codigo disciplinar do ms com propostas de alteraÇÕes

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Lei Complementar Nº__, de ___/___/___, institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências. CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 1º. O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (RDPMMS), tem por finalidade especificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a punições disciplinares, comportamento militar das praças, recursos e recompensas. Proposta de alteração: incluir os oficiais. O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (RDPMMS), tem por finalidade especificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a punições disciplinares a todos os integrantes da Corporação, comportamento militar dos oficiais e praças, recursos e recompensas. Justificativa: Deixar de incluir os oficiais fere princípios da CF/88, mormente a Impessoalidade, Moralidade, Legalidade, Razoabilidade e Proporcionalidade, razões pelas quais eles, os oficiais, também têm de ser incluídos sob pena de flagrância ofensa à isonomia e ausência de justa causa à administração pública, aplicar, por exemplo, ao caso concreto, sanção administrativa de demissão a bem da disciplina ou do serviço público, face à ausência de Legalidade/Reserva Legal (Princípio da Anterioridade da Lei “nullum crimen, nulla poena sine legi). Além disso, muitas injustiças seriam execradas, tais como: exclusão somente de praças a bem da disciplina, enquanto os oficiais figurantes como autores, co-autores ou partícipes no mesmo processo criminal, sofrem na maioria das vezes como sanções apenas APOSENTADORIA COMPULSÓRIA. Art. 2º. A hierarquia e a disciplina são as bases da organização da Polícia Militar. Proposta de alteração: a hierarquia e disciplina são as bases da organização da polícia militar, respeitados os princípios explícitos e implícitos na constituição cidadã de 1988. Art. 3º. São assegurados aos policiais militares acusados o direito à ampla defesa, o contraditório e os recursos previstos neste Regulamento. Proposta de alteração: São assegurados aos policiais militares acusados o direito ao contraditório, à ampla defesa e os recursos a ela inerentes, bem como os previstos neste Regulamento, não ficando o acusado/militar adstrito à seara administrativa militar caso queira exercer seu direito constitucional de ampla defesa, inclusive não há necessidade de esgotar as vias administrativas para isso conforme prevê atualmente a Lei Complementar 053/90. Justificativa: uma legislação infraconstitucional não pode mitigar, diminuir o alcance de uma cláusula pétrea da CF/88, in casu, o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição explicitado no art. 5º, XXXV, “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Art. 4º. Estão sujeitos ao Regulamento Disciplinar da Polícia Militar os policiais militares do Estado do serviço ativo, na reserva remunerada e os reformados.

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CÓDIGO DISCIPLINAR DO MS

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Page 1: CODIGO DISCIPLINAR DO MS COM PROPOSTAS DE ALTERAÇÕES

Lei Complementar Nº__, de ___/___/___, institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares do Estado de

Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais

Art. 1º. O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (RDPMMS), tem por finalidade especificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a punições disciplinares, comportamento militar das praças, recursos e recompensas.

Proposta de alteração: incluir os oficiais. O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (RDPMMS), tem por finalidade especificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a punições disciplinares a todos os integrantes da Corporação, comportamento militar dos oficiais e praças, recursos e recompensas.

Justificativa: Deixar de incluir os oficiais fere princípios da CF/88, mormente a Impessoalidade, Moralidade, Legalidade, Razoabilidade e Proporcionalidade, razões pelas quais eles, os oficiais, também têm de ser incluídos sob pena de flagrância ofensa à isonomia e ausência de justa causa à administração pública, aplicar, por exemplo, ao caso concreto, sanção administrativa de demissão a bem da disciplina ou do serviço público, face à ausência de Legalidade/Reserva Legal (Princípio da Anterioridade da Lei “nullum crimen, nulla poena sine legi). Além disso, muitas injustiças seriam execradas, tais como: exclusão somente de praças a bem da disciplina, enquanto os oficiais figurantes como autores, co-autores ou partícipes no mesmo processo criminal, sofrem na maioria das vezes como sanções apenas APOSENTADORIA COMPULSÓRIA.

Art. 2º. A hierarquia e a disciplina são as bases da organização da Polícia Militar.

Proposta de alteração: a hierarquia e disciplina são as bases da organização da polícia militar, respeitados os princípios explícitos e implícitos na constituição cidadã de 1988.

Art. 3º. São assegurados aos policiais militares acusados o direito à ampla defesa, o contraditório e os recursos previstos neste Regulamento.

Proposta de alteração: São assegurados aos policiais militares acusados o direito ao contraditório, à ampla defesa e os recursos a ela inerentes, bem como os previstos neste Regulamento, não ficando o acusado/militar adstrito à seara administrativa militar caso queira exercer seu direito constitucional de ampla defesa, inclusive não há necessidade de esgotar as vias administrativas para isso conforme prevê atualmente a Lei Complementar 053/90.

Justificativa: uma legislação infraconstitucional não pode mitigar, diminuir o alcance de uma cláusula pétrea da CF/88, in casu, o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição explicitado no art. 5º, XXXV, “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

Art. 4º. Estão sujeitos ao Regulamento Disciplinar da Polícia Militar os policiais militares do Estado do serviço ativo, na reserva remunerada e os reformados.

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Proposta de alteração: acrescentar ao final o seguinte texto: preservando-se os direitos adquiridos desses dois últimos grupos, não se lhes aplicando as sanções dos incisos V e VI, do art. 20, LC vindoura (licenciamento a bem da disciplina e exclusão a bem da disciplina), somente a perda ou destituição do cargo, função ou comissão, assegurado à percepção de subsídios proporcionais decorrentes do período de contribuição previdenciária, desde que esse tempo de contribuição à previdência oficial do Estado de MS seja superior a vinte anos.

Justificativa: Atualmente o tempo mínimo de efetivo serviço e contribuição previdenciária, exigida à concessão de Aposentadoria Proporcional aos militares estaduais mudou de 10 para 20 anos com o advento da Lei Complementar 127/08, quando aos reformados, em sua maioria, exceto os casos especiais, contribuíram por 30 anos, portanto, não é legal retirar-lhes o direito líquido e certo de preenchido o requisito, qual seja, 20 anos de contribuição, percam somente a função ou cargo público, porém, preservando o direito adquirido e a conseqüente segurança jurídica das leis e atos da administração pública.

§ 1º. O disposto neste artigo não se aplica aos Coronéis nomeados Magistrados do Tribunal de Justiça Militar Estadual, regidos por legislação específica.

Proposta de alteração do §1º: O disposto neste artigo não se aplica aos Coronéis nomeados Magistrados do Tribunal de Justiça Militar Estadual, regidos por legislação específica, acrescentar: “desde que a transgressão disciplinar seja cometida e tenha relação de pertinência com o efetivo exercício das funções de magistrado”.

§ 2°. Aos policiais militares em curso de formação, especialização ou aperfeiçoamento, aplicam-se também as penas disciplinares previstas no estabelecimento de ensino onde estiverem matriculados.

Proposta de alteração §2º: Aos policiais militares em curso de formação, especialização ou aperfeiçoamento, aplicam-se também as penas disciplinares previstas no estabelecimento de ensino onde estiverem matriculados, obedecido ao devido processo legal sendo que as alterações e punições aplicadas nos centros de formação à carreira inicial (exemplo alunos do Curso de Formação de Soldados -CFSD) não deverão constar dos assentos individuais após a formação desses policiais militares.

Justificativa: evitar que muitos civis que demoram para se adaptar à vida militar que é bastante rígida sofram as conseqüências e sejam penalizados de maneira injusta, podendo, muitas das vezes já chegar à tropa com seu comportamento indigno à investidura à função pública, qual seja, no comportamento mau que obrigatoriamente ensejaria à abertura de PAD ex-ofício pelo Cmt Geral para sua licenciamento e exclusão a abem das disciplina.

Art. 5º. A hierarquia policial militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, por postos e graduações.

Parágrafo único. A ordenação dos postos e graduações se faz conforme preceitua o Estatuto dos policiais militares.

CAPÍTULO II

Da Deontologia Policial Militar

SEÇÃO I

Disposições Preliminares

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Art. 6º. A deontologia policial militar é constituída pelos valores e deveres éticos, traduzidos em normas de conduta, que se impõem para que o exercício da profissão policial militar atinja plenamente os ideais de realização do bem comum, mediante a preservação da ordem pública.

§ 1º. Aplicada aos componentes da Polícia Militar, independentemente de posto ou graduação, a deontologia policial militar reúne valores úteis e lógicos a valores espirituais superiores, destinados a elevar a profissão policial militar à condição de missão.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Como se denota, o §1º deste artigo, apenas ratifica e impõe como “conditio sine qua non” a obrigação da inclusão dos oficiais no artigo 1º deste Regulamento.

Proposta de alteração do §1º: Aplicada aos componentes da Polícia Militar, independentemente de posto ou graduação, a deontologia policial militar reúne valores úteis e lógicos a valores espirituais superiores, destinados a elevar a profissão policial militar à condição de um dever-poder em prestar, com excelência e eficácia, sua missão em prol do interesse público.

§ 2º. O policial militar prestará compromisso de honra, em caráter solene, afirmando a consciente aceitação dos valores e deveres policiais militares e a firme disposição de bem cumpri-los.

SEÇÃO II

Dos Valores Policiais Militares

Art. 7º. Os valores fundamentais, determinantes da moral policial militar, são os seguintes:

I - o patriotismo;

II - o civismo;

III - a hierarquia;

IV - a disciplina;

V - o profissionalismo;

VI - a lealdade;

Proposta de alteração VI – a lealdade: adicionar texto esclarecedor:

Texto Sugerido: VI - a lealdade, desde que ela não se transcenda à legalidade e tenha relação de pertinência para com o interesse maior da sociedade, o interesse público, não se confundindo com corporativismo que se consubstanciará em ofensa ao princípio constitucional da IMPESSOALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, e, por conseguinte, em crime de Improbidade Administrativa, Prevaricação e outros que por vierem a surgir com a apuração dos fatos.

Justificativa: evitar que não haja confusão como acontece atualmente na Instituição em que autoridades militares superiores, pares e subordinados, às vezes poderão

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exigem, sob pena de represálias, conivência com ilícitos administrativos e penais, tudo em razão de uma falsa lealdade.

VII - a constância;

VIII - a verdade real;

IX - a honra;

X - a dignidade humana;

XI - a honestidade;

Proposta de alteração: retirar o inciso XI honestidade.

Justificativa: trata-se de um pressuposto constitucional indispensável para a pessoa investir à função pública, de forma que ser honesto é o mínimo que se espera daquele que pretende servir àquele que, segundo a norma constitucional vigente, provém todo o poder, “O POVO”. Portanto, apresenta-se como inócuo exigir no RDPMMS algo que deve estar no âmago do agente público militar estadual.

XII - a coragem.

SEÇÃO III

Dos Deveres Policiais Militares

Art. 8º. Os deveres éticos, emanados dos valores policiais militares e que conduzem a atividade profissional sob o signo da retidão moral, são os seguintes:

I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado de Mato Grosso do Sul e da Polícia Militar e zelar por sua inviolabilidade;

II - cumprir os deveres de cidadão;

III – observar os princípios da Administração Pública, no exercício das atribuições que lhe couberem em decorrência do cargo;

IV - preservar a natureza e o meio ambiente;

V - servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema missão de preservar a ordem pública, promover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita observância das normas jurídicas e das disposições deste Regulamento;

VI - atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o acima dos anseios particulares;

VII - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito mútuo de superiores e subordinados, e preocupação com a integridade física, moral e psíquica de todos os policiais militares, inclusive dos agregados, envidando esforços para bem encaminhar a solução dos problemas apresentados;

VIII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordinados;

Proposta de alteração: adicionar texto legal.

Sugestão de texto: ser justo na apreciação de atos e méritos dos pares e subordinados.

IX - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições legalmente definidas, a Constituição, as Leis e as Ordens Legais das autoridades competentes, exercendo suas atividades com responsabilidade, incutindo-a em seus subordinados;

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X - dedicar-se integralmente ao serviço policial militar, buscando, com todas as energias, o êxito e o aprimoramento técnico-profissional e moral;

XI - estar sempre preparado para as missões que desempenhe;

Sugestão de texto legal XI: estar sempre preparado para desempenhar as missões às quais têm o dever-poder concernente à função para qual está investido, desde que lhe seja oferecido pelo Estado prévia e antecipadamente capacidade técnico-profissional para desempenhá-la em sua plenitude.

Justificativa: Impedir que a administração pública deixe de investir no aprimoramento técnico profissional dos policiais militares e, às vezes, cobre de forma indevida, que esse policial militar ou desenvolva atividades e missões sem os necessários conhecimentos, dentre os exemplos podemos citar cursos de armamento e tiros; técnicas de operações táticas e especiais que infelizmente os policiais pagam dos próprios bolsos para fazerem-nos fora de nosso Estado, mas que é usado em prol da corporação e sociedade, afinal, estará mais preparado para servi-la; curso superior de polícia - CSP, curso de aperfeiçoamento de oficiais – CAO; curso de aperfeiçoamento de sargentos – CAS, dentre vários outros.

XII - exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo os princípios que regem a administração pública, não sujeitando o cumprimento do dever a influências indevidas;

Sugestão de texto XII: exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo os princípios que regem a administração pública.

Justificativa: Excluir o “não sujeitando o cumprimento do dever a influências indevidas” devido ao seu flagrante subjetivismo que poderá, nos casos concretos, gerar interpretações equivocadas, e, desta feita, acarretar punições injustas.

XIII - procurar manter boas relações com outras categorias profissionais, conhecendo e respeitando-lhes os limites de competência, mas elevando o conceito e os padrões da própria profissão, zelando por sua competência e autoridade;

XIV - ser fiel na vida policial militar, cumprindo os compromissos relacionados às suas atribuições de agente público;

XV - manter ânimo forte e fé na missão policial militar, mesmo diante das dificuldades, demonstrando persistência no trabalho para solucioná-las;

XVI - zelar pelo bom nome da Instituição Policial Militar e de seus componentes, aceitando seus valores e cumprindo seus deveres éticos e legais;

XVII - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida profissional, solidarizando-se nas dificuldades que estejam ao seu alcance minimizar e evitando comentários desairosos sobre os componentes das Instituições Policiais;

XVIII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou função que esteja sendo exercido por outro policial militar do Estado;

Proposta de alteração: excluir o inciso XVIII.

Justificativa: poderá haver interpretação equivocada, eis que no caso concreto, por exemplo, se o militar for convidado a ocupar cargo ou função, ele não estará pleiteando para si por meio de terceiro, mas sim, a convite e interesse próprio. Assim, tornar-se-á muito subjetiva a apreciação daquele que estiver julgando essas situações, podendo ensejar punições injustas e pessoalidade na administração pública.

