cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de...

33
Secció 5 319 Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixal Rui Abel Pereira (Coimbra) Nesta comunicação, propomo-nos abordar a temática das relações afixais e especificamente a polifuncionalidade e a cofuncionalidade dos processos/afixos envolvidos na formação de palavras, aquilo que tem sido designado como «assimetria morfológica» (Beard 1984; Naumann 2000; Zwanenburg 2000). Em diversas línguas, existem processos/afixos que produzem palavras com significados muito diversificados. Por exemplo, em Português, o sufixo izar tem a capacidade de produzir verbos que significam (i) “tornar/transformar em Xb” (=base derivacional) (carbonizar, humanizar), (ii) “pôr Xb em algo” (alcoolizar, arborizar), (iii) “fazer X” (hipnotizar), etc. Acontece que os mesmos significados podem também ser expressos por outros processos e recursos morfológicos (e.g. “tornar/transformar em Xb”: clar[ear], clar[ificar], [es]clar[ecer], etc.). Um estudo aprofundado destes factos permitiu concluir que a rivalidade entre processos e afixos é apenas parcial, não existindo uma total sinonímia entre eles. As propriedades estruturais e as condições de activação (morfo-fonológicas, sintácticas, semântico- aspectuais) dos vários afixos limitam a sua possibilidade de aplicação (americanizar vs *americanear, *enamericanar, *americanecer), fazendo com que o domínio de aplicação de cada um seja apenas parcialmente coincidente com o de outro(s). De facto, existem diferenças assinaláveis relativamente aos subtipos semântico-aspectuais dos produtos criados pelos diversos operadores afixais. Acresce ainda o facto de alguns operadores afixais possuirem valores socio-dialectais que determinam a sua activação/não activação em situações concretas. Vers une exploitation des données morphologiques du FEW au service de l’étymologie : le module de repérage affixal Julia Alletsgruber (Nancy) Dans le cadre du subside 2009/2011 financé par le Fonds National Suisse pour la Recher- che, l’équipe du Französisches Etymologisches Wörterbuch (FEW) a mis au point un module de repérage affixal pour permettre de mieux exploiter les données morphologiques contenues dans ce dictionnaire. Nous aimerions ainsi contribuer à pallier l’état déficitaire des recherches dans le domaine de la morphologie constructionnelle du français et des dialectes galloromans. Nous nous servons d’une part de tables de correspondance entre un affixe donné et une aire géolinguistique, et d’autre part de l’outil de rédaction modulaire, mis en place par l’équipe du FEW pendant le précédent subside et qui permet entre autre de

Upload: others

Post on 12-Mar-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 319

Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixal

Rui Abel Pereira (Coimbra)

Nesta comunicação, propomo-nos abordar a temática das relações afixais e especificamentea polifuncionalidade e a cofuncionalidade dos processos/afixos envolvidos na formação depalavras, aquilo que tem sido designado como «assimetria morfológica» (Beard 1984;Naumann 2000; Zwanenburg 2000).Em diversas línguas, existem processos/afixos que produzem palavras com significadosmuito diversificados. Por exemplo, em Português, o sufixo –izar tem a capacidade deproduzir verbos que significam (i) “tornar/transformar em Xb” (=base derivacional)(carbonizar, humanizar), (ii) “pôr Xb em algo” (alcoolizar, arborizar), (iii) “fazer X”(hipnotizar), etc. Acontece que os mesmos significados podem também ser expressos poroutros processos e recursos morfológicos (e.g. “tornar/transformar em Xb”: clar[ear],clar[ificar], [es]clar[ecer], etc.).Um estudo aprofundado destes factos permitiu concluir que a rivalidade entre processos eafixos é apenas parcial, não existindo uma total sinonímia entre eles. As propriedadesestruturais e as condições de activação (morfo-fonológicas, sintácticas, semântico-aspectuais) dos vários afixos limitam a sua possibilidade de aplicação (americanizar vs*americanear, *enamericanar, *americanecer), fazendo com que o domínio de aplicaçãode cada um seja apenas parcialmente coincidente com o de outro(s). De facto, existemdiferenças assinaláveis relativamente aos subtipos semântico-aspectuais dos produtoscriados pelos diversos operadores afixais. Acresce ainda o facto de alguns operadoresafixais possuirem valores socio-dialectais que determinam a sua activação/não activação emsituações concretas.

Vers une exploitation des données morphologiques du FEW au servicede l’étymologie : le module de repérage affixal

Julia Alletsgruber (Nancy)

Dans le cadre du subside 2009/2011 financé par le Fonds National Suisse pour la Recher-che, l’équipe du Französisches Etymologisches Wörterbuch (FEW) a mis au point unmodule de repérage affixal pour permettre de mieux exploiter les données morphologiquescontenues dans ce dictionnaire. Nous aimerions ainsi contribuer à pallier l’état déficitairedes recherches dans le domaine de la morphologie constructionnelle du français et desdialectes galloromans. Nous nous servons d’une part de tables de correspondance entre unaffixe donné et une aire géolinguistique, et d’autre part de l’outil de rédaction modulaire,mis en place par l’équipe du FEW pendant le précédent subside et qui permet entre autre de

Page 2: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5320

classer les mots d’après leurs affixes. L’analyse morphologique ainsi facilitée permet danscertains cas de trouver une étymologie jusque là inconnue ou de réviser une positionantérieure. Cette méthode nous permet très concrètement de résoudre des cas d’étymologieerronée, notamment dans les premiers volumes du FEW. Dans notre communication, nousaimerions donner quelques exemples de cas où, comme pour l’article bassia1 ou encorepour pic. balons dans l’article bilanx2, l’analyse morphologique avec le module de repérageaffixal nous permet de trouver la bonne étymologie. Aussi aimerions-nous plaider pour unemeilleure prise en compte des résultats de la morphologie constructionnelle dans ledomaine de l’étymologie.

Entre composição e derivação: considerações sobrealguns compostos nominais do português brasileiro contemporâneo

Ieda Maria Alves (São Paulo)

Os tênues limites entre composição e derivação têm sido discutidos por vários autores.Citamos Wartburg (1951), para quem os dois processos estão em relação de continuidadehistórica, pois “un sustantivo puede desgastarse poco a poco semánticamente y degradarsehasta convertirse en sufijo”. Said Ali (1971), entre outros, menciona o clássico exemplo demente, substantivo latino que fazia parte de formações compostas como bona mente, feramente e, juntanto-se a adjetivos, perdeu o valor de substantivo, passando a funcionar comoadvérbio: rapidamente, recentemente.Neste trabalho, discutimos a formação de compostos neológicos constituídos por doissubstantivos justapostos, em que o primeiro elemento exerce a função de determinado e, osegundo, de determinante. O substantivo determinante, observado frequentemente nessaposição, tende a perder parte de seu significado. Os dados para nossa análise são extraídosda Base de neologismos do português brasileiro contemporâneo que, desde janeiro de1993, cumpre o objetivo geral de coletar e analisar a neologia do português brasileirocontemporâneo por meio de um corpus jornalístico (jornais e revistas brasileiros de grandecirculação) fornecendo subsídios para o estudo da evolução do léxico do portuguêsbrasileiro.Nessas formações compostas, os substantivos mais frequentes que ocupam a segundaposição na composição são, segundo nossos dados, por ordem de frequência: chave

1 CHAUVEAU, Jean-Paul, 2009. BASSIA, version provisoire publiée sur le site internet du FEW(www.atilf.fr/few), Nancy, ATILF. Ici, les suffixes des mots répertoriés dans l’article obligent àposer un étymon BASSIA et non BASSUS.

2 CHAUVEAU, Jean-Paul, 2006. BILANX, version provisoire publiée sur le site internet du FEW(www.atilf.fr/few), Nancy, ATILF, p. 35.

Page 3: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 321

(instituição-chave), fantasma (empresa-fantasma), monstro (comício-monstro), padrão(romance-padrão), piloto (loja-piloto), relâmpago (sequestro-relâmpago), símbolo(personagem-símbolo), limite (situação-limite), bomba (bicicleta-bomba), pirata (fita-pirata), alvo (célula-alvo). Esses substantivos que ocupam a segunda posição do compostovão perdendo seu valor semântico e adquirem um outro valor, adjetival, a exemplo de insti-tuição-chave, uma “instituição fundamental” e empresa-fantasma, uma “empresa fictícia”.Este tipo de formação composta, observado também em outras línguas românicas, suscitaconsiderações a respeito da natureza do segundo membro da composição. Para Dubois(1971) e Boulanger (1971), que estudam esse fato na língua francesa, esses substantivos nasegunda posição do composto não mais funcionam como compostos e passam a exerceruma função sufixal. Uma outra possibilidade seria considerá-los em vias de gramaticali-zação, uma vez que obedecem a alguns princípios desse processo, como a passagem de umestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integraçãoem um paradigma, ao ocuparem uma posição fixa no âmbito do sintagma (cf. Neves, 1997).A comunicação proposta discute esse tipo de formação, buscando argumentos paraclassificá-la entre os compostos ou entre os derivados.

Referências bibliográficasBOULANGER, J. C. Néologie et terminologie. Néologie en Marche. Montréal, 4, 5-128,

1979.DUBOIS, J. Mouvements observés dans les suffixations en français contemporain. In:

DUBOIS, J.; DUBOIS, C. Introduction à la lexicographie: le dictionnaire. Paris:Larousse, 1971.

NEVES, M. H. de M. A gramática funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997.SAID ALI, M. Gramática histórica da língua portuguesa. 7 ed. Rio de Janeiro: Acadêmica,

1971.WARTBURG, W. Problemas y metodos de la lingüística. Trad. Dámaso Alonso e Emilio

Lorenzo. Madrid: C. Bermejo, 1951.

Formación y usos de los diminutivos italianos -etto, -ino, -uccioy sus equivalentes españoles.

Antonella d’Angelis (Sevilla)

Partiendo del presupuesto que entre los procesos de formación de palabras que existen enespañol e italiano, la alteración morfológica (y en particular la disminución) es un procesoaltamente productivo y muy creativo y aunque el uso del diminutivo en español y enitaliano parece responder sólo a necesidades de variación semántica y estilística, un análisismás profundo del uso de este tipo de recurso morfológico nos permite observar

Page 4: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5322

regularidades tanto en la conformación de la escena discursiva donde se echa mano deldiminutivo como en las intenciones comunicativas que establece el emisor.El uso del diminutivo en estas dos lenguas es un importante fenómeno pragmático decomunicación mediante el cual el hablante codifica su idiosincrasia cultural y susintenciones comunicativas.Como ya hicimos en un trabajo anterior (d’Angelis-Mariottini 2006) también estainvestigación se inserta en el marco teórico de la morfopragmática, y centraremos nuestraatención en la función de los diminutivos en las situaciones comunicativas y en los actos dehabla, en las lenguas española e italiana, como mecanismos aptos para determinar elcontexto comunicativo en el primer caso y como mecanismos de atenuación de la fuerza deelocución de los actos de habla en el segundo caso.El análisis de los sufijos -etto, -ino, -uccio y sus equivalente en español pretende estudiar elcomportamiento de estos sufijos gracias al uso de varias bases de datos existentes enitaliano y en español, para determinar si de hecho, como ya adelantábamos en el anterioranálisis comparativo, emerge de nuevo una mayor frecuencia de uso de diminutivos enespañol que en italiano y usos pragmáticos distintos en relación con la percepción deproximidad entre los interlocutores.Hemos podido comprobar además que el español a diferencia del italiano permite el usosufijos diminutivos a categorías gramaticales y partes del discurso distintas a las habitualesen italiano, de hecho en italiano nunca podríamos usar un sufijo diminutivo atacándolo a unadverbio, (ej. ahorita, lueguito, nadita), saludos y despedidas, (ej. hasta lueguito, chauito,adiosito, holita, etc.) y locuciones con verbos soporte (ej. ten cuidadito).

