césio-137: a tragédia que permanece 29 anos...

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Detran está mais eficiente .Antes visto como órgão tomado pela burocracia, com prestação de serviço lenta e regido por enormes filas, o Detran-GO passou a funcionar sob novo estilo pautado por duas prioridades: eficiência e rapidez. Linha Direta, página 3 ENTREVISTA IRIS REZENDE “Quero fazer a diferença como prefeito e entrar para a história da capital” “Vou fazer o que for preciso pelo transporte coletivo de Goiânia” ENTREVISTA VANDERLAN CARDOSO ACIDENTE RADIOLÓGICO Césio-137: a tragédia que permanece 29 anos depois Página 5 Página 4 Prorrogado prazo para entrega das redações O período para entregar o mate- rial do concurso Goiânia na Ponta do Lápis foi prorrogado para o dia 30 de setembro. Até essa data os trabalhos dos alunos podem ser entregues diretamente na Tribuna do Planalto. Página 6 ANO 30 - Nº 1.550 Líder e vice-líder nas pesquisas de intenção de votos, Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PSB) são os entrevistados desta edição na série da Tribuna do Planalto com os candidatos a prefeito de Goiânia. De um lado, Iris fala em gratidão e do desejo de continuar projetos iniciados por ele, em sua última gestão. De outro, Vanderlan, que propõe a divisão de Goiânia em oito regionais e quer implantar na Capital projetos que funcionaram quando ele administrou Senador Canedo. R$ 2,00 GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016 FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tribunadoplanalto.com.br Olimpíadas estimulam alunos Alunos encontraram nos jogos olímpicos motivação para praticar esportes no ambiente escolar e descobriram novas modalidades esportivas que podem ser praticadas durante as aulas. Educadores aproveitam o empenho dos estudantes e estão ensinando outras atividades físicas.Páginas 4 e 5 Radioacidentado mostra sequela do acidente ocorrido em Goiânia em 1987 Vítimas do acidente reclamam de demora no reajuste do valor da pensão, que está atualização desde 2014. Pág. 6

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Detranestá maiseficiente.Antes visto como órgãotomado pela burocracia, comprestação de serviço lenta eregido por enormes filas, oDetran-GO passou afuncionar sob novo estilopautado por duas prioridades:eficiência e rapidez. LinhaDireta, página 3

ENTREVISTA IRIS REZENDE

“Quero fazer a diferençacomo prefeito e entrarpara a história da capital”

“Vou fazer o que forpreciso pelo transportecoletivo de Goiânia”

ENTREVISTA VANDERLAN CARDOSO

ACIDENTE RADIOLÓGICO

Césio-137: a tragédia quepermanece 29 anos depois

Página 5Página 4

Prorrogadoprazo paraentrega dasredações O período para entregar o mate-rial do concurso Goiânia naPonta do Lápis foi prorrogadopara o dia 30 de setembro. Atéessa data os trabalhos dos alunospodem ser entregues diretamentena Tribuna do Planalto. Página 6

ANO 30 - Nº 1.550

Líder e vice-líder naspesquisas de intençãode votos, Iris Rezende

(PMDB) e VanderlanCardoso (PSB) são osentrevistados destaedição na série da

Tribuna do Planaltocom os candidatos aprefeito de Goiânia.De um lado, Iris fala

em gratidão e dodesejo de continuarprojetos iniciados por

ele, em sua últimagestão.

De outro, Vanderlan,que propõe a divisãode Goiânia em oito

regionais e querimplantar na Capital

projetos quefuncionaram quando

ele administrou Senador Canedo.

R$ 2,00GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA tri bu na do pla nal to.com.br

OlimpíadasestimulamalunosAlunos encontraram nosjogos olímpicos motivaçãopara praticar esportes noambiente escolar edescobriram novasmodalidades esportivas quepodem ser praticadas duranteas aulas. Educadoresaproveitam o empenho dosestudantes e estão ensinandooutras atividadesfísicas.Páginas 4 e 5

Radioacidentado mostra sequela do acidente ocorrido em

Goiânia em 1987

Vítimas do acidente reclamamde demora no reajuste do valorda pensão, que está atualizaçãodesde 2014. Pág. 6

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Daniela Martins

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORDANIELA MARTINS

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Alergia de FelicidadeQuanto custa sua alegria? O que você tem feito para

ser feliz? Estes dias me questionava sobre este aspecto, ograu de investimento que temos para ter ínfimos momen-tos de alegria. Os preparativos, as dificuldades, o esforçopara que por alguns instantes possamos rir e nos permitirter alegria.Todavia a felicidade é um estado que para muitos é

contraditório. Há quem sinta se bem, sentindo se mal.Mais um paradoxo da existência nos meandros da cons-ciência humana. Há quem viva com alergia de felicidade,não se permitindo ter alegria. Em um pequeno exemplo,há algum tempo atrás ouvi de uma paciente: “... sem querereu faço tudo pras coisas darem errado por que tenho medode sofrer então, eu me acomodo, saio de perto, evito, meisolo e com isto acabo fazendo com o que, poderia darcerto, vire um fracasso, é um ciclo vicioso no qual reclamo,fico mal por que as coisas não dão certo e na sequenciacontinuo agindo para que não deem realmente certo...” A consciência dolorosa do auto boicote na qual o sol

sangra, e a vida vira puro pessimismo como no postuladopor Arnold Bennett “O pessimismo, depois de você seacostumar a ele, é tão agradável quanto o optimismo-Things that Have Interested Me, The Slump of Pessi-mism...”. E dá lhe reclamação, pragas, aborrecimentos,tristeza, melancolia, resmungos, apatia, impropérios...re-clamar e mais reclamar.Há quem viva nos dias de hoje com alergia de felici-

dade, vai que é contagioso... como alguém pode se mostraruma pessoa de bem sorrindo, com alegria, feliz? Há umhábito social extremamente nocivo que dá a quem tem carafeia, fechada, séria ar de respeito, na imaginação de alguns

seres de raciocínio limítrofe. Pessoasque vivem de forma rabugenta, a reclamar, de sua sorte,que fazem por vezes da falta de educação seu alicerce deconvívio, em que se não trata ninguém bem para não sermaltratado, e esta é a linha de pensamento que ocorre emquase tudo: “não faço para depois não sofrer”; “não vou àfesta por que ela vai acabar”; “não namoro pra não serabandonado”; “não caso para não separar”; “não vou àpraia pra não ter de voltar”... E assim segue o resumo damiséria humana do poder, mas não fazer em uma distor-ção do desejo em pleno auto boicote.Vários casos de pacientes que atendi como analista e

psicólogo clínico retratavam nesta psicodinâmica um qua-dro de neurose intensa com vários complexos ativados ne-gativamente, fobia afetiva medo intenso de felicidade eprofundo auto boicote. Como no dito por Miguel EsteveCardoso: “Ser feliz é poder fingir, convincentemente, quese tem razão para andar triste ou não”... nestes casosporém o convencimento constante é para se provar diaria-mente que se vive bem na infelicidade, no resmungar... vi-timísmo crônico.Existe um componente na depressão menor também

conhecida por Distimia, que pode influenciar neste estadoneurótico de existência. Há como reverter este quadro se opaciente se cuidar e perceber sua intensa forma autodes-trutiva que limita em muito sua existência. Sai mais baratoe gratificante investir para ser feliz...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

X

A falência do ensino médioO desempenho de estudantes no ensino médio em português e matemática

em 2015 foi pior que há 20 anos. Em 2015, a proficiência média em língua por-tuguesa na etapa de ensino foi 267,06. A média nacional melhorou em relaçãoa 2013, quando ficou em 264,06. No entanto, está abaixo dos 268,57 obtidosem 2011 e dos 290, registrados pelos estudantes de 1995. A proficiência médiaem matemática apresenta redução desde 2011, quando era 274,83. Em 2015,a média foi 267. Vinte anos antes, em 1995, a proficiência média era de 281,9.Os dados foram divulgados no dia 8 pelo Ministério da Educação (MEC).

A etapa é tida como um dos principais gargalos do ensino básico, concen-trando os piores indicadores. Os números são do Sistema de Avaliação da Edu-cação Básica (Saeb), calculados a cada dois anos.As médias de 2015 colocam os estudantes do ensino médio no nível 2 de 8,

de acordo com escala do MEC, em português e no nível 2 de 10 em matemá-tica. Isso significa que os alunos têm dificuldades em interpretações de texto eoperações matemáticas minimamente complexas como soma, subtração, mul-tiplicação e divisão.A proficiência considerada adequada para o ensino médio é 300 em portu-

guês e 350 em matemática, segundo critério consolidado pelo Todos pela Edu-cação, que leva em conta o desempenho dos países da Organização para aCooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na avaliação internacio-nal do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).Decepcionantes, os números mostram que não houve um amplo esforço

para mudar as bases do ensino médio. Especialistas avaliam que o ensinomédio no Brasil, nos moldes atuais, é uma etapa desenhada para não dar certo,especialmente pelo número de disciplinas, 13, que devem ser trabalhadas em4 horas de aula, que na realidade são duas horas e meia. Com essa incompa-tibilidade, ocorre uma perda de eficiência em relação a políticas e investimentose o resultado não poderia ser outro.Para enfrentar essa grave e urgente situação, é necessário tomar uma deci-

são que passa por dois aspectos: o currículo e a formação de professores. E oque os estudiosos recomendam é que é preciso dar mais foco no interesse dojovem. Para tanto, é preciso flexibilizar o currículo. Não é mais possível obrigaralunos com aptidões diversas estudarem da mesma forma todo esse amploconteúdo.Além de uma reformulação curricular, necessária ao ensino médio, é im-

prescindível investir pesado na formação de professores. Para tanto, tem queter política de atratividade para a carreira docente que faça com que os bonsalunos do ensino médio sigam a carreira. É necessário também formação con-tinuada, depois da inicial, e que as licenciaturas tenham mais prestígio dentrodas instituições de ensino. Por fim, é preciso pagar dignamente os professores,para que as melhores cabeças permaneçam em sala de aula.

O trânsito de Campinas, já tumultado pelo grande fluxo de caminhões de carga, é ainda mais prejudicadopela péssima educação dos motoristas. Nesse flagra, uma infração grave: o carro de som foi estacionadona esquina e na contramão.

ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

O fator Maguito em AparecidaSem dúvida nenhuma, o prefeito Maguito Vilela

(PMDB), em Aparecida de Goiânia é o fator que mo-vimenta o cenário político eleitoral da cidade. A forçada gestão dele movimentou o candidato a prefeito Gus-tavo Mendanha (PMDB) para a liderança das pesqui-sas eleitorais. Uma gestão aprovada pode fazer osucessor, sem dúvida. Mas, o cenário ainda está longede uma definição.A pesquisa Grupom/Rádio 730 (*) , em parceria de

divulgação com o Diário de Goiás, para prefeito deAparecida de Goiânia 2016, revelou um cenário deforte disputa entre os três únicos candidatos. GustavoMendanha (PMDB), candidato apoiado pelo prefeitoMaguito Vilela (PMDB), lidera com uma diferença de4,5 pontos percentuais em relação ao segundo colo-cado, Marlúcio Pereira (PSB).O candidato do PMDB é o primeiro com 28% das

intenções de voto na estimulada, quando são apresen-tados os nomes aos eleitores para que eles saibamquais são os candidatos. Marlúcio aparece com 23,5%e o professor Alcides Ribeiro (PSDB) é o terceiro com20,2%.Considerando a margem de erro da pesquisa

(4,78%), os dois candidatos que estão à frente aindatêm uma margem de empate entre eles. No entanto, ocandidato Gustavo Mendanha apresenta uma margempara, ainda, conquistar mais índices em virtude da re-jeição que é menor. A pesquisa indica que o candidatodo PMDB pode ter entre 23,7% e 32,3% e o candidatodo PSB entre 19,5% e 27,6%. Já o empresário Alcidespode ter entre 16,4% e 24% e que tem chances de umsegundo turno contra Mendanha, mas vai ter que cres-cer para superar Marlúcio.Os dados mostram, claramente, que Gustavo Men-

danha está com um pé no segundo turno, e em pro-

cesso de crescimento, se considerarmos as outras pes-quisas eleitorais (Serpes; Paraná Pesquisas). A grandedúvida é: quem vai com ele para a disputa final: Alcidesou Marlúcio.Há maior dificuldade para o candidato Marlúcio

Pereira, sem dúvida, por causa do alto grau de rejeiçãoque o candidato precisa administrar. Se a campanhainverte isso, ele pode pensar na participação no se-gundo turno. Marlúcio é veterano em disputas eleito-rais em Aparecida de Goiânia e entende muito bemaquele eleitorado.Curiosamente, em todas as pesquisas eleitorais, o

candidato professor Alcides Ribeito mantém umamesma faixa do percentual na estimulada. No entanto,falta a ele um salto para conseguir, primeiro, superarMarlúcio que é o candidato a ser batido (Claro, se qui-ser isso). Ocorre que os dois estão em partidos de umamesma base política.No entanto, falta a eles o que Gustavo Mendanha

tem: Uma ampla base de partidos e, principalmente,Maguito Vilela e sua administração que tem uma boaavaliação por parte dos eleitores de Aparecida de Goiâ-nia. Aliás, Mendanha tem o que muitos gostariam paraenfrentar um eleição como essa no segundo maior co-légio eleitoral do Estado.(*) A pesquisa citada foi registrada na Justiça Elei-

toral. O período de realização da coleta de dados: 03 a06 de setembro de 2016. A margem de erro: 4,78%. Onível de confiança: 95,0%. O número de entrevistas:421. Realização: Grupom Consultoria EmpresarialLtda - CNPJ: 01.096.445/0001-80. Contratante: RádioClube de Goiânia S/A - Rádio 730 - CNPJ:01.540.202/0001-99. A pesquisa foi registrada na Jus-tiça Eleitoral com o protocolo nº GO-00560/2016 de02/09/2016.

