cercosporiose (cercospora bidenticola) em picÃo preto (bidens pilosa) incidente na cidade de...

1
INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO A presença de plantas daninhas na lavoura é um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores, elevando o custo de produção. Nos locais onde se pratica agricultura intensiva, ocorrem modificações na população destas plantas, passando a predominar as espécies que melhor se adaptam àquelas condições (FAVERO et al., 2001). A interferência dessas plantas nas culturas de interesse comercial se dá devido à competição por água, luz, CO 2 e nutrientes e também pelo efeito alelopático, provocando a redução qualitativa e quantitativa na produção (BIANCHI, 1995). A espécie Bidens pilosa L., popularmente conhecida como picão-preto, é uma planta herbácea originária da América Tropical com maior incidência na América do Sul. No Brasil, está presente em quase todo território, porém, concentra-se nas áreas agrícolas das regiões Sul e Centro-Oeste, na qual constitui em uma das mais importantes plantas daninhas de culturas anuais e perenes, sendo apontada como tal em mais de 40 países. É uma invasora bastante agressiva, que além de competir com a cultura pode servir de hospedeiro de pragas e doenças. Sua reprodução ocorre via sementes, possui crescimento rápido e pode ser encontrada durante todo o ano, mas as maiores infestações ocorrem durante as estações mais quentes, ou seja, primavera e verão (KISSMANN, 1997). Fungos causadores de cercosporioses infectando especies de Bidens spp. são representados por Cercospora bidenticola infectando Bidens cynapiifolia incidente na República Dominicana (Chupp, 1953). Cercospora bidentis infectando B. bipinnata na China (Tai, 1979 e Zhuang, 2001), EUA (Alfieri et al., 1984) e na Índia (Vasudeva, 1963), B. biternata na China (Zhuang, 2005 e Guo, 1997), B. cernua nos EUA (Greene, 1944), B. coronata EUA (Greene, 1944), B. laevis em Myanmar (Thaung, 1944), B. nashii nos EUA (Tharp, 1917; Pollack, 1987 e Sutton, 1983), B. pilosa no Brasil (Mendes et al., 1998), na China (Tai, 1979; Roux, 1997 e Zhuang, 2001), na República Democrática do Congo (Pollack, 1987); em Cuba (Braun e Castaneda-Ruiz, 1991 e Mercado-Sierra, 1984), nos EUA (Alfieri et al., 1984), em Ghana (Hughes, 1952); Guiné (Kranz, 1963), na Índia (Vasudeva, 1963 e Bagyanarayana e Braun, 1999), no Quênia (Nattrass, 1961), em Laos (Phengsintham et al., 2010), na península Malásia (Thompson e Johnston, 1953), nas ilhas Mauritius (Orieux e Felix, 1968 e Wiehe, 1948), em Papoa Nova Guiné (Shaw, 1984), em Samoa (MCkenzie, 1996), na África do Sul (Crous e Braun, 1996), em Taiwan (Hsieh e Goh, 1990), na Tailândia (Nakashima et al., 2007 e Phengsintham et al., 2010), em Trinidad e Tobago (Baker e Dale, 1951 e Dennis, 1970), na Venezuela (Urtiaga, 1986 e Dennis, 1970), nas Índias West (Minter et al., 2001 ), noZâmbia (Riley, 1956), B. pilosa var. minor em Taiwan (Hsieh e Goh, 1990), Bidens sp. na China (Zhuang, 2001), em Cuba (Arnold, 1986), nos EUA (Alfieri et al., 1984), em Guinea (Kranz, 1963), em Myanmar (Thaung, 1944), nos EUA (Anonymous, 1960), no Reino Unido (Jones e Baker, 2007), na Indias West (Minter et al., 2001), nos EUA (Anonymous, 1960). Cercospora bidentis-biternatae infectando B. biternata na Índia (Pavgi e Singh, 1966 e Crous e Braun, 2003). Cercospora bidentis- pilosae infectando B. pilosa em Taiwan (Chupp, 1953 e Anonymous, 1979). Cercospora maculicola infectando B. pilosa na Índia (Vasudeva, 1963 e Thirumalachar e Govindu, 1954). Cercospora megalopotamica infectando B. bipinnata na Argentina (Chupp, 1953; Farr, 1973 e Braun, 2000), na China (Tai, 1979), na Tanzânia (Ragazzi e Marino, 1990), B. leucantha no Hawaii (Stevens, 1925), B. pilosa na China (Tai, 1979, Zhuang, 2001), na Colômbia (Chardon e Toro, 1930 e Dennis, 1970), no Hawaii (Raabe et al., 1981), Bidens sp. nos EUA (Anonymous, 1960). Cercospora nubecula infectando B. connata nos EUA (Cash, 1952; Chupp, 1953). Cercospora umbrata infectando B. cernua nos EUA (Gilman e Archer, 1929), nos EUA (Greene, 1949), B. coronata nos EUA (Greene, 1966), em B. frondosa no Canadá (Conners, 1967), EUA (Anonymous, 1960), EUA (Gilman e Archer, 1929), nos EUA (Parris, 1959 e Greene, 1949), em B. laevis nos EUA (Gilman e Archer, 1929), em Bidens sp. nos EUA (Anonymous, 1960; Chupp, 1953; Cash, 1952 e Gilman e Archer, 1929). Cercospora