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Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: [email protected] / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 19/09/2014 Acesse: www.cncafe.com.br CNC – Balanço Semanal de 15 a 19/09/2014 P1 / Ascom CNC 19/09/2014 — Banco do Brasil disponibiliza R$ 2,6 bilhões para a cafeicultura; CNC e CNA se posicionam sobre anúncios de safra da Conab. RECURSOS DO BB — Na quarta-feira, dia 17, o Banco do Brasil anunciou a liberação de R$ 2,6 bilhões à cafeicultura para atender demandas nas linhas de custeio, investimento, capital de giro, aquisição e estocagem destinado a produtores rurais, empresas e cooperativas. Do volume ofertado inicialmente, R$ 740 milhões são oriundos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e R$ 1,86 bilhão tem como origem recursos próprios do BB. A instituição também comunicou que faz a intermediação de contratos futuros de café e atua como lançador de opções agropecuárias na BM&FBovespa, facilitando o acesso a esses mecanismos aos participantes da cadeia do agronegócio que pretendem se proteger contra riscos de oscilações dos preços. Segundo o BB, dessa maneira é possível assegurar o preço mínimo de venda ou máximo de compra, administrando a comercialização do produto. POSICIONAMENTO — Também nesta semana, o Conselho Nacional do Café e a Comissão Nacional do Café da CNA emitiram um posicionamento a respeito dos anúncios de projeções e estimativas de safras de café no Brasil. As instituições repudiaram a atitude da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que elevou sua previsão para a safra 2014 apesar do parque cafeeiro conviver com o pior cenário de estiagem das últimas décadas, de registrar elevados déficits hídricos e vivenciar temperaturas extremamente altas, fatores prejudiciais às lavouras cafeeiras e que inviabilizam qualquer possibilidade de aumento na projeção de safra. Repudiamos, em especial, o prognóstico da estatal referente à safra 2015 de café no Brasil e os consequentes impactos negativos que pode trazer à vida de milhões de produtores. Isso porque é completamente inviável traçar qualquer cenário para a colheita futura com base em dados históricos e sem antes termos ciências do pegamento ou não das floradas e do real impacto do clima extremamente seco nos cafezais nacionais, o que só poderemos começar a ter ideia a partir de dezembro. Para ler a íntegra do posicionamento assinado pelo presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, e pelo presidente da Comissão do Café da CNA, Breno Mesquita, acesse http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=18282 . MERCADO — As cotações futuras do café arábica operaram em patamar inferior ao longo da semana, pressionadas pelo dólar valorizado e pelas expectativas de chuvas nas origens brasileiras nos próximos dias. No entanto, não foi rompido o suporte de US$ 1,80 por libra-peso, dada a menor produção de café no Brasil na temporada 2014/15. O Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) aumentou suas projeções para as taxas de juros em 2015 e 2016, resultando em fortalecimento do dólar em relação às moedas internacionais. No entanto, a alta dos juros norte-americanos não deverá ocorrer antes de um período de seis a nove meses, segundo sinalização do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) e avaliação de analistas e investidores. No Brasil, a moeda acumulou alta de 1,3% ante o real, sendo cotada a R$ 2,365 na quinta-feira, o maior valor desde março.

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CLIPPING – 19/09/2014

Acesse: www.cncafe.com.br CNC – Balanço Semanal de 15 a 19/09/2014 P1 / Ascom CNC 19/09/2014 — Banco do Brasil disponibiliza R$ 2,6 bilhões para a cafeicultura; CNC e CNA se posicionam sobre

anúncios de safra da Conab.

