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CINTED –Centro Interdisciplinar de Novas
Tecnologias na Educação
VIII Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação: Saber criar,
saber usar::. 12 a 15 de dezembro de 2006
Design Inclusivo - desenvolvendo e utilizando tecnologias de informação e comunicação
para alunos com necessidades educacionaisespeciais
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DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE DESIGN INCLUSIVO DE EQUIPAMENTOS, BRINQUEDOS E VESTUÁRIO Linha de Pesquisa Design Ergonômico
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Membros da Equipe
Regina de Oliveira Heidrich -Líder do Projeto - Drª em Informática na Educação
Luciana Ferreira da Silva – Psicopedagoga
Maria Bernadete Rodrigues Martins – Fisioterapeuta
Cleber Ribeiro Alvares da Silva – Médico Neuropediatra
Maria Lúcia Rodrigues Langone – Psicóloga Colaboradora
Bolsistas de Iniciação Científica – Marcelle S. MüllerMiguel Severo Mazotti
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A finalidade deste projeto de pesquisa é o estabelecimento de um estudo interdisciplinar que possibilite o desenvolvimento de pesquisa em Design Ergonômico, de modo a contribuir para a melhoria do atendimento a indivíduos portadores de necessidades especiais e para a facilitação de sua integração na sociedade
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Contextualização
Após trabalharmos com paralisados cerebrais, constatamos que muitas destas pessoas estão em Instituições de Educação Especial por preconceitos e problemas motores e que a informática é um forte fator de apoio para inclusão educativa. Os principais problemas são a falta de informação e formação de professores no ensino regular, para que possam dar a assistência necessária a esses alunos em suas aulas.
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Inclusão Escolar
Numa sociedade que busca o ensino de qualidade para todos, é fundamental que, além do uso de novas tecnologias, o professor esteja preparado para receber, em suas classes regulares, alunos portadores de necessidades educacionais especiais.
Atualmente, alunos PNEES estão sendo aceitos na rede regular de ensino, sem que o professor tenha alguma formação na área de dEficiência, além de não possuir a formação necessária para o uso de informática. O computador, no âmbito das tecnologias assistivas, pode ser um caderno eletrônico, desde que sejam utilizados hardwares e softwares adequados.
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O que observamos nessa pesquisa é que a maioria das crianças com PC chegam à clínica com a significação de suas patologias maiores do que a significação de suas possibilidades como sujeito. Dado ao forte vínculo de dependência dessas crianças com seus cuidadores, elas, em geral, se percebem incapazes de reconhecer suas possibilidades e potencialidades como sujeito aprendente.
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A resistência na inclusão escolar de crianças paralisadas cerebrais ainda é um grande desafio, principalmente em comunidades mais carentes que se encontra no RS. O desafio consiste em trabalhar para além das condições físicas e estruturais dos ambientes escolares, mas de vencer as resistências subjetivas, da comunidade e dos próprios familiares e crianças com PC, (re)criando espaços-de-confiança e acolhida que possibilite a aprendizagem.
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No projeto de pesquisa buscamos estudar os problemas que envolvem as dificuldades de inclusão destes sujeitos. Inicialmente verificamos a escola e os professores e buscamos alternativas para os problemas de acessibilidade. Temos verificado em nossos estudos que o computador e as TICs podem auxiliar e resolver os problemas de inclusão escolar de pessoas com comprometimento motor.
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Acompanhamento do processo com observação e intervenção
Acreditamos ser a metodologia que melhor vai
ao encontro da teoria sócio-histórica de
Vygotsky, na qual se estudam os processos de
interação constantes que ocorrem com os
indivíduos. As idéias postuladas pela teoria
sócio-histórica se referem ao caráter histórico e
social dos Processos Psicológicos Superiores e
ao papel que os instrumentos de mediação têm
nesses processos.
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PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS CASOS
Registramos os diferentes procedimentos de suporte técnico e pedagógico do mediador junto aos alunos e o comportamento destes em interação com o mediador e com as TICs(o computador, o software e tecnologias assistivas), com o professor e as TICs e com os colegas e as TICs. Os recursos utilizados para o registro das interações e da estrutura física, envolveram anotações escritas e fotografias.
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TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Denomina-se Tecnologia Assistiva qualquer item, peça de equipamento ou sistema de produtos, adquirido comercialmente ou desenvolvido artesanalmente, produzido em série, modificado ou feito sob medida, que é usado para aumentar, manter ou melhorar habilidades de pessoas com limitações funcionais, sejam físicas ou sensoriais.
