coleção ensino teológico - teologia sistemática - 1 parte - eurico bergstén - cpad

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C o l e ç ã o

ENSINO TEOLÓGICO

-----------------ó   — — 

Es t u d o   s o b r e  B i b l i o l o g i a ,

TEOLOGIA E CRISTOLOGIA

 T e o l o g i a  

S i s t e m á t i c a

ia Pa r t e

Eu r ic o  Be r g s t é n

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"mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas 

forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, 

andam e não se cansam"".

INDICAÇÃO" PRESBÍTERO

ATENÇÃO

ESTA É SOMENTE UMA INDICAÇÃO, QUANDO PUDERES ADQUIRA 

A OBRA EM UMA LIVRARIA DE SUA PREFERÊNCIA

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 Ia parte

TEOLOGIA 

SISTEMÁTICAEstudo sobre Bibliologia,

Teologia e Cristologia

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Eurico Bergstén

 Ia parte

TEOLOGIA SISTEMÁTICA

Estudo sobre Bibliologia,Teologia e Cristologia

CBO

Rio de Janeiro

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Todos os Direitos Reservados. Copyright (£) 1983 para a línguaportuguesa da Casa Publicadora das Assembléias de Deus.

CIP-Brasil. Catalogação-na-fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

Bergstén, Eurico, 1913-

B437t Teologia sistemática : bibliologia, doutrinade Deus e de Cristo / Eurico Bergstén. - Rio deJaneiro : Casa Publicadora das Assembléias deDeus, 1983.

(Coleção de Ensino teológico ; v.3)

1. Bíblia - Inspiração 2. Bíblia - Origem3. Jesus Cristo 4. Teologia I. Título II. Série

83-0303

CDD- 220.1232231

CDU - 22.01232231

Código para Pedidos: DT-208Casa Publicadora das Assembléias de DeusCaixa Postal, 20.02221022 Rio de Janeiro, RJ, Brasil

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ÍNDICEIntrodução ao estudo da Teologia..... .............   7

I. A Teologia............................................... 7II. A fonte do estudo da Teologia........  7

As Sagradas Escrituras (Bibliologia)................ 11

I. A origem da Bíblia ...............................  11II. A inspiração plenária das Escrituras . 13

III. A estrutura da Bíblia...........................   16

IV. A autoridade da Bíblia Sagrada .........   18

A Doutrina de Deus (Teologia)......................... 21

I. A existência de Deus............................. 21II. Deus é revelado através dos

atributos da sua Divindade.................  24III. Deus se manifesta através de seus

atributos em relação à sua Criação ... 36IV. Deus se manifesta através dos atributosda sua natu reza...................................... 43

V. O poder criador de Deus eterno .........   50

A Doutrina de Cristo (Cristologia)..................   59I. A pré-existência de Jesus..................  59

II. A encarnação de Jesus ......................... 60

III. Jesus - o verdadeiro Deus.................... 62IV. Jesus - o verdadeiro Homem ..............   66V. Jesus uniu na sua pessoa as

duas naturezas perfeitas.................... .  71VI. Os ministérios de Cristo - o Ungido.. 74

VII. As obras de Jesus Cristo .....................  80

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APRESENTAÇÃO

 Este livro,que constitui o volume n ç 3 da Cole-

ção de Ensino Teológico, foi aprovado pelo Conse-

lho Consultivo da ESTEADEB- Escola Teológica das Assembléias de Deus no Brasil 

 Esperamos que o estudo desta obra possa trazer  ricas bênçãos ao povo de Deus.

 Rodrigo SantanaPresidente do Conselho

Consultivo da ESTEADEB

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TEOLOGIA SISTEMÁTICA

I. A TEOLOGIA

Teologia (da palavra grega THEÕS - Deus eLOGOS - tratado, isto é “tratado de Deus”) é umaexposição da ciência de Deus e as relações entreDeus e o universo. Deus existe. Ele criou os céus e aterra e o homem conforme a sua imagem. Gn 1.26.Deus quer ter relações com o homem. O homem,criado por Deus, tem condições de ter contato com

ele. A teologia é a ciência que tem por objetivo fazer-nos conhecer a pessoa de Deus, isto é, Deus Pai,Deus Filho e Deus Espírito Santo, e a sua vontade para com os homens.

A teologia sistemática significa a exposiçãode conhecimentos e dados sobre Deus, postos emordem sistemática e progressiva, “descrevendo-os por sua ordem, desde o princípio” , Lc 1.3.II. A FONTE DO ESTUDO DA TEOLOGIA.

A fonte verdadeira para o estudo da Doutrina deDeus é a PALAVRA DE DEUS, a Bíblia. Este com pêndio completo, divinamente inspirado, 2 Tm3.16, pelo Espírito Santo, 2 Pe 1.21, dá-nos condições de ficar “inteirados”, 2 Tm 3.14, e sábios paraa salvaçáo, 2 Tm 3.15.

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É necessário um verdadeiro esforço para estudar a Palavra de Deus. “Medita nestas coisas e ocu pa-te nelas.” 1 Tm 4.15. “Persiste em ler” , 1 Tm4.13. “Trabalha na palavra e na doutrina” , 1 Tm5.17. Precisamos entrar no santuário da revelaçáo

de Deus para receber a compreensão dos mistériosde Deus. Ef 3.2-4.

0 homem natural tem grande limitaçáo paracompreender as coisas de Deus, 1 Co 2.14. A profundidade de riquezas tanto da sabedoria como daciência de Deus é insondável, Rm 11.33, e por issocarecemos da ajuda de Deus para penetrar nestes

mistérios. E este auxílio que precisamos é-nos oferecido por Deus. O Espírito de sabedoria e de revelação é dado, Ef 1.17, e tem por finalidade iluminaros olhos do nosso entendimento para que saibamos qual seja a esperança da nossa vocação e quais asriquezas da glória da sua herança, Ef 1.18. Quando formos “corroborados pelo seu Espírito no ho

mem interior, poderemos perfeitamente compreender com todos os santos qual seja a largura, o com primento e a altura e a profundidade e conhecer oamor de Cristo que excede todo o entendimento”,Ef 3.16-18. É verdade! “ A SUA UNÇÃO VOSENSINA” , 1 Jo 2.27.

Porém, apesar de todo o nosso esforço e da ajuda

do Espírito Santo, experimentaremos enquanto estivermos neste mundo, que o nosso conhecimentodas coisas de Deus sempre será limitado. “Em parte profetizamos e em parte conhecemos”, 1 Co 13.9.Jó chegou a ter profundas experiências com Deus, emesmo assim disse: “Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos; e quão pouco é que temos

ouvido dele...” Jó 26.14.8

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Sempre, mesmo depois de termos aprendido bastante, Jesus nos diz: “Maiores coisas do que estas verás.” Jo 1.50.

Mas um dia, e este dia vem breve, virá “o que é

 perfeito” e entào o que é em parte será aniquilado,1 Co 13.10, e entáo “conhecerei como também souconhecido”, 1 Co 13.12. Amém! Venha breve aquele grande dia!...

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AS SAGRADAS ESCRITURAS 

(BIBLIOLOGIA)

Já observamos que a fonte verdadeira para oestudo da Teologia é a Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras. Começaremos portanto este curso,estudando a Doutrina sobre a Palavra de Deus, a

sua origem, inspiração, estrutura e autoridade.I. A ORIGEM DA BÍBLIA“O SENHOR DEU A PALAVRA”, SI 68.11.

A. A Bíblia é uma dádiva de Deus. Ele que antigamente falou “muitas vezes e de muitas maneirasaos pais”, Hb 1.1, queria que a sua palavra não somente ficasse guardada pelos homens por meio da

sua própria experiência com Deus e pela tradiçãofalada, isto é, os pais contando para os seus filhos,etc. Deus queria que as verdades reveladas fossemconservadas em um autêntico documento. Por isto ele mesmo tomou as providências para que as suas palavras, revelações e os acontecimentos em queele havia operado maravilhas no meio do seu povo,

fossem escritos.11

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B. Deus ordenou a Moisés: “escreva isto paramemória num livro.” Ex 17.14. Esta mesma ordemfoi depois repetida durante 1.600 anos a cerca de 45homens de Deus e assim surgiu “O Livro de Deus”, Is 34.16, a “Palavra de Deus”, Ef 6.17; Mc7.13, “as Santas Escrituras”, Rm 1.2, que nós chamamos a Bíblia. A palavra Bíblia vem do grego“biblion” - que significa “folha de papiro”. As escrituras originais foram escritas em rolos de papiroe assim apareceu “biblions” como uma coleção delivros pequenos. A Bíblia contém 66 livros, sendo 39do Velho e 27 do Novo Testamento.

C. Os que escreveram os 66 diferentes livros daBíblia receberam a mensagem de diferentes maneiras. Ás vezes Deus disse: “Escreve num livro todasas palavras que te tenho dito.” Jr 30.2; 36.2; Hc2.1,2, etc. Muitas vezes os autores escreveram:“Veio a mim a palavra de Deus.” Jr 1.4; Mc 1.1; Is

1.2 etc. A Bíblia diz a respeito de Moisés: “recebeuas palavras da vida para no-las dar” , At 7.38. Isaíasmenciona 120 vezes que o Senhor lhe falou, Jeremias 430 vezes e Ezequiel 329 vezes.

Outros registraram acontecimentos, assimcomo se escreve História. Ex 17.14 etc. Outros examinaram minuciosamente aquilo sobre o qual rece

 beram a direção para escrever. Lc 1.3. Outros rece beram a mensagem por revelação, At 22.14-17; G11.11,12,15,16; Ef 3.1-8; Dn 10.1 etc. e alguns rece

 beram sonhos e visões, Dn 7.1; Ez 1.1; 2 Co 12.1-3.Mas todos escreveram o que receberam pela inspiração do Espírito Santo e podiam dizer: “O que recebi do Senhor também vos entreguei.” 1 Co 11.23;

15.3.12

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II. A INSPIRAÇÃO PLENÁRIA DAS ESCRITURAS

Deus deu a Palavra e providenciou o modo degarantir a autenticidade da sua palavra, que os ho

mens de Deus haveriam de escrever.A. Deus nâo escreveu nenhuma parte da 

Bíblia. Uma só vez ele escreveu com o seu dedo osdez mandamentos em duas tábuas de pedra, emambas as bandas, Ex 32.15,16, porém, Moisés,quando viu o bezerro de ouro que os israelitas haviam feito, arremessou as tábuas, quebrando-as ao

 pé do monte, Ex 32.19. Jesus escreveu uma só vezna terra, mas os pés que andaram por cima daquelelugar apagaram aquela escrita, Jo 8.8.

B. Quando Deus quis dar aos homens o Livro Divino escolheu e preparou para isto servos seus,aos quais deu uma plena inspiração pelo Espírito Santo. 1 Pe 1.10-12; 2 Pe 1.21; 1 Tm 3.16; Jó 32.18-

20, etc. Cada autor escreveu conscientemente conforme o seu próprio estilo e vocabulário e a sua maneira individual de se expressar, mas todos sob ainfluência da inspiração do Espírito Santo. Assimas palavras, com que registraram o que receberamde Deus, foram-lhes ensinadas pelo Espírito Santo,1 Co 2.13. Davi, que era rei e profeta, disse: O Espí

rito do Senhor falou por mim e a sua palavra estevena minha boca, 2 Sm 23.2.Desta maneira ficou toda a Bíblia inspirada

 pelo Espírito Santo. E realmente um milagre! Omesmo Espírito que inspirou Moisés a escrever os primeiros cinco livros da Bíblia, Ex 24.1-4, Nm33.2, cerca de 1.550 anos antes de Cristo, inspirou

também o apóstolo João a escrever o seu Evange13

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lho, as suas três Epístolas e o Apocalipse, no ano 90DC.

C. Esta inspiração plenária atinge até as palavras usadas, inclusive a sua forma gramatical.Temos vários exemplos na Bíblia que mostramcomo a forma gramatical adequada, que os autoresaplicaram, serviu para explicar grandes e importantes doutrinas. Veja por ex. Mt 22.32, onde Jesusempregou o verbo “ser” na forma de presente (Eusou o Deus de Abraão, etc.) para provar a real existência de vida após a morte. Em G1 3.16 vemoscomo a forma singular do substantivo “posterida

de” foi usada para dar um importante ensino comoa promessa, dada a Abraão, se cumpriu na pessoade Jesus. O mesmo podemos ver também em Hb12.27; Jo 8.57 e em muitos outros exemplos.

D. A teologia modernista não aceita a doutrina sobre a inspiração plenária da Bíblia. Eles

concordam em aceitar que as idéias ou pensamentos da Bíblia podem ser inspirados mas que as palavras usadas, no texto, são um produto dos autores,os quais estão sujeitos a erros. Outros concordamem reconhecer a Bíblia como autoridade em assuntos meramente espirituais, porém, em tudo que serelaciona com ciência, biologia, geologia, história

etc. a Bíblia não pode ser considerada uma autoridade. Eles dizem abertamente: “Errar é humano.”Para dar uma aparência de piedade e respeito àscoisas de Deus eles dizem: “A Bíblia contém a palavra de Deus mas ela não o é.” Infelizmente estacrítica materialista contra a veracidade da Bíbliatem se espalhado muito, e onde ela chega, faz como

a geada nas plantas... mata-as. A falsamente cha-14

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mada “ciência” faz que aqueles que a professam sedesviem da fé. 1 Tm 6.20,21.

E. Para os crentes convictos da sua salvação,que vivem em comunhão com Deus e sentem a ope

ração do Espírito Santo em suas vidas, esta críticanâo gera problemas. Eles simplesmente rejeitamterminantemente qualquer afirmativa contrária àBíblia. Eles o fazem com convicção. A base destarejeição é segura. Vejamos:

1. Em primeiro lugar rejeitamos toda a crítica contra a palavra de Deus, porque Jesusconsiderou as Escrituras como “a Palavra deDeus” , Mt 7.13. E o apoio dele vale mais queas idéias e afirmativas de quem quer que se

 ja.2. Rejeitamos a crítica modernista, contra averacidade da Bíblia, porque seria umaofensa contra Deus que é perfeito, Mt 5.48,afirmar que a sua Palavra contém erros e

mentiras. A Bíblia afirma: “A Lei do Senhoré perfeita”, SI 19.7. “E provada”, SI 18.30, e“fiéis são todos os seus mandamentos”, SI111.7.3. A palavra da “ciência” também nunca é a “última palavra”. O que hoje se afirmaem nome da ciência, amanhã outros o desfa

zem. Um grande teólogo alemão, A.Luescherconstatou em uma de suas obras, que no anode 1850 os críticos contra a Bíblia apresentaram 700 argumentos científicos contra a veracidade da Bíblia. Hoje, 600 destes argumentos já foram deixados por descobertasmais atualizadas. Mas o que a Bíblia afirma

é como uma rocha - que não muda por causa15

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das ondas do mar que se lançam contra ela.4. Não queremos trocar a nossa fé na Palavracte Deus por consideração a homens que consideram a sua sabedoria mais do que a deDeus. Queremos que a nossa fé se apoie, nâona sabedoria humana mas no poder de Deus,1 Co 2.5.

III. A ESTRUTURA DA BÍBLIAA Bíblia é, como já observamos, um conjunto de

66 livros escritos por cerca de 45 autores sob a inspiração do Espírito Santo, dentro de um período de1.600 anos.

A. A Bíblia se divide em duas partes distintas. O Antigo Testamento que contém 39 livros e o Novo Testamento que contém 27 livros.

A palavra “testamento” tem duas significações. Em primeiro lugar a palavra testamento significa uma Aliança, um Pacto, um Concerto. NoVelho Testamento achamos como tema central o

 pacto que Deus fez com Israel no Sinai, cujo pactofoi selado com sangue. Ex 24.3-8; Hb 9.19-20. NoVelho Testamento achamos também a profecia deuma melhor aliança que havia de ser feita peloMessias, o Prometido, o Esperado. Jr 31.31,33; Hb8.10-13.

 No Novo Testamento se fala da Nova Aliança

 pelo sangue de Jesus, pela qual podemos chegar perto de Deus. Mt 26.28; Ef 2.13. Glória a Jesus.

Testamento significa também a última vontadede alguém, quanto a seus bens, entrando em vigorcom a morte do testador. Tanto o Velho Testamento - e ainda mais o Novo Testamento, falam das riquíssimas bênçãos prometidas e vinculadas à mor

te do Messias, cujo testamento entrou em vigor 16

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com a morte de Jesus no Calvário, G1 3.15-17; Hb9.17; Rm 8.17 etc.

B. O Antigo Testamento contém 39 livros, osquais se podem subdividir em 4 grupos:

1. Livros da lei: Os cinco livros de Moisés,isto é, Gênesis, Exodo, Levítico, Número eDeuteronômio.2. Os livros históricos: De Josué até o livrode Ester, isto é, 12 livros.3. Os livros poéticos: São 5: Jó, Salmos,Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salo

mão.4. Os livros proféticos: São 17: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel (chamados os profetas maiores) e os restantes 12livros de Oséias até Malaquias (chamados os

 profetas menores)C. O Novo Testamento contém 27 livros, os

quais podem subdividir-se em 4 grupos:1. Os livros biográficos de Jesus: os 4 evangelhos.2. O livro histórico: Atos dos Apóstolos, quecontém a história inicial da igreja primitiva.3. Os livros de ensino apostólico: 21 epístolas, da epístola aos Romanos até a epístolade Judas.4. O livro profético: Apocalipse.

D. A Bíblia é uma revelação completa e definitivamente concluída. Alguns têm procuradoafirmar que Deus ainda tem dado outras revelaçõesinspiradas, as quais podem se comparar com aBíblia. Entre eles existe o livro dos mórmons, aoqual dão um valor “divino” e o livro das “revela

ções divinas” da Sra. White dos sabatistas, o qual

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consideram de valor divino. Vez em quando aparecem os que desejam afirmar que Deus lhes temdado revelações para os últimos tempos, as quaistêm o mesmo valor que a Bíblia.