Patrones en la evolución de los derivados verbales con prefijo a- y en-:el español clásico

Montserrat Batllori / Isabel Pujol (Girona)

Este estudio toma como punto de partida un trabajo reciente de Batllori y Pujol (2009) en elque se presenta un estado de la cuestión sobre la prefijación verbal con ad-, ab- e in- enlatín y las tendencias evolutivas de los derivados verbales en a- y en- en español medieval,especialmente en los siglos XIII y XV, a partir del análisis de un corpus textual (Corpus delEspañol de Davies y CORDE).De ahora en adelante, con el análisis de los verbos así prefijados de mayor uso que nosofrece un corpus textual del español clásico, pretendemos concretar las tendencias que ya seperfilaban en época medieval. Por otra parte, esta investigación se completará con elestudio de las primeras documentaciones de este tipo de verbos con la finalidad decorroborar si los patrones más usuales son los escogidos en la génesis de nuevos verbos.

Page 5: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 323

Con este trabajo pretendemos demostrar la existencia de un continuum del latín al españolpor lo que respecta a la evolución de patrones verbales en el que conviven herencia einnovación. El hecho de que en latín los verbos prefijados comporten implicacionesmorfosintácticas relevantes —vid. Lehmann (1983)— hace que este estudio debaextenderse más allá de la morfología —vid. Malkiel (1941)—.

BibliografíaBATLLORI, M. e I. PUJOL (2009), “El prefijo a- en la formación de derivados verbales”, en

Actas del VIII Congreso Internacional de Historia de la Lengua Española (Santiago deCompostela, 14-18 septiembre de 2009).

LEHMANN, C. (1983), “Latin preverbs and cases”, en Harm PINKSTER (ed.), LatinLinguistics and Linguistic Theory: Proceedings of the 1st International Colloquium onlatin Linguistics, Amsterdam, April 1981, John Benjamins: 145-165.

MALKIEL, Y. (1941), “Atristar – entristecer: adjectival verbs in Spanish, Portuguese andCatalan”, Studies in Philology, 38: 429-461.

Neología expresiva: la formación de palabras en Mafalda

Elisenda Bernal (Barcelona) / Carsten Sinner (Leipzig)

Uno de los personajes de cómic más conocidos por el público es, sin duda, Mafalda. Estepersonaje de Quino nació en un primer momento para una campaña publicitaria que nollegó a buen puerto. Después, el dibujante la recuperó para una tira en Primera plana y deahí dio el salto a Europa. El personaje de Mafalda, junto con todos los que la rodean, es unbuen ejemplo, además del retrato de un momento histórico y de la crítica social que sevehicula en las tiras, de cómo el humor viene provocado por el modo en que se dicen lascosas. Concretamente, nos proponemos mostrar cómo el humor de las tiras viene dado enbuena medida por los neologismos formales que se usan en ellas, a partir del análisis deestos neologismos y los procesos de formación de palabras que los generan, especialmentedesde el punto de vista de la transgresión de las reglas.En este sentido, presentaremos cómo el recurso al fondo clásico favorece la formación depalabras muy precisas desde el punto de vista semántico, pero al mismo tiempo muyexpresivas y sorprendentes, hasta cierto punto. Se trata, sin duda, de neologismosexpresivos efímeros, que no transcienden las páginas en las que fueron creadas, pero quedesde el punto de vista lingüístico son muy interesantes, ya que los hablantes lasdecodifican adecuadamente y saben apreciar, aunque sea de modo inconsciente, el juegotransgresor del lenguaje, responsable, al fin, del humor.

Page 6: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5324

Considerazioni sulla rivalutazione della prefissazionenel romeno attuale

Mirela Boncea (Timişoara)

Fino agli anni ’90, il sistema della derivazione con prefissi nella lingua romena è stato rigo-rosamente descritto, tanto sul rapporto semantico, nonché strutturale, come meccanismo diformazione, nei primi due volumi di Graur /Avram 1970, 1978.Dopo la Rivoluzione Romena del 1989, con l’ “esplosione” informazionale e l’aperturademocratica della società e, implicitamente, della lingua, settori della prefissazione chesembravano di aver esaurito le loro possibilità, hanno conosciuto una ripresa inaspettata. Illessico romeno è stato valorizzato con numerosi lessemi derivati in questo modo - non soloformazioni occasionali, ma anche molte parole stabili, ciò che dimostra una volta in più laproduttività dei rispettivi morfemi lessicali. Elementi formativi considerati però dicomposizione cominciano a produrre nuove serie derivative, prendendo così lo statuto diprefisso.L’esplosione dell’economia capitalista e della pubblicità (quasi sconosciuta nel periodosocialista) ha portato all’apparizione di numerose parole con significato di superlativo chesono passate poi dallo stile commerciale in altri settori della lingua.Il fenomeno si manifesta soprattutto nello stile pubblicistico, dove è apparso un grannumero di nuove parole di questo tipo. L’inventario dei prefissi si è arricchitoimplicitamente con prefissoidi o pseudo-prefissi, tra i quali i più significativi essendo mega-, macro-, ultra-, micro-, mini-:

(1) În a doua parte a anului se va lansa minimallul Cadran Huşi... (Capital, febr. 2010, p.23).“Nella seconda metà dell’anno sarà inaugurato il minimall Cadran Huşi...

(2) În februarie megaofertă la superpreţ. (Capital, febr. 2010, p. 32)“A febbraio megaofferta a superprezzo.”

Le neoformazioni con super- sono le più frequenti nel romeno attuale, ma si nota anche ilfatto che esse sono sempre più concurate da quelle con hiper-/hyper- e, a volte con ultra-:hipermarket (ipermercato), hipermall (ipermall), hipercentralizat (ipercentralizzato):

(3) Carrefour extinde suprafaţa hypermarketului din Militari. (Libertatea, apr. 2001)“Carrefour estende la superficie dell’ipermercato di Militari.”

(4) 8 Martie nu presupune cadouri super-ultra-sofisticate.(www.ziuadevest.ro /arhiva03Martie2002/08.03.p.1)“L’8 Marzo non significa regali super-ultra-sofisticati.”

Ci sono casi quando il prefisso, molto frequente sta dopo la base, diventando un aggettivoqualificativo Così superidei diventa idei super:

(5) Gustoase şi uşor de gătit, idei super din topul culinar. (Secretele bucătăriei, febr.2010)“Saporite e facili da cucinare, idee super dal top culinario.”

Page 7: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 325

Nel romeno attuale, lo stesso prefisso è spesso usato come complemento predicativo, inespressioni come e super significando “è eccezionale, straordinario”.Oltre alla stampa scritta, esempi di questo tipo si incontrano anche nel campo audiovisivo,sul Internet (specialmente sui forum). Esistono slogan pubblicitari come SuperofertaConnex Go! oppure sostantivi di tipo superstar, superwoman ecc.Un altro prefisso sempre con significato superlativo e frequentemente usato è ultra-:

(6) Ocazie! Vilă ultracentrală, ultrafinisată”.“Occasione! Villa ultracentrale, ultrarifinita”.

Per l’amplificazione del significato superlativo, si crea il fenomeno della ridondanzarealizzato con il cumulo di prefissi/prefissoidi (sopraprefissazione e anche pluriprefissa-zione). La moltitudine dei lessemi di questo tipo non è propria solo al romeno. Numerosesono le parole provenienti dall’inglese: supershow, superfood, superman, megastar ecc.Oltre ai termini inglesi esistono prestiti da altre lingue, l’italiano ad esempio: supercalcio,superbacio, supermercato.La nostra relazione si propone di presentare una descrizione dettagliata di tali fenomeni,fondata sull’analisi di un corpus di lingua romena attuale, con tante esemplificazioni dallastampa romena di vari tipi e orientamenti.La ricerca è sincronica, senza rinunciare a certe testimonianze diacroniche quando ciò ènecessario. Non abbiamo trascurato l’influenza delle lingue romanze, e ne presentiamo gliinflussi del francese o dell’italiano. Il presente studio si propone di esporre il modo disviluppo attuale di questo settore molto dinamico del lessico romeno, prendendo in consi-derazione le modifiche dell’inventario dei prefissi, la rivalutazione dei criteri per la loroclassificazione in prefissi ed lessemi di composizione e una nuova gerarchia nell’ambito deiderivati.

Bibliografia minimaleGRAUR, Alexandru/AVRAM, Mioara (coord.) (1970;1978) Formarea cuvintelor în limba

română, Vol.I Compunerea; Vol. II Prefixarea, Bucureşti, Editura Academiei Române.DRINCU, Sergiu (1998), Derivarea cu prefixe. De la latină la română, Timişoara, Editura

Amphora.DRINCU, Sergiu (1999), Compunerea şi prefixarea, Timişoara, Editura Amphora.GROSSMANN, Maria/RAINER, Franz (coord), (2004) Formazione delle parole in italiano,

Tübingen, Max Niemeyer Verlag.SERIANNI LUCA, (2007) Italiani scritti, Bologna, Il Mulino.STOICHIŢOIU ICHIM, Adriana, (2008) „Observaţii privind semantismul afixoidelor în româna

actuală”, in: SCL, LIX: 1, p. 238-250.

Page 8: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5326

La composició patrimonial en les llengües romàniques:un recurs en recessió?

M. Teresa Cabré Castellví / Alba Coll Pérez / M. Amor Montané March (Barcelona)

Les llengües evolucionen permanentment i el lèxic és un dels aspectes en què són mésvisibles els canvis. No només pel fet que apareixen contínuament paraules noves quedenominen noves realitats sinó també perquè es modifica la freqüència dels processos deformació de paraules al llarg del temps. Tanmateix, no totes les llengües romàniquesevolucionen harmònicament en relació a l’ús de determinats recursos. En la nostracomunicació, prenent com a punt de partida els resultats sobre la composició patrimoniald’Estopà (2009), on mostra com aquest procés recula en favor d’un cas de composició NNque se situa a cavall de la composició i la sintagmació. Analitzarem aquesta tendència enles altres llengües romàniques a fi d’observar si la composició patrimonial s’ha convertit enun reducte improductiu per a l’actualització del seu lèxic.

Os sufixos –ncia e –nça em português

Maria Do Ceu Caetano

Para os gramáticos históricos (cf., por exemplo, José J. Nunes [1919] 19899: 369), o sufixolatino –ntĭa é o resultado da junção do sufixo –ĭa às terminações dos particípios de presente(-ans, -āntis e –(i)ens, -(i)ĕntis), processo que, segundo Ferreiro (1997: 135-136), foifrequente “no latim arcaico e também no tardio”, em que -āntĭa e -ĕntĭa deram lugar àcriação de inúmeros substantivos derivados de verbos. A posição assumida por estesgramáticos é a de que o sufixo latino –ntĭa viria a dar origem a –ncia e -nça, sendo oprimeiro a forma “erudita” do sufixo latino e o segundo a forma “popular”.Com base nestes pressupostos, procurarei analisar a alternância –ncia / -nça e verificar se –nça é ou não um alomorfe de –ncia, recorrendo a dados recolhidos quer em gramáticashistóricas do português, quer em fontes primárias (textos dos séc. XIII-XX).Outro dos aspectos a considerar será a variação diacrónica a que estão sujeitos os processosmorfológicos de formação de palavras, em função de diferenças observadas em termos dasua rentabilidade e disponibilidade. Para tal, serão confrontados os derivados em queocorrem os sufixos em análise com derivados a partir da mesma base mas formados comoutros sufixos, com formas regressivas e com formas [+lat].Deste modo, espera-se que o nosso trabalho contribua para uma descrição mais sólida daderivação sufixal em português e para o reconhecer da importância de uma abordagemdiacrónica nos estudos de formação de palavras.