RECURSOS DO BB — Na quarta-feira, dia 17, o Banco do Brasil anunciou a liberação de R$ 2,6 bilhões à cafeicultura para atender demandas nas linhas de custeio, investimento, capital de giro, aquisição e estocagem destinado a produtores rurais, empresas e cooperativas. Do volume ofertado inicialmente, R$ 740 milhões são oriundos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e R$ 1,86 bilhão tem como origem recursos próprios do BB. A instituição também comunicou que faz a intermediação de contratos futuros de café e atua como lançador de opções agropecuárias na BM&FBovespa, facilitando o acesso a esses mecanismos aos participantes da cadeia do agronegócio que pretendem se proteger contra riscos de oscilações dos preços. Segundo o BB, dessa maneira é possível assegurar o preço mínimo de venda ou máximo de compra, administrando a comercialização do produto. POSICIONAMENTO — Também nesta semana, o Conselho Nacional do Café e a Comissão Nacional do Café da CNA emitiram um posicionamento a respeito dos anúncios de projeções e estimativas de safras de café no Brasil. As instituições repudiaram a atitude da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que elevou sua previsão para a safra 2014 apesar do parque cafeeiro conviver com o pior cenário de estiagem das últimas décadas, de registrar elevados déficits hídricos e vivenciar temperaturas extremamente altas, fatores prejudiciais às lavouras cafeeiras e que inviabilizam qualquer possibilidade de aumento na projeção de safra. Repudiamos, em especial, o prognóstico da estatal referente à safra 2015 de café no Brasil e os consequentes impactos negativos que pode trazer à vida de milhões de produtores. Isso porque é completamente inviável traçar qualquer cenário para a colheita futura com base em dados históricos e sem antes termos ciências do pegamento ou não das floradas e do real impacto do clima extremamente seco nos cafezais nacionais, o que só poderemos começar a ter ideia a partir de dezembro. Para ler a íntegra do posicionamento assinado pelo presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, e pelo presidente da Comissão do Café da CNA, Breno Mesquita, acesse http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=18282. MERCADO — As cotações futuras do café arábica operaram em patamar inferior ao longo da semana, pressionadas pelo dólar valorizado e pelas expectativas de chuvas nas origens brasileiras nos próximos dias. No entanto, não foi rompido o suporte de US$ 1,80 por libra-peso, dada a menor produção de café no Brasil na temporada 2014/15. O Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) aumentou suas projeções para as taxas de juros em 2015 e 2016, resultando em fortalecimento do dólar em relação às moedas internacionais. No entanto, a alta dos juros norte-americanos não deverá ocorrer antes de um período de seis a nove meses, segundo sinalização do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) e avaliação de analistas e investidores. No Brasil, a moeda acumulou alta de 1,3% ante o real, sendo cotada a R$ 2,365 na quinta-feira, o maior valor desde março.

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Segundo a Climatempo, as áreas de instabilidade sobre o Sul do Brasil avançam para o Sudeste, onde se juntam com uma frente fria provocando chuvas a partir de hoje sobre São Paulo, Sul de Minas e Triângulo Mineiro. Porém, essas chuvas não serão generalizadas e não configurarão tempo chuvoso nessas regiões. Em São Paulo, o volume das precipitações deverá atingir 30 mm entre os dias 19 e 23 de setembro. Em algumas localidades de Minas Gerais poderá chover até 60 mm. Na ICE Futures US, o vencimento dezembro do contrato C acumulou queda de 335 pontos até o fechamento da quinta-feira, que se deu a US$ 1,8120 por libra-peso. Os futuros do café robusta também apresentaram desempenho negativo. Na Bolsa de Londres, o vencimento novembro do Contrato 409 encerrou o pregão de ontem a US$ 1.961 por tonelada, com perdas acumuladas de US$ 36. Com a aproximação da colheita da safra 2014/15, o café vietnamita tem sido negociado com desconto de aproximadamente U$ 20 por tonelada sobre as cotações do robusta na Liffe, que vem se desvalorizando desde a semana passada. Com isso, o mercado físico do país asiático está bem desaquecido. Na Indonésia, agentes de mercado têm reportado que as condições climáticas estão favorecendo a ocorrência de floradas nos cafezais e indicam tendência de recuperação de volumes na próxima temporada. O café robusta daquele país está sendo comercializado com prêmio de US$ 70/t sobre as cotações de Londres. O mercado físico brasileiro apresentou pouca movimentação nesta semana, devido aos preços encontrarem-se aquém das expectativas dos vendedores. Os indicadores do Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 419,53/saca e a R$ 250,81/saca, respectivamente, com variação de -1% e 2,1% no acumulado da semana.