A Bíblia já resolveu este problema definitivamente e para sempre. Ela afirma terminantementeque não se pode acrescentar coisa nenhuma ao queestá escrito nela e não se pode tirar coisa nenhumada sua mensagem. Ap 22.18,19; Pv 30.6; Dt 4.2.IV. A AUTORIDADE DA BÍBLIA SAGRADA

A. Um livro que é inteiramente inspirado 

pelo Espírito Santo e que milhares de vezes repete: assim diz o Senhor, impõe autoridade divina eexige respeito e reverência e deve ser obedecido. SI119.4. Se for tirada a inspiração divina da Bíbliaela também perde a sua autoridade, e fica comouma arma de fogo, sem munição. Mas a Bíblia é aPalavra de Deus.

B. A Bíblia fica para os crentes que crerem nela, como a autoridade máxima, e eles não aceitam nenhuma imposição contrária à Bíblia, seja deque fonte for. Eles dizem como disse o apóstolo Pedro: Importa obedecer mais a Deus do que aos homens. At 5.29.

C. Jesus deu, quando aqui vivia como homem, um grande exemplo de respeito à autori

dade das Escrituras. Para ele as Escrituras eram“A palavra de Deus”, Mt 15.3,6, e, disse ele, conforme a palavra profética: “Eis aqui venho; no rolodo livro está escrito de mim, deleito-me em fazer atua vontade, ó Deus meu, sim, a tua lei está dentrodo meu coração”. SI 40.7,8. Esta profecia cumpriu-se, quando Jesus disse: A minha comida é fazer a

vontade daquele que me enviou e realizar a sua o

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 bra, Jo 4.34. Sempre citava as Escrituras nas suas pregações e palestras, Mt 12.3; Lc 10.26; Jo 10.34;Mt 21.16,42 etc. Dos 1800 versículos usados para registrar as pregações de Jesus, 180 versículos contêmcitações das Escrituras.

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A DOUTRINA DE DEUS (TEOLOGIA)

I. A EXISTÊNCIA DE DEUSA. “Há um Deus, Pai”, 1 Co 8.6.À existência de Deus é um fato incontestável. A

Bíblia não se preocupa em provar a existência deDeus, mas começa o seu primeiro versículo falandode Deus, como o principal Personagem em todo ouniverso. “No princípio criou Deus os céus e a terra”, Gn 1.1. Deus existe desde a eternidade e ele é a Origem de tudo, o que tudo governa e sustenta.

Uma conseqüência do pecado é que o deus desteséculo cegou o entendimento dos incrédulos, paraque não vejam a glória de Deus, 2 Co 4.4. Nesta suacegueira espiritual os homens se fizeram deuses esenhores. A Bíblia afirma: “há muitos deuses emuitos senhores”, 1 Co 8.5. Porém, no meio destes

deuses que estão espalhados sobre o vasto campodeste mundo, como pedrinhas de todo tamanho, ergue-se o Deus Verdadeiro como uma grande colinaque se distingue destas pedrinhas pela sua incom parável grandeza. A Bíblia diz: “Ele é o únicoDeus”, Dt 6.4, e “fora dele não há outro”, Dt 4.35;Is 42.8; 44.6,8. Verdadeiramente “só o Senhor é

Deus”, 1 Rs 18.39.

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E por isto uma necessidade conhecê-lo e prosseguir em conhecer ao Senhor, Os 6.4. A Bíblia diz:“é necessário que aquele que se aproxima de Deus,creia que ele existe”, Hb 11.5. Os que crerem emDeus e o buscarem legitimamente experimentarão:Ele é galardoador dos que o buscam, Hb 11.5.

B. Evidências que provam a existência de Deus.

O inimigo das nossas almas tem procurado com pletar a desgraça que o pecado causou, fazendo queos homens chegassem ao ponto de negar a existência de Deus. Negar a Deus é tolice - tanto como alguém querer negar a existência do sol, porque nâo ovê, por estar coberto por nuvens. A Bíblia diz: “disse o néscio no seu coração: nâo há Deus”, SI 14.1, eainda: “por causa do seu orgulho, o ímpio nâo investiga; todas as suas cogitações sáo: Nâo háDeus”, SI 10.4.

Existem, porém, várias evidências para os quedesejarem “investigar”, para ter certeza de que“Há um Deus”.

1. A crença universal em um ser supremo.  Não existe nenhuma raça humana que nâotenha alguma noção de um ser supremo, umdeus, e que, através das suas religiões procuram se aproximar dele e agradar-lhe, retra

tando-se com ele por meio de sacrifícios, atéde sangue... Muitas vezes é realmente um“deus desconhecido” e na sua cegueira estãotateando para achá-lo, At 17.23,27. A Bíbliadiz: “O que de Deus se pode conhecer, nelesse manifesta.” Rm 1.19.

Realmente, o homem foi criado por Deus

conforme a sua imagem, Gn 1.26. Ele tem

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em si partículas desta sua origem divina, e por isto existe nele uma necessidade de umcontacto com a sua origem - Deus.

2. A consciência, que no íntimo do homemdá uma sentença moral sobre os seus atos

 praticados, sejam bons ou maus, fala daexistência de uma origem superior que nohomem fez registrar os princípios da lei divina. “Porque quando os gentios que náo têmlei, fazem naturalmente as coisas que sâo dalei... os quais mostram a obra da lei escritaem seus corações, testificando juntamente a

sua consciência e os seus pensamentos, queracusando-os, quer defendendo-os”, Rm2.14,15.

A consciência universal nos faz com preender que o Ser supremo é um Ser Moral.3. A criaçáo do mundo e tudo o que nele há,fala da existência de um Criador. “Os céus

manifestam a glória de Deus e o firmamentoanuncia a obra das suas máos”, SI 19.1. “Oseu eterno poder como a sua divindade se entendem, e claramente se vêem pelas coisasque estão criadas.” Rm 1.20. Como um relógio fala da existência de um relojoeiro, assima criação fala de um Criador que é poderoso.

4. A Bíblia, a revelação divina escrita, revela claramente a existência de Deus. NaBíblia temos um documento autenticado,que nos faz conhecer a Deus através da sua própria revelação. Assim como alguém quequiser conhecer história, ciência ou qualqueroutra matéria, procura estudar a literatura

adequada para conseguir o conhecimento23

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desejado, assim também aquele que verdadeiramente quer fazer a vontade de Deus,ele conhecerá, se esta doutrina é de Deus ounáo, Jo 7.1.5. Jesus, o Filho de Deus, cuja existência e

vida neste mundo estáo historicamente com provadas, veio para revelar Deus aos homens, Lc 10.22, e o fazer conhecer, Jo 1.16.Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê aoPai”, Jo 14.9. O caminho mais curto para conhecer a Deus é aceitar a Jesus como o seuSalvador, porque ele é o caminho para Deus,Jo 14.6.6. Uma experiência pessoal da salvaçáo, por meio do sangue de Jesus Cristo, faz quecheguemos perto de Deus, Ef 2.13, e temosentão uma absoluta certeza da existência deDeus, porque o Espírito do seu Filho clamaem nós: Abba Pai, G1 4.6, e nós podemoscom toda a tranqüilidade no coração orar:Pai nosso que está nos céus, Mt 6.9.

II. DEUS É REVELADO ATRAVÉS DOS  ATRIBUTOS DA SUA DIVINDADE

Atributo é uma característica essencial de umser, aquilo que lhe é próprio. Os atributos de Deussão singulares e perfeitos. Só ele os tem de modo

absoluto.A. Deus é vivo!1. “Ele mesmo é o Deus vivo”, Jr 10.10. Avida é uma expressão de existência, seja terrestre ou eterna... Quem tem vida, tem condições de se comunicar com outros que têmvida. Enquanto os “deuses” feitos por mãode homem, têm boca mas não falam, têm

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olhos mas nâo vêem, têm ouvidos mas nâoouvem, têm nariz mas nâo cheiram, SI115.4-8, o nosso Deus está nos céus, faz tudoque lhe apraz, SI 115.3. Por isto os homens pelo evangelho estão convidados a se conver

terem dos ídolos para o Deus vivo e verdadeiro, 1 Ts 1.9; At 14.15. E os que assim fazem pertencem à igreja do “Deus vivente”, 2Co 6.16.

2. Deus é também a fonte da vida. Ele tema vida em si mesmo, Jo 5.26, e “dá a todos avida e a respiração e todas as coisas”, At17.25, no sentido terrestre. E a todos que oconhecerem por único Deus verdadeiro, e aJesus Cristo a quem ele enviou, ele dá a vidaeterna, Jo 17.3; 1 Jo 5.20. E esta vida é a luzdo mundo, Jo 1.4.

B. Deus tem personalidade.“Personalidade é o conjunto de características

cognitivas, afetivas, volitivas e físicas de um indivíduo, distinguindo-o de outro indivíduo e da vidaanimal.”

A Bíblia fala da “pessoa de Deus”. Diz que Jesus “sendo o resplendor da sua glória e a expressaimagem da sua pessoa”, Hb 1.2; Jó 13.8.

Enquanto várias filosofias agnósticas, entre elas

o panteísmo. afirmam que Deus é somente uma“força impessoal” ou que “Deus é a natureza” eque ele se identifica com a sua criação, isto é, ondeestá a criação, aí está Deus etc., a Bíblia revelaDeus como uma Pesosa divina que possui todas ascaracterísticas de uma pessoa.

Se Deus nào tivesse personalidade com a qual

 pudesse comunicar-se, os homens nâo teriam ja-25

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mais a sua sede do Deus vivo saciada, SI 42.15, porque jamais entrariam em contato com ele. Mas onosso Deus é vivo e tem personalidade.

1. Jesus veio revelar aos homens o seu Pai, Lc 10.22 e fazê-lo conhecido, Jo 1.16.Vejamos alguma coisa que Jesus revelou arespeito da personalidade de seu Pai!

a. Jesus falou de Deus muitas vezes como sendo o seu Pai. Ele disse: MeuPai e vosso Pai, Jo 20.7. Foi Jesus que nosensinou a orar: Pai nosso, Mt 6.9. Quemé Pai é uma personalidade.

b. Jesus usou, quando centenas de vezes falou de seu Pai, pronome pessoal. Ele disse: Todas as tuas coisas sâo minhas e as minhas sáo tuas. “Vou para ti”,Jo 17.10,11. O uso de pronomes pessoaissubentende a sua personalidade.c. Jesus falou de atividades de seu Pai 

que só sáo atribuídas a uma pessoa. Ele disse: Meu Pai trabalha, Jo 5.17; omeu Pai ama, Jo 3.35; o meu Pai me enviou, Jo 6.29; o Pai ama o Filho e mos- tra-lhe tudo, Jo 5.20. Falou da vontade de seu Pai, Jo 6.39,40 etc. expressões quesó se atribuem a uma pessoa. Assim ne

cessariamente ele é uma Pessoa.d. Jesus disse: Meu Pai é o Lavrador, Jo 15.1, nome que só é atribuído a uma pessoa com personalidade.

2. DEUS falou muitas vezes de si mesmo, usando vários nomes, que por si revelam a sua perfeita personalidade. Ele disse,

quando Moisés perguntou: Qual é o seu no-26

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me? “Eu sou o que sou”, disse mais: Assimdirás aos filhos de Israel: EU SOU me envioua vós, Ex 3.14. E impossível imaginar umaexpressão mais forte de uma personalidadedo que esta!

C. Deus é eterno“Mas o Senhor Deus é a verdade, ele mesmo é o

Deus vivo e o Rei eterno”, Jr 10.10. Em Rm 16.26lemos a respeito do “Deus eterno”. Abraão plantouum bosque em Berseba e invocou lá o nome do Senhor, Deus eterno, Gn 21.33. Quando Moisés des pedindo-se abençoou as tribos de Israel, usou onome de “Deus eterno”, Dt 33.27.

1. Deus é eterno. Eternidade é o infinitoquanto ao tempo. Deus não tem início. “Deeternidade a eternidade tu és Deus”, SI 90.2;1 Cr 29.10; Hc 1.12. Ele tem auto-existência,um atributo do eterno Deus. Ele não deve asua existência a ninguém, porque ele é o princípio e o fim, o Alfa e o Omega, Ap 1.8;Is 41.9. Ele é Jehová (nome usado 6.437 vezes) - “a eterna auto-existência do únicoDeus”.2. Deus náo está sujeito ao tempo. Para eleo passado, o presente e o futuro é um eterno

 presente. O domínio e o poder pertencem aoúnico Deus, antes de todos os séculos, agorae para todo o sempre, Jd v.25. Por isto é queum dia para o Senhor é como mil anos e milanos como um dia, 2 Pe 3.8. Os anos de Deusnunca terão fim, SI 102.27. Ele é o Rei dosséculos, 1 Tm 1.17.

Deus habita na eternidade, Is 57.15, e o27

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seu trono é desde a eternidade, SI 93.2. Oeterno Deus não se cansa, Is 40.28.

Este eterno Deus é o nosso Deus.3. Deus é imortal. 1 Tm 1.17; 6.16. E por

isto que ele pode ser eterno. Ele permanece para sempre, SI 102.12. Os sacerdotes foramimpedidos pela morte de permanecer no seuserviço, Hb 8.23, mas Deus é para sempre.Os deuses deste mundo tiveram o seu princí pio e o seu fim, e os que ainda não findaramfindarão, mas Deus é imortal - ele é para sempre.4. Deus é imutável, SI 102.27; Ml 3.6; Tg1.17; Hb 1.12; 6.17,18. O Senhor é o mesmo,Hb 13.8. Nunca pode mudar. Deus não podemelhorar, porque sempre foi perfeito. Ele jamais pode tomar atitudes que não condizemcom a sua perfeita personalidade. Ele não pode negar a si mesmo, 2 Tm 2.13.

D. Deus é Espirito.Jesus veio para revelar Deus aos homens, e dis

se: Deus é espírito, Jo 4.23. Não disse: Deus é “umespírito”, mas “espírito”. Que significa isto?

1. Sendo Deus espírito, ele não tem corpode substância material, um corpo com sangue, carne, ele tem um corpo espiritual, 1 Co

15.44. Embora o corpo espiritual tenha forma, porque Jesus veio em “forma de Deus”,Fp 2.6, e foi a expressa imagem da sua pessoa, Hb 1.3; 2 Co 4.4; Cl 1.15, não podemosimaginar qual seja esta forma! Embora aBíblia fale do rosto de Deus, Ex 33.20, e desua boca, Nm 12.8, e de seus lábios, Is 30.27,

olhos, SI 11.4; 18.24, ouvidos, Is 59.1, mãos e28

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dedos, SI 8.3-6, pés, Ez 1.27 etc. não devemos por isto procurar materializar a Deus ena nossa mente criar para nós uma imagemde Deus correspondente com estas expressões, comparando-as com um corpo huma

no! A Bíblia diz que nós não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante à formaque lhe é dada pela imaginação dos homens,At 17.29. É por isto que Deus adverte:“Guardai-vos para que não vos corrompais evos façais alguma escultura, semelhança deimagem, figura de macho ou de fêmea”, Dt

4.15,16. Esta tentação provém do desejo de procurar materializar a Deus.Deus é espírito e a sua natureza é essen

cialmente espiritual. Ele jamais está sujeitoà matéria. Nós também não devemos procurar chegar a alguma imagem ou visão físicade Deus, mas esperar aquele grande dia

quando nós o veremos como ele é, 1 Jo 3.2; 1Co 13.12.2. Deus é imenso. Imensidade é o infinitoquanto ao espaço. Assim como é impossívelimaginar a forma de Deus é também im

 possível medir ou pesar ou fazer algum cálculo a respeito de Deus. Não existem números ou expressões que podem nos fazer com preender Deus, SI 71.15; 40.5; 139.6,17,18.Medida nenhuma pode dar uma idéia da suagrandeza, Jó 11.9; 1 Rs 8.27. Nenhum cálculo de peso pode fazer-nos compreender o seu“peso de glória”, 2 Co 4.17.

Deus é espírito, e na sua imensidade nãoestá sujeito ao espaço.

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3. Deus é invisível, Rm 1.20; Cl 1.15. SendoDeus espírito, a matéria nâo pode vê-lo. Istonão impede que ele esteja presente no meiodo seu povo. Não somente Noé, Gn 5.9, ou

Enoque, Gn 5.24, andavam com Deus invisível. E o privilégio de cada crente, Cl 2.6; 1Ts 4.1, “porque andamos por fé e não porvista”, 2 Co 5.7.

E. Deus é uma tri-unidade.Esta é uma das grandes doutrinas da Bíblia. A

 palavra “tri-unidade” ou “Trindade” não existe naBíblia, mas a verdade sobre o único Deus, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo, se encontra emtoda a Bíblia, desde os primeiros versículos (Gn1.1-3) até o último capítulo da Bíblia, Ap 22.3,17.

 Nos últimos tempos aparecerão doutrinas falsasque negarão esta doutrina, 1 Jo 2.18-23, motivo porque devemos bem conhecer o que a Bíblia ensinasobre isto.

1. A Bíblia afirma que há um só Deus.a. A Bíblia fala que “o Senhor, nosso Deus é o único Deus” , Dt 6.4. Jesus disse: Deus é o único Senhor, Mc 12.29. Adoutrina do monoteísmo (crença em umsó Deus) é intocável na Bíblia. Aparececomo o 1- mandamento da lei, Ex 20.2,3.

Existem muitos deuses e muitos senhores, mas um só Deus, 1 Co 8.5,6.b.  A Bíblia usa em Gn 1.1 e em mais2.700 outras passagens, a palavraELOHIM para expressar DEUS. Elohimé um substantivo na forma plural, isto é,que inclui uma pluralidade de personali

dades.