Page 9: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 327

ReferênciasFERREIRO, Manuel. 1997. Gramática Histórica Galega. II Lexicoloxía. Santiago de

Compostela : Edicións LaioventoNUNES, José Joaquim. [1919] 19899. Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa

(Fonética e Morfologia). Lisboa: Clássica Editora

Estudo do sufixo –aria/-eria na língua portuguesa em comparação comalgumas das línguas iberorromânicas

Victoria G. Condé (São Paulo)

Neste trabalho, pretendemos discutir, por meio de metodologias diacrônicas, como o sufixo-aria, originário do latim e forma patrimonial da língua portuguesa, ainda se mantém nestalíngua como ‘sufixo relíquia’ e como a forma considerada variante -eria se apresenta frenteà forma patrimonial citada, visto que as outras línguas românicas apresentam a formaoriginária do francês -erie. Com o intuito de contextualizar a língua portuguesa naRomânica Ibérica estabeleceremos uma comparação com outras línguas de mesma origemhistórica, a saber, o galego; verificaremos se outras línguas de contato apresentam a forma-aria, é o caso, por exemplo, do astur-leonês. Será feita uma análise comparativa dassignificações semânticas do sufixo nas línguas citadas com o fim de perceber se apresentammesma significação. Finalmente, cumpre informar que essa pesquisa está integrada a umgrupo intitulado Morfologia Histórica do Português da Universidade de São Paulo. Ocorpus foi retirado do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001). A partir daspalavras listadas do referido dicionário, as quais apresentam datação, buscamos compará-las ao Dicionário de Usos do Português do Brasil de Francisco da Silva Borba (2002), oprimeiro dicionário de português elaborado a partir da língua utilizada no Brasil paradepreender se esta variante neste século apresentou alguma criação, pois tanto -aria quanto-eria não se mostram muito produtivos tanto na língua portuguesa quanto nas línguascitadas supra.

I composti “colorati” in italiano tra passato e presente

Paolo D’Achille (Roma) / Maria Grossmann (l’Aquila)

Nel continuum che va dalla sintassi alla morfologia, cioè da formazioni di tipo sintatticoasindetico a formazioni prototipicamente compositive, quelle che indicano colori rivestonoin italiano un particolare interesse, sia in sincronia sia in diacronia, da vari punti di vista.

Page 10: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5328

Queste formazioni pongono a chi intende analizzarle gli stessi problemi di tutti i compostiaggettivali (brevemente trattati nei principali testi di riferimento: Tollemache 1945: 60-73,234-240; Rohlfs 1966-1969: § 998; Dardano 1978: 193-194; Tekavčić 21980: §§ 1134-1140; Bisetto 2004: 47-49, e più recentemente approfonditi in D’Achille/Grossmann 2009;in stampa; Grossmann/Rainer 2009), e cioè: a livello grafico, univerbazione o meno; alivello morfosintattico, accordo di entrambi i costituenti, o solo del secondo, con i nomi cuisono riferiti; sul piano sintattico e semantico, rapporto tra i due costituenti, determinativo ocoordinativo, additivo o intersettivo, ecc. Ma in questo caso particolare i problemisembrano ancora più complessi, sia per quanto riguarda la natura aggettivale dei composti edei loro costituenti (specie quando entrano in gioco nomi che designano colori ma nonrispondono positivamente ai test di aggettivalità, come viola, pesca, salmone, ecc.; cfr.Thornton 2004; Fábregas 2005), sia per la loro possibile origine, popolare e non dotta(Folena 1951), sia, infine, per l’individuazione di possibili restrizioni circa le combinazionie le posizioni dei costituenti.In effetti, sotto l’etichetta “termini di colore composti” si possono raccogliere formazionitra loro diverse per aspetti non trascurabili, tanto che riteniamo opportuno, anzitutto,presentare le categorie che abbiamo individuato, secondo un ordine che cerca di combinareil criterio sintattico-semantico (prima le formazioni determinative, poi quelle coordinative),con quello storico (all’interno delle due categorie precedono le formazioni che sembranopiù antiche; precisiamo che, se non diversamente indicato, gli esempi provengono dalCorpus “la Repubblica”/SSLMIT, su cui v. Baroni et al. 2004):1) formazioni determinative in cui il secondo costituente è un aggettivo come chiaro,

scuro, pallido, ecc., che indica una gradazione del colore designato dal primocostituente (“si avviò con lei giù nell’ombra verdechiara del viale”, Fogazzaro, 1885;“capelli biondo-scuri”); oppure un aggettivo, deaggettivale (che può anche indicare unaltro colore) o denominale, che determina il primo (“questa di flutti e di piante/ verde-azzurrina conca solitaria”, D’Annunzio, 1896; “cristalli blu-verdastri”, “abiti bluministeriali”); i due costituenti restano di solito graficamente staccati (o tutt’al piùlegati da un trattino), ma per quanto riguarda l’accordo sono notevoli le oscillazioni(“la verdechiaro berlina”, Dossi, 1881; “palazzina rosso scuro” / “L'ulivo […] ha lascorza unita, cenerina al di fuori, verde-chiara al di dentro”, Tavanti, 1819; “occhiazzurro-chiari” / “l’argento precipitato dalla sua soluzione prendeva una tinta rossa-scura”, Giornale pisano dei letterati, 1806; “giacca rossa scura”);

2) formazioni determinative in cui il primo costituente è un aggettivo di colore mentre ilsecondo è un nome che, aggiunto all’aggettivo, ne indica una particolare tonalità (“unmantello di panno verde-bottiglia”, Capuana, 1891; “scarpe rosso fuoco”); questeformazioni sembrano resistere sia all’univerbazione sia all’accordo, assente in genereanche nel caso del primo costituente, tanto da far ipotizzare un’ellissi da strutturasoggiacente come panno [(di) color(e)] verde bottiglia;

3) formazioni coordinative reduplicative, utilizzate per riferirsi al punto considerato focaledel colore in questione; in questo caso i due costituenti graficamente si presentano, diregola, non univerbati e sono accordati entrambi al nome (“i quali [pappagalli] sono

Page 11: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 329

piccolini verdi verdi con una fascia rossa intorno al collo”, Filippo Sassetti, sec. XVI;“occhi azzurri azzurri”);

4) formazioni coordinative dove sono accostati due aggettivi indicanti colori, la cui unionepuò avere significato sia intersettivo (verd(e)azzurro ‘tra il verde e l’azzurro’), siaadditivo (verd(e)azzurro ‘verde e azzurro’); sia il primo sia il secondo costituente, oanche ambedue, possono essere derivati da aggettivi di colore (“riga rossastro-castana”, “maglione celeste-verdino”, tonalità “rossiccio-verdastre”). Questi compostisono spesso univerbati (“Cavalieri di corredo son quelli che con la veste verdebruna econ la dorata ghirlanda pigliano la cavalleria”, Sacchetti, sec. XIV) e l’accordo con inomi è in genere limitato al secondo costituente. Ma le oscillazioni sono frequenti,anche in diacronia (“nel cerchio divino dei colli verdineri”, Slataper, 1912; “Per ladifesa rosanero spunta l’ipotesi Andrè Dias”, da Internet);

5) formazioni coordinative, con significato additivo, che uniscono non due ma trecostituenti, riferiti quasi esclusivamente a bandiere (“bandiera verde-rosso-nera”), opersino quattro (“La Sciantosa: […] Come sono? / bianca, / rossa, / verde, / nera?/ sonodi tutti i colori,/ biancorossa,/ verdenera,/ giallolillarosablù”, Pirandello, 1932; “ban-diera rosso-verde-bianco-nera”).

La comunicazione intende presentare e analizzare queste formazioni sulla base di una seriedi esempi, ricavati dal citato Corpus la Repubblica”/SSLMIT e raccolti da testi del passato,per coglierne, sul piano sia sincronico sia diacronico, le caratteristiche, l’appartenenza avocabolari settoriali (linguaggio letterario, scientifico, giornalistico, ecc.), con qualcheparallelo nelle altre lingue romanze (per l’aspetto semantico dei termini di colore iriferimenti sono a André 1949; Kristol 1978; Grossmann 1988).Particolarmente interessante ci sembra lo studio del tipo 4), per almeno tre aspetti:

a) la distinzione semantica tra i composti intersettivi e quelli additivi, che può esseredisambiguata solo dal contesto (e non sempre: “un gatto bianco-giallo” può esseresia ‘un gatto bianco con macchie giallastre’, sia ‘un gatto dal pelo bianco tendenteal giallo’);

b) il ventaglio delle possibili combinazioni dei costituenti, derivati compresi, anchein rapporto al significato (con valore intersettivo sono attestati sia grigioverde cheverdegrigio, così come rossiccio-verdastre e rossoviola);

c) i significati metaforici e metonimici dei composti additivi, riferibili a membri diassociazioni sportive (“ultrà bianco-rossi”) o di formazioni politiche (“amministra-zioni bianco-rosse”), oppure ancora a generi narrativi (“avventure giallo-rosa”).

BibliografiaANDRE, Jacques (1949): Étude sur les termes de couleur dans la langue latine. Paris: Les

Belles Lettres.BARONI, Marco et al. (2004): Introducing the la Repubblica corpus: a large, annotated,

TEI(XML)-compliant corpus of newspaper Italian. In: LINO, M.T. et al. (edd.):Proceedings of the 4th international conference on language resources and evaluation.Lisbon, Portugal, 2004. Paris: ELRA, 1771-1774.

Page 12: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5330

Corpus “la Repubblica”/SSLMIT,http://sslmitdev-online.sslmit.unibo.it/corpora/corpus.php?

path=&name=Repubblica.BISETTO, Antonietta (2004): Composizione con elementi italiani. In: GROSSMANN/RAINER

(edd.), 31-51.DARDANO, Maurizio (1978): La formazione delle parole nell’italiano di oggi. Roma:

Bulzoni.D’ACHILLE, Paolo / GROSSMANN, Maria (2009): Stabilità e instabilità dei composti

aggettivo + aggettivo in italiano. In: LOMBARDI VALLAURI, E. / MEREU, L. (edd.):Spazi linguistici. Studi in onore di Raffaele Simone. Roma: Bulzoni, 143-171.

–– (in stampa): I composti aggettivo + aggettivo in italiano. In: Actes du XXV CongrèsInternational de Linguistique et de Philologie Romanes (3-8 sept. 2007, Innsbruck).Tübingen: Niemeyer.

FÁBREGAS, Antonio (2005): Universals and Grammatical Categories: A DistributedMorphology Analysis of Spanish Colour Terms. In: BOOIJ, G. et al. (edd.): Morphologyand Linguistic Typology. On-line Proceedings of the Fourth MediterraneanMorphology Meeting (MMM4) Catania 21-23 September 2003. University of Bologna:http://morbo.lingue.unibo.it/mmm/.

FOLENA, Gianfranco (1951): Chiaroscuro leonardesco. In: Lingua Nostra 12, 57-63.GROSSMANN, Maria (1988): Colori e lessico. Studi sulla struttura semantica degli aggettivi

di colore in catalano, castigliano, italiano, romeno, latino ed ungherese. Tübingen:Narr.

GROSSMANN, Maria; RAINER, Franz (2009): Italian adjective-adjective compounds:between morphology and syntax. In: GAETA, L. / GROSSMANN, M. (edd.): Compoundsbetween syntax and lexicon, Italian Journal of Linguistics/Rivista di Linguistica 21/1,71-96.

–– (2004): La formazione delle parole in italiano. Tübingen: Niemeyer.KRISTOL, Andres M. (1978): Color. Les langues romanes devant le phenomène de la

couleur. Berne: Francke.TEKAVČIĆ, Pavao (21980): Grammatica storica dell’italiano. Vol. III: Lessico. Bologna: Il

Mulino.ROHLFS, Gerhard (1966-1969): Grammatica storica della lingua italiana e dei suoi dialetti.

Torino: Einaudi.THORNTON, Anna M. (2004): Conversione in aggettivi. In: GROSSMANN/RAINER (edd.),

526-533.TOLLEMACHE, Federico (1945): Le parole composte nella lingua italiana. Roma: Edizioni

Rores di Nicola Ruffolo.

