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MARCIA CIBELLE DOMINGUES CID DA ROSA ATENÇÃO A GESTANTES E PUÉRPERAS: AÇÕES EDUCATIVAS DE ODONTOLOGIA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS BUCAIS E PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL.

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MARCIA CIBELLE DOMINGUES CID DA ROSA

ATENÇÃO A GESTANTES E PUÉRPERAS: AÇÕES EDUCATIVAS DE

ODONTOLOGIA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS BUCAIS E PROMOÇÃO DA

SAÚDE BUCAL.

Dourados – MS

2011

MARCIA CIBELLE DOMINGUES CID DA ROSA

ATENÇÃO A GESTANTES E PUÉRPERAS: AÇÕES EDUCATIVAS DE

ODONTOLOGIA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS BUCAIS E PROMOÇÃO DA

SAÚDE BUCAL.

Dourados – MS

Projeto de Intervenção apresentado à

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,

como requisito para conclusão do curso de Pós

Graduação à nível de especialização em

Atenção Básica em Saúde da Família.

Orientador: Prof.M.Sc.Fernando Lamers.

1

2011

SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA DO PROJETO.....................................................................................04

2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA.................................................................................. 05

2.1 Fundamentação Teórica...................................................................................................07

2.1.1 Manifestações bucais na gestação....................................................................................09

2.1.2 Influências maternas e fatores de risco de bebês de baixo peso ao nascer......................10

2.1.3 Influências maternas e fatores de risco da cárie dentária. ...............................................11

2.2 Educação em Saúde Bucal em Gestantes........................................................................12

2.3 Relação entre Amamentação e Hábitos Bucais..............................................................14

3 OBJETIVOS.........................................................................................................................17

3.1 Geral...................................................................................................................................17

3.2 Específicos..........................................................................................................................17

4 METODOLOGIA................................................................................................................18

4.1Recursos Humanos.............................................................................................................20

4.2Recursos Materiais.............................................................................................................20

5 CRONOGRAMA................................................................................................................21

6 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................22

ANEXOS.................................................................................................................................27

2

1 JUSTIFICATIVA DO PROJETO

Projeto de intervenção tendo como público alvo as gestantes e puérperas na

comunidade Parque das Nações II, na Unidade de Saúde da ESF 18 no município de

Dourados, Mato Grosso do Sul.

A equipe da Estratégia de Saúde da Família 18 em reunião mensal discutiu a

necessidade de intervenção no grupo de gestantes e puérperas, pois foi observado que a

maioria das gestantes tinha pouco ou nenhum conhecimento a respeito das alterações bucais

que ocorrem na gravidez e suas implicações, bem como a respeito dos cuidados de higiene

necessários para o período gestacional.

Existem vários mitos a respeito da indicação de tratamentos dentários durante a

gravidez como o medo de abortar, de fazer mal para o bebê, e a cultura popular de que “cada

filho custa um dente”, que durante este período os dentes ficam fracos, ocorrendo cáries e

perdas. (SARTÓRIO et al).Faz-se necessário desmistificar o tratamento odontológico para

gestantes e fazer uma intervenção educativa para este grupo em especial.

Toda gestante necessita de muitos cuidados para ter uma gravidez tranqüila garantindo

a sua saúde e a do bebê que está a caminho. Precisa também de receber orientações a respeito

das mudanças físicas e psicológicas que ocorrem neste período. As alterações odontológicas

tão comuns durante a gestação não podem passar despercebidas.

O projeto será desenvolvido na comunidade ESF 18, localizada no bairro Parque das

Nações II, em Dourados-MS, com uma população de 16 gestantes cadastradas até o dia

17/2/2011 no SIS Pré-natal e 3 puérperas.Dentre as gestantes 4 são adolescentes.A região do

Parque das nações II é uma área pobre da cidade e conta com apenas duas escolas de ensino

fundamental e uma ESF.Não tem agência bancária , nem correio e Posto Policial. O nível

sócio econômico é baixo, com a maioria da população trabalhando em usinas, frigoríficos,

comércio e muitos desempregados. O grau de escolaridade é baixo e os índices de violência e

3

criminalidade altos. No bairro existem muitos bares, prostíbulos e bocas de fumo. A região é

carente em projetos educativos, de lazer e de formação profissional.

Com esse projeto pretendemos atender 75% das usuárias, de maneira a ampliar

os seus conhecimentos a respeito das alterações odontológicas que ocorrem na gestação,

cuidados com higiene bucal, contemplando as gestantes, parturientes e bebê. Neste contexto é

preciso considerar que a família é a base para o desenvolvimento psicológico e emocional da

criança, participando da formação de sua personalidade e o meio no qual a criança se

desenvolve e adquire hábitos de cuidados com o corpo e saúde. Geralmente, é a mãe que se

responsabiliza pelas questões que envolvem a saúde, exercendo a função de formadora de

saberes e hábitos. (MARTIN; ANGELO, 1999; COBACHO, 2001)

Desta forma é interessante a execução deste projeto de intervenção dentro de

um programa como o PSF, onde o profissional em sua área adstrita conhece o perfil das mães,

como vivem e moram e existe um reconhecimento de ambas as partes, o que leva a um

compromisso e motivação para a participação do programa.

4

2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

Temos que considerar que a maioria das mulheres chega à gravidez com limitados

conhecimentos sobre técnicas de higiene bucal, o que favorece o aparecimento de cáries,

doença periodontal e de outras patologias orais, além das condições biológicas e

características psicossociais de cada grupo que influenciam nestas condições. (ROSSELL et

al.1999).

