ciclo de conferÊnciasciclo de conferÊncias · integração voluntária de preocupações sociais...

18
O MUNDO PRECISA DE UMA SOCIEDADE CIVIL ABERTA E INTERVENIENTE CICLO DE CONFERÊNCIAS CICLO DE CONFERÊNCIAS CICLO DE CONFERÊNCIAS CICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008 2007/ 2008 2007/ 2008 2007/ 2008 CONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOS CONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOS CONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOS CONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOS Organização: Financiado por: © Foto ACNUR

Upload: buiminh

Post on 21-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

O MUNDO PRECISA DE UMA SOCIEDADE CIVIL ABERTA E INTERVENIENTE

CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 20082007/ 20082007/ 20082007/ 2008

CONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOSCONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOSCONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOSCONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOS

Organização:

Financiado por:

© F

oto

AC

NU

R

Page 2: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

2

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

ÍNDICE

1. Introdução 3

2. Responsabilidade social no acolhimento e integração dos refugiados

4

3. Acolher, integrar e inovar: mesa redonda sobre reinstalação

5

4. Colômbia: a guerra civil e os movimentos de refugiados e deslocados internos

7

5. Todos na mesma jangada! A problemática dos fluxos mistos na bacia do Mediterrâneo

9

6. Conclusões 13

- Anexos 14

- Fontes e fotos 18

Page 3: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

3

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

1. Introdução

O Ciclo de Conferências do Conselho Português para os Refugiados (CPR) teve como objectivo principal promover um debate alargado sobre questões relevantes da temática dos refugiados e dos direitos humanos, ao mesmo tempo que pretendeu informar e sensibilizar a sociedade portuguesa para a necessidade de políticas mais generosas relativas ao asilo e aos refugiados. Visou ainda o fornecimento de um quadro conceptual sobre a importância da responsabilidade social no acolhimento e integração dos refugiados em Portugal, a reinstalação e a situação dos países de origem/ trânsito. O Ciclo de Conferências do CPR 2007/ 2008 incidiu sobre:

• A responsabilidade social no acolhimento e integração dos refugiados em Portugal;

• A reinstalação em Portugal; • A situação dos países de origem e de trânsito de refugiados

(Colômbia e Bacia do Mediterrâneo). Estas conferências preencheram uma lacuna importante na sociedade portuguesa, uma vez que permitiram a transmissão de informação acessível e clara sobre, por um lado, os motivos causadores das migrações forçadas e, por outro, a análise de estratégias facilitadoras da integração dos refugiados em Portugal. Foi dado um ênfase particular à participação dos refugiados nesta iniciativa, procurando-se que estivessem sempre presentes e interviessem no debate. O Ciclo de Conferências teve como público-alvo os estudantes do ensino secundário e universitário, jornalistas, investigadores, técnicos de outras ONGs, refugiados e todos os interessados nas questões relacionadas com as migrações forçadas.

