cinema western

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5/11/2018 CinemaWestern-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/cinema-western 1/11 Cinema western 1 Cinema western Tópicos de Cinema  Portal Cinema Cartaz publicitário dos espectáculos de Buffalo Bill, de 1899 O chamado cinema western, também popularizado sob os termos "filmes de cowboys" ou "filmes de faroeste", compõe um género clássico do cinema norte-americano (ainda que outros países tenham produzido westerns, como aconteceu em Itália, com os seus western spaghetti). O termo inglês western significa "ocidental" e refere-se à fronteira do Oeste norte-americano durante a colonização. Esta região era também chamada de  far west - e é daqui que provém o termo usado no Brasil e Portugal, faroeste (também se usou o termo  juvenil bang-bang, na promoção das antigas matinês e de quadrinhos). Os westerns podem ser quaisquer formas de arte que representem, de forma romanceada, acontecimentos desta época e região. Além do cinema, podemos referir ainda a escultura, literatura, pintura e programas de televisão. Ainda que os westerns tenham sido um dos géneros cinematográficos mais populares da história do cinema e ainda tenha muitos fãs, a produção de filmes deste género é praticamente residual nos tempos que correm, principalmente depois do desastre comercial do filme  Heaven's Gate (  As portas do céu , em Portugal e O portal do paraíso no Brasil), de Michael Cimino, no início da década de 1980. Contudo, houve ainda alguns sucessos comerciais posteriores que foram, inclusive, galardoados com o Óscar de melhor filme, como  Dances with Wolves (  Dança com  Lobos) de Kevin Costner, ou Unforgiven (Os Imperdoáveis, no Brasil) de Clint Eastwood. Mas os westerns que vêm à memória da maioria dos cinéfilos são, mesmo, os da sua época áurea: os filmes de John Ford, Howard Hawks, entre outros nomes cimeiros do cinema.

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Cinema western 1

Cinema western

Tópicos

deCinema

 Portal Cinema

Cartaz publicitário dos espectáculos de Buffalo Bill, de 1899

O chamado cinema western, também

popularizado sob os termos "filmes de

cowboys" ou "filmes de faroeste", compõe

um género clássico do cinema

norte-americano (ainda que outros países

tenham produzido westerns, como

aconteceu em Itália, com os seus western

spaghetti). O termo inglês western significa

"ocidental" e refere-se à fronteira do Oestenorte-americano durante a colonização. Esta

região era também chamada de far west - e é

daqui que provém o termo usado no Brasil e

Portugal, faroeste (também se usou o termo

 juvenil bang-bang, na promoção das antigas

matinês e de quadrinhos). Os westerns

podem ser quaisquer formas de arte que representem, de forma romanceada, acontecimentos desta época e região.

Além do cinema, podemos referir ainda a escultura, literatura, pintura e programas de televisão.

Ainda que os westerns tenham sido um dos géneros cinematográficos mais populares da história do cinema e ainda

tenha muitos fãs, a produção de filmes deste género é praticamente residual nos tempos que correm, principalmente

depois do desastre comercial do filme  Heaven's Gate (  As portas do céu, em Portugal e O portal do paraíso no

Brasil), de Michael Cimino, no início da década de 1980. Contudo, houve ainda alguns sucessos comerciais

posteriores que foram, inclusive, galardoados com o Óscar de melhor filme, como  Dances with Wolves ( Dança com

 Lobos) de Kevin Costner, ou Unforgiven (Os Imperdoáveis, no Brasil) de Clint Eastwood. Mas os westerns que vêm

à memória da maioria dos cinéfilos são, mesmo, os da sua época áurea: os filmes de John Ford, Howard Hawks,

entre outros nomes cimeiros do cinema.

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Características principais

Os westerns, definidos pelo crítico francês André Bazin como o "cinema americano por excelência" , no seu livro O

que é o cinema?, foram também considerados por um dos seus principais criadores, Clint Eastwood, como a única

forma de arte originalmente norte-americana, à excepção do jazz.

O cenário dos westerns é, como já foi dito, o Oeste dos Estados Unidos, a partir da linha do Mississippi, desde o

período que precede a Guerra Civil Americana (o Antebellum) até ao virar do século XX. Alguns destes filmesincorporam cenas passadas ou relacionadas com a Guerra Civil Americana, mas de forma rara ou mesmo secundária,

  já que o oeste não se envolveu na guerra com a mesma intensidade do leste dos Estados Unidos. É o tempo da

ocupação de terras; do estabelecimento de grandes propriedades dedicadas à criação de gado; das lutas com os índios

e a sua segregação; das corridas ao ouro na Califórnia; da demanda das terras prometidas (como o estabelecimento

do Estado do Utah, pelos mórmons) e da guerra no Texas.

