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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 9 de abril de 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 3
Daee prevê apresentar relatório de segurança da barragem de Pedreira até fim de abril ....................................... 3
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5
Sobre lebres e sardinhas ................................................................................................................ 5
Sede Administrativa da Pirelli para AL será aqui ................................................................................ 7
Requerimento pede permanência de Unidade Regional do Meio Ambiente em Botucatu .......................... 8
Moradores mostram 'um sonho bem sonhado para a EcoVila Amélia', na ZN. ........................................ 9
Governo do Estado apresenta concessão do Zoológico e do Jardim Botânico ....................................... 11
Projeto Plantando Água já recuperou 8,29 hectares de APPs com o plantio de mudas .......................... 12
Polícia investiga mortes de 2 funcionários após explosão em empresa de Sumaré; veja imagens .......... 13
Justiça obriga paridade entre representantes dos governos e da sociedade civil no Comitê PCJ ............. 14
Ministério Público deve acionar a Ultracargo por incêndio na Alemoa em 2015 .................................... 16
Sabesp investe R$258 mi na rede de esgoto de Osasco em sete anos ................................................ 17
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 18
Autorizado aumento da conta de luz .............................................................................................. 18
Moradores da Vila Itaim há meses com as casas debaixo d'água ....................................................... 19
Flagrante de descarte irregular na zona leste .................................................................................. 20
Reforma da Previdência livra o Brasil do atraso ............................................................................... 21
Anvisa planeja 'faxina' em lista de ingredientes ativos de agrotóxicos ................................................ 23
Após denúncia, Comissão do Senado vai à Justiça contra leilão de petróleo ao lado de Abrolhos ............ 25
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 26
Ouvir a voz das ruas, o conselho a Lemann .................................................................................... 26
Bancos privados dão crédito de R$ 22 bi para privatização ............................................................... 28
Maia exige lei para leilão da cessão onerosa ................................................................................... 29
Maia e Guedes divergem sobre cessão onerosa e assinatura pode atrasar .......................................... 30
Cem dias, momento de reflexão e inflexão ..................................................................................... 31
Corrupção ocupa espaço nos diagnósticos do FMI ............................................................................ 33
A mão visível da natureza ............................................................................................................ 34
Queiroz Galvão divide recuperação da área de energia ..................................................................... 36
CCR diz depender de depoimentos de ex-executivos ........................................................................ 37
Conflito na Líbia leva barril do Brent a US$ 71 ................................................................................ 39
Fundos estrangeiros vendem ações da Vale após desastre em MG ..................................................... 40
Infraestrutura é alvo prioritário em atuação de agências .................................................................. 42
O incentivo ao reaproveitamento de rejeitos ................................................................................... 43
Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ENTREVISTAS Data: 08/04/2019
Veículo: G1 Campinas e região
Daee prevê apresentar relatório de segurança da barragem de Pedreira até fim de abril
Diretor-técnico do Daee, Genivaldo
Maximiliano de Aguiar, participou de encontro
promovido pela Câmara de Campinas nesta
segunda-feira.
Por Luciano Calafiori
O Departamento de Água e Energia
Elétrica (Daee) apresenta até o final de abril
o plano preliminar de segurança e emergência
da Barragem de Pedreira (SP), que está sendo
construída para auxiliar no abastecimento de
cidades do entorno de Campinas (SP).
A informação é do diretor-técnico do Daee,
Genivaldo Maximiliano de Aguiar, que
representou o órgão estadual em um
seminário sobre a barragem na cidade e a de
Duas Pontes, em Amparo (SP). O encontro
ocorreu na Câmara de Vereadores de
Campinas, nesta segunda-feira (8).
De acordo com o diretor técnico, o relatório é
preliminar porque o final só será feito após a
construção do reservatório.
“O plano de segurança tem quatro partes:
Você estuda o projeto, a geografia onde ele
está, e estuda como será feito. E, por último,
o plano de ação emergencial”, explica.
Ainda segundo Maximiliano de Aguiar, caso o
projeto de construção do reservatório passe
por alguma mudança, o plano de ação de
segurança e emergência será mudado. A
construção da barragem vem sendo
questionada pela Prefeitura e pelos moradores
por causa das questões de segurança,
principalmente após o acidente em
Brumadinho, em Minas Gerais. A barragem
está localizada a dois quilômetros e meio do
centro de Pedreira e ainda vai afetar
Campinas.
Sobre a segurança, o diretor do Daee aponta
que todos os cuidados estão sendo tomados.
Durante a fala dele na Câmara, moradores da
cidade questionaram a segurança da
construção. Eles até levaram uma faixa
pedindo que ela não fosse construída. Sobre
os questionamentos, o diretor se explicou.
“Vou fazer uma analogia mais prática para a
sociedade. Imagina que você vai comprar um
apartamento novo. Junto com a chave, te
entregam o manual do proprietário. O que é o
manual do proprietário? É que pintura foi feita,
onde está à tubulação de água, de esgoto, de
elétrica, e que período você deve realizar cada
manutenção. Não tem como você pegar o
manual do proprietário sem tá construído o
apartamento”, disse ele.
Pedreira vai ajudar Campinas?
Durante o seminário na Câmara de Campinas,
o ex-presidente da Agência Nacional de Águas
(Ana), Vicente Andreu, disse que o
reservatório de Pedreira não vai auxiliar no
abastecimento de Campinas, e ainda pode
influenciar no valor da tarifa de água da
cidade. Por outro lado, o diretor-técnico do
Daee diz que todos os municípios onde há
captação do Rio Atibaia serão beneficiados.
Para ele, seria melhor apostar em mudanças
nas regras de operação do Sistema
Cantareira, do que em soluções pontuais,
como a construção de barragens.
“Hoje no Sistema Cantareira tem 10 metros
cúbicos de águas sobrando para São Paulo. E
eles ainda querem tirar 550 litros do Rio
Atibaia antes de Campinas. Para que você
precisa de uma barragem abaixo de Campinas
para compensar uma parte da água que você
está tirando do próprio rio? Basta você
aumentar a vazão no Atibaia para Campo
Limpo”, disse o ex-presidente da Ana.
Segundo Aguiar, o órgão fez estudos de
viabilidade da barragem e, caso seja
necessário, algumas mudanças serão feitas.
Amparo
As obras da construção da barragem de
Pedreira estão em andamento. O prefeito de
cidade, Hamilton Bernardes Junior, tenta
embargá-la na Justiça para mais discussões.
Ele questionou o diretor do Daee sobre o
motivo das obras em Amparo não terem
começado ainda, só em Pedreira.
De acordo com Aguiar, no momento, as
condições de qualidade da água do Rio
Data: 09/04/2019
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Camanducaia não permitem a construção do
reservatório.
“Na condição de água atual, uma vez colocada
a represa, ele -reservatório- tem um perigo de
formação de algas e cianobactérias”, finalizou.
https://g1.globo.com/sp/campinas-
regiao/noticia/2019/04/08/daee-preve-
apresentar-relatorio-de-seguranca-da-
barragem-de-pedreira-ate-fim-de-abril.ghtml
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Data: 09/04/2019
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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Valor Econômico
Data: 09/04/2019
Sobre lebres e sardinhas Por Daniela Chiaretti
Como se divide a conta do clima entre os
países? Como se reparte o espaço que resta
na atmosfera para emissões de gases-estufa
de modo que os impactos do aquecimento
global não sejam tão desastrosos? Como se
estabelecem critérios justos para que nações
em desenvolvimento possam crescer sem
comprometer a vida na Terra? Esta equação
incômoda ronda as negociações climáticas há
anos. Trata-se de compartilhar o orçamento
de carbono na atmosfera para que o
aquecimento da temperatura não ultrapasse
2°C até 2100 - para ficar em 1,5° C os
cálculos são muito mais drásticos. Existem
várias contas feitas por pesquisadores de
diferentes lugares com diversos critérios. O
único ponto em comum é que governo algum gosta de falar neste assunto.
Governos mencionam datas e objetivos para
reduzir suas emissões, mas não o caminho
para alcançar o compromisso. Fala-se em
"descarbonizar a economia até 2050", por
exemplo, mas a trilha até lá é indefinida. Uma
aposta é imaginar que novas tecnologias irão
surgir e resolver o problema do carbono -
costuma ser o jeito de pensar dos Estados
Unidos. Outra forma é estimular produção e
consumo sustentáveis, ou consumir menos -
estratégia que tem mais eco entre europeus.
Outra via é entender o que dizem os
cientistas: limitar o aquecimento em 2°C
significa que os países podem emitir, juntos,
cerca de mil gigatoneladas de CO2 até 2100, a
começar em 2014. Estourar a barreira causará
impactos maiores e piores. Então, é preciso
definir quem pode emitir e quanto. É aí que acaba a ciência e começa a política.
"É como se todos os condôminos de um prédio
tivessem que dividir o volume da caixa d'água
durante uma crise hídrica", explica o
pesquisador Oswaldo Lucon. Ele introduziu o
assunto em três páginas do "Global
Environment Outlook", o GEO 6, a mais
completa radiografia sobre o estado do
ambiente global, desenvolvida pela ONU Meio
Ambiente durante os últimos cinco anos. O
relatório foi lançado no mês passado durante
reunião em Nairóbi, no Quênia.
Mudar de status na OMC pode repercutir
em fóruns climáticos
Na divisão dessa conta, cada um puxa a
sardinha para o seu lado, mesmo que ninguém
goste do peixe. Chineses, por óbvio, preferem
o critério que divide as emissões per capita. O
Brasil sempre defendeu a responsabilidade
histórica, lembrando que quem causou o
problema foram os países ricos em seu
processo de industrialização e, portanto, têm
de fazer cortes maiores nas emissões e pagar
para que os outros também se desenvolvam.
Os indianos pensam até nos direitos de quem
ainda não nasceu e querem garantir que eles
possam emitir o mesmo tanto que os
americanos emitem hoje. As reivindicações
são legítimas, mas não há Terra que aguente
tal pressão nos recursos naturais sem aquecer a níveis que coloquem tudo a perder.
Voltando ao exemplo da caixa d'água, os
americanos se justificam dizendo "devo, não
nego, mas não tenho como pagar. Não dá
para mudar a matriz de produção e consumo
de uma hora para a outra. Não podemos parar
de tomar banho", segue Lucon, assessor da
Secretaria de Meio Ambiente do Estado de
São Paulo, professor colaborador da
Universidade de São Paulo e membro do IPCC,
o painel da ONU que reúne cientistas climáticos.
Os europeus, a bem dizer, já dividem sua
conta domesticamente - têm meta climática
única e compartilham esforços entre si -, mas
não querem ficar neste jogo sozinhos. No
Brasil, técnicos do governo costumam dizer
que o debate em torno ao orçamento de
carbono é colonialista. Argumentam que os
países ricos usaram toda a capacidade
atmosférica e agora que a coisa complicou querem restringir os outros.
Os países já reconheceram formalmente as
cerca de mil gigatoneladas de CO2 ao aprovar
o último relatório do IPCC, em 2014. "Agora
precisam reconhecer que isso deve ser
repartido. Quanto cabe a cada um é uma
etapa seguinte, tão complexa cientificamente
quanto na mesa de negociação", diz Lucon. "É
algo difícil, mas necessário. Ou a janela de
oportunidade para manter o limite dos 2°C
estará perdida."
Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
As três páginas incluídas no GEO 6 introduzem
a discussão pela primeira vez em um
documento de prestígio internacional. Uma
das ideias expressas ali é a da "convergência".
Todos os cidadãos do planeta emitiriam a
mesma quantidade de gases-estufa em 2035 -
os de países ricos teriam que emitir bem
menos que hoje, e os dos em desenvolvimento
emitiriam mais do que os níveis atuais. Daí em
diante as emissões totais convergeriam até
chegar a zero em 2070. O exemplo escolhido
por Lucon é apenas um ponto de partida para
a discussão. Não está escrito em pedra. "É só
para reconhecer que o jeito que estamos
consumindo e produzindo hoje é insustentável. Vamos ter que resolver."
Este debate se torna particularmente
importante para os interesses brasileiros
agora. São ainda indefinidos os
desdobramentos da decisão do governo de Jair
Bolsonaro de fazer com que o Brasil mude de
status de país em desenvolvimento na
Organização Mundial do Comércio. Em março,
nos EUA, o governo conseguiu o apoio de
Donald Trump para que o Brasil integre a
Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico, a OCDE. Mas,
para entrar no clube dos ricos, terá que abrir
mão do tratamento diferenciado na OMC.
Se este conceito transbordar para as rodadas
climáticas, posições históricas defendidas
pelos diplomatas do Itamaraty poderão ser
questionadas. O Brasil é líder tradicional no
grupo dos países em desenvolvimento, o
chamado G-77 - terá que abandonar esta
turma? Os negociadores brasileiros batem
forte para que os recursos financeiros que vão
pavimentar a transição das economias ao
baixo carbono fluam dos países ricos aos mais
pobres. O que acontece diante desta nova
composição, se o Brasil entrar na OCDE?
Como ficará o país se for identificado como de
maior renda e passar a receber menos
empréstimos do Banco Mundial? Os
compromissos climáticos dos ricos para os
pobres - US$ 100 bilhões ao ano a partir de
2020 - deixarão de beneficiar o Brasil? Os
recursos do Fundo Verde do Clima vão passar
ao longe? Não há respostas ainda para estas
questões, mas é bom saber que vão levantar a lebre.
Daniela Chiaretti é repórter especial
E-mail: [email protected]
https://www.valor.com.br/brasil/6203401/sob
re-lebres-e-sardinhas
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Correio Popular
Data: 09/04/2019
Sede Administrativa da Pirelli para AL será aqui
A Pirelli vai investir R$ 400 milhões para
ampliar a fábrica no Jardim Satélite Iris e
instalar em Campinas a sede administrativa
para a América Latina. A construção do novo
espaço corporativo está em fase de análise na
Prefeitura, e a Secretaria do Verde já emitiu o
parecer técnico ambiental (PTA) e exame
técnico municipal (ETM), necessários ao
licenciamento ambiental da obra, que é de
competência da Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo.
Segundo o prefeito Jonas Donizette (PSB), a
ampliação da fábrica é importante pelo
investimento financeiro que gerará empregos
durante a obra e postos de trabalho após a
transferência da sede latino-americana. "Ao
contrário de outras empresas que deixaram
Campinas ou reduziram sua participação, a
chegada de investimento deve ser
comemorada especialmente no momento
difícil que o país vive" , afirmou.
Jonas disse que assim como fez com outras
empresas instaladas na cidade, esteve na
Pirelli para visitar a produção, quando ela
iniciou a fabricação do chamado pneu verde,
para uma aproximação da Administração e
avaliar o que poderia ser feito para ampliar
investimentos e postos de trabalho. "Fiz isso
com as empresas estabelecidas aqui, que são
grandes geradoras de emprego" , disse.
A ampliação ocorrerá em área reabilitada. Ela
consta do relatório de áreas contaminadas da
Cetesb como tendo realizado todas as etapas
de gerenciamento de remediação da
contaminação do solo por TPH — total de
hidrocarbonetos de petróleo. A remediação foi
feita com a remoção do solo superficial.
A fábrica de Campinas é a maior da Pirelli no
mundo na produção de pneus para carros de
passeio e utilitários esportivos. Sua
capacidade supera 10 milhões de unidades por
ano. A fábrica, construída na década de 50,
emprega mais de 2,1 mil pessoas.
Um grande investimento, de cerca de R$ 500
milhões, foi feito há quatro anos na
modernização e ampliação da fábrica de
Campinas para substituição de máquinas e
expansão da capacidade produtiva dos
chamados "pneus verdes" , cuja tecnologia
reduz a resistência da borracha ao rolamento,
permitindo economia no consumo de
combustível.
Novos compostos, como a sílica, passaram a
ser usados porque permitem que o pneu
trabalhe com temperaturas mais baixas e
sofra menos deformação ao tocar o solo.
Isso faz com que o consumo de combustível
caia cerca de 6%, segundo estudos da Pirelli.
É o suficiente para, na vida útil do pneu
(estimada em 60 mil quilômetros), economizar
3,6 pneus.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=20784936&e=577
http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=00812955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF5020000009B70A4D38D0E529D0BF801663AC31B14BAE69B331E3D71622D042098CAD7226B9930C7F7DD9F4E22EC75C153F179842BFEFC68E29E798733231D9B02923FA4DCE30292D8C017FFD541DAFB023C4E6C8290A69BF4A
ABFD27AFD348B9F26ADA6CBFF4AF86D32DCE63E059909DF07CD3C99
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Alpha Notícias
Data: 09/04/2019
Requerimento pede permanência de Unidade Regional do Meio Ambiente
em Botucatu
Vereador aponta que a unidade atende casos
de conciliação de multas de crimes contra o
Meio Ambiente, proteção à Área de Proteção
Permanente e atendimento aos criadores
preservacionistas de aves
Na sessão ordinária desta segunda-feira, dia
8, os vereadores da Câmara Municipal de
Botucatu aprovaram requerimento elaborado
pelo parlamentar Antônio Vaz de Almeida -
Cula (PSC) e encaminhado a várias
autoridades, solicitando a permanência da
Unidade Regional de Atendimento Técnico
(URAT), subordinado ao Núcleo Regional de
Programas e Projetos (NRPP) sediado em
Sorocaba e à Secretaria Estadual de Meio
Ambiente. O órgão do governo estadual
funciona no prédio do Poupatempo, no Jardim
Paraíso. Isso porque o governador João Doria
anunciou a desativação de todos as URATs
espalhados pelo interior paulista entre elas a
de Botucatu.
Em sua justificativa Cula aponta que a URAT
atende a mais de 20 municípios da região em
casos de conciliação de multas de crimes
contra o Meio Ambiente (caça, pesca,
desmatamento, incêndio, entre outros),
proteção a APP - Área de Proteção
Permanente (como preservação de nascentes
e matas nativas), preservação da fauna e flora
silvestre, atendimento aos criadores
preservacionistas de aves, entre outros. 'Além
disso, está instalado em Botucatu o único
Poupatempo Ambiental do Interior
Paulista, com um grande espaço físico e a
desativação da nossa URAT irá prejudicar
milhares de pessoas que, para realizar suas
demandas na área de Meio Ambiente, terão
que se deslocar até Sorocaba', aponta Cula.
Ele pede que o documento seja encaminhado
ao secretário estadual de Meio Ambiente,
Marcos Penido. 'Nosso objetivo é que seja
evidenciado esforços na esfera estadual para
que o governador mantenha a URAT em
Botucatu ou que aqui seja criado um Núcleo
Regional de Programas e Projetos (NRPP),
para funcionar no prédio do Poupatempo Ambiental', sugere o vereador do PSC.
Também o parlamentar solicita que a
propositura seja encaminhada ao governador
João Dória; ao deputado estadual Fernando
Cury; ao Secretário Municipal do Verde de
Botucatu, Márcio Piedade Vieira; ao prefeito de
Botucatu Mário Pardini; ao Núcleo Regional de
Programas e Projetos (NRPP), de Sorocaba; e
à diretoria da Unidade Regional de Atendimento Técnico (URAT) de Botucatu.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=20784937&e=577
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Portal Diário Zona Norte
Data: 08/04/2019
Moradores mostram 'um sonho bem sonhado para a EcoVila Amélia', na
ZN.
'Parece uma cidade do interior', o comentário
é de um dos 1,4 mil moradores das 360
residências em um espaço 120 mil metros
quadrados. Não é uma cidade do interior e sim
o primeiro bairro ecológico da cidade. É a
EcoVila Amélia com sua história nos mais de
140 anos, encravada no meio do Horto
Florestal, que tem o controle pelo Parque
Estadual Alberto Löefgren da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Acertos e desacertos
Por detrás do cotidiano destes moradores da
Vila Amélia, há uma briga na Justiça com o
governo de São Paulo, que reivindica o
espaço para o Horto Florestal. Mas, na
realidade, houve uma sobreposição de direitos
entre os documentos de terrenos de sítios
daquela época. Esse imbróglio continua por
anos. Mas já começa a haver um
reconhecimento com os moradores, que
possuem escrituras, as documentações
registradas e impostos pagos. Por outro lado,
através da Prefeitura de São Paulo veio uma
mudança na classificação de zonas da cidade.
Isto transformaria a Vila Amélia em Zona
Especial de Preservação (ZEP), utilizada
somente para parques estaduais e municipais.
E gerou várias reuniões e participações de
moradores para reivindicar a classificação em
Zona Mista Ambiental.
O desinteresse
E surgiu um caminho de salvação para a Vila
Amélia, torná-la a primeira ecovila como um
modelo piloto para outras áreas da cidade, no
estado e até no Brasil. E foi através de um
projeto da arquiteta e urbanista Evy Hannes,
apresentado em mestrado na Universidade de
São Paulo (USP), que abre oportunidades para
o futuro da ecovila e a salvação para a Vila
Amélia. E, com o convite formulado pela
presidente da Associação dos Moradores da
Vila Amélia-AMOVA, Rosana Rodrigues
Schiavolin, através do diretor da entidade
Roberto Ribeiro Lobo, neste sábado
(06/04/2019) aconteceu no Espaço Moriah
Buffet na Av. Parada Pinto, ao lado do Horto
Florestal, uma explanação da arquiteta com o
apoio do arquiteto Thiago Salvadeo sobre o
que se pode fazer com ideias de um projeto de
meio ambiente e paisagísmo para o local. Uma
boa vontade e um espaço do buffet muito bem
cuidado, com várias cadeiras dispostas a
receber muitos moradores, mas foi
demonstrado um desinteresse da maioria dos
moradores. Foi registrado o comparecimento
de apenas 25 pessoas preocupadas e
interessadas em colaborar para o bem de
todos. Releia aqui a recente reportagem sobre a EcoVilaAmélia, com mais detalhes do projeto
Imagens do sonho na ecovila
Por uma hora, em 20 fotos/desenhos em telas
do power point, a arquiteta Evy Hannes foi
exibindo as ideias e os planos de mudanças no
meio ambiente e serviços na EcoVila Amélia. É
claro que há necessidade de um planejamento
mais real com as medidas e proporções dentro
do espaço da ecovila. Os locais e as ruas
devem sofrer mais estudos e cálculos, que
dependem também de investimentos diretos
ou indiretos dos moradores e de empresas ou
instituições que podem investir no local.
Segundo a arquiteta, 'o maior desafio no
desenvolvimento do projeto foi encontrar um
modelo de ecobairro que se encaixasse no
modelo brasileiro, principalmente na Vila
Amélia'. Evy Hannes lembra que há muitos
ecobairros e ecovilas na Europa -
principalmente na Alemanha - mas lá há mais
recursos e muita consciência ecológica. 'É
triste ver que pouca gente tem esse
conhecimento aqui no Brasil e há ainda uma
grande dificuldade para captar o interesse de
empresas', finalizou. Veja todas as telas que foram exibidas no álbum anexo, logo abaixo
Mais educação ambiental
No final, a arquiteta Evy Hannes, mais à
vontade e descontraidamente com as pernas
sobrepostas em uma cadeira, conversou com
os moradores presentes. Foram colocados
alguns problemas e a falta de colaboração de
moradores, que vai precisar de meios para
instruir as pessoas a um bem comum. E a
AMOVA vai desenvolver alguns meios de
educação ambiental e de esclarecimentos.
Serão instalados serviços que prestigiem o
meio ambiente na EcoVila Amélia, como
ecoponto, bituqueiras para cigarros,
armazenamento ecológico para óleo de
cozinha e outros. A mesma entidade
promoverá palestras e até cursos para
desenvolver os hábitos. É uma maneira de
conscientização dos moradores. Ao mesmo
tempo, a AMOVA fará gestões às empresas e
Data: 09/04/2019
10
Grupo de Comunicação e Marketing
entidades que queiram participar do projeto,
com ajuda de possíveis emendas
parlamentares através de deputados estaduais
- que também ajudarão ao desenrolar dos direitos dos moradores.
À espera do sonho com final feliz
'É o começo de um novo sonho, a ser bem
sonhado, que terá um final feliz', define o
diretor da AMOVA, Roberto Ribeiro Lobo, que
certamente tem o mesmo objetivo de vários
moradores. E que ganhou uma incentivadora
no projeto e em sua condução, que é a
arquiteta Evy Hannes e um legião de
torcedores do meio ambiente e sonhadores de ecovilas e de bairros com o mesmo propósito.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=20747201&e=577
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Barueri na Rede
Veículo2: Radio Piratininga
Veículo3: Agora Vale
Data: 08/04/2019
Governo do Estado apresenta concessão do Zoológico e do Jardim Botânico Portal Mariliense
Projeto de Lei foi enviado à Alesp em março e
governo já recebeu quatro inscrições de empresas interessadas no processo
O Governador João Doria apresentou nesse
sábado (06) o projeto de concessão da área
do Jardim Botânico, do Zoo Safári e do
Zoológico à administração particular. O
objetivo é que a iniciativa privada invista na
modernização e reforma dos equipamentos e
das áreas de exposição da fauna e da flora,
construa e promova novas atrações turísticas,
além de manter as unidades de conservação e
de pesquisa do espaço.
'O que queremos é oferecer melhores serviços
à população, com espaços turísticos mais
atrativos, visando o aumento da visitação. O
objetivo do Estado não é arrecadar, mas
desonerar o Estado. Hoje, o déficit anual
desses parques é de cerca de R$ 4 milhões
por ano. Temos bons exemplos, como o
Parque Nacional do Iguaçu, que aumentou
exponencialmente a visitação depois que
passou a ser administrado pelo setor privado', comentou o Governador João Doria.
Em março, a Secretaria de Infraestrutura e
Meio Ambiente (SIMA) e a Subsecretaria de
Parcerias da Secretaria de Governo
encaminharam o Projeto de Lei à Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo e aguarda
deliberação da casa. O lançamento do edital
deve ocorrer em fevereiro de 2020. O projeto
prevê ainda a concessão dos equipamentos
localizados no Parque Fontes do Ipiranga por
35 anos e abrange 100 dos 500 hectares do
parque, que corresponde a 20% da área verde.
'O objetivo das concessões é fomentar, com
ajuda da iniciativa privada, a revitalização das
áreas com potencial turístico. Assim como
ocorreu nos Parques Estaduais de Campos
do Jordão, a Unidade de Conservação e a
fiscalização ambiental continuarão sob
responsabilidade do Estado', explica o
secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.
Paralelamente estão abertas as inscrições para
rodada de reuniões individuais com
investidores, financiadores e outros
interessados em contribuir com os projetos de
parcerias público-privadas. Os encontros
ocorrem até o dia 9 deste mês e podem ser
agendados por meio do site www.parcerias.sp.gov.br .
As próximas etapas contemplam estudos
técnicos, operacionais e econômico-financeiros
que subsidiaram a concessão, além de indicar
os investimentos necessários, custos da
operação e valor de outorga que será paga ao
Estado. Após a definição da modelagem, as
ações serão debatidas em audiências e consultas públicas.
Parques Estaduais de Campos do Jordão
Nesta quinta-feira foram assinadas as
concessões das áreas turísticas dos Parques
Estaduais Capivari e Campos do Jordão. Os
investimentos da iniciativa privada nos locais
somam mais de R$43 milhões que serão
aplicados em ações de infraestrutura e fomento ao turismo.
A empresa Urbanes Empreendimentos será a
responsável pelo Parque Estadual de Campos
do Jordão, mais conhecido como Horto
Florestal. O Parque Capivari, hoje gerenciado
pela Estrada de Ferro Campos do Jordão
(EFCJ) será administrado pela empresa Eco
Jordão S.A.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20775297&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20718528&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20723147&e=577
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Data: 09/04/2019
12
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Globo
Data: 08/04/2019
Projeto Plantando Água já recuperou 8,29 hectares de APPs com o plantio
de mudas
Desde 2016, o SEMAE de Rio Preto desenvolve
o projeto em parceria com a Polícia Militar
Ambiental, Secretaria Municipal do Meio
Ambiente e CETESB.
Desde 2016, o SeMAE - Serviço Municipal
Autônomo de Água e Esgoto de Rio Preto
desenvolve o projeto Plantando Água, numa
parceria com a Polícia Militar Ambiental,
Secretaria Municipal do Meio Ambiente
e Cetesb, com o objetivo de restaurar e
proteger as matas ciliares, além de aumentar
a vazão de afluentes do rio Preto, onde ocorre
parte da captação de água de abastecimento da cidade.
Pelo projeto, toda interferência ambiental
realizada, por exemplo, por uma nova
empresa, a Cetesb determina que seja feito
plantio compensatório. A empresa assina o
TCRA - Termos de Compromisso de
Recuperação Ambiental. O SeMAE, por meio
da assessoria ambiental, prioriza o
cumprimento do termo em áreas de córregos
que desaguam nos lagos da Represa
Municipal. A meta é recuperar as APPs - Áreas de Proteção Ambiental.
Segundo último relatório da Polícia
Ambiental, de 7 de março, por meio do
projeto 'Plantando águas' foi efetuado o
reflorestamento de 8,29 hectares de APPs com
o plantio de 13.164 mudas nativas endêmicas
da região, com uma rica diversidade de
espécies. No total, foram firmados TRCAs para
o plantio de 19.564 mudas. Segundo Luiz
Braga, assessor ambiental do SeMAE, a
diferença, ou seja, 6.400 mudas serão plantas
nas áreas do Córrego da Lagoa, que desagua no Lago 3 da Represa Municipal.
Atualmente, o Plantando Água está em fase de
expansão. A Polícia Ambiental fará o
mapeamento do Córrego dos Macacos e seus
afluentes para que se inicie o projeto de
recuperação das APPs.
Além do Plantando Água, o SeMAE também
vem realizando uma série de plantios de
mudas nativas em APPS. Nos últimos três
anos, foram plantadas 6.000 mudas na ETE -
Estação de Tratamento de Esgoto. A APP
do Córrego São Pedro, na área da ETE, está
totalmente recuperada. Até 2020 está prevista
a recuperação total da APP da ETE, com o
plantio de mais 20 mil mudas. 'A prioridade agora é o rio Preto', declarou Luiz Braga.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20735005&e=577
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Data: 09/04/2019
13
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Campinas e região
Data: 08/04/2019
Polícia investiga mortes de 2 funcionários após explosão em
empresa de Sumaré; veja imagens
Caso ocorreu por volta das 12h e foi
registrado como homicídio culposo no 2º DP.
Estrutura foi interditada pela Defesa Civil e
empresa diz que trabalha para atender às
famílias das vítimas.
A Polícia Civil confirmou na tarde desta
segunda-feira (8) que investiga as mortes de
dois funcionários após a explosão de um
tanque de óleo na empresa Prisma, em
Sumaré (SP). O caso foi registrado pelo 2º
Distrito Policial da cidade como homicídio culposo - quando não há intenção.
De acordo com a instituição, uma testemunha
já foi ouvida sobre o caso e outras serão
intimadas. A explosão ocorreu por volta das
12h, quando um funcionário fazia a solda do
equipamento, segundo os Bombeiros. Ela
provocou a queda dele e atingiu outro trabalhador na sequência.
Uma das vítimas teve o corpo carbonizado e
morreu no local. Inicialmente, quando a
reportagem foi exibida pelo EPTV 1, ela
chegou a ser considerada como desaparecida pelos Bombeiros.
Já o outro funcionário teve ferimentos graves
e foi socorrido pelo Samu para uma unidade
de saúde, mas também não resistiu. O incêndio foi controlado às 13h30.
Além disso, toda área foi interditada pela
Defesa Civil até que seja realizada uma
vistoria da Agência Nacional de Petróleo
(ANP), segundo apurou a EPTV, afiliada da TV
Globo.
Imagens registradas na área interna mostram danos provocados no telhado após a explosão.
A Prefeitura de Sumaré informou que a
empresa tem alvará de funcionamento e auto
de vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB)
válidos até 2020. Além disso, os bombeiros
destacaram que os sistemas fixos de proteção
do local estavam em funcionamento no momento da explosão.
A Companhia Ambiental do estado de São
Paulo (Cetesb) confirmou que o tanque era
um decantador onde havia glicerina e
biodiesel. Segundo a assessoria, o conteúdo
ficou retido nas canaletas de segurança e não atingiu o solo ou galerias de água.
"Foi determinado o recolhimento imediato dos
resíduos, além de acondicionamento adequado
para posterior encaminhamento em local
aprovado pela Cetesb". Além disso, a
companhia frisou que a empresa é vistoriada
rotineiramente e tem licença de operação valida até julho de 2020.
Em nota, a Prisma Brazil Group lamentou as
mortes dos trabalhadores. "No momento a
empresa trabalha para atender as famílias das
vítimas e segue na investigação da causa do acidente."
Além disso, alegou que o plano de emergência
foi acionado para conter a explosão e não houve dano ambiental aparente.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20743358&e=577
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Data: 09/04/2019
14
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Piracicaba e região
Data: 08/04/2019
Justiça obriga paridade entre representantes dos governos e da
sociedade civil no Comitê PCJ
Processo eleitoral da entidade foi suspenso até
que sejam feitas mudanças no estatuto.
Comitê é responsável por gerenciar recursos
hídricos de 71 cidades.
Uma decisão judicial determinou que o Comitê
das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí (PCJ) modifique o estatuto
da entidade para garantir que 50% dos
membros sejam representantes da sociedade
civil. Em nota, o secretário-executivo do
Comitê afirmou que as mudanças serão feitas.
O comitê é responsável por gerenciar os
recursos hídricos de 71 cidades paulistas. No
total, possui 51 membros, mas 34 são
representantes do estado e dos municípios e
somente 17 representam a sociedade civil.
Na decisão, o juiz de Piracicaba (SP), Wander
Pereira Rossette Júnior, entendeu que, com o
número atual de membros, os representantes
do governo estadual e das prefeituras não podem superar 25 cadeiras.
O juiz ainda concedeu uma antecipação de
tutela para suspender o processo eleitoral do
comitê, que estava em andamento e teria votação no dia 29 de março.
A suspensão vigora até que o comitê
reformule o estatuto para garantir a paridade
entre os representantes. A Procuradoria-Geral
do Estado entrou com recurso, que será
julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP).
O TJ-SP já manteve, no entanto, a
antecipação de tutela que determinou a
suspensão do pleito até a consolidação da
paridade. Por isso, o Comitê PCJ informou que fará as mudanças estatuárias.
A ação foi movida pelo Grupo de Atuação
Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema)
do Ministério Público (MP-SP), que argumenta
que a atual composição não garante a real
participação popular no comitê. São réus a
Fazenda Pública do Estado de São Paulo e o
comitê.
"Com uma clara inferioridade numérica, é de
se compreender porque a Sociedade Civil não
possui um poder efetivo nas decisões", aponta
o Gaema de Piracicaba.
O Gaema pediu a revisão do estatuto para que
fosse respeitada a paridade prevista na Lei de
Política Nacional de Recursos Hídricos. Na
ação, o governo estadual afirmou que o
comitê integra a esfera de autonomia do
estado de São Paulo, que deliberou para a própria entidade a composição do estatuto.
O juiz de 1ª instância afirmou, na decisão, que
os estados são autônomos entre si de acordo
com as regras constitucionalmente previstas e
perdem a soberania diante da união.
Com isso, decidiu que a atual composição do
comitê "apenas simula a participação da
Sociedade Civil", descumpre a legislação e
"atenta contra a primordial finalidade
constitucional de solidificação do Estado
Democrático de Direito".
O secretário-executivo do Comitê PCJ, Luiz
Roberto Moretti, informou que foi movido
recurso no TJ-SP, mas que as mudanças
estatuárias vão ocorrer conforme a decisão
judicial até que ocorra o julgamento do mérito da ação.
As alterações vão ocorrer em duas reuniões
plenárias. A primeira em 25 de abril, que vai
decidiar a alteração do Estatuto e reabertura
do processo eleitoral.
A segunda até 28 de junho, com a conclusão
do processo eleitoral, posse dos novos
membros, conforme nova composição, e
eleição das novas diretorias dos comitês
federal e paulista, pois atuam de forma
integrada.
O governo estadual informou que moveu o
recurso e aguarda posicionamento definitivo do Tribunal de Justiça sobre o caso.
"A sentença de primeiro grau foi impugnada
pelo Estado por meio de recurso de apelação
ainda não julgado pelo Tribunal de Justiça. O
Estado aguarda posicionamento definitivo do Tribunal de Justiça sobre o caso."
O Comitê PCJ paulista faz parte de um grupo
com outros dois comitês, o PCJ federal e o
comitê mineiro dos Rios Piracicaba e Jaguari
(PJ), que gerenciam parte dos rios do estado
de São Paulo e Minas Gerais, além
dos mananciais que são federais, como o Rio Piracicaba.
Data: 09/04/2019
15
Grupo de Comunicação e Marketing
Os três comitês abrangem 76 municípios,
sendo que 71 são paulistas e seis de Minas Gerais.
O estatuto do Comitê PCJ define que o órgão
deve gerenciar os recursos hídricos na área de
atuação. Esse gerenciamento se dá pela
aprovação de um plano de manejo das bacias
hidrográficas.
Além disso, o comitê deve aprovar propostas
de utilização, conservação, proteção e
recuperação dos rios da bacia e planos anuais
e plurianuais de aplicação de recursos
financeiros.
No atual estatuto, que será modificado
segundo o secretário-executivo, 17 vagas são
para os prefeitos de cidades que fazem parte do comitê.
Outras 17 são para representantes de
secretarias e órgãos estaduais, como a
Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp), a Companhia
Ambiental do Estado (Cetesb) e o
Departamento de Água e Energia Elétrica
(Daee).
Já a sociedade civil se divide nas 17 vagas
restantes.
Dois votos: universidades, institutos de ensino
superior e entidades de pesquisa e
desenvolvimento tecnológico, privados, com
interesse na área de recursos hídricos, que
atuem ou tenham atuado no desenvolvimento
de projetos, estudos, pesquisas, ou outras
atividades diretamente relacionadas às
questões ambientais ou específicas
de recursos hídricos;
Dois votos: sindicatos de trabalhadores,
associações técnicas não governamentais e
associações comunitárias, que atuem ou
tenham atuado no desenvolvimento de
projetos, estudos, pesquisas, ou outras
atividades diretamente relacionadas às
questões ambientais ou específicas
de recursos hídricos, na área de atuação do
CBH-PCJ;
Quatro votos: entidades ambientalistas, e
Um voto: Consórcios e Associações
Intermunicipais de bacias hidrográficas da área de atuação do CBH-PCJ.
Dois votos: representantes do setor de
abastecimento urbano e lançamento de efluentes;
Dois votos: representantes do setor industrial,
comercial, de prestação de serviços e de mineração;
Dois votos: representantes do setor de irrigação e uso agropecuário;
Um voto: representantes do setor de hidroeletricidade;
Um voto: representantes dos setores
hidroviário, turismo, lazer, pesca e outros usos não consuntivos.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20743550&e=577
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Data: 09/04/2019
16
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Diário do Litoral
Veículo2: Cardume Notícias
Data: 08/04/2019
Ministério Público deve acionar a
Ultracargo por incêndio na Alemoa em 2015 Maurício Düppré
Fim das negociações. O Ministérios Público do
Estado de São Paulo (MP-SP) estuda a
possibilidade de promover uma ação civil
pública contra a Ultracargo pelos danos aos
pescadores e ao meio ambiente, causados
pelo incêndio que ocorreu em 2015 na área
industrial do bairro da Alemoa. A informação
foi confirmada pela Assessoria de Imprensa do
MP, na última quinta-feira (4) e a Ultracargo não se manifestou sobre a questão.
Várias reuniões foram realizadas entre os
ministérios públicos estadual e federal e os
advogados da empresa para definir a forma de
reparação dos cerca de mil pescadores que
foram prejudicados pelo incêndio ocorrido há
cerca de três anos em seis tanques químicos
da empresa.
A proposta era a possibilidade deles
participarem de um projeto de Recuperação do
Meio Ambiente Marinho, bancado pela
empresa, após um acordo que visava
minimizar os danos causados aos
trabalhadores e suas famílias.
Segundo informações extraoficiais, a última
reunião ocorreu há dois meses na sede do
Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio
Ambiente (Gaema) da Baixada Santista.
Fizeram parte os promotores Daury de Paula
Junior e Flávia Maria Gonçalves. O MP Federal
está representado pelo procurador da
República Antônio José Donizetti Molina
Daloia. No entanto, os advogados a Ultracargo
solicitaram mais um tempo para fechar o plano.
Os representantes do MP deram prioridade ao
acordo para compensar os danos morais
coletivos dos pescadores, pois existem outros
inquéritos civis abrangendo o meio ambiente
que deverão ser finalizados numa outra fase.
A empresa ainda prepara um aplicativo
eletrônico onde serão colocados os dados dos
pescadores. O Instituto de Pesca, Universidade
Santa Cecília e o Instituto Maramar estão
envolvidos no projeto
Várias audiências já foram realizadas visando
a efetivação de um projeto de compensação
aos pescadores. Ele visa promover a proteção
do estuário por intermédio de um zoneamento
em que, em alguns períodos do ano, não será
permitida a pesca objetivando a recuperação da vida marinha.
Como compensação, os pescadores que
aderirem ao projeto vão receber, durante um
ano, um salário mínimo paulista (R$
1.108,38). O projeto também vai viabilizar
equipamentos, materiais e cursos de
capacitação de todas as pessoas envolvidas
com a pesca artesanal. As indenizações terão
que ser conquistadas individualmente pelos
pescadores, pois o projeto visa compensações
comunitárias. O projeto é apenas parte do
valor da indenização que a Ultracargo terá que
arcar.
INCÊNDIO
Os bombeiros levaram uma semana para
conter as chamas. Não houve feridos. A
entrada de Santos foi monitorada e a rodovia
Anchieta precisou ser fechada. A empresa
admitiu que houve vazamento no local uma
semana antes do acidente.
O MP divulgou um laudo que comprovou que o
acidente ocorreu porque uma bomba foi ligada
a válvulas que estavam fechadas e, por conta
da pressão causada, seis tanques explodiram.
O MP pediu multa de R$ 3,6 bilhões por danos
causados ao meio ambiente. A Cetesb multou
a companhia em R$ 22,5 milhões e a
Prefeitura de Santos aplicou multa de R$ 2,8
milhões.
RESPOSTA
Em resposta a demanda por informação
apresentada por este jornal, a Ultracargo
informa que desconhece a existência de ação
civil pública relacionada a incidente em seu
terminal em Santos em 2015. A companhia
aguarda uma eventual citação e informa que,
se necessário, irá se pronunciar nos fóruns adequados.
Fonte: Diário do Litoral
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=20704940&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20739010&e=577
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Data: 09/04/2019
17
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário da Região Osasco
Data: 09/04/2019
Sabesp investe R$258 mi na rede de esgoto de Osasco em sete anos
Uma comissão de vereadores esteve na
unidade da Sabesp em Osasco, em encontro organizado pela própria
companhia com o objetivo de criar mais proximidade com o Poder Legislativo. Os
vereadores foram recebidos pelo Gerente de Departamento da Sabesp,
Josué Fraga da Silva, que fez a prestação de contas do trabalho
realizado em Osasco. Segundo ele, o município vai receber investimento de
cerca de R$ 258 milhões nos próximos sete anos, para a execução de obras de esgoto, permitindo que a cidade atinja
100% de esgoto tratado e coletado. Hoje, a cobertura da rede é de 75%,
com 800 quilômetros rede de esgoto. Desde o início desse ano, os encontros
entre vereadores e representantes da companhia têm sido mensais.
Participaram o presidente da Câmara, Ribamar Silva, e também os vereadores
Alex Sá, Ana Paula Rossi, Batista Comunidade, Cláudio da Locadora,
Daniel Matias, De Paula, Jair Assaf, Josias da Juco, Ricardo Silva, Rogério
Santos e Toniolo, além de assessores.
http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
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006C96031
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Data: 09/04/2019
18
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS Data: 09/04/2019
Veículo: Correio Popular Campinas
Autorizado aumento da conta de luz
A conta de energia elétrica está mais cara em
Campinas e outros 233 municípios paulistas.
Passou a vigorar ontem um reajuste médio de
8,66% nas tarifas, sendo 9,30% para os
consumidores ligados à alta tensão (indústrias
e grandes comércios) e 8,34% para os de
baixa tensão (residências e pequenos
comércios). O aumento, solicitado pela
distribuidora CPFL Paulista, foi aprovado pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última semana.
Para o cálculo das novas tarifas, a Aneel
considera a atualização de custos com a
compra de energia, sistema de transmissão e
distribuição da energia elétrica, assim como
com os encargos setoriais, conforme regras
estabelecidas para o setor. Neste ano, a
operação levou em conta ainda o efeito do
pagamento antecipado junto aos bancos do
saldo da Conta de Desenvolvimento Energético
(Conta-ACR), o que contribuiu para reduzir em
3,01 pontos porcentuais o reajuste das tarifas.
Entre os fatores que levaram ao resultado, os
que tiveram maior peso foram a manutenção
de baixos níveis de água de reservatórios das
hidrelétricas, que produziram menos energia
do que poderiam. O déficit se traduz em
maiores custos para o setor, com o aumento
do chamado risco hidrológico. Além disso,
ainda por conta do baixo nível dos
reservatórios, as concessionárias, como a
CPFL Paulista, tiveram que comprar a energia
produzida pelas termelétricas, fonte mais cara,
para garantir o fornecimento.
Por fim, o preço da energia da hidrelétrica de
Itaipu, a maior do Brasil e a segunda do
mundo, é definido em dólar, e a valorização da
moeda norte-americana impactou os custos
com a compra dessa energia, trazendo
impactos também ao Estado de São Paulo. Em
nota, a CPFL Paulista destaca que "grande
parte da tarifa é composta por itens que não
são de responsabilidade da CPFL Paulista,
cujos valores são repassados para outros
agentes do setor.. Por exemplo, de uma conta
de R$ 100,00, apenas R$ 18,10 se referem
aos custos diretos da distribuidora. Os outros
R$ 81,90 estão relacionados a despesas com a
compra de energia, com o sistema de
transmissão, com os encargos setoriais e com
os tributos estaduais e federais" . A CPFL
Paulista atende 4,4 milhões de unidades
consumidoras em quase um terço do território
paulista.
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Data: 09/04/2019
19
Grupo de Comunicação e Marketing
Data: 09/04/2019
Veículo: SP no AR / Record TV
Moradores da Vila Itaim há meses com as casas debaixo d'água
SP NO AR/RECORDTV/SÃO PAULO Data Veiculação: 09/04/2019 às 07h26
Duração: 00:07:12
Transcrição
A Secretaria de obras da cidade informou que
as obras de reparo devem durar até dez dias,
vamos cobrar. Agora a gente se lembra das
várias reportagens que nós fizemos aqui na
Record TV sobre a Vila Itaim em um bairro da
zona leste aqui de São Paulo lembra que os
moradores estão vivendo debaixo d'água há
meses há pelo menos dois meses.
Vídeo:
http://cloud.boxnet.com.br/conteudoWeb?tok
en=SuxA%2b2ULSXNStYzZgEzouk5SGOzXfTR
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Data: 09/04/2019
20
Grupo de Comunicação e Marketing
Data: 09/04/2019
Veículo: Bom Dia SP / TV Globo
Flagrante de descarte irregular na zona leste
BOM DIA SP/TV GLOBO/SÃO PAULO
Data Veiculação: 09/04/2019 às 07h30
Duração: 00:01:01
Transcrição
aproveito que estou aqui para dizer que no
metrô e na CPTM continua tudo bem, sem
nenhuma falha também no momento que
bom. Eu odeio agora a gente vai falar da
Guarda Civil Metropolitana ambiental que
descobriu ontem na grande área de descarte
irregular de lixo e entulho, na Zona leste da
capital, a gente sempre fala disso, né, dar
uma olhada nas imagens. O terreno ele fica na
rua e Sasha Morita em Guaianazes e quando
os guardas chegaram motoristas que estavam
esperando entre no local só fugiram pela mata
deixando para trás, dois caminhões e uma
máquina a área de proteção ambiental tem
nascentes de água, a gente se vender entre a
Polícia Civil tentam agora identificar os donos
desses carros aí o pessoal jogar no lixo na
própria cabeça, né, porque o nascente de
agora de proteção ambiental. Que futuro vai
construir volta a ganhar o dia de hoje uma
forma irregular ilegal e que está construindo o
que para os filhos e destruída só para para a
própria vida na é brincadeira a em flagrante
Dimon para a gente ficar alerta e nove de
contratar né, uma empresa sabe se ela
realmente é idôneo e descartar o seu o seu
lixo. Obrigado, viu.
Vídeo:
http://cloud.boxnet.com.br/conteudoWeb?tok
en=fnHjw%2bgQPq%2bsbXlSxDEx4CKHniJpzT
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http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=00812955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF5020000001B40E8CC
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Data: 09/04/2019
21
Grupo de Comunicação e Marketing
Reforma da Previdência livra o Brasil do atraso
O debate econômico no Brasil está paralisado por
duas questões: quando a reforma da
Previdência vai passar no Congresso e qual o
tamanho do impacto fiscal dessa mudança.
Apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro ao
Congresso Nacional, a reforma da Previdência
prevê que o governo federal economize R$ 1
trilhão em dez anos. É uma urgência de nosso
tempo. Ela exige a união daqueles que desejam
outro ritmo no desenvolvimento do Brasil. Os
números não mentem: o sistema atual levará à
insolvência do Estado e a uma nova recessão
econômica, ainda mais grave.
Em São Paulo, temos mantido o equilíbrio
orçamentário. Mas, em sete estados, o peso das
despesas de Previdência já compromete os
limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Cinco
estados já possuem mais servidores aposentados
do que na ativa —aqueles que atendem
diariamente a população. O prejuízo coletivo
causado pelas distorções desse sistema é
evidente.
Faz dois anos que temos um crescimento pífio,
apenas uma ínfima parte do potencial do país.
Então, se por um lado é necessário diálogo e
união entre os que desejam um Brasil mais
próspero, é também obrigatório desnudar quem
pensa apenas nos seus interesses.
Infelizmente há aqueles que se uniram para
atrasar a mudança. Falseiam números e fraudam
o debate para manter privilégios indefensáveis e
interesses mesquinhos. Retardam uma agenda
fundamental, condenando o Brasil ao baixo
crescimento e à perpetuação de modelo injusto e
desigual, que tira dos pobres para dar aos ricos.
Trabalham para o “quanto pior, melhor”.
Alcolumbre, Bolsonaro, Maia e Onyx no dia da
entrega do texto da reforma; para ter 100% do
benefício, o contribuinte terá de trabalhar por
40 anos Pedro Ladeira/Folhapress
Em Davos, no Fórum Econômico Mundial, em
janeiro último, tive 23 encontros com
investidores estrangeiros, executivos de grandes
empresas globais e líderes políticos mundiais.
Todos, sem exceção, tinham unânime
expectativa de retomada dos investimentos no
Brasil —mas com a reforma da Previdência
aprovada.
O investimento estrangeiro no Brasil vai
aumentar ou vai diminuir? Depende da
Previdência. A bolsa de valores, que alcançou o
recorde histórico de 100 mil pontos, vai manter a
arrancada ou vai murchar? Depende da
Previdência.
A Previdência é um ponto de inflexão para o
Brasil. Ela define o rumo de um país para as
próximas gerações. E nunca estivemos tão
próximos de um cenário positivo. Aprovar a
reforma o mais rápido possível é ingressar no
círculo virtuoso de crescimento contínuo. É abrir
as portas para retomar o grau de investimento
perdido pelos desarranjos do passado, é matar o
chamado voo de galinha da economia, que asfixia
nosso desenvolvimento desde a crise do petróleo,
nos anos 70.
Os erros econômicos do passado recente e a
renitente demora em fazer o que é certo
comprometeram duas gerações de brasileiros.
Vale a pena comprometer o futuro de outras
duas? O Brasil precisa olhar para os bons
exemplos do mundo. Enquanto países como Chile
e Coreia do Sul, que eram menos desenvolvidos
do que o Brasil, arrancaram para anos de
crescimento contínuo, nós ficamos parados,
amarrados pelo corporativismo e pela visão
ideológica equivocada e atrasada.
A necessidade de se reformar a Previdência já
passou pelo teste das ruas. É preciso agora,
passar pelo teste do Congresso. O modelo de
crescimento ancorado no Estado, via subsídios do
BNDES, com empresas estatais e fundos
públicos, se esgotou.
As propostas para fortalecer uma economia
liberal, com mais iniciativa privada e menos
Estado, são defendidas pelos brasileiros de São
Paulo. Mas, para construir esse novo modelo,
precisamos de inflação sob controle, juros mais
baixos, regras claras e mercado competitivo.
O novo ciclo de crescimento do Brasil só de dará
quando os agentes privados, daqui e do mundo,
tiverem confiança na recuperação das contas
públicas.
Está na hora de a reforma da Previdência libertar
o Brasil do atraso crônico e projetar o país para
um futuro próspero, com menos pobreza e mais
crescimento.
João Doria Governador de São Paulo (PSDB)
Data: 09/04/2019
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https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/04/
reforma-da-previdencia-livra-o-brasil-do-
atraso.shtml
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Data: 09/04/2019
23
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Anvisa planeja 'faxina' em lista de
ingredientes ativos de agrotóxicos
Proposta é excluir autorização de 34 substâncias
sem produtos no mercado
Natália Cancian
BRASÍLIA
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) planeja iniciar um processo para rever
a lista de ingredientes ativos de agrotóxicos
autorizados no país e excluir substâncias já tidas
como obsoletas –ou seja, aquelas pouco ou não
usadas no mercado.
A previsão é que a diretoria apresente uma
proposta nesta terça-feira (9) para exclusão de
34 monografias de agrotóxicos –lista que traz
dados como tipo de produto, grau de toxicidade e
culturas em que seu uso é permitido.
Na prática, a medida passará a impedir que
novos agrotóxicos com essas substâncias sejam
registrados e voltem a usados. “Com a exclusão,
o uso passa a ser proibido”, diz.
Segundo o gerente-geral de toxicologia, Carlos
Alexandre Gomes, a proposta ocorre após um
levantamento feito pelo órgão identificar a
ausência de produtos com esses ingredientes no
mercado.
De acordo com Gomes, essa é a primeira vez
desde 2005 que a Anvisa planeja rever a lista de
monografias com base nesses critérios. Até
então, a exclusão ocorria apenas nos casos em
que havia reavaliação da segurança e de
possíveis riscos à saúde.
Atualmente, 425 ingredientes ativos de
agrotóxicos compõem a lista de monografias
autorizadas pela Anvisa para registro de novos
produtos.
Além da adequação ao mercado, a proposta
representa uma tentativa da agência de
minimizar críticas sobre a existência de
agrotóxicos autorizados no Brasil que já foram
banidos em outros países.
De acordo com Gomes, 30 das 34 monografias
propostas para exclusão já não são mais usados
nos Estados Unidos e na Europa. Com o tempo,
também passaram a ter seu uso reduzido por
aqui.
“Achamos ideal fazer essa ‘limpeza’ para
harmonizar com as decisões internacionais”,
disse. “São produtos que já têm substitutos, que
não representam um atrativo comercial ou que
não se sustentam no mercado internacional.”
Prevista para ser apresentada nesta terça, a
proposta ainda deve passar por consulta pública.
Entre os 34 ingredientes ativos que podem ser
excluídos, estão a azociclotina, bromopopilato,
edifenfós, oxassulfurom, sulfosato, entre outros.
Segundo Gomes, a previsão é que outros
ingredientes ativos de agrotóxicos também
tenham a situação revista neste ano.
Entre elas, estão quatro substâncias em processo
de reavaliação toxicológica desde os anos de
2006 e 2008. Nem todas, porém, devem ser
proibidas –é o caso do glifosato, que recebeu
parecer inicial da agência para continuar no
mercado com algumas restrições, medida que
gerou críticas de especialistas.
Após a conclusão desse processo, uma nova lista
de substâncias que devem passar por reavaliação
de segurança deve ser divulgada até maio.
Para o pesquisador da Fiocruz na área de
agrotóxicos e ex-coordenador de reavaliação
toxicológica da agência, Luiz Cláudio Meirelles, a
possibilidade de atualizar a lista de monografias e
excluir ingredientes sem produtos no mercado é
positiva. Ele faz um apelo, no entanto, para que
outros produtos também sejam avaliados.
“A preocupação maior não são os agrotóxicos
fora de uso, mas aqueles proibidos em outros
países e ainda com largo uso no Brasil, como o
acefato ou glifosato”, afirma. “É isso que
precisamos do ponto de vista sanitário.”
AUMENTO NOS REGISTROS
Além da tentativa de minimizar críticas sobre o
aval a ingredientes ativos banidos em outros
países, a proposta de rever a lista de
monografias também ocorre em um contexto em
que tem crescido a liberação para venda no
mercado e uso industrial de produtos
relacionados a agrotóxicos no Brasil.
Só em 2018, foram aprovados 450 registros
desse tipo de produto, o maior número em ao
menos 13 anos. Para comparação, em 2005,
foram 91 registros, e em 2015, 139.
O avanço, que ganhou impulso nos últimos dois
anos, no governo Michel Temer (MDB), tem
Data: 09/04/2019
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chamado a atenção de especialistas, que veem a
possibilidade de novo aumento na gestão de Jair
Bolsonaro (PSL).
Isso porque representantes do novo governo têm
se posicionado de forma mais favorável às
demandas do agronegócio e intensificado críticas
a algumas políticas ambientais.
Nos três primeiros meses deste ano, o número já
chega a 93, de acordo com dados do Mapa
(Ministério da Agricultura).
Hoje, a análise de novos registros é dividida
entre três órgãos: Agricultura, que avalia a
eficácia dos produtos; Anvisa, que avalia a
toxicidade; e Ibama, que analisa riscos ao
ambiente.
Questionado, o Mapa diz que os registros não
envolvem novos ingredientes ativos, mas
produtos conhecidos do consumidor. Também
atribui o aumento nas liberações a uma maior
agilidade da Anvisa.
Já a Anvisa afirma que uma reorganização de
processos de trabalho permitiu maior rapidez nas
análises, mas que o volume de pedidos
acumulados ainda inviabiliza que o prazo previsto
em lei para registro, de até 120 dias, seja
cumprido.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/04
/anvisa-planeja-faxina-em-lista-de-ingredientes-
ativos-de-agrotoxicos.shtml
Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Após denúncia, Comissão do Senado vai à
Justiça contra leilão de petróleo ao lado de
Abrolhos
Na ação, os parlamentares se baseiam na
denúncia publicada pelo 'Estado' que revela que
pareceres da área técnica do Ibama foram
ignorados pelo presidente do órgão para que sete
blocos fossem mantidos no leilão
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – A Comissão de Meio
Ambiente do Senado ingressou na tarde
desta segunda-feira, 8, na Justiça Federal, com
uma ação de tutela cautelar antecedente, para
que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) exclua
sete blocos de petróleo da 16.ª Rodada de
Licitações, prevista para ocorrer em outubro.
Na ação assinada pelos senadores Randolfe
Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato(Rede-
ES), os parlamentares se baseiam na denúncia
publicada pelo Estado na segunda-feira, a
qual revela que pareceres da área técnica do
Ibama foram ignorados pelo presidente do órgão
Eduardo Fortunato Bim, para que sete blocos,
parte deles localizados em região extremamente
sensível de meio ambiente e próximo ao Parque
Nacional de Abrolhos, fossem mantidos no leilão.
"Não podemos colocar a questão econômica
acima da preservação do meio ambiente. Por
isso, acabamos de ingressar na Justiça Federal. O
jornal O Estado de São Paulo informa que o
Presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim,
autorizou a inclusão de desses blocos,
contrariando parecer técnico dos especialistas do
próprio órgão", declararam os senadores, em
nota sobre a ação.
"O presidente do Ibama, de acordo com a
reportagem, entende que a falta de estudos em
Jacuípe e Sergipe-Alagoas 'não se configura
como fundamento técnico para a negativa de se
levar blocos a leilão'. Considero esse
entendimento muito temerário, em vista de ser
obrigação do Ibama assegurar cautelas para que
não tenhamos prejuízos ao meio ambiente. Abrir
mão de estudos técnicos, certamente, não
ampara uma decisão dessa envergadura", afirma
o senador Fabiano Contarato.
"Como presidente da Comissão de Meio Ambiente
(CMA) do Senado Federal, não poderia me omitir.
Razão pela qual me manifesto em propor ação na
Justiça Federal, visando impedir que prossigam
com a inclusão desses sete blocos na referida
rodada de licitações. Também solicitamos a
íntegra de todo o processo administrativo para
que possamos analisar a possibilidade, inclusive,
de novas medidas judiciais."
Eduardo Bim afirmou que decidiu manter os
blocos no leilão por entender que não haveria
razões técnicas que justificassem a retirada.
Nesta terça-feira, 9, diversas organizações
ambientais e o Ministério Público Federal se
manifestaram contra a manutenção dos blocos.
O procurador Nívio de Freitas Silva, que coordena
a 4.ª Câmara Meio Ambiente e Patrimônio
Cultural do MPF, disse que vai "requisitar
informações acerca dos laudos elaborados e, em
havendo fundamento técnico para impugnar a
inclusão da área no leilão, certamente
adotaremos as medidas judiciais cabíveis, caso o
Ministério do Meio Ambiente não reconsidere".
Ao todo, a rodada prevê a oferta de 36 blocos
nas bacias marítimas de Pernambuco-Paraíba,
Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos,
totalizando 29,3 mil quilômetros quadrados de
área.
Conforme apontou a reportagem, o
posicionamento de Bim sobre os sete blocos só
foi tomado após o parecer dos técnicos do Ibama
ter sido encaminhado a ele pelo Ministério do
Meio Ambiente (MMA). Ao receber o parecer
técnico, o MMA despachou o documento de volta
ao Ibama, pedindo que seu presidente também
se posicionasse sobre as recomendações.
Abrolhos é o primeiro parque nacional
marinho do Brasil e, no sábado 6, completou 36
anos de sua criação. A unidade de conservação
localizada no litoral da Bahia é dona mais rica
biodiversidade do Atlântico Sul, sendo
administrada pelo Instituto Chico Mendes de
Biodiversidade (ICMBio). Neste mês uma série de
comemorações foi organizada para celebrar o
aniversário.
Um levantamento da biodiversidade da região
registrou aproximadamente 1,3 mil espécies, 45
delas consideradas ameaçadas, segundo listas
da União Internacional para a Conservação da
Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e do MMA.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a
pos-denuncia-comissao-do-senado-vai-a-justica-
contra-leilao-de-petroleo-ao-lado-de-
abrolhos,70002784685
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Data: 09/04/2019
26
Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO Ouvir a voz das ruas, o conselho a
Lemann Por Gustavo Brigatto | De Mountain View,
Califórnia (EUA)
Segundo homem mais rico do Brasil, principal
acionista da maior fabricante de cervejas do
mundo (AB InBev) e conhecido por cortes
rigorosos de custos para tornar lucrativas
empresas deficitárias, Jorge Paulo Lemann ouviu
ontem conselhos de Scott Cook, bilionário
expoente do setor de TI no Vale do Silício. O foco
na nova era dos negócios, observou Cook, deve
ser o cliente e não só os custos. As ferramentas
tecnológicas facilitam conhecer as demandas do consumidor.
"Ponha as pessoas na rua e na volta pergunte a
elas o que foi inesperado, o que foi
surpreendente? E deixe-as falar. Nessas
surpresas estão as oportunidades que os clientes
queriam lhe falar, mas você não ouviu", disse
Cook, num diálogo com Lemann, diante de 650
executivos, donos de startups e estudantes, durante evento na Universidade de Stanford.
Segundo homem mais rico do Brasil e acionista
de grandes multinacionais que cresceram a partir
de fusões e cortes de custos, Jorge Paulo Lemann
recebeu ontem um conselho de Scott Cook,
fundador da empresa de software de
contabilidade Intuit e membro do conselho da
Procter & Gamble (P&G): ouvir os clientes.
"Coloque as pessoas na rua e na volta pergunte
para elas o que foi inesperado? O que foi
surpreendente? E deixe-as falar. Nessas
surpresas estão as oportunidades que os clientes
queriam lhe falar mas você não ouviu", disse
Cook. Segundo ele, o QuickBooks, software de
contabilidade para empresas que representa
metade da receita de US$ 5 bilhões da
companhia nasceu da observação de como os
clientes usavam seu sistema original, voltado
para pessoas físicas. "A dúvida era: por que uma
empresa usaria um software para consumidores?
E nós descobrimos que as pessoas não entendem de contabilidade", contou.
Lemann, ao participar de um encontro na quinta-
feira organizado pelas universidades Harvard e
MIT, nos Estados Unidos, falou sobre as críticas
que seus maiores negócios vêm recebendo: "Eles
dizem que viemos do mundo das finanças, que
somos 'traders', não pensamos muito no que os
clientes querem. Que nós estávamos mais
preocupados em cortar custos", disse Lemann a
uma plateia de estudantes brasileiros. "Nossa
cultura está sob ataque por causa dos resultados da Kraft Heinz".
Os três grandes negócios da 3G Capital e de seu
trio mais famoso - Lemann, Marcel Telles e
Carlos Alberto Sicupira - atravessam uma fase
difícil: a Kraft Heinz acumula prejuízo bilionário,
e a AB InBev e a RBI, dona do Burger King, tiveram queda de lucro no ano passado.
Ontem, em uma conferência organizada por
alunos brasileiros da universidade de Stanford no
Computer History Museum, no coração do Vale
do Silício, Lemann conversou por uma hora com
Cook. A plateia era formada por 650 pessoas,
entre executivos, investidores, fundadores de startups e estudantes.
O empresário americano deu mais um conselho a
empresas brasileiras: permitir que as ideias
floresçam e não sejam esmagadas,
especialmente as propostas feitas por
funcionários mais jovens e de posições inferiores
na hierarquia. "Se as decisões só são feitas pelos
chefes, então é sempre o cara que ganha mais
quem decide", disse.
Segundo Cook, isso é possível hoje pois a
experimentação pode ser feita de forma mais
rápida e mais barata - influência direta dos
modelos de gestão de Google e Gacebook. Na
sua avaliação, o gargalo nas empresas acaba
sendo os gerentes, que têm uma tendência a
defender seus espaços e influência. "Os mais
novo já sabem o que fazer. O problema são os
gerentes, eles acham que são eles que são os tomadores de decisão".
As empresas precisam ser ambidestras, ou seja,
combinar uma execução de excelência com a
inovação. Cook citou como exemplos a varejista
Amazon e seu braço de serviços de tecnologia
AWS; e a Toyota, que inventou a tecnologia para
carros híbridos.
A P&G, disse Cook, tem investido em ciclos mais
curtos de desenvolvimento de produtos, para
Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
acelerar o ritmo de lançamentos. Em janeiro, a
P&G participou pela primeira vez da CES, a maior
feira de eletroeletrônicos do mundo, em Las
Vegas. Foi exibido um equipamento que ajuda
mulheres a esconder manchas escuras na pele
usando uma tecnologia importada do mundo das
impressoras, que preenche as áreas em que
essas manchas são detectadas. "Na semana da
apresentação, o produto entrou na lista dos mais
buscados na China, uma coisa que nunca tinha
acontecido antes para a P&G".
Lemann que também investe em startups de
destaque no mercado brasileiro, como Movile e
Stone, espera que nos próximos 10 anos a lista
das companhias mais valiosas do país tenha
cinco empresas de tecnologia. "Temos algumas
nesse caminho, com as notícias dos novos
unicórnios [empresas com valor de mercado
superior a US$ 1 bilhão], espero que em 10 anos
pelo menos metade deles esteja entre as 10 mais
valiosas, muito como aconteceu nos EUA", disse
Lemann. Cook brincou: "Só cinco empresas?".
Além da Movile e da Stone, algumas das
brasileiras candidatas a unicórnios são Gympass, PagSeguro, 99 e Nubank.
O jornalista viajou a convite do Google
https://www.valor.com.br/empresas/6203407/ou
vir-voz-das-ruas-o-conselho-lemann
https://www.valor.com.br/empresas/6203355/ou
vir-voz-das-ruas-o-conselho-lemann
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Bancos privados dão crédito de R$ 22 bi para privatização Por Talita Moreira | De São Paulo
Os três maiores bancos brasileiros e cinco
estrangeiros acertaram um financiamento de R$
22 bilhões ao consórcio formado pela francesa
Engie e o fundo canadense Caisse de Depôt et
Placement du Québec (CDPQ) para a compra de
90% da Transportadora Associada de Gás (TAG).
A cifra corresponde a aproximadamente dois
terços do valor de US$ 8,6 bilhões que a Petrobras vai receber pela venda do ativo.
Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco serão
os maiores financiadores da transação. Juntos,
vão entrar com R$ 13,5 bilhões, divididos em
partes aproximadamente iguais. Para isso, farão
uma emissão de debêntures com vencimento em sete anos.
O holandês ING, os franceses Crédit Agricole e
BNP Paribas, e os japoneses Sumitomo e Mizuho
vão entrar com o equivalente em dólares a R$ 9,5 bilhões, apurou o Valor.
A venda da TAG envolverá uma das maiores
operações de financiamento a fusões e aquisições
em 2019 e é um exemplo da retomada dessa
modalidade de crédito no país, em meio a um crescente volume de negócios.
O acordo é representativo do espaço que os
grandes bancos brasileiros vêm tentando ocupar
nesse tipo de transação, que tradicionalmente
era feita por instituições estrangeiras. O BNDES
também teve papel relevante nessas operações
durante a política dos chamados "campeões
nacionais", que vigorou nos governos do PT.
O Bradesco tem sido um dos mais atuantes. No
ano passado, entrou em operações como a
compra da americana National Beef pelo
frigorífico Marfrig e a fusão entre Suzano e Fibria.
O financiamento a fusões e aquisições tem
atraído recursos de longo prazo a despeito da
pouca disposição dos bancos para dar crédito a
grandes empresas. Uma razão é a estrutura
dessas operações, feitas geralmente com a
emissão de debêntures, que podem ser vendidas
no mercado se necessário. Outro motivo é o respaldo desses negócios em garantias.
No caso da TAG, o financiamento será
assegurado pelos contratos de transporte de gás
com a Petrobras, o que reduz muito o risco para
os bancos. "Já está tudo negociado e todos os
financiamentos garantidos. Mais do que
garantidos. São 100% baseados nas receitas dos
contratos com a Petrobras", disse ontem Maurício
Bähr, presidente da Engie no Brasil. O
pagamento à estatal será feito na conclusão da venda, prevista para daqui a 60 dias.
https://www.valor.com.br/financas/6203413/ban
cos-privados-dao-credito-de-r-22-bi-para-
privatizacao
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Data: 09/04/2019
29
Grupo de Comunicação e Marketing
Maia exige lei para leilão da cessão onerosa Por Fábio Pupo, Edna Simão, Ana Krüger,
Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro | De Brasília
O plano da equipe econômica, de dispensar
autorização legislativa para assinar um novo
contrato com a Petrobras sobre a cessão onerosa
e promover leilões bilionários no setor, explicitou
discordância entre o ministro Paulo Guedes e o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
ontem, durante o evento "E agora, Brasil?", realizado pelos jornais "O Globo" e Valor.
Guedes afirmou que a cessão onerosa não
depende do Congresso Nacional porque se trata
de um contrato entre a empresa e o governo.
"Reconheço o poder de legislar, mas existem
contratos", disse. Maia, por sua vez, afirmou que,
na visão do Legislativo, o acordo para a cessão
onerosa precisa ser autorizado por lei.
https://www.valor.com.br/politica/6203411/maia
-exige-lei-para-leilao-da-cessao-onerosa
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Maia e Guedes divergem sobre cessão onerosa e assinatura pode atrasar Por Fábio Pupo, Edna Simão, Ana Krüger,
Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro | De Brasília
Os planos da equipe econômica de dispensar um
aval do Legislativo para assinar um novo contrato
com a Petrobras sobre a cessão onerosa e
promover leilões multibilionários no setor podem
ter no Congresso um obstáculo. A discordância
foi expressa ontem em evento organizado pelos
jornais Valor e "O Globo". O ministro da
Economia, Paulo Guedes, afirmou que a
autorização não era necessária e foi contestado
pelo presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ) - que defendeu o contrário.
O governo já chegou a um alinhamento com a
Petrobras e se prepara para firmar um novo
contrato com a estatal. Ontem, no debate,
Guedes disse que a assinatura será em menos de uma semana.
Durante o debate, Guedes afirmou que a cessão
onerosa não depende do Congresso porque se
trata de um contrato entre uma empresa privada
e o governo. "Reconheço o poder de legislar, mas
existem contratos. O contrato permite que a
cessão onerosa seja feita sem Estados e
municípios", disse. "Já estamos a milímetros [de
assinar acordo], todo mundo olhou e vai ser
assinado já já. Estamos há menos de uma semana", emendou.
Por outro lado, Maia afirmou que, na visão do
Legislativo, o acordo para a cessão onerosa
precisa uma lei, como o projeto votado na
legislatura anterior pela Câmara, mas que não
passou pelo Senado. Já a transferência de
dinheiro para os Estados e municípios depende
de mudança constitucional, afirmou, por causa do Teto de Gastos
Ao fim do evento, Guedes foi perguntado se o
posicionamento pode atrasar os planos da equipe
econômica em torno do tema. "Esse é um receio", reconheceu.
Perguntado sobre como resolver o impasse,
Guedes respondeu que o questionamento deve
ser endereçado ao presidente da Câmara. "Do
nosso lado, cessão onerosa vai andar muito
rápido", afirmou.
Maia retrucou. "Ele [Guedes] acha que não
precisa de lei e eu acho que precisa. Para liberar
dinheiro para os estados, fatalmente precisará de
uma emenda constitucional, porque não tem teto
no governo federal para liberar o valor. O
governo federal não tem margem", disse Maia ao
Valor, negando que a divergência estabeleça
qualquer dificuldade de relação entre ele e o
chefe da equipe econômica. "Podemos divergir.
Ninguém é obrigado a pensar igual. Quem disse
que eu estou certo? Eu posso estar errado
também", completou.
Os dois discordaram até das previsões sobre o
quanto o leilão de excedentes geraria, a ser feito
posteriormente à assinatura do novo contrato
com a Petrobras. Enquanto nos bastidores é
mencionado um valor de R$ 100 bilhões, o
Ministério da Economia afirma que a previsão não
tem nenhum respaldo de cálculos técnicos.
"Quem falou R$ 100 bilhões foi você", afirmou
ele, a Maia. "É que estou otimista", respondeu, em tom de brincadeira, o presidente da Câmara.
https://www.valor.com.br/politica/6203415/maia
-e-guedes-divergem-sobre-cessao-onerosa-e-
assinatura-pode-atrasar
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Cem dias, momento de reflexão e inflexão Por Fernando Exman
A marca dos 100 dias do mandato do presidente
Jair Bolsonaro chega, para autoridades do próprio
governo, como uma oportunidade para a reflexão
em relação ao que foi realizado até agora, como
foi feito e o que precisa mudar. Algumas dessas
mudanças já são palpáveis. Outras ainda estão
em gestação, mas todas elas são consideradas
essenciais por auxiliares do presidente para que
o Executivo consiga melhorar a sua imagem
entre os eleitores que não se consideram
bolsonaristas e mantenha um ambiente de otimismo entre empresários e investidores.
A avaliação das realizações feitas nos primeiros
100 dias de governo é uma tradição americana e
passou a ser utilizada como referência em outros
países, inclusive no Brasil. No entanto, a
efeméride acabou se transformando numa
armadilha política que o próprio Palácio do Planalto criou e agora está tentando desarmar.
Em janeiro, no afã de esfriar o noticiário negativo
sobre movimentações financeiras suspeitas
envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ),
um dos filhos do presidente, a Casa Civil reuniu a
imprensa para divulgar um conjunto de 35 metas
prioritárias para os primeiros 100 dias de
governo. Bolsonaro estava fora do país,
participando do Fórum Econômico Mundial, em
Davos, e de pronto o documento passou a
receber críticas por não ter sido formatado com
outras do governo e excluir a reforma da
Previdência Social. Justamente a proposta - e
promessa de campanha - mais aguardada pelo mercado.
Governo debate o que fazer para entregar mais
Na prática, o governo acabava de criar uma
referência para a cobrança de suas realizações.
Com isso, facilitou o trabalho de uma oposição
que até hoje se preocupa mais em discutir como
se organizar no Congresso e manter a campanha
de libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva do que monitorar para valer o trabalho do Executivo.
Deve-se ponderar que a divulgação da agenda
pode ser defendida como um avanço na
prestação de contas e transparência do setor
público. Por outro lado, ela acabou levando o
próprio governo a ter que transformar uma data
que poderia ser de apresentação de resultados
concretos em mais uma plataforma de anúncios e compromissos a serem efetivados.
Entre as metas divulgadas, algumas atenderam
diretamente ao eleitorado bolsonarista, como o
decreto que facilitou o acesso a armas, o projeto
de lei anticrime e a retirada do Brasil do padrão
de passaporte do Mercosul. Outras obtiveram - e
com justiça - um reconhecimento mais amplo,
como os leilões da área de infraestrutura e a
redução de cargos de confiança na máquina
federal.
No entanto, nesse período Bolsonaro preferiu
apostar na defesa de pautas capazes de animar
sua militância, mas que não tinham relação
direta com as metas prioritárias de seu próprio
governo. Essa mesma agenda acabou colocando
a Presidência como alvo de críticas e no epicentro
de uma série de polêmicas. Foi o que ocorreu,
por exemplo, com as discussões sobre a
orientação ideológica do nazismo, o
comportamento do folião no Carnaval, a
narrativa do golpe militar e até mesmo a
utilidade do horário de verão.
Nesse ritmo, Bolsonaro acabará colocando entre
suas prioridades outras bandeiras caras à ala
ideológica de seu governo, como a substituição
das urnas eletrônicas, o abandono das regras do
acordo ortográfico e até mesmo o fim da tomada
de três pinos. Corre o risco de perder a chance
de investir seu capital político na necessária aprovação da reforma da Previdência.
Há no governo quem mire outras frentes de
batalha. Não é à toa, portanto, que na área de
comunicação do governo ocorre mais uma
mudança, justamente às vésperas da marca dos
100 dias, com a alteração do perfil da Secretaria
de Comunicação Social da Presidência da
República. Antes focada na busca por
irregularidades em contratos assinados por
gestões anteriores, agora a Secom deve tratar de
ampliar a audiência do presidente, que tem
usado as redes sociais como principal plataforma
de divulgação de suas ideias, projetos e
realizações. Isso porque cresce a pressão no
governo para que Bolsonaro use mais sua
prerrogativa de presidente da República e
Data: 09/04/2019
32
Grupo de Comunicação e Marketing
aproveite a capilaridade da rede nacional de
rádio e televisão para levar sua imagem e seu
discurso a toda população.
Outra crítica interna feita à estratégia até então
adotada foi a ausência de viagens nacionais na
agenda do presidente, pendência que tende a ser
resolvida em breve. Até o momento, Bolsonaro
privilegiou viagens internacionais ou
compromissos fora do Palácio do Planalto quase
sempre relacionados às Forças Armadas. Agora,
estão previstas uma viagem para Campina
Grande (PB) e outra para a região Norte, onde
poderão ser lançadas medidas concretas relativas
às metas fixadas para os 100 dias, como o 13o
salário para beneficiários do Bolsa Família e
iniciativas para o desenvolvimento de tecnologias de dessalinização de água.
No Planalto, outro objeto de questionamento é o
processo de tomada de decisão do presidente. "A
gente acha que convenceu ele de manhã e à
tarde volta tudo como antes", lamenta um assessor.
O mandato de Bolsonaro está apenas no início.
Há tempo suficiente para mudanças de rota, mas
é preciso senso de urgência devido às
preocupantes perspectivas de desaceleração da
economia global e foco no que realmente
importa: retomada do emprego e reativação da
economia doméstica.
Ainda na época da transição entre os governos
Michel Temer e Jair Bolsonaro, um experiente
líder do Centrão projetava: o presidente eleito
logo seria levado a entender que seu discurso
contra os partidos políticos tradicionais fora útil
na campanha eleitoral, mas poderia representar
um entrava para seus planos no Congresso
Nacional. "Em seis meses ele percebe, mas aí a
conversa com a gente vai ser num patamar
diferente", dizia essa liderança. Levou menos
tempo do que esperavam os líderes do Centrão.
Bolsonaro os convidou para uma conversa no
Palácio do Planalto depois de aproximadamente três meses de tomar posse.
Fernando Exman é coordenador do "Valor PRO"
em Brasília
E-mail: [email protected]
https://www.valor.com.br/politica/6203437/cem-
dias-momento-de-reflexao-e-inflexao
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Data: 09/04/2019
33
Grupo de Comunicação e Marketing
Corrupção ocupa espaço nos diagnósticos do FMI
Finalmente a corrupção chega às mesas de
debate do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Nesta semana, quando o FMI realizar em
Washington sua tradicional reunião da primavera
(no Hemisfério Norte), um capítulo do respeitado
estudo Monitor Fiscal, apresentado em todo
encontro, é dedicado ao tema. Os efeitos fiscais
da corrupção e seu impacto nas políticas públicas
e na infraestrutura são alguns dos enfoques do
estudo, que tem o mérito de dimensionar
prejuízos que todos percebem que são causados,
mas não sabem quantificar.
Um dos efeitos perniciosos da corrupção é a
queda da arrecadação. A perda atinge cerca de
2% do Produto Interno Bruto (PIB) global, o
equivalente a US$ 1,5 trilhão, calcula o Fundo.
Governos menos corruptos chegam a arrecadar o
equivalente a 4% do PIB a mais. Quando a
corrupção prolifera, há desperdícios do dinheiro
dos contribuintes e do próprio governo em
projetos de investimento superfaturados, com
gastos que chegam ao dobro por conta das
propinas e fraudes em licitações. As pessoas
pagam suborno para escapar dos impostos.
Há distorções também nas prioridades do
governo e a parcela dos investimentos destinada
à educação e saúde é um terço menor, com
implicações na eficiência dos gastos sociais. O
FMI constata que, em países mais corruptos, os
estudantes em idade escolar tiram notas piores
nas provas. Quando o nível de corrupção é
elevado, as notas são 10% inferiores à média
global; quando a corrupção é reduzida, podem
ser quase 15% superiores.
O FMI analisou com pragmatismo o impacto da
corrupção na infraestrutura (Valor, 5/4). Para o
Fundo, é preciso desincentivar a corrupção, mas
também reduzir o prejuízo à economia. Em
alguns casos, os projetos foram interrompidos
depois de investimentos elevados terem sido
feitos, com impacto macroeconômico, aponta o
FMI, mencionando os casos do Brasil e do Peru.
Para o Fundo, seria possível levar adiante os
projetos, caso sejam de interesse público,
enquanto se adotam salvaguardas adicionais e se
continua a processar e a impor sanções a quem
tiver praticado corrupção. Não é a primeira vez
que o FMI menciona a corrupção no Brasil. Ao
analisar a crise econômica de 2015, ele destacou
as suspeitas de irregularidades na campanha de
reeleição da presidente Dilma Rousseff, a crise
política, decisões erradas do governo federal com
as pedaladas fiscais e o escândalo da Petrobras.
Desde 2018, o Fundo resolveu passar a incluir a
análise da corrupção nos relatórios periódicos de
países que elabora, avaliando suas
consequências sobre a economia e usando
indicadores de governança e transparência. Não
foi fácil para o FMI dar esse passo. A diretora-
gerente Christine Lagarde foi condenada em
2016 por negligência no caso Tapie, escândalo
envolvendo o desvio de dinheiro público quando
era ministra das Finanças da França, embora sem
responsabilidade criminal. Seu antecessor na
entidade, Dominique Strauss-Kahn, renunciou
após ser preso por estupro. E o anterior, Rodrigo
Rato, é acusado na Espanha em vários casos de
fraude fiscal depois que foi trabalhar no Bankia.
Lagarde disse na semana passada a empresários
que a corrupção é um dos problemas globais que
precisa ser atacado em conjunto pelos países,
como a migração, os riscos cibernéticos e a
mudanças climáticas. Ela comentou que a
corrupção drena recursos que poderiam ser
canalizados para a educação, saúde e redução da
desigualdade, como bem sabem os brasileiros. O
estudo do FMI confirmou o que se suspeitava há
tempos: a corrupção reduz o crescimento e
aumenta a desigualdade. "Para ser
verdadeiramente eficaz as estratégias de
combate à corrupção devem ir além de
simplesmente jogar as pessoas na cadeia. São
necessárias reformas regulatórias e institucionais
mais amplas", disse. Na análise de Lagarde, a
melhor maneira de combater a corrupção envolve
a criação de "instituições fortes, transparentes e
responsáveis".
Os levantamentos da Transparência Internacional
mostram a grande correspondência entre
corrupção e pobreza. Pelos dados de 2018, dois
terços dos 180 países acompanhados estão
abaixo de 50 no Índice de Percepção da
Corrupção, uma escala em que só as nações
"muito limpas" conseguem a nota 100. Com 88
pontos, a Dinamarca é que se mais aproxima
desse conceito. Entre os dez países mais
corruptos, seis estão na África. O Brasil está em
105º lugar, o pior resultado desde 2012.
https://www.valor.com.br/opiniao/6203249/corr
upcao-ocupa-espaco-nos-diagnosticos-do-fmi
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
A mão visível da natureza Por Ana C. Barros, Carlos Scaramuzza, Rubens
Benini
Enquanto o desmatamento na Amazônia cresce,
a floresta volta por conta própria em várias
partes do país. Isso acontece em áreas pouco
utilizadas e abandonadas e tem uma importante
função para o clima, água e biodiversidade e, ao
mesmo tempo, ajuda o produtor rural e o
agronegócio a cumprirem o Código Florestal. Isso
é sorte nossa, mas não dá para assistir de braços
cruzados. Dois estudos a serem lançados ainda
este ano estimam, com base nos sistemas de
monitoramento do uso da terra por imagens de
satélite, qual é a extensão dessa regeneração
natural das áreas um dia desmatadas. Os números são expressivos.
Na Amazônia, uma análise da permanência da
regeneração da floresta entre 2008 e 2014, ou
seja, o quanto de floresta está voltando
naturalmente e persistindo ao longo do tempo,
indica uma área de mais de 94 mil km2. Essa
área representa 21% de todo o desmatamento
ocorrido na Amazônia brasileira até hoje (que é
de 436.621 km2). Parte dessa recuperação
(15%) está se dando em diferentes tipos de
áreas protegidas e 46 % nas Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade.
De um lado, essa revelação corrobora a tese de
que boa parte do desmatamento ocorre
simplesmente para especulação de terras ou para
dar lugar a atividades pouco produtivas, levando
ao abandono da área. Por outro lado, dá ao Brasil
e à Amazônia um pequeno alívio de que o
"tipping point" pode estar 5 a 8 anos mais
adiante, dado que pesquisadores como Tom
Lovejoy e Carlos Nobre apontam que ao
desmatar entre 20 e 25% da floresta,
alteraremos o padrão de chuva o suficiente para
degradar a floresta, por conta do efeito
acumulado de estiagens, incêndios florestais e
espécies invasoras. Ir além desse ponto de não
retorno significa perder a floresta e ver a sua
substituição por uma vegetação aberta ao estilo de uma savana.
Esses dados de regeneração foram analisados a
partir do Terra Class, um projeto do governo
brasileiro que faz um mapeamento detalhado da
cobertura vegetal e do uso da terra na Amazônia.
Como o dado mais recente disponível é de 2014,
é importante saber agora se esta floresta que
estava crescendo em 2014 ainda está lá. A forma
mais rápida de responder essa pergunta é
realizar uma análise com o MapBiomas, "uma
rede colaborativa com especialistas nos biomas,
usos da terra, sensoriamento remoto, SIG e
ciência da computação que utilizam
processamento em nuvem e classificadores
automatizados, desenvolvidos e operados a partir
da plataforma Google Earth Engine, para gerar
uma série histórica de mapas anuais de
cobertura e uso da terra do Brasil". Além disso é
sempre bom ter uma segunda estimativa para
poder avaliar qual o grau de incerteza das análises.
Outra ação recomendada é juntar especialistas
governamentais e não governamentais em
sensoriamento remoto, Cadastro Ambiental Rural
(CAR), florestas e agricultura, para analisar qual
o perfil das propriedades rurais onde essa
floresta está voltando, se estão ou não
registradas no CAR e sob o olhar governamental,
se estão em áreas protegidas por lei ou se são
excedentes e, sobretudo, se e de que forma é
possível garantir que esse processo de
regeneração natural prossiga e se consolide
como floresta recuperada. Em outras palavras,
deve-se envolver o produtor nessa equação
benéfica para todos, considerando a recuperação
florestal, segundo uma perspectiva de
diversificação da renda e em uma abordagem
integrada da gestão da propriedade e da
paisagem rural, apoiada por incentivos e assistência técnica apropriados.
É possível garantir que esse processo de
regeneração natural prossiga e se consolide como floresta recuperada
O mesmo fenômeno está em curso na Mata
Atlântica. O Pacto pela Restauração da Mata
Atlântica (Pacto), reunindo 350 organizações e
membros, através de seu Grupo de Trabalho de
Inteligência GeoEspacial, em coordenação com o
MapBiomas, fizeram uma busca pela floresta que
está voltando através de processos de
regeneração natural e projetos executivos de
restauração. Com dados mais recentes, cobrindo
o período de 2009 a 2017, encontraram
aproximadamente 6.700-7.400 km2 de floresta
em recuperação de 2011 a 2015 e com uma
projeção de atingir 13.500-14.800 km2 até 2020.
Desses 3 mil km2 seriam resultado de
Data: 09/04/2019
35
Grupo de Comunicação e Marketing
intervenções de restauração realizadas por
integrantes da rede, fundamentalmente, projetos
de recuperação de margens de rios e encostas
que a lei exige que sejam mantidas como floresta.
Assim como no caso da Amazônia, a melhor
reação a esses dados é lançar mão de um pacote
de ações e incentivos técnicos e financeiros que
possibilitem que a natureza continue seu curso
natural, com as florestas continuando a crescer
com a força das chuvas de sementes, do sol e
das chuvas. A Política Nacional de Recuperação
de Vegetação Nativa (Proveg) tem esse objetivo, entre outros, mas precisa sair do papel.
Outra ação importante a fazer é compreender
quais as condições para essa regeneração natural
e de que forma a força humana pode impulsioná-
la para outras áreas abandonadas, com pouco
uso, ou de baixa aptidão agrícola. Assim,
estaríamos criando opções de geração de renda e
oportunidades socioeconômicas no meio rural
brasileiro, num setor de produção de florestas com espécies nativas.
O planeta está esquentando a passos largos e a
nossa civilização, em um prazo de 12 anos,
precisa reduzir significativamente suas emissões
de gases para atmosfera, adotando cada vez
mais estratégias para capturar carbono com
múltiplos benefícios, para o clima, agricultura,
água, biodiversidade e a possibilidade de geração
de renda. A boa notícia é que a recuperação das
florestas pode arcar com um 1/3 desse desafio
global. O Brasil, que se comprometeu a
reflorestar 120 mil km2 até 2030, teve entre
2014 e 2015 quase 90% dessa meta cumprida
graças a regeneração natural na Amazônia e na
Mata Atlântica (94 mil mais 14,8 mil km2). É
preciso saber se ainda se pode contar com isso.
A prioridade tem sido, como deve ser, acabar
com o desmatamento. Mas num tempo de
recursos escassos e desafios tão grandes, é bom
não dispensar essa oportunidade e ajudar a mão
visível da natureza fazer o seu papel.
Ana Cristina Barros, bióloga, é diretora de
Infraestrutura Inteligente para América Latina da The Nature Conservancy (TNC).
Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza é biólogo e doutor em Ecologia pela USP.
Rubens M. Benini, engenheiro florestal, é líder de Restauração Florestal para a América Latina.
https://www.valor.com.br/opiniao/6203241/mao-visivel-da-natureza
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Data: 09/04/2019
36
Grupo de Comunicação e Marketing
Queiroz Galvão divide recuperação da área de energia Por Camila Maia | De São Paulo
Quatro empresas de energia do grupo Queiroz
Galvão pediram proteção judicial e extrajudicial
no domingo à noite, depois que a Justiça
indeferiu a homologação do plano de recuperação
extrajudicial da Queiroz Galvão Energia, que
abarcava todos os ativos de energia da holding. A
recusa se deu justamente porque o juiz do caso
entendeu que não havia elementos que justificassem um plano único.
A Queiroz Galvão chegou a recorrer da decisão,
mas teve o pleito indeferido pelo juiz Marcelo
Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e
Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo.
Em decisão de 4 de abril, Sacramone escreveu
que os embargos de declaração apresentados
consistiam em uma tentativa de "protelar aquilo
que foi decidido". Para atender a determinação, a
Queiroz Galvão apresentou, no domingo, os
planos referentes à quatro sociedades de
propósito específico (SPEs), algumas devedoras
principais e algumas avalistas. Os processos continuarão com o juiz Sacramone.
As empresas Queiroz Galvão Energia (QGE) e
Queiroz Galvão Energias Renováveis (QGER)
apresentaram planos de recuperação
extrajudicial, já aprovados por mais de três
quintos de seus credores. A hidrelétrica Jauru e a
Companhia Energética Santa Clara, por sua vez,
entraram com pedidos de recuperação judicial.
No caso das duas últimas, os pedidos foram
apresentados porque venceu ontem o prazo para
o pagamento da exposição de ambas ao mercado
de curto prazo de energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O montante total da dívida a ser reestruturado é
de cerca de R$ 3,15 bilhões. O plano de
recuperação extrajudicial proposto
anteriormente, e que foi rejeitado pela Justiça,
abrangia R$ 3,8 bilhões em dívidas. A diferença,
desta vez, é que o total de cerca de R$ 700
milhões devido ao BNDES não será abarcado
pelos planos, por já ser uma dívida de longo prazo.
No caso da QGE, o plano, que já teve o aval de
credores representando 99,9% da dívida de R$
2,7 bilhões, haverá desconto de 50% sobre o
saldo do crédito abrangido. No período de dois
anos depois da homologação deste plano pela
Justiça, não será feito qualquer pagamento de
quantia referente a principal, nem de juros. A
amortização de 65% do crédito abrangido (após
o desconto), incluindo os juros incidentes e não
pagos durante o período de carência, será feito
em 216 parcelas iguais e sucessivas mensais. O
montante restante será pago em parcela única
depois disso. Os juros serão de 1,5% ao ano.
As mesmas condições valerão para a dívida de
R$ 3,15 bilhões abrangida pela QGER, que,
societariamente está debaixo da QGE. A dívida é
maior que a da holding por conta de avais
cruzados. A dívida da gestora americana
Castlekale se concentra nesta unidade, a qual o
plano de recuperação judicial já teve aprovação
de credores representando 91,49% dos créditos.
A Queiroz Galvão arquivou ainda planos de
recuperação judicial para as hidrelétricas Jauru e
Santa Clara, contra dívidas de, respectivamente,
R$ 175,4 milhões e R$ 112,2 milhões. A usina de
Jauru tem 121,5 megawatts (MW) de potência, e
teria que pagar ontem R$ 39,3 milhões na
liquidação do mercado de curto prazo de energia
realizado pela CCEE) A usina Santa Clara tem 60
MW de potência, e deve outros R$ 14 milhões à CCEE.
https://www.valor.com.br/empresas/6203351/qu
eiroz-galvao-divide-recuperacao-da-area-de-
energia
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Data: 09/04/2019
37
Grupo de Comunicação e Marketing
CCR diz depender de depoimentos de ex-executivos Por Rita Azevedo | De São Paulo
A CCR voltou a defender a proposta de
pagamento de R$ 71 milhões a 15 ex-executivos
envolvidos em atos ilícitos que se
comprometeram a colaborar com o Ministério
Público, dizendo que o plano é essencial para a
continuidade dos seus negócios. Em evento para
analistas e investidores em São Paulo, ontem, a
administração da empresa levou parte de sua
equipe de advogados para justificar a
necessidade de aprovação do plano, que é alvo
de crítica de alguns acionistas minoritários.
Segundo Marcelo Trindade, um dos advogados da
CCR, quando o conselho de administração
aprovou o acordo com os ex-executivos houve
troca do "risco de quebra de companhia pela
continuidade dos negócios". A companhia, como
concessionária, depende do poder público para
continuar atuando e essa relação estaria
prejudicada caso os acordos com a Justiça
demorassem mais tempo para serem firmados ou
a empresa sofresse algum tipo de sanção relacionada à participação em futuras disputas.
Conforme Sebastião Tojal, advogado que
acompanhou a assinatura do acordo de leniência
no Paraná e do termo de autocomposição em São
Paulo, informações importantes para os acordos
com a Justiça - como a finalidade dos malfeitos -
só eram de conhecimento dos próprios
executivos. Essas pessoas poderiam se recusar a
prestar esclarecimentos alegando que, do ponto
de vista criminal, alguns dos seus atos já haviam
prescritos.
A proposta, que também inclui o custeio de
advogados, o pagamento de multas e o
compromisso de que a CCR não irá processar os
antigos executivos, será votada em assembleia
no dia 22 de abril.
No evento com analistas e investidores, o
chamado "programa de incentivo à colaboração"
dos ex-executivos dividiu espaço com os planos
de investimento da CCR. Há mais de um ano, a
companhia é questionada com relação à
renovação de seu portfólio, uma vez que parte
significativa dos resultados vêm de concessões
que se encerram na próxima década.
Governador Doria foi a evento da CCR
garantir que vai renovar todos os contratos
de rodovias que vencem até 2022
A CCR avalia projetos na área de aeroportos,
além da licitação de onze concessões de rodovias
federais e estaduais em Goiás, Rio Grande do Sul
e Minas Gerais. Com relação a oportunidades em
São Paulo, o maior interesse da CCR está no
desenvolvimento de negócios dentro dos contratos atuais.
Em discurso no evento da CCR, o governador de
São Paulo, João Doria (PSDB), reafirmou que irá
renovar todos os contratos de rodovias que irão
vencer até 2022. Com isso, a CCR terá renovada
as concessões da ViaOeste (sistema Castello-
Raposo) e a Renovias (em sociedade com a
Encalso). "É decisão do governo", disse. "O
governo não tem interesse em auferir recursos
de outorga, mas em melhorar serviços de forma
mais rápida."
Para tirar todos os planos de investimento do
papel, a CCR quer aproveitar que seu índice de
endividamento está abaixo do que é considerado
saudável. Segundo a administração da
companhia, isso permite "espaço de
alavancagem" de R$ 5 bilhões, valor suficiente
para a participação em projetos disponíveis no mercado.
Mesmo com o entusiasmo com os projetos, o que
roubou a atenção de analistas no evento foram
temas relacionados às investigações e à melhora
da governança corporativa. Eles questionaram,
por exemplo, se havia a chance de novos acordos
serem firmados com a Justiça e como a CCR
pretendia atuar para impedir que malfeitos se repetissem.
Especificamente sobre essa última questão,
Pedro Sutter, vice-presidente de compliance,
disse que espera apresentar em 18 meses uma
proposta de revisão dos instrumentos de
governança e controle ao conselho de
administração. "Nós não vamos descansar
enquanto a governança não for estruturada para
lidar com novos desafios", disse Sutter, sem citar
nominalmente as investigações.
A revisão, segundo ele, ocorrerá em 12 frentes,
como ferramentas de controle, políticas de
Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
transação, regulamento dos conselhos, política de sucessão e de remuneração.
Segundo Leonardo Vianna, presidente da
companhia, a revisão faz parte do "processo de
aprimoramento" de uma empresa que "sempre
foi destaque de governança". No cargo desde o
fim de julho de 2018, Vianna substituiu Renato
Vale, um dos 15 ex-executivos que devem
receber uma quantia equivalente a seu último
salário por um período de cinco anos, conforme a proposta da administração.
https://www.valor.com.br/empresas/6203365/ccr-
diz-depender-de-depoimentos-de-ex-executivos
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Conflito na Líbia leva barril do Brent a US$ 71 Por Agências internacionais
Os preços do petróleo fecharam ontem no maior
patamar de 2019, impulsionados por receios em
torno da oferta da commodity após a retomada
de combates entre milícias na Líbia e do anúncio
de que os EUA passaram a classificar o Exército
dos Guardiães da Revolução Islâmica, do Irã, como uma organização terrorista.
Os contratos do Brent para junho fecharam em
alta de 1,08%, a US$ 71,10 por barril na ICE, em
Londres, enquanto os do WTI para maio subiram
2,09%, a US$ 64,40 por barril na Bolsa de
Mercadorias de Nova York (Nymex). Na semana
passada, o Brent havia passado da marca de US$
70 pela primeira vez desde novembro de 2018,
impulsionado pelos cortes de produção da Opep e
pela queda na oferta no Irã e Venezuela, afetada por sanções dos Estados Unidos.
