coleÇÃo de manuais para enfermagemcoleção de manuais para enfermagem: enfermagem em clínica...
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COORDENADORA E REVISORA TÉCNICA
Ana Carolina Ayres Silva Santos
AUTORAS
Eliane dos Santos BomfimEveline Cristina Rocha Régis
Jackeline BorgesLudimila Ferreira Santos
Marcela de Oliveira Gonzaga SantanaMariana Braune
Tatiane Cunha FlorentinoThais de Rezende Bessa Guerra.
COLEÇÃO DE MANUAISPARA ENFERMAGEM
VO
LUM
E
3
Clínica Médica eClínica Cirurgica
COORDENADORA E REVISORA TÉCNICA
Ana Carolina Ayres Silva Santos
AUTORAS
Eliane dos Santos BomfimEveline Cristina Rocha Régis
Jackeline BorgesLudimila Ferreira Santos
Marcela de Oliveira Gonzaga SantanaMariana Braune
Tatiane Cunha FlorentinoThais de Rezende Bessa Guerra.
COLEÇÃO DE MANUAISPARA ENFERMAGEM
VO
LUM
E
3
Clínica Médica eClínica Cirurgica
Título |
Editoras |Copidesque |
Diagramação |Capa |
Conselho Editorial |
Coleção de Manuais para Enfermagem - Enfermagem em Clínica Médica e Clínica CirúrgicaKaren Nina Nolasco e Thalita GaleãoPedro MuxfeldtCarlos Augusto Machado e Everton Augusto MachadoWesley AzevedoCaio Vinicius Menezes NunesItaciara Larroza NunesPaulo Costa LimaSandra de Quadros UzêdaSilvio José Albergaria da Silva
Editora Sanar Ltda.Rua Alceu Amoroso Lima, 172Caminho das Árvores,Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar.CEP: 41820-770, Salvador - BA.Telefone: 71.3052-4831www.editorasanar.com.bratendimento@editorasanar.com.br
2019© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)
_______________________________________________________________________________________________________________
A985c Ayres, Ana Carolina (coord.)
Coleção de Manuais para Enfermagem: enfermagem em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica / Coordenadora: Ana Carolina Ayres. – 1. ed. - Salvador: Editora Sanar, 2019. 245 p.; il; 16x23 cm. (Coleção de Manuais para Enfermagem, v.3).
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
1. Assistência 2. Centro Cirúrgico 3. Cirurgia 4. Clínica 5. Enfermagem 6. Procedimentos I. Título II. Coordenadora
CDD 610.73:617.9 CDU 616.08:617
_______________________________________________________________________________________________________________
ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1. Enfermagem: Cirurgias (técnicas, equipamentos, material).
2. Enfermagem: Cirurgias.
__________________________________________________________________________________________________
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AYRES, Ana Carolina (coord.). Coleção de Manuais para Enfermagem: enfermagem em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica. 1. ed. Salvador:
Editora Sanar, 2019. (Coleção de Manuais para Enfermagem, v.3).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)
_______________________________________________________________________________________________________________
A985c Ayres, Ana Carolina (coord.)
Coleção de Manuais para Enfermagem: enfermagem em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica / Coordenadora: Ana Carolina Ayres. – 1. ed. - Salvador: Editora Sanar, 2019. 245 p.; il; 16x23 cm. (Coleção de Manuais para Enfermagem, v.3).
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
1. Assistência 2. Centro Cirúrgico 3. Cirurgia 4. Clínica 5. Enfermagem 6. Procedimentos I. Título II. Coordenadora
CDD 610.73:617.9 CDU 616.08:617
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ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1. Enfermagem: Cirurgias (técnicas, equipamentos, material).
2. Enfermagem: Cirurgias.
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Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AYRES, Ana Carolina (coord.). Coleção de Manuais para Enfermagem: enfermagem em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica. 1. ed. Salvador:
Editora Sanar, 2019. (Coleção de Manuais para Enfermagem, v.3).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)
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A985c Ayres, Ana Carolina (coord.)
Coleção de Manuais para Enfermagem: enfermagem em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica / Coordenadora: Ana Carolina Ayres. – 1. ed. - Salvador: Editora Sanar, 2019. 245 p.; il; 16x23 cm. (Coleção de Manuais para Enfermagem, v.3).