Jorge de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Daniela Martins

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

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Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORDANIELA MARTINS

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

Alergia de FelicidadeQuanto custa sua alegria? O que você tem feito para

ser feliz? Estes dias me questionava sobre este aspecto, ograu de investimento que temos para ter ínfimos momen-tos de alegria. Os preparativos, as dificuldades, o esforçopara que por alguns instantes possamos rir e nos permitirter alegria.Todavia a felicidade é um estado que para muitos é

contraditório. Há quem sinta se bem, sentindo se mal.Mais um paradoxo da existência nos meandros da cons-ciência humana. Há quem viva com alergia de felicidade,não se permitindo ter alegria. Em um pequeno exemplo,há algum tempo atrás ouvi de uma paciente: “... sem querereu faço tudo pras coisas darem errado por que tenho medode sofrer então, eu me acomodo, saio de perto, evito, meisolo e com isto acabo fazendo com o que, poderia darcerto, vire um fracasso, é um ciclo vicioso no qual reclamo,fico mal por que as coisas não dão certo e na sequenciacontinuo agindo para que não deem realmente certo...” A consciência dolorosa do auto boicote na qual o sol

sangra, e a vida vira puro pessimismo como no postuladopor Arnold Bennett “O pessimismo, depois de você seacostumar a ele, é tão agradável quanto o optimismo-Things that Have Interested Me, The Slump of Pessi-mism...”. E dá lhe reclamação, pragas, aborrecimentos,tristeza, melancolia, resmungos, apatia, impropérios...re-clamar e mais reclamar.Há quem viva nos dias de hoje com alergia de felici-

dade, vai que é contagioso... como alguém pode se mostraruma pessoa de bem sorrindo, com alegria, feliz? Há umhábito social extremamente nocivo que dá a quem tem carafeia, fechada, séria ar de respeito, na imaginação de alguns

seres de raciocínio limítrofe. Pessoasque vivem de forma rabugenta, a reclamar, de sua sorte,que fazem por vezes da falta de educação seu alicerce deconvívio, em que se não trata ninguém bem para não sermaltratado, e esta é a linha de pensamento que ocorre emquase tudo: “não faço para depois não sofrer”; “não vou àfesta por que ela vai acabar”; “não namoro pra não serabandonado”; “não caso para não separar”; “não vou àpraia pra não ter de voltar”... E assim segue o resumo damiséria humana do poder, mas não fazer em uma distor-ção do desejo em pleno auto boicote.Vários casos de pacientes que atendi como analista e

psicólogo clínico retratavam nesta psicodinâmica um qua-dro de neurose intensa com vários complexos ativados ne-gativamente, fobia afetiva medo intenso de felicidade eprofundo auto boicote. Como no dito por Miguel EsteveCardoso: “Ser feliz é poder fingir, convincentemente, quese tem razão para andar triste ou não”... nestes casosporém o convencimento constante é para se provar diaria-mente que se vive bem na infelicidade, no resmungar... vi-timísmo crônico.Existe um componente na depressão menor também

conhecida por Distimia, que pode influenciar neste estadoneurótico de existência. Há como reverter este quadro se opaciente se cuidar e perceber sua intensa forma autodes-trutiva que limita em muito sua existência. Sai mais baratoe gratificante investir para ser feliz...

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pes-quisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

X

A falência do ensino médioO desempenho de estudantes no ensino médio em português e matemática

em 2015 foi pior que há 20 anos. Em 2015, a proficiência média em língua por-tuguesa na etapa de ensino foi 267,06. A média nacional melhorou em relaçãoa 2013, quando ficou em 264,06. No entanto, está abaixo dos 268,57 obtidosem 2011 e dos 290, registrados pelos estudantes de 1995. A proficiência médiaem matemática apresenta redução desde 2011, quando era 274,83. Em 2015,a média foi 267. Vinte anos antes, em 1995, a proficiência média era de 281,9.Os dados foram divulgados no dia 8 pelo Ministério da Educação (MEC).

A etapa é tida como um dos principais gargalos do ensino básico, concen-trando os piores indicadores. Os números são do Sistema de Avaliação da Edu-cação Básica (Saeb), calculados a cada dois anos.As médias de 2015 colocam os estudantes do ensino médio no nível 2 de 8,

de acordo com escala do MEC, em português e no nível 2 de 10 em matemá-tica. Isso significa que os alunos têm dificuldades em interpretações de texto eoperações matemáticas minimamente complexas como soma, subtração, mul-tiplicação e divisão.A proficiência considerada adequada para o ensino médio é 300 em portu-

guês e 350 em matemática, segundo critério consolidado pelo Todos pela Edu-cação, que leva em conta o desempenho dos países da Organização para aCooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na avaliação internacio-nal do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).Decepcionantes, os números mostram que não houve um amplo esforço

para mudar as bases do ensino médio. Especialistas avaliam que o ensinomédio no Brasil, nos moldes atuais, é uma etapa desenhada para não dar certo,especialmente pelo número de disciplinas, 13, que devem ser trabalhadas em4 horas de aula, que na realidade são duas horas e meia. Com essa incompa-tibilidade, ocorre uma perda de eficiência em relação a políticas e investimentose o resultado não poderia ser outro.Para enfrentar essa grave e urgente situação, é necessário tomar uma deci-

são que passa por dois aspectos: o currículo e a formação de professores. E oque os estudiosos recomendam é que é preciso dar mais foco no interesse dojovem. Para tanto, é preciso flexibilizar o currículo. Não é mais possível obrigaralunos com aptidões diversas estudarem da mesma forma todo esse amploconteúdo.Além de uma reformulação curricular, necessária ao ensino médio, é im-

prescindível investir pesado na formação de professores. Para tanto, tem queter política de atratividade para a carreira docente que faça com que os bonsalunos do ensino médio sigam a carreira. É necessário também formação con-tinuada, depois da inicial, e que as licenciaturas tenham mais prestígio dentrodas instituições de ensino. Por fim, é preciso pagar dignamente os professores,para que as melhores cabeças permaneçam em sala de aula.

O trânsito de Campinas, já tumultado pelo grande fluxo de caminhões de carga, é ainda mais prejudicadopela péssima educação dos motoristas. Nesse flagra, uma infração grave: o carro de som foi estacionadona esquina e na contramão.

ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

O fator Maguito em AparecidaSem dúvida nenhuma, o prefeito Maguito Vilela

(PMDB), em Aparecida de Goiânia é o fator que mo-vimenta o cenário político eleitoral da cidade. A forçada gestão dele movimentou o candidato a prefeito Gus-tavo Mendanha (PMDB) para a liderança das pesqui-sas eleitorais. Uma gestão aprovada pode fazer osucessor, sem dúvida. Mas, o cenário ainda está longede uma definição.A pesquisa Grupom/Rádio 730 (*) , em parceria de

divulgação com o Diário de Goiás, para prefeito deAparecida de Goiânia 2016, revelou um cenário deforte disputa entre os três únicos candidatos. GustavoMendanha (PMDB), candidato apoiado pelo prefeitoMaguito Vilela (PMDB), lidera com uma diferença de4,5 pontos percentuais em relação ao segundo colo-cado, Marlúcio Pereira (PSB).O candidato do PMDB é o primeiro com 28% das

intenções de voto na estimulada, quando são apresen-tados os nomes aos eleitores para que eles saibamquais são os candidatos. Marlúcio aparece com 23,5%e o professor Alcides Ribeiro (PSDB) é o terceiro com20,2%.Considerando a margem de erro da pesquisa

(4,78%), os dois candidatos que estão à frente aindatêm uma margem de empate entre eles. No entanto, ocandidato Gustavo Mendanha apresenta uma margempara, ainda, conquistar mais índices em virtude da re-jeição que é menor. A pesquisa indica que o candidatodo PMDB pode ter entre 23,7% e 32,3% e o candidatodo PSB entre 19,5% e 27,6%. Já o empresário Alcidespode ter entre 16,4% e 24% e que tem chances de umsegundo turno contra Mendanha, mas vai ter que cres-cer para superar Marlúcio.Os dados mostram, claramente, que Gustavo Men-

danha está com um pé no segundo turno, e em pro-

cesso de crescimento, se considerarmos as outras pes-quisas eleitorais (Serpes; Paraná Pesquisas). A grandedúvida é: quem vai com ele para a disputa final: Alcidesou Marlúcio.Há maior dificuldade para o candidato Marlúcio

Pereira, sem dúvida, por causa do alto grau de rejeiçãoque o candidato precisa administrar. Se a campanhainverte isso, ele pode pensar na participação no se-gundo turno. Marlúcio é veterano em disputas eleito-rais em Aparecida de Goiânia e entende muito bemaquele eleitorado.Curiosamente, em todas as pesquisas eleitorais, o

candidato professor Alcides Ribeito mantém umamesma faixa do percentual na estimulada. No entanto,falta a ele um salto para conseguir, primeiro, superarMarlúcio que é o candidato a ser batido (Claro, se qui-ser isso). Ocorre que os dois estão em partidos de umamesma base política.No entanto, falta a eles o que Gustavo Mendanha

tem: Uma ampla base de partidos e, principalmente,Maguito Vilela e sua administração que tem uma boaavaliação por parte dos eleitores de Aparecida de Goiâ-nia. Aliás, Mendanha tem o que muitos gostariam paraenfrentar um eleição como essa no segundo maior co-légio eleitoral do Estado.(*) A pesquisa citada foi registrada na Justiça Elei-

toral. O período de realização da coleta de dados: 03 a06 de setembro de 2016. A margem de erro: 4,78%. Onível de confiança: 95,0%. O número de entrevistas:421. Realização: Grupom Consultoria EmpresarialLtda - CNPJ: 01.096.445/0001-80. Contratante: RádioClube de Goiânia S/A - Rádio 730 - CNPJ:01.540.202/0001-99. A pesquisa foi registrada na Jus-tiça Eleitoral com o protocolo nº GO-00560/2016 de02/09/2016.

Jorge de Lima

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

POLÍTICA 3GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

XRonaldo Coelho

[email protected] DIRETAEncontro pró-Vanderlan

Governador Marconi Perillo (PSDB)promove na quarta-feira, no Tartersal de Eli-te do Parque de Exposições de Goiânia,grande reunião dos partidos e militantes queestão no projeto político-eleitoral de Vander-lan Cardoso (PSB) em Goiânia. Os comis-sionados do Estado também serão chama-dos para a reunião e convocados a participarda campanha. Objetivo é injetar fôlego na re-ta final de campanha.

Líder consolidadoAs pesquisas Serpes/O popular, Fortiori

e Grupom/Rádio 730 AM apontam para aconsolidação do nome de Gustavo Menda-nha (PMDB) como líder nas pesquisas dacorrida sucessória em Aparecida de Goiânia.Ele aparece com 25% no Serpes e na casados 28% do Fortiori e no Grupom. Os levan-tamentos foram realizados no início do mês.