XIX - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular;

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Proposta de alteração: acrescentar texto ao final: XIX - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular, respeitados os direitos constitucionais pertinentes a todos os brasileiros.

XX - conduzir-se de modo não subserviente sem ferir os princípios de respeito e decoro;

XXI - abster-se do uso do posto, graduação ou cargo para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros (excluir o final: a partir do “ou”)

JUSTIFICATIVA: as normas do RDPMMS são de direito público, de modo que não se pode interferir na esfera individual e vida privada dos administrados, sob a falsa premissa de Supremacia do Interesse Público sobre o particular ou Indisponibilidade pela Administração do Interesse Público. Mesmo porque o militar estadual é, antes de agente público, cidadão brasileiro e deve ser visto como sujeito de direitos.

XXII - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das designações hierárquicas em:

a) atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo;

b) atividade comercial ou industrial;

c) pronunciamento público a respeito de assunto policial, salvo os de natureza técnica;

d) exercício de cargo ou função de natureza civil;

e) em atividades religiosas.

XXIII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzindo-o como bom chefe de família;

Proposta de alteração: excluir o inciso XXIII.

Justificativa: poderá levar à interpretação equivocada e futuras injustiças no caso concreto, mesmo porque o RDPMMS estatui normas de direito público estritamente relacionadas ao efetivo exercício da função policial militar, não tendo, assim, o condão de estabelecer regras de direito privado, interferindo na vida social dos que são, antes de policiais militares, cidadãos. Logo, a não alteração do texto legal ferirá de morte o princípio da dignidade da pessoa humana na medida em que deixa de verificar na pessoa o centro de feixes de direitos que lhe são assegurados pela Constituição Federal. Não se pode olvidar que o atual RDPMMS Decreto 1260/1981, é cópia fiel do RDE – Regulamento Disciplinar do Exército Brasileiro, construído na pior fase da Ditadura Militar de 69, Ato Institucional de número 05, de sorte que não podemos menosprezar os alicerces democráticos advindos após a CF/88.

XXIV - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal;

XXV - exercer a profissão sem discriminações ou restrições de ordem religiosa, política, racial ou de condição social;

Proposta de alteração XXV: excluir a restrição de ordem religiosa.

Justificativa: o RDPMMS não pode mitigar, diminuir o alcance de norma constitucional de eficácia plena prevista no art. 5º, VI, VIII, no caso, a questão religiosa sob pena de flagrante NÃO RECEPÇÃO do inciso pela CF. Mesmo porque o Excelso Pretório, o Supremo Tribunal Federal, já deliberou acerca do assunto em inúmeras decisões em que militares federais e estaduais invocaram-na.

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XXVI - atuar com prudência nas ocorrências policiais, evitando exacerbá-las;

Proposta de alteração XXVI: excluir.

Justificativa: a Legalidade está explícita tanto no art. 5º, II como também no art. 37, Caput, ambos da CF, não há, portanto, necessidade de sua inserção.

XXVII - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pessoa do preso ou de quem seja objeto de incriminação;

Proposta de alteração XXVII: excluir.

Justificativa: agir o agente estatal dentro da Legalidade e com respeito à Dignidade da Pessoa Humana, fundamentos explícitos na Carta Magna, não é facultativo, mas sim, um dever-poder, não há, portanto, necessidade de sua explicitação.

XXVIII - observar as normas de boa educação e ser discreto nas atitudes, maneiras e na linguagem escrita ou falada;

XXIX - não solicitar ou provocar publicidade visando à própria promoção pessoal;

XXX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção, eqüidade e absoluto respeito pelo ser humano, não usando sua condição de autoridade pública para a prática de arbitrariedade;

Proposta de alteração XXX: excluir.

Justificativa: agir dentro da Legalidade e o respeito à Dignidade da Pessoa Humana estão explícitos na CF, não há, portanto, necessidade.

XXXI - exercer a função pública com honestidade, não aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie;

Proposta de alteração XXXI: excluir.

Justificativa: agir com honestidade e dentro da Legalidade é o mínimo que se espera, além de ser um dever-obrigação daqueles que almejam investir às funções públicas em todos os níveis, não há, portanto, necessidade desse inciso.

XXXII - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em avaliação profissional, inclusive no âmbito do ensino;

XXXIII - não abusar dos meios do Estado postos à sua disposição, nem distribuí-los a quem quer que seja, em detrimento dos fins da administração pública, coibindo ainda a transferência, para fins particulares, de tecnologia própria das funções policiais;

XXXIV - atuar com eficiência e probidade, zelando pela economia e conservação dos bens públicos, cuja utilização lhe for confiada;

XXXV - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com abnegação e desprendimento pessoal;

XXXVI - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente.

Proposta de alteração XXXVI: adicionar texto legal.

Sugestão de texto: atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele

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momento, força de serviço suficiente, assegurando ao PM todos os direitos e garantias profissionais que por ventura advierem de seu emprego em prol do interesse público.

Justificativa: com a redação sugerida, poderemos acabar de uma vez por todas com as dúvidas que pairam acerca da aplicação do Princípio ou Fenômeno da Adesão, fenômeno instituído de maneira explícita à administração pública militar pelo art. 9º, II, c, primeira parte, do Código Penal Militar, que, por seu desconhecimento, geravam, em muitas das vezes a interpretações equivocadas por parte de autoridades militares, principalmente quando encarregadas de Procedimentos Administrativos (sindicâncias) ou Inquéritos Policiais Militares, que, não aceitam o fato do PM quando, mesmo em hora de folga, age em razão de sua condição de policial (da função) e lamentavelmente perde a vida ou fica inabilitado para o serviço. Exemplos clássicos ocorrem no interior do Estado em que devido ao número insuficiente de efetivo, quando há ocorrências de grande vulto, “Roubo a Banco” onde o Policial Militar, sem estar na escala de serviço, é convocado pelo Comandante ou até mesmo apresenta-se imediatamente para auxiliar na realização de diligências com vistas às prisões dos criminosos.

§ 1º. Ao policial militar em serviço ativo é vedado exercer atividade de segurança particular, comércio ou tomar parte da administração ou gerência de sociedade comercial ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário.

§ 2º. Compete aos Comandantes de Unidade e de Subunidade destacada fiscalizar os subordinados que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do respectivo cargo, fazendo-os comprovar a origem de seus bens, mediante instauração de procedimento administrativo, observada a legislação específica.

Proposta de alteração §2º: excluir.

Justificativa: Embora a Lei 8429/92 – que criou no ordenamento jurídico brasileiro as sanções aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício da função pública (Improbidade Administrativa), traga em seu bojo no art. 14 tal possibilidade, entendemos que poderão resultar em abusos de autoridades militares caso a redação permaneça como se acha, principalmente no que tange a frase “fazendo-os comprovar a origem de seus bens”. Cumpre mencionar que o mesmo artigo 14 do Códex acima, fala em “qualquer pessoa do poderá representar à autoridade administrativa competente”, inclusive o §1º fala em apresentação de provas, autoria, informações sobre o fato e não instauração de ofício. Importante mencionar que somente atendidos esses requisitos é que então poderá haver a investigação, por conseguinte, entendemos ser flagrantemente ilegal e inconstitucional o texto ora em comento a ser criado no vindouro RDPMMS. Ademais, porque poderá acarretar ao Estado de MS inúmeros pedidos de Indenização, consoante estatui o art. 37, §6º, da CF, inclusive com o direito de Regresso contra a autoridade militar que, impuser algum constrangimento sem justa causa a seus superiores, pares e subordinados em razão de ofensa gratuita e desnecessária à legalidade dos atos da administração e seus agentes. Nessa direção, como na maioria dos casos envolvendo policiais militares referem-se a enriquecimentos ilícitos por conta de crimes (tráfico de drogas, roubo, extorsão, corrupção passiva, concussão) todos eles que se procedem mediante Ações Penais Públicas Incondicionadas, cujo titular é o Estado, que se vale de um órgão acusador, o Ministério Público, para a Persecução Penal em Juízo, face a impossibilidade de fazer Justiça com as próprias mãos, e, nessa modalidade de ação não é o acusado/averiguado/investigado/réu, que tem de provar sua inocência, mas sim, o Estado/Órgão Acusador, entendemos que a melhor saída em prol do interesse

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público, consiste na autoridade administrativa militar, em verificando os sinais exteriores de riqueza de seus “superiores, pares e subordinados, deve REPRESENTAR”, de acordo com o art. 16, da Lei 8429/92, ao Ministério Público para que, aí sim aquele órgão inicie, respeitado o Devido Processo Legal, uma completa investigação utilizando-se de todos os recursos legais (solicitando até mesmo ao Judiciário interceptação telefônica do investigado, quebra do sigilo fiscal, bancário e outras medidas extremas), coisas que a Autoridade Administrativa Militar não poderá numa simples SINDICÂNCIA, AVERIGUAÇÃO SUMÁRIA OU INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR FAZER.

§ 3º. Aos policiais militares da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Regulamento. Excluir fere art. 5º, VIII, XVI, XVII, XVII , XIX, XXXI, da constituição Federal.

§ 4º. É assegurado ao policial militar inativo o direito de opinar sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público, devendo observar os preceitos da ética policial militar e preservar os valores policiais militares em suas manifestações essenciais.

CAPÍTULO III

Da Disciplina Policial militar

Art. 9º. A disciplina policial militar é o exato cumprimento dos deveres, traduzindo-se na rigorosa observância e acatamento integral das leis, regulamentos, normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da Polícia Militar.

Proposta de alteração ART. 9º: A disciplina policial militar corresponde ao cumprimento dos deveres inerentes à função à qual está investido, traduzindo-se na rigorosa observância e acatamento das leis, regulamentos e ordens legais por parte de todos os integrantes da Polícia Militar.

§ 1º. São manifestações essenciais da disciplina:

I - a observância rigorosa das prescrições legais e regulamentares;

II - a obediência às ordens legais dos superiores;

III - o emprego de todas as energias em benefício do serviço;

IV - a correção de atitudes;

V - as manifestações espontâneas de acatamento dos valores e deveres éticos;

VI - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e na eficiência da Instituição.

Proposta de alteração VI: a colaboração na disciplina coletiva e eficiência dos serviços, que a Instituição tem por dever constitucional de ofertar aos seus cidadãos, sendo assegurado ao policial militar todos os direitos e garantias inerentes à função.

§ 2º. A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos, permanentemente, pelos policiais militares do Estado, tanto no serviço ativo, quanto na inatividade.

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§ 3º. A camaradagem é indispensável à formação e ao convívio na Polícia Militar, incumbindo aos comandantes incentivar e manter a harmonia e a solidariedade entre os seus comandados, promovendo estímulos de aproximação e cordialidade.

§ 4º. A civilidade é parte integrante da educação policial militar, cabendo a superiores e subordinados atitudes de respeito e deferência mútuos.

Proposta de alteração §4º: A civilidade é parte integrante da educação policial militar, cabendo a superiores, pares e subordinados, atitudes de respeito e deferências mútuas.

Art. 10. As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo inteira responsabilidade à autoridade que as determinar.

Proposta de alteração art. 10: As ordens legais devem ser prontamente executadas, desde de plenamente exeqüíveis, cabendo responsabilidades tanto à autoridade que a determinar como àquela que, ao cumpri-la, por conta e riscos próprios, vier a cometer excessos culposos ou dolosos.

§ 1º. Cabe ao policial militar a inteira responsabilidade pelas ordens que der e pelas conseqüências que delas advierem.

Proposta de alteração §1º: excluir já previsto no Caput.

§ 2º. Quando a ordem parecer obscura, compete ao subordinado, ao recebê-la, solicitar os esclarecimentos necessários ao seu total entendimento, inclusive por escrito, se entender necessário, cumprindo à autoridade que a emitiu atender à solicitação. Proposta de alteração §2º: se ao receber a ordem, pairar alguma dúvida acerca de sua legalidade, deve o subordinado solicitar os esclarecimentos necessários ao seu total entendimento, inclusive por escrito, se entender imprescindível e for possível, devendo a autoridade que a emitiu atender à solicitação, sob pena de responder civil, penal e administrativamente. Justificativa: como nem todos na PM são Bacharéis em Direito, o RDPMMS deve possuir em seu texto legal palavras de fácil compreensão, de maneira que usar termos como obscuridade, contradição, omissão, ambigüidade, (normalmente usado para o recurso de Embargos de Declaração na esfera judicial) não nos parece salutar e de perfeito entendimento.

§ 3º. Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da ordem recebida a responsabilidade pelo abuso ou excesso que cometer.

Proposta de alteração §3º: excluir porque já contemplado no Caput.

Art. 11. Para efeito deste Regulamento, a palavra “Comandante de OPM”, quando usada genericamente, engloba também os cargos de diretor e chefe.

Art. 12. Para efeito deste Regulamento, deve-se, ainda, considerar:

I - honra pessoal: sentimento de dignidade própria, como o apreço e o respeito de que é objeto ou se torna merecedor o policial militar, perante seus superiores, pares e subordinados;

II - pundonor policial militar: dever de o policial militar pautar a sua conduta como a de um profissional correto. Exige dele, em qualquer ocasião, alto padrão de comportamento ético que refletirá no seu desempenho perante a Instituição a que serve e no grau de respeito que lhe é devido;

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Proposta de alteração: II - pundonor policial militar: dever de o policial militar pautar a sua conduta como a de um profissional correto. Exige dele, em qualquer ocasião, respeitados os direitos e garantias individuais assegurados pela Constituição Federal, alto padrão de comportamento ético;

III - decoro da classe: valor moral e social da Instituição. Ele representa o conceito social dos policiais militares que a compõem e não subsiste sem esse.

Proposta de alteração: III - decoro da classe: valor moral e social que representam o nível de Moralidade, Impessoalidade e Transparência de qualquer Instituição Pública, não permanecendo sem esses valores.

CAPÍTULO IV

Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disciplina

SEÇÃO I

Disposições Preliminares

Art. 13. A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a disciplina policial militar, constituindo infração administrativa, penal ou civil, isolada ou cumulativamente.

Proposta de alteração: Art. 13. A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a disciplina policial militar, constituindo infração administrativa, sujeitando o infrator às sanções disciplinares após o crivo do Devido Processo Legal.

Justificativa: de acordo como art. 22, I, CF somente União pode legislar sobre Direito Penal Militar, portanto, um Decreto ou Lei Complementar de um Estado não pode criar Tipos Penais. Ademais, consoante prevê o art. 19, do Código Penal Militar, aquele acervo legal não está compreendido as infrações e transgressões disciplinares dos Regulamentos Militares.

§ 1º. O policial militar é responsável pelas decisões ou atos que praticar, inclusive nas missões expressamente determinadas, bem como pela não-observância ou falta de exação no cumprimento de seus deveres.

