cisão, fusão, incorporação e planejamento tributário.pdf

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1 As Operaes de Fuso, Incorporao e Ciso e o Planejamento Tributrio DANIEL HENRIQUE FERREIRA DA SILVA FACULDADE DE CINCIAS ECONMICAS DE BAURU MAURO FERNANDO GALLO FACULDADE DE CINCIAS ECONMICAS DE BAURU CARLOS ALBERTO PEREIRA UNIVERSIDADE DE SO PAULO EMANOEL MARCOS LIMA UNIVERSIDADE CATLICA DOM BOSCO Resumo: Em meio crescente competitividade entre as empresas inseridas no contexto globalizado atual, torna-se imprescindvel a busca de meios que minimizem os custos operacionais e agilizem todo o processo organizacional. Para tanto, um dos instrumentos utilizados nos ltimos tempos tem sido o planejamento tributrio que, como parte da gesto de tributos realizada pela controladoria, visa a diminuio, postergao ou anulao dos altos custos tributrios, principalmente atravs da prtica da eliso fiscal. Este artigo aborda uma das possveis formas de realizao do planejamento tributrio, sendo ela a utilizao das operaes de reorganizao societria, atravs de seus institutos de fuso, incorporao e ciso. Assim, atravs de pesquisa emprica realizada junto a rgos governamentais de registros empresariais e de pesquisa bibliogrfica, inclusive junto a publicaes na mdia escrita, objetiva-se demonstrar que vrias empresas estejam utilizando-se dos institutos citados visando obter vantagens tributrias, tais como a compensao de prejuzos fiscais e a no tributao das operaes caracterizadas como compra e venda de participao societria, as quais, no entanto, so substitudas pelas operaes de incorporao e ciso, visando reduo ou no incidncia de tributos. 1) Introduo A permanente busca de reduo dos custos empresariais tem encontrado alternativas eficazes no planejamento tributrio, tendo em vista a elevada carga tributria do pas. So vrias as formas de realizao de planejamento tributrio. Este trabalho assume preliminarmente a hiptese de que empresas estejam utilizando as operaes de reorganizao societria como uma dessas formas de realizao de planejamento tributrio. Acredita-se que as empresas se utilizem dessa ferramenta visando compensao de prejuzos fiscais, e, principalmente, substituio das operaes de aquisio de participao societria pelos institutos de incorporao e ciso, o que resulta na no incidncia de tributao, a qual, em ocorrendo a operao de aquisio, seria de 15% (Imposto de Renda) sobre o ganho de capital obtido com a venda. Assim, uma situao de aquisio de uma grande empresa pode envolver uma exorbitante quantia financeira, o que poderia conseqentemente resultar numa alta tributao, a qual obviamente as empresas buscam evitar. Em termos metodolgicos, para se comprovar tal hiptese, necessrio primeiramente a compreenso de alguns conceitos fundamentais, tais como: planejamento tributrio, reorganizao societria e seus institutos (fuso, incorporao e ciso), o que pretendemos alcanar atravs de minuciosa pesquisa bibliogrfica. Aps o estudo desses conceitos,

2 realizou-se pesquisa de campo a fim de, com base em dados concretos, avaliar a veracidade da hiptese assumida. Para tanto, foram coletados dados referentes a reorganizaes societrias junto s Juntas Comerciais dos estados de So Paulo e do Rio de Janeiro e junto empresa de consultoria internacional KPMG Corporate Finance, especializada em operaes de aquisio e fuso. Dessa forma, objetiva-se comprovar a hiptese de que as empresas realizam planejamento tributrio atravs dos institutos de reorganizao societria. Espera-se que este estudo contribua para o entendimento dos conceitos fundamentais relacionados s operaes de reorganizao societria como formas elisivas utilizadas pelas empresas e no desvirtuamento das operaes de aquisio. 2) Reviso Bibliogrfica 2.1) Planejamento Tributrio Ao analisarmos o conceito de tributao, observamos que uma constante evoluo do mesmo ao longo do tempo proporcionou profunda mudana de suas caractersticas, transformando-o de contribuio voluntria em imposio do Estado (NOGUEIRA, 1996, p. 84). Dessa forma, vemos hoje que a obrigatoriedade existente acrescida de uma elevada carga tributria como a atual, impulsiona o contribuinte a buscar alternativas dentro da legalidade como forma de alcanar o menor custo tributrio possvel, ou at a eliminao do mesmo. Essa situao de inquietude do contribuinte levou estruturao daquilo que conceitua-se como planejamento tributrio, sendo este uma parte integrante da gesto de tributos. Quanto gesto de tributos e sua execuo pela Controladoria, Padoveze (2003, p. 73) afirma que apesar do forte componente jurdico, o desenvolvimento desta atividade pela Controladoria impe-se pela natural tendncia de a Contabilidade dispor e utilizar as informaes relativas aos impostos. Assim, entende-se que cabe Controladoria, dentre outras funes, a de mensurar e analisar o impacto dos tributos no resultado econmico da empresa, procurando identificar alternativas que minimizem, de forma legal, os custos tributrios, o que realizado atravs do planejamento tributrio. Fabretti (2001a, p. 30) define o planejamento tributrio da seguinte forma: O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realizao do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurdicos e econmicos e as alternativas legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributrio. Borges (2000, p. 60) traduz o significado do mesmo conceito e a que se destina o planejamento fiscal:[...] afigura-se-nos correto conceituar o Planejamento Fiscal como uma tcnica gerencial que visa projetar as operaes industriais, os negcios mercantis e as prestaes de servios, visando conhecer as obrigaes e os encargos tributrios inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legtimos, adotar aquela que possibilita a anulao, reduo ou adiamento do nus fiscal. (grifo nosso)

