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26/05/2015 1 2015- 1_CM_Aula06_TratTermico.pdf 1 Professor: Luis Gustavo Sigward Ericsson Curso: Engenharia Mecânica Série: 5º/ 6º Semestre Ciências dos materiais- 232 Quinta Quinzenal Semana par Aula 6 - Tratamentos Térmicos

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26/05/2015 1 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

1

Professor: Luis Gustavo Sigward Ericsson

Curso: Engenharia Mecânica

Série: 5º/ 6º Semestre

Ciências dos materiais- 232

Quinta

Quinzenal Semana par

Aula 6 - Tratamentos Térmicos

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Glossário

Aula 6 – Revisão

Aços Hipereutetóides

Aços Hipereutetóides

Aços eutetóides

Ferro Puro = até 0.008 wt% C Aço = 0.008 and 2.14 wt% C Ferro Fundido = 2.14 and 6.70 wt% C

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Glossário

Aula 6 – Revisão

Ferrita: Ferro no estado alotrópico α, contendo traços de carbono. Possui baixa dureza e resistência à tração, mas elevado alongamento. Magnética até 768ºC.

Cementita: É o carboneto de ferro (Fe3C) contendo 6,67% de C. Dureza elevada, frágil e é responsável pela elevada dureza e resistência dos aços de alto Carbono, assim como pela sua menor ductilidade.

Perlita: É a mistura mecânica de 88% de ferrita e 12% de cementita, na forma lamelar, dispostas alternadamente. As propriedades mecânicas da perlita são, portanto, intermediárias entre as da ferrita e da cementita. Por outro lado as propriedades da perlita dependem muito do espaçamento interlamelar e este por sua vez, da velocidade de resfriamento.

Austenita: Consiste de uma solução sólida de carbono no Ferro γ. Possui boa resistência mecânica e apreciável tenacidade.

Bainita: Apresenta valores de dureza, e resistência a tração, em geral maiores que a perlita, pois suas partículas de ferrita e cementita são menores. Valores médios de 550 a 375 HB

Martensita: É uma fase metaestável composta por ferro que está supersaturada com carbono e que é o produto de uma transformação sem difusão da austenita. A dureza da martensita depende do teor de carbono e dos elementos de liga do aço, sendo que um maior teor de carbono resultará em uma martensita de maior dureza.

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Tratamentos Térmicos

Objetivos:

- Remoção de tensões internas

- Aumento ou diminuição da dureza

- Aumento da resistência mecânica

- Melhora da ductilidade

- Melhora da usinabilidade

- Melhora da resistência ao desgaste

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

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Tratamentos Térmicos

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Propriedades mecânicas dos materiais dependem da composição da liga, da estrutura cristalina e das suas condições de fabricação.

Material se [N/mm2] %A

Fe puro (a) 100 62%

Fe - 0,2%C (a + Fe3C) 230 35%

Fe - 0,8%C (a + Fe3C) 450 14%

3 ligas de aço comuns no estado recozido com teores diferentes de C:

Material - 1080 se [N/mm2] %A

Recozido 450 14%

Temperado 1960 1%

Temperado e 880 7%

Mesmo aço eutetóide com 3 tratamento térmicos diferentes:

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Tratamentos Térmicos

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

MATERIAL + TRATAMENTO TÉRMICO

O TRATAMENTO TÉRMICO ESTÁ ASSOCIADO DIRETAMENTE AO TIPO DE MATERIAL.

PORTANTO, DEVE SER ESCOLHIDO DESDE O INÍCIO DO PROJETO

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Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

• Temperatura

• Tempo

• Velocidade de resfriamento

• Atmosfera*

• Elementos de liga

* para evitar a oxidação ou perda de algum elemento químico (ex: descarbonetação dos aços)

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Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

Temperatura

Depende do tipo de material e da

transformação de fase ou

microestrutura desejada.

Quanto mais alta a temperatura,

acima da zona crítica, maior segurança

se tem da completa dissolução das

fases na austenita. Por outro lado,

maior será o tamanho de grão.

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

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Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

Tempo

O tempo de tratamento térmico

depende muito das dimensões da peça

e da microestrutura desejada.