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
1. Assistência 2. Centro Cirúrgico 3. Cirurgia 4. Clínica 5. Enfermagem 6. Procedimentos I. Título II. Coordenadora
CDD 610.73:617.9 CDU 616.08:617
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ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1. Enfermagem: Cirurgias (técnicas, equipamentos, material).
2. Enfermagem: Cirurgias.
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Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AYRES, Ana Carolina (coord.). Coleção de Manuais para Enfermagem: enfermagem em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica. 1. ed. Salvador:
Editora Sanar, 2019. (Coleção de Manuais para Enfermagem, v.3).
978-85-5462-202-2
AUTORES
Enfermeira. Pedagoga. Pós graduada em Metodologia do Ensino, Pesquisa e Extensão em
Educação, Residência em Terapia Intensiva, Pós graduada em Auditoria dos Serviços de
Saúde e em Micropolítica e Gestão do SUS. Aprovada em concursos públicos. Atualmente,
enfermeira do HUL- EBSERH. Autora de livros para concursos e residências.
ANA CAROLINA AYRES SILVA SANTOS
Revisora Técnica
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde (PPGES). Univer-
sidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Campus Jequié, Brasil. Mestra. Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde (PPGES). Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia, UESB, Campus Jequié, Brasil. Especialização em Enfermagem do trabalho. Universi-
dade Candido Mendes, UCAM, Brasil. Especialização em Educação Permanente em Saúde.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, Brasil. Especialização em
Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família (UNINTER). Enfermeira. Universidade do
Estado da Bahia (UNEB).
ELIANE DOS SANTOS BOMFIM
Autora
Autora
Enfermeira. Bióloga. Administradora com ênfase em Análise de Sistemas. Pós graduada em
Enfermagem do Trabalho, Pós graduação em Saúde Pública com ênfase na estratégia Saúde
da Família, Residência em Terapia Intensiva, Residência em Centro Cirúrgico e CME. Autora
de livros para concursos e residências.
EVELINE CRISTINA ROCHA RÉGIS
Graduada em Enfermagem (UniAGES), Pós graduada em Enfermagem do Trabalho (UCM).
Autora de livros para concursos e residências.
JACKELINE BORGES
Autora
Enfermeira (UCSAL). Especialista em Terapia Intensiva (Atualiza) e Enfermagem do Traba-
lho (Portal F). Enfermeira da Agência Transfusional do Hospital Ana Nery.
MARCELA DE OLIVEIRA GONZAGA SANTANA
Autora
Enfermeira. Pós- graduanda em Terapia Intensiva e Alta complexidade.
LUDIMILA FERREIRA SANTOS
Autora
Enfermeira. Pós-graduada nos moldes de Residência em Clínica Médica e Cirúrgica pela Uni-
versidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Enfermagem Fundamental pela Universida-
de Federal do Estado do Rio de Janeiro. Autora de livros para concursos.
MARIANA BRAUNE
Autora
Enfermeira. Doutoranda e mestra em Enfermagem e saúde. Residência em Terapia Inten-
siva. Professora da Universidade Estadual de Feira de Santana. Coordenadora de curso da
Faculdade Santa Casa. Membro do grupo de Pesquisa Gerir/UFBA e autora de capítulo de
livro e artigos em revistas indexadas.
TATIANE CUNHA FLORENTINO
Autora
Enfermeira. Nutricionista. Licenciada em Ciências Biológicas. Pós graduada em Vigilância Sa-
nitária, Qualidade Internacional em Saúde em Segurança do Paciente, Ética e Bioética. Mes-
tre em Ciências Médicas(UFF), PhD em Ciências Cardiovasculares com ênfase na psiquiatria
nutricional pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Aprovada em concursos públicos e
atua como enfermeira na divisão científica de ensino e pesquisa na saúde do HMSA/SMSRJ.
Autora de artigos científicos e livros para concursos.
