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COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO FRANCISCO NOGUEIRA
ENSINO MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PINHALÃO PARANÁ
2015
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SUMÁRIO
Para refletir 1................................................................................................. 5
Para refletir 2 …............................................................................................ 6
Apresentação................................................................................................. 7
introdução .................................................................................................... 9
Marco situacional................................................................................... …...10
Movimentação escolar …............................................................................. 11
Marco operacional ........................................................................................14
Identificação do estabelecimento .................................................................15
Organização da entidade escolar …............................................................. 16
Estrutura do prédio ….................................................................................. 21
Burocracia da escola referente aos alunos ................................................... 23
Burocracia da escola referente ao pessoal ................................................... 25
Burocracia da escola referente ao estabelecimento .....................................26
Reuniões ...................................................................................................... 28
Contexto que a escola está inserida ............................................................ 29
Fundamentação teórica e organização pedagógica da escola ….................. 30
Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas da base nacional
comum do Ensino Médio e Formação de Docentes
Língua Portuguesa ....................................................................................... 35
Arte .............................................................................................................. 45
Matemática .................................................................................................. 52
Física ............................................................................................................ 65
Química ....................................................................................................... 81
História ..................................................................................................... 91
Filosofia .......................................................................................................100
Inglês................................................................................................ ….......106
Biologia .......................................................................................................114
Geografia ....................................................................................................122
Sociologia ................................................................................................... 131
Educação física ........................................................................................... 144
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Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas específicas do curso
de Formação de docentes:
Concepções norteadoras da educação especial ......................................... 152
Fundamentos sociológicos e filosóficos da educação …..............................159
Fundamentos históricos da educação ….................................................... 167
Fundamentos históricos e políticos da educação infantil............................ 174
Fundamentos psicológicos da educação …................................................ 180
LIBRAS …................................................................................................... 186
Literatura infantil ........................................................................................ 191
Metodologia do ensino da alfabetização ….............................................. 196
Metodologia do ensino da arte ................................................................... 203
Metodologia do ensino de ciências ............................................................ 211
Metodologia do ensino educação física ….................................................. 217
Metodologia do ensino de geografia …..................................................... 223
Metodologia do ensino de história.............................................................. 229
Metodologia do ensino de matemática ….................................................. 235
Metodologia de ensino de Língua Portuguesa …........................................ 243
Organização do trabalho pedagógico ......................................................... 250
Prática de formação ................................................................................... 259
Trabalho pedagógico educação infantil …................................................... 273
Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas específicas do curso
técnico em informática subsequente
Rede e sistema operacional ....................................................................... 281
Suporte técnico .......................................................................................... 284
Internet e programação web ...................................................................... 288
Análise e projetos ...................................................................................... 293
Lógica e linguagem de programação ......................................................... 296
Banco de dados ......................................................................................... 303
Fundamentos e arquitetura de computadores ............................................ 306
Informática instrumental ............................................................................ 309
Análise e projetos ….................................................................................... 314
Fundamentos do trabalho …....................................................................... 317
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Prática discursiva e linguagem …................................................................ 320
Inglês técnico ............................................................................................. 323
Matemática aplicada …............................................................................... 326
Matriz curricular de Formação de docentes ............................................... 330
Matriz curricular do ensino Médio ............................................................... 333
Matriz curricular Técnico Informática .......................................................... 335
Projetos extracurriculares ........................................................................... 336
Concepção de avaliação.............................................................................. 338
Articulação com a comunidade .................................................................. 343
Referências bibliográficas ........................................................................... 345
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PARA REFLETIR 1
No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
-Quantos rins nós temos?
Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer
em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - ordena o
professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.
O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-
1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso
mestre:
-O senhor me perguntou quantos rins 'nós temos'. 'Nós' temos quatro:
dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão usada para o plural. Tenha um
bom apetite e delicie-se com o capim.
A vida de professor em alguns momentos exige muito mais
compreensão do que conhecimento!
http://www.pensador.info/mensagem_de_professor_para_aluno
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PARA REFLETIR 2
"Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem
universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro
de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava
aberta no livro de Marcos.
Sem muita cerimônia, o jovem interrompeu a leitura do velho e
perguntou:
– O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
– Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou
errado?
– Mas é claro que está! – retrucou o jovem - Creio que o senhor
deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida
há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem
cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor
deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e
dizem sobre tudo isso.
– É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a
Bíblia? – perguntou o velho, demonstrando o interesse de quem quer aprender
um pouco.
– Bem - respondeu o universitário - como vou descer na próxima
estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o
material pelo correio com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o
seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu
cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba.
No cartão estava escrito: Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral
do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França”.
“Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima."
(Louis Pasteur)
Fato ocorrido em 1892, verdadeiro e parte integrante da biografia do protagonista.
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APRESENTAÇÃO
Ao longo da história, a escola vem transformando as suas relações com
seus seguimentos e com a comunidade local. Estas transformações emergem
das dificuldades encontradas para prosseguir a sua finalidade básica que é
ensinar os conhecimentos científicos que a sociedade acumulou durante toda a
sua existência.
Segundo Paulo Freire, “o Projeto Político Pedagógico deve contemplar a
educação como forma de transformação social, sendo o aluno o agente desse
processo”.
A escola tem a função, segundo Paulo Freire, de transformação social,
ela não pode permanecer inflexível e arcaica. Deve garantir que sua finalidade
última deve estar fundamentada em algo que oriente a total efetividade de seu
objetivo final. A escola não é um fim em si mesma, ela é o suporte para que os
educandos que por aqui passam tenham o conhecimento suficiente para
garantir a sua cidadania e buscar uma profissão na sociedade em que eles
vivem.
Tendo em vista a finalidade única deste estabelecimento de ensino, que
é ensinar o conhecimento científico acumulado pelo homem, proporcionando
aos nossos educandos oportunidades de formarem a sua cidadania, com isso
terem oportunidades na sociedade e comunidade onde vivem, é de suma
importância o nosso Projeto Político Pedagógico, o qual deve ser lido,
implementado e modificado a quando houver necessidade. Isto não é tudo, o
Projeto adotado por este estabelecimento tem norteado o trabalho de gestão,
administrativo, pedagógico e humano que não deve perder de vista a
especificidade dos cursos, da sua comunidade e da regionalidade.
Segundo KUENZER. 2005, p. 58
Do ponto de vista da construção da nova proposta pedagógica, essas mudanças trazem novos desafios. Sem sombra de dúvida, a exigência de mais domínio de conhecimentos científicos-tecnológicos e de desenvolvimento de competências cognitivas superiores através da expansão da escolaridade, principalmente de nível médio, é positiva, o problema é que não é, necessariamente , para todos.
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Os desafios da contemporaneidade levam os educadores a repensarem
suas práticas, elaborando novas propostas curriculares para o ensino médio
orientado pela concepção de homem que queremos formar. O que o Projeto
Político Pedagógico orienta é que nosso aluno deve ter a competência humana
para se fazer e fazer história, para tanto, torna-se necessário que o professor
leve o aluno a pensar sobre sua atuação na sociedade e na escola, cumprir o
seu papel que é de garantir a permanência do aluno na escola, a qualidade do
ensino ofertado para que a mudança aconteça.
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INTRODUÇÃO
A comunidade escolar sempre que necessário tem promovido
discussões para implementação do Projeto Político Pedagógico. No ano de
2008, os seguimentos que compõem esta comunidade escolar priorizaram dois
momentos destinados para essas realimentações na proposta pedagógica. O
primeiro foi no início do ano quando, além da leitura de textos relacionados ao
assunto, promoveu discussões e levantou sugestões para readequação do
projeto com a realidade de nossos alunos. O segundo momento, foi no inicio do
segundo semestre, quando professores, funcionários e equipe pedagógica
promoveram discussões orientadas por documentos enviados pela SEED sobre
a reformulação das diretrizes curriculares que nortearão os passos dos
profissionais desta escola neste semestre e também para os próximos anos.
Em 2010, a comunidade escolar se reuniu e todos tiveram a
oportunidade de tomar conhecimento novamente do Projeto Político
Pedagógico e fazer as alterações necessárias.
A partir de então, o PPP foi incorporando mudanças que se fizeram
necessárias para acompanhar as demandas da comunidade e adequar à
legislação vigente.
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1. Marco situacional
1.1 Diagnóstico da realidade escolar
O colégio possui um espaço físico adequado às atividades docentes com
boa infraestrutura.
Na atualidade, a comunidade escolar que forma o corpo discente deste
colégio, 69% são oriundas da zona rural e 31% da zona urbana. São de classe
trabalhadora e baixo poder aquisitivo. Mesmo aqueles que residem no centro
urbano, a maior trabalha com atividades ligadas à agricultura, são filhos filhos
de pequenos agricultores, boias-frias, comerciantes e pequenos comerciantes e
filhos de funcionários públicos estaduais e municipais.
O nível de escolaridade dos pais varia entre o ensino fundamental e
médio. Somente um pequeno percentual tem curso superior e pós-graduação.
Grande parte de nossos alunos enfrenta o trabalho rural ou urbano
durante o dia e à noite vêm para a escola cansados e desestimulados pelo
trabalho árduo. Mesmo os que estudam durante o dia, trabalham um período
em atividades agrícolas ou no próprio comércio local. Uma pequena
porcentagem que não se ocupa de trabalhos fora de casa, realizam junto com
suas famílias tarefas que preenchem o tempo que têm livre.
Dos alunos que concluem o segundo grau somente um pequena minoria
faz o curso superior devido às condições econômicas que possuem e
aproveitam para matricular-se no curso de informática subsequente até 2014.
No início de 2015 não houve turma para este curso, o que está previsto para
julho.
1.2 Reclassificação
O processo pedagógico de reclassificação consiste na avaliação em
todas as disciplinas do aluno matriculado e frequentando o estabelecimento
regularmente com defasagem acentuada em relação à idade/série para e que
apresente possibilidade de de avanço na aprendizagem a fim de encaminhá-los
a uma turma de nível mais adiantado, visto que estes alunos trabalham e
precisam de um estímulo para concluir o segundo grau.
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1.3 Atividade complementar
O estabelecimento oferece em contraturno o Programa de Atividade
Complementar no Macrocampo aprofundamento da Aprendizagem em Língua
Portuguesa e Matemática visando atender as necessidades socioeducacionais
do aluno oportunizando a aprendizagem e ampliação da formação do aluno e
também atividade de esporte e lazer
1.4 Celem
O estabelecimento oferta de forma extracurricular o ensino de língua
estrangeira -espanhol, para que a comunidade possa aprimorar seus
conhecimentos em mais um idioma.
1.5 Movimentação escolar em 2014 e aprovação
1.5.1 Ensino médioSérie Matriculad
osSem frequência
Ap Rep Aband. TE*
1ª M 50 0 44 1 1 4
1ª N 44 0 30 2 7 5
2ª M 62 0 40 1 5 16
2ª N 40 2 22 7 4 5
3ª M 29 0 25 0 2 2
3ª N 59 0 42 1 15 1
Total 284 0 203 12 34 33* Transferência expedida
1.5.2 Formação de Docentes
Série Matriculados Ap Rep Aband. TE*
2ª M 20 12 0 1 7
3ª M 16 12 0 0 4
4ª M 16 13 0 1 2
Total 52 37 0 2 13
*Transferência Expedida
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1.5.3 Informática Subsequente em 2015
Em anos anteriores o Colégio já forneceu este curso e e começou a
oferecê-lo novamente no 2º semestre de 2015
1.6 Corpo docente e equipe pedagógica em 2015
Total de professores QPM 19
Total de professores PSS 2
Total de professores SCO2 de outros
estabelecimentos que têm aula no
colégio
1
Total de professores SCO2 que são
QPM do próprio estabelecimento
10
Pedagogos QPM 1
Pedagogo PSS 0
Diretor 1
1.7 Média do ENEM em 2007/ 2008/2009
Média da prova
objetiva
Média geral Média prova
objetiva com
correção
Média geral
(objetiva e redação)
com correção
41,75* 46,83 41,11 46,36
38,63** 48,64 38,07 48,8
478,43*** 529,6* 2007 ** 2008 ***2009
1.8 Quanto aos funcionários, todos exercem o seu papel com
dedicação, porém o número de funcionários que exercem a função de serviços
gerais é insuficiente. Temos agentes educacionais QFEB, assistente
administrativo OORG, 1 assistente administrativo READ, agente apoio QFEB, 1
auxiliar operacional e 1 auxiliar de serviços gerais.
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1.9 Distribuição das turmas em fevereiro de 2015 e nº alunos
Período Curso Alunos
matriculad
os
turma Nº turmas
Manhã Ensino médio 44 1º 1
Manhã Ensino Médio 46 2º 2
Manhã Ensino Médio 34 3º 1
Noite Ensino Médio 47 1º 1
Noite Ensino Médio 42 2º 1
Noite Ensino Médio 34 3° 1
Manhã Formação de Docentes
44 1° 1
Manhã Formação de Docentes
00 2° 00
Manhã Formação de Docentes
12 3º 1
Manhã Formação de Docentes
12 4º 1
Noite Informática subs.
Noite Celem- Espanhol 23 -- 1
Noite Aprof.
Aprendizagem
56 - 2
Total 394 - 13
1.10 Órgãos colegiados
Conselho de classe, conselho escolar, Grêmio estudantil, APMF.
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2. Prática de formação
A Prática de formação é parte indissociável do curso de formação de
docentes em nível médio para a aprendizagem do aluno, onde este ao fazer as
atividades de estágio vai adquirir experiências entre teoria e prática para a sua
carreira profissional com aprendizagens teórico-metodológicas. Será sempre
em contraturno, devendo o aluno para ser aprovado realizar 100% da carga
horária prevista, entregar as atividades solicitadas e obter a média
estabelecida no regimento escolar para as disciplinas do curso.
3. Marco operacional
A proposta de reorganização do trabalho pedagógico que aqui se
apresenta se fundamenta para atender a realidade de ensino aprendizagem
do Colégio Leonardo Francisco Nogueira. Os alunos que fazem o Curso de
Formação de Docentes tem uma carga horária obrigatória de estágio de 800
horas sendo 200 horas para cada série realizadas em contraturno.
Aos alunos do Ensino médio e Técnico em Informática subsequente é
oferecido o estágio não-obrigatório como atividade opcional para o aluno que
será acrescida à carga-horária regular e concebido como procedimento
didático-pedagógico e como ato educativo intencional, sendo atividade
pedagógica de competência da instituição de ensino e será planejado,
executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a
formação profissional dos estudantes.
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4. Identificação do estabelecimento
4.1 Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira – Ensino Médio,
Normal e Profissional – EMNP
Código: 00227
Rua José Pereira dos Santos, 336
Telefone 043 3569 1187
4.2 Município: Pinhalão
Código – 1940
4.3 Dependência Administrativa: Estadual
4.4 NRE: 032
Município: Ibaiti
Código:45007
4.5 Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
4.6 Ato de autorização do Colégio
Resolução nº 2.735 de 22/11/82
4.7 Ato de reconhecimento do Colégio
Resolução nº 7.447 de 31/10/84
4.8 Endereço eletrônico
www.phlleonardonogueira.seed.pr.gov.br
4.9 Ato de renovação do reconhecimento do Colégio
Resolução nº 3.385 de 04/12/2000 e nº 1539/05 de 07/11/2005
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4.10 Ato administrativo de aprovação do regimento interno
Parecer nº 97/2007 de 21 de dezembro de 2007
4.11 Distância até o Núcleo: 20 km
5 Organização da Entidade Escolar
5.1 Modalidade de Ensino
- Ensino Médio
- Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e anos Iniciais do
Ensino Fundamental
– Informática subsequente.
5.2 Turno e horário de funcionamento
Matutino 7h30 às 11h50
Vespertino 13h às 17h20
Noturno 18h50 às 22h50
5.3 Ambiente pedagógico
Laboratório de Biologia, Química e Física
Biblioteca
Laboratórios de informática
Sala de estágio Supervisionado
Salas de aula
5.4 Caracterização da comunidade
A comunidade que o Colégio atende é oriunda da zona rural, urbana,
classe trabalhadora, poder aquisitivo médio baixo. Mesmo os alunos dos
centros urbanos têm relação com atividades agrícolas, sendo pequenos
produtores, boias frias, comerciantes de produtos agrícolas, filhos de pequenos
empresários e filhos de funcionário públicos estaduais e municipais. Vários
alunos trabalham nas fábricas de Jeans (costura), indústria de sucos e cestaria
e no comércio da cidade. O nível de escolaridade dos pais dos alunos, a
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maioria tem o ensino fundamental incompleto, alguns têm o ensino médio e
superior.
5.5 Dados Históricos da Instituição
Em 28/12/67, através do decreto nº 8.249/67 foi criada a Escola Normal
Colegial Estadual da cidade de Pinhalão, cuja autorização para funcionamento
foi feita pela portaria nº 12,915 de 29/12/67.
A Escola foi solenemente instalada em 07/02/68 e os primeiros exames
de seleção e habilitação realizada em 16 e 17/02/68.
A escolha do Patrono deu-se em reunião extraordinária realizada a
22/05/68, com a presença da totalidade das autoridades locais, e, por
unanimidade recaiu sobre o nome Leonardo Francisco Nogueira, o primeiro
prefeito do município, digno da admiração e do respeito dos Pinhalonenses.
Como primeira diretora foi escolhida a professora Florinda Auad
Domingos, conforme portaria nº 470/68.
Em 18/1282, através da resolução nº 2785/82 passou a funcionar com o
nome de Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira – Ensino de 1º e 2º
grau, resultante da reorganização da Escola Normal Colegial Leonardo
Francisco Nogueira e da união da Escola Leonardo Francisco Nogueira – Ensino
de 1º Grau. Está autorizada a funcionar pela Resolução nº 1178 de 05/06/81
9antigo Grupo Escolar Princesa Isabel).
O segundo diretor desse Colégio foi o professor Lairton Trovão de
Andrade, eleito pela comunidade escolar e nomeado através da Resolução
2268/83 e publicada no D.O. nº 1587 de 27/07/83. como Diretor auxiliar foi
designado o professor Orlando Silvino da Silva, conforme resolução nº 3522/83
de 14/10/83.
Ficou também autorizado o Estabelecimento a ministrar as habilitações
Magistério e Básico em Comércio, com a Resolução nº 7.447 de 22/10/84 ficou
reconhecido o curso de 2º Grau Regular com as habilitações Plenas em
Magistério e Básico em Comércio.
Através da Portaria nº 02/85 de 02/10/85 foi prorrogado o mandato de
Diretor do professor Lairton Trovão de Andrade.
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Em 26/02/87, através da Resolução nº 629/87 fica autorizada a
habilitação de contabilidade, cessando gradativamente o Básico em Comércio.
O terceiro diretor foi o professor Valdomiro Teixeira Fraiz, eleito e
designado pela Resolução nº 4872/87 de 23/12/87, e publicado no D.O. Nº
2682 de 04/01/88. Como Diretora auxiliar foi designada a Professora Eunice
Isabel Batista conforme Portaria nº 817/88 de 15/03/88 e publicado no D.O. Nº
2745 de 06/04/88.
Através da portaria nº 815/88 de 15/03/88 publicada no D.O nº 2745 de
06/04/88 foi prorrogado o mandato do Diretor Valdomiro Teixeira Fraiz para o
período de 01/01/88 até 31/12/89. Como diretora auxiliar foi designada a
Professora Myrna Pereira Barth conforme Portaria nº 610/89 de 31/03/89 e
publicada no D.O nº 1994 de 11/04/89.
O reconhecimento da Habilitação Técnico em Contabilidade foi feito
através da resolução nº 2354 de 15/09/89.
Como quarta Diretora deste Colégio foi eleita a Professora Ignês Dias
das Neves para o mandato de 02/01/90 a 31/12/91, nomeada através da
resolução nº 3511/90 de 13/12/90 e publicado no D.O nº 3180 de 11/01/90.
Através da resolução nº 4318/91 de 18/12/91 foi prorrogado o mandato da
Diretora Ignês Dias das Neves para o período de 01/01/92 a 31/12/92.
Pela Resolução nº 241/92 foi também autorizado a funcionar no Colégio
Estadual Leonardo Francisco Nogueira a 4ª série da Habilitação Técnico em
Contabilidade, ficando o Colégio autorizado a expedir ao final da 3ª série o
certificado de Auxiliar de Contabilidade e no final da 4ª série o Diploma de
Técnico em Contabilidade.
Em 17/09/92, através da resolução nº 3042/92, o ensino de 1ª a 4ª
séries que era mantido pelo governo do Estado no Colégio Estadual Leonardo
Francisco Nogueira – Ensino de 1º e 2º graus passou a ser mantido pela
prefeitura Municipal de Pinhalão com a autorização a funcionar pelo prazo de 5
anos a partir do início do corrente ano letivo com o nome de Escola Municipal
Anita Alves Meyer.
Como quinto diretor foi eleito o Professor Lairton Trovão de Andrade par
ao mandato entre 01/01/93 a 31/12/95 conforme Resolução nº 3947/93 de
19
22/07/93. Através da resolução nº 4694/95 de 19/12/95 e publicado no D.O nº
4686 de 31/01/96 foi prorrogado o mandato do diretor Lairton Trovão de
Andrade para o período de 01/01/96 a 31/12/97.
Houve a desativação gradativa do curso Técnico em Contabilidade
através da Resolução, nº 1320/97 publicada no D.O nº 4993/97 de 30/04/97,
pág.58.
Também acontece a desativação gradativa do Curso de magistério com
a Resolução nº 1321/97 publicada no D.O nº 4993/97, p 58.
A partir de 1997 foi autorizado a implantação do curso de Educação
geral através da Resolução, nº 4059/97 de 04/12/97 publicada no D.O em
09/01/98.
Como sexto Diretor deste Colégio foi eleito o professor Luís Antônio Wahl
nomeado pela Resolução nº 4350/97 de 29/12/97 e publicado no D.O nº 5173
de 20/10/98 para o mandato de 01/10/98 a 31/12/2000.
O Colégio Leonardo Francisco Nogueira – Ensino de 2º Grau passou a
denominar-se Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira – Ensino Médio,
conforme resolução nº 3120/98 e publicado no D.O de 11/09/98.
A partir de 1999, conforme Parecer 02/2000 e Protocolo 4 290 840/00 foi
autorizado a implantação do curso Ensino Médio.
A sétima diretora foi a Professora maria Lúcia Moreno Dainez através da
resolução nº 119/01 publicado no D.O. 01/01/01, designada até 31/07/01 como
interventora da SEED, sendo prorrogado o mandato até 31/12/01 através da
Resolução 1415/01 publicada no D.O de 02/07/2001. Pela resolução nº 3069/01
publicada no D.O de 31/12/02 foi designada Diretora até 31/12/04, mas teve
seu mandato interrompido em 10/02/04.
Como oitavo diretor foi designado o Professor Adagouberto Nogueira
conforme Resolução 974/03 publicada no D.O de 31/03/03.
Em 2003 foi eleito pela comunidade escolar este mesmo professor para
o mandato de 2004-2005 e nomeado pela Resolução nº4254/03, publicada no
D.O. De 23/01/04.
Conforme resolução nº 148/06 foi autorizado o Curso de Formação de
Docentes da Educação Infantil e dos Anos iniciais do Ensino Fundamental na
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modalidade normal, nível Médio, publicada no D.O em 10/02/06.
O professor Gilberto Akira Cascardo Hito foi eleito diretor do Colégio
Leonardo Francisco Nogueira e nomeado pela resolução nº 12/01/06 publicada
no D.O em 16/01/06 tendo como diretora auxiliar a Professora Maria de Fátima
Barbosa Nogueira que foi substituída em 2007 pelo professor Adagouberto
Nogueira.
Em 31/03/2008 através da Resolução 1253 publicada no DOE 02/06/08
foi autorizado o curso PROEJA com matricula semestral.
Em julho de 2009 o Colégio passou a oferecer o curso Técnico em
Informática – Subsequente.
Em 2008 foi re-eleito o professor Gilberto Akira Cascardo Hito tendo
como diretor auxiliar o professor João Paulo de Carvalho, sendo novamente re-
eleito ambos para para o triênio 2012-2014. No início de 2014, o colégio
perdeu a direção auxiliar. Em 2014, foi prorrogado a gestão e não houve
escolha.
Através da resolução 1253/08 o estabelecimento passa a denominar-se
Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira – Ensino Médio, Normal e
Profissional.
Em 2010, o colégio passou a fornecer a oportunidade à comunidade de
adquirir conhecimento de uma outra língua estrangeira, o espanhol, através do
CELEM.
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6. ESTRUTURA DO PRÉDIO
Serviços de melhorias são necessários, bem como a construção de um
espaço específico e amplo para a biblioteca, uma sala de vídeo e uma sala de
reuniões, construção de rampas adaptadas para deficientes físicos e além
dessas obras, ressaltamos também, a necessidade de cobertura do pátio
central que servirá como espaço para realização de reuniões e que facilitará o
acesso à outras dependências em dias de chuva. São obras que consideramos
importantes para adequar o Colégio com estruturas que atenda as
necessidades e o conforto da comunidade escolar e proteção contra o
vandalismo do dia-a-dia.
Iniciou-se uma reforma geral no colégio no ano de 2009. Este passa pela
troca do telhado, forro e piso, bem como a reforma da cantina e pintura de
todo o Colégio. Esta reforma foi concluída em dezembro do mesmo ano. No
final de 2012 foi montada mais uma sala com laboratório de informática que
foi fornecido Proinfo-MEC.
6.1 Laboratório de Informática
Atualmente o colégio consta com 3 laboratórios de informática
montados cada um em uma sala.
6.2 Laboratório de Biologia, Física e Química
Encontra-se em condições razoáveis de funcionamento.
6.3 Secretaria
Encontra-se informatizada com:
05 computadores e 02 impressora.
01 aparelho de fax e telefone
6.4 Ambiente físico da escola
09 salas de aula com 48m².
01 sala de aula adaptada para Laboratório de informática com 10
microcomputadores, e sala dos professores com 48m² e 12 computadores
22
instalados com acesso à internet
01 sala para secretaria da escola.
01 sala com 64m² adaptada para biblioteca.
01 sala para laboratório de biologia, física e química com 48m² que é
utilizado pelos alunos com acompanhamento do professor.
01 sala de direção com 11m².
01 sala de depósito de merenda com 11m².
01 sala para a equipe pedagógica com 27m².
01 sala para almoxarifado com 11m².
01 sala com 12,48 m² onde é guardado materiais para o cuso de
formação de docentes.
01 sala para com 22m² estágio.
01 sala para com 12,48m² que serve como almoxarifado.
01 cantina com 34.32m² onde é feita a merenda que é servida aos
alunos do ensino médio, formação de docentes e técnico em informática.
01 porão.
03 salas de informática que são usadas pelos alunos do curso de
informática subsequente e a comunidade escolar.
Total de área construída:1.524,53 m².
23
7. Burocracia da escola referente aos alunos
7.1 Matrículas
A data é definida pela SEED. Os documentos exigidos para a matrícula
são: fotocópia do RG, certidão de casamento ou nascimento, certificado de
conclusão do ensino fundamental, e comprovante de residência (talão de luz).
Para os alunos do curso técnico em informática subsequente além desses
documentos também é exigido histórico de conclusão do ensino médio.
7.2 Histórico escolar
É fornecido ao aluno na conclusão do último ano do curso ou dentro de
30 dias após o pedido de transferência.
7.3 Frequência do aluno e anotação dos conteúdos trabalhados
Controlada através do registro de classe.
7.4 Transferência do aluno e remanejamento de turma e turno
Declaração válida por 30 dias. Após esse tempo, o aluno ou responsável
deverá procurá-la na secretaria do estabelecimento. O aluno terá direito a
mudança de turma no final do bimestre e só depois de cumprido todas as
atividades de cada disciplina. A mudança de turma ou turno só será permitida
caso não provoque excesso de aluno na turma para onde o aluno deseja ir.
7.5 Relações com a família
São realizadas reuniões no início do primeiro bimestre com a
participação de toda a comunidade escolar e no final de cada bimestre para
comunicar aos pais ou responsáveis assuntos de interesse da escola e do
aproveitamento do aluno, e de forma extraordinária, sempre que se fizer
necessário
7.6 Recuperação de estudos
Será paralela com subsídio de projetos e atividades diversas, que
contemplem conteúdos básicos da base nacional comum e diversificada, para
24
que os alunos alcancem o nível de aprendizagem adequado. É realizada em
formas de trabalhos, fornecimento de roteiros de estudos e aulas dadas pelo
professor onde o aluno poderá recuperar também a nota.
7.7 Organização dos cursos
Anual: Ensino médio e Formação de Docentes
Semestral: informática subsequente
7.8 Justificativa de faltas dos alunos
Quando o aluno precisar faltar por motivo de doença ou outro, este
comunica à escola. A justificativa não abona as faltas, mas dá ao aluno o
direito de fazer as atividades avaliativas.
Quando for caso de doença, o aluno deverá apresentar atestado médico.
Nesse caso, o aluno fica com falta, mas esta não é lançada no canhoto que é
registrado na secretaria.
O aluno que por algum motivo precisar se ausentar do ambiente escolar
antes do término das aulas, assina uma ficha citando o motivo da sua
ausência.
É permitido a entrada do aluno atrasado na primeira aula 10 minutos,
exceto se for aluno da zona rural e o transporte atrasar. Após ultrapassado
esse tempo, o aluno espera o segundo horário.
7.9 Boletim
É entregue em reuniões para os pais no final de cada bimestre ou para
os alunos quando os responsáveis não vêm buscá-lo.
7.10 Uniforme
O uso do uniforme é opcional e será através do consenso para alunos e
professores. A série pode personalizar a camiseta que desejar,desde que
coloque a identificação com o nome do colégio.
25
7.11 Diploma ou certificado
Ao terminar o curso, a escola fornece o histórico escolar e o certificado.
7.12 Comunicação e aviso para os alunos
São realizados através de bilhetes, comunicados, convites, convocação
e por telefone
8. BUROCRACIA DA ESCOLA REFERENTE AO PESSOAL
8.1 Cadastro de professores e funcionários
A escola mantém um cadastro com todos os dados pessoais e a
formação acadêmica de professores e funcionários.
8.2 Pasta de documentos de professor e funcionários
Contém os dados: RG, CPF, endereço, telefone e vínculo empregatício.
8.3 Frequência do aluno
É controlada através do livro de frequência específico.
8.4 Atribuição de aulas
É realizada através de Edital enviado pela SEED, onde consta a
classificação de cada profissional.
8.5 Substituição de professores
Realizada pelo NRE, segundo a classificação de cada um.
8.6 Livro ponto
Organizado pela secretaria seguindo orientações da SEED e tem por
finalidade acompanhar e supervisionar a frequência de todos os funcionários
do estabelecimento.
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9. BUROCRACIA DA ESCOLA REFERENTE AO ANDAMENTO DO
ESTABELECIMENTO
9.1 Horário das aulas
As aulas são distribuídas no período da manhã das 7h30 às 11h 50; no
período da tarde das 13 h às 17h20; e à noite, das 18h50 às 22h50, com
intervalo de 10 minutos.
9.2 Censo escolar
Relatório estatístico final elaborado pela Secretaria da escola de acordo
com os dados do sistema.
9.3 Relatório anual das atividades
Elaborado no planejamento no início do ano letivo e aplicado durante
todo o ano.
9.4 Projeto político pedagógico
É o alicerce da unidade escolar que norteia todas as atividades do
estabelecimento e recebe mudanças sempre que necessário.
9.5 Verbas
Fundo rotativo repassado pela SEED e PDDE que é repassado pelo
governo Federal
9.6 Prestação de contas
Realizada pelo diretor e encaminhada para o NRE para posterior
aprovação e divulgado à comunidade escolar.
9.7 Inventário do Material permanente
É feito pela secretaria da unidade escolar.
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9.8 Curso de atualização pedagógica
Realizado pelo NRE segundo orientações da SEED.
9.9 Coordenador pedagógico e coordenador de curso
O coordenador de curso juntamente com a equipe pedagógica elaborará
um plano e cronograma de estágio supervisionado com número de turmas por
turno, número de professores, horário, ...
9.10 Calendário escolar
Atende a legislação vigente, LDB, com 200 dias letivos, respeitando os
feriados nacionais, estaduais e municipais.
9.11 Período de férias
As férias dos professores e pedagogos já estão previstas no calendário.
Os demais funcionários que não tiram no final do ano letivo, o fazem no
decorrer do ano.
9.12 Livros de comunicados e editais
Utiliza-se de um livro de comunicados e editais que ficam a disposição
dos professores e funcionários do estabelecimento onde são feitas as
convocações para reuniões.
9.13 Termo de posse ou exercício
Realizado em livro próprio com termo de abertura e fechamento.
9.14 Livro de ocorrências
Utilizado quando surgem casos graves que são registrados e levados ao
conhecimento do diretor para análise e tomados das providências necessárias.
9.15 Autorização de saída dos alunos
É utilizado um caderno para registrar as saídas antecipadas dos alunos ,
onde vai mencionado o seu nome, série, data, horas e o motivo pelo qual ele
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está saindo, sendo comunicado ao responsável em reunião o número de saída
e o motivo da mesma.
9.16 Correspondências
O carteiro entrega as externas e as demais vêm via NRE.
9.17 Organograma
Secretaria Estadual de Educação, Núcleo Regional de Ensino, Diretores.
9.18 Merenda escolar
Fornecida pela FUNDEPAR.
9.19 Regimento escolar
Elaborado pela direção, professores, pais, alunos e funcionários em
consonância com a legislação vigente e aprovado pelo Conselho escolar e
depois homologado pelo NRE. Contém todas as regras que devem ser
aplicadas na unidade escolar. O original fica arquivado na secretaria e uma
cópia fica na Biblioteca para consulta. É renovado constantemente para
atender às mudanças.
10. REUNIÕES
10.1 Professores
Bimestralmente através do conselho de classe e sempre que se faz
necessário.
10.2 Funcionários
No início de cada semestre e sempre que se faz necessário.
10.3 Pais
Bimestralmente e excepcionalmente sempre que se faz necessário.
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10.4 Grêmio estudantil
A cada bimestre e sempre que se faz necessário.
10.5 APMF
Bimestralmente.
10.6 Conselho escolar
Duas anuais e extraordinárias sempre que se faz necessárias.
11. CONTEXTO EM QUE A ESCOLA ESTÁ INSERIDA
11.1 Participação da comunidade
A participação da comunidade é satisfatória e a escola procura sempre
incentivar que esta participe criando oportunidades, como promovendo
reuniões, festas e exposições de trabalhos, eventos culturais e artísticos
através de reuniões. Nas reuniões são passados pequenos filmes que atendem
a demanda atual.
11.2 A organização da hora/atividade
É feita por disciplinas. Durante a hora-atividade, o professor realiza
atividades como: correções de trabalhos, preparação de suas aulas, discussões
sobre situações referentes ao desenvolvimento dos trabalhos pedagógicos da
escola, leituras, organização dos registros no livro de classe e estudo.
30
12. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
DA ESCOLA
12.1 Filosofia da Escola
A essencialidade da escola, segundo a contribuição da pedagogia
histórico-crítica, passa pela “democratização do acesso à educação escolar”.
Desejamos que nossa escola seja não reprodutiva, mas libertadora; não
autoritária, mas democrática, não dirigida, mas cogerida (gestão coletiva).
A autoridade em nosso colégio seja no nível administrativo ou
pedagógico, não repousará na arbitrariedade, mas na competência de seu
exercício, na escuta do outro e no mútuo respeito e na observância das
normas.
Nossa escola não deseja ser um instrumento de repressão. Por isso o
aluno será educado para o senso da mútua responsabilidade, para o exercício
da cidadania,sempre observando as normas regimentais e a sua necessidade.
12.2 Concepção Educacional
As ações que o coletivo da escola deve ter para conseguir os objetivos
propostos neste projeto, só serão possíveis, se tivermos uma gestão
democrática, com autonomia, com princípios que garantam a realização
dessas propostas.
O conhecimento sobre a realidade do educando deverá nortear todo o
nosso trabalho pedagógico e administrativo. Nossa “Ação Pedagógica”, leva-
nos no momento a repensar todos os detalhes de nossa prática escolar,
articulando com vistas a “possibilitar a apropriação do conhecimento científico-
filosófico pelo aluno bem como a articulação de concepção de mundo coerente
com seus interesses de classe”.
Da mesma forma também, nosso corpo docente possui uma dimensão
social e uma formação intelectual determinada.
Desejamos a compreensão do aluno e do professor como sujeitos
sociais, históricos portadores de uma cultura que o identifica com o grupo
social no qual convive.
31
Em conjunto com nossos alunos, deveremos construir uma visão crítica
da realidade que “aponte para uma direção substantivamente diferente da
oferecida pela classe dominante”.
Aos professores caberá agilizar o acesso de nosso educando ao
conhecimento científico-filosófico e a uma visão de mundo com discernimento
e conhecimento.
Dada a função social da escola, sua vinculação com as questões sociais
e valores morais, é imprescindível que a mesma tenha uma organização que
possibilite o desenvolvimento do seu trabalho de modo a atender
satisfatoriamente as necessidades do mundo contemporâneo.
O professor deve estar sempre se capacitando, buscando formas
diferenciadas de trabalho, percebendo o aluno como um ser ativo no processo
ensino/aprendizagem. Ao trabalhar os conteúdos programáticos,
contextualizando, transmitindo o saber sistematizado e acumulados pela
humanidade aos alunos.
12.3 Princípios Norteadores da Educação
O Projeto Político Pedagógico deverá atender os Princípios Norteadores,
segundo a Lei 9394/96 em seu artigo III.
-Igualdade de condições de acesso e permanência na escola – superar a
mesmice em sala de aula, inovando suas práticas educativas, trabalhando de
forma significativa, de forma que o aluno perceba a relação entre teoria e
prática.
-Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber – através de conteúdos que envolvam o aluno de
forma abrangente, valorizando-o e acima de tudo, garantindo a qualidade do
ensino e evitando a evasão escolar.
As culturas afro-brasileiras e africanas e os temas contemporâneos
serão trabalhadas de forma interdisciplinar ressaltando sempre a contribuição
da cultura africana para a formação do povo brasileiro e o respeito à
diversidade. A história do Estado também é objeto de estudo no curso.
Para isso, o professor utilizará textos, reportagens, filmes que mostram
32
os aspectos econômicos, sociais, históricos e culturais desse povo no seu local
de origem e em nosso país mostrando a opressão que sofreram e sofrem na
sociedade atual, ressaltando a importância de se respeitar o ser humano
independente da sua cor e de lutar contra qualquer tipo ou forma de opressão.
Promoverá atividades que atendam as diferentes culturas mostrando
que não há uma cultura superior à outra, mas sim diferente.
Atendendo aos princípios acima citados, estaremos tornando nosso
aluno um ser que irá intervir no mundo e fazer história e deixando suas marcas
de sujeito(Paulo Freire).
Os temas contemporâneos como o meio ambiente, drogas, gênero e
diversidade, dentre outros serão trabalhados em formas de textos
informativos.
Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico de nosso estabelecimento nos
faz repensar e buscar alternativas para que possamos reverter à situação
atual, onde o professor se encontra perdido, pois alguns alunos não
apresentam perspectiva e a evasão se torna preocupante. O momento nos
despertou para uma reflexão sobre a forma de organizarmos o nosso trabalho
pedagógico e a nossa postura diante dessa situação.
Dermeval Saviani, nos coloca a importância do trabalho como princípio
educativo, pensando nisso propomos um trabalho, onde o ser humano esteja
em primeiro plano, pois toda e qualquer situação em que se elimina o humano,
cai por terra.
O Projeto Político Pedagógico é um documento que visa a busca pela
melhoria da qualidade do ensino, através de atividades enriquecedoras, que
venham suprir as defasagens encontradas durante o ano. Contando sempre
com a participação de todos os envolvidos no processo, mas sempre com base
nos alunos.
O projeto visa nortear o trabalho educativo e deve ser vivenciado em
todos os momentos do processo educativo e reconstruído quando necessário.
Sempre tendo compromisso com a formação do cidadão que venha contribuir
para a sociedade que sonhamos: justa, humana, crítica, solidária,
comprometida. Precisamos estar sempre refletindo e discutindo os problemas
33
da escola, na busca de alternativas viáveis às soluções. Deve se repensar a
organização da escola como um todo (necessidades observadas ao dialogar
com os alunos e comunidade escolar) e a sala de aula, nas questões restritas
ao pedagógico, através de situações (momentos) que lhes permitam aprender
a pensar e a realizar esse fazer pedagógico (papel esse que cabe
exclusivamente à Equipe Pedagógica juntamente com os professores/alunos,
sempre de forma coerente com a realidade).
Nosso aluno deve ter a competência humana para se fazer e fazer
história, para tanto, torna-se necessário que o professor o leve a pensar sobre
sua atuação na sociedade e a escola cumprir seu papel que garantir a
permanência do aluno na escola, a qualidade do ensino ofertado para que a
mudança ocorra.
A escola é o local de acesso ao saber sistematizado, realização e
avaliação de seu projeto educativo e para isso, necessita organizar seu
trabalho pedagógico com base nos seus alunos. (Ilma P. A. Veiga Texto Projeto
Político Pedagógico da Escola. Uma construção coletiva).
12.4 Objetivos
Preparar basicamente o educando de forma a continuar
aprendendo, ser capaz de entender a sociedade em que vive e lutar pela sua
transformação.
Compreender os fundamentos científicos e tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina científica.
Reconhecer dentro da especificidade de cada disciplina, a
importância de reconhecer-se como ser pensante e com capacidades a serem
desenvolvidas para o bom exercício da cidadania.
Resgatar os valores inerentes à pessoa humana, para uma
sociedade saudável.
Combater qualquer tipo de discriminação respeitando todas as
diversidades e culturas.
Buscar sempre o conhecimento científico relacionando-o quando
34
possível ao conhecimento e cultura popular.
Desenvolver no aluno o gosto pela leitura aprimorando o uso da
língua padrão e incentivando a oralidade.
12.5 A Organização do Tempo escolar
É por série e anual nos cursos de Formação de professores e Ensino
Médio e funciona em três turnos: manhã, tarde e noite. No Curso de Formação
de Docentes os Estágios são desenvolvidos em turnos diferenciados (contra
turno) e é realizado na Classe especial, Educação Infantil e anos iniciais da
educação básica.
Para ser aprovado de uma série para outra, o aluno precisa ter média
anual igual ou superior a 6,0 e frequência igual ou superior a 75%.
As aulas de estágio servem para dar embasamento teórico-prático sobre
as ideias dos grandes estudiosos da educação e confrontar teoria com a
prática docente.
Os conteúdos têm como parâmetros a ementa e as Diretrizes da SEED
que servem para orientar o fazer na sala de aula.
O curso de Informática Subsequente é semestral. Para ser aprovado
neste curso a média semestral deverá ser igual ou superior a 6,0 e a
frequência igual ou superior a 75%.
12.6 Práticas pedagógicas no curso de formação de docentes
No curso de formação de docentes, além das atividades de estágio
realizadas no decorrer do curso, os alunos do 4º ano de formação de docentes
para finalizar os seus trabalhos realizam um seminário de práticas pedagógicas
no último mês do ano letivo. Este seminário consiste numa aula em que os
alunos ministrarão para professores e pedagogos do colégio. Serão sorteados
os conteúdos e os mesmos prepararão a aula para ser dada para os alunos da
turma e os profissionais já mencionados.
35
13. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DA BASE
NACIONAL COMUM DO ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO DE DOCENTES
13.1.1 LINGUA PORTUGUESA
A Língua Portuguesa possibilita ao estudante a oportunidade de
aprimoramento de sua competência linguística como forma de interagir na
sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua Materna.
Os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das
práticas discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da Língua
Materna chegaram ao Brasil no final da década de 1970 e início dos anos 80,
onde a dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço, ao menos na
academia, a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais,
valorizando o texto como unidade fundamental de análise priorizando um
ensino não mais voltado à teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas
formas de língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar, ler e escrever que se
materializa no uso efetivo da linguagem.
A língua está em em constante movimentação e traduz-se na adoção
das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico que se
efetiva nos conteúdos trabalhados na sala de aula.
O trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o
aluno traz ao ingressar na escola, mas a inclusão dos conceitos e definições, ou
seja, os conhecimentos necessários ao uso da norma padrão devem constituir
ferramentas básicas na ampliação das aptidões linguísticas dos estudantes.
É no processo de interação social que a palavra adquire significado, o
ato da fala é de natureza social. Isso implica dizer que os homens não recebem
a língua pronta para ser usada, eles “penetram na corrente da comunicação
verbal; ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que sua
consciência desperta e começa a operar”, conforme postula Batkin/Volochinov
(1999, p. 108).
Conteúdos estruturantes
O discurso como prática social
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Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
Gêneros discursivosPara o trabalho de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme duas esferas de circulação. Caberá ao professor fazer a escolha de gêneros, nas diferentes esferas em com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
- Conteúdo temático (1º ao 4º ano)- Interlocutor (1º ao 4º ano)Finalidade do texto (1º ao 4º ano)- Intencionalidade (1º ao 4º ano)- Argumentos do texto (3º ano)- Contexto da produção (1º ao 4º ano)- Intertextualidade (1º ao 4º ano)- Vozes sociais presentes no texto (1º ao 4º ano)- Discurso ideológico presente no texto (3º e 4º ano)- Elementos composicionais do gênero (1º ao 4º ano)- Contexto de produção da obra literária (1º ao 4º ano)- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito (2º ao 4º ano)
O professor
deverá:
• Propiciar
práticas de leitura
de textos diferentes
gêneros
• Considerar os
conhecimentos
prévios dos alunos
• Formular questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais• Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue com o momento atual, bem como com outras
LEITURAEspera-se que o aluno:
- Efetue a leitura compreensiva global, crica e analítica de textos verbais e não-verbais- Localize informações implícitas e não-implícitas no texto.- Produza inferências a partir de pistas textuais.- Posicione-se argumentativamente.- Amplie seu léxico- Perceba o ambiente no qual circula o gênero- Identifique a ideia principal do texto- Analise as intenções do autor- Identifique o tema- Deduza os sentidos de palavras ou expressões a partir do contexto- Compreenda as diferenças decorridas do uso de expressões ou palavras no sentido conotativo- conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto- Reconheça palavras ou expressões que estabeleçam progressão referencial.- Entenda o estilo que é próprio de cada gênero.
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Progressão referencial (3° e 4º ano)- Partículas conectivas do texto (3º ano)- Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto (3º ano)- Semântica (1º ao 4º ano)- Operadores argumentativos (3º ano)- Modalizadores (3º ano)- Figuras de linguagem (1º ao 4º ano)– Sentido conotativo e denotativo(1º ao 4º ano)
áreas do conhecimento • Utilizar textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros• Relacionar o tema com o contexto atual• Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto• Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras ou expressões no sentido conotativo• Estimular leituras que suscitem o reconhecimento do estilo que é próprio de cada gênero• Incentivar a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequências entre as partes e elementos do texto• Proporcionar análises para estabelecer a progressão referencial do texto• Conduzir leituras para compreensão das partículas conectivas
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ESCRITA• Conteúdo temático• Interlocutor• Finalidade do texto• Intencionalidade• Informatividade• situacionalidade• Intertextualidade• Temporalidade• Referência textual• Vozes sociais presentes no texto• Ideologia presentes no texto• Elementos composicionais do gênero• Progressão referencial• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto• Semânticas: - operadores argumentativos (3º ano)- Modalizadores (1º ao 4º ano)- figuras de linguagem (1º ao 4º ano)
– Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito(1º ao 3º ano)– Sintaxe de concordância (3º e 4º ano)– Sintaxe de regência (3º e 4º ano)– Vícios de linguagem (2º ano)
- Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero; • Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduzir a utilização adequada dos conectivos; • Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhar a produção do texto; • Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos, das
ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; - Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; - Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; - Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; – Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos- Reconheça palavras ou expressões que estabeleçam a progressão referencial.- Entenda o estilo que é próprio de cada gênero.
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ORALIDADE- Conteúdo temático (1º ao 4º ano)- Finalidade(1º ano)- Intencionalidade (1º ano)- Argumentos (3º ano)- Papel do locutor e interlocutor (1º ano)- Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial,corporal, gestual, pausas,...(1º ano)- Adequação do discurso ao gênero (1º ao 4º ano)- Turnos da fala (1º ao 4º ano)- Variações linguísticas:
ideias dos elementos que compõem o gênero(ex: se for artigo de opinião observar se há uma questão problema , se apresenta defesa de argumentos,se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc).– Analisar se a produção textual essa coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto- Conduzir na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADEÉ importante que o professor:- organize apresentação de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;- Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a
ORALIDADEEspera-se que o aluno:- Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);- Apresente ideias com clareza;- Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;- Compreenda os argumentos do discurso do outro;- Exponha objetivamente seus argumentos;
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(lexicais, semânticas, prosódicas entre outras(1º ao 4º ano)- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria, repetição (3º ano)- Elementos semânticos; (1º ao 4º ano)- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)(1º ao 4º ano)- Diferença entre o discurso oral e escrito (1º ano)
utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;- Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;- Estimule contação de histórias de diferentes gêneros,utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas, entre outros- Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais,entrevistas, reportagens, entre outros;- Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.
- Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;- Respeite os turnos de fala;- Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;- Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, etc.;- Utilize de forma intencional e consciente, expressões faciais, corporais e gestuais,pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
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TABELA DE GÊNEROS DISCURSIVOS CONFORME ESFERAS DE
CIRCULAÇÃO
Esferas sociais de circulação
Gêneros discursivos
COTIDIANA
Anedotas (1º ao 4º ano)Bilhetes (1º ano)Carta pessoal (2º ano)Causos (1º ano)Curriculum Vitae (3º e 4º ano)Músicas (1º ao 4º ano)Parlendas (4º ano)Piadas(1º ao 4º ano)Receitas (1º ano)
LITERÁRIAARTÍSTICA
Contos (1º ano)Crônicas de ficção (2º ano)Literatura de cordel (1º ano)Letras de música (1º ao 4º ano)Narrativas de ficção científica ( 3º e 4º ano)Narrativas de humor (1º ao 4º ano)Narrativas Fantásticas (2º ao 4º ano)Narrativas míticas (1º ano)Paródias (3º e 4° ano)Poemas (1º ao 4º ano)Romances (2º e 3º ano)Textos dramáticos (1º ao 4º ano)Escolas literárias (1º ao 4º ano)
ESCOLAR
Ata (1º ao 4º ano)Cartazes (2º ano)Exposição oral (1º ao 4º ano)Pesquisas (1º ao 4º ano)Relatório (1º ao 4º ano)Resenha (3º e 4º ano)Resumo (2º ano)Texto argumentativo (3º e 4º ano)Texto de opinião (2º ao 4º ano)Verbetes enciclopédicos (1º ano)
IMPRENSA
Artigo de opinião (3º e 4º ano)Carta ao leitor (2º ano)Carta do leitor(2º ano)Cartum (3º e 4º ano)Charge (3º e 4º ano)Crônica jornalística (2º ao 4º ano)Entrevista oral e escrita (4º ano)Manchete (2º ano)Notícia (2º ano)
42
Reportagens (2º ano)Resenha crítica (3º e 4º ano)Sinopses de filmes (3º e 4° ano)Tiras(1º ao 4º ano)
PUBLICITÁRIAAnúncio (3º ano)Slogan (3º ano)Placas (1º ao 4º ano)Publicidade comercial (3° ano)Publicidade institucional (3º ano)Publicidade oficial (3º ano)
JURÍDICA Requerimentos (4º ano)
MÍDIÁTICA Filmes (1º ao 4º ano)
Metodologia da Disciplina
O ensino de Língua Portuguesa deve ter como linha mestra a oralidade,
a escrita, a compreensão somadas ao conhecimento básico da sua estrutura
normativa, bem, como os fundamentos literários brasileiros e português. Os
conhecimentos relacionados a esta disciplina devem ser capazes de atender
as diferentes demandas destas comunidades escolares. Convocando
professores para uma ação contínua de escritura e re-escrita de textos, uma
escritura, vincule o conhecimento apreendido com outros ramos do saber e das
necessidades locais.
Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a língua
materna na natureza social do discurso e da própria língua significa
compreender que são os produtos das ações com a linguagem que constituem
objetos de ensino.
Para isso serão utilizados:
Aula expositiva;
Discussão em grande grupo;
Seminários;
Trabalho individual;
Trabalho em grupo;
Trabalho em dupla;
Pesquisa de campo;
43
Projetos;
Teatro;
Música;
Composição de painéis;
Leitura e interpretação de textos com a gramática aplicada ao texto.
Critérios de Avaliação
A avaliação analisada na prática pedagógica, deverá fornecer ao
professor dados que possibilitem acompanhar o desenvolvimento do aluno, sua
capacidade linguística dentro da oralidade, leitura e escrita. Tais condições de
acompanhamento são possibilitadas pela avaliação diagnóstica e contínua.
Instrumentos para avaliação
• Participação em todas as atividades: 4,0
• Através de trabalhos em grupo;
• Através de trabalhos individuais;
• Aproveitamento individual e coletivo;
• Apresentação de trabalhos,
• Seminários, etc
b) Provas. 6,0
Total da Média : 10,0
Recuperação
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
– Reavaliação dos conteúdos.
Referências Bibliográficas
AMARAL, Emília et al. Português: novas palavras . Literatura, gramática e
44
redação. São Paulo: FTD, 2000.
ABAURRE. Maria Luiza, PONTARA, Marcela Nogueira, FADEL,Tatiana. Componente curricular: português .V.1,2,3. 1. ed. São Paulo, 2005
CADERMATORI, Lígia. O que é literatura infantil. São Paulo: Brasiliense, 1986.
EXPOENTE, Pré-vestibular: semi-extensivo. V.1,2,3. Curitiba: Expoente, 2004.
EXPOENTE, Produção de texto, v. único. Curitiba: Expoente, 2004.
EXPOENTE, Pré-vestibular: semi-extensivo. V.1,2,3. Curitiba: Expoente, 2004.
LEDO, Terezinha de Oliveira. Manual de literatura: literatura portuguesa, Brasileira. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 2003.
FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristóvão. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes Ltda, 2003.
FIORIN, Luiz José & SAVIOLI Francisco Platão. Lições de textos: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1996.
FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Platão Francisco. Para entender o texto: Leitura e redação. 2 ed. São Paulo, Ática, 1991.
GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. 4 ed. São Paulo, Scipione, 1996.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Identidade do Ensino Médio. Curitiba: SEED, julho, 2006.
MAIA, João Domingues, Português: novo ensino médio, São Paulo: Ática, 2003.
SEED. Diretrizes Curriculares da educação básica: Língua Portuguesa, Curitiba, 2008.
______. Língua Portuguesa e Literatura: ensino médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SISTEMA DE ENSINO IBEP. Apostila redação: novo ensino médio, v. único, curso completo. São Paulo: ABDR, 2002.
TERRA, Ernani & NICOLA, José de. Curso prático de língua, literatura & redação, v. 1,2,3. .São Paulo: Scipione, 1994.
______. Gramática, literatura e produção de texto para o ensino médio: curso completo, 2. ed. Reform. São Paulo: Scipione, 2002.
45
13.1.2 ARTE
Essa disciplina através do conhecimento estético e da produção artística
amplia os conhecimentos e experiências do aluno aproximando-o das diversas
representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela
humanidade. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a
diversidade de pensamento e da produção artística, para expandir sua
capacidade de criar e desenvolver o pensamento crítico, através de uma
produção pedagógica que articula as quatro áreas de arte: artes visuais,
música, teatro e dança.
A ARTE nasceu com o homem e deu a ela a consciência de uma
capacidade criadora, da possibilidade de interpretar e imaginar.
A necessidade de manifestações artísticas acompanha a evolução
humana desde a pré-história. A partir de então o homem constantemente vem
se utilizando a arte para se manifestar expressivamente e para registrar sua
vida.
Diante de tantas mudanças ocorridas na educação, hoje vemos a arte
de uma forma contextualizada, com objetivos e conteúdos próprios pertinentes
a cada uma das linguagens, propondo assim uma expressão de forma criativa.
A arte está presente em tudo e em todos, enriquecendo os sentidos, dando
brilho à vida, animando o nosso entendimento e nos pondo no centro da
compreensão da história. Ela envolve um conjunto de diferentes tipos de
conhecimentos, que visam a criação,exercitando fundamentalmente a
constante possibilidade de transformação do ser humano. Além disso, encarar
a arte como produção de significações, que se transformaram no tempo e no
espaço, permite contextualizar a época em que vive na sua relação com as
demais.
As manifestações artísticas são exemplos vivos da diversidade cultural
dos povos e expressam a riqueza criadora dos artistas de todos os tempos e
lugares. Em contato com essas produções o educando podendo exercitar suas
capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e imaginarias, organizadas em
torno da aprendizagem artística e estética.
Enfim, sabemos que a educação artística estará ajudando o educando
46
em disciplinas correlatas, e a finalidade destes temas é fazer com que sintam
que a ARTE não nasce por acaso, mas é fruto de um sistema social, político,
histórico, econômico e cultural.
ÁREA MÚSICA
Conteúdos estruturantes Abordagem pedagógica
Expectativa de aprendizagem
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação
Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.
Teoria da Música.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
47
ARTES VISUAIS
Conteúdos estruturantes Abordagem pedagógica
Expectativa de aprendizagem
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetria DeformaçãoEstilização
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas,história em quadrinhos....Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte ContemporâneaArte DigitalArteLatino-Americana e africana
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
48
TEATRO
Conteúdos estruturantes Abordagem pedagógica
Expectativa de aprendizagem
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais.
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DANÇAConteúdos estruturantes Abordagem
pedagógicaExpectativa de aprendizagem
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
EixoDinâmicaPesoFluxoKinesferaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.
Teoria da dança.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
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dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Avaliação/ recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina de arte
- Observação do desempenho adquirido em sala de aula através de
exercícios, atividades práticas, recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa,
fixação, exposição de trabalhos.
− Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Caderno com as atividades realizadas no decorrer do bimestre
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações o aluno
saberá o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
51
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
ANTOLOGIA de poesia Brasileira. São Paulo: Girassol Brasil edições Ltda, 2001
BERTELLO, Maria Augusta. Arte Minimanual de pesquisa. Minas Gerais: Claranto Editora, 2003.
CADERNO e Arte vol. I e II. Projeto Correção de Fluxo/ Governo do Estado do Paraná, 1998.
CALÁBRIA, Carla P.B. e Martins, Raquel V. Arte, história e produção vol. I e II, São Paulo: FTD, 1997.
CANTELE, Bruna Renata. Arte Vol. 1,2,3 e 4, São Paulo: IBEP, 2000
CD-Room. 500 anos de pintura brasileira. CEDIC, 2003
GABRYELLE, Thayanne. A conquista da arte: educação artística para 5ª e 6ª séries. São Paulo: Editora do Brasil S/A, 1993
HADDAD, Denise Akel e Morbin, Dulce Gonçalves. A arte de fazer. São Paulo: Saraiva, 2004.
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 1990.
SEED. Diretrizes Curriculares da educação básica: Arte, Curitiba, 2008.
52
13.1.3 MATEMÁTICA
A matemática emergiu no solo grego. Pelo estudo da Matemática e a
necessária abstração, tentava se justificar a existência de uma ordem universal
e imutável, tanto na natureza como na sociedade. Tinha sempre um caráter
utilitarista associada ao contexto histórico da época.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que
possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar, discutir e criar superando o ensino baseado apenas em desenvolver
habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela
memorização ou listas de exercícios.
É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma
que compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e
comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas
matemáticos com segurança. É necessário que o processo pedagógico em
Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar
regularidades, generalizações e apropriação de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do
conhecimento. Os conhecimentos dessa disciplina giram em torno de Números
e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias, Funções e Tratamento da
informação.
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos específicos
1º ANO EM e FD1º Semestre
Números e álgebrasFunções
Noções de conjuntoConjuntos numéricosFunção afim
Igualdade de conjuntosRelação de inclusãoOperações com conjuntoConjunto dos números naturaisConjunto dos números inteirosConjunto dos números racionaisConjunto dos números irracionaisconjunto dos números reaisnoção intuitiva de função
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Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos específicos
Noções básicas de plano cartesianoConstrução e análise de gráficoFunção linear e constanteGráfico de uma funçãoFunção afim crescente e decrescenteGráfico de uma função afim
1° ANO EM e FD2º semestre
FunçõesTratamento da informação
Função QuadráticaMatemática comercialEstatística básica
Estudo da função quadráticaGráfico da função quadráticaRaízes da equação de 2º grauCoordenadas do vértice da parábolaPorcentagemAumentos e descontosVariação percentualRepresentações e análises de gráficos estatísticosMédia aritmética MedianaModaMédia ponderada
2º Ano EM e FD1º SEMESTRE
Funções
2º Ano EM: 1º semestreFD: 2º Semestre
Função exponencialFunção logarítmicaFunção modular
Progressão aritméticaProgressão geométrica
PotenciaçãoNotação científicaFunção exponencialEquação exponencialPropriedades operatórias dos logaritmosFunção logarítmicaEquação logarítmicaMódulo de um número realFunção modularEquação modularSucessão e sequênciaDeterminação e uma sequênciaRepresentação de progressão aritmética e geométricaFórmula do termo geral de uma PAFórmula da soma de uma PA finitaFórmula do termo geral de
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Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos específicos
uma PGFórmula da soma dos termos dos n termos de uma PG finita
2º EM: 2º semestre
Grandezas e medidasNúmeros e Álgebra
SemelhançaTrigonometriaMatrizesDeterminantesSistemas lineares
Teorema de TalesTeorema de PitágorasRazões trigonométricas do triângulo retânguloCircunferência trigonométricaConversão de unidadesMatriz quadrada, coluna e linhaIgualdade de matrizesOperações com matrizesDeterminante de uma matriz quadradaEquação linearSistemas de equações lineares
3º Ano EM:1º semestre
Tratamento da Informação e geometria
2º SemestreGeometriasGrandezas e medidas
Análise combinatóriaBinômio de NewtonProbabilidadeGeometria Plana
PrismaPirâmideCilindroConeEsferaGeometria analíticaO pontoA retaA circunferência
FatorialPrincípio Fundamental da contagemArranjo simplesPermutação simplescombinação simplesPermutação com repetiçãoBinômio de NewtonCálculo da probabilidadeProbabilidade da união de dois eventosÁrea das figuras geométricas planas
ParalelepípedoPirâmide regularÁrea e volume do prosma, pirâmide, cilindro, cone e esferaPlano cartesianoDistância entre dois pontosPonto médio de um segmentoCondição de alinhamento de três pontosEquação da retaIntersecção de retas
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Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos específicos
Inclinação de uma retaEquação reduzida de uma retaParalelismoPerpendicularismoDistância entre ponto e retaÁrea do triânguloA equação reduzida da circunferênciaPosições relativas entre ponto e circunferência.
3º ano FD: 1º semestre
Grandezas e medidas
2º SemestreNúmeros e Álgebra
SemelhançaTrigonometria
MatrizesDeterminantesSistemas lineares
Teorema de TalesTeorema de PitágorasRazões trigonométricas do triângulo retânguloCircunferência trigonométricaConversão de unidades
Matriz quadrada, coluna e linhaIgualdade de matrizesOperações com matrizesDeterminante de uma matriz quadradaEquação linearSistemas de equações lineares
4º ano FD: 1º semestre
Tratamento da informação Geometrias
2º semestreGeometriasGrandezas e medidas
Análise combinatóriaBinômio de NewtonProbabilidadeGeometria Plana
PrismaPirâmideCilindroConeEsfera
FatorialPrincípio Fundamental da contagemArranjo simplesPermutação simplesCombinação simplesPermutação com repetiçãoBinômio de NewtonCálculo da probabilidadeProbabilidade da união de dois eventosÁrea das figuras geométricas planas
ParalelepípedoPirâmide regularÁrea e volume do prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera
56
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos específicos
Geometria analíticaO pontoA retaA circunferência
Plano cartesianoDistância entre dois pontosPonto médio de um segmentoCondição de alinhamento de três pontosEquação da retaIntersecção de retasInclinação de uma retaEquação reduzida de uma retaParalelismoPerpendicularismoDistância entre ponto e retaÁrea do triânguloA equação reduzida da circunferênciaPosições relativas entre ponto e circunferência.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino Médio, deverão ser
abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino
fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdos
estruturantes.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de
Matemática sugerem processo que possa intervir como instrumento eficaz na
aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as
diferentes representações e conversões através da linguagem e operações
simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de recursos didático-
pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os
procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam
garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos
conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das
ciências e da própria ciência matemática.
Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica
57
para resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática,
mas como nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso
da matemática.
AVALIAÇÃO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Pretende-se que o aluno:
Identifique os diferentes conjuntos numéricos e as propriedades
inerentes a cada um deles.
Interprete e represente intervalos numéricos (abertos e fechados)
por meio de linguagem matemática.
Identifique a unidade imaginária (i) como elemento do conjunto dos
números complexos e reconheça as formas algébricas, gráficas e
trigonométricas destes números.
Identifique e represente as formas algébricas, gráficas e
trigonométricas dos números complexos.
Resolva situações-problema envolvendo o cálculo de equações
cujas raízes não são reais.
Conceitue, interprete matrizes e suas operações.
Reconheça, interprete e transcreva dados em linguagem matricial.
Reconheça e interprete matriz nula e matriz identidade.
Determine, a partir de uma matriz dada, a sua transposta.
Reconheça, em uma matriz, a sua respectiva matriz oposta.
Identifique matrizes invertíveis, determinando sua inversa.
Calcule o determinante de matrizes de diferentes ordens.
Resolva situações-problema envolvendo a igualdade e as
operações de adição, subtração e multiplicação de matrizes.
Discuta, classifique e resolva sistemas lineares.
Resolva situações-problema envolvendo sistemas de equações
lineares.
Resolva operações de adição, subtração, multiplicação e divisão de
58
polinômios.
Identifique e resolva inequações modulares, exponenciais e
logarítmicas.
Conceitue logaritmos e opere com suas propriedades.
Resolva situações-problema envolvendo logaritmos e suas
propriedades.
Reconheça e resolva equações polinomiais, modulares,
exponenciais e logarítmicas.
Resolva situações-problemas envolvendo o cálculo de equações
(polinomiais, modulares, exponenciais e logarítmicas).
GRANDEZAS E MEDIDAS
Resolva situações-problema envolvendo transformação de medidas de
área e volume.
Reconheça as unidades de medidas de grandezas vetoriais, de energia e
de informática.
Estabeleça relações entre múltiplos e submúltiplos das medidas de
informática.
Compreenda e aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos para resolver
situações-problema envolvendo as medidas de um triângulo .
Identifique os elementos do círculo trigonométrico.
Transforme a medida de um ângulo em graus e radianos.
Reconheça as relações entre tangente, seno e cosseno.
FUNÇÕES
Reconheça diferentes funções por meio de sua representação algébrica
e/ou gráfica.
• Identifique o domínio, contradomínio, imagem de diferentes
funções.
• Analise, interprete e construa gráficos de diferentes funções.
• Identifique a lei de formação de uma Função Afim a partir de sua
59
representação algébrica e/ou gráfica.
• Reconheça o crescimento ou o decrescimento de uma Função Afim
por meio de seu sinal e/ou representação gráfica .
• Calcule a raiz de uma Função Afim.
• Identifique uma Função Afim em situações descritas em um texto,
representando-a algébrica e/ou graficamente.
• Resolva situações-problema que envolvam a Função Afim.
GEOMETRIAS
Pretende-se que o aluno
• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria plana e
espacial
• Determine posições e medidas de elementos geométricos através
da geometria analítica
• Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a
compreensão de conceitos geométricos quando analisados diferentes do plano
de Euclides
• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidiana para o
avanço das teorias científicas.
• Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, negativa
e positiva
• Conheça os conceitos básicos da geometria elíptica, hiperbólica e
fractal
Progressão aritmética e geométrica
- Identifique a lei de formação de uma Função Quadrática a partir de sua
representação algébrica e/ou gráfica.
- Calcule as raízes e o vértice de uma Função Quadrática, bem como
identifique seu ponto de máximo e de mínimo.
60
- Determine o número de raízes de uma Função Quadrática por meio da análise
de sua representação gráfica (concavidade da parábola).
- Identifique uma Função Quadrática em situações descritas em um texto,
representando-a algébrica e/ou graficamente.
- Resolva situações-problema que envolvam a Função Quadrática.
- Identifique a lei de formação de uma Função Exponencial a partir de sua
representação algébrica e/ou gráfica.
- Identifique uma Função Exponencial em situações descritas em um texto,
representando-a algébrica e/ou graficamente .
- Calcule a raiz de uma Função Exponencial.
- Reconheça o crescimento ou o decrescimento de uma Função Exponencial por
meio de seu sinal e/ou representação gráfica .
- Resolva situações-problema que envolvam a Função Exponencial.
- Compreenda a definição da Função Logarítmica e reconheça seu campo de
existência.
- Calcule a raiz de uma Função Logarítmica.
- Reconheça o crescimento ou decrescimento de uma Função Logarítmica por
meio da análise gráfica.
- Resolva situações-problema que envolvam a Função Logarítmica.
- Compreenda a definição da Função Modular.
- Reconheça uma Função Modular gráfica e algebricamente.
- Determine as raízes de uma Função Modular.
- Resolva situações-problema que envolvam a Função Modular.
- Reconheça e interprete as Funções Trigonométricas na sua forma gráfica e
algébrica, bem como opere com suas propriedades.
- Identifique a Lei de Formação de Progressões Aritméticas.
- Compreenda e opere com a fórmula do termo geral de uma Progressão
Aritmética.
- Compreenda e opere com a fórmula da soma dos termos de uma Progressão
Aritmética.
- Identifique uma Progressão Aritmética em situações descritas em um texto,
representando-a em linguagem algébrica.
61
- Identifique a Lei de Formação de Progressões Geométricas.
- Identifique a razão de uma Progressão Geométrica e verifique se é uma
sequência crescente, decrescente ou constante.
- Compreenda e opere com a fórmula da soma dos termos de uma Progressão
Geométrica.
- Identifique uma Progressão Geométrica em situações descritas em um texto,
representando-a em linguagem algébrica.
- Resolva situações-problema envolvendo Progressões Aritméticas e/ou
Geométricas.
Geometria
– Compreenda os conceitos de ponto, reta e plano.
– Verifique posições relativas entre pontos, retas e planos, no espaço.
– Calcule a medida da distância entre dois pontos, entre um ponto e uma
reta, no plano cartesiano.
– Calcule a medida da área de um triângulo por meio das coordenadas de
seus vértices.
– Reconheça e verifique a condição de alinhamento de três pontos.
– Resolva situações-problema envolvendo posições relativas entre pontos,
retas e planos.
– Reconheça e obtenha a equação geral da reta.
– Resolva situações-problema envolvendo equações de retas.
– Identifique posições relativas entre pontos e circunferências, retas e
circunferências e entre duas circunferências.
– Resolva situações-problema envolvendo posições relativas entre pontos e
circunferências, retas e circunferências e entre duas circunferências.
– Reconheça e obtenha a equação geral da circunferência.
– Interprete geometricamente os coeficientes da equação de uma
circunferência.
– Resolva situações-problema envolvendo equações de circunferências.
– Opere com as propriedades fundamentais dos poliedros.
62
– Opere com as propriedades fundamentais dos corpos redondos.
– Calcule área, volume e capacidade de sólidos geométricos.
– Resolva situações-problema envolvendo o cálculo de áreas de superfícies,
volume e capacidade de sólidos geométricos.
– Reconheça elipses, hipérboles e parábolas e suas características básicas.
– Identifique conceitos da Geometria Fractal na lei de formação de
determinadas Funções.
– Reconheça a Geometria Hiperbólica e a Elíptica como sistemas
geométricos no quais o postulado euclidiano das paralelas não se verifica.
– Relacione a Geometria Hiperbólica e Elíptica com a Geometria Euclidiana, a
partir da negação do postulado das paralelas.
– Relacione a Geometria Hiperbólica com a negação da unicidade de retas
paralelas e Geometria Elíptica com a negação da existência de retas paralelas.
– Reconheça a existência de diversos modelos e sistemas geométricos
logicamente consistentes, além do euclidiano.
– Identifique a curvatura nula, positiva e negativa, como sendo da plana,
esférica e hiperbólica, respectivamente.
– Compreenda o conceito de reta (geodésica) e de distância nas superfícies
esférica e hiperbólica.
– Reconheça triângulos esféricos e hiperbólicos e a propriedade da soma de
seus ângulos internos.
– Reconheça aplicações das Geometrias Não Euclidianas nos problemas do
espaço real.
– Resolva situações-problema envolvendo as Geometrias Não Euclidianas.
Tratamentos da informação
– Compreenda, aplique e generalize os princípios e conceitos da Análise
Combinatória.
– Efetue cálculos envolvendo os agrupamentos de permutação, arranjo e
combinação.
– Resolva situações-problema envolvendo os agrupamentos de Análise
63
Combinatória.
– Realize cálculos utilizando Binômio de Newton.
– Compreenda a teoria e a linguagem das probabilidades, identificando
fenômenos e experimentos aleatórios, espaço amostral e evento .
– Calcule a probabilidade de ocorrência de um evento, inclusive com a união
e interseção de eventos .
– Resolva situações-problemas envolvendo o cálculo de probabilidades.
– Interprete dados e informações estatísticas expressas em tabelas e/ou
gráficos.
– Organize e transcreva dados e informações estatísticas em linguagem
tabular e/ou gráfica.
– Interprete a representação gráfica de uma distribuição de frequência em
classes.
– Conceitue, interprete e calcule medidas de tendência central (moda, média
e mediana) e de dispersão (variância e desvio padrão).
– Resolva situações-problema envolvendo dados e informações estatísticas.
– Resolva situações-problema envolvendo conceitos de Matemática
Financeira.
Avaliação/ recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina
- Observação do desempenho adquirido em sala de aula através de
exercícios, atividades práticas, recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa,
fixação, exposição de trabalhos.
• Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde
será considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
64
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno
saberá o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências Bibliográficas
Barreto Filho, Benigno – Matemática aula por aula – Volume único: Ensino Médio – São Paulo: FTD, 2000.
Giovanni, José Rui – Matemática completa: ensino médio: volume único – São Paulo: FTD, 2002
Livro Didático Público – Matemática / vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006
Longen, Adílson – Matemática – Ensino Médio – Curitiba: Positivo, 2004
Silva, Jorge Daniel – Matemática – Ensino Médio – São Paulo: IBEP, 2002
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da educação básica: Matemática, Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Leonardo Francisco Nogueira. Pinhalão, 2015.
65
13.1.4 FÍSICA
A Física, como disciplina escolar, dá possibilidades ao indivíduo de
refletir sobre o conhecimento científico. Ela educa para a cidadania e contribui
para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de compreender a
produção científica ao longo da história e perceber a necessidade de entender
os fenômenos que o cercam.
O estudo de física, tendo em vista as transformações tecnológicas e a
compreensão dos fenômenos físicos da natureza deve priorizar a
contextualização dos conteúdos programáticos com o conhecimento
espontâneo do aluno não deixando de lado o rigor simbólico e metodológico
através do qual esta ciência evolui historicamente.
As leis fundamentais estabelecidas pela Física vão além dos fatos que
dão origem ao estudo dos respectivos fenômenos. A Física permite conhecer as
leis gerais da natureza que regulam o desenvolvimento dos processos que se
verificam, tanto no Universo circundante como no Universo geral.
Universo este que não pode ser considerado um conjunto simples de
acontecimentos independentes, mas todos eles constituem manifestações
evidentes do Universo como um todo.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a
sociedade e o contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso
requer considerar as ideias de um cientista à luz do seu tempo e não se limitar
a contar histórias ou lendas.
Tomar o pressuposto da ciência como uma produção histórica e os
conteúdos escolares vinculados a interesses sociais, econômicos, culturais e
políticos, significa indagar as relações de produção na sociedade onde o
conhecimento foi produzido;quais ideias predominavam no tempo histórico;
como o cientista/pesquisador desenvolveu sua teoria científica e os interesses
que orientam as instituições que apoiam e sustentam a pesquisa.
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física,
parta do conhecimento prévio dos estudantes para introduzir de forma
sistematizada os conteúdos básicos que venham a desenvolver os conteúdos:
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo.
66
Conteúdos de 1º ano EM e 3º ano FD: movimentos
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-Metodológico
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;
- o reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- o contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que fazem parte deste cotidiano;
- as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
- que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores, propõe-se uma discussão em conjunto sobre o quadro teórico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o
67
eletromagnetismo, as tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecância, o surgimento do Princípio da Incerteza e as consequências para a física clássica;
- textos de divulgação científica, literários, etc.
Gravidade
Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que considere:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
- textos de divulgação científica, literários, etc;
- o modelo científico presente na gravitação newtoniana a contemporâneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.
Energia e o Princípio da Conservação da energia
Variação/transformação da energia de parte de um sistema – trabalho e potência
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português pois entende-se que eles contribuem
68
para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc.
- O campo teórico da física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- textos de divulgação científica, literários, etc;
- o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
Fluidos
A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- textos de divulgação científica, literários, etc;
- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como
69
possíveis pontos de partida para problematizações.
Oscilações
A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:
- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;
- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
- textos de divulgação científica, literários, etc;
- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
- que o estudo da ondulatória debe começar pelas ondas mecâncias, pois são mais “visíveis” ou perceptíveis no cotidiano. No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra uma correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato.
Conteúdo de 2º ano EM: termodinâmica
Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica
Leis da Termodinâmica:
Lei Zero da termodinâmica
A Abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar:
70
1ª lei da termodinâmica
2ª lei da termodinâmica
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A epistemologia, a História e a Filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o Português ou não, pois se ente que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e ideais fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições da teoria e sua linguagem científica;
• As relações da física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis ponto de partida para problematizações;
• Textos de divulgação científica, literários,...
71
Conteúdo de 3ª ano EM: Eletromagnetismo
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
Força eletromagnética
Equações de Maxwel: Lei de Gauss para eletrostáticaLei de CoulombLei de AmpèreLei de Gaus MagnéticaLei de Faraday
A abordagem pedagógica desses conteúdos básicos deverá considerar:
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A epistemologia, a História e a Filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o Português ou não, pois se ente que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e ideais fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições da teoria e sua linguagem científica;
• As relações da física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações
• Textos de divulgação
72
científica, literários,...• Experimentação para
discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.
A natureza da luz e suas propriedades
A abordagem pedagógica desses conteúdos básicos deverá considerar:
• O estudo da ondulatória deve iniciar pelas ondas mecânicas, pois são mais visíveis ou perceptíveis no cotidiano. No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presente no dia a dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato;
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A epistemologia, a História e a Filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o Português ou não, pois se ente que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e ideais fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização
73
de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições da teoria e sua linguagem científica;
• As relações da física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;
• Textos de divulgação científica; literários,...
• O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;
• Experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.
Avaliação
• Movimento
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na
concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de
velocidade.
Espera-se que o aluno:
• Formule uma visão geral da ciência presente no final do século XIX
e compreenda a visão de mundo dela decorrente;
• Compreenda a limitação do modelo básico clássico no estudo de
movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos e outros
princípios (entre eles a incerteza);
• Perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade
de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo, e, como
consequência, um conceito básico da mecânica clássica: a trajetória;
• Compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma
74
construção científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de
vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja,, uma
constante de movimento e o momentun como uma medida dessa resistência
(translação).
• Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações)
como dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando esse conceito à
massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação.
Ou seja, que a diminuição do momento de inércia implica num aumento de
velocidade de giro e vice-versa;
• Associe força à variação de quantidade de movimento de um
objeto ou de um sistema(impulso) à variação da velocidade de um objeto
(aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia;
• Entenda as medidas das grandezas (velocidade,quantidade de
movimento) como dependentes do referencial e de natureza vetorial;
• Perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem
devido à conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a
conservação da quantidade de movimento translacional ou linear;
• Compreenda a conservação da quantidade de movimento para os
movimentos rotacionais;
• Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos
outros, tanto os translacionais como os rotacionais;
• Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu
comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste
corpo;
• Aproprie da noção de condições de equilíbrio estático,identificado
na 1ª lei de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável;
• Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais
diferentes situações
• Associe a gravitação com as leis de Kepler;
• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa
inercial, do ponto de vista clássico.
75
• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo
em vista a Teoria da Relatividade Geral.
• Conceba a energia como uma entidade física que pode se
manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, em energias
cinética, potencial elástica e potencial gravitacional;
• perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à
transformação/variação de energia;
• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um
sistema físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo
ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência.
• Formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou
um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
• Entenda a densidade como uma medida relativa em relação a
massa específica da água;
• Compreenda as relações entre volume, peso e empuxo e, entre
densidade e empuxo.
• Conheça o modelo clássico de onda, seus limites e possibilidades,
percebendo as grandezas físicas identificaforas dos processos ondulatórios,
ou seja, a velocidade, a freqüência e o comprimento da onda;
• Associe a produção de pulsos de onda a alguma forma de
transferência ou transformação de energia, da fonte produtora para o meio de
propagação da onda;
• Associe os fenômenos da refração, reflexão, difração e
interferência ao movimento ondulatório;
• Compreenda fenômenos típicos ondulatórios como: efeito Doppler,
ressonância e superposição de ondas;
• Identifique uma onda mecânica presente no cotidiano, explicando o
seu comportamento;
• Entenda a natureza das oscilações, ou seja, diferencie as ondas
mecânicas das eletromagnéticas;
• perceba em alguns fenômenos luminosos características
76
ondulatórias, compreendendo-os a partir da interação da luz com a matéria, o
que envolve relação com o eletromagnetismo;
• identifique, nos diversos materiais, propriedade mecância ligada a
elasticidade, por exemplo a constante elástica de uma mola em um sistema
massa-mola.
Termodinâmica
Espera-se que o aluno compreenda o quadro teórico da termodinâmica
composto por ideias expressas na sua lei e em seus conceitos fundamentais:
temperatura, calor e entropia. Ao se avaliar o aluno pretende-se que:
• compreenda a teoria cinética dos gases como um modelo construído
e válido para o contexto de sistemas gasosos com comportamento definido
como ideal e fundamental para o desenvolvimento das ideia da
termodinâmica;
• formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele, um líquido ou
um gás, e ultrapasse o conceitoe outras aplicações físicas;
• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas
propriedades de uma matéria, não uma medida de fato, do grau de molecular
em um sistema;
• diferencie e conceitue calor e temperatura entendendo o calor como
uma das formas de energia , o que é fundamental par ao quadro teórico na
termodinâmica;
• compreenda a primeira lei como a manifestação do princípio da
conservação de energia, bem como a sua construção no contexto da
termodinâmica e sua importância para a Revolução Industrial a partir do
entendimento do calor como forma de energia;
• associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um
fluxo de calor;
• compreenda os conceitos de capacidade calorífera e calor específico
como properiedade de um material identoficável bo processo de transferência
de calor;
77
• com o calor latente, identifique os processos físicos reversíveis e
irreversíveis que vem acompanhado s de degradação de energia enunciado
pela segunda lei;
• compreenda a entropia, uma grandeza que pode varias em processo
espontâneo e artificiais como um medida de dcesordem e probabilidade.
Eletromagnetismo
Espera-se que o estudante:
• compreenda a teoria eletromagnética, suas idéias, definições, leis e
conceitos que a fundamentam.
• compreenda a carga elétrica como um conceito central no
eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a
alguma propriedade da carga.
• compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra
carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga.
Assim, a ideia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável
da carga. Deseja-se que o estudante entenda esse conceito, uma entidade
teórica criado para o eletromagnetismo, é bádico para a teoria e mediador da
interação ente cargas;
• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que
fornecem a base para a explicação dos fenomênos eletromagnéticos;
• entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;
• apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu
movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos
materiais;
• associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
• conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a
resistividade e a condutividade;
• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem
associados ao campo;
78
• reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão
dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade,
tensão superficial) e propriedades dos gases;
• compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo
magnético sobre a corrente elétrica;
• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os
seus elementos constituintes;
• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de
manifestação de energia, como a nuclear, a eólica, etc;
• compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de
um sistema elétrico;
• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à
transformação/ variação de energia elétrica.
• entenda o propósito do estudo da luz no contexto do
eletromagnetismo;
• conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada
entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois
comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de
interação com a matéria;
• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer
tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio,
além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão
difusa, dispersão e absorsão da luz, dentre outros, importantes para a
compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultâneamente na
natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressae;
• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a
formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos
fenômenos luminosos estudados;
• compreenda a luz como energia quantizada, que ao interagir com a
matéria apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por
79
exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência
luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;
• extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria,
como por exemplo ao elétron.
Instrumentos avaliativos e recuperação
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Na realização de trabalho individual será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar
o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim detectar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações os alunos saberão o valor das mesmas e
como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências Bibliográficas
BONJORNO, Regina Azenha; BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Valter; RAMOS, Márcio Ramos – Física Completa. São Paulo: F.T.D. – 2001.
GREF. Física 1 Mecânica; Física 2 térmica, óptica; Física 3 eletromagnetismo. EDUSP, São Paulo: 2003.
FEYNMAN, R. P. Física em seis lições. Rio de Janeiro. Editoro: 2004
MÁXIMO, Antônio. ALVARENGA Beatriz. Manual Pedagógico – Guia do Professor. São Paulo: Scipione, 1999
80
SEED. Livro Didático Público de Física. Curitiba, PR, 2006
SEED. Diretrizes Curriculares da educação Básica. Física. Curitiba, 2008.
TIPLER, P. Física-Vol I e II – Mecânica, oscilações, onda e termodinâmica. Livros técnicos e científicos. LTC, Rio de Janeiro, 2006
_____. Física Moderna. LTC, Rio de janeiro, 2001
81
13.1.5 QUÍMICA
O ser humano obteve a partir do fogo uma das mais antigas
descobertas químicas que revolucionou a vida do homem. Na história do
conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser relembrados como
forma de entender a constituição desse saber, entre eles a alquimia que
consistia em manipular diversos metais, como o cobre, o ferro e o ouro, além
das vidrarias que foram aperfeiçoadas e hoje, muitas fazem parte dos
laboratórios.
A burguesia, classe social emergente, no final do século XIV e início do
sec. XV, começava a comandar a re-estruturação do espaço e do processo
produtivo no novo contexto econômico que se constituía. Decorre que houve
um expressivo avanço dos estudos para a cura de doenças, em especial com o
uso de substâncias químicas minerais.
A Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de
desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos
da classe dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de
poder que marcaram a constituição desse saber.
O estudo da química hoje parte do conhecimento prévio dos estudantes,
onde se incluem ideias preconcebidas sobre esta ciência e concepções
espontâneas a partir do seu cotidiano que se estende a um conceito científico.
A Química no Ensino Médio tem por fim contribuir para o
desenvolvimento integral da personalidade humana, propiciando ao educando
um conjunto de conhecimentos e aptidões que correspondam às necessidades
dos indivíduos e dos grupos, garantindo o todo e preservando a
individualidade.
Sem o conhecimento e a prática da Química, não seria possível o
progresso e o bem estar do ser humano em nosso cotidiano.
O mundo em que vivemos está repleto de produtos relacionados com a
Química, sem os quais já não poderíamos ter melhor qualidade de vida: água
tratada, produtos alimentícios, tecidos, antibióticos, vacinas etc. Existem,
assim, milhões de exemplos que comprovam a utilidade e necessidade da
Química e a importância do seu estudo teórico-prático nas escolas de ensino
82
médio.
Ainda mais: As ações e as aquisições educativas serão parte integrante
da vida do aluno para construir, reconstruir e enriquecer a vida do mesmo e da
sociedade.
Enfim, o ensino dessa disciplina, no ensino médio, considera que o
conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é algo
pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação o que
exige a compreensão e a apropriação do conhecimento químico aconteçam por
meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: Matéria e sua
natureza, Biogeoquímica e Química sintética que possibilitam que o aluno
compreenda os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do seu
entorno. Deve fazer com que o aluno entenda as ideias fundamentais dessa
ciência, levando-o a utilizá-la para compreender as manifestações da Química
nos vários aspectos da vida atual.
Conteúdo: Matéria e sua natureza, Biogeoquímica, Química
sintética
Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológico
Matéria (1º EM e 3º FD)• Constituição• Agregação• Natureza elétrica• Modelos
atômicos(Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr, …)
• Estudo dos metais• Tabela periódica
Solução (1º EM e 3º FD)• Substância simples e
composta• Misturas• Métodos de separação• Solubilidade• Concentração• Forças intermoleculares
A abordagem mobilizará para o estudo da química presente no cotidiano dos alunos evitando que ele se constitua meramente em uma descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.
O conteúdo básico funções químicas não deve ser apenas explorado descritivamente ou classificatoriamente. Deve ser explorado de maneira relacional por que o comportamento das espécies químicas é sempre relativo a outra espécie com a qual a interação é
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• Temperatura e pressão• Dispersão e suspensão• Tabela periódica
Ligação Química (1º ano EM e 3º ano EM e FD)
• Tabela periódica• Propriedade dos
materiais• Tipos de ligações
químicas em relação às propriedades dos materiais
• Solubilidade e as ligações químicas
• Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares
• Ligações de hidrogênio• Ligação metálica
(elétrons semi-livres)• ligações sigma e ph• ligações polares e
apolares• Alotropia
Reações químicas (2º ano EM e 4º ano FD)
• reações de oxirredução• reações exotérmicas e
endotérmicas• diagrama das reações
exotérmicas e endotérmicas• variação da entalpia• calorias• equações
termoquímicas• princípios da
termodinâmica• lei de hess• entropia e energia livre• calorimetria• tabela periódica
Velocidade das reações
estabelecida.
Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva de conteúdos estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, a litosfera e hidrosfera. Quando o conteúdo estruturante Química sintética, o foco será a produção de novos
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(2º ano EM e 3º ano FD)• Reações químicas• lei das reações químicas• condições fundamentais
para a ocorrência das reações químicas (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria da colisão)
• Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);
• Lei da velocidade das reações químicas;
• Tabela periódica.
Radioatividade (1º EM e 3º FD)
• modelo atômico (Rutherford)
• elementos químicos• tabela periódica• reações químicas• velocidade das reações• emissões radioativas• leis da radioatividade• cinética das reações
químicas• fenômenos radioativos
(fusão e fissão nuclear)
Equilíbrio Químico (2º EM e 4º FD)
• Reações químicas reversíveis
• concentração• relações matemáticas e
o equilíbrio químico (constante de equilíbrio)
• deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Cheteller): concentração, pressão,
materiais e transformação de outros na formação de compostos artificiais. Os conteúdos químicos serão explorados na perspectiva co conteúdo estruturante matéria e sua natureza por meio de modelos ou representações. É imprescindível fazer relação do modelo que representa e estrutura microscópica da matéria com o seu comportamento macroscópio.
Para o conteúdo estruturante biogeoquímica e química sintética, a significação dos conceitos por meio da abordagem histórica sociológica, ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém, para os conteúdos estruturante matéria e sua natureza, tais abordagens são limitadas. Os fenômenos químicos na perspectiva desse conteúdo estruturante podem ser amplamente explorados por meio das suas representações como as fórmulas químicas e modelos.
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temperatura e efeitos dos catalizadores
• equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks)
• tabela periódica.
Gases (2° EM e 4º FD)• Estados físicos da
matéria• tabela periódica• propriedade dos gases
(densidade, difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume, e temperatura x volume)
• modelo de partículas para os materiais gasosos
• misturas gasosas• diferença entre gás e
vapor• leis dos gases
Funções químicas (1º e 3º EM, 3º e 4º FD)
• funções orgânicas• funções inorgânicas• tabela periódica
O conteúdo básico funções químicas não pode ser explorado descritivamente ou classificativamente. Deve ser explorado de maneira relacional porque o comportamento das espécies químicas é sempre relativo à outra espécie, com a qual, a interação é estabelecida.
Quanto à Tabela Periódica, deve ser estudada a estrutura geral, reconhecendo as principais propriedades periódicas, sendo que esse conteúdo deve ser retomado e utilizado sempre que for necessário para o entendimento dos outros conteúdos.
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Avaliação
Matéria e sua natureza
– Entenda e posicione-se com base na evolução da ciência, frente aos
avanços tecnológicos na área da química e as situações socioambientais,
compreendendo Ciência como construção humana.
– Compreenda os códigos, símbolos e fórmulas próprios da Química.
– Compreenda e traduza conceitos químicos e suas transformações em
linguagens discursiva e simbólica.
– Compreenda a descoberta e a evolução dos modelos atômicos,
identificando as especificidades e características das partículas fundamentais.
– Compreenda o conceito de isótopos e suas aplicações.
– Reconhecer e identificar as principais composições dos ciclos
biogeoquímicos e suas relações.
– Identifique e reconheça a ocorrência e a importância dos processos
iônicos.
– Reconheça os principais metais e suas ligas, o processo de obtenção,
utilização e importância social.
– Compreenda os estados físicos e reconheça métodos de obtenção de
algumas substâncias simples e compostas e seus impactos sociopolítico,
econômico e ambiental.
Solução
– Compreenda o conceito de solução e suas aplicações a partir dos
desdobramentos deste conteúdo, associando: substâncias, misturas, métodos
de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares.
– Diferencie solução, coloide e suspensão.
– Entenda os diferentes tipos de concentrações de soluções presentes no
cotidiano.
– Entenda o conceito de pressão de vapor e reconheça os fatores que
podem influenciá-lo.
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Velocidade das reações
– Identifique as condições necessárias para ocorrência de uma reação
química.
– Entenda o conceito de velocidade de reação identificando os fatores que
a influenciam.
– Entenda o conceito de energia de ativação e reconheça a equação da
velocidade de reação.
Equilíbrio Químico
– Compreenda o conceito de equilíbrio químico considerando a
reversibilidade das reações químicas, frente aos fatores que as influenciam.
– Conheça as constantes de equilíbrio.
– Reconheça os fatores que afetam o deslocamento do equilíbrio.
– Compreenda o conceito de pH, pOH e solução tampão, relacionando-os
com o produto iônico da água.
Ligação Química
– Entenda o conceito de ligação química e relacione seus diferentes tipos
com as propriedades dos materiais.
– Conheça as diferentes formas da geometria molecular, assim como as
forças intermoleculares.
– Entenda os diferentes tipos de reações químicas, como transformações
da matéria a nível macroscópico e microscópico.
Reações Químicas
– Entenda o conceito de ligação química e relacione seus diferentes tipos
com as propriedades dos materiais.
– Conheça as diferentes formas da geometria molecular, assim como as
forças intermoleculares.
– Entenda os diferentes tipos de reações químicas, como transformações
da matéria a nível macroscópico e microscópico.
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Radioatividade
- Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que
ocorrem na natureza, tipos de radiações, diferenciando fissão e
Radioatividade fusão nuclear e as relações com a sociedade.
Funções Químicas
– Conceitue ácido, base, sal e óxido e reconheça essas espécies químicas
em relação às outras espécies com as quais estabelecem interações.
– Diferencie dissociação iônica e ionização.
– Conceitue ácido e base de acordo com a teoria de Arrhenius, Lewis e a
Teoria de Brönsted-Lowry.
– Conheça as características do átomo do carbono.
– Identifique as principais características dos compostos do carbono, bem
como suas propriedades físicas.
– Identifique as funções orgânicas e suas principais aplicações.
– Compreenda o conceito e os tipos de isomeria.
– Conheça os principais polímeros e diferencie-os quanto a sua estrutura e
ao processo de preparação
– Conheça os principais aminoácidos e a constituição das proteínas.
– Diferencie óleo e gordura, reconhecendo suas características e
aplicações.
– Defina e conheça os principais glicídios.
Instrumentos avaliativos e recuperação
A avaliação deve ser de forma processual, buscando o diagnóstico e a
continuidade, onde deve haver uma interação entre o professor, aluno, e
objeto do conhecimento relacionando o conteúdo com o cotidiano do
educando no transcorrer de cada aula, levando-o a uma participação mais
ativa nas pesquisas propostas.
A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas, deve
direcionar o ensino-aprendizagem para garantir um processo educacional de
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qualidade na escola.
Será instrumento de avaliação da disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Exposição de trabalhos em grupo, onde será considerado não só o
produto final, mas as etapas de sua elaboração.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação desses conteúdos para que o professor possa
dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem,
diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim
detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações o aluno saberá o
valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
BRADY e HUMISTON. Química geral. LTC. 1981
BAUMLER, E. Um Século de Química. São Paulo: melhoramentos, 1970
BAIRD, C. Química Ambiental. 2º Ed. Porto Alegre: Boakman. 2002
COVRE, G. J. Química Total. São Paulo: FTD, IBEP.
90
SARDELA A. Químico Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática
SEED. Diretrizes Curriculares da educação básica: Química. Paraná, 2008
SEED.LIVRO DIDATICO PÚBLICO. Curitiba, 2006
91
13.1.6 HISTÓRIA
A importância do conhecimento histórico na formação do aluno tem o
objetivo de levá-lo a desenvolver a compreensão histórica da realidade social.
A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas,
aqui entendidas como mecanismo de exclusão social e de desrespeito dos
direitos humanos ligados à vida, à participação política, ao trabalho, à terra,
fundamentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações
históricas. Já a finalidade do ensino de História é a formação do pensamento
histórico dos alunos por meio da consciência histórica. Segundo o historiador
Jorn Rusen (2001, p. 58), a consciência histórica é o “conjunto das operações
mentais com os quais os homens interpretam sua experiência da evolução
temporal de seu mundo e de si mesmo, de tal forma que possam orientar,
intencionalmente, sua vida prática no tempo”.
A organização do currículo tem como referência as Relações de trabalho,
de poder e as relações culturais, entendidos como conhecimentos que
aproximam e organizam o campo da História e seus objetos e que também
podem ser identificados no processo histórico da constituição da disciplina.
Para que o estudo da História torne-se significativo faz-se necessária a
contextualização dos conteúdos propostos, ou seja, é imprescindível motivar o
aluno a estabelecer relações da história do passado com o presente, sentindo-
se dessa forma, como sujeito atuante e transformador do processo histórico.
Para tanto, consideramos essencial para a disciplina de História do Ensino
Médio os conteúdos estruturantes que são as relações de trabalho, de poder,
as relações culturais e as relações humanas. Esses conteúdos estruturantes
estabelecem também a obrigatoriedade da inclusão da temática história e
cultura Afro-brasileira nos currículos escolares, bem como a obrigatoriedade da
inclusão nesses currículos de conteúdos da história do Paraná, estabelecida
pela Lei Estadual 13.381/01.
O ensino de História, pode se beneficiar das correntes historiográficas
citadas nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio na medida em que
valoriza a diversificação dos documentos: imagens, objetos, entre outros.
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Conteúdos: relações de trabalho, de poder e culturais
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Trabalho Escravo
Servil
Assalariado
Trabalho Livre
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações.
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia.
Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Urbanização
Industrialização
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações.
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e
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Ásia.
Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
O Estado e as relações de poder
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações.
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
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Os sujeitos, as revoltas e as guerras Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações.
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia.
Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações.
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia.
Pretendem desenvolver a
95
análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Cultura e religiosidade
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, considerando a a contribuição da cultura e religiosidade africana na firmação da nossa sociedade, de gênero e de gerações.
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia.
Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes
96
formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
FORMAÇÃO DE DOCENTES: 1º ANO
Conteúdos básicos Conteúdos específicos
Estados teocráticos: Mesopotâmicos e egípciosSociedades clássicas: Gregos e Romanos
Poder descentralizado da igreja católicaFeudalismoFormação dos Estados NacionaisA ocupação do território brasileiroRevolução industrial Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização no ParanáIluminismoProcesso de independência da América/ColonialRevoltas no Brasil no século XVII e XIXCultura afro-brasileira e cultura indígena
2º ano FD
Revolução FrancesaRevolução InglesaRevolução AmericanaConflitos mundiais Fatos históricos do Estado do PR
Doutrinas sociais: anarquismo, socialismo e positivismoGuerra friaEmancipação política do ParanáRevoluções socialistasDitaduras da América LatinaIndependência das colônias africanas e asiáticasCultura afro-brasileira e africanaPrimeira e segunda guerra mundial
Observação: abordagem teórico-metodológica segue a mesma do
ensino Fundamental.
Avaliação
Pretende-se que o educando:
• Compreenda as ações sociais, políticas e culturais promovidas
pelos sujeitos históricos
• Compreenda o conceito de trabalho; o trabalho livre nas
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sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades indígenas, africana,
nômades, seminômades); o trabalho escravo e servil; a transição do trabalho
servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial, taylorismo, fordismo
e toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista; as experiências do
trabalho livre nas sociedades revolucionárias; a mulher no mundo do trabalho.
• Faça uso de narrativas e documentos históricos, inclusive os
produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes
natureza.
• Compreenda as cidades na história (neolíticas, antiguidade,
greco-romana, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas);
ocupação do território brasileiro e formação de vilas e cidades; urbanização e
industrialização no Brasil; urbanização e industrialização nas sociedades
ocidentais, africanas e orientais,; urbanização e industrialização no Paraná no
contexto do capitalismo; modernização do espaço urbano.
• Compreenda os Estados teocráticos; os Estados na Antiguidade
Clássica; o poder descentralizado e a igreja Católica na sociedade medieval; a
formação dos estados nacionais, as metrópoles europeias, as relações de
poder sobre as colônias na expansão do capitalismo; o iluminismo e os
processos de independência da América Colonial; o Paraná no contexto da sua
emancipação; o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo e
positivismo), o nacionalismo nos Estados Ocidentais; o populismo e as
ditaduras na América Latina, O Estado e as relações de poder na segunda
metade do século XX; o estado na América Latina no contexto da Guerra Fria;
O Estado, ideologia e cultura; a independência das colônias africana e
asiáticas;
• Compreenda as relações de dominação e resistência nas
sociedades grega e romana na Antiguidade (mulheres, crianças, estrangeiros e
escravos); as guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma;
relações de dominação na sociedade medieval: (camponeses,artesãos,
mulheres, hereges e doentes); as relações de resistência na sociedade
ocidental moderna; as revoltas indígenas, africanas na América portuguesa; os
quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro; as revoltas
98
sociais na América portuguesa, as revoltas e revoluções no Brasil no século
XVII e XIX.