Page 4: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

4

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

2. A Responsabilidade Social no Acolhimento e Integração dos Refugiados

As questões relacionadas com a responsabilidade social das empresas têm vindo a merecer uma atenção crescente por parte dos empresários conscientes, dos políticos e, também, da sociedade civil. Neste sentido, a Cimeira Europeia de Lisboa, de Março de 2000, fez um apelo para um alerta das empresas europeias às suas responsabilidades sociais nos domínios da formação, da organização e gestão do trabalho, da igualdade de oportunidades, da inclusão social e do desenvolvimento sustentado. Com o objectivo de dar a conhecer a importância da responsabilidade social das empresas, o CPR promoveu uma conferência pública cujo objectivo principal foi perceber como é que a responsabilidade social pode favorecer o acolhimento e integração dos refugiados e requerentes de asilo, que contou com a presença do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Eng.º António Guterres. A maioria das definições descreve a responsabilidade social como a integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com outras partes interessadas. Ser socialmente responsável não se limita ao cumprimento de todas as obrigações legais - implica ir mais além através de um “maior” investimento em capital humano, no ambiente e nas relações com outras entidades e, também, com as comunidades locais. Uma das conclusões retiradas desta conferência diz respeito à responsabilidade que as empresas portuguesas têm na promoção da integração dos refugiados e requerentes de asilo, na medida em que podem estimulá-los a participar plenamente na sociedade de acolhimento, contribuindo para a comunidade através da inclusão desta população no mercado de trabalho. Os refugiados têm necessidades muito específicas em consequência das suas experiências e dificuldades, sendo necessário identificar estas necessidades e desenvolver formas de as ultrapassar. Assim, os desafios que se colocam a esta população prendem-se, em primeiro lugar, com a eficácia da comunicação e a inclusão no mercado de trabalho. As soluções encontram-se no desenvolvimento de oportunidades para a aprendizagem da língua, no contacto privilegiado com os centros de emprego, na aquisição da experiência de trabalho, na formação e na revalidação de competências quando necessário. Contudo, é fundamental um compromisso sério e a disponibilidade dos empregadores. Esta conferência sensibilizou as empresas portuguesas para esta causa global, que atinge milhões de pessoas, independentemente da sua origem, sexo, religião e idade. Contribuiu para uma reflexão positiva sobre a importância de parcerias e de novas formas de solidariedade entre as empresas, a comunidade local e os refugiados, com vista à melhoria das suas condições de acolhimento e de integração em Portugal.

Page 5: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

5

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

Uma integração dos refugiados e requerentes de asilo bem sucedida implica o compromisso de todos numa sociedade que se ambiciona cada vez mais multicultural, justa e socialmente mais coesa. No dia 30 de Outubro de 2007, a conferência sobre “responsabilidade social” foi moderada pelo Presidente da Assembleia-Geral do CPR, Agostinho Jardim Gonçalves, e teve como oradores o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, o Presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira, e a Presidente da Direcção do CPR, Teresa Tito de Morais Mendes. Usou ainda da palavra o Director Geral da empresa DHL Express,Sr. Américo Fernandes, que fez uma breve apresentação do trabalho da DHL neste âmbito. Três refugiados e os seus empregadores deram igualmente testemunhos sobre a importância da integração no mercado laboral. Assistiram a este evento cerca de 150 pessoas, incluindo um considerável número de refugiados residentes no Centro de Acolhimento, mas também antigos utentes, sendo de destacar a presença do Presidente da Associação Empresarial da Região de Lisboa, Dr. António José de Carvalho, do Presidente do Conselho Superior de Ética e Responsabilidade Social da Associação Portuguesa de Ética Empresarial, Dr. Jaime Henriques, de parceiros do CPR, rede social e comunidade local. A cobrir a sessão, estiveram presentes muitos órgãos de comunicação social, designadamente, a Agência Lusa, as três televisões nacionais (RTP, SIC e TVI), jornais como o Diário de Notícias e o Público, e as rádios Antena 1, TSF e Rádio Clube Português.

3. Acolher, integrar e inovar: mesa redonda sobre reinstalação

A reinstalação serve três funções igualmente importantes: primeiro, é uma ferramenta que facilita a protecção internacional indo ao encontro das necessidades especiais dos refugiados cuja vida, liberdade, segurança, saúde ou outro direito fundamental estão em risco no país que julgavam ser de refúgio; segundo, é uma solução duradoura para muitos refugiados, para além do repatriamento voluntário e da integração local; terceiro, é uma expressão de solidariedade internacional e um mecanismo de partilha de responsabilidades, permitindo que os Estados repartam os seus encargos, diminuindo as dificuldades do primeiro país de asilo.

Page 6: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

6

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

No essencial, a reinstalação consiste na transferência de refugiados do seu país de asilo para um país terceiro, tendo este previamente acordado acolhê-los e conceder-lhes um estatuto formal, geralmente o de refugiado, com uma residência permanente e a faculdade de aquisição da nacionalidade. A seguinte imagem1 apresenta a situação da reinstalação na Europa, em Janeiro de 2007.