Ao explicitar a importncia da prtica do planejamento tributrio nos dias atuais, Huck (1997, p. 148) tambm comenta sua finalidade:

3No mercado competitivo das modernas relaes empresariais, o processo de planejamento como um todo passou a ser necessidade bsica. O planejamento tributrio insere-se nesse procedimento amplo e geral que deve preceder a qualquer novo negcio ou alterao de rumo existente. To essencial quanto um planejamento econmico, tcnico, comercial, de mercado etc., o planejamento tributrio aquele que visa a eficincia em seu campo, ou seja, o menor nus tributrio para o negcio, dentro dos limites da lei.

Assim, o planejamento tributrio pode ser entendido como um processo de busca de conhecimentos e instrumentos eficazes e legais, que visa uma economia de tributos atravs da excluso, reduo ou postergao do nus tributrio. Um dos principais agentes, seno o maior, que levam adoo do planejamento tributrio , sem dvida, a elevada carga tributria. Uma pesquisa realizada pela revista Exame, publicada em sua edio de 5 de setembro de 2001, aponta que a carga tributria mdia encontrada nos diversos setores de atividade foi de 42,9%. Revela-se ainda que, na distribuio das riquezas geradas pelas empresas, a maior parcela fica com o governo atravs dos tributos arrecadados (43%), enquanto a remunerao do capital absorve 34% e os gastos com pessoal e encargos atingem 23%. A elevada carga tributria no justifica, contudo, a adoo de formas indiscriminadas como meio de minimizar o custo tributrio. O planejamento somente ser vlido se utilizar estrutura e forma jurdica adequada, normal e tipicamente correspondente aos negcios e atividades da empresa. A respeito disto, Borges (2001, p. 28) sugere:[...] importantes regras prticas que outorgam juridicidade a qualquer planejamento [...]: - Verificar se a economia de impostos oriunda de ao ou omisso anterior concretizao da hiptese normativa de incidncia; - Examinar se a economia de impostos decorrente de ao ou omisso legtimas; - Analisar se a economia de impostos proveniente de ao realizada por meio de formas de direito privado normais, tpicas e adequadas; - Investigar se a economia de impostos resultou de ao ou conduta realizadas igualmente a suas formulaes nos correspondentes documentos e registros fiscais.

No que tange juridicidade ou legalidade, deve-se observar que cabvel ao planejamento tributrio a prtica da eliso fiscal, sendo, contudo, impensvel a possibilidade de evaso fiscal. Cabe aqui distinguirmos uma prtica da outra, para nossa melhor compreenso. Na eliso fiscal impede-se a ocorrncia da obrigao tributria, ao haver um planejamento tributrio que no permite que o agente econmico entre nessa relao fiscal, evitando-se o fato gerador legal. J na evaso fiscal ocorre uma ao culposa com a inteno de evitar a obrigao tributria apesar da ocorrncia do fato gerador, ou seja, o contribuinte busca sair da relao fiscal aps estar inserido na mesma, o que confere ao ato carter de ilegalidade, constituindo-se em crime contra a ordem tributria. 2.2) Reorganizao Societria