umbrata var. maculata infectando B. laevis no Canadá (Chupp, 1953). Neoramularia bidentis infectando B. tripartita na Coréia (Kim e Shin, 1999 e Shin e Cho, 2004), na Polônia (Ruszkiewicz-Michalska e Wolczanska, 2008), na Coréia do Sul (Shin e Braun, 1993). Ramularia concomitans infectando B. cernua na Suécia (Gunnerbeck, 1967) e B. pilosa na China (Zhang et al., 2003 e Zhang, 2006), Bidens sp. nos EUA (Cash, 1954 e Gilman e Archer, 1929), e B. tripartita na Polônia (Ruszkiewicz, 2000 e Mulenko et al., 2008). O objetivo desse trabalho é relatar a ocorrência de Cercospora sp. e Colletotrichum falcatum incidente em manchas foliares de picão-preto. Em microscópio ótico verificou-se que se tratava de um fungo pertencente ao gênero Cercospora sp. Em estágio inicial as lesões apresentam um pequeno centro necrótico e uma maior área clorótica (Fig 1A), já na face abaxial as lesões possuiram coloração pálea a branca ocasionando deformação do limbo foliar de forma convexa (Fig. 1B), ao final os sintomas apresentam lesões necróticas irregulares com halos cloróticos pequenos e distribuídos na face adaxial (Fig. 1C), avançando para uma área totalmente necrosada de coloração negra (Fig. 1D). As estruturas reprodutivas apresentaram: conidióforos esporodoquiais demonstrando célula basal do conidióforo e cicatriz de secessão localizada na célula conidiogênica (Fig 1E), e os esporodóquios emergem através da abertura estomatal (Fig 1G), suas dimensões são de 75-(49,3)-15 x 2,5-(6,6)-10 µm; a célula conidiogênica é cicatrizada solitária, monoblástica, de ápice ampuliforme e truncado (Fig 1H), apresenta conídio curto, hialino e com três septos transversais (Fig. 1H) podendo apresentar ainda conídios longos, hialinos com 4-9 septos transversais e as dimensões podem ser de de 7,5-(53,8)-37,5 x 7,5-(5,68)-5 µm (Fig. 1I; e Tab. 1). Foi identificado simultaneamente nas lesões um isolado de Colletotrichum falcatum que apresentou as dimensões de 40-(31)-23 x 5-(5)-5 µm. A incidência totalitária nas lesões foi de Cercospora sp. CERCOSPORIOSE ( Cercospora bidenticola) EM PICÃO PRETO ( Bidens pilosa) INCIDENTE NA CIDADE DE URUTAÍ, GO Cercospora leaf spot incident in Bidens pilosa the city of Urutaí, GO. Neto Mata, Abdias R. M.; Guimaraes, Gesiane R., Amorim, Gianne O., Paz-Lima, Milton L. Instituto Federal Goiano campus Urutaí - Curso de Agronomia e Tecnologia em Gestão Ambiental, E-mail: [email protected] Com base a descrição original do táxon, e devido as características morfológicas e morfométricas o isolado foi identificado como sendo Cercospora bidenticola sensu Chupp (1953). Tabela 1. Comparação morfométrica do isolado de Cercospora sp. (Urutaí, GO, 2011) com isolados descritos por Chupp (1953), incidentes em espécies de Bidens spp.. Figura 1. Cercosporiose de do picão-preto ( Bidens pilosa) causada por Cercospora bidenticola. A. em estágio inicial, lesões com pequeno centro necrótico e maior área clorótica na face adaxial (bar= 7 mm), B. mesmas lesões na face abaxial, aspecto idêntico de coloração pálea a branca sendo verificada deformação do limbo foliar (bar= 6 mm), C. sintoma em estágio final, apresentando lesões necróticas irregulares, halos cloróticos e distribuídas na face adaxial (bar= 6 mm), D. lesões em estágio final, de área totalmente necrosada e de coloração negra (bar= 7 mm), E. esporodóquio demonstrando célula basal (e2) e cicatriz de secessão (e1) (bar= 5 µm), F. célula conidiogênica de ápice ampuliforme (f1) e truncado (f2) (bar= 4 µm), G. esporodóquios emergindo através da abertura estomatal (bar= 9 µm), H. conídio curto, hialino e com três septos transversais (bar= 4,5 µm), I. conídio longo, hialino com nove septos transversais (bar= 4 µm). Características Isolado Cercospora sp. Urutaí (2011) CHUPP (1953) C. bidenticola CHUPP (1953) C. bidentis CHUPP (1953) C. calendulae CHUPP (1953) C. carlinae Dimensões conidióforo ( µ m ) 75-(49,3)-15 x 2,5-(6,6)-10 10-60 x 3-5 50-120 x 3.5-6 40-125 x 4-6 40-140 x 4-6.5 Dimensões conídio ( µ m ) 7,5-(53,8)-37,5 x 7,5-(5,68)-5 20-90 x2-4 45-150 x 2.5-5 40-200 x 2.5-5 50-145 x 4-7 Número de septos 4-9 nd. nd. nd. 4-12 A B C D E F G H I e1 e2 f1 f2 Mancha Foliar- picao preto Abril- 2011- Época chuvosa Local- Urutaí, GO Análise Lab.Microbiologia Microscópico Estereoscópico Preparo de lâminas semi- permanentes Micro e Macro- Fotografias Caracterização Morfológica e Morfométrica Identificação