Portugal faz parte do grupo de países europeus que promove a reinstalação no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros n.º 110/2007. Esta resolução estabelece que "no âmbito da continuidade de lançamento de políticas activas de acolhimento e apoio aos asilados, em coordenação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e com o Conselho Português para os Refugiados (CPR), revela-se imperativo promover a criação de condições para conceder anualmente, no mínimo, asilo a 30 pessoas, designadamente para fazer face aos pedidos de reinstalação de refugiados, previstos no artigo 27.º da Lei n.º 15/98, de 26 de Março". Outros países da União Europeia estabeleceram uma quota anual para a reinstalação de refugiados, como é o caso da Dinamarca (500 refugiados/ ano), da Finlândia (750 refugiados/ ano), do Reino Unido (500 refugiados/ ano), da Irlanda (200 refugiados/ ano), da Holanda (500 refugiados/ ano) e da Suécia (1900 refugiados/ ano). O CPR, enquanto Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), comprometeu-se a acolher os refugiados reinstalados no seu Centro de Acolhimento para Refugiados (CAR), situado na Bobadela. A sua integração é organizada em articulação com a Segurança Social e visa o encontro de soluções válidas após saída do Centro de Acolhimento. O CPR promove o apoio e aconselhamento a esta população idêntico ao prestado a outros refugiados e requerentes de asilo em Portugal,

1 ACNUR, 2007.

� Países de reinstalação

� Países sem programa de reinstalação, mas que aceitam casos individuais de reinstalação

� Países que podem ou poderiam fornecer facilidades no trânsito

� Países onde ocorrem actividades no âmbito da reinstalação

� Países apontados para actividades de twinning

Page 7: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

7

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

designadamente, o apoio jurídico (incluindo os processos de reagrupamento familiar); o apoio social; as aulas de Português (Português Língua Estrangeira – PLE) e o apoio na procura de emprego e formação profissional. A Mesa Redonda sobre a Reinstalação em Portugal pretendeu promover a discussão sobre esta temática, bem como, perceber quais os mecanismos facilitadores da integração desta população. Também, desejou envolver todos os actores responsáveis pelas questões relacionadas com a integração, designadamente, o CPR, o SEF, o ACNUR, o MAI, a OIM, a Segurança Social, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), as autoridades locais e outras ONGs de interesse. A Mesa Redonda sobre Reinstalação teve como oradores principais o Director-Geral do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Dr. Jarmela Palos, o Representante Regional Adjunto do ACNUR, Dr. Damtew Dessalegne, a Dra. Julieta Martins da SCML– Direcção de Emergência, a Directora da Unidade de Acção Social – ISS, Dra. Otília Queiroz e a Dra. Teresa Tito de Morais, Presidente da Direcção do CPR. A moderação esteve a cargo de Daniela Santiago, Jornalista da RTP. Das 60 pessoas convidadas, 50 estiveram presentes nesta conferência, que contou com uma forte presença de refugiados e técnicos. A Agência Lusa cobriu o acontecimento com três notícias publicadas em diversos órgãos de comunicação social. A rádio Antena 1 esteve igualmente presente.

4. Colômbia: a guerra civil e os movimentos de refugiados e deslocados internos

A Colômbia, país da América do Sul com cerca de 47 milhões de habitantes, vive desde há anos um conflito que resultou numa crise humanitária sem precedentes. De acordo com informações disponibilizadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), as deslocações internas têm aumentado devido à quebra do processo de paz entre o governo colombiano e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da

