chave identificação cupins

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Papis Avulsos de ZoologiaMUSEU DE ZOOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULOISSN 0031-1049 PAPIS AVULSOS DE Z OOL ., S. PAULO 40(25): 387-448 28.VI.1999

CHAVE ILUSTRADA PARA IDENTIFICAO DOS GNEROS DE CUPINS (INSECTA: ISOPTERA) QUE OCORREM NO BRASIL R EGINALDO C ONSTANTINO A BSTRACTA key for the identication of the termite genera that occur in Brazil is presented, with illustrations of representatives of all genera. The key is chiey based on the external morphology of soldiers, except for the soldierless Apicotermitinae. A synopsis of all included genera, with number of species, geographical distribution, biological notes, and indication of key taxonomic references is also included, as well as a brief introduction to termites and termite biology.

K EYWORDS: Brazil, identication, Isoptera, key, taxonomy, termites

I NTRODUO Os cupins so insetos sociais da ordem Isoptera, que contm cerca de 2750 espcies descritas no mundo. Mais conhecidos por sua importncia econmica como pragas de madeira e de outros materiais celulsicos, os cupins tambm tm atrado a ateno de muitos cientistas devido ao seu singular sistema social. Alm de provocar considervel dano econmico em reas urbanas e rurais, esses insetos tambm so importantes componentes da fauna de solo de regies tropicais, exercendo papel essencial nos processos de decomposio e de ciclagem de nutrientes. A maioria das espcies de cupins vive nas regies tropicais e subtropicais,1 Departamento

de Zoologia, Universidade de Braslia, 70910-900 Braslia - DF, e-mail: [email protected] Recebido para publicao em 16.VI.1997 e aceito em 10.II.1998.

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com algumas poucas se estendendo at latitudes mais elevadas, raramente alm de 40 norte ou sul. Mais espcies de cupins podem ser encontradas num nico hectare de oresta ou savana tropicais do que em toda a Amrica do Norte (excluindo o Mxico) e Europa juntas. A regio Neotropical a segunda em nmero de espcies conhecidas de cupins, cando atrs apenas da regio Etipica. No entanto, o estudo dos cupins neotropicais se encontra ainda limitado se comparado com os extensivos trabalhos realizados por europeus em vrias partes da frica. O Brasil, com sua vasta extenso territorial e grande diversidade ecolgica, tem uma das termitofaunas mais diversas do mundo, com registro de cerca de 290 espcies. Fauna ainda pouco conhecida, da qual muitas novas espcies e at mesmo novos gneros de cupins foram descritos recentemente. At o nal do sculo XIX, havia apenas uns poucos dados fragmentrios sobre os cupins do Brasil, na maioria coletados por naturalistas europeus. A partir do incio deste sculo, vrios trabalhos importantes foram publicados sobre a fauna de cupins da Amrica do Sul. O trabalho desenvolvido pelo entomlogo italiano Filippo Silvestri (1903) em Mato Grosso, Argentina e Paraguai foi uma contribuio importante ao conhecimento dessa fauna. Logo em seguida, o sueco Nils Holmgren (1906) publicou sua monograa sobre os cupins que estudou na Bolvia e Peru. O trabalho do norte-americano Alfred E. Emerson (1925) sobre os cupins da Guiana considerado um clssico, e inclui a descrio de muitos gneros e espcies que ocorrem no Brasil. Os cupins coletados pela expedio Mulford (Peru, Bolvia e Brasil) foram estudados por outro termitlogo norte-americano, Thomas E. Snyder (1926). O trabalho conduzido pelo brasileiro Renato L. Araujo do incio da dcada de 1950 at o nal da dcada de 1970 foi importante por ter sido o primeiro desenvolvido por cientista nativo da regio, e resultou na importante coleo hoje depositada no Museu de Zoologia da Universidade de So Paulo e vrios trabalhos publicados, inclusive um catlogo (Araujo, 1977). Uma descrio mais detalhada da histria dos estudos sobre cupins na regio pode ser encontrada em Araujo (1970). Outra obra importante mais recente foi a de Mathews (1977), que apresenta muitas informaes taxonmicas e biolgicas sobre os cupins de uma regio de Mato Grosso. Nas ltimas duas dcadas o nmero de termitlogos nativos da regio Neotropical aumentou bastante, principalmente no Brasil, e o conhecimento sobre esse importante grupo de insetos tem avanado mais rapidamente. No entanto, um dos principais obstculos para o rpido desenvolvimento da termitologia neotropical a falta de um slido trabalho taxonmico. O nmero de txons no descritos ainda elevado na regio, e o nmero de revises e mo-

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nograas bastante limitado. A identicao dos cupins neotropicais, mesmo dos gneros, ainda uma tarefa relativamente difcil, e quase sempre depende da boa vontade de alguns poucos especialistas. As nicas chaves recentes disponveis so as de Mill (1983), que se limitam apenas aos soldados de Termitinae e de Nasutitermitinae, e que j esto ultrapassadas devido descrio de novos txons. Alm disso, as chaves de Mill contm poucas ilustraes, o que limita sua utilidade. O objetivo do presente trabalho o de possibilitar a identicao dos gneros de cupins que ocorrem no Brasil, sem a necessidade de mergulhar num emaranhado de literatura antiga em diversas lnguas e muitas vezes difcil de obter. O uso da chave requer apenas conhecimentos bsicos de entomologia. Destina-se tanto a estudantes como a especialistas em diversas reas que necessitem identicar cupins. A identicao das espcies relativamente simples para os poucos gneros que sofreram reviso taxonmica recente, mas difcil na maioria dos casos. A chave aqui apresentada baseada apenas no soldado, exceto para os membros neotropicais da subfamlia Apicotermitinae, todos desprovidos de soldados. A identicao de imagos (alados, rainhas e reis) bem mais complicada, e no possvel ainda produzir uma chave para todos os gneros, mesmo porque os imagos de muitos deles ainda so desconhecidos.

B IOLOGIA DOS C UPINS Informaes detalhadas sobre a biologia dos cupins podem ser encontradas nas revises apresentadas por Krishna & Weesner (1969 e 1970) e por Grass (1982, 1984, 1986). Uma introduo sucinta apresentada abaixo. Os cupins so insetos ortopterides que pertencem a um grupo denominado Dictyoptera, que inclui tambm Blattaria (baratas) e Mantodea (louva-aDeus). No Brasil ocorrem quatro famlias de cupins: Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae. Os Kalotermitidae so cupins considerados primitivos, que so capazes de viver em madeira seca sem contato com o solo e nunca constroem ninhos. Os Rhinotermitidae so na maioria subterrneos e se alimentam de madeira, e alguns deles so pragas importantes. Serritermitidae contm uma nica espcie, Serritermes serrifer, que ocorre apenas no Brasil. A famlia Termitidae bastante diversicada, e compreende cerca de 85% das espcies de cupins conhecidas do Brasil. Dentre os Termitidae, alguns so comedores de madeira, de folhas, de hmus, e tambm cultivadores de fungo (que no ocorrem no Brasil), e muitos constroem ninhos grandes e complexos.

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Todos os cupins so eussociais, possuindo castas estreis (soldados e operrios). Uma colnia tpica contm um casal reprodutor, rei e rainha, que se ocupa apenas de produzir ovos; de inmeros operrios, que executam todo o trabalho e alimentam as outras castas; e de soldados, que so responsveis pela defesa da colnia. Existem tambm reprodutores secundrios (neotnicos, formados a partir de ninfas cujos rgos sexuais amadurecem sem que o desenvolvimento geral se complete), que podem substituir rei e rainha quando esses morrem, e s vezes ocorrem em grande nmero numa mesma colnia. Os membros da famlia Kalotermitidae no possuem operrios verdadeiros, mas esse papel desempenhado por ninfas (pseudo-operrios ou pseudergates) que retm a capacidade de se transformar em alados ou soldados. Para detalhes dessa terminologia, ver Thorne (1996). Existem tambm cupins desprovidos de soldados, como o caso de todos os representantes neotropicais da subfamlia Apicotermitinae. Alguns cupins possuem dois ou trs tipos de soldados, sempre de tamanhos diferentes, e s vezes morfologicamente to distintos que poderiam passar por espcies diferentes. A disperso e fundao de novas colnias geralmente ocorre num determinado perodo do ano, coincidindo com o incio da estao chuvosa. Nessa poca ocorrem as revoadas de alados (chamados popularmente de siriris ou aleluias), dos quais alguns poucos conseguem se acasalar e fundar uma nova colnia. Os cupins so abundantes em quase todos os ecossistemas terrestres encontrados no Brasil. So particularmente evidentes e abundantes no cerrado, onde alguns tipos de termiteiros podem alcanar densidades impressionantes. Na maior parte da Amaznia os cupins tambm apresentam grande diversidade e abundncia, embora no sejam to evidentes quanto no cerrado. Um fenmeno comum a presena de muitas espcies de cupins num mesmo termiteiro, sendo que uma delas responsvel pela construo e as outras, chamadas de inquilinos, ocupam vrias partes do ninho, mas vivendo em galerias separadas. Os inquilinos so geralmente menores que os hospedeiros, e o fato de serem encontrados tambm em ninhos abandonados indica que so atrados pelo ninho e aparentemente no tm nenhuma interao especca com a espcie construtora ou os outros inquilinos. Em alguns ninhos velhos de Cornitermes chegam a ser encontradas mais de 10 espcies de inquilinos. M TODOS Como Coletar Cupins Esses insetos so geralmente coletados manualmente, separados de