Page 13: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 331

Formação de palavras no universo literário:uma análise de Galáxias, de Haroldo de Campos

Alessandra Ferreira Ignez (Brasil)

Embora os processos de formação de palavras sejam os mesmos, a neologia, de acordo comGuilbert, pode ser separada em dois grupos: neologia denominativa e neologia estilística.Como se observa, os processos são idênticos, no entanto as funções que as criaçõesdesempenham em seus universos discursivos são distintas: no primeiro caso, cria-se umapalavra a fim que supra uma necessidade comunicativa, denominando, pois, novosconceitos e objetos que surgem no cerne de uma sociedade, e, no segundo, novas palavrassão empregadas para atender a uma necessidade expressiva ou revelar um modo particularde se perceber a realidade. De um lado, estão os neologismos denominativos, que registramo novo e refletem o desenvolvimento de uma dada sociedade; e, de outro, os neologismosestilísticos, que servem, sobretudo, para traduzir de modo inédito uma ideia já concebida,renovando, portanto, o modo de expressão.Normalmente, os neologismos estilísticos surgem em textos literários, pois seus autoresbuscam atingir expressividade com eles. Nesse contexto, sabe-se que a sua frequência deuso, na maioria das vezes, é restrita e que sua dicionarização torna-se, então, mais difícil.Não se pode, assim, dizer que os neologismos estilísticos prestam-se, propriamente, aoenriquecimento lexical, mas revelam as potencialidades de renovação do léxico. Seu estudopara a Lexicologia e para a Morfologia faz-se importante por essa razão.Entretanto, é preciso assinalar que essas criações, diferentemente das denominativas,possuem aspectos expressivos que não devem ser ignorados. Desse modo, sua análise devebasear-se não só na Lexicologia e na Morfologia, mas também na Estilística Léxica, que sedebruça sobre os traços expressivos das palavras. Utilizando esse tripé, o pesquisador podeempenhar-se nos estudos dessas criações.Neste trabalho, pretende-se apresentar uma amostra dos neologismos existentes emGaláxias, de Haroldo de Campos; obra que pode ser considerada um manancial de criaçõeslexicais. Tentar-se-á apresentar os processos utilizados pelo autor e a expressividade dasnovas unidades lexicais para seus contextos discursivos.

Impératif et ‘Mot Minimal’ en Catalan

F. Floricic

Des contraintes de taille minimale ont été reconnues dans de nombreuses langues.Il a été montré que les langues imposent un seuil en deçà duquel un élément donné peuts’avérer ‘malformé’ car subminimal. Or ces contraintes ont été identifiées essentiellement

Page 14: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5332

sur la base des lexèmes nominaux d’une langue et notamment sur les hypocoristiques (cf.Cabré (1994), etc.). Si l’on prend en considération les formes verbales que compte unelangue, le tableau apparaît néanmoins comme plus complexe. C’est ce que montrentnotamment les impératifs catalans.Les données du Catalan confirment l’hypothèse que le trochée moraïque est un patternprosodique récurrent parmi les impératifs. Comme indiqué par Cabré i Monet (1993), cesimpératifs offrent généralement une structure CVC ou CVGlide. Or pour Cabré i Monet(1993: 81), le trochée moraïque est également responsable du phénomène d’allomorphiequ’affichent certains impératifs : “Cal ressaltar també que les formes imperatives de 2psdels verbs anar, fer, venir, no prenen les corresponents de la 3psPI com caldria esperar,perquè questes formes no s’ajusten a les condicions del mot mínim de la llengua: va/vés,fa/fes, ve/vine”. On montrera que ces formes d’impératif ne doivent pas leur physionomieparticulière à des contraintes phonologiques telles que le ‘Mot Minimal’, mais plutôt à unphénomène d’hypercaractérisation morphologique. On s’interrogera donc sur le statutmorpho-phonologique de ces impératifs et on se demandera a) pourquoi ces derniers‘transgressent’ les contraintes de Minimalité; b) comment éclairer et justifier les violationsphonologiques apparentes. Parmi les facteurs pertinents, la fréquence d’emploi a depuislongtemps été invoquée comme principe ou comme paramètre à prendre en considération(cf. Manczak (2004)). Il est évident que la fréquence d’emploi constitue un moteur duchangement linguistique et qu’elle est sans doute à l’origine d’amputations phonétiquesradicales et d’irrégularités au regard des ‘lois phonétiques’. On montrera cependant que lafréquence d’emploi n’est pas à même d’expliquer la forme des impératifs monosyllabiquesdu catalan ; on avancera qu’il est nécessaire de prendre en considération d’autresparamètres dont on montrera qu’ils ont une incidence directe sur la taille de ces impératifs.

RéférencesCABRE, T. (1994), “Minimality in the Catalan Truncation process”, in Catalan Working

Papers in Linguistics 4 (1). pp.1-21FLORICIC, F. & MOLINU L. (2003), « Imperativi ‘monosillabici’ e ‘Minimal Word’ initaliano ‘standard’ e in sardo », in Actes du XXXV Congresso internazionale di Studi della

SLI. Il verbo italiano (Paris, 20 - 22 septembre 2001). Bulzoni, Roma. pp.343-357HASPELMATH M. (2006), «Against markedness (and what to replace it with)», Journal of

linguistics 42/1, pp.25-70MANCZAK, W. (2004), « Certaines formes de l’impératif en italien et en sarde », in M.

SWIATKOWSKA, R. SOSNOWSKI, I. PIECHNIK (eds.), Maestro e Amico. Miscellanea inonore di Stanislaw Widlak. Mistrz i Przyjaciel. Studia dedykowane StanislawowiWidlakowi. Wydawnictwo UJ, Kraków. pp.231-234

PEREA, M. P. (2005), Dades dialectales. Antoni M. Alcover. Palma de Mallorca:Conselleria d’Educació i Cultura. Govern de les Illes Ballears CDRom edition

PEREZ SALDANYA M. (1998), Del llatí al català. Morfosintaxi verbal històrica. València:Universitat de València

Page 15: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 333

A formação de palavras com pseudo e teca

Mafalda Frade

O nosso estudo centrar-se-á num dos processos de formação de palavras em portuguêscontemporâneo, mais concretamente na formação de vocábulos a partir de elementosneoclássicos (também chamados ‘compostos eruditos’) que hoje levantam questõespertinentes aos morfólogos.Aparentemente, os mecanismos de construção de palavras com este tipo de elementosrevelam hoje características diferentes daquelas que são descritas nas gramáticas, permitin-do uma aproximação à derivação e uma comparação entre o comportamento destes elemen-tos e o dos afixos. Do que nos foi possível observar, ao contrário do que é comummenteaceite como típico da composição erudita, estão a surgir formas em que os elementosneoclássicos parecem ocupar posições fixas e se combinam com outras formas comautonomia e que não são oriundas das línguas grega ou latina.Apesar do uso destes elementos neoclássicos no português contemporâneo os aproximar docomportamento dos prefixos e dos sufixos, não há uma rejeição das suas características deorigem, continuando a ser produtivos na composição de novas palavras.Neste trabalho, estudaremos com mais pormenor duas formas oriundas do grego – pseudo eteca – que, apesar da sua especificidade de elementos neoclássicos, possuem nestemomento propriedades que não permitem que sejam olhadas apenas como simpleselementos de composição de formas eruditas. É nosso entender, assim, que se situam entrea composição propriamente dita e a derivação, fazendo parte de um processo que ainda nãoestá bem explicado ou definido nas línguas modernas, mas a que importa dedicar especialatenção. Para apoiar este nosso ponto de vista, procuraremos analisar o tratamento que édado a estas duas formas em dicionários e gramáticas (especialmente gramáticas históricas)e observaremos o comportamento que assume no português contemporâneo a partir devocábulos retirados de bases de dados textuais disponíveis em linha, como é o caso doCETEMPúblico (disponível em http://www.linguateca.pt/cetempublico/) ou do CorpusDavies/Ferreira (disponível em http://www.corpusdoportugues.org/).Assim, questionaremos se estamos perante processos de composição em português ou se,por perda de autonomia da forma de origem, nos encontramos perante mudanças nocontinuum morfológico que estão a provocar o aparecimento de formações com caracterís-ticas derivacionais.

Page 16: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5334

A abrangência semântica e datação dos vocábulos com sufixo–ismo no dicionário de Língua Portuguesa Antônio Houaiss

Vanderlei Gianastacio

As gramáticas de língua portuguesa afirmam que o sufixo -ismo teve sua origem no sufixogrego –ismós. Ao consultar as gramáticas da língua grega, percebeu-se que –ismós não eraum sufixo neste idioma. O sufixo –ismo, na língua portuguesa teve sua origem no sufixo outerminação grega –mós. Esse sufixo, na língua grega, assinala ação, como por exemplo, ovocábulo κλαυθ–μός, que significa pranto, choro, oriundo de κλαίω – eu choro, da raizκλαφ. Isso ocorre com os verbos que terminam em –ίζω (izo) que também apresentam ofuturo regular –ίσω, (izo), neste caso, usando a letra sigma.Na língua grega, para a formação do futuro de um verbo, algumas terminações de raiz, sãotransformadas em sigma σ. Por exemplo: as línguo-dentais τ, δ, θ + σ = σ. O verbo βαπτίζω– imerjo, mergulho, tem como raiz βαπτιδ-, com terminação em sigma. Por esse motivo overbo βαπτίζω, (baptizo) batizar, no futuro, torna-se βαπτίσω, com o uso da letra sigma.Quando esse verbo é transformado em substantivo, o σ (sigma) permanece antes do sufixo -μός, por exemplo, βαπτισμός, (baptismós) batismo, que significa o ato da imersão.Entende-se assim, que o sufixo –ismo da língua portuguesa teve sua origem no sufixo outerminação –mós da língua grega, e não no sufixo grego -ismós como é afirmado por váriasgramáticas portuguesas. O sufixo –ismós passou a ser utilizado, por empréstimo, na língualatina por meio das palavras transliteradas de origem grega, algumas delas utilizadas nomeio eclesiástico. Percebe-se isso com a palavra βαπτισμός – batismo, por exemplo, que naVulgata é baptismus. Por esse motivo, afirmar que o sufixo –ismo teve origem na línguagrega, é não estar atento a essas mudanças e a qual foi o critério utilizado para transformaro sufixo –mós em –ismo.A fim de compreender a abrangência semântica do sufixo –ismo na língua portuguesa,utilizou-se o dicionário Houaiss (2001) como corpus, recorrendo-se aos vocábulosconstruídos com esse sufixo. O trabalho de coleta desses vocábulos foi realizado peloGrupo de Pesquisa de Morfologia Histórica do Português, da Universidade de São Paulo,dirigido pelo professor Dr. Mário Eduardo Viaro. Encontrou-se nessa pesquisa duas mil,trezentas e quarenta e três (2.343) palavras com sufixo –ismo. Selecionadas e datadassegundo o dicionário, o procedimento seguinte foi fazer a paráfrase de cada vocábulo, como objetivo de organizar e classificar as possíveis acepções percebidas com sufixo –ismo.As gramáticas de língua portuguesa afirmam que o sufixo –ismo forma doutrina ousistemas, sejam eles artísticos, filosóficos, políticos e religiosos; também constroempalavras com o modo de proceder ou pensar e além disso, o sufixo –ismo também podedenominar a forma peculiar de uma língua e terminologia científica. Com essa pesquisanotou-se que esse sufixo também pode denominar um período religioso, como no caso devedismo e, segundo Houaiss, a formação de coletivo no vocábulo colunismo, sendo coletivode colunista.

Page 17: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 335

Pela necessidade de pesquisar em outros corpora, identificou-se datação diferente entre osvocábulos com sufixo –ismo, encontrados no dicionário Houaiss os do Corpus doPortuguês CdP. Das duas mil trezentas e quarenta e uma (2.341) palavras com sufixo –ismo, encontradas no dicionário Houaiss, mil e oitenta e três (1.083) não têm registro dedatação. As mil duzentas e cinquenta e oito palavras (1.258) com datação estão divididascom as seguintes datas, para entrada no léxico português: duas (02) palavras estãoregistradas com datação no século XIII, quatro (04) palavras, no século XIV, três (03)palavras, com a datação do século XV, dez (10) palavras, com datação no século XVI,dezesseis (16) palavras, com datação no século XVII, trinta e uma (31) palavras, comdatação do século XVIII, seiscentas e dezessete (611) palavras, com a datação do séculoXIX e quinhentas e oitenta e uma (581) palavras, com a datação do século XX.