Page 8: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

8

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

Colômbia), em Fevereiro de 2002. Todas as facções deste conflito (Forças Armadas, Forças Paramilitares e a Guerrilha, particularmente, as FARC) aumentaram o seu poder de combate e lutam pelo controlo da região. A escalada de violência gerou uma deslocação interna e externa (para outros países) de pessoas. A população civil continua a ser um alvo, assistindo-se ao aumento das violações dos Direitos Humanos e da impunidade dos perpetradores. Muitas comunidades encontram-se no meio do conflito, com poucas oportunidades de escapar. No final de 2007, de acordo com os dados do ACNUR, estimava-se em 3 milhões o número de pessoas a necessitar de protecção desta agência internacional. Neste contexto, Roberto Mignone, um dos oradores desta conferência, referiu a dificuldade em se apurar, com exactidão, o número de deslocados internos e refugiados na Colômbia. Em relação a Portugal, verifica-se que dos 200 pedidos de asilo apresentados no ano de 2007, 82 foram efectuados por cidadãos com nacionalidade colombiana. A situação humanitária dos colombianos e os desafios que os países de acolhimento, como Portugal, enfrentam, reclamam uma manifestação de solidariedade pela comunidade internacional. A Dra. Márcia Morikawa, jurista e investigadora especializada em questões relacionadas com os deslocados internos, particularmente os sul-americanos, interveio na conferência “Colômbia: a Guerra Civil e os Movimentos de Refugiados e Deslocados Internos”. A oradora destrinçou o conceito de deslocados internos: pessoas que abandonaram as suas casas, a sua terra, por razões iguais às dos refugiados mas não atravessaram as fronteiras do seu país - talvez porque montanhas ou rios os impediram de o fazer ou porque fugiram para relativamente perto, na esperança de poderem rapidamente regressar. Sublinhe-se que o simples facto dos deslocados internos não terem ultrapassado uma fronteira internacional faz com que não sejam abrangidos pela Convenção de Genebra de 1951, isto é, formalmente não são reconhecidos como refugiados. O jornalista Nuno Ramos de Almeida, que visitou a Colômbia, relatou as inúmeras dificuldades enfrentadas, diariamente, pelos colombianos, caracterizando esta população e a sua necessidade de protecção. Roberto Mignone, Representante Adjunto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, em Bogotá (Colômbia), enquadrou o conflito, evidenciando as pressões a que as populações estão sujeitas e descreveu os apoios dados pelo ACNUR aos colombianos. A moderação desta conferência esteve a cargo da Presidente da Direcção do CPR, Dra. Teresa Tito de Morais. Cerca de 80 pessoas participaram nesta sessão, entre elas muitos refugiados, particularmente refugiados colombianos. Dois deles deram o seu

Page 9: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

9

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

testemunho dramático sobre a violência perpetrada contra os civis no seu país. Presentes a Agência Lusa, que elaborou três notícias, a Antena 1 e o Diário de Notícias. Um dos refugiados foi entrevistado, posteriormente, pelo canal de televisão SIC, no programa Etnias.

De salientar, a presença do Director-adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da Adjunta do Secretário de Estado da Administração Interna.

5. Todos na mesma jangada! A problemática dos fluxos mistos na bacia do Mediterrâneo

A conferência “A problemática dos fluxos mistos na Bacia do Mediterrâneo”, promovida pelo Conselho Português para os Refugiados em parceria com o Projecto Presidência da Plataforma das ONGDs, teve como objectivo reflectir sobre a situação de milhares de migrantes que, diariamente, abandonam o Norte de África para tentar chegar à Europa. Este evento visou a denúncia da situação dramática em que vivem milhares de pessoas na Bacia do Mediterrâneo e como captar a atenção da sociedade portuguesa para este problema. A conferência foi integrada na iniciativa do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) “Dias do Desenvolvimento”, no Centro de Congressos de Lisboa, e contou com a presença do Dr. Manuel Jarmela Palos, Director-Geral do SEF e Vice-presidente da FRONTEX - Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas, do Dr. Agni Castro Pita, Representante em Espanha do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados – ACNUR, da Dra. Sónia Pires da Amnistia Internacional e da Dra. Teresa Tito de Morais, Presidente da Direcção do CPR). A moderação esteve a cargo do jornalista da Visão João Pacheco. Um refugiado deu o seu testemunho sobre a sua experiência nesta região.

