cobertura nitrogenada milho desfolhado

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  • 7/26/2019 Cobertura Nitrogenada Milho Desfolhado

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    671Semina: Cincias Agrrias, Londrina, v. 35, n. 2, p. 671-682, mar./abr. 2014

    Recebido para publicao 21/09/12 Aprovado em 04/10/13

    DOI: 10.5433/1679-0359.2014v35n2p671

    Cobertura nitrogenada como estratgia para reduzir os prejuzos da

    desfolha em diferentes estdios fenolgicos do milho

    Nitrogen side-dress as a strategy to reduce defoliation demages at

    different growth stages of maize

    Lus Sangoi1*; Gilmar Jos Picoli Junior2; Vitor Paulo Vargas2; Jefferson Vieira2;Amauri Schmitt2; Srgio Roberto Zoldan2; Eduardo Siega3; Giovani Carniel3

    Resumo

    O nitrognio pode mitigar os danos ocasionados pela reduo de rea foliar por inuenciar a divisocelular. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ecincia da aplicao de doses de nitrognio emcobertura como estratgia de manejo da desfolha do colmo em diferentes estdios fenolgicos do milho.

    O experimento foi instalado em Lages, SC, nos anos agrcolas de 2008/2009 e 2009/2010. O delineamentoexperimental utilizado foi o de blocos ao acaso dispostos em parcelas subdivididas. Na parcela principaltestaram-se as pocas de desfolha: sem desfolha; desfolha em V8 (oito folhas expandidas); desfolha emV15(quinze folhas expandidas) e desfolha em VT (pendoamento). Nas subparcelas avaliaram-se quatrodoses de nitrognio: 0, 50, 100 e 200 kg ha-1, aplicadas no dia da desfolha em cada estdio fenolgicoe em V8 na testemunha no desfolhada. A desfolha realizada em V8 no reduziu o rendimento degros do milho, em relao testemunha no desfolhada, independentemente da dose de N aplicada. Aaplicao de nitrognio em V15 aumentou o rendimento de gros, reduzindo os prejuzos ocasionados

    pela desfolha. As desfolhas realizadas em VT causaram grandes prejuzos produtividade do milho,onde no houve recuperao pela aplicao subseqente de nitrognio em cobertura. O sucesso daaplicao de N como estratgia para atenuar os prejuzos ocasionados pela desfolha depende do estdioem que a perda de rea foliar ocorre e da dose de N aplicada.

    Palavras-chave:Zea mays, nitrognio, rea foliar, rendimento de gros

    Abstract

    Nitrogen can mitigate damages caused by leaf area reduction due to its inuence on cell division.This work was carried out aiming to evaluate the efciency of side-dressing different rates of nitrogenas a management strategy to maize stem defoliation at different growth stages. The experiment wasset in Lages, during the 2008/2009 and 2009/2010 growing seasons. The experimental design was arandomized block with split plots. Three defoliation times were tested in the main plot: eight expandedleaves (V8), fteen expanded leaves (V15) and tasseling (VT), plus a control without defoliation. Fournitrogen rates were assessed in the split-plots: 0, 50, 100 and 200 kg ha-1of N. Nitrogen was side-dressed

    at the defoliation day of each growth stage and at V8 in the control. Defoliations performed at V8 didnot reduce grain yield, in comparison to the control, regardless of N rate. Side-dressing N rates at V15increased grain yield, mitigating damages caused by defoliation. Defoliation carried out at VT promoted

    1Prof. Associado do Dept de Agronomia, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]

    2Discentes do Curso de Mestrado em Cincias Agrrias, UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

    3Discentes do Curso de Graduao em Agronomia, UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]; [email protected]

    * Autor para correspondncia

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    Sangoi, L. et al.

    great grain yield reduction that could not be alleviated with subsequent nitrogen fertilization. Thesuccess of nitrogen side-dress as a strategy to minimize maize grain yield losses caused by defoliationdepends on the growth stage leaf area reduction occurs.Key words:Zea mays, nitrogen, leaf area, grain yield

    Introduo

    O rendimento de gros do milho (Zea mays)depende da quantidade de radiao incidente, daecincia da interceptao da radiao incidente,da ecincia de converso da radiao interceptadaem biomassa vegetal e da ecincia de partio defotoassimilados aos gros (ANDRADE; CIRILO;ECHARTE; 2000).