Todas as palavras com datação do Houaiss foram comparadas com a datação dosvocábulos encontrados no CdP. Atentou-se para as datas que retroagem no CdP. As quenão têm registro de datação no Houaiss não foram comparadas com o CdP. Desta forma, onúmero de palavras que retroagem, em relação à datação de Houaiss, são: uma (01) noséculo XVII, seis (06) no século XVIII, dez (10) no século XIX e vinte e duas (22) noséculo XX.

La valencia en la formación de palabras

Jens Lüdtke (Heidelberg)

En el estudio de la valencia se privilegia el análisis de los verbos que son palabrasprimarias. Independientemente de si se enfoca el tema desde la estructura argumental, lavalencia o la dependencia, que convergen hasta cierto punto, se llama la atención sobre loshechos lingüísticos. Tampoco se analiza la estructura morfológica. La lengua estudiada esel español.Se trata de aclarar las condiciones en las cuales los verbos traspuestos resultan mono obivalentes como en serpentear vs. marisquear, martillear monovalente vs. martillearbivalente. De interés particular es el aumento eventual de la valencia en las verbalizacionesde preposición + sustantivo o adjetivo en condiciones determinadas, como en enterrar aalguien vs. el uso metafórico enterrar a alguien en un pueblo. En cambio, parece que losverbos modificados conservan siempre la valencia de la base.La valencia de las nominalizaciones predicativas depende de los verbos subyacentes comose comprueba en serpenteo vs. marisqueo, lo cual se expresa también en la sintaxis de lasnominalizaciones predicativas.En suma, la valencia vertebra una parte considerable de la formación de palabras, inclusocuando los resultados lexicogenéticos son lexicalizados.

Page 18: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5336

La composición binominal de los términos referidos al ámbitode la moda actual: análisis y clasificación

Aurora Martínez Ezquerro (Haro)

El objetivo fundamental de la presente comunicación consiste en ofrecer nuevas aportacio-nes en relación con la formación de palabras en el español actual, concretamente sedestacan ciertas creaciones lingüísticas utilizadas en el ámbito de la moda. A partir de unnutrido corpus extraído de revistas de indumentaria femenina que gozan de gran difusión enel mercado español –se analizaron las correspondientes a las temporadas incluidas en losaños 2009 y 2010–, se muestran los procedimientos morfológicos que más rendimientoofrecen en la composición de las denominaciones utilizadas en el cambiante mundo de laestética.En el corpus analizado destaca la incorporación de préstamos de otras lenguas (predominanlos anglicismos crudos, como es el caso de dress code o boyfriend jeans; y también loshíbridos como, por ejemplo, diseños oversize, vestido strapless o prints salvajes); pero nosólo se aprecia esta tendencia, también es reseñable el procedimiento de la derivación (enalgunos casos se toma como raíz el anglicismo crudo, obsérvense las sufijaciones enlookazos, fashionista, customizar o glamourizar). Ante la necesidad de describir el nuevoobjeto o tendencia en cuestión, también se recurre a la prefijación (maxibolso ominivestidos). Pero aparte de estos recursos empleados en la formación de palabras, resultaespecialmente interesante el que atañe a la composición sintagmática, y especialmente laconstituida por los “compuestos de doble sustantivo” o “compuestos nominales” (prendaestrella, vaqueros bombachos, falda lápiz o efecto disfraz) cuyo nivel de lexicalizaciónresulta, en algunos casos, vacilante (cinturilla fajín/cinturilla-fajín).La productividad de este tipo de composición resulta abundante en el mundo de la moda ysu ventaja se halla en la posibilidad de que estos nombres se agrupan en estructuras purassin alcanzar un nivel de forma léxica plena que implicaría la unión gráfica. Constituyen,pues, un tipo efímero de formación, ya que los términos pueden ser eliminados ysustituidos. Esta circunstancia resulta acorde a la mudable novedad estética que cadatemporada dictamina la moda y, asimismo, conforma un “léxico necesario y circunstancial”–por lo general, las designaciones que aluden a creaciones de la última temporada quedaránobsoletas en la temporada siguiente–. Por otro lado, estas abundantes composiciones debensu influencia a la particular terminología y sintaxis propias del inglés, lengua que sirve devínculo comercial y cuya difusión es muy amplia a través de los diversos canales decomunicación.En el presente trabajo se analizan, por tanto, estas formaciones nominales y se atiendeespecialmente a los problemas fundamentales que presentan en lo que concierne a sunaturaleza morfológica, comportamiento sintáctico y aspectos semánticos.NOTA: Aunque tal vez no resulte pertinente, añado la bibliografía que por el momento seha consultado para la elaboración de la presente comunicación.

Page 19: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 337

BibliografíaMorfologíaAGUILAR MARTÍNEZ DE ARTOLA, Almudena; BARRIOS RODRÍGUEZ, M.ª Auxiliadora y

GARCÍA ARANDA, M.ª Ángeles: “Consideraciones acerca de los neologismos en laprensa actual”, en Tendencias en la investigación lexicográfica del español: eldiccionario como objeto de estudio lingüístico y didáctico. Actas del Congresocelebrado en la Universidad de Huelva del 25 al 27 de noviembre de 1998. Huelva,Universidad de Huelva, 2000, 237-246.

ALMELA PÉREZ, Ramón: Procedimientos de formación de palabras en español. Barcelona,Ariel, 1999.

ALVAR, Manuel Y POTTIER, Bernard: Morfología histórica del español. Madrid, Gredos,1987.

ALVAR EZQUERRA, Manuel: La formación de palabras en español. Madrid, Arco/Libros,1993.

–– “Palabras nuevas en los periódicos de hoy”, en La lengua española a finales de milenio.Burgos, Caja Burgos, 1998, 11-44.

ARANDA GUTIÉRREZ, Cristina: “Formación analógica de palabras y creación de nombres demarca, el “naming””. Interlingüística, 17, 2006, 161-167.

BENVENISTE, Émile: “Fundamentos sintácticos de la composición nominal”, en Problemasde Lingüística General II. México, Siglo XXI, 1977, 147-163.

–– “Formas nuevas de la composición nominal”, en Problemas de Lingüística General II.México, Siglo XXI, 1977, 164-179.

BOSQUE, Ignacio y DEMONTE, Violeta (eds.): Gramática descriptiva de la lengua española.Madrid, Espasa-Calpe, 1999, 3 vols.

BUSTOS GISBERT, Eugenio de: La composición nominal en español. Salamanca, EdicionesUniversidad de Salamanca, 1986.

CABRÉ MONNÉ, Teresa (ed.): Lingüística teòrica: anàlisi i perspectivas. Bellaterra(Barcelona), Universitat Autònoma de Barcelona, 2007, 2 vols.

CABRÉ, Teresa; DECESARIS Janet Ann; BAYÀ, M.ª Rosa y BERNAL, Elisenda: “Nombrepropio y formación de palabras”. En torno al sustantivo y adjetivo en el español actual:aspectos cognitivos, semánticos, (morfo)sintácticos y lexicogenéticos. Actas del VCongreso Internacional de Lingüística Hispánica, Frankfurt am Main: Vervuert;Madrid: Iberoamericana, 2000, 191-206.

CABRÉ, Teresa; FREIXA, Judit i SOLÉ, Elisabet (edició a cura de): Lèxic i neologia.Barcelona, Universitat Pompeu Fabra, 2002.

CABRÉ, Teresa y RIGAU, Gemma: Lexicología i semàntica. Barcelona, BibliotecaUniversitaria, 1987.

CASADO VELARDE, Manuel: Tendencias en el léxico español actual. Madrid, Coloquio,1985.

CASTILLO CARBALLO, M.a Auxiliadora; GARCIA PLATERO, Juan Manuel; MEDINA GUERRA,Antonia M.a: “Los neologismos por derivación y composición en el lenguaje

Page 20: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5338

periódistico“, en Verba: Anuario Galego de Filoloxia. Santiago de Compostela, Spanien(Verba), 1993, 20, 413-23.

CORTÉS RODRÍGUEZ, Francisco José: “Formación de palabras y condiciones léxico-semánticas: relación y aplicaciones”, en Estudios de filología moderna, 1, 1999, 125-140.

COSERIU, Eugenio: Principios de semántica estructural. Madrid, Gredos, 1977.DÍAZ HORMIGO, M.ª Tadea: “Los mecanismos de formación de palabras en los diccionarios

de lingüística”, en Actas del II Congreso Internacional de la Sociedad Española deHistoriografía Lingüística (León, 2-5 de marzo de 1999). Madrid, Arco/Libros, 2001,345-353.

FERNÁNDEZ-SEVILLA, Julio: Neología y neologismo en el español contemporáneo.Granada, Universidad de Granada, 1982.

–– “Formación de palabras y adquisición de la lengua”. Actas del VIII Congreso Nacionalde AESLA, (Vigo, 1990). Vigo, Universidad de Vigo, 1992, 255-265.

GARCÍA-MEDALL VILLANUEVA, Joaquín A.: Casi un siglo de formación de palabras delespañol (1900-1994): Guía bibliográfica. Valencia, Universidad de Valencia, 1995.

–– (Coord.): Aspectos de morfología derivativa del español. Lugo, Tris Tram. 2002.GARCÍA PÉREZ, Rafael: “Los neologismos de la moda en los diccionarios actuales”, en

Tendencias en la investigación lexicográfica del español: el diccionario como objeto deestudio lingüístico y didáctico. Actas del Congreso celebrado en la Universidad deHuelva del 25 al 27 de noviembre de 1998. Huelva, Universidad de Huelva, 2000, 417-424.

GIFRE, Emma Martinell: “Procesos de formación léxica en español“, in Moderna Sprak,Visingso, Sweden (MSpr). 1995, 89:1, 89-95.

GUERRERO RAMOS, Gloria: Neologismos en el español actual. Madrid, Arco/Libros, 1995.GUILBERT, Louis: La creativité lexicale. París, Larousse, 1975.HERNÁNDEZ TORIBIO, “Anti-fatiga: neologismos por descomposición en el lenguaje

publicitario actual”. Español actual: revista de español vivo, 88, 2007, 183-185.IORDAN, Iorgu y MANOLIU, María: Manual de lingüística románica, II. Madrid, Gredos,

1972.JIMÉNEZ BELLVER, Jorge: “Composición en el léxico de la telefonía y las comunicaciones

móviles: esbozo de clasificación y principales problemas en la traducción de inglés aespañol”. Interlingüística, 17, 2006, 537-546.

LANG, Mervyn F.: Formación de palabras en español. Morfología derivativa productiva enel léxico moderno. Madrid, Cátedra, 1992.

LORENZO CRIADO, Lorenzo: “Neologismo y anglicismo”, en V Jornadas de Metodología yDidáctica de la Lengua Española: el neologismo. Cáceres, Universidad de Extremadura,Servicio de Publicaciones: I.C.E, 1999, 19-30.

MIRANDA, José Alberto: La formación de las palabras en español. Salamanca, Colegio deEspaña, 1994.

PENA, Jesús: “Formación de palabras, gramática y diccionario”. Revista de Lexicografía, 1,1995, 163-181.

Page 21: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 339

–– “Formación de palabras”, en Introducción a la Lingüística española (Manuel Alvar,dir.). Barcelona, Ariel, 2000, 235-252.

–– “Los estudios de morfología del español en España durante los últimos 25 años (1979-2003)”. Lingüística Española Actual, XXV, 2003, 7-38.

RAINER, Franz: “Setenta años (1921-1990) de investigación en la formación de palabras delespañol moderno: bibliografía crítica selectiva”, en La formación de palabras (SoledadVarela, ed.). Madrid, Taurus, 1993, 30-70.

–– “Convergencia y divergencia en la formación de palabras de las lenguas románicas”, enAspectos de morfología derivativa del español. Lugo, Editorial Tris Tram, 2002, 103-133.

REAL ACADEMIA ESPAÑOLA: Diccionario de la Lengua Española. Madrid, EspasaCalpe, 2001.

