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CPPT Anotado | Carla Jobling | Luís Figueira Carla Jobling (Advogada) | Luís Figueira (Jurista) JurIndex3 Código de Procedimento e de Processo Tributário Anotado http://processotributario.advogados-carlajobling.pt/ http://cppt.advogados-carlajobling.pt/ com jurisprudência do STA (versão limitada a uma média de 4 acórdãos por artigo *) * A versão integral tem mais de 1300 páginas, com jurisprudência do STJ Janeiro de 2015

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  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    Carla Jobling (Advogada) | Lus Figueira (Jurista)

    JurIndex3

    Cdigo de Procedimento

    e de Processo Tributrio

    Anotado http://processotributario.advogados-carlajobling.pt/

    http://cppt.advogados-carlajobling.pt/

    com

    jurisprudncia do STA

    (verso limitada a uma mdia de 4 acrdos por artigo *)

    * A verso integral tem mais de 1300 pginas, com jurisprudncia do STJ

    Janeiro de 2015

    http://www.advogados-carlajobling.pt/http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/jurindex3.htmhttp://processotributario.advogados-carlajobling.pt/http://cppt.advogados-carlajobling.pt/http://www.advogados-carlajobling.pt/codigosanotados/codigosanotados.htm
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    2

    Contm as seguintes alteraes *:

    - Lei n. 3-B/2000, de 04 de Abril

    - Lei n. 30-G/2000, de 29 de Dezembro

    - Lei n. 15/2001, de 05 de Junho

    - Lei n. 109-B/2001, de 27 de Dezembro

    - Lei n. 32-B/2002, de 30 de Dezembro

    - DL n. 38/2003, de 08 de Maro

    - DL n. 160/2003, de 19 de Julho

    - Lei n. 55-B/2004, de 30 de Dezembro

    - Lei n. 60-A/2005, de 30 de Dezembro

    - DL n. 76-A/2006, de 29 de Maro

    - DL n. 238/2006, de 20 de Dezembro

    - Lei n. 53-A/2006, de 29 de Dezembro

    - Lei n. 67-A/2007, de 31 de Dezembro

    - DL n. 34/2008, de 26 de Fevereiro

    - Lei n. 40/2008, de 11 de Agosto

    - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro

    - Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril

    - Lei n. 55-A/2010, de 31 de Dezembro

    - Lei n. 64-B/2011, de 30 de Dezembro

    - Lei n. 66-B/2012, de 31 de Dezembro

    - DL n. 6/2013, de 17 de Janeiro

    - Lei n. 83-C/2013, de 31 de Dezembro

    - Lei n. 82-B/2014, de 31 de Dezembro

    - Lei n. 82-E/2014, de 31 de Dezembro

    * Alteraes assinaladas no CPPT a itlico

    Termos de utilizao:

    1. Verso livre para utilizao sem finalidade lucrativa.

    2. No autorizada a utilizao para fins comerciais ou noutras actividades que visem o lucro.

    3. No autorizado o alojamento e/ou distribuio do presente ficheiro ou do texto em pgina que

    no seja dos autores.

    4. No autorizada a alterao do presente ficheiro ou do texto.

    5. A presente verso limitada a 1 acrdo do STA - Pleno por artigo. limitada, ainda, a uma

    mdia de 4 acrdos do STA por artigo.

    6. O presente texto no dispensa a consulta de advogado ou de jurista nos casos concretos.

    http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2000/CarlaJobling-Advogada-2000-04-04-Lei-3-B-2000.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2000/CarlaJobling-Advogada-2000-12-29-Lei-30-G-2000.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2001/CarlaJobling-Advogada-2001-06-05-Lei-15-2001.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2001/CarlaJobling-Advogada-2001-12-27-Lei-109-B-2001.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2002/CarlaJobling-Advogada-2002-12-30-Lei-32-B-2002.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/2003/CarlaJobling-Advogada-2003-03-08-DL-38-2003.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/2003/CarlaJobling-Advogada-2003-07-19-DL-160-2003.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2004/CarlaJobling-Advogada-2004-12-30-Lei-55-B-2004.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2005/CarlaJobling-Advogada-2005-12-30-Lei-60-A-2005.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/2006/CarlaJobling-Advogada-2006-03-29-DL-76-A-2006.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/2006/CarlaJobling-Advogada-2006-12-20-DL-238-2006.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2006/CarlaJobling-Advogada-2006-12-29-Lei-53-A-2006.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2007/CarlaJobling-Advogada-2007-12-31-Lei-67-A-2007.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/2008/CarlaJobling-Advogada-2008-02-26-DL-34-2008.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2008/CarlaJobling-Advogada-2008-08-11-Lei-40-2008.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2008/CarlaJobling-Advogada-2008-12-31-Lei-64-A-2008.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2010/CarlaJobling-Advogada-2010-04-28-Lei-3-B-2010.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2010/CarlaJobling-Advogada-2010-12-31-Lei-55-A-2010.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2011/CarlaJobling-Advogada-2011-12-30-Lei-64-B-2011.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2012/CarlaJobling-Advogada-2012-12-31-Lei-66-B-2012.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/2013/CarlaJobling-Advogada-2013-01-17-DL-6-2013.htm
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    3

    NDICE

    DL n. 433/99, de 26 de Outubro

    Cdigo de Procedimento e de Processo Tributrio

    TTULO I

    Disposies gerais

    CAPTULO I

    mbito e direito subsidirio

    Artigo 1. - mbito

    Artigo 2. - Direito subsidirio

    CAPTULO II

    Dos sujeitos procedimentais e processuais

    SECO I

    Da personalidade e da capacidade tributrias

    Artigo 3. - Personalidade e capacidade tributrias

    Artigo 4. - Interveno das sucursais

    Artigo 5. - Mandato tributrio

    Artigo 6. - Mandato judicial

    Artigo 7. - Curador especial ou provisrio

    Artigo 8. - Representao das entidades desprovidas de personalidade jurdica mas

    que dispem de personalidade tributria e das sociedades ou pessoas colectivas sem

    representante conhecido

    SECO II

    Da legitimidade

    Artigo 9. - Legitimidade

    SECO III

    Da competncia

    Artigo 10. - Competncias da administrao tributria

    Artigo 11. - Conflitos de competncia

    Artigo 12. - Competncia dos tribunais tributrios

    Artigo 13. - Poderes do juiz

    Artigo 14. - Competncia do Ministrio Pblico

    Artigo 15. - Competncia do representante da Fazenda Pblica

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    4

    Artigo 16. - Incompetncia absoluta em processo judicial

    Artigo 17. - Incompetncia territorial em processo judicial

    Artigo 18. - Efeitos da declarao judicial de incompetncia

    Artigo 19. - Deficincias ou irregularidades processuais

    SECO IV

    Dos actos procedimentais e processuais

    SUBSECO I

    Dos prazos

    Artigo 20. - Contagem dos prazos

    Artigo 21. - Despacho e sentenas. Prazos

    Artigo 22. - Promoes do Ministrio Pblico e do representante da Fazenda

    Pblica. Prazo

    Artigo 23. - Prazos fixados

    Artigo 24. - Passagem de certides e cumprimento de cartas precatrias. Prazos

    Artigo 25. - Cumprimento dos prazos

    SUBSECO II

    Do expediente interno

    Artigo 26. - Recibos

    Artigo 27. - Processos administrativos ou judiciais instaurados

    Artigo 28. - Arquivo

    Artigo 29. - Modelo dos impressos processuais

    Artigo 30. - Consulta dos processos administrativos ou judiciais

    Artigo 31. - Editais

    Artigo 32. - Restituio de documentos

    Artigo 33. - Processos administrativos ou judiciais concludos

    Artigo 34. - Valor probatrio dos documentos existentes nos arquivos da

    administrao tributria

    SUBSECO III

    Das notificaes e citaes

    Artigo 35. - Notificaes e citaes

    Artigo 36. - Notificaes em geral

    Artigo 37. - Comunicao ou notificao insuficiente

    Artigo 38. - Avisos e notificaes por via postal ou telecomunicaes endereadas

    Artigo 39. - Perfeio das notificaes

    Artigo 40. - Notificaes aos mandatrios

    Artigo 41. - Notificao ou citao das pessoas colectivas ou sociedades

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    5

    Artigo 42. - Notificao ou citao do Estado, das autarquias locais e dos servios

    pblicos

    Artigo 43. - Obrigao de participao de domiclio

    TTULO II

    Do procedimento tributrio

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 44. - Procedimento tributrio