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partculas de solo ou madeira com uma pina ou um pincel molhado e preservados em lcool 80%. Uma amostra ideal contm cerca de 20 a 30 indivduos de cada casta presente (soldados, operrios, alados), todos de uma mesma colnia. A amostra deve ser limpa, sem a presena de solo ou fragmentos de madeira. O lcool deve ser trocado alguns dias depois da coleta, especialmente se o volume de cupins no frasco for muito grande. Deve-se evitar a mistura de indivduos de colnias diferentes e de espcies diferentes num mesmo frasco. tambm importante etiquetar o material e incluir o mximo possvel de informaes. As etiquetas devem ser escritas a lpis ou com tinta resistente ao lcool (tinta nanquim sobre papel vegetal funciona bem), e devem ser colocadas dentro do frasco. Etiquetas coladas no exterior do frasco so perdidas com facilidade. Um exemplo de como organizar as informaes na etiqueta: Brasil: DF Braslia Fazenda gua Limpa - cerrado 20.III.1996 J. Silva col. Onde col. indica que J. Silva coletou o material; 20.III.1996 a data de coleta, sendo recomendado o uso de algarismos romanos para o ms para evitar confuso com outros formatos de data em que o ms vem antes do dia. tambm interessante incluir alguma informao sobre o local em que o material foi coletado, e se for habitat natural, qual o tipo de vegetao. Se possvel, devem tambm ser includos: descrio do ninho, notas biolgicas e, se for o caso, notas sobre dano econmico. No caso de localidades pequenas e difceis de localizar num mapa, deve ser includa alguma referncia que permita sua localizao, ou, se possvel, as coordenadas geogrcas. Informaes adicionais podem ser mantidas num caderno de campo, se a amostra for numerada de modo a que essa informao possa ser recuperada. Um mtodo prtico de numerao o de usar as iniciais do coletor, o ano de coleta e o nmero seqencial para aquele ano. Por exemplo, JS-96-001 seria a primeira amostra coletada por Jos Silva em 1996. Como Usar a Chave Para usar a chave abaixo necessrio o uso de lupa binocular (microscpio estereoscpico) com capacidade de aumento de at 60X. No caso de cupins muito pequenos pode ser necessrio aumento maior. Uma ocular com retculo micromtrico para medies necessria para algumas partes da chave.

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Outros mtodos de medio tambm podem ser usados, mas este geralmente o mais simples. Os cupins so examinados em placas de Petri com lcool 80%, de preferncia com uma camada de areia lavada de aproximadamente 5mm para facilitar o posicionamento do espcime. Em alguns casos pode ser necessria a disseco do espcime, o que pode ser feito com auxlio de pinas de ponta na, de alnetes entomolgicos e outros instrumentos de disseco. No caso de cupins muito pequenos e da disseco da vlvula entrica, o ideal o uso de estiletes feitos com micro-alnetes entomolgicos. A terminologia usada na chave de identicao est indicada nas Figs. 1-3 e 159-162. Na maioria dos casos corresponde prtica usual em entomologia, mas alguns termos so especcos para cupins. Para plos, cerdas, espores e espinhos so usadas as seguintes denies: cerdas so plos com base grossa e conspcua; plos microscpicos so muito curtos e nos e s visveis com aumentos maiores que 50X; espores so curtos e mais grossos que as cerdas, com articulao na base; espinhos so projees cnicas da cutcula, muito maiores que as cerdas e sem articulao na base. De acordo com Snodgrass (1935), plos e cerdas so estruturas unicelulares; espores e espinhos so estruturas multicelulares, com e sem articulao na base, respectivamente. Existe muita confuso na literatura a respeito dessa terminologia e alguns autores usam o termo espinhos para cerdas grossas e curtas que ocorrem nas pernas de alguns cupins. A frmula dos espores da tbia representada no formato n:n:n, onde n o nmero de espores nas tbias anterior, mdia e posterior, respectivamente. Valores comuns so: 3:3:3, 3:2:2 e 2:2:2. No caso dos operrios, o termo fontanela refere-se a uma pequena rea circular ou ovalada, geralmente de colorao mais clara, presente no topo da cabea (Fig. 154). O exame do tubo digestivo para identicao de Apicotermitinae pode ser feito sem disseco, j que a parede do abdome transparente. Para melhor visualizao, o mesmo pode ser dissecado com auxlio de pinas de ponta na, numa placa de Petri com lcool 80%. Para exame da vlvula entrica, o segmento em que essa se encontra deve ser removido cuidadosamente, com pinas de ponta na. O contedo intestinal pode ser eliminado pressionandose suavemente o segmento repetidas vezes com pina ou estilete. Na maioria dos casos, melhor abrir a vlvula atravs de um corte longitudinal, o que pode ser feito introduzindo um estilete de micro-alnete no lmen da vlvula, e pressionando-o contra o vidro da placa de Petri. A vlvula pode ento ser montada numa lmina temporria com glicerina ou Hoyers1 para ser examinada ao microscpio. Essa disseco exige pacincia e treinamento, e qualquer1 Misturar

50ml de gua destilada, 30g de goma arbica (cristais ou p), 200g de hidrato de cloral e 20 ml de glicerina. Filtrar antes do uso.

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movimento em falso pode arruinar o espcime. Em geral isso no necessrio para o uso da chave, mas pode ser til para conrmar a identicao. Na chave, os gneros ou famlias considerados raros ou difceis de coletar e que raramente seriam encontrados por uma pessoa no treinada esto marcados com um asterisco (*). Os gneros muito raros, alguns conhecidos apenas da srie tipo, so marcados com dois asteriscos (**). Essa chave foi testada por muitas pessoas, vrias delas sem nenhuma experincia anterior com cupins. Funcionou bem na maioria dos casos, mas algumas pessoas encontram mais diculdade que outras no reconhecimento de estruturas morfolgicas e nas comparaes. O importante ter pacincia, dominar a terminologia empregada e se familiarizar um pouco com a chave antes de tentar identicar grande volume de material. A comparao com as ilustraes facilita muito a identicao, mas no se deve esperar que o material em estudo seja idntico gura, porque a espcie ilustrada tem grande chance de ser diferente da que est sendo examinada. Cabe ressaltar que nenhuma chave infalvel e por vrias razes possvel que no funcione para casos especcos, como espcies novas.

Identicao das Espcies A identicao das espcies depende de acesso a uma extensa bibliograa, e, na maioria dos casos, de comparao com material determinado. Pode ser feita com relativa facilidade para os poucos gneros com revises recentes, indicadas abaixo. Os catlogos so ferramentas essenciais ao trabalho de identicao das espcies (Araujo, 1977; Constantino, no prelo). A identicao com chave deve ser sempre seguida de meticulosa comparao com a melhor descrio disponvel, e, se possvel, o material deve ser comparado com espcimes determinados. Mesmo no caso de gneros com uma nica espcie descrita, o material deve ser cuidadosamente comparado com as respectivas descries, pois pode tratar-se de espcie nova. Deve-se tomar cuidado com cupins parasitados, que so geralmente menores que o normal e podem apresentar grande diferena morfolgica em relao aos indivduos normais. O mesmo se aplica a cupins de colnias jovens, que so menores e s vezes morfologicamente distintos dos de colnias mais velhas. O material a ser identicado pode tambm ser enviado a especialistas, mas deve-se considerar que existem poucas pessoas no mundo todo capazes de identicar cupins, e que essas no podem dedicar muito do seu tempo a identicaes de rotina, j que so professores ou pesquisadores com outras atribuies.

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Papis Avulsos de Zoologia S INOPSE DOS G NEROS

Os gneros de cupins que ocorrem no Brasil esto relacionados abaixo, com informaes sobre sua distribuio geogrca e biologia. So tambm indicadas referncias de chaves e trabalhos de reviso, quando existentes. O nmero de espcies registradas para o Brasil est indicado entre colchetes. No entanto, importante lembrar que para a maioria dos gneros existem vrias espcies que ocorrem no Brasil e que ainda no foram registradas na literatura, vrias delas espcies novas. Assim, o nmero real de espcies por gnero pode ser maior que o indicado. Alm disso, outros gneros alm dos listados abaixo podem eventualmente ser encontrados no Brasil. Os gneros Comatermes e Proneotermes ocorrem em pases vizinhos e talvez tambm ocorram no Brasil. Reticulitermes lucifugus, uma espcie originria do Mediterrneo, foi introduzida no Uruguai e possvel que entre no Brasil, especialmente nos estados do sul do pas. Existe tambm alguma chance de que novos gneros venham a ser descobertos no pas, j que trs foram descritos de 1990 at o presente (Anhangatermes, Ereymatermes e Macuxitermes). Os dados sobre biologia e hbitos alimentares so, na maioria dos casos, baseados em observaes ocasionais ou inferncia a partir da morfologia das mandbulas de operrios, e esto sujeitos a conrmao.

Famlia Kalotermitidae [28 spp.] Biologia: Todos os Kalotermitidae vivem dentro de madeira, sem necessidade de contato com o solo, e nunca constroem ninhos. Devido a isso, o habitat natural da maioria das espcies orestal, mas podem tambm ser encontrados em vegetao aberta (por exemplo cerrado), desde que haja presena de rvores e madeira. Algumas espcies, particularmente do gnero Cryptotermes, so pragas cosmopolitas de madeira, comumente encontradas em reas urbanas. Reviso dos gneros: Krishna (1961), incluindo uma chave para todos os gneros da famlia, tanto para soldados como alados.

Calcaritermes Snyder [2 spp.] Distribuio: Amricas do Norte, Central e do Sul. No Brasil, uma espcie registrada para a Amaznia (C. nigriceps) e outra para a regio costeira do Nordeste ao Sudeste (C. rioensis).

Vol. 40(25), 1999 Cryptotermes Banks [4 spp.]