    Apesar do elevado potencial produtivo, o milhoapresenta acentuada sensibilidade a estresses durante

    o seu desenvolvimento. Vrias so as condies queestressam a planta, entre estas se destaca a desfolhaprovocada por agentes biticos, como a lagarta docartucho (Spodoptera frugiperda), ou abiticos,como o granizo (VARGAS, 2010).

    Os danos rea foliar diminuem a ecinciafotossinttica da cultura, pois reduzem ainterceptao da radiao fotossinteticamente ativa.Este efeito potencializado quando a desfolhaocorre nos estgios mais avanados do ciclo, pois nas

    fases iniciais o milho apresenta grande capacidadede regenerao foliar (FANCELLI; DOURADONETO, 2004). A desfolha do milho reduz a taxa decrescimento dos gros e o seu perodo de enchimento(JONES; SIMONS, 1983), diminui a concentraode carboidratos no estruturais do colmo (VIEIRA,2012), altera os teores de protena e amido dosgros (MANGEN; THOMISON; STRACHAN,2005) e interfere na qualidade da silagem produzida(ROTH; LAUER, 2008).

    Diante dos efeitos prejudiciais ocasionadospela desfolha, importante buscar formas queminimizem este tipo de estresse, visando reduzir asperdas na produtividade e na qualidade do milho.Este objetivo pode ser alcanado pela regulaonutricional adequada da planta (VARGAS, 2010).O manejo da cobertura nitrogenada pode ser

    uma estratgia eciente para atenuar estresses

    ocasionados pela desfolha, j que o N o nutrienteque mais impacta o rendimento de gros e ao quala planta mais responde em condies limitantes(SILVA, 2006).

    A adubao nitrogenada em cobertura de amplouso nas lavouras de milho, pois o nitrognio oelemento mais absorvido pela planta, interferindodiretamente sobre a diviso celular nos meristemasda planta e na denio da rea foliar da cultura(PICOLI JUNIOR, 2011). Assim, esta prtica demanejo pode ser usada como uma estratgia paradiminuir estresses ocasionados pela reduo doaparato fotossinttico. A reduo do efeito inibitrioda desfolha pode ocorrer atravs do estmulo regenerao foliar ou mediante o aumento naecincia fotossinttica.

    A demanda por nitrognio do milho nas fasesiniciais do ciclo pequena. Da quantidade totalrequerida pela cultura, apenas 5 a 10 % absorvida

    at a diferenciao do primrdio oral (SANGOI etal., 2010). Em funo disto, a Comisso de Qumicae Fertilidade do Solo RS/SC (2004) recomendaque a maior parte do fertilizante nitrogenado sejaaplicada em cobertura quando a planta tiver dequatro a oito folhas expandidas, pois este perodoem que o potencial produtivo da planta comea aser denido.

    A adubao nitrogenada feita aps o estdioV8 (oito folhas expandidas) da escala de Ritchie,

    Hanway e Benson (1993) normalmente no recomendada para o milho, por ser menos efetivaagronomicamente e mais difcil de ser feitaoperacionalmente. Contudo, se houver desfolhaocasionada por agentes biticos ou abiticos emestdios subseqentes, a cultura poder respondera coberturas nitrogenadas mais tardias (SANGOI etal., 2010). Silva et al. (2005) constataram que alguns

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    Cobertura nitrogenada como estratgia para reduzir os prejuzos da desfolha em diferentes estdios fenolgicos do milho

    hbridos contemporneos de milho responderam acoberturas nitrogenadas feitas no emborrachamentoe orescimento, especialmente em situaes ondeocorreram decincias de N na fase vegetativa e emlavouras com alto potencial de rendimento. Estesautores enfatizaram que coberturas nitrogenadas

    tardias so medidas emergenciais para atenuaralgum tipo de estresse ocorrido durante as fasesiniciais do ciclo. Nestes casos, o efeito tnico donitrognio pode estimular a recuperao de parte daprodutividade que se julgava perdida pela reduoda rea foliar.