Atenciosamente,

Silas Brasileiro Presidente Executivo do CNC

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Banco do Brasil anuncia R$ 2,6 bilhões para a cafei cultura Ascom Banco do Brasil 19/09/2014

O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (17) a liberação de R$ 2,6 bilhões para atender demandas nas linhas de custeio, investimento, capital de giro, aquisição e estocagem para os produtores rurais, empresas e cooperativas, reafirmando o apoio à cafeicultura no país. Do volume ofertado inicialmente, R$ 740 milhões são oriundos do Fundo de Defesa

da Economia Cafeeira (Funcafé) e R$ 1,86 bilhão tem como origem recursos próprios do Banco do Brasil. A disponibilização dos recursos contribui para a melhor distribuição da oferta do produto em condições favoráveis, como forma de controlar o fluxo de oferta e reduzir a oscilação de preços, com reflexos positivos sobre a renda do setor. O Banco do Brasil também faz a intermediação de contratos futuros de café e atua como lançador de opções agropecuárias na BM&FBovespa, facilitando o acesso a estes mecanismos aos participantes da cadeia do agronegócio que pretendem se proteger contra riscos de oscilações dos preços do café. Com isso, assegura o preço mínimo de venda ou máximo de compra, administrando a comercialização do produto. Cafeicultores estão ansiosos pela chegada da chuva ao Sudeste Canal Rural 19/09/2014 Pryscilla Paiva

As chuvas das últimas semanas ainda não foram suficientes para desencadear a abertura dos botões florais do café. Visualmente, a florada esse ano deverá ser intensa, mas na prática será menor do que na safra 2013, a última do ciclo de menor produção. O principal motivo é o baixo índice foliar das plantas nesse momento. Essa condição foi provocada pelo estresse hídrico e pelo próprio estresse pós-colheita, ambos originados pelas poucas chuvas dos últimos nove meses. Neste final de semana, uma frente fria se aproxima do Sudeste do Brasil. No entanto, os maiores volumes acumulados devem ficar concentrados nas áreas mais ao sul de São Paulo, que fazem divisa com o Estado do Paraná. Para as áreas de café de Minas Gerais e do interior paulista, os volumes serão baixos.

– No sul de Minas, em cidades como Varginha, a chuva não deve passar de 10 milímetros acumulados – diz o agrometeorologista da Somar Marco Antônio dos Santos. Existe a expectativa de uma chuva um pouco mais intensa no fim do mês, com a chegada de uma nova frente fria. A previsão é de chuva para quase todas as regiões produtoras de café do Sudeste na próxima semana. Os volumes acumulados vão passar dos 20 milímetros, o que deve estimular a principal florada do café desta safra. – A grande dúvida que paira sobre o mercado é qual será a intensidade dessa florada e, principalmente, como será o seu pegamento – questiona Santos. Além das chuvas da semana que vem, para a abertura da florada, o regime chuvoso durante a primeira quinzena de outubro terá grande importância. Segundo os modelos meteorológicos de médio prazo, a primeira quinzena de outubro ainda deverá ter chuvas irregulares sobre as áreas cafeeiras.

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Bureau gera informações estratégicas para o agroneg ócio café no Brasil Embrapa Café 19/09/2014 Flávia Bessa e Lucas Tadeu