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Também a palavra “ÜNICO” ligadaa Deus, Dt 6.4, vem da palavra hebraica:“achad” que indica uma unidade com posta. (Quando esta palavra é usada no

sentido absoluto, é empregada a palavra“yacheed”).c. Quando Deus fala de si, em várias ocasiões, ele usa a forma plural. “Façamos ohomem”, Gn 1.26; “Eia desçamos”, Gn11.7, “quem há de ir por nós?”, Is 6.8.

2. Três Pessoas na Bíblia, o Pai, o Filho e

o Espirito Santo, são chamados “Deus”.a . Três P esso as são cham adas  “Deus”: O Pai é chamado Deus, 1 Co8.6; Ef 4.6; O Filho, 1 Jo 5.20; Is 9.6; Hb1.8; O Espírito Santo, At 5.3,4.b. Todos três são Pessoas distintas, com personalidade.

1) Para todos três se usam pronomes pessoais. Deus Pai, Is 44.6; Deus Filho, Mc 9.7; e Deus Espírito Santo, Jo16.13. Os três são mencionados em Jo14.16.2) A todos três são atribuídas características que só pessoas podem ter.Os três falam, amam, sentem, chamam, ouvem etc.

c. A todos três são dados atributos divinos.

1) Eternidade: Pai, SI 90.2; Filho,Cl 1.17; Espírito Santo, Hb 9.14.2) Onipresença: Pai, Jr 23.24; Filho, Mt 28.19; Espírito Santo, SI139.7.

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3) Onisciência: Pai, 1 Jo 5.20; Filho, Jo 21.17; Espírito Santo, 1 Co2.10.

4) Onipotência: Pai, Gn 17.1; Filho,

Mt 28.18; Espírito Santo, 1 Co12.11.5) Santidade: Pai, 1 Pe 1.16; Filho,Lc 1.35; Espírito Santo, Ef 4.30.6) Amor: Pai, 1 Jo 4.8,16; Filho, Ef3.19; Espírito Santo, Rm 15.30.7) Verdade: Pai Jr 10.10; Filho, Jo

14.6; Espírito Santo, Jo 16.13.

3. As três Pessoas divinas são UM.a. A Bíblia afirma que os três são um,1 Jo 5.7.b. A Bíblia ensina que estas três pessoas estão unidas reciprocamente. A

união entre o Pai e o Filho, Jo 10.30;14.11; 17.11,22,23; 2 Co 5.19. A união entre o Pai e o Espírito Santo, expressadoem “Espírito de Deus”, Rm 8.9. A uniãoentre o Filho e o Espírito Santo: Espíritode Cristo, Rm 8.9; G1 4.6.c. As três Pessoas são mencionadas de 

uma só vez como Pessoas distintas. Mt28.19: Em nome do Pai e do Filho e doEspírito Santo.Ef 4.4-6: Um Deus, um Senhor, um Espírito.2 Co 13.13: A graça de Jesus, o amor deDeus e a comunhão do Espírito Santo.1 Co 12.4-6: O Espírito - o Senhor - oDeus é o mesmo...

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Ef 2.18: Por ele (Jesus) temos acesso aoPai, em um mesmo Espírito.1 Pe 1.2: Presciência de Deus, asperçâodo sangue de Jesus e santificação do

Espírito.4. A unidade absoluta das três Pessoas náo desfaz a sua individualidade.

a. Todas três sào mencionadas no mesmo momento em lugares diferentes, Mt3.16,17. O Filho foi batizado, o Espíritoveio sobre ele, enquanto o Pai falava dos

céus.At 7.55,56: Estêvão estava cheio do Espírito Santo, e viu Jesus à destra de Deus.Lc 4.18; Is 61.1: O Espírito do Senhor(Deus) é sobre mim (Jesus).b. As três Pessoas sào mencionadas como Testemunhas. Conforme a leieram necessárias duas ou três testemunhas, Dt 19.15,16. Embora as três Pessoas em realidade divina sejam UM, 1 Jo5.7,8, são apresentadas como Testemunhas, porque numericamente são três: OPai testifica, Rm 1.9, o Filho testifica, Jo18.37; o Espírito Santo testifica, 1Jo 5.6.

5. A Bíblia menciona as três Pessoas divinas operando na mesma obra, mas de diferentes modos.

a. A criação: O PAI criou, Gn 1.1; Jr 10.10-12; SI 89.11; 102.11, pelo FILHO, Jo 1.2, 1 Co 8.6; G1 1.15; Hb 1.2, no poderdo ESPIRITO SANTO, Gn 1.2; SI

104.30; Jó 33.4; 26.3.

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b. A salvação: DEUS  predeterminou asalvação por Jesus, Ef 1.4, enviou o seuFilho, Jo 3.16; G1 4.6, e o gerou, SI 2.7,e estava em Cristo, reconciliando o mun

do consigo, 2 Co 5.19, e ressuscitou a Jesus, At 13.22. O FILHO se ofereceu desde a fundação do mundo, Ap 13.8, veio aomundo, Hb 10.7, aniquilando a sua glória, Fp 2.5, e morreu na cruz, Jo 19.30. OESPÍRITO SANTO operou pela palavra profética, 1 Pe 1.10, na concepção deJesus, Lc 1.35, e com Jesus no seu ministério, Lc 3.22; 5.17 etc., operou quandoJesus se ofereceu, Hb 9.14, e na ressurreição de Jesus, Rm 8.11, e na sua ascenção,Ef 1.19,20. Agora ele aplica a obra de Jesus na vida dos homens, Jo 16.15.

c. O Batismo. Jesus ordenou que fosseministrado em nome do PAI e do FILHOe do ESPIRITO SANTO, Mt 28.19. Ofato mencionado em Atos dos Apóstolos,que os apóstolos batizavam em nome doSenhor, At 2.38; 8.16; 10.48; 19.5, os inimigos da doutrina da Trindade aprovei

tam como “prova verídica” que os apóstolos não acreditavam na doutrina daTrindade mas “só em Jesus”. (Esta seitanega a existência da Pessoa do Pai e doEspírito Santo, e só aceitam a Pessoa deJesus. A origem desta doutrina é o espírito

do anticristo, 1 Jo 2.22-24). E a explicação

deste fato é simples! Quando os apóstolos34

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 batizavam em nome de Jesus, é porqueeles foram enviados com autoridade para

representarem a Pessoa de Jesus, 2 Co5.20, com autorização de usar o seu nome. Compare: Êx 8.1; Gn 41.42, isto é,com autoridade. Tudo o que fizeram, fizeram-no em nome de Jesus. Veja: Pregavam em nome de Jesus, Lc 24.47. Curavam em nome de Jesus, At 3.6; Mc16.17, executavam a disciplina da igrejaem nome de Jesus, 1 Co 5.9; 2 Ts 3.6. Assim também batizavam em nome de Jesus. Porém, no ato do batismo, batizavam, conforme a ordem de Jesus: emnome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

d. Na vida ministerial. Deus  pré-determina a chamada para o ministério

antes de a pessoa chamada ter nascido,G1 1.15; Jr 1.5; Ef 2.10, e chama, Is 6.8, eenvia, Jr 26.5, Jesus se revela para o chamado, G1 1.16, constrangindo-o a ir, 2 Co5.14, dando-o para a obra, Ef 4.11, pre parando e enviando-o, Mt 10.1,5, e operando com ele, Mc 16.20. O Espirito Santo é o poder que capacita, At 1.8,opera na chamada, At 13.1,2, etc.

e. Na vinda de Jesus. Deus levará oscrentes para si, 1 Ts 4.14; Jesus virá nasnuvens para buscar os crentes, 1 Ts 4.16,e o Espírito Santo operará na ressurrei

ção, Rm 8.11.35

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III. DEUS SE MANIFESTA ATRAVÉS DOS SEUS ATRIBUTOS EM RELAÇÃO À SUA CRIAÇÃO.

Deus é uma Personalidade Divina que pode equer se comunicar com a sua criaçáo. A Bíblia manifesta os três atributos absolutos de Deus nestasua comunicação, isto é, a sua onipresença, suaonisciência e sua onipotência.

A. Deus é onipresente.A Bíblia fala da onipresença de Deus.

1. Que significa a onipresença de Deus? Deus disse: Não encho eu os céus e a terra?,

Jr 23.24; SI 72.19. O rei Salomão disse na suainspirada oração: “Eis que os céus e até océu dos céus te não poderia conter.”, 1 Rs8.27. Isto fala da onipresença de Deus, a qualé possível porque ele é espírito, Jo 4.24. Elenão está sujeito à matéria! Para ele não existe espaço nem tempo. Ele se move com a

mesma facilidade que o nosso pensamento,que num momento pode estar num lugar eno mesmo momento noutro lugar. Assimcomo o centro de uma circunferência está àmesma distância de qualquer ponto da periferia, assim também Deus está perto dequalquer ponto do universo. A Bíblia diz a

respeito de Deus: “Seus olhos passam portoda a terra”, 2 Cr 16.9. Não existe portantoum “Deus nacional” ou “Deus local”, porque ele é o Deus do Universo. Por isto estáescrito: Ele não está longe de nenhum denós, At 17.27; Rm 10.6-8.2. A onipresença de Deus não é uma obri

gação imposta a Deus, que o acompanha,36

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queira ou nâo, assim como a nossa respiração nos acompanha enquanto vivermos,Deus está onde ele quiser!

 Nem tampouco significa a sua onipresen

ça que ele está na matéria, como os panteís-tas afirmam. Se Deus estivesse na matéria,ela entâo seria divina. Deus é o Criador e éSenhor sobre a sua criação. Ele habita noscéus, e ele está onde ele quer.

A onipresença também não significa queenquanto uma parte de Deus está num lugar

uma outra parte está num outro etc. Deus éindivisível. Onde ele estiver ali ele está emtoda a sua plenitude.3. Qual é a aplicação prática da onipresença de Deus?

a. Deus está em todo o lugar. “Os olhosdo Senhor estão em todo o lugar”, Pv

15.3, “e está vendo todos os filhos dos homens”, SI 33.13. Por isto não é possívelalguém se esconder de Deus. “Esconder-se-ia alguém em esconderijos de modoque eu não o veja?” Jr 23.24; 16.17; Am9.2,3; SI 139.7-10. Deus vê e está presente, ainda que alguém diga: “Senhor não

nos vê”, Ez 9.9; Hb 4.13. b. Deus está presente em todo o lugar, e por isso podemos chamá-lo para ser anossa testemunha, Rm 1.9. A Bíblia diz:“A testemunha no céu é fiel”, SI 89.37.

 Nos caminhos do Senhor, a sua presençairá conosco, Ex 33.14,15, e na sua presen

ça há abundância de alegria, SI 16.11.c. Deus está presente na hora da angús-

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tia, SI 46.1; 86.15. Por isso a angústia doseu povo é também a angústia dele, Is63.9. A ajuda de Deus está perto, SI121.1-5.

d. A onipresença de Deus explica porqueele se manifesta, quando os crentes sereúnem. “Ele é a plenitude daquele queenche a tudo em todos”, Ef 1.23 (trad.rev.) Ele habita na sua igreja, 1 Co 3.16;2 Co 6.16. “Os retos habitarão na sua

 presença” , SI 140.13. “Eis que estou con-

vosco”, Mt 28.20.e. A manifestação de Deus na vida deoração é explicada também, quando noslembramos da sua onipresença. Ele está perto dos que o invocam, SI 145.18; Is57.15. Ele sabe o que precisamos antes de pedirmos, Is 65.24. “Que gente há tão

grande que tenha deuses tão chegadoscomo o Senhor nosso Deus todas as vezesque o chamamos?”, Dt 4.7.

B. Deus é onisciente Nem pensamento nem cálculo algum podem fa

zer-nos compreender a onisciência de Deus, SI139.6; Jó 11.7-9; 42.2.

1. A onisciência é um atributo que só Deus tem. “Deus conhece todas as coisas”, 1 Jo3.20. “O seu entendimento é infinito”, SI145.5. A sua onisciência não é um resultadode seu esforço de aprender, ou coisa que alguém tenha lhe favorecido. Não existe nenhum que tenha dado algo para aumentar osaber de Deus, Rm 11.35; Jó 41.11. Até omaior grau de sabedoria ou ciência que um

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homem possa atingir, tem tudo em Deus asua origem, 1 Co 4.7.2. A onisciência de Deus abrange todo o passado.  Nâo existe mistério nenhum no

 passado que para Deus já não esteja revelado, Mt 10.26; 1 Co 4.5; Lc 8.17. Até todos os

 pecados ocultos “manifestam-se depois”, 1Tm 5.24. A única maneira de evitar esta“manifestação” é em tempo pedir reconciliação a Deus, através do sangue de Jesus, 1Jo 1.7,9.

3. A onisciência de Deus abrange tudo no presente.a. Deus conhece tudo a respeito de todohomem. Davi disse: “Tu conheces bem ateu servo, ó Senhor Jeová”, 2 Sm 7.20.Deus sabe o nosso nome, e a nossa morada, Ap 2.13. Ele conhece a nossa estrutu

ra, SI 103.14, e os nossos corações, At15.18; Lc 16.15, pois ele os esquadrinha, 1Cr 28.9, e conhece todo o segredo, SI44.21. Ele conhece os nossos pensamentos, SI 139.1-4, e as nossas palavras, SI139.4, e os nossos caminhos estão peranteos olhos do Senhor, Pv 5.21; Jó 34.21. Ele

até conhece o número dos nossos cabelos,Mt 10.30.Assim ele conhece as nossas necessi

dades, Mt 6.22; Lc 12.30, e tem a solução para todos os nossos problemas. b. Deus também conhece tudo sobre anatureza. Sabe os nomes de todas as estrelas, coisa que astrônomo nenhum jamais pode conhecer, Is 40.26; SI 147.3.

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Até os passarinhos são conhecidos, e “nenhum deles está esquecido diante deDeus”, Lc 12.6; Mt 10.29.

4. A onisciência de Deus abrange tambémo futuro. Esta parte da sua onisciência é

também chamada “presciência”, At 2.23.a. Deus previu desde a eternidade a queda do homem, e providenciou no seuamor a solução para salvá-lo. Por isso estáescrito: “O Cordeiro que foi morto desdea fundação do mundo”, Ap 13.8. Na sua presciência Deus já viu na eternidade oseu Filho entregue para ser crucificado,At 2.23; 1 Pe 1.18-20. Ele também viu aigreja se levantar, como um fruto da morte de Jesus no Gólgota, Ef 3.1-10.

 Nesta previsãovDeus que também conheceu os homens, e os predestinou paraserem salvos por Jesus, Rm 8.29; Ef 1.4,5, isto é, por nenhum outro meio, mas

só por Jesus, At 4.12, ele assim chamou atodos para salvação por Jesus. Assim somos eleitos segundo a presciência deDeus  para obediência e aspersão do sangue de Jesus, 1 Pe 1.2. Os que não aceitarem este único meio de salvação, estão por causa da sua rejeição a Cristo, pre

destinados ao julgamento e castigo.“Mas quem não crer será condenado”,Mc 16.16.

Porém, ainda que Deus na sua presciência possa conhecer o futuro dos querejeitarem o seu amor, isto não interfereno livre arbítrio do homem. Em tudo que

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depender de Deus, ele está sempre a favor de todos os homens, b. Deus também, na sua onisciência prevê os acontecimentos do futuro. Profecia

é uma revelação do que Deus na sua previsão já sabia, Is 48.5.

Temos no passado muitos exemplosem que Deus previu e revelou o que haveria de acontecer. Conforme 1 Rs 13.2, um

 jovem profeta profetizou no ano 975 A.C.e aquilo se cumpriu no ano 641, 1 Rs

23.15 (isto é 334 anos depois). Tambémem Is 46.2-8, Isaías profetizou no ano 712A.C. o que se cumpriu no ano 536 A.C.,Ed 1.1,2 (isto é, 176 anos depois).

Vivemos na véspera de grandes acontecimentos. Todos eles Deus tem estabelecido pelo seu próprio poder, At 1.7, e

são conhecidos desde a eternidade, At15.18. Nada acontece por acaso, mas porque Deus assim determinou.

C. Deus é onipotentePara os homens que são limitados, é difícil com

 preender ou calcular a onipotência de Deus. Jó37.2; 36.14; 26.14; 5.9; 9.10.

1. DEUS é onipotente e tem poder ilimitado. O próprio Deus disse: “Eu sou Todo- poderoso”, Gn 17.1. “Haveria coisa algumadifícil ao Senhor?”, Gn 18.14. “Eu sou o Senhor que faço todas as coisas”, Is 44.24. ABíblia afirma: “O poder pertence a Deus.”SI 62.11. Jesus chamou a seu Pai “o Poder”, Mt 26.64, e disse: “Para Deus tudo é possível”, Mt 19.26, e “as coisas que são impossí-

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veis aos homens, são possíveis para Deus”,Lc 18.27. 0 arcanjo Gabriel disse: “ParaDeus nada é impossível”, Lc 1.37. Jó faloude Deus: “Eu sei que tudo podes!”, Jó 42.2.

A onipotência de Deus significa que o poder dele é ilimitado.2. Como se manifesta a onipotência de Deus?

a. Deus não pode ser impedido por ninguém, quem quer que seja! Is 43.13;14.27; Jó 11.10; Pv 21.30; Rm 9.18.

 b. As leis da natureza nào podem limitar a onipotência de Deus. Ele é soberano e “faz o que ele quer”, SI 135.6; 115.3.Ele está acima de todas estas leis, Na1.3-6. Vejamos alguns exemplos em queos milagres de Deus foram contrários àsleis da natureza: Deus fez as águas do

mar ficarem como um muro, Ex 14.22, eas águas do rio Jordão, como um montão,Js 3.13. Ele fez que o ferro do machadoflutuasse, 2 Rs 6.1-6, e que o sol se detivesse no meio do céu, Js 10.13. Ele livrouDaniel do poder dos leões, Dn 6.22,27.Mandou a tempestade, Jn 1.4 e faz cessá-la, Jn 1.15; SI 107.29 etc.c. Deus é poderoso para cumprir as suas promessas, Rm 4.21, e até “chama as coisas que não são, como se já fossem”, Rm4.17. Deus que é o.Criador tem ainda oseu poder criador em pleno vigor. Por istonão existem limites no seu poder de operar maravilhas de cura, em casos sem nenhuma esperança humana.