§ 2º. O superior hierárquico responderá solidariamente, na esfera administrativa disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções da transgressão praticada por seu subordinado quando:

I - presenciar o cometimento da transgressão deixando de atuar para fazê-la cessar imediatamente;

II - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o cometimento da transgressão, mesmo não estando presente no local do ato.

Proposta de alteração: II - concorrer indiretamente, por ação ou omissão, para o cometimento da transgressão.

Justificativa: ora, se ele não estava presente no local do ato faltará uma condição “SINE QUA NON”, INDISPENSÁVEL, à existência da falta disciplinar “A VOLUNTARIEDADE DO ADMINISTRADO”, à qual, segundo o mestre Osvaldo Celso Aranha Bandeira de Mello, em sua obra prima Curso de Direito Administrativo, 18ª edição, pág. 779, não há falar em existência de Falta Disciplinar.

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§ 3º. A violação da disciplina policial militar será tão mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.

Proposta de alteração §3º: Excluir.

Justificativa: fere o princípio da Legalidade, Razoabilidade e Proporcionalidade já que cada um deve ser punido de acordo com seu grau de participação à ocorrência da infração disciplinar, além de pisotear o Princípio Constitucional da Individualização da Pena, também previsto no Código Penal Brasileiro, art. 28, que por analogia e em respeito à atual Portaria 009 Cmt G/08/17/04/08, art. 2º, 3º e 4º, devem ser usados à apreciação e eventual aplicação de sanção disciplinar.

SEÇÃO II

Da Transgressão Disciplinar

Art. 14. Transgressão disciplinar é a infração administrativa caracterizada pela violação dos deveres policiais militares, cominando ao infrator as sanções previstas neste Regulamento.

Proposta de alteração: Art. 14. Transgressão disciplinar é a infração administrativa caracterizada pela violação dos deveres policiais militares, estreitamente relacionadas ao efetivo exercício da função policial militar e dela decorrentes, cominando ao infrator as sanções previstas neste Regulamento, observado sempre os princípios constitucionais vigentes, principalmente o respeito incondicional ao Devido Processo Legal pelas autoridades militares administrativas responsáveis pelas apurações.

§ 1º. As transgressões disciplinares compreendem:

I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina policial militar, especificadas nos artigos 16, 17 e 18 deste Regulamento;

II - todas as ações ou omissões não especificadas nos artigos 16, 17 e 18 deste Regulamento, mas que também violem os valores e deveres policiais militares.

§ 2º. Ao aluno de curso da Polícia Militar, aplica-se, no que concerne à disciplina, além do previsto neste Regulamento, subsidiariamente, o disposto nos regulamentos próprios dos estabelecimentos de ensino onde estiver matriculado.

§ 3. A aplicação das penas disciplinares previstas neste Regulamento independe do resultado de eventual ação penal.

Proposta de Alteração: § 3. A aplicação das penas disciplinares previstas neste Regulamento independe do resultado de eventual ação penal, exceto se o militar acusado for absolvido por Excludente de Ilicitude e restou cabalmente provado nos autos de Processo-Crime que o fato imputado for atípico, qual seja, não tido como crime e o militar não seja considerado o autor da infração penal, fatos esses reconhecidamente na Sentença Absolutória da Autoridade Judiciária, consoante disposições legais previstas no art. 386, do Código de Processo Penal Comum.

Justificativa: é pacífico na Jurisprudência e Doutrina expressivamente dominante o entendimento dos Tribunais, de que, o agente público só deve sofrer cominações legais no âmbito administrativo se não forem reconhecidas nos casos concretos as situações acima citadas.

SEÇÃO III

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Da Classificação das Transgressões

Art. 15. As transgressões disciplinares classificam-se segundo sua intensidade em:

I – leves;

II – médias;

III – graves.

Proposta de alteração art. 15:

I- levíssimas

II- leves

III- médias

IV- graves

SEÇÃO IV

Proposta de alteração: Das Transgressões Levíssimas

Art. 16. São transgressões disciplinares leves:

Proposta de alteração: Art. 16. São transgressões disciplinares levíssimas:

I - retirar-se da presença do superior hierárquico sem obediência às normas regulamentares;

II - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares impróprios; (alterar para: conversar ou fazer ruídos capazes de causar transtorno ao serviço e pessoas, desde que em local sujeito à administração militar ou que exija um nível tolerável e moderado tom de voz, exemplo, hospitais;

III - deixar de comunicar, (alterar para: deixar de comunicar, tão logo seja possível), a alteração de dados de qualificação pessoal ou mudança de endereço residencial;

IV - andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessidade, pelas ruas da cidade ou castigar inutilmente a montada;

V - permanecer, alojado ou não, deitado em horário de expediente no interior da OPM, sem autorização de quem de direito;

VI - entrar ou sair, de qualquer OPM, por lugares que não sejam para isso designados;

Das transgressões Leves

I - deixar de comunicar (alterar para: deixar de comunicar, sendo possí ao superior a execução de ordem dele recebida, no mais curto prazo possível;

II - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar-se ao seu superior funcional, conforme prescrições regulamentares;

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III - deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao superior hierárquico de posto ou graduação mais elevada e de saudar os demais, de acordo com as normas regulamentares;

IV - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a sentinela, na formação de grupo ou permanência de pessoas junto ao seu posto;

V - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de autoridade;

VI - dar toques ou fazer sinais, previstos nos regulamentos, sem ordem de autoridade competente;

VII - chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o qual esteja nominalmente escalado ou a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir;

Proposta de alteração VII: chegar atrasado ao expediente, se trabalhar na atividade meio da corporação, ao serviço para o qual esteja prévia, nominal e cientificadamente por qualquer meio acerca da escala de serviço ou a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir, sem justo motivo;

VIII - deixar de comunicar a tempo, à autoridade competente, a impossibilidade de comparecer à Organização Policial militar (OPM) ou a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva assistir;

Proposta de alteração VIII: deixar de comunicar a tempo, desde que não exista caso fortuito ou força maior, para evitar transtornos administrativos, à autoridade competente, a impossibilidade de comparecer à Organização Policial militar (OPM) ou a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva assistir desde que possa a assim proceder;

IX - fumar em local não permitido;

Proposta de alteração IX: fumar em local não permitido, desde que devidamente sinalizado através de algum meio tal proibição;

X - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinheiro os permitidos, em local sob administração policial militar, ou em qualquer outro, quando uniformizado;

XI - conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação oficial, sem autorização do órgão competente da Polícia Militar, mesmo estando habilitado;

XII - transportar na viatura, aeronave ou embarcação que esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoal ou material, sem autorização da autoridade competente;

Proposta de alteração XII: transportar na viatura, aeronave ou embarcação que esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoal ou material, sem autorização da autoridade competente, exceto em casos de urgência, caso fortuito ou motivo de força maior ou para prestar socorro, cuja comunicação poderá ser feita a posteriori;

XIII - permanecer em dependência de outra OPM ou local de serviço sem consentimento ou ordem da autoridade competente;

XIV - permanecer em dependência da própria OPM ou local de serviço, desde que a ele estranho, sem consentimento ou ordem da autoridade competente;

XV - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em local sob administração policial militar, publicações, estampas ou jornais que atentem contra a disciplina, a moral ou as instituições;

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Proposta de alteração XV: excluir não recepcionado pela ordem constitucional vigente.

XVI - usar vestuário incompatível com a função ou descurar do asseio próprio ou prejudicar o de outrem;

Proposta de alteração XVI: usar vestuário incompatível com a função ou descurar do asseio próprio, desde que o Estado comprovadamente tenha fornecido ao militar estadual todos os fardamentos a ele assegurados por lei e aos quais têm direito;

XVII - estar em desacordo com as normas regulamentares de apresentação pessoal;

Proposta de alteração XVII: estar em desacordo com as normas regulamentares de apresentação pessoal, desde que o militar tenha concorrido única e exclusivamente para tal e o Estado tenha lhe garantido os meios necessários para isso;

XVIII - recusar ou devolver insígnia, salvo quando a regulamentação o permitir;

XIX - aceitar qualquer manifestação coletiva de subordinados, com exceção das demonstrações de boa e sã camaradagem e com prévio conhecimento do homenageado;

XX - discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos, militares ou policiais, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, quando devidamente autorizado;

Proposta de alteração XX: excluir, não recepcionado pela ordem constitucional vigente, fere o direito dos militares em se associarem às entidades de classe para reivindicarem seus direitos;

SEÇÃO V

Das Transgressões Médias

Art. 17. São transgressões disciplinares médias:

I - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não definidas por mais tempo que o necessário para a solução do procedimento policial, administrativo ou penal;

II - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo da boa ordem civil ou policial militar ou do bom nome da Polícia Militar;

Excluir excesso de subjetivismo, ausência de tipicidade, poderá levar a injustiças no caso concreto.

III - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou origem de alarmes injustificados; acrescentar ao final do texto: “desde que em efetivo serviço policial ou bombeiro militar”.

IV – concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar inimizade entre companheiros; (excluir, excesso de subjetivismo, ausência de tipicidade, apreciação exacerbada da autoridade militar julgadora da conduta, injustiças poderão ser cometidas).

V - entender-se com o preso, de forma velada, ou deixar que alguém o faça, sem autorização de autoridade competente;

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VI - contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas possibilidades, desde que venha a expor o nome da Polícia Militar; (excluir fere norma constitucional vigente e Código de Defesa do Consumidor.

VII - retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem legal recebida; acrescentar ao final: “devidamente fundamentado pela autoridade militar julgadora a ausência de justo motivo em Leis, Doutrina e Jurisprudência, não prosperando a livre apreciação e excesso de subjetivismo”.

VIII - interferir na administração de serviço ou na execução de ordem ou missão sem ter a devida competência para tal; acrescentar ao final do texto: “exceto se urgente e imprescindível a intervenção em prol do interesse público, devendo ser devidamente fundamentada por escrito”.

IX - procurar desacreditar seu superior ou subordinado hierárquico; acrescentar ao final: “mediante a correta fundamentação”.

X - deixar de prestar a superior hierárquico continência ou outros sinais de honra e respeito previstos em regulamento;

XI - deixar de corresponder a cumprimento de seu subordinado;

XII - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, documento de identidade funcional ou recusar-se a declarar seus dados de identificação quando lhe for exigido por autoridade competente;

Proposta de alteração novo texto legal: XII - deixar de exibir, somente quando uniformizado, documento de identidade funcional ou recusar-se a declarar seus dados de identificação quando lhe for exigido por autoridade militar competente;

Justificativa: Mais uma vez percebe-se o excesso de rigor resquícios da ditadura militar. Ora, o militar quando de folga é um cidadão comum, e não há previsão legal de que deixar de portar RG ou quaisquer documentos de identificação seja considerado crime, portanto, por analogia, nem transgressão disciplinar do militar. Relembremos aqui que, a já ultrapassada e não recepcionada pela CF Prisão para Averiguação, foi expurgada dando lugar à Prisão Temporária, Lei 7960/89. Diante disso,

XIII - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar; acrescentar ao final: “tão logo seja possível fazê-la por quaisquer meios”.

XIV - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo se houver causa de justificação; acrescentar ao final: “salvo se houver causa de justificação ou excludentes de transgressão da disciplina”.

XV - não levar fato ilegal ou irregularidade que presenciar ou de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade para isso competente; acrescentar ao final: “tão logo seja possível fazê-lo”.

XVI - deixar de manifestar-se nos processos que lhe forem encaminhados, exceto nos casos de suspeição ou impedimento, ou de absoluta falta de elementos, hipótese em que essas circunstâncias serão fundamentadas; acrescentar ao final: “no prazo de 30 dias”. Justificativa: a exemplo do que ocorre na Legislação Federal que criou os Processos Administrativos Disciplinares no âmbito da União, é importante que na ausência de lei/portaria específica, aplique-se, por analogia, outras legislações similares para evitar que as autoridades militares, ao bel prazer e abuso de poder, deixem de exarar pareceres ou se manifestarem quando provocados pelos

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administrados, que, simplesmente estão exercendo o direito constitucional de Petição aos Poderes em busca de direitos seus ou de terceiros.

XVII - deixar de encaminhar à autoridade competente, no mais curto prazo e pela via hierárquica, documento ou processo que receber, se não for de sua alçada a solução; acrescentar ao final: “no prazo de 30 dias”. Justificativa: a exemplo do que ocorre na Legislação Federal, art. 49, da Lei 9784/29/01/99, que criou os Processos Administrativos Disciplinares no âmbito da União, é importante que na ausência de lei estadual/portaria específica, aplique-se, por analogia, outras legislações similares para evitar que as autoridades militares, ao bel prazer e com abuso de poder, deixem de exarar pareceres ou se manifestem quando provocados pelos administrados, que, simplesmente estão exercendo o direito constitucional de Petição aos Poderes em busca de direitos seus ou de terceiros, art. 5º, XXXIV, da CF/88. Se a omissão da administração resultar em danos jurídicos ao administrado, pode ensejar responsabilidade patrimonial do Estado e ação penal por Improbidade Administrativa do agente inerte, por isso, deve ser adaptado até mesmo para preservar o interesse público.

XVIII - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, em qualquer serviço, instrução ou missão; complementar texto: “devendo a autoridade especificar como e de que modo o militar trabalhou mal se por vontade deliberada ou por desleixo”.

XIX - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciária militar que deva promover ou em que esteja investido; acrescentar ao final do texto: “desde de comprovadamente o retardo ou prejuízo ocorrerem por vontade deliberada ou má-fé da autoridade militar encarregada pela apuração”.

XX - desrespeitar medidas gerais de ordem policial, judiciária ou administrativa, ou embaraçar sua execução;

XXI - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordinados ou instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever;

XXII - causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de serviço ou instrução; (alterar para: causar, intencionalmente ou por omissão devidamente comprovada, acidente em serviço ou instrução.)

XXIII - apresentar comunicação disciplinar ou representação sem fundamento ou interpor recurso disciplinar sem observar as prescrições regulamentares; (excluir excesso de subjetivismo, fere ainda o princípio da Fungibilidade Processual – que de maneira leiga, consiste em receber um recurso inapropriado como se fosse o ideal para o caso concreto, com isso, haverá ofensa ao Devido Processo Legal que, inclui dentre outras coisas, o direito ao Contraditório, Ampla Defesa e todos os recursos a ela inerentes.

XXIV - dificultar ao subordinado o oferecimento de representação ou o exercício do direito de petição;

XXV - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir, (alterar para: faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir, desde que prévia e nominalmente notificado), ou ainda, retirar-se antes de seu encerramento sem a devida autorização (alterar para: ou ainda retirar-se antes de seu encerramento sem a devida autorização, exceto se por motivo de caso fortuito ou força maior a ser justificado posteriormente);

XXVI - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de dispositivo ou ordem legal; acrescentar ao final: “exceto se houver motivo de caso fortuito ou força maior devidamente comprovado a posteriori”.

