circuito de comando com ujt - páginas pessoais - utfpr
TRANSCRIPT
Circuito de Comando com UJTCircuito de Comando com UJT
Nikolas Libert
Aula 9
Manutenção de Sistemas Eletrônicos Industriais ET54ATecnologia em Automação Industrial
DAELT ● Nikolas Libert ● 2
Transistor Unijunção (UJT)
Transistor Unijunção (UJT)
Barra de semicondutor tipo N com uma ilha tipo P.
Possui 3 terminais: Duas bases e um emissor.
– Também chamado de transistor de dupla base.
P N
B2
B1
E
B2
B1
E
Base 2
Base 1
Emissor Emissor
DAELT ● Nikolas Libert ● 3
Transistor Unijunção (UJT)
Circuito Equivalente
– A junção E-B1 funciona como um diodo, que só conduzirá se vEE for maior que 0,7 V + vRb1.
– Se o diodo não estiver conduzindo (no corte), a região de semicondutor N, entre B1 e B2, se comporta como um resistor de valor RBB = Rb1 + Rb2.
Rb1
B2
B1
E
vEE
vBB
Rb20,7 V
vRb1B2
B1
E
vEEvBB
P N
B2
B1
E
DAELT ● Nikolas Libert ● 4
Transistor Unijunção (UJT)
– O termo η (éta) é chamado de razão intrínseca de disparo, sendo um parâmetro de fabricação do UJT.
– O valor de η costuma estar entre 0,4 e 0,9.
Rb1
B2
B1
E
vEE
vBB
Rb20,7 V
vRb1
– No corte, a tensão vRb1 é dada por:
vRb1=vBB⋅Rb1
Rb1+Rb2
=vBB⋅η
η=Rb1
Rb1+Rb2
DAELT ● Nikolas Libert ● 5
Transistor Unijunção (UJT)
Quando a tensão no emissor atinge vP, o diodo interno entra em condução e a resistência entre E e B1 se torna baixa.
O UJT volta ao corte quandoo diodo deixa de estardiretamente polarizado.
– Tensão entre E e B1 inferior a vV.
IE
VE
VP
VV
IV
ResistênciaNegativa
Saturação
Corte
vP=vBB⋅η+0,7
B2
B1
E
DAELT ● Nikolas Libert ● 6
Transistor Unijunção (UJT)
Parâmetros do UJT.
– IP: corrente no início do disparo.
– IV: corrente de vale.
– η: razão intrínseca de disparo.
– RBB0: resistência entre bases.
Ex.: UJT 2N2646
Min. Max.
IP - 5 μA
IV 4 mA -
η 0,56 0,75
RBB0 4,7 kΩ 9,1 kΩ
DAELT ● Nikolas Libert ● 7
Oscilador de Relaxação
Oscilador de Relaxação
Principal aplicação do UJT.
Operação na região de resistência negativa.
Circuito base para disparo de tiristores.
R
vBB
RB2
CvRB1
RB1
Não confundir RB1(RB2) com Rb1(Rb2).
DAELT ● Nikolas Libert ● 8
Oscilador de Relaxação
Oscilador de Relaxação
R
vBB
RB2
CvRB1
RB1
Rb1
Rb20,7 V
vx
RB1
RB2
R
vBB
C
vRB1
– RB2 dá estabilidade térmica ao UJT.
– Normalmente RB2 e RB1 são pequenos, comparados com Rb1 e Rb2.
– No corte:
v x=vBB⋅( Rb1+RB1)
( Rb1+RB1+Rb2+RB 2)
≃vBB⋅Rb1
( Rb1+Rb2)=vBB⋅η
DAELT ● Nikolas Libert ● 9
Oscilador de Relaxação
Etapa 1
Rb1
Rb20,7 V
vx
RB1
RB2
R
vBB
C
vRB1
vC
– Inicialmente o capacitor está descarregado e o diodo cortado.