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3. A onipotência de Deus opera harmoniosamente conforme a sua vontade.

a. Jamais existe contradições entre a sua natureza perfeita e o seu poder ili

mitado. Deus jamais faria coisa que fossecontrária à sua perfeita santidade. Eleque “tudo pode”, Jó 42.2,-só faz o que lheapraz, SI 115.3. “Tudo o que o Senhorquis ele o fez”, SI 135.6. Por isto existemcoisas que o onipotente nâo pode fazer:Ele nâo pode mentir, Hb 6.18; Nm 23.19;

Tt 1.2; não pode negar-se a si mesmo, 2Tm 2.13; não pode fazer injustiça, Jó 8.3;34.12. Ele é sempre santo em todas as suas obras, SI 145.17. Deus também não

 pode fazer acepção de pessoas, Rm 2.11;2 Cr 19.7.b. Deus também limita a sua onipotên

cia, em respeitar o livre arbítrio do homem. Somente aquele que quiser, tomade graça da água da vida, Ap 22.17. Deusdeixa ao homem a oportunidade de livremente se humilhar diante da sua potentemão, 1 Pe 5.6.

IV. DEUS SE MANIFESTA ATRAVÉS DOS ATRIBUTOS DA SUA NATUREZADeus é infinitamente perfeito, Mt 5.48; Dt

18.13. Por isso a sua obra é perfeita, Dt 32.4, e tam  bém os seus caminhos o são, SI 18.30. Todas as características da sua Pessoa e sua natureza não sãosomente expressões de algumas atitudes que Deusdemonstra ou tem, mas constituem a própria substância, a essência da sua Divindade.

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Vamos agora estudar três características da natureza de Deus, que de modo perfeito expressam aexcelsa Pessoa do eterno Deus.

A. Deus é a verdade!

1. “Deus é a verdade”, Jr 10.10; Dt 32.4; SI31.5. Deus náo somente pratica a verdade etem atitudes e palavras que perfeitamentecondizem com a verdade, mas ele é a própria verdade. A verdade é a substância dasua Pessoa. Por isto ele é chamado “Deusverdadeiro”. 1 Jo 5.20; Jo 17.3.

Esta substância, verdade, caracterizanão somente Deus Pai, mas também DeusFilho, Jo 14.6, e Deus Espírito Santo, Jo16.13; 1 Jo 5.6.2. Deus é também a fonte da verdade. Por isto ele é chamado “Deus da verdade”, SI31.5. Toda a verdade que existe no universo

tem em Deus a sua origem. As suas obras e asua palavra são sempre a verdade, SI119.160. “Sempre seja Deus verdadeiro”,Rm 3.4. O eterno Deus é luz perfeita e portanto inteiramente impossível que nele hajatrevas, 1 Jo 1.5, isto é, que Deus possa negara si mesmo, 2 Tm 2.13, ou minta, Hb 6.18.3. “A verdade do Senhor é para sempre”, SI 117.2. Assim como Deus é eterno assimsão também eternos os atributos da sua natureza. “A sua verdade é para sempre”, SI146.6, e “se estende de geração a geração”,SI 100.5.

Esta é a segurança que temos em confiarnas suas promessas. Deus jamais pode revogar a sua palavra, Mt 5.18; Nm 23.20. “A pa

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lavra do nosso Deus subsiste eternamente”,Is 40.8. “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras nào hão de passar” , Mt 24.35.4. Deus é fiel! Esta qualidade, que de modoabsoluto caracteriza Deus, é uma expressão

da sua verdade que ele imutavelmente executa sem cessar. A fidelidade de Deus nuncafalha. Repetidamente a Bíblia fala desta suafidelidade vinculada a várias experiências enecessidades do homem. Vejamos! Deus éfiel, na sua chamada, 1 Co 1.9; Ele é fielquando o pecador vier, confessando o seu pe

cado, 1 Jo 1.9; Ele é fiel para guardar, 2 Ts3.3. Ele é fiel ao sermos tentados, 1 Co 10.13.Ele é fiel quanto às suas promessas,Hb 10.23, as quais são sim e sim, 2 Co 1.18-20, Ele é também fiel, quando o crente paderce, 1 Pe 4.19, e a sua fidelidade chega até asmais altas nuvens, SI 36.5, isto é, quando Je

sus vier! Graças a Deus por sua Verdade e por sua fidelidade. A sua verdade é escudo e broquel. SI 91.4.

B. Deus é santo.A Bíblia dá a Deus o nome “SANTO”, SI 99.3.

Ele é chamado “o santo de Israel”, SI 89.18. Só nolivro de Isaías é este nome usado 30 vezes, Is 1.4 etc.

Deus diz: “Assim diz o alto e sublime que habita naeternidade e cujo nome é Santo”, Is 57.15. Realmente “santo e tremendo é o seu nome”, SI 111.9.

1. A santidade é uma substância da própria natureza de Deus, e nào somente umaexpressão de um procedimento santo. Deusdiz: “Eu sou Santo”, 1 Pe 1.16; Lv 19.2;

20.7; SI 99.6,9. Ele é a fonte de toda a santi-45

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dade. Assim como a luz é caracterizada peloseu brilho, assim também Deus, que é Luz,1 Jo 1.5, emite raios do brilho da sua santidade. A Bíblia diz que “Deus é glorificadona sua santidade”, Ex 15.10. A glória de

Deus sâo raios da sua santidade, e nós o adoramos na beleza da sua santidade, SI 29.2;96.8,9.

 Não somente Deus é santo mas tambémo Deus Filho, Lc 1.3; 1 Jo 2.20; Ap 3.7, eDeus Espírito Santo, Ef 4.30, o são. Esta santidade, que é um atributo das três Pessoas da

santa Trindade, foi evidenciada quando osserafins clamaram: “Santo, Santo, Santo éo Senhor, toda a terra está cheia da sua glória”, Is 6.3; Ap 4.8.2. A santidade de Deus em relação aos homens.

a. Deus quer que os homens vivam em 

íntima comunhão com ele. Porém istosó é possível quando eles aceitarem ascondições impostas por Deus. Ele diz:“Sede santos porque eu sou santo”, 1 Pe1.16. Deus tem, na sua santidade, decretado leis e normas que expressam asua vontade às quais os homens têm de se

sujeitar e obedecer. Ele quer levar os homens no caminho da santidade, porqueele deseja que “sirvamos a Deus de modoagradável, com reverência e santo temor”, Hb 12.28. (trad. rev.).b. Na sua santidade Deus, porém, sente tristeza e zelo, Dt 32.4; Rm 10.2,

quando a sua vontade não é respeitada46

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 pelos homens; Deus ama a justiça e aborrece a iniqüidade”, Hb 1.9. Ele nâo podetolerar o pecado, Hc 1.13. Por isto “asvossas iniquidades fazem divisão entrevós e o vosso Deus, e os vossos pecados

encobrem o seu rosto de vós, para que vosnào ouça”. Is 59.2.

3. A Justiça de Deus é uma expressão da sua santidade. A justiça é a santidade deDeus em exercício em relaçáo aos homens.Deus é justo, Rm 1.17; 10.3; Jo 17.25; SI116.5; 2 Tm 4.8. Na sua justiça ele zela pelo

cumprimento das suas leis e normas, dadasaos homens. Na sua santidade e verdade Deusnào pode revogar a sua própria palavra, nem asentença imposta aos transgressores, porqueelas sâo imutáveis como ele o é.

A justiça de Deus leva o homem, que viveem pecado ao juízo de Deus, Dt 1.17, que é a

açáo punitiva da justiça de Deus.C. Deus é amor.1. Deus é amor! A Bíblia náo somente dizque Deus ama os homens, Ef 2.4; 2 Ts 2.16; 2Co 9.7 etc. mas que ele é amor, 1Jo 4.8,16,isto é. que o amor é a própria substância doeterno Deus. O seu amor é como um rio que

mana dele mesmo, que é a fonte do amor.Assim a Bíblia tala do “Deus de amor”, 2Co 13.11 e também do “amor de Deus”, 2Co 13.13.

 Náo sombnte Deus é amor. Toda Trindade é uma expressão do amor divino. A Bíbliafala de Jesus, o Filho de Deus, “do seu amor

que excede todo o entendimento”, Ef 3.19.47

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Fala também do amor do Espírito Santo,Rm 15.30.

Quando Jesus queria mostrar a profundidade do amor de Deus para com os seusdiscípulos ele disse: “Tu os tens amado a

eles como me tens amado a mim”, Jo 17.23.Deus é amor! Só existe uma qualidade desteamor. O mesmo amor com que Deus amouseu Filho, a quem ele mesmo chamou “meuFilho amado”., Mt 3.17, ele também amouaos que creram nele. O amor de Deus nâo se pode medir, Jó 5.9; 9.10; SI 139.17,18. E

maior do que o amor materno, Is 49.15.2. O amor de Deus para com os pecadores. A Bíblia diz que ele nos amou primeiro, 1 Jo4.19. Amou-nos quando éramos pecadores,Ef 2.4; Rm 5.8. O seu amor se expressa emquerer dar o melhor para eles, e possuí-losem íntima comunhão consigo. Ele, que abor

rece o pecado, Hb 1.8, ama ao pecador!3. O grande preço que o amor de Deus pagou! Estamos agora diante da maior e maisinsondável profundidade do amor de Deus.Enquanto Deus na sua santidade nâo podetolerar o pecador que vive em pecado, e conforme a sua justiça tem de executar o juízo,

 para castigá-lo, este mesmo Deus que é essencialmente amor, ama o pecador. Pareceque estamos diante de uma inexplicável contradição, dentro da mesma pessoa. Porémnáo há nada disto.

O amor de Deus está em pleno accrdocom a retidão e a justiça das exigências de

castigo para o pecador. Mas “no seu muito48

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amor com que ele nos amou”, Ef 2.4, Deusresolve pagar o maior preço que jamais foi pago, 1 Co 6.20, e deu o seu próprio Filho, para ser o sacrifício pelo resgate dos homensda sua culpa. Jesus foi dado como Mediador

entre a justiça de Deus e os homens, 1 Tm2.5,6, e morreu na cruz do Calvário, pagandoa sentença que a justiça de Deus havia decretado sobre o pecador, 2 Co 5.21; 1 Pe 3.18.

Assim a justiça de Deus fica respeitada eexecutada, e pelo amor de Deus, os pecadores sáo perdoados e salvos, Jo 3.16.

4. A Graça de Deus, 2 Co 6.1; 8.1; G1 2.21,etc. é uma expressão do amor de Deus. Graça significa um favor imerecido que Deus, nasua perfeita justiça, manifestou por intermédio do sacrifício do seu Filho, 2 Tm 1.9; 2 Co8.9, trazendo salvação a todos os homens, Tt2.11. A Bíblia diz: “por um ato de justiça

veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”, Rm 5.18, e “onde o pecado abundou, superabundou a graça”, Rm5.20. “Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável”, 2 Co 9.15.5. A misericórdia e a longanimidade de Deus são expressões do seu amor. Deus é

chamado “o Pai da misericórdia”, 2 Co 1.3, ea Bíblia diz que ele é riquíssimo em misericórdia, Ef 2.4. A misericórdia que ele mostra, perdoando o pecador, é pelos méritos deJesus Cristo, Tt 3.5; 1 Pe 1.3. Pelo seu amorele se mostra longânimo, 1 Pe 3.20, esperando com paciência que o pecador aceite o seu

convite, Rm 2.4.49

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V. O PODER CRIADOR DE DEUS ETERNOTemos já visto que Deus é Todo-poderoso, Gn

17.1, e que ele deixou que as “coisas que estão criadas” manifestem para todos o seu eterno poder e asua divindade, Rm 1.19,20. O ensino da Bíbliasobre a criação do mundo, constitui um protestocontra as filosofias pagas, entre elas o panteísmo,as quais apresentam Deus como um ser impessoal,inativo ou passivo. A Bíblia apresenta Deus comoum Ser divino - e ativo, que trabalha. Jo 5.17; Cl1.16; At 14.17; 17.28. A sua criação testifica dagrandeza do seu poder, Jr 10.12; 32.17; 51.15, e éuma expressão da sua divina vontade, Ap 4.11.

A CRIAÇÃO DO CÉU E A TERRA.O problema da origem de tudo tem preocupado

muita gente. Filósofos e cientistas têm pesquisadoe feito declarações sobre o resultado das suas pesquisas, as quais diferem de modo impressionante

entre si.A Bíblia nos dá uma definição autorizada sobre

este assunto. Foi Deus que através de uma revelação deixou a Moisés a incumbência de escreversobre a criação do céu e da terra. Ele expressa afirmativamente: “No princípio criou Deus o céu e a terra”, Gn 1.1. Nos três primeiros versículos da

Bíblia temos de modo concentrado um relato verídico, que abrange um enorme período de tempo eacontecimentos da maior relevância.

A. No princípio criou Deus o céu e a terra, Gn1. 1.

1. No princípio... Aqui Deus não dá nenhuma definição sobre o tempo. Foi quando o

tempo pela primeira vez apareceu no espaço50

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2. “sem forma e vazia”. Esta expressão,em hebraico “tohu vbohu” (vazia - tohu,sem forma vbohu) aparece três vezes naBíblia, sempre em relação ao castigo deDeus. (Gn 1.2; Jr 4.23; Is 34.11). Houve uma

catástrofe que destruiu a criação original,conforme também lemos em 2 Pe 3.5. Não sedeve confundir esta catástrofe com o dilúvio.Após o dilúvio não houve necessidade deDeus restaurar nada, porém aqui, a terra ficou em caos, e toda a vida, seja vegetal ouanimal foi desfeita.

3. A Bíblia não revela a causa desta catástrofe. Existe um pensamento já generalizado entre muitos teólogos, que tivesse havidouma coincidência entre esta catástrofe e aqueda de Lúcifer do céu, Ez 28.11-17; Is14.12-14; Lc 10.19, porque ele era um serafim protetor, cujo trono estava “debaixo das

estrelas” de onde ele queria subir acima dasestrelas para ser semelhante a Deus, Is14.13. Porém, a Bíblia silencia sobre os detalhes.

C. “Deus disse: haja luz, e houve luz”, Gn1.3.

A Bíblia não revela quanto tempo após a catás

trofe, que destruiu a criação original, aconteceuque Deus com a sua palavra de Poder, começou aobra restauradora.

1. A restauração do mundo foi feita com a mesma palavra de Poder, com que foi criada a criação original, 2 Pe 3.7. Começou coma Palavra de Deus: Haja luz. Em todo o

 primeiro capítulo de Gênesis aparece sempre52

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Deus disse, viu Deus, chamou Deus, fezDeus etc. Deus criou.2. Quando Deus restaurou a terra, aproveitou coisas que  já existiam. Por isto é

usada para “Deus fez”, a palavra hebraica“asah”. Asah significa “fazer de coisas que já existem”. Porém, quando se trata do aparecimento dos animais, etc., Gn 1.21, é usada de novo a palavra “bara”, isto é, criar de nada. Deus criou as grandes baleias, etc.

Quando se trata do homem, Deus “fez”(asah) porque o fez do pó da terra, Gn 1.26 e2.7 e a mulher da costela de Adâo. Gn2.21,22, mas também “criou” 1.27 (bara),

 porque assoprou em seus narizes o fôlego davida, e o homem foi feito alma vivente, 2.27.Em Is 43.7 vemos estas duas expressões: “oscriei  para a minha glória, eu os formei, eu osfiz”.3. A terra foi restaurada em 6 dias... e nosétimo dia Deus descansou, isto é, a obra estava consumada e nâo trabalhou. Isto nãosignifica que Deus continuou a descansarcada sétimo dia. Aqui se trata de seis dias (de 24 horas) e não de seis períodos de tem

 pos. Isto se vê em Ex 20.11. Ali está escrito:

seis dias trabalharás... porque em seis diasfez (asah) o Senhor o céu e a terra. Se fossem períodos não se poderiam explicar a expressão: “foi a tarde e a manhã o dia primeiro”,etc. 1.5,8,13,19,23,31.4. Vemos assim no primeiro capítulo as coisas restauradas pela ordem, separação

entre céu e água, entre terra e mar, a produ-53

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ção da erva, conforme a sua espécie, a restauração do sistema solar, a criaçáo dos animais, e por fim a criação do homem. E Deusviu tudo quanto tinha feito, e eis que tudo

era muito bom, Gn 1.26.D. A narração da Bíblia sobre a criaçáo do 

mundo desfaz as doutrinas materialistas sobre este assunto.

1. Sempre tem havido filósofos e cientistas que têm combatido o ensino da Bíblia sobre a origem de todas as coisas.

a. Já no tempo antigo filósofos gregos(Heráclito, Aristóteles etc.) afirmaramque o mundo apareceu por meio “dumaeterna e impessoal energia”. Já naqueletempo esta semente materialista era lançada pelo inimigo.

 b. No século passado apareceu um natu

ralista, Charles Darwin (morreu em 1882,com 73 anos de idade), que lançou a teoria da evolução afirmando que as espécies existentes são resultado de uma gradual evolução de espécies inferiores, começando por um “protoplasma” até chegar ao homem.

