chief electronic publishing policy and support branch ...segurança alimentar e nutricional o...

20

Upload: others

Post on 07-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos
Page 2: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

As denominações empregadas neste informativo e a forma em que são apresentados os dados aqui contidos nãoimplicam, por parte da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em qualquerjuízo sobre a condição jurídica ou nível de desenvolvimento de países, território, cidade ou zonas, nem de suasautoridades, nem em relação à delimitação de suas fronteiras ou limites. A menção de empresas ou de produtosde algum fabricante em particular, estejam ou não patenteados, não implica que a FAO os aprove ou recomende,em relação a outros de natureza similar que não tenham sido mencionados.

Todos os direitos reservados. São autorizadas a reprodução e a difusão de material contido nesse informativocom fins educacionais ou outros fins não comerciais sem prévia autorização, por escrito, dos titulares dosdireitos de autor, desde que a fonte seja citada de forma completa. É proibida a reprodução de material contidoneste informativo para revenda ou outro fim comercial sem prévia autorização, por escrito, dos titulares dosdireitos de autor. As solicitações para obter tal autorização deverão ser solicitadas a:ChiefElectronic Publishing Policy and Support BranchCommunication DivisionFAOViale delle Terme di Caracalla, 00153 Rome, Italye-mail: [email protected]

© FAO 2012

Page 3: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

Cidades de desespero - ou oportunidade?Desafio: desviar a urbanização de seu rumo atual, insustentável, para cidades mais verdes que ofereçam opções, oportunidades e esperança.

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 1

Figura 1. Crescimento demográfico no mundo em desenvolvimento,1950-2050 (milhões)Em 2025, mais de metade da população do mundo em desenvolvimento será urbana.

As cidades e centros urbanos nos países em desenvolvimento estão crescendoa uma escala sem precedentes. Há dez anos, cerca de 40% da população domundo em desenvolvimento – ou 2 bilhões de habitantes – viviam em áreasurbanas. Desde então, esse número aumentou a um ritmo de quase o dobro

do crescimento da população total, para mais de 2,5 bilhões. Trata-se do equivalente aquase cinco novas cidades do tamanho de Pequim acada 12 meses. Em 2025, mais de metade dapopulação do mundo em desenvolvimento –3,5 bilhões de pessoas – será urbana.

Enquanto na Europa e América do Norte aurbanização levou séculos, estimulada pelaindustrialização e aumento constante da renda percapita, no mundo em desenvolvimento ocorrerá noespaço de duas ou três gerações. Em muitos paísesem desenvolvimento, o crescimento urbano estásendo impulsionado não pela oportunidadeeconômica, mas por altas taxas de nascimento e umafluxo maciço de habitantes rurais que procuramescapar da fome, pobreza e insegurança.

A maioria das cidades que mais crescem nomundo encontra-se nos países de baixa renda daÁsia e África com populações jovens. Nos próximos10 anos, o número de habitantes urbanos na ÁfricaSubsaariana deverá crescer quase 45%, de320 milhões para 460 milhões. Kinshasa, capital de um dos países mais pobres domundo, hoje é a megalópole futura que mais cresce no mundo. Em 2025, a populaçãourbana dos países menos desenvolvidos da Ásia terá crescido de 90 milhões para cercade 150 milhões, e Dhaka deverá ser a quinta maior cidade do mundo, com 21 milhõesde habitantes.

Estas páginas sãoilustradas com desenhosdo Plano Mestre de Kigali,um esquema de longoprazo para o desenvolvimentosustentável da capital de Ruanda. O plano prevêuma cidade em meio acinturões verdes e zonasreservadas paraagricultura urbana, eespaços abertos comhortas comunitárias.

1950 1975 2000 2025 2050

6000

5000

4000

3000

2000

1000

0

0

0

1950 1975 2000 2025 2050

00

00

00

00

00

Font

e:Di

visão

de Po

pulaç

ão da

s Naç

ões U

nidas

Projeção

RURAL

URBANA

Page 4: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

A urbanização em países de baixa renda é acompanhada de altos níveis de pobreza,desemprego e insegurança alimentar. Estima-se que em todo o mundo um bilhão depessoas vivam em favelas, sem acesso a serviços básicos de saúde, água e saneamento.Cerca de 30% da população urbana do mundo em desenvolvimento – 770 milhões depessoas – está desempregada ou são “trabalhadores pobres”, com renda abaixo da linhaoficial de pobreza.

Esses pobres urbanos gastam a maior parte de sua renda para alimentar-se. Porém,muitas vezes seus filhos apresentam níveis de desnutrição tão altos quanto os das áreasrurais. Para sobreviver, milhões de favelados cultivam seus próprios alimentos em cada

pedaço de terra disponível: em seusquintais, ao longo dos rios, estradas eferrovias e sob as linhas de transmissãode energia.

