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1 Trabalho realizado por: João Sottomayor Estabelecimento de ensino: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro Curso: Programador de Informática Docente: Paula Antão

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Page 1: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

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Trabalho realizado por: João Sottomayor

Estabelecimento de ensino:

CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

Curso: Programador de Informática

Docente: Paula Antão

Page 2: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

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Índice

Capa Página 1

Índice Página 2

Os telemóveis em contexto privado Página 3

O surgimento e evolução do telemóvel Páginas 4 e 5

Linguagem utilizada Páginas 6 a 11

O computador em contexto profissional Páginas 12 a 17

A influência dos mass media sobre os públicos Páginas 18 a 22

O mundo da Internet Páginas 23 a 26

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OS TELEMÓVEIS EM CONTEXTO PRIVADO

O aparecimento dos telemóveis veio mudar a maneira de encarar a vida social

de hoje em dia. É daquelas pessoas que sempre disse que nunca teria um

telemóvel?

Em Portugal existem mais de 11 milhões de assinantes, a taxa de penetração é

superior a 110% da população, de acordo com a Autoridade Nacional de

Comunicações – ANACOM, isto porque o telemóvel se tornou imprescindível e

as suas vantagens incontornáveis.

• Comunicação em tempo real em praticamente qualquer zona do mundo,

através de chamadas de voz ou por mensagens escritas (SMS – Short

Messaging System);

• Estar contactável 24 horas por dia em qualquer sítio;

• Acesso a uma vasta gama de serviços, que vão desde a consulta do

saldo bancário, recepção e envio de fotos e vídeos, consultar o email e

até ver o nosso canal de televisão favorito.

Contudo, existem algumas desvantagens:

• Descaracterização da língua materna devido ao uso de abreviaturas e

outros tipos de gíria que são comuns no envio de mensagens escritas;

• Ser interrompido em qualquer altura por uma chamada ou simplesmente

por curiosidade de saber quem liga;

• Quebrar o diálogo presencial devido a ser mais fácil enviar uma

mensagem ou falar via telemóvel.

• A saúde, visto existirem estudos que comprovam que o uso do telemóvel

é prejudicial para a saúde por causa das radiações emitidas.

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O SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO TELEMÓVEL

O primeiro telemóvel a ser comercializado no mundo foi o Motorola Dynatac

8000X. Era um telemóvel analógico de primeira geração (1G) e

vinha apenas equipado com AMPS (Advanced Mobile Phone

System) quer permitia unicamente fazer e receber chamadas, no

entanto, as chamadas eram de fraca qualidade e com muitas

interferências.

No final da década de 80, surge a segunda geração de telemóveis (2G)

equipados com o sistema GMS (Global System for Mobile) que

passou a desempenhar um papel fundamental, permitindo a

melhoria das comunicações móveis pois passou a haver melhor

qualidade nas comunicações. Relativamente às funcionalidades

vinham com roaming internacional, o que possibilita a realização de

chamadas e envio de mensagens SMS internacionais através de telemóvel.

A segunda geração e meia (2.5G) de padrões e tecnologias dos telefones

móveis é considerada o ponto de transição entre as tecnologias 2G e 3G,

embora o termo “2.5G” tenha sido definido pela comunicação social

e não oficialmente pela União Internacional de Telecomunicações

(UIT).

A 2.5G fornece velocidades superiores à 2G e através de

tecnologias de pacotes permite um acesso à internet mais flexível e

eficiente. Utiliza tecnologias como GPRS (General Packet Radio Service),

EDGE (Enhanced Data for GSM Evolution), 1XRTT e HSCSD (High Speed

Circuit Switched Data). O EDGE é uma versão de maior banda do GPRS e

permite velocidades máximas de 384 Kbps.

A terceira geração de telemóveis (3G) surgiu na Europa em 2003, esta

evolução trouxe inovações nunca antes imaginadas. Podemos

destacar a possibilidade de tirar fotos, filmar, gravar lembretes,

jogar e ouvir músicas. Nos últimos anos, principalmente no Japão

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5

e na Europa, têm sido desenvolvidos recursos surpreendentes, como GPS

(Global Positioning System), vídeo-conferência e instalação de programas

variados, que vão desde ler emails, a usar remotamente um computador em

qualquer parte do globo, desde que devidamente configurado.

Page 6: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

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LINGUAGEM UTILIZADA

É um facto que o fascínio que as novas tecnologias exercem, sobretudo entre

as novas gerações, tem implicações na forma como a comunicação através de

palavras é feita, quer na vertente oral, quer na dimensão escrita. Com o texto

seguinte pretende-se demonstrar como o uso das novas tecnologias acarreta,

na Língua Portuguesa, alterações feitas a um ritmo muito rápido, às formas de

escrita padrão, reinventando-se outras escritas e formas morfológicas.