– O capacitor se carrega por meio do resistor R e sua tensão tende a vBB.
t
vC vBB
DAELT ● Nikolas Libert ● 10
Oscilador de Relaxação
Etapa 2
Rb20,7 V
vx
RB1
RB2
R
vBB
C
vRB1
vC
– Antes da tensão no capacitor chegar a vBB, o limiar vP é atingido e o UJT entra em condução.
t
vC vBB
vP
DAELT ● Nikolas Libert ● 11
Oscilador de Relaxação
Etapa 3
Rb20,7 V
vx
RB1
RB2
R
vBB
C
vRB1
vC
– O capacitor começa a ser descarregado por meio do diodo.
– Com a condução do diodo, a resistência Rb1 fica muito pequena (como a resistência interna de um diodo).
– A descarga é rápida pois RB1 é pequeno.
t
vC
vP
DAELT ● Nikolas Libert ● 12
Oscilador de Relaxação
Etapa 4
– Quando a tensão no capacitor atinge o limiar de vale vV, o UJT corta.
– O capacitor volta a se carregar por meio do resistor R.
t
vC
vP
vV
Rb1
Rb20,7 V
vx
RB1
RB2
R
vBB
C
vRB1
vC
DAELT ● Nikolas Libert ● 13
Oscilador de Relaxação
Oscilador de Relaxação
– O circuito gera um sinal pulsante.
– No ponto vRB1, haverão pulsos estreitos de tensão apenas nos momentos em que o UJT conduz (descarga do capacitor).
– Os pulsos em vRB1 podem serutilizados para disparo de umtiristor.
t
vC vP
vV
R
vBB
RB2
CvRB1
RB1
t
vRB1
O período de oscilação é dado por: T=R⋅C⋅ln( 11−η)
DAELT ● Nikolas Libert ● 14
Disparo de Tiristor com UJT
Disparo de Tiristor com UJT
O UJT pode gerar o trem de pulsos necessário para disparo de um Tiristor.
R
vBB
RB2
CRB1
RL
DAELT ● Nikolas Libert ● 15
Disparo de Tiristor com UJT
Cálculo de RB2
– Alguns fabricantes aconselham um valor de RB2 igual a 15 % de RBB.
– Outros fornecem equações:
RB2≃10000η⋅vBB
RB2≃0,4⋅RBB
η⋅V BB
+(1−η)⋅RB1
η
(para 2N2646 e 2N2647)
(para 2N1671 e 2N2160)
R
vBB
RB2
C
RB1
RL
DAELT ● Nikolas Libert ● 16
Disparo de Tiristor com UJT
Cálculo de RB1
– Enquanto o capacitor se carrega e o UJT está no corte, haverá uma tensão sobre RB1.
– Essa tensão é dada pelo divisor resistivo de RB1, RB2 e RBB, e deve ser menor que a tensão de disparo da porta do tiristor (vGT).
– Caso contrário, o tiristor poderádisparar na hora errada.
RB1⋅vBB
RB1+RB2+RBBmin
≤vGT
RvBB
RB2
C
RB1
RL
DAELT ● Nikolas Libert ● 17
Disparo de Tiristor com UJT
Cálculo de R.
– O resistor R é um dos responsáveis pela frequência de oscilação, mas sua resistência deve estar numa faixa dada por:
– A tensão de saturação entre emissor e base1, vEB1(sat), podeser utilizada como aproximaçãopara vV.
– IP, IV, η e vEB1(sat) são fornecidosno datasheet.
vBB−vP
IP
≥R≥vBB−vV
IV
RvBB
RB2
C
RB1
RL
vP=vBB⋅η+0,7
DAELT ● Nikolas Libert ● 18
Disparo de Tiristor com UJT
Cálculo de C.
– Conhecendo-se a faixa de valores aceitáveis para o resistor R, pode ser escolhida uma combinação de R e C que gere a frequência de oscilação desejada:
R
vBBRB2
C
RB1
RLT=R⋅C⋅ln( 1
1−η)f =
1T
DAELT ● Nikolas Libert ● 19
Disparo de Tiristor com UJT
Exemplo. Projete um oscilador para disparo de um TIC106D, com um UJT 2N2646. Dados: f=500 Hz, vBB=20 V, vGT (pior caso) = 0,2 V, vEB1(sat) = 2,5 V.
– RB2?
– RB1?