4 Atualmente, vrias razes motivam a utilizao das reorganizaes societrias, tais como: mercadolgicas, econmicas, financeiras, administrativas, tecnolgicas, societrias ou, ainda, por sua forma desburocratizada de promover alteraes empresariais. Alm dessas razes, a possibilidade de alcanar benefcios tributrios tem se mostrado um fator decisivo para a realizao das reorganizaes societrias. Embora as reorganizaes societrias j venham ocorrendo h algumas dcadas, podemos notar que at hoje no foi apresentado um conceito claro sobre essas operaes. Os conceitos existem, porm encontram-se muitas divergncias entre os autores, o que impossibilita a formao de um conceito nico. Muniz (1996, p. VII) afirma que Reorganizaes de empresas tm sido praticadas no Brasil desde h muito, atravs de suas diversas formas, sejam fuses, incorporaes ou cises. (grifo nosso) Fabretti (2001b, p. 99) menciona que:A reestruturao societria pode ser feita de vrias maneiras, tais como a transformao de um tipo de sociedade para outro, ou pela fuso, incorporao ou ciso. Esses eventos podem tambm visar concentrao de poder econmico, razo pela qual alguns deles principalmente a incorporao, fuso e aquisio [...] (grifo nosso)

Mesmo no havendo uma definio precisa das reorganizaes societrias, verifica-se que as operaes de fuses, incorporaes ou cises certamente se configuram como tais. Segundo o art. 228 da Lei das S.A., a fuso definida como a operao pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes suceder em todos direitos e obrigaes. O art. 227, da Lei das S.A. conceitua a incorporao como sendo a operao pela qual uma ou mais sociedades so absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes. O conceito de incorporao utilizado no Brasil difere do conceito norte-americano e europeu que consideram essa operao como um tipo especial de fuso. Assim, importante compreender ambas as definies para que os dados pesquisados possam ser devidamente utilizados. J a ciso assim definida pelo art. 229 da Lei das S/A:Art. 229. A ciso a operao pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimnio para uma ou mais sociedades, constitudas para esse fim ou j existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver verso de todo o seu patrimnio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a verso.

Uma quantidade significativa de medidas legais foi criada visando incentivar mediante benefcios fiscais essas operaes. A prpria exposio de motivos, enviada em 1995 pelo Ministro do Estado da Fazenda ao Presidente da Repblica, enfatiza a importncia das reorganizaes societrias. Destacamos a seguir, alguns trechos desta Medida Provisria (EM n. 403/MF):[...] O programa contempla a criao de linhas especiais de crdito, e estabelece importantes medidas de incentivo reorganizao administrativa societria e operacional das instituies que atuam nos mercados financeiro e de capitais, mediante fuses, incorporaes, cises, desmobilizaes, ou qualquer outra forma de reestruturao societria e operacional. [...]

5[...] Como forma de incentivar iniciativas de reestruturao necessrias ao fortalecimento e modernizao do sistema, o texto da Medida Provisria traz providncias de ordem tributria. Assim, a Medida Provisria permite a amortizao do gio decorrente de diferena entre o valor pelo qual houver sido adquirida a participao societria na instituio incorporada e seu valor patrimonial. [...]

A prpria Constituio Federal de 1988, em seu art. 156, 2, beneficia as operaes citadas ao referir-se ao imposto sobre transmisso inter vivos:I no incide sobre a transmisso de bens ou direitos incorporados ao patrimnio da pessoa jurdica em realizao de capital, nem sobre a transmisso de bens ou direitos decorrentes de fuso, incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locao de bens imveis ou arrendamento mercantil.

Diante do exposto, notamos claramente que a utilizao das operaes de reorganizao societria atravs dos institutos da fuso, incorporao e ciso teve seu crescimento amparado por benefcios fiscais. H inclusive justificativas pelo interesse na concentrao empresarial para alcanar resultados mais interessantes ao mercado no futuro, formando uma cultura de que tais institutos so utilizados para obteno de benefcios. 3) Levantamento de Dados A pesquisa realizada buscou confirmar que as operaes de reorganizao societria, atravs de fuses, incorporaes e cises isoladamente ou em formas combinadas esto sendo empregadas como forma de planejamento tributrio, visando obter reduo de carga tributria para as empresas. Os dados apresentados a seguir foram obtidos junto aos rgos governamentais de registros empresariais, bem como atravs da mdia escrita, mediante publicao de relatrio elaborado por empresa especializada em fuses, incorporaes, cises e aquisies. 3.1) Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro JUCERJA No Estado do Rio de Janeiro, a Junta Comercial JUCERJA atravs de sua pgina na Internet, divulga os nmeros adiante tabulados, referentes a essas operaes para o perodo de 1996 a 2003: Tabela 1 - Quantidade mensal de operaes de incorporao (I) e ciso (C) - 1996 a 2003 Ms Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago 1996 I C 8 5 15 5 8 4 7 4 6 2 6 4 12 5 10 8 1997 I C 17 9 18 2 15 8 15 5 5 3 9 8 13 8 12 6 1998 I C 20 8 18 8 15 6 13 3 5 6 12 8 16 22 14 15 1999 I C 13 9 14 3 13 6 9 6 18 4 13 7 9 7 14 6 2000 I C 15 10 12 6 4 5 12 3 9 6 10 3 8 3 26 5 2001 I C 26 11 8 3 11 10 11 1 4 3 6 5 3 8 6 10 2002 I C 15 8 10 1 10 4 15 8 3 8 8 1 14 3 7 3 2003 I C 21 7 13 4 5 0 6 1 5 1 5 3 10 2 11 1

