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Colector Room 19

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Mrio Pacheco - Figura nica, colecionador e contraculturalista

Por Ricardo Seelig | Em 23/03/08 | Acessos: 5.910Tweet Visite a comunidade desta seo no OrkutMrio Pacheco uma figura nica. Paulista morador de Braslia h mais de trinta anos, Pacheco plural, multifacetado, consumidor de tudo (eu disse TUDO) relacionado cultura pop. Nessa entrevista muitas vezes voc vai achar que o cara um sonhador, e realmente mesmo. Pessoas como Mrio Pacheco mantm viva a magia do rock, e, mesmo que em alguns momentos pensemos que elas no tocam os ps no cho nem vivam neste planeta, muito legal saber o que estes caras pensam. Ento, prepare-se para a viagem.

Arnaldo e um tal de Pacheco

Mais de 1500 vinis

Estantes forradas de material

Alguns itens dos Beatles

Guitarra Del Vecchio

Hard rock clssico

Itens raros dos anos 60

Livros

Mais raridades

Materiais de todas as pocas

lbuns clssicos de todas as pocas

Arquivo vivo do rock

Pra comear o nosso papo, eu queria que voc se apresentasse aos nossos leitores. Sou Mrio Pacheco e fao bico como agente cultural. Sou prolixo e sonhador, e a coisa que eu mais odeio o falar por falar e aquelas pessoas que no se manifestam aberta e claramente.Como foi o seu primeiro contato com o rock?1975, Osasco, SP Na esquina da Rua Parayba havia um bancrio, Geraldinho, e aos sbados nos reunamos para limpar os discos dele. Ele curtia muito kraut-rock. Nessa poca, mudaram os irmos Girafa e Cabea, que tinha discos de rock e irms que mexiam com a galera Eu tinha onze anos e nunca havia visto uma mina de bermuda Mais ou menos com que idade voc percebeu que essa paixo no tinha cura, e que iria acompanh-lo por toda a vida? Eu ouvi I Wanna Hold Your Hand em um quarto de cortio, onde o Brs morava. Ele era so paulino e vendia bandeiras no Morumbi, e eu pedi a ele que anotasse o nome daquela msica. Experimentei o que os jovens dos anos sessenta sentiram.Dali em diante, as revistas Pop, Rock A Histria e a Glria e Rock Espetacular passaram a ser as minhas primeiras leituras. Quando fui em uma loja de discos comprar o compacto duplo de A Hard Days Night o lojista corrigiu a minha pronncia, e ali mesmo eu prometi a mim mesmo que dominaria e saberia o que aqueles cabeludos estavam dizendo (risos).Voc consegue dizer em que momento voc se transformou de um f normal de msica em um colecionador? A msica uma das maiores realizaes da humanidade, e nos anos oitenta eu passei de simples consumidor a divulgador de rock, via f-clube.Qual o tamanho da sua coleo? Olha, tenho 1.500 LPs, em sua maioria importados, reedies dos anos 70. So os que eu ouo. H uma dcada deixei de colecionar para ter volume. Uma vez peguei todos os meus LPs fogueirinha e os passei adiante, muita coisa boa.Meu acervo um universo vivo unindo udio imagem e informao, ento eu tento conseguir o LP ou o CD ou o DVD e as revistas e livros e toneladas de cadernos culturais de jornais. Tenho 70 livros de recortes com 400 pginas cada, e no s rock, tambm gosto de Modernismo, Cinema Novo, Tropicalismo, Hlio Oiticica, Rogrio Duarte e gibis Marvel.De quais grupos voc possui mais material, quais so as suas bandas favoritas?Beatles, sempre. Depois Yardbirds, Black Sabbath e Arnaldo Baptista, que a minha grande paixo!Material pesado mesmo so os livros importados dos Beatles, quatro lbuns de recortes e agora gravando uma srie de CDs alternativos, atualmente no nmero 52, alm de uma foto-biografia que eu estou fazendo a respeito da