– R e C? R
vBBRB2
C
RB1
RL
DAELT ● Nikolas Libert ● 20
Oscilador com UJT Sincronizado com a Rede
Oscilador com UJT Sincronizado com a Rede
Para que o UJT possa ser utilizado para disparo de tiristores, é importante o sincronismo com a rede.
Alimentação do circuitocom diodo zener. R
RB2
C
RB1
RZ
+
-
DAELT ● Nikolas Libert ● 21
Oscilador com UJT Sincronizado com a Rede
No semiciclo positivo da rede elétrica, o diodo zener limita a tensão da rede em vBB, alimentando o circuito oscilador.
No semiciclo negativo, o diodo conduz, colocando em curto a entrada do oscilador e descarregando C.
– É como se o oscilador estivesse desligado.
R
RB2
C
RB1
RZ
+
-
vBB
vEt
vE
t
vRB1
vBBvC
DAELT ● Nikolas Libert ● 22
Oscilador com UJT Sincronizado com a Rede
No lugar do resistor R pode ser inserido um potenciômetro para controle do ângulo de disparo.
O primeiro pulso gerado é o que efetivamente disparará o tiristor.
A adição de uma ponte retificadora antes do zener possibilitaria o disparo nos dois semiciclos.
R
RB2
C
RB1
RZ
+
-
vBB
vEt
vE
t
vRB1
vBBvC
DAELT ● Nikolas Libert ● 23
Transistor de Unijunção Programável (PUT)
Transistor de Unijunção Programável (PUT)
Dispositivos que desempenham o mesmo papel do UJT.
Principais diferenças com relação ao UJT:
– Tensão de disparo controlável.
– Maior rapidez e sensibilidade.
– Em temporizadores de período longo o desempenho do PUT é superior (menor corrente de pico no disparo).
DAELT ● Nikolas Libert ● 24
Transistor de Unijunção Programável (PUT)
Dispositivo formado por 4 camadas, semelhante a um SCR.
– Difere com relação ao ponto de ligação do terminal de gatilho.
A
K
GP
N
P
N
A (ânodo)
K (cátodo)
G (porta)
DAELT ● Nikolas Libert ● 25
PUT Conduzindo
Transistor de Unijunção Programável (PUT)
P
N
P
N
A
K
G
P
N
P P
N
N
A
K
G
Modelo Equivalente
A
K
GT1
T2
T1
T2
0,7+
-0,3+
-
0,7+
-PUT Cortado
T1
T2
0+
-
Condição para condução:vA > vG + 0,7
DAELT ● Nikolas Libert ● 26
Transistor de Unijunção Programável (PUT)
Circuito de Polarização
ThéveninA
K
GRL
RB2
RB1
vBB
vE
A
K
GRL
RthvTh
vE
vTh=vBB⋅RB1
RB1+RB2
RTh=RB1 || RB2=RB1+RB 2
RB1+RB 2
Por analogia, podemos dizer que vTh=vBB⋅η η=RB1
RB1+RB2
, onde
DAELT ● Nikolas Libert ● 27
Transistor de Unijunção Programável (PUT)
Circuito de Polarização
A
K
GRL
RthvTh
vE
● Considerando que T1 esteja cortado.● Não flui corrente nem na base, nem no coletor de T1.● A queda de tensão entre base e emissor é praticamente zero (menor que
0,7 V). Logo, VE = VTh● Não entra corrente na base de T2.● T2 também corta.
● O PUT só conduzirá se o valor de VE for elevado a um valor vP dado por
● O PUT funciona como um UJT onde o parâmetro η pode ser determinado por resistores externos.
vTh=vBB⋅η
A
K
GT1
T2
vP=vTh+0,7=vBB⋅η+0,7
DAELT ● Nikolas Libert ● 28
Referências
ALBUQUERQUE, Rômulo Oliveira. Utilizando Eletrônica com AO, SCR, TRIAC, UJT, PUT, CI 555, LDR, LED, FET e IGBT, 2ª Edição, Érica, São Paulo, 2013.
de ALMEIDA, J. L. A. Dispositivos Semicondutores: Tiristores Controle de Potência em CC e CA, 12ª Edição, Érica, São Paulo, 2010