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1 PROJETO PEDAGÓGICO CINEMA – EMOÇÕES EM MOVIMENTO Rua Tito, 479 – Lapa – São Paulo – SP CEP 05051-000 DIVULGAÇÃO ESCOLAR (11) 3874-0884 [email protected] www.editoramelhoramentos.com.br www.facebook.com/melhoramentos

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PROJETO PEDAGÓGICO

CINEMA – EMOÇÕES EM MOVIMENTO

Rua Tito, 479 – Lapa – São Paulo – SP

CEP 05051-000

DIVULGAÇÃO ESCOLAR

(11) 3874-0884

[email protected]

www.editoramelhoramentos.com.brwww.facebook.com/melhoramentos

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Cinema – Emoções em movimentoPR

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A obra Cinema – Emoções em movimento faz parte da coleção Comunicação Hoje, cuja proposta é convidar o leitor a refletir, com base em um viés histórico, sobre a forma de comunicação das pessoas na sociedade con-temporânea e as mídias utilizadas por elas, sem esquecer as contribuições e in fluências no comportamento humano.

Nesse livro a autora traz flashes da his-tória do cinema, as etapas de construção da linguagem audiovisual e os gêneros que são apresentados por meio do diá-

logo permanente entre o texto verbal e o não verbal, o que auxilia na compreensão do tema.

“No século XVI, um cientista alemão juntou uma caixa, uma fonte de luz e uma lente e, com isso, criou a lanterna mágica – um apa-relho óptico que reflete e amplia as imagens a distância. Faltava, porém, dar movimento a essas imagens.” (p. 3)

“O que caracteriza o documentário é o fato de ele ser um filme de não ficção, um registro da realidade.” (p. 17)

O texto é conciso e dá ao leitor uma visão geral do assunto. Ele está distribuído em boxes, que favorecem a leitura tradicional (da esquerda para a direita e de cima para baixo), e em hipertexto (em janelas, de maneira não sequencial, não linear).

O projeto gráfico da obra sugere movi-mento, atraindo o olhar do leitor, e a sua organização, por ser temática, favorece o tra-balho do professor na elaboração de roteiro de pesquisa para aprofundamento dos con-téudos abordados.

Resumo

PRO

JETO

PED

AGÓ

GIC

O Heidi Strecker é formada em Letras e em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Teoria Lite-rária pela Universidade Estadual de Cam-pinas (Unicamp).

Sua experiência como professora de reda-ção e filosofia no ensino fundamental e no ensino médio ampliou seu potencial comu-nicativo, abrindo caminhos para outras ativi-dades e projetos: trabalhou como colabora-dora da Folha de S.Paulo, da revista Arte em São Paulo e das revistas eletrônicas Intervista e Cineguia, elaborando resenhas, críticas e reportagens sobre literatura e cinema; foi

membro do júri do Prêmio Jabuti de Literatura Adulta e participou de diversas bancas corre-toras de redação (como a da Pontifícia Uni-versidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)]; fundou e dirigiu a ONG Centro de Alfabetiza-ção Natural (alfabetização de adultos).

Atualmente a autora se dedica à Nanook Editorial, como diretora, e colabora com artigos para a revista eletrônica Trópico. No livro Cinema – Emoções em movimento, Heidi Strecker compartilha com o leitor o seu olhar sobre os temas de que mais gosta: cinema e literatura.

A autoraAutor: Heidi Strecker Título: Cinema – Emoções em movimentoIlustrador: Luli PennaFormato: 17 x 24,5 cmN.o de páginas: 32Elaboração: Shirley Bragança

Ficha

Temas principais: arte, comunicaçãoInterdisciplinaridade: Geografi a, Ciências e História

Quadro sinóptico

INDICAÇÃO:

11anos

INDICAÇÃO:

Leitor fl uente:

a partir de

ensinofundamental

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Os fi lmes (documentário ou fi cção) são resultado de um processo de manipulação de imagens estáticas, fotografadas do real, que reproduzem o movimento da vida. Esse movimento cinematográfi co contínuo, parecido com o da realidade, deve-se ao fe-nômeno de ilusão de óptica, que ocorre da seguinte maneira: “captura-se” uma fi gura em movimento com intervalos de tempo muito curtos entre cada “fotografi a”, os chamados fotogramas. Esses fotogramas, que são capturados numa quantidade mínima de 24 por segundo, são projeta-dos posteriormente nesse mesmo ritmo. A impressão de movimento se dá porque o nosso olho guarda uma imagem na re-tina e por um tempo maior que 1/24 de segundo. Dessa maneira, ao captarmos uma imagem, a anterior ainda está na reti-na; por isso não percebemos a interrupção que ocorre entre as imagens fotografadas. Mas essa impressão pode ser desfeita se in-terferirmos na velocidade da projeção.