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Distribuio: Cosmopolita. Vrias espcies introduzidas pelo homem em vrias regies. Trs espcies que ocorrem no Brasil (C. brevis, C. dudleyi e C. havilandi) foram introduzidas e so pragas urbanas. O registro de Cryptotermes cubicoceps como praga urbana na Amaznia brasileira ainda precisa ser conrmado. Reviso: Bacchus (1987). Eucryptotermes Holmgren [2 sp.] Distribuio: A nica espcie descrita do gnero (E. wheeleri) ocorre de Santa Catarina at o Rio de Janeiro. Uma segunda espcie, ainda no descrita, foi recentemente encontrada na Amaznia. Glyptotermes Froggatt [4 spp.] Distribuio: Pantropical. Quatro espcies foram registradas para o Brasil, duas na Amaznia (G. perparvus e G. pellucidus), uma conhecida apenas do Rio de Janeiro (G. sicki) e a outra de So Paulo e Santa Catarina (G. canellae). Incisitermes Krishna [1 sp.] Distribuio: Regies Nertica, Neotropical e Oriental. No Brasil esse gnero est registrado para a Amaznia, mas a espcie ainda no foi identicada. Neotermes Holmgren [9 spp.] Distribuio: Pantropical. Ocorre em todas as regies do Brasil. Rugitermes Holmgren [4 spp.] Distribuio: Neotropical, exceto por uma espcie da Polinsia. As quatro espcies conhecidas do Brasil ocorrem nas regies Sul e Sudeste. Tauritermes Krishna [2 spp.] Distribuio: Restrito poro sul da Amrica do Sul, com uma espcie da Argentina e duas do Brasil, uma conhecida de Mato Grosso do Sul (T. taurocephalus) e outra de Santa Catarina (T. vitulus).

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Papis Avulsos de Zoologia Famlia Rhinotermitidae [13 spp.] Acorhinotermes Emerson [?]

Distribuio: Registrado apenas para a Guiana, com apenas uma espcie descrita (A. subfuscipes), mas muito provvel que ocorra tambm na Amaznia brasileira e por isso esse gnero foi includo na chave. Biologia: Similar de Dolichorhinotermes e Rhinotermes. Coptotermes Wasmann [2 spp.] Distribuio: Pantropical, com vrias espcies introduzidas pelo homem. Das duas espcies conhecidas no Brasil, uma nativa e comum na Amaznia (C. testaceus), e a outra foi introduzida na regio Sudeste do Brasil e importante praga urbana (C. havilandi). Existe tambm um registro duvidoso de C. niger, espcie da Amrica Central, na Amaznia brasileira. A distribuio de C. havilandi no bem conhecida, mas provavelmente ocorre em outras partes do Brasil tambm. Biologia: C. testaceus vive em orestas, nidicando em madeira, s vezes depositando argila na parte externa, mas nunca constri ninho. Dolichorhinotermes Emerson [2 spp.] Distribuio: Neotropical. No Brasil ocorrem apenas na Amaznia sendo D. longilabius a espcie mais comum. D. japuraensis conhecida apenas de uma localidade. A ocorrncia de D. latilabrum como praga urbana na Amaznia, registrada na literatura, duvidosa. Biologia: Todas as espcies vivem em orestas, sendo encontradas em madeira. No constroem ninhos. Glossotermes Emerson [1] Distribuio: At recentemente conhecido apenas de uma espcie da Guiana. Recentemente registrado no Estado do Amazonas. Biologia: Encontrado em oresta, mas sua biologia pouco conhecida. Heterotermes Froggatt [4 spp.] Distribuio: Pantropical. Ocorre em todas as regies do Brasil. Biologia: Vivem em vrios tipos de habitats, em madeira ou em ninhos difusos no solo. Algumas espcies so consideradas pragas.

Vol. 40(25), 1999 Rhinotermes Hagen [4 spp.]

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Distribuio: Norte da Amrica do Sul, principalmente Amaznia, com alguns registros isolados em matas de galeria do Brasil Central. Biologia: Habitam orestas da Amaznia, alimentando-se de madeira semidecomposta. No constroem ninhos.

Famlia Serritermitidae Serritermes Wasmann [1 sp.] Distribuio: S. serrifer ocorre em boa parte da regio dos cerrados do Brasil, inclusive em algumas savanas amaznicas. Reviso: Emerson & Krishna (1975). Biologia: Encontrado apenas como inquilino em ninhos construdos por espcies de Cornitermes, onde aparentemente se alimenta de matria orgnica das paredes do ninho.

Famlia Termitidae [246 spp.] Subfamlia Apicotermitinae [15 spp.] Anoplotermes Fr. Mller [8 spp.] Distribuio: Neotropical. Ocorre em todas as regies do Brasil. Biologia: Ocorre em vrios tipos de habitats. A maioria das espcies vive em galerias difusas no solo, alimentando-se de matria orgnica em decomposio. Algumas espcies constroem ninhos epgeos e umas poucas constroem ninhos arborcolas. Nota: Anoplotermes um gnero bastante heterogneo e pouco conhecido, o qual dever ser dividido em vrios outros gneros quando esse grupo for melhor estudado. A reviso das espcies africanas desse grupo, todas previamente includas em Anoplotermes, resultou na descrio de 16 novos gneros e de vrias dezenas de espcies novas, e esperado resultado semelhante quando a fauna neotropical for revisada. Atualmente, Anoplotermes sensu lato corresponde a todo cupim sem soldados que no se enquadre nos outros gneros descritos do grupo.

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Papis Avulsos de Zoologia Aparatermes Fontes [1 spp.]

Distribuio: A nica espcie descrita do gnero, A. abbreviatus, registrada na literatura apenas para a Argentina, mas o gnero certamente ocorre no Brasil, provavelmente com vrias espcies no descritas. Grigiotermes Mathews [2 spp.] Distribuio: As duas espcies conhecidas ocorrem no cerrado do Brasil Central e Sudeste. Biologia: Encontrados em ninhos de Cornitermes ou outros cupins, mas podem tambm construir ninho epgeo de barro. Alimentam-se de hmus, ingerindo grande quantidade de solo. Ruptitermes Mathews [3 spp.] Distribuio: Neotropical. Ocorre em todas as regies do Brasil. Biologia: A maioria das espcies parece ser especializada em comer folhas da serapilheira na superfcie do solo. Os operrios so mais esclerotizados e pigmentados do que os outros cupins sem soldados. A maioria vive no solo ou em ninhos construdos por outros cupins, mas R. arboreus constri ninho arborcola cartonado. Nota: Muitas espcies no descritas ocorrem no Brasil. Tetimatermes Fontes [1 sp.] Distribuio: A nica espcie descrita conhecida apenas do estado de So Paulo, mas o gnero (espcie ainda indeterminada) foi tambm registrado para uma savana da Amaznia. Biologia: Vive no solo ou em ninhos construdos por outros cupins. Hbitos pouco conhecidos. O operrio tem a peculiaridade da tbia anterior em forma de colher, sugerindo adaptao para cavar o solo. Subfamlia Nasutitermitinae [171 spp.] Agnathotermes Snyder [2 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. No Brasil, ocorre da Amaznia at o Sudeste. Biologia: Encontrados no solo ou em ninhos construdos por outros cupins. Alimentam-se de matria orgnica em decomposio.

Vol. 40(25), 1999 Angularitermes Emerson [5 spp.]

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Distribuio: Amrica do Sul. Ocorrem na Amaznia e no Cerrado. Biologia: Encontrados em oresta e em cerrado, no solo ou em ninhos construdos por outros cupins. Alimentam-se de hmus. Anhangatermes Constantino [1 sp.] Distribuio: Amaznia brasileira. Biologia: Vive em oresta, e foi encontrado apenas no solo. Alimenta-se de hmus. Araujotermes Fontes [3 spp.] Distribuio: Neotropical. Duas espcies ocorrem na Amaznia (A. nanus e A. parvellus) e a outra na regio costeira do Sul e Sudeste (A. caissara). Biologia: Vivem em oresta, encontrados no solo ou em ninhos de outros cupins. Alimentam-se de hmus. Armitermes Wasmann [9 spp.]Distribuio: Neotropical. Ocorrem na maior parte do Brasil, exceto na regio Sul.

Biologia: Vivem tanto em orestas como no cerrado e outros tipos de vegetao aberta. O ninho pode ser tanto arborcola (A. holmgreni, da Amaznia), epgeo (A. euamignathus, do Cerrado) ou subterrneo. Alimentam-se de madeira em vrios estgios de decomposio e de matria orgnica semi-decomposta em geral. Atlantitermes Fontes [7 spp.] Distribuio: Neotropical. Quatro espcies ocorrem na Amaznia, duas na regio costeira de So Paulo, e uma no cerrado de Minas Gerais. Biologia: Vivem tanto em oresta como em cerrado, encontrados no solo ou em ninhos de outros cupins. Alimentam-se de matria orgnica semi-decomposta. Chave para espcies: Constantino & DeSouza (no prelo). Caetetermes Fontes [1 sp.] Distribuio: Amaznia. Biologia: Vive em oresta. Ninho provavelmente subterrneo, alimentando-se de madeira semi-decomposta.

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Papis Avulsos de Zoologia Coatitermes Fontes [2 spp.]

Distribuio: Neotropical. No Brasil ocorrem na regio amaznica. Biologia: Vivem em orestas, alimentando-se de madeira em decomposio. Coendutermes Fontes [1 sp.] Distribuio: Amaznia. Biologia: Pouco conhecida. Encontrado em ninhos de outros cupins. Constrictotermes Holmgren [3 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. Uma espcie ocorre no norte e oeste da Amaznia brasileira (C. cavifrons), outra no cerrado (C. cyphergaster) e uma terceira (C. rupestris) foi recentemente descoberta nos campos rupestres da regio de Serra da Mesa - GO. Biologia: A trs espcies constroem ninhos caractersticos, facilmente identicados, sendo os de C. cavifrons e C. cyphergaster arborcolas e o de C. rupestris sobre pedras. Excepcionalmente C. cyphergaster pode construir ninhos epgeos. Hbitos alimentares pouco conhecidos. Convexitermes Holmgren [3 spp.] Distribuio: Norte da Amrica do Sul. Ocorre em toda a Amaznia brasileira. Biologia: Encontrados em oresta, no solo ou em ninhos de outros cupins, alimentando-se de matria orgnica em decomposio. Cornitermes Wasmann [10 spp.] Distribuio: Neotropical. Ocorre em todo o Brasil. Biologia: Encontrado em vrios tipos de habitats, incluindo oresta, cerrado, campos e pastagens. Vrias espcies constroem ninho epgeo caracterstico, enquanto algumas so subterrneas. Reviso: Emerson (1952); Cancello (1989). Cortaritermes Mathews [1 sp.] Distribuio: A nica espcie do gnero (C. silvestrii) ocorre apenas na regio dos cerrados do Brasil. Biologia: Vive em reas de campos midos, alimentando-se de gramneas. Constri pequeno ninho cartonado de forma arredondada.