Segundo Batistella et al (2006) o conhecimento de gestantes sobre saúde bucal ainda é

baixo tanto nas gestantes do SUS como nas clínicas particulares. Em seu estudo concluíram

que as gestantes dos SUS receberam menos orientações sobre o aleitamento materno e saúde

bucal do que as gestantes das clínicas particulares.

Scasvuzzi et al.(2008) também chegaram à conclusão semelhante, concordando que

tanto as gestantes do setor privado como do setor público tinham carência de informações a

respeito dos métodos de prevenção e possibilidade de tratamento odontológico durante a

gravidez. Salientaram a importância de programas de atenção odontológica voltado para as

gestantes.

Cordeiro &Costa (1999) relatam que desde 1945 tem sido sugerida a presença do

Cirurgião Dentista no acompanhamento pré-natal. O pré-natal odontológico deve incluir

ações de esclarecimentos sobre os problemas bucais que podem ocorrer durante a gestação e

esclarecimentos sobre os mitos e crenças do tratamento odontológico durante a gravidez;

conscientizar sobre a importância da higiene e uso do flúor, transmissibilidade da cárie

dentária e cuidados com a saúde bucal do bebê. É muito importante prevenir a transmissão

vertical de mãe para filho e os médicos exercem papel importante orientando a mulher

grávida a ter cuidados odontológicos. (KONISHI et al. 2002).

Oliveira e Oliveira (1999) ao traçar o perfil de saúde bucal de gestantes que utilizam o

serviço público, sugeriram um manual educativo-preventivo para contribuir na promoção da

5

saúde bucal da mãe e do bebê. Ainda acreditam que os mitos e crendices populares

influenciam na relação gestante/dentista.

Feitosa et al.(2001) abordando os aspectos comportamentais e psicossociais

envolvidos no aparecimento precoce de cáries na infância, considerando a relação afetiva

mãe-filho/ amamentação, observou que a educação materna é a maneira mais efetiva para

prevenir a cárie precoce na infância.

Iniciando-se a educação em saúde bucal e fazendo-se um acompanhamento

odontológico já na gravidez teremos uma redução significativa de problemas bucais nas

crianças na primeira infância (ARAÚJO et al.,2005).

De açodo com a Lei Orgânica da Saúde, as ações do SUS devem abranger tanto as

ações assistenciais como as atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças. Para

Alves (2004) educar em saúde significa priorizar as intervenções preventivas e promocionais

em espaços coletivos e também nos espaços individuais durante as consultas.

A educação em saúde é uma excelente ferramenta de atuação, pois possibilita a troca

de conhecimento entre o profissional que é técnico e o conhecimento popular, permitindo

desenvolver ações de controle e prevenção de doenças que poderão se instalar (TRAESEL et

al.,2004). Desta forma, as informações trocadas entre mulheres e profissionais de saúde

possibilitam intercâmbio de conhecimentos e experiências, que seria a melhor forma de levar

à compreensão o processo de gestação.

Traesel et al.(2004), relatam que esta comunicação em linguagem clara permite que o

usuário através da apropriação do conhecimento técnico, culmine na responsabilização pelos

cuidado de sua saúde, sem descaracterizar o seu conhecimento que é popular.

Acreditamos que o projeto trará bons resultados considerando que as mães são

multiplicadoras de bons hábitos e futuramente teremos como resposta uma geração com

incidência de cárie bem menor.

6

2.1 Fundamentação Teórica

No período gestacional a mulher se mostra receptiva às mudanças e informações que

possam reverter em benefício de sua saúde e do bebê. A mãe tem papel importante dentro da

família, cuidando da saúde de seus filhos e marido e é multiplicadora de informações e ações

que possam melhorar a saúde da família e conseqüentemente a qualidade de vida. Ao adquirir

hábitos saudáveis mudará de comportamento, levando à família a mudar também.

Neste sentido, as ações preventivas e educativas com as gestantes são importantes para

que a mãe se interesse pela sua saúde bucal, adquira bons hábitos e possa introduzi-los desde

o início da vida do seu bebê. É fundamental que toda a equipe de saúde se empenhe para a

obtenção do sucesso destas ações educativas.

De açodo com as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal:

O conceito ampliado de saúde, definido no artigo 196 da Constituição da República deve nortear a mudança progressiva dos serviços, evoluindo de um modelo assistencial centrado na doença e baseado no atendimento a quem procura para um modelo de atenção integral à saúde, onde haja a incorporação progressiva de ações de promoção e de proteção, ao lado daquelas propriamente ditas de recuperação. As ações de saúde bucal devem se inserir na estratégia planejada pela equipe de saúde numa inter-relação permanente com as demais ações da Unidade de Saúde (BRASIL 2004).

Ainda salienta que a promoção de saúde bucal deve transcender a dimensão técnica da

odontologia estendendo-se para um conceito mais amplo integrando a saúde bucal a todas as

práticas de saúde coletiva. Devemos levar o cidadão à busca da autonomia através das ações

de promoção de saúde estimulando as práticas de autocuidado por pacientes e famílias

(IDEM).

Visando melhorar os índices epidemiológicos de saúde bucal e a ampliação do acesso

dos cidadãos ao tratamento odontológico e a ações de promoção, prevenção e recuperação,

decidiu-se incluir o profissional de odontologia na estratégia de saúde da família (BRASIL,

2001).

7

Vincentin (2000) fez um estudo onde trabalhou oferecendo ações educativas para pais

de crianças menores de três anos salientando cuidados com a cavidade bucal antes do

aparecimento de cáries valorizando a participação destes como aliados dos profissionais de

saúde na prevenção das cáries e gengivites. Concluiu que estas ações educativas

proporcionam maior interesse pelo assunto e instruíram quanto à maneira exata de posicionar

a criança para a escovação pelos pais bem como a dieta adequada para o recém nato.

