coleção fábulas bíblicas volume 19 - deus não existe
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Coleo Fbulas Bblicas volume 19
DEUS
NO
EXISTE
Mitologia e Superstio Judaico-crist
JL
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Todo crente enganado desonestamente pelos parasitas
religiosos com mentiras e fbulas bobas.
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Sumrio 1 - O que o Cristianismo? ........................................................... 6
1 - A superstio da ferradura da sorte ..................................... 7
2 - A superstio da orao ..................................................... 8
3 - A essncia do cristianismo a superstio ............................ 9
2 - Caractersticas bsicas de Deus ................................................ 11
1 - Caractersticas do deus bblico .............................................. 11
1 - Onipotncia ..................................................................... 12
2 - Oniscincia ...................................................................... 16
3 - Onipresena .................................................................... 18
4 - Imutabilidade .................................................................. 20
5 - Sabedoria infinita ............................................................. 22
6 - Justia infinita .................................................................. 25
7 - Verdade Infinita ............................................................... 27
8 - Amor Infinito. .................................................................. 30
9 - Perfeio Absoluta. ........................................................... 33
2 - Paradoxos e contradies >>> ............................................. 36
1 - Onipotncia ..................................................................... 37
2 Onibenevolencia .............................................................. 40
3 - Onipresena .................................................................... 42
4 Oniscincia ..................................................................... 44
5 - Perfeio absoluta ............................................................ 48
3 - Doze provas contra a existncia de deus ................................... 51
Primeira parte Contra o deus criador ........................................ 51
Prova 1: A ao de criar inadmissvel .................................... 51
Prova 2: O Esprito puro no pode determinar o Universo ........... 57
Prova 3: O perfeito no produz o imperfeito ............................. 65
Prova 4: Se Deus existe eterno, ativo e necessrio. ................ 73
Prova 5: O ser imutvel nunca criou. ....................................... 77
Prova 6: Deus no pode ter criado sem motivo ......................... 81
Segunda parte contra o deus governador ................................. 92
Prova 7: O Deus-Governador nega a perfeio do Deus-Criador .. 92
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Prova 8: A multiplicidade dos deuses prova que no existe
nenhum ............................................................................... 94
Prova 9: Deus no infinitamente bom. O inferno a prova .... 100
Prova 10: O problema do mal ............................................... 108
Terceira parte contra o deus justiceiro ................................... 118
Prova 11: O homem no pode ser castigado nem
recompensado .................................................................... 118
Prova 12: Deus viola as regras fundamentais de equidade ....... 126
Sobre Sbastien Faure ......................................................... 134
4 - Mais bobagens do Cristianismo >>> .............. Erro! Indicador no
definido.
Mais contedo recomendado ................................................. 151
Livros recomendados ........................................................... 152
4 - Fontes: ......................................................................... 162
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1 - O que o Cristianismo?
uma superstio bizarra, primitiva e engraada que atribui
poderes mgicos a um cadver pregado em uma cruz. Atualmente
tornou-se uma fonte de piadas e diverso para ateus e descrentes
em todos os quatro cantos do mundo. As pessoas crentes nesta
superstio so trolladas pelos religiosos com um deus invisvel
que pai do cadver da cruz, alm de ser ele mesmo; que
onipotente, mas precisa de intermedirios (os religiosos, claro);
que onisciente, mas precisa constantemente ser avisado dos
problemas de sua prpria criao atravs de oraes. Mais
engraado impossvel. uma mistura de superstio, paganismo,
idolatria, fanatismo, mitos, mentiras e muita babaquice para
conseguir ser trollado com essas bobagens.
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1 - A superstio da ferradura da sorte
Vamos imaginar a seguinte situao. Digamos que voc tem
cncer. Voc est deitado no hospital depois de uma rodada de
quimioterapia e voc se sente terrvel. Uma pessoa aparece em
sua sala com um sorriso brilhante no rosto e uma ferradura na
mo. Ele lhe diz: "Esta uma incrvel ferradura da sorte. Se voc
tocar esta ferradura, vai curar seu cncer. Mas eu preciso lhe
cobrar R$ 100,00 para toc-la.
Voc pagaria ao homem os R$ 100,00?
Claro que no. Todos ns sabemos que tocar a ferradura ter
efeito nulo sobre o cncer. A crena na ferradura da sorte pura
superstio.
tambm muito fcil de provar cientificamente que a ferradura
no tem nenhum efeito sobre o cncer (ou qualquer outra coisa).
A forma como iria faz-lo simples: ns levaramos 1.000
pacientes com cncer e os dividiramos de forma aleatria em dois
grupos de 500. Deixaramos 500 dos pacientes com cncer para
tocarem na ferradura da sorte e os outros 500 como duplo-cego.
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Ento poderamos comparar as taxas de remisso de cncer entre
os dois grupos. O que iramos encontrar seria zero beneficios da
ferradura. No veramos nenhuma diferena estatstica entre as
taxas de remisso nos dois grupos de 500 pacientes.
2 - A superstio da orao
Agora vamos imaginar outra situao. Voc tem cncer, acabou
de sair de uma rodada de quimioterapia e voc se sente terrvel.
Desta vez, uma pessoa aparece na sua sala com um sorriso
brilhante no rosto e uma bblia na mo. Ele lhe diz:
"H um ser chamado Deus, que o todo-poderoso,
onisciente e criador todo-amoroso do universo. Eu sou o
seu representante na terra. Se me permite orar a Deus em
seu nome, Deus vai curar seu cncer.
Voc concorda com a orao, o homem reza em cima de voc por
10 minutos. Ele invoca todos os poderes de cura de Deus,
rogando-lhe, recitando versos das Escrituras e assim por diante.
Depois, quando ele est se preparando para sair, o homem diz,
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"Oh, e a propsito, Deus diz que voc deve 10% de dzimo de sua
renda para a igreja. Voc consideraria fazer uma doao dedutvel
hoje"?
A pergunta :
Existe alguma diferena entre os dois homens, ser que a
orao tem qualquer efeito maior do que a ferradura?
A resposta : No.
A crena na orao to supersticiosa como a crena na
ferradura da sorte.
O mais fascinante que podemos provar que a orao no tem
nenhum efeito exatamente da mesma maneira que ns podemos
provar que ferraduras no tm efeito. Tomamos 1.000 pacientes
com cncer. Oramos com 500 deles e deixamos os 500 outros em
paz. Ento, olhamos para as taxas de remisso cncer de entre
os dois grupos. O que descobrimos que as oraes tm benefcio
zero. No veramos nenhuma diferena estatstica entre as taxas
de remisso nos dois grupos de 500 pacientes. Em outras
palavras, podemos provar que a crena na orao pura
superstio. A crena no poder da orao no diferente da
crena no poder da ferradura da sorte. Estes experimentos foram
realizados muitas vezes, e eles sempre retornam os mesmos
resultados. Simplesmente, a orao no tem absolutamente
nenhum efeito sobre o resultado de qualquer evento. O "poder da
orao" realmente "o poder da coincidncia". Crena na orao
pura superstio. A orao no tem absolutamente nenhum
efeito em cada experimento cientfico que realizamos, porque
Deus imaginrio.
3 - A essncia do cristianismo a superstio
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Basta ler a definio de superstio em qualquer dicionrio para
ter a certeza absoluta. Simplesmente no h o que discutir sobre
isso.
O dicionrio Michaelis define a palavra "superstio" desta forma:
su.pers.ti.o
sf (lat superstitione) 1 Sentimento religioso excessivo ou
errneo, que muitas vezes arrasta as pessoas ignorantes
prtica de atos indevidos e absurdos. 2 Crena errnea;
falsa ideia a respeito do sobrenatural. 3 Temor absurdo de
coisas imaginrias. 4 Opinio religiosa baseada em
preconceitos ou crendices. 5 Prtica supersticiosa. 6
Pressgio infundado ou vo que se tira de acidentes ou
circunstncias meramente fortuitas. 7 Crendice,
preconceito. 8 Todo excesso de cuidado ou de exatido em
qualquer matria. 9 Dedicao exagerada ou no
justificada. [ref] (clique nos textos em azul para mais
detalhes).
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2 - Caractersticas bsicas de Deus
Antes que o crente da superstio judaico-crist nos acuse de
ofender ao seu deus, chamando-o de incompetente, satnico ou
coisas do tipo, repetimos aqui as caractersticas bsicas de Deus
para que o prprio crente julgue se as aes de Deus DESCRITAS
NA BBLIA so compatveis com tais caractersticas fundamentais
como a oniscincia, a onipresena e a onipotncia. J adianto que
no, no so nada compatveis, mas absurdamente contraditrias
e muito fcil perceber atravs de uma leitura bem superficial da
Bblia.
1 - Caractersticas do deus bblico
importante tratar de entender O que e como esse Deus, j
que o conceito de Deus varia muito entre as pessoas. Para muitos
Deus somente uma espcie de Energia Universal, para outros,
Deus somos ns mesmos e inclusive para muitos outros Deus
poderia ser definido como a natureza que nos rodeia. Todas essas
definies no so de nosso interesse; no Ocidente, quando
algum diz que ateu e que no acredita em Deus se refere ao
Deus Judaico-cristo, o Deus que nos descreve a Bblia e que
adorado pela maioria da civilizao ocidental. sobre este Deus
que tratamos no presente trabalho. Ainda que em essncia a
argumentao contra Deus se possa transferir ao resto dos
Deuses que existem e existiram no mundo, no so de nosso
interesse aqui e agora. Sei que a muitos cristos no lhes agrada
a ideia de conceitualizar o seu Deus, j que segundo eles a
essncia divina est acima disso e Deus indefinvel. Sem dvida
a melhor maneira de conhecer Deus atravs do que a Bblia nos
diz sobre ele. Por sorte a Bblia descreve em numerosas ocasies
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como Deus e que caractersticas possui o que deixa
relativamente simples a nossa tarefa de defini-lo. Essas
qualidades divinas so por todos conhecidas, mas importante
defini-las e estabelecer os limites correspondentes. Segundo a
Bblia algumas das caractersticas de Deus so:
1 - Onipotncia
Comearemos agora a analisar as diferentes caractersticas ou
qualidades que possui Deus com o objetivo de delimitar e
conhecer de maneira mais clara como se apresenta este ser
divino. Alm disso, argumentaremos porque no acredito que
Deus seja um ser onipotente nem acredito que Deus seja o criador
de todas as coisas. Imagino que nenhum crente cristo se
atreveria a duvidar desta qualidade divina, j que uma das mais
abundantes e claras em toda a Bblia. Nomear todos os versculos
bblicos que afirmam que Deus todo poderoso seria uma tarefa
titnica. Todos os cristos creem sem nenhuma dvida que Deus
todo poderoso e que o criador de todas as coisas. S citaremos
um versculo Bblico para estarmos seguros desta qualidade:
Genesis 17:1
1 - Sendo, pois, Abro da idade de noventa e nove anos, apareceu o
SENHOR a Abro, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em
minha presena e s perfeito.