Page 10: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

10

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

Cerca de 60 pessoas participaram nesta conferência, incluindo o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação. A PROBLEMÁTICA DOS FLUXOS MISTOS A problemática dos fluxos migratórios mistos tem vindo a merecer uma atenção especial na medida em que afecta milhares de pessoas em todo o mundo. Por fluxos mistos entenda-se um complexo movimento de populações que inclui refugiados, requerentes de asilo, imigrantes económicos, entre outros. Todos os anos, milhares de pessoas, homens, mulheres e crianças, colocam a sua vida em risco ao tentarem atravessar, desesperadamente, o Mediterrâneo em botes e jangadas, para chegarem à Europa. Abandonam a costa Ocidental de África em direcção às Ilhas Canárias, deixam Marrocos para chegarem ao Sul de Espanha, saem da Líbia em direcção a Malta e às Ilhas Italianas da Sicília e Lampedusa, escapam da Turquia na esperança de chegarem às Ilhas Gregas. Muitos outros tentam entrar na Europa através de transportes terrestres. Os fluxos migratórios mistos são, de facto, de crescente importância devido ao seu significado político a nível nacional, regional e internacional. Reflectem um aumento das migrações internacionais onde milhões de pessoas, em todo o mundo, procuram, com grande risco, uma vida melhor. Verifica-se que as pessoas deslocam-se por diferentes razões, essencialmente para garantir a sua segurança física e económica. Questões complexas como as perseguições, a instabilidade política e os conflitos armados, a pobreza, o desemprego, as catástrofes naturais e as alterações climáticas conduzem ao êxodo de milhões de pessoas em todo o mundo. Interessa, porém, distinguir imigrantes de refugiados, questão que foi incluída nesta conferência. A dissemelhança central reside no facto dos imigrantes poderem deixar o seu país de origem de forma voluntária, enquanto que um refugiado é alguém que necessita de protecção internacional porque, por razões que lhe são alheias, é forçado a deixar o seu país e tudo aquilo que lhe é familiar. As pessoas que entram na Europa irregularmente, sem vistos ou passaportes, fazem-no por um conjunto variado de razões. Nalguns casos, fogem de perseguições, de violações de direitos humanos e podem ser considerados refugiadas que necessitam de protecção especial. Porém, na maioria das vezes, são migrantes que fogem da pobreza e do desemprego. Independentemente do seu estatuto legal, muitas pessoas que se encontram nestes fluxos estão numa situação de grande vulnerabilidade, onde constantes violações dos seus direitos são perpetradas como o tráfico de seres humanos, tratamento inumano e a perda de vidas. Desta forma, é

Page 11: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

11

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

necessário que a comunidade internacional se centre nas dificuldades que estas pessoas enfrentam, identificando soluções para estas questões. Por outro lado, o regime da protecção dos refugiados suporta-se no reconhecimento da comunidade internacional dos direitos específicos e necessidades dos refugiados e as obrigações concomitantes dos Estados, incluindo a não devolução destas pessoas quando a sua vida e liberdade podem estar em risco nesse país. Desta forma, é necessária uma abordagem compreensiva para as migrações que necessita de incluir responsabilidades de protecção internacional. A gestão das migrações tem de ter em conta as obrigações da protecção internacional de refugiados, incluindo a importância de se identificarem as pessoas que necessitam desta protecção, determinando soluções apropriadas para elas. A construção de um espaço de protecção para os refugiados dentro de um contexto global da gestão das migrações deverá ser uma prioridade internacional, bem como, assegurar os direitos humanos daqueles que estão em movimento. Como referido anteriormente, num mundo onde as pessoas estão em constante movimento, os refugiados constituem uma pequena parte destes fluxos migratórios. Desta forma, é essencial que medidas de controlo e restrição das migrações irregulares não impeçam, aos refugiados, o acesso ao território e à protecção internacional. Apesar dos Estados terem o direito de controlar as suas fronteiras e a entrada de estrangeiros no seu território, é essencial que o façam sem violar os direitos humanos dos imigrantes, refugiados e requerentes de asilo. Porém, assiste-se a um controlo mais apertado da imigração impossibilitando, por um lado, o acesso ao território por parte daqueles que têm direito à protecção internacional e colocando em risco os direitos humanos de muitos milhões de pessoas, criminalizando-as apenas por desejarem uma vida melhor. Disto é exemplo a chamada “Directiva do Retorno” e a FRONTEX, Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas. A Directiva do Retorno é vista como um instrumento de regulação das políticas de imigração comum aos 27 Estados-membros, visando combater a imigração clandestina estimada em oito milhões, na Europa. Estabelece que os imigrantes indocumentados que sejam detidos em solo europeu poderão passar até 18 meses em centros de detenção enquanto a decisão judicial da expulsão não estiver pronta. Uma vez expulsos não poderão voltar à União Europeia durante cinco anos. Os menores de 18 anos não acompanhados também podem ser repatriados. Esta medida penaliza, fortemente, aqueles que, por razões de vária ordem, deixam o seu país à procura de uma vida melhor. Criminalizar quem apenas cometeu o delito de ambicionar viver sem dificuldades é violentar direitos universais.