THAIS DE REZENDE BESSA GUERRA
Autora
A coleção Manuais para Enfermagem é o melhor e mais completo conjunto de obras
voltado para a capacitação e aprovação de Enfermeiros em concursos públicos e progra-
mas de residências do Brasil. Elaborada a partir de uma metodologia que julgamos ser a
mais apropriada ao estudo direcionado para as provas em Enfermagem, contemplamos
os 7 volumes da coleção com os seguintes recursos:
✓ Teoria esquematizada de todos os assuntos;
✓ Questões comentadas alternativa por alternativa (incluindo as falsas);
✓ Quadros, tabelas e esquemas didáticos;
✓ Destaque para as palavras-chave;
✓ Questões categorizadas por grau de dificuldade, de acordo com o modelo a seguir:
FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DIFÍCIL
Elaborado por professores com sólida formação acadêmica em enfermagem, a pre-
sente obra é composta por um conjunto de elementos didáticos que em nossa avaliação
otimizam o estudo, contribuindo assim para a obtenção de altas performances em provas
e concursos nas áreas da Saúde da Mulher e Obstetrícia.
THALITA GALEÃOEditora
VOLUME 3 - ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA E CLÍNICA CIRÚRGICA
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO I DISTÚRBIOS CARDIOVASCULARES
1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS ............................................................ 15Condições padronizadas para aferição da pressão arterial ..........................................17Fatores de risco para hipertensão arterial ......................................................................20Diagnóstico .........................................................................................................................21Classificação .......................................................................................................................22Tratamento .........................................................................................................................23Assistência de enfermagem ao portador de HAS ...........................................................27Quadro-resumo ..................................................................................................................28Questões .............................................................................................................................30Referências .........................................................................................................................35
1.1 SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS ................................................................ 37O que é síndrome coronariana aguda (SCA) e infarto agudo do miocárdio (IAM)? ..........37Quadro-resumo ..................................................................................................................51Quadro esquemático .........................................................................................................52Questões .............................................................................................................................53Referências .........................................................................................................................57
1.2 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ...................................................................................... 59Definição de insuficiência cardíaca ..................................................................................59Fatores de Risco ..................................................................................................................60Diagnóstico de insuficiência cardíaca..............................................................................61Classificação da insuficiência cardíaca ............................................................................63Tratamento .........................................................................................................................65Assistência de enfermagem ao paciente portador de insuficiência cardíaca .............69Questões .............................................................................................................................70Referências .........................................................................................................................74
SUMÁRIO
CAPÍTULO II DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS
2. DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS .................................................................................... 75Pneumonia .................................................................................................................... 75Doença pulmonar obstrutiva Crônica - DPOC ........................................................... 77Outras alterações respiratórias ................................................................................... 79Quadro-resumo ..................................................................................................................82Quadro esquemático..................................................................................................... 83Questões........................................................................................................................ 84Referências .................................................................................................................... 92
CAPÍTULO III DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS
3. DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS ......................................................................................... 93Introdução ..................................................................................................................... 94Diabetes Mellitus .......................................................................................................... 94Distúrbios da tireoide ................................................................................................ 102Distúrbios da paratireoide ......................................................................................... 104Distúrbios da hipófise ................................................................................................ 105Distúrbios das suprarrenais ....................................................................................... 106Quadro-resumo ............................................................................................................... 108Quadro esquemático................................................................................................... 109Questões...................................................................................................................... 110Referências .................................................................................................................. 116
CAPÍTULO IV DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS
4. DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS ............................................................................... 117Introdução ................................................................................................................... 117Anemias ....................................................................................................................... 118Leucemias .................................................................................................................... 123Linfomas ...................................................................................................................... 125Mielomas ..................................................................................................................... 126Distúrbios plaquetários e hemorrágicos ................................................................. 127
Assistência de enfermagem nos distúrbios hematológicos: .................................129Componentes do sangue e hemoderivados ............................................................129Quadro-resumo .............................................................................................................. 134Quadro esquemático..................................................................................................135Questões.....................................................................................................................136Referências .................................................................................................................142
CAPÍTULO V DISTÚRBIOS RENAIS
5. DISTÚRBIOS RENAIS ................................................................................................. 143Insuficiência renal aguda (IRA) .................................................................................143Insuficiência renal crônica (IRC) ...............................................................................145Terapias de substituição renal ..................................................................................146Quadro-resumo .............................................................................................................. 149Quadro esquemático..................................................................................................150Questões.....................................................................................................................151Referências .................................................................................................................157