Para motivar a crianças a realizarem sua higiene bucal, é fundamental a atitude dos

pais incentivando o hábito rotineiramente, num âmbito familiar, reforçando atitudes positivas

ainda no período gestacional, através de métodos educativos (LASCALA, 1997).

Através da educação em saúde é possível guiar essa parcela da população com altas

incidências de doenças. Em relação às doenças bucais, ao educar a gestante fazemos com que

hábitos e comportamentos saudáveis melhorem a qualidade de vida das futuras gerações.

Moura et al. (2001) destacaram que as propostas de implantação de programas odontológicos

devem ser simplificadas e voltadas para as necessidades do público alvo.

O tratamento odontológico embora evitado pelas gestantes é oportuno e as avaliações

das condições de saúde bucal devem fazer parte do pré-natal. As queixas odontológicas não

devem ser subestimadas e as gestantes precisam perder o temor de prejudicar o bebê com o

tratamento odontológico. Considerando que a mãe é a principal fonte de infecção de

microorganismos relacionados à cárie e doenças periodontais o tratamento odontológico não

pode ser dispensado durante a gestação (CARRARA; DUARTE, 1996).

Segundo Rossel et al (1999), a diminuição do risco de cárie e doença periodontal

durante a gravidez é muito importante pois reduziria a infecção precoce e transformaria a mãe

em agente educador.

O cirurgião dentista exerce papel fundamental nesta fase da vida da mulher, pois

realizando tratamentos curativos, prevenindo doenças bucais, ressaltando a importância do

aleitamento materno, bons hábitos de higiene e alimentação, estará participando efetivamente

do pré-natal multiprofissional. No período pré-natal é muito importante frisar para as

gestantes que a cárie não é o principal problema odontológico, mas que elas precisam

melhorar o grau de higiene bucal para evitar problemas periodontais.

Nadanovsky (2000) observou que a educação por si só não é suficiente para haver

prevenção. Na atenção odontológica precoce prevenir a cárie nas crianças depende da

8

estruturação de ações maiores e multidisciplinares visto que, a cárie é uma doença que

envolve vários agentes etiológicos.

A prática da odontologia para bebês fundamenta-se no conceito de educação gerando

prevenção, tentando manter a saúde do indivíduo, prevenindo a cárie dentária e, quando ela já

estiver instalada realizando intervenções curativas precocemente (WALTER et al. 1996).

Através de estudos foi demonstrado que a saliva humana, principalmente a da mãe, é a

maior fonte de transmissão de Streptococcus mutans, causador da cárie (WEYNE, 1998). A

contaminação do bebê ocorre através do contacto com a saliva da mãe e de outros adultos ao

assoprarem um alimento quente, um beijo e ao compartilhar alimentos ou utensílios

domésticos.

Toledo (1996) analisando a dieta cariogênica observou que mais importante do que a

proibição do açúcar é a necessidade de enfatizar o controle da freqüência da ingestão do

açúcar em alimentos pastosos. O uso racional do açúcar deve ser aconselhado.

Segundo Ferreira e Gaiva (2001) muitas mães ou responsáveis acreditam que a higiene

bucal só deve ser iniciada quando a criança já tiver os dentes erupcionados e por este motivo,

a educação odontológica se faz tão importante. A família é modelo para a criança e pode

ajudá-la a cuidar dos seus dentes.

2.1.1 Manifestações bucais na gestação

Desde a metade do século XX as alterações periodontais que ocorrem durante a

gravidez vêm sendo estudadas. Alguns autores como Rossel et al. (1999) relacionam as

modificações do periodonto durante a gravidez às deficiências nutricionais, alteração nos

níveis de progesterona e estrógeno, presença de placa bacteriana e o estado transitório de

imunodepressão.

Neste período além das transformações físicas e fisiológicas na vida da mulher,

também são observadas mudanças emocionais. O cirurgião dentista, como membro de uma

9

equipe multidisciplinar precisa conhecer estas alterações para poder orientar as gestantes em

relação á sua saúde (MEDEIROS et al., 2000).

Durante a gestação ocorre um aumento de hormônios (progesterona e

estrógeno) na circulação o que leva a modificações em todo o organismo inclusive no

equilíbrio da cavidade oral (OLIVEIRA e OLIVEIRA, 1999). Uma alta concentração de

hormônios no tecido periodontal, saliva, soro e fluido gengival pode exacerbar as respostas

celulares (OTOMO-CORGEL, 2004; NERY, 2008).

De acordo com Rodrigues (2002) é importante salientar que ocorre um aumento do

fluxo salivar nos primeiros meses da gestação e a hiperatividade das glândulas salivares é um

fenômeno ainda não explicado. Este excesso de secreção salivar provoca náuseas e vômitos, e

se persistirem provocará queda na capacidade tampão da saliva aumentando o risco de

desmineralização dental. Os enjôos e as náuseas são comuns durante a gravidez. Ocorrem

também outras alterações como o ganho de peso, hipoglicemia, e a necessidade de urinar mais

freqüentemente (MEDEIROS et al 2000) .      

  Os níveis alterados dos hormônios, inclusive da progesterona, repercutem na

cavidade bucal, modificando o equilíbrio da boca, podendo levar ao aparecimento de cáries e

afecções gengivais. Não é o período gestacional que provoca estas alterações, mas se já

houver uma inflamação prévia à gravidez ela pode ser agravada, principalmente se a higiene

bucal for negligenciada (MEDEIROS et al, 2000).

