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CULTURAS ANTECESSORAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DO MILHO, EM SISTEMA PLANTIO DIRETO DENIS AUGUSTO DA SILVA 1 , ANTONIO CARLOS TADEU VITORINO 2 , LUIZ CARLOS FERREIRA DE SOUZA 2 , MANOEL CARLOS GONÇALVES 2 , RENATO ROSCOE 3 1 Engenheiro Agrônomo, M.Sc., aluno do Programa de Pós Graduação em Agronomia da UFMS. Rua General Osório, 3200 Jardim Tropical CEP 79824-060 Dourados, MS. Fone: (67) 422-3666 e (67) 9971-7167. E-mail: [email protected] (autor para correspondência) 2 Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor adjunto do Departamento de Ciências Agrárias da UFMS. Departamento de Ciências Agrárias/UFMS, Caixa Postal 533, CEP: 79804-970 Dourados, MS. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected] 3 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 661, CEP 79804-970 Doura- dos, MS. E-mail:[email protected] Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.5, n.1, p.75-88, 2006 RESUMO - A utilização de espécies antecessoras ao milho com capacidade de fornecer nitrogênio, seja através da fixação simbiótica, ou pela reciclagem do nutriente é de grande importância para a manutenção da produtividade. Com o objetivo de avaliar o efeito de culturas antecessoras e doses de nitrogênio em milho, desenvolveu-se um ensaio, no ano agrícola de 2001/02, nas dependências do Núcleo de Ciências Agrárias da UFMS. O deli- neamento experimental foi o de blocos casualizados, com seis repetições, em parcela sub- dividida. A parcela principal foi composta por três culturas antecessoras ao milho (aveia preta, nabo forrageiro e ervilhaca peluda). A subparcela foi composta por seis doses de nitrogênio em cobertura (zero, 50, 100, 150, 200 e 250 kg ha -1 ). Observou-se que, sobre aveia preta, o milho respondeu positivamente à adubação nitrogenada, com máxima efici- ência técnica na dose de 205 kg ha -1 . Sobre nabo forrageiro, também há respostas à aduba- ção nitrogenada, porém podem-se utilizar menores doses para a máxima eficiência técnica (175 kg ha -1 ). O milho cultivado após ervilhaca peluda não respondeu à adubação nitrogenada, porém, tem produtividade maior do que após aveia preta e nabo forrageiro. Palavras-chave: sucessão de culturas, nitrogênio, cultura de cobertura. PREVIOUS CROP AND NITROGEN FERTILIZATION IN CORN UNDER NO-TILLAGE SYSTEM. ABSTRACT - The use of previous crop that has capacity of supplying nitrogen to corn – by symbiotic fixation or nitrogen recycling – is of great importance to yield maintenance. The objective of this study was to evaluate the effect of previous crop associated to nitrogen rates in the agronomic performance of corn crop. This work was conducted in the Núcleo de Ciências Agrárias in the Federal University of Mato Grosso do Sul (UFMS) campus – located in Dourados, MS – during the 2001/02 agricultural year. The experiment was disposed in split-plot randomized complete block design with six replications. The main plot was three previous crops – black oat, hairy vetch and oilseed radish. The split plot had six nitrogen rates – zero, 50, 100, 150, 200 and 250 kg ha -1 . Based on the results, corn grown after black oat responds positively to nitrogen fertilization, with maximum

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CULTURAS ANTECESSORAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURADO MILHO, EM SISTEMA PLANTIO DIRETO

DENIS AUGUSTO DA SILVA1, ANTONIO CARLOS TADEU VITORINO2, LUIZ CARLOS FERREIRADE SOUZA2, MANOEL CARLOS GONÇALVES2, RENATO ROSCOE3

1Engenheiro Agrônomo, M.Sc., aluno do Programa de Pós Graduação em Agronomia da UFMS. Rua General Osório,3200 Jardim Tropical CEP 79824-060 Dourados, MS. Fone: (67) 422-3666 e (67) 9971-7167. E-mail:[email protected] (autor para correspondência)2Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor adjunto do Departamento de Ciências Agrárias da UFMS. Departamento deCiências Agrárias/UFMS, Caixa Postal 533, CEP: 79804-970 Dourados, MS. E-mail: [email protected],[email protected], [email protected] Agrônomo, Dr., Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 661, CEP 79804-970 Doura-dos, MS. E-mail:[email protected]

Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.5, n.1, p.75-88, 2006

RESUMO - A utilização de espécies antecessoras ao milho com capacidade de fornecernitrogênio, seja através da fixação simbiótica, ou pela reciclagem do nutriente é de grandeimportância para a manutenção da produtividade. Com o objetivo de avaliar o efeito deculturas antecessoras e doses de nitrogênio em milho, desenvolveu-se um ensaio, no anoagrícola de 2001/02, nas dependências do Núcleo de Ciências Agrárias da UFMS. O deli-neamento experimental foi o de blocos casualizados, com seis repetições, em parcela sub-dividida. A parcela principal foi composta por três culturas antecessoras ao milho (aveiapreta, nabo forrageiro e ervilhaca peluda). A subparcela foi composta por seis doses denitrogênio em cobertura (zero, 50, 100, 150, 200 e 250 kg ha-1). Observou-se que, sobreaveia preta, o milho respondeu positivamente à adubação nitrogenada, com máxima efici-ência técnica na dose de 205 kg ha-1. Sobre nabo forrageiro, também há respostas à aduba-ção nitrogenada, porém podem-se utilizar menores doses para a máxima eficiência técnica(175 kg ha-1). O milho cultivado após ervilhaca peluda não respondeu à adubaçãonitrogenada, porém, tem produtividade maior do que após aveia preta e nabo forrageiro.

Palavras-chave: sucessão de culturas, nitrogênio, cultura de cobertura.

PREVIOUS CROP AND NITROGEN FERTILIZATIONIN CORN UNDER NO-TILLAGE SYSTEM.

ABSTRACT - The use of previous crop that has capacity of supplying nitrogen to corn– by symbiotic fixation or nitrogen recycling – is of great importance to yield maintenance.The objective of this study was to evaluate the effect of previous crop associated tonitrogen rates in the agronomic performance of corn crop. This work was conducted inthe Núcleo de Ciências Agrárias in the Federal University of Mato Grosso do Sul (UFMS)campus – located in Dourados, MS – during the 2001/02 agricultural year. The experimentwas disposed in split-plot randomized complete block design with six replications. Themain plot was three previous crops – black oat, hairy vetch and oilseed radish. The splitplot had six nitrogen rates – zero, 50, 100, 150, 200 and 250 kg ha-1. Based on the results,corn grown after black oat responds positively to nitrogen fertilization, with maximum

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Silva et al.

A utilização de plantas que fixam o ni-trogênio atmosférico ou o reciclem de camadasmais profundas para a superfície é uma estraté-gia interessante, pios o nitrogênio mantido naforma orgânica é menos sujeito a perdas porlixiviação ou volatilização, sendo disponibilizadolentamente, de acordo com a mineralização dosresíduos vegetais. A utilização de adubos verdesem substituição aos adubos nitrogenados é im-portante para a melhoria da qualidade ambiental,pelo fato de que a produção industrial de nitro-gênio consome grande quantidade de energia,obtida a partir da queima de combustíveis fós-seis.

O uso dos adubos verdes proporcionaefeitos benéficos para o meio ambiente. Amadoet al. (2001) comentam que o uso deleguminosas como fonte de N pode promoveraumento na produção de fitomassa e de grãosdas culturas comerciais e este incremento, so-mado à fitomassa das culturas de cobertura, podecontribuir para a manutenção de carbono no soloe conseqüente melhoria da qualidade ambiental.O manejo da matéria orgânica através da rota-ção de culturas, adubação verde e consorciaçãode culturas pode melhorar o aproveitamento deadubos químicos. Um dos aspectos mais inte-ressantes do uso de adubos verdes é a possibili-dade de substituir parte do N mineral utilizadonas culturas.