CAPÍTULO VI DISTÚRBIOS DO TRATO GASTROINTESTINAL
6. DISTÚRBIOS DO TRATO GASTROINTESTINAL SUPERIOR ................................. 159Abordagem do paciente ...........................................................................................160Dor Torácica Funcional de Origem Esofágica Presumida .......................................160Dispepsia Não Ulcerosa ou “Funcional” ...................................................................161Vômito Funcional ......................................................................................................162“Nó na Garganta”, Globo Histérico ...........................................................................163Ruminação Adulta .....................................................................................................164Halitose ......................................................................................................................165Soluço ........................................................................................................................ 165
6.1 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS ......................................................... 167Doença de Crohn ...................................................................................................................... 168Colite ulcerativa ........................................................................................................................ 169Assistência de enfermagem no diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais ..... 171
6.2 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS GÁSTRICAS ........................................................... 173Gastrite ....................................................................................................................... 173Úlceras gástricas e duodenais .................................................................................. 174Quadro-resumo .............................................................................................................. 176Quadro esquemático.................................................................................................. 177Questões..................................................................................................................... 178Referências ................................................................................................................. 182
CAPÍTULO VII ONCOLOGIA
7. ONCOLOGIA .............................................................................................................. 185Introdução .................................................................................................................. 185
Tumores ...................................................................................................................... 186
Carcinogênese ....................................................................................................................................... 186
Tumores benignos e malignos ........................................................................................................ 187
Nomenclatura dos tumores.............................................................................................................. 189
Graduação e estadiamento dos tumores ................................................................................... 191
Assistência de enfermagem ao paciente oncológico ............................................................ 193
Tratamento oncológico ............................................................................................ 194
Tratamento cirúrgico .......................................................................................................................... 195
Quimioterapia ........................................................................................................................................ 195
Radioterapia ............................................................................................................................................ 199
Quadro-resumo .............................................................................................................. 201Quadro esquemático.................................................................................................. 202Questões..................................................................................................................... 205Referências ................................................................................................................. 211
CAPÍTULO VIII CLÍNICA CIRÚRGICA, CENTRO CIRÚRGICO E CME
8. CLÍNICA CIRÚRGICA, CENTRO CIRÚRGICO E CME .............................................. 213Introdução .................................................................................................................. 213Fase pré-operatória ................................................................................................... 214Fase intraoperatória .................................................................................................. 214Fase pós-operatória................................................................................................... 216
Assistência de enfermagem no centro cirúrgico ......................................................216Centro cirúrgico ..........................................................................................................216Classificação das cirurgias .........................................................................................217Terminologia cirúrgica ...............................................................................................219Posicionamento do paciente .....................................................................................220Tempos cirúrgicos .......................................................................................................221Sistematização da assistência de enfermagem perioperatória (SAEP) ..................222Protocolo de segurança do paciente ........................................................................222Centro de Material Esterilizado .................................................................................223Conceitos básicos .......................................................................................................223Métodos de limpeza e desinfecção ...........................................................................223Métodos de esterilização ...........................................................................................224Principais procedimentos cirúrgicos.........................................................................227Procedimentos gastrointestinais e urinários ...........................................................227Procedimentos ortopédicos ......................................................................................230Fraturas .......................................................................................................................231Amputações ................................................................................................................231Traumas .......................................................................................................................232Quadro-resumo ............................................................................................................... 201Quadro esquemático...................................................................................................202Questões......................................................................................................................205Referências ..................................................................................................................211
CAPÍTULO
37
O que você irá ver nesse capítulo:O que você irá ver nesse capítulo:
SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS
(SCA) 1.1
Síndrome coronariana aguda - infarto sem supra de ST e infarto com supra de STFatores de Risco Diagnóstico e exames diagnósticos Estratificação de riscoTratamento no IAMSSST e IAMCSSTAssistência de enfermagem ao paciente infartado
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O QUE É SÍNDROME CORONARIANA AGUDA(SCA) E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)?
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma lesão isquêmica no múscu-lo cardíaco, ou miocárdio, decorrente da interrupção do fluxo sanguíneo em determinada área do coração. Geralmente, essa interrupção se dá pela ruptura de uma placa aterosclerótica que forma um trombo no local, im-pedindo a passagem do sangue pela luz do vaso.