    Artigo 45. - Contraditrio

    Artigo 46. - Proporcionalidade

    Artigo 47. - Duplo grau de deciso

    Artigo 48. - Cooperao da administrao tributria e do contribuinte

    Artigo 49. - Cooperao de entidades pblicas

    Artigo 50. - Meios de prova

    Artigo 51. - Contratao de outras entidades

    Artigo 52. - Erro na forma de procedimento

    Artigo 53. - Arquivamento

    Artigo 54. - Impugnao unitria

    CAPTULO II

    Procedimentos prvios de informao e avaliao

    Artigo 55. - Orientaes genricas

    Artigo 56. - Base de dados

    Artigo 57. - Informaes vinculativas

    Artigo 58. - Avaliao prvia

    CAPTULO III

    Do procedimento de liquidao

    SECO I

    Da instaurao

    Artigo 59. - Incio do procedimento

    SECO II

    Da deciso

    Artigo 60. - Definitividade dos actos tributrios

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    6

    SECO III

    Dos juros indemnizatrios

    Artigo 61. - Juros indemnizatrios

    SECO IV

    Procedimentos prprios

    Artigo 62. - Acto de liquidao consequente

    Artigo 63. - Aplicao de disposio antiabuso

    Artigo 64. - Presunes

    CAPTULO IV

    Do reconhecimento dos benefcios fiscais

    Artigo 65. - Reconhecimento dos benefcios fiscais

    CAPTULO V

    Dos recursos hierrquicos

    Artigo 66. - Interposio do recurso hierrquico

    Artigo 67. - Recurso hierrquico Relaes com o recurso contencioso

    CAPTULO VI

    Do procedimento de reclamao graciosa

    Artigo 68. - Procedimento de reclamao graciosa

    Artigo 69. - Regras fundamentais

    Artigo 70. - Apresentao, fundamentos e prazo da reclamao graciosa

    Artigo 71. - Cumulao de pedidos

    Artigo 72. - Coligao de reclamantes

    Artigo 73. - Competncia para a instaurao e instruo do processo

    Artigo 74. - Apensao

    Artigo 75. - Entidade competente para a deciso

    Artigo 76. - Recurso hierrquico. Relaes com o recurso contencioso

    Artigo 77. - Agravamento da colecta

    Artigo 77.-A - Reclamao graciosa em matria de classificao pautal, origem ou

    valor aduaneiro das mercadorias

    Artigo 77.-B - Relao com a impugnao judicial

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    7

    CAPTULO VII

    Da cobrana

    SECO I

    Disposies gerais

    Artigo 78. - Modalidades da cobrana

    Artigo 79. - Competncia

    SECO II

    Das garantias da cobrana

    Artigo 80. - Citao para reclamao de crdito tributrios

    Artigo 81. - Restituio do remanescente nas execues

    Artigo 82. - Trespasse de estabelecimento comercial ou industrial

    Artigo 83. - Sujeitos passivos inactivos

    SECO III

    Do pagamento voluntrio

    Artigo 84. - Pagamento voluntrio

    Artigo 85. - Prazos. Proibio da moratria e da suspenso da execuo

    Artigo 86. - Termo do prazo de pagamento voluntrio. Pagamentos por conta

    Artigo 87. - Dao em pagamento antes da execuo fiscal

    Artigo 88. - Extraco das certides de dvida

    Artigo 89. - Compensao de dvidas de tributos por iniciativa da administrao

    tributria

    Artigo 90. - Compensao com crditos tributrios por iniciativa do contribuinte

    Artigo 90.-A - Compensao com crditos no tributrios por iniciativa do

    contribuinte

    SECO IV

    Das formas e meios de pagamento

    Artigo 91. - Condies da sub-rogao

    Artigo 92. - Sub-rogao. Garantias

    Artigo 93. - Documentos, conferncia e validao dos pagamentos

    Artigo 94. - Prova de pagamento

    Artigo 95. - Cobrana de receitas no liquidadas pela administrao tributria

    CAPTULO VIII

    Do procedimento de correco de erros da administrao tributria

    Artigo 95.-A - Procedimento de correco de erros da administrao tributria

    Artigo 95.-B - Legitimidade, prazo e termos de apresentao do pedido

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    Artigo 95.-C - Competncia