banda.E o estilo que voc mais gosta, qual ?Gosto de rocko em portugus, tipo Patrulha do Espao, Freak! E Neuras Planetides e, se possvel, cutucando o sistema.Vamos fazer ento uma cronologia da sua vida de colecionador: qual foi o primeiro lbum que voc comprou, e porque? A trilha da novela Escalada, com rocks antigos. Naquela poca tava todo mundo mergulhando nos anos 50 e a ltima moda era ter a trilha da novela. Depois ganhei o LP Forr do Brs, dos Incrveis, mas a primeira grana que investi foi comprando os compactos de Paperback Writer e Penny Lane, e, por fim, o Sgt Peppers. A minha me dizia que um era pior que o outro! Eu havia mudado para Braslia em dezembro de 1975 e na minha faixa etria (onze anos) no conhecia ningum que curtisse rock.Qual foi o nmero mximo de itens que voc j adquiriu de uma nica vez? Eu vou na banca de revista da 508 Sul e fao um limpa, depois eu passo no quiosque do seu Ivan Presena e penduro uns livros, deso na W3 Norte na Acervo e compro uns DVDs. No sebo Musical Center compro uns vinis dos Beatles solos e seis CDs do Aerosmith - quando chego em casa descubro que eu no tenho o Rocks. Volto na Berlim Discos e negocio um desconto num DVD do Magical Mystery Tour. Fui na livraria Cultura e por um bom preo levei o livro do Bruce Spizer, pesquisador dos Beatles, e outro livro importado do Fab Four lanado pela revista Mojo.Eu no piro mais por discos ou CDs ou livros, pouca coisa dispara o meu corao. Outro dia vi um picture dos Yardbirds e pirei, mas optei pelos dois livros dos Beatles. Os discos em Braslia no atingem preo. Quando os msicos vem aqui eles fazem a festa.Eu sei que se precisasse vender alguma coisa eu s conseguiria migalhas, ento eu invisto para que meus filhos usem o acervo. A minha mulher use o material em sala de aula e este um investimento no barato, de ter de usar, de divulgar eu nunca paguei preo exorbitante em nada!Chego nas lojas de todo o Brasil e o lojista j me saca e me oferece um desconto, segura um cheque, sabe que est contribuindo para a formao de um acervo que ainda vai ser pblico. E tem gente boa, como o Calanca, que ainda me paga um almoo, e tem sido assim na Bahia, no Piau, em Goinia, So Paulo e Minas.Em Goinia, num festival da Monstro, tinha um carinha com uma barraquinha cheia de discos de vinil. Eu pirei e levei dois: um Rolling Stones de 1982 e o primeiro do Floyd em vinil, que eu j tivera. Vo-se os anis, ficam os ouvidos: a minha v filosofia.Ganho e recebo doaes. Agora mesmo ganhei dez quilos de suplementos culturais, entre eles London Review of Books, The Times Literary Supplement e dois Zoetrope, um com um conto de Philip K. Dick, ficcionista da contracultura morto em 1982, de quem o Lennon era f.Qual item voc considera o mais raro da sua coleo?Um violo eltrico Del Vecchio de 1950; seis bootlegs e um solo americano do Jimmy Page de 1976 acompanhando Sonny Boy Williamson; e um CD com a obra completa de Gado Cludio Csar Dias Baptista, que ainda me passou outro CD de imagens dos Mutantes que a Globo volta e meia usa em suas matrias.E o mais bonito, qual pra voc? a colagem como formatao do caos, e acontece quando voc completa um lbum com centenas de recortes de vrios formatos e fontes. E olhe, tenho 70 lbuns exclusivos!Qual voc considera o item mais diferente e curioso do seu acervo? Eu cansei de consumir e h vinte e cinco anos atrs passei a fazer fanzines. Durante sete anos foram dezenove edies. Depois escrevi no JOS (Jornal da Semana Inteira), lancei a biografia Balada do Louco do Arnaldo Baptista, fiz o CD Onde que est o meu rocknroll, e