2. As teorias evolucionistas sáo totalríien- te falsas e sem fundamento científico.

a. Se, como os evolucionistas afirmam,toda vida existente começou por um“protoplasma”, de onde ele veio - e quem o fez?  Não existem provas - somente suposições infundadas.

 b. A afirmativa que a vida apareceu damatéria em alta rotação e movimento

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etc. é completamente infundada. Jamaisa ciência prova um exemplo em que avida aparecesse da matéria. Deus é oDono da vida e a sua única fonte, At17.25.c. A afirmativa de que espécies inferioresevoluíram para espécies superiores, étambém inteiramente falsa. Isto jamaisaconteceu, que uma espécie, reproduzindo, venha gerar outra espécie superior.Cavalo sempre gera cavalo e jamais girafa. Além disto, a afirmativa que as espé

cies com tempo venham a progredir,também nâo acontece. E uma coisa conhecida, que tudo que é entregue à sua própria sorte, degenera.

3. As teorias evolucionistas estáo sendo rejeitadas pela ciência mais avançada, Muitos cientistas de hoje falam abertamente

desta teoria como uma coisa sem fundamento. O próprio Darwin se converteu a Deus.Ele lamentou o grande estrago que as suasteorias infundadas tinham causado no meiodos universitários e na teologia. Ele sofreuno fim da sua vida dum “mal psicossomáti-co”. O seu médico, Dr. Ralf Colp Jr., cha

mou a sua doença “mal de Darwin” - umaconsciência atormentada.4. Qual é o alvo da doutrina evolucionis- ta?

a. E um combate organizado contra Deus. Spencer disse: “A evolução é puramente mecânica e anti supernatural.

 Nâo existe lugar para Deus nesta teoria”.55

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É como diz a Bíblia: “Mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador”,Rm 1.25.b. Procura desfazer a existência de Deus, como um Ser Divino e Perfeito.Deus afirmou que ele fez o céu e a terra ea vida que nela há, Is 42.5; 45.12. Ele sechama “o Criador”, Ec 12.1. Deus temapresentado a criação como a prova dasua existência, Rm 1.20; SI 8.3; 19.1-6, edisse que “os deuses que não fizeram oscéus e a terra desaparecerão”, Jr 10.11.12. Quem nega que Deus é o Criador, o faz mentiroso e um Deus que mente não pode existir. Mas, diz a Bíblia:“Ele fez a terra pelo seu poder”, Jr 10.12.

c. É um ataque contra a veracidade da 

Bíblia. Se fosse possível provar que os primeiros capítulos da Bíblia estão semfundamento na realidade, estaria logodesfeito todo o valor da mesma. Vemosque os teólogos que aderiram a esta doutrina evolucionista, também não crêemnas outras doutrinas básicas da Bíblia.

5. Um crente jamais pode ficar neutro. Decabeça erguida proclamamos em qualquerlugar e diante de qualquer auditório, queDeus é o Criador. Jamais somos contra a verdadeira e bem informada ciência, mas aBíblia diz que devemos ter horror às oposi-ções da falsamente chamada ciência, porque

aqueles que o professam, se desviam da fé, 1

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Tm 6.20,21. Nós estamos todos na mesma fileira que o apóstolo Paulo em “defesa e confirmação do evangelho”. Fp 1.7.

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A DOUTRINA DE CRISTO (CRISTOLOGIA)

I. A PRÉ-EXISTENc i a   e t e r n a   DE JESUS

A. Assim como Deus é eterno, Jesus tambémo é.

“No princípio era o verbo e o verbo estava comDeus, e o verbo era Deus.” Jo 1.1. “Ele é antes detodas as coisas”, Cl 1.17, “desde os dias da eternidade” , Mq 5.2, e, antes que o mundo existisse, possuía glória junto com o Pai, Jo 17.3. Jesus disse:“antes que Abraáo existisse, eu sou”, Jo 8.58. EmPv 8.22-31 lemos sobre “o princípio dos seus caminhos, antes de suas obras”.

B. Antes da fundação do mundo, Jesus planejou junto com o seu Pai, a salvação da humanidade.

Deus na sua onisciência viu, desde a eternidade,

que o homem a ser criado, cairia em pecado, sujeitoà perdição eterna. Ele então preparou um caminhode salvação, por meio do sacrifício de seu próprioFilho. Jesus participou e concordou e desde então já estava disposto a dar a sua vida por nós. Poristo a Bíblia se expressa: “O Cordeiro que foi mortodesde a fundação do mundo”, Ap 13.8. A vida eter

na é assim prometida “antes dos tempos dos sécu-

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los”, Tt 1.2, quando Deus nos elegeu para em Jesussermos santos e irrepreensíveis, Ef 1.4.

C. Jesus participou da criaçào do mundo.“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele

nada do que foi feito se fez”, Jo 1.3. “Todas as coisas subsistem por ele”, Cl 1.17.II. A ENCARNAÇÃO DE JESUS

“Jesus, Deus bendito eternamente”, Rm 9.5,fez-se homem. Esse mistério chama-se “encarnação”. A Bíblia diz: “Grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne”, 1 Tm

3.16. A doutrina da encarnação de Jesus excedetudo que o entendimento humano possa compreender, porém deste milagre depende a substância doevangelho da salvação e a doutrina da redenção.

A. Jesus se encarnou por meio duma virgem, através de concepção sobrenatural.

Quando Deus, no dia da queda, prometeu umRedentor, revelou também de que maneira ele viriaao mundo. Ele disse à serpente: “Porei inimizadeentre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lheferirás o calcanhar”, Gn 3.15 (trad. Rev.). O profeta Isaías profetizou: “Uma virgem conceberá e daráà luz um filho e será o seu nome Emanuel”, Is 7.14.Quando, na plenitude dos tempos, G1 4.4, o arcanjoGabriel comunicou a Maria que ela seria o instrumento da encarnação de Jesus, disse-lhe: “em teuventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus”, Lc 1.31. Maria respondeu:“Como se fará isto, visto que náo conheço varão?”,Lc 1.34. E Gabriel lhe revelou como este milagreaconteceria. Ele disse: “Descerá sobre ti o Espírito

Santo e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua

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sombra, pelo que também o Santo que de ti há denascer, será chamado Filho de Deus”, Lc 1.35. Coma palavra: “Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-seem mim segundo a sua palavra”, Lc 1.38, Mariaaceitou, e o milagre aconteceu! Ela estava grávida!

E impossível explicar este milagre em termos biológicos. O médico Lucas registrou este milagreno seu evangelho com fé e convicção, sem deixaruma sombra de dúvida. “Pela fé entendemos”, Hb11.13.

B. Jesus veio a este mundo por meio dum nascimento natural.

Ele nasceu exatamente 9 meses após Maria haver concebido de modo sobrenatural, “quando secumpriram os dias em que ela havia de dar à luz”,Lc 2.6. Jesus nasceu, conforme a profecia, em Belém, Mq 5.2, e para isto Deus providenciou que oalistamento decretado pelo imperador Augustoobrigasse José e Maria a locomoverem-se de Nazaré

na Galiléia até Belém, exatamente na época deMaria dar à luz. Jesus nasceu como os demais homens nasceram. Houve, porém, uma manifestaçãosobrenatural: Uma multidão de anjos cantaram,diante de um grupo de pastores de ovelhas, louvores ao Messias que havia nascido, Lc 2.8-14.

C. O verdadeiro Deus havia vindo ao mundo 

como um verdadeiro homem.Foi por meio deste milagre que “o verbo se fez

carne”, Jo 1.14, e “Deus introduziu no mundo o primogênito”, Hb 1.6, e Jesus veio em semelhança decarne. Rm 8.3, e “participou da carne e do sangue”,Hb 2.14, e foi feito “descendência de Abraão”, Hb2.16. “em tudo semelhante aos irmãos”, Hb 2.17.

Foi assim que ele desceu do céu, Jo 6.33,38,41,42,61

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51,58, e Deus lhe preparou um corpo, Hb 10.5.A encarnação deu a Jesus condições de ser o

Mediador entre Deus e homens, 1 Tm 2.5, e ser misericordioso e fiel sumo sacerdote, para expiar o pe

cado do povo, Hb 2.17. Sendo homem, podia fazerreconciliação pelos homens. Sendo Deus a sua reconciliação fica com um inédito valor.

III. JESUS - O VERDADEIRO DEUS Não é somente desde a eternidade, que Jesus é

Deus, Jo 1.1-3. Ainda depois que ele “aniquilou-se

a si mesmo, tomando a forma de servo”, Fp 2.7, e “overbo se fez carne e habitou entre nós”, Jo 1.14, elecontinua sendo Deus verdadeiro, revelando “a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”, Jo 1.14. As sagradas escrituras, que incontes-tavelmente provam a sua deidade, foram escritas para que todos creiam que “Jesus é o Cristo, e o Filho de Deus”, Jo 20.36; 1 Jo 5.10. Vamos mencionaralgumas evidências que provam que Jesus é Deusverdadeiro.

A. Jesus é chamado “Deus”1. Deus, Pai, o chamou “Deus”! “Do Filhodiz: O Deus, o teu trono subsiste”, Hb 1.8.

- Duas vezes ele o chamou: “Meu Filho amado”, Mt 3.17; Mc 9.7. Todo aquele, pois, quenega que Jesus é Filho de Deus, faz o próprioDeus mentiroso, “porquanto nào creu no testemunho que Deus de seu Filho deu”, 1 Jo5.10.2. O anjo, enviado por Deus, chamou a Jesus “Filho de Deus”, Lc 1.35. “Chamá-lo-âo pelo nome Emanuel, que traduzido é

Deus conosco”, Mt 1.23. Quando Jesus ha-

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via nascido, os anjos cantaram louvores a“Cristo-Senhor”, Lc 2.11.3. O próprio Jesus se chamou “ Deus” . Quando os seus inimigos lhe perguntaram:

“És tu o Cristo, Filho de Deus bendito?,\ elerespondeu: Eu o sou. Mc 14.61,62. Ele chamou Deus de meu Pai, Mt 10.32; Jo 2.16; 10.37; 15.24 etc. Ele se chamou também “oFilho unigênito que está no seio do Pai”, Jo1.18 e disse: “Quem me vê, vê o Pai”, Jo14.9; 12.45. Para a mulher samaritana eledisse que era Messias, Jo 4.25,26, hotíciaque se espalhou em toda a cidade, Jo 4.29. Ele se chamou: Alfa e Omega, o Princípio e oFim, o primeiro e o derradeiro, Ap 22.13, e “Eu sou”, Jo 8.24,28,58; 13.59 (Comp. Êx 3.14).

Aquele que nega a deidade de Jesus rejeita o próprio testemunho de Jesus e mostra

assim que é inspirado pelo espírito de Anti-cristo, 1 Jo 2.22,23. Se Jesus fosse, como osteólogos modernistas afirmam, um produtoda uniâo entre Maria e José ou com qualqueroutro homem, o mundo não teria nenhumSalvador, e Jesus seria um homem desacre-ditável, porque ele afirmou ser o Filho de

Deus. Mas glória a Jesus! Ele é Deus benditoeternamente, Rm 9.5.4. Todos os apóstolos afirmam que Jesus é Deus. João Batista disse que Jesus era Filho de Deus, Jo 1.34. Pedro testificou: “Tu ésCristo, o Filho do Deus vivo”, Mt 16.16, cha-mou-o de “o Santo”, At 3.14 e “nosso Deus e

Salvador Jesus Cristo”, 2 Pe 1.1, e disse que63

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C. As suas obras divinas provam a sua deida-de.

1. Jesus tomou parte na criaçào do mundo, Jo 1.3; Cl 1.16; 1 Co 8.6; Hb 1.2,10, e porele todas as coisas subsistem, Cl 1.17; Hb1.3; At 17.28.2. Realizou obras divinas , Jo 5.36;10.25,37,38; 14.10,11; 15.24; 17.4, ressuscitoumortos, Lc 7.14,15; 8.54,55; Jo 11.39-44. Elemesmo é a ressurreição e a vida,Jo 11.25;5.25.3. Jesus perdoou e perdoa pecados, Mt 9.5;Lc 5.20; 7.47-50; At 10.38.

D. A sua natureza divina prova a sua deida-de.

1. Jesus é santo. Era chamado “santo”, At2.27; 3.14; 4.27. Ele fez sempre o que agradava a Deus, Jo 8.29. Amava a justiça e aborre

cia a Iniqüidade, Hb 1.9. Ele nâo conhecia pecado, 2 Co 5.21, era imaculado, Hb 7.26,sem mancha, 1 Pe 1.19, puro, 1 Jo 3.3.2. Jesus é o amor. O seu amor excede todo oentendimento, Ef 3.19. Ninguém tem maioramor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos, Jo 15.13. Cristo mostrou o

seu amor para com o seu Pai, Jo 14.31, querendo em tudo obedecê-lo e fazer a sua vontade, Jo 6.38; SI 40.9; Jo 4.34. Ele amou omundo, entregando-se por nós em sacrifício,Ef 5.2, sendo nós ainda pecadores, Rm 5.6,8.Cristo amou a sua igreja, Ef 5.25, e os seusseguidores: “Como havia amado os seus,

amou-os até o fim”, Jo 13.1. Ele ama os pe-65

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cadores, Lc 19.10, até os seus inimigos, Lc23.34.3. Jesus é a verdade, Jo 14.6; 1.14,17; 8.32;15.1; 18.37. “Cristo foi ministro da circunci

são por causa da verdade de Deus, para queconfirmasse as promessas feitas”, Rm 15.8.Por isto todas as promessas de Deus sâo nele“sim”, 2 Co 1.20,21. Ele é o verdadeiro, 1 Jo5.20.

IV. JESUS - O VERDADEIRO HOMEM

Cristo, “sendo em forma de Deus”, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma do servo”, Fp2.6,7. Assim “Cristo, Deus bendito eternamente”,Rm 9.5, renunciou voluntariamente à glória perfeita que possuía nos céus, Jo 17.5, e a tudo aquilo queele na sua glória divina podia gozar, para ser o Redentor da humanidade, sujeito às limitações de um

verdadeiro homem. Jesus viveu neste mundo náosomente como Deus verdadeiro, mas tambémcomo homem verdadeiro.

A. A Bíblia chama Jesus “homem”.Quando Pedro falava de Jesus, disse: Jesus Na

zareno, varão aprovado por Deus, At 2.22. Pilatosdisse a respeito de Jesus: “Eis aqui o homem”, Jo

19.5. Jesus disse, falando de si mesmo: Nào só de pão viverá o homem, Mt 4.4. Ele disse: Agora procurais matar-me, homem, que vos tenho dito a verdade, Jo 8.40. Paulo escreveu que a graça, Rm 5.11,e a ressurreição vieram por um homem, 1 Co 15.21,e que “há um só Mediador entre Deus e os homens,Jesus Cristo, homem”, 1 Tm 2.5.

O nome “Filho do homem”, freqüentementeusado por ele mesmo (69 vezes nos evangelhos) ex

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 pressava tanto a sua humilhação e sofrimento comorepresentante legal de toda a humanidade, Mt8.20; 11.19; 20.28; Mc 8.31; Jo 9.28; 12.23,24 etc.como também a grande glória, com que ele há de semanifestar, quando voltar para julgar o mundo e

 para reinar, Mt 16.27; 24.30; 26.66; Mc 13.26 etc.B. Jesus nasceu como qualquer outro homemEmbora Maria houvesse concebido de modo

sobrenatural pelo Espírito Santo, Lc 1.35, todaviaJesus nasceu como todos homens nascem, Lc 2.7.Deus lhe preparou corpo, Hb 10.5, e ele “veio emcarne”, 1 Jo 4.2, e se fez carne, Jo 1.14, e como ou

tro homem qualquer, “participou da carne e dosangue”, Hb 2.14. Assim ele teve corpo, Mt 26.12;Lc 24.39, alma, Mt 26.38, e espírito, Jo 11.33. Eleestava sujeito ao crescimento e ao amadurecimentonaturais, Lc 2.40,52, e aprendeu obediência, Hb5.8.

C. Jesus integrou-se completamente na so

ciedade de sua época.1. Jesus era membro de uma família.Quando Maria concebeu pelo Espírito Santo, era noiva de José. Por revelação de umanjo, ele tomou conhecimento disto e resolveu aceitar Maria como a sua esposa. Todavia não a conheceu antes de ela haver dado à

luz a Jesus, Mt 1.18-25. Assim nasceu Jesus,não de uma mãe solteira, mas numa família.O povo falava dele: Não é este o filho de José? Jo 6.42. Jesus, como filho, sujeitou-seaos seus pais, Lc 2.51.2. Jesus teve um nome, como qualquer outro homem. O nome que Maria lhe deu, foi

aquele que o anjo havia lhe dito, que lhe des-67

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sem: “Chamarás o seu nome Jesus”, Mt1.21; Lc 1.31.3. Jesus teve, como qualquer outro homem, a sua genealogia. A Bíblia até registra duas genealogias, a primeira do lado deJosé, o pai adotivo de Jesus, o cabeça dafamília, que definia a sua posição jurídica,Mt 1.1-17. A sua segunda genealogia era dolado de Maria, a sua mãe, que definia a sua posição biológica, Lc 3.23-38. Nas genealogias judaicas não se registram nomes de mulheres e por isso não aparece em Lc 3.23 Ma

ria como filha de seu pai Eli, mas em lugardela, José, seu marido como “filho de Eli”(José era genro de Eli! O pai de José era Ja-có, Mt 1.16) (Scofield)

Por meio destas genealogias podemos provar o cumprimento exato de tudo que“Deus falou pela boca de todos os seus san

tos profetas”, At 3.21, a respeito da procedência de Jesus como homem. Segundo as profecias, Messias viria de Sem, filho de Noé, Gn 9.26,27 (Cumprimento: Lc 3.36), dasemente de Abraào, Gn 17.19; 12.3; G1 3.16(Cumprimento: Lc 3.34), descendente deJacó, Gn 18.13-15, (veja Lc 3.34), da tribo

de Judá, At 13.22,23; Hb 7.14; Ap 5.5. (VejaLc 3.34) da família de Davi, SI 132.11; Jr23.5; Rm 1.3; At 13.22,23 (veja Lc 3.32). Observamos assim que todos estes nomes, constam da genealogia de Jesus.4. Jesus teve a sua profissão secular. O seu pai adotivo era carpinteiro, Mt 13.55. Je

sus aprendeu a mesma profissão, e por isto68

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era chamado “carpinteiro”, Mt 6.3. Jesuscomo o primogênito de Maria, ficou com aresponsabilidade da família após o falecimento de José, motivo por que ele na cruz,

entregou esta responsabilidade a João, o seudiscípulo, Jo 19.26,27.5. Jesus cumpriu o seu dever para com a sociedade. Pagou o tributo, Mt 17.24-27.Com sabedoria evitou entrar numa armadilha que os inimigos lhe haviam preparado,

 para o jogar contra o governo romano ou con

tra o seu povo, os judeus, Mt 22.15-21. Nunca agitou as multidões, Mt 12.19-21. O governador Pilatos disse a seu respeito: “Nenhum crime acho nele”, Jo 19.6.