    TTULO III

    Do processo judicial tributrio

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    SECO I

    Da natureza e forma de processo judicial tributrio

    Artigo 96. - Objecto

    Artigo 97. - Processo judicial tributrio

    Artigo 97.-A - Valor da causa

    SECO II

    Das nulidades do processo judicial tributrio

    Artigo 98. - Nulidades insanveis

    CAPTULO II

    Do processo de impugnao

    SECO I

    Disposies gerais

    Artigo 99. - Fundamentos da impugnao

    Artigo 100. - Dvidas sobre o facto tributrio e utilizao de mtodos indirectos

    Artigo 101. - Arguio subsidiria de vcios

    SECO II

    Da petio

    Artigo 102. - Impugnao judicial. Prazo de apresentao

    Artigo 103. - Apresentao. Local. Efeito suspensivo

    Artigo 104. - Cumulao de pedidos e coligao de autores

    Artigo 105. - Apensao

    Artigo 106. - Indeferimento tcito

    Artigo 107. - Petio dirigida ao delegante ou subdelegante

    Artigo 108. - Requisitos da petio inicial

    Artigo 109. - Despesas com a produo de prova

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    9

    SECO III

    Da contestao

    Artigo 110. - Contestao

    Artigo 111. - Organizao do processo administrativo

    SECO IV

    Do conhecimento inicial do pedido

    Artigo 112. - Revogao do acto impugnado

    Artigo 113. - Conhecimento imediato do pedido

    SECO V

    Da instruo

    Artigo 114. - Diligncias de prova

    Artigo 115. - Meios de prova

    Artigo 116. - Pareceres tcnicos. Prova pericial

    Artigo 117. - Impugnao com base em mero erro na quantificao da matria

    tributvel ou nos pressupostos de aplicao de mtodos indirectos

    Artigo 118. - Testemunhas

    Artigo 119. - Depoimento das testemunhas

    Artigo 120. - Notificao para alegaes

    Artigo 121. - Vista do Ministrio Pblico

    SECO VI

    Da sentena

    Artigo 122. - Concluso dos autos. Sentena

    Artigo 123. - Sentena. Objecto

    Artigo 124. - Ordem de conhecimento dos vcios na sentena

    Artigo 125. - Nulidades da sentena

    Artigo 126. - Notificao da sentena

    SECO VII

    Dos incidentes

    Artigo 127. - Incidentes

    Artigo 128. - Processamento e julgamento dos incidentes

    Artigo 129. - Incidente de assistncia

    Artigo 130. - Admisso do incidente de habilitao

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    10

    SECO VIII

    Da impugnao dos actos de autoliquidao, substituio tributria e

    pagamentos por conta

    Artigo 131. - Impugnao em caso de autoliquidao

    Artigo 132. - Impugnao em caso de reteno na fonte

    Artigo 133. - Impugnao em caso de pagamento por conta

    Artigo 133.-A - Impugnao com fundamento em matria de classificao pautal,

    origem ou valor aduaneiro das mercadorias

    Artigo 134. - Objecto da impugnao

    CAPTULO III

    Dos processos de aco cautelar

    SECO I

    Disposies gerais

    Artigo 135. - Providncias cautelares

    SECO II

    Do arresto

    Artigo 136. - Requisitos do arresto

    Artigo 137. - Caducidade

    Artigo 138. - Competncia para o arresto

    Artigo 139. - Regime do arresto

    SECO III

    Do arrolamento

    Artigo 140. - Requisitos do arrolamento

    Artigo 141. - Competncia para o arrolamento

    Artigo 142. - Regime do arrolamento

    SECO IV

    Da apreenso

    Artigo 143. - Impugnao da apreenso

    SECO V

    Da impugnao das providncias cautelares adoptadas pela administrao

    tributria

    Artigo 144. - Impugnao das providncias cautelares adoptadas pela administrao

    tributria

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    11

    CAPTULO IV

    Aco para o reconhecimento de um direito ou interesse legtimo em matria

    tributria

    Artigo 145. - Reconhecimento de um direito ou interesse legtimo em matria

    tributria

    CAPTULO V

    Dos meios processuais acessrios

    Artigo 146. - Meios processuais acessrios

    Artigo 146.-A - Processo especial de derrogao do dever de sigilo bancrio

    Artigo 146.-B - Tramitao do recurso interposto pelo contribuinte

    Artigo 146.-C - Tramitao do pedido de autorizao da administrao tributria

    Artigo 146.-D - Processo urgente

    CAPTULO VI

    Da intimao para um comportamento

    Artigo 147. - Intimao para um comportamento

    TTULO IV

    Da execuo fiscal

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    SECO I

    Do mbito

    Artigo 148. - mbito da execuo fiscal

    SECO II

    Da competncia

    Artigo 149. - rgo da execuo fiscal

    Artigo 150. - Competncia territorial

    Artigo 151. - Competncia dos tribunais tributrios

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    12

    SECO III

    Da legitimidade

    SUBSECO I

    Da legitimidade dos exequentes

    Artigo 152. - Legitimidade dos exequentes

    SUBSECO II

    Da legitimidade dos executados

    Artigo 153. - Legitimidade dos executados

    Artigo 154. - Legitimidade do cabea-de-casal

    Artigo 155. - Partilha entre sucessores

    Artigo 156. - Falncia do executado

    Artigo 157. - Reverso contra terceiros adquirentes de bens

    Artigo 158. - Reverso contra possuidores

    Artigo 159. - Reverso no caso de substituio tributria

    Artigo 160. - Reverso no caso de pluralidade de responsveis subsidirios

    Artigo 161. - Reverso da execuo contra funcionrios

    SECO IV

    Dos ttulos executivos

    Artigo 162. - Espcies de ttulos executivos

    Artigo 163. - Requisitos dos ttulos executivos

    Artigo 164. - Elementos que acompanham o ttulo executivo

    SECO V

    Das nulidades processuais

    Artigo 165. - Nulidades. Regime

    SECO VI

    Dos incidentes e impugnaes

    Artigo 166. - Incidentes da instncia e impugnaes

    Artigo 167. - Incidente de embargos de terceiros

    Artigo 168. - Incidente de habilitao de herdeiros

    SECO VII

    Da suspenso, interrupo e extino do processo

    Artigo 169. - Suspenso da execuo. Garantias

    Artigo 170. - Dispensa da prestao de garantia

    Artigo 171. - Indemnizao em caso de garantia indevida

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    13

    Artigo 172. - Suspenso da execuo em virtude de aco judicial sobre os bens

    penhorados

    Artigo 173. - Suspenso da execuo nos rgos da execuo fiscal deprecado

    Artigo 174. - Impossibilidade da desero

    Artigo 175. - Prescrio ou duplicao de colecta

    Artigo 176. - Extino do processo

    Artigo 177. - Prazo de extino da execuo

    Artigo 177.-A - Situao tributria regularizada

    Artigo 177.-B - Efeitos de no regularizao da situao tributria

    Artigo 177.-C - Comprovao de situao tributria

    CAPTULO II

    Do processo

    SECO I

    Disposies gerais

    Artigo 178. - Coligao de exequentes

    Artigo 179. - Apensao de execues

    Artigo 180. - Efeito do processo de recuperao da empresa e de falncia na

    execuo fiscal

    Artigo 181. - Deveres tributrios do liquidatrio judicial da falncia

    Artigo 182. - Impossibilidade da declarao de falncia

    Artigo 183. - Garantia. Local da prestao. Levantamento

    Artigo 183.-A - Caducidade da garantia em caso de reclamao graciosa

    Artigo 184. - Registo das execues fiscais

    Artigo 185. - Formalidades das diligncias

    Artigo 186. - Carta precatria extrada de execuo

    Artigo 187. - Carta rogatria

    SECO II

    Da instaurao e citao

    Artigo 188. - Instaurao e autuao da execuo

    Artigo 189. - Efeitos e funo das citaes

    Artigo 190. - Formalidades das citaes

    Artigo 191. - Citaes por via postal

    Artigo 192. - Citaes pessoal e edital

    Artigo 193. - Penhora e venda em caso de citao por via postal ou transmisso

    electrnica de dados

    Artigo 194. - Citao no caso de o citando no ser encontrado

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    14

    SECO III

    Garantias especiais

    Artigo 195. - Constituio de hipoteca legal ou penhor

    SECO IV

    Do pagamento em prestaes

    Artigo 196. - Pagamento em prestaes e outras medidas

    Artigo 197. - Entidade competente para autorizar as prestaes

    Artigo 198. - Requisitos do pedido

    Artigo 199. - Garantias

    Artigo 200. - Consequncias da falta de pagamento

    SECO V

    Da dao em pagamento

    Artigo 201. - Dao em pagamento, requisitos

    Artigo 202. - Bens dados em pagamento

    SECO VI

    Da oposio

    Artigo 203. - Prazo de oposio execuo

    Artigo 204. - Fundamentos da oposio execuo

    Artigo 205. - Duplicao de colecta

    Artigo 206. - Requisitos da petio

    Artigo 207. - Local da apresentao da petio da oposio execuo

    Artigo 208. - Autuao da petio e remessa ao tribunal

    Artigo 209. - Rejeio liminar da oposio

    Artigo 210. - Notificao da oposio ao representante da Fazenda Pblica

    Artigo 211. - Processamento da oposio. Alegaes. Sentena

    Artigo 212. - Suspenso de execuo

    Artigo 213. - Devoluo da oposio ao rgo da execuo fiscal

    SECO VII

    Da apreenso de bens

    SUBSECO I

    Do arresto

    Artigo 214. - Fundamentos do arresto. Converso em penhora

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    15

    SUBSECO II

    Da penhora

    Artigo 215. - Penhora, ocorrncias anmalas, nomeao de bens penhora

    Artigo 216. - Execuo contra autarquia local ou outra pessoa de direito pblico

    Artigo 217. - Extenso da penhora

    Artigo 218. - Levantamento da penhora. Bens penhorveis em execuo fiscal

    Artigo 219. - Bens prioritariamente a penhorar

    Artigo 220. - Coima fiscal e responsabilidade de um dos cnjuges. Penhora de bens

    comuns do casal

    Artigo 221. - Formalidade de penhora de mveis

    Artigo 222. - Formalidades da penhora de veculos automveis de aluguer

    Artigo 223. - Formalidade da penhora de dinheiro ou de valores depositados

    Artigo 224. - Formalidades da penhora de crditos

    Artigo 225. - Formalidades da penhora de partes sociais ou de quotas em sociedade

    Artigo 226. - Formalidades de penhora de ttulos de crdito emitidas por entidades

    pblicas

    Artigo 227. - Formalidades da penhora de quaisquer abonos ou vencimentos

    Artigo 228. - Penhora de rendimentos peridicos

    Artigo 229. - Formalidades da penhora de rendimentos

    Artigo 230. - Penhora de mveis sujeita a registo

    Artigo 231. - Formalidades de penhora de imveis

    Artigo 232. - Formalidades da penhora do direito a bens indivisos

    Artigo 233. - Responsabilidade dos depositrios

    Artigo 234. - Penhora de direitos

    Artigo 235. - Levantamento da penhora

    Artigo 236. - Inexistncia de bens penhorveis

    SUBSECO III

    Dos embargos de terceiro

    Artigo 237. - Funo do incidente dos embargos de terceiro. Disposies aplicveis

    Artigo 238. - Eficcia do caso julgado

    SECO VIII

    Da convocao dos credores e da verificao dos crditos

    Artigo 239. - Citao dos credores preferentes e do cnjuge

    Artigo 240. - Convocao de credores

    Artigo 241. - Citao do rgo da execuo fiscal

    Artigo 242. - Citao edital dos credores desconhecidos e sucessores no habilitados

    dos preferentes

    Artigo 243.

    Artigo 244. - Realizao da venda

    Artigo 245. - Verificao e graduao de crditos

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    16

    Artigo 246. - Disposies aplicveis reclamao de crditos

    Artigo 247. - Devoluo do processo de reclamao de crditos ao rgo da

    execuo fiscal

    SECO IX

    Da venda dos bens penhorados

    Artigo 248. - Regra geral

    Artigo 249. - Publicidade da venda

    Artigo 250. - Valor dos bens para venda

    Artigo 251. - Local de entrega das propostas e de realizao da venda. Equiparao

    da concesso mineira a imvel

    Artigo 252. - Outras modalidades de venda

    Artigo 253. - Adjudicao dos bens na venda por proposta em carta fechada

    Artigo 254. - Arrematao

    Artigo 255. - Inexistncia de propostas

    Artigo 256. - Formalidades da venda

    Artigo 257. - Anulao da venda

    Artigo 258. - Remio

    SECO X

    Da extino da execuo

    SUBSECO I

    Da extino por pagamento coercivo

    Artigo 259. - Levantamento da quantia necessria para o pagamento

    Artigo 260. - Cancelamento de registos

    Artigo 261. - Extino da execuo pelo pagamento coercivo

    Artigo 262. - Insuficincia da importncia arrecadada. Pagamentos parciais

    Artigo 263. - Guia para pagamento coercivo

    SUBSECO II

    Da extino por pagamento voluntrio

    Artigo 264. - Pagamento voluntrio. Pagamento por conta

    Artigo 265. - Formalidades do pagamento voluntrio

    Artigo 266. - Pagamento havendo carta precatria

    Artigo 267. - Pagamento no rgo da execuo fiscal deprecante

    Artigo 268. - Pagamento no rgo da execuo fiscal deprecada

    Artigo 269. - Extino da execuo pelo pagamento voluntrio

    Artigo 270. - Extino da execuo por anulao da dvida

    Artigo 271. - Levantamento da penhora e cancelamento do registo

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    17

    SUBSECO III

    Da declarao em falhas

    Artigo 272. - Declarao de falhas

    Artigo 273. - Eliminao do prdio da matriz

    Artigo 274. - Prosseguimento da execuo da dvida declarada em falhas

    Artigo 275. - Inscrio do prdio na matriz

    SECO XI

    Das reclamaes e recursos das decises do rgo da execuo fiscal

    Artigo 276. - Reclamaes das decises do rgo da execuo fiscal

    Artigo 277. - Prazo e apresentao da reclamao

    Artigo 278. - Subida da reclamao. Resposta da Fazenda Pblica e efeito

    suspensivo

    TTULO V

    Dos recursos dos actos jurisdicionais

    Artigo 279. - mbito

    Artigo 280. - Recursos das decises proferidas em processos judiciais

    Artigo 281. - Interposio, processamento e julgamento dos recursos

    Artigo 282. - Forma de interposio do recurso. Regras gerais. Desero

    Artigo 283. - Alegaes apresentadas simultaneamente com a interposio do

    recurso

    Artigo 284. - Oposio de acrdos

    Artigo 285. - Recursos dos despachos interlocutrios na impugnao

    Artigo 286. - Subida do recurso

    Artigo 287. - Distribuio do recurso

    Artigo 288. - Concluso ao relator. Conhecimento de questes prvias

    Artigo 289. - Vistos

    Artigo 290. - Marcao do julgamento

    Artigo 291. - Ordem dos julgamentos

    Artigo 292. - Elaborao da conta

    Artigo 293. - Reviso da sentena

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    18

    DL n. 433/99, de 26 de Outubro

    Prembulo

    1 - A lei geral tributria, aprovada pelo artigo 1. do Decreto-Lei n. 398/98, de 17 de

    Dezembro, exige uma extensa e profunda adaptao s suas disposies dos vrios cdigos

    e leis tributrias, designadamente do Cdigo de Processo Tributrio, aprovado pelo artigo

    1. do Decreto-Lei n. 154/91, de 23 de Abril.

    Na verdade, aquela lei chamou a si a regulamentao directa de aspectos essenciais da

    relao jurdico-tributria e do prprio procedimento tributrio, que constavam at ento do

    Cdigo de Processo Tributrio e de outras leis tributrias. Impe-se agora a modificao da

    sistematizao e disciplina deste Cdigo, que ficar essencialmente a ser um cdigo de

    processo judicial tributrio e das execues fiscais, sem prejuzo de complementar a

    regulamentao do procedimento tributrio efectuada pela lei geral tributria, o que feito

    no ttulo II.

    2 - A reforma do Cdigo de Processo Civil efectuada pelos Decretos-Leis n.os 329-A/95,

    de 12 de Dezembro, e 180/96, de 25 de Setembro, impe tambm a harmonizao com as

    suas disposies do Cdigo de Processo Tributrio.

    O processo tributrio processo especial, mas a evoluo do processo civil no podia

    deixar de reflectir-se na evoluo do processo tributrio, que no qualquer realidade

    esttica nem enclave autnomo do direito processual comum.

    3 - As modificaes agora introduzidas no Cdigo de Processo Tributrio (agora

    definido, de acordo com a nova terminologia da lei geral tributria, como sendo tambm

    cdigo do procedimento tributrio) visam tambm objectivos gerais de simplicidade e

    eficcia.

    Simplicidade e eficcia no so, no entanto, incompatveis com os direitos e garantias

    dos contribuintes. Pelo contrrio, sem eficcia e simplicidade do procedimento e processo,

    esses direitos e garantias no passaro de proclamaes retricas, sem contedo efectivo.

    Pretende-se que a regulamentao do procedimento e processo tributrios assegure no s a

    certeza, como a celeridade na declarao e realizao dos direitos tributrios, que

    condio essencial de uma melhor justia fiscal.

    O presente Cdigo de Procedimento e de Processo Tributrio no se aplica apenas aos

    impostos administrados tradicionalmente pela Direco-Geral dos Impostos (DGCI). Fica

    tambm claro que se aplica ao exerccio dos direitos tributrios em geral, quer pela DGCI,

    quer por outras entidades pblicas, designadamente a Direco-Geral das Alfndegas e dos

    Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC), quer inclusivamente por administraes

    tributrias no dependentes do Ministrio das Finanas. Foram eliminadas todas as

    referncias ao Cdigo de Processo Tributrio que inviabilizavam ou dificultavam a sua

    aplicao por parte das referidas entidades, sem prejuzo de se salvaguardar o disposto no

    direito comunitrio ou em lei especial que pontualmente aponte para solues diferentes das

    consagradas no presente Cdigo. Paralelamente, introduziram-se no Regulamento das

    Custas dos Processos Tributrios, aprovado pelo artigo 1. do Decreto-Lei n. 29/98, de 11

    de Fevereiro, as adaptaes destinadas a viabilizar a sua efectiva aplicao aos processos

    aduaneiros.