Page 12: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

12

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

A Directiva de Retorno impossibilita a aquisição de direitos para as pessoas migrantes, para quem se preparam prisões sem garantias jurídicas e com tempos de detenção arbitrários, além do retorno forçado sem possibilidade de regresso. A Agência FRONTEX coordena a cooperação operacional entre os Estados-Membros no domínio da gestão das fronteiras externas. De igual modo, apoia os Estados-Membros na formação dos guardas de fronteiras nacionais, incluindo a definição de normas de formação comuns, acompanha a evolução da investigação relevante em matéria de controlo e vigilância das fronteiras externas, entre outras iniciativas. Esta agência reforça a segurança nas fronteiras, assegurando a coordenação das acções dos Estados-Membros na aplicação de medidas comunitárias relacionadas com a gestão das fronteiras externas. Esta Agência tem levado a cabo operações com o objectivo de vigiar o Mar Mediterrâneo, direccionando os refugiados e requerentes de asilo que procuram protecção dos países Europeus a novas rotas marítimas, mais arriscadas, que muitas vezes conduzem à sua morte. Porém, os migrantes, quando lhes é dada a oportunidade, são agentes de desenvolvimento social, económico e cultural, não apenas para os países de acolhimento, mas também para os países de origem através das remessas que enviam. Algumas das principais vulnerabilidades desta população, para além daquelas decorrentes do processo de fuga do país de origem, centram-se na dificuldade de integração no mercado de trabalho, no reconhecimento das suas competências e na aquisição de novas habilitações. Desta forma, apoiar a integração dos refugiados e imigrantes nas sociedades de acolhimento pode maximizar o impacto das migrações, promovendo a coesão social e a harmonia entre povos.

© F

otos

AC

NU

R

Page 13: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

13

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

6. Conclusões

Este Ciclo de Conferências do CPR possibilitou a transmissão de informação acessível e clara sobre a importância do compromisso empresarial para com a integração dos refugiados, facultou informações essenciais sobre a reinstalação em Portugal e as estratégias mais adequadas para a integração dos refugiados reinstalados, permitiu a análise da situação na Colômbia e o conflito que há mais de 30 anos gera migrações forçadas e, por último, preencheu uma lacuna importante na sociedade portuguesa ao abordar a sensível temática da Bacia do Mediterrâneo, sentando, na mesma mesa, altos responsáveis da FRONTEX, a Amnistia Internacional, a representação espanhola do ACNUR e o CPR. Como oradores, este Ciclo de Conferências contou com a participação do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Eng. António Guterres, dos representantes regionais do ACNUR Itália, Colômbia e Espanha, de membros do governo português como o Ministro da Administração Interna e o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, de autoridades locais como o Presidente da Câmara Municipal de Loures, os Presidente das Juntas de Freguesia da Bobadela e S. João da Talha, de representantes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Instituto de Segurança Social, de representantes de organizações não governamentais para o desenvolvimento, de técnicos, académicos e jornalistas. Mais de 20 oradores participaram neste Ciclo de Conferências que teve, em média, 90 pessoas presentes em cada sessão. Ao abordar questões relacionadas com as migrações forçadas e a integração de refugiados e garantindo a presença de muitos refugiados, o Ciclo de Conferências do CPR 2007/ 2008 foi ao encontro dos objectivos inicialmente propostos, sendo importante pensar-se na sua continuidade como forma de promover o diálogo e a reflexão sobre a problemática do asilo e refugiados.