    Considerando os prejuzos potenciaisocasionados pela desfolha e a necessidade debuscar alternativas para minimiz-los, este trabalho

    teve como objetivo avaliar o efeito da aplicao dedoses crescentes de nitrognio em cobertura sobre orendimento de gros do milho submetido desfolhaem diferentes estdios fenolgicos.

    Material e Mtodos

    O experimento foi conduzido no municpiode Lages, localizado no Planalto Sul de SantaCatarina, durante os anos agrcolas de 2008/2009

    e 2009/2010. As coordenadas geogrcas darea experimental so 275035de latitude Sul,502945 de longitude Oeste e altitude de 849metros. O clima da regio do tipo Cfb, de acordocom a classicao de Kppen.

    O solo da rea experimental um NitossoloVermelho Distrco tpico (EMBRAPA, 2006).Segundo a anlise de solos, realizada em setembrode 2008, a rea experimental apresentava asseguintes caractersticas: 420 g kg-1de argila; 380

    g kg-1de silte; 200 g kg-1de areia; 51,0 g kg-1 dematria orgnica; pH H

    2O 5,5; ndice SMP 5,7; 5

    mg dm-3de P; 0,50 cmolckg-1de K; 5,9 cmol

    ,kg-1de

    Ca; 2,8 cmolckg-1de Mg; 0,3 cmol

    ckg-1de Al; 15,3

    cmolckg-1de CTC.

    O delineamento experimental utilizadofoi de blocos ao acaso, dispostos em parcelas

    subdivididas, com quatro repeties. Na parcelaprincipal testaram-se as pocas de desfolha: semdesfolha, desfolha em V8 (oito folhas expandidas),desfolha em V15 (quinze folhas expandidas) edesfolha em VT (pendoamento), conforme escalaproposta por Ritchie, Hanway e Benson (1993).

    A desfolha foi feita manualmente retirando-se asfolhas verdes totalmente expandidas (com colarvisvel), em cada estdio fenolgico Nas sub-parcelas avaliaram-se quatro doses de nitrognio: 0,50, 100 e 200 kg ha-1. As aplicaes de nitrognioforam realizadas imediatamente aps a remoo dasfolhas totalmente expandidas para cada estdio e emV8 na testemunha sem desfolha. Cada sub-parcelafoi constituda por quatro linhas de seis metrosde comprimento, espaadas entre si por 0,7 m. A

    rea til foi composta pelas duas linhas centrais,excetuando 0,5m na extremidade de cada linha,perfazendo 7,0 m.

    O experimento foi implantado em 8 denovembro de 2008 e 21 de outubro de 2009, nosistema de semeadura direta, sobre uma coberturamorta de aveia preta (Avena strigosa). Estacobertura foi implantada em maio e dessecada nonal de setembro de cada ano agrcola realizando a

    aplicao do herbicida glifosato.A adubao de manuteno foi realizada no dia

    da semeadura, com nitrognio, fsforo e potssio.As doses aplicadas foram baseadas na anlisede solos e nas recomendaes da Comisso deQumica e Fertilidade do Solo RS/SC (2004), parauma expectativa de rendimento de 12000 kg ha -1.Foram aplicados em cada ano 245 kg ha -1de P

    2O

    5,

    110 kg ha-1de K2O e 30 kg ha-1de N. As fontes

    desses nutrientes foram o superfosfato triplo,

    o cloreto de potssio e a uria. Os fertilizantesforam aplicados na superfcie do solo, sobre linhade semeadura.