O telemóvel foi vulgarizado tendo por finalidade a comunicação oral, vem

multiplicar por milhões uma nova dinâmica da escrita individual, constituída

apenas por mensagens curtas designadas mensagens SMS. E porque razão

este tipo de texto escrito por norma apenas com o polegar se impôs tão

generalizada e rapidamente, sobretudo entre a camada mais jovem?

Essencialmente porque a escrita SMS é radicalmente diferente da escrita

tradicional que a mesma geração aprende na escola. São precisamente as

características novas e diferentes que fazem das mensagens SMS uma das

novas formas de comunicação social e mesmo a principal forma de

comunicação escrita de uma determinada faixa etária.

A primeira diferença reside na instantaneidade do efeito comunicativo. Numa

sociedade de mudanças frequentes e vertiginosas, a instantaneidade é um

valor altamente atractivo. As mensagens SMS têm esta particularidade, sendo

quase simultâneo o processo de escrita e sua recepção.

A escrita tradicional, ao contrário, demora muito tempo a atingir o seu receptor.

A regra de ouro de o processo de comunicação linguística assentar no máximo

de eficácia com o mínimo de esforço favorece as mensagens SMS: quase não

dão trabalho, não necessitam de elementos materiais físicos (papel, caneta)

para além do próprio telemóvel e todo o processo é muito rápido, já que a

escrita de uma mensagem gasta pouquíssimo tempo, ao invés da demorada

escrita tradicional.

Page 7: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

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Com as mensagens SMS atinge-se facilmente o receptor pretendido, não é

necessária a “direcção” ou qualquer outro conhecimento sobre a localização de

quem queremos que receba a informação. Outro grande factor de sucesso das

mensagens SMS prende-se com o próprio funcionamento do fenómeno

linguístico: facilitar as interacções sociais. Sendo o discurso oral a forma

clássica de aproximação pessoal, implica determinados códigos sociais que

restringem a possibilidade de comunicação. Não é “normal” e socialmente bem

aceite, alguém fazer declarações de amor, tentar meter conversa ou mandar

piropos a pessoas com as quais não se tem algum conhecimento ou

familiaridade. Entre duas pessoas mais ou menos desconhecidas, as tentativas

de aproximação, através de interacção verbal, envolvem sempre uma

componente de pudor que o face-a-face físico acentua. Eu, para saber a

receptividade que o outro pode ter comigo, tenho de me expor à sua presença.

Ora as mensagens SMS alteram radicalmente isto tudo. Pode-se falar com os

outros sem nos expormos fisicamente, pode-se ocultar a identidade de quem

envia a mensagem e podem-se contactar várias pessoas simultaneamente. As

mensagens SMS embora escritas, não possuem as inaceitáveis limitações do

clássico processo de escrita, possuindo todas as vantagens da oralidade sem

os riscos da exposição pessoal. Daí uma das grandes causas de sucesso,

sobretudo entre os adolescentes.

A expressão “escrita SMS” indica a forma de escrita responsável pelos

processos mais radicais de uma determinada forma de grafia de caracteres.

As principais características e mais visíveis são:

• Mensagens muito breves

• Os elementos redundantes tendem a desaparecer

• Linguagem coloquial

• Mistura do código oral com o escrito

• Mistura de palavras em inglês

• Predomina a síntese, a sintaxe abreviada

• Uso de acrónimos

• Eliminação de vogais

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• Redução do alfabeto: substituição, só por um, de vários grafemas que

representam sons semelhantes (X = s, ss, ch, c, ç; K= c, q)

• Desaparecimento de muitos conectores e artigos

• A ausência de acentos

• Desaparecimento da oposição maiúsculas / minúsculas

• O uso de ícones, constituídos com os sinais extra-alfabeto (sinais de

pontuação, parêntesis, aspas)

• Mistura de números e letras

Texto SMS Escrita tradicional

oi td bem? hj vo ver 1 film co manel e depoix vamx pra nait pox copx

Oi (=Olá), tudo bem? Hoje vou ver um filme com o Manuel e depois vamos para a “night” para os copos.

O inglês para além de língua de prestígio, é uma língua de referência, quer

quanto a processos, quer quanto a expressões importadas (cul8er = see you

later, 4ever = forever). Existem mesmo sites que fazem a tradução “escrita

normal – SMS” (http://transl8it.com/cgi-win/index.pl).

A escrita simplificada que começou por “de polegar”, inicialmente utilizada nas

mensagens SMS dos telemóveis, vai passar em parte para outras formas de

comunicação tecladas que mantêm algumas semelhanças com as mensagens

SMS, nomeadamente os chats e agora os universais blogs. Costuma-se, por

vezes, dizer que a tipologia da escrita SMS se deve simplesmente ao facto de

o utilizador ter um teclado extremamente reduzido e incómodo e a necessidade

de utilizar um número de caracteres reduzido. Quase sempre, as explicações

simples acabam por ser simplistas e não focar aspectos importantes, como

neste caso.