• Compreenda as revoluções democráticas liberais no Ocidente:
Inglaterra, França e EUA); as guerras mundiais no século XX; as revoluções
socialistas na Ásia, África e América Latina; o movimento de resistência no
contexto das ditaduras da América Latina; a mulher e as suas conquistas de
direitos nas sociedades contemporâneas
• compreenda os rituais, mitos e imaginários dos povos (africanos,
asiáticos, americanos, e europeus); os mitos e a arte greco-romanos e a
formação das grandes religiões (hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo,
cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e culturais na passagem do
feudalismo para o capitalismo; o modernismo brasileiro; representação dos
movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira; as etnias
indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas; as
festas populares no Brasil: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, etc.
Instrumento de avaliação/ recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina de história:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
− Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde
será considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
− Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar o
encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
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que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim verificar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno saberá o valor das mesmas e como
será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
RÜSEN, J. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001
SEED. Diretrizes curriculares da educação básica. História. Curitiba, 2008
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO. História. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Curitiba: 2006.
WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. Imprensa Oficial do Paraná, 2002.
100
13.1.7 FILOSOFIA
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares
desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio
Studiorum − documento publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978)
objetivava a organização e o planejamento do ensino dos jesuítas, com base
em elementos da cultura europeia, ignorando a realidade, as necessidades e
interesses do índio, do negro e do colono. A educação em geral e,
consequentemente a Filosofia, eram entendidas como instrumentos de
formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja Católica, dos interesses
das elites coloniais e do poder cartorial local.
A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e,
com a Lei n. 5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos
currículos escolares do Segundo Grau, sobretudo por não servir aos interesses
políticos, econômicos e ideológicos do período.
Em 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a
Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo
Ministério da Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.
Ensinar Filosofia no Ensino Médio, no Paraná, no Brasil, na América
Latina, não é o mesmo que ensiná-la em outro lugar. Isso exige do professor
claro posicionamento em relação aos sujeitos desse ensino e das questões
históricas atuais que lhes são colocadas como cidadãos de um país. Nesse
sentido, é preciso levar em conta as contradições próprias da nossa sociedade
que é, ao mesmo tempo, capitalista e dependente, rica e explorada, consciente
e alienada.
Os conteúdos: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia
Política, Filosofia da Ciência e Estética se construíram historicamente, em
contextos e sociedades diferentes, mas que neste momento ganham sentido
político, social e educacional, tendo em vista o estudante de Ensino Médio.
Estes conteúdos propiciam estimular o trabalho da mediação intelectual, o
pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas,
em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do
conhecimento e as ações dela resultantes.
101
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus
conteúdos básicos dar-se-á em quatro momentos: a mobilização para o
conhecimento, a problematização, a investigação e a criação de conceitos,
permeado por atividades investigativas individuais e coletivas que organizam e
orientam o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.
A disciplina tem o objetivo de levar ao questionamento, ser crítico , que
adquira o hábito de procurar argumentos e discutir sobre questões que forem
surgindo, que aprenda a conviver e a respeitar as diferenças.
Conteúdo estruturante: Mito e filosofia
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico
Saber mítico (1º ano EM e 1º e 2º FD)Saber filosófico (1º ano EM e 1º e 2º FD)Relação mito e filosofia(1º ano EM e 1º e 2º FD)Atualidade do mito(1º ano EM e 1º e 2º FD)O que é filosofia?(1º ano EM e 1º e 2º FD)
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, cultura a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante mito e filosofia e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Conteúdo estruturante: Teoria do conhecimento
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico
Possibilidades do conhecimento (1º ano EM e 1º e 2º FD)
As formas de conhecimento(1º ano EM e 1º e 2º FD)
O problema da verdade(1º ano EM e 1º e 2º FD)
A questão do método(1º ano EM e
A abordagem teórico-metodológica devem ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, cultura a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Teoria co Conhecimento e seus conteúdos
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1º e 2º FD)
Conhecimento e lógica(1º ano EM e 1º e 2º FD)
básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Conteúdo estruturante: Ética
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico
Ética e moral (2° EM e 3º FD)
Pluralidade ética (2° EM e 3º FD)
Ética e violência(2° EM e 3º FD)
Razão, desejo e vontade(2° EM e 3º FD)
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas(2° EM e 3º FD)
A abordagem teórico-metodológica devem ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, cultura a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Conteúdo estruturante: Filosofia Política
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico
Relações entre comunidade e poder(2° EM e 3º FD)
Liberdade, igualdade e política(2° EM e 3º FD)
Política e ideologia (2° EM e 3º FD)
Esfera pública e privada (2° EM e 3º FD)
Cidadania formal e ou participativa(2° EM e 3º FD)
A abordagem teórico-metodológica devem ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, cultura a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia e Política e seus conteúdos básicos sob a perspectiva pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
103
Conteúdo estruturante:Filosofia da Ciência
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico
Concepções de ciência (3º ano EM e 4º FD)
A questão do método científico (3º ano EM e 4º FD)
Contribuições e limites da ciência (3º ano EM e 4º FD)
Ciência e ideologia(3º ano EM e 4º FD)
Ciência e ética (3º ano EM e 4º FD)
A abordagem teórico-metodológica devem ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, cultura a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia da ciência e seus conteúdos básicos sob a perspectiva pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Conteúdo estruturante: Estética
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico
Natureza da arte (3º ano EM e 4º FD)
Filosofia e arte (3º ano EM e 4º FD)
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto,etc. (3º ano EM e 4º FD)
Estética e sociedade (3º ano EM e 4º FD)
A abordagem teórico-metodológica devem ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, cultura a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Estética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Avaliação
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o aluno possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos dos conteúdos estruturantes
citados, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a
104
problematização e investigação, o aluno desenvolverá a atividade filosófica
com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.
Portanto, terá condições de ser construtor de ideias, cujo resultado pode ser
avaliado por ele próprio e pelo professor.
Instrumento de avaliação/recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
− Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde
será considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
− Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar o
encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim verificar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno saberá o valor das mesmas e como
será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
105
Referências bibliográficas
ARANHA, M.L. Temas Filosofia Moderna. São Paulo, 1990
CHAUÌ, M. Convite à Filosofia. São paulo. Ática, 2003
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático Público) PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de filosofia no 2.o grau. Curitiba, 1994.
SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S.,DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed.Unijuí, 2004.
SEED. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Filosofia. Curitiba, 2008
106
13.1.8 INGLÊS
Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às
demandas advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809,
assinou o decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A
partir daí, o ensino das línguas modernas começou a ser valorizado.
Com a vinda de imigrantes para o Brasil, estes ensinavam a língua do
país de origem nas escolas e o português passou a ser considerado língua
estrangeira.
Para efetivar os propósitos nacionalistas, em 1917, o governo federal
decidiu fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes que funcionavam,
sobretudo, no sul do Brasil, e criou, a partir de 1918, as escolas primárias
subvencionadas com recursos federais sob a responsabilidade dos Estados.
Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, pois
representava um modelo de patriotismo e respeito daquele povo à sua história,
o ensino de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o
idioma mais usado nas transações comerciais e também devido à dependência
econômica do Brasil em relação aos EUA que se acentuou após a segunda
Guerra Mundial
No Paraná, Gimenez (1999) afirma que a Abordagem Comunicativa foi
apropriada como referencial teórico na elaboração da proposta de ensino de
Língua Estrangeira do Currículo Básico (1992). Embora esse documento
apresente uma concepção de língua discursiva e sugira um trabalho com
diferentes tipos de textos, a partir da visão bakhtiniana, observa-se que a
progressão de conteúdos, de 5ª a 8ª série, está voltada para o ensino
comunicativo, centrado em funções da linguagem do cotidiano, o que esvazia
as práticas sociais mais amplas de uso da língua.
O ensino comunicativo desenvolveu-se em três fases “uma primeira é
associada ao nocional-funcional e é calcada em práticas audiolinguais; a
segunda marcada pelos atos de fala com a incorporação de tendências
sociolinguísticas e a terceira corresponde a uma vertente no ensino de Língua
Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações
com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os
107
professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua
Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também
ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é
formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os
diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de
proficiência atingido.
A aula de Língua Estrangeira Moderna deve constituir um espaço para
que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de
modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção
de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de
interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de
mundo que se revelam no dia-a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as
questões sociais,políticas e econômicas da nova ordem mundial, suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel
das línguas na sociedade.
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do
entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros
instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o
mundo e de construir significados.
O ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira Moderna – Língua
Inglesa- tem como princípios, atualmente, no Estado do Paraná, a formação de
um sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo à sua volta.
Por isso, conceberemos a língua como algo mais que um conjunto de normas e
formas, como uma produção construída nas interações sociais, ou seja,
baseada na teoria sociointeracionista desenvolvida por Bakhtin.
A língua estrangeira deve centrar-se na educação, pois para que o aluno
reflita e transforme a realidade que se lhe apresenta, é preciso que entenda
essa realidade, que está em constante movimento e transformação.
108
Apresentar ao aluno apenas o funcionamento da língua é muito pouco, porque
a língua a Língua Inglesa não é um código a ser decifrado. É preciso trabalhar a
língua enquanto “discurso” – entendido como prática social significativa.
Língua e cultura constitui um dos pilares da identidade do sujeito como
cidadão e da comunidade como formação social. Desse modo, o aluno vê a sua
cultura e a sua língua como uma entre várias possibilidades e, ao constatar e
vivenciar criticamente a diversidade cultural, pode delinear um contorno para
a sua própria identidade.
Conteúdo estruturante: discurso como prática social
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Gêneros discursivos e seus elementos composicionais
Leitura• Identificação do tema,
do argumento principal e dos secundários.
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.
• Linguagem não- verbal.• As particularidades do
texto em registro formal e informal.• Finalidades do texto.• Estética do texto
literário.• Realização de leitura
não linear dos diversos textos.• Acentuação gráfica• Variedade linguísticas• Ortografia• Léxico• Marcas linguísticas• Coesão e coerência• Discursos direto e
indiretoEscrita• Tema do texto
LeituraÉ importante que o professor:• propicie momentos de
leitura de diferentes gêneros• considere os
conhecimentos prévios dos alunos• formule
questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto
• encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia
• proporcione análise para estabelecer a referência textual
• conduza leituras para compreensão das partículas conectivas
• contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época
• utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros
• Relacione o tema com o contexto
• oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto
109
• Interlocutor• Finalidade do texto• Intencionalidade do
texto• Intertextualidade• Condições de produção• informatividade• Vozes sociais presente
no texto• Vozes verbais• Discurso direto e
indireto• Emprego do sentido
denotativo e conotativo no texto• Léxico• Coesão e coerência• Funções das classes
gramaticais no texto• Elementos semânticos• Recursos estilísticos• Marcas linguísticas• Variedade linguística• Ortografia• Acentuação gráfica
Oralidade• Elementos
extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos da fala• Vozes sociais presentes
no texto• Variações linguísticas• Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição• Diferenças e
semelhanças entre discurso oral e escrito
• Adequação da fala ao contexto
• Pronúncia ••
• instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões de denotam ironia e humor
• estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros.
EscritaCabe ao professor:• planejar a produção
textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,situacionalidade, temporalidade e ideologia
• proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual
• conduzir à utilização adequada das partículas conectivas
• estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos
• acompanhar a produção de textos
• acompanhar e encaminhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos, dos elementos que compõem o gênero
• instigar o uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que demonstrem ironia e humor
• conduzir uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
OralidadeO professor deve:• organizar apresentações
de textos produzidos pelos alunos
110
levando em consideração as finalidades dos textos
• orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado
• estimular contação de histórias de diferentes gêneros utilizando-se dos recursos linguísticos próprios
• selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, etc.
Avaliação
Leitura
Espera-se do aluno:
• Realização de leitura compreensiva do texto
• Localização de informações explícitas e implícitas no texto
• Posicionamento argumentativo
• Ampliação de horizonte de expectativas
• Percepção do ambiente no qual circulam os gêneros
• Identificação da ideia principal do texto
• Análise das intenções do autor
• Identificação do tema
• Dedução dos sentidos de palavras ou expressões a partir do
contexto
• Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo/denotativo
• Reconhecimento de palavras de palavras e/ou expressões que
estabelecem a referência textual
Escrita
Espera-se do aluno:
111
• Expressão de ideias com clareza
• Elaboração de textos atendendo: às situações de produção
propostas (gêneros, interlocutor, finalidade); à continuidade temática.
• Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal
• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência,
informatividade. Intertextualidade, etc.
• Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso
e função do artigo, pronome, substantivo, etc.
• Emprego de palavras no sentido denotativo e conotativo,
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero
proposto.
Oralidade
Espera-se do aluno:
• Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturas e
normativos
• Reconhecimento de palavras ou expressões que estabelecem a
referência textual
• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção
(formal e informal)
• Apresentação das ideias com clareza
• Compreensão de argumentos no discurso do outro
• Exposição objetiva de argumentos
• Organização da sequência da fala
• Respeito aos turnos da fala
• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando
necessário em língua materna, etc.
• Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, e
pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos
extralinguísticos.
112
Gêneros discursivos para o Ensino Médio:crônica, lendas,
contos,poemas,fábulas, biografias, classificados, notícias,reportagem,
entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra,
piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras,etc.
A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas
as séries do Ensino Fundamental e do Médio.
Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de
complexidade dos textos e de sua abordagem.
A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas,
define-se os conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero
do texto. A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena será
contemplada em diversos momentos.
Instrumentos avaliativos e recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina de inglês:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar
o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim detectar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações o aluno saberá o valor das mesmas e como
será avaliado.
113
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002.
BAKHTIN,M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988
______. Estética da Criação verbal. Cidade, 1992
CASTRO, G. Faraco, C.A. Por uma teoria linguística que fundamenta o ensino da língua materna. In: Educar em revista, Curitiba:UFPR, 1999
CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas,1994
MARQUES, Amadeus. Inglês: Série Novo Ensino Médio, vol. Único. 5ª ed. São Paulo, Ática, 2003.
MEIRELLES, S.M. Língua estrangeira e autonomia. In: Educar em revista. Curitiba: UFPR, 2002
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica: LEM. Curitiba, 2008
SEED,Livro Didático Público de Inglês. Curitiba, 2006
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Inglês. Curitiba, 2008
114
13.1.9 BIOLOGIA
Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida
como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY,
1988). O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades
materiais do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada
momento histórico.
A disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes,
por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de
estudo – o fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações, ou seja: na
organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos biológicos; no
estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,
hereditariedade e relações ecológicas; na análise da manipulação genética.
Desde a antiguidade até a contemporaneidade, esse fenômeno foi
entendido de diversas maneiras, conceituado tanto pela filosofia natural
quanto pelas ciências naturais, de modo que se tornou referencial na
construção do conhecimento biológico e na construção de modelos
interpretativos do fenômeno VIDA. São apresentados quatro modelos
interpretativos do fenômeno VIDA. Cada um deles deu origem a um conteúdo
estruturante que permite conceituar VIDA em distintos momentos da história e,
desta forma, auxiliar para que as grandes problemáticas da
contemporaneidade sejam entendidas como construção humana que são
trabalhados em forma dos conteúdos estruturantes assim definidos:
Organização dos Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e
Manipulação Genética
Os conteúdos possibilitam ao aluno a compreensão do mundo que o
cerca, oferecendo-lhe condições para tomar posição em relação aos fatos e
princípios científicos, passando a analisar as implicações sociais da ciência e
da tecnologia. Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de
relações, na disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em
transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus
resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em
cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.
115
Os conhecimentos biológicos são produtos históricos indispensáveis à
compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de forma
crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de
transformação da realidade, bem como, proporcionam ao aluno a aproximação
com a experiência concreta dele e também constituem elementos de análise
crítica para superar concepções anteriores,de estereótipos e de pressões
difusas da ideologia dominante.
Esses conhecimentos vêm contribuir para que os alunos (respeitando os
valores, saberes e suas experiências) possam desconstruir as tradicionais
fronteiras entre cultura popular, a cultura erudita e a cultura de massa por
meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar
as concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha
com os alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da
compreensão do fenômeno vida.
Conteúdo estruturante: Organização dos seres vivos
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Classificação dos seres vivos:
critérios taxonômicos e filogenéticos
(2º ano FD e 2º ano EM)
Sistemas biológicos: anatomia,
morfologia, fisiologia (3° ano EM)
Em concordância com a
Diretriz Curricular do Ensino de
Biologia a abordagem dos conteúdos
deve permitir a integração dos
quatro conteúdos estruturantes
de modo que ao introduzir a
classificação dos seres vivos como
tentativa de conhecer e
compreender a diversidade
biológica, agrupando-os e
categorizando-os, seja possível
também, discutir o mecanismo de
funcionamento, o processo
evolutivo, a extinção das espécies e
o surgimento natural e induzido de
116
Mecanismos de desenvolvimento
embriológico(2° ano FD e 3º EM)
Teoria celular; mecanismos celulares
biofísicos e bioquímicos (2° ano FD
e 2º ano EM)
Teorias evolutivas (3° ano EM)
Transmissão das características
hereditárias (2º ano FD e 3º EM)
Dinâmica dos ecossistemas:
relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente
(2º ano FD e 2º ano EM)
novos seres vivos. Deste modo, a
abordagem do conteúdo
classificação dos seres vivos não se
restringe a um único conteúdo
estruturante. Ao adotar esta
abordagem pedagógica, o início do
trabalho poderia ser o conteúdo
específico organismos
geneticamente modificados,
partindo-se da compreensão das
técnicas de manipulação do DNA
comparando-as com os processos
naturais que determinam a
diversidade biológica, chegando à
classificação dos Seres Vivos.
Portanto, é imprescindível que se
perceba a interdependência entre os
quatro conteúdos estruturantes.
Outro exemplo, é a abordagem do
funcionamento dos Sistemas que
constituem os diferentes grupos de
seres vivos. Parte-se do conteúdo
estruturante Mecanismos Biológicos
incluindo o conteúdo estruturante
Organização dos Seres Vivos que
permitirá estabelecer a comparação
entre os sistemas, envolvendo
inclusive a célula, seus
componentes e respectivas funções.
Neste contexto, é importante que se
perceba que a célula tanto pode ser
compreendida como elemento da
117
Organismos geneticamente
modificados. (2º ano FD e 3º EM)
estrutura dos seres vivos quanto um
elemento que permite observar,
comparar, agrupar e classificar os
seres vivos. Da mesma forma, a
abordagem do conteúdo
estruturante Biodiversidade envolve
o reconhecimento da existência dos
diferentes grupos e mecanismos
biológicos que determinam a
diversidade, envolvendo a
variabilidade genética, as relações
ecológicas estabelecidas entre eles
e o meio ambiente, e os processos
evolutivos pelos quais os seres vivos
têm sofrido modificações naturais e
as produzidas pelo homem.
Avaliação
Espera-se que o aluno:
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres
vivos;
- Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos
organismos vegetais e animais, e dos vírus;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e
pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de
obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e
assexuada);
- Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica,
estrutural e molecular) dos seres vivos.
- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos
sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório,
endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
118
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas
citoplasmáticas
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres
vivos;
- Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos
organismos vegetais e animais, e dos vírus;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e
pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de
obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e
assexuada);
- Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica,
estrutural e molecular) dos seres vivos.
- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos
sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório,
endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas
citoplasmáticas;
– Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e
biofísicos
que ocorrem no interior das células;
– Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula:
digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de
substâncias;
- Compare e estabelece diferenças morfológicas entre os tipos celulares
mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia).
- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a
evolução das espécies;
- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da
diversidade dos seres vivos;
– Compreenda o processo de transmissão das características
hereditárias entre os seres vivos;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os
119
ecossistemas e as relações existentes entre estes;
– Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para
manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;
– Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e
destes como meio em que vivem.
– Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os
resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
– Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à
solução de problemas socioambientais;
– Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações
produzidas pelo homem na diversidade biológica;
– Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos
e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
Instrumentos avaliativos e recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina de biologia:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
atividades práticas, recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
− Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde
será considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
− Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
120
assim detectar o que precisa ser revisto.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
AMABIS E MARTO. Fundamentos da Biologia. 2ª edição, São Paulo: Moderna, 1998
CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. Volume Único, São Paulo: FTD, 2002.
CÉSAR, Silva Júnior; SÉZAR, Sasson. Biologia. Volume Único, São Paulo: Saraiva, 1998.
CÉSAR, Silva Júnior; SÉZAR, Sasson. Biologia: As características da vida, Biologia Celular; Vírus: entre moléculas e células; A origem da vida e histologia animal. Volume 1: 1ª série. 8ª edição . São Paulo: Saraiva, 2005.
______. Biologia: Seres Vivos: estrutura e função. Volume 2; 2ª série. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.
______. Biologia: Genética, Evolução e Ecologia. Volume 3; 3ª série. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.
CLÈZIO & BELLINELLO. Biologia. Volume Único., São Paulo: Saraiva 1998.
FAVORETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia, volume único, 1ª edição. São Paulo: Moderna, 2006.
GOWDAK, Demétrio; MATTOS, Neide S. Biologia: volume único. São Paulo: FTD, 1991.
LAURENCE, J. Biologia: Ensino Médio, volume único – 1ª edição. São Paulo: Nova Geração, 2005.
LIVRO Didático Público de Biologia. SEED. Curitiba, Paraná.
LOPES, Sônia. Bio. Livro Azul. 9ª edição, São Paulo: Saraiva 1991.
______. Biologia. Volume único. 1ª edição. São Paulo: Saraiva 2005.
121
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 1, 9ª edição. São Paulo: Ática, 2004.
______. Biologia Atual, volume 1, 7ª edição. São Paulo: Ática, 1995.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba, 2008
122
13.1.10 GEOGRAFIA
Para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de
seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das
abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um
determinado espaço num dado momento histórico.
Compreender os fenômenos que ocorrem no seu meio, perceber a ação
do homem nele, analisando as transformações positivas e negativas dessas
ações dentro do contexto social, político, econômico e cultural, para ampliar
seus conhecimentos e integrar-se na sociedade com êxito.
Os conteúdos constitutivos da disciplina de Geografia, demarcam e
articulam o que é próprio do conhecimento geográfico escolar. Essa
especificidade geográfica é alcançada quando os conteúdos são espacializados
e tratados sob o quadro teórico conceitual de referência da disciplina que são
trabalhados através dos seguintes conteúdos estruturantes: Dimensão
econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;Dimensão cultural e
demográfica do espaço geográfico.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser
tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações Espaço
↔ Temporais e relações Sociedade ↔ Natureza – e do quadro conceitual de
referência. Por meio dessa abordagem, pretende-se que o aluno compreenda
os conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia em suas amplas e
complexas relações.
A metodologia utilizada deve permitir que os alunos se apropriem dos
conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção
e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos devem ser
trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima
e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos na
diretriz.
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do
conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do
123
ato docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos
conteúdos com a avaliação. No ensino de Geografia, tal abordagem deve
considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao
conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.
A Geografia é a ciência do presente, ou seja, é inspirada na realidade
contemporânea, onde o objetivo principal dos conhecimentos geográficos é
contribuir para o entendimento no mundo atual, da apropriação dos lugares
realizada pelos homens, pois é através da organização do espaço que eles dão
sentido aos arranjos econômicos e aos valores sociais e culturais construídos
historicamente.
Ao buscar compreender as relações econômicas, políticas, sociais e
suas práticas nas escalas: local, regional, nacional e global, a Geografia se
concentra e contribui, na realidade, para pensar o espaço enquanto uma
totalidade na qual se passam todas as relações cotidianas e se estabelecem as
redes sociais nas referidas escalas.
A geografia, contribui ainda, para a formação do cidadão,
permitindo que ele acompanhe conscientemente as transformações ocorridas
no Brasil e no mundo. Estas transformações ocorreram através da revolução
técnico-científica, pela globalização da economia e pelos problemas ambientais
que deram aos conhecimentos de Geografia um novo significado.
No Ensino Médio, o papel da Geografia é conscientizar o aluno
espacialmente em suas diversas escalas e configurações, dando-lhe suficiente
capacitação para manipular noções de paisagem, espaço, natureza, Estado e
sociedade.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológico
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do
A formação e transformação das paisagens (1º ano EM e FD).
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos;
Os conceitos fundamentais da
124
espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
exploração e produção (1º ano EM e FD)
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico (1º ano EM e FD)
A formação, localização e exploração dos recursos naturais (2° e 3° ano EM).
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção (2° e 3° ano EM). ;
O espaço rural e a modernização da agricultura (2º ano EM).
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial (2º ano EM).
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações (2º ano EM)
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios (1º FD e EM e 3º EM).
Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica;
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaçotemporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação,
A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos bem como a educação ambiental.
125
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista(3º ano EM)
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente (1º ano EM e FD e 3º ano EM).
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população (1°EM e FD e 3º ano EM).
Os movimentos migratórios e suas motivações (1º EM e FD e 3º EM)
O comércio e as implicações socioespaciais (2º e 3º EM)
As diversas regionalizações do espaço geográfico (1º EM e FD)
As implicações socioespaciais do processo de mundialização (1° EM e FD)
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado (2º ano EM)
Avaliação
126
Espera-se que o aluno:
• Aproprie -se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza
e lugar.
• Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia
mapas, tabelas, gráficos e imagens.
• Compreenda a formação natural e transformação das diferentes
paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na
sociedade capitalista.
• Analise a importância dos recursos naturais nas atividades
produtivas.
• Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da
natureza e nas atividade produtivas.
• Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o
uso de fontes de energia na sociedade industrializada.
• Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma
de exploração e uso dos recursos naturais.
• Evidencie a importância das atividades extrativistas para a
produção de matérias primas e a organização espacial
• Reconheça as influências das manifestações culturais dos
diferentes grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.
• Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos
naturais frente a sua importância estratégica.
• Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua
importância política, estratégica e econômica.
• Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição
127
das atividades produtivas , nos deslocamentos de população e na distribuição
da população.
• Compreenda a importância da revolução técnico-científica
informacional em sua relação com os espaços de produção, circulação de
mercadorias, e nas formas de consumo.
• Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial
das regiões onde as industriais se instalam.
• Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica,
nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço
geográfico.
• Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária
como fator de transformação do espaço.
• Identifique a concentração fundiária resultante do sistema
produtivo agropecuário moderno.
• Entenda a importância das redes de comunicação e de informação
a formação de cidades mundiais.
• Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-
obra, capital e das informações na organização espaço mundial
• Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas
agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e social.
• Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e
os problemas sociais e ambientais.
• Reconheça as interdependências, econômicas e culturais, entre
campo e cidade.
• Compreenda as relações de trabalhos presentes nos espaços
produtivos rural e urbano
128
• Relacione o processo de urbanização com as atividades
econômicas.
• Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de
segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de
risco.
• Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações
socioambientais.
• Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de
trabalho, consumo e de produção.
• Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço
urbano e rural.
• Compreenda a espacialização das desigualdades sociais
evidenciadas nos indicadores sociais.
• Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas
de planejamento familiar.
• Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes
países.
• Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o
processo de expansão das fronteiras agrícolas.
• Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais
referentes aos fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais.
• Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que
os grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das
atividades sociais e produtivas.
• Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua
129
repercussão na configuração do espaço mundial.
• Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura
econômica, da OMC para o comércio mundial
• Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas
internacionais,FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do
espaço geográfico mundial.
• Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial,
considerando a divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
• Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova ordem mundial.
• Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios.
• Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais.
Instrumentos avaliativos/ recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina de geografia:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
− Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde
será considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
130
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, R; PASSINI, E. - O Espaço Geográfico, ensino e representação. São Paulo:Contexto, 1991.
ALMEIDA, R. D. de Do Desenho ao Mapa. São Paulo: Contexto, 2003.
ARCHELA, R. S. e GOMES, M. F. V. B. - Geografia para o ensino médio - Manual de Aulas Práticas. Londrina:Ed. UEL,1999.
SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
______. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Hucitec, 1996.
______. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
______. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
SCHAFFER, N. O Guia de percurso urbano. In: CASTROGIOVANNI, A. C. et all
(Orgs.)
SEED. Livro Didático público de Geografia. Curitiba , PR. 2006
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Geografia. Curitiba, 2008
131
13.1.11 SOCIOLOGIA
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes
transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a
ciência serem pensadas.
A Sociologia ganhou corpo teórico com a obra de Durkheim que
expressou o esforço para tirá-la do ceticismo, propondo um método e um
objeto próprio, além de provar que os fenômenos sociais eram passíveis de
serem investigados cientificamente.
Os clássicos da Sociologia são o ponto de partida que arremessa o
conhecimento da realidade social e ainda os faz presentes na Sociologia
contemporânea. Pensaram a sociedade europeia da sua época, valendo-se da
ciência para compreender o sentido da crise que a acometia e cada qual lhe
lançou um olhar: Marx analisou a dinâmica das relações sociais presentes no
capitalismo; Durkheim identificou a divisão do trabalho social na sociedade
industrial como prenúncio da era moderna; e Weber concebeu a sociedade
ocidental qual um feixe de possibilidades históricas carreadas pelo processo de
racionalização capitalista. São considerados clássicos porque suas ideias ainda
detêm força explicativa para uma realidade em transformação, e suas obras
têm coerência interna, segundo o sociólogo inglês Anthony Giddens.
As temáticas sociológicas se transformam conforme as relações que se
estabelecem na sociedade, além de se pautarem pelo avanço da
epistemologia.
Ciência e sociedade são realidades históricas e se influenciam
mutuamente. Tendo em conta as relações entre a Sociologia e a sociedade, as
condições de produção do conhecimento sociológico são muitas vezes
controversas.
Os conteúdos estabelecem essa ponte entre o local e o global, o
individual e o coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de
totalidade e das inter-relações que constituem a sociedade. Os conteúdos
estruturantes que fazem parte dessa disciplina são: o processo de socialização
e as instituições sociais; Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e
classes sociais; Poder, política e ideologia; Direitos, cidadania e movimentos
132
sociais.
O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações
que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e
atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade para propiciar ao
aluno os conhecimentos sociológicos, de maneira que alcance um nível de
compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas
quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis
mudanças sociais.
A Sociologia contribui para a construção do direito à cidadania,
desenvolvendo uma percepção crítica da realidade social que cerca o cidadão,
entendendo que um fenômeno social pode ser percebido de perspectivas
diferentes, e vir a conhecer a sociedade como um processo em constante
transformação.
O ensino da Sociologia tem por objetivo compreender os processos de
formação, transformação e funcionamento das sociedades contemporâneas.
Trata-se de uma maneira de interpretar as contradições, os conflitos, as
ambivalências e continuidade que configuram a vida cotidiana de cada um e
da sociedade envolvente.
Conteúdo estruturante: Processo de Socialização e as Instituições Sociais
1º ano EM e FD
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológica
Processo de Socialização
Grupos sociais
Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas
Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.;
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e
obras literárias. Esses encaminhamentos
podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim
133
como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Para à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Conteúdo estruturante: Cultura e Indústria Cultural
2º Ano EM e FD:1º semestre
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológica
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos
134
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Preconceito;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Cultura indígena.
didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
135
Conteúdo estruturante:Trabalho, Produção e Classes Sociais
2º ano Em e FD: 2° semestre
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológica
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
Globalização
Relações de trabalhoNeoliberalismo
Trabalho no Brasil
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Para à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das
136
outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Conteúdo estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos
Sociais
3º ano EM e FD
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológico
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de cidadania;
Conceito de Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais urbanos e rurais;
Movimentos Sociais no Brasil;
Movimentos ambientalistas;ONG's;
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Para à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e
137
contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Conteúdo estruturante: Poder, Política e Ideologia
3º ano EM e FD: 2º semestre
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológico
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Para à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
138
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Conteúdo estruturante: O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
4º ano FD
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológica
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;
Pensamento científico e senso comum;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importantes elementos para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que
139
articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio
Avaliação
• O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
Espera-se que os estudantes compreendam:
O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;
Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;
Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a
compreensão da sociedade e dos indivíduos.
Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem
para capacidade de análise e crítica da realidade social que o cerca.
Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social
refletem a diversidade de interesses existentes na sociedade.
• Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Espera-se que os estudantes:
Identifiquem-se como seres eminentemente sociais;
Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos
sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo;
140
Reflitam sobre suas ações individuais e que as ações em sociedade são
interdependentes;
• Cultura e Indústria Cultural
Espera-se que os estudantes:
Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa,
as diferenças sexuais e de gêneros presentes nas sociedades
Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como
formas de dominação na sociedade contemporânea;
Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os
mecanismos que transformam os meios de comunicação de massa em
poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e
comportamentos;
Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de
massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, político e
social.
• Trabalho, Produção e Classes Sociais
Espera-se que os estudantes compreendam de forma crítica
A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da
história
A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de
trabalho diversas a ela.
As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;
Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja,
não são “naturais”. Variam conforme a articulação e organização das
estruturas de apropriação econômica e de dominação política;
As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de
globalização.
• Poder, Política e Ideologia
Espera-se que os estudantes:
141
Possam analisar e compreender de forma crítica o desenvolvimento do
Estado Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições
políticas.
Possam analisar criticamente os processos que estabelecem as relações
de poder presentes nas sociedades.
Possam compreender e avaliar o papel desempenhado pela ideologia
em vários contextos sociais.
Possam compreender os diversos mecanismos de dominação existente
nas diferentes sociedades.
Possam perceber criticamente vária formas pelas quais a violência se
apresenta e estabelece na sociedade brasileira.
• Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
Espera-se que os estudantes:
Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos, e sua
relação com a cidadania;
Percebam como direitos que hoje consideram “naturais” são resultado
da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;
Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em
nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos
básicos;
Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.
Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos
movimentos sociais em suas especificidades.
Instrumentos avaliativos e recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
142
− Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde
será considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação desses conteúdos para que o professor possa
dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem,
diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim
detectar o que precisa ser revisto.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
ADORNO, T. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural.In: COHN, G. (Org.). Comunicação e indústria cultural. 5.ed. São Paulo:A.Queiroz, 1987.
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Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo:Nacional, 1972.
GOHN, M. da G. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e
contemporâneos. 3.ed. São Paulo: Loyola, 2002.
LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem escolar. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
143
OLIVEIRA, M. (Org.) As Ciências Sociais no Paraná. Curitiba: Pretexto, 2006.
PARSONS, T. Sociedades: perspectivas evolutivas e comparativas. São Paulo:Pioneira, 1969.
PEREIRA, L; FORACCHI, M.(Orgs.). Educação e sociedade: leituras de sociologia. 6.ed. São Paulo: Editora Nacional, 1973.
PRZEWORSKI, A. Marxismo e escolha racional. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n.6, v.3, p. 5-25, fev.1988.
REX, J. Problemas fundamentais da teoria sociológica: possibilidades deaplicação de uma metodologia científica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
SANTOS, M. B. dos. A sociologia no contexto das Reformas do Ensino Médio. In: CARVALHO, L. de. (Org.). Sociologia e ensino em debate. Ijuí: Ed. Univ. Ijuí, 2004.
SARANDY, F. Reflexões acerca do sentido da sociologia no Ensino Médio. Revista
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia. Curitiba, 2008.
SEED. Livro Didático Público.2ª edição, Curitiba, 2007.
144
13.1. 12 EDUCAÇÃO FÍSICA
Sob a influência do regime militar, a educação física surgiu na escola
com a finalidade de aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como
a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar a formação do
caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do
sentimento patriótico (SOARES,2004) para defender a Pátria.
Essa Educação Física confundia-se com a prática da Ginástica, pois
incluía exercícios físicos baseados nos moldes médico-higiênicos.
O método ginástico francês, que contribuiu para construir e legitimar a
Educação Física nas escolas Brasileiras tinha a finalidade de melhorar o
funcionamento do corpo e a eficiência do gasto energético dependia de
técnicas que atribuíam à Educação Física a tarefa de formar corpos saudáveis
e disciplinados, possibilitando a formação de seres humanos aptos para
adaptarem-se ao processo de industrialização que se iniciava no Brasil.
No final da década de 30 e início da década de 40 ocorreu um processo
de “desmilitarização” da Educação Física brasileira,isto é, a predominância da
instrução física militar começou a ser sobreposta por outras formas de
conhecimento sobre o corpo tendo início um intenso processo de difusão do
esporte na sociedade e, nas escolas brasileiras.
Nesse contexto, as aulas de Educação Física assumiram os códigos
esportivos do rendimento, competição, comparação de recordes,
regulamentação rígida e a racionalização de meios e técnicas, cujo enfoque
pedagógico estava centrado na competição e na performance dos alunos, sem
se preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento. “A escola tornou-se
um celeiro de atletas, a base da pirâmide esportiva” (BRACHT, 1992, p. 22).
Na década de 80, com o fim da ditadura militar houve um movimento de
renovação do pensamento pedagógico da Educação Física que trouxe várias
proposições e interrogações acerca da legitimidade dessa disciplina como
campo de conhecimento escolar.
As Diretrizes da disciplina está fundamentada pela pedagogia histórico-
crítica, apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo e ensino da
Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do
145
ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais que daí decorreram. A
ação pedagógica deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e
representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas
pela expressão corporal em jogos, brinquedos e brincadeiras, danças, lutas,
ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas
de representação simbólica de realidades vividas pelo homem.
Os conteúdos estruturantes foram definidos como os conhecimentos de
grande amplitude, considerados fundamentais para compreender seu objeto
de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações
sociais.
Os conteúdos estruturantes: Esporte; Jogos e brincadeiras; Ginástica;
Lutas; Dança tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem
sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade
corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O ensino da disciplina representa o retomar, integrar e dar continuidade
ao conhecimento nos diferentes níveis de ensino, ampliando sua compreensão
conforme o grau de complexidade. Por exemplo: um mesmo conteúdo
específico, como a Ginástica Geral, pode ser abordado em diferentes níveis de
ensino, desde que se garanta sua relação com aquilo que já foi conhecido,
elevando esse conhecimento para um nível mais complexo.
A disciplina de educação física deve desenvolver a capacidade de situar-
se, orientar-se e movimentar-se qualquer espaço, tendo sempre como
referência a sua própria pessoa, visando a interligação entre o pensar e o agir,
de forma a dotar o aluno de condições, que lhe permita exercer a cidadania
plena.
A Educação Física, na Educação Básica, é fundamentada nas reflexões
sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de
contradições e na valorização da educação. Por isso é de fundamental
importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões,
escolas, professores, alunos e da comunidade.
Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que
permitam entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na
146
relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas
ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.
Conteúdo estruturante
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-metodológica
Esporte
FutebolFutsalHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de
mesaXadrez
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.Esporte de rendimento X qualidade de vida.Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.Regras oficiais e sistemas táticos.Súmulas, noções e preenchimento.Scalt.Conhecimento popular X conhecimento científico.Relação Esporte e Lazer.Função social. Esporte e mídia.Esporte e ciência.Doping e recursos ergogênicos.Nutrição, saúde e prática esportiva.Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
Jogos e brincadeiras
Jogos populares
Jogos competitivos
Jogos cooperativos
Jogos de tabuleiro
Jogos intelectivos
Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.Organização de eventos.Dinâmica de grupo.Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer.Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
147
Dança
Dança folclórica
Dança de salão
Dança e expressão corporal e diversidade de culturas.Diversas manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.Interpretação e criação coreográfica.
Alongamento, relaxamento e consciência corporal.Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.Diferentes tipos de dança.Org. Festival de Dança.
Ginástica
Ginástica geral Ginástica de academia;
Ginástica rítmica
Função social da ginástica.Fundamentos da ginástica.Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.Correções posturais.Grupos musculares, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas.Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de treinos.Festival de ginástica.Frequência cardíaca.Fonte metabólica e gasto energético.Composição corporal.Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).
Construção cultural do corpo.Desvios posturais.Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.
Lutas Lutas com aproximação
Pesquisar os aspectos históricos, filosóficos das características das diferentes
148
Lutas que mantém à distância
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
manifestações das lutas.Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como as apropriações das lutas pela industria cultural.Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como diferenciação da mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros.Organizar um festival de demonstração no qual os alunos apresentam diferentes tipos de golpes.
Avaliação
Pretende-se que o aluno seja capaz de:
• Esporte
Organizar e vivenciar festivais e campeonatos esportivos, trabalhando
com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de
preenchimento.
Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o
esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer.
Compreender a função social do esporte.
Reconhecer a influencia da mídia, da ciência e da indústria cultural no
esporte.
Compreender as questões sobre o dopping, recursos ergogênicos
utilizados e nutrição.
149
• Jogos e brincadeiras
Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando
alternativas de superação.
Organizar eventos e diferentes dinâmicas de grupos que possibilitem
também uma aproximação maior entre os estudantes, considerando suas
individualidades.
• Dança
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros.
Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões
culturais, por meio da dança.
Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria
cultural.
Vivenciar a organização e participação de festivais, na qual sejam
apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
• Ginástica
Organizar eventos de ginásticas, na qual sejam apresentadas as
diferentes criações coreográficas ou sequencia de movimentos ginásticos
elaborados pelos alunos. Aprofundar e compreender as as questões biológicas,
ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginásticas.
Compreender a função social da ginástica.
Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na
ginástica.
Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
• Lutas
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.
Discutir a questão que se refere a diferença entre lutas e artes marciais.
Vivenciar os diferentes estilos de jogo/luta/dança.
150
Discutir e aprofundar sobre a forma de apropriação das lutas pela
indústria cultural.
Conhecer os diferentes ritmos golpes, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros.
Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem
as diferentes tipos de golpes .
Instrumentos de avaliação / recuperação
Será instrumento de avaliação da disciplina de educação física
- Observação e participação do aluno em atividades práticas
desenvolvidas no decorrer das aulas através da participação nas atividades
realizadas, seu desempenho nos trabalhos em grupo e individual.
- Avaliações escritas e práticas no decorrer do bimestre onde o aluno
sistematizará os conteúdos aprendidos na sala de aula.
Para efeito de mensuração as avaliações dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 10,0, cujo resultado é a somatória das atividades realizadas
durante o bimestre.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. O aluno não será avaliado em
comparação com o desenvolvimento com outro aluno, mas sim naquilo que ele
foi capaz de realizar
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
- Retomada das atividades práticas.
151
Referências Bibliográficas
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BRUHNS, Heloísa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas:Papirus, 2003.
CANTARINO FILHO, Mário. A Educação Física no Estado Novo: História eDoutrina. 214f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Brasília: UnB, 1982.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: história que não se conta. 4 ed. Campinas: Papirus, 1994.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.
SARAIVA, Maria do Carmo et. al. Dança e seus elementos constituintes: uma experiência contemporânea In: Ana Márcia Silva; Iara Regina Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física. 1 ed., v. 03, Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, p. 114-133.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008
152
14. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DAS DISCIPLINAS ESPECIFICAS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
14.1.1 CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
No Brasil, a Educação Especial sempre esteve calcada em duas
vertentes: a médico-pedagógica e a psicopedagógica. A primeira tem grande
influência das ciências médicas e biológicas e a segunda, parte da introdução
dos testes de inteligência e da adequação de procedimentos para a educação
dos deficientes mentais, segundo Kassar (1995).
Em razão desses aspectos, o interesse do tema da Educação Especial,
foi quase exclusivo de áreas do conhecimento como a Biologia e a Psicologia. O
enfoque atual da Educação Especial é relativamente recente e esse
posicionamento vem abrindo possibilidades para uma discussão mais
abrangente sobre o tema.
A Educação Especial, como modalidade da educação escolar, definida
em uma proposta pedagógica que assegura um conjunto de recursos, apoios e
serviços educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar e, em
alguns casos substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a
educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os
níveis, etapas e modalidades da educação.
A Declaração de Salamanca em 1994, contempla a necessidade de
implementação de uma Pedagogia voltada para a diversidade e necessidades
específicas do aluno em diferentes contextos, com a adoção de estratégias
pedagógicas diferenciadas que possam beneficiar a todos os alunos, desde a
Educação Infantil e até o Ensino Superior, especialmente quanto à inclusão
escolar, que precisa também da participação da família num esforço conjunto
de aprendizagem compartilhada.
A Constituição Federal Brasileira estabelece as bases para viabilizar a
igualdade de oportunidades, e também, um modo de sociabilidade que permite
a expressão das diferenças, a expressão dos conflitos, em uma palavra, a
pluralidade. Portanto, no desdobramento do que se chama de conjunto central
de valores, devem valer a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com
153
o diferente, tanto do ponto de vista de valores quanto de costumes, crenças
religiosas, expressões artísticas, capacidades e limitações.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas
de desenvolvimento da aprendizagem, apresentados pelo aluno em caráter
temporário ou permanente, bem como, pelos recursos e apoios que a escola
deverá proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a
aprendizagem.
O papel da escola, é o de fazer intervenções e oferecer desafios com
todos os alunos, além de valorizar as habilidades, trabalhar sua potencialidade
educacional, reduzir suas limitações e apoiar na sua inserção profissional,
almejando o seu desenvolvimento integral, ou seja, a sua inclusão na
sociedade.
O professor comprometido com a filosofia da inclusão deve respeitar o
potencial de cada aluno e aceitar todos os estudantes igualmente, acreditando
nos alunos e em sua capacidade de aprender, aumentar a autoconfiança dos
alunos, estar preparado para indicar recursos adequados às necessidades dos
alunos, ser flexível nos métodos de avaliação e promover uma filosofia
baseada em princípios de igualdade, justiça e imparcialidade para todos.
A disciplina de Concepções Norteadoras da Educação Especial, organiza-
se a partir de textos introdutórios que tratam da concepção em geral e suas
especificidades com a intenção de oferecer uma didática mais convidativa para
os alunos organizados por área de atendimento das necessidades
educacionais com textos e elementos norteadores às perspectivas positivas
das concepções de deficiência sempre enfatizando as possibilidades
apresentadas pelos alunos em seu processo de desenvolvimento e
aprendizagem, que seguem sugestões e orientações de encaminhamento
metodológico a serem postas em prática, em sala de aula e no contexto
escolar em benefício deles.
Espera-se com o conjunto de conhecimento sistematizado possamos
contribuir para uma política de formação profissional que ofereça subsídios
políticos, teórica e técnico para análise, compreensão e superação do modelo
de escola que opera na manutenção dos processos de exclusão e de
154
marginalização de amplas parcelas da população escolar brasileira incluindo aí
os alunos com necessidades educacionais especiais.
Ementa: Concepção, legislação, fundamentos históricos, sociopolíticos
e éticos da Educação Especial nos sistemas de ensino. Reflexão crítica sobre as
questões éticas, políticas e educacionais na ação do educador quanto à
interação dos alunos com deficiência intelectual, deficiência física
neuromotora, deficiência visual, surdez, transtornos globais do
desenvolvimento, transtorno do espectro autista e altas
habilidades/superdotação. A proposta de inclusão visando qualidade de
aprendizagem, sociabilidade e qualificação dos alunos da Educação Especial. A
ação do educador junto à comunidade escolar: inclusão, prevenção das
deficiências. As especificidades de atendimento educacional e pedagógico
especializado nas áreas da Educação Especial. Acessibilidade. Avaliação
no contexto escolar. Flexibilização curricular, serviços e apoios especializados.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica avaliação
1. Concepções de Deficiências
2. Concepção de Educação especial
3. Área de educação especial
1.1 Diferentes conceitos sobre deficiências, distúrbios, transtornos e síndromes
1.2 Prevenção
2.1 Educação especial como modalidade do Ensino Fundamental
3.1 Áreas específicas das deficiências: deficiência intelectual, física, neuromotora, visual, surdez, transtornos globais do desenvolvimento, transtorno do espectro autista e altas habilidades e super dotação.
Educar é práxis, ou seja, não é teoria e não é prática, mas sim o diálogo constante entre esses elementos, é um processo de reflexão, ação, reflexão. O estudante do Curso de Formação de docentes e Anos iniciais do Ensino Fundamental vai ao longo do curso perceber que a educação especial é uma particularidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular.Neste sentido, propõe-se como fundamento teórico metodológico o materialismo histórico dialético, do qual se origina a Pedagogia Histórico Crítica que, em sala de aula, se expressa na metodologia dialética de construção do conhecimento. A partir desta referência o trabalho docente consistirá em diagnosticar o conhecimento prévio dos estudantes corroborando para a problematização, a instrumentalização e a sistematização dos conteúdos de forma que possibilitem aos estudantes a apropriação e a elaboração de novos conceitos a
1.1.1 Diferencia os conceitos sobre deficiências, distúrbios eficiências, distúrbios, transtornos e síndromes 1 .2.1 Conhece as formas de prevenção das deficiências 2.1.1 Compreende a Educação Especial como uma modalidade do Ensino Fundamental 3.1.1 Identifica as diferentes deficiências3 .1.2 Emprega adequadamente as nomenclaturas das áreas da Educação Especial 3.1.3 Diferencia as deficiências bem como, as características que permeiam os tratamentos adequados às suas especificidades: deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, deficiência visual, surdez, transtornos globais do desenvolvimento, transtorno do espectro autista e altas habilidades e super dotação
4. Fundamentos Históricos e sociopolíticos da educação especial.
4.1 Percursos históricos das pessoas com deficiências: A exclusão das pessoas com deficiências na História.
4.2 História da educação especial; A educação especial no contexto paranaense
respeito da Educação Especial
Sugestões de recursos para objetos de recursos da disciplina: documentos, artigos, livros, revistas, documentários,palestras, relatórios, filmes, entrevistas, seminários, exposições, visitas a instituições que oferta salas de recursos, educação especial,entre outros meios que viabilize a práxis sobre educação especial na perspectiva de educação inclusiva
4.1.1 Conhece os marcos Históricos da Educação Especial e as conquistas das pessoas com deficiência
4.2.1 Reconhece os avanços Históricos da Educação Especial na Educação paranaense .
5. Legislação 5.1 A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar
5.2 Marcos políticos e legais da educação especial:- CF- LDB- ECA- Declaração de Salamanca
5.3 Documentos Legais específicos de cada uma das modalidades da Educação Especial: Deliberação 02/03 CEE e outros documentos afins
5.4 Acessibilidade e barreiras
Na perspectiva aqui adotada, os critérios da avaliação serão determinados pelos conteúdos e suas dimensões, avançando na questão conceitual do conteúdo e adequando o instrumento de avaliação, para que não ocorra um rompimento no processo de ensino, mas que garanta momentos de síntese da aprendizagem dos estudantes. Para a avaliação se efetivar é necessário que o professor acompanhe todo o processo pedagógico que está ocorrendo, através de uma avaliação diagnóstica e contínua, possibilitando a avaliação paralela.