Vol. 40(25), 1999 Curvitermes Holmgren [2 spp.]

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Distribuio: Amrica do Sul. Das duas espcies, uma ocorre apenas no cerrado do Brasil central (C. minor) enquanto a outra ocorre tanto na Amaznia como no Cerrado (C. odontognathus). Biologia: Vive no solo ou em ninhos de outros cupins, alimentando-se de matria orgnica semi-decomposta. Cyranotermes Araujo [3 spp.] Distribuio: Endmico do Brasil, com duas espcies da Amaznia (C. caete e C. glaber) e uma do cerrado (C. timuassu). Biologia: As duas espcies da Amaznia vivem em ninhos subterrneos a alguns centmetros de profundidade em reas de oresta. C. timuassu constri ninho semelhante no interior de termiteiros de Cornitermes no cerrado. O ninho muito caracterstico, constitudo de vrias cmaras pequenas de barro, aproximadamente esfricas, interligadas por tneis. Alimentam-se de hmus. Chave para espcies: Constantino (1990). Cyrilliotermes Fontes [5 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. Trs espcies ocorrem na Amaznia (C. angulariceps, C. cashassa e C. jaci) e duas no Cerrado (C. cupim e C. strictinasus). Biologia: Encontrados tanto em oresta como em cerrado e campos, vivem no solo ou em ninhos de outros cupins. Alimentam-se de hmus. Chave para espcies: Fontes (1985). Diversitermes Holmgren [3 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. Uma espcie ocorre na Amaznia (D. aporeticus), uma no Cerrado (D. diversimiles), e uma na regio Sul (D. castaniceps). Biologia: D. aporeticus vive em orestas, e as duas outras espcies em reas de cerrado ou campo. So encontrados em ninhos de outros cupins, e aparentemente se alimentam de madeira em decomposio. Embiratermes Fontes [8 spp.]Distribuio: Neotropical. Ocorre na maior parte do Brasil, exceto na regio Sul. Biologia: Ocorrem em vrios tipos de hbitats, alimentando-se de matria

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orgnica em decomposio. A maioria das espcies vive no solo ou em ninhos de outros cupins, mas E. neotenicus, espcie muito abundante na Amaznia, constri ninho epgeo. Ereymatermes Constantino [1 sp.] Distribuio: Neotropical. E. rotundiceps conhecido de apenas uma localidade da Amaznia brasileira. Biologia: Encontrado apenas em ninhos construdos por outros cupins, em rea de oresta inundvel. Alimenta-se de matria orgnica em decomposio. Ibitermes Fontes [2 sp.] Distribuio: Gnero endmico do Brasil, com uma espcie conhecida apenas de Minas Gerais (I. curupira) e a outra da Amaznia (I. tellustris). Biologia: Pouco conhecida. Aparentemente vivem no solo e alimentam-se de hmus. Labiotermes Holmgren [5 spp.]Distribuio: Neotropical. Das cinco espcies, duas ocorrem na Amaznia (L. labralis e L. pelliceus) e trs no Cerrado (L. brevilabius, L. longilabius e L. leptothrix). Biologia: Ocorrem tanto em orestas como no cerrado, alimentando-se de matria vegetal semi-decomposta, ingerindo grande quantidade de solo. Os ninhos podem ser totalmente subterrneos (L. pelliceus e L. longilabius), arborcolas (L. labralis), epgeos (L. brevilabius), e em ninhos de outros cupins (L. leptothrix).

Reviso: Emerson & Banks (1965). Macuxitermes Cancello & Bandeira [1 sp.] Distribuio: A nica espcie do gnero (M. triceratops), conhecida apenas de Roraima. Biologia: Pouco conhecida. Encontrado em madeira podre em rea de oresta. Ninho provavelmente subterrneo. Nasutitermes Dudley [47 spp.] Distribuio: Pantropical. Ocorre em todo o Brasil. Biologia: Encontrados em todo tipo de habitat, alimentam-se principalmente de madeira. Os ninhos so geralmente arborcolas e cartonados, mas algumas espcies do cerrado constroem ninhos epgeos.

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Nota: Nasutitermes o gnero de cupins com o maior nmero de espcies no mundo, apresentando maior diversidade justamente na regio neotropical. A taxonomia dos elementos neotropicais desse gnero ainda bastante confusa e a identicao das espcies tende a ser difcil. Reviso: A reviso de Holmgren (1910) a nica disponvel, mas est ultrapassada. Paracornitermes Emerson [5 spp.] Distribuio: Gnero endmico do Brasil, com duas espcies do cerrado do Brasil central (P. laticephalus e P. orthocephalus), duas do Sudeste (P. emersoni e P. hirsutus) e uma de Roraima (P. caapora). Biologia: Geralmente encontrados em ninhos de outros cupins, tanto em cerrado como em oresta. Alimentam-se de matria orgnica semi-decomposta, ingerindo grande quantidade de solo. Parvitermes Emerson [1 sp.] Distribuio: Neotropical. A nica espcie registrada no Brasil (P. bacchanalis) ocorre no cerrado do Brasil central. Biologia: P. bacchanalis vive no solo e sai durante a noite para forragear a cu aberto, alimentando-se de gramneas da serapilheira. tambm encontrado em ninhos de outros cupins. Procornitermes Emerson [5 spp.]Distribuio: Amrica do Sul. Ocorre em boa parte do Brasil, exceto na Amaznia.

Biologia: P. araujoi comum no cerrado do Brasil central e constri ninho epgeo largo e baixo. As outras espcies vivem em ninhos subterrneos. Os ninhos de P. lespesii e P. striatus so muito caractersticos, consistindo de estruturas subterrneas mais ou menos cilndricas feitas de material escuro (argila, saliva e fezes). Alimentam-se de matria orgnica semi-decomposta, folhas e gramneas da serapilheira, sendo tambm encontrados em fezes de herbvoros. Reviso: Cancello (1986). Rhynchotermes Holmgren [5 spp.] Distribuio: Neotropical. Todas as espcies ocorrem no Cerrado. Biologia: De hbitos subterrneos, forrageiam a cu aberto noite, recolhendo fragmentos de gramneas da serapilheira.

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Chave para espcies: Fontes (1985), j desatualizada devido descrio recente de duas espcies. Rotunditermes Holmgren [2 spp.] Distribuio: Amaznia. Biologia: Encontrados apenas em orestas da regio amaznica, constroem ninhos cartonados, geralmente epgeos mas ocasionalmente arborcolas. Aparentemente alimentam-se de razes. Chave para espcies: Fontes & Bandeira (1979). Subulitermes Holmgren [3 spp.] Distribuio: Neotropical. Ocorre em quase todo o Brasil. Biologia: Cupins de pequeno porte que vivem no solo ou em ninhos de outros cupins, e alimentam-se de hmus. Syntermes Holmgren [20 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. Ocorre em todo o Brasil. Biologia: Cupins grandes a muito grandes, que ocorrem em vrios tipos de habitats e se alimentam de folhas e gramneas da serapilheira, que recolhem durante a noite. Os ninhos da maioria das espcies so subterrneos, e j foram encontrados a vrios metros de profundidade. Mas S. wheeleri, espcie comum no cerrado do Brasil central, constri ninho epgeo largo e achatado. Vrias espcies produzem um amontoado de terra solta sobre o ninho, e por isso so chamados de cupim-de-terra-solta. Reviso: Constantino (1995). Triangularitermes Mathews [1 sp.] Distribuio: A nica espcie do gnero (T. triangulariceps) conhecida apenas da Amaznia brasileira. Biologia: Cupins pequenos, que vivem em oresta e que se alimentam de madeira em decomposio. So encontrados tanto em troncos podres como em ninhos de outros cupins. Velocitermes Holmgren [4 spp.] Distribuio: Neotropical. Ocorrem no Cerrado do Brasil central e Sudeste, e tambm em algumas savanas amaznicas.

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Biologia: A maioria das espcies vive em reas de vegetao aberta, e se alimentam de gramneas forrageando a cu aberto, de noite. Os ninhos so geralmente subterrneos, mas s vezes parecem construir pequenas estruturas cartonadas, de consistncia mole. Tm de dois a trs tipos de soldados diferentes, pernas longas e se movimentam com rapidez. Subfamlia Termitinae [60 spp.] Amitermes Silvestri [3 spp.] Distribuio: Pantropical, ocorrendo tambm em regies subtropicais. Das trs espcies registradas para o Brasil, A. excellens ocorre na Amaznia, A. amifer no Cerrado do Brasil central, e A. aporema, nas savanas do Amap. Biologia: A. excellens vive em orestas e constri ninho arborcola caracterstico, alimentando-se de madeira. As outras duas espcies vivem em reas de campo, em ninhos subterrneos, e provavelmente se alimentam de serapilheira. Reviso: Light (1932), ultrapassada. Cavitermes Emerson [4 spp.] Distribuio: Neotropical. Trs espcies ocorrem na Amaznia (C. parvicavus, C. simplicinervis e C. tuberosus), e uma no Cerrado (C. parmae). Biologia: Encontrados em ninhos de outros cupins, alimentam-se de hmus. Cornicapritermes Emerson [1 sp.] Distribuio: Amaznia. Biologia: Pouco conhecida. Encontrado em orestas, provavelmente de hbitos subterrneos. Crepititermes Emerson [1 sp.] Distribuio: Amaznia. Biologia: Cupins pequenos encontrados em termiteiros construdos por outras espcies, em orestas, mas ocasionalmente em outros tipos de habitat. s vezes parecem construir pequeno ninho epgeo de barro. Alimentam-se de hmus. Cylindrotermes Holmgren [2 spp.] Distribuio: Neotropical. As duas espcies registradas para o Brasil ocorrem na Amaznia (C. angiatus e C. parvignathus). Sabe-se que ocorre tambm no

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Esprito Santo, mas a espcie ainda no foi identicada. Biologia: Cupins de oresta encontrados em madeira morta sobre o solo. Aparentemente no constroem ninho. Dentispicotermes Emerson [4 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. Duas espcies ocorrem no Cerrado do Brasil central (D. globicephalus e D. pantanalis), uma no Sudeste (D. conjunctus), e uma conhecida apenas de Roraima (D. cupiporanga). Biologia: Cupins subterrneos, encontrados tambm em termiteiros de outras espcies, e que se alimentam de matria orgnica semi-decomposta. Dihoplotermes Araujo [1 sp.] Distribuio: Gnero endmico do Brasil, com uma nica espcie descrita (D. inusitatus), a qual ocorre no Brasil central e no Sudeste. Biologia: Pouco conhecida. D. inusitatus foi encontrado em ninhos de Cornitermes, em cerrado e em habitats alterados. Genuotermes Emerson [1 sp.]Distribuio: G. spinifer, nica espcie descrita do gnero, ocorre no Cerrado do Brasil central. Tambm registrado para a Amaznia, mas espcie no identicada. Biologia: Pouco conhecida. Encontrado em ninhos de Cornitermes, em cerrado.