6 14 8 16 Set 8 4 10 Out 17 7 14 Nov 25 8 11 Dez Total 136 64 155 Fonte: JUCERJA 8 12 6 16 2 14 4 13 69 168 7 15 8 15 6 16 1 17 98 166 6 7 10 9 1 13 9 4 74 129 3 9 4 9 11 6 5 7 64 106 3 8 5 8 6 10 3 16 68 124 8 10 3 14 3 8 5 55 108 8 7 5 39

Observa-se que da Tabela 1 constam somente operaes de incorporao e ciso, mas nenhuma de fuso. Mas como isso pode ser explicado, j que se ouve tanto na mdia notcias de fuso entre empresas? Indubitavelmente, isso ocorre muitas vezes devido ao desconhecimento tcnico, no s da mdia em geral, mas at mesmo por parte de jornais e revistas especializados em tais assuntos.Grfico 1 - Percentual anual de participao das operaes de 1996 a 2003 - JUCERJA

69,17%

68,00%

69,20%

63,16%

66,84%

60,92%

69,27%

73,47%

IncorporaoCiso

36,84%

32,00%

33,16%

39,08%

30,80%

30,83%

30,73%

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

No Brasil, a operao de incorporao muitas vezes equivocadamente confundida com a operao de fuso, a qual consiste na unio de duas ou mais empresas formando uma nova e nica empresa. Isso se deve ao fato de que, tanto nos Estados Unidos como na Europa, existam apenas operaes de fuso e ciso, uma vez que a incorporao considerada um tipo especial de fuso em que no ocorre o surgimento de uma nova empresa, mas sim a continuao de uma j existente. Assim, muitas vezes denominada fuso o que na realidade se trata de uma incorporao. Podemos identificar dois principais fatores que limitam a realizao de fuses no Brasil: o primeiro a necessidade de abertura de uma nova empresa, o que inclui toda a burocracia e custos exigidos para tanto. Porm, se compararmos esses custos com os valores envolvidos em toda a operao, veremos que eles so mnimos; o segundo, e mais importante, vem a ser a perda dos prejuzos fiscais acumulados, o que do ponto de vista tributrio extremamente negativo, j que no possibilita a compensao de tais prejuzos. Dessa forma, sempre que houver prejuzos a serem compensados, a fuso no interessar ao planejamento tributrio, segundo o que podemos concluir de acordo com art. 514 do RIR/99:Art. 514. A pessoa jurdica sucessora por incorporao, fuso ou ciso no poder compensar prejuzos fiscais da sucedida.

26,53%

7Pargrafo nico No caso de ciso parcial, a pessoa jurdica cindida poder compensar os seus prprios prejuzos, proporcionalmente parcela remanescente do patrimnio liquido. (Decreto-lei n 2.341/87, art. 33)

Vemos, assim, que no permitida a compensao de prejuzos em nenhuma das trs operaes. Contudo, devemos atentar que isso s ocorre em relao sucedida, sendo que no consta nenhum impedimento desse procedimento em relao sucessora. Assim, nas operaes de incorporao e ciso possvel a compensao de prejuzos fiscais da empresa sucessora. No entanto, em caso de fuso a empresa sucessora ser sempre uma empresa nova, no havendo nunca prejuzos a serem compensados, o que inibe a operao em termos destes benefcios tributrios. Analisando-se os dados coletados, observa-se que no total do perodo as incorporaes representaram 67,28% do total das operaes, enquanto as cises corresponderam a 32,72%. Isso representa uma relao mdia de 2,06 incorporaes para cada ciso. Constata-se uma tendncia desse comportamento, excetuando-se os anos de 1998 e 2001, quando, devido a meses atpicos, a relao mdia diminuiu para 1,71 e 1,55 respectivamente. Evidencia-se assim, uma preferncia pela operao de incorporao, a qual representa, na mdia, mais que o dobro das operaes de ciso. J a fuso propriamente dita no apresentou nenhuma ocorrncia sequer nesse Estado, durante os anos pesquisados. 3.2) Junta Comercial do Estado de So Paulo - JUCESP Os dados obtidos na Junta Comercial do Estado de So Paulo foram os seguintes. Tabela 2 - Quantidade de operaes por tipo - 1999 a 2003Operaes Fuso Incorporao Ciso Total 1999 Qtd. 10 811 422 % 0,8 65,2 34,0 2000 Qtd. 822 318 % 27,9 2001 Qtd. 16 391 % 0,8 20,2 2002 Qtd. 6 460 % 0,3 25,3 2003 Qtd. 2 655 % 0,1 30,3 Mdia Qtd. 7 449 % 0,4 72,1 27,5