A imagem típica de um cowboy

O tipo de personagem mais comum deste género

fílmico é o do cowboy solitário (rigorosamente, nem os

deveríamos chamar de cowboys, porque nem sempre

são criadores de gado, sendo frequentemente

pistoleiros, aventureiros, jogadores, xerifes,

garimpeiros ou, simplesmente, vadios) que vagueia de

cidade para cidade, possuindo apenas a roupa que traz

no corpo, um revólver e um cavalo (opcional). O

exemplo clássico do pistoleiro solitário é Shane (do

filme homônimo de 1953, conhecido no Brasil por Os

brutos também amam).

As cidades são compostas, geralmente, de apenas uma

avenida principal onde se destacam o saloon (local de

  jogatina, álcool e, eventualmente, prostituição), e a cadeia, onde reside o xerife. A tecnologia da época aparecefrequentemente a fazer contraponto às cidades jovens, sem outra lei que não a da força e das armas. Assim, o

telégrafo (constantemente vandalizado por grupos de bandidos ou pelos índios), a locomotiva, e mesmo a imprensa

aparecem como elementos que prenunciam a chegada da civilização e da ordem, e simbolizando a transitoridade do

estilo de vida quase selvagem da fronteira ocidental. A crença no  Manifest Destiny ( Destino Manifesto), pelo qual a

posse do continente, do Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, estava destinado, pela providência divina, aos Estados

Unidos, é frequente entre as personagens que procuram o Oeste em busca de um futuro glorioso, movidos por ideais

patrióticos.

As perseguições e os confrontos físicos dramáticos, em género de duelo, são as técnicas mais utilizadas para ressaltar

o ingrediente básico da ideia de perigo iminente, numa sociedade onde os riscos se sucedem diariamente e onde aviolência parece ser a única forma de garantir a segurança.

A ideia de viagem é uma constante: os vaqueiros atravessam longas extensões de território com o gado; as

diligências cortam as estradas ermas, parando em algumas parcas estalagens; as caravanas percorrem as planícies

inóspitas e, às vezes, há um forte a marcar a presença militar dos colonizadores.

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Cinema western 3

Monument Valley, Arizona, cenário recorrente em muitos dos westerns mais

conhecidos

É basicamente apenas com estes elementos

que alguns dos mais afamados filmes se

criaram. Em termos narrativos, as histórias

costumam ser lineares, sem grandes

enredos, com uma moralidade bem definida

(como sempre, o bem tem de vencer de umaforma ou de outra). Como pano de fundo, a

paisagem é marcada por grandes espaços

abertos, como os de Monument Valley, que

se tornaram emblemáticos e quase que se

podem assumir como a personagem

principal do filme. As personagens dos

westerns identificam-se, de resto, com estes

espaços e com a relação entre a terra e o céu

aberto.

Outro elemento frequente é o do conflito

entre os colonizadores brancos e os povos indígenas.

O próprio género do western inclui em si vários sub-géneros, como o western épico, o chamado "shoot 'em up" (onde

a acção e os tiroteios se sucedem de uma forma irracional), os musicais, o drama, a tragédia e mesmo, algumas

comédias e paródias. Os elementos básicos do western clássico foram depois repensados, criticados e postos em

causa por filmes que podem ser considerados como fazendo parte do western revisionista.

Os cowboys e os pistoleiros costumam ter sempre um papel importante nestes filmes - o que é notório na forma

popular como estes filmes são designados na língua portuguesa. Lutas com índios são também frequentes, ocupando

estes, de uma forma geral, o papel de uma ameaça; os westerns "revisionistas" pretenderam, depois, tratar de forma

mais benévola o papel dos povos indígenas, passando estes a tomar o lugar de "bons da fita". Nos anos 70 surgiramvários exemplares dessa corrente: Little Big Man (O pequeno grande homem, no Brasil), que mostra o anteriormente

herói cultuado General Custer como um homem ambicioso e desequilibrado);   A Man Called Horse (Um homem

chamado cavalo, no Brasil), o primeiro de uma trilogia com o ator inglês Richard Harris; e Soldier Blue (Quando é 

 preciso ser homem, no Brasil), de 1970, com Candice Bergen, que mostra cenas chocantes de um massacre de índios.

Outros temas recorrentes são as jornadas pelo Oeste americano, ou os ataques de grupos mais ou menos organizados

de bandidos que aterrorizam as pequenas cidades nascentes, como acontece em The Magnificent Seven (Os sete

magníficos, em Portugal, e Sete homens e um destino, no Brasil).