O IAM faz parte do grupo das síndromes coronarianas agudas (SCA) que se dividem:
• SCA sem elevação do segmento ST: compreende a angina instável e o infarto sem supra de ST (IAMSST). A diferença fundamental entre ambos é que o primeiro não apresenta elevação dos marcadores de necrose miocárdica (MNM) enquanto o segundo é caracterizado pela elevação dos MNM.
• SCA com elevação do segmento ST: denominado de IAM com supra de ST (IAMCST). O diagnóstico pode ser estabelecido quando existe
Tatiane Cunha FlorentinoLudimila Ferreira Santos
CAPÍTULO 1.1
38
dor torácica típica de infarto associada a bloqueio de ramo esquerdo novo ou provavelmente novo, ou elevação do segmento ST no ele-trocardiograma em duas derivações contínuas, relacionadas à mes-ma parede ventricular.
Figura 1 - Síndrome coronariana agudas com e sem elevação do segmento ST
Sindrome Coronariana Aguda (SCA)
SCA com supra ST (SCACSST)
IAM com supra ST (IAMCSST)IAM sem supra
ST (IAMSSST)Angina Instável (AI)
SCA sem supra ST(SCASSST)
Para nãoesquecer
Chama-se SCA o conjunto dos eventos isquêmicos (in-farto do miocárdio e angina instável) e denomina-se infarto agudo do miocárdio (IAM) apenas os casos com alterações no exame eletrocardiográfico e/ou marcado-res de necrose miocárdica (IAMCSST e IAMSST).
• A manifestação típica da SCA/IAM é a dor torácica. Geralmente com forte intensidade, característica opressiva, aperto, queimação ou peso, pode haver irradiação para membros superiores, pescoço, mandíbula e epigástrio e estar associada a náuseas, vômitos, sudo-rese e dispneia.
Sinais de gravidade que devem ser observados: crepitações pulmona-res; hipotensão arterial (PAS < 85mmHg); taquicardia (FC > 100 bpm).
FATORES DE RISCO• História familiar de doença arterial coronariana (DAC) prematura (fa-
miliar 1º grau do sexo masculino < 55 anos e sexo feminino < 65 anos) • Homem > 45 anos e mulher > 55 anos • Tabagismo• Hipercolesterolemia (LDL-c elevado) • Hipertensão arterial sistêmica
39
SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS (SCA)
• Diabetes mellitus• Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2 )• Gordura abdominal • Sedentarismo • Dieta pobre em frutas e vegetais • Estresse psicossocial.
SINAIS E SINTOMAS NA SCAConsiderando que o sintoma clássico de insuficiência coronariana é a
dor torácica, resultante do desequilíbrio entre a oferta e consumo miocár-dico de oxigênio¹, detalharemos nessa seção a classificação e característi-ca da dor na SCA e os sinais e sintomas associados.
Classificação da Dor TorácicaPara a identificação precoce das SCA, é necessário, além dos fatores de
risco pesquisados durante a anamnese, a investigação minuciosa do tipo de dor durante o exame físico e coleta da história clínica. Dessa maneira, a dor na SCA pode classificar-se em:
Tabela 1 - Características da dor torácica na SCA
Tipo de Dor Característica da Dor Torácica
Tipo A – definitivamente anginosaCerteza do diagnóstico de SCA, independente-mente de exames complementares
Dor, desconforto retroesternal ou precordial, geralmente precipitada pelo esforço físico, podendo irradiar para ombro, mandíbula ou face interna dos braços
Tipo B – provavelmente anginosa SCA é a principal hipótese, mas é necessário complementação por exames
Tem a maioria, mas não todas as características da dor definitivamente anginosa
Tipo C – provavelmente não anginosaSCA não é a principal hipótese, mas necessários exames complementares para exclusão.
