cesae - campus da universidade de aveiro
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Trabalho realizado por: João Sottomayor
Estabelecimento de ensino:
CESAE - Campus da Universidade de Aveiro
Curso: Programador de Informática
Docente: Paula Antão
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Índice
Capa Página 1
Índice Página 2
Os telemóveis em contexto privado Página 3
O surgimento e evolução do telemóvel Páginas 4 e 5
Linguagem utilizada Páginas 6 a 11
O computador em contexto profissional Páginas 12 a 17
A influência dos mass media sobre os públicos Páginas 18 a 22
O mundo da Internet Páginas 23 a 26
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OS TELEMÓVEIS EM CONTEXTO PRIVADO
O aparecimento dos telemóveis veio mudar a maneira de encarar a vida social
de hoje em dia. É daquelas pessoas que sempre disse que nunca teria um
telemóvel?
Em Portugal existem mais de 11 milhões de assinantes, a taxa de penetração é
superior a 110% da população, de acordo com a Autoridade Nacional de
Comunicações – ANACOM, isto porque o telemóvel se tornou imprescindível e
as suas vantagens incontornáveis.
• Comunicação em tempo real em praticamente qualquer zona do mundo,
através de chamadas de voz ou por mensagens escritas (SMS – Short
Messaging System);
• Estar contactável 24 horas por dia em qualquer sítio;
• Acesso a uma vasta gama de serviços, que vão desde a consulta do
saldo bancário, recepção e envio de fotos e vídeos, consultar o email e
até ver o nosso canal de televisão favorito.
Contudo, existem algumas desvantagens:
• Descaracterização da língua materna devido ao uso de abreviaturas e
outros tipos de gíria que são comuns no envio de mensagens escritas;
• Ser interrompido em qualquer altura por uma chamada ou simplesmente
por curiosidade de saber quem liga;
• Quebrar o diálogo presencial devido a ser mais fácil enviar uma
mensagem ou falar via telemóvel.
• A saúde, visto existirem estudos que comprovam que o uso do telemóvel
é prejudicial para a saúde por causa das radiações emitidas.
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O SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO TELEMÓVEL
O primeiro telemóvel a ser comercializado no mundo foi o Motorola Dynatac
8000X. Era um telemóvel analógico de primeira geração (1G) e
vinha apenas equipado com AMPS (Advanced Mobile Phone
System) quer permitia unicamente fazer e receber chamadas, no
entanto, as chamadas eram de fraca qualidade e com muitas
interferências.
No final da década de 80, surge a segunda geração de telemóveis (2G)
equipados com o sistema GMS (Global System for Mobile) que
passou a desempenhar um papel fundamental, permitindo a
melhoria das comunicações móveis pois passou a haver melhor
qualidade nas comunicações. Relativamente às funcionalidades
vinham com roaming internacional, o que possibilita a realização de
chamadas e envio de mensagens SMS internacionais através de telemóvel.
A segunda geração e meia (2.5G) de padrões e tecnologias dos telefones
móveis é considerada o ponto de transição entre as tecnologias 2G e 3G,
embora o termo “2.5G” tenha sido definido pela comunicação social
e não oficialmente pela União Internacional de Telecomunicações
(UIT).
A 2.5G fornece velocidades superiores à 2G e através de
tecnologias de pacotes permite um acesso à internet mais flexível e
eficiente. Utiliza tecnologias como GPRS (General Packet Radio Service),
EDGE (Enhanced Data for GSM Evolution), 1XRTT e HSCSD (High Speed
Circuit Switched Data). O EDGE é uma versão de maior banda do GPRS e
permite velocidades máximas de 384 Kbps.
A terceira geração de telemóveis (3G) surgiu na Europa em 2003, esta
evolução trouxe inovações nunca antes imaginadas. Podemos
destacar a possibilidade de tirar fotos, filmar, gravar lembretes,
jogar e ouvir músicas. Nos últimos anos, principalmente no Japão
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e na Europa, têm sido desenvolvidos recursos surpreendentes, como GPS
(Global Positioning System), vídeo-conferência e instalação de programas
variados, que vão desde ler emails, a usar remotamente um computador em
qualquer parte do globo, desde que devidamente configurado.
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LINGUAGEM UTILIZADA
É um facto que o fascínio que as novas tecnologias exercem, sobretudo entre
as novas gerações, tem implicações na forma como a comunicação através de
palavras é feita, quer na vertente oral, quer na dimensão escrita. Com o texto
seguinte pretende-se demonstrar como o uso das novas tecnologias acarreta,
na Língua Portuguesa, alterações feitas a um ritmo muito rápido, às formas de
escrita padrão, reinventando-se outras escritas e formas morfológicas.
O telemóvel foi vulgarizado tendo por finalidade a comunicação oral, vem
multiplicar por milhões uma nova dinâmica da escrita individual, constituída
apenas por mensagens curtas designadas mensagens SMS. E porque razão
este tipo de texto escrito por norma apenas com o polegar se impôs tão
generalizada e rapidamente, sobretudo entre a camada mais jovem?