Inquilinitermes Mathews [3 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. I. inquilinus ocorre na Amaznia, e as outras duas espcies (I. fur e I. microcerus) no Cerrado. Biologia: Cupins peculiares por apresentarem inquilinismo especco. Ocorrem apenas em ninhos de Constrictotermes, I. inquilinus com C. cavifrons e as outras duas espcies com C. cyphergaster. Aparentemente se alimentam de matria orgnica acumulada no ninho. Microcerotermes Silvestri [4 spp.]Distribuio: Pantropical. Ocorre na Amaznia e no Cerrado, mas a distribuio das diferentes espcies ainda bastante incerta. Biologia: Encontrados em vrios tipos de habitat, constroem ninho cartonado rgido, geralmente arborcola, mas ocasionalmente epgeo. Alimentam-se de madeira.

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Biologia: Encontrados em vrios tipos de hbitats, tm hbitos subterrneos e se alimentam de madeira no cho. So tambm encontrados em ninhos de outros cupins.

Reviso: Krishna & Araujo (1968). Depois da reviso, duas novas espcies foram descritas por Constantino (1991) e outra por Bandeira & Cancello (1992). Orthognathotermes Holmgren [5 spp.] Distribuio: Neotropical. Ocorre em quase todo o Brasil. Biologia: Cupins subterrneos, tambm encontrados em termiteiros construdos por outras espcies, que ocorrem em vrios tipos de habitat. Alimentam-se de hmus. Planicapritermes Emerson [2 sp.] Distribuio: As duas espcies do gnero ocorrem na Amaznia. P. planiceps ocorre em boa parte da Amaznia brasileira; uma segunda espcie foi recentemente descoberta prximo a Manaus. Biologia: Encontrado apenas em orestas da Amaznia, alimenta-se de madeira e aparentemente vive apenas em troncos em decomposio sobre o solo. Spinitermes Wasmann [6 spp.] Distribuio: Amrica do Sul. No Brasil, ocorre da Amaznia at o Sudeste. Biologia: Encontrados em vrios tipos de habitat, no solo ou dentro de termiteiros construdos por outros cupins. Alimentam-se de matria orgnica em decomposio. Synhamitermes Holmgren [1 sp.] Distribuio: Amrica do Sul, ndia e Sri Lanka. A espcie sul-americana (S. brevicorniger) ocorre no Mato Grosso do Sul e no norte da Argentina. Biologia: Encontrados em reas de campo, sob fezes de gado. Ninho aparentemente subterrneo. Termes L. [7 spp.] Distribuio: Ocorre em quase todo o Brasil. Biologia: Encontrados em vrios tipos de habitat, alimentam-se de madeira semiPantropical2 .

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decomposta e possivelmente hmus. Vivem dentro de madeira, em termiteiros construdos por outros cupins, ou constroem ninhos arborcolas e epgeos cartonados, de cor preta.

Chave para as Famlias de Cupins que Ocorrem no BrasilO asterisco (*) indica famlia raramente coletada por no-especialistas

1.

- Soldados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Soldados ausentes; operrios: mandbula esquerda com uma inciso ntida entre os dentes M1+2 e M3 (Fig. 7); antena com 14-15 artculos; espores da tbia 2:2:2; abdome transparente, com intestinos visveis de contedo escuro; primeiro segmento proctodeal tubular e longo, formando uma ala que passa entre o reto e a pana no tubo digestivo in situ, mais claramente visvel em vista ventral (Figs. 159-175) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Termitidae: Apicotermitinae (chave III)

2.

- Cpsula ceflica arredondada ou ovalada, com um tubo frontal (nasus) cnico ou cilndrico, com ponta na (Figs. 71-118); mandbulas vestigiais; espores da tbia 2:2:2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Termitidae: Nasutitermitinae (chave IV) - Cpsula ceflica varivel; tubo frontal, se presente, com ponta larga (Figs. 56-70); mandbulas variveis, geralmente grandes e funcionais, mas reduzidas em alguns casos3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

3.

- Pernas curtas e grossas; espores da tbia 3:3:34 ; cabea retangular (Figs. 11-14) ou fragmtica (curta e alta em perl, como nas Figs. 1723); mandbulas bem desenvolvidas; poro frontal ausente; olhos rudimentares conspcuos; pronoto convexo, sem lobo anterior denido, e de largura igual ou maior que a largura da cabea; abdome amarelado e opaco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Kalotermitidae (chave I) - Pernas nas, de comprimento varivel; espores da tbia variveis,

2 Esse

gnero est mal denido, e conseqentemente sua distribuio geogrca em nvel mundial incerta. Todas as espcies australianas previamente includas em Termes foram recentemente transferidas para outros gneros e o mesmo pode ocorrer com a fauna de outras regies. 3 os soldados de Rhinotermes, Dolichorhinotermes e Acorhinotermes (Figs. 37-39 e 40-41) tm o labro alongado e mandbulas reduzidas, e so s vezes confundidos com nasutos. Esses soldados so chamados de nasutides, e ser facilmente distinguidos de nasutos verdadeiros por apresentarem a ponta do falso nasus achatada e bifurcada e com o poro na base e no na ponta.

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mas apenas excepcionalmente 3:3:3; pronoto varivel, mas geralmente mais estreito que a cabea; poro frontal presente, mas muitas vezes inconspcuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 4. - Pronoto achatado ou convexo, sem lobo anterior denido; abdome brancoamarelado e opaco; intestinos geralmente no visveis por transparncia . . 5 - Pronoto em forma de sela, com lobo anterior denido; abdome transparente, com intestinos visveis e de contedo geralmente escuro . . . . . . 6 5. - Mandbulas alongadas, retilneas e serrilhadas ao longo de todo o seu comprimento; largura da cabea em torno de 0,8mm; antena com 12-13 artculos (Fig. 34-35) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Serritermitidae* - Mandbulas variveis; mandbula direita nunca serrilhada; mandbula esquerda em alguns casos serrilhada mais fortemente na base e namente no restante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rhinotermitidae (chave II) 6. - Poro frontal largo, geralmente abrindo-se na ponta de um tubo de comprimento varivel (Figs. 42-70) . . . . . . Termitidae: Nasutitermitinae (chave V)

- Poro frontal pequeno a inconspcuo (Figs. 119-151) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Termitidae: Termitinae (chave VI) Chaves para Identicao dos GnerosUm asterisco (*) indica gnero raro; dois asteriscos (**) indicam gnero muito raro.

Chave I: Kalotermitidae (soldados) 1. - Cabea alongada e retangular ou curta e levemente fragmtica (Figs. 11-16, 24-25) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Cabea curta e fortemente fragmtica (Figs. 17-18, 20-21, 26-27) . . . 6 2. - Cabea retangular; parte frontal da cabea sem protuberncias, no formando nenhum degrau em perl (Figs. 11-14); largura da cabea maior que 1,4mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 - Cabea curta ou alongada; parte frontal com duas protuberncias, formando um degrau em perl (Figs. 15-16, 22-23); largura da cabea menor que 1,5mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Existe

uma exceo, uma espcie de Eucryptotermes da Amaznia com espores da ttbia 2:3:3, mas uma espcie rara. 5 A nica exceo conhecida Cylindrotermes, que apresenta espores da tbia 3:3:3 (Figs. 122-123)

410 3.

Papis Avulsos de Zoologia - Margem anterior do pronoto com uma inciso profunda e angular; cabea achatada dorso-ventralmente; mandbulas curtas e robustas; 3 segmento da antena longo e escuro (Figs. 24-25) . . . . . . . . . . Incisitermes* - Margem anterior do pronoto cncava ou levemente angular; cabea no achatada; 3 segmento da antena de comprimento varivel, da mesma cor dos outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

4.

- Cabea com uma salincia frontal transversal formada por uma continuao da margem da antena (Figs. 13-14) . . . . . . . . . . . . . . . . . Rugitermes - Cabea sem essa salincia (Figs. 11-12) . . . . . . . . . . . . . . . . . . Neotermes

5.

- Cabea alongada, aproximadamente cilndrica; margem anterior do pronoto de forma varivel, mas no serrilhada (Figs. 15-16) Glyptotermes - Cabea curta; margem anterior do pronoto geralmente serrilhada6 , com inciso bem marcada (Figs. 22-23) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tauritermes*

6.

- Tbia anterior com um esporo apical grosso e conspcuo, muito maior que os outros dois (Figs. 26-28) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Calcaritermes* - Tbia anterior com os trs espores de tamanho aproximadamente igual (Fig. 19) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

7.

