibilitará a análise mais profunda desta

dimensão contraditória, atuando no mundo do trabalho de forma mais autônoma,

consciente e crítica.

Sendo assim, o estágio vem somar com as demais disciplinas para esta

formação do educando. Pois é na atuação, no ato de desenvolver uma atividade

voltada para o trabalho que o educando poderá encontrar possibilidades de colocar

em prática os conhecimentos adquiridos em sala, fazendo assim a aplicação “in

loco” dos conteúdos.

Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir que as ações

desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,

relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a

partir das relações de trabalho. O estágio visa contribuir para a formação do aluno

no desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que

oportunizem concebê-lo como ato educativo.

71

31.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Proporcionar ao aluno conhecimento da(s) profissões.

Oportunizar ao aluno a vivência e atuação nas diferentes atividades de

trabalho.

Refletir sobre a relação que se estabelece entre a teoria e a prática.

Aprimorar hábitos e atitudes.

31.3 ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELA ATIVIDADE DE ESTÁGIO NA

ESCOLA

Cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágios desenvolvidas pelo

aluno, ainda que via não presencial para que este possa medir a natureza do

estágio e as condições do aluno estagiário com o Plano de Trabalho Docente,

de forma que os conteúdos e conhecimentos sejam transmitidos sejam

instrumentos para se compreender de que forma tais relações se

estabeleçam histórica, econômica, política, cultural e socialmente;

Cabe ao pedagogo, manter os professores das turmas cujos alunos

desenvolvem atividades de estágio informando-os sobre as atividades, de

modo que estas possam contribuir para a relação prática;

Solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de

Compromisso, sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem

desenvolvidas pelo estagiário;

Exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades em

prezo não superior a 6 ( seis) meses, no qual deverá constar as atividades

desenvolvidas nesse período;

Auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de

relatório das atividades;

Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios

de seus estudantes;

Esclarecer a parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário

Escolar;

Zelar pelo termo de compromisso;

Acompanhar o desempenho dos alunos.

72

32. ADOLESCENTE APRENDIZ

Segunda a lei 10097, de 19 de dezembro de 2000, Art. 403 - É proibido

qualquer trabalho aos menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de

aprendiz, a partir dos quatorze anos. Parágrafo único – O trabalho do menor não

poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento

físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a frequência

à escola.

As atividades do programa menor aprendiz tem como objetivo inserir o

mesmo no mercado de trabalho, oportunizando experiência e conhecimento em

diversas áreas para optar no futuro pela profissão desejada, pois os três focos

específicos do projeto são a diversidade, autonomia e identidade. Além disso, o

projeto pretende também despertar a responsabilidade, respeito, postura e ética

profissional aliando aos valores educacionais.

A inserção do menor aprendiz no mercado de trabalho deve ser de

obrigatoriedade empresarial, porém deve ser estimulada pela equipe escolar, família

e sociedade.

73

33. A ESCOLA DISPONIBILIZA SEU ESPAÇO PARA ESTÁGIO DE PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADO DO ENSINO SUPERIOR

O Colégio Olinda Truffa de Carvalho é campo de estágio da Universidade

Estadual do Paraná, (UNIOESTE) e em caso de disponibilidade de vagas, também

para as demais instituições do ensino superior do município de Cascavel. O

professor responsável pela prática de estágio entra em contato a com a direção e

coordenação pedagógica da escola, munido da carta de apresentação do (s)

estagiário (s), faz o agendamento com a coordenação, em planilha própria da

unidade cedente, repassando a forma de estágio (só observação, e ou observação e

regência), horários, turmas e datas de realização do mesmo.

A unidade escolar não agenda estágio de duas ou mais disciplinas, na mesma

turma, quando este for de regência. Na realização do estágio, o acadêmico é

acompanhado pelo professor regente e pelo professor do Ensino Superior. Durante

o período de estágio a coordenação pedagógica da escola verifica o cumprimento

da carga horária através das fichas de acompanhamento mediante assinatura no

final de cada período de aula. Será realizado um único estágio de regência da

mesma disciplina na mesma turma durante o mesmo ano letivo.

74

34. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: PERIODICIDADE E INSTÂNCIAS ENVOLVIDAS

A comunidade escolar participa das discussões e reestruturação do Projeto

Político Pedagógico, observando os resultados positivos, analisando e buscando

ações que visem mudanças necessárias para o melhor andamento das condições

gerais de ensino e aprendizagem.

O Projeto Político Pedagógico é a sistematização da escola, onde se

encontra em constante aprimoramento e visa atender as necessidades dos alunos e

comunidade escolar. Estas mudanças são realizadas sempre que necessárias, com

a contribuição de todas as instâncias envolvidas (Grêmio, APMF, Direção,

Professores, Funcionários e Conselho Escolar).

75

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas

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Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de

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