D. Jesus, como verdadeiro homem, estava sujeito às limitações humanas.

1. Jesus sentia cansaço, Mt 8.24; Jo 4.4.Tinha fome, Mt 4.2, e sede, Jo 4.6; 19.28. Elese alegrava, Lc 10.21, e também sentia tristeza e perturbação, Mc 3.5; Jo 12.27. Atéchorou, Hb 5.7; Lc 19.41; Jo 11.35. Ele sofreu, Mt 8.31; Lc 9.22, até o ponto que o seusuor ficou como sangue, Lc 22.44. Morreu,Fp 2.8; Jo 19.30,34.2. Jesus, como homem, foi tentado em tudo, Hb 4.15; Mt 4.1-11. Toda tentação queum homem pode sofrer, Jesus sofreu, Hb2.17; Lc 22.28. Como Deus jamais podia sertentado, Tg 1.13.3. Como homem Jesus dependia da ajuda de Deus. Por isto ele orava constantemente,Mt 14.23, para que de Deus recebesse poder, 

Lc 5.16,17, direção para o seu trabalho, Lc

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6.12,13; Lc 4.42,43, e vitória sobre os demônios, Mc 9.29 etc. Ele orou até pelos inimigos, Lc 23.34. Por isto as suas ameaças emaldades contra ele, jamais podiam alterar

a sua íntima comunhão com Deus. Em tudoele nos deu um exemplo, 1 Pe 2.23, abrindo pelas suas pisadas o caminho que nos conduz à vitória, SI 85.13.4. Jesus como homem se distinguiu de todos os demais homens, num só ponto: Jamais sofreu uma fraqueza moral. Embora ti

vesse vindo em “semelhança da carne”, Rm8.3, ele jamais conheceu o pecado na sua própria experiência, Hb 4.15; 2 Co 5.21. Eleera santo, Hb 7.26, incontaminado e imaculado, 1 Pe 1.19. Nele náo havia pecado, 1 Jo3.5, era justo, 1 Jo 3.7. Podia desafiar a todos: “Quem me convence de pecado?” Jo8.46. Quando entrou na luta final, ele disse:O príncipe das trevas vem, mas em mim nâotem nada! Jo 14.30. Ele que orou “Pai perdoa-lhes”, Lc 23.34, nunca precisava pedir:Pai, me perdoa!

E. Jesus, homem verdadeiro eternamente.O “verbo se fez carne”, Jo 1.14 e assim perma

nece “eternamente”, Hb 7.24, “para sempre”, Hb

7.28,25. Após a ressurreição Jesus recebeu um cor po glorioso, Fp 3.21; Lc 24.39, isto é, um corpo espiritual, 1 Co 15.44, e foi exaltado soberanamente, Fp2.9. Ele assim está no céu, com o seu corpo que recebeu como homem, embora glorificado. Estêváo,At 7.56, e Joâo, Ap 1.13, viram-nos após a sua ascensão como Filho do Homem. Assim ele também

há de voltar, Mt 26.64. Quando ele subiu, os anjos

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testificaram: Este mesmo Jesus, há de voltar, At1.11. Aleluia.

V. JESUS UNIU NA SUA PESSOA AS DUAS NATUREZAS PERFEITAS.

A. Jesus teve, no seu nascimento, duas naturezas distintas.

Pela concepção sobrenatural de Maria, Jesusherdou, pela operação do Espírito Santo, Lc 1.35, doseu Pai, a natureza divina, com todas as suas características. De Maria ele recebeu a natureza humana. A sua natureza divina e a humana se uniram naconstituição da Pessoa de Jesus, de modo perfeito.As suas naturezas não se misturam, isto é, Jesusnão ficou com a sua divindade “humanizada” oucom a sua natureza humana “divinizada”. QuandoJesus em Caná, transformou a água em vinho, a á-gua deixou de ser água e passou a ser vinho, Jo 2.8-10. Quando, porém, Jesus se fez homem, continuou

sendo Deus verdadeiro mesmo estando sob a formade homem verdadeiro.

As duas naturezas operavam assim simultâneae separadamente na sua pessoa. Jamais houve conflito entre as suas duas naturezas, porque Jesuscomo homem, seja nas suas determinações ou auto-consciência, sempre conforme a direção do Espírito

Santo, sujeitava-se à vontade de Deus, de acordocom a sua natureza divina, Jo 4.34; 5.30; 6.38; SI40.8; Mt 26.39.

Assim Jesus possuía duas naturezas numa só personalidade, as quais operavam de modo harmonioso e perfeito numa união indissolúvel e eterna.

Esta realidade tem um símbolo maravilhoso na

arca do tabemáculo. A arca era feita de madeira de71

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setim, coberta com ouro. Ex 25.10-25. A tampa daarca, chamava-se o propiciatório, o lugar onde osangue da expiação era espargido, Lc 16.15. A arcaé um símbolo de Jesus como “o nosso Mediador”que, revestido de glória está no santuário do céu,

onde entrou com o sangue da expiação, Hb 9.5-7,11,12,24. Assim como a madeira da arca (símboloda humanidade de Cristo) não se misturava com oouro, (símbolo da divindade de Cristo) assim tam bém as duas naturezas de Cristo permanecem juntas, formando a nossa arca perfeita. Glória a Jesus.

B. As duas naturezas operavam lado a lado 

na vida de Jesus.Essa operação prova sempre que ele era homem

verdadeiro e também Deus verdadeiro. Vejamosaqui alguns exemplos:

1. Jesus nasceu em toda a humildade, Lc2.12; 2 Co 8.9, (natureza humana), mas o seunascimento foi honrado por uma multidão

de anjos, que o exaltaram como Messias, Lc2.9-14 (natureza divina).2. Jesus foi batizado como outros seres humanos, sujeitando-se à justiça divina, Mt3.15, (natureza humana), porém Deus falounaquela ocasião: Este é o meu Filho, Mt3.16 (natureza divina).

3. Jesus foi tentado, como todos os demaishomens, Lc 4.1-13; Hb 4.15 (natureza humana), mas, tendo ele vencido, os anjos o serviram, Mt 4.11, (natureza divina).4. Jesus dormiu de cansaço no barco, apesarda grande tempestade, Mt 8.24, (naturezahumana), mas depois ele se levantou e re

 preendeu o vento e as ondas, Mt 8.26 (natu72

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reza divina). Se ele tivesse sido só Deus, jamais ficaria cansado, SI 121.4,5.5. Jesus cansado de andar, assentou-se juntoà fonte para descansar, Jo 4.6, (natureza humana), porém ali ele descobriu a situaçãoespiritual da mulher, e lhe revelou o caminho da salvação, Jo 4.7-29, (natureza divina).6. Diante da morte do seu amigo Lázaro, Jesus chorou, Jo 11.33-35 (natureza humana),mas ali ele orou ao seu Pai, e mandou Lázarosair da sepultura, Jo 11.32-43 (natureza divi

na).7. No jardim Jesus foi preso por homensímpios, Jo 18.1-3,12,13, (natureza humana).Porém quando ele disse: Sou eu, todos ossoldados caíram por terra, Jo 18.6, (natureza divina) e curou a orelha do servo do sumosacerdote, que Pedro havia cortado, Lc

22.51, (natureza divina).C. Jesus ás vezes deixou voluntariamente de 

fazer uso das virtudes da sua natureza divina.Para fazer a vontade de seu Pai, e cumprir as

Escrituras, Mt 26.54, Jesus se sujeitou à limitaçãohumana, que havia aceitado. Por ex. não quis chamar 12 legiões de anjos para o livrar, Mt 26.53.

D. A doutrina sobre as duas naturezas operando em uma só personalidade.

Este assunto tem sido uma pedra de tropeço dateologia, através dos séculos. Se olharmos este assunto unilateralmente, dando destaque só à divindade de Jesus, então a sua humanidade fica irreal e

simulada. Destacando demasiadamente o lado da

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sua humanidade, a sua condição de Deus verdadeiro fica ofuscada.

VI. OS MINISTÉRIOS DE CRISTO, O UNGI

DO!As profecias no Velho Testamento revelaram,com muitos séculos de antecedência, que Jesus, oRedentor prometido, seria o Ungido de Deus, SI2.2; 45.7; 89.20; Is 61.1; Dn 9.25,26, e que ele ocuparia os ministérios de profeta, Dt 18.15, de sacerdote, SI 110.4; Zc 6.13, e de Rei, SI 110.2; 72.1-19; 2Sm 7.4-17 etc. Estas profecias coincidem com ostrês ministérios que Deus estabeleceu no tempo doVelho Testamento. A separação para esses ministérios era através de unção. (Veja Profeta, 1 Rs 19.16,Sacerdote, Lv 4.3-5; 6.22, e Rei, 1 Sm 10.1; 16.13).

Quando Jesus, na plenitude dos tempos, G1 4.4,veio, foi homenageado pelo coro dos anjos comoCristo, Lc 2.11. (nome usado 577 vezes no NT). Si-

meão, Lc 2.26-30, e Pedro, Jo 1.41; Mt 16.16, o reconheceram como Cristo. A palavra Cristo (grego)significa o mesmo que Messias (hebraico) e ambastraduzidas em português, significam “O Ungido”.Isto mostra que Jesus foi enviado por Deus e ungido para exercer tudo aquilo que através dos profetashavia sido prometido.

Logo depois de iniciar o seu ministério com cerca de 30 anos de idade, ele recebeu revestimento de poder pelo Espírito Santo, que em forma corpóreaveio sobre ele, Lc 3.22. Ele assim foi, pela unção divina, investido no ministério de profeta, Jo 7.40,Sacerdote, Hb 3.1, e Rei, Jo 18.37. Jesus podia dizer com verdade: O Espírito do Senhor é sobre

mim, pois me ungiu, Lc 4.18. Glória a Jesus.

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Vamos agora ver Jesus no exercício destes trêsministérios.

A. Jesus - o Profeta.1. Jesus chamou-se a si mesmo ‘‘Profe

ta”, Mt 13.57; 23.37; Lc 13.33. Muitos outros também o chamaram assim, Mt 21.11;Mc 6.15; 8.28; Lc 7.16; 24.19; Jo 4.19; 9.17.2. Como profeta, Jesus transmitiu ao povo a mensagem de Deus.

a. Ele falou através da sua vinda ao mundo! “Deus falou pelo Filho”, Hb 1.1, isto

 principalmente a respeito do cumprimento exato de todas as profecias, concernentes à vinda do Redentor. Veja Lc4.21. b. Jesus falou pelo seu grande exemplo,através do qual ele mostrou de que modoDeus quer que os homens vivam, 1 Pe2.21. Ele abriu o caminho pelos seus passos, SI 85.13.c. Jesus transmitiu pelo seu ministério de profeta, a doutrina de Deus. Veja o sermão da montanha, Mt caps. 5-7. Elemesmo disse: “a minha doutrina não éminha mas é daquele que me enviou”, Jo7.16; 8.38; 12.49.d. Jesus também profetizou sobre acontecimentos que ainda hão de acontecer.Vários capítulos nos evangelhos transcrevem estas preciosas profecias.

3. E o exercício do ministério profético de Jesus refere-se principalmente ao período que vai do começo do seu ministério públi

co até o Gólgota.  Entretanto ainda no céu

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ele continua como  profeta, porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia, Ap19.10. Ele continua falando por meio da suaigreja, que é o seu corpo, Ef 1.22,23, e através dos dons do Espírito Santo, 1 Co 12.7-11,

e dos ministérios dados por ele, Ef 4.11,12 e pela sua santa Palavra.

B. Jesus - o Sumo Sacerdote1. Os profetas prediziam que Jesus viria como um sacerdote eterno, SI 110.4. Quando ele veio, foi identificado como o sumo sa

cerdote prometido, Hb 2.17; 3.1; 4.14,15;5.6,10; 8.1; 10.21.2. Que significa a expressão: Jesus, sumo sacerdote conforme a ordem de Melquise- deque (Hb 6.20), em cumprimento da profecia em SI 110.4?

a. Quem era Melquisedeque? Ele era umcrente, cananeu que, como Jó, havia cri-do no Deus Altíssimo, Jó 1.8. Ele era rei,e reinou na cidade de Salém, Hb 7.1.Deus o havia chamado para exercer o sacerdócio, Hb 7.1. Ele vivia no tempo deAbraão, (aprox. 1.900 A.C.) b. Jesus como “sacerdote conforme a ordem de Melquisedeque”, evidencia que o

seu sacerdócio era, não da lei, mas simduma nova dispensação. Conforme aquela dispensação Jesus jamais poderia sersacerdote, porque estes eram todos datribo de Levi, Nm 18.27; 1 Cr 23.13, enquanto Jesus era da tribo de Judá, Hb7.13,14. Assim ele foi sacerdote chamado

 por Deus. “Jurou o Senhor: Tu és sacer-

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dote eternamente segundo a ordem deMelquisedeque”, Hb 7.21.c. Jesus, sacerdote conforme a ordem deMelquisedeque, chama atenção para ofato de que ele, assim como Melquisedeque, era tanto rei como sacerdote. Assim como Melquisedeque foi chamadoRei da justiça, Hb 7.2, Jesus também ofoi, At 22.14; Jr 23.6; 1 Jo 2.1. Assimcomo Melquisedeque foi chamado “Reida paz”, Hb 7.2, Jesus também o foi, Is9.6. Nenhum dos sacerdotes levíticos foi

sacerdote e rei. Mas Jesus era tanto sacerdote como Rei, Zc 6.13.d. O fato de que a genealogia de Melquisedeque não foi citada, nem foi feita referência ao tempo do seu nascimento nemda sua morte, Hb 7.3, é usado pelo Espírito Santo como uma figura de Cristo,

que é de eternidade a eternidade, SI 90.2;Ap 1.8, e cuja procedência divina não eraconhecida pelo povo. Jesus não precisava, como os sacerdotes levíticos ser substituído, porque eles, pela morte, foramimpedidos de permanecer, Hb 7.23, masJesus permanece eternamente, Hb 7.24,

e tem um sacerdócio perpétuo, Hb 7.28.

3. Quais sào os ofícios do sacerdócio de Jesus? Os encargos do sumo sacerdote no Velho Testamento são uma verdadeira figuraque mostra com exatidão a obra que Jesus, onosso Sumo Sacerdote, fez e está fazendo.

Vamos agora distinguir três grandes encar77

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gos no serviço do sumo sacerdote, que secumpriram na vida e no ministério de Jesus.

a. O sumo sacerdote sacrificava junto aoaltar do holocausto. Levava o sacrifícioao pé do altar, onde degolava e sacrifica

va a vítima, Lv 4.24-27; 9.18; SI 118.27.Isto se cumpriu na vida do nosso

Sumo Sacerdote, Mediador e Substituto,quando ele subiu ao alto do Gólgota, náocom um sacrifício de animais, mas com aoferta e sacrifício da sua própria vida, que ele entregou a Deus em cheiro suave,

Ef 5.2. Ele pôs a sua alma por expiaçãodo pecado, Is 53.10, quando ele se tomou para nós o Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo, Jo 1.29; Is 53.7.

Este seu sacrifício foi feito “uma vez por todas”, Rm 6.10. Jamais se repetirá.Esta parte do encargo do nosso Sumo Sa

cerdote, aqui na terra, está para sempreconsumada, Jo 19.30. Glória a Deus parasempre. b. Depois de o sumo sacerdote haver sacrificado a oferta junto ao altar, ele tomava o sangue, no dia da grande expia-çâo, (uma vez por ano), Ex 30.10; Hb 9.7,

e o levava para dentro do véu, no lugarsantíssimo, onde ele espargia o sangue por cima do propiciatório, entre os doisquerubins, fazendo assim a expiaçáo pelos pecados do povo diante de Deus, Lv16.15-17; Ex 25.22; Nm 7.89.

O nosso Sumo Sacerdote também en

trou no santíssimo - no céu, com o seu78

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 próprio sangue, Hb 9.24, e está agora aliexercendo continuamente o seu ministério sacerdotal, junto à destra de Deus. Ossinais eternos da cruz, as suas santas feridas, Ap 5.6, mostram para sempre, que aexpiação, por ele feita, dura para sempre.Jesus é assim o nosso Propiciatório, Rm3.24, a nossa propiciação, 1 Jo 2.2. Ele é agarantia do perdão de todos os pecados, para todos que crerem em seu nome.c. O sumo sacerdote, depois de ter levadoo sangue para dentro do véu, saía até o povo que estava esperando, Lc 1.21;comp. Ex 28.35, para abençoá-lo e orar por ele.

Assim Jesus, o nosso Sumo Sacerdotevive para sempre, intercedendo por nós,Hb 7.25, e abençoando aqueles que rece

 beram a expiação pelo seu sangue. Após

ter consumado a redenção na cruz, Deusenviou a promessa do Espírito Santo, G13.13,14.