A linguagem audiovisual é outro fator que corrobora esse processo de mani-pulação das imagens, pois o seu con-junto de convenções e códigos admite a construção de mensagens retiradas de uma realidade natural ou construída, para serem reproduzidas posteriormen-te. Esse sistema simbólico trabalha com

elementos que permitem tocar a emoção do receptor. Essa emoção é explorada por meio da visão e da audição, que acionam outros sentidos (olfato, paladar e tato) pela sugestão, com o intuito de levar o receptor a vivenciar, como experiência primeira, as emoções da história narrada mediante um pacto sensorial, que poderá ser seguido pela razão.

As formas linguísticas e a construção da narrativa estão baseadas no olhar do dire-tor. É ele quem decide o ângulo de visão em que as cenas serão produzidas, a sequência dessas cenas e o seu tempo de exposição na tela, como também a emoção que deve-rá ser repassada ao receptor. Tudo isso faz da linguagem cinematográfi ca uma suces-são de seleções e escolhas baseada em um ponto de vista: decide-se por fi lmar o objeto de perto ou de longe, em movimento ou não, por esse ou por aquele ângulo. Na montagem, escolhem-se determinados pla-nos em detrimento de outros e a sequência em que as cenas serão exibidas e, fi nalmen-te, determinam-se os efeitos sonoros.

Portanto, é fundamental que o leitor seja despertado para essas percepções e con-ceitos para que se aproprie desses modos de produção e, com base na refl exão so-bre essas realidades construídas na tela, seja capaz de interferir na sociedade em

transformação, “pautando-se por uma compreensão histórica que busque analisar as forças em confl ito e coloque-se como instrumento do desenvolvimento do ser humano total” (Currículo da Educação Bá-sica das Escolas Públicas do Distrito Fede-ral, 2002).

Para isso, é imprescindível o desenvolvi-mento de diferentes atividades em sala de aula que explorem a questão do olhar – do ponto de vista tanto do produtor de men-sagens quanto do receptor – por meio da desconstrução do objeto em estudo, des-tacando vários elementos, como objetivo da mensagem, enquadramento do objeto (plano médio, plano geral, primeiro plano), interferência da luz sobre esse objeto, posi-ção do objeto efeitos sonoros (fala, música ou ruídos), cores utilizadas, fi gurino, tempo de exposição de cada cena, organização, ritmo etc. Essas atividades permitirão ao aluno transformar as informações recebidas

Conversa com o professor

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cada suporte textual, os elementos constitutivos desse gênero textual e os recursos utilizados pelo produtor para convencer o consumidor como cores, enquadramento, jingles, imagem de ce-lebridades etc.

Nesse contexto, a obra Cinema – Emoções em movimento contribui para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula, pois auxilia professor e aluno na compreensão de assuntos complexos por meio da discussão e refl exão dos temas apresentados. São facilitadores desse processo a diagra-mação e o projeto gráfi co da obra.

em conhecimento, por meio de aprendi-zagens signifi cativas.

“[...] Aprendizagens signifi cativas ca-racterizam-se pelo fato de as novas in-formações apoiarem-se em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva da pessoa. Esses conceitos, denominados subsunçores, originam--se das experiências de vida de cada ser humano, por processos como o de formação de conceitos [...]”