Essencialmente porque a escrita SMS é radicalmente diferente da escrita
tradicional que a mesma geração aprende na escola. São precisamente as
características novas e diferentes que fazem das mensagens SMS uma das
novas formas de comunicação social e mesmo a principal forma de
comunicação escrita de uma determinada faixa etária.
A primeira diferença reside na instantaneidade do efeito comunicativo. Numa
sociedade de mudanças frequentes e vertiginosas, a instantaneidade é um
valor altamente atractivo. As mensagens SMS têm esta particularidade, sendo
quase simultâneo o processo de escrita e sua recepção.
A escrita tradicional, ao contrário, demora muito tempo a atingir o seu receptor.
A regra de ouro de o processo de comunicação linguística assentar no máximo
de eficácia com o mínimo de esforço favorece as mensagens SMS: quase não
dão trabalho, não necessitam de elementos materiais físicos (papel, caneta)
para além do próprio telemóvel e todo o processo é muito rápido, já que a
escrita de uma mensagem gasta pouquíssimo tempo, ao invés da demorada
escrita tradicional.
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Com as mensagens SMS atinge-se facilmente o receptor pretendido, não é
necessária a “direcção” ou qualquer outro conhecimento sobre a localização de
quem queremos que receba a informação. Outro grande factor de sucesso das
mensagens SMS prende-se com o próprio funcionamento do fenómeno
linguístico: facilitar as interacções sociais. Sendo o discurso oral a forma
clássica de aproximação pessoal, implica determinados códigos sociais que
restringem a possibilidade de comunicação. Não é “normal” e socialmente bem
aceite, alguém fazer declarações de amor, tentar meter conversa ou mandar
piropos a pessoas com as quais não se tem algum conhecimento ou
familiaridade. Entre duas pessoas mais ou menos desconhecidas, as tentativas
de aproximação, através de interacção verbal, envolvem sempre uma
componente de pudor que o face-a-face físico acentua. Eu, para saber a
receptividade que o outro pode ter comigo, tenho de me expor à sua presença.
Ora as mensagens SMS alteram radicalmente isto tudo. Pode-se falar com os
outros sem nos expormos fisicamente, pode-se ocultar a identidade de quem
envia a mensagem e podem-se contactar várias pessoas simultaneamente. As
mensagens SMS embora escritas, não possuem as inaceitáveis limitações do
clássico processo de escrita, possuindo todas as vantagens da oralidade sem
os riscos da exposição pessoal. Daí uma das grandes causas de sucesso,
sobretudo entre os adolescentes.
A expressão “escrita SMS” indica a forma de escrita responsável pelos
processos mais radicais de uma determinada forma de grafia de caracteres.
As principais características e mais visíveis são:
• Mensagens muito breves
• Os elementos redundantes tendem a desaparecer
• Linguagem coloquial
• Mistura do código oral com o escrito
• Mistura de palavras em inglês
• Predomina a síntese, a sintaxe abreviada
• Uso de acrónimos
• Eliminação de vogais
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• Redução do alfabeto: substituição, só por um, de vários grafemas que
representam sons semelhantes (X = s, ss, ch, c, ç; K= c, q)
• Desaparecimento de muitos conectores e artigos
• A ausência de acentos
• Desaparecimento da oposição maiúsculas / minúsculas
• O uso de ícones, constituídos com os sinais extra-alfabeto (sinais de
pontuação, parêntesis, aspas)
• Mistura de números e letras
Texto SMS Escrita tradicional
oi td bem? hj vo ver 1 film co manel e depoix vamx pra nait pox copx
Oi (=Olá), tudo bem? Hoje vou ver um filme com o Manuel e depois vamos para a “night” para os copos.
O inglês para além de língua de prestígio, é uma língua de referência, quer
quanto a processos, quer quanto a expressões importadas (cul8er = see you
later, 4ever = forever). Existem mesmo sites que fazem a tradução “escrita
normal – SMS” (http://transl8it.com/cgi-win/index.pl).
A escrita simplificada que começou por “de polegar”, inicialmente utilizada nas
mensagens SMS dos telemóveis, vai passar em parte para outras formas de
comunicação tecladas que mantêm algumas semelhanças com as mensagens
SMS, nomeadamente os chats e agora os universais blogs. Costuma-se, por
vezes, dizer que a tipologia da escrita SMS se deve simplesmente ao facto de
o utilizador ter um teclado extremamente reduzido e incómodo e a necessidade
de utilizar um número de caracteres reduzido. Quase sempre, as explicações
simples acabam por ser simplistas e não focar aspectos importantes, como
neste caso.