O agronegócio café é uma das atividades que se destaca historicamente na balança comercial brasileira com expressiva geração de divisas. Mesmo hoje dividindo espaço com outros produtos agrícolas e industriais, o café continua tendo importante papel socioeconômico no País. Mas, como qualquer

outro negócio, é preciso que a cafeicultura busque constantemente a inovação e a inteligência competitiva no campo da pesquisa e desenvolvimento e em todos os elos da produção e comercialização do produto. É necessário (ante)visão de novas tendências, oportunidades e desafios dos Cafés do Brasil, para que o País mantenha participação crescente no mercado mundial. O Brasil vem se mantendo, há mais de um século, como o maior produtor e exportador de café. Recentemente, a busca por inovação e competitividade passou a fazer parte de todos os elos do agronegócio café no País. A imensa variedade de alternativas (coado, monodose, cápsulas, solúvel, novos produtos à base de café etc.) de consumo da bebida, para mercados cada vez mais exigentes, é um reflexo das novas tendências. Nesse contexto, a inteligência competitiva do setor cafeeiro, por sua vez, vem ganhando força. Para falar sobre inovação e inteligência competitiva do café, a Embrapa Café entrevistou Luiz Gonzaga de Castro Júnior, professor e assessor de Inovação e Empreendedorismo da Universidade Federal de Lavras – UFLA, uma das dez instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Luiz Gonzaga tem graduação e mestrado em Administração pela Ufla e doutorado em Economia Aplicada pela Universidade de São Paulo – USP. É ainda coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), pesquisador líder do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, coordenador de projetos vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT-Café) e ao Polo de Excelência do Café (PEC - Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais), editor executivo da revista Coffee Science e consultor ad hoc da revista Organizações Rurais & Agroindustriais. Embrapa Café : O que motivou a criação do Centro de Inteligência de Mercados – CIM da UFLA, qual sua missão, com quais produtos trabalha e principais objetivos? Luiz Gonzaga : A principal motivação para a criação do CIM, em 2002, foi a constatação de uma carência de inteligência voltada para o agronegócio. Não falo de inteligência como cognição, mas da criação e difusão de conhecimento relevante para os participantes do agronegócio, especialmente nas áreas de gestão e economia. E é essa a missão do CIM. Passados 12 anos, noto que a agricultura brasileira ainda precisa muito de soluções de gestão e inteligência competitiva. Nós temos essas soluções e estamos trabalhando para que elas alcancem número cada vez maior de produtores. O principal produto de trabalho do CIM é o café, que possui grande importância econômica para o estado de Minas Gerais, onde nos encontramos. Mas o CIM também possui trabalhos com outras culturas como cacau, laranja, maçã etc. Embrapa Café : E em relação ao Bureau de Inteligência Competitiva do Café, qual seu principal foco de atuação e produtos gerados? Como são disponibilizados esses produtos aos interessados? Luiz Gonzaga : O principal foco de atuação do Bureau é a geração e distribuição de informações estratégicas para todos os elos da cadeia produtiva do café. Existe muita informação relacionada ao café circulando pelo mundo, mas grande parte desse conteúdo não chega até os cafeicultores, pesquisadores e empresários brasileiros. Isso ocorre porque essas informações estão dispersas pela