Quanto maior o tempo:

• maior a segurança da completa

dissolução das fases para

posterior transformação

• maior será o tamanho de grão

Tempos longos facilitam a oxidação

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

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Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

Velocidade de Resfriamento

Depende do tipo de material e da transformação de fase ou microestrutura desejada.

É o mais importante porque é ele que efetivamente determinará a microestrutura, além da composição química do material.

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

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• Ambiente do forno (+ brando)

• Ar

• Banho de sais ou metal fundido (+ comum é o de Pb)

• Óleo

• Água

• Soluções aquosas de NaOH, Na2CO3 ou NaCl (+ severos)

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

Meios de Resfriamento

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Curvas de Resfriamento

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

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É um compromisso entre:

• Obtenção das características finais desejadas (microestruturas e propriedades)

• Sem o aparecimento de fissuras e empenamento na peça

• Sem a geração de grande concentração de tensões

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Seleção do meio de resfriamento

Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

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Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Elementos de liga

Fatores que Influenciam nos Tratamentos Térmicos

As adições de elementos de ligas (Cr, Ni, Ti, etc.) trazem alterações no diagrama de fases binário para o sistema ferro-cementita. Uma das importantes alterações é o deslocamento da posição eutetóide em relação à temperatura e à concentração de carbono

900

1100

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

700 727oC 0,76

Aço carbono comum

Aço 2,5% Mn

Aço 0,3% Ti

700oC 0,6

820oC 0,28

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Recozimento

Fe 3 C

cementite

1600

1400

1200

1000

800

600

400 0 1 2 3 4 5 6 6.7

L

g

austenite

g +L

g +Fe3C

a

ferrite

a +Fe3C

L+Fe3C

d

(Fe) Co , wt% C

Eutectic:

Eutectoid:

0.76

4.30

727ºC

1148ºC

T(ºC)

O termo recozimento refere-se a um tratamento térmico no qual um material é exposto a uma temperatura elevada por um período de tempo longo e a seguir é lentamente resfriado. Recozimento é realizado para: (1) Remoção de tensões internas devido aos tratamentos mecânicos (2) Diminuir a dureza para melhorar a usinabilidade (3) Alterar as propriedades mecânicas como a resistência e ductilidade

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

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Recozimento

Tipos de Recozimento:

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Tipo Aplicação

Alívio de tensões Qualquer liga metálica

Recristalização Qualquer liga metálica

Homogeneização Peças fundidas

Total ou pleno Aços

Esferoidização Aços

Tipos de Recozimento:

• Para alívio de tensões (qualquer liga metálica)

• Para recristalização (qualquer liga metálica)

• Para homogeneização (para peças fundidas)

• Total ou pleno (aços)

• Isotérmico ou cíclico (aços)

Homogeneização

900

1100

A1

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

Esferoidização

A3

Acm

700 727oC

0,76

Recristalização

Alívio de tensão

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Recozimento

Alívio de tensão

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Tipos de Recozimento:

• Para alívio de tensões (qualquer liga metálica)

• Para recristalização (qualquer liga metálica)

• Para homogeneização (para peças fundidas)

• Total ou pleno (aços)

• Isotérmico ou cíclico (aços)

Objetivo: Remoção de tensões internas originadas de processos (tratamentos mecânicos, soldagem, corte, …)

Temperatura: Abaixo da zona crítica (500o C a 650o C)

Resfriamento: Deve-se evitar velocidades muito altas devido ao risco de distorções

900

1100

A1

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

Alívio de tensão

A3

Acm

700 727oC

0,76

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Recozimento

Recristalização

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Tipos de Recozimento:

• Para alívio de tensões (qualquer liga metálica)

• Para recristalização (qualquer liga metálica)

• Para homogeneização (para peças fundidas)

• Total ou pleno (aços)

• Isotérmico ou cíclico (aços)

Objetivo:

Elimina o encruamento gerado pela deformação à frio ( amolecer e aumentar a ductilidade de um metal).

Utilizado durante procedimentos de fabricação que exigem extensa deformação plástica.