Tem poucas características da dor definiti-vamente anginosa (dor atípica, sintomas de “equivalente anginoso”)
Tipo D – definitivamente não anginosa SCA não incluída como hipótese
Nenhuma característica da dor anginosa, fortemente indicativa de diagnóstico não cardiológico
Sinais e sintomas associados à dor torácica na SCAA história clínica e o exame físico na SCA é guiado pela dor torácica
como queixa principal. Em geral, caracteriza-se por ser contínua, intensa, sem relação com esforço físico e pode estar presente em períodos de uma até quatro semanas antes do evento isquêmico². Outros sintomas associa-
41
SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS (SCA)
Tabela 2 - Características dos
Marcadores de Necrose
Miocárdica
Marcador denecrose
miocárdica
Características e vantagens do uso do MNM
CK-MB Exame de baixo custoDetecção de rein-fartoEleva-se de 4 até 48 horas
Mioglobina Alta sensibilidadeDetecção precoceÚtil na exclusão de IAMEleva-se de 1 a 4 horas
Troponina I e T Maior sensibilidade e especificidade que o CK-MBDetecção de IAM até 14 dias do primeiro sintomaEleva-se de 6 horas até 14 dias
O diagnóstico da SCA requer agilidade e sequenciamento de ações, a fim de diferenciar o tipo do evento isquêmico, planejamento da terapêu-tica e estratificação do risco de mortalidade.
A dor sugestiva de isquemia coronariana requer a realização do ECG em até 10 minutos após a chegada do paciente ao serviço de saúde, como fator determinante para descartar ou confirmar infarto com supra de ST. Para saber mais como se apresenta um infarto com supra de ST, consulte a figura 4. Em caso de inexistência de elevação do segmento ST no ECG, de-ve-se proceder sequencialmente à dosagem dos marcadores de necrose miocárdica, conforme descrito na figura 3.
0h 1h 4h 6h 24h 48h 10 dias
A B
C
D
Valo
r
Figura 2 - Tempo de elevação dos MNM
Tempo de elevação dos marcadores de necrose miocárdica no infarto agudo do miocárdio.A - tempo de elevação da mioglobina; B e C- tem-po de elevação do CKMB; D - tempo de elevação da troponina Adaptada de Schettino et al. p. 401.
CAPÍTULO 1.1
42
Figura 3 - Algoritmo para diagnóstico diferencial das SCA
Realizar ECG em até 10 min
Angina instável:
Observação por 9hs; seriar ECG e MNM; Teste provocativo de isque-mia em caso negativo acompanhar no ambu-latório, em caso positi-vo terapêutica para re-duzir risco de isquemia miocárdica.
Solicitar Troponina
Sim
Sim
Não
Não
IAM com supra
Supra ST em 2 ou + derivações
ou BRE* novo
Troponina positiva
IAM
Estratificação de risco
Paciente com Angina InstávelTroponina negativa
*BRE = Bloqueio do Ramo Esquerdo
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QUADRO RESUMO
PALAVRA-CHAVE DESCRIÇÃO
Síndrome coronariana aguda
Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam redução do fluxo sanguíneo miocárdico por obstrução parcial ou total coronariana, sendo a dor torácica sintoma comum aos dife-rentes grupos patológicos
Infarto agudo do miocárdio
Lesão isquêmica no músculo cardíaco, ou miocárdio, decor-rente da interrupção do fluxo sanguíneo em determinada área do coração. Geralmente, a interrupção se dá pela ruptu-ra de placa aterosclerótica que forma trombo no local, impe-dindo a passagem do sangue pela luz do vaso. Divide-se em infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST e infarto agudo do miocárdio com supradesni-velamento do segmento ST
Angina instávelSíndrome isquêmica miocárdica instável com redução da perfusão miocárdica, mas sem alteração no segmento ST e ausência de elevação dos marcadores de necrose miocárdica
FibrinóliseUso de medicamento fibrinolítico para reperfusão coronaria-na. Pode-se utilizar alteplase, estreptoquinase e tecneteplase
ICCP
Consiste em intervenção realizada através de cateter inse-rido em artéria, em muitos casos acoplado a um stent que visam desobstruir artéria ocluída por placa de ateroma ou grandes coágulos
Tempo porta-agulhaTempo da entrada do paciente até infusão dos fibrinolíticos não superior a 30 minutos
Tempo porta-balãoPeríodo que decorre da entrada do paciente até realização da ICCP que idealmente deve ser de até 90 minutos
QUADRO ESQUEMÁTICO
52
SCA sem supra ST
Sindrome Coronariana Aguda
Tempo porta-agulha: 30 minutos
IAM com supra ST(IAMCSST
IAM sem supra ST(LAMSSST)
Angina Instável (AI)
Medidas gerais (monitorização, repouso, punção venosa) + Tratamen-to adjuvante (morfina, oxigênio, tratamento anti-isquemico, antitrom-bótico e antiplaquetário) + avaliação do escore TIMI/Killip Kimball + Programar estratégia de reperfusão (ICCP ou fibrinólise).