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internet e, em sua grande maioria, em inglês. Nossa equipe seleciona e analisa essas informações, que são publicadas mensalmente no Relatório Internacional de Tendências do Café. Este, por sua vez, pode ser acessado gratuitamente no site do Bureau (www.icafebr.com) ou enviado por e-mail. Nesse caso, o interessado deve solicitar cadastro enviando uma mensagem para [email protected]. Embrapa Café : Quais as principais fontes do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, como é feita a coleta de dados, as análises e interpretações. Luiz Gonzaga : A equipe de analistas do Bureau busca informações em sites de notícias do mundo todo. Nós dividimos o trabalho em três áreas principais que são produção, indústria e cafeterias/consumo, cada qual com o seu próprio grupo de analistas. Eles selecionam as notícias mais relevantes em meio ao imenso número que é publicado semanalmente e utilizam esse conteúdo para elaborar análise para cada uma das três áreas. Essas análises não são simples resumos das notícias coletadas, mas envolvem a identificação de tendências relevantes e a construção de novos conhecimentos. Antes de ser publicado, o texto do Relatório Internacional é discutido por todos os membros do Bureau, que fazem correções e sugestões para melhorar a qualidade do material. Embrapa Café : Em um cenário de mercado de café de grande volatilidade, o que representa ter um grupo para pensar estrategicamente a atuação do Brasil no mercado cafeeiro, gerando e divulgando informações e construindo cenários? Luiz Gonzaga : A grande volatilidade do mercado é condição intrínseca do seu funcionamento. Apesar disso, os preços exibem padrões de comportamento de médio e longo prazo, que são chamados de tendências. Elas podem ser de alta ou de baixa e refletem os fundamentos do mercado, que são as variáveis de maior peso, tais como a relação entre oferta e demanda, problemas climáticos nas regiões produtoras, estratégias das indústrias e novos hábitos de consumo. Os relatórios do Bureau contribuem justamente com esse aspecto fundamental da formação dos preços, pois oferecem visão ampla sobre as estratégias dos principais concorrentes brasileiros, os novos produtos da indústria e as preferências dos consumidores. Com essas informações, o setor cafeeiro nacional pode tomar decisões bem fundamentadas, planejar estratégias defensivas diante de ameaças e criar planos para explorar oportunidades. Embrapa Café : De que forma o ensino, a pesquisa e a extensão da UFLA contribuem direta e indiretamente para o trabalho do Bureau de Inteligência Competitiva do Café? Luiz Gonzaga : A UFLA é uma das melhores instituições de ensino superior do País e isso contribui diretamente para o sucesso do Bureau. Nossa equipe de analistas é formada por pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação que utilizam o conhecimento recebido da instituição para realizar as análises. Existe também uma sinergia entre esses estudantes, de forma que os graduandos podem participar dos projetos de teses e dissertações no âmbito do Bureau para desenvolver pensamento mais crítico e vislumbrar possibilidades de inserção em pós-graduação. Ao mesmo tempo, a Universidade realiza anualmente diversos eventos técnicos e científicos sobre o agronegócio café que são ótimas oportunidades para aquisição de conhecimento dos integrantes do Bureau, bem como para divulgação do nosso trabalho. Muitas vezes algum membro do Bureau participa desses eventos, apresentando nossos dados para um público seleto e tendo a oportunidade de ouvir suas opiniões. Embrapa Café : Nesse mesmo contexto, de que forma as entidades participantes do Consórcio Pesquisa Café também contribuem para o Bureau? Luiz Gonzaga : Todo o trabalho do Bureau não seria possível sem o apoio da UFLA, que é fundadora do Consórcio Pesquisa Café. Além do espaço físico, a Universidade conta com excelentes profissionais da área de cafeicultura que podem nos ajudar com questões técnicas e feedbacks das nossas análises, de modo que elas possam sempre melhorar. O Consórcio Pesquisa Café, por sua vez, terá cada vez mais importância para o Bureau. O projeto financiado pelo Consórcio para manutenção do Bureau pelos próximos quatro anos foi aprovado no último edital da Embrapa/Consórcio. Trata-se de algo fundamental para a continuidade dos trabalhos do Bureau e para sua ampliação. Além disso, espero que o CIM possa desenvolver novos projetos em parceria com todos os membros do Consórcio, combinando as competências de cada um para a criação de inovações e soluções para a cadeia produtiva do café.