lancei quatro DVDs: Paulo Iolovitch - O Pintor de Entrequadras, Conices, Alm e o Mopho, que foi o que mais fez sucesso. E ainda tem uma edio de oitenta exemplares do livro Aventura sem Dubl.Nesse ano lancei um CD duplo da Patrulha do Espao com os shows em Goinia e Braslia e o CD-ROM Enciclopdia Contraculturalista DoPrprioBol$o, que vou relanar em 2008 com encarte.Ento a coisa mais estranha quando eu encontro o Jnior da Patrulha e ele me fala do recorte do Jos de 1988. O Arnaldo Baptista ou o Rogrio Duarte falando dessas coisas que eu lancei com parcos recursos ou algum me mostra um zine eu renaso de novo. O CD-ROM colocou muito destas coisas em dia e mo.O CD Onde que est o meu rock`n`roll recebeu elogios em So Francisco, bero do psicodelismo. A Enciclopdia chegou em Londres na BBC. Pode parecer convencimento mas eu acredito piamente que o material mais raro de se ver ou achar algo com a logo DoPrprioBol$o. Uma realizao pessoal o sonho ainda vivo, apesar dos inmeros boicotes, mal entendidos, mas eu diariamente dedico uma parte do meu tempo divulgao da contracultura.Abri a caixa de e-mails agora e recebi uma mensagem do Chazz Avery, um americano que faz o site www.beatlesource.com em resposta a um artigo onde cito o trabalho dele em www.omartelo.com . Na enciclopdia voc tambm participa com o texto Morre o ex-baterista do Jefferson Airplane.Putz, no sabia dessa, valeu. V se me consegue uma cpia (risos). Existe algum disco que voc passou um tempo atrs at consegui-lo para a sua coleo?Guitar Boogie, um disco instrumental de origem canadense, com Clapton, Page e Beck, que parcialmente foi lanado no Brasil.E, complementando a pergunta anterior, quais aqueles que, apesar de voc estar atrs h uma cara, ainda no conseguiu? Blue Cheer, Buffalo Springfield, Crazy World of Arthur Brown, Daily Flash, Fugs, Herd, Hurdy Gurdy, H. P. Lovercraft, Incredible String Band, The Left Banke, Love, Lovin Spoonful, Magic Mixture, Mistery Trend, Mother Earth, Move, Nice, Orpheus, Peanuts Butter Conspiracy, The Seeds, Sir Douglas Quintet, Smoke, Spirit, Strawberry Alarm Clock, Turtles, Ultimate Spinach e ZombiesComo voc guarda e conserva a sua coleo?Tudo acondicionado em estantes de metal, rigorosamente em ordem cronolgica e por assuntos. A melhor conservao a manipulao constante dos materiais, mas mesmo assim muito VHS ficou bolorento! Eles s existem agora como registro.Quais so os itens que voc mais gosta entre todos da sua coleo?Eu tinha 18 anos em 1982 e o meu pai foi na Revolution e comprou um pirata Shout pra mim. Esse vale ouro pelo valor emocional.Um VHS do filme Sem Destino, os livros A Vida dos Beatles ou o The Beatles Forever do Nicholas Schaffner, e cem horas variadas de imagens que eu fiz desde 1994, com shows da Patrulha, documentrios com Jos Mojica Marins, Rogrio Duarte e outras realizaes caseiras.Onde voc costuma comprar os itens para o seu acervo? Que lojas voc indica, aquelas que possuem os itens mais difceis de se encontrar, para quem est comeando agora a sua coleo?Bem, as lojas eu j citei, e olhe na Internet, tudo mais barato. Mas tente herdar coisas de amigos ou parentes, pea a eles, pois estes no sabem o quanto importante pra voc, ou sabem e se vingam de voc dizendo ah, eu joguei fora.Voc casado, namora, tem um relacionamento com algum? Fao essa pergunta porque gostaria de saber como essa pessoa v essa sua dedicao a sua coleo.Minha mulher, Rosngela, scia em tudo. Estamos casados h treze anos e ela entrou com os livros de teatro e os discos de msica brasileira. Virglio, meu filho do meio com 14 anos, o