    4 - A opo por novas sistematizao e ordenao das disposies que integravam o

    Cdigo de Processo Tributrio resulta da amplitude das modificaes exigidas pela lei geral

    tributria e pela reforma do Cdigo de Processo Civil. o resultado, no entanto, de meras

    opes de tcnica legislativa, no representando qualquer alterao substancial do actual

    quadro das relaes Fisco-contribuinte, que considerado equilibrado, e mantendo-se

    rigorosamente no mbito da autorizao legislativa concedida pelo n. 1 do artigo 51. da

    Lei n. 87-B/98, de 31 de Dezembro.

    http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1998/CarlaJobling-Advogada-1998-12-17-DL-398-98.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1991/CarlaJobling-Advogada-1991-04-23-DL-154-91.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1998/CarlaJobling-Advogada-1998-02-11-DL-29-98.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/1998/CarlaJobling-Advogada-1998-12-31-Lei-87-B-98.htm
  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    19

    5 - O ttulo I do presente Cdigo mantm, na medida do possvel, a estrutura do ttulo I

    do Cdigo de Processo Tributrio, expurgada das matrias substantivas, incluindo as

    normas sobre responsabilidade tributria, que passaram entretanto a constar da lei geral

    tributria.

    Assinalam-se em especial nesse ttulo a adaptao das normas sobre a personalidade e

    capacidade tributrias, prazos e notificaes s alteraes do Cdigo de Processo Civil e

    lei geral tributria e a definio de um quadro claro de resoluo de conflitos de

    competncias, incluindo entre administraes tributrias diferentes.

    6 - No ttulo II registam-se a adaptao das normas de procedimento tributrio que no

    foram includas na lei geral tributria aos princpios e disposies desta, a consagrao do

    princpio do duplo grau de deciso no procedimento tributrio, que uma garantia da sua

    celeridade e eficcia, a possibilidade de, em caso de erro na forma de procedimento, este ser

    convolado na forma adequada, o desenvolvimento dos deveres de informao dos

    contribuintes previstos na lei geral tributria, a regulamentao de subprocedimentos de

    especial importncia, como os da declarao de abuso de direito ou de eliso de presunes

    legais, e a simplificao do processo de deciso das reclamaes. So igualmente integradas

    no Cdigo as normas de natureza procedimental do Estatuto dos Benefcios Fiscais que no

    devam caber na lei geral tributria.

    7 - No processo judicial tributrio, que integra o ttulo III, anotam-se especialmente,

    alm da simplificao do processo de deciso, incluindo na fase da preparao do processo

    pela administrao tributria, a regulamentao, pela primeira vez, da impugnao das

    providncias cautelares adoptadas pela administrao tributria e da possibilidade de

    reaco dos contribuintes contra omisses lesivas da administrao tributria, dando-se

    assim consagrao a inovaes da ltima reviso constitucional obviamente acolhidas pela

    lei geral tributria.

    8 - Na execuo fiscal, que integra o ttulo IV, avulta essencialmente a sua adequao ao

    modelo do novo processo civil, acentuando-se a ideia de uma execuo no universal, mas

    simultaneamente ampliando-se as garantias do executado e de terceiros, sem prejuzo das

    necessrias eficcia e celeridade do processo.

    9 - No ttulo V regressa-se ao modelo do Cdigo de Processo das Contribuies e

    Impostos, reconhecido como mais adequado, da autonomizao da matria dos recursos

    jurisdicionais e esclarecem-se algumas das solues legislativas do Cdigo de Processo

    Tributrio luz da experincia concreta da sua aplicao. Procede-se tambm, de acordo

    com o balano feito da aplicao do Cdigo de Processo Tributrio, a uma simplificao e

    harmonizao do sistema de recursos.

    10 - Finalmente, a aprovao do presente Cdigo insere-se na linha da Resoluo do

    Conselho de Ministros n. 119/97, de 14 de Julho, na medida em que refora e aperfeioa o

    sistema de garantias dos contribuintes e imprime maior eficcia e celeridade justia

    tributria.

    Foi ouvida a Associao Nacional de Municpios Portugueses.

    Assim:

    No uso da autorizao legislativa concedida pelos n.os 1 e 6 do artigo 51. da

    Lei n. 87-B/98, de 31 de Dezembro, e nos termos das alneas a) e b) do n. 1 do

    artigo 198. da Constituio, o Governo decreta, para valer como lei geral da

    Repblica, o seguinte:

    http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/1998/CarlaJobling-Advogada-1998-12-31-Lei-87-B-98.htm
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    20

    Artigo 1.

    Aprovao

    aprovado o Cdigo de Procedimento e de Processo Tributrio, que faz

    parte integrante do presente decreto-lei.

    Artigo 2.

    Revogao

    1 - revogado a partir da entrada em vigor do Cdigo de Procedimento e de

    Processo Tributrio o Cdigo de Processo Tributrio, aprovado pelo artigo 1.

    do Decreto-Lei n. 154/91, de 23 de Abril, bem como toda a legislao contrria

    ao Cdigo aprovado pelo presente decreto-lei, sem prejuzo das disposies que

    este expressamente mantenha em vigor.

    2 - Ficam tambm revogados a partir da entrada em vigor do presente Cdigo

    os artigos 14. a 17. do Estatuto dos Benefcios Fiscais, aprovado pelo artigo

    1. do Decreto-Lei n. 215/89, de 1 de Julho.

    Artigo 3.

    Continuao em vigor

    1 - At reviso do Regime Jurdico das Infraces Fiscais no Aduaneiras,

    aprovado pelo artigo 1. do Decreto-Lei n. 20-A/90, de 15 de Janeiro,

    continuaro em vigor os artigos 25. a 30., 35., 36. e 180. a 232. do Cdigo

    de Processo Tributrio.

    2 - Manter-se- em vigor o disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 49. do Cdigo

    de Processo Tributrio, na parte relativa contagem do prazo de interposio do

    recurso das decises de aplicao das coimas.

    Artigo 4.

    Entrada em vigor

    O Cdigo de Procedimento e de Processo Tributrio entra em vigor a 1 de

    Janeiro de 2000 e s se aplica aos procedimentos iniciados e aos processos

    instaurados a partir dessa data.

    Artigo 5.

    Unidade de conta

    Para efeitos do cdigo aprovado pelo presente decreto-lei, considera-se

    unidade de conta a unidade de conta processual a que se referem os n.os 5 e 6

    do Decreto-Lei n. 212/89, de 30 de Junho.

    http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1991/CarlaJobling-Advogada-1991-04-23-DL-154-91.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1989/CarlaJobling-Advogada-1989-07-01-DL-215-89.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1990/CarlaJobling-Advogada-1990-01-15-DL-20-A-90.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1989/CarlaJobling-Advogada-1989-06-30-DL-212-89.htm
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    21

    Artigo 6.

    Disposies especiais

    1 - Consideram-se rgos perifricos locais, para efeitos do cdigo aprovado

    pelo presente decreto-lei, os servios de finanas, alfndegas, delegaes

    aduaneiras e postos aduaneiros da Autoridade Tributria e Aduaneira.

    2 - Na execuo fiscal consideram-se rgos perifricos locais os servios de

    finanas ou quaisquer outros rgos da administrao tributria a quem lei

    especial atribua as competncias destas no processo.

    3 - Consideram-se rgos perifricos regionais, para efeitos do cdigo

    aprovado pelo presente decreto-lei, as direes de finanas da Autoridade

    Tributria e Aduaneira, bem como as alfndegas de que dependam os postos

    aduaneiros ou delegaes aduaneiras, sempre que estejam em causa atos por

    estes praticados.

    4 - As competncias que o cdigo aprovado pelo presente decreto-lei atribui

    aos rgos perifricos regionais da administrao tributria para o procedimento

    e processo tributrio so exercidas, relativamente s pessoas singulares ou

    coletivas que, nos termos da lei, sejam qualificadas como grandes contribuintes,

    pelo rgo do servio central da Autoridade Tributria e Aduaneira a quem,

    organicamente, seja cometida, como atribuio especfica, o respetivo

    acompanhamento e gesto tributrias, com exceo dos impostos aduaneiros e

    especiais de consumo.

    5 - Na dependncia hierrquica do rgo a que se refere o nmero anterior,

    podem ser criados rgos perifricos de competncia especfica que exercero,

    relativamente aos grandes contribuintes, as competncias para o procedimento e

    processo tributrios atribudas, pelo cdigo aprovado pelo presente decreto-lei,

    aos rgos perifricos locais, com exceo dos impostos aduaneiros e especiais

    de consumo.

    6 - Nos tributos, incluindo parafiscais, no administrados pelas entidades

    referidas nos n.os 1 e 3, consideram-se rgos perifricos locais os

    territorialmente competentes para a sua liquidao e cobrana e rgos

    perifricos regionais os imediatamente superiores.

    Artigo 7.

    Tributos administrados por autarquias locais

    1 - As competncias atribudas no cdigo aprovado pelo presente decreto-lei

    a rgos perifricos locais sero exercidas, nos termos da lei, em caso de

    tributos administrados por autarquias locais, pela respectiva autarquia.

    2 - As competncias atribudas no cdigo aprovado pelo presente decreto-lei

    ao dirigente mximo do servio ou a rgos executivos da administrao

    tributria sero exercidas, nos termos da lei, pelo presidente da autarquia.

    3 - As competncias atribudas pelo cdigo aprovado pelo presente decreto-

    lei ao representante da Fazenda Pblica sero exercidas, nos termos da lei, por

    licenciado em Direito desempenhando funes de mero apoio jurdico.

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    22

    Artigo 8.

    Constituio de fundo

    Ser constitudo na DGAIEC, no prazo de 180 dias a contar da entrada em

    vigor do presente decreto-lei, um fundo da mesma natureza e fins do previsto

    para a DGCI no artigo 3. do Decreto-Lei n. 29/98, de 11 de Fevereiro.

    Artigo 9.

    Processos aduaneiros

    1 - O artigo 24. do Regulamento das Custas dos Processos Tributrios,

    aprovado pelo artigo 1. do Decreto-Lei n. 29/98, passa a ter a seguinte

    redaco:

    "Artigo 24.