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Cinema western 4

Origens do western

Os Montes Alabama, na Califórnia foram também frequentemente utilizados para a

rodagem de westerns

A literatura sobre o Oeste é um género

literário onde os diálogos são, em termos

gerais, mas não obrigatoriamente, curtos;

onde acção ocupa a maior parte da história,

sem grandes descrições e a paisagemcostuma ser apelativa e espectacular. É

também um género que facilmente pode ser

adaptado a um meio de expressão visual. Os

filmes western, cuja acção se situa em locais

remotos e selvagens da Califórnia, Arizona,

Utah, Colorado ou do Wyoming, desde cedo

deram um lugar especial à paisagem como

uma presença física que por vezes se sobrepõe aos próprios actores no papel de personagem principal.

Nos filmes de western predominam dois tipos de ambientação: o do Oeste selvagem e o do Oeste da passagem para oséculo XX. Nessa segunda abordagem, pode ser citado o famoso e cultuado The Wild Bunch (no Brasil,  Meu ódio

será tua herança), no qual aparecem algumas tecnologias em seu início, como os primeiros carros, telégrafos,

locomotivas e até aeroplanos. Em  Butch Cassidy, Paul Newman experimenta uma bicicleta numa cena famosa. É

comum a escolha dessa segunda ambientação por parte dos diretores e artistas, com o sentido de se fazer uma

analogia ao fim do apogeu do western como gênero cinematográfico; ou mesmo o de alguns dos próprios artistas.

A ideia que daria origem aos westerns do tipo Oeste selvagem tem, talvez, o seu mais remoto precedente com os

espectáculos sobre o wild west ("oeste selvagem") protagonizados por Buffalo Bill, a partir de 1883.

Se, nos Estados Unidos, podemos considerar The Virginian, de Owen Wister (1902) como o primeiro romance deste

género, a verdade é que o escritor alemão Karl May já escrevia histórias deste teor desde 1876. May teve, aliás, uma

influência determinante no emigrante alemão Carl Laemmle, que fundaria a Universal Pictures. Até mesmo James

Fenimore Cooper, autor de The Last of the Mohicans (O Último dos Moicanos, de 1826) terá sido profundamente

influenciado pelo escritor alemão.

Os temas universais do western também já eram conhecidos na Inglaterra desde o século XIX, quando Conan Doyle

escreveu sua primeira história de Sherlock Holmes, Um estudo em vermelho, em 1887. Na segunda parte desse livro,

ele conta a vida de mórmons no continente norte-americano, com todos os elementos de um bom conto sobre o Oeste

de fins do século XIX.

O western já existia, portanto, antes do advento do cinema, consubstanciado num género literário distinto. Pode-se

ainda referir alguns autores como Zane Grey, Louis L'Amour e Elmore Leonard.

Westerns e cultura popular

A cultura popular mundial, hoje em dia muito influenciada pela cultura norte-americana em virtude da globalização,

costuma preferir e valorizar a cultura da honra, em oposição à cultura do direito e da lei. Os westerns retratam uma

sociedade onde o indivíduo é valorizado pela luta que estabelece com o seu meio e onde os códigos de honra (não

atirar pelas costas, por exemplo) se sobrepõem à lei e onde se estabelece uma hierarquia social assente na reputação

granjeada através de actos de violência ou através da generosidade criadora de dependência nas relações humanas.

Estes temas não são exclusivos do western e caracterizam muito os filmes de gangsters, os filmes de vingança e,

numa perspectiva mais global, os filmes de samurais (género de cinema japonês) que, por vezes, inspirou os

argumentos de alguns westerns bem conhecidos, como The Magnificent Seven, de 1960, baseado em Shichinin nosamurai (Os Sete Samurais), filme de 1954 de Akira Kurosawa.

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A civilização nem sempre é vista como um bem a ser alcançado. Por vezes é, até, considerado um destino

lamentável, ameaçador de um estilo de vida viril muito valorizado pelo subconsciente colectivo.

Os westerns em Hollywood

Justus D. Barnes numa famosa imagem do western pioneiro The

Great Train Robbery, de 1903

No cinema, o western remonta à produção de The

Great Train Robbery, um filme mudo dirigido por

Edwin S. Porter e protagonizado por Broncho Billy

Anderson. Realizado em 1903, a sua popularidade entre

o público da altura granjeou a Anderson o privilégio de

se tornar o primeiro cowboy estrela de cinema, como se

verificou nas centenas de curta-metragens em que

depois participou. Mas, a concorrência não se fez

esperar, e William S. Hart tornou-se em breve outro

astro de uma arte que dava os primeiros passos.