–– (ASOCIACIÓN DE ACADEMIAS DE LA LENGUA ESPAÑOLA): Nueva gramáticade la lengua española. Madrid, Espasa Libros, 2009, 2 vols.

ROBLES I SABATER, Ferran: “La descripción sintáctico-semántica de las locucionesmetalingüísticas del alemán”. Interlingüística, 17, 2006, 876-884.

RODRÍGUEZ, Julián: “La formación de palabras compuestas en inglés y en español”. Revistade filología inglesa, 17, 1993, 21-38.

SANTIAGO LACUESTA, Ramón y BUSTOS GILBERT, Eugenio: “La derivación nominal”, enGramática descriptiva de la lengua española (Ignacio Bosque y Violeta Demonte, eds.).Madrid, Real Academia Española-Espasa Calpe, 1999, vol. 3, § 69.

SECO, Manuel: “El léxico de hoy”, en Comunicación y lenguaje. Madrid, Karpos, 1977,181-201.

URRUTIA CÁRDENAS, Hernán: Lengua y discurso en la creación léxica. Madrid, PlanetaUniversidad, 1978.

VAL ÁLVARO, José Francisco: “La composición”, en Gramática descriptiva de la lenguaespañola (Ignacio Bosque y Violeta Demonte, eds.). Madrid, Real Academia Española-Espasa Calpe, 1999, vol. 3, § 73.

VARELA ORTEGA, Soledad: La formación de las palabras. Madrid, Taurus Universitaria,1993.

–– “Flexión y derivación en la morfología léxica”, en Homenaje a Alonso Zamora Vicente.Madrid, Castalia, 1988-1994, vol. 1, 511-524.

–– Morfología léxica: la formación de palabras. Madrid, Gredos, 2005.WU DE ZIERER, Carolina: “El sintagma ´nombre + nombre´ en el español moderno”.

Lenguaje y Ciencias, XXIII, 1967, 17-19.Lenguaje y modaÁVILA MARTÍN, Carmen y LINARES ALÉS, Francisco: “Léxico y discurso de la moda”. Co-

municar: Revista científica iberoamericana de comunicación y educación, 27, 2006, 35-41.

BARTHES, Roland: El sistema de la moda y otros escritos. Barcelona, Paidós Ibérica, 2003.CALLAN, Georgina O´Hara: Diccionario de la moda y de los diseñadores. Barcelona,

Destino, 1999.

Page 22: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5340

FERRAZ MARTÍNEZ, Antonio: El lenguaje de la publicidad. Madrid, Arco Libros, 1996.MONDÉJAR, José: “Lenguaje, moda y sociedad”. RDTP, 53-cuad. 1, 1998, 39-54.MONTOYA RAMÍREZ, M.ª Isabel: “El léxico del vestido. Extranjerismos en el Tesoro de la

lengua castellana o española de Sebastián de Covarrubias”, en Edición digital a partir deEl diccionario como puente entre las lenguas y culturas del mundo. Actas del IICongreso Internacional de Lexicografía Hispánica. Alicante, Biblioteca Virtual Miguelde Cervantes, 2008, 747-752.

PICKEN, Mary Brooks: A dictionary of costume and fashion: historic and modern. Mineola,NY, Dover Publications, 1999.

RUIZ PALOMINO, María: “Moda y lenguaje”, en Las referencias estéticas de la moda. IIJornadas Internacionales sobre Moda y Sociedad. Granada, Editorial Universidad deGranada, 2001, 335-344.

Sociología y ModaCHOZA, ARMENTA, Jacinto Luis: “Estética y moda”. Contrastes: Revista interdisciplinar de

filosofía, 5, 2000, 25-43DÍAZ SOLOAGA, Paloma y MUÑIZ MURIEL, Carlos: “Valores y estereotipos femeninos

creados en la publicidad gráfica de las marcas de moda de lujo en España. Zer, 23,2007, 75-94.

MARTÍNEZ BARREIRO, Ana María: “La moda en las sociedades avanzadas”. Papers: revistade sociología, 54, 1998, 129-137.

–– “Moda y globalización: de la estética de clase al estilo subcultural”. Revistainternacional de sociología, 39, 2004, 139-165.

–– “La difusión de la moda en la era de la globalización”. Papers: revista de sociología, 81,2006, 187-204.

MONTOYA RAMÍREZ, “Referencias estéticas de moda”. II Jornadas Internacionales sobreModa y Sociedad, Granada, Universidad de Granada, 2001

–– Moda y sociedad: estudios sobre educación, lenguaje e historia del vestido (Emilio J.García Wiedemann y Mª Isabel Montoya Ramírez, eds.). Granada, Centro de FormaciónContinua de la Universidad de Granada, 1998.

RIVIÉRE, Margarita: “Moda de los jóvenes: un lenguaje adulterado”. Comunicación ycultura juvenil, Barcelona, Ariel, 2002, 87-92.

TORRES, Rosario: “Revistas de moda y belleza: el contenido al servicio de la forma bella”.Ámbitos, 16, 2007, 213-225.

VAQUERO ARGÜELLES: “El reinado de la alta costura: la moda de la primera mitad del sigloXX”. Indumenta: Revista del Museo del Traje, 0, 2007, 123-134.

Page 23: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 341

Processamento de palavras sufixadas.Desafios da adaptação à língua portuguesa de provas morfológicas

da bateria PAL (Psycholinguistic Assessment of Language)

Martins / Torto / Festas

Pretendemos, aqui, equacionar alguns problemas levantados pela selecção dos itenssufixados constantes em provas de decisão lexical e de produção de palavras afixadas daPAL-PORT. A PAL-PORT é uma bateria de provas de avaliação psicolinguística queenvolve aspectos do processamento morfológico e que foi recentemente adaptada para alíngua portuguesa a partir da Psycholinguistic Assessment of Language (PAL),desenvolvida para a língua inglesa por Caplan (1992).Na construção das provas morfológicas da PAL (Caplan, 1992: 220) operou-se com baseno princípio de que os sufixos derivacionais do nível I (i) têm origem latina, (ii) agregam-sea bases com esta origem e (iii) afectam a estrutura fonológica dos produtos(serenBaseLat+itySufLat =serenity). Os sufixos de nível II (i) têm origem anglo-saxónica,(ii) agregam-se a radicais simples e nativos (happyBase+nessSufAng-Sax =happiness) ou aradicais portadores de sufixos de nível I (receptiveBaseLat+SufLat)+nessSufAng-Sax=receptiveness) e (iii) não produzem efeitos fonológicos nos produtos.A pertinência de uma distinção desta natureza tem vindo a ser assinalada em descriçõeslinguísticas (Siegel, 1974; Aronoff, 1976; Kiparsky, 1982) e em estudos psicolinguísticossobre o processamento morfológico de crianças (Jarmulowicz, 2002) e de adultos (Vannest,Polk & Lewis, 2005), quer normais, quer portadores de patologias da linguagem. Osresultados destes têm contribuído para alimentar a discussão teórica em torno do caráctereventualmente holístico ou (de)composicional do processamento das palavras que integramos diferentes tipos de sufixos.A construção dum instrumento de avaliação psicolinguística adequado a uma línguaromânica, como o português, não pode fazer respeitar a distinção entre sufixosderivacionais de nível I e de nível II. Por isso, houve que ponderar de que modo seriapossível preservar a capacidade de avaliação do efeito eventualmente diferenciado sobre oprocessamento morfológico decorrente da distinção entre as duas classes de sufixos. Asolução encontrada, cujos limites e potencialidades se discutem neste trabalho, passou poroperar com base numa tipologia assente nas propriedades prosódicas de dois grupos desufixos derivacionais do português: sufixos [+átonos], na origem de produtosacentualmente marcados (calor+ic=ca’lórico/a), e sufixos [-átonos], geradores de produtosacentualmente não marcados (contenta+mento=contenta’mento; emigra+nte=emi’grante;rigor+os=rigo’roso/a; barulh+ent=barulhento/a). Esta hipótese visa averiguar em quemedida o processamento das duas classes de sufixos é (dis)semelhante, e se estas podem ounão ser consideradas em paralelo com as classes preconizadas por Caplan para o inglês.

Page 24: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5342

ReferênciasARONOFF, M. (1976), Word Formation in Generative Grammar. Massachusetts, MIT Press.CAPLAN, D. (1996), Structure, Processing, and Disorders. Massachusetts, MIT Press.JARMULOWICZ, L. D. (2002), English derivational suffix frequency and children's stress

judgments. Brain and Language, 81, 192-204.KIPARSKY, P. (1982), Lexical Phonology and Morphology. In Linguistics in the Morning

Calm, The Linguistics Society of Korea, ed., Hanshin Publishing Co.: Seoul, pp. 3-91.SIEGEL, D. (1974), Topics in English Morphology. Massachusetts, MIT Press.VANNEST, J., Polk, T. A., & Lewis, R. L. (2005), Dual-route processing of complex words:

new fMRI evidence from derivational suffixation. Cognitive, Affective, and BehavioralNeuroscience, 5, 67–76.

La conversion entre le lexique et la syntaxe

Daniela Marzo / Birgit Umbreit

Le phénomène de conversion peut être défini comme occurrence d’une même forme dansau moins deux catégories différentes, p. ex. fr. appeler (V) – appel (N). Un des sujets lesplus discutés dans ce domaine est la question de savoir si la conversion fait partie desprocessus de formation de mots (p. ex. Marchand 1969, Corbin 1987; dorénavantconversion lexicale) ou bien s’il s’agit d’un phénomène purement syntaxique (p. ex.Alexiadou 2001, Farrell 2001; dorénavant conversion syntaxique). L’hypothèse adoptéedans ce résumé s’appuie sur une perspective intermédiaire en admettant l’existence desdeux types dans une même langue (cf. aussi Kerleroux 1996, Vogel 1996, Nolda 2007).Tandis que la conversion lexicale, p. ex. fr. appeler – appel, implique deux entrées séparéesdans le lexique mental des locuteurs, la conversion syntaxique reste une simpletransposition au niveau de la syntaxe et n’implique donc qu’une entrée (it. scrivere (V)‘écrire’ – scrivere (N) ‘le fait d’écrire’). Dans notre communication, nous montrerons quedans chaque langue existent différents types de conversion qui peuvent être situés sur uncontinuum entre lexique et syntaxe, selon des critères formels, sémantiques etmorphosyntaxiques. Nous nous concentrerons sur ce dernier critère pour proposer unecomparaison détaillée(i) de deux types de conversion (types appeler – appel et scrivere – scrivere) en français eten italien,(ii) des particularités de l’italien et du français dans ce domaine et(iii) des types de conversion en question avec dérivation explicite en ce qui concerne leurspositions respectives sur le continuum.Si l’on part de l’hypothèse d’un nombre d’entrées lexicales différent, on distingue les typesde conversion suivant que le produit d’un processus de conversion possède toutes les

Page 25: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 343

caractéristiques morphosyntaxiques de la catégorie cible ou non, comme p. ex. fr. appelissu du verbe appeler (pour quelques restrictions cf. Meinschaefer 2005). On peut enconclure qu’il y a, dans le lexique mental, deux entrées autonomes pour appeler et pourappel. It. scrivere ‘le fait d’écrire’ issu du verbe scrivere, en revanche, n’a pas toutes lescaractéristiques nominales : entre autres, il ne peut pas être pluralisé (*gli scriveri). Parconséquent, scrivere n’a probablement qu’une entrée verbale dans le lexique, tandis que saforme nominale est générée chaque fois de nouveau à partir du verbe.

BibliographieALEXIADOU, A. (2001) : Functional Structure in Nominals. Nominalization and Ergativity.

Amsterdam/ Philadelphia : Benjamins.CORBIN, D. (1987) : Morphologie dérivationnelle et structuration du lexique. 2 vols.