    Processos aduaneiros

    O presente Regulamento aplica-se aos processos aduaneiros, com as

    seguintes adaptaes:

    a) Consideram-se feitas Direco-Geral das Alfndegas e dos Impostos

    Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) as referncias efectuadas DGCI;

    b) Consideram-se feitas s alfndegas, delegaes e postos aduaneiros da

    DGAIEC as referncias feitas s reparties de finanas;

    c) Consideram-se feitas s alfndegas de que dependam os postos aduaneiros

    ou delegaes aduaneiras as referncias efectuadas s direces de finanas."

    2 - Quando estiverem em causa receitas administradas pela DGAIEC,

    consideram-se feitas a esta as referncias efectuadas DGCI nos artigos 3. e

    4. do decreto-lei referido no n. 1.

    Artigo 10.

    Remisses

    Consideram-se feitas para as disposies correspondentes do Cdigo de

    Procedimento e de Processo Tributrio todas as remisses efectuadas nos

    cdigos e leis tributrias, bem como em legislao avulsa, para o Cdigo de

    Processo Tributrio.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Agosto de 1999. -

    Antnio Manuel de Oliveira Guterres - Antnio Luciano Pacheco de Sousa

    Franco - Joo Cardona Gomes Cravinho - Jos Manuel de Matos Fernandes.

    Promulgado em 24 de Setembro de 1999.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendado em 13 de Outubro de 1999.

    http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1998/CarlaJobling-Advogada-1998-02-11-DL-29-98.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1998/CarlaJobling-Advogada-1998-02-11-DL-29-98.htm
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    O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de Oliveira Guterres.

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    Cdigo de Procedimento e de Processo Tributrio

    TTULO I

    Disposies gerais

    CAPTULO I

    mbito e direito subsidirio

    Artigo 1.

    mbito

    O presente Cdigo aplica-se, sem prejuzo do disposto no direito

    comunitrio, noutras normas de direito internacional que vigorem directamente

    na ordem interna, na lei geral tributria ou em legislao especial, incluindo as

    normas que regulam a liquidao e cobrana dos tributos parafiscais:

    a) Ao procedimento tributrio;

    b) Ao processo judicial tributrio;

    c) cobrana coerciva das dvidas exigveis em processo de execuo fiscal;

    d) Aos recursos jurisdicionais.

    Jurisprudncia - STA - Seco do CT:

    I - As regras do CPC s supletivamente, perante a verificao de uma lacuna na lei

    processual tributria, podem lograr aplicao ao processo de execuo fiscal, como

    resulta inequivocamente do disposto nos arts. 1., alnea c), e 2., alnea e), do CPPT.

    II - Porque o CPPT regula expressamente, proibindo-a, a dispensa do depsito do

    preo nos casos em que o adquirente do bem vendido seja credor do executado (cfr.

    art. 256., alnea h), do CPPT), no h caso omisso que sustente a aplicao

    subsidiria das regras do CPC, designadamente o disposto no art. 887.

    III - O princpio da igualdade, consagrado no art. 13. da CRP, no probe que o

    legislador ordinrio estabelea distines, proibindo-lhe apenas a adopo de medidas

    ou solues discriminatrias, que integrem desigualdades de tratamento materialmente

    infundadas, sem qualquer fundamento razovel ou sem qualquer justificao objectiva

    e racional.

    IV - Apesar de o art. 256. do CPPT prever regimes jurdicos diversos para os

    adquirentes, consoante sejam particulares (alnea h)) ou sejam o Estado, os institutos

    pblicos e as instituies de segurana social (alnea i)), essa diversidade est

    plenamente justificada pela diferente natureza dos credores, que implica diferente nvel

    de risco financeiro e, consequentemente, diferente risco na cobrana do preo da

    aquisio.

    V - A diversidade de solues jurdicas consagradas na execuo fiscal e na execuo

    comum no que respeita dispensa do depsito do preo nos casos em que o adquirente

    do bem vendido seja credor particular com garantia sobre o bem adquirido encontra

    justificao, quer na necessidade de que o pagamento das dvidas em cobrana na

    execuo fiscal fique mais eficazmente assegurado (evitando a eventualidade de, aps

    a graduao de crditos, vir a ter que notificar o adquirente para depositar parte do

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

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    preo que deixou de depositar ou, inclusive, de ter que o executar por esse montante),

    quer na celeridade requerida pela execuo fiscal (evitando os atrasos que nela

    introduziria necessariamente a constituio de hipoteca ou a prestao de cauo,

    previstas para a execuo comum).

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 28-09-2011, proc. n. 0791/11, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/b8434001db3f052a8

    0257921004ea33c?OpenDocument)

    I Nos termos do artigo 2. do Cdigo de Procedimento e de Processo Tributrio, as

    normas do CPC s sero subsidiariamente aplicveis se houver uma lacuna, de

    natureza adjectiva, na regulamentao do CPPT e dos diplomas a que se refere o seu

    artigo 1..

    II O legislador fiscal preceituou integral e imperativamente no CPPT o regime da

    venda no processo de execuo fiscal, excluindo, ao contrrio do que acontece na

    execuo comum, a audio do credor com garantia sobre a modalidade da venda (e

    consequente notificao da deciso do agente de execuo) e a necessria aceitao, do

    dito credor, no caso de negociao particular, do comprador ou do preo proposto pelo

    exequente.

    III - O que se compreende se se atender natureza e caractersticas da execuo

    fiscal: uma vez que est em causa a cobrana de receitas tributrias que visam a

    satisfao das necessidades financeiras do Estado e de outras entidades pblicas e a

    promoo da justia social, da igualdade de oportunidades e das necessrias correces

    das desigualdades na distribuio da riqueza e do rendimento artigo 5., n. 1, da Lei

    Geral Tributria -, a execuo fiscal caracteriza-se pela sua celeridade.

    IV - Falecendo o requisito da omisso previsto no artigo 2. do CPPT, as normas do

    Cdigo de Processo Civil relativas notificao da deciso sobre a venda ao credor

    com garantia sobre os bens a vender artigo 886.-A, n. 4 e audio do credor

    com garantia real sobre o comprador e o preo de venda por negociao particular

    artigo 904., alnea a) - no so subsidiariamente aplicveis ao processo de execuo

    fiscal.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 28-03-2007, proc. n. 026/07, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/824594ba746469e58

    02572b9004bac84?OpenDocument)

    Artigo 2.

    Direito subsidirio

    So de aplicao supletiva ao procedimento e processo judicial tributrio, de

    acordo com a natureza dos casos omissos:

    a) As normas de natureza procedimental ou processual dos cdigos e demais

    leis tributrias;

    b) As normas sobre a organizao e funcionamento da administrao

    tributria;

    c) As normas sobre organizao e processo nos tribunais administrativos e

    tributrios;

    d) O Cdigo do Procedimento Administrativo;

    e) O Cdigo de Processo Civil.

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/b8434001db3f052a80257921004ea33c?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/b8434001db3f052a80257921004ea33c?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/824594ba746469e5802572b9004bac84?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/824594ba746469e5802572b9004bac84?OpenDocument
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    26

    Jurisprudncia - STA - Seco do CT:

    I No regime dos recursos jurisdicionais aplicvel aos meios processuais comuns

    jurisdio administrativa e tributria aplicvel o regime previsto no CPTA como

    legislao subsidiria, por fora do disposto na alnea c) do art. 2. do CPPT.

    II O recurso per saltum previsto no art. 151. do CPTA s admitido desde que se

    encontrem preenchidos os requisitos seguintes: (i) o fundamento do recurso consista

    apenas na violao de lei substantiva ou processual; (ii) o valor da causa, fixado

    segundo os critrios estabelecidos nos arts. 32. e segs., seja superior a trs milhes de

    euros ou seja indeterminvel (n. 1 do art. 151.); (iii) incida sobre deciso de mrito;

    (iv) o processo no verse sobre questes de funcionalismo pblico ou de segurana

    social (n. 2 do art. 151.).

    III A tal no obsta o disposto nos arts. 26. e 38. do ETAF, pois, sendo certo que a

    repartio de competncias entre o Supremo Tribunal Administrativo e os tribunais

    centrais administrativos, em regra, se efectua nos termos daqueles preceitos, nada

    obsta a que outros preceitos, contidos em diploma legal com igual posio hierrquica,

    regulem de modo que conduza a resultado diverso (como sucede, v.g., no art. 151. do

    CPTA, quando aplicvel no contencioso tributrio por remisso do n. 2 do art. 279.

    do CPPT).

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 01-10-2014, proc. n. 0382/14, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/8d9a8454bbf5c7528

    0257d69003065e9?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 10-09-2014, proc. n. 0604/14, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4b6e39d297b0f97a8

    0257d5600481542?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 10-09-2014, proc. n. 0486/14, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/2dcceb83abba1f6b8

    0257d56004d09fb?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 10-09-2014, proc. n. 01283/13, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/84ec7f788bc769658

    0257d57004f2aaf?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 10-09-2014, proc. n. 01267/13, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/52cd7d9a9fd617d28

    0257d57005009e1?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 09-07-2014, proc. n. 0165/14, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/db5bc5a9ca12ede98

    0257d1800476220?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 09-07-2014, proc. n. 01007/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5733a8f214f79fd080

    257d160047d8c0?OpenDocument)

    I Embora no haja norma legal que preveja a coligao de oponentes, no haver

    obstculo a que ela ocorra, se se verificarem os requisitos em que a coligao

    admitida pelo CPC, que de aplicao subsidiria, nos termos do art. 2., alnea c),

    do CPPT.

    II Ou seja, permitida a coligao de autores quando seja a mesma e nica a causa

    de pedir, quando os pedidos estejam entre si numa relao de prejudicialidade ou de

    dependncia, ou quando a procedncia dos pedidos principais dependa essencialmente

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/8d9a8454bbf5c75280257d69003065e9?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/8d9a8454bbf5c75280257d69003065e9?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4b6e39d297b0f97a80257d5600481542?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4b6e39d297b0f97a80257d5600481542?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/2dcceb83abba1f6b80257d56004d09fb?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/2dcceb83abba1f6b80257d56004d09fb?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/84ec7f788bc7696580257d57004f2aaf?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/84ec7f788bc7696580257d57004f2aaf?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/52cd7d9a9fd617d280257d57005009e1?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/52cd7d9a9fd617d280257d57005009e1?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/db5bc5a9ca12ede980257d1800476220?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/db5bc5a9ca12ede980257d1800476220?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5733a8f214f79fd080257d160047d8c0?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5733a8f214f79fd080257d160047d8c0?OpenDocument
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    27

    da apreciao dos mesmos factos ou da interpretao e aplicao das mesmas regras de

    direito, nos termos do art. 30. do CPC.