(Currículo da Educação Básica das Es-colas Públicas do Distrito Federal, 2002)

Como ponto de partida para a for-mação de conceitos, sugerimos uma proposta de trabalho que utilize a pro-paganda, por ser excelente material de desconstrução, tendo em vista que veicula mensagens curtas, apresen-tadas em diferentes suportes textuais (revistas, jornais, televisão, rádio etc.), e traz, em seu conteúdo, grande ape-lo à sugestão e a proposição de pac-tos sensoriais com o consumidor. Com ela pode-se discutir a interferência e o impacto do suporte textual na visão do receptor, o modo de leitura que o receptor faz de cada propaganda em

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Cinema – Emoções em movimento é uma obra da coleção Comunicação Hoje que cha-ma a atenção do leitor para uma forma de narrar histórias. Ela coloca o leitor em conta-to com a tecnologia do cinema e sua lingua-gem por meio de uma perspectiva de linha do tempo.

A diagramação da obra desconstrói a for-ma tradicional de ler no Ocidente (da esquer-da para a direita e de cima para baixo), pois faz alusão à linguagem do computador (tex-to dinâmico e não sequencial), o que valoriza a proposta do livro, que é guiar o leitor pelo olhar. Essa forma de leitura é possibilitada ao leitor porque os textos e as ilustrações estão distribuídos em boxes de modo não con-vencional, mas sem prejudicar o sentido do texto. É importante ressaltar que esses bo-xes mudam de tamanho a cada página, o que instiga um olhar de observador, ou seja, um olhar que concentra o pensamento e os sentidos com vontade de ver, de perceber os detalhes signifi cativos.

Esse exercício, proposto na obra de maneira muito sutil, favorece a mudança do olhar vi-

ciado do dia a dia e permite a síntese da infor-mação em conhecimento, por meio da articu-lação dos códigos verbal e não verbal.

No livro são apresentados um breve his-tórico do cinema, seus gêneros e as etapas da realização de um fi lme, com informações bem concisas, mas que levam o leitor à refl e-xão e a várias discussões: a representação da realidade utilizando a linguagem audiovisual; o olhar, o ponto de vista de determinado gru-po que tem voz na sociedade; a interferência de seleção e enquadramento de imagens no processo de construção da história.

Essas informações estão organizadas na obra por temas que funcionam como links, despertando no leitor a vontade de se aprofundar no assunto. A ação é faci-litada porque o projeto gráfi co sugere ao aluno um direcionamento para roteiro de pesquisa sobre o tema apresentado. Isso se dá por meio de informações e subtítu-los apresentados nos boxes em cada pá-gina. Cabe ao professor fomentar, com atividades envolventes, o interesse do alu-no pelo assunto e orientá-lo no desenvol-vimento da pesquisa, fornecendo material bibliográfi co adequado.

“A maioria das cenas de um fi lme é rodada fora da ordem cronológica da história. São muitas e muitas horas de fi lmagem, e pode acontecer de a mesma cena ter de ser reali-zada várias vezes. Parece um caos: casal se beijando antes de se conhecer, bandido pre-so antes de cometer o crime... Para defi nir as etapas de trabalho e providenciar tudo o que será necessário para a realização das cenas, é feito um plano de fi lmagem.” (p. 11)

Curiosidades estão presentes em to-dos os temas apresentados pelo livro e dão ao leitor um motivo a mais para se envolver com a obra. Elas oferecem ao professor ótima oportunidade de traba-lho de pesquisa. Sugerimos a elabora-ção de um minicatálogo de curiosidades sobre o cinema, seguindo em estrutura e organização o modelo de dicionário.

Sugestão de atividade

Comentários sobre a obra

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AS Primeiro momento

1. Selecione alguns exemplos dados no livro Os Cinco Sentidos – Visão (cole-ção Crianças Curiosas) que explorem a ilusão de óptica e discuta com a turma esse fenômeno e o sentido da visão.

2. Uma segunda opção é a realização de mágicas dentro da sala de aula. A turma discutirá a questão do olhar e o sen-tido da visão com base nos truques de mágica (Mostre-Me como Fazer – Livro de atividades, p. 192).

3. Terceira opção: selecione imagens de paisagens retiradas de revistas, jornais, calendários, internet e outros. Divida a turma em grupos e distribua as imagens entre eles. Recorte duas tiras de carto-lina nas dimensões 1,5 cm x 10 cm. Junte e prenda as duas tiras por uma das extre-midades com um clipe. Em seguida peça aos alunos que selecionem uma parte da imagem recebida, enquadrando-a num ângulo reto ou obtuso. Dobre a gravura e deixe à mostra somente a parte selecio-nada. Cada grupo exibirá a parte selecio-nada da sua imagem, e os outros alunos levantarão hipóteses sobre o objeto, na tentativa de descobrir o que ele é. Depois disso, o grupo desdobrará a gravura, confi rmando ou não as hipóteses levan-tadas.