No h nenhuma razo para acreditar que do ponto de vista
racional e lgico Deus seja um ser todo poderoso e criador de
todas as coisas:
1 - A criao do mal
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Se for verdade o que diz a Bblia, que Deus criou todas as coisas,
ento Deus tambm criou o mal e as calamidades humanas. Se
pararmos para pensar, isto contraditrio porque se pode dizer
que tudo o que Deus criou bom e de suas criaes no pode sair
o mal. Ainda que no acreditem, na Bblia se diz em vrias
ocasies que Deus criou o mal e as calamidades:
Isaas 45:6-7
6.Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que
fora de mim no h outro; eu sou o Senhor, e no h outro. 7.Eu
formo a luz, e crio as trevas; eu fao a paz, e crio o mal; eu sou o
Senhor, que fao todas estas coisas.
J 42:11
11. Ento vieram ter com ele todos os seus irmos, e todas as suas
irms, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele po
em sua casa; condoeram-se dele, e o consolaram de todo o mal que
o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma pea de
dinheiro e um pendente de ouro.
J 5:18
18. Pois ele fere, mas dela vem tratar; ele machuca, mas suas mos
tambm curam.
Gnesis 2:16
16 - E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de
qualquer rvore do jardim, 17 - Mas no coma da rvore do
conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer,
certamente voc morrer".
Como podem ver nestes exemplos, sem dvida Deus criou o mal
e as enfermidades. Tambm conhecido o ditado popular o mal
no existe, s a ausncia do bem, isto no tem sentido, j que
a Bblia trata e nomeia o mal como algo bem definido e no como
a ausncia do bem.
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2 - Literalidade
Deus no pode literalmente ser o criador de todas as cosas. H
coisas que por definio Deus no as criou, o homem as criou. Por
exemplo: Deus no criou o ao que no existe na natureza, pois
a combinao de ferro, carbono e outros tantos elementos. O
homem criou o ao, no Deus. Claro que o crente dir: Mas Deus
criou o ferro, o carbono e tambm o homem, portanto Deus o
criador indireto do ao e de todas as coisas que o homem inventa
e fabrica, aqui temos a palavra clave: indireto. Se a premissa
acima correta: ento Deus o Criador indireto de todas as
coisas, o que deixa a sua perfeio muito limitada.
3 - Lgica
Um argumento que os ns ateus usamos com frequncia para
demostrar falta de lgica ao afirmar que Deus todo poderoso
o famoso argumento da pedra pesada. Se Deus todo
poderoso e pode criar o que deseje, Poderia Deus criar uma pedra
to pesada que nem ele mesmo pudesse levant-la? Por simples
lgica, Deus no pode faz-lo. Isto seria o mesmo que afirmar que
Deus no pode evitar que a soma de uma unidade mais outra
unidade de como resultado duas unidades, esta uma
abordagem matemtica bsica e no pode ser quebrada nem
mesmo por Deus. Diante disso os crentes respondero: Deus s
pode fazer coisas dentro da lgica. Isso que dizer que Deus tem
um limitante A Lgica, convertendo-se assim em um ser limitado
a algo superior a ele e perderia sua essncia perfeita. A
caracterstica divina ficaria assim: Deus o criador de todas as
coisas logicamente possveis.
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4 - Leis naturais
Este um argumento levantado por Bertrand Russell: as leis
naturais so independentes da criao divina Deus deve acatar
as leis naturais, portanto esto acima de Deus. Vejamos um par
de exemplos: A lei da gravidade (9,8 mts/seg2) a velocidade
com que a terra atrai os objetos para o seu centro; e o oxignio
que forma o ar que respiramos (O2). A pergunta a seguinte:
Porque Deus criou as leis naturais assim e no de outra forma?
Deus poderia ter feito a gravidade com valores mais baixos, desta
forma poderia evitar milhes de mortes por quedas, fraturas,
acidentes etc. Tambm Deus poderia fazer-nos respirar nitrognio
e no oxignio, j que o nitrognio mais abundante no ar que o
oxignio, assim evitaria milhares de mortes por asfixia. O crente
cristo tem trs possveis respostas a isto:
Deus fez dessa maneira por que era o melhor para o
mundo: O melhor? Tantas mortes por culpa da gravidade
e tantas asfixias so o melhor que Deus poderia fazer?
Deus fez assim porque ele faz o que deseja: isto equivale
a dizer que Deus faz o que lhe d na cabea Que sentido
tem adorar um Deus caprichoso que faz as coisas s porque
lhe d na telha?
Deus fez dessa maneira porque tinha que fazer assim:
Deus est submetido s leis naturais. Esta a nica
maneira de que Deus poderia faz-lo. Deus no poderia
criar a gravidade com um valor menor ou nos fazer respirar
nitrognio porque as leis naturais o impediam. Ou seja,
Deus deve cumprir e acatar essas leis naturais. Um Deus
que est submetido a leis superiores a ele, perde sua
essncia de perfeio absoluta.
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Existem inumerveis razes que nos indicam que a onipotncia de
Deus est muito comprometida. Mas acredito que estas
abordagens so suficientes para abrir uma base de opinies a
respeito com o crente cristo que deseje aprender mais sobre o
Deus que adora.
2 - Oniscincia
Seguindo com a anlise das qualidades de Deus veremos agora a
caracterstica mais polmica e controversa de Deus: sua
oniscincia ou a capacidade de saber tudo. Tampouco acredito que
algum crente seja capaz de pr em dvida esta qualidade. Deus
sabe tudo. Sabe nosso passado, conhece nosso presente e sabe o
que nos acontecer no futuro. Deus conhece tudo sobre todos ns
e sobre o mundo. O problema desta caracterstica celestial que
em muitas das minhas conversas com crentes cristos parece que
no entendem muito bem o que significa e tendem a mal
interpret-la. A melhor maneira de eliminar as dvidas sobre isso
investigar o que diz a Bblia a respeito. Existem vrios versculos
que esclarecem sobremaneira este ponto:
J 14:16
16.Mas agora contas os meus passos; porventura no vigias sobre o
meu pecado?
J 23:10
10.Porm ele sabe o meu caminho; provando-me ele, sairei como o
ouro.
J 42:2
2.Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propsitos pode
ser impedido.
Salmos 44:21
21.Porventura no esquadrinhar Deus isso? Pois ele sabe os segredos
do corao.
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Isaas 46:10
10.Que anuncio o fim desde o princpio, e desde a antiguidade as
coisas que ainda no sucederam; que digo: O meu conselho ser
firme, e farei toda a minha vontade.
J 23:14
14.Porque cumprir o que est ordenado a meu respeito, e muitas
coisas como estas ainda tm consigo.
Lucas 12:7
7.E at os cabelos da vossa cabea esto todos contados. No temais,
pois; mais valeis vs do que muitos passarinhos.
Como podem ver h muitssimos versculos que asseguram que
Deus sabe tudo. O problema comea quando se afirma que o
homem tem Livre arbtrio, ou seja, que o homem tem liberdade
para escolher o que deseja. Este um dos pontos mais quentes
da conversao Ateu-Crist. muito difcil harmonizar a ideia de
que podemos escolher livremente e que Deus j sabe todo nosso
futuro e que nossa histria est escrita de antemo. Sem dvida,
amigo crente, para voc Deus j sabe quem ser salvo e quem
no ser. Isso Deus sabe, j que sabe tudo. Mas como posso eu
escolher se o meu destino j est escrito? Segundo essa premissa,
no importa o que eu decida, sempre terminarei cumprindo o que
Deus escreveu para mim. No tenho sada. Muitos crentes tentam
responder a isso dizendo: Deus pode saber o nosso futuro, mas
ns no sabemos, saiba ele ou no isso no tem absolutamente
nenhuma influncia nos acontecimentos futuros, j que
irremediavelmente acabarei cumprindo o que Deus quer. Alm
disso, existem tambm vrios versculos que negam que Deus
seja onisciente e que saiba tudo. um tema espinhoso e
controverso que se levar vrias linhas para debat-lo e o
trataremos em numerosas oportunidades. Eu, por ser ateu no
acredito que o meu destino esteja escrito nem em nada do tipo.
Ningum sabe o meu futuro. O futuro no existe, o vamos criando
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dia aps dia atravs de nossas decises. Considero-me um ser
livre e no estou nesta vida para cumprir nenhum livro. Sei que
voc, amigo crente, se considera livre para escolher o que deseja,
porm isso no contradiz tudo que existe na sua Bblia sobre Deus
e sua oniscincia? Sim.
3 - Onipresena
Deus est em toda parte, o tempo todo. Isto sabe qualquer crente.
Mas lamentavelmente a Bblia no muito clara a respeito e
existem poucos versculos que nos indicam isto de forma pontual.
Ao dizer que Deus se encontra em todo lugar se assume outra
caracterstica divina: a Invisibilidade. Deus em essncia um ser
invisvel e etreo. Claro, tem que ser; nada que seja visvel est
em todo lugar ao mesmo tempo. A imaterialidade um requisito
obrigatrio para cumprir esta premissa. As qualidades de
onipresena e invisibilidade trazem consigo vrios problemas ao
tentar entender isto de forma racional. Apesar de que Deus est
em todo lugar, a Bblia nos diz que Deus foi visto de maneira
precisa em vrias oportunidades; inclusive at falou com vrias
pessoas em determinadas ocasies; isto significa que para ser
visto e escutado em um momento e lugar preciso deveria estar ali
e no em todos os lugares. Tambm, fazer-se visvel para vrias
pessoas sem dvida deixou de ser invisvel, j que as coisas
invisveis no se podem ver. impossvel dizer com toda
segurana que Deus invisvel, j que foi visto em vrias
oportunidades:
Gnesis 32:30
30.E chamou Jac o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho
visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva.
xodo 24:10-11
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10.E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus ps havia como que
uma pavimentao de pedra de safira, que se parecia com o cu na
sua claridade. 11.Porm no estendeu a sua mo sobre os escolhidos
dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam.
xodo 31:18
18.E deu a Moiss (quando acabou de falar com ele no monte Sinai)
as duas tbuas do testemunho, tbuas de pedra, escritas pelo dedo
de Deus.
xodo 33:11
11.E falava o SENHOR a Moiss face a face, como qualquer fala com
o seu amigo; depois se tornava ao arraial; mas o seu servidor, o jovem
Josu, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda.
xodo 33:23
23 - E, havendo eu tirado a minha mo, me vers pelas costas; mas
a minha face no se ver.