5.1.1 Compreende a importância do processo de inclusão escolar 5.2.1 Reconhece os aspectos legais que amparam a Educação Especial 5.2.2 Aplica a Legislação da Educação Especial nos planos de trabalho docente
5.3 Compreende que cada área da educação especial possui uma legislação específica
5.4.1 Reconhece que os
6. Currículo na educação especial
arquitetônicas no espaço físico escolar
6.1 Flexibilização e adaptação curricular
6.2 Avaliação no contexto da Educação Especial
6.3 Formas de serviço de apoio especializado
6.4 Elaboração de material didático
padrões de acessibilidade estabelecidos pela legislação são necessários para todas as áreas da Educação Especial 6.1.1 Reconhece a importância da flexibilização curricular nos processos de ensino e aprendizagem na inclusão do estudante especial 6.2.1 Compreende os critérios de avaliação no contexto da Educação Especial 6.3.1 Conhece os diferentes serviços de apoio especializado para o processo de inclusão 6.4.1 Cria materiais adaptados para as diferentes modalidades da Educação especial .
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
ALENCAR, E.M. L.S. de; FLEITH, D.S. Superdotação: determinantes, educação e ajustamento. São Paulo: EPU, 2001. CARVALHO, R. E. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000. COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades educativas especiais. In: CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE NEE: acesso e qualidade - UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994. FACION, J. R. A síndrome do autismo e os problemas na formulação do diagnóstico. In: GAUDERER, Ch. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: guia prático para pais e profissionais. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. GONZÁLEZ, J. A. T. Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas. Porto Alegre: Artmed, 2002. GORTÁZAR, O. O professor de apoio na escola regular. In: COLL, C.; PALÁCIOS, J.MARCHESI. (org.) Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. KARAGIANNIS, A.; SAINBACK, W.; STAINBACK, S. Fundamentos do ensino inclusivo. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. KASSAR, M. de C. M. Ciência e senso comum no cotidiano das classes especiais. Campinas: Papirus, 1995. MARCHESI, A. (org.) Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. MAZZOTTA, J. O. Fundamentos de educação especial. São Paulo: Enio Matheus Guazzelli & Cia. Ltda, 1997. MAZZOTA, M. J. História da educação especial. São Paulo: Cortez, 1995. MITTLER, P. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003. NERIS, E. A. O direito de ser diferente. Mensagem da APAE, n. 83, p. 4-6, out./dez. 1998. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação no 02/03. Curitiba, 2003. OPOLI, E. A. A Educação Inclusiva na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial: Universidade Federal do Ceará, 2010.
159
14.1.2 FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA
EDUCAÇÃO
A importância do estudo da Filosofia da Educação na formação do
educador reside na necessidade de desenvolver uma reflexão consistente e
aprofundada sobre as bases filosóficas que fundamentam a concepção de
existência humana, de consciência e de linguagem e, em última análise, de
conhecimento e de educação. Caso contrário, o educador em formação se
torna refém das teorias sobre cognição, ensino-aprendizagem e papel do
professor que contrariam os pressupostos proclamados de uma educação que
se propõe comprometida com as determinações do ser social, pois são
contaminadas com ideias filosóficas que professam a individualidade destituída
de história e inserção na sociedade.
Os conteúdos da disciplina são direcionados pela reflexão sobre os
fundamentos filosóficos que fornecem as bases da concepção histórica e social
da existência humana.
A escolha desta matriz como norteadora da reflexão filosófica, que se
pretende desenvolver na disciplina, traz algumas implicações no tratamento
dos seus conteúdos. Em primeiro lugar, é imprescindível privilegiar o debate
entre o materialismo e o idealismo, enquanto concepções de mundo que
perpassaram a história do pensamento humano, ainda que comportando
mudanças nas suas formulações, em diferentes momentos. Em seguida, faz-se
necessário elucidar a concepção de educação com base nas categorias de
totalidade; de historicidade e da dialética, capaz de tomar a educação como
fenômeno humano em movimento, determinado pelas relações sociais de cada
momento histórico. E, por último, a inserção do educador no debate que
permeia a sociedade atual demanda desenvolver a reflexão filosófica sobre as
questões: científica, ético-política, ambiental e estético-cultural que impactam
sua formação.
Ao produzir-se historicamente, no interior da sociedade, o homem
produz a educação, pois educar é um fenômeno próprio de sua existência
como ser social. Com isso, podemos afirmar que todo o processo de produção
160
da existência humana é permeado pela educação. O homem ao relacionar-se
direta e indiretamente com a natureza e com a sociedade à qual pertence, em
um movimento contínuo e dinâmico, apropria-se dos conhecimentos
produzidos e acumulados historicamente, transforma-os em novos
conhecimentos, que serão incorporados e transformados por gerações futuras.
Nesse sentido, a educação se mostra presente em todos os momentos da vida
e nas relações que os homens estabelecem entre si.
Assim, o objeto da educação “diz respeito, de um lado, à identificação
dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da
espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e
concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir
esse objetivo”(SAVIANI, 2003: p.23).
A origem dos objetos humanos está assentada na forma como os
homens se relacionam entre si, de modo que a decifração do significado
desses objetos não poderá realizar-se plenamente sem a compreensão das
práticas sociais que lhe dão sentido. O fator determinante da produção da
consciência são as condições histórico-sociais, ou seja, a forma como os
homens estão, naquele momento histórico, produzindo sua existência real.
Nesta perspectiva, o conhecimento se dá pela inserção do aluno nas práticas
sociais que definem os objetos de conhecimento próprios desta sociedade, e
neste caso, a experiência cotidiana, acaba sendo, na verdade o grande mestre.
Os homens estão divididos em inúmeras atividades práticas específicas,
embora sociais, porque de alguma forma ligadas ou dependentes de outras
práticas. Dessas atividades práticas específicas decorrem conhecimentos
específicos que, embora produzidos numa teia de relações sociais, são de
imediato elaborados e apropriados por aqueles sujeitos que participam
diretamente das atividades práticas; mas não são imediatamente socializados,
pois precisam ser elaborados em forma de teoria e disponibilizados para o
conjunto da sociedade. As expressões teóricas constituem conceitos formais,
científicos, de caráter universal e sua apropriação pelos sujeitos demanda um
determinado tipo de reflexão, o qual comporta a reconstrução de processos
161
cuja, compreensão requer um conjunto de referências que estão além da
atividade prática do indivíduo.
Disto decorre a sistematização do conhecimento em conceitos formais
de caráter universal sendo a função da escola, enquanto instância organizada
pela sociedade, encarregada da transmissão do conhecimento científico, que
se realiza na relação entre trabalho docente e discente, nas condições
socialmente oferecidas.
A sociologia da educação deverá ajudar os alunos a perceberem as
determinações sociais da sua prática profissional, da configuração do sistema
educacional no país, da sua inserção na estrutura de classes do capitalismo, do
significado da educação no capitalismo, entre outros.
A educação deve ser compreendida, como um instrumento cientifico
que altera os olhares e, consequentemente, a prática pela práxis educativa.
Práxis, porque não nega, não escamoteia seu sentido político, de
transformação. A disciplina, como todo o currículo, intenta transformar os
alunos no sentido de um educador comprometido com o direito sagrado das
crianças ao atendimento escolar de qualidade. Ser comprometido com esse
direito pressupõe a compreensão da sociedade capitalista, dividida em classes
sociais. Pressupõe a compreensão da gênese das relações sociais no país, as
formações e os modos de vida no Brasil em suas manifestações culturais, a
escola em relação às religiões, aos sem-terra, aos latifundiários, aos negros,
aos portadores de necessidades especiais, às mulheres, aos índios, aos filhos
de trabalhadores, aos filhos da pequena burguesia, da burguesia, da classe de
renda média, entre outros.
Quando pensamos a educação na perspectiva sociológica e
antropológica, estamos refletindo sobre processos de socialização orientados
pelo conjunto de códigos e práticas sociais desenvolvidas em sistemas
simbólicos, sistemas culturais, ou seja, em dimensões das sociedades que
organizam os processos de reprodução dos valores, da moral, das regras, dos
costumes, dos modos de vidas considerados “normais”.
A construção das identidades através da educação mostra que cada
162
sociedade cria formas de educar que garantam a reprodução de indivíduos
identificados com os valores e práticas sociais hegemônicos. A educação
depende da cultura dos povos.
K. Marx (1818-1883) considerado um cientista social produziu no século
XIX uma teoria fantástica, que marcou as ciências sociais e muitas outras
áreas que, mais tarde, beberam na fonte do materialismo-histórico. O que
pensou sobre educação o fez no interior de sua análise sobre a alienação dos
trabalhadores no processo de produção, ou seja, o trabalho na sociedade
capitalista torna o homem um ser unilateral, que não pode desenvolver suas
potencialidades intelectuais, de criador, de pensador. Nesse sentido, perde a
possibilidade de se realizar como ser histórico, fica bitolado em tarefas
repetitivas, na teia complexa do cotidiano de sobrevivência difícil, enfim, passa
a vida se debatendo com o trabalho para outro e a sobrevivência material, a
busca do alimento, da moradia e da reprodução enquanto ser humano vivo.
A educação no capitalismo é marcada pelas classes sociais, é dividida. A
burguesia terá seus métodos e espaços educacionais e aos trabalhadores será
ofertada uma educação parcial de disciplinamento para as fábricas. No tempo
de Marx, o trabalho infantil estava sendo regulamentado, e uma das ideias era
a de que as fábricas oferecessem a educação profissionalizante. Marx defendia
a educação nas fábricas. Entretanto, indicou a educação politécnica como uma
forma de superar a unilateralidade dos trabalhadores.
A produção de pesquisas e teorias sobre a educação moderna serve
como passo didático na aprendizagem de olhar a realidade de forma
sistemática.
A Sociologia, é uma ciência que surge e se desenvolve com o advento
do capitalismo. Por causa desta marca de nascimento, a reflexão sociológica,
fruto da sistematização intelectual de seus fundadores como Augusto Comte, e
de seus principais pensadores como Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber,
tem como ponto de partida o interesse em compreender as “maravilhas e
atrocidades” deste novo mundo que se abriu com o desenvolvimento da
grande indústria moderna e da sociedade dividida em duas classes distintas,
burguesia e proletariado.
163
Portanto, compreender a sociedade passa poder analisar as
instituições que a constitui; por isso a necessidade de se pensar e de
sistematizar as reflexões sobre a Educação e a Escola. A Sociologia da
Educação nasce juntamente com a escola moderna; entender o espaço escolar
significa entender no plano micro as relações políticas e culturais que
permeiam os indivíduos no seu cotidiano.
Por isso para a Sociologia, não há pedagogia neutra: todas são
construídas e utilizadas em meio a valores e normas, com o objetivo de
conservar o status quo ou de subvertê-lo. Olhar a educação do ponto de vista
da Sociologia é compreender que se, por um lado, as pedagogias são o
fundamento das práticas docentes, por outro as crenças, valores e as normas
sociais são os fundamentos da pedagogia.
Esclarecer esse processo aos alunos do curso de Formação de
Docentes torna-se imprescindível para a construção de uma educação efetiva,
que organize as experiências cotidianas dos indivíduos e desenvolva-lhes a
capacidade de pensar e agir, a práxis.
Ementa: Teorias Clássicas da Filosofia e da Sociologia. A influência dos
pensadores na visão sociológica e filosófica da educação. A educação no
mundo contemporâneo e a função da escola. Diversidade cultural e a escola
como espaço sociocultural. A importância da Filosofia e da Sociologia na
formação do educador.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Teorias Clássicas da Filosofia e da Sociologia
2. A influência dos pensadores na visão sociológica e filosófica da educação
1.1 Didática Magna de Comenius 1.2 O Empirismo de John Locke 1.3 O Contrato Social e Emílio de Rousseau 1.4 Dewey e o pragmatismo .
2.1 Teoria de Comte2.2 Teoria de Durkhein2.3 Teoria de Weber2.4 Teoria de Engels2.5 Teoria de Marx2.6 Teoria de Florestan Fernandes2.7 Teoria de Paulo Freire
Ter o trabalho como princípio educativo implica compreender a natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais em suas tessituras institucionais, as quais desenham o que chamamos de sociedade. A disciplina de Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação deve oportunizar aos educandos uma compreensão crítica da realidade social, política, econômica e cultural na qual a escola e a educação estão inseridas. Esta disciplina precisa fundamentalmente da articulação com as disciplinas da base nacional comum, Filosofia e Sociologia, a fim de garantir aos estudantes uma prévia compreensão dos teóricos que são discutidos no decorrer do curso.Os conteúdos estruturantes e básicos da disciplina serão encaminhados de maneira que a construção social do conhecimento fique evidenciada. Saviani nos aponta como método de trabalho para aplicação prática em sala de aula, os seguintes passos
1.1.1 Compreende as teorias clássicas da Filosofia e da Sociologia para a educação .
2.1.1 Entende as contribuições de cada teoria filosófica e ou sociológica para a construção de conceitos da prática educacional.
3. A Educação no mundo contemporâneo e a função social da escol a.
4.Diversidade cultural e a escola
2.8 Teoria de Gramsci
3.1 Sistematização de saberes: Senso comum e saber científico – Dermeval Saviani 3.2 O trabalho e a prática social3.3 o trabalho como princípio educativo3.4 Ética, moral política e cidadania
4.1 Gênero e educação
pedagógicos: Prática Social Inicial, Problematização,instrumentalizaçãoCatarse e Prática Social Final. Sugere-se para o encaminhamento do trabalho docente: aulas expositivas dialogadas, debates, fóruns, seminários, pesquisas, documentários, recortes de filmes, palestras entre outros.A partir das proposições acima elencadas, compreende-se que a avaliação da aprendizagem na perspectiva dialética da construção do conhecimento, irá permitir o movimento, pois pressupõe discussões, debates e os mesmos geram contradições, antagonismos, divergências e consequentemente transformações na forma de agir e pensar dos estudantes. Neste sentido, a disciplina apresenta muitas possibilidades de filosofar pois agrega duas áreas de grande abrangência nas ciências humanas: a sociologia e a filosofia. Neta perspectiva,os critérios de avaliação serão determinados pelos conteúdos nas suas mais abrangentes dimensões para assegurar a contextualização dos mesmos no processo de ensino aprendizagem.
3.1.1 Diferencia a partir da teoria de Dermeval Saviani os saberes do senso comum e o saber científico .
3.2.1 e 3.3.1 Compreende o trabalho como prática social e como princípio educativo .3.4.1 Relaciona os conceitos de ética, moral, política e cidadania com o seu cotidiano
4.1.1 Compreende e respeita a diversidade cultural de
como espaço sociocultural.
5. A importância da Filosofia e da Sociologia na formação do educador
4.2 Desigualdade de acesso à educação.
4.3 Cultura africana, afro-brasileira e indígena
5.1 Reflexões científicas
5.2 Reflexões ético políticas
5.3 Reflexões estéticas culturais
gênero, classe, etnia e religião no espaço socioeducativo .
5.1.1 Reconhece a importância da Filosofia e da Sociologia na formação do educador, por meio de reflexões científicas, ético políticas e estéticas culturais.
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS: AZEVEDO, F. Princípios de Sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973. BOURDIEU, P.; PASSERON, J. C. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975. CAHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. Ed. São Paulo: Ática, 2003. CHAUÍ, M. Cultura e democracia. O discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez, 1997. DURKHEIM, E. Os pensadores. São Paulo: Abril, 1978. FLORESTAN, F. A Educação numa sociedade tribal. In: PEREIRA, L.; FORACHI, M (org) Educação e sociedade: leituras de sociologia da educação. São Paulo: Nacional, 1976. FREIRE, P. Políticas e educação. São Paulo: Cortez, 1993. GIROUX, H. A. Os professores como intelectuais. Rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986. LUCKESI, C. C. ; PASSOS, E. S. Introdução à Filosofia: aprendendo a pensar 5. ed. São Paulo: Cortez, 2004. MARX, K. A Ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1996. MARX, K. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
167
14.1.3 FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Os conteúdos da História de Educação possibilitam o entendimento dos
processos mais amplos do fenômeno educativo. Deste modo, seus conteúdos
poderiam levar à compreensão das principais características pedagógicas dos
diferentes períodos históricos: Que sociedade buscar? Que ser humano formar?
Como educar este ser humano para esta sociedade?
A disciplina FHE deve propor reflexões acerca da pertinência e objetivos
da própria disciplina neste curso específico. Por que razões ela se faz presente
no curso de Formação Docente? Quais as contribuições que ela pode trazer
para a melhoria da qualidade formativa e, consequentemente, da futura
prática docente dos alunos? O que é e para que serve a História e a História
da Educação, refletindo sobre a relevância do conhecimento histórico e da
disciplina na formação de professores e os conteúdos “clássicos” da educação
(greco-romanos especialmente).
Compreender os determinantes históricos da gênese do pensamento
liberal é fundamental para forjar a crítica consistente e a transformação destes
mesmos valores. Neste momento histórico são fincadas as cunhas que
marcarão as problemáticas educacionais posteriores expressas, dentre outras
maneiras, na dicotomia: indivíduo x sociedade; autonomia x dependência;
opressão x liberdade; essência x aparência; transformação x manutenção
social; universalidade x contingência.
O conteúdo da disciplina FHE deverá priorizar o debate entre a
Educação “Tradicional” e a Educação “Nova”: a explicitação dos contextos
históricos; das respectivas correntes filosóficas e seus pressupostos; do
pensamento pedagógico correspondente, suas principais características e a
materialidade que alcançou no Brasil, passível de ser observada na análise da
política educacional e dos programas escolares.
168
Ementa: Conceitos de história e historiografia. História da Educação: recorte e
metodologia. Educação Clássica: Grécia e Roma. Educação Medieval.
Renascimento e Educação Humanística. Aspectos Educacionais da Reforma e
da Contrarreforma. A Educação Moderna. Educação Brasileira no Período
Colonial e Imperial: pedagogia “tradicional”. Primeira República e Educação no
Brasil (1889-1930): transição da pedagogia tradicional à pedagogia “nova”.
Educação no período de 1930 a 1982: liberalismo econômico, escolanovismo e
tecnicismo. Pedagogias neoliberais no Brasil: características e expoentes.
Educação Brasileira contemporânea: tendências neoliberais, pós-modernas
versus materialismo histórico.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1.Concepções de História e Historiografia
2. História da Educação
3. Educação clássica
1.1 O que é História; a História da História 1.2 Conceitos de História e Historiografia
2.1 Método de pesquisa e de Investigação utilizados no percurso da História da Educação .3.1 Grécia e Roma - Grécia: Os períodos Educacionais na Grécia; A educação ateniense e o ideal de homem excelente. Educação Espartana: Heroísmo cívico e o ideal do soldado – cidadão. - Roma: A Antiga Educação Romana; A Educação Clássica de Roma.
Os Fundamentos Históricos da Educação, enquanto campo de conhecimento que investiga no tempo e no espaço os fenômenos sociais serve de apoio à compreensão da educação na contemporaneidade. Nesse sentido, a disciplina deverá ser conduzida com problematizações, para não ocorrer o reducionismo dos conteúdos.Os estudantes mediados pelo docente perceberão que as explicações do senso comum não dão conta da visão de totalidade dos fenômenos.
1.1.1 Compreende os conceitos fundamentais necessários à leitura crítica dos processos históricos .
2.1.1 Faz uso da pesquisa como instrumento investigativo da História da Educação .3.1.1 Compreende as relações de dominação no contexto histórico da educação Grega e Romana
4. Educação na Idade Média
5.1 Renascimento e educação humanística
6. Educação Moderna
4.1 Contexto Histórico da Educação Medieval: - A Filosofia Patrística e sua contribuição para a educação - A Filosofia Escolástica princípios e diretrizes - Fundação da Companhia de Jesus - As primeiras universidades e sua evolução 5.1 Contexto histórico da educação renascentista. Pensamento Pedagógico renascentista5.2 A reforma protestante e a contrarreforma5.3 A Sociedade da Companhia de Jesus e o “Retio Studiorum
6.1 A educação realista do século XVII, Comenius e o método moderno de ensinar6.2 O Racionalismo de Descartes e o Empirismo de John Locke 6.3 O Século XVIII: O Iluminismo e suas relações com a educação: Rousseau e o Naturalismo Pedagógico 6.4 O Século XIX: As realizações educativas e as sistematizações pedagógicas
Os conteúdos curriculares serão trabalhados por meio de leituras orientadas, aulas expositivo-dialogadas, utilização de cine-fórum, leitura contextualizada de textos, livros, filmes e documentários, análise de situações problema, relato de experiências que possam contribuir para a análise e reflexão sobre os conteúdos curriculares. A avaliação será norteada pelas dimensões dos conteúdos estruturantes e básicos elencados para o desenvolvimento da disciplina, que no contexto do Curso, serão intencionalmente mediados pelo docente por meio da seleção dos temas que possibilitama sistematização da síntese elaborada pelos estudantes.
4.1.1 Identifica por meio de documentos históricos as características que diferenciam as correntes filosóficas e educacionais da Idade Média .
5.1.1 Compreende os ideais do Pensamento Pedagógico Renascentista .
5.1.2 Confronta por meio de documentos e referências a importância destes períodos históricos para a transformação da sociedade da época.
6.1.1 Reconhece os conceitos fundamentais necessários para a leitura crítica dos processos históricos elencados na história da educação Moderna.
7. História da Educação Brasileira
desse século: Pestalozzi e o neo-humanismo social; Herbert e o Intelectualismo Pedagógico; Froebel e os jardins de infância; Spencer e o Cientificismo Pedagógico 6.5 O Século XX: As Influências de Montessori, John Dewey e Jean Piaget .7.1 Período Colonial: A educação jesuítica e as reformas pombalinas
7.2 Período Imperial: A Educação , a formação da elite
7.3 Reformas: Couto Ferraz, Leôncio Carvalho e os Pareceres de Rui Barbosa para a organização do ensino 7.4 Período Republicano (1889 a 1930): O ceticismo pela educação; “o otimismo pedagógico”; as lutas político pedagógicas; a transição da Pedagogia Tradicional à Pedagogia Nova .7.5 Período de 1930 a 1932: A Política Educacional e os conflitos ideológicos dos
7.1.1 Estabelece leitura crítica dos documentos e demais referências relacionadas ao Período Colonial da Educação Brasileira 7.2.1 Analisa consistentemente os fatores predominantes da educação Brasileira no Período Imperial 7.3.1 Expõe com clareza e objetividade os períodos que caracterizam o período Republicano 7.4.1Compreende a importância dos marcos históricos da educação brasileira
7.5.1 Investiga os fatos históricos dos períodos fazendo uso dos instrumentos de pesquisa
8. Pedagogias não Liberais
9. Pedagogia Brasileira Contemporânea
anos 30; Manifesto dos Pioneiros da Escola
7.6 Estado Novo de 1937 a 1945: A Constituição de 1937 e as Leis Orgânicas; A Política Educacional dos governos populistas 7.7 Período da Ditadura Militar: O fracasso da política educacional. Leis de Diretrizes e Bases no 4024/61 e no 5692/71; Tecnicismo
8.1 Contexto histórico e características; Pedagogia Crítico Produtivistas; Pedagogia Libertadora; Pedagogia Crítica
9.1 Educação Brasileira a partir da Constituição de 1988; Redemocratização da Educação Brasileira; A elaboração da Lei de Diretrizes e Bases no 9394/96; Tendências Neo Liberais versus Materialismo Histórico
8.1.1 Compreende as Pedagogias não Liberais como contraponto à Pedagogia Tecnicista .8.1.2 Estabelece leitura crítica das Pedagogias não Liberais por meio do cruzamento de informações entre artigos, textos e outros recursos 9.1.1 Identifica as Instituições Sociais que dão suporte à disseminação e princípios que norteiam a Pedagogia Brasileira na contemporaneidade 9.1.2 Conhece o processo de redemocratização da Educação Brasileira 9.1.3 Diferencia as
tendências neo liberais das tendências críticas .
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICASARANHA, M. L. de A. História da educação. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 1996. BARROS, J. D. B. O campo da história: especialidades e abordagens. Petrópolis: Vozes, 2004. BUFFA. E. Contribuições da história para enfrentamento dos problemas educacionais contemporâneos. Em aberto, Brasília, v. 9, n. 47, p. 13-19, jul./ set.1990. CAMBI, F. História da pedagogia. São Paulo: UNESP, 1999. CUNHA, L. A. Educação e desenvolvimento social no Brasil. 5. Ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. FALCON, F. J. C. Iluminismo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1994. FREITAS, B. Escola, estado e sociedade. São Paulo: Moraes, 1986. GHIRALDELLI, J. P. O que é pedagogia. 6. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. GHIRALDELLI, J. P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1990. GHIRALDELLI, J. P. Educação e movimento operário. São Paulo: Cortez, 1987. HAUBERT, M. Índios e jesuítas no tempo das missões. São Paulo: Cortez, 1987.LARROYO, F. História geral da pedagogia. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1982. LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1992. LUZURIAGA, L. História da educação e da pedagogia. 12. Ed. São Paulo: Nacional, 1980. PAIVA, J. M. DE. Colonização e catequese: 1549-1600. São Paulo: Autores Associados, Cortez, 1982. PAULO, N. J. Relendo a teoria marxista da história. In: Saviani, D et al (org.) História e história da educação: o debate teórico-metodológico atual. Campinas: Autores Associados, 1998. PONCE, A. Educação e Luta de classes. São Paulo: Autores Associados, Cortez, 1981. RIBEIRO, M. L. S. Introdução à história da educação brasileira: a organização escolar. São Paulo: Cortez & Moraes, 1978. SAVIANI. D. et al (org) História e história da educação: o debate teórico – metodológico atual. Campinas: Autores Associados, 1998. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações. 8. Ed. rev. ampl. Campinas: Autores Associados, 2003. SILVA, T. T. da (org.). Teoria educacional crítica em tempos pós – modernos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. XAVIER, M. E. S. P..; RIBEIRO, M. L. S.; NORONHA, M. História da educação: a escola no Brasil. São Paulo: FTD, 1994.
174
14.1.4 FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Em nosso País, a Educação Infantil (EI) vem se consolidando no cotidiano
das instituições, como prática social, somente a partir do final dos anos 70 e
início dos anos 80, ainda que frente a inúmeras adversidades.
A passagem da infância de um âmbito familiar para um institucional, a
creche, que, corresponsabilizando-se pela criança passa, também, a criar uma
linguagem própria sobre as condições das crianças em seu interior, bem como,
da configuração dos profissionais que nela vão atuar. Diferenciam-se escola e
creche, essencialmente quanto ao sujeito, que neste último caso é, a criança, e
não o sujeito-escolar (o aluno); e quanto à definição de suas funções, ao
contrário daquelas (que têm constituído historicamente como uma pedagogia
escolar), suas funções aqui se encontram em processo de constituição. Uma
Pedagogia da Infância e da Educação Infantil necessita considerar outros níveis
de abordagem de seu objeto: a criança em seu próprio mundo, uma vez que se
ocupa, fundamentalmente, de projetar a educação destes novos sujeitos
sociais
A Pedagogia da Educação Infantil ou Pedagogia da Infância, que tem,
como objeto de preocupação a própria criança, seus processos de constituição
como seres humanos em diferentes contextos sociais, sua cultura, suas
capacidades intelectuais, criativas, estéticas, expressivas e emocionais.
Para isto, faz-se necessário em primeiro lugar destacar que a creche e a
pré-escola, diferenciam-se essencialmente da escola quanto às funções que
assumem num contexto ocidental contemporâneo. Particularmente, na
sociedade brasileira atual, estas funções apresentam em termos de
organização do sistema educacional e da legislação própria, contornos bem
definidos. Enquanto a escola se coloca como o espaço privilegiado para o
domínio dos conhecimentos básicos, as instituições de educação infantil se põe
sobretudo com fins de complementaridade à educação da família. Portanto,
enquanto a escola tem como sujeito o aluno, e como o objeto fundamental o
ensino nas diferentes áreas, através da aula; a creche e a pré-escola tem como
175
objeto as relações educativas travadas num espaço de convívio coletivo que
tem como sujeito a criança de 0 a 6 anos de idade (ou até o momento em que
entra na escola). O diferencial entre estas instituições educativas: escola,
creche e pré-escola, é a função social, que lhes é atribuída no contexto da
sociedade, não implicando necessariamente qualquer diferenciação hierárquica
ou qualitativa.
Ementa: Contexto sociopolítico e econômico em que emerge a Educação
Infantil e seus aspectos constitutivos: sociodemográficos, econômicas e
culturais. Concepções de infância: contribuições dos principais pensadores em
Educação Infantil das diferentes ciências: Antropologia, Filosofia, História,
Psicologia, Sociologia. Infância e família. Infância e Sociedade. Infância e
Cultura. História do atendimento à criança brasileira: políticas assistenciais e
educacionais para a criança de 0 a 5 anos. A política de educação pré- escolar
no Brasil. Perspectiva histórica do profissional de Educação Infantil no Brasil.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1.1 Educação Infantil no Brasil: Contexto sociopolítico
2. Concepções de infância
1.1 Trajetória histórica da Educação Infantil no Brasil: considerações sobre a origem e o papel social das instituições 1.2 Aspectos constitutivos da educação infantil: sociodemográficos,econômicos e culturais1.3 A construção das primeiras creches e a política do assistencialismo
2.1 Conceito de infância por meio da contribuição das diferentes ciências – Antropologia, Filosofia, História, Psicologia, Sociologia
2.2 Infância e Família2.3 Infância e Sociedade2.4 Infância e cultura
Pretende-se com os conteúdos abordados na disciplina de Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil, oferecer aos estudantes em processo de formação, reflexão e discussão teórico-metodológica referentes ao ensino aprendizagem e a aprendizagem, que contribuam para o (a) futuro (a) docente pensar na prática do professor de educação infantil. Desse modo, torna-se necessário orientar e subsidiar os estudantes na formação específica possibilitando compreender os aspectos históricos, políticos da educação infantil, bem como sua função e suas especificidades na sociedade contemporânea. Neste sentido, caberá ao docente encaminhar seu trabalho pedagógico abordando os temas referenciando o estudo das diferentes concepções de infância, família e diversidade elaboradas no mundo ocidental, e dos grupos que compõe a cultura brasileira (afro, quilombola, indígenas, populações ribeirinhas e campo) respaldados no campo das ciências: Antropologia, Filosofia, História,
1.1.1 Conhece a trajetória histórica e política da Educação Infantil no Brasil
1.2.1 Reconhece os aspectos constitutivos da Educação Infantil
1.3.1 Contextualiza a política assistencialista na Educação Infantil, por meio da reflexão sobre o cuidar e o educar
2.1.1 Reconhece as diferentes concepções de infância a partir das contribuições das ciências humanas
2.2.2 Compreende a diversidade existente entre as relações: Infância e Família; Infância e Sociedade; Infância e
3. História do atendimento à criança brasileira
4. Perspectiva histórica do profissional de educação infantil no Brasil.
3.1 Políticas assistenciais e educacionais para a criança de zero a cinco anos .3.2 Declaração Universal dos Direitos da Criança e do Adolescente de 1959; Constituição Federal de 1988; Lei de Diretrizes bases no 9394/96; ECA; Resoluções CEB/MEC
4.1 A formação do professor de educação infantil no Brasil. Lei 12.796/13
4.2 A relação didático-pedagógica em sala de aula nos diferentes momentos da História da Educação Infantil 4.3 Contexto Histórico sobre Gestão de Instituições de educação infantil
Psicologia e Sociologia (Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Montessori, Decroly, Freinet, Piaget, Vygotsky, Wallon e outros). Sugere-se: a leitura de livros, artigos, filmes, seminários, fóruns, debates e demais metodologias que corroborem para o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. A avaliação nesta perspectiva deve ser entendida como um processo continuo a ser incorporado na prática do docente, onde, todas as experiências e manifestações vivenciadas pelos estudantes devem ser consideradas. Neste sentido, os critérios de avaliação serão determinados de acordo com as dimensões apontadas nos conteúdos, avançando de suas questões conceituais para a adequação dos instrumentos a serem utilizados, garantindo que a mesma ocorra de forma diagnóstica, possibilitando a avaliação paralela durante o percurso da disciplina.
Cultura
3.1.1 Identifica a superação do assistencialismo na Educação Infantil, por meio da Legislação vigente 3.1.2 Reconhece a importância da Legislação para compreensão da História da Educação Infantil no Brasil
4.1.1 Reconhece a importância da especificidade da formação do professor para atuar na Educação Infantil 4.2.1 Relaciona as questões didático- pedagógica às políticas educacionais 4.3. Identifica a importância do trabalho do gestor para a administração dos Centros que ofertam a Educação Infantil .
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICASAFONSO, L. Gênero e processo de socialização em creches comunitárias. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 93, p. 3-87, maio 1995. ARCE, A. A pedagogia na “era das revoluções”: uma análise do pensamento de Pestalozzi e Froebel. Campinas: Autores Associados, 2002.
ARIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1981. _____. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. BERQUÓ, E. Arranjos familiares no Brasil: uma visão demográfica. In: SCHWARCZ, L. M. (org.). História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade ontemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 4. BOMENY, H. Os intelectuais da educação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CEB no 1, de 7 de abril de 1999. _____. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CEB no 2, de 19 de abril de 1999. _____. Conselho Nacional de Educação. Câmara de educação Básica. Parecer CEB no 4, de 16 de fevereiro de 2000. _____. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer CEB no 22, de 17 de dezembro de 1998. _____. Conselho Nacional de Educação. Câmara de educação Básica. Parecer CEB no1, de 29 de janeiro de 1999. _____. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988. _____. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8069, de 13 de julho de 1990, São Paulo: Cortez, 1990. _____. Ministério da Educação e do Desporto. Educação infantil no Brasil: situação atual. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1995. _____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Política nacional de educação infantil. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1993. _____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Por uma política de formação do profissional de educação infantil. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1994. _____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1995. _____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Propostas pedagógicas e currículo em educação infantil: um diagnóstico e a construção de uma metodologia de análise. Brasília, MEC/ SEF/DPE/COEDI, 1996. _____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1998. 3. v.
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Subsídios para credenciamento e funcionamento de instituições de educação infantil. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1998. v. 1 e 2. ______. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9394/96. Brasília, 1996. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Resolução no 05/09 de 17 de dezembro de 2009.
180
14.1.5 FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
As produções da Psicologia Sócio-Histórica têm sua gênese em um
contexto histórico específico. Não é uma ramificação de alguma outra corrente
psicológica, como o Behaviorismo, a Psicanálise, a Gestalt ou a teoria de
Piaget, mas é uma tendência própria e distinta de todas as anteriores, ainda
que dialogue com elas e não negue suas contribuições. Pode-se dizer também
que a Psicologia em Vigotski é mais do que uma ciência psicológica fechada
em si mesma, é uma proposta de construção de uma ciência social ampla e
unificada (abordando questões filosóficas mais amplas, passando pela
semiótica, pela antropologia cultural, sociologia, e teoria da evolução; e
propondo trabalhos em educação, psicopatologia, neuropsicologia, análises
estéticas e semióticas da linguagem literária e cinematográfica, entre outros).
A proposta psicológica de Vigotski e de seus colaboradores e seguidores,
dentre suas diversas possibilidades, entra em cheio na questão do processo de
aquisição do conhecimento, na medida em que estuda a gênese dos processos
mentais complexos, propriamente humanos e tal gênese se dá nas relações
sociais nas quais o indivíduo ativamente se insere. A atividade coletiva, e
fundamentalmente a atividade onde a própria interação com pessoas mais
experientes orienta o sujeito na conquista de determinados objetivos, tem um
papel fundamental na formação da mente.
Cabe ao processo educativo propiciar real acesso e domínio dos
conhecimentos culturalmente formulados e validados, assim como dos
mediadores necessários para a formação ética, e do caráter, na medida em
que se trabalha com o sujeito entendido como totalidade. Não se trata de
adequar o sujeito à escola, nem mesmo a escola ao sujeito, mas de estruturar
a relação entre sujeitos, instituição e objetos de conhecimento, de acordo com
os princípios psicológicos e sócio-históricos que regem a gênese do psiquismo
humano e tendo como meta o avanço de todos os seres humanos em níveis
mais elevados de compreensão da realidade e de relações éticas, estéticas e
políticas. Não limitando-se simplesmente a adequação do sujeito às
possibilidades do sistema educativo e da sociedade vigentes, apostando na
181
superação dos limites humanos, buscando superar as fases ainda não atingidas
e às fases de desenvolvimento futuras.
Conhecer principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam
a psicologia contemporânea torna-se fundamental para compreender o
processo ensino-aprendizagem nos diversos contextos históricos.
Ementa: Introdução ao estudo da Psicologia; Introdução à Psicologia da
educação. Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a
Psicologia Contemporânea: Skinner e a psicologia comportamental. Psicanálise
e Educação. Socioconstrutivismo: Piaget, Vygostky e Wallon. Psicologia do
desenvolvimento da criança e do adolescente. Desenvolvimento humano e
suas relações com a aprendizagem. A linguagem, os aspectos sociais, culturais
e afetivo da criança e a cognição.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Psicologia e Educação
2.Teorias Psicológicas e Educação
1.1 Psicologia enquanto ciência 1.2 Relações entre Psicologia e educação
2.1 Skyner e a psicologia comportamental:- Contexto histórico- Contribuições teóricas
2.2 Gestalt: - Contexto histórico - Contribuições teóricas2.3 Freud: Psicanálise e educação - Contexto histórico - Contribuições teóricas
2.4 Piaget e o Cognitivismo: - Contexto histórico - Contribuições teóricas
2.5 Vygotsky, Luria, Leontiv e a psicologia histórico-cultural: - Contexto histórico
Os fundamentos teórico-metodológicos e a escolha de referenciais bibliográficos que dão suporte à análise da disciplina, encontram seus princípios no Materialismo Histórico Dialético, na Psicologia Histórico-Cultural e na Pedagogia Histórico-Crítica. Na disciplina de Fundamentos Psicológicos da Educação enfatizar-se-á a apropriação dos conceitos e o reconhecimento das concepções que dão suporte à compreensão do desenvolvimento s humano e suas implicações na educação/ formação dos sujeitos. As teorias psicológicas que influenciam a educação, numa perspectiva não crítica, serão abordadas de forma a promover o reconhecimento das mesmas, dando-se ênfase às teorias que sustentam os documentos curriculares contemporâneos. A superação da leitura fragmentada dos textos visa instrumentalizar o estudante para a leitura investigativa e reflexiva sobre a realidade .Há necessidade do trânsito permanente entre os diferentes
1.1.1 Entende que a psicologia é uma ciência que possui como objeto de estudo as trocas simbólicas dos seres vivos com o meio ambiente
2.1.1 Reconhece o campo da psicologia comportamental e suas contribuições teóricas no tempo e contexto histórico 2.2.2 Compreende a percepção como objeto de estudo da Psicologia Gestalt 2.3.1 Entende que o campo dos conceitos teóricos abordados pela psicanálise possui como objeto de estudo a vida inconsciente e as suas manifestações 2.4.1 Compreende o desenvolvimento da aprendizagem na perspectiva cognitivista de Jean Piaget
2.5.1 Estabelece relações entre os pressupostos teóricos elencados pelas
- Contribuições teóricas
2.6 Henry Wallon: desenvolvimento emocional e afetividade: - Contexto histórico - Contribuições teóricas
conteúdos, sem, contudo, perder o foco de quais conhecimentos constituem o objeto de aprofundamento. Os conteúdos curriculares serão trabalhados por meio de leituras orientadas, aulas expositivas dialogadas, utilização do cine-fórum por intermédio da leitura contextualizada de filmes e documentários que possam contribuir para a análise e reflexão da disciplina de Fundamentos Psicológicos, além de questões dissertativas e objetivas, análise de situações problemas, relato das experiências vivenciadas na Prática de Formação e produção de textos, relatórios e sínteses com o objetivo de fixar os conteúdos em estudo. Cabe ao professor mostrar que as explicações do senso comum não dão conta de mostrar a totalidade dos fenômenos educativos e sociais. Questões da contemporaneidade e do cotidiano das crianças e suas famílias serão abordadas no corpus da disciplina objetivando a reflexão sobre o cotidiano, estabelecendo relações sobre as demais instituições que atuam no campo da proteção à infância e à adolescência.A avaliação da disciplina de
teorias de Vygotsky, Piaget e Wallon2.5.2 Reconhece os pressupostos teóricos da psicologia soviética do desenvolvimento humano 2.6.1 Analisa o contexto social, cultural e afetivo do desenvolvimento humano por meio das diferentes correntes psicológicas estudadas.
2.6.2 Reconhece as contribuições da teoria de Wallon para a educação
3. Desenvolvimento humano e Aprendizagem na perspectiva da Psicologia Histórico Cultural
3.1 Aspectos sociais, afetivos e culturais: - Desenvolvimento - Aprendizagem - Interação/Mediação - Autonomia
3.2 Funções psicológicas superiores:- Memória- Atenção voluntária- Pensamento e linguagem, concentração, raciocínio e abstração.
Fundamentos Psicológicos estará relacionada aos conteúdos e suas temáticas. Com isso ela permitirá diagnosticar e identificar as dificuldades dos alunos possibilitando a partir daí, uma intervenção pedagógica capaz de promover uma aprendizagem significativa. Ela deverá, portanto, se processar de forma continua, dinâmica e progressiva. O processo avaliativo será realizado ao longo do desenvolvimento das estratégias e privilegiar o diálogo nas relações estabelecidas, entre os sujeitos envolvidos.
3.1.1 Identifica o materialismo histórico dialético como contribuição de Vygotsky para a psicologia 3.1.2 Identifica os conceitos da teoria de Vygotsky para o desenvolvimento da aprendizagem 3.1.3 Estabelece relações entre os pressupostos da psicologia Histórico Cultural com a organização do trabalho pedagógico.
3.1.4 Reconhece a importância das funções psicológicas no processo aprendizagem das crianças da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. BOCK, A . M. et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 1998. BOCK, A. M.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999. DAVIS, C.; OLIVEIRA, Z. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 1991. DOLLE, J. M. Para compreender Jean Piaget. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. LANE, S. et al. Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1989. MACIEL, I. M. et al. Psicologia e educação: novos caminhos para a formação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2001. SYLVA, K.; LUNT, I. Iniciação ao desenvolvimento da criança. São Paulo: Martins Fontes, 1994. TANAMACHI, E.; ROCHA, M. et al. Psicologia e Educação: desafios teórico-práticos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
186
14.1.6 LIBRAS
O decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005 em seu Art. 3º estabelece a
inclusão da LIBRAS como disciplina obrigatória do curso de Formação de
Professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos
cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do
sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
A formação de professores, na perspectiva da inclusão escolar de alunos
com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), não pode mais ignorar as
diferentes condições de aprendizagem dos alunos que integram o sistema de
ensino, de modo a proporcionar-lhes uma educação de qualidade.
Ementa: Legislação específica da LIBRAS. Conceito da LIBRAS. Fundamentos
Históricos da Educação de Surdos. Educação Bilíngue para Surdos. Aspectos
linguísticos da LIBRAS. Movimentos surdos e a resistência ao ouvintismo.
Surdez e Linguagens. A acessibilidade e o aprendizado da LIBRAS.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Legislações específicas para o ensino da LIBRAS
2. Fundamentos históricos da educação de surdos
3. Os movimentos surdos e a resistência ao ouvintismo
4. Surdez e Linguagens
5. 5. Educação Bilíngue para Surdos
1.1. Lei no 10.436/02; Decreto N°5.626/05, que regulamenta a Lei nº 10.436/02 2.1 A contextualização histórica da educação de surdos2.2 A iniciação formal da educação de surdos2.3 O oralismo e a medicação da surdez3.1 Organização política do movimento surdo3.2 Movimentos sociais e políticas públicas da educação de Surdos no Brasi l
4.1 Aspectos linguísticos e culturais da Língua Brasileira de Sinais 4.2 A família e o desenvolvimento da linguagem
5.1 Bilinguísmo nos processos de ensino e aprendizagem do estudante Surdo 5.2 LIBRAS e sua importância no contexto do aluno Surdo
Como os pressupostos teóricos da construção do conhecimento no curso de formação de docentes da rede estadual de ensino, acontece na perspectiva dialética a disciplina de LIBRAS será problematizada para se obter quais são as referências preliminares dos estudantes, ou seja, o que os estudantes já sabem sobre LIBRAS. A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, é a língua oficial da comunidade surda brasileira.Sendo a comunicação e a linguagem vitais para a construção da identidade de uma pessoa, quanto mais cedo acontecer o contato entre o adulto surdo e a criança surda, mais cedo, a identidade da cultura surda serão transmitidas naturalmente à criança.
Em contextos escolares, o estudante deve ter assegurado o direito do bilinguismo, LIBRAS – Língua Portuguesa para que se efetivem os processos de ensino e de aprendizagem na perspectiva da
1.1.1 Interpreta a Legislação específica para o ensino da LIBRAS
2.1.1Interpreta a Legislação específica para o ensino da LIBRAS
3.1.1 Reconhece os objetivos dos movimentos os sociais para a implementação de políticas públicas para a educação de surdos
4.1.1 Reconhece os aspectos linguísticos da LIBRAS.
5.1.1 Compreende e a importância do Bilinguismo e reconhece a LIBRAS como língua oficial da pessoa surda
6. Acessibilidade e o aprendizado em LIBRAS
(identidade e cultura).
6.1 Inclusão social e educação de Surdos (Lei no 10.098/00, art. 2o, inciso I) 6.2 Práticas de Leitura em LIBRAS
6.3 A escrita do aluno Surdo
6.4 Introdução a LIBRAS:- características da língua, seu uso e variações regionais- o alfabeto em LIBRAS- noções básicas de LIBRAS: configuração de mão, movimento, movimentação da mão, expressões não manuais, números.- expressões socioculturais positivas: cumprimento, agradecimento, desculpas.- Expressões socioculturais negativas: desagrado, verbos e pronomes, noções de tempo e horas - Prática introdutória em LIBRAS: Diálogo conversação com frases simples e expressão viso-espacial
educação inclusivaSugere-se ao docente conduzir os conteúdos propostos da disciplina por meio de aulas dialogadas e com conversação em LIBRAS. Pesquisa e leitura de livros, textos, revistas, jornais sobre a cultura surda. Participação em debates, fóruns, palestras, seminários e conferências sobre o bilinguismo.Entrevistas com pessoas surdas e TILS. Visitas aos CAES e instituições afins. Apreciações de filmes e animações sobre LIBRAS. Construção de recursos didáticos para o Ensino da LIBRAS.A avaliação do processo de ensino aprendizagem dar-se- a de forma diagnóstica formativa,considerando as diferentes dimensões apontadas nos conteúdos que estruturam a disciplina de LIBRAS
6.1.1 Conhece e respeita a Legislação que ampara os direitos dos estudantes Surdos .6.2.1 Realiza leitura por meio da Língua Brasileira de Sinais.6.3.1 Reconhece a escrita do estudante Surdo como decorrência do bilinguismo 6.4.1 Produz materiais didático-pedagógicos para o Ensino da LIBRA e da Língua Portuguesa, bem como realiza exercícios de noções básicas da LIBRAS para dialogar por meio desta linguagem.6.4.2 Faz uso de todos os recursos pedagógicos para o plano de trabalho com o objetivo da prática de leitura em LIBRAS
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICASBOTELHO, Paula. Linguagem e letramento na educação dos surdos – Ideologias e práticas pedagógicas. 1. ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2005. BRASIL. Constituição (2002). Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Lei n° 10.436, 24 de abril de 2002, Brasília, DF. BRASIL. Constituição (2005). Regulamenta a Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais- Libras, e o art. 18 da Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Decreto N° 5.626, de 22 de dezembro de 2005, Brasília, DF. FERNANDES, Sueli. Educação de Surdos. Curitiba: InterSaberes, 2012. INES. Direitos das Pessoas Surdas. Disponível em: http://portalines.ines.gov.br/ines_portal/wpcontent/uploads/2013/10/Ines_Legislacao.pdf QUADROS, Ronice Muller; SCHMIEDT, Magali L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006. BARBOZA, H. H. e MELLO, A.C.P. T. O surdo, este desconhecido. Rio de Janeiro, Folha Carioca, 1997. BRASIL. Lei no 10.436, de 24/04/2002. BRASIL. Decreto no 5.626, de 22/12/2005. BOTELHO, Paula. Segredos e Silêncios na Educação dos Surdos. Belo Horizonte: Autêntica. 1998. CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, Walkíria Duarte. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, Volume I: Sinais de A a L. 3 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001. FELIPE, Tanya. LIBRAS em contexto: curso básico (livro do estudante). 2.ed. ver. HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. (Org.) Liv Sovik, tradução de Adelaide La G. Resende. (et al). Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília:Representação da UNESCO no Brasil, 2003. HALL, Stuart. A Centralidade da Cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. In: Revista Educação e Realidade: Cultura, mídia e educação. V 22, no. 3, jul-dez 1992. LUNARDI, Márcia Lise. Cartografando os Estudos Surdos: currículo e relação de poder. In: SKLIAR, Carlos. Surdez: Um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1997. MEC/SEESP/FNDE. Vol I e II. Kit: livro e fitas de vídeo. QUADROS, R. M. de & KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: Estudos linguísticos. Porto Alegre. Artes Médicas. 2004. REIS, Flaviane. Professor Surdo: A política e a poética da transgressão pedagógica. Dissertação (Mestrado em Educação e Processos Inclusivos). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. ACKS, Oliver. Vendo vozes. Uma jornada pelo mundo dos surdos. Rio de Janeiro: Imago, 1990.
SKLIAR, Carlos (org). Atualidade da educação bilíngue para surdos. Texto: A localização política da educação bilíngue para surdos. Porto Alegre, Mediação, 1999. SKLIAR, Carlos B. A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Editora Mediação. Porto Alegre.1998
191
14.1.7 LITERATURA INFANTIL
O mundo, enorme página aberta, escancara céus, mares, vales,
montanhas e desertos como primeira oferta de leitura. As cores das frutas, dos
bichos, dos pequenos insetos, assim como as sementes, a dança do beija-flor,
as flores, as folhas e suas rugas traçando encruzilhadas como se fossem
avenidas, estão aí, propondo páginas livres, naturais e abertas.
O homem indaga nestas páginas mundiabertas e seu assombro permite
a criação de novos signos que ficam. Os significados grandes ou pequenos
permanecem convidativos a novas e múltiplas leituras, promovendo inusitado
ponto em cadeia, no momento da escrita, da leitura, da nova escrita.
Nascemos leitores de planícies, de páginas, de telas. Nascemos
interlocutores do mundo, do texto e seus contextos. Nascemos leitores das
linhas do horizonte, das linhas que enfileiram sonhos, conhecimentos, assim
como das entrelinhas de múltiplas leituras.
Quando o conhecimento, o sentimento e o sonho chegam ao grau
máximo de harmonização e consciência nasce o homem histórico, o homem
criador de novas leituras, que inscrito de mundo, fatalmente se escreve. O
homem leitor/escritor de todos os textos - das planícies do mundo, das páginas
informativas, das páginas reflexivas, das páginas artísticas dos livros, das
telas, dos palcos está aí, latente em todo ser humano, querendo ser
descoberto.