72,1 1.530

79,0 1.353

74,4 1.502

69,6 1.204

1.243 100,0 1.140 100,0 1.937 100,0 1.819 100,0 2.159 100,0 1.660 100,0

Fonte: JUCESP De acordo com os dados obtidos, observa-se que, no total do perodo, as incorporaes representaram 72,1% das operaes, as cises 27,5%, enquanto as fuses corresponderam a irrisrios 0,4%. Assim, a relao mdia entre incorporaes e cises de 2,68 para o total do perodo.

8Grfico 2 - Quantidade de operaes por tipo - de1999 a 2000 - JUCESP1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 099 19 00 20 01 20 02 20 03 20 di a M

Fuso Incorporao Ciso

importante destacar que essa relao mdia de 2,68 incorporaes para cada ciso mdia ainda maior do que a observada em relao aos dados obtidos junto JUCERJA, reflete a ocorrncia de uma maior concentrao de empresas, j que a incorporao presta-se exatamente a isso, seja por racionalizao operacional, reduo de custos, maior facilidade na gesto financeira etc. J a ciso aparentemente representaria exatamente o oposto, ou seja, a desconcentrao de empresas. Porm, muitas vezes a ciso pode ser instrumento de concentrao de empresas, ao permitir a formao de grupo empresarial, o qual possibilitaria um crescimento pela diversificao da comercializao no mercado. A opo pela ciso deve levar em conta ainda a compensao de prejuzos acumulados, que s ser possvel quando a ciso for parcial, sendo que, mesmo assim, a compensao ser proporcional ao patrimnio liquido no vertido para a outra empresa. Segundo os motivos expostos, nota-se um maior interesse pelo uso do instituto da incorporao, uma vez que, havendo justificativas diversas e no somente a tributria, a incorporadora poder compensar prejuzos, quando ela for tanto sucessora quanto deficitria. Essa operao, segundo o entendimento da Cmara Superior de Recursos Fiscais do Ministrio da Fazenda, que a ltima instncia em termos de julgamento dos processos administrativos fiscais da Secretaria da Receita Federal, plenamente aceita conforme Acrdo n 01.756, de 1994:Incorporao de superavitria por deficitria Incomprovada a ocorrncia de simulao na operao de incorporao de uma empresa superavitria por uma deficitria, podem os prejuzos fiscais desta serem compensados com os lucros futuros daquela, no futuro, observado o prazo legal, posto no haver vedao legal.

Em pesquisa realizada junto JUCESP, foram levantados dados histricos de 32 empresas, as quais teriam alguma probabilidade de ter participado de alguma modalidade de reorganizao societria atravs dos institutos de fuso, incorporao e ciso. Apresentamos a seguir as seguintes informaes: Tabela 3 Operaes de reorganizao societria e aquisio realizadas por 32 empresas no estado de SP Operaes isoladas ou combinadas Incorporao Quantidade de empresas 9 Participao no total % 33,33 Quantidade de processos 28 Participao no total % 45,89

9 Ciso Fuso/aquisio Incorporao/ciso Ciso/incorporao Ciso/aquisio Aquisio/incorporao Total com operaes Total sem operaes Fonte: JUCESP 8 1 3 4 1 1 27 5 29,63 3,71 11,11 14,80 3,71 3,71 100,00 17 1 6 7 1 1 61 27,87 1,64 9,84 11,48 1,64 1,64 100,00 -

Segundo a pesquisa, apenas trs empresas participaram de operaes de aquisio, em combinao com fuso, ciso e incorporao, sendo uma em cada tipo, o que corresponde a 11,13% do total das empresas reestruturadas pesquisadas. Em relao ao quantitativo de processos temos tambm apenas trs, o que representa 4,92% do total de processos apurados. Com isso, observa-se que as operaes de aquisio, ao representarem menos de 5% dos processos, denotam que mais de 95% dos mesmos deveriam se referir a reestruturaes de empresas do mesmo grupo empresarial, fato este que no corresponde realidade.