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O que é mais correcto dizer é que as condições em que nasceram as
mensagens SMS favoreceram o incremento de uma determinada forma de
escrita, mais simplificada, com tendência a utilizar a representação gráfica dos
discursos da oralidade, concretamente quando o texto vale sobretudo como
transcrição da fala (conversa escrita). A expressividade das emoções pode ser
representada nas mensagens SMS, na medida do possível, espelhar mais a
oralidade, incluindo, nas mesmas mensagens, aspectos contextuais ligados
aos estados emotivos do emissor:
• Foi muito bom
• Fiquei desapontado
Todos os “dicionários” de mensagens SMS (encontram-se vários na Internet)
têm uma listagem destas formas icónicas.
(Dicionário SMS, portal SAPO.pt)
Neste contexto é mais importante para o emissor transmitir o seu estado de
espírito do que o reconhecimento, pelo receptor, da competência no domínio
do sistema gráfico tradicional. Dentro da mesma mensagem ou texto pode não
existir uniformidade de critérios, a mesma palavra pode aparecer umas vezes
abreviada e outras por extenso. Uma palavra abreviada pode adquirir várias
formas: qualquer = qquer,qqer,qlqer,qq,… Isto implica que o texto final pode
conter um grau de desvio gráfico muito grande ou praticamente nulo.
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O código em que estas formas de escrita assentam é o código tradicional, é ele
o “cimento” que agarra e suporta as alterações mais ou menos criativas, mais
ou menos divergentes. Estas escritas múltiplas e multifacetadas não serão
demasiadamente anárquicas, desregradas, difíceis de perceber e
complicadas?
Para quem as utiliza, não podem ser, já que quem utiliza um qualquer sistema
diferente do padrão, o faz com a justificação de assim ser mais fácil de
comunicar. Na verdade, a anarquia (múltiplas formas para o mesmo efeito) é
simultaneamente maleabilidade: possibilidade de adaptação a qualquer grau de
alteração que os usuários queiram; o desregramento (mais aparente que real)
permite a contínua criatividade.
Como não há maior prova que os factos e as evidências, o uso tão
generalizado que, por exemplo, a escrita SMS detém, sobretudo em
determinadas faixas etárias, mostra precisamente o seu grau de atractividade.
E para a Língua, encarada como entidade cultural e sociológica? Esta
deturpação das regras não é prejudicial? Não ficarão viciados nesta forma de
escrita os adolescentes, tendo depois dificuldade em usarem o sistema
tradicional?
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É natural que, por vezes, sobretudo em idades de adolescência, a mão fuja
para a simplificação. No entanto, a presença das formas de escrita normativas
e as imposições sociais restabelecerão o equilíbrio normal. Esta escrita cumpre
finalidades essencialmente comunicativas em contextos de transcrição da
oralidade, sabendo os interlocutores adequar a situações de comunicação mais
formais outros registos de escrita, Por isso, a necessidade de a sociedade e a
tradição gramatical começarem a distinguir (e aceitar como naturais) vários
níveis de escrita conforme as várias situações de comunicação, à semelhança
do que acontece a nível oral da língua. Para a tradição gramatical, a escrita é
só uma, já que a mesma encara todas as situações do uso do código escrito
como situações formais de comunicação. Se nos últimos séculos assim era,
com o surgir das novas tecnologias esta realidade alterou-se radicalmente,
desempenhando hoje, a escrita, funcionalidades diversas relativamente ao
modelo tradicional.
Demonstrando-se assim que, nas línguas modernas não há somente uma
escrita, mas que a diversidade de meios tecnológicos edas situações de
comunicação implicam a aceitação de níveis de maior ou menor formalidade
consoante o contexto. Sendo que, a lealdade pelo gráfico oficial sofrerá
alterações de grau variável, mas deverá continuar a manter-se único.
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O COMPUTADOR EM CONTEXTO PROFISSIONAL
As Tecnologias da Informação e da Comunicação – TICs – estão cada vez
mais presentes nas nossas actividades enquanto profissionais ou
simplesmente enquanto seres humanos, criadores de conhecimento e
utilizadores da informação.
A forma como nos organizamos, trabalhamos, divertimos e até pensamos, é
influenciada pela utilização das tecnologias, que deixam assim o seu papel, de
ser apenas mais um instrumento, para ocuparem o papel de mediadores entre
a informação e as capacidades e necessidades de indivíduos e organizações.
Estes dois parágrafos apontam tendências que qualquer um de nós pode
reconhecer ou, em oposto, não compreender. Esta dualidade de posições é
precisamente um dos perigos que enfrentamos, qualquer que seja a nossa
profissão ou responsabilidade e independentemente da nossa capacidade de
lidar com a informação. O nosso valor, enquanto elementos úteis à sociedade
sai, também ele, afectado dos conhecimentos que possuímos das Tecnologias
de Informação e da Comunicação, e da forma como conseguimos potenciar
esse conhecimento para fazer, talvez mais, melhor e com menor esforço, mas
acima de tudo, como forma de garantir um papel actuante em termos de
cidadania e da nossa capacidade de continuar a aprender e evoluir. Tal resulta
em seres humanos mais educados e mais habilitados, para intervir na
Sociedade da Informação e do Conhecimento.