Segundo Otomo-Corgel (2004) e Nery (2008) a ocorrência de gengivite em gestantes é

comum atingindo uma taxa de 30 a 100% das mulheres gestantes. Quando a bolsa gengival já

está presente pode ocorrer um aumento de profundidade com aumento de pontos com

sangramento, e também um aumento do número de microorganismos anaeróbicos. A gravidez

sozinha não provoca gengivite, mas pode induzir a uma resposta tecidual à presença da placa

bacteriana. Dependendo do estado periodontal antes da gravidez a gengivite pode progredir

pela flutuação dos hormônios existentes. (OTOMO-CORGEL, 2004).

O risco de aparecimento de cárie dental na gestação também está relacionado pelo

aumento de apetite por alimentos mais açucarados (síndrome da perversão do apetite) o que

favorece o aumento do número de microorganismos acidogênicos e, por conseguinte a cárie

dental (VIEIRA; ZOCRATTO, 2007).

10

2.1.2 Influências maternas e fatores de risco de bebês de baixo peso ao nascer

Worthington et al (1980) consideram a nutrição como sendo um aspecto importante

para as condições de saúde na gestação, garantindo o desenvolvimento do feto e a proteção da

saúde da mãe. Caso a nutrição não seja adequada no final da gravidez o crescimento fetal

ficará comprometido, pois nem sempre a mãe tem reservas suficientes para assegurar nutrição

eficiente para o feto.

Cruz (2005), em seu estudo relacionou doença periodontal com o baixo peso ao

nascer e concluiu que a doença periodontal é um fator de risco para o nascimento de bebês de

BPN aliado ao baixo grau de escolaridade.

Segundo Lindhe et al (2005) a taxa de nascimento de bebês de baixo peso é de 10% do

total dos nascimento anuais e também é responsável por dois terços do total de mortalidade

infantil, constituindo um problema econômico e social importante como também de saúde

pública.

De acordo com Yazlle (1998) o profissional de saúde deve estar atento ao estado

nutricional da gestante, ressaltando a necessidade de oferta de todos os nutrientes ao

organismo materno, como as proteínas, os minerais, os glicídios, lipídios e vitaminas

principalmente a vitamina B6, que em níveis deficientes no soro materno estão relacionados

aos índices de Apgar insatisfatório.

Há vários anos já se conhece a associação entre a gravidez e a presença de

inflamações gengivais. Muitos autores acreditam que a doença periodontal afeta

negativamente a saúde sistêmica das pacientes grávidas elevando o risco de parto prematuro

(<37 semanas de gestação) e provocando o nascimento de bebês de baixo peso (<2.500

gamas) (OTOMO-CORGEL, 2004; NERY, 2008).

11

2.1.3 Influências maternas e fatores de risco da cárie dentária

De acordo com Weynne e Harari (2001) a cárie é uma doença infectocontagiosa, que

para acontecer precisa da interação de fatores primários, secundários e terciários. Os

primários são a dieta, hospedeiro, microorganismos e tempo. Os secundários são a saliva, o

flúor, higiene bucal e os fatores terciários são o sexo, idade, raça e nível, socioeconômico. É

uma doença multifatorial e transmissível. Em seu estudo os autores observaram que cepas de

estreptococos do grupo “mutans (EGM) isoladas das crianças, eram idênticas àquelas

encontradas na saliva de suas mães, indicando, então a transmissibilidade da cárie”.

Demonstraram também que, quanto maior o numero de unidades formadoras de colônias na

saliva da mãe, maior a freqüência de colonização das crianças.

De acordo com Rodrigues (2002), a gravidez por si não é responsável pelas novas

cáries e nem promove perda de minerais dos dentes da gestante, o que ocorre é que o aumento

da atividade cariogênica está relacionado com a dieta e a presença de placa bacteriana, devido

à higiene inadequada dos dentes. Neste período as mulheres negligenciam a higiene bucal,

tem maior exposição o esmalte ao suco gástrico devido aos vômitos, tem alterações dos

hábitos alimentares e se alimentam com mais freqüência em pequenas quantidades, pois o

estômago está diminuído pela compressão do feto e também ingerem mais alimentos

cariogênicos.

Peres et al. (2001) ressaltaram que é possível fazer a prevenção da cárie dentária

ainda na vida intra-uterina ,através do controle da dieta, a partir do quarto mês de gestação,

"período em que se inicia o paladar do bebê; portanto, a implementação de novos hábitos

alimentares da mãe proporcionará uma melhor condição bucal no futuro bebê".

O tratamento odontológico durante a gravidez pode, e deve ser realizado. A atuação

do cirurgião dentista no pré natal se faz, então, de grande importância para efetuar o

tratamento odontológico quando necessário e para orientar as gestantes quanto à prevenção de

doenças e promoção de saúde das gestantes e de sua família. Todas estas orientações podem e

12

devem ser passadas a todos os profissionais da equipe de saúde e repassada por estes às

gestantes (ROMERO et al.,2001 MELO et al., 2007; VIEIRA e ZOCRATO,2007; CODATO

et al .,2008; SILVA e MARTELLI,200

2.2 Educação em Saúde Bucal em Gestantes

Em relação à saúde, o pensamento de Freire caminha paralelo à compreensão da

questão da educação em saúde pensada nos dias atuais. A educação em saúde vem sendo

analisada de modo que o seu significado possa atender aos princípios e valores inovadores do

sistema de saúde, dentre outros, o conceito ampliado de saúde e a integralidade da atenção

com vistas a possibilitar a atenção integral e humanizada à população brasileira13.

Para Miranda et al. (2004) a educação em saúde induz à mudanças de

comportamento . Não é um processo individual, mas coletivo levando informações e

motivando para mudanças de hábitos que melhorem a saúde e evitem doenças. Destacaram

pontos importantes para a promoção da saúde bucal a participação do paciente em de

programas preventivos incluindo palestras sobre higiene bucal e orientações sobre dieta, e

medidas coletivas como fluoretação das águas de abastecimento público.