Grfico 3 - Participao das empresas por tipo ou combinao de operaes Incorporao 33,33% Ciso 29,63%

Ciso/aquisio 3,71% Ciso/incorporao 14,80% Incorporao/ ciso 11,11%

Fuso/aquisio 3,71%

Notamos ainda que as empresas que passaram por processos de aquisio o fizeram uma nica vez cada uma, o que nos mostra uma falta de habitualidade a operaes de reestruturao, as quais mantm uma mdia de 2,42 processos por empresa. Podemos analisar tambm a mdia de processos para cada pessoa jurdica, de acordo com cada tipo de operao: Incorporao ...............................................3,11 Ciso ...........................................................2,12 Incorporao/ciso......................................2,00 Ciso/incorporao .....................................1,75

10 Grfico 4 - Participao dos processos por tipo ou combinao de operaes Incorporao 45,89% Ciso 27,87% Fuso/aquisio 1,64% Ciso/aquisio 1,64% Ciso/incorporao 11,48% Incorporao/ ciso 9,84%

Aquisio/ incorporao 1,64%

Demonstra-se assim, a clara preferncia pela operao de incorporao, seja de fato pela incorporao pura de empresa do mesmo grupo econmico, seja pelos benefcios fiscais alcanados no obtidos em operaes de aquisio, alm da tributao dos ganhos de capital, permitindo assim, as transferncias de patrimnio. Como se observa, a operao de ciso aparece em segundo lugar. Isso se deve especialmente flexibilizao que ela apresenta em relao venda de ativos, especfica dos casos de ciso parcial. A incorporao combinada com a ciso, com mdia de dois processos por empresa, sem dvida muito utilizada nas vendas de sociedades sem apurao de resultado tributrio. Em uma operao normal de compra e venda incide a tributao de 15% de Imposto de Renda sobre o ganho de capital apurado com a venda da empresa. J na operao de incorporao tal tributao pode ser reduzida ou at mesmo eliminada atravs do planejamento tributrio, o que torna a operao bastante atrativa s empresas. Aps a incorporao realizada uma ciso parcial onde ocorre a sada dos scios da empresa anteriormente incorporada para uma nova empresa, constituda por ativos lquidos e, algumas vezes, por imveis locados empresa cindida. Assim, os demais ativos e passivos da empresa anteriormente incorporada passaro a ser de propriedade da parcela remanescente da empresa incorporadora cindida parcialmente. A combinao da ciso com a incorporao, que a de menor utilizao, tambm utilizada em negociaes comerciais, desmembrando parte da empresa e disponibilizando-a para a venda, a qual ser posteriormente negociada na incorporao, atravs da troca de aes. De acordo com todos os dados pesquisados, constatou-se que as operaes de reorganizao societria no declaradas como de aquisio, mesmo sendo utilizadas com este efeito, so as mais praticadas pelas empresas, o que se confirma tanto pela sua participao em relao ao total de empresas quanto pela participao em relao ao total de processos. Assim, verifica-se que os tipos preferidos de operao so a incorporao e a ciso, que, se somadas, compem quase 63% das empresas e aproximadamente 74% dos processos. J as combinaes de ciso/incorporao e incorporao/ciso, quando somadas, representam uma menor ocorrncia, sendo esta de aproximadamente 26% para as empresas e de 21% para os processos, o que, acredita-se, se deva ao fato de que essas operaes apresentam uma grande complexidade nas etapas do processo de reorganizao societria como um todo.

11 3.3) Relatrio da KPMG Corporate Finance sobre fuses e aquisies no Brasil Foram analisados ainda dados referentes a fuses e aquisies realizadas no Brasil, obtidos atravs de relatrios apresentados na Internet pela empresa de consultoria internacional especializada em operaes de aquisio e fuso KPMG Corporate Finance. Os dados apontam a evoluo dessas operaes no perodo de 1994 a 2003, conforme Tabela 4: Tabela 4 - Fuses e aquisies - 1994 a 2003 Com Entre Total participao empresas de estrangeiras nacionais 81 94 175 1994 82 130 212 1995 161 167 328 1996 168 204 372 1997 130 221 351 1998 101 208 309 1999 123 230 353 2000 146 194 340 2001 143 84 227 2002 116 114 230 2003 Total 1.251 1.646 2.897 Fonte: KPMG - Corporate Finance Antes de qualquer anlise, destaca-se que, conforme explicado anteriormente, as operaes de fuso e aquisio apresentadas envolvem tambm as de incorporao e ciso, j que a nomenclatura e conceituao internacionais diferem da brasileira. Invariavelmente, esses dados so de grande importncia, por determinarem o quantitativo de aquisies realizadas atravs de operaes de reorganizao societria. Ano

Grfico 5 - Fuses e aquisies - de 1994 a 2003 - KPMG 250 225 200 175 150 125 100 75 50 25 0

Entre empresas nacionais Com participao de estrangeiras

Observamos que foram realizadas em mdia 290 operaes por ano, das quais em 56,82% houve a participao de empresas estrangeiras, e 43,18% envolveu somente empresas nacionais.