RÁPIDASO Centro de Reabilitação e Readaptação

Dr. Henrique Santillo (Crer) realiza no próximosábado, dia 17 de setembro, a segunda ediçãodo Festival de Esporte Adaptado (Fead), a partirdas 8 horas, no Clube da Associação dos Servi-dores da Saneago (Assesgo).

O evento abre o calendário de comemora-ções do aniversário de 14 anos da instituição,celebrado no dia 25 de setembro. O Festival deEsporte Adaptado é um evento de caráter inclu-sivo que promove maior independência, integra-ção e socialização entre os pacientes do Crer.

O contribuinte autuado por não ter quitadoo IPVA de 2014 e 2015 pode pagar o impostocom multa de 100%, mais correção monetária ejuros em até 12 parcelas O parcelamento nestecaso é permitido desde que a parcela não sejainferior a R$ 100.

O desconto na multa, que pode chegar a80%, somente é concedido a quem pagar o im-posto atrasado até 30 dias após receber a noti-ficação da Sefaz. Quem não quitar o débito àvista ou parcelar terá o nome inscrito na dívidaativa, na Serasa e título protestado em cartório.

XXX

X

Fora do arO estilo policialesco do candidato e do pro-

grama de TV do Delegado Waldir (PR) chamaa atenção, mas, às vezes, assusta e foge do ra-zoável. Por isso, a juíza da 146ª Zona EleitoralRozana Fernandes Camapum determinou nasexta-feira, dia 9, a retirada imediata de umapropaganda eleitoral do candidato por ferir aLei Eleitoral ao utilizar encenação publicitáriacom o objetivo de causar emoção no eleitor.

Para impressionarCom o objetivo de causar medo e pânico

no eleitor, o marketing do Delegado Waldir, aoabordar o tema da segurança pública, um dosmotes principais da campanha do candidato,trazia a simulação de um assalto a mão arma-da na propaganda que vinha sendo veiculadana televisão e por meio das redes sociais. Nacena, uma mulher está em um ponto de ônibuse é assaltada por um homem vestindo um ca-puz preto. A peça dá a entender que a mulherfoi assassinada no assalto.

Campanha apimentadaO senador Ranaldo Caiado (DEM) entrou

para valer na campanha de Iris Rezende(PMDB) em Goiânia desde a semana passada.Antes, ele estava envolvido no Senado com oprocesso de impeachment de Dilma Rousseff(PT), do qual foi um dos líderes. Por causa doseu temperamento explosivo, a chegada deCaiado pode apimentar a discussão de temaimportantes na campanha, além de provocarembate direto com os adversários, coisa queIris Rezende vem evitando até agora.

Estrela cadenteCandidatos do PT, seja a prefeito, vice ou

vereador em todo o estado de Goiás estão ino-vando na sua propaganda eleitoral. Antes, a es-trela vermelha, símbolo do partido, tinha des-taque. Hoje, com a imagem do PT queimada esimbolizando a corrupção, a estrela perdeu es-paço e aparece muito discretamente nas propa-gandas, bem pequenininha, sem qualquer des-taque.

“Por que o Estado vai por um jugo em todo cidadãobrasileiro, que todos têm de ter um único regime?Tem de ser formalizado para fornecer atividadecom garantias de ocupação com renda e que sejafeliz. De repente a minha felicidade não é a felici-dade do outro”

Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirma que a proposta de reforma trabalhista do governo Michel Temer vaioficializar a carga horária diária de até 12 horas, desde que o trabalhador não exceda o limite de 48 horas semanais.

BaixariaO cronista Jorge Kajuru, candidato a verea-

dor em Goiânia pelo PRP, fez comício no Jar-dim Tropical, em Aparecida, na região de divi-sa com a capital, local que tem muitos eleitoresdas duas cidades. Junto dele estava o MajorAraújo (PRP), candidato a vice de Iris Rezende(PMDB). No palanque Kajuru manteve seu es-tilo polêmico e falou coisas muitas pesadascontra o candidato a prefeito de Aparecida pe-lo PSDB, Professor Alcides. Com esse discur-so, Kajuru pode até ganhar a eleição, mas vaicontinuar colecionando inimigos e processosna Justiça. Muita baixaria e poucas projetos.

Daniel Vilela votará pelacassação de Cunha

O plenário da Câmara Federal julgará nestasegunda-feira, dia 12, o relatório do deputadoMarcos Rogério (DEM-RO), que pede a cassa-ção do mandato do deputado federal EduardoCunha (PMDB-RJ), aprovado pelo Conselhode Ética da Casa, em junho último, por 11 votosa 9. A expectativa de todo o Brasil é grande e avotação no plenário sinaliza pela cassação domandato de Cunha com mais facilidade do queno Conselho de Ética. A bancada do PMDB li-berou os parlamentares, mas o presidente dopartido em Goiás, Daniel Vilela, já informouque vai votar pela cassação do mandato. ParaDaniel, o colega de partido e no Congressomentiu na CPI da Petrobras sobre suas contasno exterior, crime decoro pelo qual é acusado noConselho de Ética e, por isso, deve ser cassado.Cunha também é acusado em dois processos noSTF por lavagem de dinheiro e corrupção. Es-pera-se que os 17 deputados da bancada goianavotem do mesmo jeito que Daniel Vilela.

Elogios 1Primeiro secretário da Assembleia Legislati-

va, o deputado Henrique Arantes (PTB) foi elo-giado no plenário durante a sessão de terça-fei-ra, dia 9, pelo deputado Francisco Júnior, can-didato a prefeito de Goiânia pelo PSD. Francis-co agradeceu a Henrique Arantes e ao presiden-te regional do PTB, Jovair Arantes, por firma-rem compromisso com relação às eleições de2016 e firmar aliança entre o PTB e o PSDB,mesmo com o governador Marconi Perillo(PSDB) tendo pendido para o lado de Vander-lan Cardoso (PSB), levando consigo uma levade partidos da base aliada ao governo.

.Elogios 2

Os deputados Ernesto Roller e Adib Elias,do PMDB, também parabenizaram HenriqueArantes e o PTB por não cederem aos convitesrecebidos para compor chapas na oposição,mas sim honrar sua palavra, anteriormente fir-mada com a base e com o PSD. Os deputadosSantana Gomes (PSL) e Marlúcio Pereira(PSB) usaram a tribuna e reforçaram o elogio.Marlúcio, candidato a prefeito em Aparecida,mencionou a aliança com o PTB no município,onde William Ludovico (PTB) foi indicado porHenrique e Jovair como o vice de sua chapa. Er-nesto Roller e Adib Elias também são candida-tos a prefeito e lideram as pesquisas em Formo-sa e Catalão.

Detran: menos burocracia,mais eficiência e agilidade

Desde janeiro, quando Manoel Xavier Ferreira Filho assumiu a presidência do DepartamentoEstadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), uma nova visão estratégica foi implantada no órgãocom o objetivo de aprimorar a qualidade dos serviços prestados e, ao mesmo tempo, garantir efi-ciência e agilidade no atendimento aos usuários. Antes vistocomo órgão tomado pela burocracia, com prestação deserviço lenta e regido por enormes filas, o Detran-GOpassou a funcionar sob novo estilo pautado por duasprioridades: eficiência e rapidez. Distante de holofotese discreto, Manoel Xavier responde a quem o parabe-niza pela gestão na autarquia que nada mais cumpredo que sua obrigação. No mês de agosto, a gestão deManoel Xavier foi parabenizada pelo próprio gover-nador Marconi Perillo, que agradeceu ao presidente eaos servidores pela dedicação, atenção dispensadaaos usuários dos serviços do Detran e pelaqualidade do serviço prestado. “Éimportantíssimo o bom atendimen-to àquele que é, via de regra, o nos-so patrão: o povo goiano. O De-tran, além de cumprir com suasobrigações internas, tambémtem sido o órgão colabora-tivo do governo estadualem muitas ações que in-teressam à popula-ção goiana”, disse.

Daniela Martins

Nada menos que oito candi-datos disputam a cadeira de pre-feito de Abadia de Goiás, municí-pio integrante da Região Metro-politana de Goiânia (RMG) quefica há menos de 20 quilômetrosda Capital, e cuja emancipaçãopolítica se deu recentemente, emdezembro de 1995, pelo entãogovernador Maguito Vilela.

Alguns nomes em disputasão velhos conhecidos da popu-lação, como o do empresário Val-deci Mendonça (PMDB), que jáesteve na gestão municipal porquatro vezes: uma como vice etrês como titular. Em 1997, foieleito vice de Maria Telma Orte-gal, primeira prefeita de Abadia.Seis meses depois, Valdeci assu-miu a Prefeitura até o final domandado. Foi reeleito em 2001,saiu no final da gestão, em 2004,e retornou como Chefe do Exe-cutivo municipal em 2009. Nasúltimas eleições, foi derrotadopelo atual prefeito Romes Gomese Silva, então do PSB.

Hoje, Romes Gomes disputaa reeleição pelo PSDB. Além dosdois antigos adversários, estão nadisputa André da Farmácia(PTB), Cristiano Silva (PTC),Divino Alves (DEM), Dr. Celso(PRB), Hélio Mendes (PROS) eProfessor Josué (PR).

Valdeci Mendonça esteve naTribuna do Planalto, dia 6, e con-cedeu esta entrevista, em que de-fende sua pretensão de voltar àgestão de Abadia de Goiás.

Por que o senhor deseja ser novamente prefeito de Abadia?

Valdeci Mendonça – Achoque Abadia pode mais. A cidadenão está sendo bem administradapela atual gestão, os recursos nãoestão sendo bem aplicados. Agente percebe notoriamente napopulação a carência na saúde,em infraestrutura, na educação.Vejo em cada servidor o descon-tentamento com a gestão, quenão valoriza os funcionários.

A população está a mercê dagestão. Voltei a ser candidato,quero ser prefeito, para fazer amudança que o povo quer. Fazeruma Abadia de Goiás bonita,com saúde de qualidade, trazeras especialidades que a popula-ção precisa. Queremos voltar asfestividades que estão esquecidaspela atual gestão. Abadia semprefoi uma cidade hospitaleira, vi-brante, conhecida pelo Estado deGoiás. Queremos voltar a darcrebilidade para nossa cidade, es-se é nosso interesse e a nossavontade.

De quais festividades o senhorfala?

A gente promovia a Festa de

Peão, comemorava o aniversárioda cidade dia 19 de março, e aPrefeitura sempre apoiava as fes-tas tradicionais. Trazíamos paraAbadia a Fórmula 200, corridasde bicicleta, torneios regionais defutebol, enfim, várias ações nasáreas de esporte, cultura e lazer.Hoje, a popujlação está carente epede a volta dessas atividades.

Em seu projeto de governo, osenhor propõe a construção daMaternidade, melhorias na

saúde. Há recursos para isso?Quando saí em 2012 tinha

deixado preparado parcerias como governo do Estado. Saúde éuma área problemática, mas nãodá pra falar que não dá pra fazer.Nós queremos buscar parceriascom o Estado e a União, que têmrecursos. Temos de buscar maispara Abadia, implantar uma saú-de de qualidade lá. Transformar ocentro em Hospital e Maternida-de, porque não dá mais para smães de Abadia viajarem para ter

seus filhos noutras cidades. Todocidadão abadiense, na verdade, éabadiense, mas não é pois nasceem Goiânia, Trindade. Queremosque ele nasça lá. Queremos dartotal condição para as futurasmães terem os filhos em Abadia.

Como está a campanha, a receptividade por onde o senhorpassa?

Estou muito feliz, por ondeestou andando, a gente vê no ros-to da população a vontade demudança, sou muito bem recebi-do nas casas. Logo que entro nascasas, fazem a comparação domeu governo com o governoatual. Eles falam do que tinha naminha época, e que não tem hoje.Estou muito esperançoso e estouvendo que a população está de-positando muita confiança nessaretomada nossa.

Qual a importância de Abadiano cenário estadual?

Abadia tem crescido muito,estamos chegado a 20 mil habi-tante. Mais quatro, cinco anos,vamos ter 50 mil. É uma cidadeimportante da Região Meotropo-litana, tem a rodovia BR-060 quecorta o município. Tem indústriaschegando lá, hoje a Central deDistribuição do Centro-Oeste daRicardo Eletro está em Abadia egera mais de 200 empregos lá.Tem outras importantes empre-

sas lá também. Assim, Abadia éum importante município no ce-nário estadual. Em 2015, o PIBde Abadia foi o segundo do Esta-do de Goiás.