Normalmente, ao redor de 50% do nitro-gênio aplicado como fertilizante é perdido porlixiviação, denitrificação e volatilização

(Karlen et al., 1998) e (Bredemeier &Mundstock, 2000). Segundo Amado et al. (2000),o desafio no manejo do nitrogênio é aumentar aquantidade de N absorvido pelas plantas e dimi-nuir, ao mesmo tempo, as perdas ocorridas nosistema solo-planta. Sainju et al. (1998) suge-rem que se utilizem gramíneas, que têm maiorvolume de raízes, para absorver o NO

3 do solo e

não permitir que ele seja lixiviado no perfil. Sá(1993) relata que a mineralização dos resíduosorgânicos depende da relação C/N das espéciesutilizadas na rotação, influindo, assim, na libera-ção de nitrogênio para o solo. Segundo o autor, adecomposição é inversamente proporcional à re-lação C/N, sendo que valores abaixo de 23 favo-recem a mineralização e valores acima de 24 fa-vorecem a imobilização do nitrogênio pelosmicroorganismos do solo.

Culturas anteriores ao milho, com capaci-dade de fixar nitrogênio atmosférico ou reciclareste nutriente, permitem a redução das adubações.No trabalho de Kanthack et al. (1991), não houvediferença entre as doses de zero, 40, 80 e 120 kgha-1 de N na produção de milho em sucessão atremoço. Pöttker & Roman (1994) observaram quemilho em sucessão a aveia-preta respondeu à adu-bação nitrogenada até a dose de 200 kg ha-1 e, emsucessão a ervilhaca, não houve diferenças entreas doses de 50, 100 e 200 kg ha-1. Amado &Mielniczuk (2000) obtiveram o máximo rendimen-to de milho semeado após aveia, com 209 kg ha-1

de nitrogênio, enquanto após ervilhaca o rendimen-to máximo se deu com 170 kg ha-1.

grain yield with N rates of 205 kg ha-1. After oilseed radish there is also a good responseto nitrogen fertilization, however a lower rate could be used in order to get the maximumgrain yield (175 kg ha-1). Corn grown after hairy vetch under no-tillage has no responseto nitrogen fertilization, though yield is higher than black oat/corn and oilseed radish/corn crop sequences, when nitrogen fertilization is not used.

Key words: crop sequences, nitrogen, cover crop.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar oefeito da cultura antecessora associada com do-ses de nitrogênio na cultura de milho, conduzidaem plantio direto estabilizado, no município deDourados/MS.

Material e Métodos

O trabalho foi realizado no Núcleo Ex-perimental de Ciências Agrárias da Universida-

de Federal de Mato Grosso do Sul, no municípiode Dourados, situado a 22° 14’ de latitude sul e54º 49’ de longitude oeste e altitude de 452metros, no ano agrícola de 2001/02, em umLatossolo Vermelho distroférrico, originalmentesob vegetação de cerrado. A caracterização quí-mica encontra-se n Tabela 1.

O delineamento experimental foi em blo-cos casualizados, com os tratamentos arranjados

TABELA 1. Valores médios da análise química do solo nas parcelas da área experimental, realizada antes dasemeadura do milho. Dourados, MS, 2001/02.

em esquema de parcela subdividida, com seisrepetições. As parcelas foram constituídas pelasculturas antecessoras ao milho: aveia preta (Avenastrigosa Schreb.); ervilhaca peluda (Vicia villosaRoth.) e nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var.oleiferus Metzg.) e as subparcelas, por seis do-ses de nitrogênio em cobertura (zero, 50, 100,150, 200 e 250 kg ha-1). Cada subparcela foi for-mada por quatro linhas de milho, espaçadas 0,9m entre linhas e com cinco m de comprimento,sendo que a área útil foi composta das duas li-

nhas centrais descontando-se 0,5 m em cada ex-tremidade.