19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03

12 Ainda segundo dados fornecidos pela KPMG, a participao por pas no perodo de 1993 a 2000 apresentou a seguinte ocorrncia nessas operaes: Tabela 5 Participao dos principais pases nas fuses e aquisies em empresas brasileiras de 1993 a 2000 Pas Estados Unidos Frana Reino Unido Alemanha Argentina Itlia Outros Total Fonte: KPMG - Corporate Finance % 35,0 8,5 5,0 4,5 4,5 4,0 38,5 100,0

Os relatrios dispem tambm de dados referentes participao dos estados brasileiros naquelas operaes:

Tabela 6 Participao dos estados no total de fuses e aquisies Estado/Ano 2001 2002 % 35,4 6,9 6,9 7,2 5,5 3,6 34,5 100,0 48,6 14,9 8,8 2,8 5,2 5,2 14,5 100,0 40,9 11,9 7,3 5,5 5,1 3,8 25,5 100,0 2003 Mdia

38,8 SP 13,8 RJ 6,1 MG 6,4 RS 4,6 BA 2,8 PR 27,5 outros 100,0 Total Fonte: KPMG - Corporate Finance

Na tabela a seguir foram cruzados os dados coletados nas Juntas Comerciais, referentes ao total de operaes, com os dados fornecidos pela KPMG, os quais trazem o total de operaes de aquisio. Pode-se dessa forma, conhecer o volume de operaes que, embora tenham sido classificadas como incorporaes ou cises, tratam-se na verdade de operaes de aquisio. Tabela 7 - Operaes envolvendo aquisies - 2000 a 2003 Ano Rio de Janeiro Total de Operaes com Operaes Aquisies So Paulo Total de Operaes com Operaes Aquisies

13 193 2000 174 2001 179 2002 147 2003 Total 693 % 100,00 Fonte: dados identificados na pesquisa 43 39 40 33 155 22,37 1.140 1.937 1.819 2.159 7.055 100,00 154 152 107 121 534 7,57

V-se com isso, que cerca de 22% das operaes realizadas no Rio de Janeiro, consideradas como incorporaes ou cises, tratam-se de operaes de aquisio. No estado de So Paulo, a quantidade de operaes correspondentes a aquisies de cerca de 7,5% do total das operaes. Se considerarmos uma mdia referente aos dois estados pesquisados, temos que quase 15% das operaes ditas incorporaes ou cises so, na realidade, operaes de aquisio de empresas. Assim, conforme a hiptese deste estudo, fica comprovada a utilizao das operaes de reorganizao societria nas aquisies de empresas sobretudo atravs dos institutos de incorporao e ciso seja por grupos nacionais ou mesmo estrangeiros. 3.4) A utilizao das reorganizaes societrias no planejamento tributrio Conforme pudemos constatar atravs das pesquisas anteriormente apresentadas, observamos que as operaes de reorganizao societria so tambm utilizadas com vistas ao planejamento tributrio para obteno de reduo da carga tributria. As palavras de Bulgarelli (2000, p. 197) nos ajudam a comprovar esse interesse tributrio contido nas reorganizaes societrias:[...] hoje, no mais se duvida que se insere na sistemtica grupal, ocorrendo por variados motivos, e no apenas pela inteno pura e simplesmente de crescer, ou seja, tambm para evitar sanes das leis antitrustes, em termos de eliminao da concorrncia ou mesmo por motivos fiscais. (grifo nosso).

Weston e Brigham comentam em seu livro Fundamentos da Administrao Financeira (2000, p. 883) sobre o estimulo que as consideraes fiscais representam s fuses, as quais englobam tambm as incorporaes, segundo o conceito americano:As consideraes fiscais tm estimulado uma srie de fuses. Por exemplo, uma empresa que altamente lucrativa e se encontra na faixa de alquota fiscal mais alta poderia adquirir uma empresa com grandes perdas fiscais acumuladas e, ento, utilizar essas perdas para imunizar a cobrana de impostos. (grifo nosso).

Um exemplo concreto de incorporao narrado por Champaud, apud Bulgarelli (2000, p. 197), ilustra muito bem o enfoque dessa operao no planejamento tributrio:[...] Bank of Amrica, que assumiu o controle de um cinema para se reembolsar de um emprstimo, embora o cinema fosse deficitrio; para se compensar, tratou que fosse incorporado por uma empresa de sabo altamente lucrativa tambm pertencente ao grupo, deduzindo esta os prejuzos do cinema. (grifo nosso).