Segundo momentoDepois desse exercício do olhar, leve para a sala de aula propagandas interessantes que dialoguem com fi lmes ou imagens retiradas de sites, revistas e jornais e analise a construção da mensagem, destacando os elementos verbais e não verbais.Na bibliografi a dada, você encontrará duas sugestões de propaganda retiradas de revistas que fazem menção à tela (Boti-cário) e ao fi lme (Campari).

Depois desse exercício do olhar, leve para a sala de aula propagandas interessantes que dialoguem com fi lmes ou imagens retiradas de sites, revistas e jornais e analise a construção da mensagem, destacando os elementos verbais e

Na bibliografi a dada, você encontrará duas sugestões de propaganda retiradas de revistas que fazem menção à tela (Boti-

Buster Keaton no fi lme Cameraman, de 1928: © MGM/Album – LatinStock

Preparando a leitura

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Publicidade1. Os textos publicitários utilizam uma linguagem que, embora pareça produção es-

pontânea, com um tom informal, mais próximo da oralidade do que da escrita, é intencionalmente elaborada, estilizada para atingir determinado público e manter o produto sempre em destaque. Esses textos podem apelar para o humor, a curiosida-de, o contraste, a quebra de expectativa; enfi m, elementos que estimulem o desejo, induzam à ação e exerçam certa pressão psicológica nos consumidores. As mensa-gens procuram passar ideias de bem-estar, prazer, lucro, prestígio, que o consumidor alcançará ao adquirir o produto.

2. Grave propagandas veiculadas na televisão que explorem o humor para atrair a aten-ção do consumidor. Por exemplo, a propaganda dos carros Ford, de 2007 – “Bicho não pode comprar carro, mas você pode”. Reúna todo o material, selecione as pro-pagandas de acordo com o interesse da turma e discuta com os alunos cada uma delas, analisando-as com base no roteiro abaixo:

a) Quem são os possíveis destinatários do tex-to publicitário? Que informações do texto nos levam a identifi cá-los?

b) Que recursos o produtor dessa men-sagem utiliza para atrair a atenção do telespectador, despertar seu interesse e estimulá-lo a consumir o produto?

c) Quais as características desse texto, tendo em vista os objetivos a serem atingidos?

d) Qual o enquadramento escolhido pelo produtor da mensagem?

e) A propaganda da Campari faz referên-cia ao fi lme Dama de Vermelho, que nos remete à atriz Marilyn Monroe. Que elementos da propaganda nos permitem fazer essa leitura? (Pergunta específi ca para a propaganda da Cam-pari veiculada pela revista Veja – ver Bibliografi a.)

1. Os textos publicitários utilizam uma linguagem que, embora pareça produção es-pontânea, com um tom informal, mais próximo da oralidade do que da escrita, é intencionalmente elaborada, estilizada para atingir determinado público e manter o produto sempre em destaque. Esses textos podem apelar para o humor, a curiosida-de, o contraste, a quebra de expectativa; enfi m, elementos que estimulem o desejo, induzam à ação e exerçam certa pressão psicológica nos consumidores. As mensa-gens procuram passar ideias de bem-estar, prazer, lucro, prestígio, que o consumidor

Grave propagandas veiculadas na televisão que explorem o humor para atrair a aten-ção do consumidor. Por exemplo, a propaganda dos carros Ford, de 2007 – “Bicho não pode comprar carro, mas você pode”. Reúna todo o material, selecione as pro-pagandas de acordo com o interesse da turma e discuta com os alunos cada uma

d) Qual o enquadramento escolhido pelo produtor da mensagem?

e) A propaganda da Campari faz referên-Dama de Vermelho, que

nos remete à atriz Marilyn Monroe. Que elementos da propaganda nos permitem fazer essa leitura? (Pergunta específi ca para a propaganda da Cam-pari veiculada pela revista Veja – ver

Uma Thurman em Kill Bill, 2004: ©Everet Collection-Keystone.