1. Ento, Deus invisvel ou no?
2. Ou s invisvel s vezes?
H outra coisa que atenta contra a invisibilidade e o carter etreo
de Deus, que Deus tem dedos, cara e costas (Gnesis 32:30;
xodo 31:18; xodo 33:23) isto equivaleria a dizer que Deus est
composto por algo fsico que se pode ver o que atentaria contra a
sua condio de ser espiritual o imaterial.
muito difcil sustentar que Deus um ser espiritual e
invisvel quando a prpria Bblia nos diz o contrrio.
Como ponto final, quero fazer uma observao maneira de
piada:
1. Por que quando o crente quer referir-se a Deus sempre olha
ou aponta para cima, para o cu?
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2. Se Deus est em todo lugar, no tem sentido busc-lo no
cu nem entre as nuvens ELE EST EM TODO LUGAR. Ou
no?
3. Curioso, no?
4 - Imutabilidade
Uma qualidade divina que parece estar muito claramente
estabelecida nas Santas Escrituras, mas que por sua vez a
prpria Bblia se contradiz a: Imutabilidade. Isto em poucas
palavras : Deus o mesmo desde sempre, ele no muda.. Ser
imutvel significa ser sempre o mesmo, sem experimentar
nenhum tipo de mudana ou alterao. No mudam nem Deus,
nem seus desgnios. A Bblia nos diz em vrias oportunidades que
isto correto, Deus no muda:
Salmos 102:27
27.Porm tu s o mesmo, e os teus anos nunca tero fim.
Salmos 33:11
11.O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do
seu corao de gerao em gerao.
Tiago 1:17
17.Toda a boa ddiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do
Pai das luzes, em quem no h mudana nem sombra de variao.
1 Samuel 15:29
29.E tambm aquele que a Fora de Israel no mente nem se
arrepende; porquanto no um homem para que se arrependa.
Malaquias 3:6
6.Porque eu, o SENHOR, no mudo; por isso vs, filhos de Jac, no
sois consumidos.
Hebreus 13:8
8.Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos sculos dos
sculos; Cetro de equidade o cetro do teu reino.
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E muitos outros.
Apesar de todos estes versculos que sem dvida afirmam que
Deus Imutvel, tambm em vrias ocasies a prpria Bblia
parece afirmar o contrrio que Deus muda de opinio e no o
mesmo desde sempre:
Gnesis 6:6-7
6.Ento se arrependeu o SENHOR de haver feito o homem sobre a
terra e pesou-lhe em seu corao. 7.E disse o SENHOR: Destruirei o
homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem at ao
animal, at ao rptil, e at ave dos cus; porque me arrependo de
hav-los feito.
xodo 32:14
14.Ento o SENHOR arrependeu-se do mal que dissera que havia de
fazer ao seu povo.
Jonas 3:10
10.E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau
caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria,
e no o fez.
2 Samuel 24:16
16.Estendendo, pois, o anjo a sua mo sobre Jerusalm, para destru-
la, o SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a
destruio entre o povo: Basta, agora retira a tua mo. E o anjo do
SENHOR estava junto eira de Arana, o jebuseu.
Podemos ver claramente duas coisas aqui:
1. Ou a Bblia se contradiz em vrias ocasies,
2. Ou isso da Imutabilidade Divina algo ambguo e no
deve ser levado muito a srio.
3. Em qualquer dos casos Deus parece meio fora da casinha.
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Outro fator que compromete a Imutabilidade de Deus o fato que
no passado ele mesmo cometeu atos reprovveis e logo depois
mudou de carter com respeito s suas aes. Por exemplo, todos
ns recordamos os fatos ocorridos durante o diluvio universal ou
na destruio das cidades de Sodoma e Gomorra, ambos os fatos
narrados no Gnesis. Nestas duas situaes houve uma destruio
total dos seres humanos incluindo crianas e animais inocentes,
ao que parece foram realizados diretamente por Deus para
erradicar o mal de ambos os lugares. Imagino que o crente estar
de acordo comigo de que em ambos os fatos morreram crianas
completamente inocentes dos pecados de seus pais. Claro, voc
tambm dir que Deus teve suas razes para faz-lo. Em todos
os casos em vrias oportunidades Deus no Antigo Testamento se
nos apresenta como um Deus combativo e vingativo, que
promoveu mltiplas guerras e inclusive assassinou em vrias
ocasies pessoas por sua prpria conta. J no Novo Testamento
vemos um Deus completamente diferente, um Deus que todo
amor e ternura e que parece esquecer seu passado quando era
chamado Deus dos Exrcitos.
Se isto no mudar, no sei o que seria!
5 - Sabedoria infinita
A sabedoria de Deus uma das caractersticas divinas mais
conhecidas pelo crente. Deus infinitamente sbio e nunca se
equivoca. A Bblia bem especfica em centenas de versculos.
J 9:4
4.Ele sbio de corao, e forte em poder; quem se endureceu contra
ele, e teve paz?
J 12:13
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13.Com ele est a sabedoria e a fora; conselho e entendimento tm.
Isaas 40:28
28.No sabes, no ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador
dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? inescrutvel o seu
entendimento.
Daniel 2:20
20.Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade
a eternidade, porque dele so a sabedoria e a fora;
Como lgico pensar, a Bblia ao ser totalmente inspirada por
Deus, no tem erros; nem Jesus, a materializao fsica de Deus,
tampouco se equivoca ou jamais se equivocou. Bom, descrever
todos os erros e contradies da Bblia levaria muito tempo, j
que so muitos, descrever os erros de Jesus tambm, assim para
no fazer um cansativo trabalho de anlise citaremos apenas uns
pequenos equvocos de Jesus tal como se encontra na Bblia:
Mateus 16:28
28 - Em verdade vos digo que alguns h dos que aqui esto que no
provaro a morte at que vejam vir o Filho do homem no seu reino.
Isto, tomado de forma literal um erro, pois morreram todos os
dessa gerao e Jesus ainda no voltou. Morreram vrias geraes
e o esperado regresso de Jesus no aconteceu. Claro, voc como
crente dir: no se deve entender isso de modo literal, sim,
fato que Jesus usava parbolas para exemplificar algumas partes
de sua doutrina; porm quando fazia isso ele declarava
antecipadamente. Em nenhuma parte se assume que isto uma
parbola. Outros crentes afirmam que a gerao a que se refere
o versculo no literal e logo comeam a procurar clculos de
anos e a fazer estranhas explicaes do que poderia ser uma
gerao. Os prprios crentes tratam logo de consertar esse
equvoco evidente, sem sucesso claro.
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Mateus 12:40
40 - Pois, como Jonas esteve trs dias e trs noites no ventre da
baleia, assim estar o Filho do homem trs dias e trs noites no seio
da terra.
Este um dos equvocos mais claros e evidentes de Jesus-Deus.
Neste versculo profetizou que ressuscitaria depois de trs dias e
trs noites. Todos ns sabemos que Jesus esteve no tmulo no
mximo por um dia e meio, morreu em uma tarde de sexta-feira
e j na manh de domingo foi ressuscitado. Para cumprir o que o
verso diz ele tinha que ter sado do tmulo na manh de segunda-
feira. No h praticamente nenhuma explicao razovel para
isso, a menos que voc amigo cristo comece de novo a fazer
clculos para dar aos "trs dias e trs noites significados
diferentes.
Marcos 7:14-15
14.E, chamando outra vez a multido, disse-lhes: Ouvi-me vs, todos,
e compreendei. 15.Nada h, fora do homem, que, entrando nele, o
possa contaminar; mas o que sai dele isso que contamina o homem.
Eu sei que os crentes cristos tm dado milhares de interpretaes
a estas palavras de Jesus, alguns dizem que se refere ao pecado,
palavra ou a centenas de outras coisas. Mas a verdade que
Jesus quis fazer uma comparao de qualquer uma destas
interpretaes possveis com o que entra literalmente no homem
(comida, por exemplo) e o que sai (fezes). Certamente, Jesus ao
possuir sabedoria infinita deveria saber que existem milhes de
coisas que, quando ingeridas podem contaminar o corpo causando
doenas e at a morte. Portanto, esta besteira de que "Nada
existe fora do homem e que ao entrar nele o possa contaminar
um erro gigantesco para um ser que se denomina Deus.
-
25
Estes so apenas trs exemplos e como dissemos anteriormente,
citar todos seria tarefa impossvel. Em muitas oportunidades
analisaremos outros tantos erros com mais calma e ateno.
Certamente que o leitor crente cristo deve ter muitas respostas
premeditadas para poder a duras penas justificar todos estes
erros, a desculpa mais comum utilizada nesses casos : a Bblia
necessita ser interpretada, claro, com esta resposta podem
responder a todos os erros que aparecem nas santas escrituras.
Voc amigo crente j usou esta desculpa alguma vez?
6 - Justia infinita
Agora comentaremos brevemente sobre uma caracterstica divina
que a meu modo de ver uma das mais citadas na Bblia, mas
por sua vez uma das que menos ateno recebe, A Justia
eterna de Deus. A santa palavra afirma em numerosas ocasies
que Deus infinitamente justo e que dar a cada um, o que
merece.
Deuteronmio 10:17
17.Pois o SENHOR vosso Deus o Deus dos deuses, e o Senhor dos
senhores, o Deus grande, poderoso e terrvel, que no faz acepo de
pessoas, nem aceita recompensas;
1 Pedro 1:17
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepo de pessoas, julga
segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da
vossa peregrinao,
Glatas 2:6
6 - E, quanto queles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham
sido noutro tempo, no se me d; Deus no aceita a aparncia do
homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me
comunicaram;
1 Joo 3:7
-
26
7 - Filhinhos, ningum vos engane. Quem pratica justia justo, assim
como ele justo.
e muitos outros.