    No ano agrcola de 2008/2009 utilizou-se ohbrido AS1570, de ciclo precoce, na densidade de55.000 pl ha-1. Em 2009/2010 semeou-se o hbridoP32R22, de ciclo super-precoce, na densidade

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    Sangoi, L. et al.

    de 70.000 pl ha-1. Previamente semeadura, assementes foram tratadas com inseticidas paraassegurar a obteno do estande almejado.Em 2008/2009 utilizou-se inseticida base deimidacloprid+thiodicarb (45 + 186 g de i.a. ha-1) eem 2009/2010 base de pronil+tiametoxam (10

    + 42 g de i.a. ha-1). O controle de plantas daninhasfoi efetuado com duas aplicaes de herbicida. Aprimeira aplicao foi feita em pr-emergncia dacultura, no dia da semeadura, com uma mistura deatrazina e s-metolachlor (1.480 + 1.160 g de i.a.ha-1). A segunda aplicao foi realizada em ps-emergncia quando as plantas estavam no estdioV3, utilizando o produto tembotrione (100 g de i.a.ha-1).

    Em 2008/2009 realizou-se uma coberturanitrogenada em todo ensaio quando a culturaapresentava quatro folhas expandidas (V4),aplicando-se 50 kg ha-1 de N. Posteriormenteaplicaram-se as doses de N em V8, V15 e VT,conforme denido em cada tratamento. Em2009/2010, o nitrognio somente foi aplicado emcobertura aps a poca de desfolha, conforme asdoses denidas para cada tratamento, com o intuitode melhor avaliar o potencial de recuperao do

    estresse pela aplicao do fertilizante nitrogenado.Quando as plantas alcanaram o estdio R1

    (espigamento) da escala de Ritchie, Hanwaye Benson (1993), avaliou-se a rea foliar. Estaavaliao foi feita com uma trena medindo-se ocomprimento (C) e a maior largura (L) de todas asfolhas com pelo menos 50% de rea foliar verde, deacordo com critrio proposto por Borrs, Maddonie Otegui (2003). A rea foliar (A), expressa emcm, foi estimada utilizando-se a expresso: A = C

    x L x 0,75, onde o valor 0,75 um coeciente decorreo utilizado por que as folhas no apresentamrea retangular. O somatrio das reas de todasas folhas determinou a rea foliar por planta. Esteprocedimento tambm foi adotado para as folhasremovidas nos trs estdios de desenvolvimento.

    Os dados pluviomtricos foram obtidos com

    auxlio de pluvimetros instalados no local doexperimento. Esses dados foram utilizados paraclculo do balano hdrico relativo ao perodocompreendido entre outubro e abril dos dois anosagrcolas, conforme metodologia desenvolvida porThornthwaite e Mather (1955).

    A colheita foi feita manualmente no incio doms de maio de cada ano agrcola quando a umidadedos gros estava entre 18% a 22%. As espigas foramcolhidas e trilhadas em uma trilhadora estacionria.Os gros foram acondicionados em estufa, sobventilao e temperatura de aproximadamente65C, at atingirem massa constante. Os pesosobtidos da massa seca de gros colhidos na rea tildas subparcelas foram convertidos para um hectare,

    na umidade padro de 130 g kg

    -1

    , determinando-seassim o rendimento de gros.

    Os dados obtidos foram analisadosestatisticamente pela anlise de varincia. Amagnitude dos efeitos dos tratamentos frente ao erroexperimental foi testada utilizando-se o teste F. Osvalores de F para efeitos simples e interaes foramconsiderados signicativos ao nvel de signicnciade 5% (P

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    675Semina: Cincias Agrrias, Londrina, v. 35, n. 2, p. 671-682, mar./abr. 2014

    Cobertura nitrogenada como estratgia para reduzir os prejuzos da desfolha em diferentes estdios fenolgicos do milho

    22 mm de gua. Este dcit hdrico coincidiu como pendoamento e o espigamento da cultura, queocorreram no ltimo decndio de janeiro.