- Parte frontal da cabea muito projetada para a frente, cobrindo parte das mandbulas em vista dorsal; insero da antena muito afastada da margem anterior da cpsula ceflica (cabea sem mandbulas); margem anterior do pronoto fortemente serrilhada (Figs. 20-21) . . . . . . . . . . . . Eucryptotermes - Parte frontal da cabea no projetada para a frente; insero da antena prxima da margem anterior da cpsula ceflica; margem anterior do pronoto no serrilhada ou fracamente serrilhada (Figs. 17-19) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cryptotermes Chave II: Rhinotermitidae (soldados)

1.

- Mandbulas longas e nas; mandbula esquerda com a margem interna serrilhada prximo base; mandbula direita com um nico dente prximo base (Figs. 29-33) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

6O

serrilhado no aparece na gura 22 devido posio do espcime. Isso observado melhor lateralmente ou em vista posterior.

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- Mandbulas em forma de foice, com dentes marginais conspcuos prximo metade do seu comprimento (Figs. 36, 39), ou mandbulas reduzidas e sem dentes com labro muito alongado e bifurcado (Figs. 37, 38, 40-41) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2. - Espores da tbia 2:2:2; antena com 13 artculos; labro muito largo; olhos rudimentares conspcuos (Fig. 33) . . . . . . . . . . . . . Glossotermes** - Espores da tbia 3:2:2; antena com 15-18 artculos; labro estreito; olhos ausentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3. - Cabea alongada, com lados paralelos; poro frontal pequeno (Figs. 3132) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Heterotermes7 - Cabea com os lados arredondados; poro frontal muito grande, orientado anteriormente (Figs. 29-30) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coptotermes 4. - Mandbulas robustas com dentes marginais conspcuos . . . . . . . . . . . . . 5 - Mandbulas reduzidas, sem dentes marginais; labro muito alongado, com ponta bifurcada (Figs. 37-38, 40-41) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5. - Labro alongado, de comprimento aproximadamente o dobro da largura; largura da cabea menor que 1,2mm (Fig. 39) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . soldado maior de Dolichorhinotermes - Labro curto, comprimento pouco maior que a largura; largura da cabea maior que 1,5mm (Fig. 36) . . . . . . . . . . . soldado maior de Rhinotermes 6. - Olhos vestigiais formando protuberncias laterais conspcuas e despigmentadas; poro frontal situado a aproximadamente um tero do comprimento do labro; soldados maiores ausentes (Figs. 40-41) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Acorhinotermes** - Olhos vestigiais inconspcuos; poro frontal situado na base do labro; soldados maiores presentes (mas podem no estar includos na amostra) . . 7 7. - Comprimento da cabea at a ponta do labro menor do que 1,2mm (Fig. 38) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . soldado menor de Dolichorhinotermes - Comprimento da cabea at a ponta do labro maior do que 1,4mm (Fig. 37) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . soldado menor de Rhinotermes7 Reticulitermes lucifugus, espcie originria do Mediterrneo, foi introduzida no Uruguai e poss-

vel que aparea no sul do Brasil. Os soldados de Reticulitermes so semelhantes aos de Heterotermes, mas possuem mandbulas em forma de S alongado, enquanto as do soldado de Heterotermes so mais retilneas. Os alados de Reticulitermes tm colorao escura e voam durante o dia; os de Heterotermes so muito mais claros de voam durante a noite.

412

Papis Avulsos de Zoologia Chave III: Termitidae: Apicotermitinae (operrios)

1.

- Cabea com cerdas esparsas, com a fontanela conspcua (Figs. 154-155); tbia anterior no dilatada; face interna do fmur e da tbia anteriores com duas leiras regulares de cerdas longas e grossas (Fig. 156) . . . . . . . . . . 2 - Cabea densamente coberta de cerdas, com fontanela inconspcua (Figs. 152-153); tbia anterior dilatada; fmur e tbia anteriores sem leiras regulares de cerdas longas (Figs. 157-158) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2.

- Glndulas salivares muito grandes, ocupando at um tero do volume do abdome (Figs. 163-166); cabea marrom-clara a marrom-escura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ruptitermes - Glndulas salivares no muito desenvolvidas (Figs. 167-170); cabea amarelada a marrom-amarelada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aparatermes

3.

- Tbia anterior muito dilatada, com uma concavidade em forma de colher (Fig. 158) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tetimatermes** - Tbia anterior sem concavidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 - Abdome muito grande e largo; primeiro segmento proctodeal dilatado, geralmente com dobras; armadura da vlvula entrica como na Fig. 171 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Grigiotermes - Abdome varivel, geralmente estreito e alongado; primeiro segmento proctodeal sem dobras (Figs. 159-162); vlvula entrica varivel, com ou sem armadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anoplotermes Chave IV: Termitidae: Nasutitermitinae (soldados nasutos com mandbulas vestigiais)

4.

1.

- Mandbulas vestigiais com pontas distintas8 ; cor da cabea variando de preta a amarelo-plida (Figs. 71-88, 111-118) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Mandbulas vestigiais sem pontas; cabea amarelada (Figs. 89-110) 11 - Cpsula ceflica com uma distinta constrio atrs da insero das antenas (Figs. 75-78, 111-112, 115-118) ou alongada, subretangular e com constrio moderada (Figs. 73-74) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 - Cpsula ceflica arredondada ou ovalada, sem constrio (Figs. 71-72, 79-88) ou com uma constrio muito leve em vista dorsal . . . . . . . . . . 7

2.

8 Essas

pontas podem ser um pouco difceis de distinguir em cupins muito pequenos. Estes devem ser examinados com cuidado, com bom aumento e boa iluminao.

Vol. 40(25), 1999 3.

413

- Linha do topo da cabea convexa a levemente cncava em perl; pernas e mandbulas variveis (Figs. 73-78, 115-116) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 - Linha do topo da cabea fortemente cncava ou angular em perl; antenas e pernas muito longas; pontas das mandbulas longas (Figs. 111-112, 117-118) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

4.

- Cabea marrom-escura com constrio muito forte atrs da insero das antenas (Figs.75-78) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Velocitermes - Cabea ferrugnea e alongada, com uma constrio moderada atrs da insero das antenas (Figs. 73-74, 115-116) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

5.

- Pontas das mandbulas curtas, pouco conspcuas em vista dorsal; cabea piriforme em vista dorsal, com a parte posterior claramente mais larga que a anterior; soldados monomrcos (Figs. 115-116) . . Parvitermes* - Pontas das mandbulas bem conspcuas em vista dorsal; cabea subretangular em vista dorsal, com a parte posterior aproximadamente da mesma largura que a anterior; soldados di- ou trimrcos (Figs. 73-74) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diversitermes9

6.

- Tubo frontal muito largo e geralmente longo; cabea marrom-amarelada (Figs. 117-118) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Angularitermes - Tubo frontal muito mais estreito que a cabea; cabea marrom-escura (Figs. 111-112) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Constrictotermes

7.

- Cpsula ceflica aproximadamente triangular em vista dorsal, amareloferruginosa; largura da cabea 0,7-0,8mm; uma nica espcie, encontrada na Amaznia (Figs. 113-114) . . . . . . . . . . . . . . Triangularitermes* - Cpsula ceflica arredondada ou ovalada, de cor varivel . . . . . . . . . . . 8 - Tubo frontal aproximadamente cilndrico, estreito na base (Figs. 71-72, 85-86) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 - Tubo frontal cnico, largo na base (Figs. 79-84, 87-88) . . . . . . . . . . . 10 - Cpsula ceflica arredondada, quase circular em vista dorsal; cabea ferruginosa, com numerosas cerdas longas no topo e parte frontal; Amaznia (Figs. 85-86) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rotunditermes - Cpsula ceflica ovalada em vista dorsal, com 4 cerdas na base do tubo frontal e 2 no vrtice (Figs. 71-72) . . . soldado maior de Diversitermes

8.

9.

9 Ver

passo 9, Figs. 71-72. D. aporeticus aparentemente no possui soldado maior e os soldados menor e intermedirio apresentam caractersticas intermedirias entre esse gnero e Velocitermes. Em caso de dvida o material deve ser cuidadosamente comparado com a descrio apresentada por Mathews (1977: 184).

414 10.

Papis Avulsos de Zoologia - Cabea como nas Figs. 83-84, de cor amarelo-marrom; numerosos plos muito curtos no nasus e topo da cabea; intestino (primeiro segmento proctodeal ou P1) formando uma ala distinta10 em vista lateral direita (Figs. 176-179); uma nica espcie, geralmente encontrada em campos midos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cortaritermes - Cabea varivel; intestino sem ala no lado direito (Figs. 180-183); numerosas espcies de ampla distribuio (Figs. 79-82, 87-88) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nasutitermes

11.

- Antena com 13-14 artculos; cabea com ou sem forte constrio atrs da insero das antenas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 - Antena com 11-12 artculos; cabea sem forte constrio . . . . . . . . . . 15

12.

- Cabea com forte constrio atrs da insero das antenas (Figs. 99-100, 109-110) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 - Cpsula ceflica arredondada ou ovalada, sem constrio (Figs. 97-98, 101-102) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

13.

- Tubo frontal longo e cilndrico; topo da cabea com 4-6 cerdas; antena com 14 artculos (Figs. 99-100) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Caetetermes** - Tubo frontal cnico; cabea com numerosas cerdas grossas de ponta truncada; antena com 13 artculos (Figs. 109-110) . . . Coendutermes**

14.

- Cpsula ceflica estreita e ovalada; tubo frontal cnico, grosso na base (Figs. 101-102) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cyranotermes - Cpsula ceflica muito larga e arredondada; tubo frontal aproximadamente cilndrico, estreito na base (Figs. 97-98) . . . . . Anhangatermes**

15.

- Cpsula ceflica larga e arredondada em vista dorsal (Figs. 89-90, 103104) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 - Cpsula ceflica ovalada ou piriforme em vista dorsal (Figs. 91-96) 17

16.