Apesar de todos estes inumerveis versculos que avaliam a
justia divina, s vezes paramos para pensar se isso tem algum
fundamento. verdade que deus um ser justo e que sua criao
justa? Certamente necessrio muita ingenuidade para pensar
que o mundo ou alguma vez foi um lugar justo. Praticamente
tudo o que nos rodeia est cheio de injustias: vemos dia a dia
como gente desonesta progride na vida enquanto gente honesta
sofre desgraas no merecidas. Observamos como os desastres
naturais tiram a vida de milhes de pessoas inocentes; sobretudo
as maiores vtimas da injustia humana, as crianas, so elas que
normalmente sofrem as maiores consequncias da falta de justia
a cada momento. Se o crente leitor ainda acredita que a histria
bblica do dilvio correta, ter que admitir que neste caso
tivessem que morrer crianas inocentes sem absolutamente
nenhuma culpa dos erros de seus progenitores. Dessa histria
absurda surge uma grande dvida, uma dvida que deve corroer
at o crebro de muitos crentes: Por que se Deus justo, tiveram
que morrer crianas inocentes nesse dilvio? Jamais se obteve
uma resposta convincente de qualquer crente, mas certamente
muitos se consolam com o conhecido autoengano de que Deus
misterioso e sabe o que faz, mas l no fundo sabem no uma
resposta para nada.
Amigo crente, vejamos um exemplo clssico, que certamente
voc acredita que pode ocorrer: Vamos supor que um ateu
qualquer, por exemplo, da Sucia (utilizo este pas como exemplo
porque um dos pases com maior porcentagem de ateus e menos
crimes), esta pessoa ateia tem uma ficha de vida inatacvel,
-
27
nunca cometeu um crime nem qualquer coisa reprovvel, bom
esposo e grande pai, um bom amigo; com problemas e defeitos,
claro, como todos ns, mas em termos gerais e diante da
sociedade um cidado ntegro. Coloquemos no outro extremo,
um assassino em srie, violador e pedfilo (esta classe de
criminosos lamentavelmente comum) cuja vida uma desgraa,
tanto para ele como para os que o rodeiam e que por seus atos
destruiu a vida de muitas pessoas. Imaginemos que ambos
morrem. Coisa que certamente ocorrer algum dia, mas o ateu
morre sem aceitar Jesus como seu salvador e morre sendo ateu,
apesar de ter sido bom em toda a sua vida; o assassino momento
antes de morrer se arrepende e aceita Jesus em seu corao,
claro, me refiro a uma converso real, sincera e totalmente
honesta, este assassino se arrepende de verdade de seus
pecados. Segundo a crena crist (e voc como crente cristo
estar de acordo) o ateu ir quase sem nenhuma dvida ao
inferno, ou ao lugar de condenao que exista, pela simples razo
de que rompeu nada mais nada menos que o mandamento mais
importante, Amar a Deus sobre todas as coisas. E no segundo
caso, o do assassino arrependido, ir ao paraso ou a seu
equivalente de recompensa divina, por ele apenas ter tido a sorte
de haver se arrependido a tempo. Estou certo de que o leitor
cristo dir: "Bem, cada um teve a oportunidade de escolher e
escolheu; concordamos, mas essa no a discusso, o que se
discute se isto justo ou no.
Sejamos sinceros, parece-lhe justa a condenao do ateu decente
e o prmio do assassino arrependido? Sua resposta deveria
oferec-la aos familiares e seres queridos das vtimas do
assassino.
7 - Verdade Infinita
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De fato, Deus no mente, ele completamente verdadeiro e
preciso em suas palavras. Sobre isso concordam todos os crentes,
este , sem dvida, um atributo essencial de Deus. Vamos
examinar brevemente alguns versos que dizem isso para ficarmos
mais seguros:
Tito 1:2
2.Em esperana da vida eterna, a qual Deus, que no pode mentir,
prometeu antes dos tempos dos sculos;
Romanos 3:4
4.De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o
homem mentiroso; como est escrito: Para que sejas justificado em
tuas palavras, E venas quando fores julgado.
1. OK, este ponto est claro agora. Deus no mente.
2. Correto?
Sem levar em conta as numerosas contradies e erros que
poderia ter a Bblia, as quais podem ser interpretadas como
mentiras ou erros, h dois versculos que de fato confundem o
leitor e parece que Deus mentiu de forma descarada, inclusive ele
mesmo descobrindo o engano.
Jeremias 7:22
22.Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do
Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou
sacrifcios.
Este um versculo bastante comprometedor para Deus, porque
afirma que no decretou algumas ordens, das quais h milhares
que confirmam que essas ordens foram dadas. Citar aqui todos os
versculos onde Deus ordenou fazer holocaustos e sacrifcios seria
um trabalho realmente esgotador devido enorme quantidade
-
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deles. Mas isso no necessrio, pois o prprio Deus responde a
si mesmo confessando que mentiu cinicamente.
Ezequiel 20:25-26
25.Por isso tambm lhes dei estatutos que no eram bons, juzos pelos
quais no haviam de viver; 26.E os contaminei em seus prprios dons,
nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre; para
assol-los para que soubessem que eu sou o SENHOR.
Aqui o mesmssimo Deus reconhece que havia ordenado
holocaustos e sacrifcios, contradizendo o dito em
Jeremias 7:22.
Mas uma das coisas mais curiosas sobre as mentirinhas de Deus
a famosa primeira mentira. Este um argumento muito usado
pelos ateus porque interessante e sugestivo. Se perguntarmos
a um crente medianamente informado sobre o Gnesis e a origem
do homem segundo a Bblia:
Qual foi a primeira mentira?
Acredito que depois de pensar um pouco responderia:
A primeira Mentira foi dita por Satans a Eva, e neste caso o
crente estaria se referindo a Gnesis 3:4-5 (4.Ento a serpente
disse mulher: Certamente no morrereis. 5.Porque Deus sabe
que no dia em que dele comerdes se abriro os vossos olhos, e
sereis como Deus, sabendo o bem e o mal ...),
Mas esta a primeira mentira? No, a primeira mentira esta:
Gnesis 2:16-17 (16.E ordenou o SENHOR Deus ao homem,
dizendo: De toda a rvore do jardim comers livremente, 17.Mas
da rvore do conhecimento do bem e do mal, dela no comers;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrers.),
-
30
obviamente isto mentira, no dia em que Ado comeu deste fruto
no morreu. A prova est em Gnesis 5:3-5 (3.E Ado viveu
novecentos e trinta anos, e gerou um filho sua semelhana,
conforme a sua imagem, e lhe ps o nome de Sete. 4.E foram os
dias de Ado, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou
filhos e filhas. 5.E foram todos os dias que Ado viveu novecentos
e trinta anos, e morreu.), ou seja, ele viveu muito tempo depois
que comeu o fruto da rvore.
Como se pode ver, a primeira mentira foi dita pelo prprio Deus e
no por Satans como geralmente se costuma crer. Tambm
sabemos que os crentes possuem milhares de desculpas para
justificar isto, sejamos sinceros, no algo muito suspeito?
Deus o pai da mentira?
Sim, sem dvida!
8 - Amor Infinito.
Se existe uma frase que resume todos os sentimentos e
pensamentos do cristo sincero, esta frase : Deus amor.
Palavras retiradas de 1 Joo 4:8 (8.Aquele que no ama no
conhece a Deus; porque Deus amor.). Tenho absoluta certeza
de que o cristo acredita nesta frase. O cristo devoto, leal e
convencido possui Deus e Jesus como primeiro pensamento ao
acordar e ltimo ao dormir. Jamais duvida de sua existncia por
um momento sequer e nem ao menos por um momento passa por
sua cabea o pensamento de que Deus e Jesus no sejam puro
amor e bondade. Ele sabe que Deus bom e que os maus somos
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31
ns e nossas decises. Deus jamais tem culpa de nosso
comportamento.
Esse comportamento no muda at que o crente passe a
ler a bblia de forma imparcial e crtica, coisa que a grande
maioria evita por medo de perder a f, pois cada vez mais
comum a frase Deixei de ser cristo depois de ler a Bblia.
Isso assusta os devotos, para eles perder a f seria como perder
o cho. Ele perceber e ser obrigado a admitir que haja no
mundo muitos males dos quais o homem no tem culpa e ter que
atribuir isso a Deus, o que motivo de verdadeiro pnico em sua
estreita forma bblica de pensar. Sero obrigadas a usar as
famosas desculpas: Minha mente limitada para entender a
mente de Deus. E a grande prola, Os caminhos de Deus so
misteriosos.
A Bblia diz em numerosas ocasies que Deus bondade, amor e
misericrdia:
Joo 3:16
16.Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unignito, para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha
a vida eterna.
Tito 3:4
4.Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso
Salvador, para com os homens,
1 Timteo 4:4
4.Porque toda a criatura de Deus boa, e no h nada que rejeitar,
sendo recebido com aes de graas.
Se pensarmos um pouco notaremos de que esta concepo de O
Deus bom vem basicamente do Novo testamento, pois no Antigo
Testamento Deus um deus guerreiro e na maioria dos casos
assassino e sanguinrio.
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Nmeros 31:17-18
17.Agora, pois, matai todo o homem entre as crianas, e matai toda
a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele.
18.Porm, todas as meninas que no conheceram algum homem,
deitando-se com ele, deixai-as viver para vs.
Deuteronomio 7:23
23.E o SENHOR teu Deus as entregar a ti, e lhes infligir uma grande
confuso at que sejam destrudas.
Deuteronomio 28:63
63.E ser que, assim como o SENHOR se deleitava em vs, em fazer-
vos bem e multiplicar-vos, assim o SENHOR se deleitar em destruir-
vos e arruin-los; e arrancados sereis da terra a qual passais a possuir.
1 Samuel 15:2-3
2.Assim fala o Senhor dos exrcitos: Vou pedir contas a Amalec do
que ele fez a Israel, opondo-se lhe no caminho, quando saiu do Egito.