A Sociedade da Informação e do Conhecimento é já um facto. Hoje em dia,
fala-se em um número crescente de circunstâncias da Internet, dos
computadores, da economia digital, da TV interactiva, da 3ª geração de
telemóveis, e de tudo o mais que vai mudar… a começar pela forma como
trabalhamos, nos divertimos, aprendemos e ensinamos, viajamos e sobretudo
nos relacionamos uns com os outros.
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Na Sociedade da Informação e do Conhecimento, onde quase tudo parece ter
uma sombra digital, dois factores apresentam grande transformação quando
comparados com o que se aceita ser o seu significado tradicional: o tempo e o
espaço.
Um outro aspecto importante é o digital. De facto, contrapondo o físico, isto é, a
realidade dos átomos, ao digital, que incluindo a informação, é virtual, temos
características e necessidades bem diferentes para as quais necessitamos de
outras competências e capacidades. A Sociedade da Informação e do
Conhecimento, pode ser caracterizada como uma sociedade em que as
interacções entre as pessoas são, predominantemente, realizadas de forma
digital.
A Sociedade da Informação é um conceito utilizado para descrever uma
sociedade e uma economia que faz o melhor uso possível das Tecnologias de
Informação e da Comunicação. Numa Sociedade da Informação, as pessoas
aproveitam as vantagens das tecnologias em todos os aspectos das suas
vidas: no trabalho, em casa e no lazer. Exemplos destas tecnologias são a
utilização das caixas automáticas para levantar dinheiro e outras operações
bancárias, os telemóveis, o teletexto na televisão, a utilização do serviço de
telecópia (fax) e outros serviços de comunicação de dados como a Internet e o
correio electrónico.
Estas tecnologias têm implicações em todos os aspectos da nossa sociedade e
economia. Estão a mudar a forma como nós fazemos negócios, como
aprendemos e gastamos o nosso tempo de descanso. Igualmente, a Sociedade
de Informação apresenta novos desafios para os nossos representantes legais
na gestão do País, nomeadamente na necessidade de considerar novas leis,
novos meios de educação, incentivar novas formas de fazer negócios e facilitar
o acesso a serviços do governo por meios electrónicos. Face a esta nova
realidade (digital), o que vale a pena aprender?
Face à mudança do físico para o virtual, e à importância crescente das
interacções baseados no digital, é necessário reflectir sobre quais as
competências que importa desenvolver.
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Parecem existir competências que convém assegurar num indivíduo para que
este tire o máximo partido das oportunidades que surgem, resultantes do
impacto da Sociedade da Informação e do Conhecimento. Entre as várias
competências que se podem associar a cada individuo enquanto profissional,
nomeadamente o conhecimento de técnicas e conceitos da sua área de
actuação, podem ser também consideradas competências gerais que auxiliam
qualquer um de nós a melhorar a sua capacidade de intervenção enquanto
indivíduo, profissional e cidadão:
Capacidade de concretização, isto é, de saber fazer e saber reproduzir em
novas situações e contextos.
• Capacidade de trabalho, em especial, trabalho em grupo, quer como
líder e orientador de grupo, quer nas competências de diálogo e de
partilha de informação e conhecimento.
• Flexibilidade e versatilidade, para operar em diferentes contextos e
tomar decisões face à mudança.
• Capacidade de auto-estudo, de aprender tanto através da própria
prática como pela própria necessidade.
• Capacidade de análise/síntese, como forma de assegurar o seu
papel de comunicador;
• Criatividade, tanto em termos de liderança, como de propor novas
perspectivas, de tomar atitudes ganhadoras e ser proactivo.
• Capacidade de articular ideias e de inovar, em especial ser capaz de
se expressar na língua nativa e numa segunda língua com fluência.
Inovar, no sentido, de propor novas formas de resolver velhos
problemas e melhorar soluções existentes.
• Capacidade de pensamento crítico: ser capaz de filtrar e avaliar a
qualidade e mesmo veracidade da informação que é disponibilizada.
Cada indivíduo deve ser capaz de efectuar a escolha de que
informação usar e determinar o seu grau de utilidade.
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Em complemento ao indivíduo, há que considerar igualmente a comunidade. A
comunidade é entendida aqui como a associação de indivíduos com interesses
comuns. Cada indivíduo pode pertencer a mais de uma comunidade de acordo
com os seus interesses e competências. A noção de pertença a um dado
grupo, é mais o resultado da contribuição dada a esse grupo, que uma medida
administrativa de afiliação.
Com base na discussão das competências para a Sociedade da Informação e
do Conhecimento, todos os indivíduos com responsabilidades e devidamente
educados para enfrentar a sociedade devem ter conhecimentos em quatro
áreas relacionadas com as Tecnologias de Informação e da Comunicação:
• Desenvolvimento do processamento de dados e informação: o que
de novo é possível utilizar (programas, aplicações e técnicas) para
tratamento de dados e informação que permitam fazer o mesmo,
mas de forma diferente, ou fazer o mesmo, mas com menor custo
e/ou esforço, ou ainda, a criação de novos meios e técnicas de
obtenção quer de dados, quer de informação.