Tübingen : Niemeyer.FARRELL, P. (2001) : „Functional shift as category underspecification”. In : English

Language and Linguistics 5, 109–130.KERLEROUX, F. (1996) : La coupure invisible : études de syntaxe et de morphologie. Lille :

Presses Universitaires du Septentrion.MARCHAND, H. (1969) : The Categories and Types of Present-Day English Word-

Formation. A Synchronic-Diachronic Approach. München : Beck.MEINSCHAEFER, J. (2005) : Deverbale Nominalisierungen im Französischen und

Spanischen. Ein Modell an der Schnittstelle von Syntax und Semantik. Ms.NOLDA, A. (2007) : „Kardinalia im Deutschen: Wortklassen und Wortbildung“. In : FRIES,

N. et FRIES, C. (éds.) : Deutsche Grammatik im europäischen Dialog: Beiträge zumKongress Krakau 2006, 1–7. URL {http://krakau2006.anaman.de/}

VOGEL, P. (1996) : Wortarten und Wortartwechsel. Zu Konversion und verwandtenErscheinungen im Deutschen und in anderen Sprachen. Berlin/New York : De Gruyter.

La formation des mots dans le français médiéval et contemporain

O. Ozolina

Il existe dans le français un grand nombre d`unîtes du type d`or, à vent, en chêne, sans sableet de substantifs adjectivés du type renard (colle) qui sont les équivalents fonctionnels etsémantiques des adjectifs de relation et forment avec les derniers des paradigmes lexicaux àstructure différentes: industrie papetière-nappe de papier-riveteuse a papier-franc papier.Souvent ces variantes fonctionnelles non seulement dépassent en productivité les adjectifsde relation, mais constituent le seul moyen d`expression possible de l`indice de relationdans la langue française, notamment dans l`expression de matière dont l`objet est fait, del`appartenance, de la destination, du rapport envers une personne concrète ou envers les

Page 26: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5344

animaux. Par contre, le français médiéval exprimait facilement ces relations par les moyensanalytiques et synthétiques: perrin XI – de pierre, rosin XII – de rose, chenin XII – dechien. Le même indice s`exprimait souvent à l`aide des séries de dérivées du type lovinet-lovinace-lovis-de loup.Le désir de connaître la nature des modifications subites au sein de la créativité lexicale dufrançais au cours de son évolution a détermine l`objectif de notre recherche: découvrir lesrégularités et les ruptures qui sont à la base de la formation et du développement desadjectifs de relation dans leur corrélation étroite avec des procédés de formationsynonymiques dans des couches historiques différentes de la langue française: XIe-XIIIe etXXe siècles.La recherche se limite à l’analyse des moyens d’expression lexico-grammaticaux d’un typede relation, celle de la caractéristique d’un objet envers la matière. Cet indice a attire notreattention à cause des facteurs suivants: la notion de matière est l’une des plus importantesdans la langue, les constructions analytiques liées a l’indice de matière sont les plusanciennes, l’existence d’un grand nombre d’adjectifs de matière en ancien français etl’absence dans le français d’aujourd’hui des adjectifs exprimant le rapport à la matière dontl’objet est fait.Le corpus de travail comprend 6000000 d’occurrences d’unités analysées (3000000d’occurrences dans chaque couche synchronique). La limitation de la recherche à un grouped’adjectifs reflète une tendance répandue dans la linguistique à l’analyse approfondie dusystème lexical d’une langue à travers ses liens systémiques.L’étude a pour objet le champ lexico-grammatical des adjectifs de matière qui secaractérisent par l’unité du sens, des indices grammaticaux et des moyens de formation: desadjectifs dérivés, des constructions analytiques et des substantifs adjectivés (tissu vinylique,tissu de vinyle, tissu vinyle). Ces unités forment des paires corrélatives homonymiques etsynonymiques qui ont pour base l’asymétrie du plan de contenu et de celui d’expressionpropre à la langue française dès sa formation (Kartzevsky).Les tâches de la recherche: étudier les caractéristiques des moyens d’expression de l’indicede matière dans le français médiéval et contemporain afin de révéler leurs convergences etleurs différences au plan de l’expression et du contenu, de préciser les causes de cesdifférences et la place de ces moyens à des périodes analysées.L’approche complexe systémique et fonctionnelle à l’étude d’un groupe lexico-grammaticald’adjectifs dans l’ensemble de leurs indices lexico-grammaticaux analysés sur trois plans:paradigmatique, syntagmatique et dérivationnel ainsi que l’étude comparative de deuxcouches historiques d’une langue contribuent à définir les innovations dans le système dufrançais d’aujourd’hui et à relever les tendances de son évolution.

Page 27: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 345

Processos residuais de formação de palavras em português:a siglação / acronímia

Isabel Pereira (Coimbra)

Há um conjunto de processos de formação de palavras a que alguns autores chamam“marginais” sobretudo por causa da sua baixa produtividade em português (particularmenteem português europeu), mas também por características intrínsecas dos próprios processos.Falamos do cruzamento vocabular, do truncamento, da reduplicação e da siglação/acroní-mia. Todos têm em comum o facto de se enquadrarem na morfologia não-concatenativa,contrariamente aos processos de criação lexical mais “regulares” e produtivos emportuguês, derivação e composição. Cruzamento vocabular, truncamento e reduplicaçãogeram produtos através de mecanismos de natureza predominantemente fonológica (amorfologia concatenativa é predominantemente sintáctica). A siglação/acronímia geraformas complexas que, obedecendo a preceitos e restrições fonológicos, derivam, noentanto, da escrita e assentam no alfabeto (não é um processo disponível em línguas comsistemas de escrita não alfabéticos). É a análise deste último processo que constitui oobjecto desta apresentação.As siglas/acrónimos constituem parte importante da expansão vocabular actual, emportuguês e em muitas outras línguas, e são criadas a partir de uma regra que estipula aextracção da primeira letra de cada uma das palavras que constituem a expressãosubstituída/simplificada. São produtos muito imprevisíveis, embora obedeçam a algumasdas restrições prosódicas e fonotácticas da língua. Obedecem aos princípios acentuais, masnão a todos os princípios de construção silábica, como se pode observar em exemplos comoTIC, APAV, em que encontramos sílabas com codas preenchidas por segmentos “proi-bidos”.Na tradição linguística portuguesa, assim como na de outras línguas românicas, distinguem-se siglas, cuja configuração corresponde rigorosamente à definição acima apresentada, deacrónimos, em que a forma inicial das bases que é seleccionada para a constituição doproduto comporta mais do que um segmento, de forma a dar origem a uma sequência fónicaque, na maior parte dos casos, respeita a estrutura fonológica da palavra em português.Os acrónimos obedecem às regras acentuais da língua, constituindo uma palavra prosódica.Podem, no entanto, gerar produtos com estruturas prosódicas marcadas, nomeadamente,por preencherem as codas com segmentos “proibidos” (ex: PALOP, FENPROF).As siglas, por serem constituídas pelas designações das letras, são constituídas por sílabascom estruturas não-marcadas (V ou CV) e têm uma predominância acentual no limitedireito, de acordo com os princípios acentuais do português.Siglas e acrónimos têm autonomia relativamente à expressão que lhes dá origem, que,muitas vezes, não é conhecida pelo falante, sendo que o seu uso suplanta, na generalidadedos casos, o do sintagma-base.

Page 28: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5346

No que respeita a processos morfológicos, alguns produtos podem ser flexionados (TICs,PALOPs, ÓVNIS), assim como preencher bases em processos de derivação e decomposição (sidoso, ovnilogia).Apesar de não serem tão produtivos como a derivação ou a composição, a siglação e aacronímia são formas disponíveis de criação lexical não negligenciáveis em português.Manifestam regularidades óbvias, não podendo, portanto, ser consideradas completamenteimprevisíveis e aleatórias.

Consideraţii privind compusele cu atot-, de la primele traduceriromâneşti până în epoca modernă

Maria Stanciu-Istrate (Bucureşti)

Epoca de început a limbii române literare a fost puternic marcată de influenţa culturală aslavonei, limbă a cancelariei şi a oficializării serviciului divin în Moldova şi ŢaraRomânească până la sfârşitului veacului al XVII-lea. Primele texte româneşti constituietraduceri cu caracter religios, psaltiri, liturghiere, evangheliare, scrise într-o limbă puternicinfluenţată de aceea a originalului. Lipsa de afinitate dintre română şi slavonă a condus laapariţia unor lexeme nefireşti pentru o limbă romanică. Aşa se explică faptul că, odată cuîncetarea influenţei acestei limbi de cultură şi trecerea spre epoca modernă, majoritateacuvintelor de acest tip au fost abandonate, lor fiindu-le preferate creaţii lexicale sauîmprumuturi din surse afine limbii române.În comunicarea de faţă ne vom îndrepta atenţia asupra compuselor cu atot-, care transpun,în româna veche, cuvinte slavone în a căror alcătuire se află, pe prima poziţie, vǐse-, iar maitârziu, în epoca modernă, latinisme compuse cu prefixoidul omni-. Este vorba desprecuvinte ca: (a)totputernic, atotcuprinzător, atotfăcător, (a)totţiitor(iu), ato(a)t(e)văzător,atotiertător, atotrăbdător. Toţi aceşti termeni sunt livreşti, neîntâlnindu-se în variantapopulară a limbii române. La început au denumit caracteristici ale divinităţii, ceea ceexplică de ce niciun traducător nu se putea abate de la tiparul întâlnit în textul străin,considerat a fi sacru. Se poate spune, prin urmare, că în epoca veche, transpunerea princalchiere a acestor termeni cu formă internă a avut o justificare dogmatică. Varianteleiniţiale, fără prepoziţia a, de tipul totputernic, au rezultat din calchierea perfectă a tiparuluislavon, alcătuit din adjectiv pronominal + adjectiv/substantiv. Formele ulterioare, compusecu prepoziţia a, au o justificare internă, fiind influenţate, probabil, de structurile sintacticeromâneşti, de tipul a toată lumea, în care genitiv-dativul adjectivului pronominal esteconstruit prepoziţional.Încă din epoca veche, poziţia în vocabularul românesc a unora dintre compusele cu atot- aputut fi întărită de modele identificate în latină, influenţa acestei limbi asupra românei,manifestată timid şi pe arii restrânse în veacul al XVII-lea, intensificându-se în secolul

Page 29: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 347

următor, la sfârşitul căruia devine predominantă. Aşadar, dacă vocabularul românescpăstrează cuvinte ca: atotputernic, atotfăcător, atotştiutor, de bună seamă că viabilitatea lorse datorează compuselor latineşti cu prefixoidul omni: omnipotens, omniparens,omnisciens, care au înlocuit cu succes tiparele slavone vǐsevlastǐcǐ, vǐsedělatelǐ şi, respectiv,vǐseznatelǐ.Dacă în epoca veche apariţia unor asemenea compuse a putut fi determinată de considerentede ordin dogmatic, la începutul epocii moderne, caracterizată printr-o puternică reacţieantineologistă, calcurile au constituit o alternativă la împrumut, ceea ce a determinatapariţia lui: atotprezent, atotprezenţă, atotmâncător, atotpribeag, atotputinţă, modelatedupă tipare latino-romanice şi/sau germane. Odată cu schimbarea concepţiei privindmodalităţile de îmbogăţire lexicală, unele dintre calcurile compuse cu atot- au fost dublatede împrumuturi ca: omniprezent, omniprezenţă, omniscient, omnivor, omnipotent,omnipotenţă, mult mai frecvent utilizate în româna contemporană.