O sistema utilizado foi o plantio direto,estando com cinco anos de implantação na datadeste ensaio. A rotação de culturas utilizadas foisoja-milho no verão e, no inverno, diversas cul-turas de cobertura. A semeadura do híbrido sim-ples DKB-350 foi realizada no dia 15 de setem-bro de 2001, utilizando-se uma semeadora-adubadora equipada para plantio direto. A densi-dade de semeadura foi de cinco plantas por metro

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linear e foram utilizados 300 kg ha-1 da fórmula02-20-20 como adubação de base. No dia 5 denovembro de 2001, quando as plantas de milhoapresentavam seis folhas completamente desen-volvidas, realizou-se a adubação de cobertura,utilizando-se uréia como fonte de nitrogênio(45% de N), que foi colocada próximo à linha desemeadura e na superfície do solo.

A altura da planta, medida do solo até ainserção da folha bandeira, e o diâmetro do col-mo, medido no terceiro nó a partir do solo, fo-ram tomados na fase de grão duro, a partir damédia de cinco plantas por subparcela. As amos-tras de folhas para a avaliação do teor de nitrogê-nio foram feitas na fase de florescimento femini-no, coletando-se a primeira folha oposta abaixoda espiga de cinco plantas. No caso do teor de Nnos grãos, a coleta foi feita após a debulha dosgrãos. Os teores de N foram avaliados pelo mé-todo semi-micro Kjeldahl, citado por Malavoltaet al. (1997). O diâmetro e o comprimento dasespigas foram medidos após a colheita em cincoespigas sem palha, coletas ao acaso, em cadasubparcela. O número de grãos por espiga foiestimado pela multiplicação entre o número defileiras e o número de grãos na fileira, realizadoem cinco espigas por subparcela. A massa de 100

grãos foi determinada após a debulha das espi-gas, em balança de precisão de três casas deci-mais e o resultado, corrigido para 13% de umi-dade. A produtividade de grãos foi determinadaapós a debulha das espigas, dentro da área útil dacada tratamento, e corrigida para 13% de umida-de, com os valores expressos em kg ha-1.

Resultados e Discussão

A análise de variância para altura de plan-ta foi significativa (P < 0,05) para a culturaantecessora, dose de nitrogênio e para a interaçãocultura antecessora - dose de nitrogênio (Tabela2). O modelo de regressão que melhor se ajustouaos dados de altura de planta foi o raiz quadrada,quando a cultura antecessora foi aveia preta enabo forrageiro, porém nenhum modelo testadose ajustou aos dados quando a cultura antecessorafoi ervilhaca peluda (Figura 1). Para a sucessãoaveia preta/milho, a altura máxima de planta,calculada pela derivada da equação, foi de 1,82m, obtida com a aplicação de 200 kg ha-1 de ni-trogênio. O milho semeado após o nabo forrageironão atingiu um ponto de máximo dentro das do-ses de N utilizadas, sendo que a altura obtida nadose de 250 kg ha-1 foi de 1,86 m.

TABELA 2. Resumo das análises de variância para as características agronômicas e produtividade, em fun-ção da cultura antecessora e dose de nitrogênio. Dourados, MS, 2001/02.

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Comparando-se as culturas antecessorasdentro das doses de nitrogênio, observou-se quea maior altura de planta foi obtida quando o mi-lho foi semeado após a ervilhaca peluda e a me-nor, após aveia preta. O menor desenvolvimentoda planta de milho semeado sobre aveia preta sedeve, provavelmente, à imobilização de nitrogê-nio pelos microorganismos do solo, já que a aveiapreta tem relação C/N maior que 25.

Quando a cultura antecessora foi o naboforrageiro, possivelmente não houve imobiliza-ção de nitrogênio, pois os resíduos desta plantatêm relação C/N menor que 25. Dessa maneira,o desenvolvimento da planta de milho foi maiordo que quanto sobre aveia preta, porém tambémse observou resposta da altura de planta à aplica-ção de nitrogênio, revelando que o nitrogêniofornecido pela cultura de cobertura não foi sufi-ciente.