O que o senhor gostaria dedestacar em seu projeto paraAbadia?

A gestão precisa elevar a au-toestima da população, cons-truindo obras de destaque paraAbadia. Temos uma área no cen-tro da cidade que queremostransformar no Centro Adminis-trativo e junto construir um mi-nishopping. Vamos buscar parce-rias com Banco do Brasil, CaixaEconômica Federal, Sicoob, Cor-reios, Bradesco, cedendo espaçopara que eles venham para cá.Vamos criar um VaptVupt e, naparte superior, criar lojas, praçade alimentação e um mini cine-ma. Tudo isso para que se possaintegrar mais a juventude de Aba-dia, oferecendo um espaço paraque apresentações de danças,teatro, música, enfim, um centrode integração da população.

A população clama muito delazer, estamos com projeto ousa-do de construir a praça da Juven-tude em frente à Prefeitura Muni-cipal de Abadia. Temos aindauma área verde, no centro, ondepodemos construir um centrocultural com pista de cooper e es-paço para lazer.

ABADIA DE GOIÁS

Valdeci Mendonça (PMDB): ex-prefeito por três gestões emnova disputa com Ramos Gomes (PSDB), que busca reeleição

Valdeci briga por quarto mandato

POLÍTICA4 X

GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

ENTREVISTA - IRIS REZENDE

“Quero dar continuidadeaos projetos que comecei”Entrevistar Iris Rezende não é tarefa fácil. Trata-se deum político cuja trajetória se confunde com osúltimos 70 anos da história política de Goiás,portanto é uma enciclopédia humana. Basta umapergunta e ele conta uma história, geralmente jásabida, sobre sua relação com a política, um fato desua vida com repercussão social. O fato é que,mesmo conhecido o episódio, por se tratar de umpolítico com a história de Iris, a narrativa ganhacontornos de ineditismo, de dramaticidade. Assim foique, na terça-feira, dia seis, lá estávamos noescritório do ex-prefeito, ex-governador, ex-senador,ex-ministro, ex-político aposentado para saber deseus projetos pra Prefeitura de Goiânia, caso sejaeleito. E à primeira pergunta, Iris contou fatos queremontam às origens de Goiânia e do próprio estadode Goiás nos moldes atuais. Naturalmente, o leitornão terá acesso a toda a entrevista, afinal não setrata de uma narrativa da vida de Iris Rezende, maspara não deixá-lo sem o gostinho do que foi tratado,citamos aqui que ele falou sobre como urbanizou aPraça Universitária, a partir de doação de 248 lotespara ocupantes da região, doação solicitada por ele,prefeito nos anos 1960, aos donos das três maioresimobiliárias da capital. Ele lembra como construiubairros como Vila Redenção, Vila União. “Naquelaépoca, acabei com as favelas de Goiânia”, diz. Esegue: “Quando eu volto como governador[redemocratização, 1983], a mesma tara praconstruir casa para os pobres. Goiânia já estavasendo tomada de novo por favelas. Fui fazer a VilaMutirão, mil casas num só dia. Fui tirar o resto [dasinvasões] agora, pra abrir a Leste-Oeste. Então eusempre me preocupei [com a falta de moradia]”,diz, destacando que esse será um dos motes de suacampanha e bandeira de uma eventualadministração. “Mas eu só preocupei com casa emGoiânia? Não. Goiânia é a única cidade do Brasil commais de um milhão de habitantes que não convivecom favela. Não sou vaidoso, não sou metido abesta, não, mas esse mérito eu tenho, foi porque mepreocupei cedo com essa questão. Há 30 anos,construí o Sistema de Abastecimento de Água doMeia Ponte, que está abastecendo Goiânia até hoje.Eu construí a rodoviária mais bonita em Goiânia. Tavaaquela carcaça do Palácio da Justiça, terminei deconstruir o Fórum. Então, eu sempre tive zelo porGoiânia. Por reconhecimento, por amor”, fala,conduzindo ele mesmo a entrevista. Entrando nasmemórias de fatos recentes, Iris conta como decidiuencerrar a carreira política, mas voltou de últimahora pra se candidatar a governador em 2014 e foiderrotado. E novamente tomou a decisão deencerrar a carreira. “Mas quando eu soltei aquelanota, eu senti um desencanto nessa cidade, nosinaleiro eu parava… 'Não, você não pode fazer isso,não!…' Isso foi mexendo comigo, de repente euchamei as novas lideranças do partido e falei, Bruno,Daniel, vocês têm que ser candidato. Resumindo,sou candidato por amor a essa cidade, por gratidão aessa cidade”. Esse é Iris.

Como resolver o problemapersistente há décadas dotransporte coletivo?É uma área muito sensível,

que também está deixando a de-sejar, bagunçou tudo. Quandoeu assumi a prefeitura em 2005 otransporte estava uma bagunça.Alguém liderou essas pessoasmais humildes pra comprar vane invadir Goiânia. Eram mais de200 vans, tomando lugar de ôni-bus, era aquela coisa, construiu-se aquela anarquia. O prefeito naépoca e o governador reuniram,falaram, “Vocês compram ôni-bus, nós arranjamos linhas pravocês...” Foram lá em São Pauloe compraram ônibus já rodados,trouxeram e os ônibus quebra-vam no caminho. E as empresasperderam o incentivo. Eu ganheia eleição, chamei um grupo detécnicos na área, elaboramos um

edital para todas as linhas deGoiânia; estabeleci no edital oque custaria a passagem, porqueo empresário, pra investir, eleprecisa saber o valor da passa-gem, reajustável anualmente; pu-blicamos e espalhamos o editalpaís afora. Os empresários deGoiânia decidiram investir, por-que acreditaram em mim. Inves-tiram. 1.200 ônibus e pusemosem Goiânia; o edital dizia: ôni-bus zero-quilômetro, com ar-condicionado, cada um comdispositivo para cadeirante eidoso. E esses ônibus passarama rodar nessa Goiânia inteira eessa cidade ficou feliz; completaum ano, reajustei, certinho. Ter-ceiro ano, reajustamos; quartoano, reajustamos; quinto ano,reajustamos. O melhor trans-porte que poderia se conceberera o de Goiânia. Eu saio da pre-

feitura pra ser candidato a gover-nador, começaram a inventarmoda: ah, esse segmento nãoprecisa pagar passagem, ah, 70mil passes [livres] por um ano,vem outro, tanto por cento praestudante... e não pagavam àsempresas esses passes. As em-presas quebraram, estão aí em si-tuação de pré-falência. Tudoisso, falta de competência, ati-tude e seriedade na conduçãodos negócios públicos. Sempreangariei respeito, carinho, pelaprestação de serviço público.

Mas agora, qual a proposta pramelhorar o transporte coletivo?Eu ganhando a eleição, daí a

uma semana já estaremos comtécnicos estudando onde é quevamos criar novas linhas, linhasligando um bairro a outro sempassar pelo centro. Abrimos ave-

nidas como a Leste-Oeste quepodem ser ocupadas por ônibus.

O Sr. vai fazer um novoprocesso de licitação das linhasdo transporte coletivo?

Nós vamos estudar, vamosfazer o que for necessário. Eessas coisas, eu digo a vocês, nãoé por me gabar, não, se Deus medeu o dom político, Deus me deuo segundo dom: facilidade pra

tomar decisão. Muitas vezesuma coisa que uma autoridadedemora um, dois meses eu tomoem cinco minutos. Posso ter er-rado? Posso. Mas eu tenho faci-lidade pra tomar decisão.

Tribuna do Planalto – O que olevou a sair candidato mais umavez a prefeito de Goiânia?Iris Rezende – Goiânia pra

mim é uma comunidade espe-cial, envolve muito sentimentopessoal meu, de gratidão, de re-conhecimento, de responsabili-dade. Eu entendo que a criaturahumana não pode ser movidasimplesmente pelos interessesimediatos, tem que atuar, sejaem qualquer área da atividadehumana, procurando servir e napolítica, sobretudo. Cheguei emGoiânia com 15 anos de idade,exatamente em julho de 1949.Meu pai vendeu tudo que tinhaem Cristianópolis, mudamospra cá, para nos dar oportuni-dade de estudo. Na escola, fuieleito presidente do Grêmio Es-tudantil, entrei no Lyceu. Aí en-tendi que minha vocação erapolítica. Em 1958, eu era eleito overeador mais votado de Goiâ-nia; quatro anos depois, eu eraeleito o deputado mais votadode Goiás, com uma votação ex-traordinária de Goiânia; verea-dor, eu tirei mil setecentos etantos votos – eu tinha colega naCâmara com cento e tantosvotos… Pra deputado, eu saícom quase 11 mil votos. E daí atrês anos eu fui eleito prefeito.Ora, se essa cidade não tivesseacreditado em mim desde a po-lítica estudantil, Goiás não teriame conhecido. Então esse senti-mento não brotou em mimagora, vem lá do início. Agora,eu tive meus méritos, que eu en-tendo até como uma questão es-piritual. Por que, eu, um prefeitocom 30 anos de idade, entendi

que a moradia era o primeiroitem pra dar dignidade a umapessoa, a uma família, por quê?

O que o Sr. pretende fazer comoprefeito de Goiânia que ainda

não fez?Tudo que a cidade precisa,

tudo. Eu tenho que continuar apensar na habitação, construindocasas e distribuindo lotes urbani-zados para as famílias pobres, pra

não deixar Goiânia voltar a serpalco de favela, eu tenho que pen-sar na saúde, deixamos Cais fun-cionando 24 horas por dia,construímos unidades de saúde, acidade tranquila, bem atendida;hoje a cada lugar que chego, al-guém diz: “Nosso Cais fechado,não atende mais, essa coisa toda”.Então, temos que pensar seria-mente, porque tem gente mor-rendo à míngua. Nós aqui docentro muitas vezes não sabemoso que se passa lá nos bairros maisdistantes. Ainda mais agora comesse desemprego, fechando lojas.E também a educação, porque euentendo que tudo começa numaboa educação. Quando chegueina prefeitura, encontrei o pro-grama dos Cmeis, de educaçãoinfantil, que foi criado pelo PedroWilson. Eu me apaixonei poraquilo. Quando fui visitar o pri-meiro, antes da posse, eu vi crian-cinha de dois, três anos brincandocom brinquedos que iriam ajudarno desenvolvimento intelectualdela, eu falei, “Olha, eu vou inves-tir nisso”. Tinha quatro mil vagas,deixei 12 mil em cinco anos que fi-quei na prefeitura. Hoje já tem umdéficit de não sei quanto. E o en-sino fundamental? Eu introduzi otempo integral na escola de en-sino fundamental, que parece nãofoi pra frente. Então eu vou voltara transformar as escolas de en-sino fundamental em tempo inte-gral para os filhos dos casais quetrabalham fora, a criança vai ficarsob os cuidados da prefeitura odia todo. Então, nosso projeto éesse, dar continuidade àquilo quecomecei nos últimos cinco anosque fui prefeito.

“Farei o necessário para resolvero problema do transporte coletivo”O Sr. está em primeiro lugar naspesquisas. Como está areceptividade nas suas andançaspela cidade?Olha, emocionante. Ontem

(dia 5) eu estive na Rua 4, Came-lódromo, é algo de emocionar. Euestou sendo honrado por Deusnessa fase da minha vida pelo ca-rinho popular. Agora, por queisso? Porque eu sempre levei asério todas as posições que eu as-sumi na vida pública, sempre.

O Sr. se arrepende de ter largadoa prefeitura para candidatar-se agovernador, em abril de 2010?Me arrependi. Foi um erro

meu. Eu não podia ter feito aquilo.Agora, por que eu fiz? Por respon-sabilidade com o meu partido.Chegam todos os prefeitos doPMDB de Goiás, todos os depu-tados estaduais do PMDB chega-ram na prefeitura, pediramaudiência, para tratar do ICMS,que a Celg não está pagando…

Mas nada disso foi tratado. Che-garam lá e me pediram para largara prefeitura e candidatar a gover-nador, porque a candidatura doAdib Elias tinha ido por águaabaixo… Me fizeram chorar deemoção. E eu via no Paulo [Gar-cia, então vice-prefeito] um irmão-zão, fui me encantando com oPaulo. Então eu não titubeei.