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O que é mais correcto dizer é que as condições em que nasceram as

mensagens SMS favoreceram o incremento de uma determinada forma de

escrita, mais simplificada, com tendência a utilizar a representação gráfica dos

discursos da oralidade, concretamente quando o texto vale sobretudo como

transcrição da fala (conversa escrita). A expressividade das emoções pode ser

representada nas mensagens SMS, na medida do possível, espelhar mais a

oralidade, incluindo, nas mesmas mensagens, aspectos contextuais ligados

aos estados emotivos do emissor:

• Foi muito bom

• Fiquei desapontado

Todos os “dicionários” de mensagens SMS (encontram-se vários na Internet)

têm uma listagem destas formas icónicas.

(Dicionário SMS, portal SAPO.pt)

Neste contexto é mais importante para o emissor transmitir o seu estado de

espírito do que o reconhecimento, pelo receptor, da competência no domínio

do sistema gráfico tradicional. Dentro da mesma mensagem ou texto pode não

existir uniformidade de critérios, a mesma palavra pode aparecer umas vezes

abreviada e outras por extenso. Uma palavra abreviada pode adquirir várias

formas: qualquer = qquer,qqer,qlqer,qq,… Isto implica que o texto final pode

conter um grau de desvio gráfico muito grande ou praticamente nulo.

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O código em que estas formas de escrita assentam é o código tradicional, é ele

o “cimento” que agarra e suporta as alterações mais ou menos criativas, mais

ou menos divergentes. Estas escritas múltiplas e multifacetadas não serão

demasiadamente anárquicas, desregradas, difíceis de perceber e

complicadas?

Para quem as utiliza, não podem ser, já que quem utiliza um qualquer sistema

diferente do padrão, o faz com a justificação de assim ser mais fácil de

comunicar. Na verdade, a anarquia (múltiplas formas para o mesmo efeito) é

simultaneamente maleabilidade: possibilidade de adaptação a qualquer grau de

alteração que os usuários queiram; o desregramento (mais aparente que real)

permite a contínua criatividade.

Como não há maior prova que os factos e as evidências, o uso tão

generalizado que, por exemplo, a escrita SMS detém, sobretudo em

determinadas faixas etárias, mostra precisamente o seu grau de atractividade.

E para a Língua, encarada como entidade cultural e sociológica? Esta

deturpação das regras não é prejudicial? Não ficarão viciados nesta forma de

escrita os adolescentes, tendo depois dificuldade em usarem o sistema

tradicional?

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É natural que, por vezes, sobretudo em idades de adolescência, a mão fuja

para a simplificação. No entanto, a presença das formas de escrita normativas

e as imposições sociais restabelecerão o equilíbrio normal. Esta escrita cumpre

finalidades essencialmente comunicativas em contextos de transcrição da

oralidade, sabendo os interlocutores adequar a situações de comunicação mais

formais outros registos de escrita, Por isso, a necessidade de a sociedade e a

tradição gramatical começarem a distinguir (e aceitar como naturais) vários

níveis de escrita conforme as várias situações de comunicação, à semelhança

do que acontece a nível oral da língua. Para a tradição gramatical, a escrita é

só uma, já que a mesma encara todas as situações do uso do código escrito

como situações formais de comunicação. Se nos últimos séculos assim era,

com o surgir das novas tecnologias esta realidade alterou-se radicalmente,

desempenhando hoje, a escrita, funcionalidades diversas relativamente ao

modelo tradicional.

Demonstrando-se assim que, nas línguas modernas não há somente uma

escrita, mas que a diversidade de meios tecnológicos edas situações de

comunicação implicam a aceitação de níveis de maior ou menor formalidade

consoante o contexto. Sendo que, a lealdade pelo gráfico oficial sofrerá

alterações de grau variável, mas deverá continuar a manter-se único.

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O COMPUTADOR EM CONTEXTO PROFISSIONAL

As Tecnologias da Informação e da Comunicação – TICs – estão cada vez

mais presentes nas nossas actividades enquanto profissionais ou

simplesmente enquanto seres humanos, criadores de conhecimento e

utilizadores da informação.

A forma como nos organizamos, trabalhamos, divertimos e até pensamos, é

influenciada pela utilização das tecnologias, que deixam assim o seu papel, de

ser apenas mais um instrumento, para ocuparem o papel de mediadores entre

a informação e as capacidades e necessidades de indivíduos e organizações.

Estes dois parágrafos apontam tendências que qualquer um de nós pode

reconhecer ou, em oposto, não compreender. Esta dualidade de posições é

precisamente um dos perigos que enfrentamos, qualquer que seja a nossa

profissão ou responsabilidade e independentemente da nossa capacidade de

lidar com a informação. O nosso valor, enquanto elementos úteis à sociedade

sai, também ele, afectado dos conhecimentos que possuímos das Tecnologias

de Informação e da Comunicação, e da forma como conseguimos potenciar

esse conhecimento para fazer, talvez mais, melhor e com menor esforço, mas

acima de tudo, como forma de garantir um papel actuante em termos de

cidadania e da nossa capacidade de continuar a aprender e evoluir. Tal resulta

em seres humanos mais educados e mais habilitados, para intervir na

Sociedade da Informação e do Conhecimento.

