CERÂMICA ODONTOLÓGICA (PORCELANA)

A cerâmica odontológica é o material condicionador mais resistente que existe, porque tem as propriedades ópticas bem próximas as do dente, de forma que é o único material que tem a capacidade de ser encontrado livre na natureza?. Muitas vezes não se vê diferença nenhuma entre esse material e o dente.

Para dentes posteriores, às vezes uma incrustação com partes de cerâmica fica mais difícil, porque ele tem uma estrutura e densidade tal que faz com que seja percebida clinicamente (ou seja, perde suas propriedades ópticas).

1 – PORCELANAS ODONTOLÓGICAS:A cerâmica ou porcelana odontológica pode funcionar em estrutura de cerâmica pura ou em estrutura

metalocerâmicas, na qual uma porção é de metal e a porção superior é de cerâmica.Sabendo-se que “estética” é a arte do imperceptível, a cerâmica tem total capacidade de copiar e transmitir

essa propriedade.Em dentes posteriores, quando a gente coloca uma estrutura onde tem parte de dentes, nota-se clinicamente

uma diferença entre o dente e a cerâmica, devido a composição desse material, que nessa situação perde um pouco das suas propriedades estéticas e se torna mais “visível”. No entanto, quando observado em tamanho real, na boca, essas diferenças não são tão evidentes.

“A percepção é a realidade, o resto é ilusão”. A percepção é a estética, porém, além dessa propriedade nós também precisamos dar muita importância a função da estrutura na qual o material está sendo empregado. Visto que não adianta nada fazer uma estrutura altamente estética no paciente e os hábitos orais e fraturar a restauração. Ou seja, muitas vezes o que é estético não é funcional.

Facetas tem a espessura de uma lente de contato. Ela é uma espécie de capa parcial que é fixada apenas da parte frontal dos dentes para melhorar a estética. A profundidade do desgaste feito antes da aplicação da faceta é mínima.

Laminados de cerâmica cimentados temporariamente com um adesivo. Isso serviu para transmitir a idéia de ausência de dentes quando utilizada uma faceta escura em atores durante filmes. quando utilizada uma faceta escura. Esse material é muito utilizado também para construir sorriso estético que sirva de modelo para a população em massa, induzindo a cuidar da higiene oral.

SISTEMA METAL-FREE:É o sistema cerâmico livre de metal, constituído apenas por cerâmica.SISTEMA METAL/CERÂMICA:É o sistema cerâmico constituído de cerâmica e metal.

2 – INDICAÇÕES: Necessidade estética do paciente (restaurações insatisfatórias); Dentes escuros que não responderam ao tratamento clareador; - Mesmo que as vezes a faceta não consiga

cobrir totalmente os defeitos de cor. Dentes com defeitos congênitos; Dentes artificiais para dentadura; Construção de coroas unitárias. – Pois vão construir estéticas a partir de nenhum padrão e a cerâmica é mais

aplicada para isso porque tem mais opções de cor

3 – CONTRAINDICAÇÕES: Dentes com coroa clínica pequena e polpa volumosa; - Por exemplo: dentes de adolescentes. Porque o

preparo do desgaste da estrutura para poder dar suporte a uma cerâmica pode causar danos a vitalidade pulpar.

Dentes antagonistas com restaurações grandes de resina; - Porque a cerâmica é muito dura e pode desgastar a resina.

Pacientes com hábitos parafuncionais; - Exemplo: Como o hábito de morder o lábio ou algum objeto. Resistência muito frágil, apesar de ser dura.

Dentes apinhados, bruxismo, apertamento, etc.Existe uma espessura mínima exigida para o preparo de facetas. Esse limite existe porque, se a estrutura for menor que a exigida vai fratura devido ao fato e ser muito frágil.

4 – VANTAGENS: Insolúvel nos fluidos bucais; - Ao contrário da resina, a cerâmica tem propriedade de insolubilidade

semelhantes as do dentes, por isso não fixa a cor do evidenciador de placa. Compatibilidade com os tecidos mole orais;

Lisura superficial adequada; Fácil limpeza de manchas ou placas; Radiopacidade similar à estrutura dentária; - Tem propriedades ópticas bem próxima das propriedades da

estrutura dentária, por isso tem radiopacidade similar. Alta resistência e dureza; - O esmalte também é muito duro, por isso a alta dureza da cerâmica é uma

vantagem. Baixa condutibilidade térmica e elétrica (isolante); Restauração indireta. Excepcional estética; Material restaurador mais durável.

5 – DESVANTAGENS: Alto grau de contração durante a cocção (fusão da cerâmica) – 40% - o ceramista tem que prever essa

contração para que depois não precise desgastar a cerâmica, pois o desgaste proporciona uma redução da resistência.

Dificuldade do técnico em imitar a cor; - o ceramista tem que ter uma técnica muito aguçada para observar e reproduzir a cor da cerâmica o mais semelhante possível à cor do dente.

Friabilidade; - a dureza é uma desvantagem porque torna o material friável facilmente. Grande desgaste da estrutura dental; - por ser mais duro que o dente, chega a desgastar a estrutura dos

dentes antagonistas. