pernambuco 2035 visao de futuro

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  • 7/25/2019 Pernambuco 2035 Visao de Futuro

    1/88Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 1

    Proposta paradiscusso com

    a sociedade

    RECIFEMARO 2014

    Viso de Futuro

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    2/882 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 3

    Em 2035 Pernambuco ser um dos cinco me-lhores estados brasileiros para viver, trabalhare prosperar.Esta uma viso de futuro, porm vivel

    neste prazo, e que j estamos construindo: afinal, em nossoEstado, o futuro comea nas aes e resultados semeados emonitorados a cada dia.

    Esta Viso de Futuro, que agora submetemos avaliao eao debate dos pernambucanos e brasileiros, parte do Plano

    de Desenvolvimento Pernambuco 2035, um plano estratgicoindicativo que est sendo feito de forma participativa, numaparceria entre o Governo e a Sociedade.

    Na conquista deste melhor futuro, a educao tempapel central.A educao um fator fundamental para darum salto para o futuro, reduzindo a desigualdade social e me-lhorando a competitividade da economia estadual. E nossameta ousada: em 20 anos quase que dobrar o nvel de es-colaridade pernambucana de 25 anos e mais, partindo de 6,4

    anos (2011) para 12 anos de estudo em 2035. O investi-mento feito nos anos recentes nas escolas de nvel mdio emtempo integral atesta a viabilidade e plausibilidade das metasousadas de melhoria da educao.

    Para tanto, contaremos com educao de qualidade tanto emescolas pblicas como privadas, universalizando o ensino m-dio e/ou tecnolgico e com forte e crescente acesso ao ensinosuperior. Neste sentido, ser indispensvel o engajamento de-cisivo dos Municpios, responsveis pelo ensino fundamental e

    uma intensa parceria com o Estado e a sociedade.

    MENSAGEM DOGOVERNADOR

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    4/884 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    Ao mesmo tempo, precisamos consolidar instituiesmais slidas e confiveis em todo o Estado de Per-nambuco: justia acessvel e rpida; plena profissionaliza-o e crescente qualificao dos gestores pblicos; regras cla-ras e objetivas, simples e duradouras; cumprimento das leis,e fortalecimento das instituies municipais, intensificando eampliando a sua cooperao e sinergia com os governos esta-duais sem descontinuidades.

    Tendo como base educao e instituies de qualidade, mi-ramos neste futuro desejado para 2035 trs importantesconquistas de grande valor para Pernambuco e os que nelevivem:

    1. Qualidade de VidaPernambuco ser um Estado cada vez mais sau-dvel e seguro, com expectativa de vida superior

    a 80 anos e taxa de criminalidade chegando, em2035, abaixo de 10 homicdios por cem mil habitantes(34,16 em 2013). Teremos melhores condies de habi-tabilidade e melhoria de mobilidade urbana: reduzindo odficit habitacional a mais da metade do atual e os temposmdios de deslocamento dos pernambucanos. Seremosum Estado totalmente conectado. E, muito importante,conservaremos, inclusive, nossa cobertura florestal conten-do o processo de desertificao do Semirido ao mesmotempo em que aumentaremos substancialmente o volumepotencial de reservatrios de gua, assegurando estabili-dade na sua oferta, incluindo a recuperao dos recursoshdricos do Estado, destacando a sustentabilidade como

    um valor do modelo de desenvolvimento do Estado.

    2. ProsperidadeNos ltimos anos, Pernambuco teve um dina-

    mismo econmico superior ao nacional. O desafiopara os prximos 20 anos manter esse dinamismo

    na gerao de riqueza, de modo que o PIB per capita dePernambuco se eleve de R$ 11.776,00 (2011) para maisde R$ 35.000,00 (apenas pouco acima de So Paulo em

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 5

    2011), mais que triplicando e aumentando a relao como PIB per capita mdio do Brasil. Para tanto teremos que

    dar um grande salto na competitividade, na produtividadee na capacidade de inovao do setor produtivo, condi-o fundamental para a prosperidade do Estado e de to-das as pessoas que nele residem. Alm disso, precisamosampliar e qualificar nossa infraestrutura, especialmentea malha de transporte no territrio, inserindo o transpor-te ferrovirio em nossa matriz logstica, complementandoas vantagens competitivas de Suape, potencializando astransaes econmicas globais. Desta forma, avanamos

    no adensamento das novas cadeias produtivas e na expan-so de novas atividades econmicas, com destaque paraa economia criativa que articula criatividade com a ricae diversificada cultura pernambucana. Tambm essencialser reduzir a disparidade na participao das regies dedesenvolvimento no PIB per capita com convergncia dosprincipais indicadores sociais.

    3. Coeso social

    A consolidao das conquistas de qualidadede vida e prosperidade esto diretamente rela-cionadas, nos prximos 20 anos, a fazer Pernam-

    buco progredir muito na incluso social e na busca deigualdade de oportunidades. Temos que fazer a pobrezadeclinar substancialmente, passando dos atuais 27,2%(2010) para menos de 7% (pessoas com renda domici-liar per capita igual ou inferior a R$ 140,00) em 2035.Alm de melhorar a qualidade do ensino pblico comoforma de garantir igualdade de oportunidades entre os

    pernambucanos, queremos tambm evoluir para um altograu de civilidade e tolerncia nas relaes sociais, paraque elas sejam cada vez mais marcadas pela cordialida-de da convivncia nos espaos pblicos. E, por ltimo,mas no menos importante, ampliar em Pernambuco asoportunidades de dilogo e participao da sociedade nasquestes de interesse pblico, com crescente e ativa cola-borao dos diversos segmentos sociais nas formulaese no controle social.

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    6/886 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    Espero que esta Viso de Futuro, uma vez debatida, aper-feioada e internalizada pelos que vivem em Pernambuco,

    constitua-se em valioso instrumento de agregao das prin-cipais foras polticas, econmicas e sociais do Estado emtorno de um grande projeto de desenvolvimento sustentvel ede longo prazo.

    Nosso futuro a longo prazo est sendo construdo. Mas o planono se completa aqui. Viso de Futuro se seguir uma es-tratgia de desenvolvimento, que indicar uma trajetria para2035, encadeando e distribuindo no tempo os grandes empre-endimentos, os elementos de uma nova gerao de polticas

    pblicas e uma agenda de inovao e mudana. Esta estrat-gia ser desdobrada numa carteira de projetos estruturadorescom metas, atividades, prazos e custos que ser a base para amontagem de um plano de investimentos de longo prazo parafazer o futuro desejado acontecer.

    Num momento de perspectivas to promissoras, como rara-mente se viu em Pernambuco, esta Viso de Futuro sinalizaum caminho concreto para a efetivao de um horizonte deprosperidade compartilhada, com qualidade de vida e coeso

    social para todos os que vivem em Pernambuco.Juntos, vamos fazer de Pernambuco um Estado

    muito melhor para esta e para as geraes do futuro.

    Eduardo Campos

    Governador do Estado de Pernambuco

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 7

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    Apresentao 11

    Parte I 15O PONTO DE PARTIDA: ONDE ESTAMOS?

    Parte II 41AS POSSIBILIDADES, AS ASPIRAESE A VISO DE FUTURO: AONDE PODEMOSE QUEREMOS CHEGAR EM 2035?Possibilidades e aspiraes do futuro 42

    Aonde queremos chegar: a Viso de Futuro 46Objetivos e metas

    1. Educao e conhecimento 49

    2. Instituies de qualidade 53

    3. Qualidade de vida 57

    4. Prosperidade 67

    5. Coeso social 81

    SUMRIO

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 11

    Desenvolvimento sustentvel, a taxas elevadas e com impac-tos positivos para todos. Esta diretriz exprime hoje a aspiraoe o esforo coletivo das lideranas pblicas, empresariais e dasociedade de Pernambuco. Embalados nas expressivas con-quistas que fomos capazes de realizar ao longo dos ltimosanos, ganhamos confiana para ousar ainda mais e projetar-mos um Pernambuco com mais qualidade de vida, mais coe-so social e mais prosperidade nos prximos 20 anos.

    De fato, so muito relevantes as conquistas ao longo dos l-

    timos anos. Algumas, fruto do trabalho de vrias geraes depernambucanos, como o caso do Porto de Suape. Outras,pelo bom aproveitamento das oportunidades criadas nacional-mente, como foi a reduo da pobreza. Muitas pela grandecapacidade de realizao apoiada em um intenso trabalho degesto das iniciativas do Governo do Estado, em cooperaocom a sociedade, como a expressiva reduo dos ndices decriminalidade, alcanadas em consequncia do Pacto pelaVida, e as importantes melhorias nas reas da educao e

    da sade e na atrao de investimentos, com a implantaode novas cadeias produtivas em nosso Estado. Um trao emcomum a todas essas entregas a prtica generalizada, nogoverno estadual, de um modelo de gesto e de monitoramen-to sistemtico de aes, metas e resultados, suportado porgestores profissionais e pelo engajamento exemplar de todosos executivos da administrao.

    Os desafios e as prioridades de curto prazo esto bem cuida-dos. Mas agora preciso fazer muito mais e ir mais longe, pois

    APRESENTAO

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    uma grande transio demogrfica e a maturao de trans-formaes econmicas, sociais, climticas e tecnolgicas nos

    colocam novos e grandes desafios de longo prazo.O Plano Estratgico de Desenvolvimento Pernambuco 2035,que ora est sendo construdo, a nossa estratgia para daruma resposta organizada a esse desafio: alcanar um padroelevado de desenvolvimento para Pernambuco nas dimenseseconmica e social, alicerando esse esforo em um salto dequalidade na educao. Fazer isso com base em uma agendarobusta e transparente, que explicite metas de longo prazo,defina projetos, garanta recursos e seja gerida de forma efi-

    ciente, responsvel e transparente. Este o sentido maior doPernambuco 2035.

    Os principais estudos de diagnstico e de cenrios j foramconcludos. Neles, identificamos ativos e passivos estratgicosdo Estado assim como as tendncias e mudanas em anda-mento que condicionaro o seu futuro. Os cenrios antecipamgrandes oportunidades por meio das quais Pernambuco pode-r acelerar o passo rumo a um futuro muito melhor.

    Tambm fizemos uma pesquisa qualitativa junto a uma amos-tra de pernambucanos na qual identificamos suas expectativase aspiraes em relao ao futuro. Qualidade de vida, compe-titividade, educao de qualidade, gesto pblica profissionale governana participativa destacam-se na configurao dohorizonte desejado.

    Com base nesse conjunto de condicionantes construmos umaproposta da Viso de Futuro de Pernambuco para 2035, parteprincipal deste documento. A Viso proposta desdobra-se em

    5 pilares, 15 objetivos e 35 metas e destina-se a estimular areflexo, o debate e a contribuio de todos os pernambuca-nos nesse processo de construo do futuro desejado.

    Mas o trabalho de planejamento de longo prazo no se esgo-ta na Viso de Futuro e no estabelecimento de um conjuntode metas: para transform-la em aes e resultados, teremosque desenhar uma rota detalhada de longo prazo (o PlanoEstratgico, em sentido estrito), desdobr-la em uma cartei-ra de projetos estruturantes e, finalmente, em um plano de

    investimentos pblicos, privados e em parcerias, todos com

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    horizonte nos prximos 20 anos. Por fim, ser projetado o mo-delo de governana multi-institucional deste Plano para que

    ele se torne no apenas um instrumento de governo, mais umgrande ativo de Estado e da sociedade pernambucana. Nossoplanejamento e nossas aes devem ir alm dos ciclos admi-nistrativos de cada governo.

    A liderana do governador e o engajamento das equipes dogoverno do Estado neste esforo de planejamento foram e con-tinuaro sendo decisivos. Assim como o apoio de empresasprivadas por meio do Movimento Brasil Competitivo, todosjuntos com o mesmo objetivo de garantir a continuidade desse

    importante ciclo de desenvolvimento.Cumprimos uma etapa importante deste esforo de planeja-mento de longo prazo. Mas ainda h um caminho pela frente.Afinal, sabemos que no h atalho para o desenvolvimento, eque trilhar este caminho requer trabalho continuado, persis-tncia, compromisso e competncia para que esse futuro seconcretize. A participao de todos muito importante. Jun-tos estaremos participando da construo de um Pernambucocada vez melhor.

    Frederico Amancio

    Secretrio de Planejamento e Gesto

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    Parte I

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 15

    O Ponto de PartidaOnde Estamos?

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    P

    ernambuco est mudando e melhorandograas combinao virtu-osa de vantagens competitivas, convergncia poltica e iniciativas da

    sociedade e do governo nas reas econmicas, social e ambiental.Nos ltimos dez anos, o Estado vive um ciclo de crescimento econmicocom atrao de grandes investimentos estruturadores, acompanhado dereduo drstica da criminalidade, da pobreza e das desigualdades sociais,melhoria da qualidade da educao e da oferta dos servios pblicos.

    Declnio da pobreza e da criminalidadeEm menos de 20 anos, o ndice de pobreza em Pernambuco caiu pelametade, passando de 58% dos indivduos com renda domiciliar per capitaigual ou inferior a R$ 140,00, em 1991, para 27,2%, em 2010 (grfico1), movimento que acompanhou a tendncia nacional. Mesmo assim, a

    pobreza ainda muito alta no Estado, quase o dobro da mdia nacional(15,2%) e acima do Rio Grande do Norte (23,8%). A concentrao derenda tambm caiu bastante, com o ndice de Gini saindo de 0,65, em1991, para 0,62 em 2010, pouco acima da mdia nacional (0,60). Areduo da taxa de criminalidade foi a mais bem sucedida poltica degoverno, tirando o Estado da primeira posio em homicdios em cemmil habitantes (em 2001) embora ainda continue em sexto lugar noranking nacional (grfico 2). O CVLI - Crime Violento Letal Internacionalde Pernambuco caiu de 58,8 em cem habitantes (2001) para 38,6 em2011. Atualmente o CVLI est em 34,1.

    Graas ao ciclode crescimento,

    os pernambucanosrecuperaram aautoestima e a

    confiana no futuro

    Percentual (%) de pobres - 1991/2000/2010GRFICO 1

    Fonte: IPEADATA.Nota: Proporo dos

    indivduos com rendadomiciliar per capita igual

    ou inferior a R$ 140,00mensais, em reais de

    agosto de 2010.

    Os pernambucanos recuperaram a autoestima e a confiana no futuroe as instituies, particularmente do governo do Estado, incorporarammtodos e sistemas de gesto orientados para resultados e focados nosgrandes problemas sociais, proporcionando o aumento da eficincia dos

    programas e projetos governamentais.

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    O Estado sedestacacomo importantecentro regionale grande potencialde integraoglobal

    Mesmo assim, Pernambuco ainda est atrs dos Estados do Sul e Su-deste na maioria dos indicadores econmicos e sociais - em alguns delesabaixo mesmo da mdia nacional. E convive com grandes problemas eestrangulamentos que podem dificultar o posicionamento diante dos de-safios (novos e velhos) do futuro. Para alcanar, no mdio e longo prazos,um alto patamar de desenvolvimento e se preparar para os desafios quedecorrem das tendncias e mudanas no contexto mundial e nacional, necessrio que haja uma convergncia da sociedade e dos governos(estadual e municipais) em torno de grandes prioridades estratgicas,

    partindo das condies vantajosas, mas tambm do equacionamento degraves passivos.

    Os grandes investimentos na indstria de transformao ainda no pro-vocaram mudana na estrutura produtiva. Mas esto gerando uma maiorabertura externa da economia, com o aumento significativo das importa-es, confirmando e reforando a posio de centro logstico regional deSuape. A partir de 2006 crescem rapidamente os dficits na balana co-mercial de Pernambuco pela forte expanso das importaes (grfico 3).Por outro lado de 1990 a 2012, as exportaes de Pernambuco caem de10,3% do total do Nordeste para apenas 7%, enquanto as importaes

    aumentam de 19,7%, em 1990, para 25,4%, em 2012.

    Taxa anual de mortalidade por homicdios - 2000-2011(em 100 mil hab)GRFICO 2

    Fonte:Ministrio daSade/SVS - Sistemade Informaes sobreMortalidade - SIM.

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    Exportaes, importaes, saldo e corrente comercialde Pernambuco (US$ milhes) - 1990-2012GRFICO 3

    Fonte: AliceWeb-MDIC.

    Localizao e logsticaO crescimento recente da economia de Pernambuco o resultado das con-dies favorveis que decorrem do diferencial competitivo do Estado noNordeste (e mesmo no Brasil) e do ambiente poltico que transmite con-fiana e segurana aos investidores. Pela sua localizao geogrfica e pelalogstica, com destaque para o Porto de Suape, Pernambuco j constituium importante centro regional com grande potencial de integrao global,com os grandes mercados consumidores na Europa, os Estados Unidos ea sia, favorecida pela ampliao do Canal do Panam (mapa 1).

    Estas condies especiais de localizao e infraestrutura, que facilitam aintegrao e reduo de custos de transporte para grandes navios, cre-denciam o Porto de Suape como um potencial hub port(concentrador decarga) na Amrica do Sul, com ampliao da movimentao de carga eseus impactos econmicos no territrio pernambucano. Este potencial j percebido na recente elevao da movimentao de cargas em Suape,de 4,3 milhes de toneladas, em 2005, para 12,8 milhes de toneladas,em 2013, praticamente triplicando em apenas oito anos.

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    Potencial competitivo de Pernambuco Mapa 1

    Estudo do Centro de Liderana Pblica e da revista The Economist1mostra que Pernambuco tem o segundo melhor ambiente de negciosdo Nordeste, mas o 14 no ranking de competitividade do Brasil (Cen-tro de Liderana Pblica, 2012). Os Estados do Sul, do Sudeste e doCentro-oeste tm ambiente de negcios melhor que Pernambuco, quese situa abaixo da Bahia mas frente do Cear (grfico 4). De qual-quer forma, Pernambuco tem uma posio intermediria no Brasil paraempreender e fazer negcios, posio que deve melhorar rapidamen-te por conta dos investimentos estruturadores em implantao. Numa

    comparao do desempenho diferenciado das variveis do estudo, Per-nambuco se destaca no Nordeste em Sustentabilidade, Inovao,Poltica em relao ao investimento externo e Ambiente econmico,mas apresenta deficincia nos aspectos de Infraestrutura e Recursoshumanos, tendo o pior desempenho em Regime de regulao de im-postos (grfico 5).

    A implantao de grandes investimentos estruturadores e o fortaleci-mento e ampliao do Porto de Suape melhoram e aumentam a compe-titividade da economia pernambucana como centro logstico regional ebase para integrao global do Brasil e do Nordeste.

    1. O estudo analisao desempenho em 8grandes variveis e geraum indicador sntese queexpressa uma hierarquiados Estados.

    Fonte:Suape Global / Consrcio.

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    ndice do ambiente de negcios - 2012GRFICO 4

    ndice do ambiente de negcios - 2012GRFICO 5

    Fonte: Centro de LideranaPblica, The Economist, 2012.

    Fonte: Centro de LideranaPblica, The Economist, 2012.

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    Produtividade e educao

    Se a competividade e o ambiente de negcios de Pernambuco esto numnvel intermedirio no Brasil e tende a melhorar nos prximos anos, a pro-dutividade da economia ainda baixa quando comparada com a mdianacional, e tambm para os padres internacionais. Em 2010 a produ-tividade da economia pernambucana alcanava apenas 64% da mdiabrasileira, sendo a maior defasagem na Indstria extrativa mineral (in-significantes 14%). Mas igualmente muito baixa a produtividade daAgropecuria, apenas 39% da mdia nacional do setor, e da Indstriade transformao, que equivale metade da produtividade da indstrianacional (tabela 1). De 2000 a 2010, contudo, a produtividade da eco-nomia de Pernambuco aumentou em relao mdia nacional (de 61%,em 2000, para 64%, em 2010), embora tenha baixado a sua participa-o em algumas atividades, entre as quais a Indstria de transformao.

    Na educao, elemento central da competitividade e da igualdade deoportunidades na sociedade, Pernambuco registrou melhora significativana ltima dcada, embora ainda tenha deficincias que podem compro-meter o futuro do Estado. Em 2011, Pernambuco tinha 6,4 anos mdiosde estudo (na populao de 25 anos e mais), o que est abaixo da mdianacional (7,3 anos).

    Percentual da produtividade (VAB/POC) de Pernambucoem relao a do Brasil, segundo setores e ramos

    econmicos - 2000 e 2010TABELA 1

    Fonte: Ministrio daSade/SVS - Sistemade Informaes sobreMortalidade - SIM.

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    No que se refere qualidade do ensino, que pode ser estimada pelanota do IDEB ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (fluxo e

    proficincia), houve melhora continuada, mas Pernambuco ainda estentre os piores estados do Brasil, com nota abaixo da mdia nacional epraticamente empatada com a mdia regional (grfico 6). As notas soinferiores s notas do Cear em todos os nveis, e muito abaixo de SantaCatarina, que tem a mais alta nota nos anos finais do Ensino Fundamen-tal e no Ensino Mdio.

    A educao elemento

    central para acompetitividadee a igualdade de

    oportunidades

    Nota do Indice de Desenvolvimento da EducaoBsica (IDEB) - 2011GRFICO 6

    Fonte: INEP-MEC.

    Nos ltimos anos, contudo, a implementao do Pacto pela Educao dogoverno do Estado, que ampliou para 260 as escolas em tempo integral,est promovendo uma rpida melhoria do desempenho escolar mdio doEstado. Com efeito, o IDEPE-ndice de Desenvolvimento da Educaode Pernambuco, que utiliza a mesma metodologia do IDEB com maior

    periodicidade, mostra que, em 2012, as escolas em tempo integral tive-ram um desempenho muito superior mdia do Ensino Mdio: nota 4,5contra apenas 3,4 da mdia (grfico 7). Com o tempo, com a ampliaodas escolas em tempo integral e a maturao das mudanas por elas ge-radas, o ensino mdio do Estado deve melhorar rapidamente a qualidadee, portanto, a nota do IDEB.

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    No ensino superior e na pesquisa cientfica, Pernambuco est entre osmelhores do Brasil e do Nordeste. Classificao da Folha de S. Paulode 2013 situa a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) como amelhor instituio de ensino e pesquisa do Nordeste e a 10 do Brasil(grfico 8)2.

    ndice de Desenvolvimento da Educaode Pernambuco (IDEPE) - Ensino Mdio

    (3 ano do ensino mdio) - 2012GRFICO 7

    Fonte: SEDUC-PE.

    20 melhores universidades do Brasil -

    Nota RUF-Ranking das UniversidadesGRFICO 8

    Fonte:Folha de S. Paulo.

    2. A classificao da Folhade S. Paulo utiliza cincocritrios de anlise: ensino,pesquisa, inovao, mercadoe internacionalizao.

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    24/8824 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    A quantidade de instituies de ensino superior em Pernambuco regis-trou um aumento de 39, em 2010, para 96, em 2012, ampliando de

    18 para 28 municpios com oferta de vagas. Ao mesmo tempo, houveuma forte interiorizao da formao tcnica com 25 Escolas TcnicasEstaduais. De acordo com classificao do MEC, concentrada apenasnos cursos (ENADE e avaliao da CAPES), a UFPE teria perdido a pri-meira posio no Nordeste para a Universidade Federal do Rio Grandedo Norte. Considerando as 20 melhores Universidades do Nordeste, aUFRPE a 9 melhor, a UNIVASF aparece em 15 lugar e a UPE ocupaa 20 posio (grfico 9).

    20 melhores universidades do Nordeste -ndice Geral de Cursos (IGC)

    GRFICO 9

    Fonte: MEC - ndice Geralde Cursos (IGC) considera

    os cursos de graduao, por

    meio do conceito preliminar decurso (CPC), a ps-graduao

    (mestrado e doutorado), emque utilizada a nota Capes e

    a nota Enade.

    A capacidade das universidades pernambucanas, principalmente aUFPE, se manifesta tambm na densidade de pesquisadores e, portan-to, no potencial de gerao de conhecimento e desenvolvimento tecno-lgico. Em 2010, Pernambuco tinha 5.197 pesquisadores (dados doCNPq) sendo o segundo maior contingente regional, depois da Bahia,o que equivale a 591 pesquisadores por milho de habitantes, abaixoda mdia nacional que foi de 761 por milho de habitantes. Embora adensidade de pesquisadores no seja suficiente para gerar inovao, namedida em que depende, fundamentalmente, das empresas, a massa depesquisadores de Pernambuco oferece um potencial importante para odesenvolvimento tecnolgico.

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 25

    A deficincia no sistema de P&D do Estado se manifesta, contudo, nalimitada interao das instituies de pesquisa com o setor produtivo que,

    por seu turno, no tem demonstrado uma postura inovadora. Com efeito,apenas 35,3% das empresas industriais (indstria extrativa mineral e in-dstria de transformao) inovaram em 2010, percentual levemente infe-rior mdia nacional (35,6%). No Nordeste o empresrio mais inovador o cearense (36,1% inovaram) e no Brasil, Gois (47,1%). (grfico 10)

    A densidade depesquisadoreseleva o potencialde gerao deconhecimento edesenvolvimentotecnolgico

    Postura empresarial das indstrias extrativa ede transformao segundo situao dos projetosde inovao - 2009-2011 (% das empresas queimplementaram inovao)GRFICO 10

    Fonte:Pintec-IBGE (2011).

    Transporte e mobilidadeApesar das vantagens na logstica regional e do seu potencial de inte-grao global, Pernambuco ainda padece de deficincia e limitaes nosistema de transporte, tanto no que se refere eficincia e abrangnciada malha de diferentes modais, quanto na qualidade do transporte rodo-virio. A malha ferroviria do Estado praticamente inoperante, devendoganhar, no futuro prximo, nova dinmica com a implantao da FerroviaTransnordestina, mas podendo ainda carecer de ramais que ampliem osistema.

  • 7/25/2019 Pernambuco 2035 Visao de Futuro

    26/8826 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    O transporte rodovirio, dominante no territrio pernambucano, foi am-pliado nos ltimos anos, mas ainda tem uma malha limitada. Em 2012,

    Pernambuco tinha 69,6 quilmetros de rodovias pavimentadas por quil-metro quadrado do seu territrio, metade do que tinha o Rio de Janeiro,com 158 quilmetros por quilmetro quadrado. Alm disso, de acordocom estudo da Confederao Nacional dos Transportes, 36% das rodo-vias de Pernambuco tinham qualidade ruim ou pssima, sendo que ape-nas 0,5% foram avaliadas com qualidade tima (grfico 11). Em todocaso, de 2006 a 2012 houve uma melhora da qualidade das rodovias,principalmente com a reduo do percentual classificado com pssimaqualidade (queda de 23,2% para 14,6%) e forte aumento do percentualclassificado como boa ou tima qualidade (de 16,6% para 26,7%).

    Qualidade das rovodiasGRFICO 11

    Fonte: Pesquisa CNT deRodovias.

    Quando se trata de transporte urbano, Pernambuco tem uma das maisbaixas mobilidades entre as grandes e mdias cidades brasileiras, quese manifesta no elevado tempo mdio de deslocamento das pessoas.Em 2013, o tempo mdio de deslocamento das pessoas de casa parao trabalho na RMR-Regio Metropolitana do Recife foi de 38 minutos, oquarto maior tempo das metrpoles brasileiras. No entanto, a diferenano muito grande se for considerado que Porto Alegre, com 30 minutosmdios, tem a melhor mobilidade das regies metropolitanas do Brasil.

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 27

    Infraestrutura hdrica

    A infraestrutura hdrica do Estado, principalmente no Semirido tem umacapacidade de 3,24 bilhes de metros cbicos o que representa cercade 37,7 milhes de metros cbicos por quilmetro quadrado de rea daregio, ainda bem inferior capacidade do Cear (18,8 bilhes de metroscbicos equivalentes a 145 milhes de metros cbicos por quilmetroquadrado) (mapa 2). Grandes projetos em implantao, como a Trans-posio do So Francisco e a construo de adutoras, devem ampliarbastante a disponibilidade hdrica de Pernambuco e permitindo aumentoda reserva de gua.

    Barragens e adutoras em Pernambuco Mapa 2

    Fonte:Secretaria de RecursosHdricos - CONDEPE / FIDEM.

    Dinamizao do interiorApesar dos grandes investimentos estruturadores na Regio Metropoli-tana do Recife e mais, recentemente, no Litoral Norte, tem havido em

    Pernambuco uma leve reduo da concentrao econmica no territriocom a consolidao de alguns centros urbanos no interior, especialmentecomo polos sub-regionais de servios, com a formao de uma rede decidades de porte mdio relativamente bem integradas.

    Caruaru e Petrolina j esto consolidadas como referncias regionais ecresce a importncia e o peso relativo de cidades como Garanhuns, SerraTalhada, Salgueiro, alm de Araripina, Arcoverde, Belo Jardim, Gravate Santa Cruz do Capibaribe como centros sub-regionais. Esta rede decidades (mapa 3) integra Pernambuco rede regional e nacional e coma implantao da Ferrovia Transnordestina ser ampliado o potencial deSalgueiro como centro logstico regional e polo de cargas para abasteci-

    mento na regio de abrangncia.

    Com aTransnordestina,

    Salgueiro poderse consolidarcomo centrologstico regional

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    28/8828 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    Meio ambiente e recursos naturais

    O territrio de Pernambuco rene dois importantes biomas (Caatinga eMata Atlntica), alm da rea costeira com presena de manguezais erecifes de corais, com relevante diversidade biolgica e belezas naturais(mapa 4). Pernambuco apresenta, do litoral para o interior, uma sucessode paisagens diferentes, marcadas por uma intensa diversificao de for-mas de uso do solo.

    Aproximadamente 89% do territrio do Estado esto inseridos na regiosemirida com cobertura vegetal caracterstica da Caatinga e TransioFloresta/Caatinga (mapa 5). A Mata Atlntica j sofreu grande alteraoantrpica, tendo apenas 10,5% da cobertura vegetal original do Estado.

    Mas a Caatinga - bioma singular o maior e mais heterogneo do esta-do de Pernambuco com ampla biodiversidade: tem 12 tipos vegetacionaisabrigando pelo menos 932 espcies vegetais, sendo muitas endmicas.A fauna da regio da Caatinga tem uma diversidade de rpteis, peixes,anfbios e aves, e conta com, aproximadamente, 490 espcies de aves,149 espcies de mamferos e 185 espcies de peixes. A Caatinga contaainda com cerca de 53,4% da cobertura florestal remanescente.

    Pernambuco conta ainda com reservas minerais valiosas, especialmentegipsita e titnio, este ltimo ainda no explorado e com grande potencialfuturo, alm de vantagens para aproveitamento de energia elica e solar.

    Rede de cidades de Pernambuco Mapa 3

    Fonte: CONDEPE / FIDEM.

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 29

    Biomas e regies fitogeogrficas de Pernambuco Mapa 4

    Cobertura vegetal primitiva de Pernambuco Mapa 5

    Fonte: CONDEPE / FIDEM.

    Fonte: CONDEPE / FIDEM.

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    30/8830 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    A desertificao um fenmeno

    que j se verificaem quase 30%

    do territriopernambucano

    Presses antrpicas em Pernambuco Mapa 6

    Fonte: CONDEPE / FIDEM.

    As formas de ocupao do espao tm gerado uma presso antrpica emdiferentes reas e por diversas fontes, apesar das medidas dos governos(mapa 6).

    A degradao ambiental decorrente do processo de urbanizao maisintensa na Regio Metropolitana do Recife (RMR) e no Agreste Seten-trional, enquanto o Serto do So Francisco padece com assoreamentoe processo de desertificao. A ocorrncia de desertificao j se verificaem cerca de 30% do territrio pernambucano, em grande parte provoca-

    da pela combinao de vrios fatores, entre os quais a vulnerabilidades secas, a degradao da cobertura vegetal, a salinizao dos solos, aeroso acentuada e a fragilidade da estrutura produtiva.

    Apesar dos cuidados e medidas de controle, a ampliao dos investi-mentos industriais associado expanso urbana ainda gera uma pres-so antrpica na Mata Atlntica e nas reas costeiras e marinhas, e asprticas inadequadas de uso dos recursos naturais provocam poluio edesmatamento. O lanamento de efluentes nos cursos de gua, tanto do-msticos quanto industriais, provocam poluio hdrica, que comprometea qualidade de vida da populao.

  • 7/25/2019 Pernambuco 2035 Visao de Futuro

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 31

    A escassez e a poluio dos recursos hdricos ainda um dos gravesproblemas ambientais de Pernambuco. Segundo a Agncia Nacional de

    guas (ANA) o Estado o que apresenta a situao mais critica quanto oferta e reservas de gua, poludas e degradadas por diferentes fon-tes: agricultura (fertilizantes, pesticidas); gerao de eletricidade (calor,biocidas); metalurgia (ons metlicos); qumica e eletrnica (disposiode resduos, efluentes diversos, solventes); urbano (efluentes domsticos,detergentes, esgoto, leos); resduos slidos (lixvia, chorume, microorga-nismos); transporte (combustvel, e resduos do trnsito).

    O Semirido a rea mais vulnervel do ponto de vista ambiental e econ-mico devido irregularidade da precipitao pluviomtrica (e alta taxa deevaporao) que compromete as atividades agropecurias e potencializatendncias de desertificao. Esta vulnerabilidade pode se ampliar com os

    efeitos das mudanas climticas, que levariam elevao da temperatura,alterao dos ciclos de chuvas na regio e aumento do dficit hdrico. ParaPernambuco, as mudanas climticas podem ainda provocar elevao donvel do mar, com alterao do litoral e impacto nas grandes cidades.

    Identidade e gestoImportante riqueza de Pernambuco reside no patrimnio histrico-cultural,expresso por um rico conjunto arquitetnico, urbanstico e paisagstico, ena diversidade das manifestaes culturais, base para a indstria criativae para o turismo, complementando os atrativos naturais do Estado. As ca-ractersticas culturais se verificam tambm num claro sentimento de per-tencimento dos pernambucanos identificados com sua histria e tradio.

    Evoluo do PIB a preos bsicos e das receitasestaduais de Pernambuco (valores constantes, em R$de 2010*) - 2000 a 2010GRFICO 12

    Fonte:Contas Regionaisdo Brasil-IBGE, ExecuoOramentria dos Estados-STN.* Os valores do PIB a preosbsicos foram atualizadospelo deflator implcito doPIB estadual; os valores dasreceitas estaduais foramatualizados pelo IGP-DI/FGV.

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    32/8832 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    Fonte:Contas Regionaisdo Brasil-IBGE, Agncia

    CONDEPE / FIDEM e ExecuoOramentria dos Estados-STN.

    * Os dados do PIB 2012 sopreliminares.

    Pernambuco: despesa com investimentos em relao aoPIB a preos de mercado (%), 2000 a 2012*GRFICO 13

    A melhoria fiscal e de gesto pblica do governo do Estado no foi, con-tudo, acompanhada de um movimento semelhante nos governos muni-cipais, que padecem ainda de baixa capacidade de arrecadao e gravelimitao gerencial. Em 2012, os municpios de Pernambuco apresen-taram uma dependncia de transferncias de 89,7% da receita corren-te municipal. Em 2010, cerca de 73,7% dos municpios arrecadavam

    A identidade e pertencimento dos pernambucanos tm contribudo paraa convergncia em torno de grandes objetivos e projetos de mudana,

    incorporados e implementados pelos governos com grande apoio da so-ciedade. Como parte deste movimento, houve uma melhora das institui-es pblicas do Estado, com o aumento da eficincia na gesto pblicae da capacidade fiscal do governo, com destaque para a recuperao dosinvestimentos pblicos.

    De fato, de 2000 a 2010 houve um acrscimo significativo da receitacorrente (7,4% ao ano) e da receita tributria (6,3% ao ano), bem acimada evoluo do PIB no mesmo perodo (cerca de 3,9% ao ano) (grfico12). O investimento governamental flutua em torno de 1% do PIB de2003 a 2008, depois de atingir o auge em 2002 (em grande parte finan-ciado com recursos da privatizao da Celpe). Mas inicia um movimento

    ascendente a partir de 2009, chegando a 1,75% em 2012, favorecidopelo incremento da arrecadao prpria e complementado por operaesde crdito (grfico 13).

    A diversidadecultural

    a baseda indstria

    criativae do turismo

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 33

    menos de 5% da receita total municipal, e apenas 8,4% tinham receitaprpria superior a 10% da receita total (grfico 14). Apesar de algumas

    melhoras, registradas na evoluo do IFGF-ndice Firjan de Gesto Fis-cal, ainda patente a fragilidade das prefeituras pernambucanas. Deacordo com este ndice, em 2011, Pernambuco ainda tinha 87 munic-pios (ou 46% do total) em nvel crtico na gesto pblica.

    No nvel estadual, Pernambuco tem uma tradio de qualidade e efici-ncia na gesto das contas pblicas, reforada nos anos recentes comavanos no modelo de gesto e no controle e monitoramento das aesgovernamentais. Alm disso, tem um elenco de bons quadros tcnico--profissionais nas diferentes instncias de governo que qualificam a ges-to pblica do Estado.

    A melhoria da gesto pblica est sendo acompanhada por um movi-mento de renovao das lideranas polticas e a formao de uma novagerao de executivos e quadros tcnicos. Alm disso, mudanas recen-tes na economia, com grandes investimentos estruturadores, e entradade um grande nmero de executivos e gerentes qualificados no setor pri-vado, tendem a promover a formao de um novo ambiente empresarialem Pernambuco, mais inovador e menos dependente do Estado.

    A tradio deeficincia nascontas pblicasestaduais foireforada peloatual modelo degesto

    Participao (%) mdia das transferncias correntes nareceita corrente municipal* - 2012GRFICO 14

    Fonte:Finanas do Brasil-STN.* no inclui Fernando de Noronha.

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    Maturao de investimentos

    As polticas e iniciativas implementadas nos ltimos anos preparam mu-danas e novos avanos econmicos e sociais, principalmente em de-corrncia dos investimentos estruturadores em maturao. Ao mesmotempo, a transio demogrfica antecipa movimento de transformaodo tamanho da populao e, principalmente, da estrutura etria, comimplicaes importantes nas demandas sociais do futuro. Os investimen-tos estruturadores, com seu ritmo e seus desdobramentos, e a transiodemogrfica, so duas tendncias fortes que condicionam fortemente ofuturo de Pernambuco nos prximos 20 anos.

    Com base em estudo do IBGE, pode-se estimar, com boa margem desegurana, que, em 2035, a populao de Pernambuco alcanar

    10,3 milhes de habitantes, um aumento de 1,5 milhes no perodo(2015/2035). A forte reduo da fecundidade das ltimas dcadas criaum bnus demogrfico semelhante ao considerado para o Brasil, com adiminuio da taxa de dependncia demogrfica. A populao em idadeativa para o trabalho cresce bem mais que a no ativa (crianas e idosos).Considerando a faixa etria de 20 a 65 anos, esta populao disponvelpara o mercado de trabalho cresce de 5,1 milhes, em 2010, para 6,5milhes em 2035 (aumento de 1,4 milhes de pessoas), representandocerca de 65% da populao total do Estado (grfico 15).

    Fonte: Censo Demogrfico2010, Projees do IBGE at

    2030 e dados extrapolados at2035 (Consrcio Pernambuco

    do Amanh).

    Evoluo futura da estrutura etria da populao doPernambuco (em milhes de habitantes) - 2010/2035GRFICO 15

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 35

    A populao em idade escolar em todas as faixas apresenta uma diminui-o absoluta no perodo, reduzindo a presso por oferta de matrculas, o

    que pode facilitar o aumento dos resultados positivos da escolaridade e daqualidade de ensino. Crianas na idade de creche declinam de 786 mil,2010, para 569 mil, em 2035. Nos anos iniciais do ensino fundamental,o declnio de 846 mil para 596 mil, no mesmo perodo. Nos anos finaisa queda de 833 mil para 622 mil, e no ensino mdio haver uma redu-o de 811 mil alunos para 646 mil em 2035.

    No entanto, o bnus demogrfico tem associado um movimento de rpidaelevao da populao idosa com todas as novas demandas de serviospblicos, especialmente sade. Em 20 anos o nmero de idosos (popu-lao com idade a partir de 65 anos) em Pernambuco cresce cerca de2,5 vezes, passando de 583 mil, em 2010, para 1.450 mil em 2035,

    aumento de 867 mil pessoas.Por outro lado, a maturao de grandes investimentos em implantao outra tendncia consolidada que antecipa o futuro de Pernambuco comdesdobramentos e irradiao no tecido econmico e social de Pernambu-co. Para o perodo de 2007 a 2016 esto previstos investimentos produ-tivos e em infraestrutura de R$ 104 bilhes, parte dos quais em fase finalde implantao, como a Refinaria Abreu e Lima. Considerando que osinvestimentos representam quase outro PIB estadual em nove anos, tem--se uma taxa de investimento de mais de 10% do PIB ao ano apenas comos grandes projetos estruturadores, com forte impacto no crescimento daeconomia pernambucana.

    De 2007 a 2016os investimentosprodutivos e eminfraestruturadevem chegar aR$ 104 bilhes

    Distribuio (%) dos investimentos anunciadospara Pernambuco, por tipo 2007-2016GRFICO 16

    Fonte: MDIC-RENAI,AD Diper, SUAPE e

    Instituies governamentais.Elaborao: ConsrcioPernambuco do Amanh.

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    36/8836 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    Por outro lado, cerca de 68% dos investimentos previstos esto concen-trados na indstria de transformao (grfico 16) e quase 15% so de

    infraestrutura ou de servios industriais de utilidade pblica. Esta dis-tribuio dos investimentos deve promover uma mudana na estruturaprodutiva, com ampliao da participao da indstria de transformaono VAB-Valor Agregado Bruto, com destaque para os setores de bens in-termedirios (70,2% dos investimentos na indstria de transformao) ebens de consumo durveis e de capital (21,6% dos investimentos), comomostra o grfico 17 (grfico 17).

    O mapa 7 mostra o conjunto de investimentos em infraestrutura previs-tos para Pernambuco (parte em implantao): Ferrovia Transnordestina,rodovias, e rede de gasodutos (mapa 7). Parte deles est voltada para ainfraestrutura hdrica, com barragens e adutoras a serem implantadas emdiferentes regies, incluindo a Transposio do So Francisco com os doiscanais que cruzam o territrio pernambucano (mapa 8).

    Distribuio (%) dos investimento industriaisanunciados para Pernambuco, por segmento da

    indstria de transformao 2007-2016GRFICO 17

    Fonte: MDIC-RENAI,AD-Diper, SUAPE

    e instituies governamentais.Elaborao: Consrcio

    Pernambuco do Amanh.

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 37

    Infraestrutura logstica em Pernambuco Mapa 7

    Fonte: Elaborao: ConsrcioPernambuco do Amanh.

    Entre os projetos de infraestrutura hdrica merecem destaque o sistemaPirapama, que prev o aumento de 50% na capacidade de produo degua tratada da RMR; a Adutora do Agreste, com 1.380 km de extenso,beneficiando 68 municpios; o Ramal do Agreste, conjunto de canais acu aberto e reservatrio que servir de conexo entre a transposio eas adutoras, levando gua para 2 milhes de pessoas; e a construo denove barragens de conteno de enchentes.

    Diretamente para irrigao, est em implantao o Projeto Pontal, noSerto do So Francisco, prevendo permetro com 7.717 hectares de terrairrigvel para ampliao do agronegcio no interior. E, em fase de deta-

    lhamento, o Canal do Serto, que dever fazer a irrigao de 33.000hectares no alto Serto de Pernambuco (e parte da Bahia), elevando aproduo e a produtividade agrcola do Semirido nordestino.

    PI

    CEPB

    SE

    AL

    BA

    S. C. DOCAPIBARIBE

    GARANHUNS

    ARCOVERDE

    ARARIPINA

    PETROLINA

    232104

    104

    101

    Recife

    GOIANA

    232

    101

    232

    Elaborao:

    Consrcio

    ADUTORADO OESTE

    ADUTORA AFRNIO-

    DORMENTES

    EIXO LESTETRANSPOSIO

    ADUTORADO PAJE

    ADUTORADESALGUEIRO

    ADUTORADEAGRESTE

    RAMAL DOAGRESTE

    Gasoduto Projetado

    Gasoduto norte-sul

    Gasoduto Nordesto

    Transnordestina + ramal

    Rodovias federais

    SALGUEIRO

    CARUARU116

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    38/8838 Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo Proposta para discusso com a sociedade

    O futuro de Pernambuco depende de decises e escolhas feitas pela socie-dade e os governos diante desta realidade do Estado, com seus ativos epassivos, e das tendncias consolidadas. Sem deixar de levar em conta aeconomia integrada dinmica nacional, articulada com os movimentosglobais e seus impactos na realidade pernambucana, o ponto de partidapara o futuro contm problemas e estrangulamentos mas est carregadode potencialidades, plataformas para o desenvolvimento.

    Infraestrutura de recursos hdricos em Pernambuco Mapa 8

    Fonte: Elaborao: ConsrcioPernambuco do Amanh.

    PB

    PI

    CE

    SE

    AL

    BA

    S. C. DOCAPIBARIBE

    GARANHUNS

    ARCOVERDE

    ARARIPINA

    PETROLINA

    Recife

    GOIANAADUTORADO OESTE

    ADUTORA AFRNIO-DORMENTES

    EIXO LESTETRANSPOSIO

    ADUTORADO PAJE

    ADUTORADESALGUEIRO

    ADUTORADEAGRESTE

    RAMAL DOAGRESTE

    Adutoras

    Transposio de So Francisco

    Canal do Serto

    Rio So Francisco

    SALGUEIRO

    Caruaru

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    Parte 1 O Ponto de Partida: Onde Estamos? 39

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    Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo40

    Parte II

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    Parte 2 Aonde Podemos e Queremos Chegar 41

    As Possibilidades,as Aspiraes e

    a Viso de Futuro

    Aonde Podemos eQueremos Chegar

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    Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo42

    Possibilidades e aspiraes do futuro

    O futuro de Pernambuco depende das escolhas e decises da sociedadee dos governos diante da realidade estrangulamentos e potencialidadesdo Estado - e frente aos desafios que decorrem das condies externas- cenrios do Brasil e do mundo - com suas implicaes sobre o desem-penho pernambucano nas prximas dcadas.

    A combinao consistente dos cenrios mundiais e nacionais configuradois futuros alternativos do contexto externo que influenciam o desenvol-vimento estadual:

    1. A combinao de Multipolaridade, incluso e prosperidademundial com Desenvolvimento e integrao competitiva doBrasil oferece condies favorveis para Pernambuco. O mundoviver duas dcadas de crescimento econmico mdio e est-vel, intensificao do comrcio e abertura externa, reduo dasdesigualdades entre as naes, elevao da demanda de com-modities, alimentos, gua e energia, e conteno da degradaoambiental, especialmente na emisso de gases de efeito estufa,com avano da economia de baixo carbono. Enquanto isso, oBrasil experimenta um crescimento econmico alto com estabi-lidade, favorecido pelo aumento da competitividade e melhoriado ambiente de negcios, abertura externa ampla, diversificaoda estrutura produtiva e elevao da renda e do emprego, inte-grao nacional com desconcentrao econmica e moderada

    presso antrpica, apesar do crescimento da economia por contade gesto e inovao tecnolgica.

    2. A combinao de um cenrio de Fragmentao, instabilidadee desigualdademundial com um cenrio do Brasil Afundandoabraado define um ambiente externo de dificuldades e res-tries. Neste cenrio, o mundo experimenta um longo perodode persistncia dos estrangulamentos na economia, que levama um crescimento baixo e instvel, conteno do comrcio combarreiras alfandegrias e no alfandegrias, desigualdades entreas naes, moderada demanda de commodities, alimentos, gua

    e energia e a degradao ambiental, especialmente na emissode gases de efeito estufa. Em parte influenciado por este cen-rio mundial e devido as dificuldades internas, o Brasil vive umperodo longo de baixo crescimento com instabilidade, limitadacompetitividade e retrao do comrcio internacional, contenoda renda e do emprego, persistncia das desigualdades regionaise moderada presso antrpica devido ao baixo crescimento eco-nmico.

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    Parte 2 Aonde Podemos e Queremos Chegar 43

    As alternativas de desenvolvimento futuro de Pernambuco dependem dapostura e das atitudes da sociedade e dos sucessivos governos diante

    destes cenrios do contexto externo com seus impactos sobre a realida-de pernambucana. No horizonte 2035 e considerando os processos emmaturao em Pernambuco, podem ser consideradas duas hipteses decomportamento dos atores sociais e governos:

    1. Protagonismo ativo e articulado em torno de uma estratgia dedesenvolvimento, promovendo as mudanas estruturais que pre-param Pernambuco para os desafios do futuro.

    2. Postura predominantemente reativa e desarticulada, privilegiandoas questes imediatas e as iniciativas especficas, desconexas oucontraditrias.

    Combinando estas duas hipteses com as alternativas extremas dos ce-nrios mundiais e nacionais, podem ser vizualizados quatro cenrios dePernambuco para as prximas duas dcadas, como apresentado de formaesquemtica no Diagrama 1.

    A construo dofuturo depende,

    antes de tudo,das inciativas eestratgias dospernambucanos

    Cenrios alternativos de Pernambuco - 2015-2035DIAGRAMA 1

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    Pernambuco 2035 Planejamento Estratgico de Desenvolvimento de Longo Prazo44

    O melhor cenrio de Pernambuco Salto para o futuro resulta da mobi-lizao e articulao da sociedade e dos governos em torno de uma estra-

    tgia de desenvolvimento, num ambiente externo favorvel formado peloscenrios mundiais e nacionais. Resulta da postura proativa, inovadora eempreendedora dos atores sociais, com formao de capital institucional,investimentos estruturadores nos fatores de competitividade, principal-mente capital humano, ampliao dos investimentos pblicos e privadosem infraestrutura social e servios pblicos e gesto ambiental e urbana.

    Neste cenrio, Pernambuco vive um perodo longo (2015/2035) de altocrescimento econmico (acima da mdia nacional), favorecido pela ele-vao da competitividade que permite uma melhor insero nas eco-nomias nacional e global. Experimenta rpida melhoria dos indicadoressociais (reduo da pobreza e das desigualdades sociais) e da qualidade

    de vida com melhoria da qualidade dos servios pblicos, integraoequilibrada do territrio com desenvolvimento diferenciado do Semirido,conservao ambiental e mitigao da degradao ambiental e do riscode desertificao.

    A construo deste cenrio depende da convergncia da sociedade e dosgovernos do Estado e dos principais municpios em torno de um projetoestratgico de desenvolvimento que contempla, entre as grandes priorida-des, a intensificao e ampliao do Pacto pela Educao.

    Este no , evidentemente, um futuro dado e garantido, ele precisa serconstrudo. Mas uma alternativa plausvel que pode, efetivamente, ser

    alcanada no mdio e longo prazos desde que se confirmem as hiptesese, principalmente, que a sociedade pernambucana adote uma posturainovadora e proativa e os governos de Pernambuco e dos municpios im-plementem as polticas e medidas transformadoras.

    O cenrio Salto para o futuro converge para as aspiraes da sociedadepara o futuro de Pernambuco captada pela Pesquisa Qualitativa com maisde 150 entrevistados dos diferentes segmentos da sociedade pernambu-cana. De forma resumida, o futuro desejado tem a seguinte configurao:

    1. Crescimento diversificado - Pernambuco tem o melhor desempe-nho econmico do Nordeste, com crescimento sustentado, com igual

    participao no PIB e na populao do Brasil, consolidado comocentro logstico do Nordeste com porta de entrada por Suape, estru-tura produtiva diversificada, adensamento das cadeias produtivasdos novos projetos estruturadores e fortalecimento dos arranjos pro-dutivos locais.

    2. Capacidade competitiva- O ambiente de negcios favorvelde Per-nambuco estimula os investimentos privados, a atrao de investi-mentos e a formao de parcerias do governo e do empresariado, econta com infraestrutura ampla e de qualidade, multimodal e inte-grada a partir de Suape, que melhora a logstica e a competitividade.

    O melhorcenrio requer

    postura proativada sociedade

    e medidastransformadoras

    promovidas pelosgovernos

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    Parte 2 Aonde Podemos e Queremos Chegar 45

    Esta capacidade competitiva permite a ampliao da cultura de ino-vaoque se forma no Estado, com centros de tecnologias avanadas

    que permitem uma insero nacional e mundial.3. Qualidade de vida - As grandes e mdias cidades pernambucanas

    apresentam mobilidade eficientee transporte pblico de qualidade eexcelentes condies de vida com melhora significativa do saneamen-to ambiental e da habitao da populao. Os municpios do Estadose integram numa rede de cidadesregionais e nacionais.

    4. Interior dinmico- O territrio pernambucano se integraaproveitandoa ampliao da malha da infraestrutura, gerando a reduo das desi-gualdades entre as regies e os municpios, formando polos de dina-mismo e desenvolvimento no interior. No semirido se implanta uma

    rede ampla de adutoras integrada Transposio do So Francisco,que assegura a estabilidade hdrica da regio.

    5. Salto na educao- A educao se situa entre a dos primeiros esta-dos do pas em qualidade, com a universalizao do acesso escolae a erradicao do analfabetismo (funcional) e melhoria dos nveismdios de escolaridade. O ensino superior melhorado e descentra-lizado no territrio acompanha a interiorizao da rede de 3 grau emelhoria da qualidade do ensino tcnico e tecnolgico. A cultura per-nambucana com grande diversidade se manifesta como importanteriqueza do Estado.

    6.

    Desenvolvimento humano - Elevados indicadores sociais e alto de-senvolvimento humano, em especial a expectativa de vida ao nascere a reduo da mortalidade infantil, acompanhados do amplo acessoao sistema de sade de qualidade. Pernambuco estar entre os cincomelhores estados do Brasil em qualidade de vida e entre os menosviolentos do Pas, garantindo condies de vida digna para todos ospernambucanos.

    7. Salto sustentvel- Cresce a conscincia coletiva da necessidade deconservao e preservao, levando a aes e iniciativas que reduzemo desmatamento e a poluio, conservam a biodiversidade e mudama matriz energtica para um perfil limpo, baseado em energias alter-

    nativas (elica e solar), com nfase s mitigaes dos impactos, ecoeficincia e reciclagem.

    8. Aprimoramento institucional - As instituies de Pernambuco seapresentam com eficincia e capacidade de gesto na prestao doservio pblico no menor tempo possvel, com qualidade e menorcusto, equilbrio nas contas pblicas, transparncia e controle socialdos Municpios e do Estado nos trs poderes (Executivo, Legislativoe Judicirio).

    O futuro desejado:qualidade devida e altodesenvolvimentohumano

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    Aonde queremos chegar: a Viso de Futuro

    Em 2035, Pernambuco estar entre os cinco melhores estados do Brasilpara se viver, empreender e prosperar. Pernambuco ser cada vez maisum lugar prspero com qualidade de vida e baixa desigualdade social eterritorial. Com economia competitiva e integrada nacional e internacio-nalmente, instituies slidas e confiveis, governos inovadores e gestoeficiente, sustentado por uma sociedade ativa, participativa e inovadora.

    Esta viso de futuro desejada e plausvel se estrutura em cinco grandespilares articulados, como mostra o diagrama 2. Os grandes alvos destefuturo so a Qualidade de Vida, a Prosperidadee a Coeso social e terri-torial, indicados nos trs vrtices do tringulo. Educao e conhecimentoe Instituies de qualidadeformam o ncleo central do tringulo, pela

    influncia que exercem, no conjunto com formao de capital humano ecapital institucional, na viabilizao e ampliao dos outros trs pilares.

    A Qualidade de vidase expressa em quatro objetivos combinados, vol-tados para sustentabilidade ambiental, a sade e a segurana, a habi-tabilidade e a mobilidade, e a conectividade das pessoas, assegurandoconforto e facilidade de vida.

    A Prosperidadese traduz no dinamismo e na competitividade da econo-mia, na integrao e equilbrio do territrio pernambucano e na inserocompetitiva na economia global.

    A Coeso socialtem sua essncia na igualdade de oportunidades dos per-nambucanos e em relaes polticas e sociais de tolerncia, civilidade ecooperao num ambiente democrtico e de elevado protagonismo social.

    A Educao componente fundamental do salto para o futuro, elevandoo nvel de escolaridade, ampliando a taxa de escolarizao dos jovens noensino mdio e, principalmente, melhorando a qualidade do ensino. A for-mao do capital humano aumenta a competitividade, fortalece a civilida-de e a democracia, e reduz as desigualdades sociais de forma sustentvel.

    As Instituies de qualidadeso um pilar central da viso de futuro dePernambuco, apontando para o aumento da confiana na sociedade e nosagentes econmicos, para a segurana jurdica e a simplicidade burocrti-ca, a eficincia e qualidade da gesto pblica e privada, facilitando a vidadas pessoas e estimulando o empreendedorismo e a competitividade.

    Com estes pilares de desenvolvimento integrados e articulados, Pernam-buco ser em 2035 um estado prsperocom qualidade de vida e baixadesiguladade social e territorial com uma economia competitiva e in-tegrada nacional e internacionalmente, instituies slidas e confiveis,governos inovadores e com gesto eficiente, sustentado por uma socie-dade ativa, participativa e inovadora.

    Os pilares se desdobram em 15 objetivos e 35 metas explicitadas a seguir.

    Um lugar prsperocom baixa

    desigualdade,economia

    integrada e gestoeficiente

    A educao componentefundamental

    do salto para omelhor futuro

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    1.Educao eConhecimento

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    Educao de qualidade

    DESAFIOS

    A educao ainda um dos pontos mais frgeisde Pernambuco, apesar de o Pacto pela Educa-o estar realizando avanos importantes comas Escolas em Tempo Integral, Semi Integral eTcnicas que vm melhorando os ndices edu-

    cacionais. Tambm baixo o percentual dejovens no ensino mdio e no ensino superior,assim como no ensino tcnico-profissional. Aeducao um fator fundamental para dar umsalto para o futuro, melhorar a competitivida-de e reduzir a desigualdade social. Por outrolado, para realizar a grande transformao nocapital humano, indispensvel o envolvimen-to decisivo dos municpios, responsveis peloensino fundamental, em intensa parceria como Estado e a sociedade.

    COMPARAO

    A escolaridade mdia do Brasil foi de 7,3anos de estudo (2011), em SP 8,5 anos eno DF 9,8.

    Escolarizao do ensino mdio em SP (me-lhor do Brasil) foi 67,1%.

    Melhor IDEB foi MG nos anos iniciais doFundamental (5,9), e SC nos anos finais(4,7).

    VISO 2035Pernambuco estar entre os melhores Estados do Brasil no nvel de es-

    colaridade e na qualidade da educao, contando com escolas pblicase privadas exemplares no desenvolvimento de capital humano em todosos nveis, universalizando o ensino mdio e tecnolgico e com forte ecrescente acesso ao ensino superior, tanto para a formao dos pernam-bucanos quanto para oferta de qualificao para outros estados e pases,recuperando e ampliando o papel histrico de centro de excelncia naformao de capital humano.

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    NVEL DE ESCOLARIDADE

    Elevar o nvel de escolaridade de 6,4 anos (2011)

    para 12 anos de estudo (populao de 25 anose mais), acelerando no perodo 2015/2020 e nadcada de 2020 a 2030.

    Todo esforo na educao demanda um prazo de maturaoe, portanto, de apresentao de resultados, incluindo nvel deescolaridade. De 1995 a 2011, a escolaridade em Pernam-buco cresceu 0,17 de ano ou 2,67% ao ano. Para o futuro foiconsiderado o crescimento de 0,16 de 2011 a 2015, e de2015 a 2020, saltando para 0,29 de 2020 a 2030 e 0,26nos cinco anos finais, considerando o ritmo de maturao ea amplitude dos investimentos para reduzir evaso no ensinomdio e ampliar o ensino superior.

    TAXA DE ESCOLARIZAO LQUIDA DOENSINO MDIO

    Aumentar a taxa de escolarizao lquida do en-sino mdio para nvel superior a 80% (quase do-brando em 20 anos) e passando do nvel de SoPaulo em 2011.

    O esforo dos governos e da sociedade ser orientado paraaumento do percentual de jovens na escola (em So Paulo j

    2010 67,1%) com ampliao das vagas, atratividadepedaggica das escolas, melhoria da qualidade do ensino ereduo da ociosidade dos jovens. De 2001 a 2011 a esco-larizao cresceu em Pernambuco 5,74% ao ano e no Brasil1,84% ao ano. Foi considerado que, no futuro, cresce cercade 2,5% ao ano nos primeiros cinco anos, passando para3% no segundo quinqunio e 2,8% na dcada 2020/2030 elogo 2,4% no ultimo quinqunio, considerando a dificuldadecrescente quando se aproxima de um patamar mais alto.

    NOTAS DO IDEB

    Aumentar a nota do IDEB no Ensino Fundamental(anos iniciais) de 4,3 para 7,0 (2035). Nos anosfinais passa de 3,5 (2011) para 6,2 (2035). E noEnsino Mdio o IDEB sobe de 3,4 (2011) para 6,8.

    O ensino mdio o que mais cresce porque o mais baixo epor conta das aes j em curso e que devem se ampliar dasEscolas em Tempo Integral (Pacto pela Educao). O aumentoda nota lento nos primeiros anos porque se trata de melhoriada qualidade da escola e do aprendizado que demanda prazopara maturao e gerao dos resultados. De 2005 a 2011,o IDEB cresceu 5% ao ano nos anos iniciais, 4,4% nos anosfinais e 2,1% no ensino mdio. Para o futuro declina o cresci-

    mento do ensino fundamental e aumenta o do ensino mdio,principalmente de 2015 a 2020 quando amadurecem os re-sultados das escolas em tempo integral j operando.

    METAS 2035

    MDIA DE ALUNOS DE ESTUDO DA POPULAODE 25 ANOS OU MAIS

    % DA POPULAO DE 15 A 17 ANOSMATRICULADA NO ENSINO MDIO

    TOTAL (REDE PBLICA E PRIVADA)

    Fonte: Dados de 2010 do IBGE - CENSO

    Fonte: Dados de 2011 do IBGE - PNAD

    Fonte: Dados de 2011 do INEP - IDEB

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    2.Instituies deQualidade

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    Instituies de qualidade

    DESAFIOS

    Nos ltimos anos, Pernambuco realizou me-lhorias significativas nas suas instituies p-blicas, particularmente no governo estadual.Mas ainda padece de dificuldades na capa-cidade e na qualidade do conjunto das suas

    instituies, principalmente nos municpios,alm de receber os efeitos negativos da fragili-dade das instituies nacionais, que dificultamos negcios e a vida das pessoas. Instituiesqualificadas e slidas so fundamentais parao desenvolvimento de relaes de confianana sociedade e nos agentes econmicos (es-pecialmente segurana jurdica e simplicidadeburocrtica).