Temperatura: Abaixo da zona crítica (550 oC a 700 oC)

Resfriamento: Lento (ao ar ou ao forno)

900

1100

A1

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

A3

Acm

700 727oC

0,76

Recristalização

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Recozimento

Homogeneização

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Tipos de Recozimento:

• Para alívio de tensões (qualquer liga metálica)

• Para recristalização (qualquer liga metálica)

• Para homogeneização (para peças fundidas)

• Total ou pleno (aços)

• Isotérmico ou cíclico (aços)

Objetivo:

Melhorar a homogeneidade da microestrutura de peças fundidas através da difusão dos elementos.

Utilizado em aços em lingotes que são difíceis de trabalhar a quente.

Temperatura: Entre 1050 oC a 1200 oC.

Resfriamento: Lento (ao ar ou ao forno)

Homogeneização

900

1100

A1

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

A3

Acm

700 727oC

0,76

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Recozimento

Recozimento total ou pleno

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Tipos de Recozimento:

• Para alívio de tensões (qualquer liga metálica)

• Para recristalização (qualquer liga metálica)

• Para homogeneização (para peças fundidas)

• Total ou pleno (aços)

• Isotérmico ou cíclico (aços)

Objetivo:

Amolecer o aço

Regenerar sua microestrutura apagando tratamentos térmicos anteriores

Temperatura:

Hipoeutetóides e eutetóides : 50 oC acima do limite superior da zona crítica (linha A3)

Hipereutetóides: 50 oC acima do limite inferior da zona crítica (linha A1)

Resfriamento: Lento (ao ar ou ao forno)

900

1100

A1

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

A3

Acm

700 727oC

0,76

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Recozimento

Recozimento total ou pleno

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Tipos de Recozimento:

• Para alívio de tensões (qualquer liga metálica)

• Para recristalização (qualquer liga metálica)

• Para homogeneização (para peças fundidas)

• Total ou pleno (aços)

• Isotérmico ou cíclico (aços)

Constituintes estruturais resultantes

Observações:

A perlita grosseira é ideal para melhorar a usinabilidade dos aços baixo e médio carbono.

Para melhorar a usinabilidade dos aços alto carbono recomenda-se a esferoidização.

Constituintes estruturais resultantes

Hipoeutetóide ferrita + perlita grosseira

Eutetóide perlita grosseira

Hipereutetóide cementita + perlita

grosseira

Hipoeutetóide -> ferrita + perlita grosseira

Eutetóide -> perlita grosseira

Hipereutetóide-> cementita + perlita grosseira Ferrite (white) and pearlite in a hot-rolled Fe – 0.2%

C binary alloy Ferrite (white) and pearlite in a hot-rolled Fe – 0.4% C binary alloy

Coarse lamellar pearlite in a hot-rolled Fe – 0.8% C binary alloy

Intergranular proeutectoid cementite and pearlite in a hot-rolled Fe – 1.0% C binary alloy

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26/05/2015 22 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Recozimento

Esferoidização ou coalescimento

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Tipos de Recozimento:

• Para alívio de tensões (qualquer liga metálica)

• Para recristalização (qualquer liga metálica)

• Para homogeneização (para peças fundidas)

• Total ou pleno (aços)

• Isotérmico ou cíclico (aços)

Objetivo Produção de uma estrutura globular ou esferoidal de carbonetos no aço melhora a usinabilidade, especialmente dos aços alto carbono facilita a deformação a frio

Constituintes estruturais resultantes

Hipoeutetóide ferrita + perlita grosseira

Eutetóide perlita grosseira

Hipereutetóide cementita + perlita

grosseira

Matriz

Ferrita Glóbulos

Cementita

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26/05/2015 23 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Recozimento

Esferoidização ou coalescimento

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Métodos de produção

Ciclo 1 – Aços hipo: aquecimento abaixo

de A1.

Ciclo 2 – Aços hiper: aquecimentos e

arrefecimentos alternados à volta de

A1, o que diminui a estabilidade da

cementita, arredondando-a.

900

1100

A1

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

Esferoidização

A3

Acm

700 727oC

0,76

Alívio de tensão Aços hipo: aquecimento abaixo de A1

•Aços hiper: aquecimento acima de A1ou

aquecimentos e arrefecimentos alternados

à volta de A1, o que diminui a estabilidade

da cementita, arredondando-a.

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26/05/2015 24 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Normalização

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Aços hipo: aquecimento abaixo de A1

•Aços hiper: aquecimento acima de A1ou

aquecimentos e arrefecimentos alternados

à volta de A1, o que diminui a estabilidade

da cementita, arredondando-a.