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XXVII - permutar serviço sem permissão da autoridade competente;

XVIII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever; (excluir muito subjetivismo e inconstitucional), afinal, de acordo com o art. 5º, II, da CF, ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.

XXIX - deixar de se apresentar às autoridades competentes nos casos de movimentação, (alterar: tão logo seja possível e respeitados os prazos estabelecidos pelas legislações pertinentes) ou quando designado para comissão ou serviço extraordinário;

XXX - não se apresentar ao seu superior imediato ao término de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo que souber que o mesmo tenha sido interrompido ou suspenso;

XXXI - dormir em serviço, salvo quando autorizado;

XXXII - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou apresentar-se alcoolizado para prestá-lo (acrescentar ao final: “desde que devidamente comprovados pelas provas em direito admitidas”;

XXXIII - introduzir bebidas alcoólicas em local sob administração policial militar, salvo se devidamente autorizado;

XXXIV - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local sob administração policial militar, substância ou material inflamável ou explosivo sem permissão da autoridade competente;

XXXV(A) - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou de navegação marítima, lacustre ou fluvial; (acrescer texto: devendo a autoridade julgadora especificar quais as regras, artigo, inciso, parágrafo, alínea, foram desrespeitados, inclusive se for o caso, mediante a realização de laudos periciais);

XXXVI - autorizar, promover ou executar manobras perigosas com viaturas, aeronaves, embarcações ou animais; (Grave) (acrescer ao final: exceto se em decorrência de operação policial plenamente justificado pelas circunstâncias)

XXXVII - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutilizar, por ação ou omissão, bens ou animais pertencentes ao patrimônio público ou particular (alterar para: não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutilizar, por ação ou omissão, bens ou animais pertencentes ao patrimônio público ou particular, desde que estejam sob sua responsabilidade, devendo a autoridade especificar como ocorreu a falta de zelo, qual o dano sofrido, tipo de extravio, além da inutilização ter de ser fundamentada mediante à realização de Perícia Técnica;

XXXVIII - negar-se a utilizar ou a receber do Estado fardamento, armamento, equipamento ou bens que lhe sejam destinados ou devam ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade;

XXXIX - deixar o responsável pela segurança da OPM de cumprir as prescrições regulamentares com respeito a entrada, saída e permanência de pessoa estranha;

XL - permitir que pessoa não autorizada adentre prédio ou local interditado;

XLI - deixar, ao entrar ou sair de OPM onde não sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-de-Dia ou Graduado de serviço e, em seguida, se oficial, de procurar o comandante ou o oficial de posto mais elevado ou seu substituto legal para expor a razão de sua presença, salvo as exceções regulamentares previstas;

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XLII - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos destinados a superior ou onde este se encontre, bem como qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja vedada; (LEVE)

XLIII - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OPM, desde que não seja a autoridade competente ou sem sua ordem, salvo em situações de emergência;

XLIV - deixar de exibir a superior hierárquico, quando por ele solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de qualquer OPM; (acrescentar texto ao final: “desde que haja fundada suspeita de que o objeto ou volume se constitua em ilícito, devendo o superior emitir a ordem por escrita”.

Justificativa: evitar constrangimentos ao subordinado e abuso de autoridade, o que, em tese, pode acarretar ações de indenização e prejuízos ao erário. Ora, a questão da fundada suspeita prevista no CPP para justificar as abordagens policiais e buscas minuciosas nos cidadãos, vem sido questionada nos Tribunais Brasileiro, inclusive com ganho de causa e indenizações por constrangimentos indevidos, logo, não é mais absoluta. Sendo assim, em não sendo comprovado que o militar revistado esteja portando objetos ilícitos, certamente haverá prejuízos ao erário não se descartando ação penal por abuso de autoridade. Evidentemente, como a PMMS, mais precisamente a Companhia de Guarda e Escolta, tem dentre suas atribuições a custódia de militares no Presídio Militar Estadual, há de se disciplinar naquela OPM procedimentos inerentes ao caso em tela.

XLV - apresentar-se, em qualquer situação, mal uniformizado, com o uniforme alterado ou diferente do previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da Polícia Militar ou norma a respeito; (acrescentar texto ao final: desde que comprovadamente o PM tenha recebido gratuitamente do Estado/Instituição, respeitada a norma específica).

XLVI - usar no uniforme, insígnia, medalha, condecoração ou distintivo, não regulamentares ou de forma indevida;

XLVII - comparecer, uniformizado, a manifestações ou reuniões de caráter político-partidário, salvo por motivo de serviço;

XLVIII - autorizar, promover ou participar de petições ou manifestações de caráter reivindicatório, de cunho político-partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de superior, para tratar de assuntos de natureza policial militar, ressalvados os de natureza técnica ou científica havidos em razão do exercício da função policial; (excluir não recepcionado pela ordem constitucional vigente)

XLIX - freqüentar lugares incompatíveis com o decoro social ou policial militar, salvo por motivo de serviço; (excluir fere o direito inalienável de locomoção garantido pela CF a todos os cidadãos brasileiros).

L - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições, exceto ao Poder Judiciário, para resolver assunto de interesse pessoal relacionados com a Polícia Militar; excluir, excesso de rigor, não razoável e proporcional, soa como resquícios de autoritarismo exacerbado típico dos tempos de ditadura militar.

LI - assumir compromisso em nome da Polícia Militar, ou representá-la em qualquer ato, sem estar devidamente autorizado;

LII - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou regulamentares, na esfera de suas atribuições. (acrescentar ao final: “desde que efetivamente em serviço de natureza policial militar).

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SEÇÃO VI

Das transgressões Graves

Art. 18. São transgressões disciplinares graves:

I - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato da prisão; (acrescer ao final: “exceto nos casos previstos em lei”).

II - usar de força desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato de efetuar prisão; (acrescer texto: “salvo em caso de resistência ou para impedir a fuga de presos”).

III - deixar de providenciar para que seja garantida a integridade física das pessoas que prender ou detiver;

IV - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob sua guarda ou permitir que outros o façam;

V - permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em seu poder instrumentos ou outros objetos proibidos, com que possa ferir a si próprio ou a outrem; (acrescer: “desde que comprovadamente a permissão ocorra por vontade deliberada do PM”).

VI - faltar com a verdade; (excluir fere as garantias constitucionais do Devido Processo Legal que permite ao acusado/indiciado/réu, mentir em juízo para não produzir provas contra si mesmo. Denota-se ainda resquícios do período de exceção vivido pelos brasileiros, ditadura militar de 1969 a 1984, cujo ápice foi o AI- Ato Institucional de número 05, retirando dos cidadãos direitos e garantias constitucionais).

VII - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não declare a verdade em procedimento administrativo, civil ou penal;

VIII - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos; (excluir: é crime e não transgressão)

IX - envolver, indevidamente, o nome de outrem para esquivar-se de responsabilidade;

X - publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação irrestrita de fatos, documentos ou assuntos administrativos ou técnicos de natureza policial, militar ou judiciária, que possam concorrer para o desprestígio da Polícia Militar, ferir a hierarquia ou a disciplina, comprometer a segurança da sociedade e do Estado ou violar a honra e a imagem de pessoa; (excluir: contrário aos princípios constitucionais vigentes)

XI - liberar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência sem competência legal para tanto;

XII - receber vantagem de pessoa interessada no caso de furto, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de ocorrência ou procurá-la para solicitar vantagem;

XIII - receber ou permitir que seu subordinado receba, em razão da função pública, qualquer objeto ou valor, mesmo quando oferecido pelo proprietário ou responsável;

XIV - apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio público ou particular;

XV - empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar qualquer meio material ou financeiro sob sua responsabilidade ou não, para a execução de atividades

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diversas daquelas para as quais foram destinadas, em proveito próprio ou de outrem; (excluir após responsabilidade as palavras “OU NÃO”, vez que faltará um requisito importante à caracterização da infração disciplinar: a voluntariedade do agente). Justificativa: ora, se não for ele o responsável legal, não poderá, pois, ser responsabilizado”).

XVI - provocar desfalques ou deixar de adotar providências, na esfera de suas atribuições, para evitá-los; (excluir genérico demais, e ainda é crime e não apenas transgressão disciplinar).

XVII - utilizar-se da condição de policial militar para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros; (excluir subjetivismo acentuado, ausência de tipicidade, podendo levar a excessos, além do fato de ser, em tese, crime de Improbidade Administrativa e não transgressão).

XVIII - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com finalidade de retardar, apressar ou obter solução favorável em qualquer ato de serviço; (excluir: é crime e não transgressão).

XIX - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, agiotagem ou transação pecuniária envolvendo assunto de serviço, bens da administração pública ou material cuja comercialização seja proibida; (excluir: é crime de peculato e não transgressão disciplinar).

XX - exercer ou administrar, o policial militar em serviço ativo, a função de segurança particular ou qualquer atividade estranha à Instituição Policial militar com prejuízo do serviço ou com emprego de meios do Estado;

XXI - exercer, o policial militar em serviço ativo, o comércio ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade comercial com fins lucrativos ou dela ser sócio, exceto como acionista, cotista ou comanditário;

XXII - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar sinais exteriores de riqueza incompatíveis com a remuneração do cargo; (sugerimos duas opções: 1ª – modificar o texto para: “deixar de remeter aos órgãos competentes informações acerca de provável enriquecimento ilícito de superiores, pares e subordinados que apresentarem sinais de riqueza incompatíveis com a remuneração do cargo”; 2ª - excluir: assim como foi feito no §2º, art. 8º, Dos Deveres Policiais Militares.

Justificativa: Embora a Lei 8429/92 – que criou no ordenamento jurídico brasileiro as sanções aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício da função pública (Improbidade Administrativa), traga em seu bojo no art. 14 tal possibilidade, entendemos que poderão resultar em abusos de autoridades militares caso a redação permaneça como se acha, principalmente no que tange a frase “fazendo-os comprovar a origem de seus bens”. Cumpre mencionar que o mesmo artigo 14 do Códex acima, fala em “qualquer pessoa do poderá representar à autoridade administrativa competente”, inclusive o §1º fala em apresentação de provas, autoria, informações sobre o fato e não instauração de ofício. Importante mencionar que somente atendidos esses requisitos é que então poderá haver a investigação, por conseguinte, entendemos ser flagrantemente ilegal e inconstitucional o texto ora em comento a ser criado no vindouro RDPMMS. Ademais, porque poderá acarretar ao Estado de MS inúmeros pedidos de Indenização, consoante estatui o art. 37, §6º, da CF, inclusive com o direito de Regresso contra a autoridade militar que, impuser algum constrangimento sem justa causa a seus superiores, pares e subordinados em razão de ofensa gratuita e desnecessária à legalidade dos atos da administração e seus agentes. Nessa direção, como na maioria dos casos envolvendo

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policiais militares referem-se a enriquecimentos ilícitos por conta de crimes (tráfico de drogas, roubo, extorsão, corrupção passiva, concussão) todos eles que se procedem mediante Ações Penais Públicas Incondicionadas, cujo titular é o Estado, que se vale de um órgão acusador, o Ministério Público, para a Persecução Penal em Juízo, face a impossibilidade de fazer Justiça com as próprias mãos, e, nessa modalidade de ação não é o acusado/averiguado/investigado/réu, que tem de provar sua inocência, mas sim, o Estado/Órgão Acusador, entendemos que a melhor saída em prol do interesse público, consiste na autoridade administrativa militar, em verificando os sinais exteriores de riqueza de seus “superiores, pares e subordinados, deve REPRESENTAR”, de acordo com o art. 16, da Lei 8429/92, ao Ministério Público para que, aí sim aquele órgão inicie, respeitado o Devido Processo Legal, uma completa investigação utilizando-se de todos os recursos legais (solicitando até mesmo ao Judiciário interceptação telefônica do investigado, quebra do sigilo fiscal, bancário e outras medidas extremas), coisas que a Autoridade Administrativa Militar não poderá numa simples SINDICÂNCIA, AVERIGUAÇÃO SUMÁRIA OU INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR FAZER.

XXIII - não cumprir, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem legal recebida;

XXIV - dar, por escrito ou verbalmente, ordem manifestamente ilegal que possa acarretar responsabilidade ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida;

XXV - deixar de assumir a responsabilidade de seus atos ou pelos praticados por subordinados que agirem em cumprimento de sua ordem;

XXVI - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem legal de autoridade competente, ou serviço, ou para que seja retardada, prejudicada ou embaraçada a sua execução;

XXVII - dirigir-se, referir-se ou responder a superior de modo desrespeitoso;

XXVII A – deixar o superior hierárquico de tratar com urbanidade o subordinado;

XXVIII - recriminar ato legal de superior ou procurar desconsiderá-lo;

XXIX - ofender, provocar ou desafiar superior ou subordinado hierárquico;

XXX - promover ou participar de luta corporal com superior, igual, ou subordinado hierárquico;

XXXI - ofender a moral e os bons costumes por atos, palavras ou gestos; (excluir: excesso de generalidade, ausência de tipicidade, podendo acarretar ao caso concreto injustiças face ao flagrante subjetivismo. Fere também o direito de expressão, art. 5º, IV e IX, da CF/88.)

XXXII - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela imprensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou dos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário ou de qualquer de seus representantes; (excluir: fere a CF/88, art. 5º, IV - é livre a expressão do pensamento; XVIII e XXI – dizem respeito ao direito das associações representativas de classe representar às esferas de poder, em busca dos direitos dos militares estaduais, também há excesso de subjetivismo e ausência de tipicidade);

XXXIII - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência policial ou em outras situações de serviço;

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XXXIV - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem como resistir a ela;

XXXV - tendo conhecimento de transgressão disciplinar, deixar de apurá-la; (acrescer texto: exceto se incompetente para tal, ocasião em que deverá noticiá-la a quem de direito para as providências legais)

XXXVI - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na ausência deste, a qualquer autoridade superior toda informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem pública ou grave alteração do serviço ou de sua marcha, logo que tenha conhecimento;

XXXVII - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;

XXXVIII - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar documentos de interesse da administração pública ou de terceiros;

XXXIX - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de ocorrência, quando esta, por sua natureza ou amplitude, assim o exigir;

XL - passar a ausente;

XLI - abandonar serviço para o qual tenha sido designado ou recusar-se a executá-lo na forma determinada;

XLII - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual esteja nominalmente escalado; (acrescer ao final: “desde que devidamente cientificado da escala por quaisquer meios)

XLIII - afastar-se, quando em atividade policial militar com veículo automotor, aeronave, embarcação ou a pé, da área em que deveria permanecer ou não cumprir roteiro de patrulhamento predeterminado; acrescer ao final: “exceto por motivo de caso fortuito ou força maior, devidamente comprovado posteriormente pelo militar ausente”.