Upload: milton-lima

Post on 25-Jul-2015

1.690 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: CERCOSPORIOSE (Cercospora bidenticola) EM PICÃO PRETO (Bidens pilosa) INCIDENTE NA CIDADE DE URUTAÍ, GO , Abdias R.M. Neto Mata

INTRODUÇÃO

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONCLUSÃO

A presença de plantas daninhas na lavoura é um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores, elevando o custo de produção. Nos locais onde se pratica agricultura intensiva, ocorrem modificações na população destas plantas, passando a predominar as espécies que melhor se adaptam àquelas condições (FAVERO et al., 2001). A interferência dessas plantas nas culturas de interesse comercial se dá devido à competição por água, luz, CO2 e nutrientes e também pelo efeito alelopático, provocando a redução qualitativa e quantitativa na produção (BIANCHI, 1995). A espécie Bidens pilosa L., popularmente conhecida como picão-preto, é uma planta herbácea originária da América Tropical com maior incidência na América do Sul. No Brasil, está presente em quase todo território, porém, concentra-se nas áreas agrícolas das regiões Sul e Centro-Oeste, na qual constitui em uma das mais importantes plantas daninhas de culturas anuais e perenes, sendo apontada como tal em mais de 40 países. É uma invasora bastante agressiva, que além de competir com a cultura pode servir de hospedeiro de pragas e doenças. Sua reprodução ocorre via sementes, possui crescimento rápido e pode ser encontrada durante todo o ano, mas as maiores infestações ocorrem durante as estações mais quentes, ou seja, primavera e verão (KISSMANN, 1997).Fungos causadores de cercosporioses infectando especies de Bidens spp. são representados por Cercospora bidenticola infectando Bidens cynapiifolia incidente na República Dominicana (Chupp, 1953). Cercospora bidentis infectando B. bipinnata na China (Tai, 1979 e Zhuang, 2001), EUA (Alfieri et al., 1984) e na Índia (Vasudeva, 1963), B. biternata na China (Zhuang, 2005 e Guo, 1997), B. cernua nos EUA (Greene, 1944), B. coronata EUA (Greene, 1944), B. laevis em Myanmar (Thaung, 1944), B. nashii nos EUA (Tharp, 1917; Pollack, 1987 e Sutton, 1983), B. pilosa no Brasil (Mendes et al., 1998), na China (Tai, 1979; Roux, 1997 e Zhuang, 2001), na República Democrática do Congo (Pollack, 1987); em Cuba (Braun e Castaneda-Ruiz, 1991 e Mercado-Sierra, 1984), nos EUA (Alfieri et al., 1984), em Ghana (Hughes, 1952); Guiné (Kranz, 1963), na Índia (Vasudeva, 1963 e Bagyanarayana e Braun, 1999), no Quênia (Nattrass, 1961), em Laos (Phengsintham et al., 2010), na península