• Conceitos básicos de hardware e software (material e lógica) e dos
ambientes específicos que estes geram: desta forma, quer os
sistemas de computador, quer os equipamentos a estes associados
podem influir tanto na nossa eficiência (aproveitamento dos recursos
disponíveis) e eficácia (grau de sucesso dos objectivos propostos) do
nosso desempenho, como constituírem-se em potenciadores da
nossa actividade, acrescentando valor e permitindo a obtenção de
novo e mais conhecimento.
• Impacto social resultante do uso de computadores e tecnologias
associadas: muitas vezes designado por informática social, constitui
uma área de saber que examina a concepção, usos e consequências
das Tecnologias de Informação e da Comunicação nos modos em
que são usadas para interacção entre indivíduos, nas organizações e
tomando em consideração contextos culturais bem definidos. Cabem
aqui preocupações tão diferentes como as novas formas de trabalho
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(de que o teletrabalho é um exemplo), o risco social de uma nova
exclusão – a info-exclusão, ou muito simplesmente, as novas
competências que um indivíduo deve possuir enquanto profissional,
preparado para a Sociedade da Informação e do Conhecimento.
• Modos de utilização dos computadores e das TICs em diferentes
áreas do saber: em um tempo em que os saberes de diferentes
áreas de conhecimento são cada vez mais fonte de inspiração, uma
postura multidisciplinar permite uma maior compreensão do que nos
envolve e das transformações que ocorrem.
Desta forma, este texto de introdução aos computadores e ao seu uso, tem por
objectivo contribuir para o desenvolvimento de cidadãos mais informados e,
desta forma, com maior capacidade de actuação na Sociedade e Informação e
do Conhecimento.
São objectivos do texto, o fornecimento de um conjunto de competências que
se enquadram no que foi anteriormente referido, nomeadamente, a capacidade
de cada indivíduo:
• Poder utilizar um computador para processar, guardar e gerir
informação.
• Poder utilizar um processador de texto para elaborar e reutilizar
documentos escritos multimédia (com imagens, gráficos, cor e texto)
para comunicar ou expressar as suas ideias.
• Poder utilizar uma folha de cálculo para efectuar simulações e cálculo
numérico, como forma de suporte à decisão e construção de modelos
de suporte ao raciocínio.
• Poder utilizar um navegador de páginas Web, de forma a pesquisar e
recolher informação em formato hipermédia disponível na Internet e
mais concretamente na World Wide Web, assim como usar diversos
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serviços disponibilizados na Internet como é o caso do correio
electrónico, para enviar e receber mensagens e informação.
• Poder utilizar um programa de apresentações para expor ideias,
projectos e argumentos de forma a envolver grupos de pessoas e
possibilitar a partilha de conhecimento.
Obviamente que com este texto apenas se pretende apresentar uma ajuda
(uma introdução) e, dessa forma, servir como ponto de partida para novas
explorações. É que, apesar de todas as tecnologias e ajudas que actualmente
existem, a aprendizagem é ainda um esforço de cada um cujo resultado reverte
para o próprio, mas que pode ser vivenciado de forma colaborativa e como
uma experiência divertida – é que para gostar, é preciso conhecer!
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O tema do texto seguinte centra-se na reflexão, estudo e esquematização do
papel dos media na sociedade contemporânea, através de um recenseamento
de diversos conceitos inerentes à temática que abarca o campo dos meios de
comunicação social. Importa perceber qual o valor, o poder e o papel que os
media, e concretamente o jornalismo, têm hoje numa sociedade cada vez mais
global, cada vez mais edificada sob a dinâmica e o domínio de diversos
poderes (políticos, económicos, concorrenciais, e outros) e cada vez mais
interessada na mediatização.
Perante a constante mutabilidade que ocorre hoje ao nível do espaço público e
as alterações verificadas no que diz respeito à percepção quer do espaço, quer
do tempo (com a sua crescente dissolução graças à cada vez maior imediatez
das informações permitida sobretudo pelos avanços tecnológicos e
electrónicos), procuramos avaliar em que patamar se encontram actualmente
os meios de comunicação social em geral, já que a distância entre o global e o
local é cada vez menor. Numa altura em que a globalização parece ter-se
imposto definitivamente, em que, graças às mudanças operadas no sector das
comunicações, o planeta se transforma cada vez mais num bairro vizinho e em
que somos diariamente “bombardeados” com notícias de todos os cantos do
mundo?