C. Jesus - o Rei1. Jesus chamou-se a si mesmo “Rei”, Jo1.37, e disse que o Pai havia-lhe destinado o

reino, Lc 22.29. Os profetas haviam profetizado que Jesus viria como Rei, SI 2.6-8; 8.6;10.6; Is 9.7; Jr 23.5. Quando ele nasceu foiadorado como Rei, Mt 2.2,11. Antes de subirao Gólgota ele entrou triunfante em Jerusalém, conforme as profecias, Zc 9.9,10; Mt21.1-11, e foi então aclamado como Rei, Lc

19.38. Voltando ao céu após a sua ressurrei-79

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ção, foi aclamado como o Rei da glória, SI24.8-10. Graças a Deus.2. Após a ressurreição de Jesus, Deus exaltou-o soberanamente, Fp 2.9, e coroou-

o de honra e de glória, Hb 2.7, e glorifícou-ocom “aquela glória que tinha” antes que omundo existisse, Jo 17.5, e que ele havia deixado para ser homem, Fp 2.6-8. Ele foi agorafeito Senhor e Cristo, At 2.36, Príncipe e Salvador, At 5.31, Juiz dos vivos e dos mortos,At 10.42, e assentou-se à direita de Deus noscéus, Ef 1.20, Deus entregou tudo nas suasmãos, Jo 3.35, e ele tem agora todo o poderno céu e na terra, Mt 28.18.3. Porém a plenitude do ministério de Rei, de Jesus, ele mostrará quando voltar ao mundo como Rei,  para restaurar tudo queos profetas têm predito, At 3.21. Então ele,como descendente de Davi, se assentará no

trono de Davi e estabelecerá o milênio, Lc1.32,33; Mt 19.28; 25.31. Então a sua querida igreja reinará com ele, 2 Tm 2.12; Ap20.4, e o seu reino não terá fim, Is 9.7.

Vamos portanto orar como Jesus nos ensinou: Venha o teu reino, Mt 6.8.

VIL AS OBRAS DE JESUS CRISTOJesus fez muitos sinais e maravilhas, At 10.38;

Hb 2.4. Ele curou enfermos, Mt 9.35; 8.16,17, etc.,ressuscitou mortos, Lc 7.11-16; Jo 11.41-45, acalmou tempestades, Mt 8.24-26, multiplicou o pão,Mt 14.13-20 etc. Ele fez tantos milagres que, setudo fosse escrito, “nem ainda o mundo todo pode

ria conter os livros que se escrevessem”, Jo 21.25.80

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Entretanto, entre todas as suas obras, a maior continua sendo, para sempre, a sua morte, ressurreição e ascensão.

A MORTE DE JESUSA morte de Jesus tem sido o tema central de

eternidade à eternidade. Desde a eternidade, antesda fundação do mundo, a morte de Jesus já era otema central do céu. Deus que, na sua onisciência

 previu a queda do homem e as tristes conseqüências da mesma, determinou no seu grande amor darseu Filho unigênito, como um sacrifício pelo pecado

do povo, Ap 13.8; Ef 1.4; 3.11; 1 Pe 1.19,20. A graçafoi dada já antes dos séculos, Tt 1.9. Também no presente tempo, milhões de salvos no mundo inteiro estão louvando a Deus pelo Cordeiro, que deu asua vida por eles. A Bíblia revela, que também nofuturo, através de toda a eternidade, os remidoslouvarão ao Senhor, que derramou o seu sangue por

eles, Ap 5.9,10; 7.14; 15.3. Por isto, “digno é o Cordeiro de receber ações de graças” para sempre.Amém.

A. A morte de Cristo - o tema principal das Escrituras.

“Jesus morreu pelos nossos pecados, segundo asEscrituras”, 1 Co 15.3.

1. A maioria das profecias na Bíblia trata “dos sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir”, 1 Pe 1.11. Desde a primeira profecia, quando Deus falou da “semente da mulher” que esmagaria a cabeça da serpente,Gn 3.15,16, até, quando João Batista falou

do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do81

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mundo”, Jo 1.29, vemos Jesus no centro das profecias. Jesus mesmo ensinou aos seusdiscípulos sobre o que dele se achava em todas as escrituras, Lc 24.27, e disse então que“convinha que se cumprisse tudo o que de

mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos salmos”, Lc 24.45.2. Através das profecias, podemos conhecer muitos detalhes da morte de Jesus. Jáantes de Jesus vir ao mundo, era possível, por meio das profecias, levantar uma história quase completa dos acontecimentos rela

cionados com a morte de Jesus.a. Antes de morrer, Jesus entraria em Jerusalém, montado num jumento, Zc 9.9;Mt 21.1-6.

 b. Jesus seria traído por um discípulo, SI41.10; Is 55.13,14; Mc 14.10,11, o qual ovenderia por 30 moedas, Zc 11.12; Mt

26.15. Após a devolução, este dinheiro seria usado para a compra do campo de umoleiro, Zc 11.15; Mt 27.5-10. Jesus seriatambém abandonado pelos demais discí pulos, Zc 13.7; Mt 26.31,56.c. Jesus seria julgado, SI 69.4,12; Lc 23.5.Tanto gentios como judeus se levantariam

contra ele, SI 2.1,2; Lc 23.12; At 4.27. Ele porém, ficaria calado, Is 53.6,7; Mt26.63; 27.12-14. Seria cuspido, Is 50.6; SI22.8; Mt 26.67, ferido no seu rosto, Mq5.1; Mt 27.30. O seu parecer ficaria transfigurado, Is 52.14; 53.3; Jo 19.5.d. Jesus seria crucificado, (um castigo

nunca usado pelos judeus, mas pelos ro82

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manos), SI 22.16; Zc 12.10; Jo 19.18,20-25; 3.14, junto com os malfeitores, Is53.12; Mt 27.38. Jesus oraria pelos seuscrucificadores, Is 53.12; Lc 23.34. Ele seria blasfemado, SI 22.8,9; Mt 27.39-44.

Vinagre ser-lhe-ia oferecido, SI 69.12; Mt27.34. Os seus vestidos seriam repartidose sobre a sua túnica seria lançada sorte,SI 22.18; Mt 27.35; Lc 23.34. Ele se sentiriaabandonado por Deus, SI 22.1; Mt 27.46, eao morrer entregaria o seu espírito a Deus,SI 31.6; Lc 23.46. Morto, o seu lado seria

traspassado, com uma lança, Zc 12.10;Jo 19.46, porém os seus ossos nâo seriamquebrados, SI 34.19,20; Jo 19.33,36.e. Jesus seria sepultado entre os ricos, Is 53.9; Mt 27.57-60.

3. O testemunho uniforme das escrituras sobre a morte de Jesus desfaz as doutri

nas erradas a este respeito. Satanás foiderrotado pela morte de Jesus. Por isto ele

 procura, através da teologia modernista,desfazer os efeitos poderosos da morte deCristo. Vejamos algumas considerações errôneas sobre este assunto:

a. “A morte de Jesus foi somente a morte

dum mártir”, dizem que Jesus somentemorreu pelas suas idéias, às quais foi fiele intransigente. Porém, a Bíblia afirmaque Jesus morreu, dando a sua vida emresgate de muitos, Mt 20.28. Se ele fossesomente um mártir, outros mártires mostraram muito mais alegria e disposição

 para morrer do que Jesus, que até se sen-83

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tiu abandonado por Deus, Mt 27.46. Não, ele sofreu, não pelas suas idéias,mas porque levou em seu corpo o nosso

 pecado, 1 Pe 2.24.

 b. Jesus morreu acidentalmente, porquea força dos inimigos era superior. ABíblia mostra, porém, que Jesus era maisforte do que os seus inimigos. Quando foi preso, todos os soldados caíram por terra,e Jesus podia ter-se retirado, sem que alguém o impedisse, Jo 18.5,6. Ele mesmo

disse que poderia ter pedido de seu Paidoze legiões de anjos, para a sua defesa,Mt 26.55. Ele porém não o fez, porque eledeu a sua vida voluntariamente, Jo10.17,18.c. Jesus morreu para dar um elevadíssimo exemplo de sujeição, humildade e re

signação diante do sofrimento. E bemverdade, que Jesus também na sua morte, foi um exemplo inigualável, mas a suamorte significava muito mais. A Bíbliadiz que é pelas suas feridas, que o pecador é sarado, Is 53.5, e recebe poder parasalvação, e como salvo, receberá graça para seguir o exemplo que Jesus nos deixou, 1 Pe 2.21.

B. Jesus foi aceito por Deus como o representante de toda a humanidade.

Jesus é chamado na Bíblia “o segundo homem”,1 Co 15.47, ou “o último Adão”, 1 Co 15.45. Deusdeterminou que, assim como “o pecado entrou porum só homem”, Rm 5.12, e “a ofensa por um só que

 pecou” , Rm 5.16, e “por um só veio o juízo sobre to

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dos”, Rm 5.17,18, e pela “desobediência de um só,todos foram feitos pecadores”, Rm 5.15, assim tam  bém por um só, Jesus Cristo, viesse o dom gratuito,Rm 5.15, e a abundância da graça, Rm 5.17, e porum só ato de justiça viesse a graça para justificaçãoda vida, Rm 5.18, e pela obediência de um, muitosseriam feitos justos, Rm 5.20.

Para Deus só existe um Mediador entre Deus eos homens, 1 Tm 2.5,6, um fiador, Hb 7.22; Jó16.19. Assim como o cordeiro pascoal, no Egito, foidegolado em favor de todos os que estavam em umacasa, Ex 12.13,23, assim também Jesus, o nossoCordeiro Pascoal, 1 Co 5.7, foi sacrificado por nós,1 Pe 3.18. Jesus é assim o nosso substituto, que seapresentou em nosso favor, e morreu em nosso lugar. Glória a Jesus, Rm 5.6-8; 8.32; 14.5; G1 2.20;3.13; Ef 5.25; 1 Ts 5.10; 2 Tm 2.6; Tt 2.14.

C. Como o nosso substituto, Jesus tomou sobre si os nossos pecados.

Todos os homens estavam debaixo do pecado,Rm 3.23, e por isto também debaixo da ira de Deus,Rm 1.18; Ef 5.6, marchando para a ira futura e paraa perdição, Rm 2.5. Mas Jesus se manifestou paraaniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo, Hb9.28. Para isto foi necessário que levasse em seucorpo os nossos pecados, 1 Pe 2.24.

 Na lei do sacrifício pelo pecado, temos um detalhe que, de modo maravilhoso serve de figura paraeste assunto. Antes que o sacrifício fosse degolado

 junto ao altar, o culpado deveria por a sua mâosobre o mesmo, confessando os seus pecados, passando assim, simbolicamente, a sua culpa para avítima, Lv 4.4,24. Exatamente assim aconteceu,

quando Jesus orava em Getsêmane. Foi-lhe entâo85

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entregue o cálice que continha todo o pecado da humanidade. Com a palavra: Seja feita a tua vontade, Mt 26.39; SI 40.7,8, Jesus o aceitou e desdeaquele momento estavam sobre ele os nossos peca

dos, Is 53.4,5; Rm 5.25; SI 103.12; 1 Pe 2.24. Uma profecia expressa uma palavra do Messias naquelemomento: “Restituí o que não furtei”, SI 69.4. Quegrande amor!

Aceitando Jesus esta carga tão pesada, ele seidentificou com o pecado de tal modo que a Bíbliadiz: Ele foi feito pecado por nós, 2 Co 5.21 e “fazendo-se maldição  por nós” , G1 3.13. Assim Jesus“foicontado entre os pecadores”, Is 53.12 e expulso dasociedade, “padeceu fora da porta”, Hb 13.12.

D. Jesus morreu para livrar o homem do pecado e das suas conseqüências.

Jesus abriu, pela sua morte na cruz, o caminho para a solução do problema dos homens em relaçãoao seu pecado, à sua culpa diante da lei de Deus, eà sentença divina que pairava sobre eles. Vejamosaqui três expressões, que definem algo que aconteceu quando Jesus sofreu na cruz até o momentoquando exclamou: Está consumado, Jo 19.30.

1. Expiação. A palavra significa: Remissãoda culpa através de pagamento ou cumprimento da pena. (Novo Dicionário Aurélio).

Todos os homens pecaram, Rm 3.23 e sobreeles pairava a sentença, a morte, Gn 2.17;Rm 2.8,9,12 etc. Jesus aceitou esta sentençae morrendo na cruz pelos pecadores ele a pagou, Hb 2.17. “O castigo que nos traz a pazestava sobre ele”, Is 53.5. “Cristo padeceuuma vez pelos pecados, o justo pelos injus

tos, para levar-nos a Deus”, 1 Pe 3.18. Por 

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isto “ele foi ferido pelas nossas transgressõese moído pelas nossas iniqüidades”, Is 53.5.quando a sua alma se pôs por expiação do pecado. Is 53.10; Dn 9.24, “para remir os que

estavam debaixo da lei, a fim de que rece bam a adoção de filhos”, G1 4.5.2. Redençào. Esta palavra significa: “Recurso capaz de salvar alguém de uma situação aflitiva” (Novo Dicionário Aurélio). ABíblia diz: “nenhum deles, de modo algum

 pode remir a seu irmáo ou dar a Deus o resgate dele, (pois a redençào da sua alma écaríssima, e seus recursos se esgotariam antes)”, SI 49.7,8. Jesus, porém, pagou o resgate maior que jamais foi pago. Ele deu a sua própria vida em resgate por nós, Mt 20.28,em “preço de redençào”, 1 Tm 2.5. Nào foicom ouro nem prata que fomos resgatados,mas com “o precioso sangue de Cristo, como

de um Cordeiro imaculado e incontamina-do’\ 1 Pe 1.18,19; Mt 26.28; Lc 24.47; Hb9.22. Assim Jesus comprou-nos por “um bom preço” , 1 Co 6.20. Deus pode agora, porcausa da morte de Cristo, dizer diante dasexigências da Lei e da Justiça divina, a res peito de todos os que nele crerem: “Livra-os,

 porque já achei o resgate” , Jó 33.24.3. Propiciaçào. A palavra significa: Aquiloque propicia, isto é, torna propícia (favorável). O pecado separa o homem de Deus, Is59.2, e o faz sujeito à ira de Deus, Rm 2.4; Ef 2.3, porém Jesus, o nosso Cordeiro, morreu para tirar o pecado, Jo 1.29; 1 Jo 3.5 e por

causa desta propiciaçào de Jesus, 1 Jo 2.2;

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4.10, a ira de Deus se retirou, Is 12.1-3, eaquele que crer em Jesus, é livre de toda asua culpa diante da lei. Aleluia!4. “Propiciatório”. A mesma palavra grega“Hilasterion” que em Rm 3.25 é traduzida“propiciação” é também usada em Hb 9.5, eali traduzida “propiciatório”. Deus propôs aJesus para “propiciatório” pela fé no seusangue, Rm 3.25. Esta expressão mostra queo propiciatório no Velho Testamento erauma figura real da morte de Cristo. No lugarsantíssimo, no tabernáculo, estava a arca,com as tábuas da lei, Ex 25.10-22. A tampada arca, feita de ouro puro, chamava-se propiciatório, Ex 25.17-21, o qual tinha doisquerubins, com as suas asas estendidassobre a mesma e cujos rostos estavam virados para o propiciatório, Êx 37.9, exatamente para o lugar onde o sumo sacerdote espargia

o sangue do sacrifício, no dia da Expiação,Lv 16.15. Assim o sangue, simbolicamentecobria a arca, onde estava a lei, contra aqual o povo havia transgredido, como um sinal externo do perdão, que Deus havia concedido por causa do sangue do sacrifício. Assim Deus não via mais a iniqüidade, mas

sim o sangue! “Não viu a iniqüidade em Israel”, Nm 23.21. Por isto disse o salmista:Bem-aventurado aquele cujo pecado é co

 berto, SI 32.1.Jesus é o nosso propiciatório. Ele entrou

no santuário do céu, diante de Deus com oseu próprio sangue, Hb 9.11,12,24, para ga

rantir perdão a todos que nele crerem. Con-88

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forme o Novo Concerto, Jr 31.33,34; Hb 8.9-13, Deus não se lembra mais dos pecados, efez com que os reconciliados se tomassem“povo seu”. Deus deu um sinal palpável dasua aprovação a esta propiciação. Na horada morte de Jesus o próprio Deus fez um milagre: O véu do templo se rasgou de cima  para baixo, Mt 27.51. Assim Deus mostrouque Jesus havia aberto um novo e vivo caminho, que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, Hb 10.20. O caminho estáagora aberto até dentro do santíssimo, onde

todos os que crerem, poderão se encontrarcom o nosso propiciatório, Rm 3.25, que éJesus, o nosso Salvador.

E. Jesus morreu para nos reconciliar com Deus.

Pela sua morte, Jesus não somente nos resgatouda culpa e fez a expiação e propiciação dos nossos

 pecados, mas pelo seu sangue, também nos reconciliou com Deus, Cl 1.20-23. Eramos inimigos deDeus mas fomos reconciliados pela morte de seu Filho, Rm 5.10, e assim chegamos perto pelo sanguede Jesus, Ef 2.13. A parede de separação ruiu, Ef 2.14. Jesus, o nosso Mediador, 1 Tm 2.5, nos revestiu da sua justiça, Is 61.10; Ap 19.7,8; 2 Co 5.21, e

assim temos paz com Deus, Rm 5.1. Jesus é o nossoEmanuel, isto é, Deus conosco, Mt 1.23.