O que torna o PSF tão diferente das estratégias anteriores é o trabalho realizado com

uma população adstrita que proporciona vínculos e resgata compromisso e co-

responsabilidade entre os profissionais e a comunidade

Objetivando a criação de vínculos entre a ação do profissional de saúde e o modo de

pensar/fazer da população, a educação em saúde tem como objetivos capacitar os indivíduos

para a responsabilização da melhoria de suas condições de vida. Para que isso ocorra a ação

deve estimular o indivíduo a participar deste processo educativo (VERAS et al.,2003).

A educação em saúde poderá motivar as gestantes para aquisição e manutenção de

hábitos positivos para a saúde se combinar a análise da realidade das gestantes utilizando

metodologias ativas de aprendizagem que valorizem a liberdade e autonomia destas

(MIRANDA et al., 2000; VERAS et al. 2003).

Com relação às ações de saúde bucal, a NOAS prevê como responsabilidade dos

municípios a prevenção dos problemas odontológicos e o cadastramento prioritário, na

13

população de zero a catorze anos e gestantes. Entre as atividades, são salientados os

procedimentos coletivos, tais como "o levantamento epidemiológico, a escovação

supervisionada e evidenciação da placa bacteriana, os bochechos com flúor e a educação em

saúde bucal” (BRASIL, 2001).

Martins et al. (2002) em seu estudo intitulado "O que as gestantes sabem sobre cárie

dentária: uma avaliação dos conhecimentos de primigestas e multigestas quanto à própria

saúde bucal", verificaram que as gestantes entrevistadas demonstraram interesse por

receberem informações e que, a maioria reconhece que a cárie dental está relacionada à falta

de higiene bucal .

Corsetti et al. (1998), constataram que a maioria das gestantes desconhece os prejuízos

que uma amamentação prolongada, uso indevido de mamadeira e o consumo de açúcar nos

alimentos preparados para o bebê podem provocar na saúde bucal da criança; além do

desconhecimento à respeito das necessidades de higiene bucal pessoal e da criança.

Avaliando longitudinalmente a efetividade da educação durante o pré-natal concluíram que

houve assimilação das informações por parte dos pais sobre a importância da saúde bucal para

com o bebê. Com base nestes estudos sugeriram a continuação dos programas de promoção da

saúde bucal após o nascimento dos bebês e também um acompanhamento através de visitas

como reforço e motivação.

Os autores Politano et al. (2003) concluíram que as mães tem pouca informação em

relação aos cuidados que devem ter com relação higiene bucal do bebê.Salientam a

importância destas informações e que estas devem ser dirigidas às mães não só pelo cirurgião-

dentista, mas também pelo ginecologista, pediatra, obstetra e todos os profissionais de saúde

envolvidos de modo interdisciplinar, com o objetivo de ampliar o conhecimento delas sobre a

gestação, as transformações gerais e bucais que ocorrem nelas mesmas e no bebê. Estudos

citados por outros Medeiros et al.(2000) relatam a necessidade de conhecer o nível de

percepção das gestantes a respeito da saúde bucal para obter sucesso em um programa de

prevenção.

Através de uma higienização bem feita teremos melhor controle das doenças gengivais

e menores índices de cárie. Assim, a gestante bem orientada para escovar os dentes

corretamente após as refeições, utilizando uma pasta fluoretada, e o fio dental, será um

elemento- chave para a quebra do ciclo de transmissão da cárie.

14

2.3 Relação entre Amamentação e Hábitos Bucais

O Ministério da Saúde do Brasil (MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde

(OPAS), em consonância com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS),

enfatizam a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida do bebê, e

sua complementação, a partir de então, com outros alimentos e sua manutenção pelo menos

até o segundo ano de vida (BRASIL, 2002; OPAS, 2009). Entretanto, existem muitos mitos

que não permitem o sucesso pleno do aleitamento materno. Freqüentemente as mães possuem

pouco conhecimento do assunto ou são mal informadas sobre a correta amamentação, como

também a sua duração. De qualquer maneira, as mães que amamentam necessitam de pessoas

treinadas para ajudá-las a prevenir e/ou superar dificuldades, evitando dessa maneira o uso de

suplementos e seus possíveis efeitos deletérios (GIUGLIANI, 2004).

Rezende (2004) afirma que no aleitamento materno o bebê terá melhores condições de

estimulação de seu sistema sensório-motor-oral, pois a extração do leite exige força muscular,

aumentando assim a tonicidade muscular, que é questão importante para estimular as funções

da fala, respiração e deglutição e para desenvolver as estruturas faciais e orais. No entanto,

quando o aleitamento materno é substituído por mamadeiras e chupetas, o bebê, além de não

ser devidamente estimulado na área sensório-motora, pode se desinteressar pela sucção do

leite materno. A partir deste momento, a musculatura perioral e de língua podem tornar-se

hipotônicas, levando a uma alteração na deglutição normal e deformação da arcada dentária e

palato, ocasionando mordida aberta frontal ou lateral (BAYARDO et al., 2003).

Considerando o que tem sido demonstrado nas pesquisas é preciso aumentar as taxas

de amamentação exclusiva, levando em consideração os obstáculos que dificultam essa

prática, como à falta de apoio e informação sobre a importância desse ato, garantindo a

criança o seu direito.

15

Segundo Fraiz (1996) o uso da mamadeira está relacionado a padrões de

comportamento e este hábito pode determinar um alto risco de cárie. O hábito de dormir com

a mamadeira fornece substrato para o aparecimento de cáries, pois a criança dormindo impede

e dificulta os procedimentos de higiene .