É interessante verificar que o primeiro filme rodado emHollywood, em 1910,   In Old California, de D.W.

Griffith, foi um western. De facto, Griffith é muitas

vezes apontado como o grande renovador artístico do

género. Outro filme, The Squaw Man, de 1914, em que

estreava Cecil B. DeMille, seria o primeiro longa-metragem realizado na "meca do cinema". DeMille transpôs para o

cinema, no mesmo ano, a obra pioneira, nos Estados Unidos, do western literário, The Virginian, e teve, mesmo, a

colaboração do autor Owen Wister na elaboração do argumento.

O género foi sofrendo uma evolução constante, perante a crescente popularidade da fórmula. Em 1923, James Cruze

realizava o primeiro western épico, The Covered Wagon, sobre uma longa viagem pelos territórios selvagens até à

Califórnia. Seria no ano seguinte que John Ford faria sucesso com The Iron Horse, sobre a construção do caminho de

ferro de costa a costa.

Cartaz de The Squaw Man (1914)

Os estúdios passaram a produzir mais de uma centena de westerns por

ano, ainda que a maior parte, formada por humildes filmes B, não seja

muito significativa para a evolução do género. Raoul Walsh, com o seu

The Big Trail ( A grande jornada), de 1930, usou a película de setenta

milímetros, que permitia englobar a paisagem fascinante da fronteira

ocidental - além de outra aquisição importante: a revelação de John

Wayne. No ano seguinte, Cimarron, de Wesley Ruggles, tornar-se-ia o

único dos clássicos do género a receber um Óscar para o melhor filme,proeza que só seria mais tarde repetida por Kevin Costner e Clint

Eastwood.

A idade dourada do western norte-americano tem como expoente

máximo, e de forma quase unânime, o trabalho de dois realizadores

incontornáveis: John Ford, que foi o grande impulsionador da carreira

de John Wayne, e Howard Hawks. O épico de 1939, Stagecoach (em Portugal, Cavalgada heróica, e no Brasil  No

tempo das diligências) é, por muitos, considerado um dos melhores westerns de sempre e, mesmo, um dos filmes

mais importantes da história do cinema - supostamente, Orson Welles tê-lo-ia visto vezes sem conta antes de realizar

a sua obra-prima Citizen Kane (em Portugal, O mundo a seus pés, e Cidadão Kane, no Brasil). Em 1946, Ford

filmaria ainda My Darling Clementine ( Paixão dos fortes, no Brasil), a saga de Wyatt Earp e Doc Holliday, com o

famoso tiroteio no Curral OK - personagens e local reais que se tornaram mitológicos na história do Oeste

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Cinema western 6

norte-americano.

Em 1942, William Wellmann realizaria um filme que introduziria, de forma angustiante e com uma profundidade

psicológica muitas vezes referida, novos temas e novas perspectivas para o género. The Ox-Bow Incident 

(Consciências mortas, em Portugal), ao lidar com uma das mais frequentes receitas do western: o linchamento

(Brasil) ou a vingança feita na hora, pelas próprias mãos, e a irresponsabilidade de tais actos. É um dos filmes mais

tocantes da história do cinema, aproveitando as lições de Ford e antecipando o cinema mais crítico após os anos 60.William Wyler e Fritz Lang, conhecidos noutros géneros cinematográficos, também realizaram algumas obras de

referência.

Em 1954 foi lançado   Johnny Guitar , que trazia mulheres em papel de destaque, disputando as atenções de um

forasteiro. O filme não fez sucesso à época, mas depois entraria para a história do cinema como precursor do

destaque feminino nesse gênero.

O revisionismo iniciado na década de 1960 questionou muitos dos temas e características próprias dos westerns; para

além da já referida mudança de perspectiva em relação aos povos indígenas, que deixam de ser "selvagens" apenas

para serem redimidos na imagem do "bom selvagem", as audiências começaram também a exigir argumentos mais

complexos, que não se limitassem ao dualismo simples do herói contra o vilão, além de se começar a criticar o uso

indiscriminado da violência como forma de imposição das personagens (porque é que o "bom" tinha de ser melhor

que o "mau" no uso do revóver?). Pode-se referir vários filmes que assim se posicionaram: desde o clássico The Man