Quando a cultura antecessora foi aervilhaca peluda, além de seus resíduos possuí-rem relação C/N abaixo de 25, esta leguminosaadiciona nitrogênio ao solo através da fixaçãosimbiótica. Portanto, os teores de nitrogêniodo solo devem ter sido suficiente para o me-

lhor desenvolvimento da planta. Torbert et al.(1996), obtiveram maiores respostas à aduba-ção nitrogenada no acumulo de biomassa demilho quando esse foi cultivado após centeioe menor resposta quando cultivado após tre-vo.

A altura da planta é um parâmetro quedetermina o grau de desenvolvimento da culturae teve correlação positiva (0,50) com a produti-vidade, podendo-se inferir que, para o mesmohíbrido, plantas maiores tendem a ser mais pro-dutivas, provavelmente porque sofrem menosestresse durante o seu desenvolvimento e acu-mulam maiores quantidades de reservas no col-mo (Tabela 3).

A análise de variância do teor de nitrogê-nio foliar foi significativa (P < 0,05) para a cul-tura antecessora, doses de N e para a respectivainteração (Tabela 2). Na análise de regressão, omodelo quadrático foi o que melhor se ajustouaos dados. Os teores de N nas folhas de milhoaumentaram com o aumento da dose de aduba-ção nitrogenada, nas três sucessões de cultura. Oteor máximo de nitrogênio acumulado nas folhasde milho, calculado pela derivada da equação,

FIGURA 1. Altura de planta (m) de milho em função de dose de nitrogênio e da cultura antecessora. Doura-dos, 2004. (* p < 0,05 e p < 0,10)

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foi de 29,4 mg g-1 na sucessão aveia preta/milho,29,9 mg g-1 para ervilhaca peluda/milho e 30,6mg g-1 para nabo forrageiro/milho, obtido nasdoses de 220, 170 e 205 kg ha-1 respectivamente(Figura 2).

Na sucessão ervilhaca peluda/milho ocor-reu a absorção máxima com uma menor dose de

nitrogênio, provavelmente devido ao nitrogênioincorporado ao solo por esta leguminosa.Demétrio et al. (1998) observaram que adição deN ao solo, através da incorporação de feijão deporco, proporcionou ao milho uma absorção foliarde N equivalente a 560 kg ha-1 de adubaçãonitrogenada.

FIGURA 2. Nitrogênio na folha (mg g-1) em função da cultura antecessora e dose de N. Dourados, 2004.(* p < 0,05 e ** p < 0,01)

Quando a cultura antecessora foi aveiapreta, foram necessários 128 kg ha-1 de N paraacumular a mesma quantidade de nitrogênio nasfolhas do que quando a cultura antecessora foi onabo forrageiro e não se utilizou nitrogênio (Fi-gura 2), devido, possivelmente, à imobilizaçãodo N durante a decomposição da palha. O milhosemeado após o nabo forrageiro apresentou mai-ores teores foliares de N em relação às demaisculturas antecessoras, porém não houve diferen-ças significativas nas doses acima de 150 kg ha-1

Os maiores teores de N foliar proporcio-nados pela sucessão nabo forrageiro/milho emcomparação com ervilhaca peluda/milho, podeser devido à menor relação C/N do naboforrageiro, como citado por Sá (1993). Com re-lação C/N menor, os resíduos de nabo forrageirose decompõem mais rapidamente do que os resí-

duos de ervilhaca peluda, disponibilizando nitro-gênio mais rapidamente. No trabalho de Ohland(2002), por outro lado, o mesmo híbrido apre-sentou os maiores teores de N nas folhas quandoa cultura antecessora foi ervilhaca peluda, emcomparação com o nabo forrageiro.

Coelho & França (1995) consideramcomo teores adequados de nitrogênio na análisefoliar 27,5 a 32,5 mg g-1. Quando a culturaantecessora foi o nabo forrageiro, em todas asdoses, os teores se mostraram dentro dessa faixae, nas demais culturas antecessoras, ocorreu nasdoses acima de 100 kg ha-1 de N.