A chupeta é considerada um hábito de sucção não nutritivo, que surge como uma

necessidade de sucção, quando esta não é satisfeita pela alimentação natural ou artificial, e,

quando utilizada por um tempo prolongado pode acarretar prejuízos dentários. O uso

prolongado de chupeta pode alterar a postura de lábios e língua; prejudicar a tonicidade dos

músculos dos lábios, língua e face, deixando flácidos; induzir movimentos incorretos da

língua na deglutição; prejudicar as arcadas dentárias; alterar a mastigação; provocar a

respiração oral; prejudicar a emissão correta dos sons e favorecer o descontrole da saliva

(MEDEIROS, 1992; CUNHA, 2001).

A duração insuficiente do aleitamento natural está associada à presença de hábitos de

sucção persistentes em crianças com a dentição decídua completa e a presença dos hábitos

(chupeta, onicofagia, sucção digital e morder objetos) está associada à ocorrência da má

oclusão. Os bicos artificiais podem alterar o desenvolvimento normal da arcada dentária,

promovendo maiores índices de alterações oclusais (SOUSA et al., 2004).

Para Carvalho (2002), a amamentação natural promove um desenvolvimento motor

oral adequado que irá refletir em um desenvolvimento craniofacial, ósseo e dentário

harmonioso, ainda ressalta que o desenvolvimento motor-oral reflete no desenvolvimento

craniofacial, no crescimento ósseo e na dentição.

A presença de hábitos orais deletérios pode comprometer o equilíbrio da

neuromusculatura orofacial, o crescimento craniofacial e propiciar alterações oclusais

dependendo do período, da intensidade e da freqüência do hábito. Pode se observar na

literatura o interesse e a preocupação pelas relações entre forma de aleitamento,

desenvolvimento de hábitos bucais deletérios, da oclusão dentária e das funções orofaciais

(SERRA-NEGRA, 1997).

Diante do que foi exposto, podemos perceber que apesar do aleitamento materno

exclusivo ser muito importante, muitas mães desconhecem o fato. A responsabilidade da

redução da morbi-mortalidade é de sua responsabilidade apesar das dificuldades que

encontram no pós-parto e durante a amamentação. As dificuldades encontradas são por falta

16

de experiência, experiências negativas vividas anteriormente ou falta de orientação e/ou

orientação insuficientes ou inadequadas o que pode levar precocemente ao desmame. Por isso

é importante uma avaliação das atividades educativas durante o pré-natal e pós-parto

considerando a realidade vivida pela mãe (OLIVEIRA; PATEL; FONSECA. 2004).

A odontologia atualmente tem enfatizado a atenção primária de saúde, desde a vida

intra-uterina até a erupção dos dentes, podendo o profissional agir precocemente e assim

alcançar melhores resultados em maior alcance e efetividade. Considerando a importância do

aleitamento materno na nutrição, diminuição da mortalidade infantil, melhoria dos aspectos

psicológicos da criança e benefícios para a saúde bucal dos bebês, é extremamente importante

ações educativo-preventivas com as gestantes incentivadas pelos profissionais de saúde,

principalmente o cirurgião-dentista, qualificando assim a saúde bucal da gestante, bem como

a saúde bucal de seu bebê (BEZERRA, et al., 2009).

17

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Desenvolver ações educativas em saúde bucal ao maior número das gestantes e

puérperas vinculadas à Estratégia de Saúde da Família 18, possibilitando a estas adquirirem

novos conhecimentos sobre a importância da manutenção da saúde bucal no período

gestacional e puerperal e do bebê.

3.2 Específicos

- Incentivar a mudança de hábitos de higiene bucal da gestante e puérpera com

cuidados mais criteriosos, alimentação adequada, todos os princípios de prevenção de cárie e

doença periodontal, visando uma melhora nos cuidados da saúde bucal para toda a família.

- Distribuir material informativo sobre as alterações bucais que ocorrem na gravidez,

aleitamento materno, cárie dentária, higiene dental do adulto e do bebê, transmissibilidade da

cárie, cárie de mamadeira, hábitos bucais nocivos (mamadeira e chupeta)

- Realizar acompanhamento das gestantes e puérperas através de visitas domiciliares,

reforçando as orientações oferecidas nas atividades desenvolvidas no projeto.

18

4 METODOLOGIA

O projeto será desenvolvido na comunidade ESF 18, localizada no bairro Parque das

Nações II, em Dourados-MS, com uma população de 16 gestantes cadastradas até o dia

17/1/2011 no SIS Pré-natal e 3 puérperas. Com a ajuda das ACS, as gestantes e puérperas que

residem no bairro serão convidadas e também as que fazem o pré-natal em médicos

particulares, mas utilizam a unidade de saúde para outros atendimentos.

Para não interferir na rotina da unidade de saúde todas as atividades do projeto foram

planejadas e agendadas em conjunto com a enfermeira da ESF.

As atividades do projeto terão um momento com as ACS e dois momentos com as

gestantes e puérperas.

Num primeiro momento uma reunião inicial com as ACS para explicar a importância

do projeto, sua participação no cadastramento das gestantes e puérperas, agendamento e

comunicação dos encontros, bem como recrutamento e motivação para a participação nas

atividades que serão desenvolvidas. No segundo momento serão realizados 4 encontros para

atividades educativas e rodas de conversa em grupo, com as gestantes e puérperas .Num

terceiro momento serão realizadas visitas domiciliares às gestantes e puérperas juntamente

com a enfermeira e ACS para reforço das orientações oferecidas, esclarecimento sobre as

dúvidas e avaliação do projeto e da conduta das mães, com relação aos cuidados com a saúde

bucal.