O crescimento das favelas ultrapassa ocrescimento urbano por uma amplamargem. Em 2020, a proporção dapopulação urbana pobre poderá chegar a45%, ou 1,4 bilhão de pessoas. Nesse ano,85% dos pobres da América Latina, equase metade dos pobres da África eÁsia, se concentrarão em áreas urbanas.

Essa perspectiva, que está sendodescrita como a “nova bombademográfica”, é um pesadelo para agovernança: aglomerados urbanos

degradados e empobrecidos, com grandes populações vulneráveis de pessoassocialmente excluídas, jovens e desempregadas.

2 CRIAR CIDADES MAIS VERDES

10

15

5

20

25

30

Font

e:Di

visão

de Po

pulaç

ão da

s Naç

ões U

nidas

Kinshasa Lagos Dhaka Lahore Karachi Chongqing Shenzen Delhi Bogotá Mumbai

Figura 2. Crescimento demográfico em cidades selecionadas, 2000-2025 (milhões)As megalópoles do futuro crescem mais rapidamente na África e Ásia.

2000 2025:Projeção (aumento em %)

Page 5: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

Um futuro melhor paraas cidades emdesenvolvimento étanto imperativo

quanto possível. Historicamente, as cidades foramlugares não de miséria e desespero, mas deoportunidade: economias de escala, emprego emelhor padrão de vida, especialmente para ospobres rurais que buscam uma vida melhor. Elasserviram de motor para o progresso social e odesenvolvimento econômico nacional.

A criação de condições para concretizar essepotencial – em Kinshasa, Dhaka e outras cidades domundo em desenvolvimento que estão crescendo -é crucial agora e o será ainda mais nas próximasdécadas. O desafio consiste em desviar aurbanização de seu rumo atual, insustentável, paracidades mais verdes, sustentáveis, que ofereçamopções, oportunidade e esperança a seus habitantes.

O conceito de “cidades verdes” – resilientes,autossuficientes e com sustentabilidade social,econômica e ambiental – está usualmente associadoao planejamento urbano em países maisdesenvolvidos. Sugere ecoarquitetura de alta

tecnologia, ciclovias e indústrias decircuito fechado que nãoproduzem resíduos.

Contudo, tem uma aplicaçãoespecial, e dimensões sociais e econômicassignificativamente diferentes, em países de baixarenda. Neles, os princípios básicos de cidades maisverdes podem guiar um desenvolvimento urbanoque assegure segurança alimentar, trabalho e rendadecente, um meio ambiente limpo e boagovernança para todos os cidadãos.

Um ponto de partida para criar cidades maisverdes é reconhecer e integrar às políticas eplanejamento urbano muitas das soluções criativasque os pobres urbanos desenvolveram parafortalecer suas comunidades e melhorar sua vida.Uma dessas soluções – aspecto essencial doplanejamento de cidades verdes nos paísesdesenvolvidos e num crescente número de paísesem desenvolvimento – é a horticultura urbana eperiurbana.

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 3

Não é novidade: a cidade inca de Machu Picchuno Peru incluía uma área residencial e uma zona

de terraços intensamente cultivados.

A promessade cidades

mais verdesUm desenvolvimento urbanoque proporciona segurançaalimentar, trabalho e renda

decente, meio ambientelimpo e boa governança para

todos os cidadãos.

Page 6: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

4 CRIAR CIDADES MAIS VERDES

Ahorticultura urbana e periurbana(HUP) é o cultivo de uma grandevariedade de lavouras, como frutas,hortaliças, raízes, tubérculos e plantas

ornamentais, nas cidades e zonas circundantes. Estima-se que 130 milhões de habitantes urbanos

na África e 230 milhões na América Latinapraticam a agricultura, sobretudo horticultura,para fornecer alimentos a suas famílias ou obterrenda com a venda dos produtos.

Embora a população urbana pobre, emparticular os que chegam das zonas rurais, pratiquea horticultura há muito tempo como meio desubsistência e estratégia de sobrevivência, em muitospaíses este setor é em grande parte informal,usualmente precário e às vezes ilegal.

Mas isso está mudando rapidamente. Na últimadécada, os governos de 20 países buscaram a ajudada FAO para eliminar obstáculos e proporcionarincentivos, insumos e capacitação a “agricultoresurbanos” de baixa renda, das metrópoles emexpansão da África Ocidental e Central até osbairros de baixa renda de Manágua, Caracas eBogotá.