Caso eleito, o Sr. pretende ficaros quatro anos na prefeitura?Eu tenho dito e você pode

botar em letras garrafais: vou ficaros quatro anos, até o último dia domeu mandato. Por que eu escolhio Major Araújo? Eu fiz umaaliança com o DEM, com o PRP,que é o partido do Braga, e oMajor hoje simbolia firmeza, ca-ráter, foi dos pouquíssimos da As-sembleia que peitou tudo quantoé trapaça esse tempo todo. Vocêviu agora essa isquinha aí de Sa-neago… você não sabe o quepassa nesse Estado… Por que,

tudo que eu peguei, eu saí bem?Nunca abri espaço pra malandro,pra aproveitadores, de forma queo dinheiro sobra. Eu assumi a pre-feitura com R$ 262 milhões de dí-vidas só do ano de 2004. Foi aúnica declaração que eu dei quepossa ter aborrecido o Pedro Wil-son. Foi quando eu tomei aquelasatitudes, logo na primeira semana:dispensa todos os carros aluga-dos; tinha 800 guardas armadosvigiando grupos escolares, de umaempresa, rescindi o contrato, abriconcurso botei 2000 guardas mu-nicipais, ficou sobrando dinheiro;tirei aquela empresa de coleta delixo que estava aqui há 17 anos es-quentando a mão de tudo quantoé vagabundo, tive coragem, tiro aempresa, compro 55 caminhõespra pagar em 15 meses, passou acustar um terço do que custava acoleta de lixo; celular, mandei cor-tar tudo, não deixei nem pra mim.Tudo isso sem barulho, não humi-lhava ninguém.

“Vou ficar os quatro anos, até o último dia do meu mandato”

“Por que em tudoque peguei, eu mesaí bem? Porque

nunca abri espaçopra malandro, praaproveitador, de

forma que o dinheirosobra.”

Daniela Martins, Manoel Messias e Ronaldo Coelho

Equipe da Tribuna entrevista Iris sobre o desejo dele de ser novamente prefeito de Goiânia

PAULO JOSÉ

POLÍTICA 5

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GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

ENTREVISTA / VANDERLAN CARDOSO

“Quero ficar nahistória de Goiânia”Nesta que é a sua quinta disputa eleitoral, oempresário Vanderlan Cardoso, ex-prefeito deSenador Canedo, está certo de que levará a brigapela Prefeitura de Goiânia para o segundo turno.E mais, hoje na vice-liderança das pesquisas, ocandidato do PSB acredita que ao final doprimeiro turno estará bem próximo ou mesmo àfrente do seu principal adversário, Iris Rezende,do PMDB. Com uma aliança que envolve 13partidos e o apoio do governo estadual, VanderlanCardoso conseguiu uma coalizão jamais

alcançada em suas eleições anteriores. Aos 53anos, o empresário se orgulha de teradministrado Senador Canedo. Natural de Iporá,há 226 quilômestros de Goiânia, Cardoso é tidocomo gestor moderno e está entre os candidatosque têm menor rejeição, o que o torna oadversário mais temido pelos peemedebistas emeventual segundo turno. Vanderlan Cardosoesteve na Tribuna do Planalto na última quinta-feira, 8, quando falou de seus projetos e dodesejo de fazer história administrando Goiânia.

Tribuna do Planalto - O sr. já foiprefeito de Senador Canedo,cidade próxima da Capital. Porque o sr. quer ser prefeito deGoiânia?

Em primeiro lugar, porquegosto de desafios! Ser prefeito dacapital é um desafio para qualquerpolítico, qualquer pessoa que sedispõe a fazer a diferença. Querofazer a diferença. Quero ficar paraa história de Goiânia, como fiqueipara a história de Senador Ca-nedo, como o melhor gestor desua história. Esse é o meu desafio.

Como está sendo a receptividadenas ruas como candidato aprefeito?

Muito boa. Por onde a gentetem passado, gravando progra-mas ou fazendo as nossas cami-nhadas, tem sido excelente. Cadadia que passa, com a apresentaçãode nossas propostas através dohorário eleitoral, nosso projetotem sido bem aceito pela popula-ção, compreendido, o que é omais importante. Com isso, agente vai se tornando mais conhe-cido e também ganha mais votos

com a nossa população.O sr. é o candidato que hoje, decerta forma, está ligado à base dogovernador Marconi Perillo(PSDB). Na sua opinião, essaaliança com o governo doEstado tem ajudado a alavancara sua candidatura?

Todo apoio que nós recebe-mos ajuda na nossa campanha. Enão tem sido diferente, inclusivecom a indicação do nosso viceThiago Albernaz, do PSDB, par-tido do governador. Alguns parti-dos que vieram da base do

governo também têm nos aju-dado, têm contribuído bastante.

Há uma integração política, umengajamento desses partidos dabase na sua campanha?

Sim. Alguns se engajam maise outros menos, mas eu estou no-tando uma animação com relaçãoao pessoal que veio nos apoiar.Tanto é que, dia 14 agora, teremosum grande encontro dos partidosque estão nos apoiando, inclusive,partidos da base que compõem ogoverno do Estado.

O sr. sempre foi um candidatoindependente e já fez váriascríticas pontuais a esta gestão. Aspessoas falam que hoje há umdesconforto depois dessa junçãodo seu grupo político com ogrupo político do governadorMarconi Perillo nessa campanha.Está tendo um desconfortomesmo ou isso já foi superado?

Desconforto nenhum. Essaeleição é completamente diferenteda eleição para governo do Es-tado. É uma eleição municipal enós recebemos o apoio. Eu nãomudei as minhas ideias, nem foicolocado para nós que para ter oapoio do governo, teríamos demudar algumas posições nossas.

Não mudamos nada nem foi pe-dido para nós que fizéssemos mu-danças. Por exemplo, com relaçãoà implantação pelo Estado deOSs, nós não defendemos. Vamosestar com o mesmo projeto que tí-nhamos para Goiânia. Eu fiz umadas melhores gestões no municí-pio que governei e os mesmosprojetos que foram implantados láserão implantados em Goiânia.

O sr. administrou SenadorCanedo, uma cidade que hojeconvive com muitos problemasde abastecimento de água, que láé um serviço municipalizado. Naépoca de sua gestão, parece queo problema era menor. Em

relação a Goiânia, qual é opiniãodo sr., o que o senhor pretendefazer em relação a Saneago?

Nós temos que saber diferen-ciar. O município de Senador Ca-nedo tinha problema gravíssimode água. Nós resolvemos e deixa-mos muitas obras para o abaste-cimento. Essas obras foraminterrompidas ou estão a passoslentos. Em Goiânia, o sistema deabastecimento é gerido pela Sa-neago e aqui é completamente di-ferente. Agora, a Prefeitura deGoiânia renovou a concessão pormais 30 anos e já com novas cláu-sulas, inclusive, de ter uma Agên-cia Reguladora, assim a cidade deGoiânia vai participar dessa regu-

lação. Contrato não se quebra. Eunão sou, nem vou ser louco de, emépoca de eleição, dizer que vou in-terromper contrato. Sairia umcusto muito alto para a cidade deGoiânia como foi e está sendopara Catalão que retomou a con-cessão via judicial e hoje tem umadívida milionária para pagar. Ocontrato tem que ser obedecido eas obrigações terão de ser cumpri-das. O que eu defendo para Goiâ-nia é que a cidade tenha umaparticipação nesses lucros e quetais recursos sejam investidos emeducação, saúde, esporte, lazer epara a abertura de mais vagas nascreches. É o que defendo e voutrabalhar para que isso aconteça.

“Não mudei minhas ideias nem minhasposições para ter o apoio do governo”

Daniela Martins, Marcione Barreira e Ronaldo Coelho

“Falta comprometimento com a população”Quais são as propostas, deforma objetiva, para amobilidade em Goiânia?

Estamos dividindo a mobili-dade em várias frentes. Vamos di-vidir Goiânia em oito regiões, poisnão tem mais como administrar acapital simplesmente como umaregional. Em cada região, vamoster distritos industriais e pólos dediversos segmentos. Com isso,vamos firmar as pessoas em cadaregião, reduzindo o uso do trans-porte coletivo e o deslocamento deveículos dessas regiões para a re-gião central. Isso já vai trabalhar aquestão da mobilidade. Vamosconstruir os terminais. A prefei-tura tem que fazer a sua parte. Sedeixar a construção de terminaispara as empresas, elas que vãodizer onde vão colocar a linhas. Sea prefeitura constrói, ela vai defi-nir as linhas de ônibus. As faixasexclusivas para os ônibus têm deser intensificadas, sendo feito umestudo bem detalhado, ouvindo apopulação e comerciantes. Vamosbuscar parcerias com o governo

do Estado e governo Federal, paraque sejam construídos mais via-dutos, trincheiras. Vamos melho-rar a sinalização e investir naeducação. Vamos promover a ex-tensão do BRT para outras re-giões.

Dentro do seu programa degoverno, o que o sr gostaria dedestacar na área de saúde?

Fizemos uma das melhoresgestões da saúde no Brasil atravésde um investimento maciço do

Programa Saúde da Família, queé tratar o problema da saúde noinício. Faremos isso em Goiânia e,ao dividir a cidade em regionais,vamos ter um centro em cada re-gional para atender a população,equipar melhor e ter mais profis-sionais qualificados nos Cais e nasUPAs.

Um dos grandes problemas é afalta de medicamentos e médicosnessas unidades...

Com relação aos medicamen-

tos, temos o Programa Remédioem Casa, que é um projeto queteve um sucesso muito grande(em Senador Canedo) e nósvamos implantá-lo aqui. Vamoslevar esse medicamento na casada pessoa e assim vamos melho-rar o transporte coletivo, redu-zindo o deslocamento dospacientes na busca por remédicos.

Tem recurso para isso?O que falta mais é gestão.

Nós temos mais de 1000 médicosda rede municipal de saúde. Sóque esses profissionais estão semliderança. Eles estão trabalhandosem um planejamento adequado.Falta gestão em todas as áreas.Na saúde não é diferente.Quando nós fizermos a parceriacom a iniciativa privada, esseshospitais, que estão com dificul-dade financeira, vão passar a fun-cionar melhor. Então, não ésimplesmente que está faltandomédico, não. Faltam gerência,gestão, ação e falta compromissocom a população. “Na minha gestão, os direitos dosprofissionais serão respeitados. É

nosso compromisso com osservidores, com a educação e com a

população.” ““Vou chamar os servidores públicos para construir uma nova Goiânia”Em relação ao servidor público,qual será o tratamento dado aesse segmento?

Vou chamar os servidorespúblicos para nos ajudar a cons-truir uma nova Goiânia. Nóstemos que pegar esse exército etrabalhar em conjunto. Em con-junto é mais fácil trabalhar. Oservidor público será tratado

com respeito, com decência. Elesvão ter seus direitos adquiridosrespeitados, mas também vão tersuas obrigações. Eu já trabalheicom o servidor público e, inde-pendente se é contrato, efetivoou comissionado, todos elesquerem ser respeitos.

O sr. já estudou como

conseguir recursos paraimplantar todos esses projetos?

Quando você trabalha complanejamento e com gestão, odinheiro aparece. Goiânia temquase seis bilhões de orçamento.Guardadas as devidas propor-ções, se nós formos comparar aquantidade de habitantes, Goiâ-nia tem 20% a mais do que Se-

nador Canedo. Até eu assumir,dizia-se que Senador Canedonão tinha dinheiro para nada.Assumi a prefeitura e, de ummês para outro, começou a so-brar dinheiro para medicamen-tos, para contratação demédicos, dentistas, para pagaros direito dos funcionários. Ascoisas começaram a acontecer.

Qual avaliação que sr. faz daatual administração deGoiânia?

É uma administração queteve a oportunidade de deixarsua marca. Governou com o pre-sidente da República de seu par-tido e não soube tirar proveito,talvez por falta de gestão. Mui-tos recursos foram devolvidos.

Goiânia já era para ter as obrasdo BRT funcionando, mais via-dutos, problemas da mobilidaderesolvidos. A avaliação que eufaço é o que a maioria da popu-lação goianiense está fazendo:uma nota muito baixa. Nãotenho nada contra a pessoa doprefeito. Mas não aprovo suagestão.

Como o sr. pretende ajudar namelhoria da segurança públicaem Goiânia?