O teor de nitrogênio na folha teve umaboa correlação (0,56) com a produtividade degrãos, mostrando que plantas bem supridas destenutriente provavelmente serão mais produtivas.Observou-se, também uma boa correlação (0,65)

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entre o teor de N foliar com o teor de N nos grãosde milho (Tabela 3). Ferreira et al. (2001) eTorbert et al. (2001) também encontraram corre-lação entre teor de nitrogênio foliar e produtivi-dade.

A análise de variância para teor de nitro-gênio nos grãos foi significativa (P < 0,05) paradose de nitrogênio e para cultura antecessora (Ta-bela 2). O teor de nitrogênio nos grãos é muitoimportante, pois reflete a quantidade de proteí-na. Fernandes et al. (1999), relataram que 70%do nitrogênio da planta de milho está contido nos

grãos e assim é exportado; portanto, maiores pro-dutividades exigem quantidades adequadas de N.

A análise de regressão mostrou que omodelo quadrático foi o que se ajustou aos da-dos de N nos grãos, com um coeficiente de de-terminação de 96,9. Com o aumento da dose deN, os teores de nitrogênio nos grãos aumenta-ram; no entanto, esse modelo não mostrou pontode máximo dentro do intervalo estudado, sendoque, na dose de 250, o teor de N nos grãos foi de16,4 mg g-1, o que representa 33% de aumentoem relação à dose zero (Figura 3).

Marques et al. (2000) encontraram, paraas doses de N aplicadas, aumento de até 40% naproteína dos grãos e Araújo et al. (1999) obser-varam que o teor de N nos grãos aumentou line-armente com a adubação nitrogenada.

Entre as culturas antecessoras ao milho,a aveia preta proporcionou acúmulo de 13,7 mgg-1 de N nos grãos, enquanto nabo forrageiro eervilhaca peluda não diferiram estatisticamenteentre si, tendo valores de 15,2 e 15,6 mg g-1, res-pectivamente (Figura 4). Provavelmente, as cul-turas antecessoras que proporcionaram maioracúmulo de N nos grãos forneceram maioresquantidades de N através da decomposição de

FIGURA 3. Nitrogênio nos grãos (mg g-1) em função da dose de nitrogênio. Dourados, 2004. ( p < 0,10)

seus resíduos. Ohland (2002), utilizando comocultura antecessora o nabo forrageiro e ervilhacapeluda, encontrou diferença significativa entreessas espécies no acúmulo de nitrogênio nosgrãos, sendo que a sucessão ervilhaca peluda/milho acumulou, em média, 16,3 mg g-1 e a su-cessão nabo forrageiro/milho, 14,9 mg g-1.

O número de grãos por espiga foi signifi-cativo (P < 0,05) para a cultura antecessora, dosede nitrogênio e para a interação (Tabela 2). Omodelo quadrático foi o que melhor se ajustouaos dados, com a máxima resposta, obtida peladerivada da equação, de 496 grãos por espiga, nadose de 230 kg ha-1 de N. Quando a cultura

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antecessora foi ervilhaca peluda e nabo forrageiro,não houve resposta da adubação nitrogenada e

de grãos por espiga podem ocorrer em situaçõesde deficiência de nitrogênio mais severa, princi-palmente quando a cultura antecessora é umagramínea associada a baixa adubaçãonitrogenada.

Bortolini et al. (2001), citam que o nú-mero de grãos por espiga é a característica quemais se associa ao rendimento de grãos de mi-

FIGURA 4. Teores de nitrogênio nos grãos em função das culturas antecessoras. (Médias seguidas pelamesma letra não diferem entre si pelo teste Duncan a 5%)

as médias foram 451 e 467 grãos por espiga, res-pectivamente (Figura 5).

Apesar das diferenças entre as culturasantecessoras, a comparação dentro de cada dosede nitrogênio mostrou que, entre as sucessõeservilhaca peluda/milho e nabo forrageiro/milho,não houve diferença significativa em nenhumadas doses estudadas, sendo que a sucessão aveiapreta/milho não diferiu destas a partir da dose de100 kg ha-1 de N. Portanto, diferenças no número

FIGURA 5. Número de grãos por espiga em função de dose de nitrogênio. Dourados, 2004. (* p < 0,05).