Who Shot Liberty Valance (em Portugal, O homem que matou Liberty Valance, no Brasil O homem que matou o

 facínora), de John Ford, onde se reflecte sobre a própria temática do western, o uso da violência, bem como a

vertente "lendária" deste género de história; passando por Little Big Man, de Arthur Penn, com Dustin Hoffman; bem

como os mais recentes  Dances with Wolves ( Dança com lobos, no Brasil) e Unforgiven ( Imperdoável, na tradução

portuguesa). Outros deram mais importância ao papel das mulheres, como em Open Range ( Pacto de justiça, no

Brasil), de Kevin Costner; ou The Missing ( Desaparecidas, no Brasil) de Ron Howard. Em 1969, Claudia Cardinale

teve, também, um papel importante em Once Upon a Time in the West  (  Era uma vez no Oeste, na tradução

portuguesa).

O western spaghetti

Cenários de faroeste em Almeria, Espanha, usados por

Sergio Leone em seus famosos filmes dos anos de 1960

Durante a década de 1960 e a de 1970, deu-se um certo

revivalismo com obras realizadas principalmente em Itália, com os

chamados western spaghetti ou "ítalo-westerns". Muitos destes

filmes - de baixo orçamento; produzidos por italianos, espanhóis

ou alemães; filmados onde fosse mais barato (em Espanha e na

Jugoslávia por exemplo) - caracterizavam-se por um teor de

violência extrema e muita acção, ou uma dose não desprezável de

melodrama, ao gosto popular.

Contudo, os filmes mais apreciados do género têm uma dimensão

paródica não desprezável, como acontece nos western spaghetti de

Sergio Leone. A estranha sequência inicial de Once Upon a Time

in the West  é uma deturpação consciente da cena de abertura do clássico de Fred Zinnemann',   High Noon (O

comboio apitou três vezes, na versão portuguesa, e Matar ou morrer , no Brasil). Além disso, costuma-se dizer que

Leone revolucionou o gênero, se transformando num divisor de águas: o western pode ser divido em "antes" e

"depois" de Sergio Leone. Na chamada Trilogia dos Dólares ( Por Um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a Mais

e Três Homens em Conflito) não há um "mocinho" no sentido clássico (leal, politicamente correto e de

inquestionável retidão moral). Em vez disso, temos um "herói às avessas" ou anti-herói, o Homem Sem Nome

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interpretado por Clint Eastwood, que na verdade é um mercenário em busca de fortuna. Além disso, os xerifes são

corruptos e os protagonistas não se envolvem em romances.

Clint Eastwood tornou-se famoso na celebrada trilogia de Leone, que também é considerada a mais representativa do

género. Outros actores, como Lee van Cleef, James Coburn, Klaus Kinski, Franco Nero (no filme Django, de 1966,

dirigido por Sergio Corbucci) ou Henry Fonda também tiveram presença assídua nestes filmes, tendo um destaque

especial para Giuliano Gemma, Terence Hill e Bud Spencer, que estrelaram clássicos como O Dólar Furado, Uma Pistola para Ringo, Meu Nome é Ninguém e o sucesso Trinity.

Os estudos dos gêneros e o western

O revisionismo da década de 1960 e 1970 deve muito ao facto de académicos e críticos da altura se debruçarem para

o cinema enquanto legítima forma de arte emergente cuja linguagem convinha decodificar. A teoria do cinema dava

os seus primeiros passos, no sentido de desvelar os significados da linguagem própria do cinema. Dentro deste

movimento intelectual, a par dos estudos sobre literatura, emergiu o ramo da crítica que receberia o nome de estudos

dos géneros (não confundir com estudo de géneros, que teorizam sobre as diferenças entre homens e mulheres).

Tendo, inicialmente, uma abordagem semiótica, semântica e estruturalista, estes estudos revelaram a forma como

vários filmes semelhantes transmitiam sentidos especificamente distintos. Há muito ridicularizados pela crítica

devido ao seu moralismo simplista, os westerns passaram a ser considerados como uma série de códigos e

convenções que actuavam como métodos imediatos de comunicação com as audiências. Por exemplo, um chapéu

branco representa o "bom"; o chapéu negro, o "mau"; duas pessoas frente a frente numa rua deserta conduzem

sempre a um desfecho imprevisto; os vaqueiros são solitários; os habitantes das pequenas cidades têm preocupações

familiares e sentido de comunidade, e assim por diante...