São, sobretudo, estas questões, que se tentará decifrar ao longo das páginas
que se seguem, analisando sempre os limites e as obrigações dos órgãos de
comunicação social e, particularmente, dos seus profissionais que se vêem
cada vez mais imbuídos numa sociedade que não olha a meios para atingir os
fins. E até eles próprios, como veremos, o fazem, incentivados quer pela
concorrência desmesurada que afecta o jornalismo, quer ainda – e mais grave
– motivados pelo crescente desemprego que afecta esta área. Circunstâncias
que obrigam a que o jornalista se preste a fazer de tudo para alcançar a notícia
“bomba”, em primeiríssima mão. É, pois, neste sentido que defendemos que o
A INFLUÊNCIA DOS MASS MEDIA SOBRE OS PÚBLICOS
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jornalismo, sobretudo o de proximidade, anda demasiado “embedded” com
amigos e inimigos, traindo a velha máxima jornalística: a objectividade. Além
das questões apontadas anteriormente como causadoras de um jornalismo
light que afecta a sociedade moderna, há que apontar ainda a dependência
essencialmente publicitária que muitos órgãos de comunicação social têm de
instituições públicas e privadas. Algo que se constata na forma como escolhem
as notícias, como as paginam e, sobretudo, como e quem elegem para
colunistas e colaboradores. Económica, política ou socialmente, o jornalismo
depende sempre dos outros poderes e actores da sociedade que, como
veremos, também necessitam de colaborar com os media, pois são eles que
transmitem as suas vitórias e derrotas. Recordemos, por exemplo, o “jogo” das
campanhas eleitorais em que, à excepção de actividades destinadas a
angariação de fundos, o principal alvo da formas de política “corpo a corpo”
(em que se cumprimentam velhinhos e se beijam criancinhas) é fazer com que
as pessoas ou a sua mensagem apareçam nos meios de comunicação social,
entrem no horário nobre em noticiários da TV, em programas de rádio ou em
artigos de algum jornal influente. É que, sem a presença activa nos media, as
propostas políticas ou os candidatos não têm qualquer hipótese de obter uma
ampla base de apoio. A política nos media não se aplica a todas as formas de
fazer política, mas todas as formas de política têm necessariamente que passar
pelos media para influenciar a tomada de decisões. Ao fazê-lo, a política está
essencialmente enquadrada, na sua essência, organização, processo e
liderança, pela lógica inerente ao sistema dos meios de comunicação, em
particular pelos media electrónicos.
Esta dicotomia media/política é apenas a mais visível no seio das sociedades
contemporâneas. Neste sentido, importa ainda averiguar qual o verdadeiro
sentido da expressão “quarto poder” atribuída aos meios de comunicação.
Será que os media ocupam mesmo um lugar de “quarto poder” – ao lado do
legislativo, executivo e judicial – ou tratar-se-á de um quarto equívoco ou de
uma “quarta fraqueza”, por causa da perda do prestígio, de identidade, de
credibilidade, para a qual concorre em especial o jornalismo televisivo?
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Este Quarto Poder está numa fase peculiar da sua evolução. Por um lado, está
cada vez mais satisfeito com o poder que o corrompe; por outro, vai no sentido
de uma impotência gigantesca relativamente a todas as questões que
realmente interessam.
De resto, e sintetizando, interessa esclarecer o papel social dos media,
procurando compreender em que medida a sociedade contemporânea, que é
light, pobre de ideias, influi o desempenho dos media. Que papel social se lhes
atribui, numa altura em que informam mas carecem de autonomia? Nesse
contexto, evidenciamos algumas funções sociais dos media, nomeadamente a
atribuição de status, o conferir de prestígio e o reforço de normas sociais.
Muitas são as correntes de pensamento sobre os media e especificamente
sobre a posição que ocupam hoje nas sociedades contemporâneas. Dos
engenheiros aos políticos, dos teólogos aos médicos, dos gestores aos
jornalistas, a comunicação é objecto de debate permanente. Mas, do que tanto
se fala? O que haverá para dizer sobre a comunicação, sobre os meios de
comunicação social e, designadamente, sobre o jornalismo, numa altura em
que eles estão cada vez mais imiscuídos numa comunidade globalizante?
Numa era em que reina a suspeição, o cepticismo, a desconfiança e a
incredulidade? Numa sociedade que, não sabe já comunicar consigo própria
porque a sua coesão é contestada, os seus valores se destroem e possui
símbolos demasiado gastos que já não conseguem ser unificadores?
Não são, porém, estas questões que se procuram esclarecer agora, mas antes
evidenciar em que medida é que essa sociedade, transformada num verdadeiro
“palco de discussão”, intervém no desempenho dos media. É certo que
vivemos numa sociedade light, pobre de ideias, sem memória, avessa a ideias
fortes, onde há pouca consistência e muito fala-barato. Ainda assim, ninguém
nega a função indispensável da comunicação de massas em democracia, pelo
contrário. A informação continua a ser essencial para uma boa evolução da
sociedade e sabemos que não é possível existir democracia sem uma boa rede
de comunicação e sem o máximo de informação livre.