    III No se verificando qualquer dos referidos requisitos, a coligao de oponentes

    constitui excepo dilatria, nos termos do art. 494., alnea f), do CPC, pelo que o juiz

    deve abster-se de conhecer do pedido e absolver o ru da instncia [alnea e) do n. 1

    do artigo 288. do CPC].

    IV Tendo os oponentes deduzido oposio com uma causa de pedir comum e outras

    prprias de cada um deles, no se justifica que a oposio prossiga para conhecimento

    daquela, motivo por que no h que notificar os oponentes nos termos do art. 31.-A

    do CPC.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 09-07-2014, proc. n. 0194/13, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bffb0357414c12e98

    0257d17003a0530?OpenDocument)

    I Aps as alteraes introduzidas no CPPT pela Lei n. 55-A/2010, de 31 de

    Dezembro, os Tribunais Tributrios continuam a ter competncia para conhecer da

    matria relativa verificao e graduao de crditos, tendo ocorrido apenas uma

    alterao da via ou forma processual adequada ao seu conhecimento, que deixou de ser

    o processo judicial de verificao e graduao de crditos, para ser o processo judicial

    de reclamao da deciso proferida pelo rgo da execuo sobre a matria, passando,

    assim, esta reclamao a constituir a forma processual de exercer a tutela jurisdicional

    no que toca verificao e graduao de crditos.

    II Quanto aplicao no tempo da lei processual civil e tributria, a regra a

    mesma que vale na teoria geral do direito: a lei nova de aplicao imediata aos

    processos pendentes, mas no possui eficcia retroactiva art. 12., n. 2, do CC e art.

    12., n. 3 da LGT. Porm, da submisso a esta regra geral exceptua-se o caso de a lei

    nova ser acompanhada de normas de direito transitrio ou de para ela valer uma norma

    especial, como o caso da norma contida no n. 2 do art. 142. do CPC, que determina

    que a forma de processo aplicvel se determina pela lei vigente data em que a aco

    proposta.

    III Por fora dessa norma contida no n. 2 do art. 142. do CPC, que

    subsidiariamente aplicvel ao contencioso tributrio por fora do art. 2., alnea e), do

    CPPT, a nova lei no pode ser aplicada aos processos de verificao e graduao de

    crditos pendentes nos Tribunais Administrativos e Fiscais em 1 de Janeiro de 201.1,

    os quais continuam a seguir a forma processual vigente data da sua instaurao.

    IV mesma concluso se chegaria pela aplicao da norma contida no n. 3 do art.

    12. da LGT, na medida em que a aplicao imediata da lei nova aos processos

    pendentes susceptvel de afectar os direitos e interesses legtimos anteriormente

    constitudos das partes.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 02-07-2014, proc. n. 0447/14, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/11b90581d9fff1b18

    0257d0e00463b52?OpenDocument)

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bffb0357414c12e980257d17003a0530?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bffb0357414c12e980257d17003a0530?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/11b90581d9fff1b180257d0e00463b52?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/11b90581d9fff1b180257d0e00463b52?OpenDocument
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    28

    CAPTULO II

    Dos sujeitos procedimentais e processuais

    SECO I

    Da personalidade e da capacidade tributrias

    Artigo 3.

    Personalidade e capacidade tributrias

    1 - A personalidade judiciria tributria resulta da personalidade tributria.

    2 - A capacidade judiciria e para o exerccio de quaisquer direitos no

    procedimento tributrio tem por base e por medida a capacidade de exerccio

    dos direitos tributrios.

    3 - Os incapazes s podem estar em juzo e no procedimento por intermdio

    dos seus representantes, ou autorizados pelo seu curador, excepto quanto aos

    actos que possam exercer pessoal e livremente.

    Jurisprudncia - STA - Seco do CT:

    I - A personalidade jurdica tributria mais ampla que a personalidade jurdica da lei

    civil e comercial;

    II - A falta de personalidade jurdica tributria no se configura como uma excepo

    dilatria do processo judicial, mas antes como uma ilegalidade que afecta

    negativamente a relao jurdica tributria substantiva;

    III - Nos termos do disposto no art. 288., n. 3, 2. parte do CPC, as excees

    dilatrias ainda que subsistam, no ter lugar a absolvio da instncia quando,

    destinando-se a tutelar o interesse de uma das partes, nenhum outro motivo obste, no

    momento da apreciao da exceo, a que se conhea do mrito da causa e a deciso

    deva ser integralmente favorvel a essa parte.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 14-05-2014, proc. n. 0448/13, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4320d7fbbd9180138

    0257cdd0031ac42?OpenDocument)

    As sociedades irregulares comerciais quanto ao objecto, ainda que sem forma

    legal, e portanto destitudas de personalidade jurdica em face ao direito comum, mas

    com personalidade e capacidade tributrias (artigos 15. e 16., n. 3 da Lei Geral

    Tributria e 3. n. 1 e 2. do CPPT) , no se confundem com as sociedades civis no

    constitudas sob forma comercial, estando, pois, sujeitas ao regime geral de IRC pelo

    lucro obtido com a actividade comercial exercida (artigos 2., n. 1, alnea b) e n. 2 e

    3., n. 1, alnea a) e n. 4 do cdigo do IRC) e no ao regime da transparncia fiscal.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 05-02-2014, proc. n. 0216/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/6484a5f22a316d8e8

    0257c7c00415bde?OpenDocument)

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4320d7fbbd91801380257cdd0031ac42?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4320d7fbbd91801380257cdd0031ac42?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/6484a5f22a316d8e80257c7c00415bde?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/6484a5f22a316d8e80257c7c00415bde?OpenDocument
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    29

    O cabea de casal tem poderes de administrao da herana, at sua liquidao e

    partilha (art. 207.9. do CC), pelo que tem legitimidade para intervir nos

    procedimentos tributrios e processos tributrios, em representao da herana, de

    acordo com o disposto nos art.s 3., n. 1 do CPPT, 15. e 16., n. 3, ambos da LGT.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 24-10-2012, proc. n. 0550/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab9532578

    0257aa8003d3396?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 05-07-2012, proc. n. 0488/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a18

    0257a3f0030eba5?OpenDocument)

    I As sucursais de sociedade comercial estrangeira que disponham de uma instalao

    fixa em Portugal atravs da qual exercida uma actividade comercial, industrial ou

    agrcola integram-se no conceito de estabelecimento estvel, referido no art. 5. do

    CIRC, analogicamente aplicvel no mbito do IVA.

    II A personalidade tributria ou personalidade jurdica tributria reconhecida

    a todas as entidades que tm personalidade jurdica, no sendo necessrio preencher

    quaisquer outros requisitos ou pressupostos, mas reconhecida tambm a entidades

    desprovidas de personalidade jurdica.

    III A atribuio de personalidade tributria a entidades sem personalidade jurdica,

    designadamente a estabelecimentos estveis de no residentes em territrio portugus,

    constitui uma fico, vlida apenas para determinar a medida da tributao.

    IV A atribuio de personalidade tributria a entidades sem personalidade jurdica

    que no tenham sede ou direco efectiva em territrio portugus tem em vista apenas

    determinar a extenso da obrigao de imposto, na terminologia do art. 4., do

    CIRC, sujeitando as sociedades estrangeiras a tributao nacional apenas quanto aos

    rendimentos obtidos em territrio nacional.

    V Mas, a atribuio de personalidade tributria a um estabelecimento estvel sem

    personalidade jurdica no tem quaisquer consequncias a nvel do patrimnio da

    sociedade-me, pois todos os bens que forem afectados actividade desse

    estabelecimento estvel, continuam a pertencer sociedade que o criou.

    VI Assim, nas relaes com terceiros, no h qualquer efeito patrimonial derivado

    da criao de um estabelecimento estvel sem personalidade jurdica, podendo, por

    isso, quaisquer credores que se relacionaram directamente com a sociedade-me

    satisfazer os seus crditos coercivamente sobre bens que estejam afectos ao

    estabelecimento estvel, bem como os que se relacionaram directamente com este

    cobrar coercivamente os seus crditos sobre bens que estejam afectos actividade da

    sociedade-me ou a outros estabelecimentos estveis sem personalidade jurdica que

    aquela tenha criado.

    VII O conceito de patrimnio autnomo no mbito do direito tributrio, no se

    reporta, como no direito civil, a um regime especial de afectao de determinados bens

    ao pagamento de determinadas dvidas, mas sim e apenas a um regime especial de

    tributao que se reconduz a que uma determinada massa de bens e direitos seja

    submetida a um regime unitrio e autnomo para efeitos de determinao da extenso

    da tributao.

    VIII Assim, a sociedade-me de sucursal contra quem foi inicialmente dirigida a

    execuo responsvel pelo pagamento das dvidas fiscais derivadas da actividade

    desta.

    IX Consequentemente, improcede a oposio a execuo fiscal deduzida pela

    sociedade-me, com fundamento enquadrvel na alnea b) do n. 1 do art. 204. do

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab95325780257aa8003d3396?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab95325780257aa8003d3396?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a180257a3f0030eba5?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a180257a3f0030eba5?OpenDocument
  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    30

    CPPT, pois aquela, apesar de no figurar nos ttulos executivos, responsvel pelo

    pagamento da dvida.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 24-09-2008, proc. n. 0199/08, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bc28431aaa8dd8af8

    02574d5004700f1?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 07-05-2008, proc. n. 0200/08, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/12906b728eb30a218

    0257447003e2fdc?OpenDocument)

    Artigo 4.

    Interveno das sucursais

    As sucursais, agncias, delegaes ou representaes podem intervir, no

    procedimento ou no processo judicial tributrio, mediante autorizao expressa

    da administrao principal, quando o facto tributrio lhes respeitar.

    Artigo 5.

    Mandato tributrio

    1 - Os interessados ou seus representantes legais podem conferir mandato,

    sob a forma prevista na lei, para a prtica de actos de natureza procedimental ou

    processual tributria que no tenham carcter pessoal.

    2 - O mandato tributrio s pode ser exercido, nos termos da lei, por

    advogados, advogados estagirios e solicitadores quando se suscitem ou

    discutam questes de direito perante a administrao tributria em quaisquer

    peties, reclamaes ou recursos.