Através de projetos multidisciplinares* a FAO temajudado governos e administrações urbanas aotimizar políticas, quadros institucionais e serviçosde apoio à HUP, e a melhorar os sistemas deprodução hortícola. Promoveu a horticultura

comercial de irrigação nas periferias urbanas,simples micro-hortas hidropônicas em favelas etelhados verdes no centro de cidades densamentepovoadas.

O programa da FAO e iniciativas semelhantes deorganizações parceiras demonstram que ahorticultura ajuda a emancipar os setores pobres dapopulação urbana e fortalece sua segurançaalimentar e sua nutrição. Mas também pode ajudara criar cidades mais verdes que podem enfrentarmelhor os desafios sociais e ambientais, desde omelhoramento das favelas e a gestão dos resíduosurbanos até a criação de empregos e odesenvolvimento comunitário.

* Projetos de fomento da HUP com assistência da FAO receberamfinanciamento da Bélgica, Canadá, Colômbia, Espanha, França, Itália,Noruega e Venezuela.

Como a horticultura ajudaa criar cidades mais verdes

Page 7: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

Segurança alimentar significa que as pessoaspodem produzir suficientes alimentos, oucomprá-los, para satisfazer suasnecessidades diárias a fim de levar uma

vida ativa e saudável. Em muitas das cidades emdesenvolvimento do século 21 todas estascondições da segurança alimentar estão ameaçadas.

As famílias urbanas pobres gastam até 80% desua renda em alimentos, o que as torna muitovulneráveis quando os preços dos alimentos sobemou sua renda diminui. A FAO estima que, após ainflação mundial dos preços dos alimentos de2007–2008 e a recessão econômica subsequente, onúmero de pessoas que sofrem de fome crônica nomundo aumentou pelo menos 100 milhões, paramais de 1 bilhão de pessoas. O maior aumentoocorreu entre a população urbana pobre, asmulheres e as crianças.

O acesso a alimentos nutritivos é uma dimensãoessencial da segurança alimentar. Na África e naÁsia, as famílias urbanas gastam até 50% de seuorçamento alimentar em produtos preparadosbaratos, muitas vezes carentes das vitaminas eminerais essenciais para a saúde. Um estudo revelouque a falta de vitamina A, causa da cegueira, eramais aguda entre os habitantes dos bairros pobresde Dhaka do que entre os grupos rurais pobres.

As frutas e hortaliças são as fontes naturais quetêm maior abundância de micronutrientes, mas nos

países em desenvolvimento o consumo diário defruta e hortaliças é apenas de 20% a 50% dorecomendado pela FAO e a Organização Mundialda Saúde (OMS). As refeições urbanas baratas, ricasem gorduras e açúcares, também são responsáveispelo aumento da obesidade e sobrepeso. Na Índia,as doenças crônicas relacionadas à alimentação,como a diabetes, são um problema de saúde cadavez maior, sobretudo nas zonas urbanas.

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 5

Segurança alimentar e nutricionalO cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos frescos e nutritivos e melhora o acesso econômico dos pobres aos alimentos.

Figura 3. Número de desnutridos, 1969-71 a 2009O maior aumento ocorreu entre pobres urbanos,mulheres e crianças.

Font

e:FA

O

1969-71880 MILHÕES

1979-81850 MILHÕES

1995-97820 MILHÕES

20091 020 MILHÕES

2008914 MILHÕES

2004-06876 MILHÕES

2000-02853 MILHÕES

1990-92847 MILHÕES

Page 8: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

A horticultura urbana e periurbana ajuda ascidades em desenvolvimento a enfrentar essesdesafios. Primeiro, contribui para o fornecimentode produtos frescos, nutritivos e disponíveis o anotodo. Segundo, melhora o acesso econômico dospobres aos alimentos quando a produção familiarde frutas e hortaliças reduz os gastos com alimentose quando os produtores obtêm renda com as vendas(veja Meios de subsistência sustentáveis, página 8).

Segurança alimentar urbana. A horticulturaintensiva nas periferias urbanas faz sentido. Mas, àmedida que as cidades crescem, perdem-se valiosas

6 CRIAR CIDADES MAIS VERDES

terras agrícolas para a construção de casas,indústria e infraestrutura (a expansão de Accraabsorve cerca de 2.600 hectares de terras agrícolas acada ano). Resultado: a produção de alimentosfrescos está sendo empurrada para as áreas rurais.O custo do transporte, empacotamento erefrigeração, o mau estado das estradas rurais e asvultosas perdas em trânsito aumentam a escassez eo custo de frutas e hortaliças nos mercadosurbanos.