    As precipitaes pluviais do ano agrcola2009/2010 foram relativamente bem distribudassituando-se ao redor de 61 mm por decndio(Figura 2). No incio de desenvolvimento e no nal

    do ciclo da cultura houve excesso hdrico, superiora 80 mm. No segundo e terceiro decndios dedezembro observou-se uma decincia hdrica deaproximadamente 20 mm. Esta ocorreu num curtoperodo de tempo, em que a cultura se encontravaentre os estdios V15 e VT da escala de Ritchie,

    Hanway e Benson (1993).

    Figura 1.Balano hdrico da safra 2008/09 na rea experimental durante o desenvolvimento do milho, segundometodologia proposta por Thornthwaite e Mather (1955), considerando uma capacidade de armazenamento de guano solo de 75 mm. Lages, SC.

    Fonte: Elaborao dos autores.

    Estdios conforme escala de desenvolvimento proposta por Ritchie, Hanway e Benson (1993).

    Nos dois anos em que se conduziu o trabalho,a rea foliar remanescente no espigamento foiafetada pela interao entre o estdio do milhoem que ocorreu a desfolha e a dose de N aplicada

    em cobertura. Em 2008/2009, a desfolha realizadaem V8 no reduziu a rea foliar, em relao ssubparcelas no desfolhadas, independentementeda dose de N aplicada (Tabela 1). A ausnciade diferena entre a rea foliar nas subparcelasdesfolhadas em V8 e naquelas no desfolhadas noprimeiro ano deveu-se senescncia natural que

    ocorreu nas folhas inferiores do hbrido AS 1570com o avano do desenvolvimento. Observou-se durante o espigamento que as subparcelas queno foram desfolhadas tinham um nmero similar

    de folhas verdes ao das subparcelas desfolhadasem V8. Isto indica que as oito primeiras folhas daplanta senesceram naturalmente at o orescimentodas subparcelas no desfolhadas. J em 2009/2010,a desfolha realizada em V8 reduziu a reafoliar, em relao s parcelas no desfolhadas,independentemente da dose de N aplicada.

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    Sangoi, L. et al.

    Figura 2.Balano hdrico da safra 2009/10 na rea experimental durante o desenvolvimento do milho, segundometodologia proposta por Thornthwaite e Mather (1955), considerando a capacidade de armazenamento de gua nosolo de 75 mm. Lages, SC.

    Fonte: Elaborao dos autores.Estdios conforme escala de desenvolvimento proposta por Ritchie, Hanway e Benson (1993).

    A senescncia das folhas de milho inicia antesda cultura atingir a sua mxima rea foliar, prximoao orescimento, progredindo a taxas crescentesdurante a fase reprodutiva (SADRAS; ECHARTE;ANDRADE, 2000; LAFARGE; HAMMER, 2002).A velocidade da sua evoluo depende da cultivar. possvel que o maior nmero de folhas totais(24) produzidas pelo hbrido AS 1570, em relaoao P32R22 (21), tenha acelerado a senescncia dasfolhas do extrato inferior do dossel e contribudopara a ausncia de diferena estatstica na rea foliardas parcelas no desfolhadas e desfolhadas em V8no primeiro ano agrcola.

    A remoo das folhas expandidas quando o

    milho estava em V15 e em VT reduziu a rea foliarremanescente da planta no espigamento, em relaos parcelas no desfolhadas e desfolhadas em V8,independentemente da dose de N aplicada e do anoagrcola (Tabela 1).

    Nos dois anos agrcolas, a rea foliarremanescente no espigamento foi inuenciada pela

    dose de N aplicada quando a desfolha foi realizadaem V8. Em 2008/2009 houve efeito quadrtico dadose sobre esta varivel, sendo a maior rea foliaralcanada com a dose de 119 kg de N ha-1(Figura3A). J em 2009/2010 houve um incremento linearde 6,9 cm por kg de nitrognio aplicado (Figura3B). O incremento da rea foliar remanescente noorescimento pela aplicao de doses crescentesde nitrognio aps a desfolha em V8 pode ter duascausas. A primeira a retardamento da senescnciadas folhas, pois a nutrio adequada, especialmente anitrogenada, propicia s plantas melhores condiesde crescimento e desenvolvimento do tecido foliar,reduzindo os efeitos da decincia deste nutriente

    sobre a senescncia (WOLSCHICK et al., 2003).Alm disto, o nitrognio possivelmente teve umefeito estimulante na regenerao da rea foliar dasplantas desfolhadas precocemente, conrmandoa hiptese que originou o trabalho. Por outrolado, no houve efeito da dose de N sobre a reafoliar remanescente na orao quando a desfolhafoi imposta em V15. Neste estdio fenolgico, o