À medida que nos tornamos leitores de todos os textos nos fazemos
históricos e viajamos para lugares imaginários. O poema é como uma casa que
pode ser habitada pela poesia. E a poesia pode ou não habitar o poema e pode
ir além do poema. Quando a criança comenta depois de olhar para as estrelas:
"Mãe, as estrelas são os pingos que a lua chorou" cometeu sem querer, sem
pensar, sem mão de professora na escola, poesia da melhor qualidade.
As histórias de nossa infância marcam profundamente nossos afetos.
Elas perduram pelo resto da vida e essa recepção primeira que dispensamos
aos contos de fadas com seus encantos e temores, às fábulas, aos clássicos,
sejam estes de heróis, ou cavaleiros de tristes ou alegres figuras se instalam
192
de maneira densa na nossa memória.
A Literatura Infantil visa fomentar no futuro docente o gosto e o prazer
pela leitura, levando-o a apropriar-se de conceitos, técnicas e metodologias
que venham a despertar na criança desde a Educação Infantil um contato
íntimo com o mundo da leitura.
Formar bons leitores e bons críticos das leituras que fazem constituir-se
em grande desafio para os docentes. A escola possui um papel fundamental na
valorização da leitura, porque atribui valores positivos à inteligência e ao saber.
A literatura infantil desperta na criança o gosto pela leitura
proporcionando assim o resgate dos clássicos infantis permitindo o contato do
leitor com épocas remotas através da imaginação e do conhecimento dos
clássicos juvenis.
Ementa: Contexto histórico da Literatura Infantil. Narrativa oral – o mundo
simbólico dos contos de fadas. A importância do contador de histórias.
Universo da poesia para crianças. Monteiro Lobato: realidade e imaginário. Os
clássicos reinventados e o panorama atual na narrativa e na poesia. O uso das
tecnologias de mídias na Literatura Infantil. A diversidade na Literatura Infantil.
O teatro e a música na Literatura Infantil. Bibliotecas públicas e projetos de
leitura.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1.Contexto histórico da Literatura infantil
2. A literatura infantil: aspectos lúdicos e formativos
1.1 A história da literatura infantil no Brasil
1.2 Conceito de Literatura infantil1.3 Grandes nomes da literatura infantil no Brasil
2.1 A importância do contador de histórias
2.2 Monteiro Lobato: realidade e imaginário
A disciplina de Literatura Infantil será trabalhada de forma dialética, estabelecendo relação interdisciplinar, e por meio da interação com obras infantis de diferentes gêneros literários. Tal concepção embasará todo o trabalho pedagógico relacionados aos conteúdos de educação infantil.Na práxis a ênfase se dará por meio da contextualização histórica da Literatura Infantil.É fundamental ressaltar o importante papel da literatura na formação do leitor. Para tanto, a anális e crítica dos gêneros literários, as técnicas de contação de histórias, dramatizações, a ludicidade, a diversidade, o uso das mídias tecnológicas, são práticas imprescindíveis para o desenvolvimento das ações pedagógicas.
1.1.1 Identifica aspectos históricos da Literatura infantil1.1.2 Reconhece a importância da Literatura infantil no contexto mundial e nacional1.2.1 Diferencia a especificidade da literatura infantil1.3.1 Reconhece as características e os principais autores de textos literários no universo da Literatura Infantil.
2.1.1 Reconhece o papel da contação de histórias na formação do leitor
2.2.1 Identifica Monteiro Lobato como um dos marcos históricos da literatura Infantil e infanto-juvenil no Brasil
3. Contribuição da literatura infantil na formação do leitor.
3.1 A importância da Literatura na formação do leitor.
3.2 Narrativa oral – o mundo simbólico dos contos de fada3.3 Contos paranaenses: lendas e mitos
3.4 Contos africanos e indígenas
3.5 Universo da poesia para crianças – características e principais autores
3.6 Clássicos reinventados e releitura por meio do teatro e da música 3.7 Bibliotecas públicas – projetos de leituras
3.8 O uso das mídias tecnoló- gicas na Literatura Infantil
A avaliação escolar, portanto, deve ser entendida como um dos processos de aprendizagem, que permite ao professor e a escola no seu conjunto, analisar os resultados de sua prática pedagógica e rever procedimentos para atingir objetivos a que se propõe em seu Projeto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular e Regimento Escolar.
3.1.1 Compreende o papel da Literatura Infantil na formação do leitor 3.1.2 Estabelece relações entre a linguagem, o imaginário e a formação do pensamento da criança
3.2.1 Percebe a simbologia contida nos contos de fadas 3.3.1 Identifica no contexto da Literatura Infantil os contos paranaenses 3.4.1 Reconhece a importância dos contos indígenas e africanos no contexto da diversidade cultura 3.5.1 Reconhece as características e os principais autores de textos poéticos no universo da Literatura Infantil
3.6.1 Reconhece os clássicos da Literatura Infantil 3.7.1 Conhece projetos voltados para o incentivo à leitura em espaços públicos 3.8.1 Percebe a relevância do uso das mídias para o
trabalho com a Literatura In- fantil
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione,1991. CALVINO, I. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Unesp, 1997. COELHO, N. N. Panorama histórico da literatura infanto juvenil. São Paulo: Ática, 1991. COELHO, N. N. Literatura infantil, teoria análise didática. São Paulo: Ática, 1991. KHÉDE, S. S. Literatura infanto juvenil: um gênero polêmico. Petropólis: Vozes, 1986. KIRINUS, G. Criança e poesia na pedagogia Freinet. São Paulo: Paulinas, 1998. LAJOLO, M. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982. LAJOLO, M. Usos e abusos da literatura na escola. São Paulo: Ática, 1991. LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2004. MAFFESOLI, M. A contemplação do mundo. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1995. MEIRELES, Cecília. Problemas da literatura infantil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. PHILIPE, A. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1978. PONDÉ, G. A arte de fazer artes. Rio de Janeiro: Ed. Nórdica, 1985. RESENDE, V. M. Literatura infantil e juvenil. Vivências de leitura e expressão criadora. São Paulo: Saraiva, 1993. RESENDE, V. M. O menino na literatura brasileira. São Paulo: Perspectiva, 1988. RODARI, G. Gramática da fantasia. São Paulo: Summus Editorial, 1987. ROSELL, J. F . La literatura infantil: um oficio de centauros y sirenas. Buenos Aires: Lugar Editorial, 2001. ZILBERMAN, R. A. Literatura infantil na escola. 11. ed. São Paulo: Global, 2003. ZOTZ, W.; CAGNETI, S. Livro que te quero livre. Florianópolis: Letras Brasileiras, 2005.
196
14.1.8 METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
A leitura e a escrita atuam como instrumentos básicos e ferramentas
necessárias para que a humanidade se aproprie do conhecimento acumulado,
registrado no código escrito.
A prioridade da escola básica é promover, no indivíduo, a aquisição da
leitura e da escrita, na sua forma mais completa, de modo a possibilitar o
exercício competente do entendimento e da expressão escrita na Língua
Portuguesa.
Os índices relativos à alfabetização no Brasil são bastante críticos
(aponta-se que existam hoje quase 20 milhões de pessoas consideradas
analfabetas e em torno de 34 milhões de analfabetos funcionais, ou seja,
sujeitos que têm um domínio tão precário de leitura e escrita que não são
capazes de fazer uso efetivo dessas habilidades), o que tem apontado a
necessidade da preparação de um professor que seja capaz de alfabetizar com
sucesso.
Com o advento do capitalismo o que determina as atividades científicas
e educacionais é o conhecimento útil ao capital. Então nos
perguntamos:Interessa ao capital garantir a alfabetização a todos? Em que
medida é fundamental para o tipo de sociedade em que vivemos a existência
de sujeitos que não saibam apenas decifrar um código, mas que sejam de fato
leitores e escritores, com possibilidade de uma verdadeira leitura do mundo?
Seria desnecessário lembrar o caráter dispensável da alfabetização,
enquanto pré-requisito para que trabalhadores operem máquinas de trabalho
simples. Como o capitalismo acentua o corte entre trabalho intelectual e
trabalho manual, cabe aos primeiros a aquisição da leitura e da escrita,
enquanto que para os segundos, este é um saber que não se faz necessário.
A concepção de língua escrita enquanto um sistema de representação,
em que a grafia das palavras e seu significado estão associados, encaminha o
processo de alfabetização e ensino da Língua Portuguesa para além do mero
domínio do sistema gráfico, propondo um efetivo domínio da língua escrita,
tomada na sua totalidade.
197
O futuro professor precisa entender a leitura e a escrita como atividades
sociais significativas, sustentando-se, por conseguinte, em atividades
pedagógicas que envolvam o uso da língua em situações reais, através de
textos significativos e contextualizados. Nesta direção, o domínio do sistema
gráfico é parte de um processo mais amplo.
Uma ação pedagógica pressupõe, além da concepção de língua, de
escola, de educação e de sociedade, o conhecimento das diferentes dimensões
da alfabetização. Portanto não se forma o professor alfabetizador apenas com
a disciplina Metodologia da Língua Portuguesa e Alfabetização, mas com a
articulação desta com as diferentes disciplinas do currículo do curso de
Magistério. A formação do futuro professor exige profundo domínio teórico de
modo que as disciplinas desenvolvidas no curso contribuam para a
compreensão do homem como ser histórico e para uma leitura mais
abrangente da realidade.
É necessário que os futuros docentes compreendam a existência de uma
relação íntima entre concepção filosófica, correntes da psicologia, ideias
pedagógicas e a concepção do objeto de conhecimento, ou seja, a Língua
Portuguesa.
Outro aspecto que deve ser considerado na formação dos docentes é o
fato de que as diferenças econômicas, culturais e socais determinam homens
diferentes, contudo não se há de, ingenuamente, acreditar que estas
impossibilitam qualquer aprendizagem ou que a escola possa suprir todas as
desvantagens determinadas pela condição social.
É preciso destacar as contribuições da Linguística no preparo dos
docentes, garantindo aos futuros mestres algumas noções básicas como: -
conceito de texto, características do sistema gráfico da Língua Portuguesa,
vogais e consoantes na sua dimensão gráfica e fonética, padrões silábicos da
Língua, tipologia textual, funções da linguagem, trama dos textos, unidade
temática, consistência argumentativa, coerência, unidade estrutural, coesão,
emprego da norma padrão, adequação lexical, redundâncias e repetições,
ambiguidade, respeito as convenções do código, relação oralidade -escrita,
variedades linguísticas e uso adequado de recursos gráficos. E como
198
considerar didaticamente estas questões enquanto direcionador do processo
de aquisição da leitura e da escrita.
Do ponto de vista de uma proposta metodológica de Língua Portuguesa,
propõe-se que a prática pedagógica leve em consideração três grandes eixos: -
compreensão da função social da leitura e da escrita; aquisição da leitura e da
escrita; domínio do sistema gráfico.
Estes eixos não significam etapas sucessivas; deverão constituir-se num
trabalho distinto, mas não disjunto.
Desta forma o trabalho metodológico em Língua Portuguesa deverá
garantir quatro práticas fundamentais: Leitura e Interpretação. Produção de
Textos Orais e Escritos; Análise Linguística; Atividades de Sistematização para
o Domínio do Código.
Se considerarmos a Língua na perspectiva do que a leitura e a escrita
representam, de seus valores e usos sociais, bem como a compreensão da
estrutura desse sistema de representação, então o trabalho estará direcionado
para um ensino que permita ao aluno (criança, jovem ou adulto) compreender,
desde o início, a função social da leitura e da escrita; e delas faça uso efetivo,
constituindo-se como leitor e escritor.
O futuro docente deve estar preparado para criar uma prática rica em
estimulações e significações, garantindo, no interior da escola, a forma de
aprender que acontece fora dela, ou seja, pela interação entre os sujeitos.
O trabalho que envolve a leitura e a produção de textos representa o
caminho mais coerente para efetivar o processo de alfabetização e de ensino
da Língua Portuguesa.
Os discentes dos cursos de Magistério devem ter consciência de que a
oralidade é um aspecto fundamental e que precisa ser desenvolvida. Torna-se
necessária uma organização das atividades orais, de forma a ir além do
espontaneísmo e garantir, através de situações significativas, ricas e variadas,
o desenvolvimento da expressão oral do aluno.
A disciplina Metodologia da Língua Portuguesa e Alfabetização precisa
desenvolver conteúdos envolvendo:- concepção de linguagem, - concepção de
linguagem escrita, - concepção de alfabetização e de letramento, - concepção
199
de ensino e de aprendizagem, - teorias sobre a aquisição do conhecimento e
da leitura e da escrita, - concepção de variação linguística, conceito de leitura
e de texto, - processo de avaliação, - história da escrita, - análise crítica dos
processos de alfabetização, - técnicas e recursos, - noções de fonética e do
sistema gráfico do português e - procedimentos metodológicos - e deve-se ter
clareza que a qualificação docente necessita da articulação das diferentes
disciplinas que compõem o currículo dos cursos de Formação de Professores.
Em decorrência da concepção do conhecimento de linguagem e de
aprendizagem, o objetivo do processo de alfabetização é a própria língua
portuguesa como elemento norteador do ensino-aprendizagem o texto oral e
escrito, enquanto unidade de sentido da língua levando os alunos do curso de
formação de docentes a perceber que a função da escola, na área da
linguagem, é introduzir a criança no mundo da escrita, tornando-a um cidadão
funcionalmente letrado, ou seja, um sujeito capaz de fazer uso da linguagem
escrita para sua necessidade individual de crescer cognitivamente e para
atender as várias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de
linguagem como um dos instrumentos de comunicação, levando-os a perceber
que a chamada norma-padrão, ou língua falada culta, é consequência do
letramento, é preciso, antes de mais nada, conscientizar o futuro professor dos
fatores com que estará interagindo na sua prática didática para que, com base
nesse conhecimento, possam traçar um plano pedagógico sólido e com
possibilidades reais de sucesso.
Ementa: A história da escrita. A leitura e a escrita como atividades sociais
significativas. A atuação do professor de Alfabetização: pressupostos teórico-
práticos. As contribuições das diferentes Ciências (História, Filosofia, Psicologia,
Pedagogia, Linguística, Psicolinguística, Sociolinguística) na formação do
professor de Alfabetização. Estudo e análise crítica dos diferentes processos de
Alfabetização e do Letramento. Considerações teórico-metodológicas para a
prática pedagógica de Alfabetização e Letramento. As políticas públicas para a
alfabetização no Brasil. O uso das mídias tecnológicas na alfabetização.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Alfabetização e Letramento
1.1 Contextualização social e histórica do processo da escrita 1.2 Concepção de linguagem: oral e escrita
1.3 Função social da língua escrita: usos e formas1.4 Concepções de Alfabetização e Letramento
1.5 Noções de psicolinguística, sociolinguística e linguística
1.6 Métodos de alfabetização: sintéticos e analíticos: análise crítica.1.7 Níveis de leitura e escrita
1.8 Noções básicas de fonética e o sistema gráfico
A disciplina de Metodologia de Alfabetização terá como pressupostos teóricos metodológicos, a concepção dialética, numa visão histórico-crítica estabelecendo relações de forma interdisciplinar com as demais disciplinas. Na práxis a ênfase se dá por meio da contextualização, da história da escrita, sua importância para a humanidade e aplicabilidade conforme os documentos escolares.Para que a criança se insira de forma plena no mundo da escrita é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis lançando mão de diferentes metodologias para a aprendizagem inicial da língua escrita.Quanto à avaliação na Metodologia da Alfabetização, é imprescindível que esta seja um processo de aprendizagem contínua, processual, diagnóstica priorizando os aspectos qualitativos, utilizando-se de instrumentos e critérios diversificados como: a observação diária, a intervenção do professor num contínuo processo de ação-
1.1.1 Compreende a história da escrita como marco da humanidade 1.2.1 Identifica as concepções da linguagem oral e escrita 1.3.1 Compreende a função social da língua escrita 1.4.1 Compreende as concepções de alfabetização e letramento e a unidade existente entre elas 1.5.1 Reconhece as contribuições da Linguística, Psicolinguística e sociolinguística para o processo de alfabetização e letramento 1.6.1 Conhece e analisa criticamente os métodos de alfabetização 1.7.1 Identifica os níveis de leitura e escrita 1.8.1 Compreende os elementos da fonética e do sistema gráfico no interior do texto, de forma reflexiva e contextualizada
1.9.1 Alfabetização na EJA
1.10 Produção de texto oral e escrito no processo de alfabetização
1.11 Materiais didáticos na alfabetização em situações práticas – análise crítica
1.12 Políticas públicas para Alfabetização no Brasil
1.13 O uso de mídias tecnológicas como recurso didático na alfabetização
1.14 Flexibilização curricular inclusiva para o processo de Alfabetização e Letramento
reflexão-ação favorecendo a aprendizagem dos alunos. A avaliação escolar portanto deve ser entendida como um dos processos de aprendizagem, que permite ao professor e a escola, no seu conjunto analisar os resultados da prática pedagógica e rever procedimentos para atingir objetivos que se propõe no seu PPP, PPC e Regimento escolar.
1.9.1 Reconhece a especificidade da alfabetização e letramento na modalidade EJA
1.10.1 Entende as metodologias de alfabetização, relacionando-as ao uso de materiais pedagógicos em situações práticas 1.11.1 Seleciona adequadamente estratégias e materiais para utilização no processo de ensino e aprendizagem 1.12.1 Reconhece os fatos históricos relacionados às políticas públicas voltadas para a Alfabetização 1.13.1 Conhece e sabe utilizar as diferentes mídias para a prática da alfabetização 1.14.1 Compreende como necessária a flexibilização curricular inclusiva
202
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BETTELHEIM, B.; ZELAN, K. Psicanálise da alfabetização. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984. BRAGGIO, S. L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à sociopsicolingüística. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. CAGLIARI, L. C. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1995. CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o bá – bé- bi - bo – bu. São Paulo: Scipione, 1997. CHARTIER, A. M. et al. Ler e escrever: entrando no mundo da escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. COLOMER, T.; AMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002. COOK, G. J. Alfabetização e escolarização: uma equação imutável? In: COOK, G. J (org.) A construção social da alfabetização. Porto Alegre, Artes Médicas, 1991. FERREIRO, E. Reflexões sobre a alfabetização. São Paulo: Cortez, 1992. FRANCHI, E. P. Pedagogia da alfabetização: da oralidade à escrita. São Paulo: Cortez, 1995. GRAFF, H. J. Os labirintos da alfabetização: reflexões sobre o passado e o presente na alfabetização. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. JOLIBERT, J. et al. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas: 1994. KAUFMAN, A. M.; RODRIGUES, M. H. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. KLEIN, L. R. Alfabetização: quem tem medo de ensinar? São Paulo: Cortez, 1996. KATO, M. O aprendizado da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1990. KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita: formação de professores em curso. Rio de Janeiro: Escola de Professores, 1995. KRAMER, S.; OSWALD, M. L. Didática da Linguagem: Ensinar a Ensinar ou Ler e Escrever? São Paulo: Papirus, 2001. LEMLE, M. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo, Editora Ática, 1994. MASSINI, C. G.; CAGLIARI, L. C. Diante das letras: a escrita na alfabetização. São Paulo: Mercado das Letras, 2001. MORAIS, J. A arte de ler. São Paulo: Unesp.1994. MOLLICA, M. C. A influência da fala na alfabetização. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1998. MORTATTI, M. do R. L. Os sentidos da alfabetização. São Paulo: Editora Unesp: Comped, 2000. OLSON, D. R. O mundo no papel: as implicações conceituais e cognitivas da leitura e da escrita. São Paulo: Ática., 1997. ROJO, R. Alfabetização e letramento. São Paulo: Mercado das Letras, 1998. SCLIAR, C. L. Princípios do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2003. SMOLKA, A. L. B. A criança na fase inicial da escrita: alfabetização como processo discursivo. São Paulo: Unicamp, 1988. SOARES, M. B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2013. SOARES, M. B. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
203
14.1.9 METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE
A apreciação da arte envolve um processo de construção dos sentidos,
em consonância com o processo de aprendizagem do trabalho artístico. As
diferentes maneiras pelas quais nos apropriamos da produção cultural e o ato
de criar objetos cujo sentido só existe para os sentidos humanos - enquanto
categorias explicativas das formas de fazer relativas ao ensino - devem
orientar e organizar a prática pedagógica.
Saber ver ou ouvir vai além da capacidade de enxergar e de escutar,
pois, conhecer é compreender, é ser capaz de extrair de um objeto seus
sentidos ou suas razões. Conhecer, longe de ser uma mera assimilação do
repertório de alguém, exige do apreciador um acervo e um esforço de
interpretação da produção artística, para vê-la como a expressão de outro
sujeito e como uma mensagem a ser compreendida. Um quadro, não é apenas
um objeto de adorno, mas sim, uma expressão de linguagem para chamar a
atenção, para denunciar uma situação de exploração.
Quando apreciamos um objeto artístico, olhamos nossa própria
experiência, pois este é portador de diferentes valores e significados. Neste
sentido, a arte é um meio de conhecimento da vida humana, de humanização
ou enriquecimento dos sentidos humanos necessários à superação da
conformação ou robotização próprias deste modelo de sociedade.
Uma pintura “fala” sobre a maneira de viver de um grupo ou de uma
sociedade, é um objeto revelador do comportamento das pessoas, instrumento
de reflexão sobre a vida e supera, portanto, uma função meramente
decorativa.
Saber ver uma obra de arte, pressupõe o domínio do conhecimento
artístico necessário à compreensão dos seus sentidos ou daquilo que pretende
exprimir. A arte é mais do que uma técnica, é um modo pessoal de expressão,
uma maneira singular de se expressar. Nesse sentido, a técnica nunca é uma
receita, mas um meio de expressão: o estilo de alguém.
O objetivo de se trabalhar Arte na escola é possibilitar ao aluno
conhecer os diferentes estilos e, nesse sentido, compreender a Arte, quer na
nossa vida quer na escola, enquanto forma de representação das visões de
204
mundo, maneira sempre renovada de interpretar a realidade por meio de uma
música, do fazer teatral, da dança e da pintura.
O ensino da arte requer dos educadores clareza em relação a duas
dimensões: “de um lado, a identificação dos elementos culturais que precisam
ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem
humanos e, de outro lado e concomitantemente, a descoberta das formas mais
adequadas para atingir esse objetivo”.
É fundamental no processo ensino-aprendizagem, aprender a ver um
quadro, tal como necessitamos aprender a ler um texto, pois tanto um idioma,
quanto uma pintura resulta de convenções construídas historicamente.
Portanto, não é suficiente olhar uma imagem, é necessário saber ver e esse
processo não se dá espontaneamente. Na prática, educar esteticamente é
ensinar a ver, tomando como ponto de partida o domínio dos diferentes modos
de compor com os elementos visuais, enquanto conteúdo que foi construído ao
longo tempo - cuja “transformação depende de alguma forma do domínio
deste saber- e sistematizado na forma de História da Arte
A disciplina Metodologia do ensino da arte apresenta-se como um
espaço de estudos e reflexões sobre o trabalho escolar em arte.
Um outro objetivo é o de visar uma postura reflexiva e crítica sobre as
práticas educativas em arte com crianças.
Essa disciplina tem o intuito de entender os estudos acerca do
desenvolvimento expressivo e representacional da criança, seu envolvimento
para com o meio ambiente e sua relação com o mundo das artes, preparando-
a para ver, observar e refletir sobre experiências artísticas infantis, com isso
levando o aluno de formação de docentes a compreendê-la melhor e,
principalmente encontrar caminhos para auxiliar a manifestação da
criatividade e imaginação da criança em arte.
Ementa: O papel da Arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho,
como expressão. Estudo das diferentes concepções de Arte. Conhecimento, trabalho e
expressão, sua relação com o ensino. Estudo das tendências pedagógicas – Escola
Tradicional, Nova e Tecnicista – com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino
205
da Arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de
composição das artes visuais, da música, da dança e do teatro e sua contribuição na
formação dos sentidos humanos desde a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino
Fundamental. Abordagens metodológicas para o ensino de Arte na Educação Infantil e
nos Anos iniciais do Ensino Fundamental. A atividade artística na escola: fazer e
apreciar a produção artística.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. O estudo das diferentes concepções do ensino de Arte
2. Conhecimento teórico prático dos elementos formais e composição
1.1 Abordagem histórico conceitual das diferentes concepções do ensino da Arte
1.2 História da Arte e diferentes perspectivas teórico-metodológicas
1.3 Ensino da Arte na Formação humana integral
1.4 Correntes filosóficas e tendências pedagógicas para o ensino da arte no Brasil
2.1 Conhecimento teórico e metodológico para o ensino das artes visuais, da música, da dança e do teatro
2.2 Abordagens teórico metodológicas para o ensino de Arte na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
A disciplina de Metodologia do Ensino da Arte desenvolver-se-á a partir de aulas teórico-práticas, visando o estudo de pressupostos que orientem para uma visão crítica da disciplina. Considera a contextualização histórica dos elementos que a compõem, de forma a viabilizar os exercícios sistemáticos de leitura e interpretação das diferentes representações artísticas – artes visuais, música, dança e teatro. Isto significa a não redução da arte ao simples contato com o belo, mas tornando-a como fonte de prazer estético de humanização e de conhecimento. Contudo, podemos considerar que todo o percurso que o estudante faz por meio das práticas pedagógicas nessa disciplina, também lhe oportuniza o conhecimento da vida humana, de sua humanização, na medida em que seus sentidos são enriquecidos pelo contato com o saber artístico – conhecimento. Isso significa superar, no fazer pedagógico a visão de que trabalhar com Arte é limitar-se a aplicação de técnicas. Nesse sentido, a avaliação em Arte
1.1.1 Compreende a Arte no decorrer da história, as concepções decorrentes das tendências pedagógicas e correntes filosóficas do ensino da Arte no Brasil .
1.2.1 Estabelece a relação entre produção artística e ensino 1.3.1 Reconhece a importância do ensino de Arte para a formação integral do homem 1.4.1 Reconhece as diferentes correntes filosóficas e tendências pedagógicas no ensino de Arte no Brasil 2.1.1 Identifica os elementos formais e de composição do ensino da Arte: artes visuais, dança, música e teatro .
2.2.1 Compreende e organiza as abordagens teórico-metodológicas visando o ensino da Arte em turmas de Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental
2.3 Análise crítica dos documentos norteadores do ensino de Arte da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental
toma como dimensão, avaliar o percurso formativo do aluno.
Essa concepção de avaliação perpassa também pela Metodologia do Ensino de Arte, no sentido de que deve avaliar-se o que se ensina e que as bases desse ensinar revelam-se no processo de aprendizagem. Portanto, a avaliação, nessa perspectiva é diagnóstica, processual e formativa.
2.2.2 Caracteriza a didática da Arte de forma interdisciplinar e integradora
2.3.1 Analisa criticamente os documentos que norteiam o ensino da Arte na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Artes Visuais: ALMEIDA, A. B. de. A educação estético-visual no ensino escolar. Lisboa: Livros Horizonte, 1980. ARNHEIN, R. Arte e percepção visual. São Paulo: Pioneira / USP, 1986. ARRUDA, J. Projeto educação para o séc. XXI. S. Paulo: Moderna, 2002. BARBOSA, A. M. T. Arte - educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspectiva, 1978. BARBOSA, A. M. T. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991. BERGER, John. Modos de ver. Lisboa: Edições 70, 1972. BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1985. CHEVALIER, J. Dicionário de símbolos mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. 16. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001. COSTA, C . Questões de arte: o belo, a percepção estética e o fazer artístico. 2. ed. reform. São Paulo: Moderna, 2004. COSTELLA, A. F. Para apreciar a arte: roteiro didático. São Paulo: SENAC/ Mantiqueira, 1997. CUMMING, R. Para entender a arte. São Paulo: Ática, 1996. DERDYK, E. Formas de pensar o desenho. São Paulo: Scipione, 1989. FUSARI, M. F. D. R.; FERRAZ, M. H. C. D. T. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 1992. FUSARI, M. F. D. R. Metodologia do ensino de arte. São Paulo: Cortez, 1993. GARCEZ, L. Explicando a arte brasileira. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. GOMBRICH, E. H. A História da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cientificos, 1999. HAUSER, A. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2003. HERNÁNDEZ, F. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
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211
14.1.10 METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS
O ensino de ciências tem por objetivo possibilitar a compreensão do
mundo natural nas relações sociais de produção, com vistas a garantir ao
aluno uma análise concreta de realidade através da apropriação do
conhecimento científico, ao mesmo tempo, que permite comparar a explicação
científica do mundo com outras explicações como aquelas proporcionadas pela
arte e pela religião, entre outras. É preciso compreender a ciência enquanto
elemento da cultura, que resulta na produção de conhecimentos que são fruto
do trabalho do homem e de seu esforço criador e recriador, que tem em
comum com o conhecimento artístico, técnico ou filosófico o seu caráter de
criação e inovação. O ato criador, em qualquer dessas formas de
conhecimento, estrutura e organiza o mundo, respondendo aos desafios que
dele emanam, num constante processo de transformação do homem e da
realidade circundante.
É fundamental que os alunos se deem conta de que o conhecimento
científico não é neutro e que o desenvolvimento técnico e científico atendem
sobretudo aos interesses das classes dominantes, portanto é fundamental
analisar as causas e consequências dos avanços da ciência e não,
simplesmente apresentar o conteúdo. É fundamental que os alunos aprendam
a questionar o conhecimento cientifico refletindo se sua aplicação é prudente e
se irá tornar melhor a vida de todos, ou se irá beneficiar apenas uma pequena
minoria de pessoas enquanto grande parte da sociedade e da natureza é
explorada ou prejudicada. Uma boa maneira de se questionar um
conhecimento, pode ser buscando a resposta para as seguintes perguntas:
Quem produziu? A quem serve? Quem se beneficia? Quem se prejudica?
Agindo sobre a natureza para produzir as condições materiais de sua
existência os homens, diferentemente dos demais animais, produzem-se a si
mesmos criando instrumentos que lhe asseguram o domínio da Natureza.
Assim procedendo, o homem vai adquirindo consciência de que está
transformando a natureza para adaptá-la às suas necessidades básicas.
Conhecer o ser humano é, antes de tudo situá-lo no universo, e não separá-lo
dele.
212
Sendo o conhecimento produzido pelos homens no decorrer da história,
se faz necessário rever o processo que dinamizou a efetivação do que se
caracteriza como sendo a história da Ciência. Segundo BACON, o
conhecimento científico, enquanto tentativa de explicar a ciência, deverá ser
representado como uma atividade metódica, a qual exige, uma análise
rigorosa das condições de sua produção. O homem tenta compreender
racionalmente as transformações da natureza e a evolução técnica, buscando
nas leis que regem os fenômenos naturais as explicações com o intuito de
dominá-los.
O ensino de ciências, numa perspectiva histórica, deve convergir para o
domínio do saber científico historicamente acumulado, por meio de uma
abordagem crítica e problematizadora de questões oriundas da prática social
vivenciada pelo estudante.
O aluno constrói com a ajuda do professor e dos conteúdos ministrados
a sua própria visão de mundo, de maneira concreta a partir de sua experiência.
E, para que isto de fato se efetive, este encaminhamento metodológico
fundamenta-se em quatro eixos orientadores que abarcam conteúdos que
darão sustentabilidade ao ensino de ciências que são: Relações Ser Humano –
Universo; Transformação e Interação da Matéria e Energia; Saúde: melhoria da
qualidade de vida; Desenvolvimento Tecnológico e Educação Ambiental.
A proposta de Metodologia do Ensino de Ciências tem por objetivo
possibilitar a compreensão do mundo natural nas relações sociais de produção,
com vistas a garantir ao aluno uma análise concreta da realidade através da
apropriação do conhecimento científico, ao mesmo tempo, que permite
comparar a explicação científica do mundo com outras explicações com
àquelas proporcionadas pela pela arte e pela religião, entre outras. È preciso
compreender a ciência enquanto elemento da cultura, que resulta na produção
de conhecimentos que são frutos do trabalho do homem e de seu esforço
criador e recriador, que tem em comum com o conhecimento artístico, técnico
ou filosófico o seu caráter de criação e inovação.
A disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências deve possibilitar
213
espaços efetivos de discussão e reflexão a respeito de uma identidade
científica, ética , social e cultural, enfim ,uma disciplina que instrumentalize os
alunos para compreender e intervir no mundo de forma consciente.
Ementa: O ensino de Ciências e a construção de uma cultura científica que
possibilite ao cidadão comparar as diferentes explicações sobre o mundo.
Energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo.
Aprendizagem integrada do ensino de Ciências como possibilidade para a
compreensão das relações das demais ciências da sociedade, da tecnologia e
da cidadania. A construção dos conceitos científicos. O pensamento racional e
o pensamento intuitivo na aprendizagem de Ciências.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. O ensino de Ciências como possibilidade para a compreensão das relações entre as demais ciências, a sociedade, a tecnologia e a cidadania
1.1 Trajetória histórica do ensino de Ciências e as tendências pedagógicas
1.2 Análise e compreensão dos documentos norteadores para o ensino de Ciências, com enfoque na Educação Infantil e anos inicias do Ensino Fundamental 1.3 Recursos didáticos teórico-metodológicos para o ensino de Ciências, com ênfase na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental
1.4 Articulação das ciências com as áreas do conhecimento
A metodologia empregada terá como pressuposto o referencial teórico-metodológico pautado no materialismo histórico dialético. Neste sentido, os conteúdos curriculares proporcionam ao educando a compreensão da ciência enquanto elemento da cultura, que resulta na produção de conhecimentos. Estes são frutos do trabalho, num constante processo de transformação de si mesmo e da realidade circundante.
Tal perspectiva teórica implica numa prática pedagógica que contemple: - Contextualização científica de forma a desenvolver a consciência crítica, social e política do educando, por meio da leitura de textos técnicos científicos- Experiências que priorizem a participação em processos que implicam na observação, investigação e experimentos. Esses procedimentos têm por objetivo instigar o educando a observar e investigar aspectos da ciência e a contextualizar o conhecimento historicamente produzido
1.1.1 Compreende as abordagens que permeiam o ensino de Ciências, considerando sua trajetória histórica nos currículos escolares, assim como as tendências pedagógicas 1.2.1 Analisa criticamente os documentos norteadores do ensino de Ciências
1.3.1 Utiliza os recursos didáticos e metodológicos para o trabalho pedagógico 1.3.2 Compreende a importância do ensino de Ciências na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, articulando com as demais áreas do currículo
1.4.1 Compreende as relações entre as ciências naturais, os saberes científicos, tecnológicos, Educação Ambiental e o exercício da cidadania
1.5 Ciências naturais: Cidadania, Tecnologia e Educação Ambiental
1.6 Ciências: o fazer científico
1.7 A construção de conceitos científicos
1.8 O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de Ciências
1.9 Eixos norteadores do ensino de Ciências: noções de astronomia; transformação e interação de matéria e energia; saúde e melhoria da qualidade de vida
Elaboração e aplicação de projetos, seminários,fichamentos, discussões, debates e miniaulas. Se a prática pedagógica na disciplina de Metodologia de Ciências, requer uma concepção progressista de ensino e de ciências, requer também uma outra forma de avaliação do processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, a avaliação condizente com essa prática, é a que se apresenta como diagnóstica, processual e formativa. É nesse contexto avaliativo, que o professor consegue expressar com clareza e com objetividade os critérios a serem avaliados e que estão estreitamente relacionados aos conteúdos trabalhados e discutidos
1.5.1 Compreende e identifica a articulação das Ciências naturais como os eixos da Cidadania, Tecnologia e Educação Ambiental 1.6.1 Reconhece as ciências como o fazer científico, que não é neutro, e questiona os seus avanços e a sua aplicação 1.7.1 Compreende a importância do método científico e as suas etapas para a construção do conhecimento científico 1.8.1 Reconhece como importante o pensamento racional e intuitivo para a aprendizagem de Ciências 1.9.1 Demonstra domínio dos eixos orientadores para o ensino de Ciências
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217
14.1.11 METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A educação física escolar possui objetivos e conteúdos próprios e
necessários ao desenvolvimento do potencial motor de cada criança. Para que
esses objetivos sejam alcançados, é necessário superar o senso comum de que
o tempo pedagógico das aulas de educação física se resume à quadra ou ao
pátio e, mais grave, ao tempo para a recreação, para as vivências corporais e
para o brincar descompromissado (dos objetivos educacionais).
O desenvolvimento do repertório motor dos alunos por si só já
justificaria a presença da educação física na escola, mas não é suficiente para
integrá-lo no projeto pedagógico das escolas, que exige, em algum ponto, a
superação do conceito de movimento humano para o de cultural corporal de
movimentos, sem o qual não haverá integração com as orientações da
pedagogia histórico-crítica presentes nas políticas e projetos pedagógicos da
SEED-PR.
O entendimento de que a educação física escolar trata da cultura
corporal de movimentos numa perspectiva histórico-crítica ou crítico-
superadora é que possibilitará a integração do desenvolvimento do
componente curricular educação física com a proposta do atual governo do
Estado.
O professor deve compreender os mecanismos subjacentes ao
comportamento da criança. Assim, da mesma forma que é necessário o
entendimento dos estágios do desenvolvimento cognitivo propostos nos
estudos de Piaget e as implicações desses estágios na organização do ensino,
é necessário que o professor que vai ministrar as aulas do componente
educação física escolar conheça os estágios de desenvolvimento motor das
crianças na primeira e segunda infância e, portanto, identifique as ações
motoras que elas podem atingir em cada estágio, orientando os procedimentos
de avaliação e os julgamentos emitidos quanto à evolução do domínio motor
de seus alunos.
Da mesma forma que é necessário o conhecimento das teorias gerais da
aprendizagem para o correto emprego de procedimentos de ensino como o
conhecimento de resultado, a comunicação de metas, a proposta de desafios
218
cognitivos etc., é necessário o conhecimento das teorias específicas de
aprendizagem motora que possibilitem ao professor / à professora identificar
os níveis de aprendizagem dos alunos, orientar o tipo de conhecimento de
resultado que oferecerá aos alunos e oferecer ao estudante do curso de
formação de professores um entendimento dos estágios pelos quais os alunos
passam no seu desenvolvimento motor e qual os mecanismos inerentes à
aprendizagem de habilidades motoras.
No ensino tradicional todas as áreas do conhecimento tratavam do
intelecto e a aula de Educação Física tratava exclusivamente das questões
ligadas ao corpo e ao movimento.
Entretanto, no que diz respeito à concepção de aprendizagem, tanto a
Metodologia de Educação Física como as demais áreas do currículo partiam
dos mesmos princípios e estruturavam sua metodologia de ensino na
repetição, memorização, reprodução de conhecimentos e comportamento.
Para trabalharmos o corpo em movimento, é necessário que, através da
ginástica, dança, brincadeiras e dos jogos, sejam proporcionados aos alunos
instrumentos para que eles adquiram uma consciência crítica, que é uma
forma de relação com o mundo para compreendê-lo de modo concreto,
analisando - o na base e não pelas aparências.
É necessária uma Educação Física que dê condições ao aluno de
ampliar os movimentos corporais, postos até então, através da mecanização
sem entendimento, de conhecer seu corpo e a produção das diversas formas
culturais de movimento na dinâmica das sociedades.
O aluno deverá ser capaz de conhecer e perceber seu corpo, sua
concretude, buscando a superação de sua forma de movimentar-se para
conviver e atuar na sociedade de forma crítica.
As diferentes formas de manifestação do movimento humano se dão
através da ginástica, dança, jogos e brincadeiras.
Ementa: O ensino da Educação Física como prática de transformação pessoal
e social. A sua construção histórica e inclusiva como componente curricular. As
tendências pedagógicas no ensino da Educação Física. O conhecimento da
219
cultura corporal como construção nas relações sociais e humanas (motor,
cognitivo, afetivo e social).
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Ensino da Educação Física como como componente curricular
1.1 Contextualização histórica da Educação Física como disciplina
1.2 Concepções teórico metodológicas e as tendências no ensino da Educação Física, na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental
1.3 A prática pedagógica do ensino da educação física e sua articulação com a teoria
1.4 Conteúdos básicos para o ensino da Educação Física: jogos e brincadeira
1.5 As contribuições da disciplina de Educação Física para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, para o desenvolvimento do potencial humano e a sua integração social
A Educação Física como “prática pedagógica”, tem como objetivo a “transformação social”, baseada na concepção histórico crítica - educação é um processo que conduz o indivíduo a por em questão as condições da vida cotidiana em sociedade. Objetiva ainda a transformação do aluno em sujeito capaz de recuperar e realizar sua “humanidade”, por meio de um projeto coletivo e solidário de superação das condições atuais de trabalho. Os procedimentos didáticos metodológicos deverão ser fundamentados nos pressupostos: os conteúdos da cultura corporal, que devem emergir da realidade dinâmica e concreta do mundo do aluno; os conteúdos devem promover uma concepção científica de mundo, e por último, a formação e a manifestação de possibilidades para conhecer a natureza e a sociedade.
A avaliação, nessa abordagem, é compreendida como a verificação das sínteses dos alunos, e também é fonte de dados para o
1.1.1 Compreende a Educação Física enquanto Ciência, e a sua trajetória histórica 1.2.1 Compreende as abordagens teórico metodológicas do ensino da Educação Física, relacionando-as com as tendências pedagógicas
1.3.1 Reconhece como importante a prática da Educação Física como fator de integração do ser humano, por meio de um fazer coletivo 1.4.1 Demonstra domínio dos conteúdos básicos da Educação Física para a utilização nas diferentes práticas pedagógicas
1.5.1 Compreende as contribuições da disciplina de Educação Física para a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental para o desenvolvimento humano e a sua integração social
2. Cultura corporal como construção nas relações sociais e humana motor (cognitivo, afetivo, social)
1.6 Flexibilização curricular no ensino de educação física
2.1 Desenvolvimento psicomotor e os elementos básicos da motricidade
2.2 Resgate do lúdico: jogos e brincadeiras
2.3 A Educação Física como direito da criança à vida saudável
acompanhamento e o diagnóstico do processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, analisa-se a descoberta das dificuldades dos alunos e indica-se intervenções pedagógicas necessárias para que todos aprendam. Desta compreensão decorre uma nova perspectiva de avaliação, onde desloca-se o eixo de avaliar apenas quantitativamente, para considerar os aspectos relevantes da aprendizagem num processo contínuo, diagnóstico e processual.
1.6.1 Compreende como necessária a flexibilização inclusiva para a prática de Educação Física 2.1.1 Reconhece a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento da criança 2.2.1 Compreende o papel dos jogos para o desenvolvimento integral da criança 2.3.1 Reconhece a cultura corporal enquanto elemento articulador da análise crítica das práticas corporais nas relações sociais
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS: ALMEIDA, P. N. de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1987. BORGES, C. J. Educação física para a pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1987. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. COSTA, V. L. M. Prática da educação física no primeiro grau: modelo de reprodução ou perspectiva de transformação? São Paulo: IBRASA, 1987. DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005. DARIDO, S. C.; SOUZA., J; MOREIRA, O. Para ensinar Educação Física: possibilidade de intervenção na escola. São Paulo: Papirus, 2007. DIEM, L. Brincadeiras e esportes no jardim de infância. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1981. DIEHL, R. M. Jogando com as diferenças. São Paulo: Phorte,2003. FREIRE, J. B.; SCAGLIA, A. J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003. GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001. GUERRA, M. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra, 1982.
GUISELINI, M. A. Educação física na pré-escola. Brasília: SEED/MEC, 1982. KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2007. KUNZ, E. Educação física: ensino & mudanças. Rio Grande do Sul: UNIJUÍ, 2004. KUNZ, E. Didática da Educação física I. Rio Grande do Sul: UNIJU, 2005. KUNZ, E. Didática da Educação física II. Rio Grande do Sul: UNIJU, 2006. MARCELINO, N. C. Lazer e educação. São Paulo: Papirus, 2007. MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 1984. MEDINA, J. P. S. Educação física cuida do corpo e “mente”: bases para a renovação e transformação da educação física. Campinas: Papirus, 1989. OLIVER, J. C. Das brigas aos jogos com regras: enfrentando a indisciplina na escola. Porto Alegre: Artmed, 2007. TANI, G.; MANOEL, E. de J.; KOKUBUN, E.; PROENÇA, J. E. de. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: USP, 1988. ZUHRT, R. Desenvolvimento motor da criança deficiente.São Paulo: Manole, 1983.
223
14.1.12 METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
Inicialmente, a Geografia no âmbito escolar desempenhou o papel de
formação da Nação. Sendo assim, o conteúdo (e o método) necessitava
apontar nessa perspectiva. Por exemplo, era necessário conhecer o país, seu
vasto território, suas múltiplas paisagens, bem como os diversos tipos e
aspectos do povo brasileiro.
O ensino da Geografia, de um lado, deve proporcionar o
desenvolvimento do raciocínio geográfico e, de outro, assegurar a formação de
uma consciência espacial, isto é, a Geografia pode contribuir para um
verdadeiro pensar o espaço.
A ciência geográfica retrata um contexto de época. Isso significa dizer
que a Geografia acompanha o movimento da própria sociedade na qual ela se
encontra inserida. Se a sociedade muda, a Geografia também muda. E foi isso
o que ocorreu no século XX, de modo que, nos dias de hoje, a Geografia pode
ser concebida como o estudo da organização do espaço geográfico pela
sociedade humana.
O homem realiza desde o passado remoto, há dezenas de milhares de
anos, verdadeiras intervenções na natureza por meio do seu trabalho, e isso
resulta uma natureza transformada, ou seja, uma natureza humanizada,
gerando e produzindo o espaço geográfico.
Contudo, o processo de produção do espaço é cercado de intenções,
guardando com isso as finalidades, os interesses, os objetivos dos grupos
humanos com ele comprometidos. É nesse sentido, portanto, que o espaço
geográfico deve ser concebido como possuidor de uma organização, de um
arranjo. Portanto, a disposição dos diversos objetos espaciais que compõem o
espaço possui uma lógica, obedece a um sentido. Nada há de aleatório ou
gratuito em sua organização. Por conseguinte, cabe à Geografia interpretar,
desvelar, explicar essa lógica e ao estudar uma organização espacial, acaba
estudando a sociedade humana responsável pela organização espacial.
A Geografia Escolar deve favorecer o desenvolvimento do raciocínio
geográfico e da formação de uma consciência espacial. O trabalho na
224
Educação Infantil é basilar para a formação da consciência espacial. As
brincadeiras, os jogos, as cantigas possibilitam tanto um conhecimento, uma
consciência de seus movimentos e de seus próprios corpos quanto dos espaços
que elas, crianças, vivenciam. Saltar, pular, se arrastar, escorregar, encostar e
muitas outras ações envolvem o espaço e o seu entendimento. Não há como
desconsiderar o papel da pré-escola para que as crianças se apropriem do
espaço.
Os arranjos sociais são resultantes das práticas sociais que acontecem
de acordo com a necessidade do homem num espaço ocupado em um
determinado contexto histórico.
Conhecer o seu entorno e pensar sobre ele para melhor atuar, partindo
do local onde está inserido é o trabalho do professor de geografia. Cabe a ele
criar situações desafiadoras e contextualizadas que propiciem às crianças
apropriar do real significado daquilo que conhece por paisagem, lugar e
território onde o trabalho pedagógico considere as diversas práticas sociais
que se desenvolvem no espaço habitado.
Ementa: Contextualização conceitual histórico-social e científica do ensino da
Geografia e principais tendências pedagógicas. Compreensão do espaço
produzido pela sociedade. Objetivos e finalidades do Ensino de Geografia na
Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os conteúdos
básicos, recursos didáticos e metodológicos do Ensino de Geografia nos
referidos níveis de ensino. Elaboração de recursos didáticos e análise crítica
dos livros didáticos.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1.Contextualização conceitual histórico-social e científica do ensino de Geografia e as tendências teóricas
1.1 Trajetória histórica do Ensino de Geografia
1.2 Geografia como ciência e suas dimensões
1.3 Tendências Pedagógicas do ensino da geografia (Tradicional, nova tecnicista, histórico-crítica)
1.4 Objetivos e finalidades do Ensino da geografia na EI e anos iniciais do ensino fundamental
1.5 Especificidade da disciplina em cada nível de ensino e a flexibilização curricular inclusiva1.6 Recursos didáticos teórico metodológicos e o uso dos dispositivos móveis (mídias) para o ensino de Geografia na Educação Infantil e Anos
O ensino de geografia deve promover o desenvolvimento de praticas pedagógicas relevantes tais como:identificação, leitura de paisagens, observação,interação,problematização, registro,descrição, documentação, representação, pesquisa, hipótese, explicação para construir e desenvolver conteúdos conceituais da disciplina de geografia.Do ponto de vista das orientações metodológicas há na literatura um número significativo de indicações que podem auxiliar os professores na concepção, organização e execução de um trabalho docente crítico e reflexivo, sendo que a maioria deles sustentado nos princípios do materialismo histórico e dialético.Os conteúdos de Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligados com a relação do próximo e distante do aluno. Com relação à avaliação, esta disciplina trabalha na perspectiva diagnóstica, processual e formativa. Nesse sentido, é importante a utilização de instrumentos
1.1.1 Identifica aspectos significativos da geografia na trajetória histórica
1.2.1 Compreende a Geografia enquanto Ciência, nas suas respectivas dimensões
1.3.1 Reconhece as características das tendências e suas influências no ensino de Geografia
1.4.1 Reconhece os objetivos e finalidades do Ensino de Geografia na Educação In fantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
1.5.1 Compreende como necessária a flexibilização curricular inclusiva
1.6.1 Identifica os recursos metodológicos para o ensino da Geografia na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Iniciais 1.7 Reflexão crítica de materiais didáticos
2.1 Conteúdos básicos para o Ensino da Geografia na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental: •Formação, localização e os recursos naturais •As diversas regionalizações do espaço geográfico •Conceito de Espaço Geográfico •Formação e transformação das paisagens •Conceito de Espaço Geográfico nas diversas dimensões •Estudo do meio: suas características e transformações humanas e naturais •O estudo da organização do espaço geográfico pela sociedade
diversificados a fim de diagnosticar o nível de aprendizagem do aluno 1.7.1 Analisa criticamente
os materiais didáticos disponíveis para o ensino de Geografia 2.1.1 Estabelece a relação entre os conteúdos básicos para o ensino da Geografia e a prática social global 2.1.2 Demonstra domínio dos conteúdos básicos da Geografia para utilização nas diferentes práticas pedagógicas
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, R.; PASSINI, E. O espaço geográfico, ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1991. ALMEIDA, R. D. de. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2003. ANDRADE, M. C. de. Uma geografia para o século XXI. Campinas: Papirus, 1994. ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CARLOS, A. F. A. (org.). A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. CARLOS, A. F. A. (org.) O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996. CARVALHO, M. I. Fim de século: a escola e a geografia. Ijuí: Unijuí, 1998. CASTRO, et al (org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. CASTRO, I. E. Geografia e política. Rio do Janeiro: Bertrand, 2006. CASTROGIOVANNI, A. C. (org.). Geografia em sala de aula, práticas e reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999. CASTROGIOVANNI, A. C. Ensino de geografia práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2002. CAVALCANTI, L. de S. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002. CAVALCANTI, L S. Geografia, escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1998. CHRISTOFOLETTI, A. (org.). Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982. COOGAN, M. D . Região e Geografia. São Paulo: EDUSP, 1999. CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. Introdução à geografia cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. GIANSANTI, R.; OLIVA, J. Temas da geografia do Brasil. São Paulo: Atual, 1999. GUIMARÃES, R. et al. Geografia: pesquisa e ação. São Paulo: Moderna, 2000. GONÇALVES, C. W. P. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1999. GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. HAESBAERT, R. Territórios alternativos. Niterói: EDUFF; São Paulo: Contexto, 2002. KOZEL, S.; FILIZOLA, R. Didática da geografia: memórias da terra -o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996. LACOSTE, Y. A geografia: isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1988. LIMA, V. C.: LIMA. M. R; MELO V. F. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do Ensino Fundamental. Curitiba: UFPR, 2007. MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. MORAES, A. C. R. Geografia crítica: a valorização do espaço. São Paulo: Hucitec, 1984. MORAES, A. C. R. Ideologias geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991. OLIVEIRA, A. U. Para onde vai o ensino da geografia? São Paulo: Contexto, 1989. OLIVEIRA, A. U. (org.). Reformas no mundo da educação: parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999. PASSINI, E. Y. Alfabetização cartográfica e o livro didático. Belo Horizonte: Lê, 1994. PEREIRA, R. M. A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: UFSC, 1993. QUAINI, M. A construção da geografia humana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. RUA, J.; WASZKIAVICUS, F.A; TANNURI, M. R. P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar geografia: contribuição para o trabalho com 1o e 2o graus. Rio de Janeiro: Access, 1993. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
SANTOS, M. A natureza do espaço técnica e tempo razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. SANTOS, M. Técnica, espaço e tempo: o meio técnico científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1996. SANTOS, M. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986. SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. SANTOS, M. A construção do espaço. São Paulo: Nobel, 1986. SANTOS, M. O espaço interdisciplinar. São Paulo: Nobel, 1986. SANTOS, M. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1985. SILVA, A. C. da. De quem é o pedaço? espaço e cultura. São Paulo: Hucitec, 1986. SILVA, A. O espaço fora do lugar. São Paulo: Hucitec, 1988. VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992. STRAFORINI, R. Ensinar geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. São Paulo: Annablume, 2004. SOUZA, J. G. de; KATUTA, Â. M. Geografia conhecimentos cartográficos. São Paulo: Editora UNESP, 2001. PONTUSCHKA, N. N.; OLIVEIRA, A. U. De (org.) Geografia em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002. VLACH, V. Geografia em construção. Belo Horizonte: Lê, 1991.