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lho. Este relacionamento pode ser confirmado pelaalta correlação (0,73) entre número de grãos porespiga e produtividade obtida neste experimento.

A análise de variância para o comprimen-to de espiga foi significativa (P < 0,05) para dosede nitrogênio e para a interação culturaantecessora – dose de nitrogênio (Tabela 2). Omodelo quadrático foi o que melhor se ajustouaos dados de comprimento de espiga na suces-

são aveia preta/milho, com comprimento máxi-mo obtido pela derivada da equação, de 18,35cm obtido na dose de 200 kg ha-1 de N. Para asucessão ervilhaca peluda/milho e naboforrageiro/milho, não houve respostas à dose denitrogênio (Figura 6). Mendonça et al. (1999)também observaram aumentos no comprimentoda espiga com maiores doses de nitrogênio, emum sistema sem utilização de leguminosas.

FIGURA 6. Comprimento de espiga (cm) em função da cultura antecessora e dose de nitrogênio. Dourados,2004. (* p < 0,05).

Em situações de deficiência de nitrogê-nio, assim como o número de grãos por espiga, ocomprimento da espiga é reduzido. Essa reduçãono comprimento da espiga pode comprometer aprodutividade, pois é uma característica que teveuma correlação de 0,61 com o rendimento degrãos.

A análise de variância para a massa de100 grãos foi significativa (P < 0,05) para dosede nitrogênio e para a interação cultura - dosesde nitrogênio (Tabela 2). Pela análise de regres-são, o modelo linear foi o que se ajustou aos da-dos na sucessão ervilhaca peluda/milho e naboforrageiro/milho, sendo que os maior valores,obtidos na dose de 250 kg ha-1, foram 37,4 e 35,8g

respectivamente. Para a sucessão aveia preta/mi-lho, o modelo quadrático foi o que melhor se ajus-tou aos dados, atingindo o valor máximo, peladerivada da equação, da massa de 100 grãos (36,6g), na dose de 215 kg ha-1 de N (Figura 7).

Mendonça et al. (1999), trabalhandocom adubação nitrogenada e irrigação, encon-traram aumentos da massa de 100 de grãos como aumento das doses de nitrogênio, sendo que omaior valor (27,9 g) foi obtido com a aplicaçãode 320 kg ha-1 de N. Casagrande & FornasieriFilho (2002), trabalhando com dois híbridos eadubação nitrogenada, encontraram diferençassomente entre os híbridos, com valores de 22,9e 29,6 g, para os híbridos C444 e C333B, res-

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pectivamente. Ohland (2002), utilizando híbri-do DKB 350 sobre ervilhaca peluda e nabo

forrageiro, encontrou valores de 35,3 e 33,2 g,respectivamente.

A massa de 100 grãos é um parâmetromuito importante, pois, a partir de um mesmonúmero de óvulos fecundados, pode-se obtermaior produtividade apenas com o aumento dasreservas acumuladas nos grãos. Neste estudo,houve boa correlação (0,66) entre massa de 100grãos e produtividade, concordando com os re-sultados de Pereira et al. (1999), em que este com-ponente de produção foi o que mais se correlacio-nou com a produtividade (Tabela 3).

A análise de variância para produtivida-de foi significativa (P < 0,05) para a dose denitrogênio e para a interação cultura antecessora- dose de nitrogênio (Tabela 2). Na sucessãoervilhaca peluda/milho, nenhum dos modelosavaliados na análise de regressão se ajustou aosdados, mostrando que não houve resposta daprodutividade em função da adubaçãonitrogenada. Deve-se ressaltar, no entanto, que,mesmo na dose zero de N, a produtividade foi

FIGURA 7. Massa de cem grãos (g) em função de dose de nitrogênio. Dourados, 2004. (* p < 0,05 e** p < 0,01).

TABELA 3. Correlações simples entre as características avaliadas. Dourados, MS, 2001/02.

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de 7.660 kg ha-1, enquanto, na sucessão naboforrageiro/milho e aveia preta/milho, as produ-

tividades na dose zero foram 5.092 e 7.067 kgha-1 (Figura 8).