Malásia (Thompson e Johnston, 1953), nas ilhas Mauritius (Orieux e Felix, 1968 e Wiehe, 1948), em Papoa Nova Guiné (Shaw, 1984), em Samoa (MCkenzie, 1996), na África do Sul (Crous e Braun, 1996), em Taiwan (Hsieh e Goh, 1990), na Tailândia (Nakashima et al., 2007 e Phengsintham et al., 2010), em Trinidad e Tobago (Baker e Dale, 1951 e Dennis, 1970), na Venezuela (Urtiaga, 1986 e Dennis, 1970), nas Índias West (Minter et al., 2001 ), noZâmbia (Riley, 1956), B. pilosa var. minor em Taiwan (Hsieh e Goh, 1990), Bidens sp. na China (Zhuang, 2001), em Cuba (Arnold, 1986), nos EUA (Alfieri et al., 1984), em Guinea (Kranz, 1963), em Myanmar (Thaung, 1944), nos EUA (Anonymous, 1960), no Reino Unido (Jones e Baker, 2007), na Indias West (Minter et al., 2001), nos EUA (Anonymous, 1960). Cercospora bidentis-biternatae infectando B. biternata na Índia (Pavgi e Singh, 1966 e Crous e Braun, 2003). Cercospora bidentis-pilosae infectando B. pilosa em Taiwan (Chupp, 1953 e Anonymous, 1979). Cercospora maculicola infectando B. pilosa na Índia (Vasudeva, 1963 e Thirumalachar e Govindu, 1954). Cercospora megalopotamica infectando B. bipinnata na Argentina (Chupp, 1953; Farr, 1973 e Braun, 2000), na China (Tai, 1979), na Tanzânia (Ragazzi e Marino, 1990), B. leucantha no Hawaii (Stevens, 1925), B. pilosa na China (Tai, 1979, Zhuang, 2001), na Colômbia (Chardon e Toro, 1930 e Dennis, 1970), no Hawaii (Raabe et al., 1981), Bidens sp. nos EUA (Anonymous, 1960). Cercospora nubecula infectando B. connata nos EUA (Cash, 1952; Chupp, 1953). Cercospora umbrata infectando B. cernua nos EUA (Gilman e Archer, 1929), nos EUA (Greene, 1949), B. coronata nos EUA (Greene, 1966), em B. frondosa no Canadá (Conners, 1967), EUA (Anonymous, 1960), EUA (Gilman e Archer, 1929), nos EUA (Parris, 1959 e Greene, 1949), em B. laevis nos EUA (Gilman e Archer, 1929), em Bidens sp. nos EUA (Anonymous, 1960; Chupp, 1953; Cash, 1952 e Gilman e Archer, 1929). Cercospora umbrata var. maculata infectando B. laevis no Canadá (Chupp, 1953). Neoramularia bidentis infectando B. tripartita na Coréia (Kim e Shin, 1999 e Shin e Cho, 2004), na Polônia (Ruszkiewicz-Michalska e Wolczanska, 2008), na Coréia do Sul (Shin e Braun, 1993). Ramularia concomitans infectando B. cernua na Suécia (Gunnerbeck, 1967) e B. pilosa na China (Zhang et al., 2003 e Zhang, 2006), Bidens sp. nos EUA (Cash, 1954 e Gilman e Archer, 1929), e B. tripartita na Polônia (Ruszkiewicz, 2000 e Mulenko et al., 2008). O objetivo desse trabalho é relatar a ocorrência de Cercospora sp. e Colletotrichum falcatum incidente em manchas foliares de picão-preto.