As atividades educativas do grupo de gestantes serão realizadas na Unidade de Saúde

do Parque das Nações II mensalmente nas duas primeiras semanas do mês, às quartas-feiras,

com início às 07h30min, com duração prevista de 30 minutos. O dia da semana foi escolhido

aproveitando o cronograma das consultas do Pré-Natal das gestantes. As puérperas serão

informadas dos encontros pelas respectivas ACS. Será afixado na unidade de saúde um

cronograma das atividades e seus respectivos temas mensais e cada participante terá um

cartão de presença para controle de freqüência. Para que as gestantes e puérperas não repitam

a mesma atividade, será anotada em seus cartões a freqüência das atividades. Inicialmente, as

19

gestantes serão acolhidas pela recepcionista em seguida encaminhadas para a sala de reunião.

A enfermeira abrirá a reunião com um diálogo informal, direcionando a ação pedagógica para

o tema previamente selecionado. Em seguida, o cirurgião dentista iniciará sua atividade

utilizando uma linguagem acessível e clara, permitindo que a gestante se aproprie do

conhecimento técnico sem descaracterizar o conhecimento popular. Serão utilizados recursos

próprios da Unidade de saúde tais como: sala, cadeiras, mesas, ventilador, computador entre

outros. A metodologia do trabalho terá como ferramenta a educação popular e a troca de

experiências. Desse modo, promover a valorização do saber do educando, instrumentalizando-

o para a valorização da autonomia, transformação de sua realidade e de si mesmo (FREIRE,

1984).

Os temas e conteúdos trabalhados no grupo serão os seguintes:

Importância do Pré-Natal Odontológico,

Cuidados da gestante com a sua saúde bucal,

Desmistificando o uso de antibióticos na gestação e o roubo de Cálcio,

Porque tratar os dentes na gravidez,

Alterações bucais na gestação,

Doença periodontal e parto prematuro,

Técnicas de higiene,

Orientação da dieta,

Importância do aleitamento materno,

Transmissibilidade da cárie,

Hábitos bucais nocivos (chupeta, dedo, mamadeira),

Dieta não cariogênica,

Cuidados bucais com o bebê e primeira infância.

Todas as participantes serão agendadas para uma consulta odontológica pré-natal para

avaliação das suas condições de saúde bucal. As gestantes que necessitarem de tratamento

odontológico curativo serão atendidas na unidade ou serão encaminhadas para os Centros de

Especialidades Odontológicas.

20

4.1 Recursos Humanos

Cirurgião Dentista, Enfermeira, Agentes Comunitárias de Saúde, Auxiliar de

Odontologia.

4.2 Recursos Materiais

Canetas, papéis para eventuais anotações, cola, fita adesiva, cartilhas, folders, slides,

leitura sintética e informativa, vídeo e macro modelo odontológico.

21

5 CRONOGRAMA

MÊS: TEMAS/ATIVIDADES: OBSERVAÇÕES:

FEVEREIRO

Reunião com ACS

Cadastramento e convite às gestantes e puérperas

Primeira reunião com ACS para apresentação do projeto e cronograma das atividades.

MARÇO

Importância do Pré-Natal odontológico

Cuidados da gestante com a sua saúde bucal

Porque tratar os dentes na gravidez

Desmistificando o uso de antibióticos na gestação e o roubo de Cálcio;

Cáries e doença periodontal

Técnicas de higiene

ABRIL

Doença cárie e doença periodontal Doença periodontal e sua relação com o parto prematuro

Orientação da dieta.

Transmissibilidade da cárie

MAIO

Apresentação do vídeo e roda de conversa sobre Aleitamento materno e importância da amamentação no desenvolvimento das estruturas bucais do bebê.

Comemoração do Dia das Mães.

Participação de toda a equipe do ESF para a organização da comemoração

JUNHO

Hábitos bucais nocivos (uso da chupeta e mamadeira)

Cuidados de higiene com o bebê, dieta não cariogênica e importância dentes decíduos.

Projeção de slides.

AGOSTO Visitas domiciliares para reforço das orientações. Avaliação do projeto.

Verificar se houve mudança de hábitos nas famílias.

22

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27

ANEXOS

Higiene bucal da gravidez e do bebê

Pré- natal

Siga estes passos para garantir uma boca saudável.

Faça um "check-up" dental.

Faça uma limpeza e avaliação de seus dentes. Tenha certeza de que todo tratamento seja feito.

Os germes que causam as cáries podem passar para seu bebê depois de ele nascer.

Escove os dentes três vezes ao dia

Escove os dentes pelo menos três vezes ao dia. Use uma escova macia. Tenha certeza de

colocar as cerdas da escova no local onde a gengiva e os dentes se encontram. É aí que a

gengivite começa.

Passe o fio dental diariamente.

Passe o fio dental diariamente para limpar entre os dentes, onde a escova não alcança.

Limite o número de vezes que você ingere doces ou lanches a base de amido

no dia. Doces ou lanches a base de amido podem fazer com que seus dentes sofram "ataques

ácidos". Doces e refrigerantes podem causar cáries. Coma mais frutas e legumes.

Faça o Pré-natal. Siga os conselhos de seu médico. Isso é importante tanto para

a sua saúde quanto para a de seu bebê.

Receba a quantidade adequada de cálcio. Você necessita de cálcio para a

formação dos ossos e dos dentes de seu bebê. Leite, queijos, feijão e folhas são fontes de

cálcio.

0-6 meses

28

Os bebês precisam ter dentes saudáveis para poderem comer, falar e sorrir. Estas são três

maneiras de proteger o sorriso de seu bebê.