FIGURA 8. Produtividade de milho em função das doses de nitrogênio, Dourados, 2004. (* p < 0,05 e ** p < 0,01).

A melhor produtividade na ausência deN ocorreu quando a cultura antecessora foiervilhaca peluda, provavelmente devido ao ni-trogênio incorporado ao solo pelo processo defixação simbiótica, que é realizada por estaleguminosa. Kanthack et al., (1991), utilizandomilho sobre tremoço, também não encontraramrespostas à adubação com N. Spagnollo et al.(2001) relatam que o uso de leguminosas pro-moveu respostas ao nitrogênio de menor magni-tude, em comparação com o uso de gramíneas.

Para a sucessão aveia preta/milho, a pro-dutividade máxima, calculada pela derivada daequação, foi de 8.280 kg ha-1, obtido com a apli-cação de 205 kg ha-1 de N e quando o milho foisemeado após nabo forrageiro, a produtividadeteve valor máximo de 8.020 kg ha-1 obtida na dosede 175 kg ha-1 de N.

O nabo forrageiro é uma cultura muitoeficiente na reciclagem de nutrientes e por ter umarelação C/N baixa, decompõe-se rapidamente,fornecendo estes nutrientes para as culturas sub-seqüentes. Vyn et al. (2000) relatam que resídu-

os de nabo forrageiro proporcionam melhoresresultados em milho que resíduos de aveia e cen-teio, quando não se utiliza adubação nitrogenada.

Por outro lado, quando se comparam asespécies dentro de cada dose de nitrogênio, ob-serva-se que as diferenças são significativas ape-nas nas doses zero e 50 kg ha-1. Aita et al. (2001),utilizando várias culturas antecessoras ao milho,observaram que as leguminosas proporcionammelhores produtividades quando os teores de Nsão baixos, porém quando se adicionam altasdoses do elemento, as produtividades são esta-tisticamente iguais.

Ohland (2002), trabalhando com o híbri-do DKB 350, não encontrou diferenças signifi-cativas entre as sucessões ervilhaca peluda/mi-lho e nabo forrageiro/milho, sendo que os valo-res médios foram 9.808 kg ha-1 e 9.446 kg ha-1 ,respectivamente.

Apesar das diferenças encontradas entreas culturas antecessoras em favor da ervilhacapeluda e nabo forrageiro, a produtividade do mi-lho cultivado sobre aveia preta e sem adubação

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nitrogenada não foi tão baixa (5.253 kg ha-1). Nasafra 2001/02, a mesma deste experimento, a pro-dutividade de milho de 1a safra no Mato Grossodo Sul foi de 5.300 kg ha-1 (IBGE, 2003).

A boa produtividade se deve às boas con-dições da área experimental, que, na época, esta-va com cinco anos sob plantio direto, tempo emque o sistema já começa a se estabilizar. Segun-do Kurihara et al. (1998), em sistema de plantiodireto após quatro anos, observa-se acúmulo denutrientes nas camadas superficiais do solo, prin-cipalmente nos primeiros cinco centímetros. Asplantas, ao absorverem os nutrientes e translocá-los para a parte aérea, fazem com que se acumu-lem na superfície; o não revolvimento e a redu-ção das erosões hídrica e eólica também contri-buem para esse efeito.

Conclusões

A cultura antecessora tem efeito diferen-ciado sobre as características agronômicas demilho cultivado no sistema plantio direto.

Na ausência de adubação nitrogenada, asmaiores produtividades de milho são obtidasquando a cultura antecessora é ervilhaca peludaou nabo forrageiro e as menores, quando a cultu-ra antecessora é aveia preta.

O milho cultivado sobre ervilhaca pelu-da não apresenta respostas à adubaçãonitrogenada; sobre nabo forrageiro, apresenta res-postas até 50 kg ha-1 de N e, sobre aveia pretaapresenta respostas à adubação nitrogenada até adose de 150 kg ha-1.

A indicação da quantidade de adubonitrogenado a ser aplicado deve levar em conta acultura antecessora.

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