229
14.1.13 METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA
A formação que se busca não é atender estritamente as necessidades
do mercado de trabalho, ao contrário, deve ser formativo, de uma cultura geral
humanista. Trata-se de garantir, ao educando, uma visão geral, capaz de dar
conta da complexidade das relações sociais de produção da sociedade
contemporânea.
Nesse sentido, a proposta curricular de História deve ter a função
principal a superação do saber meramente acumulativo, enciclopédico e
fragmentado. Há que se voltar para uma concepção de ensino de História que
permita melhor apreender o movimento do real humano
O trabalho como principio pedagógico do ensino de História, parte do
pressuposto teórico marxista, de que o trabalho humano, ao longo da história,
impulsionou o desenvolvimento e transformações da existência humana. A
partir das ideias de Marx acerca da categoria trabalho, é possível concluir que
o homem ao produzir as condições de sua existência, produz a si mesmo, faz a
história e é determinado pelas relações sociais e de produção.
O trabalho é tomado como categoria essencial que explica não só o
mundo e a sociedade do passado e do presente, mas permite ao homem uma
prática transformadora e o desafio de construir uma sociedade fundada em
novos princípios e valores.
A história é feita pelos homens, por suas ações transformadoras, e não
apenas por modelos teóricos e conceitos fechados. “A experiência surge
espontaneamente no ser social, mas não surge sem pensamento. Surge
porque homens e mulheres (e não apenas filósofos) são racionais, e refletem
sobre o que acontece a eles e ao seu mundo.”
Uma nova perspectiva para o ensino de História não pode ficar limitada
a uma concepção de história que destaque apenas as classes dominantes. O
conhecimento histórico escolar tem o desafio de superar tal obstáculo,
objetivando uma noção mais ampla, onde as classes populares sejam também
inseridas em suas análises.
Há necessidade da escola re-encontrar as memórias perdidas da
230
história, resgatar o cotidiano, “memória enfim dos ‘abandonados’ da história,
camponeses, pescadores, artesãos, operários, culturas desprezadas, cujos
gestos e trabalhos são estranhos à memória da escola.”
Os conteúdos dessa disciplina levam o aluno a entender a prática social
vinculada a pratica cultural da sociedade que é determinada pelas relações
sociais e de produção de um determinado contexto histórico.
Para entender a sociedade é fundamental antes de tudo compreender
que a história se movimenta devido às contradições, antagonismos e conflitos
presentes na sociedade resultantes da ação do homem.
A história não se faz só pela classe dominante, mas por todos que nela
estão inseridos. Torna-se necessário resgatar a memória dos esquecidos pela
História, rompendo-se com os conteúdos tradicionalmente selecionados e
considerando as experiências de vidas das pessoas comuns.
Ementa: Ações e relações humanas como objeto de estudo da história.
Categorias de análise: espaço e tempo como contextualizadoras do objeto de
estudo. História e Memória Social. A configuração das relações de poder nos
espaços sociais e no tempo. As experiências culturais dos sujeitos ao longo do
tempo e as permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes
sociais. A história e cultura afro-brasileira e história do Paraná. Análise de
fontes e historicidade. As finalidades do ensino de História na sociedade
brasileira contemporânea. O Ensino de História na Educação Infantil e nos
Iniciais do Ensino Fundamental.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Contextualização histórico-social e científica do Ensino de História e as principais tendências pedagógicas
1.1 Fundamentos Teóricos Metodológicos e Conceituais da disciplina de história: Tendências pedagógicas
1.2 Objetivos e finalidades do ensino da História na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental
1.3 O ensino de história na educação infantil
1.4 Análise crítica do livro
A partir das Concepções da Metodologia do Ensino de História, considera-se como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas pelos sujeitos. A transposição didática do conhecimento histórico deve ser realizada utilizando o método dialético e permeada pelos seguintes conteúdos estruturantes:1. Contextualização histórico-social e científica do Ensino de História e as principais tendências pedagógicas;
2. Espaço e o tempo nas relações de trabalho, cultura e poder. Vale ressaltar que o trabalho é tomado como uma categoria essencial que explica não só o mundo e a sociedade do passado e do presente, mas permite uma prática transformadora e o desafio de construir uma sociedade fundada em princípios e valores que contemple a formação humana. É fundamental a Incorporação das novas metodologias da informação e comunicação como possibilidade
1.1.1 Identifica o objeto de estudo da disciplina de história 1.1.2 Reconhece as diferentes metodologias de ensino de história correspondente as tendências pedagógicas 1.2.1 Reconhece os objetivos e finalidades do Ensino de História para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental 1.3.1 Entende que o ensino de história na educação infantil tem como eixos norteadores as interações e brincadeiras.1.3.2 Compreende que o ensino de História nesta etapa de ensino perpassa pela compreensão da ideia de passado e do presente1.3.3 Compreende que os conceitos históricos são desenvolvidos por meio de brincadeiras, canções, contos, lendas e mitos, dentre outros 1.4.1 Compreende os
2. O espaço e o tempo nas relações de trabalho, cultura e poder
didático e documentos orientadores para o ensino de História: DCNs, DCEs, entre outros
1.5 Recursos didáticos teórico- metodológicos e o uso dos dispositivos móveis (mídias) para o ensino de História na Educação Infantil e Anos Iniciais
2.1 Relações de trabalho e relações de poder e relações de cultura – rupturas
na formação do professor de História. Quanto à avaliação da aprendizagem, esta se dará ao longo do processo de ensino e aprendizagem, com o objetivo de diagnosticar o nível de apropriação dos conteúdos sistematizados. Para efetivação do processo avaliativo utilizar-se-á diferentes instrumentos, com base nos conteúdos trabalhados e seus respectivos critérios avaliativos.
critérios de análise da escolha do livro didático 1.4.2 Percebe que o conteúdo histórico não é neutro, e que o livro didático possui a visão do historiador e tendências ideológicas da sociedade 1.4.3 Identifica os Programas e documentos oficiais para o ensino de História 1.4.4 Conhece as DCNs para o Ensino Fundamental de nove anos e as DCEs para as Escolas públicas do Paraná 1.4.5 Conhece os Programas vigentes para a disciplina de História 1.5.1 Identifica os recursos metodológicos para o ensino de História na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental 1.5.2 Conhece as novas tecnologias de mídias voltadas para o ensino de História 2.1.1 Valoriza e respeita a sua cultura e as outras culturas e etnias.2.1.2 Reconhece as relações de trabalho, poder e cultura
2.2 Permanência dos valores culturais dos quais sobrevivem no presente
2.3 História e cultura negra nas escolas.
2.4 Relação entre a construção de tempo e espaço e leitura do mundo pela criança
2.5 O trabalho com as fontes históricas: patrimônio material e imaterial
no contexto sócio-histórico nacional. 2.2.1 Compreende as mudanças e as permanências da sociedade nos diferentes tempos e espaços 2.2.2 Identifica as permanências e as rupturas nas diferentes relações sociais que o homem estabelece 2.3.1 Conhece a Lei 10.639/03 que versa sobre o ensino da história e cultura afro -brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira 2.4.1 Caracteriza o tempo histórico, cronológico, da natureza2. 4.2 Reconhece sequência, ordenação, sucessão, duração, simultaneidade, semelhanças e diferenças, mudanças e permanências 2.5.1 Valoriza as fontes históricas como essenciais para compreensão da história dos diferentes grupos sociais a partir da sua etnia e cultura 2.5.2 Entende os processos
2.6 História: componentes curriculares obrigatórios dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
de construção histórica 2.5.3 Compreende o presente a partir das indagações do passado 2.6.1 Compreende a estrutura e organização didática do Ensino de História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 2.6.2 Identifica os documentos e as etapas do Planejamento Escolar
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BURKE, P. A escola dos annales 1929-1989: a revolução francesa da historiografia. São Paulo: UNESP, 1997. CAMARGO, D. M. P. de.; ZAMBONI, E. A Criança, novos tempos, novos espaços: a história e a geografia na escola. Em Aberto, Brasília, v.7, n. 37, p. 25-30, jan./mar. 1988. CARDOSO, C. F. S. Uma introdução à história. São Paulo: Brasiliense, 1988. CITRON, S. Ensinar a história hoje: a memória perdida e encontrada. Lisboa: Livros Horizonte, 1990. HOSBAWN, E. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. HOSBAWN, E. A outra história -algumas reflexões. In: KRANTZ, F. A outra história: ideologia e protesto popular nos séculos XVII a XIX. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. p. 18-33. HUNT, Lynn. Apresentação: história, cultura e texto. In: HUNT, L. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992. LE GOFF, J. História e memória. São Paulo: Unicamp, 1992. NADAI, E. A escola pública contemporânea: os currículos oficiais de história e o ensino temático. Revista Brasileira de História, São Paulo, v.6, n.11, p.99-116, set.1985/fev.1986. PENTEADO, H. D. Metodologia de ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez, 1991. PINSKY, J. História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2005. REIS. J. C. História e teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de Janeiro: FGV, 2004. RUSEN, J. História viva. Brasília: UNB, 2007. SCHMIDT, M. A. O uso escolar do documento histórico. Caderno de História: Ensino e Metodologia, Curitiba, n. 2. 1997. THOMPSON, E. P. A miséria da teoria. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
235
14.1.14 METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA
Os pressupostos metodológicos para o ensino da Matemática deverão
levar em conta a relação entre os homens e a natureza, os próprios homens e
a práxis social; a teoria e a prática, o conteúdo e as formas, o sujeito e o
objeto, o indivíduo e a sociedade. O pressuposto teórico que explicita esse
problema encontra-se na obra de Marx e Engels, A Ideologia Alemã, na qual os
autores esclarecem que, a produção de ideias, de representações e da
consciência é produto da atividade material dos homens sobre a natureza e do
intercâmbio entre os próprios homens, ou ainda, não é a consciência que
determina a vida, mas a vida que determina a consciência. Esclarecem
também que conhecer é substituir essa mistura de confusão e de dissociação,
que é a representação puramente concreta das coisas, pelo mundo das
relações.
A Metodologia do Ensino de Matemática, deverá trabalhar os conteúdos,
as formas, os métodos e as técnicas que, no plano educacional matemático,
superam a polaridade entre: teoria e prática, sujeito e objeto, concreto e
abstrato, promovendo a unidade dialética, através da totalidade, entre ambas.
A Metodologia do Ensino de Matemática deverá: explicitar a concepção
de ciência e tecnologia determinadas pelas relações sociais e produtivas;
recuperar o conteúdo matemático, a linguagem matemática, o raciocínio
lógico-matemático e as formas metodológicas adequadas a cada conteúdo;
avançar no método de ensino e aprendizagem de matemática, que tem como
último elemento o processo de abstração - conceitos - que se caracterizam por
um processo descritivo; reconhecer a importância pedagógica da transposição
didática, ou seja, da elaboração do pensamento reflexivo - concreto pensado -
e, identificar que o processo de conhecer vai além da relação do homem com o
conhecimento, ele é o produto das múltiplas relações sociais e históricas do
trabalho dos seres humanos.
É necessário ensinar Matemática, pois está presente na própria utilidade
social, ou seja, ela fornece alguns instrumentos efetivos ao homem para atuar
no mundo mais eficaz, também para desenvolver o raciocínio lógico, além de
236
outras capacidades, tais como: análise e síntese, comparação, ordenação,
abstração, etc., capacidades que fornece ao homem o acesso ao
conhecimento.
A Educação Matemática, implica olhar a própria matemática do ponto de
vista do seu fazer e do seu pensar, da sua construção histórica e implica
também olhar o ensino e o aprender Matemática buscando compreendê-lo.
Portanto, é necessário que o professor que se propõe a trabalhar com
Matemática no curso de Formação de Docentes deve refletir sobre a situação
do ensino dessa disciplina tendo em vista a futura atuação profissional de seus
alunos.
Desenvolver a Matemática de forma integrada com as diferentes áreas
do conhecimento permitindo assim, a ligação dos conteúdos estudados com o
cotidiano, possibilitando desta maneira, perceber que a Matemática é uma
ciência criada pelo homem devido a sua constante busca pelo conhecimento.
Desenvolver a percepção do valor da Matemática como construção
humana, reconhecendo sua contribuição para compreensão e resolução de
problemas do homem através do tempo, para a arte, a natureza, as ciências, a
tecnologia e o cotidiano.
Ementa: Concepções de ciência e de conhecimento matemático. História da
matemática e as tendências pedagógicas. Pressupostos teóricos metodológicos
do ensino e aprendizagem de Matemática e/ou tendências em Educação
Matemática. Conceitos matemáticos, linguagem matemática e suas
representações. Eixos que compõem a ciência matemática: números, álgebra,
geometria, tratamento da informação, grandezas e medidas. Metodologia:
resolução de problemas, etnomatemática, modelagem matemática, jogos
matemáticos, mídias tecnológicas e investigações matemáticas. O ensino da
Matemática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Documentos orientadores para o ensino da Matemática.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Evolução da ciência matemática e seus pressupostos teóricos metodológicos
2. Metodologias da Educação Matemática
1.1 Evolução da matemática ao longo da história considerando as contribuições da física
1.2 O ensino da matemática e as tendências pedagógicas
2.1 Resolução de problemas
2.2 Etnomatemática
2.3 Modelagem matemática
Para entender a mudança no trabalho da metodologia com a matemática é necessário que se entenda a evolução e a mudança da ciência em questão. Nesse sentido, a abordagem deve acontecer a partir de situações problemas, por meio da investigação e da utilização de materiais de apoio, como as tecnologias, os materiais manipuláveis e textos de referências. Considerando o processo de ensino e aprendizagem de modo dialético, lança-se mão de debates, multimídia, seminários, reflexão, análises, produções individuais e coletivas, pesquisa, confecção de material didático, dinâmicas de grupos, jogos, brincadeiras, dentre outras práticas.
Para entender o sentido das novas metodologias, é necessário que o educando conheça os eixos a ciência e que eles devem ser trabalhados em espiral, com todos interligados. É importante também entender as novas tendências da educação matemática para realizar escolhas de acordo com o conteúdo
1.1.1 Reflete sobre a evolução da matemát ica enquanto Ciência e a importância da metodologia adequada na construção da linguagem matemática e suas representações 1.1.2 Compreende como a evolução da física causou mudanças de paradigmas, provocando novas metodologias 1.2.1 Identifica o objeto de estudo da disciplina de matemática1.2.2 Reconhece as diferentes metodologias do ensino da matemática correspondente a cada tendência pedagógica 2.1.1 Aplica conhecimentos matemáticos para a resolução de problemas 2.2.1 Reconhece a etnomatemática como uma metodologia importante no contexto das manifestações matemáticas das diferentes culturas 2.3.1 Utiliza a modelagem para sistematizar a
3. Eixos da Ciência Matemática
4. Matemática na
2.4 Jogos matemáticos
2.5 Mídias tecnológicas
2.6 Investigações matemáticas
3.1 Eixos que compõem a ciência matemática: números, álgebra, geometria, tratamento da informação, grandezas e medidas.
3.2 Conceitos básicos da matemática: classificação, seriação, inclusão de classe e conservação
4.1 A construção do número
a ser desenvolvido, com vistas na aprendizagem significativa, numa perspectiva progressista. As práticas educativas devem oportunizar a construção e utilização do lúdico, permeado por brincadeiras, jogos, literatura e outros, o que deve estar referenciado com textos de embasamento teórico filosófico, para também diferenciar a aprendizagem empírica da abstração reflexiva, ampliando a compreensão do educando e sua contextualização. Com relação à avaliação do processo de ensino e aprendizagem, é fundamental o acompanhamento contínuo e cumulativo, de modo a constatar os avanços das aprendizagens dos alunos. Assim, a avaliação de caráter diagnóstico e formativo, adquire um novo enfoque, onde as ações do professor são diferenciadas, com o objetivo de avaliar o percurso formativo do aluno e não apenas classificatório.
aprendizagem da ciência matemática 2.4.1 Confecciona jogos e sabe utilizá-los na resolução de problemas matemáticos. 2.4.2 Utiliza os jogos na construção dos conceitos matemáticos 2.5.1 Reconhece o uso das mídias como ferramenta pedagógica no processo ensino aprendizagem2.6.1 Formula diferentes hipóteses para se chegar a um resultado, através da matemática investigativa 3.1.1 Reconhece cada eixo e entende o sentido do trabalho em espiral que expressa a integração entre o conteúdo 3.1.2 Compreende a necessidade de trabalhar dialeticamente, integrando os eixos da ciência matemática
3.2.1 Compreende os conceitos matemáticos
3.2.2 Realiza atividades práticas utilizando os conceitos matemáticos 4.1.1 Entende que a
educação infantil
5. Matemática nos anos iniciais da educação básica
4.2 Fatos básicos da adição e subtração
4.3 Matemática contextualizada ao mundo infantil, abordando os eixos da ciência através de jogos, brincadeiras e Literatura Infantil
5.1 Conteúdos básicos para o ensino da matemática:- Formação do nosso sistema de numeração- Cálculos e algoritmos- As 4 operações - As ideias das operações- Frações decimais- Sistematização e matematização- Noções de porcentagem- Números racionais
construção do número não se dá num processo mecânico e sim na articulação do conhecimento empírico com o científico
4.2.1 Entende a importância dos fatos básicos para a aprendizagem das quantidades totais e que cada quantidade pode ser constituída por quantidades diversas 4.3.1 Confecciona jogos e sabe utilizá-los 4.3.2 Entende a relação da matemática com a infância 4.3.3 Compreende a necessidade aprendizagem significativa na Educação Infantil 5.1.1 Compreende os conceitos matemáticos e estabelece relações com situações do cotidiano5.1.2 Registra os resultados observados no decorrer do processo ensino aprendizagem 5.1.3 Elabora exercícios de sistematização significativos para a faixa etária que está sendo abordada
6. Documentos orientadores para o Ensino de Matemática
- Sistemas de medidas- Sistema monetário- Números decimais- Operações com números decimais e racionais
6.1 Análise crítica do livro didático e documentos orientadores para o ensino de Matemática: DCNs, DCEs
5.1.4 Entende a relação e a importância da matematização e da sistematização 5.1.5 Interpreta e compreende os mais diversos fenômenos de nosso cotidiano: fórmulas, cálculos,estatísticas, planejamento e decisões 5.1.6 Resolve em situações problemas as operações com os diversos numerais estudados6.1.1 Compreende os critérios de análise da escolha do livro didático6.1.2 Identifica os Programas e documentos oficiais para o ensino de Matemática 6.1.3 Conhece as DCNs para o ensino de nove anos 6.1.4 Conhece as DCNs e as DCEs de Matemática para as Escolas públicas do Paraná 6.1.5 Conhece os Programas vigentes para a disciplina de Matemática
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ALVES, J. Educação matemática & exclusão social. Brasília: Plano, 2002. BARRETO, E. S. de S. (org.) Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. Campinas: Autores
Associados/Fundação Getúlio Vargas, 1998. BICUDO, M. A. V. (org.) Educação matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Moraes, 1987. BICUDO, M. A. V. (org.) Pesquisa em educação matemática: concepções e perspectivas, São Paulo: Unesp, 1999. BICUDO, M. A. V. A história da matemática: questões historiográficas e políticas e reflexos na educação matemática. São Paulo: UNESP, 1999. BRITO, M. R. F. de. (org.) Psicologia da educação matemática: teoria e pesquisa. Florianópolis: Insular, 2001. BRITO, M. R. F. Solução de problemas e a matemática escolar. Campinas:Átomo&Alínea, 2010. CAMPOS, T. M. M.; NUNES, T. Tendências atuais do ensino e aprendizagem da matemática. Brasília: UNB, 1994. CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1984. CARVALHO, D. L. de. Metodologia do ensino da matemática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994. CHEVALLARD, Y. Estudar matemáticas: o elo perdido entre o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2001. D’AMBROSIO, U. A história da matemática: questões historiográficas e políticas e reflexos na educação matemática. São Paulo: UNESP, 1999. D’AMBROSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. Campinas: Summus, 1986. D’AMBRÖSIO, U. Educação matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 1996. D’AMBROSIO, U. Educação para uma sociedade em transição. Campinas: Papirus, 1999. D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. D’AMBROSIO, U. História da matemática e educação. Caderno CEDES, Campinas, n. 40, p. 7-17, 1996. DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Alves, 1989. ENZENBERGER. H. M. O diabo dos números. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. FIORENTINI, D; MIORIN, M. A. Por trás da porta, que matemática acontece? Campinas: Unicamp, 2001. FRANCHI, A. Considerações sobre a teoria dos campos conceituais. Educação matemática: uma introdução. São Paulo: EDUC, 1999. GIARDINETTO, J. R. B. Matemática escolar e matemática da vida cotidiana. Campinas: Autores Associados, 1999. HALMENSCHLAGER, V. L. da S. Etnomatemática: uma experiência educacional. São Paulo: Summus, 2001. HOGBEN, L. Maravilhas da matemática: influência e função da matemática nos conhecimentos humanos. 2. ed. Porto Alegre: Globo, 1970. KLINE, M. O fracasso da matemática moderna. São Paulo: Ibrasa, 1976. KRULIK, S.; REYS, R. E. (org.) A resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2000. LIMA, E. L. et al. A matemática do ensino médio . Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática, 1998. LINS, R. C. I.; GIMENEZ, J. Perspectiva em aritmética e álgebra para o século XXI. Campinas: Papirus/SBEM, 1997. LORENZATO, S.; FIORENTINI, D. Iniciação à investigação em educação matemática. Campinas: CEMPEM/COPEMA, 1999.
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243
14.1.15 METODOLOGIA DE LÍNGUA PORTUGUESA
A leitura e a escrita atuam como instrumentos básicos e ferramentas
necessárias para que a humanidade se aproprie do conhecimento acumulado,
registrado no código escrito.
A prioridade da escola básica é promover, no indivíduo, a aquisição da
leitura e da escrita, na sua forma mais completa, de modo a possibilitar o
exercício competente do entendimento e da expressão escrita na Língua
Portuguesa.
Os índices relativos à alfabetização no Brasil são bastante críticos
(aponta-se que existam hoje quase 20 milhões de pessoas consideradas
analfabetas e em torno de 34 milhões de analfabetos funcionais, ou seja,
sujeitos que têm um domínio tão precário de leitura e escrita que não são
capazes de fazer uso efetivo dessas habilidades), o que tem apontado a
necessidade da preparação de um professor que seja capaz de alfabetizar com
sucesso.
Com o advento do capitalismo o que determina as atividades científicas
e educacionais é o conhecimento útil ao capital. Então nos
perguntamos:Interessa ao capital garantir a alfabetização a todos? Em que
medida é fundamental para o tipo de sociedade em que vivemos a existência
de sujeitos que não saibam apenas decifrar um código, mas que sejam de fato
leitores e escritores, com possibilidade de uma verdadeira leitura do mundo?
Seria desnecessário lembrar o caráter dispensável da alfabetização,
enquanto pré-requisito para que trabalhadores operem máquinas de trabalho
simples. Como o capitalismo acentua o corte entre trabalho intelectual e
trabalho manual, cabe aos primeiros a aquisição da leitura e da escrita,
enquanto que para os segundos, este é um saber que não se faz necessário.
A concepção de língua escrita enquanto um sistema de representação,
em que a grafia das palavras e seu significado estão associados, encaminha o
processo de alfabetização e ensino da Língua Portuguesa para além do mero
domínio do sistema gráfico, propondo um efetivo domínio da língua escrita,
tomada na sua totalidade.
244
O futuro professor precisa entender a leitura e a escrita como atividades
sociais significativas, sustentando-se, por conseguinte, em atividades
pedagógicas que envolvam o uso da língua em situações reais, através de
textos significativos e contextualizados. Nesta direção, o domínio do sistema
gráfico é parte de um processo mais amplo.
Uma ação pedagógica pressupõe, além da concepção de língua, de
escola, de educação e de sociedade, o conhecimento das diferentes dimensões
da alfabetização. Portanto não se forma o professor alfabetizador apenas com
a disciplina Metodologia da Língua Portuguesa e Alfabetização, mas com a
articulação desta com as diferentes disciplinas do currículo do curso de
Magistério. A formação do futuro professor exige profundo domínio teórico de
modo que as disciplinas desenvolvidas no curso contribuam para a
compreensão do homem como ser histórico e para uma leitura mais
abrangente da realidade.
É necessário que os futuros docentes compreendam a existência de uma
relação íntima entre concepção filosófica, correntes da psicologia, ideias
pedagógicas e a concepção do objeto de conhecimento, ou seja, a Língua
Portuguesa.
Outro aspecto que deve ser considerado na formação dos docentes é o
fato de que as diferenças econômicas, culturais e socais determinam homens
diferentes, contudo não se há de, ingenuamente, acreditar que estas
impossibilitam qualquer aprendizagem ou que a escola possa suprir todas as
desvantagens determinadas pela condição social.
É preciso destacar as contribuições da Linguística no preparo dos
docentes, garantindo aos futuros mestres algumas noções básicas como: -
conceito de texto, características do sistema gráfico da Língua Portuguesa,
vogais e consoantes na sua dimensão gráfica e fonética, padrões silábicos da
Língua, tipologia textual, funções da linguagem, trama dos textos, unidade
temática, consistência argumentativa, coerência, unidade estrutural, coesão,
emprego da norma padrão, adequação lexical, redundâncias e repetições,
ambiguidade, respeito as convenções do código, relação oralidade -escrita,
variedades linguísticas e uso adequado de recursos gráficos. E como
245
considerar didaticamente estas questões enquanto direcionador do processo
de aquisição da leitura e da escrita.
Do ponto de vista de uma proposta metodológica de Língua Portuguesa,
propõe-se que a prática pedagógica leve em consideração três grandes eixos: -
compreensão da função social da leitura e da escrita; aquisição da leitura e da
escrita; domínio do sistema gráfico.
Estes eixos não significam etapas sucessivas; deverão constituir-se num
trabalho distinto, mas não disjunto.
Desta forma o trabalho metodológico em Língua Portuguesa deverá
garantir quatro práticas fundamentais: Leitura e Interpretação. Produção de
Textos Orais e Escritos; Análise Linguística; Atividades de Sistematização para
o Domínio do Código.
Se considerarmos a Língua na perspectiva do que a leitura e a escrita
representam, de seus valores e usos sociais, bem como a compreensão da
estrutura desse sistema de representação, então o trabalho estará direcionado
para um ensino que permita ao aluno (criança, jovem ou adulto) compreender,
desde o início, a função social da leitura e da escrita; e delas faça uso efetivo,
constituindo-se como leitor e escritor.
O futuro docente deve estar preparado para criar uma prática rica em
estimulações e significações, garantindo, no interior da escola, a forma de
aprender que acontece fora dela, ou seja, pela interação entre os sujeitos.
O trabalho que envolve a leitura e a produção de textos representa o
caminho mais coerente para efetivar o processo de alfabetização e de ensino
da Língua Portuguesa.
Os discentes dos cursos de Magistério devem ter consciência de que a
oralidade é um aspecto fundamental e que precisa ser desenvolvida. Torna-se
necessária uma organização das atividades orais, de forma a ir além do
espontaneísmo e garantir, através de situações significativas, ricas e variadas,
o desenvolvimento da expressão oral do aluno.
A disciplina Metodologia da Língua Portuguesa e Alfabetização precisa
desenvolver conteúdos envolvendo:- concepção de linguagem, - concepção de
linguagem escrita, - concepção de alfabetização e de letramento, - concepção
246
de ensino e de aprendizagem, - teorias sobre a aquisição do conhecimento e
da leitura e da escrita, - concepção de variação linguística, conceito de leitura
e de texto, - processo de avaliação, - história da escrita, - análise crítica dos
processos de alfabetização, - técnicas e recursos, - noções de fonética e do
sistema gráfico do português e - procedimentos metodológicos - e deve-se ter
clareza que a qualificação docente necessita da articulação das diferentes
disciplinas que compõem o currículo dos cursos de Formação de Professores.
Em decorrência da concepção do conhecimento de linguagem e de
aprendizagem, o objetivo do processo de alfabetização é a própria língua
portuguesa como elemento norteador do ensino-aprendizagem o texto oral e
escrito, enquanto unidade de sentido da língua levando os alunos do curso de
formação de docentes a perceber que a função da escola, na área da
linguagem, é introduzir a criança no mundo da escrita, tornando-a um cidadão
funcionalmente letrado, ou seja, um sujeito capaz de fazer uso da linguagem
escrita para sua necessidade individual de crescer cognitivamente e para
atender as várias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de
linguagem como um dos instrumentos de comunicação, levando-os a perceber
que a chamada norma-padrão, ou língua falada culta, é consequência do
letramento, é preciso, antes de mais nada, conscientizar o futuro professor dos
fatores com que estará interagindo na sua prática didática para que, com base
nesse conhecimento, possam traçar um plano pedagógico sólido e com
possibilidades reais de sucesso.
Ementa: Discurso como prática social. Concepções teórico-metodológicas e as
tendências pedagógicas no ensino de Língua Portuguesa. Práticas de ensino:
oralidade, leitura, escrita e análise linguística. As diferentes concepções de
linguagens e metodologias para o ensino da Língua Portuguesa. Norma culta e
suas implicações para transmissão do patrimônio cultural. Concepção de
variação linguística. Gêneros discursivos. Sistema gráfico da Língua
Portuguesa. Análise e produção de material didático para o ensino da Língua
Portuguesa. Programas e documentos vigentes que orientam o ensino da
Língua Portuguesa.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1. Discurso como prática social
1.1 Concepções teórico-metodológicas e as tendências pedagógicas no ensino de Língua Portuguesa
1.2 Práticas de ensino:oralidade, leitura, escrita, análise linguística e sistematização para o uso do código1.3 As diferentes concepções de linguagem e metodologias para o ensino da Língua Portuguesa
1.4 Norma culta e suas implicações para a transmissão do patrimônio cultural 1.5 Concepções de variação linguística
1.6 Gêneros discursivos
1.7 Sistema gráfico da língua portuguesa
1.8 Análise e produção de
Pretende-se com os conteúdos abordados na disciplina de Metodologia de Língua Portuguesa, proporcionar aos alunos em processo de formação, a reflexão e a discussão teórico- metodológica referentes ao processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa. Essa reflexão e discussão contribui para o futuro docente construir sua prática pedagógica com o desafio de formação de cidadania da criança.O trabalho será desenvolvido a partir do conhecimento prévio do aluno, numa abordagem teórico- metodológica que mobilize os estudantes para a importância da linguagem, da leitura e da escrita como atividade significativa para a melhoria da prática social do cidadão. Os conteúdos abordados terão referenciais teóricos de diferentes autores, e os mesmos serão discutidos estabelecendo relação com o contexto histórico e o contexto atual. Terão como referência o documento: “Ensino Fundamental de Nove Anos Orientações Pedagógicas para os
1.1.1 Identifica as teorias sobre a aquisição do conhecimento, da leitura, da escrita e das tendências pedagógicas 1.2.1 Demonstra domínio das práticas de ensino da Língua Portuguesa
1.3.1 Conhece as diferentes concepções de linguagem e as metodologias utilizadas para o ensino da Língua Portuguesa 1.4.1 Reconhece o uso e a importância da norma culta
1.5.1 Reconhece as variações linguísticas como manifestações aceitáveis dentro de um contexto social 1.6.1 Reconhece os diferentes gêneros textuais 1.7.1 Compreende as características do sistema gráfico da Língua Portuguesa 1.8.1 Analisa criticamente
material didático para o ensino da Língua Portuguesa
1.9 Programas e documentos vigentes que orientam o ensino da Língua Portuguesa
anos Iniciais” (SEED-DEB/PR). Os conteúdos serão desenvolvidos e aplicados em simulações de prática pelos alunos em formação. Propiciar-se-ão momentos para confecção de recursos pedagógicos que facilitem a prática pedagógica futura, com orientações de como explorá-los. Os aspectos teóricos também serão explorados por meio de pesquisas, comparações, pesquisa de campo com exposição, debates, seminários, etc. A avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos os momentos do processo de ensino e aprendizagem, por meio de diferentes instrumentos, tais como: apresentação de trabalhos e miniaulas; produção de materiais pedagógicos; exposições e seminários; provas objetivas e dissertativas; auto avaliação. A avaliação e recuperação de estudos permanecerão todo o processo de ensino e aprendizagem, no sentido de resgatar os conteúdos que não foram devidamente apropriados pelo aluno.
os diferentes materiais didáticos disponíveis para o ensino da Língua Portuguesa 1.8.2 Produz materiais pedagógicos e atividades de acordo com os pressupostos estudados 1.9.1 Conhece e diferencia os programas e documentos oficiais para o ensino da Língua Portuguesa difundidos no Brasil
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, I. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003. MACHADO, A. R.; GUIMARÃES, A M de M. O interacionismo sócio discursivo. São Paulo: Mercado de letras, 2002. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BASTOS, L. K.; MATTOS, M. A. A de. A produção escrita e a gramática. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1992. COCH, I. P. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2007. FARACO, C. A . Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar Edições, 2006. FREIRE, P. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1982. GERALDI, J. W. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas: Mercado das Letras, 1996. KAUFMAN, A. M.; RODRIGUES, M. H. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. MACHADO, A. R.; GUIMARÃES, A M de M. O interacionismo sócio discursivo. São Paulo: Mercado de letras, 2002. MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. MORAIS, A. G. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2007. POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. São Paulo: Mercado das Letras, 1996. ROBERT, S. Bakhtin da teoria literária à cultura de massa. São Paulo: Ática, 1992. SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado de Letras, 2004. VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
250
14.1.16 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
A função da escola não é trabalhar com os conhecimentos cotidianos,
estes podem ser aprendidos sem ela. A tarefa principal da escola é trabalhar
com os conhecimentos sistematizados, científicos, mas a partir da realidade.
Fazer com que os conceitos cotidianos ascendam aos científicos para
que se tornem científicos também, e o trabalho de possibilitar que os
conceitos científicos desçam aos cotidianos para que se tornem científicos no
cotidiano, através da mediação do professor, este é o processo pedagógico, a
didática necessária para a escola atual.
Para que isso aconteça, é necessário que os conteúdos escolares não
sejam vistos como uma imposição, mas sim tratados como uma necessidade
pessoal e social, a fim, de que apreendidos e incorporados possam ser um
instrumento de mudança social.
Os conhecimentos adquirem significado para os alunos à medida que
passam a fazer parte de sua vida fora da escola. Isto significa que a docência
deve possibilitar aos educandos que se apropriem dos conteúdos, não de
forma isolada, como um saber fragmentado, compartimentado, útil apenas
para a escola, mas sim de maneira contextualizada, próxima e remotamente. A
contextualização próxima consiste em relacionar cada disciplina com as
demais, tentando realizar, em alguma medida, a interdisciplinaridade, mas
também ligando os conteúdos com a vivência extraescolar imediata. A
contextualização remota se realiza à medida que os conteúdos escolares são
compreendidos em sua relação com a vida dos educandos no complexo
universal, planetário numa grande rede de interconexões.
A escola possui, entre suas funções principais, a de transpor para a sala
de aula os conhecimentos científicos e culturais, a fim de que, pela ação
docente-discente, os educandos se apropriem deles com sentido para suas
vidas.
Vivemos no mundo das informações, mas nem todas se transformam
em conhecimento. No dizer de Morin ( 2003, p.16-17), “o conhecimento só é
conhecimento enquanto organização, relacionado com as informações e
251
inserido no contexto destas. As informações constituem parcelas dispersas de
saber. Em toda parte, nas ciências como nas mídias, estamos afogados em
informações. O especialista da disciplina mais restrita não chega a sequer
tomar conhecimento das informações concernentes à sua área. Cada vez mais,
a gigantesca proliferação de conhecimentos escapa ao controle humano”.
O processo didático-pedagógico - aprender, desaprender, reaprender -
cujo fundamento é o materialismo histórico, trata da apreensão do
conhecimento científico-cultural, na escola, através das três fases do método
dialético de elaboração do conhecimento que se expressam no processo:
prática-teoria-prática. Esses três momentos do método fundamentam a teoria
histórico-cultural de Vigotski que se concretiza nos seguintes momentos: a) o
nível de desenvolvimento atual do educando, isto é, o que o aluno realiza
sozinho, independentemente do professor; b) a zona de desenvolvimento
imediato, que consiste no trabalho de aprendizagem que o educando somente
consegue desenvolver com o auxílio do professor ou de alguém mais
experiente; c) e o retorno ao nível de desenvolvimento atual, em estágio mais
elevado e concreto, que passa a ser a nova forma de ação do aluno, sem a
presença do mestre.
Esta metodologia dialética de ação docente-discente parte da prática
social, vai à teoria e retorna à prática social. Estes três momentos do processo
representam as fases de aprendizagem, desaprendizagem, reaprendizagem.
Assim, a prática social que o educando leva para a sala de aula é a
aprendizagem que ele realizou fora da escola, anteriormente, sem a ajuda do
professor, ou em anos anteriores de escolaridade. É tudo o que já sabe. O
segundo momento, a teoria, é um salto para frente, realizado com a ajuda do
professor. Numa linguagem figurada, podemos dizer que o aluno, neste passo,
desaprende o que já sabia, isto é, passa do empírico, do cotidiano para a
dimensão científica do conteúdo, o que possibilita uma nova visão mais
elevada teoricamente do saber. Neste processo de passar do que sabia para o
que ainda não conhecia, dá-se, intelectualmente, um novo salto que é a
reaprendizagem, onde se unem o cotidiano e o científico em uma nova
dimensão.
252
A disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico discute as diversas
práticas pedagógicas, enfatizando a visão crítica e transformadora, objetivando
construir com as aulas a identidade profissional docente contextualizando a
prática pedagógica, considerando suas experiências sociais, políticos,
econômicos culturais, provocando reflexões sobre as origens da didática e sua
função mediadora na construção da identidade profissional destacando
aspectos significativos na formação dos futuros professores. A finalidade do
trabalho escolar não é trabalhar os conteúdos do cotidiano. Estes não precisam
da escola para serem apreendidos, mas a partir destes chegar ao
conhecimento sistematizado.
Ementa: Organização do sistema escolar brasileiro: aspectos legais e
pedagógicos. Elementos teórico-metodológicos para análise de políticas
públicas: Nacional, Estadual e Municipal. Políticas e financiamento para a
Educação Básica. O trabalho pedagógico como princípio articulador da ação
pedagógica. Documentos orientadores do trabalho pedagógico. Gestão Escolar.
Planejamento da ação educativa: concepções de currículo e ensino. O currículo
e a organização do trabalho escolar. Avaliação.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1ª série
1. Sistema Escolar Brasileiro
1.1 O que é Educação
1.2 Legislação: Constituição. Lei 4.024/61. Lei 5692/71. LDBEN 9294/96. Lei 12796/13
1.3 Princípios da educação brasileira
1.4 Estrutura e Funcionamento do Sistema Escolar Brasileiro: Federal, Estadual e Municipal: • Finalidades da Educação Básica • Níveis, etapas e modalidades da educação básica
A disciplina de OTP apresenta uma proposta metodológica pautada na concepção dialética de educação, na qual, o conhecimento se produz num processo dinâmico e participativo. Assim, é possível garantir ao estudante a instrumentalização necessária para a compreensão do que, por que e para que ensinar. O aprofundamento teórico será realizado por meio da mediação do conhecimento entre professor e aluno. Para tanto, serão utilizados: relatos orais e escritos sobre questões levantadas, estudo de textos, seminários, oficinas, painéis, aulas expositivas, estudo dirigido, investigação, dentre outros. A avaliação será contínua, processual, diagnóstica e formativa, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Serão utilizados como instrumentos: trabalhos individuais e em grupo, provas escritas, pesquisas, sínteses e leituras normativas de textos, seminários, debates, construção e exposição de materiais. É importante ressaltar que os
1.1.1 Compreende o conceito de Educação no contexto no contexto escolar brasileiro 1.2.1 Compreende a legislação do sistema escolar brasileiro
1.3.1 Identifica os princípios da Educação Brasileira nos diferentes sistemas de ensino 1.4.1 Compreende a organização do sistema escolar brasileiro estabelecendo relação entre a organização do ensino no Brasil: Nacional, Estadual e Municipal. 1.4.2 Diferencia as características administrativas e legais das diversas instituições escolares
2. Gestão Escolar
1.5 Políticas Públicas básicas para a Educação em nível Federal, Estadual e Municipal:
• A escola Pública como espaço da educação de qualidade. • Recursos Financeiros da Educação Brasileira (FUNDEB, PDDE, PROEMI, PNLD, FUNDO ROTATIVO, APMF entre outros) 2 .1 Concepções de gestão escolar: • Gestão democrática • Gestão participativa• Gestão administrativa
2.2 Instâncias colegiadas:- APMF- Conselho escolar- Conselho de classe- Grêmio estudantil
critérios de avaliação corresponde aos conteúdos trabalhados.
1.5.1 Diferencia as políticas públicas nas esferas federal, estadual e municipal 1.5.2 Conhece as políticas de financiamento, normatização, organização da educação básica 1.5.3 Identifica os recursos financeiros da educação e os amparos legais que lhes dão suporte
2.1.1 Diferencia as características das concepções de gestão 2.1.2 Reconhece o papel do gestor diante das diferentes formas de gestão escolar 2.1.3 Reconhece a gestão democrática como ação, integradora para conquistar a participação efetiva da comunidade escolar. 2.2.1 Conhece a existência dos órgãos colegiados como instrumentos da gestão democrática 2.2.2 Conhece a estrutura e o nível de atuação de cada instância colegiada
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
2ª série
1. Documentos orientadores do trabalho pedagógico
1.1 Projeto Político Pedagógico -PPP: • Fundamentação teórica e metodológica • O Trabalho como princípio educativo • Amparo legal • Princípio da Diversidade Cultural / Inclusão • Interdisciplinaridade • Currículo escolar: Concepção Dimensões: Formal, em Ação e Oculto. Propostas Curriculares
1.2 Regimento Escolar: • Estrutura •Amparo legal
1.3 Níveis de Planejamento: • Plano de Trabalho Docente - PDT (Projetos, temas,
Uma proposta metodológica que perpasse pela perspectiva dialética, na qual, o conhecimento se produza num processo dinâmico e participativo, que garanta ao aluno a instrumentalização necessária para o entendimento do que, por que e para que trabalhar. A partir do aprofundamento teórico, será realizado a troca de ideias entre alunos/professores/alunos, buscando possibilidades de intervenção na Prática Pedagógica, através de relatos orais e escritos, sobre questões levantadas. Além do estudo de textos, diferentes estratégias de ensino serão utilizadas como: seminários, oficinas, painéis, aulas expositivas, estudo dirigido, investigação, dentre outros .
1.1.1 Conhece a concepção teórico-metodológico do P.P.P. como direcionamento do processo educativo 1.1.2 Reconhece o trabalho na sua dimensão ontológica, enquanto princípio educativo 1.1.3 Reconhece a interdisciplinaridade enquanto concepção que fundamenta a organização da Proposta Pedagógica Curricular 1.1.4 Diferencia o currículo nas suas dimensões 1.1.5 Compreende o processo de elaboração da Proposta Pedagógica Curricula r.
1.2.1 Compreende o processo de estruturação do Regimento Escolar 1.2.2 Reconhece a sua importância para a normatização das ações da escola 1.3.1 Reconhece o planejamento como princípio norteador da ação
2. Avaliação
disciplinas e áreas do conhecimento) •Proposta Pedagógica Curricular: PPC•Plano de ação
2.1 Concepção de avaliação segundo as tendências pedagógicas
2.2 Aspectos legais da Avaliação
2.3 Avaliação da aprendizagem: • Concepção diagnóstica • Instrumentos • Critérios
2.4 Avaliação Institucional
2.5 Avaliações externas do
doce nte.
1.3.2 Compreende que o plano de trabalho do professor organiza suas ações em sala de aula 1.3.3 Diferencia e reconhece a importância dos diferentes níveis de planejamento escolar – PTD, PPC e Plano de ação 2.1.1 Diferencia e reconhece a concepção de avaliação segundo as tendências 2.1.2 Utiliza a avaliação como forma de reflexão da ação docente e discente 2.2.1 Conhece os aspectos legais que amparam o sistema de avaliação na legislação vigente 2.3.1 Compreende a avaliação do processo de ensino aprendizagem na concepção diagnóstica 2.3.2 Reconhece a importância da utilização de diferentes instrumentos e critérios avaliativos 2 .4.1 Compreende a função da Avaliação Institucional para melhoria do processo escolar 2.5.1 Conhece as diferentes
Sistema Educacional (SAEB, ENEM, Prova Brasil, Provinha Brasil, entre outros)
formas de avaliação externa no contexto da educação brasileira
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ARROYO. M. G. Imagens quebradas – trajetória e tempos de alunos e mestres. Petrópolis: Vozes, 2004. BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. CANDAU, V. M. Sociedade educação e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005. CORAZZA, S. M. Manifesto por uma dialética. Contexto e Educação, Ijuí, v. 6, n. 22, p. 83-99, abr./jun. 1991. CORTELLA, M. S. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001. DUARTE, N. Educação escolar, teoria do cotidiano e a escola de Vigotski. Campinas: Autores Associados, 1996. FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. Â. da S (org.). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 5.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 29. ed. São Paulo. Paz e Terra, 2004. GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2007. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2005. GONZÁLEZ, J. A. T. Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas. Porto Alegre: Artmed, 2002. HOFFMMAN. J. Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2008. LEONTIEV, A. et al. Psicologia e pedagogia: bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. São Paulo: Centauro, 2003. LEONTIEV, A. Inter-relação entre noções novas e noções adquiridas anteriormente. In: LURIA, A. R.; LEONTIEV, A.; VIGOTSKY L. S. et al. Psicologia e pedadogia II: investigações experimentais sobre problemas didáticos específicos. Lisboa: Ed. Estampa, 1977. LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001. MINGUET, P. A. (org.). A construção do conhecimento na educação. Porto Alegre: Artmed, 1998. MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 9. ed. São Paulo: Cortez, Brasília: UNESCO, 2004. PALANGANA, I. C. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a relevância do social. São Paulo: Plexus, 1994. PARO. V. Gestão democrática na escola pública. São Paulo: Ática, 1997. REGO,T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995.
REIG, D.; GRADOLÍ, L. A construção humana através da zona de desenvolvimento potencial: L. S. Vygotsky. In: MINGUET, P. A. (org.) A construção do conhecimento na educação. Porto Alegre: Artmed, 1998. SAVIANI, D. Escola e democracia. 32. ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados. 1999. SNYDERS, G. A alegria na escola. São Paulo: Manole, 1988. VASCONCELLOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 1993. VASCONCELLOS, C. dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002. VEIGA. I. P. A. Projeto Político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 2005. VEIGA. I. P. A. Didática: entre o pensar, o dizer e o vivenciar. Campinas: Papirus, 2012. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991. WACHOWICZ, L. A. O método dialético na didática. Campinas: Papirus, 1989.
259
14.1.17 PRÁTICA DE FORMAÇÃO
É preciso determinar para o processo de estágio supervisionado a
definição de que professor se pretende formar e para qual escola, para pensar
que saberes estão implicados na formação do educador. Desta forma, se
destaca que trabalhamos na formação daqueles que muito provavelmente
atuarão na escola pública, por ser esta a escola que na realidade brasileira,
capitalista, atende à maioria da população, ou seja, os filhos das camadas
trabalhadoras. Assim, nos interessa discutir, em que sentido e de que forma, a
organização do estágio supervisionado na formação dos professores pode
colaborar para sua “elevação cultural” (Gramsci) e, nesta direção, contribuir
significativamente para a ampliação qualitativa do ensino ofertado às classes
trabalhadoras.
Nas palavras de SAVIANI (1996, p. 145) ”é a educação que determina os
saberes que entram na formação do educador”, logo tentar responder à
questão acima enunciada nos remete à necessária consideração da função
social da escola e sua dimensão política no contexto da sociedade capitalista.
Entendemos que este sentido da escola pode ser explicado pela análise que
SAVIANI (1992) faz, numa perspectiva histórico-crítica, sobre a natureza e a
especificidade da educação.
A educação é entendida, por este autor, como um fenômeno próprio dos
seres humanos. Seres humanos que se constituem enquanto tal no processo
de produção de sua existência. Esta produção se dá no processo de adaptação
da natureza ao próprio homem, o que significa agir na e sobre esta natureza
promovendo sua transformação. Esta ação intencional é definida como
trabalho.
O trabalho é, pois a ação por meio da qual, o homem produz o mundo
humano. Assim, a educação é, “ao mesmo tempo, uma exigência do e para o
processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho”
(SAVIANI, 1992, P. 12).