3.Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destri totalmente a tudo o
que tiver, e no lhe perdoes; porm matars desde o homem at
mulher, desde os meninos at aos de peito, desde os bois at s
ovelhas, e desde os camelos at aos jumentos.
Isaas 37:36
36.O anjo do Senhor apareceu no campo dos assrios e feriu cento e
oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte, de manh, ao despertar,
s havia l cadveres.
Vemos com assombro como Deus ordena fazer coisas
verdadeiramente abominveis e ele prprio assassinou com suas
prprias mos a muitas pessoas, assim como matanas onde
morreram crianas inocentes (Sodoma, Gomorra e o Dilvio
Universal) O verdadeiramente surpreendente disso que se Deus
imutvel, como afirmam as escrituras (Salmos 102:27 Salmos
33:11 Tiago 1:17 1 Samuel 15:29 Malaquias 3:6 Hebreus
13:8 etc.), porque muda de um Deus de guerra e assassino para
um Deus de amor e bondade? Se Deus imutvel porque mudou?
O que fez Deus mudar de opinio?
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Sempre que perguntarmos sobre isso a um cristo devoto
ouviremos prolas como Deus no responsvel pelo mal, so
os homens os culpados pelas tragdias do mundo. Hoje at
mesmo a grande maioria dos cristos sabe que isso no correto.
A prpria Bblia nos diz que Deus o criador do mal (Isaas 45:6-
7 - Jeremias 18:11 Ams 3:6) e que os homens no causam
todas as tragdias, como os desastres naturais (vulces,
terremotos e tsunamis), que so independentes da ao humana
e tm ocorrido desde sempre e, claro, as vtimas inocentes desses
desastres so inumerveis. Deus amor pode ser mas
tambm, segundo a Bblia, um ser que cometeu muitos
assassinatos, injustias e abusos. Ao que parece se pode ser bom
e mau ao mesmo tempo. Isso no surpresa, assim somos todos
ns, s vezes bons, s vezes maus, mas sempre tentando inclinar
a balana para a bondade. Ser que Deus exatamente igual a
ns? Pois a Bblia afirma que Fomos criados sua imagem e
semelhana.
Ser que o correto no seria: E criou o homem, deus sua
imagem e semelhana. Tudo leva a crer que sim!
9 - Perfeio Absoluta.
A Perfeio a caracterstica de Deus que resume todas as
qualidades anteriores. Ao dizer que Deus perfeito, se assume
que um ser isento de falhas e erros. Um estudo crtico da Bblia
vai nos dar dvidas bastante sensatas sobre cada uma destas
qualidades, pelo que o termo Perfeio Divina se faz bastante
dbil, suscetvel e duvidoso. A Bblia nos diz em vrias
oportunidades que Deus perfeito:
Mateus 5:48
-
34
48.Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste perfeito.
2 Samuel 22:31
31.Os caminhos de Deus so perfeitos; a palavra do Senhor pura.
Ele o escudo de todos os que nele se refugiam.
Salmos 18:30
30.Os caminhos de Deus so perfeitos, a palavra do Senhor pura.
Ele o escudo de todos os que nele se refugiam.
Se levarmos em conta todas as caractersticas e qualidades
divinas se observa dramaticamente que Deus tudo menos um
ser perfeito, vejamos este assunto desde outra perspectiva:
1. Algo que seja Perfeito significa que est livre de erros,
algo que no necessita de nada devido ao seu grau de
perfeio.
2. Deus, por ser uma criatura absolutamente perfeita no
deveria precisar de nada, um ser pleno e perfeito, sem
mancha, portanto no necessita de absolutamente nada.
3. Sabemos que no assim, Deus necessita
desesperadamente de ns, deseja muitas coisas de nossa
parte e temos a obrigao de dar-lhe ou pagaremos as
consequncias.
Esta uma pergunta que fao aos crentes:
1. Porque um ser que, em essncia, a perfeio absoluta
necessita tantas coisas de ns?
2. Deus necessita que o adoremos, necessita que o
veneremos, necessita de nossas oraes, de nosso tempo,
de nossas obras, enfim Para um ser totalmente perfeito,
necessita de muitas coisas!
Comentar todos os versculos bblicos que indicam coisas que
Deus quer e necessita, como rezas, oraes, tributos, sacrifcios,
holocaustos, mandamentos, estatutos, atividades e tantos mais,
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seria muito extenso e a maioria os crentes os conhece. S
comentaremos um que mostra como Deus deseja
exasperadamente nossa humilhao
1 Pedro 5:6
6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mo de Deus, para que ele
vos exalte no tempo oportuno.
De fato, se voc um cristo devoto e trata de ser uma pessoa
em Cristo, muito provvel que desperdice grande parte de sua
energia, tempo e inclusive dinheiro para agradar esse Deus to
perfeito que no necessita de nada, porm deseja
desesperadamente um monte de coisas. Imaginemos Deus antes
da criao do mundo. Um Deus totalmente perfeito que de repente
necessita criar um mundo e ench-lo de criaturas para que o
adorem. muito estranho isso! J que em seu estado de perfeio
no deveria querer ou necessitar de nada. O que levou Deus a
criar este mundo e seus moradores se ele era perfeito? Alm
disso, recordemos que Deus onisciente e que Deus j devia
saber sobre as consequncias deste mundo que criaria. Falando
srio, amigo crente, Nunca havias pensado nisso? Nunca lhe
passou pela cabea estas coisas? Existem vrias outras
caractersticas sobre Deus, porm guiando-nos pela palavra da
Bblia, estas resumem muito bem o que queremos dizer quando
falamos de Deus. Quando digo que No creio em Deus digo
implicitamente que no creio que Deus seja onipotente, nem que
seja imutvel, nem que seja amor ou perfeito, nem qualquer
dessas caractersticas. Obviamente o amigo crente no estar de
acordo, mas ter que conviver com o fato de que a Bblia est a
meu favor e contra as ideias do crente acerca de seu prprio Deus.
-
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2 - Paradoxos e contradies >>>
Ao deus bblico (e a qualquer outra deidade criada pela a
mente humana) foi adicionada uma srie de paradoxos que
torna impossvel a sua existncia. Quando os autores
destes seres mitolgicos os criaram sculo aps sculo,
relato aps relato, no perceberam que estavam compondo
um personagem to carente de lgica, que o crente teve
que imaginar um ramo acadmico que tentasse explica-lo;
com raciocnios filosficos obtusos e enredados com o
objetivo de demostrar a si mesmo e ao resto das pessoas,
que esse personagem que lhes haviam vendido no podia
ser una mera fantasia (teologia).
Se usarmos as qualidades do deus bblico em particular:
onipresena, onibenevolncia, oniscincia, onipotncia,
etc., podemos observar facilmente a impossibilidade de um
ser com tais caractersticas. Este subproduto de divindades
anteriores, chamado Deus (do grego Zeus) e composto por
duas deidades distintas (El e Yav) um personagem
impossvel e autocontraditrio. Ao crente religioso judaico-
cristo atual s lhe resta como desculpa em defesa de suas
crenas afirmarem que estas contradies so mistrios
e o comportamento deste ser literrio um caminho
misterioso e inescrutvel. (J conhecemos a facilidade
que possui esse tipo de pessoa para usar tapa-furos
quando algo contraria suas crenas absurdas).
Para comprovar se esse ser pode existir ou no, o que
faremos presumir que esse personagem literrio existe
e possui as qualidades que os autores que o compuseram
lhe atribuem.
-
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1 - Onipotncia
1 - Paradoxo da onipotncia (M. H. Swan):
1. Poderia deus criar uma pedra que nem ele mesmo
poderia levantar?
2. Deus em sua infinita onipotncia pode criar tal pedra,
mas se o faz, deixar de ser onipotente, j que no
poder levant-la.
2 - Adio ao paradoxo da onipotncia (J. L. Cowan):
1. Ou Deus pode criar uma pedra que ele no pode
levantar, ou ele no pode criar uma pedra que no
possa levantar.
2. Se Deus pode criar uma pedra que no capaz de
levantar, ento Deus no onipotente (J que ele no
pode levantar a pedra em questo).
3. Se Deus no pode criar uma pedra que ele no possa
levantar, ento Deus no onipotente (J que ele no
pode criar a pedra em questo).
4. Portanto Deus no onipotente.
5. Se Deus no onipotente, no Deus.
3 - Contradio da onipotncia com a Onibenevolncia:
1. Se o mal a ausncia do bem e devido a isso Deus
no pode atuar contra o mal, no onipotente.
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2. Se puder atuar, mas no quer faz-lo, no
onibenevolente.
4 - Tentativas de soluo
Para que o problema fosse resolvido, diversas tentativas
foram elaboradas. Por exemplo, poder-se-ia assumir que o
deus onipotente tambm capaz de aprender e progredir,
logo Ele criaria a pedra inamovvel e em seguida j teria
poder suficiente para levant-la, sendo assim omnipotente.
Contudo este problema ainda no pode ser resolvido desta
maneira, pois com uma pequena alterao do
questionamento, a onipotncia colocada novamente em
cheque: Deus poderia criar uma pedra que nunca poderia
mover?
Uma tentativa de soluo relacionada ao problema, dentro
dos padres teolgicos, arbitrariamente decretar que
"Deus est acima da lgica humana, no estando submisso
a esta". Dessa forma, seria hipoteticamente possvel que
Deus fosse onipotente e sua existncia poderia ser cabvel
com o paradoxo da onipotncia. Mas tal afirmao
considerada uma variao da falcia argumento da
ignorncia.
Toms de Aquino tentou responder esta questo de forma
elaboradamente complexa. Ele diz que a onipotncia de
Deus no est em fazer atos impossveis, e sim poder fazer
todos os atos possveis (Quem criou as coisas impossveis
at para Deus?). Logo, h coisas que Ele mesmo no pode
fazer, sem que com isso perca sua onipotncia, segundo a
definio dada pelo filsofo. Poder-se-ia citar outras
capacidades impossveis para Deus:
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1. Deus no pode fazer eu algum parado e correndo ao
mesmo tempo (mesmo corpo)
2. Deus no pode fazer um crculo ser ao mesmo tempo um
tringulo.
3. Deus no pode fazer algum mais poderoso que Ele (dizer
que pode o mesmo que afirmar que Ele no tem poder
extremo e que algum pode ser superior a Ele)
4. Deus no pode fazer o passado deixar de ter existido. J
era, se aconteceu, no pode deixar de ter acontecido.