Pela morte de Jesus podemos agora viver juntamente com Deus, 1 Ts 5.10, e de coração queremosnos sujeitar a ele como o nosso Senhor, Rm14.9. Tudo que Deus preparou para os homens, 1Co 2.9, está agora ao alcance de todos os que aceita

rem o sacrifício de Jesus. Aleluia.89

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2. Foi Deus que o ressuscitou, At 2.24,32;10.40; 13.30; Cl 2.12. Quando Deus planejoua salvação por meio de seu Filho, mostrou asua grande sabedoria, 1 Co 1.24; 3.10.Quando ele deu o seu Filho, para ser o nosso

Salvador, mostrou seu grande amor, Jo 3.16.Quando ele ressuscitou a Jesus mostrou oseu grande poder, Ef 1.19,20. Deus ressuscitou a Jesus pelo poder do Espírito Santo,Rm 8.11; 1 Pe 3.18; Rm 1.4; 1 Co 15.45.

C. Muitos têm negado a veracidade da ressurreição de Jesus.

1. Os sacerdotes em Jerusalém foram os primeiros. Quando a notícia da ressurreiçãode Jesus se espalhou, os próprios sacerdotesentenderam que ela era verídica. Se eles nãotivessem acreditado, teriam imediatamenteinstaurado um inquérito rigoroso, exigindo ocorpo de Jesus, para provar a todos que ele

ainda era morto. Mas em lugar de exigir a punição dos guardas, ofereceram-lhes “muito dinheiro”, Mt 28.12, recomendaram-lhesdivulgar a seguinte mentira: “vieram de noite os seus discípulos, e, dormindo nós, o furtaram”, Mt 28.13. Esta mentira se espalhouentre os judeus. Com um pouco de raciocí

nio, os mesmos judeus, poderiam ter pensado: Como era possível que quatro soldadosdormissem ao mesmo tempo e ainda comoera possível que, eles dormindo, podiam sa ber que foram os discípulos que haviam rou bado o corpo de Jesus?2. A teologia modernista também nega a 

ressurreição de Jesus, e procura través de91

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“explicações” eliminar qualquer vestígio demilagre deste acontecimento. Eles dizem:“A ressurreição é contra a lei da natureza e portanto é impossível” . Vejamos algumas“explicações”:

a. Jesus não morreu, mas foi sepultadoem estado de coma. Quando ele depoisacordou e recuperou as suas forças, saiuda sepultura, e mostrou-se aos seus discí pulos, afirmando que havia ressuscitado.Logo depois ele morreu, com febre causada por infecção das feridas, e desapare

ceu.Um absurdo deste, só é possível en

trar na cabeça dum modernista, totalmente destituído do temor de Deus. Ele

 prova, pelas suas idéias, que a Bíblia éverdade quando diz: “a sabedoria destemundo é loucura”, 1 Co 3.19. Esta teoria

cai imediatamente diante das provas,absolutamente verídicas, sobre a mortereal de Jesus. O próprio chefe carrasco, ocenturião, afirmou diante do governadorPilatos, que Jesus havia morrido, Mc15.44,45. Também os soldados viram queJesus já era morto, e para ainda confir

mar este fato furaram-lhe o seu lado, Jo19.39. Se Jesus tivesse sido sepultado emestado de coma, como então agüentaria,depois de ter acordado, remover a pedra

 para sair do sepulcro, Mt 27.66; Mc 16.3,e isto, sem chamar a atenção da guarda?Mt 27.65. E como poderia ele, ensan

güentado, fraquíssimo e meio morto con-92

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seguir convencer aos seus discípulos queele havia ressuscitado? Jesus náo precisava nada disto, porque ele ressuscitou pelo poder de Deus.

 b. Outros afirmam (Renen e Strauss, teólogos alemães) que Jesus realmente morreu, mas ressuscitou somente na idéiados seus discípulos. Eles estavam tão im pressionados com a promessa que ele haveria de ressuscitar, que começaram aver a Jesus em visões até o ponto de fica

rem com uma impressão tão forte quechegaram à conclusão que ele havia ressuscitado. Eles assim não queriam enganar o mundo com a notícia de que Jesus ressuscitou, mas a notícia que espalharam era resultado da sua fé autosu-gestionada.

Também esta teoria cai por carênciatotal de lógica e de provas. Não houve nenhum vestígio na atitude dos discípulos,que desse motivo à autosugestão. Pelocontrário, eles não acreditavam na possi

 bilidade da ressurreição, Mc 16.11,13. Jesus até os censurou por causa da sua incredulidade, Mc 16.14. A ressurreição deJesus foi para eles uma verdadeira sur presa, e as suas dúvidas só desapareceram, quando viram o seu Mestre ressuscitado.c. Outros “teólogos” explicam que Jesusrealmente foi sepultado no sepulcro deJosé de Arimatéia, porém, por motivos

de algumas conveniências, o seu corpo foi

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depois mudado para um outro sepulcro,de onde ele, pelo tempo, normalmentedesapareceu. Esta teoria está tambémtotalmente destituída de provas. Como

 poderia alguém transferir o corpo de Jesus, sem que a guarda o observasse? e porque José de Arimatéia não informou aosapóstolos que ele havia mudado o seucorpo? E como é possível eliminar as provas de tanta gente que afirma que haviavisto Jesus ressuscitado?

d. Ainda há outros que “afirmam” queJesus realmente subiu em espírito aocéu, e fez que o seu corpo desaparecessedo sepulcro. Depois ele se manifestou aosseus discípulos, em seu corpo celestial,afirmando que havia ressuscitado. Estateoria não merece a nossa atenção, por

que tenta apresentar a Jesus como ummentiroso. Jesus mesmo havia falado dasua ressurreição corporal, mostrando emfigura, que o mesmo corpo que descia para “o seio da terra” ressuscitaria, Mt12.39-40. Outra vez ele falou em figura arespeito do seu corpo, dizendo: “Derriba-rei este templo e em três dias o levantarei”, Jo 2.19-21. Jesus ressuscitou corporalmente e vive hoje e eternamente. Aleluia.

D. O fato da ressurreição de Jesus é confirmado com provas irrefutáveis.

“Ressuscitou verdadeiramente o Senhor”, Lc

24.34.

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Quando alguém afirma que uma coisa aconteceu, e encontra outro que o contesta, negando quetal coisa tenha acontecido, entâo a decisão da questão está na prova das testemunhas. A ressurreição

de Jesus é um fato histórico, comprovado, tantocomo qualquer outro fato de importância. Vejamos pois alguns fatos que provam a ressurreição de Jesus.

1. Testemunhas viram Jesus ressuscitado. Lucas escreve em At 1.3 que Jesus “de pois de ter padecido se apresentou vivo commuitas e infalíveis provas”. Vejamos aqui astestemunhas que de modo harmonioso, sim ples e sem nenhuma contradição deram oseu testemunho uniforme: Jesus ressuscitou.

a. Maria Madalena. Quando ela estava junto ao sepulcro vazio, viu Jesus, mas pensava que fosse o hortelão. Quando porém Jesus lhe disse: Maria, ela o conheceu, Jo 20.11-18. b. As mulheres que voltavam do sepulcro, Mt 20.9,10.c. Pedro. Ouviu-se entre os discípulos anotícia: “Já apareceu a Simão”, Lc24.34; 1 Co 15.5.d. Os dois discípulos em caminho para

Emaús. Eram Cleofas e talvez Lucasque encontraram Jesus no caminho. Nãoo conheciam, mas quando ele, em suacasa partiu o pão, eles o reconheceram.Era realmente Jesus! Lc 24.13-35; Mc16.12,13.e. Os onze discípulos menos Tomé, Jo

20.36-43.95

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f. Os onze discípulos junto com Tomé, Jo20.36-43.g. Pedro com mais seis discípulos, osquais haviam ido pescar, Jo 21.1-23.

h. Mais de quinhentos crentes, dos quaismuitos ainda viviam, quando Paulo noano 59 escreveu a sua 1* epístola aosCoríntios, 1 Co 15.6.i. Tiago, 1 Co 15.7, o filho mais velho deJosé e Maria, Mc 6.3. Antes da morte deJesus nâo era crente, mas agora haviacrido em Jesus.

 j. Os discípulos que foram para Galiléia,conforme o convite que Jesus havia feitoantes da sua morte, Mt 26.32, e logo apósa sua ressurreição, Mt 28.10.1. Os discípulos que assistiram a ascensãode Jesus, Lc 24.40-53; At 1.9-14.m. Paulo, At 9.3-6; 1 Co 9.1. O encontrocom Jesus vivo fez do maior perseguidor o maior apóstolo.

2. A grande transformação, que a ressurreição de Jesus causava na vida dos apóstolos, prova que eles verdadeiramente es- tavam convictos de que Jesus vivia. O desespero e desânimo que dominavam todos os

seguidores de Cristo, após a crucificação deuagora lugar a uma alegria e ousadia que ninguém mais podia dominar. Por toda partedavam testemunho da ressurreição de Jesus,At 2.24-27,32,33; 3.15; 4.10,33; 5.30,31 etc.Se a história da ressurreição não fosse verídica, ela jamais produziria esta tão grande

transformação nas suas vidas.96

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3. O uso espontâneo do domingo como o dia de adoração a Deus e descanso semanal,  prova que os crentes, que começaram ase reunir no domingo para darem glória a ele

que ressuscitou, 1 Co 16.2; At 20.7, realmente estavam convictos deste fato.E. A ressurreição de Jesus é a base de várias 

doutrinas importantes.1. Pela ressurreição Jesus é declarado Filho de Deus em poder, Rm 1.3,4. Deus deuassim a sua confirmação, tanto a Jesus como

seu Filho, como para a obra que ele haviarealizado.2. A ressurreição de Jesus prova que a morte de Jesus foi expiatória. Jesus eraabsolutamente sem pecado, Hb 4.15. Poristo a morte, que veio pelo pecado, jamais poderia vencê-lo. Mas Jesus tomou sobre sios nossos pecados, levando-os para a cruz, 1Pe 2.24, por isso ele morreu. Quando ele rendeu o seu espírito, já havia feito a expiação pelos pecados, e assim ele entrou na morte,sem nenhum pecado. Desta maneira a mortenâo tinha nenhuma força para retê-lo, At2.24, e por isto ressuscitou. Assim Jesus veioa ser a causa da eterna salvação, Hb 5.9.3. A ressurreição é a base da nossa fé em Jesus Cristo, 1 Pe 1.21. O pecador vivia de baixo do pecado, Ef 2.1,2, sem recursos parase libertar. Deus provou pela ressurreição deJesus, que ele havia cumprido as suas promessas de salvação, At 13.32,37,38. Quandoassim o pecador crê em Deus, que o ressusci

tou, recebe a salvação, Rm 10.9, experimen-

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ta a regeneração, 1 Pe 1.3, e é justificado,Rm 4.25.4. A ressurreição de Jesus é também uma fonte de vitória para o crente. Quando ele

recebe a salvação, experimenta o poder damorte de Cristo, 2 Co 5.14,15. Ele é liberto,Jo 8.36. Mas ele pode também pela fé participar do poder da ressurreição de Jesus, Fp3.10, isto é, gozar da realidade, de que Cristo vive nele, G1 2.20; Cl 3.4; 1.27. “Porque senós, sendo inimigos, fomos reconciliados

com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”, Rm 5.10. Jesus disse: Euvivo e vós vivereis, Jo 14.19.5. A ressurreição é também a garantia de que Jesus continua como o nosso Representante e Sumo Sacerdote diante de Deus. “Quem nos condenará? pois é Cristo quemorreu, ou antes ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus e tambémintercede por nós”, Rm 8.34.6. A ressurreição é uma garantia de que Jesus tem poder para curar os doentes. O  poder da ressurreição vivificou o corpo de Jesus que estava morto, Rm 8.11. Pela ressurreição Jesus venceu a própria morte, 1 Co15.54,57. Assim também ele pode vencer adoença, que leva o homem à morte. Graças aDeus, Mt 8.17.7. A ressurreição de Jesus é também a garantia da nossa própria ressurreição, 2 Co4.14; 1 Co 15.21,22. Pela ressurreição de Je

sus foi quebrado o aguilhão da morte, 1 Co

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15.55-57. Se crermos que Jesus morreu e ressuscitou, sabemos que assim também aosque em Cristo dormem, Deus os tornará atrazer com ele, 1 Ts 4.14. Isto acontecerá nasegunda vinda de Jesus, quando os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, edepois os que ficarem vivos, seráo arrebatados, 1 Ts 4.16,17 Glória a Jesus.

A ASCENSÃO DE JESUS

“Vendo-o eles, foi elevado às alturas”, At 1.9.A. A Ascensáo de Jesus foi pré-anunciada.

1. A palavra profética pré-anunciou que Jesus depois de ter descido, também subiria ao alto, SI 68.18; 47.5; 110.1, e seria rece bido em glória, SI 24.7-10.2. Jesus também falou várias vezes da sua ascensão. Ele disse: Eu vou para aquele queme enviou, Jo 7.33. “Vou para o Pai”, Jo14.28; 16.5; 17.11. Veja Jo 13.33; 6.62. Jesusdisse que se assentaria à direita de Deus, Mc 14.62.

B. A Ascensão.1. Foi Deus que, pelo seu poder, o fez subir, Ef 1.20.

2. Jesus subiu ao alto. 40 dias após a ressurreição, At 1.3, à vista de seus discípulos,Mc 16.19; Lc 24.51, enquanto os abençoava,Lc 24.50, ele subiu numa nuvem, Lc 24.50, efoi recebido em cima, At 1.3, como o Rei daglória, SI 24.7-10. Ele subiu como “Filho dohomem”, Mc 14.62, isto é, com o seu corpo

humano glorifícado. Glória a Jesus.

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C. Jesus nos céus.1. Jesus ao voltar para o céu foi coroado de honra e de glória, Hb 2.7. Recebeu agoraa glória que possuía antes que o mundo exis

tisse, Jo 17.5, cuja glória ele aniquilou, paravir a este mundo, Fp 2.6-8. Agora ele foiexaltado soberanamente, Fp 2.9. Como seexpressou esta exaltação?

a. Jesus se assentou à destra de Deus,Mc 16.19; At 2.33; 1 Pe 3.22; Rm 8.34; Mt22.43-45; Cl 3.1; Hb 1.3; 8.1; 10.12; 12.2.

Ele disse: Venci e me assentei com meuPai no seu trono, Ap 3.21. b. Deus lhe deu poder e domínio sobretodo o principado, poder e potestade edomínio, Ef 1.21, e sujeitou todas as coisas aos seus pés, Ef 1.22.c. Deus lhe deu um nome que é sobretodo o nome, Fp 2.9,10. O mesmo nome“Jesus”, que ele recebeu quando nasceucomo homem, Mt 1.21; Lc 1.31, foi agoraelevado para ser sobre todo o nome. Deusligou ao nome de Jesus o poder de toda aobra redentora na cruz. Agora a salvaçáoé oferecida aos que invocarem o nome deJesus, At 4.12; Lc 24.47; Rm 10.13 etc.

2. Quando Jesus subiu, levou “cativo o cativeiro”, SI 68.18; Ef 4.8. Aqui se fala doscrentes desde Abel até o tempo de Cristo, osquais morreram na fé, sem ainda terem rece bido a promessa, Hb 11.13. Eles haviam cri-do em Deus através do sacrifício do pecado.Embora os tais sacrifícios nâo tirassem o pe

cado, Hb 9.13; 10.4, Deus contudo, na sua

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 paciência, os aceitou, por conta da remissãoque Cristo, na consumação dos tempos, haveria de fazer, Hb 9.15; Rm 3.25,26. Por isto,até que esta remissão fosse consumada, todos eles estavam como cativos, por Satanás,na parte do Hades, chamada “seio deAbraão” (parte reservada para os espíritosdos crentes). Mas quando Jesus consumou asalvação na cruz, ele resgatou toda a dívida,inclusive a do tempo do Velho Testamento.Assim aniquilou o que tinha o império damorte, o diabo, Hb 2.14, e colocou os crentes

do Velho Testamento em pé de igualdadecom os do Novo Testamento. Agora ele os levou para o Paraíso nos céus, também chamado “o terceiro céu”, 2 Co 12.1-3.3. Quando Jesus foi elevado, foi constituído cabeça da igreja, Ef 1.22,23. A igreja é acasa de Deus, a coluna e firmeza da verdade,

1 Tm 3.15. Assim Jesus do céu, cuida da suaIgreja. Ele lhe dá os dons do Espírito Santo,1 Co 12.7-11. Ele dá dons, Ef 4.8, istoé, tam

 bém os ministérios, Ef 4.11-13, pelos quaisele dirige e edifica a sua igreja. Ele tambémconfirma a palavra que os seus servos falarem em seu nome, Mc 16.20; At 14.1-3, e di

rige-os na evangelização do mundo, Mt28.18-20; Mc 16.15. Ele intercede pelos crentes, Hb 7.25; Rm 8.34.4. Subindo ao céu Jesus recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, At 2.32,33. Deacordo com a promessa que ele dera, ele apósa sua glorificação mandou o Espírito Santo,

Jo 7.38,39; 16.6; Lc 12.49,50. Derramou en-101

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tão o seu poder sobre os discípulos que no ce-náculo buscavam o batismo com o EspíritoSanto, At 2.1-4. Mas a palavrá de Deus assegura que esta bênção é para tantos quantosDeus nosso Senhor chamar, At 2.39.5. Na sua ascensão foi confirmada a promessa da sua vinda, At 1.11. Jesus voltaráda maneira que ele subiu ao céu.

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Em seu compromisso e busca constante por 

obras teológicas fundamentadas na Palavra deDeus, a CPAD resolveu relançar a enriquece-dora Coleção Ensino Teológico. São dezessetevolumes — agora com novo acabamento externo — que cobrem os principais departamentos e matérias da Teologia.

De forma didática, o apóstolo Eurico

Bergstén apresenta neste volume uma explanação da origem, da inspiração, da estrutura eda autoridade das Santas Escrituras, além dediscorrer sobre os atributos de Deus, aencarnação de Cristo e sua obra. Que este livro edifique a todos os estudiosos da Bíblia.