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Outra opção: promova uma sessão da série Contos Desfeitos, da TV Esco-la, e analise com os alunos o enquadra-mento, o material utilizado para a ca-racterização dos personagens e a com-posição do cenário, a trilha sonora, os ruídos e o tempo de exibição do fi lme.

Compare com fi lmes de desenho animado que os alunos conheçam.

Aguce a curiosidade dos alunos com as perguntas: De onde vêm essas histórias?

racterização dos personagens e a com-posição do cenário, a trilha sonora, os ruídos e o tempo de exibição do fi lme.

Compare com fi lmes de desenho animado que os alunos conheçam.

Aguce a curiosidade dos alunos com as perguntas: De onde vêm essas histórias?

Quem são seus autores? O que elas têm de especial para circular até hoje?

Leve para a sala de aula livros so-bre o tema e apresente aos alunos a diversidade de paráfrases e paródias publicadas.

Cineasta Glauber Rocha. © Acervo Tempo Glauber.

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1. Selecione e grave cenas de fi lmes citados no livro e enfatize: fi gurino, efeitos especiais, enquadramento e trilha sonora.

2. Faça uma leitura dos temas: “Como é feito um fi lme?”, “Etapas na realização de um fi lme” e “Arte do cinema”.

3. Exiba as cenas dos fi lmes selecio-nados e comente-as, entremeando-as com a leitura dos trechos referentes ao assunto abordado.

4. Destaque na composição da cena: a interferência dos sons e o tipo de emo-ção que eles despertam no espectador e a escolha do enquadramento (close, plano geral, plano médio etc.). Nas ce-nas dos fi lmes de época, destaque: fi gu-rino, cenário e fotografi a. Nos fi lmes de ação, efeitos especiais. Nos de roman-ces e suspenses, trilha sonora e ruídos.

5. Mostre aos alunos a importância da composição da cena na construção de um fi lme.

Para que o aluno compreenda me-lhor o assunto, você pode fazer uma pequena montagem. Grave algumas cenas de fi lmes conhecidos e substi-tua alguns elementos por outros: uma cena romântica com um fundo musical de fi lmes de suspense ou comédia, por exemplo. Comente a reação dos alu-nos em relação às cenas vistas.

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Luzes, câmera, ação!“O roteiro é a história do fi lme contada

de forma técnica. Ele vale como guia de fi lmagem. É um texto completo que des-creve a ação, os personagens e os diá-logos. Contém também a indicação de planos, enquadramentos e movimentos de câmera. O roteiro pode ser original, ou seja, criado por um autor, ou adaptado de alguma obra literária.” (p. 8)

Peça a turma! Escolha uma das opções de trabalhoa seguir.

1. Com base na sugestão do roteiro de audiovisual que se segue, peça aos alunos que elaborem uma pro-paganda de um produto que tenha relação com o cinema.

2. Após a exibição da série Contos Desfeitos, da TV Escola, os alunos deverão escolher um dos episódios e elaborar uma paródia da história utilizando a linguagem audiovisual e objetos do dia a dia na composição dos personagens e cenários.

Sugestão de roteiroObjetivo: o que se pretende com a veiculação da propaganda. Duração: o tempo de veiculação do comercial na televisão: 1’, 1’30”.Roteiristas: os participantes do grupo.Sinopse: um resumo da proposta da propaganda.

Título:IMAGENS ÁUDIO/SOM

Registrar o número de cenas a serem fi lmadas e a sequência, detalhando cada uma delas.

CENA 1 a) Imagens internas (ambiente fechado) ou

externas (ao ar livre). Descrever a cena.b) Enquadramento de objetos e pessoas.c) Horário do registro da cena.d) Local da cena.e) Duração da cena.f) Figurino.

1. Registrar a sequência em que o som apare-cerá: música, ruído ou fala de alguém.

2. Registrar literalmente a fala dos personagens.

CENA 2Idem.

Explorando a leitura

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AZEVEDO, Ricardo. Nossa Rua Tem um Problema. São Paulo: Ática, 1999. É um livro muito interessante, porque mostra o ponto de vista de um menino e de uma menina so-bre a rua em que moram. O projeto gráfi co do livro permite ao leitor escolher de qual ponto de vista ele quer iniciar a leitura.)