Primeiro, vamos fazer a segu-rança preventiva em Goiânia, queé aquela primária. Investiremosem pólos de desenvolvimento, dis-tritos industriais, no esporte, edu-cação, cultura, saúde, nailuminação pública. Tudo isso éinvestimento na segurança primá-ria. Agora, para melhorar mesmo,é preciso colocar em práticaaquilo que chamamos de segu-rança em parceria. O governo doEstado sozinho não resolve. Omunicípio também não. Temosque ter uma guarda municipalbem equipada, bem treinada, tra-balhando em conjunto com a po-lícia militar e o judiciárioparticipando. Precisamos do for-talecimento dos conselhos e dapolícia civil. Tudo isso ajuda. Nósvamos ter, entre polícia civil, polí-cia militar, guarda municipal,Amma e SMT, mais de 4 mil ho-mens. Se trabalharmos em con-junto, nós temos como resolver oproblema da violência em Goiâ-nia. Mas eu não vou, sendo eleitoo chefe maior no município, fugirà responsabilidade de resolver oproblema da segurança da nossacapital.

O que o sr. pretende fazer comoprefeito nessa área de educaçãobásica envolvendo os Cmeis e oensino fundamental?

A construção de novos Cmeisé um projeto de médio e longoprazos. Hoje já temos algunsconstruídos e alguns parados poralgum problema ou outro. O pro-blema já existe. Ele não é parahoje, é para ontem. Vamos inten-sificar as parcerias com as entida-des filantrópicas que trabalhamnessa área. Queremos resolver acurtíssimos prazo essa demandade 15 a 20 mil crianças que estãofora dos Cmeis. Temos tambémum projeto, que foi pioneiro noBrasil em 2005, que é o de Cmeisque não fecham em período de fé-rias. Nós vamos colocar os Cmeisfuncionando os doze meses doano. Quando for no período de fé-rias, vamos contratar trabalhado-

res temporários para cuidar des-sas crianças. Nessa área de edua-ção, há o projeto Família naEscola, que foi inclusive pre-miado. Existem pessoas que que-rem estudar e não têm com quemdeixar os filhos. Com o Família naEscola, essas pessoas vão poderlevar seus filhos para a escola e,enquanto estudam, suas criançasvão ser cuidadas. Agora, com re-lação aos profissionais da educa-ção, o que eles mais pedem é queos seus direitos sejam respeitados.Na minha gestão, esses direitosserão respeitados. Esse é o nossocompromisso com os profissio-nais, com a educação e com a po-pulação. Também temos o projetode iniciação esportiva, que é umaparceria do esporte, educação etambém cultura, em que o alunovai ter de escolher uma modali-dade esportiva ou cultural no pe-ríodo em que estiver fora da salade aula.

O sr. já falou no começo daentrevista algo sobre esseassunto. Como gerar emprego erenda, já que nos últimos anosmuitos pólos de trabalho estãose instalando em Goiás, mas nascidades do entorno de Goiânia?

Através dos distritos indus-triais e pólos, oferecendo condi-ções para os empresáriosinvestirem. Há 15, 20 anos, as ci-dades do entorno eram cidadesdormitórios. Essas cidades inves-tiram nos pólos e nos distritos in-dustriais e cresceram. Goiânianão tem um distrito industrialnem um pólo de desenvolvimento.

“Não vou fugir àresponsabilidade deresolver o problemada segurança”

Vamosintensificar

parcerias paraatender à

demanda porvagas em Cmeis”

PAULO JOSÉ

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

ENTREVISTA / VANDERLAN CARDOSO

“Quero ficar nahistória de Goiânia”Nesta que é a sua quinta disputa eleitoral, oempresário Vanderlan Cardoso, ex-prefeito deSenador Canedo, está certo de que levará a brigapela Prefeitura de Goiânia para o segundo turno.E mais, hoje na vice-liderança das pesquisas, ocandidato do PSB acredita que ao final doprimeiro turno estará bem próximo ou mesmo àfrente do seu principal adversário, Iris Rezende,do PMDB. Com uma aliança que envolve 13partidos e o apoio do governo estadual, VanderlanCardoso conseguiu uma coalizão jamais

alcançada em suas eleições anteriores. Aos 53anos, o empresário se orgulha de teradministrado Senador Canedo. Natural de Iporá,há 226 quilômestros de Goiânia, Cardoso é tidocomo gestor moderno e está entre os candidatosque têm menor rejeição, o que o torna oadversário mais temido pelos peemedebistas emeventual segundo turno. Vanderlan Cardosoesteve na Tribuna do Planalto na última quinta-feira, 8, quando falou de seus projetos e dodesejo de fazer história administrando Goiânia.

Tribuna do Planalto - O sr. já foiprefeito de Senador Canedo,cidade próxima da Capital. Porque o sr. quer ser prefeito deGoiânia?

Em primeiro lugar, porquegosto de desafios! Ser prefeito dacapital é um desafio para qualquerpolítico, qualquer pessoa que sedispõe a fazer a diferença. Querofazer a diferença. Quero ficar paraa história de Goiânia, como fiqueipara a história de Senador Ca-nedo, como o melhor gestor desua história. Esse é o meu desafio.

Como está sendo a receptividadenas ruas como candidato aprefeito?

Muito boa. Por onde a gentetem passado, gravando progra-mas ou fazendo as nossas cami-nhadas, tem sido excelente. Cadadia que passa, com a apresentaçãode nossas propostas através dohorário eleitoral, nosso projetotem sido bem aceito pela popula-ção, compreendido, o que é omais importante. Com isso, agente vai se tornando mais conhe-cido e também ganha mais votos

com a nossa população.O sr. é o candidato que hoje, decerta forma, está ligado à base dogovernador Marconi Perillo(PSDB). Na sua opinião, essaaliança com o governo doEstado tem ajudado a alavancara sua candidatura?

Todo apoio que nós recebe-mos ajuda na nossa campanha. Enão tem sido diferente, inclusivecom a indicação do nosso viceThiago Albernaz, do PSDB, par-tido do governador. Alguns parti-dos que vieram da base do

governo também têm nos aju-dado, têm contribuído bastante.

Há uma integração política, umengajamento desses partidos dabase na sua campanha?

Sim. Alguns se engajam maise outros menos, mas eu estou no-tando uma animação com relaçãoao pessoal que veio nos apoiar.Tanto é que, dia 14 agora, teremosum grande encontro dos partidosque estão nos apoiando, inclusive,partidos da base que compõem ogoverno do Estado.

O sr. sempre foi um candidatoindependente e já fez váriascríticas pontuais a esta gestão. Aspessoas falam que hoje há umdesconforto depois dessa junçãodo seu grupo político com ogrupo político do governadorMarconi Perillo nessa campanha.Está tendo um desconfortomesmo ou isso já foi superado?

Desconforto nenhum. Essaeleição é completamente diferenteda eleição para governo do Es-tado. É uma eleição municipal enós recebemos o apoio. Eu nãomudei as minhas ideias, nem foicolocado para nós que para ter oapoio do governo, teríamos demudar algumas posições nossas.

Não mudamos nada nem foi pe-dido para nós que fizéssemos mu-danças. Por exemplo, com relaçãoà implantação pelo Estado deOSs, nós não defendemos. Vamosestar com o mesmo projeto que tí-nhamos para Goiânia. Eu fiz umadas melhores gestões no municí-pio que governei e os mesmosprojetos que foram implantados láserão implantados em Goiânia.

O sr. administrou SenadorCanedo, uma cidade que hojeconvive com muitos problemasde abastecimento de água, que láé um serviço municipalizado. Naépoca de sua gestão, parece queo problema era menor. Em

relação a Goiânia, qual é opiniãodo sr., o que o senhor pretendefazer em relação a Saneago?

Nós temos que saber diferen-ciar. O município de Senador Ca-nedo tinha problema gravíssimode água. Nós resolvemos e deixa-mos muitas obras para o abaste-cimento. Essas obras foraminterrompidas ou estão a passoslentos. Em Goiânia, o sistema deabastecimento é gerido pela Sa-neago e aqui é completamente di-ferente. Agora, a Prefeitura deGoiânia renovou a concessão pormais 30 anos e já com novas cláu-sulas, inclusive, de ter uma Agên-cia Reguladora, assim a cidade deGoiânia vai participar dessa regu-

lação. Contrato não se quebra. Eunão sou, nem vou ser louco de, emépoca de eleição, dizer que vou in-terromper contrato. Sairia umcusto muito alto para a cidade deGoiânia como foi e está sendopara Catalão que retomou a con-cessão via judicial e hoje tem umadívida milionária para pagar. Ocontrato tem que ser obedecido eas obrigações terão de ser cumpri-das. O que eu defendo para Goiâ-nia é que a cidade tenha umaparticipação nesses lucros e quetais recursos sejam investidos emeducação, saúde, esporte, lazer epara a abertura de mais vagas nascreches. É o que defendo e voutrabalhar para que isso aconteça.

“Não mudei minhas ideias nem minhasposições para ter o apoio do governo”

Daniela Martins, Marcione Barreira e Ronaldo Coelho

“Falta comprometimento com a população”Quais são as propostas, deforma objetiva, para amobilidade em Goiânia?

Estamos dividindo a mobili-dade em várias frentes. Vamos di-vidir Goiânia em oito regiões, poisnão tem mais como administrar acapital simplesmente como umaregional. Em cada região, vamoster distritos industriais e pólos dediversos segmentos. Com isso,vamos firmar as pessoas em cadaregião, reduzindo o uso do trans-porte coletivo e o deslocamento deveículos dessas regiões para a re-gião central. Isso já vai trabalhar aquestão da mobilidade. Vamosconstruir os terminais. A prefei-tura tem que fazer a sua parte. Sedeixar a construção de terminaispara as empresas, elas que vãodizer onde vão colocar a linhas. Sea prefeitura constrói, ela vai defi-nir as linhas de ônibus. As faixasexclusivas para os ônibus têm deser intensificadas, sendo feito umestudo bem detalhado, ouvindo apopulação e comerciantes. Vamosbuscar parcerias com o governo

do Estado e governo Federal, paraque sejam construídos mais via-dutos, trincheiras. Vamos melho-rar a sinalização e investir naeducação. Vamos promover a ex-tensão do BRT para outras re-giões.

Dentro do seu programa degoverno, o que o sr gostaria dedestacar na área de saúde?

Fizemos uma das melhoresgestões da saúde no Brasil atravésde um investimento maciço do

Programa Saúde da Família, queé tratar o problema da saúde noinício. Faremos isso em Goiânia e,ao dividir a cidade em regionais,vamos ter um centro em cada re-gional para atender a população,equipar melhor e ter mais profis-sionais qualificados nos Cais e nasUPAs.

Um dos grandes problemas é afalta de medicamentos e médicosnessas unidades...

Com relação aos medicamen-

tos, temos o Programa Remédioem Casa, que é um projeto queteve um sucesso muito grande(em Senador Canedo) e nósvamos implantá-lo aqui. Vamoslevar esse medicamento na casada pessoa e assim vamos melho-rar o transporte coletivo, redu-zindo o deslocamento dospacientes na busca por remédicos.

Tem recurso para isso?O que falta mais é gestão.

Nós temos mais de 1000 médicosda rede municipal de saúde. Sóque esses profissionais estão semliderança. Eles estão trabalhandosem um planejamento adequado.Falta gestão em todas as áreas.Na saúde não é diferente.Quando nós fizermos a parceriacom a iniciativa privada, esseshospitais, que estão com dificul-dade financeira, vão passar a fun-cionar melhor. Então, não ésimplesmente que está faltandomédico, não. Faltam gerência,gestão, ação e falta compromissocom a população. “Na minha gestão, os direitos dosprofissionais serão respeitados. É

nosso compromisso com osservidores, com a educação e com a

população.” ““Vou chamar os servidores públicos para construir uma nova Goiânia”Em relação ao servidor público,qual será o tratamento dado aesse segmento?

Vou chamar os servidorespúblicos para nos ajudar a cons-truir uma nova Goiânia. Nóstemos que pegar esse exército etrabalhar em conjunto. Em con-junto é mais fácil trabalhar. Oservidor público será tratado

com respeito, com decência. Elesvão ter seus direitos adquiridosrespeitados, mas também vão tersuas obrigações. Eu já trabalheicom o servidor público e, inde-pendente se é contrato, efetivoou comissionado, todos elesquerem ser respeitos.

O sr. já estudou como

conseguir recursos paraimplantar todos esses projetos?

Quando você trabalha complanejamento e com gestão, odinheiro aparece. Goiânia temquase seis bilhões de orçamento.Guardadas as devidas propor-ções, se nós formos comparar aquantidade de habitantes, Goiâ-nia tem 20% a mais do que Se-

nador Canedo. Até eu assumir,dizia-se que Senador Canedonão tinha dinheiro para nada.Assumi a prefeitura e, de ummês para outro, começou a so-brar dinheiro para medicamen-tos, para contratação demédicos, dentistas, para pagaros direito dos funcionários. Ascoisas começaram a acontecer.