Por isso, a China integra a produção de alimentosao desenvolvimento urbano desde os anos 1960.Hoje, mais de metade das hortaliças consumidasem Pequim vem das próprias hortas da cidade ecustam menos que os produtos transportados deáreas mais distantes. A horticultura em Hanói eseus arredores produz mais de 150.000 toneladas defrutas e hortaliças por ano. Em Cuba, que promovea HUP intensiva desde o início dos anos 1990, osetor responde por 60% da produção hortícola – e oconsumo per capita de frutas e hortaliças doscubanos excede o mínimo recomendado pelaFAO/OMS.

À medida que a urbanização se acelera na ÁfricaSubsaariana, muitos países estão procurandodesenvolver sua própria horticultura comercial paraassegurar a segurança alimentar urbana. Muitasvezes o primeiro passo consiste em legalizar eproteger pequenas hortas que surgiram semplanejamento ou licença.

Na República Democrática do Congo, porexemplo, a FAO prestou assessoria sobre medidaspara regularizar títulos de 1.600 ha de hortascuidadas por cerca de 20.000 produtores em cincocidades. O projeto introduziu variedadesmelhoradas de hortaliças e instalou ou melhorou

100

200

300

400*

Figura 4. Consumo diário de frutas e hortaliças em países selecionados da América Latina e Caribe, 2005 (gramas/pessoa/dia)Que país promove a horticultura urbana intensivadesde o início dos anos 1990?

Bolívia Colômbia Cuba Guatemala Haiti Honduras Jamaica Nicarágua Peru

*mínimo recomendado pela FAO/OMS

Font

e:FA

O

Page 9: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

40 estruturas de irrigação, que estenderam adisponibilidade de água, e a produção, durante todoo ano.

Para assegurar a qualidade e segurança dosprodutos, 450 associações de produtores receberamcapacitação em boas práticas agrícolas, inclusive ouso de fertilizantes orgânicos e biopesticidas.Hortas comerciais na capital, Kinshasa, agoraproduzem cerca de 75.000 a 85.000 toneladas dehortaliças por ano, ou 65% do abastecimento dacidade.

Segurança alimentar familiar. O programa deHUP da FAO também promove hortas domésticas,escolares e comunitárias, onde os pobres urbanoscultivam suas próprias frutas e hortaliças e ganhamdinheiro com a venda do excedente. No EstadoPlurinacional da Bolívia, a FAO ajudou a introduzirestufas comunitárias e micro-hortas no municípiode El Alto, onde 70% dos moradores vivem emsituação de pobreza e 40% das crianças com menosde cinco anos são desnutridas.

Cerca de 1.500 famílias foram capacitadas paracultivar uma ampla variedade de hortaliças, ervas,plantas medicinais e frutas em pequenas estufas debaixo custo. O resultado foi uma melhora geral nanutrição infantil e poupança familiar (em média30 dólares por mês), gasta na compra de ovos ecarne. Benef ícios semelhantes foram observados

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 7

em Caracas depois que o governo instalou4.000 micro-hortas nos bairros pobres da cidade.No Equador, micro-hortas em 54 centros dedesenvolvimento infantil alimentam 2.500 criançase as vendas geram renda suficiente para se tornaremautossustentáveis.

A FAO ajudou mulheres em bairros pobres deDakar a iniciar micro-hortas em seus quintais,pátios e lajes. Por metro quadrado, as hortasproduzem por ano até 30 kg de tomates, alface efeijão, duplicando o consumo de hortaliças pelasfamílias participantes.

As hortas escolares são um meio comprovado depromover a nutrição infantil. Elas familiarizam ascrianças com a horticultura, fornecem frutas ehortaliças frescas para refeições escolares saudáveis,ajudam os professores a desenvolver cursos denutrição e, quando replicadas em casa, melhoram anutrição familiar. Nos últimos 10 anos, a FAOforneceu ferramentas, sementes e capacitação paraestabelecer milhares de hortas escolares em mais de30 países.

Na Bolívia, a FAO ajuda a capacitarmoradores pobres para que cultivem frutas e hortaliças em estufas de baixo custo.

Page 10: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

8 CRIAR CIDADES MAIS VERDES

Meios de subsistência sustentáveisA horticultura urbana e periurbana proporciona meios de subsistência resistentes a crises econômicas e aumentos nos preços dos alimentos e contribui para o desenvolvimentoeconômico das cidades.

via de saída da pobreza. Tem baixos custos iniciais,ciclos de produção curtos e altos rendimentos porunidade de tempo e unidade de terra e água. Seusprodutos têm alto valor comercial. Por fazer usointenso da mão de obra, a horticultura criaempregos, particularmente para os recém-chegadosdas áreas rurais.