XLIV - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou segurança de pessoas ou instalações;

XLV - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de substância proibida, entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob administração policial militar;

XLVI - embriagar-se quando em serviço ou apresentar-se embriagado para prestá-lo; (acrescer texto ao final: “desde que o fato seja devidamente comprovado pelas provas em direito admitidas”);

XLVII - portar ou possuir arma em desacordo com as normas vigentes;

XLVIII - andar ostensivamente armado, em trajes civis, não se achando de serviço; (excluir: fere o Estatuto do Desarmamento Lei 10826/03, art. 6º, II e a Portaria 001/PM2, do Estado Maior Geral da PMMS, que regulamenta a posse e o porte de arma institucional e particular dos policiais militares de MS);

XLIX - disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, ou desnecessariamente; (acrescentar texto ao final: devendo ser especificado qual foi a imprudência, negligência ou imperícia e a fundamentação usada para comprovar a ausência de necessidade do disparo).

L - não obedecer às regras básicas de segurança ou não ter cautela na guarda de arma própria ou sob sua responsabilidade;

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LI - dirigir viatura policial com imprudência, imperícia, negligência, ou sem habilitação legal; (Média) (acrescentar: devendo ser especificado qual foi a imprudência, negligência ou imperícia).

LII - retirar ou tentar retirar de local sob administração policial militar material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou proprietário;

LIII - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de OPM, com tropa, sem prévio conhecimento da autoridade competente, salvo para fins de instrução autorizada pelo comando;

LIV - freqüentar ou fazer parte de sindicatos, associações profissionais com caráter de sindicato, ou de associações cujos estatutos não estejam de conformidade com a lei; (excluir: não recepcionado pela constituição federal em vigor).

CAPÍTULO V

Das Sanções Administrativas Disciplinares

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Art. 19. A sanção disciplinar objetiva preservar a disciplina e tem caráter preventivo e educativo.

Art. 20. As sanções disciplinares aplicáveis aos policiais militares, independentemente do posto, graduação ou função que ocupem, são:

I - advertência;

II – prestação de serviço; excluir, é inconstitucional, porque mais se assemelha a trabalho escravo do que sanção disciplinar, fere ainda Tratados e Convenções Internacionais que erradicaram o trabalho escravo no mundo dos quais o Brasil é signatário)

III - repreensão;

IV – detenção disciplinar;

V - suspensão; excluir: excesso de subjetivismo podendo levar a injustiças e abusos de autoridade, porque retira direitos adquiridos dos militares e afetará a segurança jurídica dos atos administrativos, ao prever de maneira ilegal, não razoável e desproporcional, corte de salários, perda do tempo de efetivo serviço prestado e criará entraves ao livre exercício de profissão/função, à qual tanto o PM como BM é pago pelos contribuintes para exercê-la.

VI – licenciamento a bem da disciplina;

VII – exclusão a bem da disciplina;

VIII – demissão.

Parágrafo único. Todo fato que constituir transgressão deverá ser levado ao conhecimento da autoridade competente para as providências disciplinares.

Art. 21. Poderão ser aplicadas, (alterar para: poderão ser aplicadas, desde que não versem sobre os mesmo fatos já apurados e solucionados, as seguintes medidas):

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Justificativa: fere a súmula 19, do Supremo Tribunal Federal sobre o a inexistência de “BIS IN IDEM” na administração pública quando se tratar o procedimento sobre fatos já apurados e solucionados, ofendendo ainda o que a doutrina leciona como Teoria do Fato Consumado.

I – cancelamento de matrícula, com desligamento de curso, estágio ou exame;

II – destituição de cargo, função ou comissão;

III – movimentação de unidade ou fração. (excluir: muito subjetivo, poderá levar a abusos e injustiças e ofensa a princípios constitucionais norteadores da administração pública, art. 37, Caput, CF/88.

SEÇÃO II

Da Advertência

Art. 22. Advertência é a forma mais branda de sanção, consistindo em admoestação feita verbalmente ao transgressor, em caráter reservado ou ostensivo.

alterar para: Advertência é a forma mais branda de sanção, consistindo em admoestação feita verbalmente ao transgressor, em caráter reservado, devendo ser aplicadas às infrações disciplinares levíssimas e leves.

§ 1º. Quando em caráter ostensivo, a advertência poderá ser na presença de superiores ou no círculo de seus pares. (excluir: fere a honra e dignidade da pessoa humana assegurados pela CF, art. 5º, X. Sugerimos alterar para: “A advertência verbal será aplicada às infrações disciplinares consideradas levíssimas e leves, devendo somente esta última, constar das alterações do punido e registrada em sua ficha disciplinar”).

§ 2º. A advertência não constará das alterações do punido, devendo, entretanto, ser registrada, para fins de referência, na ficha disciplinar individual. (excluir já contemplado no §1º)

SEÇÃO III

Prestação de Serviço

(Excluir toda a seção III, trabalho escravo não recepcionado pela CF/88)

Art. 23. A prestação de serviço extraordinário consiste na atribuição ao policial militar de tarefa, preferencialmente de natureza operacional, sem remuneração extra, pelo prazo máximo de 10 (dez) dias.

§ 1º. Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de serviço extraordinário equivalente ao cumprimento de 1 (um) dia de sanção disciplinar.

§ 2º. A prestação do serviço não será inferior a 6 (seis) ou superior a 12 (doze) horas de serviço diário.

§ 3º. A prestação de serviço operacional não poderá ser executada imediatamente após o término de um serviço ordinário da mesma natureza.

§ 4º. A sanção disciplinar de prestação de serviço não deve constar nas alterações do punido, devendo, entretanto, ser registrada em sua ficha disciplinar.

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SEÇÃO IV

Da Repreensão

Art. 24. Repreensão é a censura enérgica (excluir a palavra enérgica, ora, se é escrita não há como ser verbalmente enérgica) ao transgressor, feita por escrito e publicada em boletim, reservado ou ostensivo, que não priva o punido da liberdade.

Parágrafo único. A Repreensão deve sempre ser averbada nos assentamentos individuais do punido.

SEÇÃO V

Da Detenção Disciplinar

Art. 25. Detenção disciplinar é o cerceamento da liberdade do punido, o qual deve permanecer na OPM onde serve ou em local que lhe for determinado pela autoridade que aplicar a sanção disciplinar. (excluir a partir de “ou” evitar abusos de comandantes que, às vezes chegam ao absurdo de determinar o recolhimento até mesmo no Presídio Militar Estadual).

§ 1º. O detido disciplinarmente, a critério da autoridade que o puniu (excluir: sugestão de texto: o detido disciplinarmente, por despacho fundamentado da autoridade que o puniu), fica sujeito, a instrução e a trabalho interno na OPM, exceto ao serviço de escala externo, desde que compatíveis com a execução da sanção e sem prejuízo do disposto neste artigo.

§ 2º. O detido disciplinarmente que oferecer perigo a integridade física própria ou de outrem, ou que se comportar de maneira nociva à disciplina (excluir), será recolhido a compartimento fechado, na OPM onde serve (acrescer após serve: “somente durante o tempo estritamente necessário, respeitados os direitos e garantias constitucionais). ou em local determinado. (excluir)

§ 3º. Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicar a sanção, o oficial ou aspirante-a-oficial pode ficar detido disciplinarmente em sua residência. EXCLUIR: não recepcionado pela ordem constitucional vigente que, preconiza dentre os mais diversos princípios, a igualdade entre as pessoas, proibindo benesses ou favoritismos a pessoas, respeitando-se tão somente o Foro apenas por Prerrogativa da Função jamais às pessoas.

§ 4º. Quando a sanção de detenção disciplinar recair sobre pessoal inativo, será esclarecido o local onde o punido cumprirá o corretivo. (acrescer ao final: respeitado sempre a localidade onde tenha domicílio ou residência)

§ 5º. O detido disciplinarmente fará suas refeições na OPM onde serve,. salvo disposição em contrário de autoridade competente. (excluir: ora, se o Estado/Administração pune seu administrado, é dever proporcionar-lhe os meios inerentes ao cumprimento da sanção);

§ 6º. A sanção de que trata o caput não podem ultrapassar de 30 (trinta) dias. (alterar para: 15 dias, eis que até mesmo o prazo máximo da Prisão Temporária, exceto nos crimes hediondos ou equiparados, é de 05 dias prorrogáveis por mais 05, qual seja, 1o dias, portanto, qualquer sanção disciplinar superior a esse prazo não nos parece Razoável e Proporcional.

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SEÇÃO VI

Da Suspensão

(Excluir toda a seção VI, conforme exposição de motivos inicial)

Art. 26. A suspensão consiste em uma interrupção temporária do exercício do cargo, encargo ou função, não podendo o policial militar participar de qualquer serviço, instrução ou atividade, pelo prazo máximo de 10 (dez) dias.

§ 1º. Os dias de suspensão não serão remunerados, incidindo proporcionalmente o desconto sobre o subsídio e as gratificações fixas;

§ 2º. O período de cumprimento da suspensão não será computado para efeito algum, caso em que o policial militar suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do posto ou graduação, nos termos da legislação vigente.

§ 3º. Durante o período de cumprimento da sanção disciplinar de suspensão o policial militar estará proibido de usar uniformes e de portar arma de fogo, ressalvada a permissão da autoridade competente.

§ 4º. A sanção de suspensão somente poderá ser aplicada no caso de reincidência no cometimento de transgressão disciplinar de natureza grave.

A reincidência de que trata o artigo anterior será verificada no prazo máximo de 2 (anos) anos.

Art. 27. A Suspensão será aplicada pelo Comandante-Geral, pelo Sub Comandante Geral, pelo Chefe do Estado Maior Geral, pelo Corregedor Geral e pelos demais oficiais até o nível de Comandante de Companhia Independente.

§ 1º. A autoridade que entender necessária a aplicação desta sanção disciplinar providenciará para que a documentação alusiva à respectiva transgressão seja remetida à autoridade competente.

§ 2º. Da decisão do Comandante-Geral só é admitido o recurso a esta mesma autoridade.

SEÇÃO VII

Do Licenciamento a Bem da Disciplina

Art. 28. O licenciamento a bem da disciplina consistem no afastamento, “ex officio”, das fileiras da Polícia Militar da praça, sem estabilidade assegurada, conforme prescrito no Estatuto dos Policiais Militares. (acrescer ao final: assegurado o contraditório, a ampla defesa e os recursos a ela inerentes, quandoJ

Parágrafo único. O licenciamento a bem da disciplina deve ser aplicado à praça sem estabilidade assegurada, mediante a análise de suas alterações, por iniciativa do Comandante-Geral, Chefe do Estado-Maior ou Corregedor, quando:

I - a transgressão afeta a honra pessoal, o pundonor policial militar ou o decoro da classe e, como repressão imediata, se torne absolutamente necessário à disciplina;

II - estando a praça no comportamento "mau", se verifique a impossibilidade de melhoria de comportamento, como está prescrito neste Regulamento; e

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III - houver condenação transitada em julgado por crime doloso, comum ou militar. (acrescer ao final: superior a 04 anos, adequar-se ao art. 92, II, “b”, do CPB)

a)- por conveniência do serviço (alterar serviço para interesse público), falta de compatibilidade, qualidade e desempenho profissional. (acrescer ao final: devidamente comprovados pelos meios dispostos à administração pública durante o estágio probatório);

b)- a bem da disciplina.

§2º. Aplica-se o licenciamento “ex officio”, às praças sem estabilidade assegurada, após conclusão do sindicância, sumária se for o caso, ou processo administrativo, mandando instaurar pela autoridade competente, devidamente solucionado.

SEÇÃO VIII Da Exclusão a Bem da Disciplina

Art. 29. A exclusão a bem da disciplina deve ser aplicada “ex-officio” ao Aspirante-a-Oficial e à praça com estabilidade assegurada, de acordo com o prescrito no Estatuto dos Policiais Militares.

§ 1º. O policial militar com estabilidade assegurada para ter perdida a sua graduação, será, obrigatoriamente, submetido a Conselho de Disciplina, nos termos da legislação específica.

§ 2º. A aplicação da sanção disciplinar de exclusão a bem da disciplina é de competência do Comandante-Geral da Polícia Militar.

SEÇÃO X Da Demissão

Art. 30. A demissão “ex-officio” será aplicada, exclusivamente, aos Oficiais, nos termos do Estatuto dos Policiais Militares.

§ 1º. O Oficial para ter perdido o seu posto, será, obrigatoriamente, submetido a Conselho de Justificação, nos termos da legislação específica.

§ 2º. A aplicação da sanção disciplinar de demissão é de competência do Governador do Estado.

CAPÍTULO VI

Da Detenção Disciplinar Cautelar (excluir todo capítulo não recepcionado pela ordem constitucional vigente)

Art. 31. A detenção disciplinar cautelar de qualquer transgressor, antes que haja qualquer comunicação da transgressão cometida, poderá ocorrer quando a ocorrência exigir pronta intervenção, sendo necessária para a preservação da ordem e da disciplina policial militar, especialmente se o policial militar mostrar-se agressivo, embriagado ou sob ação de substância entorpecente.

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§ 1º. Mesmo sem possuir ascendência funcional sobre o transgressor, a autoridade policial militar de maior antigüidade que presenciar ou tiver conhecimento do fato deverá tomar providências imediatas e enérgicas, inclusive detê-lo "em nome da autoridade competente", dando ciência a esta, pelo meio mais rápido, da ocorrência e das providências em seu nome tomadas.

§ 2º. No caso de detenção, como pronta intervenção para preservar a ordem e a disciplina da Instituição, a autoridade competente em cujo nome for efetuada é aquela à qual está disciplinarmente subordinado o transgressor.

§ 3º. Esquivando-se o transgressor de esclarecer em que OPM serve, a detenção será efetuada em nome do Comandante-Geral da Polícia Militar e, neste caso, a recusa constitui transgressão disciplinar em conexão com a principal.

Art. 32. A autoridade, a quem a parte disciplinar é dirigida, deve dar a solução no prazo máximo de 8 (oito) dias úteis, devendo, obrigatoriamente, ouvir as pessoas envolvidas, obedecidas as demais prescrições regulamentares.

§ 1º. Caso não seja possível solucionar a questão no prazo previsto no caput, o motivo disto deverá ser publicado em boletim e, neste caso, o prazo será prorrogado para 30 (trinta) dias úteis.

§ 2º. Caso a autoridade determine a instauração de inquérito ou sindicância, a apuração dos fatos será processada de acordo com a legislação específica.

§ 3º. A autoridade que receber a parte, caso não seja de sua competência decidi-la, deve encaminhá-la a seu superior imediato.

§ 4º. As decisões de aplicação da detenção disciplinar cautelar serão sempre fundamentadas e comunicadas ao Corregedor da Polícia Militar.