Page 14: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

14

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

SESSÃO PÚBLICA 16H00 – 18H00

“A Responsabilidade Social no Acolhimento e Integração dos Refugiados” (Auditório Ângelo Vidal D’Almeida Ribeiro - CAR)

� Engº. António Guterres, Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados

� Dr. Rui Pereira, Ministro da Administração Interna

� Dr. Carlos Teixeira, Presidente da Câmara Municipal de Loures

� Padre Agostinho Jardim Gonçalves, Presidente da Assembleia Geral do CPR

� Drª Teresa Tito de Morais, Presidente da Direcção do CPR

“Casos de Sucesso na 1ª Pessoa” - Refugiado (de país a designar)

ANEXOS

© M

Lem

os

Page 15: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

15

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

Acolher, integrar e inovar Mesa Redonda sobre Reinstalação

Participantes:

O CPR irá promover uma Mesa Redonda com a participação dos vários intervenientes no processo de reinstalação, em Portugal. Esta MR centrar-se-á nos principais desafios da reinstalação e a necessidade de se encontrarem soluções que favoreçam a integração dos refugiados na sociedade portuguesa. 3 de Abril, 2008 – 15:00H Centro de Acolhimento do Conselho Português para os Refugiados Rua Senhora da Conceição 20, Bairro dos Telefones, 2695-854 Bobadela (Loures)

− Dr. José Magalhães Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna

− Dr. Jarmela Palos Director Geral do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras − Dr. Damtew Dessalegne Representante Regional Adjunto do ACNUR − Dra. Julieta Martins Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – Direcção de Emergência − Dra. Otília Queiroz Directora da Unidade Acção Social - ISS − Dra. Teresa Tito de Morais Presidente da Direcção do CPR

Moderadora: Daniela Santiago, Jornalista da RTP

Para mais informações e

contactos: Tel. +351 21 831 43 72

Fax. +351 21 21 837 50 72 [email protected]

www.cpr.pt

ORGANIZAÇÃO:

FINANCIADO POR:

CONFERÊNCIAS DO CONSELHO PORTUGUÊS PARA OS REFUGIADOS P

hoto

s U

NH

CR

Page 16: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

16

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

COLÔMBIA: A GUERRA CIVIL E OS MOVIMENTOS DE REFUGIADOS E DESLOCADOS INTERNOS

22 de Abril de 2008

Centro de Acolhimento para Refugiados Auditório Ângelo Vidal d’Almeida Ribeiro - 15h00

PROGRAMA

É essencial alertar para a situação em que vivem milhões de refugiados colombianos e quais as suas necessidades mais urgentes. O incessante conflito na Colômbia resultou numa crise humanitária sem precedentes. A escalada de violência aumentou a deslocação interna e externa (para outros países) de pessoas. A população civil continua a ser um alvo, assistindo-se ao aumento das violações dos Direitos Humanos e da impunidade dos perpetradores. De acordo com O ACNUR, no final de 2006, e excluindo os apátridas, os colombianos constituíam o maior grupo com cerca de 3.6 milhões de colombianos sob o cuidado do desta organização, num universo de 32.8 milhões de pessoas. Em relação a Portugal, verifica-se que dos 200 pedidos de asilo apresentados no ano de 2007, 82 foram efectuados por cidadãos com nacionalidade colombiana. A situação humanitária dos colombianos e os desafios que os países de acolhimento, como Portugal, enfrentam, reclamam uma manifestação de solidarização pela comunidade internacional.