Dos 800 milhões de pessoas que se dedicam àagricultura urbana e periurbana em todo o mundo,200 milhões produzem para o mercado eempregam 150 milhões de pessoas em tempointegral. O setor proporciona diretamente cerca de117.000 empregos em Havana e renda para 150.000famílias, ou 24% de todas as famílias, em Hanói. A

AOrganização Internacional do Trabalhoestima que 180 milhões de habitantesurbanos dos países em desenvolvimentoestão desempregados e outros 550

milhões ganham apenas o suficiente para sobreviverna economia informal. Nos próximos 10 anos,quase 500 milhões de pessoas, muitas delas dasáreas rurais, ingressarão no mercado de trabalho. Amenos que os países em desenvolvimento criemmais oportunidades de trabalho decente eprodutivo, o número de desempregados etrabalhadores pobres poderá chegar a 45% dapopulação urbana em 2020.

A horticultura urbana e periurbana oferece uma

Figura 5. População com renda abaixo da linha nacional de pobreza, 2005 (milhões)Em 2020, a proporção da população urbana pobre pode chegar a 45%.

Fonte: Banco Mundial

África SubsaarianaPopulação total 764,3População abaixo da linha nacional de pobreza557,2

Norte da África e Oriente MédioPopulação total406,5População abaixo da linhanacional de pobreza68,6

Sul da ÁsiaPopulação total1 497,2População abaixo dalinha nacional de pobreza1 093

Leste da Ásia e PacíficoPopulação total1 554,3População abaixo dalinha nacional de pobreza601,5

América Latina e CaribePopulação total556,5População abaixo dalinha nacional de pobreza95,1

Page 11: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

FAO calcula que o programa de HUP na RepúblicaDemocrática do Congo criou cerca de 40 empregospor cada hectare cultivado, ou 66.000 empregos,beneficiando indiretamente cerca de 330.000pessoas.

A horticultura pode ser rentável até mesmo empequena escala. Em Dakar, as mulheres mantêm30% das hortaliças cultivadas em suas micro-hortaspara consumo doméstico e vendem o excedente emquiosques familiares, ganhando o equivalente aosalário de um trabalhador. Nas favelas de Lima, asmulheres praticam a HUP a tempo parcial paraganhar renda extra e ainda têm tempo para realizartarefas domésticas e cuidar das crianças.

A FAO encoraja o uso de microcrédito paraajudar os horticultores a expandir a produção einiciar novos empreendimentos. Em Lubumbashi,na República Democrática do Congo, 6.000horticultoras usaram empréstimos para comprarinsumos e equipamento. À medida que sua rendaaumentou, investiram a poupança na criação deanimais, processamento de hortaliças e confecçãode roupas. Os filhos das horticultoras deLubumbashi agora fazem em média três refeiçõespor dia, em comparação com “menos de duas” antesdo projeto.

A cadeia de produtos hortícolas, por ser longa ecomplexa, gera empregos na produção,fornecimento de insumos, comercialização eagregação de valor do produtor ao consumidor.Cerca de 10% da força de trabalho qualificada deHanói está empregada diretamente na agricultura, emilhares de trabalhadores encontram ocupação naprodução de insumos (por exemplo, nos viveiros deplantas) e processamento e distribuição dealimentos. Na Argentina, Brasil e Uruguai, a HUP

criou empregos numa variedade de sistemas decomercialização, inclusive mercados comunitários eentrega de cestas em domicílio.

A HUP pode desempenhar um papel importanteem estratégias de desenvolvimento econômico local(DEL). Nas periferias urbanas e em outras áreascom terras adequadas para a produção agrícola, ahorticultura proporciona um objetivo para osprogramas de DEL, que aproveitam as vantagenscomparativas das áreas locais para promover ocrescimento econômico, emprego e redução dapobreza.

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 9

A cadeia de produtos hortícolas gera empregos na produção,fornecimento de insumos,comercialização e agregação de valor do produtor ao consumidor.

Page 12: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

10 CRIAR CIDADES MAIS VERDES

Meio ambiente seguro e limpoAssociar a gestão de resíduos com a horticultura ajuda a manter limpo o ambiente urbano,reduz os riscos para a saúde e aumenta a produção de alimentos frescos.

água contaminada é a principal causa demortalidade infantil.

O lixo é deixado para apodrecer nas ruas oujogado em aterros, aumentando a contaminação daságuas subterrâneas. As indústrias e o trânsitoproduzem poluição do ar, responsável em Jacartapor um terço de todas as doenças respiratórias. Ospobres urbanos enfrentam outros riscos ambientais:os assentamentos construídos em terras marginaissão vulneráveis a desabamentos e inundações.