"A designação [como organização terrorista]
definitivamente elevou [os preços do petróleo] a
um novo patamar", disse Phil Flynn, analista
sênior de mercados da Price Futures, à Dow
Jones Newswires. "Isso eleva a probabilidade de
que a administração Trump não dê isenções a compradores de petróleo iraniano", disse.
A escalada dos conflitos na Líbia traz temores de
interrupções na produção do país norte-africano
rico na commodity. A valorização chega depois
de o líder militar sírio Khalifa Haftar, que controla
o leste do país, ter iniciado uma ofensiva contra o
governo em Trípoli, apoiado pela Organização
das Nações Unidas (ONU). Combates foram
travados na periferia da cidade ao longo do fim
de semana.
Analistas do banco ANZ alertaram para o risco de
problemas no fornecimento da Líbia. Embora os
combates atualmente estejam ocorrendo longe
dos principais campos petrolíferos, "o risco de
que isso se expanda pelo país aumenta a cada dia".
"O sentimento na sexta-feira [também] foi
motivado pelos dados mostrando fortes números
no emprego nos EUA", acrescentaram os
analistas do ANZ, segundo o jornal "Financial
Times". "Isso ajudou o mercado a ignorar o
maior aumento na atividade de perfuração em 12 meses."
Outro fator que contribui para dar sustentação
aos preços é o relato de que a chinesa petrolífera
Sinopec retomou as compras de petróleo dos
EUA, observa a consultoria JBC Energy. De
acordo com dados do Departamento de Energia,
as exportações de petróleo dos EUA para a China
diminuíram entre meados de 2018 e as últimas
semanas, após terem ficado, em média, em 300
mil barris/dia na primeira metade do ano
passado.
https://www.valor.com.br/empresas/6203339/co
nflito-na-libia-leva-barril-do-brent-us-71
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Data: 09/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Fundos estrangeiros vendem ações da Vale
após desastre em MG
A Union Investment, terceira maior
administradora de ativos da Alemanha, vendeu
todas suas ações e bônus do grupo minerador
Vale, depois do rompimento da barragem de
rejeitos em janeiro no Brasil que deixou até o
momento 224 pessoas mortas e 69
desaparecidas, segundo último balanço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
O rompimento da barragem da mina Córrego do
Feijão, em Minas Gerais, em 25 de janeiro, foi a
segunda catástrofe do tipo envolvendo a Vale
desde 2015, quando houve o rompimento da
barragem da Samarco, em Mariana, também em Minas Gerais.
As ações da Vale, maior produtora mundial de
minério de ferro, caíram 25% na primeira sessão
depois da segunda catástrofe. O executivo-chefe
Fabio Schvartsman renunciou temporariamente.
As ações recuperaram a maior parte das perdas
nos últimos meses, mas a companhia está sob
pressão dos investidores para melhor seu desempenho de segurança.
A Igreja Anglicana vendeu sua participação na
Vale, de menos de 10 milhões de libras esterlinas
(US$ 13 milhões), dias depois do desastre. Em
março, o conselho de ética da Suécia, que
assessora vários fundos de pensão, instou a seus
clientes a vender suas ações na mineradora
brasileira, argumentando "ter perdido a confiança" na companhia.
Na sexta-feira, a Igreja Anglicana e o conselho
de ética sueco solicitaram a todas as mineradoras
de capital aberto que divulgassem "todas as
instalações individuais de armazenamento de rejeitos sob seu controle".
O fundo de petróleo da Noruega, maior fundo
soberano do mundo, que detém participação de
1,1% na Vale, informou ao "Financial Times" que
mantém conversas com a empresa desde o
desastre de janeiro e que o conselho de ético da
Noruega, que assessora o fundo de petróleo
sobre a venda de certas participações, está estudando a Vale.
A Union Investment administra € 338 bilhões em
ativos e tem participação de mercado de 15% na
Alemanha. Era uma pequena acionista da Vale e vendeu a participação no fim de março.
"A Vale foi excluída de todos os produtos
administrados ativamente por [nós]", afirmou o
chefe de questões ambientais, sociais e de
governança (ESG, na sigla em inglês) na Union Investment, Henrik Pontzen.
O investidor estrangeiro evitou a Vale por anos,
algo que mudou quando a companhia alterou sua estrutura acionária
Outra pessoa a par das discussões internas na
Union Investment disse ao "Financial Times" que
a decisão foi tomada após discussões com a Vale
que levaram à conclusão de que a mineradora
tinha "falhas estruturais" significativas e não
havia implementado "medidas suficientes" para evitar catástrofes similares.
A Allianz Global Investors, segunda maior
gestora de ativos da Alemanha, informou ao
"Financial Times" que havia reduzido sua
exposição à Vale depois do desastre com a
barragem em 2015 [da Samarco em Mariana] e
havia deixado de ser acionista da Vale bem antes
de janeiro.
Susana Penarrubia, chefe de integração de
questões de ESG na administradora de ativos
DWS, maior da Alemanha, havia comentado em
fevereiro o rompimento da barragem à Reuters.
"Confirma mais uma vez nosso ponto de vista
muito cauteloso em questões ESG do setor
minerador". Também havia dito que a DWS já
havia excluído a Vale de seus investimentos ESG
e iria reavaliar as posições de investimento mantidas em nome de clientes institucionais.
Os investidores estrangeiros evitaram a Vale por
anos, algo que mudou apenas quando a
companhia alterou sua estrutura acionária pouco
depois da chegada de Schvartsman, em meados
de 2017. A mudança fundamental foi o fim do
acordo de acionistas controladores que estava
em vigência há 20 anos.
Dois dos quatro fundos de pensão brasileiros que
formam o grupo chamado Litel, maior acionista
da Vale, com participação de 21%, não
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Grupo de Comunicação e Marketing
responderam os pedidos para comentar o
assunto. Os outros dois não quiseram comentá-
lo, assim como a Vale.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), que tem participação de 6,3%,
também não quis comentar o assunto. O banco
privado Bradesco informou ao "Financial Times"
que vai manter sua participação de 5,7%.
Em março, a polícia e promotores brasileiros
citaram em documentos jurídicos "evidência" de
que a Vale tinha ciência do alto risco de ruptura
da barragem e que exerceu "pressão" sobre os
auditores responsáveis pela certificação da estrutura para que a certificasse como segura.
Alertaram para a possível aplicação de multas em
dinheiro sobre a Vale, assim como para "sanções
mais drásticas, como a suspensão parcial ou
proibição de suas atividades e até a dissolução compulsória da companhia".
O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo
Salles, disse ao "Financial Times" que "a maior
responsabilidade é da companhia, sem dúvida",
acrescentando que o monitoramento das barragens em geral precisam ser melhorado.
A Vale anunciou a suspensão das operações em
dez de suas barragens em Minas Gerais. A
decisão foi tomada depois da adoção de novos
critérios pelas autoridades para avaliar os graus de risco.
A Igreja Anglicana pediu em carta para 683
empresas mineradoras de capital aberto no
mundo listarem suas instalações de
armazenamento de rejeitos em 45 dias. "É
essencial que os investidores possam estabelecer
uma linha de visão clara sobre quais empresas
têm quais instalações de armazenamento de
rejeitos e como essas instalações estão sendo
administradas", disse Adam Matthews, diretor de
ética e engajamento do Conselho de Pensões da
Igreja Anglicana. A carta foi apoiada por 96
investidores, com US$ 10,3 trilhões em ativos sob sua administração.
https://www.valor.com.br/empresas/6203359/fu
ndos-estrangeiros-vendem-acoes-da-vale-apos-
desastre-em-mg
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Data: 09/04/2019
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Infraestrutura é alvo prioritário em atuação de agências Por Talita Moreira | De São Paulo
A agenda de investimentos em infraestrutura
está no topo das prioridades das agências
multilaterais no Brasil. Além de oferecer funding,
algumas delas têm trabalhado com o setor público até na modelagem das concessões.
É o caso da International Finance Corporation
(IFC). O braço do Banco Mundial no setor privado
assessora o governo federal na estruturação de
quatro lotes de rodovias. Também trabalha com
o governo de São Paulo na modelagem da
concessão, à iniciativa privada, de um trecho
entre Piracicaba e Charqueada, e no processo de
capitalização da Sabesp.
Nos financiamentos da IFC, a expectativa é que a
participação de infraestrutura aumente de 24% para 40% em três anos.
No BID Invest, uma das apostas é financiar a
outorga para os vencedores de uma concessão -
e não apenas o projeto, como se faz
tradicionalmente. "Ainda vamos combinar com o
governo em que setores isso faz mais sentido",
afirma Javier de Colmenares, chefe da divisão de infraestrutura e energia da agência.
Rodovias, portos, ferrovias, transmissão de
energia, térmicas, privatizações de companhias
estaduais de água e esgoto estão entre os
setores que mais vão demandar financiamentos de projetos, na avaliação do executivo.
O Banco de Desenvolvimento da América Latina
(CAF), por sua vez, terá reunião em maio com o
governo para discutir sua programação. Em outra
frente, a instituição acena com garantias de crédito para financiamentos de projeto.
Apesar do interesse, há desafios à frente, diz
Hector Gómez, responsável pela IFC no Brasil. O
principal deles é a estabilidade macroeconômica
no longo prazo. "Os investidores estrangeiros estão esperando para ver", diz.
A situação fiscal de Estados e municípios também
é vista como um empecilho. "Faltam projetos
financiáveis no mercado. Há uma lacuna de
centenas de bilhões de dólares em infraestrutura,
mas poucos projetos estão na rua", afirma
Gómez. Para ele, há uma histórica dificuldade de
planejamento no Brasil. "Mas está caminhando."
https://www.valor.com.br/financas/6203139/infr
aestrutura-e-alvo-prioritario-em-atuacao-de-
agencias
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Data: 09/04/2019
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O incentivo ao reaproveitamento de rejeitos Por Thiago R. Maia e Izabella Reis
Historicamente, do ponto de vista regulatório-
minerário, o aproveitamento dos rejeitos das
atividades de mineração sempre esteve em uma
espécie de "limbo legislativo". Tanto o Código de
Mineração (Decreto-Lei nº 227, de 1967) quanto
o regulamento anterior (Decreto nº 62.934/68)
não faziam qualquer menção a esse tipo de
exploração e, consequente, sobre a aplicabilidade do regime de autorização/concessão.
A razão é simples: o Código de Mineração é de
1967 e tem foco no processo de lavra, reflexo da
conjuntura socioeconômica do Brasil nos anos
que sucederam à 2ª Guerra Mundial. Temas hoje
considerados relevantes, como o
reaproveitamento de rejeitos e fechamento de
minas, estavam distantes da realidade brasileira.
Entretanto, ao longo das últimas décadas, dois
importantes vetores têm contribuído para
acentuar a relevância do tema perante a indústria e reguladores.
É importante que sejam editadas normas claras,
que atendam o processo de inovação e as necessidades do setor mineral
Em primeiro lugar, com o desenvolvimento de
novas tecnologias, a exploração de substâncias
depositadas ao longo de anos em barragens se
tornou, em determinadas ocasiões,
empreendimentos economicamente justificáveis
por si mesmo, tendo o potencial de gerar
resultados econômicos e trazer receitas para o
Estado, seja por meio de impostos ou de
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Mineiras (CFEM).
O segundo e mais importante vetor, no que diz
respeito à geração de resíduos sólidos, é o fato
de ser um dos principais responsáveis pelos
impactos associados à mineração. O adequado
armazenamento e destinação de tais resíduos é
cada vez mais determinante para garantir a
segurança operacional e aproximar os
empreendimentos de sua responsabilidade social.
Em outras palavras, o aproveitamento de rejeitos
pode contribuir de forma efetiva para a redução
dos rejeitos estocados em barragens no Brasil e,
por consequência, para a minimização dos passivos socioambientais associados.
Após o ocorrido em Brumadinho (Minas Gerais),
foram editadas normas determinando o
fechamento das barragens construídas ou
alteadas sob método "a montante", o que resulta
na necessidade de se conferir nova destinação
aos rejeitos ali estocados, em especial a
Resolução ANM nº 4, de 2019, a Resolução
Conjunta Semad/Feam nº 2.765, de 2019, e a Lei Estadual nº 23.291, de 2019.
Entretanto, infelizmente, alguns entraves
regulatórios para o reaproveitamento econômico dos referidos rejeitos ainda persistem.
Durante muito tempo, o cerne da questão residia
no fato de que uma vez o aproveitamento dos
rejeitos sendo economicamente viável, já
afastaria sua caracterização como rejeito em seu
conceito técnico: sob a ótica regulatória, estéril é
classificado como o resíduo resultante do
processo de lavra e o rejeito como resultante
pós-beneficiamento, ambos sem valor econômico.
Diante disto, poderia se perguntar, por exemplo,
se tais substâncias minerais constituiriam
produto de lavra, portanto de propriedade do
minerador, ou se seriam consideradas como
reincorporadas ao solo - adquirindo novamente a
característica de jazida, com sua exploração
condicionada à existência de um título minerário válido -, sendo ele próprio para este fim ou não.
O primeiro passo em direção a um ambiente
regulatório mais propenso a projetos de
aproveitamento de rejeitos foi dado com o
Decreto nº 9.406 (Regulamento do Código de
Mineração), de 2018, ao incluir expressamente
nos conceitos de atividade de mineração e de
lavra o aproveitamento de rejeitos e estéreis.
Entretanto, a regulamentação de tal modalidade
de aproveitamento - que cabe à Agência Nacional
de Mineração (ANM) - ainda permanece
pendente.
O momento, portanto, é de criar um ambiente
seguro juridicamente para que tais projetos
possam se desenvolver, uma vez que a
manutenção, por longo período de tempo, de
uma previsão legal de eficácia contida (i.e.
Data: 09/04/2019
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pendente de regulamentação), ao mesmo tempo
que cria expectativas e movimenta o setor, traz
insegurança.
Qualquer que seja a justificativa para o
reaproveitamento, é importante que sejam
editadas normas claras, que atendam o processo
de inovação e as necessidades do setor mineral,
incluindo o atendimento à Política Nacional de
Segurança de Barragens (Lei nº 12.334, de
2010), que se encontra novamente em discussão.
Thiago R. Maia e Izabella Reis são,
respectivamente, sócio e associada do escritório Demarest Advogados
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do
jornal Valor Econômico. O jornal não se
responsabiliza e nem pode ser responsabilizado
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https://www.valor.com.br/legislacao/6203155/o-
incentivo-ao-reaproveitamento-de-rejeitos
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