A Sociedade da Informação e do Conhecimento é já um facto. Hoje em dia,

fala-se em um número crescente de circunstâncias da Internet, dos

computadores, da economia digital, da TV interactiva, da 3ª geração de

telemóveis, e de tudo o mais que vai mudar… a começar pela forma como

trabalhamos, nos divertimos, aprendemos e ensinamos, viajamos e sobretudo

nos relacionamos uns com os outros.

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Na Sociedade da Informação e do Conhecimento, onde quase tudo parece ter

uma sombra digital, dois factores apresentam grande transformação quando

comparados com o que se aceita ser o seu significado tradicional: o tempo e o

espaço.

Um outro aspecto importante é o digital. De facto, contrapondo o físico, isto é, a

realidade dos átomos, ao digital, que incluindo a informação, é virtual, temos

características e necessidades bem diferentes para as quais necessitamos de

outras competências e capacidades. A Sociedade da Informação e do

Conhecimento, pode ser caracterizada como uma sociedade em que as

interacções entre as pessoas são, predominantemente, realizadas de forma

digital.

A Sociedade da Informação é um conceito utilizado para descrever uma

sociedade e uma economia que faz o melhor uso possível das Tecnologias de

Informação e da Comunicação. Numa Sociedade da Informação, as pessoas

aproveitam as vantagens das tecnologias em todos os aspectos das suas

vidas: no trabalho, em casa e no lazer. Exemplos destas tecnologias são a

utilização das caixas automáticas para levantar dinheiro e outras operações

bancárias, os telemóveis, o teletexto na televisão, a utilização do serviço de

telecópia (fax) e outros serviços de comunicação de dados como a Internet e o

correio electrónico.

Estas tecnologias têm implicações em todos os aspectos da nossa sociedade e

economia. Estão a mudar a forma como nós fazemos negócios, como

aprendemos e gastamos o nosso tempo de descanso. Igualmente, a Sociedade

de Informação apresenta novos desafios para os nossos representantes legais

na gestão do País, nomeadamente na necessidade de considerar novas leis,

novos meios de educação, incentivar novas formas de fazer negócios e facilitar

o acesso a serviços do governo por meios electrónicos. Face a esta nova

realidade (digital), o que vale a pena aprender?

Face à mudança do físico para o virtual, e à importância crescente das

interacções baseados no digital, é necessário reflectir sobre quais as

competências que importa desenvolver.

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Parecem existir competências que convém assegurar num indivíduo para que

este tire o máximo partido das oportunidades que surgem, resultantes do

impacto da Sociedade da Informação e do Conhecimento. Entre as várias

competências que se podem associar a cada individuo enquanto profissional,

nomeadamente o conhecimento de técnicas e conceitos da sua área de

actuação, podem ser também consideradas competências gerais que auxiliam

qualquer um de nós a melhorar a sua capacidade de intervenção enquanto

indivíduo, profissional e cidadão:

Capacidade de concretização, isto é, de saber fazer e saber reproduzir em

novas situações e contextos.

• Capacidade de trabalho, em especial, trabalho em grupo, quer como

líder e orientador de grupo, quer nas competências de diálogo e de

partilha de informação e conhecimento.

• Flexibilidade e versatilidade, para operar em diferentes contextos e

tomar decisões face à mudança.

• Capacidade de auto-estudo, de aprender tanto através da própria

prática como pela própria necessidade.

• Capacidade de análise/síntese, como forma de assegurar o seu

papel de comunicador;

• Criatividade, tanto em termos de liderança, como de propor novas

perspectivas, de tomar atitudes ganhadoras e ser proactivo.

• Capacidade de articular ideias e de inovar, em especial ser capaz de

se expressar na língua nativa e numa segunda língua com fluência.

Inovar, no sentido, de propor novas formas de resolver velhos

problemas e melhorar soluções existentes.

• Capacidade de pensamento crítico: ser capaz de filtrar e avaliar a

qualidade e mesmo veracidade da informação que é disponibilizada.

Cada indivíduo deve ser capaz de efectuar a escolha de que

informação usar e determinar o seu grau de utilidade.

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Em complemento ao indivíduo, há que considerar igualmente a comunidade. A

comunidade é entendida aqui como a associação de indivíduos com interesses

comuns. Cada indivíduo pode pertencer a mais de uma comunidade de acordo

com os seus interesses e competências. A noção de pertença a um dado

grupo, é mais o resultado da contribuição dada a esse grupo, que uma medida

administrativa de afiliação.

Com base na discussão das competências para a Sociedade da Informação e

do Conhecimento, todos os indivíduos com responsabilidades e devidamente

educados para enfrentar a sociedade devem ter conhecimentos em quatro

áreas relacionadas com as Tecnologias de Informação e da Comunicação:

• Desenvolvimento do processamento de dados e informação: o que

de novo é possível utilizar (programas, aplicações e técnicas) para

tratamento de dados e informação que permitam fazer o mesmo,

mas de forma diferente, ou fazer o mesmo, mas com menor custo

e/ou esforço, ou ainda, a criação de novos meios e técnicas de

obtenção quer de dados, quer de informação.