A horticultura urbana e periurbana podetransformar os resíduos num recurso produtivo. NaAmérica do Norte, muitas cidades reciclamresíduos orgânicos e os oferecem aos cidadãoscomo adubo composto para as hortas domésticas.Em Adis Abeba, uma empresa privada coletadiariamente cerca de 3,5 toneladas de resíduosorgânicos e os convertem em quase duas toneladasde fertilizantes de alta qualidade. O programanacional de HUP de Cuba proíbe o uso defertilizantes químicos nas cidades e encoraja acompostagem orgânica.

O uso de águas residuais na horticultura é maisproblemático: os patógenos nas hortaliçascultivadas com águas residuais não tratadas podemcausar doenças gastrintestinais e até mesmo cólera.Porém, se tratadas apropriadamente parareutilização agrícola, as águas residuais de fontesdomésticas podem fornecer a maior parte dos

Apoluição em cidades que se expandemrapidamente representa uma sériaameaça à saúde pública. Sem dispor desistemas adequados de esgotos e

estações de tratamento, muitas cidadesdescarregam diariamente no meio ambienteenormes volumes de dejetos humanos e efluentesindustriais. Nas favelas, a diarreia provocada por

ÁfricaSubsaariana

Norte daÁfrica eOrienteMédio

Ásia ePacífico

AméricaLatina

e Caribe

Todas as regiõesem

desenvolvimento

Tratamento de águas residuais

Disposição de resíduos sólidos

Figura 6. Gestão de resíduos urbanos, por região (%)Somente um terço das águasresiduais é tratado nas cidades dos países em desenvolvimento.

Font

e: ON

U-HA

BITA

T

Page 13: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

nutrientes necessários para cultivar árvoresfrutíferas, hortaliças e plantas ornamentais.

Para reduzir o risco de contaminação, a FAOajuda a capacitar horticultores no manuseio segurode águas residuais e seleção de lavouras adequadas.Em Gaza e na Cisjordânia, introduziu unidades detratamento de baixo custo que permitiram aosmoradores irrigar hortas e pomares com as águasdespejadas de cozinhas e chuveiros.

À medida que se intensifica a competição pelaságuas urbanas, a reciclagem das águas residuaispara horticultura precisa ser incorporada aoplanejamento urbano. Uma opção promissora paraas cidades de países em desenvolvimento é a criaçãode tanques de estabilização pouco profundos que

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 11

No Cairo, as casas com hortaliçasplantadas nos telhados são 7°C mais frias que as casas vizinhas.

utilizam algas e bactérias para eliminar patógenos eretêm os nutrientes.

A HUP tem outros benef ícios ambientais. Reduza necessidade de transportar produtos das áreasrurais para as cidades, gerando poupança decombustível, menos emissões de dióxido decarbono e menos poluição do ar. Também reduz atemperatura nas cidades (no Cairo, as casas comhortaliças plantadas nos telhados são 7°C mais friasque as casas vizinhas) e, quando praticada emcinturões verdes, melhora a paisagem e a qualidadede vida dos cidadãos. Na costa árida do Peru, ahorticultura ajudou a “enverdecer” muitosmunicípios.

Os cinturões verdes também estabilizam terrasambientalmente frágeis, como encostas e margensdos rios, e impedem que sejam usadas para aconstrução de moradias inseguras. Em Bogotá,Hanói e São Paulo, hortas municipais ajudam amanter a estrutura e porosidade do solo, o quemelhora a recarga dos aquíferos e reduzescorrimentos, prevenindo desabamentos einundações.

50,5 Resíduos orgânicos

15,5 Papel, vidro, têxteis

9,8 Plástico, metal

14,6 Cinzas, areia

9,6 Outros

Figura 7. Resíduos sólidos produzidos pela cidadede Thiruvananthapuram, Índia (%)Muita matéria-prima. Os resíduos orgânicos podem ser convertidos em aduboscompostos de alta qualidade.

Fonte: Nair e Sridhar, Cleaning up Kerala, Danish Books, Delhi (2005)

Page 14: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

12 CRIAR CIDADES MAIS VERDES

Boa governançaA criação de uma HUP sustentável proporciona um laboratório para enfoques inovadores de desenvolvimento urbano e exemplos de boa governança em ação.

OPrograma das Nações Unidas paraAssentamentos Humanos afirma que a“ingovernabilidade” das áreas urbanasse deve mais a falhas de governança e

planejamento urbano do que ao tamanho da cidadee sugere ações para fortalecer a capacidade dosgovernos locais de planejar o futuro crescimento,bem como governança integrada que melhore acoordenação entre os serviços públicos de todos osníveis.