CIBOUL, Adèle. Os Cinco Sentidos. São Paulo: Salamandra, 2003. Esse livro faz par-te de uma coleção paradidática chamada Crianças Curiosas e apresenta à criança os cinco sentidos, satisfazendo suas curiosida-des de forma interativa.

LONGOUR, Michele. O Corpo. São Paulo: Salamandra, 2003. Esse livro também faz parte da coleção Crianças Curiosas.

OLIVEIRA, Eduardo. Enquanto Isso na Ín-dia. Porto Alegre: Projeto, 2000. (Flip book, um livro de animação.)

OLIVEIRA, Jô; Garcez, Lucília. Explican-do a Arte – Uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. A obra apresenta a história

da arte e os principais recursos e técnicas empregados nas artes visuais por meio de uma proposta lúdica que estimula o leitor a dedicar um olhar novo e atento a tudo o que o rodeia.

Mostre-me como Fazer – Livro de ativida-des. São Paulo: Editora Edelbra – Indústria Gráfi ca e Editora Ltda., 1999. O livro traz numerosas atividades manuais que podem ser realizadas por crianças, colaborando para que desenvolvam várias habilidades.

SIEBER, Allan. Salvem as Baleias. Porto Ale-gre: Projeto, 2000. (Flip book, um livro de animação.)

Enquanto Isso na Ín-Flip book,

Explican-do a Arte – Uma iniciação para entender

. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. A obra apresenta a história

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IS? No desenho animado, trabalha-se

com uma série de desenhos, e cada um deles representa uma posição sucessi-va, com pequenos detalhes de movi-mento de uma fi gura ou objeto. Esses quadros são fotografados por uma má-quina cinematográfi ca especial e reve-lados numa fi ta contínua. Na projeção, esse fi lme produz uma imagem em que as fi guras e os objetos desenhados pa-recem mover-se como se fossem do-tados de vida. Para cada dez minutos de fi lme são necessários 14 mil foto-gramas, ou seja, 14 mil desenhos dife-rentes. O uso do computador facilitou muito o trabalho, que era todo manu-al. Hoje há programas especiais para a elaboração de animação por computa-dor, o que permitiu grande expansão da produção.

O primeiro desenho animado de lon-ga metragem foi Branca de Neve e os Sete Anões, feito em 1937 pela Disney (Oliveira e Garcez, 2001).

Outras obras

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Arte e Ciência: Como a ciência e a tecnologia abriram novas possibilidades para a arte – Da invenção do cinema e da tevê à manipulação das imagens.

Duração: 26’07’’.Realização: Filmoption – CSM Productions, Ca-

nadá, 1991. Veiculação: TV Escola – Ministério da Educação.

Secretaria de Educação a Distância.

Uma Pequena História do Cinema: Walter Lima Jr. e Davi Neves comentam a história do cinema no Brasil com cenas marcantes que fi caram grava-das no inconsciente dos espectadores.

Duração: 38’19’’.Realização: Governo do Estado do Rio de Janei-

ro. Programa TV Escola.Veiculação: TV Escola – Ministério da Educação.

Secretaria de Educação a Distância.

DVD Curta Brasília. Vol. 1: gênero Cinema Nacional. Direção: Elvis Kleber, Ítalo Cajueiro, René Sampaio, Betse de Paula, Cibele Amaral, José Eduardo Belmonte. Anos de produção: 1997, 2000, 2002, 2003. País de produção: Brasil. Duração: 63 min. Distribuição: Cult Fil-mes. Região Multizonal Áudio LPCM Stereo (Português) Vídeo Widescreen. Cor: colorido com partes em preto e branco; Lobisomem e o Coronel (2002). Direção: Elvis Kleber e Ítalo Cajueiro, 10’; Sinistro (2000), René Sampaio, 17’; Leo 1313 (1997), Betse de Paula, 6’ ; Momento Trágico (2003), Cibele Amaral, 16’; Um Trailer Americano (2002), José Eduardo Belmonte, 14’. www.2001video.com.br.