• Conceitos básicos de hardware e software (material e lógica) e dos

ambientes específicos que estes geram: desta forma, quer os

sistemas de computador, quer os equipamentos a estes associados

podem influir tanto na nossa eficiência (aproveitamento dos recursos

disponíveis) e eficácia (grau de sucesso dos objectivos propostos) do

nosso desempenho, como constituírem-se em potenciadores da

nossa actividade, acrescentando valor e permitindo a obtenção de

novo e mais conhecimento.

• Impacto social resultante do uso de computadores e tecnologias

associadas: muitas vezes designado por informática social, constitui

uma área de saber que examina a concepção, usos e consequências

das Tecnologias de Informação e da Comunicação nos modos em

que são usadas para interacção entre indivíduos, nas organizações e

tomando em consideração contextos culturais bem definidos. Cabem

aqui preocupações tão diferentes como as novas formas de trabalho

Page 16: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

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(de que o teletrabalho é um exemplo), o risco social de uma nova

exclusão – a info-exclusão, ou muito simplesmente, as novas

competências que um indivíduo deve possuir enquanto profissional,

preparado para a Sociedade da Informação e do Conhecimento.

• Modos de utilização dos computadores e das TICs em diferentes

áreas do saber: em um tempo em que os saberes de diferentes

áreas de conhecimento são cada vez mais fonte de inspiração, uma

postura multidisciplinar permite uma maior compreensão do que nos

envolve e das transformações que ocorrem.

Desta forma, este texto de introdução aos computadores e ao seu uso, tem por

objectivo contribuir para o desenvolvimento de cidadãos mais informados e,

desta forma, com maior capacidade de actuação na Sociedade e Informação e

do Conhecimento.

São objectivos do texto, o fornecimento de um conjunto de competências que

se enquadram no que foi anteriormente referido, nomeadamente, a capacidade

de cada indivíduo:

• Poder utilizar um computador para processar, guardar e gerir

informação.

• Poder utilizar um processador de texto para elaborar e reutilizar

documentos escritos multimédia (com imagens, gráficos, cor e texto)

para comunicar ou expressar as suas ideias.

• Poder utilizar uma folha de cálculo para efectuar simulações e cálculo

numérico, como forma de suporte à decisão e construção de modelos

de suporte ao raciocínio.

• Poder utilizar um navegador de páginas Web, de forma a pesquisar e

recolher informação em formato hipermédia disponível na Internet e

mais concretamente na World Wide Web, assim como usar diversos

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serviços disponibilizados na Internet como é o caso do correio

electrónico, para enviar e receber mensagens e informação.

• Poder utilizar um programa de apresentações para expor ideias,

projectos e argumentos de forma a envolver grupos de pessoas e

possibilitar a partilha de conhecimento.

Obviamente que com este texto apenas se pretende apresentar uma ajuda

(uma introdução) e, dessa forma, servir como ponto de partida para novas

explorações. É que, apesar de todas as tecnologias e ajudas que actualmente

existem, a aprendizagem é ainda um esforço de cada um cujo resultado reverte

para o próprio, mas que pode ser vivenciado de forma colaborativa e como

uma experiência divertida – é que para gostar, é preciso conhecer!

Page 18: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

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O tema do texto seguinte centra-se na reflexão, estudo e esquematização do

papel dos media na sociedade contemporânea, através de um recenseamento

de diversos conceitos inerentes à temática que abarca o campo dos meios de

comunicação social. Importa perceber qual o valor, o poder e o papel que os

media, e concretamente o jornalismo, têm hoje numa sociedade cada vez mais

global, cada vez mais edificada sob a dinâmica e o domínio de diversos

poderes (políticos, económicos, concorrenciais, e outros) e cada vez mais

interessada na mediatização.

Perante a constante mutabilidade que ocorre hoje ao nível do espaço público e

as alterações verificadas no que diz respeito à percepção quer do espaço, quer

do tempo (com a sua crescente dissolução graças à cada vez maior imediatez

das informações permitida sobretudo pelos avanços tecnológicos e

electrónicos), procuramos avaliar em que patamar se encontram actualmente

os meios de comunicação social em geral, já que a distância entre o global e o

local é cada vez menor. Numa altura em que a globalização parece ter-se

imposto definitivamente, em que, graças às mudanças operadas no sector das

comunicações, o planeta se transforma cada vez mais num bairro vizinho e em

que somos diariamente “bombardeados” com notícias de todos os cantos do

mundo?