Em muitos países, a HUP não é reconhecida naspolíticas agrícolas e planejamento urbano. Osprodutores em geral atuam sem licença dasautoridades municipais, ou em terras regidas pelodireito consuetudinário. Por ser oficialmente“invisível”, não recebe assistência pública nemsupervisão. Os agricultores que não têm títulosseguros de suas terras e contam com acessolimitado ou não têm acesso a insumos e serviços deextensão têm pouco incentivo para investir noaumento da produção.

O enfoque que a FAO aplica à horticulturaurbana e periurbana sublinha a necessidade detransformar a HUP numa atividade comercial eprofissional plenamente reconhecida, integrada àsestratégias nacionais de desenvolvimento agrícola,programas de alimentos e nutrição e planejamentourbano.

Na América Latina, Argentina, Brasil e Cuba

adotaram planos e políticas nacionais parapromover ativamente a HUP. O Ministério doDesenvolvimento Social e Combate à Fome doBrasil estabelece diretrizes para a agriculturaurbana. No Egito, a FAO ajudou o governo a lançarum programa de “alimentos verdes de telhadosverdes”, que encoraja os moradores do Cairo acultivar suas próprias hortaliças em canteiros decasca de arroz, areia e musgo.

A República Democrática do Congo criou umaestrutura institucional eficaz para o

Figura 8. Plano Mestre de Kigali (detalhe)Em Ruanda, a cidade de Kigalibuscou a assessoria da FAO sobre medidas destinadas a integrar a HUP ao plano mestrede desenvolvimento municipal.

Page 15: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 13

desenvolvimento nacional da HUP. Comissõesmunicipais presididas pelos prefeitos administram oprocesso de regularização de títulos das terras parahorticultura e integração da HUP ao planejamentourbano, enquanto o serviço nacional de apoio àHUP proporciona assessoria técnica aos produtoresmediante uma rede de escritórios em 11 capitaisprovinciais.

Agora existem programas de agricultura urbanareconhecidos pelo governo na maioria das cidadesda África do Sul. A prefeitura de Cape Townfornece ferramentas, sementes e adubo, além deacesso a capacitação, a grupos de horticultorescomunitários. Nairóbi e Accra criaramdepartamentos municipais de agricultura. EmHanói, uma ampla gama de serviços públicos,inclusive 100 funcionários encarregados da

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasilestabelece diretrizes para a agriculturaurbana.

proteção de plantas e extensão, apoia o prósperosetor de agricultura urbana.

O desenvolvimento da HUP promove umacolaboração mais estreita entre o governo e osdepartamentos municipais. Em Windhoek, a FAOtrabalhou com os ministérios de juventude,governo local e igualdade de gênero num projetopara jovens desempregados. Em Kampala,especialistas em saúde, agricultura e planejamentomunicipal trabalharam juntos na elaboração denovos regulamentos que removeram velhasbarreiras à “agricultura urbana”.

Como parte da estratégia nacional de reduçãoda pobreza da Bolívia, o município de El Alto,próximo a La Paz, lançou um “plano verde” quedestinou 3.700 ha para parques, jardins ehorticultura e criou uma unidade de HUP nodepartamento municipal de meio ambiente. EmRuanda, a cidade de Kigali buscou assessoria daFAO sobre medidas destinadas a integrar a HUPao plano mestre de desenvolvimento municipal.

O centro urbano é uma zona de uso misto similar às zonas de alta densidade, em termos de uso e tamanho dos edifícios, mas com uma concentração de instalações públicas e culturais.

Page 16: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

14 CRIAR CIDADES MAIS VERDES

Comunidades saudáveisPomares e hortas fornecem aos grupos excluídos alimentos, renda, um foco para atividades conjuntas e um canal construtivo para a energia dos jovens.

Fome, pobreza, exploração e desesperançapodem provocar altos índices decriminalidade, prostituição, criançasdesamparadas e abuso de drogas nas

cidades em desenvolvimento. Os jovens sãoparticularmente vulneráveis. Nos países emdesenvolvimento, quase metade da população temmenos de 25 anos; na África Subsaariana, 43% têmmenos de 15 anos. À medida que as altas taxas denascimento e migração rural acrescentaremmilhões à população juvenil na próxima década, afrustração urbana pode atingir o ponto de ebulição.

Ao fornecer alimentos, renda e um foco paraatividades conjuntas, a horticultura urbana eperiurbana ajuda a criar comunidades mais felizes esaudáveis. Integra grupos excluídos e vulneráveis ao

tecido social urbano e oferece um canal construtivopara a energia dos jovens.