SAVIANI (1996, p. 148) apresenta uma possível categorização dos
saberes que deveriam integrar o processo de formação do educador e que
260
poderia ser tomado como elemento direcionador da organização do estágio
supervisionado, ainda que não tenha sido organizado com esta intenção pelo
referido autor.
São cinco os saberes elencados por SAVIANI: saber atitudinal, saber
crítico-contextual, saberes específicos, saber pedagógico e saber didático-
curricular.
O saber atitudinal, nas palavras do autor, “compreende o domínio dos
comportamentos e vivências consideradas adequadas ao trabalho educativo”.
Entre elas destaca “as atitudes e posturas como disciplina, pontualidade,
coerência, clareza, justiça e equidade, diálogo, respeito às pessoas dos
educandos, atenção às suas dificuldades”.
O saber crítico-contextual expressa a compreensão das condições sócio-
históricas que determinam a tarefa educativa. Pretende-se que o educador
saiba compreender o “contexto com base no qual e para o qual, se desenvolve
o trabalho educativo”.
Os saberes específicos correspondem as disciplinas “em que se recorta
o conhecimento socialmente produzido e que integram os currículos
escolares”. Já os conhecimentos produzidos pelas ciências da educação e
sistematizados nas teorias educacionais integram o saber pedagógico.
Finalmente ao saber didático-curricular corresponde o entendimento da
dinâmica do trabalho pedagógico, ou seja, “os conhecimentos relativos às
formas de organização e realização da atividade educativa no âmbito da
relação educador-educando”.
O estágio supervisionado é o elemento por meio do qual, se pretende
estabelecer a relação teoria e prática na formação do educador. Logo o que
pretendemos reafirmar é que a definição do encaminhamento desta prática
educativa (o estágio ) não pode deixar de estar pautada numa reflexão que
discuta o fazer pedagógico em todas as suas dimensões : o que ensinar, como
ensinar,para quem e para que (CNADAU;LELIS, 1983 apud PIMENTA,
1994,P.66).
A teoria e a prática, são concebidas como dimensão de um mesmo
processo unitário que se efetivam através de uma dinâmica, em que a teoria
261
orienta a ação, entendida como transformação da realidade, e esta, por sua
vez, pode reorientar a própria teoria, fazendo-a avançar e progredir.
Este é o momento de instrumentalizar o aluno do curso de formação de
professores na construção de sua práxis pedagógica. Práxis, entendida no
sentido marxiano de atitude humana de transformação da natureza e da
sociedade. Pois como já dizia Marx não basta conhecer e interpretar o mundo
(teórico), é preciso transformá-lo (práxis). Transpondo esses conceitos para o
trabalho docente poderia dizer que se trata de entender as relações imbricadas
no processo de constituição da escola e do ato educativo, analisá-las
criticamente e agir de maneira a estabelecer as transformações necessárias
para que a função da escola se realize.
Ao produzir seus meios de vida, o homem produz indiretamente sua
própria vida material. Os indivíduos são dependentes das condições materiais
de sua produção” (VÁSQUEZ, 1968). Portanto, para compreender qualquer
objeto de estudo, é necessária a consciência de que os fatos ou fenômenos
não existem em si mesmo, são determinações sociais atreladas ao modo de
produção da vida material, pois: na produção social da sua existência, os
homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da
sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau
de desenvolvimento das forças produtivas materiais.
A história dos homens é a história das lutas de classes, uma vez que, ao
se agruparem em função das suas condições materiais no processo de
produção, ou seja, de possuidores dos meios de produção ou possuidores da
força de trabalho, estabelecem relações que caracterizam as suas condições
sociais, econômicas e políticas de existência e essas condições são alteradas,
cada vez, que as relações entre estas classes se modificam em função das
alterações no processo de produção da existência humana. (Marx e Engels,
2001).
O estágio supervisionado se constitui como elemento articulador da
relação teoria e prática e, enquanto tal deve ser pensado na perspectiva da
formação de profissionais da educação capazes de partindo de uma análise
rigorosa do contexto em que o sistema educacional no qual atuam está
262
inserido, construir conhecimentos novos que possam explicar e indicar
alternativas para a construção de uma práxis pedagógica que vá de encontro
às necessidades de uma educação de qualidade que proporcione ao aluno
uma preparação teórico-metodológica de pesquisa que possibilite o olhar
científico para o objeto em análise, a educação, uma vez que a ação educativa
é uma intervenção na realidade que deve se dar de forma consciente,
cognoscente e científica.
A soma da carga horária anual de estágio não pode ser inferior a 200
horas por série, totalizando ao longo do curso 800 horas de estágio.
A Disciplina de Estágio Supervisionado (prática de formação) se
constitui no elemento articulador da relação teoria e prática e, enquanto tal
deve ser pensado na perspectiva da formação de profissionais da educação
competentes e capazes de uma análise crítica do contexto no qual o sistema
educacional está inserido. Portanto, o Estágio Supervisionado é entendido
como um elemento decisivo no que diz respeito à qualidade de ensino.
A prática educativa não pode deixar de estar pautada numa reflexão que
discuta o fazer pedagógico em todas as duas dimensões: “o que ensinar, como
ensinar, para quem ensinar e para que ensinar.”
Esta Disciplina se constitui no eixo articulador dos saberes e garante um
espaço e um tempo para a realização da relação e contextualização entre
saberes e os fenômenos comuns, objetos de estudo de cada área do
conhecimento.
Para a 1ª série as práticas docentes se concentrarão no eixo temático
“Os sentidos e Significados do trabalho do professor/educador”, com atividades
de observação do trabalho docente em Creches, Instituições de Educação
Infantil e 1ª série do Ensino Fundamental com o objetivo de possibilitar ao
aluno iniciante no Curso de Formação de Docentes uma primeira aproximação
com o ofício de Professor. Nesta série algumas questões nortearão este eixo
como por exemplo: Qual a natureza do trabalho do professor? O que faz o
professor/educador? Qual a diferença do trabalho de educar em relação a
outros tipos de trabalho? O que é o trabalho considerado produtivo e o
trabalho intelectual? Qual a relação existente entre os dois? Como definir as
263
tarefas do educador?
Para a 2ª série, as práticas docentes se concentrarão na “Pluralidade
Cultural, as Diversidades, Desigualdades e a Educação”, colocando o aluno em
contato com situações problemas no âmbito de algumas modalidades
específicas educacionais, como: Educação Especial, Centros de Atendimento
Especializados (visuais, auditivos e DM) Educação do Campo, Educação
Indígena, EJA e 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental.
Com essa temática espera-se não só a ampliação da visão dos alunos
acerca da natureza do trabalho do professor, mas, também, a percepção das
especificidades do ofício diante de diferentes demandas sociais e políticas.
Para a 3ª série, o eixo temático será: Condicionantes da Infância e da
Família no Brasil e os Fundamentos da Educação Infantil”. Nessa fase do Curso,
os professores terão que desenvolver atividades levantando concepções de
infância, de família e de educação em confronto com a sociedade, entre os
educadores, nas famílias e até mesmo entre os alunos do curso que realizam.
Além desse eixo temático, ainda na 3ª série será trabalhado o tema:
artes, brinquedos, crianças e a educação nas diferentes instituições, visando
analisar e recuperar a história das brincadeiras, das artes, sobretudo das
músicas, das danças, do teatro, da literatura, os contos e a arte de contação de
histórias. Visando também pensar os brinquedos e seus fundamentos
sociopsicológicos e suas funções no desenvolvimento infantil.
Para a 4ª série os alunos iniciam as experiências práticas de ensinar. O
eixo temático são as Práticas Pedagógicas para que o aluno contextualize os
conteúdos desenvolvidos nas aulas. É nesse espaço que o futuro professor
desenvolve, de fato, a práxis pedagógica e educativa, a partir das teorias
estudadas durante o curso.
Nessa etapa os alunos deverão responder a questões relacionadas ao
manejo de turma, a utilização de recursos didáticos, aos conteúdos a serem
desenvolvidos com os alunos em cada etapa, às metodologias adequadas a
cada área de conhecimento e ao acompanhamento do processo de
aprendizagem do aluno.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1ª série
1.Sentidos e significados do trabalho professor/ educador
1.1 Pressupostos teórico e metodológicos da disciplina
1.2 A formação da identidade do professor/educador
1.3 Conduta ética profissional
1.4 Função a escola: social e cultural
1.5 Instituição escolar: organização administrativa e pedagógica
1.6 Projeto Político Pedagógico
1.7 Organização do tempo e espaço escolar
1.8 O papel do professor na formação da sociedade
Na primeira série, o esforço deve ocorrer no sentido de possibilitar o aprofundamento do que é o trabalho do professor nas instituições de Educação Infantil e nas escolas dos anos iniciais do Ensino Fundamental. A aproximação com essa realidade poderá ser feita por meio da análise de bibliografias já existentes, reflexões teóricas e metodológicas mais consistentes, da realização de pesquisas e levantamentos em instituições tais como: CMEI’s e escolas do Ensino Fundamental – anos iniciais. As análises advindas dessa temática, levam à reflexão: o que o professor precisa saber para ensinar? O que o professor de crianças de 0 a 5 anos precisa aprender para ensinar/educar? Em relação a avaliação de Prática de Formação, deverá ser entendida enquanto processo continuo, diagnostica, global, cumulativa e investigativa, sendo de responsabilidade coletiva. Todas as atividades desenvolvidas deverão servir de base para realização .O acompanhamento das atividades em instituições de educação infantil
1.1 Estabelece relações teórico -práticas com a disciplina de Prática de Formação 1.2.1 Identifica o papel do professor como fundamental para o processo ensino e aprendizagem 1.3.1 Apresenta postura ética e profissional1.4.1 Compreende a função social e cultural da escola
1.5.1 Identifica e entende o funcionamento estrutural e pedagógico da instituição escolar 1.6.1 Reconhece a finalidade do PPP para organização do trabalho escolar1.7.1 Percebe a relevância da organização do tempo e do espaço escolar para o desenvolvimento do trabalho pedagógico 1.8.1 Reconhece a importância do papel do
e Anos Iniciais integrará o processo teórico e prático do conjunto de ações realizadas tendo como embasamento as relações sociais estabelecidas.São considerados procedimentos de avaliação da disciplina Prática de Formação:- As relações teórico-práticas estabelecidas;- A utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e recursos didáticos coerentes com os objetivos propostos- Domínio, exatidão, segurança e atualidades dos conteúdos apresentados- Pontualidade na elaboração e entrega das ati idades propostas
professor na constituição da sociedade
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
2ª série
2. A Pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades na Educação c Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental
2.1. Pressupostos teórico- metodológicos da disciplina
2.2 Diversidade e Pluralidade Cultural: a) EJA b) Educação do Campo c)Educação Especial/Inclusiva d) Educação Indígena; e) Cultura Afro-Brasileira f)Meio ambiente: sustentabilidade g) Projetos Sociais e alternativos de educação popular
2.3 Função da Escola: Social e Cultural frente à diversidade
Observação, reflexão e análise sobre o conteúdo que estrutura a disciplina nesta série são as ações a serem consideradas nos encaminhamentos desse conteúdo. Essas ações poderão ser desenvolvidas em instituições que possuem a inclusão, sala de recursos multifuncionais, escolas especializadas, estabelecimentos que ofertem: EJA, Educação Indígena e Educação do Campo. É significativo que os estudantes participem de seminários, palestras, cursos, sobre a cultura afro-brasileira, meio ambiente e sustentabilidade e se envolvam em projetos sociais e alternativos de educação popular.Quanto a avaliação da Prática de Formação, deverá ser entendida enquanto processo continuo, diagnóstica, global, cumulativa e investigativa, sendo de responsabilidade coletiva. Todas as atividades desenvolvidas a partir dos conteúdos apreendidos, deverão servir de base para realização de debates, discussões e socialização desses saberes O acompanhamento das atividades
2.1 Estabelece relações teórico-prática com a disciplina de prática de formação2.2.1 Identifica as principais características das modalidades de Educação, presentes, especialmente no Estado do Paraná 2.2.2 Conhece e diferencia as pluralidades e diversidades presentes no contexto educacional 2.2.3 Respeita e tem atitude ética frente às particularidades e desigualdades 2.2.4 Identifica a natureza do trabalho do professor frente às especificidades das diferentes demandas sociais e políticas 2.2.5 Compreende os princípios da inclusão
2.3.1 Compreende a função social e cultural da escola no contexto da diversidade
nas instituições que ofertam essas modalidades, integrará o processo teórico e prático do conjunto de ações realizadas, tendo como embasamento as relações sociais estabelecidas. São considerados procedimentos de avaliação para a disciplina de Formação:
– As relações teórico-práticas estabelecidas;
– A utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e recursos didáticos coerentes com os objetivos propostos;
– Domínio, exatidão, segurança e atualidade dos conteúdos apresentados;
– Pontualidade na elaboração e entrega das atividades propostas
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
3ª série
3.Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da educação
3.1 Pressupostos teóricos e metodológicos da disciplina
3.2 Concepção de infância, família e a educação
3.3 A importância dos brinquedos e brincadeira na educação infantil
3.4 A criança e a educação nas diferentes instituições: espaço e tempo
3.5 Cuidar e educar
3.6 Práticas pedagógicas:observação e docência na educação infantil
A reflexão e a análise sobre os condicionantes da infância e da família no Brasil e os fundamentos da Educação Infantil, bem como: artes, brinquedos, jogos, sua utilização nas diferentes escolas, são conteúdos norteadores da disciplina. Os fundamentos sócios-psicológicos, são essenciais para a compreensão do desenvolvimento da criança, assim como a construção de conceitos das áreas específicas de Matemática e Alfabetização/Língua Portuguesa. É importante considerar para a ação docente nas classes se Educação infantil todos os aspectos estudados na sérieA avaliação de Prática de Formação deverá ser entendida enquanto processo continuo, diagnostica, global, cumulativa e investigativa, sendo de responsabilidade coletiva. Todas as atividades desenvolvidas deverão servir de base para realização de debates, discussões e socialização dos saberes apreendidos. O acompanhamento das atividades nas instituições de Educação Infantil e Anos Iniciais
3.1.1 Estabelece relações teórico práticas com a disciplina de Prática de Formação 3.2.1 Conhece a concepção de infância, família e educação 3.3.1 Reconhece a importância dos brinquedos e das brincadeiras para o desenvolvimento da criança de zero a cinco anos 3.4.1 Percebe a relevância da organização do tempo e espaço escolar para o desenvolvimento escolar para o desenvolvimento do trabalho pedagógico na Educação infantil3.5.1 Identifica no contexto da Educação Infantil os seus eixos norteadores 3.6.1 Elabora seus planos de trabalho docente aplicando os conhecimentos e pressupostos teóricos estudados 3.6.2 Relata com precisão as informações obtidas em suas práticas pedagógicas 3.6.3 Apresenta com clareza
integrará o processo teórico e prático do conjunto de ações realizadas, tendo como embasamento as relações sociais estabelecidas. São considerados procedimentos de avaliação para a disciplina de Prática de Formação: - As relações teórico-prática estabelecidas;- A utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e recursos didáticos coerentes com os objetivos propostos- Domínio, exatidão, segurança e atualidade dos conteúdos apresentados;
e coerência os resultados obtidos na sua prática, em seminários, aulas, debates e outros
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
4ª série
4. A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da didática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental
4.1 Pressupostos teóricos e metodológicos da disciplina
4.2 Fundamentos teóricos e metodológicos da disciplina: conteúdos básicos, metodologia e avaliação
4.3 Reflexão sobre a práxis pedagógica e educativa
4.4 Relação entre os níveis de planejamento de Formação campo de prática: plano de ação da escola. PPC, PPP e PTD
4.5 Práticas pedagógicas nos anos iniciais do ensino fundamental (observação e docência)
A ação docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, deve respaldar-se a partir de práticas pedagógicas que contemplem dierentes procedimentos metodológicos, afim de assegurar ao estudante em formação, condições de contextualizar os conteúdos propostos pela disciplina de Prática de Formação. Compreender e desenvolver práticas sociais articuladas às práticas educativas, nas escolas do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, observando crítica e solidariamente as diferentes abordagens teórico-metodológicas propostas pelas instituições de ensino é fundamental para o desenvolvimento de ações pedagógicas que contribuam para uma sólida formação das crianças. Neste sentido, é importante que o aluno do Curso de Formação de Docentes esteja sintonizado com as teorias discutidas e estudadas no decorrer do curso, para que possa contextualizá-las no território dos anos iniciais do Ensino Fundamental. É importante, nesse contexto,
4.1.1 Estabelece relações teórico práticas com a disciplina de Prática de Formação 4.2.1 Conhece os conteúdos básicos das disciplinas dos anos iniciais do Ensino 4.2.2 Organiza as ações metodológicas eferente aos conteúdos a serem trabalhados, assim como o processo avaliativo 4.3.1 Contextualiza os conteúdos aprendidos nas disciplinas que fundamentam o curso com as atividades desenvolvidas na instituição campo de prática4.4.1 Percebe a unidade pedagógica entre o Plano de Ação da escola, o PPP, o PPC e o PTD da instituição campo de prática.
4.5.1 Elabora seus planos de trabalhos docentes aplicando o conhecimento e pressupostos teóricos estudados
4.6 Registros da prática docente
entender a avaliação da Prática , enquanto processo contínuo, diagnóstica, global, cumulativa e investigativa, sendo de responsabilidade coletiva. Todas as atividades desenvolvidas deverão servir de base para realização de debates, discussões e socialização dos saberes apreendidos. O acompanhamento das atividades nas instituições dos Anos Iniciais, integrará o processo teórico e prático do conjunto de ações realizadas, tendo como embasamento as relações sociais estabelecidas. São considerados procedimentos de avaliação da disciplina de Prática de formação:- As relações teórico-prática estabelecidas; – A utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e recursos didáticos coerentes com os objetivos propostos;– Domínio, exatidão, segurança e atualidade dos conteúdos apresentados; – Pontualidade na elaboração e entrega das atividades propostas
4.5.2 Relata com precisão as informações obtidas em suas práticas pedagógicas 4.5.3 Apresenta com clareza e coerência os resultados obtidos na sua prática, em seminários, aulas, debates e outros 4.6.1 Elabora seus planos de trabalho docente aplicando os conhecimentos e pressupostos teóricos estudados e registra por meio de: portfólio, TCC e/ou outros
272
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, J. S. de. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 93, 1995. CANDAU, V. M. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1995. CRAYD, C; KAERCHER. G. Educação Infantil: para que te quero. Porto Alegre: Artemed – Bookman, 2001. FAZENDA, I. Um desafio para a didática: experiências, vivências, pesquisas. São Paulo: Loyla, 1991. FREITAS, H. C. L de. O trabalho como princípio articulador na prática de ensino e nos estágios. Campinas: Papirus, 1996. FRIGOTTO, G. Educação e crise no trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: Vozes, 1998. FREITAS, H. B. I. Formação de professores: um desafio. Goiânia: UCG, 1996. KOSIK, K. Dialética do concreto. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1995. KRAMER. S; LEITE. M.I; PEREIRA, N.M.F. Infância e Educação Infantil. São Paulo: Papirus, 2007. KUHLMANN. J. M, Infância e educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2004. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2013. MACIEL, L.S.B; NETO, A.S. Formação de professores: passado, presente e futuro. São Paulo: Cortez, 2004. MARQUEZINI. M. C; ALMEIDA. M. A; OSCHIRO, E.D. Perspectivas multidisciplinares em Educação Especial. Londrina: UEL, 2001. MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. SACRISTÁN. J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: ARTMED, 1998. SANCHES, W. L. Pluralismo religioso: as religiões no mundo atual. São Paulo: Paulinas, 2007. VASCONCELOS, C. dos J. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1995.
273
TRABALHO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO INFANTIL
A passagem da infância de um âmbito familiar para um institucional, a
creche, que, corresponsabilizando-se pela criança passa, também, a criar uma
linguagem própria sobre as condições das crianças em seu interior, bem como,
da configuração dos profissionais que nela vão atuar. Diferenciam-se escola e
creche, essencialmente quanto ao sujeito, que neste último caso é, a criança, e
não o sujeito-escolar (o aluno); e quanto à definição de suas funções, ao
contrário daquelas (que têm constituído historicamente como uma pedagogia
escolar), suas funções aqui se encontram em processo de constituição. Uma
Pedagogia da Infância e da Educação Infantil necessita considerar outros níveis
de abordagem de seu objeto: a criança em seu próprio mundo, uma vez que se
ocupa, fundamentalmente, de projetar a educação destes novos sujeitos
sociais
A Pedagogia da Educação Infantil ou Pedagogia da Infância, que tem,
como objeto de preocupação a própria criança, seus processos de constituição
como seres humanos em diferentes contextos sociais, sua cultura, suas
capacidades intelectuais, criativas, estéticas, expressivas e emocionais.
Para isto, faz-se necessário em primeiro lugar destacar que a creche e a
pré-escola diferenciam-se essencialmente da escola quanto às funções que
assumem num contexto ocidental contemporâneo. Particularmente, na
sociedade brasileira atual, estas funções apresentam em termos de
organização do sistema educacional e da legislação própria, contornos bem
definidos. Enquanto a escola se coloca como o espaço privilegiado para o
domínio dos conhecimentos básicos, as instituições de educação infantil se põe
sobretudo com fins de complementaridade à educação da família. Portanto,
enquanto a escola tem como sujeito o aluno, e como o objeto fundamental o
ensino nas diferentes áreas, através da aula; a creche e a pré-escola tem como
objeto as relações educativas travadas num espaço de convívio coletivo que
tem como sujeito a criança de 0 a 6 anos de idade (ou até o momento em que
entra na escola). O diferencial entre estas instituições educativas: escola,
creche e pré-escola, é a função social que lhes é atribuída no contexto da
sociedade, não implicando necessariamente qualquer diferenciação hierárquica
274
ou qualitativa.
Ementa: Os processos de desenvolvimento e aprendizagem integral da
criança de 0 a 5 anos: aspectos físicos, afetivos, intelectual, linguístico e social.
Princípios e Finalidades da Educação Infantil. A educação inclusiva na Educação
Infantil. Especificidades em relação à organização e gestão do processo
educativo. O trabalho pedagógico na Educação Infantil: concepção de
educação, planejamento, organização curricular, gestão, avaliação. Políticas
públicas e financiamento da Educação Infantil e suas implicações para
organização do trabalho pedagógico. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil, legislações vigentes da Educação Infantil de âmbito federal
(MEC e CNE), estadual (SEED e CEE), municipal (CME) e Sistema Municipal de
Ensino, para a organização do trabalho na Educação Infantil: contexto de
elaboração, interpretações e implicações para as instituições. Relações entre
família e instituição de Educação Infantil. Avaliação na Educação Infantil.
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1ª série1. O processo de desenvolvimento e aprendizagem integral da criança de zero a cinco anos
2. Princípios e finalidades da educação infantil
1.1 Desenvolvimento intelectual, social, afetivo, motor, psicológico
1.2 Linguagem e interação para constituição da subjetividade infantil
2.1 Articulação entre o cuidar e educar
2.2 O papel das interações sociais no processo de desenvolvimento da criança
2.3 O papel do jogo e da brincadeira na Educação Infantil
2.4 Pluralidade, Diversidade cultural e social
A abordagem teórico-metodológica terá como eixos norteadores as interações e brincadeira (Artigo 9o das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil). Essa abordagem, pauta-se na concepção histórico – cultural, a qual pressupõe uma relação dialética: prática – teoria – prática. Para tanto, utiliza-se a metodologia da Pedagogia Histórico Crítica, que se estrutura em cinco passos: prática social inicial, problematização,instrumentalizaçãocatarse e prática social final. Com relação à concepção de aprendizagem, toma-se por base a teoria de Vygotsky que apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal. Nessa perspectiva, a avaliação vai além de identificarmos as crianças como seres que necessitam meramente de um acompanhamento. Ela supera essa concepção quando estabelece que avaliar na Educação Infantil significa considerar a criança como ser social e histórico. É avaliar a criança em relação a si mesmo e suas aprendizagens e não comparativamente à outras
1.1.1 Compreende como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem na infância.1.2.1 Conceitua Linguagem, estabelecendo relação de sua importância no processo de interação e constituição da subjetividade infantil .2.1.1 Identifica o cuidar e educar como processos indissociáveis 2.1.2 Estabelece a articulação entre cuidado e educação 2.2.2 Compreende o desenvolvimento humano como um processo reciproco e conjunto 2.3.1Conhece a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras no processo de ensino aprendizagem 2.4.1 Reconhece a pluralidade, diversidade social nos diferentes grupos de criança, percebendo a importância de se valorizar essas diferenças na organização do trabalho
3. Organização e Gestão do processo educativo na Educação Infantil
2.5 A inclusão na Educação Infantil
3.1 O trabalho pedagógico na educação infantil
3.2 Organização curricular
3.3 Organização do espaço e tempo educativo
3.4 Planejamento
3.5 Propostas Pedagógicas para a Educação Infantil
crianças.Para tal, a compreensão nesse processo, que a avaliação é processual, diagnóstica e formativa, é imprescindível para que haja coerência com a concepção de criança e de ensino a que se propõe trabalhar na Educação Infantil.
pedagógico .
2.5.1 Compreende o que é e como se dá a inclusão na educação infantil3.1.1 Compreende a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil, considerando como eixos norteadores as interações e a brincadeira3.2.1 Identifica a concepção de infância organização curricular na Educação Infantil 3.3.1 Compreende a necessidade organização do tempo e espaços específicos para a Educação Infantil 3.4.1 Identifica a concepção de planejamento para Educação Infantil 3.4.2 Reconhece o planejamento como princípio norteador da ação docente nos seus diferentes níveis 3.4.3 Diferencia e reconhece a importância dos diferentes níveis de planejamento escolar 3.5.1 Identifica a Proposta Pedagógica como instrumento norteador do
3.6 Relação Instituição Educação Infantil e Família
3.7 O processo de Avaliação formativa na Educação Infantil como suporte para a ação educativa
trabalho que tem como um de seus objetivos assegurar às crianças o disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil 3.5.2 Compreende o processo de elaboração da Proposta Pedagógica para a Educação Infantil 3.5.3 Considera importante os princípios éticos, políticos e estéticos para a formação integral da criança 3.6.1 Percebe a importância do estreitamento da relação instituição de Educação Infantil e Família, e as possibilidades para a construção dessa relação 3.7.1 Conceitua avaliação para Educação Infantil enquanto processo formativo 3.7.2 Compreende o processo avaliativo como suporte para reorganização da prática pedagógica
Conteúdos estruturantes
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
2ª série1. Políticas Públicas e financiamento da Educação Infantil e suas implicações para organização do trabalho pedagógico
1.1 Legislação e demais documentos normativos e documentos de apoio de âmbito Federal, Estadual e Municipal, para organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil
1.2 Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil – Resolução 05/2009.
A abordagem teórico-metodológica terá como eixos norteadores as interações e brincadeiras (Artigo 9o das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil). Essa abordagem, pauta-se na concepção histórico – cultural, a qual pressupõe uma relação dialética: prática – teoria – prática. Para tanto, utiliza-se a metodologia da Pedagogia Histórico Crítica, que se estrutura em cinco passos: prática social inicial, problematização,instrumentalização, catarse e prática social final. Com relação à concepção de aprendizagem, toma-se por base a teoria de Vygotsky que apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal. Nessa perspectiva, a avaliação vai além de identificarmos as crianças como seres que necessitam meramente de um acompanhamento. Ela supera essa concepção quando estabelece que avaliar na Educação Infantil significa considerar a criança como ser social e histórico. É avaliar a criança em relação a si mesmo e suas aprendizagens e não comparativamente à outras
1.1.1 Conhece e compreende a Legislação Nacional e Estadual para Educação Infantil 1.1.2 Reconhece a importância dos documentos nas esferas Federal, Estadual e Municipal para organização do trabalho pedagógico.1.2.1 Identifica nas Diretrizes Curriculares as concepções inerentes à organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil
crianças. Para tal, a compreensão nesse processo, que a avaliação é processual, diagnóstica e formativa, é imprescindível para que haja coerência com a concepção de criança e de ensino a que se propõe trabalhar na Educação Infantil.
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n 9394/96, de 20 de dezembro. Brasília, 1996 BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer 20/2009 de 11 de novembro de 2009. Brasília, 2009. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. RESOLUÇÃO No 5, DE 17 de dezembro de 2009. Brasília, 2009. BENJAMIN, W. A criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984. BRASLAVSKY, C. Aprender a viver juntos: educação para a integração na diversidade. Brasília: UNESCO, IBE, SESI, UnB, 2002. BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 1995. BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. BROUGÈRE, G. Brinquedos e companhia. São Paulo: Cortez, 2004. CARVALHO, A.; GUIMARÃES, M.; SALLES F., Desenvolvimento e aprendizagem. Belo Horizonte: UFMG, 2002. CIVILETTI, M. V. P. O Cuidado das crianças pequenas no Brasil escravista. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 76, p. 31-40, 1991. CRAIDY, C.; KAERCHER, G. (org.). Educação infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. CUNHA, J. A. Filosofia na educação infantil. Campinas: Alínea, 2002. DAHLBERG, G.; MOSS, P.; PENCE, A. Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003. EDWARDS, C. As cem linguagens da criança. Porto Alegre: ArtMed, 1999. FERREIRO, E. Reflexões sobre a alfabetização. São Paulo: Cortez; Autores Associados, 1985. FINCO, D. Relações de gênero nas brincadeiras de meninos e meninas na educação infantil. Revista Pro-Posições, Campinas, v. 14, n. 3 p.89-101, set/dez.2003. FREIRE, M. A paixão de conhecer o mundo. São Paulo: Paz e Terra, 2009. FRIEDMANN, A. Brincar, crescer e aprender. O resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996. GANDINI, L.; EDWARDS, C. (org.) Bambini: a abordagem italiana à educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002. GARCIA, R. L.; LEITE FILHO, A. Em defesa da educação infantil. São Paulo: DP&A, 2000.
GARCIA, Regina Leite (org.) Crianças, essas conhecidas tão desconhecidas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. GOES, M. C.; SMOLKA, A. L. (org.) A significação nos espaços educacionais: interação social e subjetivação. Campinas: Papirus, 1997. HORN, M. da G. S. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre, ArtMed, 2003. KISHIMOTO, T. M. Jogo brinquedo brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2012. KRAMER, S. (coord.). Com a pré-escola nas mãos. Uma alternativa curricular para a educação infantil. São Paulo: Ática, 1989. MERISSE, A. et al. Lugares da infância: reflexões sobre a história da criança na fábrica, creche e orfanato. São Paulo: Arte e Ciência, 1997. MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2001. OLIVEIRA, Z. de M. R. (org.). A criança e seu desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2012. OSTETTO, L E. (org.) Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas: Papirus, 2000. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Câmara do Ensino Fundamental. Deliberação CEE no 03, de 03 de março de 1999. Curitiba, 1999. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Câmara do Ensino Fundamental. Deliberação CEE no 02, de 06 de junho de 2005. Curitiba, 2005. PARANÁ. SECRETARIA DE Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental: saberes e prática. Curitiba, 2012. PARANÁ. SECRETARIA DE Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da Educação Especial para construção de currículos inclusivos. Curitiba, 2006. ROSSETTI, F. M. C. et al. Rede de significações e o estudo do desenvolvimento humano. Porto Alegre: ArtMed, 2003. SILVA, I. de O. Profissionais da educação infantil: formação e construção de identidades. São Paulo: Cortez, 2001. SILVA, D. N. H. Como brincam as crianças surdas. São Paulo: Plexus, 2002. SOUZA, R. C. de; BORGES, M. F. S. T. (org.) A práxis na formação de educadores infantis. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. SURDI, B. M. M. Corporeidade e aprendizagem: o olhar do professor. Ijuí: UNIJUÍ, 2001.
281
15 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS DO CURSO
TÉCNICO EM INFORMÁTICA SUBSEQUENTE
15. 1 Redes e sistemas operacionais
Dá oportunidade ao aluno de adquirir conhecimentos teóricos e práticos
sobre os sistemas operacionais, programas que permitem o funcionamento dos
computadores.
Conteúdos estruturantes
Histórico, conceitos, estrutura e dispositivos de Sistemas Operacionais.
Fundamentos de comunicação de dados, introdução às redes de
computadores, protocolos de comunicação, serviços de rede, projeto de redes,
conceitos básicos de segurança em redes de computadores.
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Histórico e evolução dos Sistemas Operacionais;
• Cronologia do Windows, Linux
• Introdução aos Sistemas Operacionais;
• Tipos de Sistemas Operacionais;
• Estruturas de sistemas Operacionais;
• Serviços e chamadas de um sistema operacional;
• Conceito de processo;
• Conceitos de transmissão de dados;
• Tipos de transmissão de dados;
• Largura de banda;
• Conceito de modulação e multiplexação de dados;
• Meios de transmissão;
• Equipamentos de rede;
• Conceito de redes LAN e WAN;
• Modelos de Referência OSI;
• Protocolos de comunicação em redes;
282
• Endereçamento IP;
• Cabeamento estruturado;
• Álgebra e cálculo relacional
• Linguagens de consulta comercial (SQL)
• Organização física e recuperação de informação
• Técnicas de segurança
• Backup e recuperação
• Instalação e configuração de rede e sistemas operacionais.
Objetivo Geral
Oferecer ao aluno do curso conhecimento teóricos e práticos sobre os
sistemas operacionais, uma vez, que este programa é fundamental para o
funcionamento do computador.
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
Os conteúdos dessa disciplina serão trabalhados de forma teórica e
prática onde os alunos tomarão conhecimento dos principais conteúdos sobre
a disciplina e poderão colocá-los em prática ao interagirem com os
microcomputadores.
Esses conteúdos serão trabalhados através de:
• aulas expositivas
• aulas práticas
• utilização de aparelho multimídia
• uso do laboratório de informática
• atividades em grupo e individual
• pesquisa
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina do curso técnico em
informática:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
283
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
atividades no laboratório de informática, recapitulação, estudo dirigido, tarefas
de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação desses para que o professor possa dar o
encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim detectar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno saberá o valor das mesmas e como
será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
TANEBAUM, A. S. Redes de computadoresTORRES, G. Redes de computadores. Curso CompletoMACHADO. F, MAIA. L. Arquitetura e sistemas operacionais, 4 edição.______. Sistemas operacionais modernos.http://www.informatica.hsw.uol.com.br. Acesso 08/08/2009.http://www.projetosderedes.com.br. Acesso 10/08/2009http://clube dohardware.com.br. Acesso 10/08/2009
284
15.2 Suporte técnico
O Suporte Técnico, como disciplina do Curso Informática subsequente,
dá possibilidades ao indivíduo de conhecimento na área de informática. Ela
educa para a evolução das tecnologias e desenvolvimento de um sujeito
crítico, capaz de compreender suas mudanças ao longo de sua evolução e
perceber a necessidade de entender as mudanças que acontecem.
O estudo de Suporte técnico, tendo em vista as transformações
tecnológicas contextualização dos conteúdos de informática presente em seu
dia a dia junto com o conhecimento espontâneo do aluno.
Com a disciplina, o aluno irá compreender como são realizadas as
principais funções processadas pelos computadores, que pra ele se torna um
novo mundo a ser descoberto, com isso a tendência natural do homem é a
curiosidade fazendo com que o mesmo se dedique cada vez a aprender os
conteúdos ministrados em sala de aula.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a
atualidade e como a sociedade em cara as evoluções tecnológicas.
Tomar o pressuposto do conteúdo escolar vinculados a interesses
sociais, econômicos, culturais e políticos, significa indagar as relações de
produção na sociedade onde o conhecimento foi produzido.
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Suporte
Técnico, parta do conhecimento prévio dos estudantes para introduzir de
forma sistematizada os conteúdos básicos que venham a desenvolver os
conteúdos estruturantes: Componentes, instalação, configuração e
manutenção de computadores, periféricos e software.
Conteúdos Suporte TécnicoConteúdos básicos Abordagem Teórico-Metodológico
Componentes e Periféricos Os conteúdos básicos devem ser
abordados considerando-se:
Componentes internos do
computados, quais são eles, como
trabalham, novas tendências
285
tecnológicas. Apresentar os
periféricos dos computadores,
teclado, mouse, caixas acústicas,
apresentar as necessidades de cada
periférico.
Instalação Instalação de programas como
Sistemas Operacionais, aplicativos,
pacotes de ferramentas,
Configuração, formatação e
Manutenção de computadores
Configuração do Sistema
Operacional de acordo com as
necessidades do usuário e
realizando a manutenção através do
conhecimento adquiridos nos
componentes internos.
Diagnóstico de defeitos e erros. Diagnosticar os defeitos
encontrados no hardware
apresentar as possíveis soluções
dentro da compatibilidade do
computador analisado.
Avaliação
Componentes e Periféricos
Do ponto de vista de arquitetura computacional os componentes são as
partes físicas do computador conhecido como unidades de entrada,
processamento, armazenamento e saída. Os periféricos são aparelhos ou
placas que enviam ou recebem informações do computador. Na informática, o
termo "periférico" aplica-se a qualquer equipamento acessório que seja ligado
ao computador.
Espera-se que o aluno:
Formule uma visão geral do hardware, que é a parte física do
286
computador sendo elas: Placa mãe, processador, fonte de alimentação, disco
rígido, memória RAM, placa de vídeo, placa de som, dentre outras. Com isso os
alunos alem de conhecer os componentes terá conhecimento como cada um
funciona e as novas tendências tecnológicas.
InstalaçãoEspera-se que o aluno compreenda a importância da instalação de
vários programas que auxiliem o usuário no dia a dia:
Um programa de computador é uma coleção de instruções que
descrevem uma tarefa a ser realizada por um computador a pedido do usuário,
sua instalação acontece com base em um executavel encontrado em cd de
instalação e dependo do programa encontrados na internet, com isso o aluno
aprenderá a necessidade de instalar programas que atenda as necessidades do
usuario e que esse programas são de fácil acesso e instalação.
• Configuração e Manutenção de Computadores
Espera-se que o estudante:
Compreenda a importância de realizar frequentemente a manutenção
de computadores, com utilização de ferramentas de copia de segurança, além
da formatação de computadores e a maneira correta de manusear os
hardwares de forma correta. Alem de montagem e configuração de novos
computadores, com isso o aluno tornará se apto para realizar tarefas básicas
nos computadores como trocar equipamentos, etc.
• Diagnóstico de defeitos e erros
Espera-se que o estudante:
Com base no conhecimento adquirido anteriormente o acadêmico irá
diagnosticar defeitos nos hardwares e nos softwares podendo encontrar a
melhor maneira de encontrar a solução do problema em questão.
287
Instrumentos avaliativos e recuperação
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Na realização de trabalho individual será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar
o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim detectar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações os alunos saberão o valor das mesmas e
como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências Bibliográficas
BITTENCOURT R. A. Montagem de computadores e hardware, 5 edição.
TORRES. G. Manutenção e configuração de micros. Axcel book, 1997
______. Hardware fácil & Rápido. Axcel Book,1997
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perif%C3%A9rico>. Acesso em 07/09/2010.
http://informatica.hsw.uol.com.br. Acesso 02/03/2010
http://olhardigital.com.br. Acesso 02/03/2010
http://www.clubedohardware.com.br. Acesso 02/03/2010
288
15.3 Internet e programação Web
Para o um técnico em informática o conhecimento sobre a Linguagem
de programação web, é importante para capacitar o aluno a ter habilidades
para solucionar os mais diversos problemas e propor soluções para os
mesmos, sendo necessário também que se atualize constantemente com
opiniões e gostos dos usuários de sites.
Desenvolver uma lógica de programação consciente na necessidade do
programador expressar instruções para um computador. Momento que um
conjunto de regras sintáticas e semânticas são utilizadas para definir um
programa de computador. Permitindo que um programador especifique
precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como estes dados
serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas sob
várias circunstâncias.
As principais metas desta disciplina é possibilitar que os futuros
programadores tenham condições entender e botar em pratica os projetos de
construção de sites.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Conceitos Básicos de internet e
programação
O que é internet;
- Histórico da Internet;
- O que é Word Wide Web;
- Banda Larga/Banda Estreita;
- Protocolos TCP/IP;
- Mecanismos de busca;
- Correios eletrônicos;
- Fórum de discussão;
- Home Page;
- Organizando um Site;
- Estabeleça seus objetivos;
- Introdução ao HTML
- Divida seu conteúdo em tópicos;
289
Representação e implementação
do site
- Organização e Navegação;
- Tipos navegação;
- Storyboard;
- Organograma de um site;
- Projetando um website;
- Fases na Construção website;
- Administração de um site;
Representação e implementação
do site
Layout, desenvolvimento e design;
- Organizações de páginas dinâmicas e
estáticas;
- Linguagens de desenvolvimento de
aplicações web;
- Segurança do usuário e proteção à base
de dados;
- Estilos de páginas;
Programação software dinâmico Linguagens de desenvolvimento de
aplicações web dinâmico;
- Trabalhar com fotos;
- Criar site;
- Hospedar site;
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Os Conteúdos Básicos de Linguagem de Programação web no Ensino
Profissionalizante (Técnico em Informática), deverão ser abordados
290
articuladamente, contemplando o conhecimento prévio dos estudantes para
introduzir de forma sistematizada os conteúdos básicos que venham a
desenvolver os conteúdos ministrados no curso.
É importante a utilização de recursos didático- pedagógicos e
tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os procedimentos e
estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o
avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos em atividades
tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria linguagem de programação.
Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica
para resolução de problemas, não somente pertinentes à linguagem de
programação web, mas como nas demais disciplinas que, em determinados
momentos, fazem uso dos conhecimentos adquiridos na Linguagem de
Programação web.
AVALIAÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS
Pretende-se que o aluno:
Amplie o conhecimento sobre sequência lógica e aplique em diferentes
contextos;
Compreenda os tipos de dados , instruções primitivas, variáveis e
constantes;
Conheça e domine as estruturas de controle;
Identifique e realize programas com operadores matemáticos e
textuais;
FUNÇÕES
Pretende-se que o aluno:
Identifique diferentes funções e realize cálculos que as envolva
Aplique conhecimentos sobre funções para resolver situações
problemas;
Realize análise gráfica de diferentes funções;
291
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pretende-se que o aluno:
Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe
uma leitura crítica dos mesmos;
Perceba, através da leitura e da busca da atualização, a construção de
sites gráficos, fica mais atrativo para o usuário em todos os sentidos visuais e
de informação.
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
atividades no laboratório de informática, recapitulação, estudo dirigido, tarefas
de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno
saberá o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
292
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências Bibliográficas
COOMBS. – Jason, Como criar sites na internet; 3 ed. Tradução Elaine Somma de Andrade Pezzoli, Christina P.. Viana de Almeida – Rio de Janeiro : Campos, 1998 MARCIO, Neilon, Web Designer Passo a Passo para iniciantes.
DEITEL, H.M., NIETO. P.J., LIN T.R., SADHU P. XML como programar. Tradução Luiz Augusto Salgado e Edson Furmakiewicz. Porto Alegre. Bokman, 2003
DEITEL, H.M., NIETO. P.J., LIN T.R. Internet & World Widw Web: como programar. Tradução Luiz Augusto Salgado e Edson Furmakiewicz. Porto Alegre. Bokman, 2003.
LEVINE, Jonh R., BAROUD, Carol Levine, Margareth Young. Internet, 5 ed. Tradução Daniel Vieira. Rio de janeito. Campus, 1998
MANZANO, José Augusto N.G. Algoritmos: lógica para o desenvolvimento de programação em computadores, Érica, 2002.
MULLET, Kevin e SANO, Darrel, Desing Visual Interfaces, New Jersey, 1995, SunSoft Press
293
15.4 Análise e projetos
Tem como finalidade preparar profissionais para atuar na área específica
de programação e análise de sistemas para resolver problemas e propor
soluções nas empresas, analisar e desenvolver projetos na área de informática.
Conteúdos estruturantes
• Introdução a Sistemas de Informação;
• Levantamento e Modelagem de Dados;
• Análise e Desenvolvimento de Sistema.
Conteúdos básicos
• Fases da concepção de projetos;
• Influência dos sistemas de hardware e de software na fase de
desenvolvimento;
• Estudo do sistema de informação de uma empresa;
• Conceitos e fundamentos de desenvolvimento estruturado de sistema
de informações;
• Ciclo de vida de sistemas;
• Procedimentos operacionais passíveis de sistematização;
• Técnicas de entrevistas e levantamentos de necessidades;
• Requisitos para a elaboração de projetos consistentes;
• Desenvolvimento, montagem de organogramas e diagramas;
• Técnicas de montagem de proposta e avaliação da proposta de
informatização;
• Ferramentas para desenvolvimento de projetos;
• Diagrama de entidade e relacionamentos (DER);
• Diagrama de fluxo de dados (DFD);
• Criação de dicionários de dados;
• Especificação de processos;
• Objetivo e importância dos relatórios de sistema;
294
• Apresentação de projeto final;
• Ferramentas de modelagem de sistemas.
Objetivo geral
Possibilitar ao aluno conhecimentos na área específica de programação,
bem como análise de sistemas para que ele adquira os conhecimentos
necessários de como resolver problemas das empresas,analisar e desenvolver
projetos diversos na área de informática.
Encaminhamento didático-pedagógicos e recursos didáticos
Para o trabalho com os conteúdos serão utilizados:
• aulas expositivas
• aulas práticas no laboratório
• trabalhos individuais e em grupos
• resolução de problemas
• pesquisa
• apresentação de trabalhos
• projetos multimídia
• TV Pendrive
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
atividades no laboratório de informática, recapitulação, estudo dirigido, tarefas
de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
295
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno
saberá o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
DEMARCO, Tom. Análise Estruturada e Especificação de Sistemas. São Paulo: Editora Campus, 1989
NASCIMENTO Luciano Prado Reis. O usuário e o desenvolvimento de Sistemas. Florianópolis Visual Books 2003.
POMPILHO, S. Análise Essencial: Guia Prático de Análise de Sistemas, Rio de Janeiro. Ciência Moderna, 2002.
296
15.5 Linguagem de programação
É de grande valia na formação de um técnico em informática o
conhecimento sobre a Linguagem de programação, uma vez, que o
desenvolvimento da abstração para a resolução de problemas é importante
para capacitar o aluno a ter habilidades para solucionar os mais diversos
problemas e propor soluções para os mesmos, sendo necessário também para
que ele familiarize com a maneira como são desenvolvidos programas para
computadores.
O desenvolvimento da lógica de programação consciente na
necessidade do programador expressar instruções para um computador.
Momento que um conjunto de regras sintáticas e semânticas são utilizadas
para definir um programa de computador. Permitindo que um programador
especifique precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como
estes dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser
tomadas sob várias circunstâncias.
Uma das principais metas desta disciplina é possibilitar que os futuros
programadores tenham uma maior produtividade, permitindo expressar suas
intenções mais facilmente do que quando comparado com a linguagem que
um computador entende nativamente (código de máquina).
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básico
Conceitos Básicos
Representação e implementação de
algoritmo
Conceitos de tipos de dados e
instruções primitivas
- Variáveis e constantes
- Sequência lógica
- Operadores matemáticos;
- Estrutura de controle
- Tabela verdade
- Regras para construção
- Representação e implementação
- Pseudocódigo
297
- Teste de mesa
Introdução a aplicativos
Estruturas de controle
- Estrutura básica e sintaxe de
programas;
- Compilando e executando
programas;
- Tipos de dados primitivos;
-Algoritmos e estruturas de controle;
- Estrutura de seleção if/else;
- Estrutura de repetição while;
- Estrutura de repetição for;
- Estrutura de seleção switch
- Estrutura de repetição do/while;
- Arranjos e matrizes (arrays);
- Tratamento de exceções.
Métodos
Programação Orientada a objetos
Componentes da interface gráfica com
o usuário
Conectividade de Banco de dados
- Módulos de programas;
- Definições de métodos;
- Conceitos fundamentais;
- Superclasses e subclasses;
-Relacionamento entre classes e
objetos;
- Definições de classe interna;
- Introdução e visão geral;
- Modelo de tratamento de eventos;
- Listas de seleção múltipla;
- Tratamento de eventos do mouse e
teclado.
- Conexão e consulta de dados.
Métodos - Módulos de programas;
298
Programação Orientada a objetos
Componentes da interface gráfica com
o usuário
Conectividade de Banco de dados
- Definições de métodos;
- Conceitos fundamentais;
- Superclasses e subclasses;
-Relacionamento entre classes e
objetos;
- Definições de classe interna;
- Introdução e visão geral;
- Modelo de tratamento de eventos;
- Listas de seleção múltipla;
- Tratamento de eventos do mouse e
teclado.
- Conexão e consulta a dados.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Os Conteúdos Básicos de Linguagem de Programação no Ensino
Profissionalizante (Técnico em Informática), deverão ser abordados
articuladamente, contemplando o conhecimento prévio dos estudantes para
introduzir de forma sistematizada os conteúdos básicos que venham a
desenvolver os conteúdos ministrados no curso.
É importante a utilização de recursos didático- pedagógicos e
tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os procedimentos e
estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o
avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos em atividades
tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria linguagem de programação.
Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica
para resolução de problemas, não somente pertinentes à linguagem de
programação, mas como nas demais disciplinas que, em determinados
momentos, fazem uso dos conhecimentos adquiridos na Linguagem de
Programação.
299
AVALIAÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS
Pretende-se que o aluno:
• Amplie o conhecimento sobre sequência lógica e aplique em
diferentes contextos;
• Compreenda os tipos de dados , instruções primitivas, variáveis e
constantes;
• Conheça e domine as estruturas de controle;
• Identifique e realize programas com operadores matemáticos;
REPRESENTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE ALGORITMOS
Pretende-se que o aluno:
• Implemente um algoritmo verificando as regras de construção para
o mesmo, por meio de pseudocódigo;
• Verifique o funcionamento de um algoritmo utilizando Teste de
Mesa e Tabela Verdade.
INTRODUÇÃO A APLICATIVOS
Pretende-se que o aluno:
Seja capaz de escrever aplicativos simples e utilizar instruções de entrada
e saída;
Familiarize-se com tipos de dados primitivos, sendo capaz de utilizar
operadores aritméticos e operadores relacionais.
ESTRUTURAS DE CONTROLE
Pretende-se que o aluno:
Entenda as técnicas básicas de solução de problemas, sendo
capaz de desenvolver algoritmos pelo processo de refinamento;
Seja capaz de utilizar estruturas de seleção e repetição para
executar repetidamente instruções em um programa
Entender o uso de arrays para armazenar, classificar e pesquisar
300
listas e tabelas de valores;
Entender exceções de tratamento de erros, criar exceções definidas pelo
programador.
MÉTODOS
Pretende-se que o aluno:
Entenda como construir programas modularmente a partir de pequenos
pedaços denominados métodos.
PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETOS
Pretende-se que o aluno:
• Compreenda os conceitos fundamentais sobre orientação a objetos,
tais como classes e objetos, comportamento dos objetos;
• Entenda herança e reutilização de software, superclasses e
subclasses, bem como relacionamento entre classes.