São, sobretudo, estas questões, que se tentará decifrar ao longo das páginas

que se seguem, analisando sempre os limites e as obrigações dos órgãos de

comunicação social e, particularmente, dos seus profissionais que se vêem

cada vez mais imbuídos numa sociedade que não olha a meios para atingir os

fins. E até eles próprios, como veremos, o fazem, incentivados quer pela

concorrência desmesurada que afecta o jornalismo, quer ainda – e mais grave

– motivados pelo crescente desemprego que afecta esta área. Circunstâncias

que obrigam a que o jornalista se preste a fazer de tudo para alcançar a notícia

“bomba”, em primeiríssima mão. É, pois, neste sentido que defendemos que o

A INFLUÊNCIA DOS MASS MEDIA SOBRE OS PÚBLICOS

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19

jornalismo, sobretudo o de proximidade, anda demasiado “embedded” com

amigos e inimigos, traindo a velha máxima jornalística: a objectividade. Além

das questões apontadas anteriormente como causadoras de um jornalismo

light que afecta a sociedade moderna, há que apontar ainda a dependência

essencialmente publicitária que muitos órgãos de comunicação social têm de

instituições públicas e privadas. Algo que se constata na forma como escolhem

as notícias, como as paginam e, sobretudo, como e quem elegem para

colunistas e colaboradores. Económica, política ou socialmente, o jornalismo

depende sempre dos outros poderes e actores da sociedade que, como

veremos, também necessitam de colaborar com os media, pois são eles que

transmitem as suas vitórias e derrotas. Recordemos, por exemplo, o “jogo” das

campanhas eleitorais em que, à excepção de actividades destinadas a

angariação de fundos, o principal alvo da formas de política “corpo a corpo”

(em que se cumprimentam velhinhos e se beijam criancinhas) é fazer com que

as pessoas ou a sua mensagem apareçam nos meios de comunicação social,

entrem no horário nobre em noticiários da TV, em programas de rádio ou em

artigos de algum jornal influente. É que, sem a presença activa nos media, as

propostas políticas ou os candidatos não têm qualquer hipótese de obter uma

ampla base de apoio. A política nos media não se aplica a todas as formas de

fazer política, mas todas as formas de política têm necessariamente que passar

pelos media para influenciar a tomada de decisões. Ao fazê-lo, a política está

essencialmente enquadrada, na sua essência, organização, processo e

liderança, pela lógica inerente ao sistema dos meios de comunicação, em

particular pelos media electrónicos.

Esta dicotomia media/política é apenas a mais visível no seio das sociedades

contemporâneas. Neste sentido, importa ainda averiguar qual o verdadeiro

sentido da expressão “quarto poder” atribuída aos meios de comunicação.

Será que os media ocupam mesmo um lugar de “quarto poder” – ao lado do

legislativo, executivo e judicial – ou tratar-se-á de um quarto equívoco ou de

uma “quarta fraqueza”, por causa da perda do prestígio, de identidade, de

credibilidade, para a qual concorre em especial o jornalismo televisivo?

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Este Quarto Poder está numa fase peculiar da sua evolução. Por um lado, está

cada vez mais satisfeito com o poder que o corrompe; por outro, vai no sentido

de uma impotência gigantesca relativamente a todas as questões que

realmente interessam.

De resto, e sintetizando, interessa esclarecer o papel social dos media,

procurando compreender em que medida a sociedade contemporânea, que é

light, pobre de ideias, influi o desempenho dos media. Que papel social se lhes

atribui, numa altura em que informam mas carecem de autonomia? Nesse

contexto, evidenciamos algumas funções sociais dos media, nomeadamente a

atribuição de status, o conferir de prestígio e o reforço de normas sociais.

Muitas são as correntes de pensamento sobre os media e especificamente

sobre a posição que ocupam hoje nas sociedades contemporâneas. Dos

engenheiros aos políticos, dos teólogos aos médicos, dos gestores aos

jornalistas, a comunicação é objecto de debate permanente. Mas, do que tanto

se fala? O que haverá para dizer sobre a comunicação, sobre os meios de

comunicação social e, designadamente, sobre o jornalismo, numa altura em

que eles estão cada vez mais imiscuídos numa comunidade globalizante?

Numa era em que reina a suspeição, o cepticismo, a desconfiança e a

incredulidade? Numa sociedade que, não sabe já comunicar consigo própria

porque a sua coesão é contestada, os seus valores se destroem e possui

símbolos demasiado gastos que já não conseguem ser unificadores?

Não são, porém, estas questões que se procuram esclarecer agora, mas antes

evidenciar em que medida é que essa sociedade, transformada num verdadeiro

“palco de discussão”, intervém no desempenho dos media. É certo que

vivemos numa sociedade light, pobre de ideias, sem memória, avessa a ideias

fortes, onde há pouca consistência e muito fala-barato. Ainda assim, ninguém

nega a função indispensável da comunicação de massas em democracia, pelo

contrário. A informação continua a ser essencial para uma boa evolução da

sociedade e sabemos que não é possível existir democracia sem uma boa rede

de comunicação e sem o máximo de informação livre.