Vídeo sobre a situação da Colômbia Participantes:

− Teresa Tito de Morais, Presidente da Direcção do CPR;

− Márcia Morikava, (Doutoranda Fac. Direito da Universidade de Coimbra);

− Roberto Mignone, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) de Bogotá, Colômbia (via

vídeo-conferência); − Nuno Ramos de Almeida, Jornalista; − Testemunhos de refugiados

colombianos − Debate

Para mais informações e inscrições: Tel. +351 21 831 43 72 Fax. +351 21 837 50 72 [email protected] www.cpr.pt

ORGANIZAÇÃO:

Financiado por:

Fot

o de

Phi

lippe

Hou

dard

ret

irado

de

Pic

asaw

eb

Page 17: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

17

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

TOD@S NA MESMA JANGADA! A problemática dos F luxos Mistos na Bacia do Mediterrâneo

Programa Num mundo onde as pessoas estão em constante movimento, os refugiados constituem uma pequena parte destes fluxos migratórios. Verifica-se que esta mobilidade humana está a aumentar em escala, extensão e complexidade, fazendo emergir novos padrões de circulação. Os refugiados movem-se dentro destes fluxos migratórios mistos onde se incluem movimentos de população voluntários e forçados e recorrem, tal como os imigrantes, aos esquemas de tráfico de seres humanos como forma de entrarem na Europa, uma vez que as vias regulares estão cada vez mais fechadas. A construção de um espaço de protecção para os refugiados dentro de um contexto global da gestão das migrações deverá ser uma prioridade internacional, bem como, assegurar os direitos humanos daqueles que estão em movimento. É essencial alertar para as violações dos direitos humanos que acontecem nesta região.

Filme sobre a situação na Bacia do Mediterrâneo (ACNUR, 2007); - MANUEL JARMELA PALOS Director Geral do SEF e Vice-Presidente da FRONTEX (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas); - AGNI CASTRO PITA Representante em Espanha do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR); - SÓNIA PIRES Amnistia Internacional; - TERESA TITO DE MORAIS Presidente da Direcção do CPR; - TESTEMUNHOS DE REFUGIADOS Moderador: João Pacheco, Jornalista (Visão)

5 de Junho, 2008 – 18:00H, SALA 1 DIAS DO DESENVOLVIMENTO Centro de Congressos de Lisboa Praça das Indústrias 1300-307 Lisboa

ORGANIZAÇÃO:

Para mais informações e contactos: Tel. +351 21 831 43 72 Fax. +351 21 837 50 72 [email protected] www.cpr.pt

FINANCIADO POR:

Fo

tos

UN

HC

R/ A

. Ro

dri

gu

ez

Conselho Português para os Refugiados

Page 18: CICLO DE CONFERÊNCIASCICLO DE CONFERÊNCIAS · integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com

18

CICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIACICLO DE CONFERÊNCIAS 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008S 2007/ 2008

O MUNDO PRECI SA DE UMA SOCI EDADE C IV I L ABERTA E INTERVENI ENTE

Fontes e fotos

• Fontes:

- UNHCR Global Appeal 2008-2009 - Colombia Situation. Retirado de

http://www.unhcr.org/home/PUBL/474ac8e814.pdf;

- Refugees Magazine "Refugee or Migrant, why it matters". No 148. Issue 4. UNHCR:

2007;

- Refugee Protection and Mixed Migration: A 10-Point Plan of Action. UNHCR: 2007.

Retirado de http://www.unhcr.org/protect/PROTECTION/4742a30b4.pdf

- Policy on Mixed Migration. Danish Refugee Council: 2008. Retirado de

http://humanitarian-space.dk/fileadmin/templates/billeder/dokumenter/DRC_Policy-

notat_om_migation.pdf

www.unhcr.org

www.iom.int

www.ecre.org

www.amnesty.org

www.cpr.pt

• Fotos

© ACNUR

© Alexandra Carvalho