Todos os filmes deste género podem ser lidos à luz de uma série de códigos ou das variações possí veis nesses

códigos linguísticos. Os filmes passaram, então, a utilizar esses mesmos códigos com o fim de os desconstruir.  Little

 Big Man e Maverick fizeram-no através da comédia. Em Dances with Wolves, de Costner, recuperaram-se os códigos

e convenções do western clássico para se reverterem os papéis habituais: os índios norte-americanos passam aocupar o lugar de bons, enquanto que a cavalaria dos Estados Unidos assume o papel dos maus (repare-se que até

nisto John Ford se tinha antecipado: ele, que realizara Stagecoach, onde os índios são a ameaça, fez o seu último

grande western em homenagem a um dos povos massacrados, em Cheyenne Autumn). Os lucros desse filme fizeram

com que Costner, que havia participado de Silverado, de um dos poucos westerns da década de 1980 a obter sucesso,

se motivasse a realizar novas incursões pelo gênero: como a de 1994, interpretando Wyatt Earp em outra das

inúmeras versões do antigo delegado. Suas escolhas revisionistas, nesse filme e no mais recente Open Range,

acabaram por se mostrar desgastadas. Já Clint Eastwood foi mais feliz em Unforgiven, quando também voltou a usar

os elementos típicos do género, subvertendo as reacções das personagens que, em vez da habitual virilidade ideal

perante a morte, gritam, choram, lamentam-se e imploram clemência; e, em vez do aparecimento de um herói que

salva o dia, há apenas a crua e nua vingança de alguém que não espera tipo algum de redenção.Devido aos estudos dos géneros, tornou-se habitual argumentar que os westerns não teriam, obrigatoriamente, de se

passar no Oeste americano nem no século XIX. Filmes como  Hud , com Paul Newman; Os Sete Samurais, de Akira

Kurosawa; O Cangaceiro, do brasileiro Lima Barreto; ou alguns filmes de John Carpenter, como Assault on Precinct 

13 ( Assalto à esquadra 13, em Portugal) seriam, da mesma forma, westerns. Por outro lado, alguns filmes, apesar de

se localizarem no faroeste, não seriam, necessariamente, westerns. É frequente ouvir alguns críticos classificarem

alguns filmes como "westerns urbanos", por exemplo.

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Influências

Os westerns inspiraram-se em grande parte em outras formas de arte, como a ópera ou as sagas nórdicas, assim como

outras formas de arte inspiraram-se nos westerns.

Além da já referida influência internacional dos filmes japoneses de samurais de Akira Kurosawa em Os Sete

 Magníficos, filmes como Per un pugno di dollari ( Por um punhado de dólares, em Portugal) ou Last Man Standing

(O último a cair , em Portugal; e O último matador , no Brasil) são também remakes do filme Yojimbo, também deKurosawa que, por sua vez, se deixou influenciar pelo romance policial Red Harvest , de Dashiell Hammett.

Apesar da guerra fria, o western teve também os seus seguidores na URSS, que desenvolveu o seu tipo particular: o

ostern ou "western vermelho". O ostern assumiu duas formas distintas: ou eram westerns convencionais filmados

nos países do leste europeu ou, então, filmes de acção que decorriam durante a Revolução Russa, durante a guerra

civil ou durante a rebelião Basmachi, de povos turcos que assumiam o papel tradicionalmente reservado aos

mexicanos nos westerns dos Estados Unidos. No Brasil, a influência dos westerns levou a que se produzisse uma

série de filmes, conhecidos nos anos 60 como o "ciclo do cangaço"[1] [2] .

Outro desenvolvimento do género originou o chamado "western pós-apocalíptico", nos quais se retrata uma

sociedade futura que tenta erguer-se depois de uma qualquer catástrofe social ou ecológica, num ambiente desoladoque lembra em muito a fronteira oeste-americana do século XIX. Filmes como The Postman (O mensageiro, no

Brasil) de Costner, ou a série de filmes Mad Max, ou mesmo o jogo de computador Fallout , representam o género.

De facto, até as séries de sobre viagens espaciais são directamente inspiradas nos westerns. Outland , de Peter

Hyams, é a transposição do argumento de High Noon para o espaço sideral. Gene Roddenberry, o criador da série de

televisão Star Trek , descreveu o programa como "uma carruagem para as estrelas".

Filmes de outros géneros comportam igualmente elementos típicos do western. Por exemplo,  Kelly's Heroes é um

filme de guerra, mas tanto a acção como os personagens são paradigmaticamente de um western. O filme britânico

 Zulu, passado durante a Guerra Anglo-Zulu, segue as mesmas prerrogativas, ainda que a acção se localize na África

do Sul.

Da mesma forma, o género fantástico dos super-heróis tem, também, sido descrito como um derivado dos westerns.

O super-herói assemelha-se aos cowboys dos westerns, ainda que esteja armado de poderes transcendentes ao género

humano e actue num ambiente urbano.