curador da gibiteca. Leu tudo e compra revistas, mas gosta de videogame. Minha caula Luiza, de 12 anos, j sabe onde est tudo e realiza pesquisas, e comeou a ler Henry Miller escondida! J o Glauber, de 18 que mora no Rio, quando vem Braslia traz uns gibis.E os seus amigos, j colocaram algum apelido em voc depois de todos esses anos dedicados aos discos, ou vem voc como uma espcie de consultor, aquele cara que conhece tudo e que tem dicas preciosas para passar?Eu sempre fao uma interpretao pessoal dos fatos numa espcie de conspirao, e isto costuma chocar. Quando o embate literrio eu vejo quais as fontes que o cara leu. Eu cresci lendo Ezequiel Neves, Ana Maria Bahiana, ento tem muita coisa da Rolling Stone. Ouvi Big Boy, li fanzines do Marco Antonio Mallagoli, comprei algumas revistas e jornais e livros e ainda vi alguns shows, e o suficiente para uma formao.Sendo assim, uns me odeiam, outros me admiram, e eu escolho os amigos. Sempre aparece gente mais informada falando de Bob Wilson, cinema e de novidades. Eu mesmo, por ter o hbito dirio de ler o Whiplash no quesito ltimas do rock, sempre veno (risos)!Conselho de amigo: fique longe dos fanticos, dos radicais e dos nscios e lembre-se: os Blue Menies podem estar l fora agora mesmo.Onde voc costuma pesquisar a respeito de discos raros, de novos lanamentos, essas coisas. Em que fontes voc busca essas informaes?Internet fantstica! E ainda deixam voc imprimir e baixar, coisa de doido! Ningum consegue absorver toda informao, mas bom prestar ateno nas revistas, desde Capricho at revista de construo, e se possvel suplementos literrios de Minas, Rascunho de Curitiba, gibis independentes, coisas da Conrad Editora e outras editoras pelo Brasil afora, como Da Anta Casa Editora e o movimento cultural de cada cidade. Eu tento me ligar nos daqui, ler o Zine Oficial (www.zineoficial.com.br), o Recado.A ltima figura literria que eu descobri foi a escritora Pearl S. Buck. Geralmente eu indico Bukowski, Caio Fernando Abreu e curto uns caras da cidade, Menezes y Morais, que vivem do que escrevem.Na ala da loucura eu indico Maura Lopes Canado, Alexandre Kadunc e L. F. Barros, melhores do que Bruna Surfistinha, e se voc me perguntar sobre a vida do Hulk, do Homem-Aranha e do Capito Amrica eu sei, mas livro raro aquele que devolvido depois de emprestado.Quais so, para voc, os dez melhores lbuns de todos os tempos?Beach Boys - Pet SoudnsDeep Purple - Machine HeadBeatles Abbey RoadMutantes A Divina ComdiaWhos NextPink Floyd - Piper at the gates of dawnBlack Sabbath - ParanoidLed Zeppelin - IV The Jimi Hendrix Experience - Are you experienced?Cream - Disraeli gearsO que est rolando no seu som atualmente, e o que voc recomendaria para os leitores do Whiplash?Eu ouo o Neuras Planetides falando da merda que o dinheiro faz com as relaes humanas, transformando-as em puro interesse. O hard rock em ingls do Misty Mountain, os atemporais Paulo Tovar e Renato Matos, que lanaram agora o mptudo falando das coisas belas que existem em Braslia.Na rea instrumental potica eu ouo o sopro jazz piauiense do saxofonista Mrcio Menezes, os mineiros da Orquestra de Enxadas. Sempre ouo Nei Lisboa, Srgio Sampaio, Jupiter Apple, e com o Freak eu aprendo quanto tempo leva-se para aprender a tocar guitarra - falo destes discos, pois eu sempre os ganho e os ouo. Me viciei em ganhar discos e muito chato quando voc reencontra o msico e deixa transparecer que no ouviu o disco dele.Tambm destaco pela qualidade as bandas Viana Moog, Skyfox (em ingls), Pedra, Miro Ferraz, Brasil Papaya, Moiss