53
QUESTÕES COMENTADAS
01. (FGV – AL MT – 2015)O Infarto Agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como in-farto do coração, enfarte ou ataque cardíaco, é uma doença que afeta mi-lhões de pessoas em todo o mundo. Nele ocorre a morte de parte do mús-culo cardíaco (miocárdio), deforma rápida (ou aguda), devido à obstrução do fluxo sanguíneo das artérias coronárias para o coração. O planejamen-to da assistência de enfermagem aos pacientes com IAM deve incluir:
Ⓐ Alívio dos sinais e sintomas de isquemia, manutenção ou obtenção da perfusão tecidual adequada, adesão ao programa de autocuidado e iden-tificação precoce de complicações.
Ⓑ Alívio dos sinais e sintomas de isquemia, adesão ao programa de autocuidado, alívio de dor lombar e identificação precoce de complicações.
Ⓒ Alívio da dor torácica, manutenção ou obtenção da perfusão tecidual alterada, adesão ao programa de autocuidado e identificação precoce de complicações.
Ⓓ Alívio dos sinais e sintomas de isquemia, manutenção ou obtenção da perfusão tecidual adequada, identificação precoce de complicações e realização de exames periódicos.
Ⓔ Alívio da dor torácica, obtenção da perfusão tecidual alterada, adesão ao programa de autocuidado e identificação precoce de complicações.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: Correta. Ao se falar de cuidados de enfermagem aos pa-cientes com IAM, deve-se levar em consideração, planejamento, orienta-ções e implementação das ações de enfermagem, como monitorização cardíaca contínua, manter o conforto respiratório, atentar para sinais de cianose e instruir o paciente para manutenção do autocuidado.Alternativa B: Incorreta. Dor lombar não é um dos sintomas do IAM.Alternativa C: Incorreta. A manutenção e obtenção da perfusão tecidual deve ser adequada e não alterada.Alternativa D: Incorreta. Os exames devem ser feitos com solicitação mé-dica ou quando existe alterações dos sintomas do paciente.Alternativa E: Incorreta. O alivio dos sintomas deve ser completo incluin-do a dor torácica.
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QUESTÕES COMENTADAS
02. (FCC – TRT 6ª REGIÃO PE - 2015)Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica são úteis para auxiliar tanto no diagnóstico quanto no prognóstico de pacientes com síndro-me isquêmica miocárdica instável, e, portanto, o enfermeiro deve sa-ber que,
Ⓐ as troponinas cardíacas permanecem elevadas por tempo mais prolon-gado, portanto, após 24 horas do início dos sintomas.
Ⓑ os resultados dos marcadores de necrose devem estar disponíveis em 120 minutos a partir da coleta.
Ⓒ caso a primeira dosagem dos marcadores, na admissão do paciente, seja normal ou discretamente elevada, indica-se repeti-lo uma vez, prefe-rencialmente, 24 - 36 horas após o início dos sintomas.
Ⓓ a mioglobina é um marcador cardioespecífico e sua vantagem é a de-tecção tardia do infarto agudo do miocárdio.
Ⓔ nos casos em que a CK-MB está elevada e a troponina está normal, de-ve-se basear a decisão clínica no resultado da CK-MB.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: Correta. Recomenda-se o uso da troponina, considerando para o diagnóstico de IAM aumento acima do percentil 99 em pelo menos uma ocasião nas primeiras 24 horas de evolução.Alternativa B: Incorreta. Os resultados dos marcadores de necrose de-vem estar disponíveis em 10 minutos a partir da coleta.Alternativa C: Incorreta. Medidas seriadas de troponinas devem ser re-petidas de três a seis horas após sintomas.Alternativa D: Incorreta. Mioglobina é o marcador cardíaco que mais precocemente se altera no infarto agudo do miocárdio.Alternativa E: Incorreta. As troponinas são mais sensíveis que a CK – MB. Assim as decisões clínicas devem ser baseadas por ela.
03. (CESPE- EBSERH – 2018)Julgue o item que se segue, acerca das complicações após intervenções coronarianas percutâneas.