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Todos estamos convencidos de que é graças à informação que o ser humano
vive como um ser livre. E, apesar disso, a suspeita dos media. Uma suspeita
que terá a ver com a forma como os media actuam na sociedade moderna. Se,
por um lado, continuam a ter o mesmo poder de informar e de tornar público o
que muitas vezes não sabemos que acontece ao fundo da nossa rua, por outro,
estão a perder cada vez mais o seu grau de autonomia, por se deixarem
manipular por outros poderes. É por isso que hoje se discute tanto se ainda se
podem designar os mass media como o “quarto poder” da sociedade.
O campo dos media, enquanto plataforma de ligação dos vários campos
sociais, padece, pois, de uma autonomia frágil. Não é de hoje, já nasceu assim,
só que a fragilidade de hoje é mais nítida, porque se deixou tomar por outros
interesses; porque a concentração empresarial lhe subtraiu respiração,
diversidade; porque foi invadido por proveitos pessoais e políticos que o
subjugaram; porque a sociedade da velocidade retira distanciamento, contexto,
reflexão e rigor; porque a memória escasseia. O campo dos media é, assim,
cada vez mais um espaço de cruzamento de poderes económicos, políticos,
corporativos, mais ou menos visíveis, mais ou menos assumidos. A realidade
mediática substitui-se muitas vezes às instituições representativas, acentua a
personalização e espectaculariza o acontecimento. Os media não reproduzem
uma realidade pré-existente, determinam-se reciprocamente. Não são o
espelho de uma realidade exterior, antes se envolvem com a sociedade numa
relação de co-produção.
Assim se faz a agenda pública, se apreendem os problemas e se agita o
debate. Neste sentido, um pouco crítico mas, mas adequado, importa
questionar que papel social se pode atribuir aos mass media? Provisoriamente,
pode concluir que o papel social representado pela mera existência dos mass
media tem sido grandemente superestimado. Mas a que se deve este
julgamento? Se os media ocupam um papel principal na formação da nossa
sociedade, atingindo uma vasta plateia, então porque são objecto de tanta
crítica e preocupação popular? Porque tantos se afligem com os problemas
criados pelo rádio, o cinema e a imprensa e tão poucos se preocupam com os
problemas criados pelo automóvel e o avião, por exemplo? Esta questão pode
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não ter nada de interessante, mas há uma lógica que lhe está subjacente e que
se prende com o facto de muitos fazerem dos media um alvo de crítica hostil
porque se sentem logrados pelo rumo dos acontecimentos.
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O MUNDO DA INTERNET
Numa sociedade cada vez mais virada para as novas tecnologias, a Internet
passou a ser uma ferramenta indispensável na vida de milhões de pessoas em
todo o mundo, no entanto são poucos aqueles que sabem um pouco acerca de
como nasceu este “fenómeno”, quem foram os responsáveis ou mesmo como
esta foi evoluindo ao longo do tempo.
Assim tenta-se mostrar um pouco do passado da Internet, mas sempre
relacionando-a com a sociedade da altura. Por outro lado, fala-se também um
pouco acerca do seu provável futuro, tentando ir um pouco além do presente e
especular sobre as novas potencialidades da Internet nessa época, fazendo
uma pequena análise de como esta vai ser importante, tanto a nível positivo
como negativo.
Hoje em dia assiste-se a um multiplicar de esforços no sentido de cada mais ir
mais longe e melhor no sentido de melhorar a qualidade e o bem-estar da
sociedade, e a área da Internet e das nas novas tecnologias é uma das mais
activas nesse sentido, deixando uma grande questão....
Até onde nos vai levar toda esta inovação?
Há cerca de 40 anos atrás, nasceu o “embrião” que viria a tornar-se num dos
recursos mais potentes da sociedade moderna: a Internet. No entanto, esta não
surgiu de nenhum “plano” organizado por uma pessoa ou grupo de pessoas,
que pensaram criá-la, pelo contrário.
Vivia-se num período de tensão entre duas grandes potências mundiais, a
União Soviética e os Estados Unidos, e quando a primeira lançou o primeiro
satélite em 1957, os EUA tentaram de imediato responder, e parte dessa
resposta foi dada com a criação do “Advanced Research Projects Agency”
(Agência de Projectos de Investigação Avançada). Esta no
final da década de 60, criou uma rede experimental
chamada Arpanet, que utilizava uma tecnologia chamada
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“packet switching” (troca de pacotes) para o transporte de informação,
tecnologia esta que é a base do que hoje conhecemos por Internet.
Na altura a sociedade não estava a par de nenhum desses avançados
tecnológicos, não tendo ideia de como importante esta evolução seria num
futuro próximo. Apenas o meio científico, os únicos habilitados a trabalharem
com os computadores da altura, estaria informado desta nova tecnologia, mas
também eles não faziam ideia do que representaria.
Quando a ameaça da Guerra-fria passou, ArphaNet tornou-se tão inútil que os
militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua
guarda.