Page 21: CESAE - Campus da Universidade de Aveiro

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Todos estamos convencidos de que é graças à informação que o ser humano

vive como um ser livre. E, apesar disso, a suspeita dos media. Uma suspeita

que terá a ver com a forma como os media actuam na sociedade moderna. Se,

por um lado, continuam a ter o mesmo poder de informar e de tornar público o

que muitas vezes não sabemos que acontece ao fundo da nossa rua, por outro,

estão a perder cada vez mais o seu grau de autonomia, por se deixarem

manipular por outros poderes. É por isso que hoje se discute tanto se ainda se

podem designar os mass media como o “quarto poder” da sociedade.

O campo dos media, enquanto plataforma de ligação dos vários campos

sociais, padece, pois, de uma autonomia frágil. Não é de hoje, já nasceu assim,

só que a fragilidade de hoje é mais nítida, porque se deixou tomar por outros

interesses; porque a concentração empresarial lhe subtraiu respiração,

diversidade; porque foi invadido por proveitos pessoais e políticos que o

subjugaram; porque a sociedade da velocidade retira distanciamento, contexto,

reflexão e rigor; porque a memória escasseia. O campo dos media é, assim,

cada vez mais um espaço de cruzamento de poderes económicos, políticos,

corporativos, mais ou menos visíveis, mais ou menos assumidos. A realidade

mediática substitui-se muitas vezes às instituições representativas, acentua a

personalização e espectaculariza o acontecimento. Os media não reproduzem

uma realidade pré-existente, determinam-se reciprocamente. Não são o

espelho de uma realidade exterior, antes se envolvem com a sociedade numa

relação de co-produção.

Assim se faz a agenda pública, se apreendem os problemas e se agita o

debate. Neste sentido, um pouco crítico mas, mas adequado, importa

questionar que papel social se pode atribuir aos mass media? Provisoriamente,

pode concluir que o papel social representado pela mera existência dos mass

media tem sido grandemente superestimado. Mas a que se deve este

julgamento? Se os media ocupam um papel principal na formação da nossa

sociedade, atingindo uma vasta plateia, então porque são objecto de tanta

crítica e preocupação popular? Porque tantos se afligem com os problemas

criados pelo rádio, o cinema e a imprensa e tão poucos se preocupam com os

problemas criados pelo automóvel e o avião, por exemplo? Esta questão pode

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não ter nada de interessante, mas há uma lógica que lhe está subjacente e que

se prende com o facto de muitos fazerem dos media um alvo de crítica hostil

porque se sentem logrados pelo rumo dos acontecimentos.

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O MUNDO DA INTERNET

Numa sociedade cada vez mais virada para as novas tecnologias, a Internet

passou a ser uma ferramenta indispensável na vida de milhões de pessoas em

todo o mundo, no entanto são poucos aqueles que sabem um pouco acerca de

como nasceu este “fenómeno”, quem foram os responsáveis ou mesmo como

esta foi evoluindo ao longo do tempo.

Assim tenta-se mostrar um pouco do passado da Internet, mas sempre

relacionando-a com a sociedade da altura. Por outro lado, fala-se também um

pouco acerca do seu provável futuro, tentando ir um pouco além do presente e

especular sobre as novas potencialidades da Internet nessa época, fazendo

uma pequena análise de como esta vai ser importante, tanto a nível positivo

como negativo.

Hoje em dia assiste-se a um multiplicar de esforços no sentido de cada mais ir

mais longe e melhor no sentido de melhorar a qualidade e o bem-estar da

sociedade, e a área da Internet e das nas novas tecnologias é uma das mais

activas nesse sentido, deixando uma grande questão....

Até onde nos vai levar toda esta inovação?

Há cerca de 40 anos atrás, nasceu o “embrião” que viria a tornar-se num dos

recursos mais potentes da sociedade moderna: a Internet. No entanto, esta não

surgiu de nenhum “plano” organizado por uma pessoa ou grupo de pessoas,

que pensaram criá-la, pelo contrário.

Vivia-se num período de tensão entre duas grandes potências mundiais, a

União Soviética e os Estados Unidos, e quando a primeira lançou o primeiro

satélite em 1957, os EUA tentaram de imediato responder, e parte dessa

resposta foi dada com a criação do “Advanced Research Projects Agency”

(Agência de Projectos de Investigação Avançada). Esta no

final da década de 60, criou uma rede experimental

chamada Arpanet, que utilizava uma tecnologia chamada

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“packet switching” (troca de pacotes) para o transporte de informação,

tecnologia esta que é a base do que hoje conhecemos por Internet.

Na altura a sociedade não estava a par de nenhum desses avançados

tecnológicos, não tendo ideia de como importante esta evolução seria num

futuro próximo. Apenas o meio científico, os únicos habilitados a trabalharem

com os computadores da altura, estaria informado desta nova tecnologia, mas

também eles não faziam ideia do que representaria.

Quando a ameaça da Guerra-fria passou, ArphaNet tornou-se tão inútil que os

militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua

guarda.