COMPONENTES DA INTERFACE GRÁFICA COM O USUÁRIO
Pretende-se que o aluno:
• Entenda os princípios de projeto das interfaces gráficas com o
usuário;
• Seja capaz de construir interfaces gráficas com o usuário, criar e
manipular botões, rótulos, listas, campos de texto e painéis.
CONECTIVIDADE DE BANCO DE DADOS
Pretende-se que o aluno:
• Seja capaz de realizar a conexão e consulta a banco de dados através
do seu aplicativo.
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
301
atividades no laboratório de informática, recapitulação, estudo dirigido, tarefas
de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno
saberá o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências Bibliográficas
BOENTE, Alfredo. Construindo algoritmos computacionais. Lógica de programação, Brasport
DEITEL, H. M.; DEITEL, P. J. Java: Como programar. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
FORBELLONE André Luiz, EBERSPACHER Henri F. Lógica de Programação – A construção de algoritmos e estruturas de dados. 3ª Ed. Pearson/Prentice Hall, 2007
JANDL Jr., Peter. Java 5: Guia de consulta rápida. São Paulo: Novatec, 2006.
302
SIERRA, Karthy & BATES, Bert Use a cabeça Java. 2. ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2005.
MANZANO, J.A. OLIVEIRA, J.F. Estudo dirigido de algoritmo. 12 ed. Erika.
MEDINA, M. FERTIG. C. Algoritmo e programação. 1 ed. Novater, 2005
ZIVIANI. N. – Projeto de Algoritmos: Com Implementação em Pascal e C. Thonson. 2000.
303
15.6 Banco de dados
Proporciona conhecimentos teóricos e práticos sobre organização e
manipulação de dados necessários para geração e tratamento das informações
utilizadas através do sistema de informação, modelagem de banco de dados e
conhecimentos de linguagem de programação.
Conteúdos estruturantes
• Conceitos, definição e aplicação de bancos de dados.
• Modelagem de dados.
• Mecanismos de acesso e consulta.
Conteúdos básicos
• Conceitos e características;
• Tipos de Banco de Dados;
• Linguagem de definição de dados
• Projeto conceitual usando DER
• Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados;
• Modelo de Dados, conceitos, objetivos e relacionamentos;
• Modelo de Entidades e Relacionamentos, conceitos e arquitetura;
• Normalização de Dados, conceitos, funcionalidades e processos;
• Linguagem de Consultas – SQL, conceitos e funcionalidades;
• Conexões com o banco de dados.
Objetivo geral
Oferecer ao aluno conhecimentos teóricos e práticos sobre organização
e manipulação de dados que são extremamente para a geração e tratamento
das informações que serão utilizadas através dos sistemas de informações,
tendo em vista que todos eles necessitam de um banco de dados bem
estruturado.
304
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
Os conteúdos dessa disciplina serão trabalhados de forma que mobilize
a atenção do aluno para proporcionar a troca de experiências e conhecimento
acerca dos conteúdos. Serão utilizados:
• aulas expositivas
• laboratório de informática
• projetos multimídia
• resolução de problemas
• trabalhos individuais e em grupo
• TV pendrive
• apostilas
• quadro de giz
• software s específicos
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
atividades no laboratório de informática, recapitulação, estudo dirigido, tarefas
de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
305
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno
saberá o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
DATE. C.J. Introdução a Sistemas de Banco de dados. ISBN:8535212736. 8ed. ed. Campus, 2004
GUIMARÃES, Célio Cardoso. Fundamentos de banco de dados: Modelagem, projeto e linguagem SQL. Campinas. Unicamp, 2003
MONTEIRO. E. Projeto de Sistemas e Banco de dados. Brasport., 2004
TEOREY, Toby, LIGHTSTONE, San e MEDEAU, Tom. Projeto e Modelagem de Banco de Dados. Editora Campos, 2006
306
15.7 Fundamentos e arquitetura de computadores
Fornece ao aluno uma visão geral do funcionamento dos computadores
e seus sistemas. Abrange tanto hardware com software, componentes
fundamentais para o funcionamento de um sistema operacional. A
representação dos dados, o sistema de numeração e a arquitetura dos
processadores são importantes para o entendimento do princípio da lógica
computacional.
Conteúdos estruturantes
Evolução Histórica dos Computadores,
Componentes de Hardware e Software,
Representação de Dados,
Sistemas de Numeração.
Introdução, Tipos e Evolução das arquiteturas.
Conteúdos básicos
Histórico e evolução dos computadores;
Conceitos de hardware e software;
Tipos de sistemas e linguagens;
Entrada, processamento e saídas de dados;
Bit e bytes e seus múltiplos;
Sistemas Numéricos e sua representação;
Dispositivos de entrada e saída;
Tipos de armazenamento;
Classificação de computadores;
Modelos de sistemas digitais: Unidades de Controle e Processamento;
Conceitos básicos de arquitetura: Endereçamento, tipo de dados,
conjuntos de instruções e interrupções;
Organização de Memória;
Processamento paralelo e Multiprocessadores;
Desempenho de arquiteturas de computadores.
307
Objetivo geral
Fornecer ao aluno conhecimentos de uma forma geral e ampla sobre o
funcionamento e a construção de microcomputadores e seus sistemas
operacionais e aplicativos.
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
Os conteúdos serão trabalhados de forma que leve os alunos a conhecer
a evolução histórica da tecnologia computacional. Para isso serão utilizados:
• aulas expositivas
• aulas práticas
• laboratório de informática
• resolução de problemas
• pesquisa
• apostilas
• TV pendrive
• quadro de giz
• projetor multimídia
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de atividades
no laboratório de informática, atividades práticas, recapitulação, estudo
dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
308
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos trabalhados para que o
professor possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova
abordagem, diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e
assim detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno
saberá o valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
GREG, Abrahan Silberschatz, GALVN, Gagne Peter Baer. Fundamentos de Sistemas Operacionais. Editora LTC.
MARCULA, M. Informática: Conceitos e Aplicações. Erica. 2003.
MEIRELLES. F. Informática: Novas Aplicações com Microcomputadores. Makron Books. 2000.
MONTEIRO, Mario A. Introdução à Organização de Computadores. LTC.
MURDOCCA, Miles. Introdução à Arquitetura de Computadores. Ed. Campus.
O'BRIEN, James A. Sistema de Informação e as decisões gerenciais na era da Internet.2ed. São paulo. Saraiva, 2004
TANENBAUM, Andrew S. Organização Estruturada de Computadores. LTC.
TOLEDO, Cláudio Alexandre de. Informática – Hardware, Software e Redes. Editora Yalis.
WEBER, Raul Fernando. Fundamentos de Arquitetura de computadores. Sagra-DC Luzzatto.
309
15. 8 Informática instrumental
A disciplina de Informática Instrumental no Curso Informática
subsequente, dá possibilidades ao indivíduo de conhecimento básico na área
de informática. Ela educa para a evolução das tecnologias e desenvolvimento
de um sujeito crítico, capaz de compreender suas mudanças ao longo de sua
evolução e perceber a necessidade de entender as mudanças que acontecem
na sociedade e a importância da informática no dia a dia.
Com a disciplina, o aluno irá compreender como são realizadas as
principais funções executadas pelos computadores, que pra ele se torna um
novo mundo a ser descoberto, com isso a tendência natural é a curiosidade
fazendo com que o mesmo se dedique cada vez a aprender os conteúdos
ministrados em sala de aula.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a
atualidade e como a sociedade em cara as evoluções tecnológicas.
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Informática
Instrumental se inicie do interesse dos estudantes para introduzir de forma
sistematizada os conteúdos básicos que venham a desenvolver os conteúdos:
Uso adequado do teclado; Introdução ao sistema operacional; Manipulação de
arquivos e pastas; Instalação de programas; Ferramentas de produtividade.
Conteúdos Suporte TécnicoConteúdos básicos Abordagem Teórico-
Metodológico
Uso adequado do teclado Noções Básicas de digitação, como o teclado está divido além da melhor maneira de se posicionar em frente ao computador.
Introdução ao sistema operacional Conceitos básicos do que é um sistema operacional e como ele é dividido.
Manipulação de arquivos e pastas Definições de arquivos e a importância da criação de pastas para tornar o computador organizado
Instalação de programas Com esse conteúdo, o aluno verá a
310
importância da instalação de programas que auxilia o desempenho do usuário do seu dia a dia.
Ferramentas de produtividade Este conteúdo abrange todas as ferramentas de editor de texto, criação de planilhas, editoração eletrônica, apresentação de slides. Com essas ferramentas, trabalha-se diversos conteúdos como formatação e configuração de paginas, mala direta, formatação de textos, corretor ortográfico.
Objetivo geral
Proporcionar ao aluno conhecimento necessário da informática básica,
bem como o conhecimento técnico e habilidades específicos indispensáveis
para essa área de conhecimento.
Avaliação
• Uso adequado do teclado
Esteja escrevendo uma carta ou digitando dados numéricos, o teclado é
o principal meio de inserir informações no computador.
As teclas estão organizadas em 5 grupos:Teclas de digitação
(alfanuméricas), Teclas de controle, Teclas de função, Teclas de navegação e
Teclado numérico.
Espera-se que o aluno:
Aprenda a maneira correta de digitar e usar o teclado com segurança, o
uso correto do teclado pode ajudá-lo a evitar dores ou lesões nos punhos, nas
mãos e nos braços, principalmente se o usuário utiliza o computador durante
períodos de tempo prolongados.
• Introdução ao sistema operacional
Sistema operacional é um programa ou um conjunto de programas, cuja
função é gerenciar os recursos do sistema, além de fornecer uma interface
311
entre o computador e o usuário. É o primeiro programa que a máquina executa
no momento em que é ligada e, a partir de então, não deixa de funcionar até
que o computador seja desligado. O sistema operacional reveza sua execução
com a de outros programas, como se estivesse vigiando, controlando e
orquestrando todo o processo computacional.
Espera-se que o aluno:
Conheça os sistemas operacionais existentes e conheça suas
particularidades.
• Manipulação de arquivos e pastas
Arquivo é um conjunto de dados armazenados no computador que
representam alguma informação, seja ela um texto, uma música, um vídeo,
uma foto. As pastas são usadas para organizar os arquivos.
Espera-se que o aluno:
conheça os tipos de arquivos e veja a importância da utilização de pastas para
deixar o computador organizado e de fácil acesso da informação quando
necessitar.
• Instalação de programas
Para funcionar no seu computador, o programa precisa ser instalado. Na
instalação ele se comunica com o seu computador, por exemplo, para saber
onde ficam suas pastas de documentos, de onde você poderá abrir o
programa, etc.
Espera-se que o aluno
Compreenda a importância da instalação de vários programas que
auxiliem o usuário no dia a dia.
• Ferramentas de produtividade
As ferramentas de produtividade são formado por um conjunto de
softwares criados para facilitar o trabalho nos escritórios. Entretanto, hoje é
muito utilizado por diversos usuários, já que oferece recursos práticos para
312
várias finalidades. Possuir essas ferramentas significa ampliar as
funcionalidades do computador, deixando-o com mais recursos para atender
as suas necessidades. Com essas ferramentas podemos realizar diversas
atividades, desde criação de textos sua formatação e configurações, criação de
planilhas, criação de apresentações de com essas ferramentas podemos criar
mala direta, realizar editoração eletrônica.
Espera-se que o aluno
Aprenda utilizar essas ferramentas no seu dia a dia vendo que elas são
de extrema a importância para a realização de diversas tarefas.
Instrumentos avaliativos e recuperação
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Na realização de trabalho individual será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar
o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim detectar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações os alunos saberão o valor das mesmas e
como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
313
Referências BibliográficasALCALDE L., MIGUEL L. GARCIA, PEÑUELAS F. SALVADOR. INFORMÁTICA Básica. São Paulo. Makron Books, 1991
CAPRON, H.L. JOHNSON J. A. Introdução à Informática. Prentice – Hall. 7ª ed. Revisada e atualizada. Rio de Janeiro: Assevera, 2004
MANZONO, J. G. Open Office.org versão 1.1 em português guia de aplicação 1ª ed - São Paulo, ed. Érica 2003.
MONTEIRO, Mario A. Introdução à organização de computadores. Rio de Janeiro. LTC editora. 1996
NORTON, P. Introdução à informática. Tradução de Maria Cláudia Santos Ribeiro Ratto: revisão técnica Álvaro Rodrigues Antunes. São paulo. Makron Books, 1996
RAMALHO, J. A. Introdução à informática. São Paulo. Berkeley, 2000SAWAYA, Márcia Regina. Dicionário de Informática e Internet: Inglês/Português. 3ª. Edição. Editora Nobel.
VELOSO, F. C. Informática: Conceitos Básicos. 7ed. Rev. E atualizada. Rio e janeiro. Elsever, 2004. 8 reimpressão.
www.desktopparana.pr.gov.br. Acesso 22/07/2009
www.openoficce.org.br. Acesso 22/07/2009
www.unicamp.br/openoffice. Acesso 22/07/2009
www.linuxeducacional.com . Acesso 22/07/2009
Wikipedia < http://pt.wikipedia.org/wiki/Perif%C3%A9rico>. Acesso em 07/09/2010.
314
15.9 Análise e projetos
Essa disciplina proporciona ao aluno o contato com conhecimentos
indispensáveis para elaborar estrutura e projetar sistemas adequados ao
sistema de informação.
Conteúdos estruturantes
Introdução a Sistemas de Informação;
Levantamento e Modelagem de Dados;
Análise e Desenvolvimento de Sistema.
Conteúdos básicos
• Fases da concepção de projetos;
• Influência dos sistemas de hardware e de software na fase de
desenvolvimento;
• Estudo do sistema de informação de uma empresa; Conceitos e
fundamentos de desenvolvimento estruturado de sistema de informações;
• Ciclo de vida de sistemas;
• Procedimentos operacionais passíveis de sistematização;
• Técnicas de entrevistas e levantamentos de necessidades;
• Requisitos para a elaboração de projetos consistentes;
• Desenvolvimento, montagem de organogramas e diagramas;
• Técnicas de montagem de proposta e avaliação da proposta de
informatização;
• Ferramentas para desenvolvimento de projetos;
• Diagrama de Entidade e Relacionamentos (DER); Diagrama de
Fluxo de Dados (DFD);
• Criação de dicionários de dados;
• Especificação de processos; Objetivo e importância dos relatórios
de sistema;
• Apresentação de projeto final;
• Ferramentas de modelagem de sistemas.
315
Objetivo geral
Proporcionar ao aluno o conhecimento necessário em análise e projetos
para desenvolver as habilidades e o aperfeiçoamento técnico através dos
conteúdos da disciplina.
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
Os conteúdos serão trabalhados de forma que leve os alunos a adquirir
conhecimentos básicos sobre análise e sistemas para que possa elaborar a
estrutura e projetar sistemas confiáveis e de qualidade que venham atender às
necessidades do usuário. . Para isso serão utilizados:
• aulas expositivas
• aulas práticas
• laboratório de informática
• resolução de problemas
• pesquisa
• apostilas
• TV pendrive
• quadro de giz
• projetor multimídia
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
no laboratório de informática, recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa,
fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
316
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos ensinados para que o professor
possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem,
diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim
detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno saberá o
valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
CIENFUEGOS, F.; VAITSMAN, D. Análise Instrumental. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2000.
DEMARCO, Tom. Análise Estruturada e Especificação de Sistemas. São Paulo: Editora Campus, 1989
DAVID. W. S. Análise e projeto de sistema uma abordagem estruturada. RJ. LTC, 1994.
GANE, C & SARSON, T. Análise Estruturada de Sistemas. Rio de Janeiro , LTC, 1983.
GUSTAFSON, David. Teoria e problemas de engenharia de software. Porto Alegre: Bookman, 2003, 207p.: il. (Coleção Schaum).
CORREIA , Carlos Henrique & TAFNER, Malcon Anderson. Análise Orientada a Objeto. 2ª edição Florianópolis. Editora Visual Books 2006.
NASCIMENTO Luciano Prado Reis. O usuário e o desenvolvimento de Sistemas. Florianópolis Visual Books 2003.
POMPILHO, S. Análise Essencial: Guia Prático de Análise de Sistemas, Rio de Janeiro. Ciência Moderna, 2002.
www.olhardigital.com.br. Acesso 15/08/2010
317
15.10 Fundamentos do trabalho
Os conteúdos dessa disciplina mostram as inovações que aconteceram
no mercado de trabalho, na fabricação de produtos industrializados e numa
série de atividades em que a presença humana era imprescindível. Com o
avanço tecnológico, um grande número de trabalhadores estão vivendo de
subemprego ou desempregados. Profissões que existiam antes foram extintas,
outras estão surgindo o que exige uma maior qualificação profissional para que
o futuro trabalhador possa desempenhar novas funções mo mundo do
trabalho.
Conteúdos estruturantes
O Trabalho Humano nas perspectivas ontológica e histórica: o trabalho
como realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura:
o trabalho como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As
transformações no mundo do trabalho: tecnologias, globalização, qualificação
do trabalho e do trabalhador.
Conteúdos básicos
Dimensões do trabalho humano;
Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;
trabalho como mercadoria: processo de alienação;
Emprego, desemprego e subemprego;
Processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;
Impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo
do trabalho;
Qualificação do trabalho e do trabalhador;
Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.
Objetivo
Proporcionar ao educando conhecimentos sobre o mundo do trabalho
num sistema capitalista e sua dinâmica e o impacto das novas tecnologias na
produção.
318
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
Os conteúdos dessa disciplina serão trabalhados:
• através de aulas expositivas, exercitando o potencial
argumentativo dos alunos, orientando sobre a importância do trabalho e da
qualificação profissional;
• textos referentes aos conteúdos
• pesquisa
• trabalhos em grupo
• trabalho individual
• debates
• filmes
• TV pendrive
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de trabalhos
extraclasse, recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos ensinados para que o professor
possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem,
diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim
detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno saberá o
319
valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excelsas, 1992.
ARANHA, M. L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
DURKHEIM. E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1965.
FERNANDES, Florestam. Fundamentos da explicação sociológica – 3 ed. Rio de Janeiro:
MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2002.
NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 3. ed. Série: Fundamentos. N.38. São Paulo: Ática, 1991.
SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.
320
15.11 Prática discursiva e linguagem
Os conteúdos dessa disciplina são necessários para que os alunos tenham
conhecimentos sobre a norma padrão ao realizar seus trabalhos acadêmicos e
aprenda a fazer pesquisa e resenha sobre um texto científico.
Conteúdos estruturantes
Metodologia de produção e apresentação de trabalhos, instrumentos de
coletas de dados.
Conteúdos básicos
Conceitos de metodologia científica;
Tipos de conhecimento - popular, científico, filosófico e teológico;
Tipos de pesquisa – documental, de campo, experimental e bibliográfica;
Leitura e interpretação de texto;
Resumos,
Resenhas e Relatórios;
Coleta de dados - questionário, entrevista e formulário;
Normas da ABNT;
Etapas de um Projeto de Pesquisa.
Objetivo geral
Fornecer ao aluno conhecimento sobre como se faz um trabalho de
pesquisa e as normas da ABNT para digitação de uma produção bibliográfica.
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
Os conteúdos da disciplina serão trabalhados:
• através de aulas expositivas
• através de pesquisa bibliográfica
• leitura de textos e resumo do mesmo
• questionários
• entrevistas
321
• trabalhos em grupo e individual
• filmes
• utilização da TV pendrive
• resenhas de filmes.
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de exercícios,
no laboratório de informática, recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa,
fixação,
- Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os
conteúdos aprendidos na sala de aula.
- Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
- Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos ensinados para que o professor
possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem,
diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim
detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno saberá o
valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
322
Referências bibliográficas
BASTOS, C. Et al. Introdução à Metodologia Científica. Petrópolis: Vozes, 1993.
CANONICE, B.C.F. Manual para elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Maringá: Unicorpore. 2006.
323
15.12 Inglês técnico
Fornece ao aluno conhecimento que possibilita a compreensão e
aplicação do vocabulário da língua inglesa relacionados à área de tecnologia
de redes e computadores.
Conteúdos estruturantes: Discurso enquanto prática social
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Leitura de textos informativos • Particularidades do texto em registro formal e informal
• interpretação textual observando conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
• identificação do tema, argumento principal e secundário
• realização de leitura não linear de diversos textos
Oralidade • Finalidade do texto• prática de entonação• variedade linguísticas• intencionalidade
Escrita • Adequação ao gênero• paragrafação• clareza• adequação à norma padrão
Análise linguística: Inglês na informática
• Uso dos termos utilizados na informática: print, memory, hard disc, e-mail, site, hardware, software, etc
• utilização correta dos pronomes, artigos, verbos, preposições, numerais, e outras categorias como elemento do texto
• vocabulário, pronúncia
Objetivo Geral
Possibilitar ao aluno a utilização e compreensão da língua inglesa como
acesso de informações a outra cultura e como instrumento fundamental para
324
compreensão dos termos utilizados na área de informática.
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
A partir dos conteúdos estruturante: discurso enquanto prática social,
serão abordados questões linguísticas, culturais e discursivas, assim como as
práticas do uso da língua na leitura, escrita e oralidade e na linguagem
computacional.
O texto como linguagem em uso, ou seja, de comunicação verbal,
escrita, oral e visual, será o ponto de partida das aulas dessa disciplina.
Serão abordados diversos tipos de texto, em atividades diversificadas
como:
• leitura de diferentes gêneros discursivos como: reportagem, slogan,
anúncio, outdoor, receita, etc
• utilização de materiais diversos para interpretação de textos,
• vocabulários da língua estrangeira utilizado em nosso cotidiano,
• análise de textos,
• utilização de dicionários.
• discussões que favoreça a leitura e interpretação do texto
• produção de textos
• questões favoreçam a compreensão e interpretação de textos
• estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros selecionados,
textos produzidos pelos alunos
• pesquisa de palavras da língua inglesa utilizada na informática.
Avaliação e recuperação
A avaliação da aprendizagem é um processo constante. A execução de
exercícios, o desempenho, o empenho e a produção do aluno nas atividades
propostas, a prática oral, toda a produção do aluno será avaliada.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Na realização de trabalho individual será avaliado não só a sua
325
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos para que o professor possa dar
o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem, diagnosticando o
que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim detectar o que precisa
ser revisto. Em todas as avaliações os alunos saberão o valor das mesmas e
como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
BOHN, H. I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade de des(re)construção de conceitos. In. LEFFA, V. O professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.
CELANI, M. A. A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994.
JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba: mimeo, 2004.
STEVENS, C.M.T.; CUNHA, M.J.C. (orgs.). Caminhos e colheita: ensino e pesquisa na área do ensino de inglês no Brasil. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 2003.
326
13.13 Matemática aplicada
A matemática emergiu no solo grego. Pelo estudo da Matemática e a
necessária abstração, tentava se justificar a existência de uma ordem universal
e imutável, tanto na natureza como na sociedade. Tinha sempre um caráter
utilitarista associada ao contexto histórico da época.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que
possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar, discutir e criar superando o ensino baseado apenas em desenvolver
habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela
memorização ou listas de exercícios.
É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma
que compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e
comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde
problemasmatemáticos com segurança. É necessário que o processo
pedagógico em Matemática contribua para que o estudante tenha condições
de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem
adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras
áreas do conhecimento. Os conhecimentos dessa disciplina giram em torno de
Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias, Funções e
Tratamento da informação.
Conteúdos estruturantes
- Formas espaciais e as quantidades compreendidas a partir de números e
álgebra, geometrias, funções e tratamento da informação no contexto da
informática.
Conteúdos básicos
• Conjuntos numéricos;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples e composta, Porcentagem;
• Transformações de medidas;
• Estudo das matrizes;
327
• Determinantes;
• Sistemas lineares;
• Progressão aritmética;
• Progressão geométrica;
• Números complexos;
• Polinômios;
• Função afim
• Função quadrática
• Função exponencial;
• Função logarítmica;
• Funções trigonométricas;
• Análise combinatória;
• Teoria das probabilidades;
• Estatística e interpretação de gráficos;
• Geometria plana: Polígonos e área das figuras geométricas
planas.
• Geometria espacial: Poliedros, Prismas, Pirâmides, Cilindros,
Cones, Esferas
• Geometria descritiva.
Objetivo geral
Proporcionar ao aluno os conhecimentos matemáticos para que este
possa aplicar esses conhecimentos em situações reais relacionando teoria e
prática na resolução das atividades referentes com os conteúdos.
Encaminhamentos didático-pedagógicos e recursos didáticos
Os conteúdos serão trabalhados da seguinte forma:
– apresentação teórica dos conteúdos e relação destes com o cotidiano -
– execução das atividades em grupo e em individual
– abordagem das atividades matemáticas com recursos
tecnológicos enfatizando a relação teórico-prática
– utilização adequada do computador e calculadora
328
– aplicação os conhecimentos e métodos matemáticos em
situações reais
– discussão com a classe das soluções obtidas
– elaboração de estratégias para resolução de problemas
– demonstração dos conteúdos e sua utilização em atividades reais
Para isso, serão utilizados os seguintes meios:
– uso da TV pendrive
– softwares educacionais
– livros didáticos
– demonstração prática dos conteúdos
– sala de informática
É importante a utilização de recursos didático- pedagógicos e
tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os procedimentos e
estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o
avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos
em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência
matemática.
Avaliação e recuperação
Será instrumento de avaliação dessa disciplina:
- Observação do conhecimento adquirido em sala de aula e a sua
aplicação em atividades práticas desenvolvidas na sala e através de trabalhos
extraclasse, recapitulação, estudo dirigido, tarefas de casa, fixação;
– Provas no decorrer do bimestre onde o aluno sistematizará os conteúdos
aprendidos na sala de aula.
– Realização de trabalho individual onde será avaliado não só a sua
elaboração, mas a capacidade de síntese do aluno.
– Exposição de trabalhos em grupos referentes aos conteúdos onde será
considerado não só o produto final, mas as etapas de sua elaboração.
Para efeito de mensuração as provas dadas no decorrer do bimestre
329
terão o valor de 6,0 e as atividades diversificadas valor 4,0.
Será sempre em função dos conteúdos trabalhados e tem por finalidade
detectar o grau de apropriação dos conteúdos ensinados para que o professor
possa dar o encaminhamento devido e elaborar uma nova abordagem,
diagnosticando o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender e assim
detectar o que precisa ser revisto. Em todas as avaliações, o aluno saberá o
valor das mesmas e como será avaliado.
Terá direito de fazer a recuperação o aluno que não atingir a totalidade
dos objetivos e esta será oferecida em forma de:
- Atividades diversificadas
- Fornecimento de roteiros de estudos
- Oferecimento de aulas para retomar o conteúdo trabalhado
- Reavaliação dos conteúdos.
Referências bibliográficas
BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo Edgard Blucher, 1996 D`AMBROSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo Scipione,1988. DANTE, L.R. Didática da resolução de problemas. São Paulo Ática, 1989. KRULIK, Stephen & REYS, Robert E.A. A resolução de problemas na Matemática escolar. Trad. Higino H. Domingues e Olga Corbo. São Paulo, Atual,1997. LIMA, Elon Lages ET. Alii. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro, SBM, 1997. 3vols. (Coleção do Professor de Matemática.) LINQUIST, Mary Montgomery & SHULTE, Albert P. (orgs). Aprendendo e ensinando Geometria. Trad. Higino H. Domingues. São Paulo, Atual, 1994. PARANA. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. SEED – PR. 2008. PETIT, Jean-Pierre. Os mistérios da Geometria. Lisboa, publicações Dom pixote,1982. ( Coleção As Aventuras de Anselmo Curioso.) POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas. Revista do professor de Matemática. Publicação da Sociedade Brasileira de Matemática.
330
14 Matriz Curricular
14.1 Curso de formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino Fundamental – Normal
De acordo com a instrução n° 015/0006 -SUED/SEEDTurno: Diurno e NoturnoAno de implantação: 2007 DISCIPLINA 1ª 2ª 3ª 4ª h/a H/relógio
BASE 1. Língua Portuguesa e literatura 2 3 2 3 400 3332. Arte 2 80 67
NA 3. Ed. Física 2 2 2 2 320 267CIO 4. Matemática 2 2 4 2 440 366NAL 5. Física 3 2 200 167
6. Química 2 2 160 133CO 7. Biologia 2 2 160 133MUM 8. História 2 2 160 133
9. Geografia 3 120 10010. Sociologia 2 2 160 13411. Filosofia 2 2 160 134Subtotal 19 15 13 11 2320 1934
P.D. 12.LEM 2 2 160 133Subtotal 2 2 160 133
F 13. Fund. Hist. da Educação 2 80 67O 14. Fund. Filos. da Educação 2 80 67R 15. Fund. Sociol. da Educação 2 80 67M 16. Fund. Psicol. da educação 2 80 67A 17. Fund. Hist. Pol. da Educ. Inf. 2 80 67Ç 18. Concepções Nort. da Ed.
Especial
2 80 67
A
O
19 Trabalho Pedagógico na
Educação Infantil
2 2 160 133
20. Organiz do Trabalho Pedag. 2 2 160 133E 21. Literatura Infantil 2 80 67S 22. Met. Ens. Port. Alfab. 2 2 160 133P 23. Met. Ensino Matemática 2 80 67E 24. Met. Ens. História 2 80 67C 25. Met. Ens. Geografia 2 80 67I 26. Met. Ens. Ciências 2 80 67F 27. Met. Ens. Arte 2 80 67I 28. Met. Ens. Educ. Física 2 80 67
C Subtotal 6 10 10 12 1520 1266A 25 25 25 25 4000 3333
29. .Estágio Supervisionado 5 5 5 5
TOTAL 800 667TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000
331
14.1.2 Curso de formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino Fundamental – Normal
Módulo 40 – Carga Horária Total 4800hTurno: Diurno Ano de implantação: 2010DISCIPLINA 1ª 2ª 3ª 4ª h/a H/relógio
BASE 1. Líng Portuguesa e literatura 2 3 2 3 400 3332. Arte 2 80 67
NA 3. Ed. Física 2 2 2 2 320 267CIO 4. Matemática 2 2 4 2 440 366NAL 5. Física 3 2 200 167
6. Química 2 2 160 133CO 7. Biologia 2 2 160 133MUM 8. História 2 2 160 133
9. Geografia 3 80 6710. Sociologia 2 2 160 13411. Filosofia 2 2 160 134Subtotal 19 15 13 11 2320 1934
P.D. 12.LEM 2 2 160 133Subtotal 2 2 160 133
F 13. Fund. Hist. da Educação 2 80 67O 14. Fund. Filos. da Educação 2 80 67R 15. Fund. Sociol. da Educação 2 80 67M 16. Fund. Psicol. da educação 2 80 67A 17. Fund. Hist. Pol. da Educ. Inf. 2 80 67Ç 18. Concepções Nort. da Ed.
Especial
2 80 67
A
O
19 Trabalho Pedagógico na
Educação Infantil
2 2 160 133
20. Organiz do Trabalho Pedag. 2 2 160 133E 21. Literatura Infantil 2 80 67S 22. Met. Ens. Port. Alfab. 2 2 160 133P 23. Met. Ensino Matemática 2 80 67E 24. Met. Ens. História 2 80 67C 25. Met. Ens. Geografia 2 80 67I 26. Met. Ens. Ciências 2 80 67F 27. Met. Ens. Arte 2 80 67I 28. Met. Ens. Educ. Física 2 80 67
C Subtotal 6 10 10 12 1520 1266A 25 25 25 25 4000 3333
29. Estágio Supervisionado 5 5 5 5TOTAL 800 667
TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000
332
14.1.3 Curso de formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino Fundamental – Normal
Módulo 40 – Carga Horária Total 4800hTurno: Diurno Ano de implantação: 2015DISCIPLINA 1ª 2ª 3ª 4ª h/a H/relógio
BASE Arte 2 80 57Biologia 3 120 100
NA Educação Física 2 2 2 2 320 267CIO Filosofia 2 2 2 2 320 267NAL Física 3 120 100
Geografia 3 120 100CO História 2 2 160 133MUM Língua Portuguesa 2 2 2 3 360 300
Matemática 2 2 2 2 320 267Química 2 2 160 133Sociologia 2 2 2 2 320 267SUBTOTAL 17 17 15 11 2400 200
P.D. 12.LEM 2 80 67Subtotal 2 80 67
F Concepções norteadoras E. especial 2 80 67O Fundamentos Filosóficos e
sociológicos da educação2 80 67
R Fundamentos históricos da educação 2 80 67M Fundamentos Históricos e Políticos da
educação infantil2 80 67
A Fundamentos Psicológicos da educação
2 80 67
Ç Libras 2 80 67Literatura infantil 2 80 67
E Metodologia de alfabetização 2 80 67S Metodologia Ensino da arte 2 80 67P Metodologia Ensino de Ciências 2 80 67E Metodologia Ensino Ed. Física 2 80 67C Metodologia Ensino Geografia 2 80 67I Metodologia Ensino História 2 80 67F Metodologia Ensino Matemática 2 80 67I Metodologia Ensino Língua
Portuguesa2 80 67
C Organização Trabalho pedagógico 2 2 160 133A Prática de Formação 5 5 5 5 800 666
Trabalho Pedagógico na educação Infantil
2 2 160 133
Subtotal 13 13 15 19 2400 200TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000
333
15.1 Matriz curricular do ensino Médio
De acordo com a resolução n° 015/0006-SUED/SEED
Turno: Manhã, tarde e noite
DISCIPLINAS / SÉRIE 1 2 3BA ARTE 2 2 2SE BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2
NA FÍSICA 2 2 2CIO GEOGRAFIA 2 2 2NAL HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 4 3 4CO MATEMÁTICA 3 4 3MUM QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2SUB-TOTAL 23 23 23
PD L..E.M. – INGLÊS 2 2 2SUBTOTAL 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25
15.2 Matriz curricular do ensino Médio
Ano de implantação 2010
DISCIPLINAS / SÉRIE 1 2 3BA ARTE 2 2SE BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2
NA FÍSICA 2 2 2CIO GEOGRAFIA 2 2 2NAL HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 4 3 4CO MATEMÁTICA 3 4 3MUM QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2SUB-TOTAL 23 23 23
PD L.E.M. – INGLÊS 2 2 2SUBTOTAL 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25
334
15.3 Matriz Curricular do Ensino Médio
Ano de implantação: 2011
DISCIPLINAS / SÉRIE 1 2 3BA ARTE 2 2 0SE BIOLOGIA 0 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2
NA FÍSICA 2 2 2CIO GEOGRAFIA 2 2 2NAL HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 4 3 4CO MATEMÁTICA 3 4 3MUM QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2SUB-TOTAL 23 23 23
PD L.E.M. – INGLÊS 2 - 2SUBTOTAL 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25
335
16 Matriz curricular Técnico em Informática Subsequente
MATRIZ CURRICULARESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Leonardo Francisco Nogueira
– EMNPMUNICÍPIO: PinhalãoCURSO: TÉCNICO EM INFORMÁTICA
FORMA: SUBSEQUENTEIMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR 1º
SEMESTRE DE 2010TURNO: C H: 1.360 h/a 1.133 horas
MÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO: SEMESTRAL
DISCIPLINASSEMESTRES
H/A Horas1ª 2ª 3ªT P T P T P
Análises e Projetos 2 2 2 2 160 133
Banco de Dados 2 2 80 67
Fundamentos do Trabalho 2 40 33
Fundamentos e Arquitetura
de Computadores2 2 80 67
Informática Instrumental 1 3 80 67
Inglês Técnico 2 40 33
Internet e Programação
Web2 2 2 2 2 2 240 200
Linguagem de
Programação 2 2 2 2 2 2 240 200
Matemática aplicada 2 40 33
Prática Discursiva e
Linguagens 2 40 33
Redes e Sistemas
Operacionais 2 2 2 2 160 133
Suporte Técnico 2 1 3 2 160 133
Total 22 24 22 1360 1133
336
17. Projetos extracurriculares
17.1 Aprofundamento de aprendizagem
O curso de aprofundamento da aprendizagem visa a expansão de
atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular,
vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades
da formação do aluno e de sua realidade.
São realizadas Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular
nas disciplinas de Português e Matemática com uma carga horária de 5 horas
aula para o professor e 4 horas aula para os alunos realizadas em turnos
diferentes. Tem a finalidade de viabilizar o acesso, permanência e participação
dos educandos em atividades pedagógicas possibilitando ao aluno uma melhor
apreensão dos conteúdos dessas disciplinas.
17.2 Celem
O Colégio oferece em contraturno escolar para alunos, funcionários e
comunidade o curso de língua estrangeira moderna, espanhol, para àqueles
que desejam adquirir conhecimentos em mais uma língua.
17.3 Treinamento esportivo:Futsal
Fonte saudável de lazer que desenvolve a capacidade de concentração e
raciocínio aperfeiçoando habilidades cognitivas que amplia o vocabulário do
aluno introduzindo a linguagem específica desse esporte e suas regras.
Melhora o nível de relacionamento entre os atletas propiciando cooperação
e interação que este esporte coletivo exige além de combater o sedentarismo
e favorecer uma melhor qualidade de vida.
17.4 Equipe multidisciplinar
Considerando a necessidade de implementação Lei 10.639/03 que determina
o estudo sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e a função da
337
escola de combater toda e qualquer prática excludente e de valorizar a cultura
de outros povos rompendo com o modelo de conhecimento eurocêntrico, faz-
se necessário que nossos alunos conheçam a história do povo africano e sua
colaboração para a cultura e formação da sociedade brasileira resgatando
assim, sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, econômico,
político e cultural do País. Combater o racismo presente na sociedade brasileira
e consequentemente as discriminações no âmbito escolar através da
divulgação da cultura afro-brasileira e Africana destacando sua importância e
influência na formação da nossa sociedade, através da mobilização do coletivo
escolar com ações pedagógicas e educativas que possibilitem um maior
conhecimento sobre essa cultura para seu reconhecimento e uma maior
valorização e respeito às diversidades. Para isso foi criada a equipe
multidisciplinar no colégio.
17.5 Ensino Médio Inovador
O colégio aderiu ao Programa Ensino Médio Inovador- PROEMI, com o
objetivo de fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares com
trabalhos diversificados e interdisciplinares e garantir uma informação integral
do aluno tornando o currículo mais dinâmico e procurando atender aos anseios
do aluno do Ensino Médio.
338
18 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante da prática educativa e também da
prática social. Isto significa que, a todo momento estamos avaliando,
comparando e revendo as nossas ações, de modo a decidir sobre a sua
continuação, modificações ou até mesmo interrupção dessas.
Nesse sentido, a avaliação permeia todas as ações humanas e exerce
um papel importante no processo de desenvolvimento do homem. Ela tem uma
dimensão formadora, pois promove o desenvolvimento humano em qualquer
esfera da vida cotidiana.
Nessa perspectiva, adquire uma dimensão criadora, pois possibilita ao
ser humano trabalhar com o novo, construir, reinventar, combinar e sobretudo
assumir riscos. A avaliação tem um significado cultural, ou seja, é a mediação
entre a educação e a cultura, na medida em que refere-se aos valores culturais
e à maneira como estes são aceitos na sociedade. Nesse processo de
mediação, o homem lança mão de suas experiências, do que já sabe, do que
percebe, do que construiu, enfim, dos conhecimentos acumulados presentes
nas relações sociais e aos quais tem acesso, como instrumental que adquiriu
nessa travessia.
É a partir desse entendimento que a avaliação explicita o seu verdadeiro
sentido pedagógico, que é o de revelar resultados das ações do presente, as
possibilidades das ações do futuro e as práticas que precisam ser
transformadas. A avaliação escolar, nessa perspectiva, deve ser entendida
como um dos aspectos do processo de ensino e aprendizagem, que permite ao
professor e a instituição de ensino, no seu conjunto, analisar os resultados da
sua prática pedagógica e rever procedimentos para atingir os objetivos a que
se propõe em seu Projeto Político Pedagógico.
A avaliação do processo ensino e aprendizagem, é um importante
instrumento de que dispõe a escola para que, num processo contínuo de ação
e reflexão, na prática docente, possa identificar os fatores que facilitam e os
que dificultam a aprendizagem, para posteriormente elencar estratégias
adequadas para abordá-los e reorganizá-los. A avaliação, então, deve ser
assumida por todos que direta ou indiretamente atuam na instituição de
339
ensino.
É necessário que se envolvam no processo de tomada de decisões
quanto às transformações a serem realizadas, desde a concepção de ensino, a
metodologia e os recursos humanos e materiais a serem priorizados.
Em cada conceito de avaliação subjaz uma concepção de mundo, de
sociedade, de ensino e de educação. Quando se trata especificamente da
avaliação da aprendizagem, a escola realiza práticas que expressam a
concepção pedagógica assumida – liberal ou transformadora.
Na Pedagogia Liberal conservadora própria da Escola Tradicional, a
avaliação é classificatória e tem a pretensão de verificar a aprendizagem
através de medidas, de quantificações. Tem como pressuposto a perspectiva
de que as pessoas aprendem do mesmo modo, nos mesmos momentos. Isto é,
algumas que por razões diversas, têm as condições de aprender, aprendem
mais e melhor, outras, com diferente características e condições menos
favoráveis, aprendem cada vez menos e são cada vez mais excluídas do
processo de escolarização. Tem como função, portanto a classificação, sempre
se remetendo a padrões socialmente aceitáveis e a importância das medidas
ou aspectos quantificáveis, considerando a periodicidade do processo de
avaliação, do registro e de seus resultados.
Na perspectiva da Pedagogia transformadora, na avaliação da
aprendizagem, predomina os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Nesta concepção de avaliação, o importante é o diagnóstico voltado para as
dificuldades que os alunos apresentam com vistas aos objetivos propostos, a
reformulação de metodologias e procedimentos didáticos.
Nesse sentido, a avaliação reveste-se de um caráter formador, ou seja,
seus objetivos são o de situar o aluno no seu processo de aprendizagem,
informar ao professor sobre o estágio do seu desenvolvimento, orientar para as
mudanças que se fizerem necessárias no processo. A avaliação não classifica,
ela situa. E situa para ajudar ao professor no processo de formação e
escolarização do estudante.
Essa é a concepção de avaliação formativa, que, numa perspectiva de
transformar a prática de avaliação, requer questionamentos profundos sobre a
340
educação, desde as suas concepções, seus fundamentos, sua organização.
Significa mudar conceitos, redefinir conteúdos, redefinir as funções docentes, e
principalmente, redefinir o significado da avaliação no interior da escola.
Portanto, neste momento o que se propõe é uma outra forma de avaliar que
não tem como finalidade última classificar e selecionar os alunos.
Nesse sentido, a avaliação que se preocupa com o processo formativo
dos alunos, toma como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se
ensina, no pressuposto de que as suas bases estão nos processos de
aprendizagem e, portanto, nos seus aspectos cognitivos, afetivos e racionais,
das aprendizagens significativas. O sentido da avaliação formativa é contribuir
para o desenvolvimento da capacidade dos alunos para uma aprendizagem de
qualidade. Deste modo, pode-se dizer que as finalidades da avaliação
formativa são:
– conhecer melhor os alunos, suas capacidades de aprender, seus
modos de aprendizagem, seus interesses, sua maneira de trabalhar,
de interagir com os demais;
– diagnosticar o que está sendo aprendido ao longo do processo
ensino aprendizagem, de forma contínua e com uma diversidade metodológica
que propicie condições de avaliar o grau de aprendizagem dos alunos, no
coletivo e no particular;
– adequar o processo de ensino, tomando como referência o grupo
de alunos e também àqueles que apresentam dificuldades em
particular (HOFFMAN, 2000).
Avaliar os resultados do processo de ensino aprendizagem, após o
término de uma determinada unidade de conteúdo, fazendo a análise e
reflexão sobre as aprendizagens bem sucedidas e as que ainda precisam ser
construídas e reconstruídas, é considerar a avaliação na sua concepção
formativa. Nessa perspectiva, são três as características da avaliação que e
opõe a uma concepção de avaliação classificatória seletiva
– A avaliação é não pontual, diagnóstica (por isso, dinâmica) e
inclusiva;
– À avaliação interessa o que estava acontecendo antes, o que
341
está acontecendo agora e o que poderá acontecer depois com o
educando, na medida em que ela está a serviço de um projeto
pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser
em construção permanente;
– Para um verdadeiro processo de avaliação, não interessa
aprovação ou reprovação do educando, mas sua aprendizagem e,
consequentemente, o seu crescimento (LUCKESI, 2005).
Segundo Luckesi, articulada à função básica da avaliação formativa,
estão outras quatro funções que devem se considerar no processo avaliativo,
quais sejam:
– a função de propiciar a autocompreensão tanto do educando
quanto do educador;
– a função de motivar o crescimento. Na medida em que ocorre o
reconhecimento do limite e da amplitude de onde se está, descortina- se uma
motivação para o prosseguimento no percurso de vida ou de estudo que se
esteja realizando;
– a função de aprofundamento da aprendizagem. Quando se faz um
exercício para que a aprendizagem seja manifestada, esse mesmo exercício já
é uma oportunidade de aprender o conteúdo de forma mais aprofundada;
– a função de auxiliar a aprendizagem (LUCKESI, 2005).
Por fim, se avaliar nessa perspectiva, significa incorporar ao trabalho
pedagógico, tendo por base a síntese ação-reflexão-ação, é imprescindível o
acompanhamento permanente do professor quanto ao processo de
aprendizagem dos alunos, a fim de garantir que as reflexões necessárias para
a formação de sujeitos críticos, participativos, capazes de impulsionarem
transformações na sociedade, sejam dinamizadas e potencializadas. Esse é o
desafio que está colocado nas bases do documento orientador da prática
pedagógica dos professores do curso de Formação de Docentes, normal em
nível médio, a fim de possibilitar um processo de avaliação coerente com a
ação educativa presente no Projeto Político Pedagógico. Trabalhar com o novo a
partir do velho. Assim, podemos afirmar que a avaliação deve ser
342
conscientemente articulada à concepção de mundo, de sociedade, de
educação, de trabalho, de cultura e por fim, do ensino que queremos,
permeando toda a prática pedagógica.
19 Formas de Registros Avaliativos e recuperação de estudos
A avaliação será contínua, acompanhando o desenvolvimento das
atividades propostas, da apropriação dos conteúdos, sempre observando o
desempenho de forma integral. As avaliações serão organizadas e seu valor
previamente estipulado de forma somatória, indicando o progresso do aluno e
será registrado no espaço específico no livro Registro de Classe, da seguinte
forma: Colocando o que foi avaliado, qual o valor estipulado e combinado com
o aluno, durante o desenvolvimento dos conteúdos registrando numa escala de
valores de 0 (zero) a 10,0 (dez)
A recuperação dos conteúdos será realizada durante o desenvolvimento
das atividades, uma vez que o aluno não atingiu os objetivos propostos, o
professor deverá retomar estes conteúdos, utilizando-se de outras
metodologias de ensino, que venha facilitar o entendimento para que o aluno
se aproprie do conteúdo.
Para o registro das notas após a recuperação prevalecerá sempre a
maior nota.
Para chegar à média final, serão consideradas as provas realizadas no
decorrer do bimestre com valor 6,0 e mais as atividades desenvolvidas durante
o bimestre com valor 4,0.
19.1 Periodicidade de Registro de Avaliação
A avaliação será constante e para efeito de registro é lançada no livro do
professor todas as notas e no final do bimestre será computada a média.
19.2 Proposta de recuperação de estudos
A proposta de recuperação de estudos ocorrerá no decorrer do bimestre
e sempre que o professor perceber que o aluno ficou com defasagem em
algum conteúdo. Para isso ele retomará estes conteúdos através de
343
explicações, dando trabalhos e avaliações.
Para efeito de registro na ficha do aluno após a avaliação bimestral,o
aluno que não atingir a média 6,0, deverá fazer uma nova avaliação onde
prevalecerá sempre a maior nota. Aos demais alunos, esta nova avaliação é
facultativa.
20 ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE
20.1 Reunião de acompanhamento.
A proposta para articulação da família com a escola é através de
reuniões no inicio de cada ano letivo e durante o bimestre, convocadas pela
direção do estabelecimento, e extraordinariamente, sempre que um fato
justificar para conversas sobre o processo de aprendizagem, onde os
professores ficam à disposição dos pais para falar sobre o desempenho dos
alunos, a escola deixa claro para os pais que está disponível em qualquer
horário para que o pai possa vir para dialogar sobre seus filhos. Também são
realizadas atividades festivas, como o dia das mães, dos pais em que fazem
homenagens, entrega de presentes, apresentações artísticas para que estes
compareçam com mais frequência e possam conhecer o trabalho que está
sendo desenvolvido e reconhecer a sua importância na vida e de seu filho e
uma maior interação com a comunidade. No calendário de cada ano letivo já
está marcado os dias das reuniões com pais ou responsáveis por alunos
matriculados para aquele ano.
20.2 Conselho de Classe
O Conselho de Classe tem por finalidade:
-Estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposta pelo plano
curricular.
É realizado bimestralmente, onde todos os professores e equipe
pedagógica se reúnem e fazem uma análise de como foi o rendimento dos
alunos e, consequentemente, do professor.
Antes do conselho de classe, será realizado um pré-conselho onde cada
344
professor, com a orientação da equipe pedagógica, anotará as informações
que julgar necessárias sobre os alunos da turma. O aluno que tiver defasagem
na disciplina será comunicado pelo professor da mesma e particularmente pela
equipe pedagógica.
20.3 Avaliação do Projeto Político pedagógico
O projeto Politico Pedagógico será acompanhado e avaliado durante o
ano letivo, por todos os profissionais e demais envolvidos na sua elaboração,
de forma especial pela Equipe de Direção, Professores, alunos e Funcionários
que estão intimamente ligados ao processo escolar, podendo ser revistos
alguns pontos, sempre que se fizer necessário.
345
Referências Bibliográficas
DEMO, P.E. É errando que a gente aprende. Nova Escola. São Paulo, n.144, pp.49-51, ago. 2001
FREIRE Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação e Trabalho. Orientações curriculares para o curso de formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, em nível médio, na modalidade normal / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Profissional. – Curitiba : SEED – Pr., 2014.
SAVIANI. Dermeval. Pedagogia Histórico crítica. Primeiras aproximações. Autores associados. Campinas, SP, 2005.
______. Escola e democracia. Autores Associados. Campinas, SP, 1999
VEIGA. Ilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da Escola – Uma Construção Coletiva – Campinas, SP, Papirus, 1995
SEED. Proposta Pedagógica Curricular do curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba PR, 2006.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Curitiba PR, 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba PR, 2008.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física Curitiba PR, 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Filosofia, Curitiba PR, 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:Física, Curitiba PR, 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:Geografia, Curitiba PR 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:História, Curitiba PR, 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba PR, 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática, Curitiba PR 2008
346
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Português, Curitiba PR, 2008
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:Química, Curitiba PR, 2008.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia, Curitiba PR, 2008
SEED. Plano de curso Técnico em Informática Subsequente. Curitiba PR, 2009.
SEED. Plano de Curso Técnico em Informática - Educação Profissional em Informática Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos. Curitiba PR, 2007.