As paródias ao western têm sido muitas. Talvez as mais conhecidas sejam Cat Ballou, com Lee Marvin e Jane

Fonda, e Blazing Saddles ( Balbúrdia no Oeste, em Portugal, e Banzé no Oeste, no Brasil), de Mel Brooks.

Westerns televisivos

Gene Autry em "Oh, Susanna!"

Os saturday afternoon movie (matinês, no Brasil) constituíram um

fenómeno pré-televisivo onde se projectavam muitas vezes séries de

westerns. Audie Murphy, Tom Mix e Johnny Mack Brown tornaram-se

os primeiros ídolos de uma audiência jovem. Os cowboys cantores,

como Gene Autry, Roy Rogers (e sua esposa Dale Evans) e Rex Allen

foram também populares. Cada um tinha um cavalo acompanhante que

também partilhava a fama do dono, como o golden palomino Trigger,

de Roy Rogers.

Algumas séries B também fizeram sucesso, como Cisco Kid ,  Lash

 LaRue ( Dom Chicote, no Brasil) e  Durango Kid . Herbert Jeffreys, no

papel de Bob Blake, com o seu cavalo Stardust, entrou em vários

filmes pensados para uma audiência afro-americana, quando a segregação racial se estendia aos cinemas. BillPickett, conhecido pelas suas participações em rodeios, era também uma presença regular nestas últimas matinés.

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Cinema western 9

Com a explosão de popularidade da televisão, no final da década de 1940, e de 1950, os westerns tornaram-se uma

parte principal da programação televisiva, que careciam de programas. Muitos filmes de série B do género ocupavam

uma grande parte da grelha de programas. Nos Estados Unidos, a série  Hopalong Cassidy deixou seu protagonista,

que ficara com os direitos de exibição desprezados pelos produtores, milionário ao repassá-los para a televisão. As

séries pensadas para o meio televisivo ganharam o estatuto de série de culto. As mais conhecidas foram Gunsmoke,

The Lone Ranger ( Zorro, no Brasil), The Rifleman, Have Gun, Will Travel ( Paladino do Oeste), Bonanza, The Big

Valley, Cimarron e Maverick , entre outros.

Na década de 1970, o género sofreu uma revisão profunda que lhe incorporou novos elementos. McCloud , estreado

em 1970, era, essencialmente, a fusão do wester n protagonizado pelo xerif e, com o drama televisivo policial urbano

moderno.  Hec Ramsey era um western que incluia sempre um mistério a ser revelado no final dos episódios, ao

género dos chamados "who-dunnit" ("quem fez isto?").   Little H ouse on the Prairie (em Portugal, Uma casa na

 pradaria), ainda que a sua acção decorresse no período histórico e próprio dos westerns, junto à fronteira oeste dos

Estados Unidos, era, contudo, mais um drama familiar que um western. A série  Kung Fu, seguindo a tradição do

pistoleiro vagabundo, recriou o género com o seu personagem principal, um monge chinês que lutava usando apenas

os seus dotes de artes marciais. Life and Times of Grizzly Adams tinha como ingrediente uma aventura familiar sobre

um personagem com uma estranha relação com a natureza, em prol de quem o visitava no seu refúgio selvagem.