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Embrapa Café : No campo da produção, quais os principais concorrentes do Brasil que o Bureau aponta na atualidade e no futuro próximo e suas vantagens competitivas em relação ao nosso País? Luiz Gonzaga : Nossos dois maiores concorrentes são o Vietnã e a Colômbia. O Vietnã é o maior produtor mundial de Coffea canephora P., também conhecido como robusta, espécie mais resistente e produtiva do que o Coffea arabica L. produzido no Brasil e na Colômbia. Por ser um grão mais barato, a demanda da indústria por robusta é crescente, já que seu maior uso gera redução no custo final do café industrializado. Existem novas tecnologias que permitem elevar a qualidade da bebida obtida a partir do café robusta, o que é um fato novo e que precisa ser acompanhado. Além disso, os mercados consumidores com maior potencial de crescimento estão na Ásia, o que vai favorecer, devido principalmente aos custos logísticos, o consumo de grãos da própria região. A Colômbia, por sua vez, está em ótimo momento. Após duas décadas de quedas sucessivas na produção, o volume colhido no País voltou a crescer e isso é resultado de um grande programa de renovação das lavouras. A recuperação da produção colombiana veio em ótimo momento, já que a cotação do café subiu muito nos últimos meses. O café colombiano possui boa imagem no mercado e agora a produtividade deve aumentar com as novas lavouras, reduzindo os custos de produção e melhorando a rentabilidade. Deve-se ressaltar também a produção africana, que possui grande potencial de crescimento. Os governos de vários países do continente estão investindo em pesquisa e renovação de lavouras, o que pode aumentar a produção nos próximos anos. Mas, por enquanto, os efeitos reais dessas medidas são incertos. Várias empresas também estão investindo lá, criando programas de apoio aos cafeicultores. A África possui um apelo social muito grande, o que leva muitas empresas a preferirem gastar com ações sociais lá do que aqui no Brasil. Embrapa Café : No cenário altamente competitivo da cafeicultura, como os diferentes atores do agronegócio café devem agir para promover a inovação e a competitividade do setor? Luiz Gonzaga : O caminho talvez esteja em soluções locais para problemas locais. A cafeicultura brasileira é muito heterogênea, cada estado e cada região possuem características distintas. São muitas variáveis a serem levadas em consideração por qualquer política que vise solucionar os problemas da cafeicultura. Por isso acreditamos que cada região precisa se organizar para resolver os seus problemas, já que ninguém conhece melhor a sua própria realidade do que os cafeicultores locais. A região do Cerrado Mineiro, por exemplo, faz isso há duas décadas e é hoje um exemplo de organização e desenvolvimento, tanto em tecnologia quanto em marketing e comercialização. As outras regiões precisam seguir um caminho parecido e muitas já estão nesse rumo. Outro exemplo notável é o Espírito Santo, com sua cafeicultura de conilon. Ao buscar enfrentar os desafios pertinentes à produção local, as lideranças da cafeicultura capixaba estão alcançando resultados impressionantes. Embrapa Café : Os consumidores estão cada vez mais exigentes por qualidade do produto, praticidade e segurança alimentar. Quais as principais estratégias a serem desenvolvidas pelo setor cafeeiro como um todo para atender o consumidor? Luiz Gonzaga : Atualmente, as pessoas gastam grande parte do seu dia em atividades como transporte, trabalho e estudo. Por esse motivo, não possuem tempo para preparação de alimentos. A indústria, percebendo essa tendência de consumo, tem disponibilizado no mercado algumas opções de produtos para facilitar a vida das pessoas, garantindo qualidade e segurança. O segmento que mais cresce na indústria do café é o de single cups (doses únicas). A preparação do café pode ser feita em casa ou no escritório, em aproximadamente 30 segundos, pois só necessita colocar a cápsula ou sache dentro da máquina e apertar um botão. Além da praticidade oferecida, as indústrias se preocupam em oferecer café com qualidade superior aos demais cafés torrados e moídos. Os cafeicultores também precisam acompanhar as tendências de consumo. Há muito tempo, já se fala de certificação e qualidade, mas essas tendências estão mais fortes do que nunca, por isso é importante oferecer grãos com essas características. Embrapa Café : Que fatores predominantes estão influenciando o aumento do consumo no Brasil? Qual o perfil desse novo consumidor? Que tipos de café estão conquistando espaço? Luiz Gonzaga : Um dos fatores predominantes que influencia o consumo do café é o aumento da renda do brasileiro, permitindo mais exigência quanto à qualidade e diferenciação da bebida. Além disso, a redução do tamanho das famílias e dedicação a atividades como trabalho e estudo também contribuem para a mudança nos hábitos do consumidor, uma vez que necessitam de refeições mais rápidas e práticas, acompanhando um ritmo de vida cada vez mais dinâmico.