So Toms de Aquino se expressa nas seguintes palavras:
Deus, pela perfeio do seu poder, pode tudo, mas lhe
escapa potncia o que no tem natureza de possvel.
(Quem criou a natureza do impossvel?) Assim tambm, se
atendermos imutabilidade do seu poder, Deus pode tudo
o que pde; porm, certas coisas que, antes quando eram
factveis, tinham a natureza de possvel, j no a tm
quando feitas. E, ento dizemos que no as pode, por no
poderem elas ser feitas. Pode-se concluir que Toms de
Aquino afirma que a onipotncia no existe, e que Deus no
onipotente.
So Jernimo diz: Deus, que pode tudo, no pode fazer que
uma mulher violada seja no-violada. Para o caso do
passado deixar de ter acontecido diz: "O poder de Deus,
como dissemos, no abrange o que implica contradio.
Ora, o passado no ter sido implica contradio. Pois, assim
como a implica dizer que Scrates est e no est sentado,
assim tambm que esteve e no esteve sentado. Porque,
se dizer que esteve sentado enunciar um passado, dizer
que no o esteve enunciar o que no se deu. Por onde,
no est no poder divino tornar inexistente o passado. E
o que diz Agostinho: Quem diz: se Deus onipotente torne
o feito no feito, no v que diz: se onipotente torne falso
-
40
o que em si verdadeiro. E o Filsofo: Deus s est privado
de tornar o feito no feito". Ou seja, So Jernimo afirma
que Deus est submisso ao tempo e, portanto no tem
poder sobre ele, ento no sendo onipotente.
Santo Agostinho diz: Aquele que diz: Se Deus
onipotente, faa que o que foi feito no tenha sido feito,
no percebe o que est dizendo: Se Deus onipotente que
ele faa que o que verdadeiro, enquanto tal, seja falso.
A Deus s lhe falta isso: tornar no feito o que foi feito.
Afirmao que recorre ao mesmo erro de So Jernimo.
2 Onibenevolencia
1 - Paradoxo do mal (Epicuro):
1. Ou Deus quer evitar o mal e no pode;
2. Ou Deus pode e no quer;
3. Ou Deus no quer e no pode;
4. Ou Deus pode e quer.
2 - Adio ao paradoxo do mal (Lactncio):
1. Se Deus quer [evitar o mal] e no pode, ento impotente,
e isto contraria a condio de Deus.
2. Se Deus pode e no quer, ento mau, e isto igualmente
incompatvel com Deus.
3. Se Deus no quer e no pode, ento mau e impotente, e,
portanto, no Deus.
-
41
4. Se Deus quer e pode Ento de onde vm os males? E por
que no acaba com eles?
3 - Paradoxo relativo oniscincia:
Deus poderia eliminar sua oniscincia?
Se puder eliminar sua oniscincia isto contraria sua
condio de Deus, j que uma das qualidades
intrnsecas de Deus sua oniscincia. Se um deus
no onisciente no pode ser deus.
4 - Paradoxo relativo sua eternidade e existncia:
1. Deus poderia eliminar sua eternidade ou eliminar sua
existncia?
2. Se puder, ento no seria eterno.
3. Se no puder, ento no seria onipotente.
4. Se Deus pode eliminar sua eternidade no Deus.
5. Se Deus no pode eliminar sua eternidade no
onipotente.
5 - Paradoxo da autocontradio:
1. Deus poderia eliminar sua onipotncia?
2. Se puder eliminar sua onipotncia deixa de ser deus,
j que uma das qualidades para ser deus ser
onipotente. Um deus que pode NO ser onipotente
no pode ser deus.
3. Se no puder eliminar sua onipotncia no
onipotente. Um deus que no onipotente no
deus.
-
42
6 - Contradio entre a Onibenevolncia e a onipotncia:
1. Se o mal a ausncia do bem e deus no atua contra
o mal,
2. Ou deus no pode atuar contra o mal porque no
pode ter acesso (j que est ausente), ento no
onipresente e tampouco onipotente.
3. Ou deus no pode atuar contra o mal porque no
quer, ento no onipotente e nem onibenevolente.
7 - Adio como contradio entre Onibenevolncia e onipresena:
Ou deus no pode ter acesso ao mal porque no
onipresente.
Ou deus no quer ter acesso ao mal porque no
onibenevolente (puro amor).
3 - Onipresena
1 - Paradoxo e contradio entre onipresena e onipotncia:
1. Deus poderia NO estar em todas as partes?
2. Se puder NO estar em todas as partes, no
onipresente.
3. Se NO puder NO estar em todas as partes,
onipresente, mas NO onipotente.
4. Se, ao ser onipresente no puder ser onipotente, para
que chama-lo deus?
-
43
2 - Resposta desculpa teolgica sobre o paradoxo da
onipresena:
1. Se o mal a ausncia do bem e o mesmo acontece
com a onipresena, Deus est ausente em certas
partes.
2. Se existem certas partes onde esse deus est
ausente, esse deus NO onipresente.
3 - Contradio com a Onibenevolncia:
1. Poderia um ser onipresente e onibenevolente no
atuar contra o mal?
2. Se deus onipresente (est em todas as partes) e
no atua contra o mal, no um deus
onibenevolente.
3. Se deus onipresente e no pode atuar contra o mal,
no onipotente.
4. Se deus onipresente e no quer atuar contra o mal,
no onibenevolente.
5. Se no pode detectar o mal, no onipresente nem
onisciente.
6. Um deus com falta de alguma destas qualidades no
deus.
4 - Extenso:
1. Se deus observa o mal e no atua, no
onibenevolente.
2. Se observar o mal e no puder atuar, no
onipotente.
-
44
3. Se observar o mal e for indiferente a ele, no
onisciente. (J que se fosse onisciente saberia que
o mal e tambm saberia todas as suas implicaes)
4 Oniscincia
1 - Paradoxo da oniscincia:
1. Se deus criou todo o conhecimento e ele tinha
conhecimento de antemo, isto implicaria em uma
contradio circular: Deus no poderia ter sabido
tudo antes que existisse nenhum conhecimento para
saber.
2 - Paradoxo da predestinao (contradio com o arbtrio):
1. Se Deus pudesse saber tudo de antemo, seria
necessrio crer que todos os acontecimentos
possveis de acontecer estariam predestinados.
3 - Contradio com a Onibenevolncia e a onipresena:
1. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e no o
evita, no onibenevolente.
2. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e o evita, o
livre arbtrio no existe.
3. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e no pode
evita-lo, no onipotente.
4. Se deus no sabe que vai acontecer algo ruim, no
onisciente.
-
45
Atuao
4 - Contradio de sua oniscincia com o livre arbtrio:
1. Se deus atua de determinada forma para conseguir
um fim predeterminado (j que deus sabe de
antemo que consequncias tero), o livre arbtrio
no existe.
2. Se deus no atua e com isso se consegue um fim
predeterminado (que deus sabe que acontecer ao
no atuar), o livre arbtrio no existe.
5 - Contradio com sua equidade:
1. Se deus atua em determinado momento (sabendo,
devido sua oniscincia, o que acontecer), mas no
atua em outro, no equitativo.
2. Se deus atua para conseguir uma determinada causa
(sabendo, devido sua oniscincia, qual ser o fim),
no equitativo e contradiz o livre arbtrio.
3. Se existe um deus e este no pode atuar, no
onipotente.
4. Se existe um deus e no quer atuar, no
onibenevolente.
Justia e equidade
6 - Contradies com sua oniscincia:
1. Se deus onisciente e sabe o que vai acontecer de
antemo, pode ser justo e equitativo?
-
46
2. Se deus eterno (est alm do tempo e do espao),
no pode ser justo e equitativo e ao mesmo tempo
onisciente j que, se ao atuar de determinada forma
beneficiasse a uns prejudicando a outros, no
poderia ser justo e equitativo.
3. Se escolher a quem ajudar e a quem no ajudar, no
justo, nem equitativo, nem onibenevolente.
4. Se no escolhe a quem ajudar (no ajudando
ningum), justo e equitativo, mas no
onibenevolente.
5. Se no pode escolher, no onipotente.
6. Se puder escolher, no justo e nem equitativo.
7. Se no pode ser justo e equitativo, no onipotente.
8. Se carecer de alguma destas qualidades, no deus.
7 - Referncia aos castigos:
Se deus d o livre arbtrio, no pode realizar nenhum
tipo de justia.
Se deus realiza qualquer tipo de justia, no existe o
livre arbtrio. J que se existe o livre arbtrio, no
existem causas negativas que o condicionem.
Se deus no atua castigando, no existe justia em
seu comportamento.
Se deus no pode realizar justia, no onipotente.
Se deus no quer castigar (usando sua misericrdia -
algunos alegam que esta infinita) no justo.
Se deus no justo, no deus.
Se deus no pode ser justo, no onipotente.
Se deus usa sua onipotncia para castigar, no
justo, nem equitativo e nem misericordioso.
Se deus castiga, no onibenevolente.
-
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Se deus castiga sabendo de antemo que o faria
(oniscincia), no existe livre arbtrio.
8 - Relativo sua misericrdia:
1. A misericrdia a suspenso da justia. Se a justia
suspensa em determinadas ocasies, no existe
equidade.
9 - Paradoxo teolgico do bem e do mal:
1. Se o mal a ausncia do bem, o bem a ausncia do
mal. Se o mal est ausente s existe o bem, se o bem
est ausente, s existe o mal.
2. Se deus existe e onibenevolente, por que existe o
mal? Se deus onibenevolente e est em todas as
partes (onipresena), por que nem tudo bom?
3. Se nem tudo bom, deus mau?
4. Se for mau, no onibenevolente?
5. Se deus est em todas as partes (onipresena),
tambm est no mal?
6. Se deus est no mal, no onibenevolente.
10 - Contradio com a relatividade:
Se o bem e o mal so relativos, deus tambm
relativo. Se deus relativo, no pode ser equitativo.
Se deus no pode ser relativo, no onipotente.
Se deus no equitativo, injusto.
Se deus injusto, no pode ser onibenevolente.
Se deus no pode ser onibenevolente, no
onipotente.
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A Onibenevolncia (amor infinito) uma qualidade
de Deus. Se este carece dela, no Deus.