Em microscópio ótico verificou-se que se tratava de um fungo pertencente ao gênero Cercospora sp. Em estágio inicial as lesões apresentam um pequeno centro necrótico e uma maior área clorótica (Fig 1A), já na face abaxial as lesões possuiram coloração pálea a branca ocasionando deformação do limbo foliar de forma convexa (Fig. 1B), ao final os sintomas apresentam lesões necróticas irregulares com halos cloróticos pequenos e distribuídos na face adaxial (Fig. 1C), avançando para uma área totalmente necrosada de coloração negra (Fig. 1D). As estruturas reprodutivas apresentaram: conidióforos esporodoquiais demonstrando célula basal do conidióforo e cicatriz de secessão localizada na célula conidiogênica (Fig 1E), e os esporodóquios emergem através da abertura estomatal (Fig 1G), suas dimensões são de 75-(49,3)-15 x 2,5-(6,6)-10 µm; a célula conidiogênica é cicatrizada solitária, monoblástica, de ápice ampuliforme e truncado (Fig 1H), apresenta conídio curto, hialino e com três septos transversais (Fig. 1H) podendo apresentar ainda conídios longos, hialinos com 4-9 septos transversais e as dimensões podem ser de de 7,5-(53,8)-37,5 x 7,5-(5,68)-5 µm (Fig. 1I; e Tab. 1). Foi identificado simultaneamente nas lesões um isolado de Colletotrichum falcatum que apresentou as dimensões de 40-(31)-23 x 5-(5)-5 µm. A incidência totalitária nas lesões foi de Cercospora sp.

CERCOSPORIOSE (Cercospora bidenticola) EM PICÃO PRETO (Bidens pilosa) INCIDENTE NA CIDADE DE URUTAÍ, GO

Cercospora leaf spot incident in Bidens pilosa the city of Urutaí, GO. Neto Mata, Abdias R. M.; Guimaraes, Gesiane R., Amorim, Gianne O., Paz-Lima, Milton L.

Instituto Federal Goiano campus Urutaí - Curso de Agronomia e Tecnologia em Gestão Ambiental, E-mail: [email protected]

Com base a descrição original do táxon, e devido as características morfológicas e morfométricas o isolado foi identificado como sendo Cercospora bidenticola sensu Chupp (1953).

Tabela 1. Comparação morfométrica do isolado de Cercospora sp. (Urutaí, GO, 2011) com isolados descritos por Chupp (1953), incidentes em espécies de Bidens spp..

Figura 1. Cercosporiose de do picão-preto (Bidens pilosa) causada por Cercospora bidenticola. A. em estágio inicial, lesões com pequeno centro necrótico e maior área clorótica na face adaxial (bar= 7 mm), B. mesmas lesões na face abaxial, aspecto idêntico de coloração pálea a branca sendo verificada deformação do limbo foliar (bar= 6 mm), C. sintoma em estágio final, apresentando lesões necróticas irregulares, halos cloróticos e distribuídas na face adaxial (bar= 6 mm), D. lesões em estágio final, de área totalmente necrosada e de coloração negra (bar= 7 mm), E. esporodóquio demonstrando célula basal (e2) e cicatriz de secessão (e1) (bar= 5 µm), F. célula conidiogênica de ápice ampuliforme (f1) e truncado (f2) (bar= 4 µm), G. esporodóquios emergindo através da abertura estomatal (bar= 9 µm), H. conídio curto, hialino e com três septos transversais (bar= 4,5 µm), I. conídio longo, hialino com nove septos transversais (bar= 4 µm).

Características Isolado Cercospora sp. Urutaí (2011)

CHUPP (1953)C. bidenticola

CHUPP (1953)C. bidentis

CHUPP (1953)C. calendulae

CHUPP (1953)C. carlinae

Dimensões conidióforo ( µ m ) 75-(49,3)-15 x 2,5-(6,6)-10 10-60 x 3-5 50-120 x 3.5-6 40-125 x 4-6 40-140 x 4-6.5

Dimensões conídio ( µ m ) 7,5-(53,8)-37,5 x 7,5-(5,68)-5 20-90 x2-4 45-150 x 2.5-5 40-200 x 2.5-5 50-145 x 4-7

Número de septos 4-9 nd. nd. nd. 4-12

A B C

D E F

G H I

e1

e2

f1

f2

Mancha Foliar-picao preto

Abril- 2011-Época chuvosa

Local- Urutaí, GO Análise Lab.Microbiologia

Microscópico Estereoscópico

Preparo de lâminas semi-permanentes

Micro e Macro-Fotografias

Caracterização Morfológica e Morfométrica

Identificação