Art. 33. O policial militar detido nos termos deste capítulo poderá permanecer nessa situação pelo prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas.

JUSTIFICATIVA: a Detenção Disciplinar Cautelar de até 72 horas antes da instauração do Devido Processo Legal, embora prevista no RDPMMS anterior Decreto 1260/81, art. 11, §2º e art. 38, §1º e pretensamente a ser mantida na futura Lei Complementar, art. 31 a 33, que é bom esclarecer não se parece nenhum pouco com as legais Providências Administrativas Acautelatórias, deve ser definitivamente banida face à sua cristalina ilegalidade. Isso porque é idêntica à antiga prisão para averiguação, provimento legal existente até a Constituição de 88, porém, rechaçado do ordenamento jurídico brasileiro devido ao novo Acervo Maior privilegiar, como regra, a liberdade e não a prisão que é exceção, tanto é verdade que o Legislador Constituinte fez questão de inserir como clausula pétrea, art. 5º, LVII, o Princípio da Não Culpabilidade ou da Presunção de Inocência antes do Trânsito em Julgado de Sentença Penal Condenatória, corroborando na assertiva de que o encarceramento só deve ocorrer não somente após o “DUE PROCESS OF LAW”, como também em casos extremados e autorizados por lei. Em substituição à Prisão para Averiguação, com o fito de fazer frente à criminalidade e não obstar o Estado e seus agentes de agir em prol do interesse público, cobrindo-os com manto da legalidade, criou-se, o Legislador, logo em seguida a CF/88 a Prisão Temporária - Lei 7960, de 21 de dezembro de 1989, mesmo assim, com inúmeras ressalvas e em casos excepcionais somente nela previstos, medida extrema decretada exclusivamente pela Autoridade Judiciária, qual seja, o Juiz de Direito. A Prisão Temporária juntamente com outras previstas no Código de Processo Penal, tais como: a Prisão em Flagrante Delito (art. 301), Prisão Preventiva (art. 311, 312), Prisão Decorrente de Sentença de Pronúncia e a Prisão Proveniente de Sanção Penal Condenatória Recorrível (art. 282), estas sim são

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consideradas PRISÕES CAUTELARES ou PROCESSUAIS – conceito: prisões legais ocorridas antes do Trânsito em Julgado de Sentença Penal Condenatória, e, apresentam-se como as únicas legais para decretar o cárcere dos cidadãos brasileiros sem a necessidade do “Devido Processo Legal”.

CAPÍTULO VII

Do Processo Apuratório Disciplinar Sumário

Art. 34. O Processo Apuratório Disciplinar Sumário é o devido processo legal destinado à garantia do contraditório e a ampla defesa quando a transgressão disciplinar não exigir, em princípio, a instauração de Processo Administrativo Disciplinar.

SEÇÃO I

Da Comunicação Disciplinar

Art. 35. A comunicação disciplinar é a formalização escrita, assinada pelo policial militar e dirigida à autoridade competente, acerca de ato ou fato contrário à disciplina cometida por (acrescer: pares), subordinados hierárquicos.

Art. 36. A comunicação disciplinar deve ser clara, concisa e precisa, contendo os dados capazes de identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local a data e a hora do fato, além de caracterizar as circunstâncias que o envolveram, bem como as alegações do faltoso, quando presente e ao ser interpelado pelo signatário das razões da transgressão, sem tecer comentários ou opiniões pessoais.

§ 1º. A comunicação disciplinar será apresentada no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados da constatação ou do conhecimento do fato. ressalvadas as disposições relativas à detenção disciplinar cautelar, que deverá ser feita no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas. (excluir)

§ 2º. A comunicação disciplinar deve ser a expressão da verdade, cabendo à autoridade competente, caso considere haver indícios de prática de transgressão disciplinar, elaborar o Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar, conforme modelo constante no anexo II e encaminhá-lo ao acusado, mediante notificação formal para que este possa exercitar, por escrito, o seu direito a ampla defesa e ao contraditório, no prazo de 5 (cinco) dias (acrescer: úteis).

§ 3º. A inobservância injustificada do prazo previsto no § 2º não inviabilizará os trabalhos da autoridade, operando-se os efeitos da revelia. (acrescer: em decisão devidamente fundamentada)

Art. 37. A solução do procedimento disciplinar é da inteira responsabilidade da autoridade competente, que deverá aplicar sanção ou (alterar para: acatar as justificativas) justificar o fato (excluir), de acordo com este Regulamento.

§ 1º. Estando a autoridade convencida do cometimento da transgressão, providenciará o enquadramento disciplinar, mediante nota de culpa ou, se determinar outra solução, deverá fundamentá-la por despacho nos autos.

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§ 2º. A solução será dada no prazo máximo de 15 (quinze) dias (acrescer: úteis), contados a partir do recebimento da defesa do acusado, prorrogável no máximo por mais 10 (dez) dias, mediante declaração de motivos no próprio enquadramento.

§ 3º. No caso de afastamento regulamentar do transgressor, os prazos supracitados serão interrompidos, reiniciada a contagem a partir da sua reapresentação.

§ 4º. Em qualquer circunstância, o signatário da comunicação deverá ser notificado da respectiva solução, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias da data da comunicação.

§ 5º. No caso de não cumprimento do prazo do parágrafo anterior, poderá o signatário da comunicação solicitar, obedecida a via hierárquica, providências a respeito da solução.

SEÇÃO II

Da Representação

Art. 38. Representação é toda comunicação que se referir a ato praticado ou aprovado por superior hierárquico ou funcional, que se repute irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.

§ 1º. A representação será dirigida à autoridade funcional imediatamente superior àquela contra a qual é atribuída a prática do ato irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.

§ 2º. A representação contra ato disciplinar será feita somente após solucionados os recursos disciplinares previstos neste Regulamento e desde que a matéria recorrida verse sobre a legalidade do ato praticado. (excluir: ilegal, porque se tiver havendo, por exemplo, perseguição por parte de superior ao subordinado).

§ 3º. A representação nos termos do parágrafo anterior será exercida no prazo máximo de 5 (cinco) anos.

§ 4º. O prazo para o encaminhamento de representação será de 5 (cinco) dias contados da data do conhecimento do ato ou fato que a motivar.

CAPÍTULO VIII

Da Competência

Art. 39. A competência para aplicar as prescrições contidas neste Regulamento é conferida ao cargo, não ao grau hierárquico e são competentes para aplicá-las:

I - O Comandante-Geral, a todos os integrantes da Polícia Militar;

II – O Sub Comandante Geral da Polícia Militar;

III – O Chefe do Estado-Maior a todos que lhe são subordinados;

IV – O Corregedor-Geral em relação aos policiais militares sujeitos a este Regulamento, exceto ao Comandante-Geral, o Chefe do Estado-Maior e o Chefe do Gabinete Militar;

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V – O Chefe do Gabinete Militar e de Assessorias Militares, em relação aos que servirem sob sua chefia ou ordens;

VI - Os Diretores de órgãos de Direção Setorial e Ajudante-Geral, aos que estiverem sob seu comando ou chefia;

VII - Os Comandantes de Comando Intermediário e os Comandantes de OPM, aos que estiverem sob suas ordens;

VIII – Os subcomandantes de OPM, Comandantes de Subunidades incorporadas e Pelotões destacados, aos que estiverem sob suas ordens;

SEÇÃO I

Dos Limites das Competências

Art. 40. A competência para apurar e punir atos de indisciplina do Comandante-Geral da Corporação é exclusiva do Governador do Estado, cabendo às demais autoridades as seguintes competências:

I – ao Comandante-Geral: todas as sanções previstas neste Regulamento até o seu limite máximo previsto, exceto a demissão de oficiais;

II – ao Sub Comandante Geral: as sanções disciplinares de advertência, prestação de serviço, repreensão, detenção disciplinar e suspensão, até o limite máximo previsto (excluir);

III – ao Chefe do Gabinete Militar, de Assessorias Militares, os Diretores de órgãos de Direção Setorial e Ajudante-Geral: as sanções disciplinares de advertência, prestação de serviço (excluir), repreensão, detenção disciplinar de até 25 (alterar para: 10 dias) e suspensão; (excluir)

IV – os Comandantes de Comandos Intermediários e Comandantes de OPM: as sanções de advertência, prestação de serviço (excluir), repreensão, detenção disciplinar de até 24 (alterar para: 10 dias) e suspensão (excluir);

V – os Subcomandantes de OPM, os Comandantes de Subunidades incorporadas e de Pelotões destacados: as sanções de advertência, prestação de serviço até 5 (cinco) dias (excluir), repreensão, detenção disciplinar até 12 (alterar para: 07 dias).

Incluir inciso VI – ao diretor do PME, cargo a ser ocupado por um Tenente Coronel sem vínculo hierárquico funcional com o comando da CIPMGdaE – Companhia de Guarda e Escolta, subordinado ao CPM, aplicar as sanções previstas na Lei de Execuções Penais e as instituídas pelo Regimento Interno do PME, conforme dispõe o art. 90, deste regulamento, exceto aquelas privativas da Autoridade Judiciária Corregedora do Presídio (exemplo: regressão a regime de cumprimento de pena mais rigoroso).

CAPÍTULO IX

Do Julgamento

Art. 41. O julgamento e a aplicação da sanção disciplinar devem ser feitos com justiça, serenidade, impessoalidade e imparcialidade, para que o punido fique

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consciente e convicto de que ela se inspira no cumprimento exclusivo do dever, na preservação da disciplina e da hierarquia que tem em vista o benefício educativo do punido e da coletividade. (OBS: aqui fica claro que a detenção disciplinar cautelar é flagrantemente ilegal)

§ 1º. Nenhuma sanção disciplinar será imposta sem que ao transgressor sejam assegurados o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal, inclusive o direito de ser ouvido pela autoridade competente para aplicá-la, e sem estarem os fatos devidamente apurados.

§ 2º. Para fins de ampla defesa, contraditório e o devido processo legal, são direitos do policial militar:

I - ter conhecimento e acompanhar todos os atos de apuração, julgamento, aplicação e cumprimento da sanção disciplinar, de acordo com os procedimentos adequados para cada situação;

II - ser ouvido;

III - produzir provas;

IV - obter cópias de documentos necessários à defesa;

V - ter oportunidade, no momento adequado (excluir), de contrapor-se às acusações que lhe são imputadas;

VI - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo a legislação;

VII - adotar outras medidas necessárias ao esclarecimento dos fatos; e

VIII - ser informado de decisão que fundamente, de forma objetiva e direta, o eventual não-acolhimento de alegações formuladas ou de provas apresentadas.

Art. 42. O julgamento da transgressão deve ser precedido de análise que considere:

I - a pessoa do transgressor;

II - as causas que a determinaram;

III - a natureza dos fatos ou atos que a envolveram;

IV - as conseqüências que dela possam advir; e

V – a falta de provas e de materialidade do ato ou fato disciplinar serão consideradas a favor do (investigado ou comunicado).

Parágrafo único. No julgamento da transgressão, podem ser levantadas causas que justifiquem a falta (acrescer: isentando o militar) ou circunstâncias que a atenuem ou a agravem.

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SEÇÃO I Das Causas de Justificação

Art. 43. Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando for reconhecida qualquer das seguintes causas de justificação acrescentar ao final: “ou excludentes de infrações ou sanções:

I – ausência de voluntariedade;

II - ter sido cometida a transgressão na prática de ação meritória, no interesse do serviço ou da ordem pública;

III – em legítima defesa própria ou de outrem; (alterar para: nos casos de excludente de ilicitude ou criminalidade)

IV – nos casos de (alterar para: nos casos de excludente de culpabilidade, inexigibilidade de conduta diversa, tais como: a obediência à ordem superior e coação moral irresistível, desde que a ordem recebida não seja manifestamente ilegal;

V – por uso de força, a fim de compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever, no caso de perigo, necessidade urgente, calamidade pública, manutenção da ordem e da disciplina;

VI – por motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente comprovados;

VII - nos casos de ignorância, plenamente comprovada, desde que não atente contra os sentimentos normais de patriotismo, humanidade e probidade;

Acrescer incisos

VIII – fato de terceiro;

IX – erro

X – ter reparado o dano, sendo possível fazê-lo, antes da decisão final do procedimento.

SEÇÃO II

Das Circunstâncias Atenuantes

Art. 44. São circunstâncias atenuantes:

I – estar, no mínimo, no bom comportamento;

II – ter prestado relevantes serviços;

III - ter sido cometida a transgressão para evitar mal maior;

IV – ter o transgressor procurado diminuir as conseqüências da transgressão, antes da sanção, reparando os danos; (excluir: já contemplado como causa de excludente ou justificação)

V - ter sido cometida a transgressão em defesa própria, de seus direitos ou de outrem, desde que não constitua causa de justificação;

VI - ter praticado a transgressão por motivo de relevante valor social;

VII – não possuir prática no serviço;

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VIII – ter o transgressor confessado, espontaneamente, a autoria da transgressão, quando esta for ignorada ou imputada a outrem;

IX – colaborar na apuração da transgressão disciplinar.

SEÇÃO III

Das Circunstâncias Agravantes

Art. 45. São circunstâncias agravantes:

I – mau comportamento;

II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;

III – reincidência específica;

IV - conluio de duas ou mais pessoas;

V – ter sido praticada a transgressão durante a execução de serviço; (acrescer: desde que não se constitua causa de justificação)

VI – ter sido cometida a transgressão em presença de subordinado, de tropa ou de civil;

VII - ter sido a transgressão praticada com abuso de autoridade hierárquica ou funcional;

VIII – ter sido a transgressão praticada com abuso de confiança inerente ao cargo ou função;

IX - ter sido praticada a transgressão com premeditação;

X – para satisfazer interesse pessoal ou de outrem;

XI – ter sido praticada a transgressão com o fim de obstruir ou dificultar apuração administrativa, policial ou judicial, ou o esclarecimento da verdade.

§ 1º. Não se aplica a circunstância agravante prevista no inciso V quando, pela sua natureza, a transgressão seja inerente à execução do serviço.

§ 2º. Considera-se reincidência específica o enquadramento da falta praticada num mesmo item dos previstos nos artigos 16, 17, 18 alterar: 16 passa a ser Levíssimas; 17 – Leves; 18 – Médias e 19 – Graves, ou no inciso II do § 1º do artigo 14.

CAPÍTULO X

Da Aplicação

Art. 46. A aplicação da sanção disciplinar compreende:

I - elaboração de nota de punição, de acordo com o modelo do Anexo IV;

II - notificação do transgressor da decisão que aplicou a sanção disciplinar, exceto no caso de advertência; e

III - registro na ficha disciplinar individual. (acrescer: exceto as sanções de advertência verbal)

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§ 1º. A nota de punição deve conter:

I - a descrição sumária, clara e precisa dos fatos;

II - as circunstâncias que configuram a transgressão, relacionando-as às prescritas neste Regulamento; e

III - o enquadramento que caracteriza a transgressão, acrescida de outros detalhes relacionados com o comportamento do transgressor (excluir), para as praças acrescentar: os oficiais, e com o cumprimento da sanção disciplinar.