Na Colômbia, por exemplo, o programa dehorticultura comunitária “Bogotá sem indiferença”estende os benef ícios da horticultura a ex-combatentes, idosos, presidiárias, deficientes epessoas com HIV/AIDS.

Em Nairóbi, na favela Mathare, jovens queroubavam agora ganham a vida decentementecultivando e vendendo hortaliças em suacomunidade. A renda ajuda a pagar a escolanoturna. Hortas comunitárias em Buenos Aires sãodescritas como “símbolos de vitalidade ecrescimento” em bairros conhecidos pelacriminalidade e pobreza.

ÁfricaMenos de 25 anos590,8

ÁsiaMenos de 25 anos1 837,8

Figura 9. Estrutura etária da população mundial, 2007(milhões)No mundo em desenvolvimento,quase metade da população tem menos de 25 anos.

Page 17: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

Dados sobre cidades do mundo inteirosublinham o impacto positivo da horticulturaurbana e periurbana sobre mulheres, jovens ecrianças. Entre os benef ícios citados pelosparticipantes de um projeto de micro-hortascomunitárias no Senegal encontra-se o intercâmbiosocial entre donas de casa previamente isoladas.

Na periferia da Cidade do México, mulheres quetrabalhavam como empregadas no centro da cidadesaíam de casa às 4 horas e voltavam de noite.Durante sua ausência, seus filhos estavam expostosa gangues de rua. Ao dedicar-se à horticultura, nãosó encontraram uma fonte de subsistência, maspuderam dedicar mais tempo aos seus filhos.

Em Port Elizabeth, África do Sul, onde toda umageração de pais morreu de AIDS, uma ONGestabeleceu hortas escolares e plantações nosquintais para famílias chefiadas por órfãos, emcolaboração com uma clínica de saúde. As avósformaram um círculo social que proporcionacuidados e apoio, e a frequência escolar aumentouem 25%.

CRIAR CIDADES MAIS VERDES 15

Na cidade de Katatura, Namíbia, a FAO ajudouum grupo de horticultores chamado “Hope” aestabelecer um centro de capacitação emhorticultura para outros moradores da comunidade.

A FAO afirma que a horticultura urbana eperiurbana deve ocupar um lugar importante nosesquemas de melhoria das favelas e nos projetos denovos bairros para famílias de baixa renda. Além derenda e alimentos, os pomares e hortas oferecemum ambiente saudável, conexão com a natureza e oprazer de mexer na terra e regar as plantas aoentardecer.

Jovens que antes roubavam agoraganham a vida decentementecultivando e vendendo hortaliças emsua comunidade.

Fonte: Divisão de Estatística das Nações Unidas

América Latina e CaribeMenos de 25 anos269,7

América do Norte, Europa e OceaniaMenos de 25 anos344,2

Page 18: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

Produzido com uma contribuição da Cooperação Belga para o Desenvolvimento. A Bélgica é umaimportante parceira do Programa de Horticultura Urbana e Periurbana da FAO. Forneceu financiamentopara projetos da FAO no Estado Plurinacional da Bolívia, Burundi, República Democrática do Congo,

Côte d’Ivoire e Namíbia e para uma iniciativa global destinada a divulgar lições aprendidas.

Ilustrações do Plano Mestre de Kigali fornecidas por OZ Architecture – www.ozarch.comTexto e desenho: Graeme Thomas e Giulio Sansonetti • Capa: Giancarlo de Pol

Programa de Horticultura Urbana e Periurbana (HUP) da FAO

Para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar os desafios da urbanização maciça e rápida,em 2001 a FAO lançou uma iniciativa multidisciplinar, Alimentos para as Cidades, que visa aassegurar o acesso das populações urbanas a alimentos inócuos e ambientes saudáveis e seguros. O Programa de Horticultura Urbana e Periurbana da FAO é um componente essencial dessainiciativa. Ele ajuda os governos e administrações municipais a otimizar políticas, quadrosinstitucionais e serviços de apoio à HUP, melhorar os sistemas de produção e comercialização e ampliar a cadeia de valor da horticultura.

Contato:Programa de Horticultura Urbana e PeriurbanaDivisão de Produção e Proteção Vegetal (AGP)Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura Viale delle Terme di Caracalla00153 Roma, Itália

e-mail: [email protected]: www.fao.org/ag/agp/greenercities/

Page 19: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos
Page 20: Chief Electronic Publishing Policy and Support Branch ...Segurança alimentar e nutricional O cultivo de frutas e hortaliças nas cidades e seus arredores aumenta a oferta de produtos

Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)Viale delle Terme di Caracalla

00153 Roma, Itália

www.fao.org

Como a horticultura urbana e periurbana contribui para:

de subsistência sustentáveis

I1610P/1/12.11