Grandes estrelas do gênero

Atores

• Alan Ladd • Henry Fonda • Robert Duvall

• Audie Murphy • Hoot Gibson • Robert Mitchum

• Ben Johnson • Jack Palance • Robert Redford

• Bill Elliott • James Brown • Robert Ryan

• Bob Steele • James Coburn • Ron Howard• Buck Jones • James Garner • Roy Rogers

• Bud Spencer • James Stewart • Russell Crowe

• Burt Lancaster • Jay Silverheels • Steve McQueen

• Charles Bronson • Joel McCrea • Stuart Whitman

• Christian Bale • John McIntire • Terence Hill

• Clayton Moore • Johnny Mack Brown • Tim Holt

• Clint Eastwood • John Wayne • Tim McCoy

• Dean Martin • Ken Maynard • Tom Mix

• Dennis Weaver • Kermitt Maynard • Tom Selleck

• Eli Wallach • Kevin Costner • Tom Tyler

• Ernest Borgnine • Kirk Douglas • Val Kilmer

• Errol Flynn • Lee Marvin • Victor Mature

• Franco Nero • Lee Van Cleef • Walter Brennan

• Fred MacMurray • Lindsay Greenbush • William Holden

• Fred Thomson • Lorne Greene • William S. Hart

• Gary Cooper • Lou Diamond Phillips • Yul Brynner

• Gabby Hayes • Michael Landon

• Gene Autry • Omar Sharif  

• George O'Brien • Randolph Scott

• Giuliano Gemma • Reb Russell

• Glenn Ford • Rex Allen

• Gregory Peck • Richard Boone

• Richard Widmark

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Cinema western 10

Atrizes

• Barbara Stanwyck

• Candice Bergen

• Claire Trevor

• Claudia Cardinale

• Felicia Farr

• Jane Russell

• Jean Arthur

• Maureen O'Hara

• Melissa Gilbert

• Olivia de Havilland

Diretores

• Andrew V. McLaglen • Howard Hawks • Michael Landon

• Anthony Mann • John Ford • Raoul Walsh

• Cecil B. DeMille • John Huston • Rouben Mamoulian

• Clint Eastwood • Kevin Costner • Sam Peckinpah

• Don Siegel • Lawrence Kasdan • Sergio Leone

• George Stevens • Michael Curtiz

Ligações externas

• (em inglês) Top 50 dos Westerns no IMDB [3]

• (em inglês)St. James Encyclopedia of Popular Culture, 2002 - The Western, por Daniel Yezbick [4]

• (em português) Webcine - Filmes werstern (histórico) [5]

• (em português) 50 anos de filmes - Lista de filmes notáveis, com sinopse [6]

• (em inglês) National Cowboy & Western Heritage Museum [7]

• (em inglês) Western Writers of America [8]

• (em francês) Jean-Marc Bouineau, Alain Charlot, Jean-Pierre Frimbois, Les 100 chefs-d'oeuvre du western. 221

p., Marabout, 1989, ISBN 2-501-01167-8

• (em inglês) Michael Coyne, The Crowded Prairie. American National Identity in the Hollywood Western,London, New York 1997.

• (em alemão) Josef Früchtl, Das unverschämte Ich. Eine Heldengeschichte der Moderne, Frankfurt am Main 2004

• (em alemão) Joe Hembus, Das Western-Lexikon: 1567 Filme von 1894 bis heute. Heyne, München 1995

• (em alemão) Thomas Jeier, Der Westernfilm. Heyne, München 1987, ISBN 3-453-86104-3

• (em francês) Jean Louis Rieupeyrout, La grande aventure du western (1894-1964). Paris, Éditions du Cerf, 1964,

303 p (traduzido para o português como Western, ou o cinema americano por excelência, Editora Itatiaia)

• (em português) Western paradigma da ética protestante - visão incompreendida da Igreja Católica, por Maria de

Lourdes Beldi de Alcântara [9]

Referências

[1] Luiz Zanin Oricchio (16 de outubro de 2010). O cangaço está em toda parte (http://www.  estadao. com.  br/estadaodehoje/20101016/ 

not_imp625521,0.  php). O Estado de São Paulo.

[2] AnnaLice Dell Vecchio (20/12/2010). Um faroeste à moda do cangaço (http://www.  gazetadopovo. com.  br/cadernog/conteudo.

phtml?tl=1&id=1079245&tit=Um-faroeste-a-moda-do-cangaco). Gazeta do Povo.

[3] http://www. imdb. com/Sections/Genres/Western/average-vote/ 

[4] http://findarticles. com/p/articles/mi_g1epc/is_tov/ai_2419101308/print

[5] http://www. webcine. com. br/especial/filmes/melhwest. htm

[6] http://50anosdefilmes. com.  br/tag/western/ 

[7] http://www. nationalcowboymuseum. org/info/AboutTheMuseum. aspx

[8] http://www. westernwriters. org/ 

[9] http://www. 

imaginario. 

com. 

br/artigo/a0001_a0030/a0016-02. 

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Fontes e Editores da PáginaCinema western  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=25485266 Contribuidores: Adailton, Agil, Arthemius x, Bonás, Campani, Carloskleber, CommonsDelinker, Davemustaine,Dedraks, Eduardo P, Fabiano Tatsch, G51, Gabrielquinteiro, Gaf.arq, Gdamasceno, Get It, Gnommos, Hyju, Ikescs, Ingowilges, James Moraes, José Tadeu Barros, JotaCartas, Juntas, LeandroDrudo, Lechatjaune, LeonardoRob0t, Loge, Manuel Anastácio, Nice poa, OS2Warp, Pedro Aguiar, Red123, Rei-artur, Reynaldo, Rjclaudio, Ródi, Santana-freitas, Santista1982, Shiryu500,Swendt, Victor Hugo, Viniciusmc, Yanguas, 87 edições anónimas

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