§ 2º. No enquadramento, serão mencionados:

I - a descrição clara e precisa do fato, bem como os dispositivos dos artigos 16, 17 e 18 no qual este se enquadra;

II - a referência aos artigos, parágrafos, incisos, alíneas e números das leis, regulamentos, convenções, normas ou ordens que forem contrariados ou contra os quais tenha havido omissão, no caso de transgressões a outras normas do ordenamento jurídico, nos termos do inciso II do § 1º do artigo 14;

III – a síntese das alegações de defesa do policial militar;

IV - os artigos, incisos e alíneas das circunstâncias atenuantes ou agravantes, ou causas de justificação;

V - a classificação da transgressão;

VI - a sanção disciplinar imposta;

VII - o local para o cumprimento da sanção disciplinar, se for o caso; (excluir)

VIII - a classificação do comportamento militar em que o punido permanecer ou ingressar;

IX - as datas do início e do término do cumprimento da sanção disciplinar, para os casos em que for possível estabelecer;

X - a determinação para posterior cumprimento, se o punido estiver baixado, afastado do serviço ou à disposição de outras autoridades; e

XI – assinatura da autoridade.

§ 3º. Não devem constar da nota de punição comentários deprimentes ou ofensivos,. permitindo-se, porém, os ensinamentos decorrentes, desde que não contenham alusões pessoais. (excluir)

§ 4º. A notificação do transgressor da decisão que aplicou a sanção disciplinar é o ato administrativo que formaliza a aplicação das punições disciplinares, exceto no caso de advertência que é formalizada pela admoestação verbal ao transgressor e para a prestação de serviço que é formalizado pelo seu efetivo cumprimento.

§ 5º. A notificação de que trata o § 4º será feita conforme o modelo do anexo III.

§ 6º. A nota de punição será transcrita em boletim, reservado ou ostensivo, segundo a situação.

§ 7º. A ficha disciplinar individual, conforme modelo constante do Anexo VI, é um documento que deverá conter dados sobre a vida disciplinar do policial militar, acompanhando-o em caso de movimentação, da incorporação ao licenciamento ou à transferência para a inatividade, quando ficará arquivada na Diretoria de Pessoal.

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§ 8º. Caso, durante o processo de apuração da transgressão disciplinar, venham a ser constatadas causas de justificação, tal fato deverá ser registrado no respectivo Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar e publicado em boletim.

Art. 47. Na aplicação das sanções disciplinares previstas neste Regulamento, serão rigorosamente observados os seguintes limites:

I - quando as circunstâncias atenuantes preponderarem, a sanção não será aplicada em seu limite máximo;

II - quando as circunstâncias agravantes preponderarem, poderá ser aplicada a sanção até o seu limite máximo;

III - pela mesma transgressão não será aplicada mais de uma sanção disciplinar.

Art. 48. A sanção disciplinar será proporcional à gravidade e natureza da infração, observados os seguintes limites:

I - as faltas (acrescer: levíssimas) e leves são puníveis com advertência (acrescer: verbal), prestação de serviço ou repreensão e, na reincidência específica, com detenção disciplinar de até 5 (cinco) dias (excluir);

II - as faltas médias são puníveis com repreensão ou detenção disciplinar de até 12 (alterar para: 03 dias) e, na reincidência específica, com detenção disciplinar de até 24 (alterar para 08 dias);

III - as faltas graves são puníveis com detenção disciplinar de 5 (cinco) a 21 (alterar para 12 dias) dias ou suspensão de até 10 (dez) dias (excluir) e, na reincidência específica, com detenção disciplinar de até 30 (alterar para: 15 dias) dias, desde que não caiba licenciamento, exclusão ou demissão.

Art. 49. A sanção disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil e criminal emanadas do mesmo fato.

Parágrafo único. A instauração de inquérito ou ação criminal não impede a imposição, na esfera administrativa, de sanção pela prática de transgressão disciplinar sobre o mesmo fato. (acrescer ao final: exceto se o fato for atípico, o militar acusado não for considerado o autor do ilícito e ficar reconhecida na sentença absolutória alguma excludente de criminalidade ou culpabilidade).

Art. 50. Na ocorrência de mais de uma transgressão, sem conexão entre si, a cada uma deve ser imposta a sanção disciplinar correspondente e havendo conexão, a transgressão de menor gravidade será considerada como circunstância agravante da transgressão principal.

Art. 51. Na ocorrência de transgressão disciplinar envolvendo policiais militares de mais de uma OPM, caberá ao comandante do policiamento da área territorial onde ocorreu o fato apurar ou determinar a apuração e, ao final, se necessário, remeter os autos à autoridade funcional superior comum aos envolvidos.

Art. 52. Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o transgressor, conhecerem da transgressão disciplinar, competirá à de maior hierarquia apurá-la ou determinar que a menos graduada (alterar para: a de menor posto) o faça.

Parágrafo único. Quando a apuração ficar sob a incumbência da autoridade menos graduada (alterar para: de menor posto), a sanção resultante será aplicada após a aprovação da autoridade superior, se esta assim determinar.

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CAPÍTULO XI

Do Cumprimento e da Contagem de Tempo

Art. 53. O início do cumprimento da sanção disciplinar deverá ocorrer no mesmo dia em que se notifique o transgressor da decisão que aplicou a sanção, caso esta mesma decisão não dispuser o contrário.

§ 1º. A contagem do tempo de cumprimento da sanção começa no momento em que o policial militar iniciá-lo, computando-se cada dia como período de 24 (vinte e quatro) horas. (alterar para: a contagem obedecerá os prazos penais em analogia ao art. 10, do CPB, calendário comum)

§ 2º. Não será computado, como cumprimento de sanção disciplinar, o tempo em que o policial militar passar em gozo de afastamentos regulamentares, interrompendo-se a contagem a partir do momento de seu afastamento até o seu retorno.

§ 3º. O afastamento do policial militar do local de cumprimento da sanção e o seu retorno a esse local, após o afastamento regularmente previsto no § 2º, deverão ser objeto de publicação.

Art. 54. A autoridade que tiver de aplicar sanção a subordinado que esteja a serviço ou à disposição de outra autoridade requisitará a apresentação do transgressor.

Parágrafo único. Quando o local determinado para o cumprimento da sanção não for a respectiva OPM, a autoridade indicará o local designado para a apresentação do policial. (excluir)

Art. 55. Nenhum policial militar será interrogado ou ser-lhe-á aplicada sanção se estiver em estado de embriaguez, ou sob a ação de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, devendo se necessário, desde logo, ser recolhido disciplinarmente. (excluir)

Art. 56. O cumprimento da sanção disciplinar, por policial militar afastado do serviço, deverá ocorrer após a sua apresentação na OPM, pronto para o serviço policial militar, salvo nos casos de interesse da preservação da ordem e da disciplina. (excluir)

§ 1º. A interrupção de afastamento regulamentar, para cumprimento de sanção disciplinar, somente ocorrerá quando determinada pelo Comandante-Geral, Sub Comandante Geral ou pelo Chefe do Estado-Maior, cabendo-lhes fixar as datas de seu início e término.

§ 2º. A Licença Especial - LE e a Licença para Tratar de Interesse Particular – LTIP, serão interrompidas para cumprimento de sanção de detenção disciplinar.

§ 3º. Quando a sanção disciplinar anteceder a entrada em gozo de LE ou LTIP e o seu cumprimento estender-se além da data prevista para início da licença, ficando esta adiada até que o transgressor seja colocado em liberdade.

§ 4º. O cumprimento de sanção disciplinar imposta a policial militar em gozo de Licença para Tratamento de Saúde Própria (LTS) ou Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da Família (LTSPF) (acrescer: ou recolhido ao PME à disposição da Justiça) somente ocorrerá após a sua apresentação por término de licença. (acrescer: ou soltura)

§ 5º. Comprovada a necessidade de LTS, LTSPF, baixa a enfermaria ou a hospital, ou afastamento inadiável da OPM, por parte do policial militar cumprindo

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sanção disciplinar de prestação de serviço (excluir)ou detenção disciplinar, será esta sustada pelo seu comandante, até que cesse a causa da interrupção.

§ 6º. Os critérios para o cumprimento da sanção disciplinar cometida por policial-militar interno do Presídio Militar Estadual (PME), além do previsto neste Regulamento, obedecerão aos estabelecido pela Lei de Execuções Penais e Regimento Interno do PME acrescer ao final: “que obrigatoriamente estabelecerão quais as faltas serão consideradas como Leves e Médias e suas sanções correspondentes”.

Justificativa: a Lei 7210/84, Lei de Execuções Penais apenas e tão somente prevê as faltas graves, remetendo, às Unidades Federativas locais a responsabilidade para dispor sobre as faltas Leves e Médias que carece de regulamentação para ser aplicada aos reeducandos do PME, qual seja, atualmente, embora a CIPMGdaEscolta, OPM com responsabilidade sobre o Presídio em comento tenha uma espécie de Manual de Interno, cediço é que não tem força de substituir o Princípio Constitucional da Reserva Legal.

CAPÍTULO XII

Do Comportamento

Art. 57. O comportamento da praça (acrescer: e oficial) policial militar demonstra o seu procedimento na vida profissional e particular, sob o ponto de vista disciplinar.

Art. 58. Para fins disciplinares e para outros efeitos, o comportamento policial militar classifica-se em:

I - excepcional: quando no período de oito anos de efetivo serviço não tenha sofrido qualquer sanção disciplinar;

II - ótimo: quando no período de quatro anos de efetivo serviço tenha sido aplicada até duas repreensões;

III - bom: quando no período de dois anos de efetivo serviço tenha sido aplicada até duas detenções;

IV - insuficiente: quando no período de um ano de efetivo serviço tenha sido aplicada até duas detenções ou uma suspensão; (excluir)

V - mau: quando no período de um ano de efetivo serviço tenha sido aplicada mais de duas detenções disciplinares ou mais de uma suspensão (excluir).

§ 1º. A classificação, reclassificação e melhoria de comportamento são da competência do Comandante-Geral, pelo Sub Comandante Geral e dos Comandantes de OPM, obedecidas às disposições deste Capítulo e necessariamente publicadas em boletim.

§ 2º. Ao ser admitida na Polícia Militar, a praça policial militar será classificada no comportamento "bom".

§ 3º. Para os efeitos deste artigo, é estabelecida a seguinte equivalência de punição:

Alterar inciso I

I- duas advertências verbais equivalem a uma Repreensão;

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II- duas repreensões equivalem a uma detenção disciplinar; e

III - duas detenções disciplinares equivalem a uma suspensão; (excluir)

§ 4º. A advertência e a “prestação de serviço” (excluir) não serão consideradas para fins de classificação de comportamento.

§ 5º. A praça punida com detenção disciplinar superior a vinte dias (alterar para: igual a 15 dias) ingressará, automaticamente, no comportamento "mau".

§ 6º. A melhoria de comportamento é progressiva, devendo obedecer aos seguintes prazos e condições:

I - do "mau" para o "insuficiente": dois anos de efetivo serviço, sem sanção disciplinar;

II - do "insuficiente" para o "bom": um ano de efetivo serviço sem sanção disciplinar, contado a partir do comportamento "insuficiente";

III - do "bom" para o "ótimo": quatro anos de efetivo serviço sem sanção disciplinar; e

IV - do "ótimo" para o "excepcional": oito anos de efetivo serviço sem sanção disciplinar.

§ 7º. A reclassificação do comportamento far-se-á mediante publicação, por meio de "nota de reclassificação de comportamento", uma vez decorridos os prazos citados no § 6º deste artigo, mediante solicitação do interessado ao seu comandante imediato.

§ 8º. Bastará uma única sanção disciplinar acima dos limites estabelecidos neste artigo para alterar a categoria do comportamento.

§ 9º. Para efeito de classificação, reclassificação ou melhoria do comportamento, ter-se-ão como base as datas em que as sanções foram publicadas.

CAPÍTULO XIII

Dos Recursos Disciplinares

Art. 59. O policial militar que considere a si próprio, a subordinado seu ou a serviço sob sua responsabilidade prejudicado, ofendido ou injustiçado por ato de superior hierárquico, poderá interpor recursos disciplinares.

§ 1º. São recursos disciplinares:

I - pedido de reconsideração de ato;

II - recurso hierárquico.

§ 2º. Da solução de recurso só caberá interposição de novos recursos às autoridades superiores até ao Comandante-Geral (retirar Comandante-Geral e inserir até o Governador do Estado), como última instância na esfera recursal. (acrescer apo final: recursal administrativa).

SEÇÃO I

Do Pedido de Reconsideração de Ato

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Art. 60. O pedido de reconsideração de ato é recurso oposto, mediante parte ou ofício, à autoridade que praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se reputa irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para que o reexamine.

§ 1º. O pedido de reconsideração de ato deve ser encaminhado, diretamente, à autoridade recorrida e por uma única vez.

§ 2º. O pedido de reconsideração de ato deve ser apresentado no prazo máximo de 5 (cinco) dias (úteis), a contar da data em que o policial militar tomar ciência do ato que o motivou.

§ 3º. A autoridade a quem for dirigido o pedido de reconsideração de ato deverá, saneando se possível o ato praticado, dar solução ao recurso, no prazo máximo de 10 (dez) dias (úteis), a contar da data de recebimento do documento, dando conhecimento ao interessado, mediante despacho fundamentado que deverá ser publicado.

§ 4º. O subordinado que não tiver oficialmente conhecimento da solução do pedido de reconsideração, após 30 (trinta) dias contados da data de sua solicitação, poderá interpor recurso hierárquico no prazo máximo de 5 (cinco) dias (úteis).

§ 5º. O pedido de reconsideração de ato deve ser redigido de forma respeitosa, precisando o objetivo e as razões que o fundamentam, sem comentários ou insinuações, podendo ser acompanhado de documentos comprobatórios.

§ 6º. Não será conhecido o pedido de reconsideração intempestivo (acrescer após reconsideração: “fora do prazo legal”. Excluindo-se desde “procrastinador ou que não apresente fatos novos que modifiquem a decisão anteriormente tomada”, devendo este ato ser publicado, obedecido o prazo do § 3º deste artigo. (manter).

SEÇÃO II

Do Recurso Hierárquico

Art. 61. O recurso hierárquico, interposto por uma única vez, será redigido sob a forma de parte ou ofício e endereçado diretamente à autoridade imediatamente superior àquela que não reconsiderou o ato tido por irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.