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Embrapa Café : De acordo com os estudos do Bureau, é possível apontar os principais desafios e oportunidades para os cafés arábica e conilon do Brasil? Luiz Gonzaga : O grande desafio para a produção de arábica são os custos. Os cafeicultores precisam utilizar mais e melhor as ferramentas de gestão. É impossível controlar os preços no mercado internacional, por isso os cafeicultores precisam fazer o que está ao seu alcance: reduzir custos e elaborar estratégias de venda. As oportunidades estão na demanda cada vez maior por grãos especiais e certificados. Quanto ao conilon, o desafio é continuar aumentando a qualidade e a produtividade. Para o estado de Rondônia, a oportunidade é imensa. Lá a produtividade ainda é muito baixa, mas já se observa rápida evolução. Embrapa Café : A UFLA inaugurou em junho a Agência de Inovação do Café, a InovaCafé. Quais os objetivos, parceiros envolvidos e o que se espera de suas ações? Luiz Gonzaga : A InovaCafé foi idealizada para ser um ecossistema inovador e empreendedor do agronegócio café. Assim, a integração de competências e ações passa a ser condição básica para alcançar esse resultado. Nesse sentido, a Agência irá congregar todas as competências desse setor produtivo da UFLA, integrar as existentes em outras instituições e construir uma perfeita sinergia com as demandas do setor privado. Para que isso ocorra, já está programado um workshop para a definição do seu planejamento estratégico. Todas as representações da cadeia produtiva serão convidadas a participar e contribuir. Embrapa Café : A respeito dos países com grande potencial de consumo (China, Índia, Indonésia e Filipinas), como o Brasil está se preparando para conquistar esses mercados? Luiz Gonzaga : A verdade é que o Brasil não está se preparando para esses mercados. Pelo menos não da forma como deveria. A divulgação dos nossos cafés em feiras internacionais tem sua importância, mas é preciso muito mais. Boas estratégias seriam a criação de acordo bilaterais com esses países e campanhas de marketing nas redes sociais. Para saber mais sobre o Bureau de Inteligência Competitiva do Café – Relatório Internacional de Tendências do Café acesse: http://icafebr.com.br/. E informações sobre as consorciadas; dados estatísticos de produção, consumo, exportação e estoque; pesquisas sobre tendências de consumo, análise de mercado, entre outros, acesse o site do Consórcio Pesquisa Café: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/. Café: falta de investimento em marketing é a grande fraqueza do Brasil Agência Safras 19/09/2014 Fábio Rübenich

Se a cafeicultura brasileira do Brasil tem um ponto fraco, este é a falta de investimentos em promoção e marketing. A opinião é do consultor Carlos Brando, da P&A Marketing Internacional. "Precisamos exportar marcas, não apenas exportar café. Em qual café lá fora está escrito no rótulo 'este produto contém café do Brasil'", questionou Brando, que lembrou o sucesso do programa de marketing colombiano, que criou a marca Juan Valdez, e ainda as empresas brasileiras Ambev e Marfrig, que estão exportando marcas.

O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) só libera dinheiro para custeio e investimentos, frisou Brando. "O Funcafé não libera dinheiro para marketing porque pensa que o dinheiro não volta pra ele. Mas volta sim. Volta para a toda cadeia", disse Brando, alertando que existe dinheiro "barato" no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e social para o cafeicultor buscar. "Temos uma visão de mercado muito míope. Por isso não investimos em marketing. Nós vendemos uma commodity. Eles vendem uma marca", completou.

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Brando participou do painel "Mercado Macroeconômico: Produção e Mercado Internacional, que fez parte da programação da Semana Internacional do Café, evento que foi realizado em Belo Horizonte entre os dias 15 e 18 de setembro. Produtor e engenheiro desenvolvem automação para se cador de café G1 Sul de Minas 19/09/2014