Objetivo:

O objetivo é obter uma estrutura homogênea. Reduzir o tamanho de grão da ferrita e da perlita.

Criar uma estrutura favorável para a têmpera (eliminar alinhamento de carbonetos, estruturas aciculares, fibras de laminagem,...).

Processo de

afinamento do

tamanho de

grão.

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26/05/2015 25 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Normalização

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Aços hipo: aquecimento abaixo de A1

•Aços hiper: aquecimento acima de A1ou

aquecimentos e arrefecimentos alternados

à volta de A1, o que diminui a estabilidade

da cementita, arredondando-a.

Temperatura:

Hipoeutetóide e eutetóide → 30 oC acima do recozimento pleno

Hipereutetóide→ 50 oC acima do limite superior da zona crítica

Obs: Estágio curto para não aumentar o tamanho de grão.

Resfriamento: Ao ar (calmo ou forçado)

900

1100

A1

500

0,5 1,0 1,5 2,0

q oC

% C

A3

Acm

700 727oC

0,76

Alívio de tensão

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26/05/2015 26 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Normalização

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Aços hipo: aquecimento abaixo de A1

•Aços hiper: aquecimento acima de A1ou

aquecimentos e arrefecimentos alternados

à volta de A1, o que diminui a estabilidade

da cementita, arredondando-a.

Constituintes estruturais resultantes

Hipoeutetóide -> ferrita + perlita fina

Eutetóide -> perlita fina

Hipereutetóide-> cementita + perlita fina

Observação

Em relação ao recozimento a microestrutura é mais fina, apresenta menor quantidade e melhor distribuição de carbonetos

Recozido Completo vs Recozido de Normalização

ε

σ

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26/05/2015 27 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Têmpera

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Objetivo:

Obter estrutura martensítica que promove:

• Aumento na dureza

• Aumento na resistência à tração

• Redução na tenacidade

A têmpera gera tensões → deve-se fazer revenido após a têmpera

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26/05/2015 28 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Têmpera

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

http://www2.dbd.puc-

rio.br/pergamum/tesesabertas/0721391_09

_cap_02.pdf

Temperatura:

Superior à linha crítica (A1)

Resfriamento: Rápido de maneira a formar martensíta (ver curvas TTT)

Meio de resfriamento: Depende da composição e espessura da peça

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Objetivo: Alivia ou remove tensões

Corrige a dureza e a fragilidade, diminuindo a dureza e aumentando a tenacidade.

SEMPRE acompanha a têmpera

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Revenido

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

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26/05/2015 30 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Martêmpera

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

O resfriamento é temporariamente interrompido, criando um passo isotérmico, no qual toda a peça atinga a mesma temperatura. A seguir o resfriamento é feito lentamente de forma que a martensita se forma uniformemente através da peça. A ductilidade é conseguida através de um revenimento final.

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26/05/2015 31 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Austêmpera

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

• Outra alternativa para evitar distorções e trincas é o tratamento denominado austêmpera, ilustrado ao lado.

• Neste processo o procedimento é análogo à martêmpera. Entretanto a fase isotérmica é prolongada até que ocorra a completa transformação em bainita. Como a microestrutura formada é mais estável (a+Fe3C), o resfriamento subsequente não gera martensita. Não existe a fase de reaquecimento, tornando o processo mais barato

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26/05/2015 32 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Martêmpera e Austêmpera

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

Alternativas para evitar distorções e trincas

Page 33: Ciências dos materiais- 232 · Recristalização Aula 6 – Tratamentos Térmicos Tipos de Recozimento: • Para alívio de tensões (qualquer liga metálica) • Para recristalização

26/05/2015 33 2015-1_CM_Aula06_TratTermico.pdf

Exercícios

Aula 6 – Tratamentos Térmicos

1- Monte uma tabela comparando os tratamentos térmicos

discutidos em sala de aula. Devem ser comparadas as aplicação,

níveis de temperatura, resfriamento e quais são os constituintes

estruturais resultantes.

2- Explique por que ao se variar a velocidade de resfriamento

podem ser obtidas microestruturas com diferentes níveis de dureza.

3- Qual a diferença entre a martêmpera e a austêmpera?