§ 1º. A interposição do recurso de que trata este artigo, a qual deverá ser precedida de pedido de reconsideração do ato, somente poderá ocorrer depois de conhecido o resultado deste pelo requerente, exceto na hipótese prevista pelo § 4º do artigo anterior.

§ 2º. A autoridade que receber o recurso hierárquico deverá comunicar tal fato, por escrito, àquela contra a qual está sendo interposto.

§ 3º. Os prazos referentes ao recurso hierárquico são:

I - para interposição: 5 (cinco) dias, (úteis) a contar do conhecimento da solução do pedido de reconsideração pelo interessado ou do vencimento do prazo do § 4º do artigo anterior;

II - para comunicação: 3 (três) dias (úteis), a contar do protocolo na OPM da autoridade destinatária;

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III - para solução: 10 (dez) dias (úteis), a contar do recebimento da interposição do recurso no protocolo da OPM da autoridade destinatária.

§ 4º. O recurso hierárquico, em termos respeitosos, precisará o objeto que o fundamenta de modo a esclarecer o ato ou fato, podendo ser acompanhado de documentos (e todas as provas em direito admitidas).

§ 5º. O recurso hierárquico não poderá tratar de assunto estranho ao ato ou fato que o tenha motivado, nem versar sobre matéria impertinente ou fútil.

§ 6º. Não será conhecido o recurso hierárquico (substituir intempestivo por “fora do prazo legal), procrastinador ou que não apresente fatos novos que modifiquem a decisão anteriormente tomada (excluir a partir de procrastinador), devendo ser cientificado o interessado, e publicado o ato em boletim, no prazo de 10 (dez) dias (úteis).

Art. 62. Solucionado o recurso hierárquico, encerra-se para o recorrente a possibilidade administrativa de revisão do ato disciplinar sofrido, exceto nos casos de representação previstos nos parágrafos 3º e 4º do artigo 38.

Art. 63. Solucionados os recursos disciplinares e havendo sanção disciplinar a ser cumprida, o policial militar iniciará o seu cumprimento imediatamente após a ciência da decisão, mediante a notificação prevista no modelo do anexo III.

Art. 64. Os prazos para a interposição dos recursos de que trata este Regulamento são decadenciais.

CAPÍTULO XIV

Da Revisão dos Atos Disciplinares

Art. 65. As autoridades competentes para aplicar sanção disciplinar, exceto os Subcomandantes de OPM, Comandantes de Subunidades incorporadas e de Pelotões destacados, quando tiverem conhecimento, por via recursal ou de ofício, da possível existência de irregularidade ou ilegalidade na aplicação da sanção imposta por elas ou pelas autoridades subordinadas, podem praticar um dos seguintes atos:

I - retificação;

II - atenuação;

III - agravação;

IV - anulação.

Art. 66. A retificação consiste na correção de irregularidade formal sanável, contida na sanção disciplinar aplicada pela própria autoridade ou por autoridade subordinada.

Art. 67. A atenuação da sanção disciplinar consiste na transformação da sanção proposta ou aplicada em outra menos rigorosa ou, ainda, a redução do número de dias da sanção, nos limites do artigo 48, se assim recomendar o interesse da disciplina e da ação educativa do punido, ou mesmo por critério de justiça, quando verificada a inadequação da sanção aplicada.

Parágrafo único. A atenuação da sanção disciplinar poderá ocorrer, a pedido ou de ofício.

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Art. 68. Agravação é a ampliação do número dos dias propostos para uma sanção disciplinar ou a aplicação de sanção mais rigorosa, nos limites do artigo 48, se assim o exigir o interesse da disciplina e a ação educativa sobre o policial militar.

Parágrafo único. Não caberá agravamento da sanção em razão da interposição de recurso disciplinar.

Art. 69. A anulação da sanção disciplinar consiste em tornar sem efeito sua aplicação.

§ 1º. A anulação da sanção disciplinar deverá ocorrer quando for comprovado ter havido injustiça ou ilegalidade na sua aplicação.

§ 2º. A anulação poderá ocorrer nos seguintes prazos:

I - em qualquer tempo e em qualquer circunstância, pelo Comandante-Geral da Polícia Militar e pelo Sub Comandante Geral da Polícia Militar;

II - até cinco anos, a contar do término do cumprimento da sanção disciplinar, pela autoridade que a aplicou, nos termos do artigo 39 deste Regulamento, ou por autoridade superior a esta, na cadeia de comando.

§ 3º. Ocorrendo a anulação, durante o cumprimento de sanção disciplinar, será o punido posto em liberdade imediatamente.

§ 4º. A anulação produz efeitos retroativos à data de aplicação da sanção disciplinar.

Art. 70. A anulação de sanção disciplinar deve eliminar, nas alterações do policial militar e na ficha disciplinar individual, prevista no § 7º do artigo 46 deste Regulamento, toda e qualquer anotação ou registro referente à sua aplicação.

§ 1º. A eliminação de anotação ou registro de sanção disciplinar anulada deverá ocorrer mediante substituição da folha de alterações que o consubstancia, fazendo constar no espaço correspondente o número e a data do boletim que publicou a anulação.

§ 2º. A autoridade que anular sanção disciplinar comunicará o ato à Diretoria de Pessoal da PM, caso já tenha havido o registro da sanção na pasta individual do policial militar, naquela diretoria.

Art. 71. A autoridade que tomar conhecimento de comprovada ilegalidade ou injustiça na aplicação de sanção disciplinar e não tiver competência para anulá-la ou não dispuser dos prazos referidos no § 2º do artigo 69 deste Regulamento, deverá apresentar proposta fundamentada de anulação à autoridade competente.

CAPÍTULO XV

Do Cancelamento de Punições

Art. 72. Poderá ser concedido ao policial militar o cancelamento dos registros de sanções disciplinares e outras notas a elas relacionadas, em suas alterações e na ficha disciplinar individual.

Art. 73. O cancelamento dos registros de sanção disciplinar pode ser concedida ao policial militar que o requerer, desde que satisfaça a todas as condições abaixo:

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I - não ser a transgressão, objeto da sanção, atentatória à honra pessoal, ao pundonor policial militar ou ao decoro da classe;

II - ter o requerente bons serviços prestados, comprovados pela análise de suas alterações;

III - ter o requerente conceito favorável de seu comandante; e

IV – ter o requerente completado, sem qualquer sanção;

a) nove anos de efetivo serviço, a contar do cumprimento da sanção de suspensão a cancelar; (excluir porque a suspensão não vingará)

b) cinco anos de efetivo serviço, a contar do cumprimento da sanção de repreensão ou detenção disciplinar a cancelar.

§ 1º. O cancelamento das sanções disciplinares interfere nas mudanças de comportamento previstas no § 6º do artigo 58 deste Regulamento.

§ 2º. O cancelamento de sanções é ato das autoridades referidas nos incisos I, II e III do artigo 39 deste Regulamento, praticado a pedido do interessado.

§ 3º. O ato de cancelamento da sanção disciplinar deverá ser comunicado à Diretoria de Pessoal da PM.

§ 4º. O cancelamento de sanções não terá efeito retroativo e não motivará o direito de revisão de outros atos administrativos decorrentes das sanções canceladas.

§ 5º. As punições escolares poderão ser canceladas, justificadamente, por ocasião da conclusão do curso, a critério do comandante do estabelecimento de ensino, independentemente de requerimento ou tempo de serviço sem punição.

§ 6º. A advertência, por ser verbal, será cancelada independentemente de requerimento, decorrido um ano de sua aplicação.

§ 7º. A prestação de serviço será cancelada, independentemente de requerimento, decorridos dois anos de sua aplicação. (excluir)

§ 8º. A competência para cancelar punições não poderá ser delegada.

Art. 74. A entrada de requerimento solicitando cancelamento dos registros de sanção disciplinar, bem como a solução a ele dada, deve ser publicada em boletim.

Art. 75. O Comandante-Geral e o Sub Comandante Geral podem cancelar uma ou todas as sanções de policial militar que tenha prestado, comprovadamente, relevantes serviços prestados, independentemente das condições enunciadas no artigo 73 deste Regulamento e do requerimento do interessado.

Art. 76. A contagem dos prazos estipulados para o cancelamento de registros começa a partir da data:

I - da publicação, nos casos de repreensão; e

II - do cumprimento do último dia de cada detenção disciplinar ou suspensão (excluir), a ser cancelada.

CAPÍTULO XVI

Das Recompensas Policiais Militares

SEÇÃO I

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Disposições Gerais

Art. 77. A recompensa constitui reconhecimento aos bons serviços prestados por policiais militares.

Art. 78. Além de outras previstas em leis e regulamentos especiais, são recompensas policiais militares:

I - o elogio;

II - as dispensas do serviço;

III - a dispensa da revista do recolher e do pernoite, nos centros de formação, para alunos dos cursos de formação.

SEÇÃO II

Do Elogio

Art. 79. O elogio pode ser individual ou coletivo.

§ 1°. O elogio individual, que coloca em relevo as qualidades morais e profissionais, somente poderá ser formulado a policiais militares que se hajam destacado do resto da coletividade no desempenho de ato de serviço ou ação meritória;

§ 2°. Os aspectos principais que devem ser abordados na confecção do elogio são os referentes ao caráter, à coragem e desprendimento, à inteligência, às condutas civil e policial militar, à cultura profissional em geral, à capacidade como instrutor, à capacidade como comandante e como administrador e à capacidade física.

§ 3°. A descrição do fato ou fatos que motivarem o elogio deve precisar a atuação do policial militar em linguagem sucinta, sóbria, sem generalizações e adjetivações desprovidas de real significado, como convém ao estilo castrense.

§ 4°. Só serão registrados nos assentamentos dos policiais militares os elogios individuais obtidos no desempenho de funções próprias à Polícia Militar e concedidos por autoridades com atribuição para fazê-lo.

§ 5°. O elogio coletivo visa a reconhecer e a ressaltar grupo de policiais militares ou fração de tropas ao cumprir, destacadamente, determinada missão.

§ 6°. Aplica-se ao elogio coletivo o disposto no § 4° deste artigo.

§ 7°. Tanto o elogio coletivo quanto o individual serão publicados em boletim.

SEÇÃO III

Das Dispensas do Serviço

Art. 80. As dispensas do serviço, como recompensas, podem ser:

I - dispensa total do serviço, que isenta de todos os trabalhos da OPM, inclusive os de instrução;

II - dispensa parcial do serviço, quando isenta de alguns trabalhos que devem ser especificados na concessão.

§ 1°. A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo máximo de 8 (oito) dias e não deve ultrapassar o total de 16 (dezesseis) dias, no decorrer do ano civil.

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§ 2°. A dispensa do serviço não invalida o direito a férias.

§ 3°. A dispensa total do serviço, para ser gozada fora da sede, fica subordinada às mesmas regras de concessão de férias.

§ 4°. A dispensa total de serviço é regulada por período de 24 horas, contados de boletim a boletim; a sua publicação deve ser feita, no mínimo, 24 horas antes do seu início, salvo motivo de força maior.

§ 5°. A dispensa total do serviço como recompensa não vai além dos subordinados que se acham inteiramente sob a jurisdição da autoridade que conceda a recompensa.

SEÇÃO IV

Das Dispensas da Revista do Recolher

Art. 81. As dispensas da revista do recolher e de pernoitar no quartel podem ser incluídas numa mesma concessão; não justificam a ausência do serviço para o qual o aluno está ou for escalado nem da instrução a que deva comparecer.

Art. 82. São competentes, para conceder as recompensas de que trata este Capítulo, as autoridades especificadas no artigo 40 deste Regulamento.

Art. 83. São competentes para anular, restringir ou ampliar as recompensas concedidas por si ou por seus subordinados as autoridades especificadas nos inciso I, II e III do artigo 39, devendo esta decisão ser justificada em boletim.

Parágrafo único. O ato de que trata o caput deverá ser justificado (alterar justificado para fundamentado, obedecendo ao art. 93, IX, da CF/88), em boletim, no prazo de quatro dias úteis.

CAPÍTULO XVI

Disposições Finais

Art. 84. A ação disciplinar da Administração prescreverá em 5 (cinco) anos, contados da observação ou do conhecimento da transgressão disciplinar.

§ 1º. A punibilidade da transgressão disciplinar também prevista como crime prescreve nos prazos estabelecidos para o tipo previsto na legislação penal, salvo se esta prescrição ocorrer em prazo inferior a 5 (cinco) anos.

§ 2º. A interposição de recurso disciplinar interrompe a prescrição da punibilidade até a solução final do recurso.

Art. 85. Para fins deste Regulamento equipara-se a extinta prisão disciplinar à sanção disciplinar de suspensão, prevista no inciso V do artigo 20. (excluir porque a suspensão não prosperará, conforme consenso prévio);

Art. 86. O policial militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação deste Regulamento.

Art. 87. As penas disciplinares de que trata o § 2º do artigo 4º c/c o disposto no § 2º do artigo 14, serão estabelecidas pela 3ª Seção do Estado-Maior.

Art. 88. A instalação, o funcionamento e o julgamento dos Conselhos de Justificação e Conselhos de Disciplina obedecerão a legislação específica.

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Art. 89. Consideram-se Comandantes de Comando Intermediário, de que trata o inciso 39, os .....

Art. 90. Considera-se interno do PME, para fins do disposto §6º. do art. 56, os policiais militares presos à disposição da justiça; cabendo à Diretoria de Pessoal estabelecer o Regimento Interno do PME.

Proposta de alteração art. 90: Consoante já comentado, a Lei 7210/84 – Lei de Execuções Penais tipifica e descreve apenas e tão somente as faltas graves e suas conseqüentes sanções, deixando um vazio quanto às faltas médias e leves, remetendo tal competência aos Estados. A diretoria de Pessoal da PMMS pode até estabelecer o Regimento Interno do PME, entretanto, se por ventura vier a criar, através de provimento outro que não seja uma Lei, discutida e votada na Casa de Leis Estadual, a Assembleia Legislativa de MS, nascerá INCONSTITUCIONAL por vício de formalidade em sua elaboração. Como estamos num processo de adequação à Legalidade, sugerimos então que façamos a coisa certa, qual seja, a Assembleia Legislativa seja provocada à elaboração do arcabouço jurídico nesse sentido, mesmo porque já existem decisões dos Tribunais Brasileiros acerca de Flagrante Inconstitucionalidade de Regulamentos, Portarias, Resoluções exaradas por Governadores, Secretários de Estados, Diretores de Presídio que ousaram criar esse tipo de norma. Também não podemos esquecer que, por se tratar de reeducandos, tanto o Parquet como o Juiz Corregedor do PME, devem ser antecipadamente ouvidos, em cumprimento à LEP.

Art. 91. O Comandante-Geral baixará instruções complementares, necessárias à interpretação, orientação e fiel aplicação do disposto neste Regulamento.

Art. 92. Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.