Qual avaliação que sr. faz daatual administração deGoiânia?

É uma administração queteve a oportunidade de deixarsua marca. Governou com o pre-sidente da República de seu par-tido e não soube tirar proveito,talvez por falta de gestão. Mui-tos recursos foram devolvidos.

Goiânia já era para ter as obrasdo BRT funcionando, mais via-dutos, problemas da mobilidaderesolvidos. A avaliação que eufaço é o que a maioria da popu-lação goianiense está fazendo:uma nota muito baixa. Nãotenho nada contra a pessoa doprefeito. Mas não aprovo suagestão.

Como o sr. pretende ajudar namelhoria da segurança públicaem Goiânia?

Primeiro, vamos fazer a segu-rança preventiva em Goiânia, queé aquela primária. Investiremosem pólos de desenvolvimento, dis-tritos industriais, no esporte, edu-cação, cultura, saúde, nailuminação pública. Tudo isso éinvestimento na segurança primá-ria. Agora, para melhorar mesmo,é preciso colocar em práticaaquilo que chamamos de segu-rança em parceria. O governo doEstado sozinho não resolve. Omunicípio também não. Temosque ter uma guarda municipalbem equipada, bem treinada, tra-balhando em conjunto com a po-lícia militar e o judiciárioparticipando. Precisamos do for-talecimento dos conselhos e dapolícia civil. Tudo isso ajuda. Nósvamos ter, entre polícia civil, polí-cia militar, guarda municipal,Amma e SMT, mais de 4 mil ho-mens. Se trabalharmos em con-junto, nós temos como resolver oproblema da violência em Goiâ-nia. Mas eu não vou, sendo eleitoo chefe maior no município, fugirà responsabilidade de resolver oproblema da segurança da nossacapital.

O que o sr. pretende fazer comoprefeito nessa área de educaçãobásica envolvendo os Cmeis e oensino fundamental?

A construção de novos Cmeisé um projeto de médio e longoprazos. Hoje já temos algunsconstruídos e alguns parados poralgum problema ou outro. O pro-blema já existe. Ele não é parahoje, é para ontem. Vamos inten-sificar as parcerias com as entida-des filantrópicas que trabalhamnessa área. Queremos resolver acurtíssimos prazo essa demandade 15 a 20 mil crianças que estãofora dos Cmeis. Temos tambémum projeto, que foi pioneiro noBrasil em 2005, que é o de Cmeisque não fecham em período de fé-rias. Nós vamos colocar os Cmeisfuncionando os doze meses doano. Quando for no período de fé-rias, vamos contratar trabalhado-

res temporários para cuidar des-sas crianças. Nessa área de edua-ção, há o projeto Família naEscola, que foi inclusive pre-miado. Existem pessoas que que-rem estudar e não têm com quemdeixar os filhos. Com o Família naEscola, essas pessoas vão poderlevar seus filhos para a escola e,enquanto estudam, suas criançasvão ser cuidadas. Agora, com re-lação aos profissionais da educa-ção, o que eles mais pedem é queos seus direitos sejam respeitados.Na minha gestão, esses direitosserão respeitados. Esse é o nossocompromisso com os profissio-nais, com a educação e com a po-pulação. Também temos o projetode iniciação esportiva, que é umaparceria do esporte, educação etambém cultura, em que o alunovai ter de escolher uma modali-dade esportiva ou cultural no pe-ríodo em que estiver fora da salade aula.

O sr. já falou no começo daentrevista algo sobre esseassunto. Como gerar emprego erenda, já que nos últimos anosmuitos pólos de trabalho estãose instalando em Goiás, mas nascidades do entorno de Goiânia?

Através dos distritos indus-triais e pólos, oferecendo condi-ções para os empresáriosinvestirem. Há 15, 20 anos, as ci-dades do entorno eram cidadesdormitórios. Essas cidades inves-tiram nos pólos e nos distritos in-dustriais e cresceram. Goiânianão tem um distrito industrialnem um pólo de desenvolvimento.

“Não vou fugir àresponsabilidade deresolver o problemada segurança”

Vamosintensificar

parcerias paraatender à

demanda porvagas em Cmeis”

PAULO JOSÉ

POLÍTICA6 GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

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Após 29 anos de umdos maioresacidentesradiológicos domundo, em Goiânia,radioacidentadosreclamam da falta deremédios e, ainda,dos benefícios jádefasados

Yago Sales

Domingo, 13 de setembro de1987. O dia em que Goiânia co-meçaria a atrair cientistas, rotei-ristas de cinema, escritores, artis-tas e o preconceito. Goiânia semisturou à radioatividade, me-mória, dor e ignorância. Teve deilhar-se, desprevenida, recha-çada. Goiânia não era mais ci-dade, era um amontoado de coi-sas debaixo de concreto, sob ozunido do detector de radiação.A partir daquele dia, pelo

menos 240 pessoas – 129 milforam monitoradas à época – ti-veram a vida transformada pelatragédia do pó azul, o césio-137,esparramado pelas ruas, casas,carros, ônibus, roupas e corpos.Era o maior acidente nuclear de-pois de Chernobyl, numa jovemcidade, de 54 anos. O césio-137, transportado

numa cápsula, ganhou liberdade,em quantidade pequena, mas al-cançou o ar e com sua radioativi-dade, encobriu Goiânia de medo.Tudo começou quando dois

catadores de papel vislumbraram

RADIAÇÃO

Césio-137, não dá para esquecer

A foto de Leide das Nevessorrindo ilustra, em um qua-dro, a parede da sala de AndréLuiz Souza, diretor do Centrode Assistência aos Radioaci-dentados (Cara). O prédio dedois andares – onde funcio-nava a Vigilância Sanitária naépoca do aciente – tem enfer-magem, sala para atendimentopsicológico, assistência social,consultório médico e, inclusive,odontológico. Uma sala servecomo memorial do acidente, eexpõe fotografias dos meses deterror pelos quais passou a po-pulação de Goiânia. Há quase seis anos na dire-

ção, André Luiz considera otrabalho que exerce desafiador.“São quase 60 funcionários –metade da área técnica – man-tido pelo tesouro Estadual.Trabalhamos para dar totalapoio às vítimas”, diz. Segundo André, pelo

menos 540 pensões são pagaspelo Estado de Goiás e 250pagas pelo Governo Federal,em um total de 790 radioaci-dentados benefíciados.

Qual o papel do Cara?Fazemos atendimento mul-

tidisciplinar, com médicos deaté sete especialidades, comopsicólogos, odontólogos, en-fermeiros, farmacêuticos.

Vocês assistem quantas pes-soas?Em torno de 1.200 pacien-

tes. Grupo 1 e grupo 2 – e seusfamiliares – que foram efetiva-mente vítimas do acidente. Elestêm o compromisso de apare-cer duas vezes ao ano na uni-dade para serem monitorados.Já os integrantes do grupo 3,que correspondem aos traba-lhadores da área contaminada,devem comparecer uma vez

por ano. Na medida em queeles necessitam de alguma con-sulta, a unidade está aberta,no horário comercial, para opaciente.

Esse grupo 3 é composto porquem? São pessoas que se envolve-

ram com o acidente radioló-gico, mas são casos em quenão ficou comprovada a conta-minação. Por exemplo, os tra-balhadores que contribuírampara a descontaminação doslocais, na fase de controle doacidente radiológico isolandoas áreas, fazendo o isolamentodas casas e descontaminaçãode áreas e pessoas. Ou seja,policiais militares, bombeiros etrabalhadores de órgãos públi-cos como antigo ConsórcioRodoviário Interestadual(Crisa) e a Companhia de Ur-banização (Comurg).

Tem aumentado a procurapor atendimento e indeniza-ção pelo grupo 3? Evidentemente, ao passo

que a população envelhece, ademanda cresce. A lei faculta obenefício, ao passo que a pes-soa apresenta alguma doençacrônica que eventualmenteadvém da radiação. Esse pa-ciente tem as portas abertaspara obter esse beneficio. Evi-dentemente que isso carece deprovas materiais, de laudosmédicos e passar por umajunta médica. Evidentemente,se o processo for indeferido, háuma orientação.

As vítimas reclamam da defa-sagem do auxílio do GovernoEstadual...Todo setembro há reclama-

ção. Embora esteja em dia,esse aumento precisa vir da As-sembléia Legislativa.

ENTREVISTA/ANDRÉ LUIZ SOUZA

“As portas estão abertas para as vítimas”

Dezenas de contêineres para depósito de solo, móveis e roupas contaminados

Leide das Neves, 6 anos, a menina que brilhava no escuro

André Souza: “Atendemos 1.200 pacientes, vítimas do Césio”

na peça uma boa venda. Arrom-baram o objeto, abandonado noantigo Instituto Goiano de Ra-dioterapia, que ficava entre asavenidas Paranaíba e Tocantins,no Centro de Goiânia. O prédio,desativado, inseguro, abrigavauma cápsula de césio-137, umpó azul, semelhante ao sal. Os dois catadores a levaram

para um ferro velho para des-monte. O pó azul, desde então,imbatível, deteriorou corpos ematou a inocência de Leide dasNeves, de 6 anos, hoje símbolode justiça às vítimas. Isolado emum quarto, quando a luz se apa-gava, conta-se que ela brilhava,sendo a vítima com a maior ra-diação do acidente. Ela morreuno Hospital da Marinha, no Riode Janeiro, a 23 de outubro de

1987. Enterrada em um caixãoespecial de fibra de vidro rever-tido com chumbo, sob gritos re-voltosos. A população temia queo corpo da menina envenenassea região. Além de Leide, morreram a

tia da menina, Maria GabrielaFerreira, 37 anos; Israel Baptistados Santos, 22; e AdmilsonAlves de Souza, 18. Os dois últi-mos, funcionários do ferro-velho, que tiveram contato diretocom a cápsula.

Desassistência A mãe de Leide, Lourdes das

Neves Ferreira, de 64 anos, lem-bra com carinho da filha. “Elaera tão pequena, não dá para es-quecer”, diz. Vinte e nove anosdepois, as sequelas do acidente

tornam o dia a dia de Lourdesmartirizante. “Sinto muita dor etudo piora quando não tenho osremédios”, conta.Lourdes tem dois filhos,

quatro netos e seis bisnetos.“Eles alegram a minha vida”,diz, pelo telefone, antes de recla-mar da assistência do Governo.“O salário que o Estado deGoiás me paga está defasado.Recebemos o salário de 2014.Estou me sentindo abando-nada”, reclama. Segundo Lour-des, neste momento, respeito edignidade podem ajudá-la a su-perar a dor.Depois de o marido Ivo Fer-

reira morrer, em 2003, aos 54anos, Lourdes agora vive sozi-nha em uma casa em Aparecidade Goiânia, que comprou com a

indenização que recebeu do Es-tado. Arrependido de ter levadopara dentro de casa o pó docésio, Ivo chegava a fumar seismaços de cigarro por dia e mor-reu com complicações no pul-mão.Ao passo que os anos pas-

sam, Lourdes tem a certeza deque vai morrer e não terá escla-recimentos sobre a tragédia.“Acho que não saberei o querealmente aconteceu”, finaliza. A presidente da Associação

das Vítimas do Césio-137, SuelyLima, recebeu a reportagem emsua casa, a poucas quadras deonde ocorreu o acidente, nosetor Aeroporto. Para ela, amaior reclamação das vítimas éa falta de medicamentos e o sa-lário pago pelo Estado, que estádefasado. “As vítimas recebemsalário de R$ 724. Como elasconseguem viver com essevalor?”, questiona.Também beneficiária do au-

xílio, Suely Lima contaminou-sequando visitava a casa de Lour-des. “Sem saber do risco, ia à

casa dela e voltava para minhacasa, trazendo com a terra o pó,o que acabou atingindo a mim ea meus filhos”, relata. Nesta época de ano, Suely

tem agenda lotada. Participa deseminários, debates, entrevistase homenagens. Como represen-tante dos radioacidentados, ficaa cargo dela o dever e acompa-nhar tudo que é relacionado aoacidente. “Normalmente, outrasvítimas não gostam de falarsobre o assunto. Estou acostu-mada”, diz. João de Barros, de 62, diri-

gia o caminhão da firmaquando uma das caixas queapresentava rejeitos contamina-dos caiu do veículo. Ao pegar nacaixa, contaminou-se e teve seusistema nervoso atacado.“Desde então, tive hipertensão,arritmia e acabei sofrendo umAcidente Vascular Cerebral”, re-corda. Atualmente, recebe pen-sões do Governo Estadual e Fe-deral, que, segundo ele, contri-buem para a compra de medica-mentos.