    COMPARAO

    ndice de congestionamento do Judicirioem SC em 2012 foi de 72,4%, no Cear67,35, e no Distrito Federal 55,85.

    VISO 2035Pernambuco contar com instituies slidas e de qualidade, com justia

    acessvel e rpida, plena profissionalizao e crescente qualificao dosgestores pblicos, regras claras e objetivas, simples e duradouras, comsegurana e confiana institucional e com eficincia e responsabilidade,incluindo o fortalecimento das instituies municipais, intensificando eampliando a cooperao e sinergia com os demais governos estaduais.

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    CAPACIDADE DE ARRECADAODOS MUNICPIOS E DEPENDNCIA DETRANSFERNCIAS EXTERNAS

    Reduzir a dependncia de transferncias externasdos municpios de Pernambuco, de modo que ne-nhum municpio tenha menos de 5% de receitaprpria total.

    A melhoria no ser rpida, mas o esforo dos governos mu-nicipais, com apoio do governo estadual, deve promover umamelhoria continuada da gesto geral e, principalmente, fiscal,com melhoria da capacidade tcnica e gerencial expressa nareduo da dependncia de transferncias.

    NDICE DE CONGESTIONAMENTODO JUDICIRIO

    Diminuir o ndice de congestionamento do Judi-cirio de Pernambuco continuamente de 82,6%dos processos, em 2012, para 58%, em 2035.

    O Judicirio j est implantando sistema informatizado quedeve gerar resultado no mdio e longo prazos, na medida emque mudam e automatizam os processos.

    CAPACIDADE DE INVESTIMENTO PBLICO

    Nas prximas dcadas, os governos do Estadogarantem a realizao de investimentos entre 21e 25% da Receita Corrente Lquida.

    A melhoria da gesto pblica nas prximas dcadas commaior eficincia no gasto e reduo da participao dos gas-tos correntes no total da RCL permite ampliar a parcela des-tinada aos investimentos pblicos.

    METAS 2035

    PERCENTUAL DE PROCESSOS COMDURAO SUPERIOR A UM ANO

    INVESTIMENTOS / RECEITA CORRENTELQUIDA (%)

    Fonte: Dados de 2010 do STN - FINBRA

    Fonte: Dados de 2010 do CNJ

    Fonte: Dados de 2013 da Secretaria do Tesouro Nacional - STN

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    3. Qualidadede Vida

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    Pernambuco saudvel e seguro

    DESAFIOS

    Apesar de significativa queda da violncia eda criminalidade (Pacto pela Vida), o Estadode Pernambuco ainda convive com graves pro-blemas de segurana (a taxa de criminalidadeainda muito alta, especialmente entre os jo-

    vens) e de sade (sade pblica deficiente eo sistema privado caro e de acesso precrio).

    A mortalidade por causas externas em Per-nambuco ainda alta (169 em cem mil habi-tantes em 2010).

    COMPARAO

    Expectativa de vida mdia do Brasil foi73,8 anos (2010) e a mais alta, em SC,j chegava a 76,9 em 2010 (quase 6 anosmais que PE).

    O ndice de criminalidade no Brasil em2011 foi de 27 por 100 mil habitantes,sendo que SP registrou apenas 13,5 homi-cdios em cem mil habitantes.

    A mortalidade por causas externas maisbaixa do Brasil foi em So Paulo com 85em 100 mil habitantes, seguido de SantaCatarina com 107 em 100 mil habitantes.No Nordeste o ndice mais baixo do Piau,com 120 mortes em 100 mil habitantes.

    VISO 2035Pernambuco ser um estado saudvel, com boas condies de sade

    pblica e um sistema privado amplamente acessvel e eficiente. E se-guro, com baixos ndices de criminalidade e reduzida vulnerabilidade sdrogas - principalmente entre os jovens (79,2 em 2011), e declnio dasmortes por causas externas, resultado da intensificao do Pacto pelaVida e Pacto pela Sade e de uma ampla cooperao entre os setoresprivado, pblico e a sociedade.

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    EXPECTATIVA DE VIDA

    Elevar a expectativa de vida para 82,3 anos, em2035, alcanando o ndice da Espanha em 2011.

    TAXA DE HOMICDIOS DE JOVENS

    Diminuir a taxa de homicdios entre os jovens de-clina fortemente dos atuais 79,2 em cem mil parapouco menos de 18 em cem mil.

    METAS 2035

    MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS

    Reduzir fortemente a mortalidade por causas ex-ternas, chegando em 2030 com o ndice de So

    Paulo de hoje, e declinando nos ltimos anos para65 em cem mil habitantes em 2035.

    O aumento da expectativa de vida tem um movimento iner-cial com maior expanso nos ltimos anos, evoluindo no fu-turo como decorrncia da combinao de melhoria na sadepblica e do aumento na oferta de saneamento bsico, dadiminuio dos homicdios.

    O declnio nos primeiros anos moderado, mas vai se ace-lerando nos perodos seguintes pelo efeito combinado dematurao das medidas e iniciativas implementadas, princi-

    palmente em educao e da mudana drstica na estruturaetria, com declnio do nmero de jovens especialmente nascamadas mais vulnerveis.

    TAXA DE HOMICDIOS

    Reduzir o ndice de criminalidade continuamentechegando, em 2035, com apenas 8 homicdios

    em cem mil habitantes, quase um quinto do nvelregistrado em 2011.

    A queda forte nos primeiros anos pela continuidade do Pac-to pela Vida, num momento em que o nvel de criminalida-de ainda muito alto, se estabiliza no quinqunio seguinte,mas volta a ser mais intensa na dcada 2020/2030, quandoamadurecem os resultados das medidas e iniciativas imple-mentadas na educao e da reduo dos homicdios entre osjovens que acompanha a mudana da estrutura etria.

    O declnio de homicdios j contribui para esta reduo damortalidade por causas externas, que acompanhada tam-

    bm da diminuio de acidentes de trnsito, que tendem adeclinar de forma continuada com acelerao no ltimo quin-qunio, quando amadurecem a transio demogrfica (redu-o dos jovens) e a mudana cultural com maior civilidade.

    ANOS DE VIDA AO NASCER

    EM CEM MIL HABITANTESEM CEM MIL HABITANTES

    Fonte: Dados de 2010 do IBGE

    Fonte: Dados de 2011 do Instituto Sangari - Mapa da Violncia

    Fonte: Dados de 2011 do Ministrio da Sade

    EM CEM MIL JOVENS (15 A 30 ANOS)

    Fonte: Dados de 2011 do Instituto Sangari - Mapa da Violncia

    MORTALIDADE INFANTIL

    Reduzir a mortalidade infantil de Pernambuco con-tinuamente dos atuais 15,8 em mil nascidos vivos

    (2011) para 8 em 2035.

    O movimento de declnio das ltimas dcadas se acelera nofuturo pelo efeito combinado da melhoria do saneamento eda educao com a reduo drstica da taxa de fecundidade.

    Fonte: Dados de 2011 do Ministrio da Sade

    BITOS AT UM ANO DE IDADE EM MIL NASCIDOS VIVOS

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    Pernambuco com mobilidade

    eficiente e habitabilidadeDESAFIOS

    A mobilidade nas grandes e mdias cidadesde Pernambuco est entre as piores do Brasil,com elevado tempo de deslocamento casa--trabalho e deficientes sistemas de transportepblico de massa, gerando perda de tempo

    e de qualidade de vida para a populao, ecomprometendo a competitividade da econo-mia. Alm disso, ainda h grande insuficin-cia na oferta de saneamento e moradia (dficithabitacional de 8,3% dos domiclios). A PPPdo saneamento deve elevar o saneamento naRegio Metropolitana do Recife, mas no obastante para solucionar o problema.

    COMPARAO

    Porto Alegre tem a melhor mobilidade entreas grandes cidades do Brasil (30 minutosde deslocamento casa-trabalho (2012);

    O saneamento adequado no Brasil alcana61,8% dos domiclios, sendo SP o Estadomelhor atendido (89,3%);

    O dficit habitacional do Brasil de 8,5%,sendo o RS o melhor estado, com 4,8%.

    VISO 2035Pernambuco contar com mobilidade eficiente baseada na oferta ampla

    e de qualidade do transporte pblico de massa nas grandes e mdiascidades, e com uma logstica integrada e eficiente no transporte, assimcomo amplo acesso ao saneamento adequado e reduzido dficit habita-cional, ampliando significativamente a qualidade de vida e elevando acompetitividade da economia.

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    SANEAMENTO ADEQUADO

    Elevar o acesso ao saneamento adequado de forma

    contnua, alcanando cerca de 92% dos domicliosem 2035.

    A implantao da PPP de saneamento da RMR inicia de formamoderada nos primeiros anos mas se acelera at 2020, comtaxa mais alta de expanso na medida em que aumenta a ca-pacidade de investimentos pblicos e se aperfeioa o modelode regulao do saneamento que viabiliza investimentos pri-vados. Nos dez anos seguintes (2020/2030) segue um ritmode crescimento prximo do histrico (2% ao ano), chegando a2030 pouco abaixo de So Paulo hoje.

    TEMPO DE DESLOCAMENTO -CASA - TRABALHO EM MINUTOS

    Diminuir o tempo de descolamento casa-trabalhona Regio Metropolitana do Recife, de 38 minutos,em 2012, para 24 minutos em 2035.

    A melhoria da mobilidade (expressa pelo tempo mdio de des-

    locamento na RMR) comea em ritmo moderado nos primei-ros anos, enquanto amadurecem as medidas de ampliaoe melhoria do transporte pblico e de reorganizao urbana,verificando acelerao na dcada 2020/2030. Em 2030 jdeve ser melhor que a Regio Metropolitana de Porto Alegre,com 30 minutos em 2012.

    DFICIT HABITACIONAL

    Reduzir o dficit habitacional em Pernambucodrasticamente, sendo em 2035 menos da metadedo atual.

    Dficit habitacional declina em torno de 1,6% ao ano noprimeiro quinqunio, mas se intensifica a partir de 2015 edepois de 2020, acompanhando a melhoria da renda e a ma-turao das polticas sociais (chega a 2035 pouco abaixo dos4,8% atuais do Rio Grande do Sul, menor do Brasil).