La dérivation suffixale nominale en français préclassique

Jaroslav Stichauer (Prague)

Nous nous proposons de brosser un tableau de la dérivation suffixale nominale en françaispréclassique (1500-1650). Pour ce faire, nous passerons d´abord en revue un certainnombre de témoignages lexicographiques (Estienne, Nicot, Cotgrave, etc.) et grammatico-graphiques (Palsgrave, Meigret, etc.) de l´époque. En nous appuyant sur les bases dedonnées informatisées (Frantext, RenText, etc.) et sur des dépouillements manuels(traductions des grands classiques italiens et/ou espagnols, en particulier celle duDécaméron par Antoine Le Maçon aussi bien que le texte de la Gazette de Renaudot (àpartir de 1631)), nous testerons par la suite la pertinence, pour une recherche en diachronie,de certains concepts opérationnels en morphologie constructionnelle, tels le blocage, lapression paradigmatique, la productivité de certains patrons, l´existence ou l´inexistence derègles „panchroniques“ de formations des mots, le poids de la fréquence lexicale. Nousessaierons d´appliquer des outils inspirés par la théorie de l´optimalité (OT) (lescontraintes, leurs types et leur (ré)hiérarchisation, etc.) afin d´examiner leur opérabilité.Tout ceci devra nous permettre d´établir une ébauche typologique des dérivés déverbaux(en –ment, -ation/-aison, -age, -ure, - eur, etc.), déadjectivaux (en –esse, -té,- eur, etc.) etdénominaux (en –ier, - eux, -u, etc.) et de leur concurrence, y compris les formations(supplétives) latinisantes (conquéreur > conquérant, sauvement > salut, damnement >damnation, levement > levée, aveugle > aveuglement/aveugleté > cécité, las > lasseté >lassitude, humble > humblesse > humilité, etc.) et de tester sur des exemples concretsquelles contraintes (contraintes sur le type et la taille de la base, contraintes deprocessivité/résultativité, contraintes phono-esthétiques, etc.) peuvent être en jeu dans laformation des mots suffixés en français préclassique.

Page 30: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5348

La formazione delle parole nelle lingue romanze :a proposito di alcuni punti problematici

Shigeaki Sugeta (Tokyo)

Fra vari fatti linguistici, la formazione delle parole si approccia da molteplici prospettive eciò rende lo studio estremamente complesso come si dimostra l’incrocio di diversifenomeni linguistici. Questa comunicazione vuole discutere e riassumere alcuni puntiproblematici che ho trovato durante i miei studi, (Bologna 1986, Lugano 1991, Tokyo1992, Leuven 1998, Salamanca 2001), della formazione delle parole nelle lingue romanze,soffermandomi su due procedimenti fondamentali, la derivazione e la composizione comeprecisati significativamente per es. da Jesús Tuson 1994, segnalando un carattere sintetico omorfologico della derivazione tipologicamente proprio alle lingue agglutinanti in contrap-posizione a quello analitico o sinttattico della composizione tipologicamente proprio allelingue isolanti. Considerando che è stato F. de Saussure che ha trattato la formazione delle parole qualerappresentante il meccanismo stesso del linguaggio, enunciando le solidarietà sintagmat-iche, e che nell’ambito della grammatica storica, la formazione delle parole costituiva unaparte indipendente, ma è stata respinta alla periferia della morfologia con il fiorire dellostrutturalismo, però ci troviamo di fronte al rinovamento del suo studio nella forma dellamorfologia lessicale in cui prevale la produttività più che la descrittività, cerchiamo ora dielencare alcuni punti problematici, tenendo conto anche della variazione fra le lingueromanze.Si discuteranno 1˚ se la dicotomia, sincronia e diacronia, non sarà in contraddizione con la

formazione delle parole che si colloca all’incrocio di esse come nel cosiddettoatteggiamento “la morfologia di oggi è la sintassi di ieri” ; 2˚ la derivazione e lacomposizione e la loro proporzione nelle lingue romanze ; 3˚ come si neutralizzano laderivazione e la composizione nei casi con confissi o parole grammaticalizzate ecc. entrouna lingua o attravero le lingue (per es. astronave, rompiscatole ; foca femmina ;lavabiancheria ~ lavatrice, it aspirapolvere ~ fr. aspirateur, it. portacenere ~ nap.ceneriera ~ fr. cendrier) ; 4˚ Un altro caso di quasi-neutralizzato fra N+N e V+N entro unalingua o attravero le lingue (per es. scacciamosche ~ scacciatore (di) mosche, it. portavoce~ rm. purtǎtor de cuvînt) ; 5˚ il loro riguardo alla categoria grammaticale (per es. donna f.> donnone m. ; cane poliziotto ~ cani poliziotto / cani poliziotti ; it. portaerei f. ~ sp.portaaviones m.) ; 6˚ come raggruppare o tipologicare dei composti : una proposta perN+N e V+N (Giurescu 1975, Sugeta 1989 ) ; ecc. La formazione delle parole si presenta in un certo senso fra la grammaticalizzazione e lalessicalizzazione, il che, esaminando le strutture delle parole, ci conduce a riconoscere ilprincipio dell’arbitrarietà del segno linguistico operante anche nel nostro campo di studio.

Page 31: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 349

La formazione del lessico, apporti complessi e problemi d’etimologiaremota in alcune varietà romanze mediterranee

J. B. Trumper

Nella discussione della formazione a lungo termine d’un particolare lessico con trattiarcaici si sottolinea che non si deve e non si può prescindere da un adeguato modellosemantico e cogni tivo. A questo scopo si discutono in primis i princìpi sottintesi alcostituirsi lessicale di famiglie botaniche in termini sia di percezione popolare sia difunzionalità e di carattere sociale nella fitonimia. Si investiga anche la complessitàfitonimica di succedanei del latino essentia incrociato sia con sensus sia con i significatitardo-greci di oujsivva.Il formarsi di questo lessico presenta inoltre una complessità di composizione dovuta allacommistione di sostrati, adstrati e superstrati. Alcune delle tipologie individuabili rivestonoun particolare interesse, cioè: (1) l’utilizzo di materiali linguistici latini per trasmetteresignificati greci e vice versa, (2) degli ibridismi greco-latini e latino-greci (ajmpevv lion +palus rispetto a carduus + ajtraktuliv", a[ [ trakto"), (3) la risoluzione di apparenti omofoniecon diversi riferimenti a seconda dell’area dialettale, (4) prestiti problematici con tramiticompositi (punicismi,turchismi, iranismi, catalano rispetto a castigliano, provenzale rispetto a franciano), (5)problemi etimologici particolarmente spinosi quali ’ngrizzu, ’ngrizzari, ’ngrizzulari (longo-bardo o greco?).Verranno trattati alcuni casi toponomastici di commistione complessa di adstrato esuperstrato (Rubano, Aiello ecc.). L’esemplificazione discuterà pochi casi del lessiconeolatino calabrese non sempre presenti nei lavori classici di Rohlfs.

Estruturas convergentes

Alina Villalba

Em línguas como o Português, os processos morfológicos disponíveis para a formação depalavras recorrem predominantemente à afixação, mas nem todos os afixos têm a mesmafunção na estrutura da palavra. Em termos gerais, pode considerar-se que alguns afixos têmum estatuto gramatical mais proeminente e que outros têm uma função gramaticalsecundária: os primeiros são os sufixos derivacionais e os segundos são os modificadores,grupo que, no Português, integra todos os prefixos e os sufixos avaliativos.irrealADJ realADJ realizaTV irrealizabilidadeN realizávelADJ realizabilidadeN

O comportamento das estruturas derivadas e das estruturas formadas por modificação está,hoje em dia, razoavelmente descrito. As estruturas que combinam derivação e modificação

Page 32: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5350

real iz

RV

são menos conhecidas, constituindo o tema do presente trabalho. Consideremos palavrascomo irrealizabilidade, no seguinte quadro de relações morfológicas:irrealizávelADJ

Este diagrama mostra que não é possível derivar irrealizabilidade de irreal nem derealizabilidade, o que, de um ponto de vista técnico, corresponde a uma impossibilidadedesejada, dado que respeita todas as propriedades de selecção dos constituintes envolvidose descarta interpretações inadequadas. O problema que se coloca surge da constatação deque o verbo prefixado irrealizar, que não está listado nos dicionários de referência e que ésemanticamente estranho, é usado pelos falantes.

=

+

A atestação de uma palavra como irrealização, quer no uso, quer nos referidos dicionários,coloca e reforça o problema anterior: se se aceitar a existência do verbo irrealizar, podeadmitir-se que irrealização é um nome deverbal bem-formado, mas a sua interpretação éincompatível com a sua estrutura; se se entender que irrealização é gerado por prefixação apartir de realização, então énecessário rever as propriedades do prefixo in-.Pode, em alternativa, colocar-se a hipótese de que a existência de duas palavras formadas apartir da mesma base potencia a construção de uma nova palavra, por convergência daestrutura das palavras que lhe dão origem, como no caso de irrealizar:Estruturas de convergência deste tipo permitem preencher vazios que os falantes nãoreconhecem e permite até introduzir alterações na especificação lexical dos afixos.

Le Parlement Européen face à la féminisation des noms de fonction, etc.en roumain et en français

Ioana Vintilă-Rădulescu (Bucureşti)

En 2009, le Parlement européen a élaboré les lignes directrices de l’usage d’un langage«neutre du point de vue du genre», obligeant ses services d’éviter dans leurs documents laplupart des formes féminisées des noms de métier, fonction, grade ou titre. Ces directivess’opposent à la tendance à la féminisation de ce type de mots, entre autres, en roumain et en

in real iz

RADJ RV

RV

Page 33: Cofuncionalidade e polifuncionalidade afixalestágio lexical para um mais gramatical, a perda de parte de seu significado e a integração em um paradigma, ao ocuparem uma posição

Secció 5 351

français. Un des arguments en faveur de la reconnaissance de cette tendance est fourni parles néologismes enregistrés dans le cadre du projet Neorom. Ces mots sont formés souventpar les mêmes procédés dans les deux langues et, parfois, à partir de radicaux et à l’aide deformants qui se correspondent, ce qui prouve une fois de plus l’intérêt du projet Neorom.Nous citons ici un seul exemple pour chaque type de nom féminin que nous avons repérédans Neorom (stade du 31 janvier 2010), dont certains sont susceptibles d’une doubleanalyse, par féminisation proprement dite ou directement à partir des radicaux impliqués(ou même, notamment en roumain, d’une triple analyse, y compris en tant qu’empruntsadaptés). Quelle que soit leur genèse, le résultat est le même: l’existence d’un couple demots masculin-féminin ayant trait à la même notion.Roumain : dérivés à l’aide de désinences/suffixes formant le féminin à partir du masculin,dont notamment -ă : eurodeputată « eurodéputée » <eurodeputat (ou composésavant <euro- + deputată ou bien emprunt adapté <fr., etc. eurodéputée) ; arhitectă-şefă«(une) architecte en chef» <arhitect-şef (ou mot composé <arhitectă + şefă) ; -easă:căpşunăreasă « employée à la récolte des fraises » <căpşunar; -(toar)e : coprezentatoare «litt. coprésentatrice » <coprezentator (ou dérivé à l’aide d’un préfixe : <co- +prezentatoare) ; mots composés à l’aide du mot femeie «femme» : femeie-cancelar «chancelière ». Certains dérivés n’ont pas de correspondant masculin, étant dérivés à l’aidedes suffixes -istă : traseistă « prostituée travaillant sur le trajet des camionneurs» < traseu;-iţă : crăciuniţă « jeune fille jouant le rôle de Père Noël » <Crăciun.Français : mots dérivés par l’ajout ou la substitution de désinences/suffixes : -e :aromaticienne « femme spécialiste des arômes » <aromaticien ; -euse: balluchonneuse« intervenante qui accompagne les personnes souffrant de la maladie d’Alzheimer» <balluchonneur (ou plutôt <balluchon, car c’est le plus souvent un métier de femme), -trice :coanimatrice «femme qui anime un groupe de personnes ensemble avec un autreanimateur» <coanimateur (ou dérivé à l’aide du préfixe co- + animatrice);cyberspectatrice « spectatrice des réseaux de communication numérique »<cyberspectateur (ou composé savant: < cyber- + spectatrice); mots composés : lapdanseuse « danseuse de danse-contact » <lap danseur (rare) ou plutôt <lap + danseuse, carc’est le plus souvent un métier de femme ; mots provenus par conversion à partir de nomsépicènes ou de masculins génériques: (une) gadgétomane « femme passionnée pour lesgadgets » <(un) gadgétomane; (une) seulibataire/solobataire « femme qui vit seule » <(un)seulibataire/solobataire (ou acronyme <seul, solo + célibataire).