Os benefcios tributrios no so extensivos somente s empresas que realizam as reorganizaes societrias, mas tambm s pessoas fsicas, tais como os scios, pertencentes a

14 tais empresas. Este aspecto confirmado por Magalhes (1980) que em sua dissertao de mestrado Equivalncia Patrimonial nas Consolidaes de Fuses e Incorporaes afirma:O resultado da fuso/incorporao, quando a operao efetuada atravs da consolidao pelo valor da equivalncia patrimonial, praticamente no afeta a situao das pessoas fsicas. O montante de aes que as pessoas fsicas tinham nas empresas componentes, praticamente, ser o mesmo na empresa resultante, no produzindo acrscimo patrimonial, e, por conseguinte, no produzindo nenhuma alterao fiscal.

Segue abaixo uma simulao do que ocorre com os prejuzos fiscais nas reorganizaes societrias atravs dos institutos da fuso, da incorporao e da ciso, onde pode-se notar claramente a motivao tributria na escala de preferncia destas operaes, conforme apurado na pesquisa: Tabela 8 Simulao do prejuzo fiscal nos vrios tipos de operaes OPERAES FUSO INCORPORAO De A por B INCORPORAO De B por A EMPRESA A DEFICITRIA Prejuzo $ 1.000.000 Prejuzo $ 1.000.000 Prejuzo $ 1.000.000 EMPRESA B SUPERAVITRIA Lucro $ 500.000 Lucro $ 500.000 Lucro $ 500.000 EMPRESA RESULTANTE Empresa C Lucro $ 500.000 Empresa B Lucro $ 500.000 Empresa A Prejuzo $ 500.000 Empresa A prejuzo $ 800.000 Empresa C Prejuzo $ 200.000

CISO PARCIAL Prejuzo $ 1.000.000 (20%) da empresa A

De acordo com as diversas citaes apresentadas e a tabela acima podemos ento demonstrar a existncia do interesse tributrio em muitas das operaes de reorganizao societria realizadas, pois nota-se claramente pelos dados da pesquisa realizada que os institutos de incorporao e ciso, os quais permitem a compensao de prejuzos fiscais, so bem mais utilizados, sendo abandonado o instituto da fuso, o qual no possibilita tal compensao tributria. 5) Concluso Ao longo desse estudo pudemos constatar a importncia que as reorganizaes societrias tm alcanado no mundo empresarial nos ltimos tempos, utilizando-se principalmente dos institutos da incorporao e da ciso. Vimos ainda que tal importncia se deve a vrios fatores, sejam eles mercadolgicos, econmicos, financeiros, administrativos, tecnolgicos, societrios ou mesmo pela forma desburocratizada com que essas operaes promovem alteraes empresariais. Porm, a possibilidade para as empresas de alcanar benefcios tributrios tornou-se o motivo de maior relevncia para a realizao das reorganizaes societrias, tendo em vista a elevada carga tributria no Brasil e a conseqente necessidade de reduo do custo tributrio para a manuteno da competitividade das empresas no mercado.

15 Evidentemente, para que as operaes de reorganizao societria sirvam de instrumento ao planejamento tributrio imprescindvel que no se incorra em simulao ou em evaso fiscal, o que configuraria ao ato praticado pleno carter de ilegalidade. Assim, diante de todo o contedo apresentado pudemos considerar os seguintes aspectos: As operaes de reorganizao societria so utilizadas pelas empresas como um instrumento para o planejamento tributrio, especialmente atravs dos institutos da incorporao e da ciso, de forma isolada ou combinada, conforme pudemos constatar atravs das pesquisas apresentadas; As operaes de incorporao e ciso so utilizadas pelas empresas para realizar, na verdade, operaes de aquisio. Dessa forma, evita-se a tributao do imposto de renda sobre a apurao de ganho de capital da operao que na realidade se constitui como uma operao de compra e venda. Assim, a economia tributria para a empresa, em caso de ganho de capital, ser de 15% sobre o mesmo, de acordo com a legislao do imposto de renda; Os prejuzos fiscais podem ser compensados em situaes especficas atravs desses dois institutos. Na incorporao poder ser realizada a compensao quando houver a incorporao de uma empresa superavitria, com lucros acumulados, por uma deficitria - que possuir prejuzos acumulados. Embora esta seja uma situao atpica, perfeitamente possvel, se a justificativa econmica da operao no for unicamente a de beneficiar-se tributariamente. Em caso de ciso, poder haver a compensao de prejuzos quando a ciso for parcial, sendo permitido que a empresa cindida compense seus prprios prejuzos de forma proporcional parcela remanescente do patrimnio liquido.

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