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De forma genérica é um “termo
utilizado para identificar todo o arsenal
de recursos que de alguma maneira
contribui para proporcionar vida
independente às pessoas com
necessidades especiais. No sentido
amplo, pode-se dizer que todos os
artefatos usados por qualquer pessoa
em seu dia-a-dia, desde talheres,
ferramentas, etc., são objetos de
tecnologia assistiva” (CLIK, 2002).
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OS SUJEITOS
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ESTUDO
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MigMouseO projeto foi desenvolvido e implementado com o objetivo de ser compatível com computadores PC/Windows, apresentando todas as funções do mouse padrão, tornando possível o acesso da pessoa portadora de deficiência física aos recursos da informática procurando reduzir a suscetibilidade a toques equivocados do usuário com PC, aumentando e protegendo as áreas de toque.
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MigMouse
A escolha o tipo de mouse mais adequado (funcionalidade e forma física), a necessidade e aptidão do usuário são as questões em estudo no protótipo que se encontra em fase de testes. O MigMouse ,no lugar da bolinha do mouse normal, possui uma placa com o circuito eletrônico, com seis áreas (5x5 cm) sensíveis a variações de campo elétrico
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Acoplador de Mouse
O Acoplador de Mouse é um equipamento destinado a pessoas com paralisia cerebral (PC), em especial crianças em fase de alfabetização. O objetivo deste equipamento é o de minimizar os movimentos involuntários característicos da pessoa com PC. O equipamento consiste no fato de permitir o uso do mouse por PCs, utilizando-se de um mouse ótico e uma luva contenedora, o dispositivo é acoplado ao usuário pela luva e desta forma tem seu posicionamento mantido de forma correta e inalterada.
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Acoplador de Mouse
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Apoio Ergonômico de Teclado
É um sistema que permita fixar e posicionar o teclado do computador, de modo que permita diferentes ajustes. Destinado a PNEEs, com foco especial nas crianças paralisadas cerebrais. O equipamento desenvolvido teve como resultado final um dispositivo que cumpre a função de conter o teclado do computador e possibilita que este seja articulado em qualquer posiçãocompreendida entre as posições horizontal e a vertical. O apoio ergonômico de teclado é concebido de forma que possa conter qualquerteclado de computador pessoal, independente de marca ou modelo, desde que seja tamanhopadrão.
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A informática e o uso de tecnologias assistivas representa para indivíduos com Paralisia Cerebral uma grande possibilidade de igualdade com seus colegas, pois nos dias de hoje, são as Tecnologias de Informação e Comunicação que possibilitam diminuir seus problemas motores e ajudá-los com a dificuldade de comunicação.
Considerações Finais
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O computador em sala de aula além de aumentar a auto-estima dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais também possibilitou uma postura colaborativa que tanto é necessária àeducação para o futuro, pois requer a soma de esforços para a solução de problemas. Ainda em relação à auto-estima dos alunos, a possibilidade de saberem que poderão seguir uma carreira e de continuarem os estudos os incentivou a procurar descobrir as possibilidades e recursos de suas máquinas.
Considerações Finais
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Verificamos que quando o professor mediador se apropria das ferramentas tecnológicas há uma facilidade maior na interação e comunicação do aluno com Necessidades Educacionais Especiais em sala de aula, possibilitando assim seu sucesso no processo de ensino-aprendizagem. Concluímos que o mediador e facilitador é de suma importância para o desenvolvimento e organização do ensino destes alunos, proporcionando as interações sociais buscando desafiar novos processos cognitivos e de aprendizagem .
Considerações Finais
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Desejamos um ensino reflexivo a todos, portadores de necessidades especiais ou não, e que as salas de aulas sejam transformadas em ambientes acolhedores não só aqueles que a primeira vista parecem “diferentes”, mas a cada um em suas especificidades e necessidades. E, juntamente com Alarcão (2001), afirmar que para que estes espaços se edifiquem é importante uma escola reflexiva, onde os alunos sejam ativos, criadores e possam, em autoria, desenvolver organismo, corpo, inteligência e desejo, motivando-se e (des)cobrindo-se em possibilidades para a vida.
Considerações Finais
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Referências
ALARCÃO, I. Escola reflexiva e nova realidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.ANDRADE, J. Site Defent (capturado em janeiro de 2005). Disponível na Internet em
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