    3 - A revogao do mandato tributrio s produz efeitos para com a

    administrao tributria quando lhe for notificada.

    Artigo 6.

    Mandato judicial

    1 - obrigatria a constituio de advogado nas causas judiciais cujo valor

    exceda o dobro da alada do tribunal tributrio de 1. instncia, bem como

    nos processos da competncia do Tribunal Central Administrativo e do

    Supremo Tribunal Administrativo.

    2 - No caso de no intervir mandatrio judicial, a assinatura do interessado

    ser acompanhada da indicao, feita pelo signatrio, do nmero, data e

    entidade emitente do respectivo bilhete de identidade ou documento

    equivalente emitido por autoridade competente de um dos pases da Unio

    Europeia ou do passaporte, confrontada com o respectivo documento de

    identificao.

    3 - Quando o interessado no souber ou no puder escrever, ser admitida a

    assinatura a rogo, identificando-se o rogado atravs do bilhete de identidade

    ou documento equivalente.

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bc28431aaa8dd8af802574d5004700f1?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bc28431aaa8dd8af802574d5004700f1?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/12906b728eb30a2180257447003e2fdc?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/12906b728eb30a2180257447003e2fdc?OpenDocument
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    31

    Redaco originria com as alteraes e/ou rectificaes introduzidas pelos seguintes

    diplomas:

    - Lei n. 82-B/2014, de 31/12

    Redaco originria, alteraes e/ou rectificaes:

    - Redaco originria: DL n. 433/99, de 26/10

    Artigo 6.

    Mandato judicial

    1 - obrigatria a constituio de advogado nas causas judiciais cujo valor exceda o

    dcuplo da alada do tribunal tributrio de 1. instncia, bem como nos processos da

    competncia do Tribunal Central Administrativo e do Supremo Tribunal

    Administrativo.

    2 - No caso de no intervir mandatrio judicial, a assinatura do interessado ser

    acompanhada da indicao, feita pelo signatrio, do nmero, data e entidade emitente

    do respectivo bilhete de identidade ou documento equivalente emitido por autoridade

    competente de um dos pases da Unio Europeia ou do passaporte, confrontada com o

    respectivo documento de identificao.

    3 - Quando o interessado no souber ou no puder escrever, ser admitida a

    assinatura a rogo, identificando-se o rogado atravs do bilhete de identidade ou

    documento equivalente.

    Redaco: Decreto-Lei n. 433/99, de 26 de Outubro

    - Redaco mais recente: Lei n. 82-B/2014, de 31/12

    Jurisprudncia - STA - Pleno:

    Nas aces administrativas especiais em matria tributvel aplicvel o art. 6., n.

    1 do CPPT, na parte em que dele resulta a no exigncia de representao por

    advogado nos processos de valor no superior ao dcuplo da alada dos tribunais

    tributrios.

    (Acrdo do STA, PLENO DA SECO DO CT, de 24-09-2008, proc. n.

    0175/07, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/42fa9b229c1583908

    02574db0037e309?OpenDocument)

    Jurisprudncia - STA - Seco do CT:

    O representante do Ministrio Pblico no deve ser considerada mandatrio judicial,

    para efeito da aplicao do disposto no art. 229.-A do CPC.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 02-02-2006, proc. n. 0769/05, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4b06da6a01ca54108

    02571110043f1a8?OpenDocument)

    I O representante da Fazenda Pblica no deve ser considerada mandatrio judicial,

    para efeito da aplicao do disposto no art. 229.-A do CPC.

    II As notificaes a fazer no procedimento de inspeco tributria seguem as regras

    a previstas, dado tratar-se de normas especiais.

    http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1999/CarlaJobling-Advogada-1999-10-26-DL-433-99.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1999/CarlaJobling-Advogada-1999-10-26-DL-433-99.htmhttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/42fa9b229c158390802574db0037e309?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/42fa9b229c158390802574db0037e309?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4b06da6a01ca5410802571110043f1a8?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/4b06da6a01ca5410802571110043f1a8?OpenDocument
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    32

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 19-10-2005, proc. n. 0315/05, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/7febe022946df01d8

    02570b500536557?OpenDocument)

    Artigo 7.

    Curador especial ou provisrio

    1 - Em caso de, no procedimento tributrio, se apurar a inexistncia de

    designao de um representante legal do incapaz e sem prejuzo dos poderes

    legalmente atribudos ao Ministrio Pblico, deve a entidade legalmente

    incumbida da sua direco requerer de imediato a sua nomeao ao tribunal

    competente e, em caso de urgncia, proceder simultaneamente nomeao de

    um curador provisrio que o represente at nomeao do representante legal.

    2 - O disposto no nmero anterior aplica-se s pessoas singulares que, por

    anomalia psquica ou qualquer outro motivo grave, se mostre estarem

    impossibilitadas de receber as notificaes ou citaes promovidas pela

    administrao tributria ou ausentes em parte incerta sem representante legal ou

    procurador.

    3 - O curador a que se refere o presente artigo tem direito ao reembolso pelo

    representado das despesas que comprovadamente haja efectuado no exerccio

    das suas funes.

    Artigo 8.

    Representao das entidades desprovidas de personalidade jurdica mas

    que dispem de personalidade tributria e das sociedades ou pessoas

    colectivas sem representante conhecido

    1 - As entidades desprovidas de personalidade jurdica mas que disponham

    de personalidade tributria so representadas pelas pessoas que, legalmente ou

    de facto, efectivamente as administrem.

    2 - Aplica-se o disposto no n. 1 do artigo anterior, com as adaptaes

    necessrias, se as pessoas colectivas ou entes legalmente equiparados no

    dispuserem de quem as represente.

    Jurisprudncia - STA - Seco do CT:

    O cabea de casal tem poderes de administrao da herana, at sua liquidao e

    partilha (art. 207.9. do CC), pelo que tem legitimidade para intervir nos

    procedimentos tributrios e processos tributrios, em representao da herana, de

    acordo com o disposto nos art.s 3., n. 1 do CPPT, 15. e 16., n. 3, ambos da LGT.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 24-10-2012, proc. n. 0550/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab9532578

    0257aa8003d3396?OpenDocument)

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 05-07-2012, proc. n. 0488/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a18

    0257a3f0030eba5?OpenDocument)

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/7febe022946df01d802570b500536557?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/7febe022946df01d802570b500536557?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab95325780257aa8003d3396?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab95325780257aa8003d3396?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a180257a3f0030eba5?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a180257a3f0030eba5?OpenDocument
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    33

    O herdeiro testamentrio nico, na qualidade de cabea-de-casal, o representante

    legal na relao jurdico-tributria de imposto sucessrio, de que a herana seja sujeito

    passivo.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 01-07-2009, proc. n. 0639/08, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/befe14a6a0c83c698

    02575ef00496231?OpenDocument)

    SECO II

    Da legitimidade

    Artigo 9.

    Legitimidade

    1 - Tm legitimidade no procedimento tributrio, alm da administrao

    tributria, os contribuintes, incluindo substitutos e responsveis, outros

    obrigados tributrios, as partes dos contratos fiscais e quaisquer outras pessoas

    que provem interesse legalmente protegido.

    2 - A legitimidade dos responsveis solidrios resulta da exigncia em

    relao a eles do cumprimento da obrigao tributria ou de quaisquer deveres

    tributrios, ainda que em conjunto com o devedor principal.

    3 - A legitimidade dos responsveis subsidirios resulta de ter sido contra

    eles ordenada a reverso da execuo fiscal ou requerida qualquer providncia

    cautelar de garantia dos crditos tributrios.

    4 - Tm legitimidade no processo judicial tributrio, alm das entidades

    referidas nos nmeros anteriores, o Ministrio Pblico e o representante da

    Fazenda Pblica.

    Jurisprudncia - STA - Seco do CT:

    I Da articulao do disposto nos arts. 103. da LGT com os arts. 9. e 152. e ss. do

    CPPT, resulta um conceito amplo de legitimidade para o processo de execuo fiscal

    (tanto que o art. 276. do CPPT atribui legitimidade quer ao executado quer a terceiros

    para reclamarem para o juiz das decises do rgo de execuo fiscal que afectem os

    seus direitos e interesses legtimos).

    II O interesse em agir [com referncia a uma reclamao, apresentada nos termos

    do art. 276. do CPPT, pelo executado revertido, contra o acto praticado pelo OEF que

    lhe indefere o pedido de dispensa de prestao de garantia com vista a suspender uma

    execuo fiscal] no fica afastado pelo facto de os termos da execuo estarem

    suspensos por fora da remessa para apensao ao processo de insolvncia, nem por na

    deciso de reverso (nos termos dos arts. 23. n.s. 2, 3. e 7. e 24., da LGT) se referir

    haver lugar suspenso da execuo at excusso dos bens da devedora principal,

    sem prejuzo da possibilidade de adopo das medidas cautelares adequadas nos

    termos da lei. Menos, ainda, se a declarao de insolvncia do revertido no implica,

    s por si, a suspenso da execuo da dvida, visto ser posterior quela declarao (n.

    6 do art. 180. do CPPT).

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/befe14a6a0c83c69802575ef00496231?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/befe14a6a0c83c69802575ef00496231?OpenDocument
  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    34

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 09-04-2014, proc. n. 0366/14, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/878d1a79b8809b658

    0257cc30050895c?OpenDocument)

    O terceiro garante que foi citado para pagar a dvida exequenda, juros de mora e

    custas, sob pena de, no o fazendo, a execuo fiscal prosseguir com o accionamento

    das garantias por si prestadas, detm legitimidade para o pedido que formulou perante

    o rgo da execuo fiscal no sentido de que a execuo no prossiga de imediato e

    continue suspensa face deduo de impugnao judicial pela sociedade executada

    contra o acto de indeferimento do pedido de reviso oficiosa do acto de liquidao

    donde emerge a dvida exequenda e subsistncia da garantia prestada para assegurar

    o pagamento da totalidade dessa dvida e do acrescido.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 22-05-2013, proc. n. 0632/13, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5102a504ac2772028

    0257b82004b1339?OpenDocument)

    I O cabea de casal tem poderes de administrao da herana, at sua liquidao e

    partilha (art. 207.9. do CC), pelo que tem legitimidade para intervir nos

    procedimentos tributrios e processos tributrios, em representao da herana, de

    acordo com o disposto nos art.s 3., n. 1 do CPPT, 15. e 16., n. 3, ambos da LGT.