. Vol. 1: gênero Cinema Nacional. Direção: Elvis Kleber, Ítalo Cajueiro, René Sampaio, Betse de Paula, Cibele Amaral, José Eduardo Belmonte. Anos de produção: 1997, 2000, 2002, 2003. País de produção: Brasil. Duração: 63 min. Distribuição: Cult Fil-mes. Região Multizonal Áudio LPCM Stereo (Português) Vídeo Widescreen. Cor: colorido

(2003), Cibele (2002),

José Eduardo Belmonte, 14’. www.2001video.

Filmes

Diretor de cinema Jean-Luc Godard: © Tony Irank / Corbis Sygma – LatinStock

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RICO

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RICO

Ao pensarmos sobre releituras e dialo-gismo e no desafi o do leitor em compre-ender um texto, com toda a sua complexi-dade, sentimos a necessidade de sugerir um caminho para você, professor. Por isso indicamos a Metodologia dos Três Olhares, concebida por Francisca Nóbre-ga, no Brasil, e a Estética da Recepção, concebida por Hans Robert Jauss, na Alemanha, como instrumentos valiosos para auxiliar no processo de leitura de textos verbais e não verbais.

Nessa metodologia o leitor tem a fun-ção de explorar o texto na sua pluris-signifi cação, reconstruindo-o de acordo com o seu horizonte de experiências.

“Ler é dotar de sentido, tirar à luz os sentidos possíveis que a obra traz em si e em sua relação com as demais. Cada leitura é uma nova escrita do texto. O ato de criação não seria o autor, mas o lei-tor.” (Bella Jozef)

Cena do fi lme Casablanca. © Warner Brothers / Album – LatinStock.

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MOMENTOS DO OLHAR

1o MOMENTOOlhar receptivo

2o MOMENTOOlhar mediador

3o MOMENTOOlhar ativo

O que aconteceEncontro do leitor com um mundo que não conhece

Encontro do leitor com o mundo signifi cativo

Encontro do leitor com o mundo

novo que agora conhece

O que faz

Uma leitura que apanha os elementos signifi cativos,

os sinais, as referências

Uma leitura de diálogo com o texto, por meio

da pergunta e da resposta

Uma leitura de cruzamento do ver e do sentir, do exterior e do interior; ou seja, cruzamento de

experiências

Como faz Olha e vê Olha, vê, interroga e busca

Olha, encontra, associa, reúne,

interioriza, vê e lê

O que importa

Reconhecer os elementos signifi cativos,

os sinais, as referências

O exame da realidade

representada por meio do

questionamento da busca dos porquês,

das causas e dos motivos

A integração do novo que se vê e do antigo que é a experiência do já visto; a fusão de horizontes; a ampliação do conhecimento

O que resulta Compreensão:VER-CONHECER

Interpretação:VER-E-PENSAR

Aplicação:VER-PENSAR-LER

Método dos três olhares à luz da estética da recepçãoO primeiro momento corresponde ao

nosso nível de leitura literal, no qual o leitor reconhecer os elementos da su-perfície do texto, como personagens, espaço e tempo, dominando, evidente-mente, o código da língua portuguesa. Nos textos não verbais o leitor observará a presença (ou a ausência) de cores, formas, texturas, ícones etc.

O segundo momento corresponde ao da interpretação, quando o leitor, pelo exercício da hermenêutica, dialoga com o texto. É o momento em que se faz uma leitura mais apurada, tendo por base o horizonte de expectativa da primeira leitura, correspondendo, para nós, ao nível da leitura contextualizada, no qual o aluno interpreta o texto.

O terceiro momento é formado pe-los dois precedentes. É o momento da recepção efetiva do texto, quando há formação de julgamento estético e com ele a atualização do texto. Esse momento engloba dois níveis de leitura: o nível da leitura crítica, no qual o aluno apreende o discurso temático e amplia o seu horizon-te de expectativa, dialogando com outros textos, formadores de sua história de leituras e que abordem o mesmo tema, e o nível da metaleitura, no qual o aluno tem o domínio do conhecimento, pela apropriação do discurso metalinguístico.

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FilmesA Dama de Vermelho (The Woman in Red). Direção: Gene Wilder. Origem: Estados Unidos. Duração: 87 minutos. Tipo: Longa-metragem (1984).BI

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Cena do fi lme A Noiva Cadáver: © Warner Brothers / Everelt Collection – Keystone