5 - Perfeio absoluta
1. Se deus existe, seu grau de perfeio deve medir-se
(ou comparar-se) com respeito a coisas que so
tangveis.
2. Se no existe nada para medir a perfeio desse
deus, no se pode saber se absolutamente perfeito
ou se poderia existir algo mais perfeito ainda.
3. Deus poderia ser absolutamente perfeito? Se a
perfeio um ideal (um estado inalcanvel, mas
infinitamente aproximvel) significa que deus jamais
poder alcana-la.
4. Se no pode alcana-la no onipotente.
5. Se existe a perfeio absoluta, no existe o ideal de
perfeio.
6. Se no podemos saber se existe a perfeio absoluta,
no podemos definir deus com essa qualidade.
1 - Relativo criao:
1. A perfeio absoluta no pode existir, j que a sua
existncia autocontraditria com o ideal de
perfeio.
2. Algo absolutamente perfeito pode criar algo
imperfeito?
3. Se algo absolutamente perfeito cria algo
imperfeito, significa que esse algo absolutamente
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49
perfeito falhou, logo no absolutamente
perfeito.
4. Se deus cria algo imperfeito, deus no
absolutamente perfeito.
5. Se deus no absolutamente perfeito, no deus.
6. Se deus absolutamente perfeito, no possvel
produzir nenhum tipo de paradoxo ou contradio
relativa sua existncia.
2 - Concluso
A simples ausncia ou contradio de uma s destas
qualidades faz com que este personagem literrio e
imaginrio (que segundo seus autores existe e as possui)
seja uma impossibilidade. No so apenas qualidades
contraditrias entre si, mas, alm disso, so qualidades
autocontraditrias. Dito de outra forma, qualidades
impossveis de ter.
1. Qualidades inventadas pelas mentes que as imaginaram.
2. Apenas mentiras exageradas que se tornaram impossveis
de explicar.
Um exemplo simples sua existncia seria imaginar a
possibilidade de existncia de um quadrado redondo.
Podemos criar o conceito, mas no podemos imaginar nem
criar e nem demonstrar sua existncia. E o conceito no
deixa de existir como tal, talvez porque um mistrio ou
nossa mente limitada e finita. bem mais sensato
afirmar que so simples contradies, ainda que existam
pessoas que prefiram acreditar em sua existncia e, por
essa razo, deveramos ento criar um ramo acadmico
para explicar porque devem existir quadrados redondos ou
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crculos quadrados? Bem, pasmem, j existe! Chama-se
teologia!
Bem, ento vamos ver se Deus se comporta de acordo com
suas caractersticas divinas e superlativas.
-
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3 - Doze provas contra a existncia de deus
Primeira parte Contra o deus criador
Prova 1: A ao de criar inadmissvel
Sbastien Faur (Saint-Etienne, Frana, 6 de janeiro de 1858 - Royan,
14 de julho de 1942)
Embora do ponto de vista da lgica simples seja impossvel provar
a inexistncia de algo, vemos com satisfao que nos argumentos
apresentados por Faur se demonstra de forma total e
contundente que a possibilidade da existncia de um ser com a
caracterstica de Deus praticamente zero. Que criar? valer-
se de materiais diferentes e utilizando certos princpios
experimentais, aplicando certas regras conhecidas, aproximar,
agrupar, associar, ajustar esses materiais, a fim de fazer qualquer
cosa? No! Isso no criar. Exemplos: Pode dizer-se de uma casa
que h sido criada? No! H sido construda. Pode dizer-se de um
mvel que h sido criado? No! H sido fabricado. Pode dizer-se
de um livro que h sido criado? No! H sido composto e logo
impresso. Assim, tomar materiais existentes e fazer com eles
alguma coisa no criar... Que , pois, criar?
Criar... A verdade que eu estou hesitante em explicar o
inexplicvel, definir o indefinvel. Tentarei, no entanto, me fazer
entender. criar algo do nada, formar o existente do no
existente. Por tanto, eu imagino que voc no encontrar nem ao
menos uma s pessoa dotada capacidade mdia de raciocnio que
acredite como se possa fazer alguma coisa com nada.
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52
Suponha um matemtico. Procure o mais competente e ponha-o
diante de um quadro negro; pea-lhe para escrever zeros e mais
zeros, e quando a operao terminar, voc pode multiplicar o que
quiser dividir at cansar, fazer todos os tipos de operaes
matemticas, e jamais ser extrada a partir do acmulo de zeros
uma nica unidade. Com nada, nada pode ser feito e de nada,
nada pode ser obtido. O famoso aforismo de Lucrcio, "ex nihilo
nihil" uma certeza e evidncia bvia. O gesto criador um gesto
impossvel de admitir, um absurdo. Criar , portanto, uma
expresso mstico-religiosa, que pode ser de algum valor aos
olhos de pessoas que acreditam a quem a f se impe tanto mais
quanto menos compreende. , contudo, uma contradio para
todo indivduo culto e sensato, para quem as palavras no tm
mais valor do que o que adquirem ao contato com a realidade ou
uma possibilidade.
Por conseguinte, a hiptese de um Ser verdadeiramente criador
uma hiptese que a razo rejeita. O Ser criador no existe, no
pode existir.
Como indicado pelo primeiro argumento, impossvel criar
alguma coisa, a no ser comeando com materiais pr-existentes.
A ao de "Criar" s concebvel em qualquer caso, aos
componentes primrios do universo. Os tomos primordiais. Se
Deus "criou" algo, seriam esses tomos, o resto de sua atividade
seria uma mera construo ou a montagem de um quebra-
cabea atmico.
O que seria correto dizer: "Deus criou os tomos, e depois
construiu o universo.
Seria esta premissa aceitvel a qualquer crente? Duvido muito.
difcil que o crente veja Deus apenas como um montador de
maquetes. As desculpas e argumentaes contra essa prova so
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53
abundantes, ainda que quase sempre erradas e distorcidas.
Leiamos uma que clssica:
Notaram a falcia? A "primeira prova" de Faur se pode reduzir
ao seguinte: "No se pode criar algo de nada; portanto, Deus no
pode criar algo de nada.Naturalmente, sua premissa "no se
pode criar algo do nada" assume muitas coisas, inclusive que Deus
no exista. Ou seja, todo cristo admitir que naturalmente no
seja possvel criar algo do nada, no entanto, afirmar que Deus
sim, pode faz-lo sobrenaturalmente.
No entanto, o ateu no querer aceitar a possibilidade do
sobrenatural, porm ao fazer isso, tampouco aceita a
possibilidade de que Deus exista.
claro que, do ponto de vista ateu, no h nada por sobre o
natural... Mas o que eles dizem. No entanto, o cristo no tem
nem por um segundo porque considerar isso como um requisito
vlido. Muito menos necessidade permitir que um ateu redefina o
que ele acredita, ou que dite as orientaes sobre como um cristo
deve pensar ou discutir.
Assim, vemos que Faur cria um espantalho, tem que inventar
que o cristo afirma que Deus cria coisas do nada naturalmente
(o que falso, j que o cristo afirma que Deus o faz
sobrenaturalmente), em seguida pretende negar que algo
sobrenatural possa sair do natural (com o que, portanto, o cristo
comum concordaria).
Diante disso, o ateu poderia dizer: "se o sobrenatural existe,
mostre-nos uma evidncia!". Em sua loucura, claro, o ateu pede
uma evidncia natural, empiricamente verificvel, para algo
sobrenatural e no comprovvel pelos cinco sentidos (embora
seus efeitos sejam verificveis). O cristo jamais deveria perder
tempo com requisitos ilgicos como esse, voc s precisa lembr-
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54
lo novamente e mais uma vez que suas exigncias s mostram a
inteno de negar as evidncias encontradas. como o que diz:
mostra-me uma gota de gua de uma polegada. Ao no poder
mostrar isso, pois a gua no medida em distncia, dir a pessoa
que as gotas de gua no existem?
Mas vamos mais alm e analisemos a premissa do ateu sob seus
prprios mritos. O ateu afirma que no se pode tirar algo do
nada. Por extenso lgica, coerente, deve tambm dizer que a
matria eterna, sempre existiu, porque como voc no pode
obter algo do nada, tudo tem que ter sempre existido.
E se ns pedssemos ao ateu uma evidncia natural e
empiricamente VERIFICVEL de que a matria sempre existiu, o
que nos apresentaria? Dizer que simplesmente sabemos isso,
falso, j que eu, por exemplo, no sei. (ainda no me
apresentaram evidncias para apoiar essa afirmao... Por favor,
leia o pargrafo abaixo para entender o que quero dizer.) Dizer
que tem que ser simplesmente assim at que se prove o contrrio
(de novo) absurdo no prprio sistema ateu. No isto "f cega"?
Por acaso, no sistema ateu, no teramos que verificar todas as
proposies naturalmente?
O ateu tem de nos mostrar, aos nossos olhos, em um laboratrio,
utilizando o mtodo cientfico, utilizando todos os requisitos que
ele aceita como vlidos e que exige de outros, que a matria
sempre existiu e nunca teve uma origem. Se no pode fazer isso,
dentro doa mesmas exigncias do atesmo, sua premissa
invlida.
Um ltimo que gostaria de ressaltar: O ateu tenta manipular-nos
a aceitar a ideia de que algo no pode vir do nada, e que o faz
com base no que observado empiricamente. No entanto,
observa-se tambm na cincia que um ser vivo nunca parte de
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55
um objeto animado, mas sempre, em todos os casos, sem
exceo, o faz a partir de outro ser vivo. O que nos dir o ateu?
Mais uma vez, pela f cega, nos dir que a vida simplesmente
tinha que ter comeado h milhes de anos e, se honesto, vai
admitir que ele acreditasse que comeou a partir de objetos sem
vida.
Em resposta a isto, o cristo s tem que usar a mesma exigncia
do ateu. Mudando as palavras de Faur: "Isso, claro, imagino que
no h uma nica pessoa dotada de razo possa conceber e
admitir que de [um objeto inanimado, morto] se possa conseguir
alguma coisa [com vida]."
O que nos dir o ateu? compatvel com as suas exigncias, e
aceitar que seu mesmo sistema e requisitos negam a
possibilidade de que ele esteja vivo hoje? Ou dir: "Olha, o fato
que sim, estamos vivos? Bem, se ele diz isso em resposta
poderamos dizer: "veja, o fato que sim, fomos criados!" O ateu
no aceitaria essa resposta de ns, e ns tambm no temos que
aceitar isso de sua parte.