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    Cobertura nitrogenada como estratgia para reduzir os prejuzos da desfolha em diferentes estdios fenolgicos do milho

    impacto do nitrognio sobre a diviso e elongaocelular nas folhas potencialmente menor do queem V8, pois a maior parte das folhas produzidaspela planta j estava expandida quando o nutrientefoi aplicado (SANGOI et al., 2010).

    O rendimento de gros de milho foi afetado pelainterao entre poca de realizao da desfolha edose de nitrognio aplicada em cobertura nos doisanos em que se conduziu o trabalho. No foramdetectadas diferenas entre o rendimento de grosdas unidades experimentais no desfolhadas edaquelas em que as oito primeiras folhas expandidasdo milho foram removidas, independentemente dadose de N utilizada (Tabela 2). Isto demonstra que asoito primeiras folhas produzidas pela planta foram

    pouco importantes para a produtividade do milho.Comportamento similar foi reportado por Lauer,Roth e Bertram (2004) e Tsukahara e Kochinski

    (2008), que no vericaram redues signicativasno rendimento de gros quando as desfolhasocorreram na fase inicial do desenvolvimento domilho.

    Em 2008/2009 observou-se decrscimono rendimento de gros em trs das quatrodoses avaliadas no trabalho quando o milho foidesfolhado em V15 (Tabela 2). Na mdia dasquatro doses de N, as parcelas desfolhadas em V15apresentaram um rendimento de gros equivalentea 90,2% do valor obtido na testemunha, embora area foliar remanescente deste tratamento fosseequivalente a 60,9% das parcelas no desfolhadas(Tabela 1). Portanto, a reduo de rea foliar foipercentualmente maior do que a do rendimento de

    gros. Isto provavelmente est relacionado ao colmodo milho atuar como rgo modulador da restrioimposta s folhas quando elas sofrem algum tipo deprejuzo (SANGOI et al., 2001).

    Tabela 1.rea foliar remanescente no espigamento do milho em funo do estdio fenolgico da desfolha e daaplicao de doses de N. Lages, SC, 2008/09 e 2009/2010.

    Dose de N(kg ha-1)

    Estdios de desfolha1/

    Sem desfolha V8 V15 VT

    rea foliar (cm planta-1

    )3/

    ano agrcola 2008/20090 7.369 a2/ 8.309 a 5.060 b 0,0 c50 8.626 a 9.337 a 5.919 b 0,0 c

    100 9.431 a 9.696 a 5.173 b 0.0 c200 9.520 a 9.236 a 5.128 b 0,0 c

    rea foliar (cm planta-1) 4/ ano agrcola 2009/20100 7.430 a 5.003 b 1.577 c 0 d

    50 7.831 a 5.684 b 1.391 c 0 d100 7.774 a 5.998 b 1.500 c 0 d200 7.754 a 6.461 b 1.570 c 0 d

    1/V8 oito folhas expandidas; V15 quinze folhas expandidas; VT pendoamento, segundo escala proposta por Ritchie, Hanwaye Benson (1993).2/Mdias seguidas de mesma letra na linha no diferem signicativamente pelo teste de Tukey (P

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    678Semina: Cincias Agrrias, Londrina, v. 35, n. 2, p. 671-682, mar./abr. 2014

    Sangoi, L. et al.

    Figura 3.rea foliar remanescente no espigamento do milho, em funo do estdio fenolgico da desfolha e daaplicao de doses de N. Lages, SC, 2008/09 (A) e 2009/2010 (B).