Nos anos 1970, as universidades e outras instituições que faziam trabalhos
relativos à defesa tiveram permissão para se conectar à ARPANET, através de
uma rede denominada NFS (Computer Science Net). Foi este um dos grandes
passos para a na altura chamada ARPANET se desenvolver e passar a ser
denominada por Internet.
Foi nessa altura também, que outro tipo de utilizadores começaram a ter
acesso à ainda pequena rede de transmissão de dados: a comunidade
académica.
E, continuou a ser assim até sensivelmente o ano de 1987. (ou seja a rede
esteja durante cerca de duas décadas disponível somente para as
comunidades académica e científica) Nesse ano a Internet iniciou um novo
ciclo, sendo liberado o seu uso comercial nos EUA, o que significa que
empresas interessadas poderiam usar a Internet para mostrar os seus artigos
aos interessados.
Com a invenção da WWW, foi dado o grande passo para a Internet se
implementar e se tornar no que conhecemos hoje em dia... Desenvolvido na
universidade de Illinois-USA o Mosaic foi o primeiro browser com interface
gráfico, que serviu de base para os bem conhecido
Internet Explorer e Netscape Comunicator. Mais tarde
surgiu outro serviço muito em voga actualmente o
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IRC, e generalizou-se o uso do email, sendo este considerado fundamental
hoje em dia.
No entanto não foi fácil a globalização da Internet na sociedade, continuando
até cerca 1993 a ter relativamente poucos utilizadores e não sendo ainda
considerada uma ferramenta indispensável.
Foi sensivelmente em 1994 que se deu o grande “boom” mundial da Internet,
com o aparecimento de ISP´s gratuitos e em alguns sítios do mundo a banda
larga. Assim a Internet torna-se numa ferramenta não só de trabalho, mas
também de entretenimento com a existência de várias chats, jogos online, a
“simples” visita de páginas web que nos podem levar a variadíssima
informação ou mesmo a viajar sem sairmos de casa. Este serviço banaliza-se
em todo o mundo passando a ser vulgar qualquer cidadão ter um acesso à
Internet em sua casa, no trabalho ou em vários sítios especializados para esse
efeito.
Em Portugal a difusão da "Internet" foi realizada pelas Universidades,
suportada na existência de um grupo denominado PUUG — Portuguese Unix
Users Group — e, a partir de 1986 na recém criada FCCN — Fundação de
Cálculo Científico Nacional.
A partir de 1991 o uso da Internet generaliza-se em todas as Universidades
Portuguesas através da criação da RCCN — Rede da Comunidade Científica
Nacional -.
A criação de ISP — Internet Service Provider — em Portugal a partir de 1994
popularizou o uso da Internet. Os órgãos de comunicação social passaram, em
1995, a difundir a existência e utilidade da Internet. Esta difusão provocou uma
explosão da utilização da Internet em Portugal.
Sem dúvida que hoje em dia a Internet desempenha um papel fundamental na
sociedade, quer em Portugal como no resto do mundo, tendo várias utilidades
entre elas servir como um meio de comunicação essencial, grande fonte de
informação (a maior do mundo), meio de entretenimento, entre outras…
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No entanto é preciso também analisar alguns perigos inerentes a uma “arma”
tão poderosa como a Internet se perfila hoje em dia. A Internet é um serviço
livre podendo cada um usá-la e inserir os conteúdos que entender, o que pode
levar a que os conteúdos da mesma sejam corruptos. Outro dos problemas
poderá ser o acesso incontrolado a este recurso por parte de crianças, que
pode levar que a formação das mesmas possa ser influenciado por uma
utilização desregrada, tendo acesso a informação pouco adequada, como a
pornografia, a violência e demais.
Outro dos problemas que temos vindo a assistir é o choque de gerações que
esta pode provocar, principalmente devido ao seu tão rápido desenvolvimento.
A Internet e a informática em geral evoluíram a uma velocidade vertiginosa, e
como consequência existe choque de gerações que de daí advém. Não é difícil
uma ouvir uma pessoa de cerca de 60 anos dizer que não sabe para que serve
a Internet, ou mesmo que esta é só mais uma maneira de brincar... Assim é
usual as gerações mais novas terem dificuldades para explicar e tentar
incentivar os mais idosos a “navegarem” pela Internet, ou mesmo somente a
fazer com que estes tenham uma ideia diferente desta...
Assim, pode-se dizer em poucas palavras que a sociedade ainda está a
ambientar-se a uma mudança tão grande que foi o surgir da Internet, estando
principalmente os mais novos, já a encará-la como uma mais valia
indispensável e os mais retrógrados ainda a tentar habituar-se à ideia.
Pretende-se que este texto mostrar um pouco acerca de como nasceu a
Internet, os principais responsáveis e a evolução até ao que conhecemos hoje
em dia. Mostra-se também a ligação que esta tecnologia tem com a sociedade,
analisando os factores positivos e também alguns negativos para se poder
fazer uma relação entre o positivo e o negativo da mesma, o que poderá
constituir uma incentivo para melhorar um pouco o que de errado existe.