Santana, Paulo Corao e Rogrio Ratner.A sua coleo tem um limite? Tipo, voc acha que, algum dia, vai parar de comprar discos porque acha que, enfim, tem tudo o que sempre quis ter? Voc acha que esse dia chegar, ou ele no existe para um colecionador?Alm dos discos eu tambm compro arte da rua. Charges de Kleber Marques, telas de Paulo Iolovitch. A charge iminentemente poltica e retrata a cidade que eu vivo, e Iolovicth o primeiro pintor pop do Brasil, o homem que veio fazer Pop Art em Braslia no ano em que nasci, 1964, ento Paulo pinta a capital h 44 anos. Essa a minha identificao com a produo cultural de Braslia.J parou para pensar com quem os seus discos ficaro quando voc estiver mais velho? Quem ser o herdeiro da sua coleo no seu futuro?Como eu no investi pensando no futuro eu no vou ficar como os colecionadores que se desiludem depois de 50 anos tentando vender material do JK. Eu tambm no vou montar ONG, meu problema tornar til este material. I CD-ROM da Enciclopdia Contraculturalista j o banco de dados organizado deste acervo. Voc pode marcar hora e dia e vir e pesquisar, livre a TV Record quando precisa de uma matria cultural vem aqui em casa, at digo que tenho exclusividade com a tev do bispo.Sou cheio de conchavos, contatos com jornalistas, produtores, diagramadores, e h um crculo de relacionamento e respeito que a base da ideologia doprpriobol$o, e assim vou sobrevivendo.Com todo respeito, o acervo s tem valor enquanto estou vivo, depois f...-se. Nunca pensei nisso de futuro, agora, enquanto eu estiver aqu,i no abro mo de segurar e ler e ouvir e ter a informao.O que o rock representa na sua vida?J tive problema com mulher que no me dava porque eu era roqueiro. Meu pai j ouviu olha, aquele cabeludo tem jeito de maconheiro hoje, com menos cabelo e mais barriga, eu sou o jovem que gostava dos Beatles e Rolling Stones, mas sempre deixo transparecer que o rock anti-establishment.Se voc tivesse que indicar algumas bandas, e alguns discos, para uma pessoa que nunca teve contato com o rock, o que indicaria?Indicaria as piores drogas do mundo, tipo Tits, Ira, Silvinho, e a pessoa poderia se identificar e ficar longe, ou veria que o rock uma droga mesmo e entraria pro pagode.Tem alguma histria engraada ou curiosa que aconteceu com voc por causa da msica, e que te fez pensar algo como isso s acontece com um colecionador mesmo?Olha, j desci raras vezes o Brasil para entrevistar ou ver um show. Em Juiz de Fora pedi para a Lcia, mulher do Arnaldo, que me deixasse no Centro, pois eu no queria que ela soubesse que eu estava numa penso, rodeado literalmente por malas. Nessas histrias da estrada sempre tem um riacho, e eu penso por que eu no estou em casa vendo o Jornal Nacional?Dos vivos eu conheci ou vi todos os meus heris, entre eles eu tenho carinho pelo Percy Weiss, pelo Celso Blues Boy e Tom Z, que so artistas muito alm do palco.Pra fechar, que papel voc acha que ns, colecionadores, temos na indstria da msica, no mundo e aqui no Brasil?Olha, eu sempre penso em Brasil. Se hoje h mercado, h bandas, publicaes, tudo deve-se aos esforos da cena do incio dos anos 80. Estamos todos a produzindo e direcionando a coisa. Na nossa poca este segmento era rfo e at acfalo, hoje, aqui mesmo no Whiplash, ns podemos testemunhar a evoluo para a melhor. O pas deixou de fazer msica terceiro-mundista e passamos a receber shows dignos que passaram em branco nos anos 70.

Fonte: Mrio Pacheco - Figura nica, colecionador e contraculturalista - Collector's Room http://whiplash.net/materias/collectorsroom/070544.html#ixzz24lI3vHue