Um grupo de técnicos da CNEN recém-chegado em Goiânia passou a identificar, com o auxílio de monitores, locais altamente contaminados. Famílias ficaram até seis meses longe de casa

TOCANTINS 7X

PALMAS, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

Com o objetivo de fortalecero trabalho de assistência técnicae extensão rural no Estado, o go-vernador Marcelo Miranda en-tregou 31 veículos e 120 apare-lhos de GPS (Sistema de Locali-zação Global) ao Instituto deDesenvolvimento Rural do To-cantins (Ruraltins). A solenidadefoi realizada no pátio do órgão econtou com a presença de auxi-liares do governo, representantesde órgãos públicos estaduais, fe-derais e municipais.

O governador destacou ocompromisso e a importânciado trabalho dos técnicos do ór-gão, o que, segundo ele, refletediretamente no setor agrícola,responsável pelos bons resulta-dos na economia do Estado.“Esses benefícios representaminvestimentos diretos na cadeiaprodutiva e, principalmente, me-lhorias na qualidade de vida detodos os nossos produtores esuas famílias”, disse, destacandoa importância da parceria com oMinistério do DesenvolvimentoAgrário para a renovação da fro-ta do Ruraltins.

Na oportunidade, o médicoveterinário e extensionista doRuraltins, Gilberto Marques, fezuma apresentação sobre o Siste-ma de Informações de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural(Rurater), uma ferramenta quefaz o levantamento de todo otrabalho dos extensionistas epermite fazer um raio X dos tra-balhos executados no campo.

O presidente do Ruraltins,Pedro Dias, disse que os veículosvão proporcionar agilidade no

trabalho dos extensionistas.“São ferramentas indispensáveispara se chegar até as proprieda-des rurais”, disse, explicandoque, para realizar a distribuição,foram considerados os escritó-rios que obtiveram os melhoresresultados apresentados no Ru-rater.

Ao todo, foram entregues 30veículos da marca Hyundai, mo-delo HB20 e uma caminhoneteMitsubishi, modelo L200/triton,que serão utilizados pelo órgãonos trabalhos de extensão ruralem diversas localidades do To-cantins. Os veículos foram ad-quiridos por meio de convênio

do Ruraltins com o Ministériode Desenvolvimento Agrário econtrapartida do Governo.

Também foram entregues aoórgão 120 GPS, para auxiliarnas atividades diárias da exten-são rural. Os equipamentos fo-ram comprados pelo Governodo Estado.

Os veículos e os GPS foramdistribuídos entre as sete regio-nais de Araguaína, Araguatins,Miracema, Paraíso, Gurupi,Porto Nacional e Taguatinga,beneficiando os municípios deAnanás, Sítio Novo, Nazaré, To-cantinópolis, Goiatins, PauD’Arco, Bernardo Sayão, SantaFé, Pequizeiro, Presidente Ken-nedy, Cristalândia, Caseara,Dois Irmãos, Formoso do Ara-guaia, Jaú, Aliança, Cariri, Pal-meirópolis, Palmas, Monte doCarmo, Santa Tereza, Arraias,Paranã, Almas e Combinado.

O Sistema Nacional de Em-prego do Tocantins (Sine/TO)realizou uma reunião de balançodo Mutirão de Captação de Va-gas que visitou empresas embusca de vagas para ampliaçãodo banco de dados. A ação foirealizada durante duas semanase visitou 311 empresas com osobjetivos de firmar parcerias eaproximar o empregador do tra-balhador.Realizado de 16 a 30 de agos-

to, o mutirão aconteceu nos mu-nicípios de Araguaína, Aragua-tins, Gurupi, Palmas e Porto Na-cional, captando 152 vagas deemprego para colocar à disposi-ção da população.Para a gestora da Secretaria

do Trabalho e Assistência Social(Setas), Patrícia do Amaral, obalanço da ação foi bastante po-sitivo. “Envolvemos vários pos-tos do Sine nesse mutirão e ob-temos um número bom de va-gas. Além disso, essa visita aosempresários estreita a relaçãodeles com o sistema, abrindo

oportunidade para firmar cadavez mais novas parcerias”, desta-cou.

Captação de vagasA captação de vagas de em-

pregos é feita por meio de inclu-são e manutenção do cadastrodas vagas e do cadastro de em-pregadores. As vagas são con-tratações permanentes, tempo-rárias, estágios, oportunidadespara aprendizes e trabalhadoresdomésticos e pessoas com defi-ciência. O objetivo é encaminharo trabalhador conforme o perfilque a empresa precisa, facilitan-do o processo de intermediaçãode mão de obra.As empresas que possuem va-

gas em aberto também podemrequisitar a equipe do Sine parao cadastro no próprio espaço.Para isso, o contato pode serrealizado pelo e-mail [email protected] ou pessoal-mente. Mais informações po-dem ser obtidas pelos telefones(63) 32181913 ou 32181901

Sine visita empresasem mutirão paracaptação de vagas

Marcelo Miranda entregou ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins),as chaves de 31 veículos e 120 aparelhos de GPS

Ao todo foram entregues 30 veículos, modelo HB20 e umacaminhonete Mitsubishi, modelo L200/triton

ESTADO DO TOCANTINS. PODER JUDICIÁRIO. 1ª VARA CÍVEL DACOMARCA DE PORTO NACIONAL. EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO: 30(TRINTA) DIAS. O Doutor VALDEMIR BRAGA DE AQUINO MENDONÇA,MM. Juiz de Direito em Substituição da 1ª Vara Cível desta cidade e Co-marca de Porto Nacional, Estado do Tocantins, na forma da lei, etc... FAZSABER a todos que o presente Edital virem, ou dele conhecimentotiverem, que por este Juízo e respectiva Escrivania, processam os autosde Busca e Apreensão - PROCESSO Nº 2226656/42042370:4904959 eChave Nº 2176442273315 requerido por BRADESCO FINANCIAMENTOSS/A em face de ATONIO SILVA DA CRUZ, FINALIDADE: CITAÇÃO do re-querido ANTONIO SILVA DA CRUZ, brasileiro, CPF: 460.608.803-63, at-ualmente em lugar incerto e não sabido, para que tome conhecimento dostermos da presente ação acima citada, como também, INTIMA -LO daApreensão do Veículo objeto da ação sendo: ESPECIE/TIPO:CAR/CAMIONETE, MARCA/MODELO: CHEVROLET/S10 ADVANTAGED, ANO 2008/2007, COR PRATA, PLACA MWI 4556, CHASSI:9BG138HU08C411040, COMBUSTIVEL: FLEX., mandou expedir o pre-sente edital, que será publicado na forma da lei. DADO E PASSADO nestacidade e Comarca de Porto Nacional, Estado do Tocantins, aos trinta diasdo mês de agosto do ano de dois mil e dezesseis (30/08/16). Eu, ElvanirMatos Gomes, Técnico /Judiciário, digitei. VALDEMIR BRAGA DEAQUINO MENDONÇA. Juiz Substituto. CERTIDÃO: CERTIFICO E DOUFÉ que afixei uma via do presente no Placar do fórum local. Eu, LucimaraPereira Cardoso, Porteira dos Auditórios, 30/08/2016.

REFORÇO

Governo faz entrega de31 veículos ao Ruraltins

Crer comemora 14 anos com Festival de Esporte AdaptadoO Centro de Reabili-

tação e Readaptação Dr.Henrique Santillo (Crer)realiza, dia 17, o 2º Festi-val de Esporte Adaptado(Fead), a partir das 8 ho-ras, no Clube da Asses-go. O evento abre ocalendário de comemo-rações do aniversário de14 anos da instituição,celebrado no dia 25 desetembro.O Festival de Esporte

Adaptado é um eventoesportivo de caráter in-clusivo que promovemaior independência, integração e socialização entre os pacientes do Crer. O evento incentiva a prá-tica de esportes e o surgimento de novos valores. Entre as modalidades oferecidas no festival, estão:takkyu volley, bocha, basquete de cadeiras de rodas (masculino e feminino), atletismo, corrida, ca-minhada, natação e futsal. Profissionais de educação física, fisioterapeutas e terapeutas ocupacio-nais do Crer estarão à frente das atividades oferecendo apoio e orientações aos pacientes.

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 11 A 17 DE SETEMBRO DE 2016

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BazarDaniela Martins - [email protected]

Palestra sobre dor na perna com cirurgião vascular

Na próxima quarta, 14, o Sesc Centro realizaencontro com o tema Dor na perna pode ser umadoença grave com o cirurgião vascular Pedro Te-les, às 19h. Dor nas pernas em repouso indicaproblemas de circulação, como doença vascularperiférica, falta de circulação ou pode-se suspei-tar de alguma doença como a fibromialgia. A dorrelacionada à má circulação acomete na maioriadas vezes os idosos, mas pode ainda atingir osmais jovens. A entrada é franca e as inscriçõesdevem ser feitas antecipadamente pelo telefone(62) 3933-1723 ou pelo www.sescgo.com.br.

Exposição Linhas Livres no Procon GoiâniaAté o dia 30 de setembro, a Galeria Cultura e

Cidadania, do Procon Goiânia, recebe a exposi-ção Linhas Livres, da artista visual e psicanalistaDoralice Lariucci. A mostra integra um circuitode exposições, iniciado em Brasília, no Sesc Pre-sidente Dutra, passando pela Vila Cultural CoraCoralina, já em Goiânia. A curadoria é de CrisMartins. A mostra é composta por 20 telas em di-mensões variadas. Doralice buscou as cores vi-brantes e os tons – que foram construídosutilizando as cores primárias e o branco – parafazer fundos únicos em cada tela. A entrada é gratuita. O Procon Goiânia fica

na Avenida Tocantins, 191, Centro.

Novo show de Elba Ramalho e Geraldo Azevedo no FlamboyantQuem perdeu o mega show de Elba Rama-

lho e Geraldo Azevedo no encerramento do 18ºFica, mês passado, terá nova chance de conferira dupla. Elba Ramalho e Geraldo Zevedo seapresentam no Flamboyant In Concert dia 27 desetembro, às 19h, no Deck Sul 1. Como de cos-tume, os ingressos podem ser adquiridos me-diante troca de notas fiscais de lojas doFlamboyant.

Quasar faz última apresentação no domingoDomingo, 11, é o último dia de

apresentações do espetáculo A Dis-tância entre Dois, da Quasar Cia deDança, no Teatro Goiânia, às 20h.Uma criação do coreógrafo HenriqueRodovalho e com produção de VeraBicalho, o enredo trata da relação dedois corpos e o significado dosmovimentos, ora premedita-dos, ora incertos. Assim, apeça mistura paixão,prazer e sedução, emuma relação de doiscorpos.Esta é a 27ª obra da Quasar, que

anunciou na semana passada, após28 anos, a paralisação de suas ativi-dades permanentes, com o fecha-mento de sua estrutura física, oEspaço Quasar. Ingressos: R$ 60,com desconto promocional de 50%para doadores de uma lata de leiteem pó ou um litro de leite longa vidana compra do bilhete.

Semana movimentada no Teatro GoiâniaDepois das apresentações do Quaser, o Tea-

tro Goiânia recebe, dia 13, às 19h, a Cia de Dan-ça Basileu França com o espetáculo Por umtoque. A entrada gratuita. Na mesma semana, dias 17 e 18, das 10 às

20h, será promovida a mostra Cultural OrientalAnimAnonimo, com ingressos a R$ 20.

TRT inaugura obra do novo Fórum Trabalhista de ItumbiaraPresidente do TRT, desembargador Aldon

Taglialegna inaugurou, dia 9, o prédio do FórumTrabalhista de Itumbiara. A obra conta com umaarquitetura moderna e funcional, Sala da OAB,Núcleo de Conciliação e ampla sala de espera.O Fórum Trabalhista de Itumbiara abriga as

duas varas do trabalho da jurisdição que abran-ge o município-sede e também Bom Jesus deGoiás e Cachoeira Dourada. Em 2015, as duasVaras do Trabalho de Itumbiara receberam 3.509processos. Este ano, até o mês de julho, foramprotocoladas 1598 ações.

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070