Nos anos 1970, as universidades e outras instituições que faziam trabalhos

relativos à defesa tiveram permissão para se conectar à ARPANET, através de

uma rede denominada NFS (Computer Science Net). Foi este um dos grandes

passos para a na altura chamada ARPANET se desenvolver e passar a ser

denominada por Internet.

Foi nessa altura também, que outro tipo de utilizadores começaram a ter

acesso à ainda pequena rede de transmissão de dados: a comunidade

académica.

E, continuou a ser assim até sensivelmente o ano de 1987. (ou seja a rede

esteja durante cerca de duas décadas disponível somente para as

comunidades académica e científica) Nesse ano a Internet iniciou um novo

ciclo, sendo liberado o seu uso comercial nos EUA, o que significa que

empresas interessadas poderiam usar a Internet para mostrar os seus artigos

aos interessados.

Com a invenção da WWW, foi dado o grande passo para a Internet se

implementar e se tornar no que conhecemos hoje em dia... Desenvolvido na

universidade de Illinois-USA o Mosaic foi o primeiro browser com interface

gráfico, que serviu de base para os bem conhecido

Internet Explorer e Netscape Comunicator. Mais tarde

surgiu outro serviço muito em voga actualmente o

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IRC, e generalizou-se o uso do email, sendo este considerado fundamental

hoje em dia.

No entanto não foi fácil a globalização da Internet na sociedade, continuando

até cerca 1993 a ter relativamente poucos utilizadores e não sendo ainda

considerada uma ferramenta indispensável.

Foi sensivelmente em 1994 que se deu o grande “boom” mundial da Internet,

com o aparecimento de ISP´s gratuitos e em alguns sítios do mundo a banda

larga. Assim a Internet torna-se numa ferramenta não só de trabalho, mas

também de entretenimento com a existência de várias chats, jogos online, a

“simples” visita de páginas web que nos podem levar a variadíssima

informação ou mesmo a viajar sem sairmos de casa. Este serviço banaliza-se

em todo o mundo passando a ser vulgar qualquer cidadão ter um acesso à

Internet em sua casa, no trabalho ou em vários sítios especializados para esse

efeito.

Em Portugal a difusão da "Internet" foi realizada pelas Universidades,

suportada na existência de um grupo denominado PUUG — Portuguese Unix

Users Group — e, a partir de 1986 na recém criada FCCN — Fundação de

Cálculo Científico Nacional.

A partir de 1991 o uso da Internet generaliza-se em todas as Universidades

Portuguesas através da criação da RCCN — Rede da Comunidade Científica

Nacional -.

A criação de ISP — Internet Service Provider — em Portugal a partir de 1994

popularizou o uso da Internet. Os órgãos de comunicação social passaram, em

1995, a difundir a existência e utilidade da Internet. Esta difusão provocou uma

explosão da utilização da Internet em Portugal.

Sem dúvida que hoje em dia a Internet desempenha um papel fundamental na

sociedade, quer em Portugal como no resto do mundo, tendo várias utilidades

entre elas servir como um meio de comunicação essencial, grande fonte de

informação (a maior do mundo), meio de entretenimento, entre outras…

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No entanto é preciso também analisar alguns perigos inerentes a uma “arma”

tão poderosa como a Internet se perfila hoje em dia. A Internet é um serviço

livre podendo cada um usá-la e inserir os conteúdos que entender, o que pode

levar a que os conteúdos da mesma sejam corruptos. Outro dos problemas

poderá ser o acesso incontrolado a este recurso por parte de crianças, que

pode levar que a formação das mesmas possa ser influenciado por uma

utilização desregrada, tendo acesso a informação pouco adequada, como a

pornografia, a violência e demais.

Outro dos problemas que temos vindo a assistir é o choque de gerações que

esta pode provocar, principalmente devido ao seu tão rápido desenvolvimento.

A Internet e a informática em geral evoluíram a uma velocidade vertiginosa, e

como consequência existe choque de gerações que de daí advém. Não é difícil

uma ouvir uma pessoa de cerca de 60 anos dizer que não sabe para que serve

a Internet, ou mesmo que esta é só mais uma maneira de brincar... Assim é

usual as gerações mais novas terem dificuldades para explicar e tentar

incentivar os mais idosos a “navegarem” pela Internet, ou mesmo somente a

fazer com que estes tenham uma ideia diferente desta...

Assim, pode-se dizer em poucas palavras que a sociedade ainda está a

ambientar-se a uma mudança tão grande que foi o surgir da Internet, estando

principalmente os mais novos, já a encará-la como uma mais valia

indispensável e os mais retrógrados ainda a tentar habituar-se à ideia.

Pretende-se que este texto mostrar um pouco acerca de como nasceu a

Internet, os principais responsáveis e a evolução até ao que conhecemos hoje

em dia. Mostra-se também a ligação que esta tecnologia tem com a sociedade,

analisando os factores positivos e também alguns negativos para se poder

fazer uma relação entre o positivo e o negativo da mesma, o que poderá

constituir uma incentivo para melhorar um pouco o que de errado existe.