    METAS 2035

    % DE DOMICLIOS

    Fonte: Dados de 2010 do IBGE

    Fonte: Dados de 2012 do IBGE - PNAD

    Fonte: Dados de 2012 do IBGE - PNAD

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    Pernambuco sustentvel

    DESAFIOS

    Pernambuco tem problemas ambientais comdegradao decorrente das formas de ocupa-o do espao, principalmente poluio hdri-ca e desmatamento decorrentes da concentra-o populacional nas grandes cidades. E corre

    risco de desertificao em parte do Semirido,acentuado pelas mudanas climticas. Per-nambuco tem 10,5% da cobertura vegetal daMata Atlntica e 53,4% de Caatinga e apenas6,5% de rea protegida. A dinmica econ-mica no ser sustentvel se no forem en-frentadas a escassez e a poluio dos recursoshdricos, e contido o processo de degradao.No Semirido, com ciclos frequentes de graveestiagem, Pernambuco tem reservatrios degua insuficientes, dificultando a convivnciacom a seca.

    COMPARAO

    A degradao ambiental comum a todosos Estados, com intensidade diferente. Emrelao ao Semirido, o Cear tem capaci-dade de reservatrio de 145,4 milhes m3/km2da rea do Semirido (quase 4 vezes

    mais que PE). Em relao s RPPNs, a referncia mais

    prxima o Cear e a Bahia, ambos tam-bm com 0,04% da rea do Estado (Para-n chega a 0,25% da rea total).

    Naes Unidas recomendam mnimo de10% de rea protegida por ecossistema.

    VISO 2035Pernambuco conserva a cobertura florestal e recupera parte da coberturae amplia reas de reserva (inclusive particulares), contm o processo dedesertificao ao mesmo tempo em que amplia a oferta hdrica e o po-tencial de reservatrios de gua no Semirido, assegurando estabilidadena oferta de gua, revitalizando bacias hidrogrficas e utilizando tecno-logias adequadas de aproveitamento dos recursos hdricos nos diferentesbiomas do Estado.

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    COBERTURA FLORESTAL EREAS PROTEGIDAS

    Politica ambiental do governo promove a recupera-o da cobertura florestal e a definio das reasmnimas de proteo ao longo dos prximos 20anos. Ampliar a cobertura florestal remanescenteda Mata Atlntica para 12% em 2035 e da Ca-atinga para 65% no mesmo ano e ampliar a reaprotegida do Estado para 12% do total em 2035.

    REA DE RPPN RESERVAS PARTICULARESDO PATRIMNIO NATURAL

    Ampliar a rea total de RPPNs no Estado, de4.367,8 hectares (2011) para 7.864,9 hectaresem 2035, alcanando o percentual atual da Bahiae do Cear na rea total estadual (0,08%). Mes-mo dobrando o percentual de Pernambuco, aindaestar em 2035 bem abaixo do Paran, que liderahoje com 0,25%.

    METAS 2035

    Fonte: Dados de 2011 do MMA-PROBIO e SOS MATA ATLNTICA - INPE

    Fonte: Dados de 2011 do WWF

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    Pernambuco conectado

    DESAFIO

    A abrangncia e intensidade do acesso te-lefonia mvel e da conexo ppida e de qua-lidade pela internet fator fundamental parafacilitar e melhorar a vida dos pernambucanose para garantir a competividade da economia

    de Pernambuco. Apesar de avanos relevantesna ltima dcada, ainda h uma parcela dapopulao e do territrio desconectada ou comsistema de telecomunicao precrio para asexigncias contemporneas, especialmente abanda larga de conexo.

    COMPARAO

    Em 2011 o Brasil tinha 46,5% das pesso-as de 10 anos e mais conectadas na inter-net e 69,1% com uso de celular pessoal.Os melhores nveis so no Distrito Federal:71,1% conectados na internet e 87,1%

    com celular pessoal.

    VISO 2035

    Todos os pernambucanos, em todo o territrio estadual, estaro conec-tados por dispositivo mvel e com alta velocidade e qualidade do sinal(banda larga) numa rede integrada de acesso (infovias) acessvel e debaixo preo.

    ACESSO INTERNET E CELULAR OU DISPOSI-TIVO MVEL

    Universalizar at 2030 o acesso conexo in-ternet e do celular (100% das pessoas de 10 anose mais).

    A velocidade e o volume relativamente moderado dos investi-mentos necessrios, grande parte assumido pelo setor privado,para ampliao da rede de infovias e banda larga, devem ace-lerar o acesso da populao ao celular pessoal e internet, demodo que deve ser alcanada a universalizao j em 2030.

    METAS 2035

    PERCENTUAL DE PESSOASCOM 15 ANOS OU MAIS COM ACESSO

    Fonte: Dados de 2011 do IBGE - PNAD

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    4.Prosperidade

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    Pernambuco dinmico

    DESAFIOS

    Nos ltimos anos, Pernambuco teve um dina-mismo econmico superior mdia nacional,mas ainda tem uma participao pequena noPIB do Brasil. Alm disso, o PIB per capitado Estado equivale a apenas 54,7% da mdia

    brasileira. O desafio para os prximos 20 anos fazer a economia crescer mais que a do Bra-sil na gerao de riqueza de modo a convergirpara prximo do PIB per capita brasileiro.

    COMPARAO

    PIB do Brasil em 2011 foi R$ 4,14 tri-lhes, e o PIB per capita R$ 21.356,00(estimativas).

    PIB de Minas Gerais em 2011 foi de R$386 bilhes (9,3% do brasileiro), e o PIBper capita R$ 19.573 (90,9%). O PIB percapita de SP foi R$ 32.449.

    VISO 2035A economia de Pernambuco cresce mais que a mdia nacional com am-

    pla gerao de emprego de qualidade. E como a populao segue ritmode expanso muito prximo ao do Brasil, aumenta a participao no PIBdo Brasil, e tambm do PIB per capita no PIB per capita mdio do Brasil.

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    PIB E PARTICIPAO NO PIB DO BRASIL

    Elevar o PIB de Pernambuco a taxas superiores

    mdia nacional, alcanando cerca de R$ 390 bi-lhes em 2035 (pouco acima do PIB de MG de2011). E aumentar a participao no PIB do Brasilde 2,5% (2011) para 3,7%, em 2035.

    PIB PER CAPITA E PARTICIPAONO PIB PER CAPITA DO BRASIL

    Aumentar o PIB per capita de Pernambuco deR$ 11.776 (2011) para R$ 35.772 (pouco acimade So Paulo em 2011), mais que triplicando.

    METAS 2035

    Considerando os grandes investimentos em implantao (R$ 104 bilhes de 2007 a 2016) oPIB de Pernambuco deve registrar um crescimento alto no primeiro quinqunio mesmo numcontexto nacional desfavorvel devido ao incio da operao da Refinaria e da FIAT. A partir deento, na medida em que amadurece a melhoria da competitividade da economia (em infraestru-tura, educao e qualificao profissional), avana o adensamento das cadeias produtivas e seamplia a atrao de investimentos, com aumento da taxa de crescimento, o ritmo de crescimentoa economia pernambucana se mantm relativamente alto. Na mdia dos 20 anos, a economia

    de Pernambuco deve crescer em torno de 5,5% na mdia anual. Supondo que o Brasil retomacrescimento mdio no segundo quinqunio, pode ser estimado crescimento de 4,1% ao ano,levando ao aumento continuado da participao de Pernambuco no PIB brasileiro.

    Assumindo a populao futura do Brasil e de Pernambuco estimadas pelo IBGE, o PIB per capitade Pernambuco se eleva acompanhando o rpido crescimento do PIB. Ao mesmo tempo, crescen-do mais que o Brasil, o PIB per capita estadual passa de 54,7% para 76,4% da mdia nacional.

    Fonte: Dados de 2011 do IBGE - CONTAS REGIONAIS

    Fonte: Dados de 2011 do IBGE - CONTAS REGIONAIS

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    Pernambuco competitivo

    DESAFIOS

    Pernambuco 14 Estado no ranking de com-petitividade do Brasil (segundo do Nordeste) emostra desvantagem principalmente na infra-estrutura, nos recursos humanos e no regimede regulao de impostos. A produtividade da

    economia inferior mdia nacional (sabida-mente baixa a nvel internacional), o que com-promete a competitividade geral da economia.A melhoria da competitividade sistmica e oaumento da produtividade so condies fun-damentais para a prosperidade do Estado e detodos as pessoas que nele residem.

    COMPARAO

    Estados do Sudeste e do Sul lideram oranking de competitividade, e a Bahia omais competitivo do Nordeste.

    A produtividade de Pernambuco represen-tava, em 2010, apenas 64% da mdia na-cional.

    VISO 2035Pernambuco estar entre os sete estados mais competitivos do Brasil

    ao lado dos estados do Sul e do Sudeste que lideram o ranking nacionalde competitividade, ao mesmo tempo em que aumenta a produtividade,que converge para a mdia nacional.

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    COMPETITIVIDADE

    Situar Pernambuco entre os sete estados mais com-

    petitivos do Brasil em 2035, acompanhando deperto os estados do Sul e Sudeste que lideram oranking nacional.

    PRODUTIVIDADE

    Elevar a produtividade da economia de Pernambucopara 80% da mdia brasileira, melhorando princi-palmente na indstria de transformao (que chegaa 80%, ajudando a elevar a produtividade total).

    METAS 2035

    Com investimentos fortes em infraestrutura, educao, qualificao e inovao, ao longo dosprximos 20 anos, Pernambuco eleva a competitividade da economia de modo que obtm umamelhora diferenciada dos outros estados, principalmente do Nordeste. Embora todos melhorema sua competitividade, acompanhando o aumento do Brasil, Pernambuco pode se destacar coma implementao de estratgias focadas nos fatores de competitividade.

    A combinao das aes voltadas para qualificao da mo de obra e a adoo de uma posturaproativa e inovadora dos empresrios, deve levar a um processo, lento no incio mas aceleradona dcada 2020/2030, de reduo da disparidade em relao produtividade mdia do Brasil.A melhora mais significativa na agropecuria, pelo investimento pesado em tecnologia e ma-nejo, e na indstria de transformao, favorecida pela reestruturao gerada pelos investimentoscom adensamento das novas cadeias produtivas.

    Fonte: Dados de 2012 do Centro de Liderana Pblica - The Economist

    Fonte: Dados de 2010 do Centro de Liderana Pblica - The Economist

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    Pernambuco inovador

    DESAFIOS

    As empresas de Pernambuco so pouco ino-vadoras, quando observado o percentual dasempresas industriais que inovam (35,3% em2011), embora o Estado tenha uma posiodestacada no setor tercirio, de maior densida-

    de tecnolgica, e na capacidade de pesquisa,o que reflete, em grande parte, a ausncia dearticulao entre universidades e empresas.Para o desenvolvimento de Pernambuco numambiente de grande disputa competitiva, ne-cessrio que o empresariado assuma uma pos-tura inovadora, e que as instituies de C&Tsejam mais robustas e acessveis.

    COMPARAO

    Apenas 35,6% das empresas industriaisbrasileiras