- Tubo frontal cnico, largo na base; antena com 11 artculos (Figs. 103104) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Convexitermes* - Tubo frontal levemente cnico, estreito na base; antena com 12 artculos (Figs. 89-90) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ereymatermes**

10 O

intestino pode ser observado, tanto no soldado como no operrio, por transparncia, sem necessidade de disseco, posicionando-se o espcime em perl, com o lado direito para cima. Para facilitar a visualizao, a parede do abdome pode ser removida com pinas de ponta na.

Vol. 40(25), 1999 17.

415

- Tubo frontal fortemente cnico, largo na base; cpsula ceflica com uma leve constrio atrs das antenas (Figs. 105-108) . . . . . . . . . . . . . 18 - Tubo frontal estreito na base; cpsula ceflica com ou sem leve constrio (Figs. 91-96) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

18.

- Cabea com numerosas cerdas longas, de comprimento varivel (Figs. 105-106) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coatitermes - Cabea com 2-3 cerdas longas e numerosos plos microscpicos (Figs. 107-108) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agnathotermes*

19.

- Cpsula ceflica piriforme em vista dorsal, com uma leve constrio atrs da insero das antenas; tubo frontal mais ou menos orientado para cima em perl; vlvula entrica com armadura de espinhos grandes e conspcuos (Figs. 91-92) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Atlantitermes - Cpsula ceflica elptica em vista dorsal, geralmente sem constrio11 atrs da insero das antenas, vlvula entrica com armadura muito fraca, composta de espinhos curtos e inconspcuos (Figs. 93-96) . . . 20

20.

- Topo da cabea com numerosas cerdas longas (Figs. 95-96) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Araujotermes - Topo da cabea com 0-6 cerdas longas e numerosos plos microscpicos (Figs. 93-94) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Subulitermes Chave V: Termitidae: Nasutitermitinae (soldados mandibulados)

1.

- Tubo frontal longo, ultrapassando o clpeo em vista dorsal (Figs. 56-70) . 2 - Tubo frontal curto ou ausente (Figs. 42-55) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2.

- Cpsula ceflica aproximadamente retangular; tubo frontal geralmente mais curto do que as mandbulas extendidas em vista dorsal; mandbulas robustas e moderadamente curvadas (Figs. 60-63) . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 - Cpsula ceflica aproximadamente arredondada; tubo frontal longo, ultrapassando as mandbulas em vista dorsal; mandbulas fortemente curvadas e nas, ou curtas e com a parte molar muito desenvolvida (Figs. 56-59, 64-70) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

11 A

nica exceo conhecida uma espcie de Subulitermes da Amaznica, cujo soldado apresenta uma leve constrio na cabea. Os soldados dessa espcie tm a cabea coberta por numerosos plos muito curtos e nenhum pelo longo.

416 3.

Papis Avulsos de Zoologia - Mandbulas com um dente marginal localizado prximo metade de seu comprimento, ou excepcionalmente prximo base; clpeo no inado (Figs. 62-63) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Embiratermes - Mandbulas curtas e robustas, sem nenhuma dentio marginal; clpeo fortemente inado ou no inado (Figs. 60-61) . . . . . . . . . . Ibitermes**

4.

- Ponta das mandbulas em forma de anzol; parte molar bem desenvolvida (Figs. 56-59) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 - Mandbulas com um dente marginal aproximadamente na metade; parte molar pouco desenvolvida (Figs. 64-70) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

5.

- Tubo frontal cnico (Figs. 56-57) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Curvitermes - Tubo frontal longo, cilndrico e com ponta alargando abruptamente; superfcie do tubo frontal irregular (Figs. 58-59) . . . . . . . . . Cyrilliotermes

6.

- Tubo frontal muito longo; coxa anterior com um espinho longo e conspcuo (Figs. 66-68) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rhynchotermes - Tubo frontal moderadamente longo; coxa anterior sem espinho conspcuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

7.

- Cabea, em vista dorsal, com duas protuberncias laterais; tubo frontal orientado para cima; pronoto, mesonoto e metanoto com uma linha de cerdas grossas e curtas nas margens laterais (Figs. 69-70) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . soldado maior de Macuxitermes**12 - Cabea sem protuberncias laterais; pronoto sem linha de cerdas grossas e curtas (Figs. 64-65) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Armitermes

8.

- Margens laterais do mesonoto e metanoto com uma linha de cerdas grossas e curtas; labro alongado e unilobular (Figs. 46, 54) . . . . . . . . . 9 - Margens laterais do mesonoto e metanoto sem linha de cerdas grossas e curtas; labro varivel (Figs. 42, 48, 52) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

9.

- Mandbula esquerda com dentio marginal bem desenvolvida (Figs. 46-47) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Paracornitermes - Mandbula esquerda com dentio marginal reduzida (Figs. 54-55) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Labiotermes

12 Esse gnero conhecido apenas de uma nica srie coletada em Roraima. O soldado dimrco e

o soldado menor tem a cabea com formato singular, com ranhuras laterais. Ver a descrio orginal para mais detalhes (Cancello & Bandeira, 1992).

Vol. 40(25), 1999 10.

417

- Pronoto, mesonoto e metanoto com espinhos laterais (um em cada lado, como na Fig. 42) ou com margens angulares (Fig. 44); tubo frontal muito curto a ausente (Figs. 43, 45); antena com 19-21 artculos; largura da cabea maior que 2mm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Syntermes - Pronoto, mesonoto e metanoto com margens arredondadas; tubo frontal conspcuo; antena com 13-15 artculos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

11.

- Tbia anterior com uma linha regular de 15-20 cerdas grossas e curtas na margem interna (Figs. 48-50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cornitermes - Tbia anterior com cerca de 4-10 cerdas grossas no alinhadas e de tamanho irregular na margem interna (Figs. 51-53) . . . Procornitermes CHAVE VI: Termitidae: Termitinae (soldados)

1.

- Cabea em perl com uma conspcua protuberncia frontal (Figs. 130143, 146-147, 150-151) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Cabea em perl sem nenhuma protuberncia frontal (Figs 119-129, 144-145, 148-149) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

2.

- Mandbulas aproximadamente simtricas, longas e nas . . . . . . . . . . . . 3 - Mandbulas nitidamente assimtricas; mandbula esquerda sinuosa (Figs. 132-133, 136-137) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3.

- Protuberncia frontal aproximadamente cnica ou arredondada, sem extenses ou espinhos laterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 - Protuberncia frontal com espinhos ou extenses laterais (Figs. 130-131, 142-143) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

4.

- Protuberncia frontal arredondada e orientada perpendicularmente linha do topo da cabea; espores da tbia 2:2:2; lados da cabea convexos em vista dorsal (Figs. 150-151) . . . . . . . . . . . . . . . Dentispicotermes* - Protuberncia frontal orientada anteriormente; espores da tbia variveis; cabea alongada com os lados paralelos em vista dorsal . . . . . . . 5

5.

- Mandbulas com um dente marginal cada uma, a aproximadamente um tero do comprimento da mandbula a partir da base; protuberncia frontal cnica e estreita; espores da tbia 3:3:2 (Figs. 146-147) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Genuotermes*

418

Papis Avulsos de Zoologia - Mandbulas sem dentes marginais; protuberncia frontal varivel; espores da tbia 3:3:2, 3:2:2 ou 2:2:2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

6.

- Cabea com um espinho lateral em cada lado, na base das mandbulas; mandbula esquerda levemente sinuosa; protuberncia frontal cnica e longa, orientada anteriormente (Figs. 134-135) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . soldado menor de Dihoplotermes* - Cabea sem espinhos laterais; mandbula esquerda no sinuosa . . . . . 7

7.

- Protuberncia frontal cnica; espores da tbia 3:3:2 (Figs. 138-139) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Termes - Protuberncia frontal arredondada; espores da tbia 2:2:2; encontrados apenas em ninhos de Constrictotermes spp. (Figs. 140-141) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Inquilinitermes

8.

- Protuberncia frontal com um espinho de cada lado; mandbulas mais curtas ou um pouco mais compridas que a cpsula ceflica; espores da tbia 2:3:2 ou 3:3:2 (Figs. 130-131) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Spinitermes - Protuberncia frontal larga, cncava na face anterior; mandbulas claramente mais longas que a cpsula ceflica; espores da tbia 2:2:2 (Figs. 142-143) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cavitermes

9.

- Cabea com um espinho lateral em cada lado, na base das mandbulas; protuberncia frontal muito longa, estendendo-se at aproximadamente metade das mandbulas (Figs. 132-133) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . soldado maior de Dihoplotermes* - Cabea sem espinhos laterais; protuberncia frontal estendendo-se pouco alm do clpeo (Figs. 136-137) . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cornicapritermes*

10.

- Mandbulas curvas, com ou sem dentes marginais, serrilhadas ou no; espores da tbia 3:3:3 ou 3:3:2 (Figs. 119-125) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 - Mandbulas longas e retilneas ou retorcidas e assimtricas, no serrilhadas; espores da tbia 3:2:2 ou 2:2:2 (Figs. 126-129, 144-145, 148-149) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

11.

- Mandbulas com a margem interna serrilhada, sem dentes marginais; labro alongado (Figs. 124-125) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microcerotermes - Mandbulas com a margem interna no serrilhada ou fracamente serrilhada; labro curto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Vol. 40(25), 1999 12.

419

- Cabea alongada com os lados paralelos; comprimento da cabea sem as mandbulas maior que duas vezes a largura da cabea; antena com 11-12 artculos; mandbulas curtas e robustas, com um dente marginal muito prximo da base; espores da tbia 3:3:3 (Figs. 122-123) . Cylindrotermes - Cabea com os lados paralelos ou convexos; comprimento da cabea menor que o dobro da largura; antena com 13-14 artculos; mandbulas com um dente marginal de posio varivel (Figs. 119-121) . . . . . . . 13

13.

- Mandbulas curtas, aproximadamente metade do comprimento da cpsula ceflica, com um dente marginal orientado para trs (lembrando a ponta de um anzol); cabea com os lados paralelos (Fig. 121) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Synhamitermes** - Mandbulas mais longas que a metade do comprimento da cpsula ceflica, com um dente marginal mais ou menos perpendicular; cabea com os lados levemente a fortemente convexos (Figs. 119-120) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Amitermes

14.