    II - A inimpugnabilidade do acto de liquidao efectuado com base no acordo de

    fixao da matria tributvel (arts. 86., n.4 e 92., n. 3 da Lei Geral Tributria)

    limita-se ao respectivo quantum, sendo que poder constituir fundamento de

    impugnao por parte do sujeito passivo qualquer ilegalidade susceptvel de conduzir

    sua anulao, nomeadamente a falta de fundamentao.

    III Admitindo a sindicabilidade da fundamentao, no caso concreto dos autos deve

    a mesma ter-se por cumprida se os peritos explicitaram, ainda que sumariamente, as

    razes da fixao do montante dos proveitos e dos custos.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 24-10-2012, proc. n. 0550/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab9532578

    0257aa8003d3396?OpenDocument)

    I O cabea de casal tem poderes de administrao da herana, at sua liquidao e

    partilha (art. 207.9. do CC), pelo que tem legitimidade para intervir nos

    procedimentos tributrios e processos tributrios, em representao da herana, de

    acordo com o disposto nos art.s 3., n. 1 do CPPT, 15. e 16., n. 3, ambos da LGT.

    II O acordo de peritos a que se refere o n. 3 do art. 92. da LGT, exigindo embora

    fundamentao em caso de alterao da matria inicialmente fixada, no constitui um

    ato tributrio em sentido tcnico-jurdico, pelo que o tribunal no pode sindicar tal

    fundamentao, pois a isso se oporia a natureza de acordo e o n. 4 do art. 86. da

    LGT.

    III No entanto, admitindo a sindicabilidade da fundamentao, no caso concreto dos

    autos deve a mesma ter-se por cumprida se os peritos explicitaram, ainda que

    sumariamente, as razes da fixao do montante dos proveitos e dos custos.

    (Acrdo do STA, 2. SECO, de 05-07-2012, proc. n. 0488/12, em

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a18

    0257a3f0030eba5?OpenDocument)

    http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/878d1a79b8809b6580257cc30050895c?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/878d1a79b8809b6580257cc30050895c?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5102a504ac27720280257b82004b1339?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5102a504ac27720280257b82004b1339?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab95325780257aa8003d3396?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/bf64a2ecab95325780257aa8003d3396?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a180257a3f0030eba5?OpenDocumenthttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/cc97d130576867a180257a3f0030eba5?OpenDocument
  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    35

    SECO III

    Da competncia

    Artigo 10.

    Competncias da administrao tributria

    1 - Aos servios da administrao tributria cabe:

    a) Liquidar e cobrar ou colaborar na cobrana dos tributos, nos termos das

    leis tributrias;

    b) Proceder reviso oficiosa dos actos tributrios;

    c) Decidir as peties e reclamaes e pronunciar-se sobre os recursos

    hierrquicos apresentados pelos contribuintes;

    d) Reconhecer isenes ou outros benefcios fiscais e praticar, nos casos

    previstos na lei, outros actos administrativos em matria tributria;

    e) Receber e enviar ao tribunal tributrio competente as peties iniciais nos

    processos de impugnao judicial que neles sejam entregues e dar cumprimento

    ao disposto nos artigos 111. e 112.;

    f) Instaurar os processos de execuo fiscal e realizar os actos a estes

    respeitantes, salvo os previstos no n. 1 do artigo 151. do presente Cdigo;

    g) Cobrar as custas dos processos e dar-lhes o destino legal;

    h) Efectuar as diligncias que lhes sejam ordenadas ou solicitadas pelos

    tribunais tributrios;

    i) Cumprir deprecadas;

    j) Realizar os demais actos que lhes sejam cometidos na lei.

    2 - Sem prejuzo do disposto na lei, designadamente quanto aos

    procedimentos relativos a tributos parafiscais e aos procedimentos relativos aos

    grandes contribuintes, so competentes para o procedimento os rgos

    perifricos locais da administrao tributria do domiclio ou sede do

    contribuinte, da situao dos bens ou da liquidao.

    3 - Sem prejuzo do disposto na lei quanto aos procedimentos relativos aos

    grandes contribuintes, se a administrao tributria no dispuser de rgos

    perifricos locais, so competentes os rgos perifricos regionais da

    administrao tributria do domiclio ou sede do contribuinte, da situao dos

    bens ou da liquidao.

    4 - Se a administrao tributria no dispuser de rgos perifricos regionais,

    as competncias atribudas pelo presente Cdigo a esses rgos sero exercidas

    pelo dirigente mximo do servio ou por aquele em quem ele delegar essa

    competncia.

    5 - Salvo disposio expressa em contrrio, a competncia do servio

    determina-se no incio do procedimento, sendo irrelevantes as alteraes

    posteriores.

  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    36

    Redaco originria com as alteraes e/ou rectificaes introduzidas pelos seguintes

    diplomas:

    - Lei n. 15/2001, de 05/06

    - DL n. 6/2013, de 17/01

    Redaco originria, alteraes e/ou rectificaes:

    - Redaco originria: DL n. 433/99, de 26/10

    Artigo 10.

    Competncias da administrao tributria

    1 - Aos servios da administrao tributria cabe:

    a) Liquidar e cobrar ou colaborar na cobrana dos tributos, nos termos das leis

    tributrias;

    b) Proceder reviso oficiosa dos actos tributrios;

    c) Decidir as peties e reclamaes e pronunciar-se sobre os recursos hierrquicos

    apresentados pelos contribuintes;

    d) Reconhecer isenes ou outros benefcios fiscais e praticar, nos casos previstos na

    lei, outros actos administrativos em matria tributria;

    e) Receber e autuar as peties iniciais nos processos de impugnao judicial e

    proceder instruo que no deva ser realizada no tribunal;

    f) Instaurar os processos de execuo fiscal e realizar os actos a estes respeitantes,

    salvo os previstos no n. 1 do artigo 151. do presente Cdigo;

    g) Cobrar as custas dos processos e dar-lhes o destino legal;

    h) Efectuar as diligncias que lhes sejam ordenadas ou solicitadas pelos tribunais

    tributrios;

    i) Cumprir deprecadas;

    j) Realizar os demais actos que lhes sejam cometidos na lei.

    2 - Sem prejuzo do disposto na lei, designadamente quanto aos procedimentos

    relativos a tributos parafiscais, sero competentes para o procedimento os rgos

    perifricos locais da administrao tributria do domiclio ou sede do contribuinte, da

    situao dos bens ou da liquidao.

    3 - Se a administrao tributria no dispuser de rgos perifricos locais, sero

    competentes os rgos perifricos regionais da administrao tributria do domiclio

    ou sede do contribuinte, da situao dos bens ou da liquidao.

    4 - Se a administrao tributria no dispuser de rgos perifricos regionais, as

    competncias atribudas pelo presente Cdigo a esses rgos sero exercidas pelo

    dirigente mximo do servio ou por aquele em quem ele delegar essa competncia.

    5 - Salvo disposio expressa em contrrio, a competncia do servio determina-se

    no incio do procedimento, sendo irrelevantes as alteraes posteriores.

    Redaco: Decreto-Lei n. 433/99, de 26 de Outubro

    - 2. verso: Lei n. 15/2001, de 05/06

    Artigo 10.

    Competncias da administrao tributria

    1 - Aos servios da administrao tributria cabe:

    a) Liquidar e cobrar ou colaborar na cobrana dos tributos, nos termos das leis

    tributrias;

    b) Proceder reviso oficiosa dos actos tributrios;

    http://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2001/CarlaJobling-Advogada-2001-06-05-Lei-15-2001.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/2013/CarlaJobling-Advogada-2013-01-17-DL-6-2013.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1999/CarlaJobling-Advogada-1999-10-26-DL-433-99.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/004-Decreto-Lei/1999/CarlaJobling-Advogada-1999-10-26-DL-433-99.htmhttp://www.advogados-carlajobling.pt/jurindex3/Leis/003-Lei/2001/CarlaJobling-Advogada-2001-06-05-Lei-15-2001.htm
  • CPPT Anotado | Carla Jobling | Lus Figueira

    37

    c) Decidir as peties e reclamaes e pronunciar-se sobre os recursos hierrquicos

    apresentados pelos contribuintes;

    d) Reconhecer isenes ou outros benefcios fiscais e praticar, nos casos previstos na

    lei, outros actos administrativos em matria tributria;

    e) Receber e enviar ao tribunal tributrio competente as peties iniciais nos

    processos de impugnao judicial que neles sejam entregues e dar cumprimento ao

    disposto nos artigos 111. e 112.;

    f) Instaurar os processos de execuo fiscal e realizar os actos a estes respeitantes,

    salvo os previstos no n. 1 do artigo 151. do presente Cdigo;

    g) Cobrar as custas dos processos e dar-lhes o destino legal;

    h) Efectuar as diligncias que lhes sejam ordenadas ou solicitadas pelos tribunais

    tributrios;

    i) Cumprir deprecadas;

    j) Realizar os demais actos que lhes sejam cometidos na lei.

    2 - Sem prejuzo do disposto na lei, designadamente quanto aos procedimentos

    relativos a tributos parafiscais, sero competentes para o procedimento os rgos

    perifricos locais da administrao tributria do domiclio ou sede do contribuinte, da

    situao dos bens ou da liquidao.

    3 - Se a administrao tributria no dispuser de rgos perifricos locais, sero

    competentes os rgos perifricos regionais da administrao tributria do domiclio

    ou sede do contribuinte, da situao dos bens ou da liquidao.

    4 - Se a administrao tributria no dispuser de rgos perifricos regionais, as

    competncias atribudas pelo presente Cdigo a esses rgos sero exercidas pelo

    dirigente mximo do servio ou por aquele em quem ele delegar essa competncia.

    5 - Salvo disposio expressa em contrrio, a competncia do servio determina-se

    no incio do procedimento, sendo irrelevantes as alteraes posteriores.

    Redaco: Lei n. 15/2001, de 05 de Junho

    - Redaco mais recente: DL n. 6/2013, de 17/01

    Jurisprudncia - STA - Pleno:

    O conhecimento e apreciao de nulidades ocorridas no processo de execuo fiscal

    (e alegadamente emergentes da violao das regras relativas nomeao do fiel

    depositrio e ao exerccio das respectivas funes, da viol