    Dose de N (kg ha-1)

    0 50 100 150 200

    reafoliar(cm

    2planta-1)

    0

    5000

    6000

    7000

    8000

    9000

    10000

    Sem desfolha (y = 7.364 + 30,5x - 0,1x2 R

    2= 0,99)

    V8 (y = 8.831 + 23,7x - 0,1x2 R

    2= 0,99)

    V15ns

    A

    Dose de N (kg ha-1)

    0 50 100 150 200

    reafoliar(cm

    2p

    lanta-1)

    0

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    8000

    9000

    Sem desfolha

    ns

    V8 (y = 5.183 + 6,90x R2 = 0,93)

    V15ns

    B

    CV (A) = 10,7% CV (B) = 9,1%Fonte: Elaborao dos autores.

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    679Semina: Cincias Agrrias, Londrina, v. 35, n. 2, p. 671-682, mar./abr. 2014

    Cobertura nitrogenada como estratgia para reduzir os prejuzos da desfolha em diferentes estdios fenolgicos do milho

    Tabela 2. Rendimento de gros do milho em funo do estdio fenolgico da desfolha e da aplicao de doses de N.Lages, SC, 2008/09 e 2009/2010.

    Dose de N(kg ha-1)

    Estdios de desfolha1/

    Sem desfolha V8 V15 VTRendimento de gros (kg ha-1) 3/ ano agrcola 2008/2009

    0 8.891 ab2/ 9.750 a 7.821 b 193 c

    50 9.805 ab 10.546 a 9.019 b 230 c100 9.704 a 9.859 a 9.219 a 240 c200 9.470 a 9.753 a 8.097 b 300 c

    Rendimento de gros (kg ha-1) 4/ ano agrcola 2009/20100 8.064 a 8.153 a 2.800 b 443 c

    50 8.987 a 9.065 a 3.813 b 490 c100 9.644 a 9.086 a 3.925 b 415 c200 10.260 a 9.677 a 4.193 b 594 c

    1/V8 oito folhas expandidas; V15 quinze folhas expandidas; VT pendoamento, segundo escala proposta por Ritchie, Hanwaye Benson (1993).2/Mdias seguidas de mesma letra na linha no diferem signicativamente pelo teste de Tukey (P

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    Sangoi, L. et al.

    (Figura 4A). Isto provavelmente ocorreu em funoda alta disponibilidade de N no sistema decorrentedo teor elevado de matria orgnica do Nitossolo emque se conduziu o trabalho (51,0 g kg-1) e dos 80 kgde nitrognio mineral que foram aplicados (30 kg nasemeadura e 50 kg em V4) previamente realizao

    dos tratamentos de desfolha. Por outro lado, a dosede N interferiu na produtividade do milho quandoas plantas foram desfolhadas em V15. Observou-se uma resposta quadrtica do rendimento de gros dose de N aplicada neste estdio. A dose quemaximizou a resposta foi de 106 kg de N ha -1. Nohouve diferena signicativa de rendimento entreas subparcelas desfolhadas em V15 e aquelas ondeas folhas foram preservadas, quando se reaplicou adose de 100 kg ha-1de N (Tabela 2). Neste caso, o

    N auxiliou na recuperao do milho submetido aoestresse por desfolha. Isto possivelmente aconteceupor que o a aplicao de nitrognio aumentoua ecincia fotossinttica das folhas que seexpandiram aps a desfolha, visto que a rea foliarremanescente no orescimento no foi afetada pelaquantidade de N aplicada quando a remoo foifeita em V15 (Figura 3A). A taxa fotossinttica inuenciada pelo estado nutricional do milho, sendoque maiores taxas fotossintticas lquidas esto

    diretamente relacionadas concentrao de N notecido foliar (AITA et al., 2001).