Cheque o flúor.

O flúor previne cáries e tornam os dentes fortes. Pergunte ao seu dentista, ou médico, se a água

de sua casa tem flúor suficiente para ajudar a prevenir cáries. Caso a água não contenha flúor

ou caso você utilize água mineral sem flúor para beber e cozinhar, seu dentista ou médico

podem receitar suplementos de flúor para o seu bebê.

Evite dar mamadeira para seu bebê antes de ele dormir. Dar mamadeira a seu bebê

antes de ele dormir pode causar muitas cáries. Caso você amamente, evite que o bebê mame de

maneira contínua. Quaisquer líquidos, exceto água, podem causar cáries, mesmo leite e sucos.

Se você acha que seu bebê precisa sugar algo durante o sono, tente uma chupeta ou uma

mamadeira de água.

Cuide de sua própria higiene bucal também.

As últimas pesquisas demonstraram que você pode transmitir os germes que causam cáries

para o bebê assim que ele tiver dentes. Isso acontece dividindo ou experimentando a papinha,

ou deixando que ele coloque os dedos dentro da boca da mãe. Não cuidar de os dentes cariados

também significa que há maiores chances de transmitir esses germes, portanto todos os dentes

cariados devem ser tratados assim que possível

29

Prevenindo cárie infantil.

Cárie infantil é uma doença grave dos dentes, e que resulta em cáries, dor, infecção,

problemas na fala e perda de autoconfiança. Pode-se prevenir a cárie infantil. Aqui seguem

algumas dicas:

Evite dar mamadeira para seu bebê antes de ele dormir ou deixar que ele mame

no peito continuamente.

O único líquido que não irá prejudicar a saúde dos dentes de seu bebê é a água.

De acordo com a Associação Americana de Saúde Pública, deve-se desmamar

o bebê entre 12 e 14 meses.

6-18 meses

Seguem aqui quatro maneiras de proteger o sorriso de seu bebê.

Quando seu bebê tiver idade entre 6 e 12 meses, comece a utilizar um copo

com bico. Assim que seu bebê começar a querer pegar os adereços da mãe ou seus próprios

brinquedos, é hora de introduzir o copo com bico. Pode ser um problema no início, mas seja

persistente. Seu bebê vai adorar aprender esta nova habilidade!

Evite que seu bebê passe horas com uma mamadeira nas mãos. Exposição

prolongada à mamadeira pode levar a um problema grave conhecido como "Cárie infantil".

Limpe os dentes do bebê diariamente. Quando os dentes do bebê começam a

aparecer, por volta do seis meses, você deve limpar seus dentes, todos os dias, com uma

escova de dente macia, umedecida e apropriada para a idade. A melhor posição para você

seria sentada segurando o bebê em seus braços. Você poderia também se sentar no chão e

colocar a cabeça dele no seu colo. Veja se os dentes do bebê não têm cáries levantando seus

lábios e olhando seus dentes. Caso observe pontos marrons ou esbranquiçados lembrando giz,

entre em contato com o seu dentista.

Vá ao dentista. Ao completar um ano, já é hora de levar seu bebê para sua

primeira consulta com o dentista

30

18-24 meses

Estas são duas importantes maneiras de proteger o sorriso de seu filho pequeno.

1. Limite o número de lanches que a criança come no dia. Evite oferecer a seus

filhos refrigerantes, doces e alimentos a base de amido como batata frita e bolacha. Esses

lanches podem causar cáries. Evite lanches freqüentes. Cada vez que seu filho ingere

alimentos doces ou a base de amido ocorre um "ataque ácido" nos dentes. Quanto mais

"ataques ácidos", mais chances de cáries. Se você decidir oferecer doces ou alimentos a base

de amido, ofereça na hora das refeições.

Atenção, de acordo com a Academia Americana de Pediatria seu filho não deveria estar

usando mamadeira nesta idade.

Oferecer mamadeira por longos períodos ou durante o sono podem levar ao aparecimento de

cáries. Isso pode tanto causar dor e infecção, como também estragar o belo sorriso de seu

filho!

Lista de lanches para ter dentes saudáveis

Oferecer lanches saudáveis para seu filho é um gesto de amor.

o Frutas

o Verduras

o Sanduíches

o Cereais com leite

o Queijo

o Iogurte

o Leite

o Suco sem açúcar

Limite o número de lanches para 2 a 3 por dia.

31

2. Escove os dentes pelo menos três vezes por dia.

Escove os dentes da criança principalmente após o café da manhã e antes de ir dormir. Utilize

uma escova macia e indicada para a idade dela para limpar os dentes e gengivas. Se seu filho

sabe cuspir depois da escovação, use uma porção pequena, do tamanho de uma ervilha, creme

dental com flúor. Seu filho pode começar a praticar escovando os próprios dentes, porém

você precisará auxiliá-lo. Quando ele terminar a escovação você precisa dar o toque final.

Muitas crianças pequenas não escovam os dentes corretamente até completarem 6 anos.

3. Lembre-se- o dentista é seu parceiro!

Depois do primeiro check-up com um ano de idade, seu filho precisa ir ao dentista

regularmente. Antes de levá-lo, talvez seja uma boa idéia brincar de dentista. Use uma

lanterna e um espelho e conte quantos dentes seu filho tem e vice-versa. Leia livros a respeito

de uma consulta com o dentista e lembre seu filho do que irá acontecer durante a visita. Você

poderia dizer, "o dentista quer vê-lo novamente, e quem sabe vai tirar uma foto dos seus

dentes"! Mantenha uma mensagem positiva.

FONTE: COLGATE- Informações sobre saúde bucal Disponível em:

www.colgate.com.br

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