- Mandbulas simtricas, longas e retilneas (Fig. 144-145, 148-149) . 15 - Mandbulas assimtricas; mandbula esquerda sinuosa (Fig. 126-129) 16

15.

- Mandbulas formando um cotovelo, com um dente na margem interna; labro largo e fracamente trilobular; antena com 15 artculos; um lobo arredondado presente acima da insero da antena; largura da cabea maior que 1,5mm (Figs. 148-149) . . . . . . . . . . . . . . . Orthognathotermes - Mandbulas quase retas, sem dentes marginais, exceto muito prximo base; labro alongado, com pontas laterais; antena com 13 artculos; sem lobos acima da insero das antenas (Figs. 144-145) . . . . Crepititermes

16.

- Mandbula esquerda muito retorcida: margem esquerda formando um ngulo de menos de 90 em vista dorsal; corpo achatado no sentido dorso-ventral; labro aproximadamente triangular (Figs. 128-129) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Planicapritermes13 - Mandbula esquerda varivel, geralmente formando um ngulo claramente maior que 90 na margem esquerda; se ngulo da mandbula esquerda for prximo de 90, cabea alongada e subretangular; corpo no achatado; labro varivel, geralmente subretangular (Figs. 126-127) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Neocapritermes

13 Esses

dois gneros podem ser facilmente separados pela morfologia do tubo digestivo (Constantino, 1998b).

420

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 1-3. Morfologia externa dos soldados. 1. Soldado de Syntermes wheeleri em vista dorsal; 2. idem, vista ventral da cabea; 3. Soldado de Nasutitermes sp. em perl. (plos omitidos)

Vol. 40(25), 1999

421

Figuras 4-10. Mandbulas de operrios e pseudo-operrios. 4. Kalotermitidae: Cryptotermes brevis; 5. Rhinotermitidae: Heterotermes tenuis; 6. Termitidae: Nasutitermitinae: Nasutitermes aquilinus; 7. Termitidae: Apicotermitinae: Anoplotermes banksi; 8. Termitidae: Nasutitermitinae: Cyranotermes timuassu; 9. Termitidae: Termitinae: Spinitermes longiceps; 10. Termitidae: Termitinae: Neocapritermes villosus.

422

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 11-16. Kalotermitidae, soldados. 11-12. Neotermes arthurimuelleri; 13-14. Rugitermes rugosus; 15-16. Glyptotermes perparvus. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

423

Figuras 17-23. Kalotermitidae, soldados. 17-18. Cryptotermes brevis; 19. idem, tbia anterior; 2021. Eucryptotermes wheeleri; 22-23. Tauritermes vitulus. Escalas= 0,5mm.

424

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 24-28. Kalotermitidae, soldados. 24-25. Incisitermes marginipennis; 26-27. Calcaritermes rioensis; 28. idem, tbia anterior. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

425

Figuras 29-35. Rhinotermitidae e Serritermitidae, soldados. 29-30. Coptotermes testaceus; 31-32. Heterotermes tenuis; 33. Glossotermes oculatus; 34-35. Serritermes serrifer. Escalas= 0,5mm.

426

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 36-41. Rhinotermitidae e Serritermitidae. 36. Rhinotermes marginalis, soldado maior; 37. idem, soldado menor; 38. Dolichorhinotermes longilabius; soldado menor; 39. idem, soldado maior. 40-41. Acorhinotermes subfuscipes, soldado. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

427

Figuras 42-47. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 42-43. Syntermes aculeosus; 44-45. Syntermes nanus. 46-47. Paracornitermes orthocephalus. Escalas= 0,5mm.

428

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 48-55. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 48-49. Cornitermes cumulans; 50. idem, tbia anterior; 51. Procornitermes araujoi, tbia anterior; 52-53. idem, cabea; 54- 55. Labiotermes brevilabius. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

429

Figuras 56-63. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 56-57. Curvitermes odontognathus; 58-59. Cyrilliotermes cashassa; 60- 61. Embiratermes neotenicus; 62-63. Ibitermes tellustris. Escalas= 0,5mm.

430

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 64-70. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 64-65. Armitermes holmgreni; 66-67. Rhynchotermes nasutissimus; 68. idem, coxa anterior; 69-70. Macuxitermes triceratops, soldado maior. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

431

Figuras 71-78. Termitidae: Nasutitermitinae. 71-72 Diversitermes diversimiles, soldado maior; 73. idem, soldado intermedirio; 74. idem, soldado menor; 75-76. Velocitermes heteropterus, soldado maior; 77. idem, soldado intermedirio; 78. idem, soldado menor. Escala= 0,5mm.

432

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 79-88. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 79-80. Nasutitermes octopilis; 81-82. Nasutitermes surinamensis; 83- 84. Cortaritermes silvestrii; 85-86. Rotunditermes bragantinus; 87-88. Nasutitermes corniger. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

433

Figuras 89-96. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 89-90. Ereymatermes rotundiceps; 91-92. Atlantitermes osborni; 93-94. Subulitermes baileyi; 95-96. Araujotermes parvellus. Escalas= 0,5mm.

434

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 97-102. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 97-98. Anhangatermes macarthuri; 99100. Caetetermes taquarussu; 101-102. Cyranotermes timuassu. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

435

Figuras 103-110. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 103-104. Convexitermes convexifrons; 105-106. Coatitermes clevelandi; 107-108. Agnathotermes crassinasus; 109-110. Coendutermes tucum. Escalas= 0,5mm.

436

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 111-118. Termitidae: Nasutitermitinae, soldados. 111-112. Constrictotermes cavifrons; 113-114. Triangularitermes triangulariceps; 115-116. Angularitermes clypeatus; 117-118. Parvitermes bacchanalis. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

437

Figuras 119-125. Termitidae: Termitinae, soldados. 119-120. Amitermes amifer; 121. Synhamitermes brevicorniger; 122-123. Cylindrotermes parvignathus; 124-125. Microcerotermes strunckii. Escalas= 0,5mm.

438

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 126-131. Termitidae: Termitinae, soldados. 126-127. Neocapritermes braziliensis; 128129. Planicapritermes planiceps; 130-131. Spinitermes longiceps. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

439

Figuras 130-135. Termitidae: Termitinae, soldados. 132-133. Dihoplotermes inusitatus, soldado maior; 134-135. idem, soldado menor; 136-137. Cornicapritermes mucronatus. Escala= 0,5mm.

440

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 138-145. Termitidae: Termitinae, soldados. 138-139. Termes medioculatus; 140-141. Inquilinitermes inquilinus; 142-143. Cavitermes tuberosus; 144-145. Crepititermes verruculosus. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

441

Figuras 146-151. Termitidae: Termitinae, soldados. 146-147. Orthognathotermes humilis; 148-149. Genuotermes spinifer; 150- 151. Dentispicotermes globicephalus. Escalas= 0,5mm.

442

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 152-158. Termitidae: Apicotermitinae, operrios. 152-153. Grigiotermes metoecus, cabea; 154-155. Ruptitermes reconditus, cabea; 156. perna anterior de Aparatermes sp.; 157. perna anterior de Grigiotermes metoecus; 158. perna anterior de Tetimatermes sp. Escala= 0,5mm.

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443

Figuras 159-166. Termitidae: Apicotermitinae, tubo digestivo de operrios. Anoplotermes sp.: 159. posio dorsal; 160. lateral direito; 161. ventral; 162. lateral esquerdo. Ruptitermes reconditus: 163. dorsal; 164. lateral direito; 165. ventral; 166. lateral esquerdo. Escalas= 0,5mm.

444

Papis Avulsos de Zoologia

Figuras 167-175. Termitidae: Apicotermitinae, tubo digestivo de operrios. Aparatermes sp.: 167. posio dorsal; 168. lateral direito; 169. ventral; 170. lateral esquerdo. Grigiotermes metoecus: 171. armadura da vlvula entrica; 172. posio dorsal; 173. lateral direito; 174. ventral; 175. lateral esquerdo. Escalas= 0,5mm.

Vol. 40(25), 1999

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Figuras 176-183. Termitidae: Nasutitermitinae, tubo digestivo do operrio. Cortaritermes silvestrii: 176. dorsal; 177. direito; 178. ventral; 179. esquerdo. Nasutitermes aquilinus: 180. dorsal; 181. direito; 182. ventral; 183. esquerdo. Escala= 0,5mm.

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Papis Avulsos de Zoologia AGRADECIMENTOS

Durante o desenvolvimento deste trabalho o autor recebeu apoio nanceiro da FAPESP (proc. 96/2072-1). As seguintes pessoas colaboraram testando a chave e revisando o texto: Dra. Eliana M. Cancello, Marisa V. Ferraz, Thomas Schlemmermeyer, Dr. Christopher Martius, Dr. Og F. de Souza, Dra. Ana Maria Costa Leonardo, Clia M.C. Dietrich, Dr. Adelmar G. Bandeira, e vrios alunos do disciplina Estrutura Social, Comportamento e Controle de Cupins oferecida no segundo semestre de 1996 na UNESP - Rio Claro. R EFERNCIASAraujo, R.L. 1970. Neotropical termite studies (Isoptera). Revista Brasileira de Entomologia 14(2):11-27.

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Papis Avulsos de Zoologia NDICE

Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 387 Biologia dos Cupins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 389 Mtodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 390 Como Coletar Cupins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 390 Como Usar a Chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 391 Identicao das Espcies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 393 Sinopse dos Gneros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 394 Chave para as Famlias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 408 Chaves para Identicao dos Gneros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 409 Kalotermitidae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 409 Rhinotermitidae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 411 Termitidae: Apicotermitinae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 412 Termitidae: Nasutitermitinae (soldados nasutos com mandbulas vestigiais) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 412 Termitidae: Nasutitermitinae (soldados mandibulados) . . . . . . . . . . . 415 Termitidae: Termitinae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 417 Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 446