    Em 2009/2010, a aplicao de doses crescentesde nitrognio aumentou linearmente o rendimentode gros da testemunha no desfolhada (Figura 4A).Os incrementos no rendimento forma de 10,8 kg degros para cada kg de N aplicado em V8. Assimcomo no primeiro ano, houve aumento quadrticono rendimento do milho pela aplicao de dosescrescentes de N quando a desfolha foi feita em

    V15. A dose que otimizou a produtividade do milhoneste tratamento foi de 146 kg de N por ha. Deforma anloga ao primeiro ano, os incrementos norendimento ocasionados pelo nitrognio aplicadoem V15 no se deveram ao incremento na reafoliar remanescente no orescimento (Figura 3B).Tsukahara e Kochinski (2008) observaram umcomportamento aleatrio do efeito da aplicao de N

    sobre o rendimento de gros do milho em diferentesestdios fenolgicos, dependendo de aspectossiolgicos que envolviam cada combinaode poca, percentagem de desfolha e dose de Naplicada. Segundo estes autores, em 57,1% doscasos a aplicao de N proporcionou incrementos

    na produtividade, em situaes de reduo de reafoliar.

    Nos dois anos em que se conduziu o trabalho,a dose de N aplicada aps a desfolha em VT noafetou o rendimento de gros (Figura 4A e 4B).Nesta situao a maior limitao a ausncia defolhas. Como o hbito do milho determinado, ouso do nutriente no permitiu a emisso de novasfolhas. Alm disso, no havendo folhas, no ocorreuincremento na atividade fotossinttica da planta. A

    ausncia de fotoassimilados e o ressecamento dosestigmas inviabilizam a fertilizao, promovendogrande decrscimo no nmero de gros por espiga.Desta forma, quando aplicado no pendoamento, onitrognio no conseguiu auxiliar na recuperaodo estresse ocasionado pela desfolha e os valoresdo rendimento de gros foram inferiores a 600 kgha-1, independentemente da dose de N aplicada emcobertura (Tabela 2).

    Os resultados obtidos no presente trabalhodemonstraram que desfolhas realizadas em V8 nocomprometeram o rendimento de gros do milho.A aplicao de nitrognio aps a desfolha nestafase aumentou a rea foliar verde da planta noespigamento, mas no incrementou a produtividadeda cultura. J a aplicao de nitrognio aps adesfolha em V15 no interferiu na rea foliarremanescente da planta no espigamento, masaumentou o rendimento de gros. Por outro lado,desfolhas realizadas em VT causam grandesprejuzos produtividade do milho que no podemser recuperados pela aplicao de nitrognio emcobertura. Desta forma, conclui-se que o sucessoda aplicao de N como estratgia para atenuar osprejuzos ocasionados pela desfolha depende doestdio em que esta imposta, da rea foliar perdidae da dose de N utilizada.

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    Cobertura nitrogenada como estratgia para reduzir os prejuzos da desfolha em diferentes estdios fenolgicos do milho

    Figura 4.Rendimento de gros do milho em funo do estdio fenolgico da desfolha e da aplicao de doses de N.Lages, SC, 2008/09 (A) e 2009/2010 (B).

    Dose de N (kg ha-1

    )

    0 50 100 150 200

    Rendimentodegros(kgha-1)

    0

    8000

    9000

    10000

    11000

    Sem desfolhans

    V8ns

    V15 (y = 7.861 + 27,6x - 0,1x2 R

    2= 0,98)

    A

    Dose de N (kg ha-1

    )

    0 50 100 150 200

    Rendimentode

    gros(kgha

    -1)

    0

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    8000

    9000

    10000

    11000

    Sem desfolha (y = 8.286 + 10,83x R2= 0,97)

    V8

    ns

    V15 (y = 2.875 + 17,53x - 0,06x

    2 R

    2= 0,97)

    B

    CV (A) = 8,8 % CV (B) = 10,3 %

    Fonte: Elaborao dos autores.

    Agradecimentos

    Ao Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientco e Tecnolgico (CNPq) pela concesso deBolsa de Produtividade em Pesquisa ao primeiro autordo trabalho e pelo apoio nanceiro ao projeto (Editais43/2008 Agronegcio e 14/2009 Universal).

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