Esta abordagem por parte do crente muito interessante, j que
nos demonstra como desviando o assunto e cometendo falsidades
e usando dados errados (e muito falta senso comum) se pode
fazer crer que a balana se inclina para o lado cristo.
1. A base essencial de toda a argumentao de crente muito
simples:
2. Deus pode criar do nada, j que Deus Onipotente e seus
atos so SOBRENATURAIS.
Claro! ... Com o argumento de que tudo o que entendemos por
parte de Deus simplesmente um ato sobrenatural de sua parte
e assim se solucionam todos os problemas. Esse raciocnio pode
ser aplicado a quase todos os aspectos obscuros ou controversos
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56
de Deus e da Bblia. Lembra-me de uma desculpa usada
frequentemente pelos crentes, dizendo que todos os
acontecimentos descritos na Bblia que simplesmente no tinha
testemunhas foram " inspirados pelo Esprito Santo ", de modo
que no importa o quo absurdo ou improvvel seja o que nos diz
a Bblia, sempre ser um fenmeno sobrenatural (a onipotncia
de Deus) ou a ao do Esprito Santo por trs dele. Crculo
fechado.
O Crente levanta uma questo interessante:
E se ns pedssemos ao ateu uma evidncia natural e
empiricamente VERIFICVEL de que a matria sempre existiu, o
que nos apresentaria?
1. Ento, alude que isso impossvel sem a interveno de
um evento sobrenatural.
2. Este um argumento muito falacioso, pois para responder
isto devemos saber de maneira cientfica e exata que
ocorreu na origem do universo, algo que ainda objeto de
estudo da cincia moderna.
Sabemos que as antigas experincias de Miller e Oparin j deram
alguns resultados interessantes de como a matria inerte e sob
condies de laboratrio, pode, sob certas condies similares
atmosfera primitiva, comportar-se como um proto-ser vivo
(possibilidade de se criar vida a partir de materiais inertes).
Alm disso, h indcios de que a matria sempre existiu. A
primeira lei da termodinmica, tambm conhecida como a "Lei da
conservao da energia" entre suas muitas implicaes, diz:
"A massa total de energia no universo constante"
-
57
Isso, em palavras simples : toda a energia e massa do Universo
sempre existiram e sempre existiro e simplesmente se
transformam. Se isto verdade (na verdade ), no h lugar para
um criador, porque no haveria o que criar (a matria e a energia
sempre existiram), um "deus criador" estaria fora do lugar. Seria
sempre um "Deus organizador" e no criador.
A rplica comum dos crentes a esta LEI : se a matria sempre
existiu, ento no houve Big Bang.
Embora nos custe a entender, a evidncia sugere que houve um
Big Bang a partir de um ponto primordial fundamental chamado
"Singularidade", mas de acordo com a 1 lei da termodinmica,
esta singularidade e todas as caractersticas fsicas associadas a
ela sempre existiram. Eu entendo que isso muito difcil de
entender (na verdade eu no entendo muito bem) porque o nosso
conhecimento do espao-tempo linear e contnuo. Esto
intrinsecamente incorporados na singularidade de maneira muito
diferente da forma que conhecemos o tempo e espao. E falar de
inicio no tem sentido a este nvel. Sem dvida, enquanto mais
avanam os estudos da astrofsica moderna, iro surgindo
respostas para isso.
Prova 2: O Esprito puro no pode determinar o Universo
Aos crentes que, a despeito de toda racionalidade se obstinam em
admitir a possibilidade de criao, lhes direi que, em ltimo caso,
impossvel poder atribuir esta criao a seu Deus. Seu Deus o
Esprito puro. Portanto, impossvel sustentar que o esprito puro,
o imaterial, haja determinado o Universo: o material. Veja aqui
por que:
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O esprito puro no est separado do universo por uma diferena
de grau, de quantidade, mas por uma diferena de natureza, de
qualidade. De modo que o esprito puro no , no pode ser uma
amplificao do universo, tampouco o universo poder ser uma
reduo do esprito puro. A diferena aqui no apenas uma
distino, uma oposio, oposio de natureza, essencial,
fundamental, irredutvel, absoluta. Entre o esprito puro e o
universo no existe apenas um fosso mais ou menos largo ou mais
ou menos profundo, e que, a rigor, se poderia encher ou
atravessar, NO, existe um verdadeiro abismo, de uma
profundidade to imensa que por maior que seja o esforo que se
realize Ningum NEM nada poderia encher ou atravessar.
Seguindo ao meu raciocnio desafio o filsofo mais sutil, como o
matemtico mais competente, a que estabelea uma relao (seja
qual for, e a melhor relao direta de causa e efeito) entre o
esprito puro e o universo.
O esprito puro no admite nenhuma relao material; no tem
forma, nem corpo, nem matria, nem proporo, nem
profundidade, nem extenso, nem volume, nem cor, nem som,
nem densidade, todas essas qualidades inerentes ao Universo e
que no poderiam ser determinadas pela abstrao metafsica.
Chegando a este ponto de minha demonstrao, estabeleo
solidamente, nos argumentos precedentes, a concluso seguinte:
Temos visto que a hiptese de um poder verdadeiramente criador
inadmissvel; que mesmo persistindo essa crena, no pode
admitir-se que o Universo, essencialmente material, tenha sido
criado pelo Esprito puro, essencialmente imaterial.
Mas se, como crentes, voc persistir alegando que foi seu deus
que criou o universo, uma questo se impe; na suposio de que
foi Deus, onde estava a matria em sua origem, seu princpio?
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E bem: de duas coisas uma: ou a matria estava fora de Deus, ou
era Deus mesmo (no creio que voc poderia colocar deus em
terceiro lugar). Desta forma, no primeiro caso, se estava fora de
Deus, no teve este a necessidade de cri-la, posto que j
existisse, e se coexistia com Deus, no cabe a menor dvida que
estavam em concomitncia, do que se deduz que vosso Deus no
criador.
No segundo caso, ou seja, se no estava fora de Deus, porque
estava em Deus mesmo, e neste caso, tenho a seguinte
concluso:
1. Que Deus no o esprito puro, j que levava em si uma
partcula de matria; E que partcula! A totalidade dos
mundos materiais!
2. Que Deus, levando matria em si mesmo, no teria a
necessidade de cri-la, dado que j existia e que existindo
no fez mais que faz-la sair, e neste caso a criao deixa
de ser um ato de verdadeira criao e se reduz a um ato de
exteriorizao.
3. A criao no existe em nenhum dos dois casos.
Ainda sobre o artigo anterior, presume-se pela definio de suas
caractersticas bsicas, que Deus algo imaterial, intangvel e
invisvel e, portanto, no pode e nem deve ter em sua essncia
nada material ou fsico. Como bem esclarece o argumento: Como
pode Deus, ao carecer de elementos materiais, formar algo
material como o Universo? Deus e o Universo so essencial e
intrinsecamente diferentes e no relacionados.
Vejamos algumas desculpas e pretextos utilizados pelos cristos
para contestar esta segunda prova da inexistncia de Deus:
irnico que sendo ateu, Faure comea seu segundo argumento
oferecendo-nos uma lio sobre ontologia (essncia ou natureza)
-
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do Esprito. No entanto, note que, de fato deu uma boa
compreenso da diferena entre o espiritual e o material. Eu
concordo totalmente com a ltima frase deste pargrafo, que eu
repito:
O esprito puro no est separado do universo por uma
diferena de grau, de quantidade, mas por uma diferena de
natureza, de qualidade.
Se tivssemos de dizer de outra maneira, poderamos dizer que o
Esprito, j que no apenas "mais" ou "superior" ou "mais
distante" do que o material, mas completamente diferente na
natureza, no pode ser considerado, medido, ou percebido pelos
mesmos meios que o material.
Faur continua a explicar o seu conceito do espiritual, como
segue:
Entre o esprito puro e o universo no existe apenas um fosso
mais ou menos largo ou mais ou menos profundo, e que, a rigor,
se poderia encher ou atravessar, NO, existe um verdadeiro
abismo, de uma profundidade to imensa que por maior que seja
o esforo que se realize Ningum NEM nada poderia encher ou
atravessar.
Nada nem ningum? Como sabe Faur isto? No o que cremos
ns, os cristos, mas uma posio que ele assumiu e defendeu.
Quer uma relao entre o espiritual e o material? Muito bem, aqui
est: O Deus todo poderoso pode eliminar esse abismo. Por
certo, isto contradiz sua premissa de nada nem ningum
defendida anteriormente, mas porque deve importar-me que a
verdade contradiga as premissas do ateu? Essa premissa de
"Ningum NEM nada no foi criada por um cristo, j que todo
crente compreende as muitas maneiras como Deus tem
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61
"atravessado" tal abismo: o fez na criao, o fez no jardim, o fez
na sarsa, o fez no torvelinho, o fez nas nuvens, e acima de tudo,
o fez em Cristo (Filipenses 2:5-7).
Assim, Paulo tambm disse: E de um s sangue fez toda a
gerao dos homens, para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os tempos j dantes ordenados, e os limites da sua
habitao; Para que buscassem ao Senhor, se porventura,
tateando, o pudessem achar; ainda que no est longe de cada
um de ns; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos;
como tambm alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos
tambm sua gerao. (Atos 17:26-28).
O ponto que Deus no necessita cruzar grandes distncias para
alcanar o Universo, j que no espiritual no existem distncias (
o mesmo Faur havia admitido no inicio deste argumento e parece
haver esquecido quase que imediatamente). Vivemos nos
movemos e existimos (somos) NELE. A tenso do ateu reside
unicamente na premissa de que "nada nem ningum", na qual
desejar apegar-se (na qual tem f cega).
Como temos visto por meus comentrios, seus dois argumentos
na realidade no se estabelecem sobre una base slida. Tampouco
temos visto como demostrou que o material no possa surgir do
imaterial. Estas so afirmaes de vitria sem base alguma.
Isso s mostra a tentativa desesperada do ateu de forar o relato
da criao sob um sistema materialista e ateu. Naveguemos com
cuidado atravs de suas concluses.
Primeiro Faur exige saber "onde" se encontrava a matria antes
de ser criada. Admitimos que toda a matria existente, por