Um dispositivo de controle à distância da secagem do café tem feito a diferença em uma lavoura da cidade de Cambuquira (MG). Segundo o engenheiro eletrônico e o produtor rural que idealizaram o dispositivo, a invenção, a automação para um secador de café artificial produzido em Santa Rita do Sapucaí (MG), diminui o desperdício de grãos e reduz as despesas com funcionários. A ideia veio do produtor rural Luiz Flávio Teixeira Ribeiro, que tem uma fazenda em Cambuquira, onde produz, junto com o irmão Antônio Mauro Ribeiro, cerca de 80 hectares de café. Luiz Flávio

conta que, até a instalação do dispositivo de monitoramento, o setor de beneficiamento da fazenda dava muito prejuízo. "Para suprir a mão de obra, a gente teve que investir nessa tecnologia de secagem", diz o produtor. Desenvolvido com a ajuda do engenheiro eletrônico José Manoel de Oliveira Medeiros, o equipamento fica ao lado da secadora de grãos e funciona por meio de sensores instalados em diferentes pontos da máquina. Quando ocorre qualquer problema, como superaquecimento ou rompimento de correias, o funcionamento do secador é interrompido e uma mensagem de celular é disparada (foto: Reprodução EPTV) com informações sobre a causa da falha. "É como se tivéssemos uma inteligência artificial, que controla e comanda todo o processo de secagem, que pode ser programado de acordo com a secagem que o produtor quer", explica o engenheiro. Com a invenção, os produtores conseguem secar em torno de três sacas de café sem a necessidade de funcionários acompanhando todo o trabalho, que pode durar até dois dias. O secador artificial de café já está disponível no mercado e custa entre R$ 4 mil e R$ 9 mil. Assista à reportagem no site do CNC: http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=18304. SP: preços agropecuários fecham agosto com alta de 0,99% IEA - Assessoria de Imprensa 19/09/2014 Nara Guimarães O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou alta de 0,99% no mês de agosto, em comparação a julho de 2014, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os produtos que apresentaram altas foram: laranjas para indústria e para mesa (14,8% e 14,23%), café (11,39%), carne suína (10,53%), carne de frango (7,86%) e carne bovina (0,92%). Já os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foram: batata (18,31%), tomate para mesa (17,57%), feijão (10,54%), trigo (9,22%), milho (7,25%) e banana nanica (5,78%). Com menores oscilações aparecem soja (5,15%), ovos (4,00%), leite cru resfriado (2,85%), amendoim (2,58%), algodão (2,41%), arroz (2,03%) e cana de açúcar (0,09%).

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Acumulado nos últimos 12 meses - No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registrou variação positiva de 11,54%. Na comparação de agosto/2014 com agosto/2013, 10 produtos apresentaram variações positivas e 9 apresentaram variações negativas. Os produtos que tiveram preços com incrementos em patamares mais elevados que a inflação foram os seguintes: café (50,56%), carne suína (32,73%), laranja para indústria (29,78%), tomate para mesa (27,61%), carne bovina (21,89%) e laranja para mesa (21,68%). Amendoim (5,57%), cana-de-açúcar (5,26%), banana nanica (3,13%) e arroz (1,83%) apresentaram variações positivas abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses. Já os produtos que apresentaram reduções de preços nos últimos 12 meses foram: batata (64,16%), feijão (55,63%), trigo (23,55%), algodão (18,42%), ovos (9,96%), soja (5,76%), leite cru resfriado (5,64%), carne de frango (0,79%) e o milho (0,22%). Uganda prevê exportações de café em máximas de 15 a nos Agência Safras 19/09/2014 Cândida Schaedler

A Uganda deve estender as exportações para máximas de 15 anos durante a temporada 2014/15, segundo informações oficiais, à medida que o principal exportador da África continua a lucrar com plantas recentes. Os embarques do café devem crescer para 3,7 milhões de sacas de 60 quilos em

2014/15, que começa no mês que vem, ante 3,5 milhões de sacas estimadas para 2013/14. Se o número se confirmar, os embarques devem ultrapassar o recorde de 14 anos da temporada passada, pois mais árvores que foram replantadas começaram a produzir. O clima também tem sido favorável, com chuvas impulsionando a formação e o desenvolvimento do grão. Embora as recentes chuvas torrenciais devam atrasar a colheita principal no centro e no leste das regiões produtoras, isso não deve afetar a oferta do país. As informações são de agências internacionais.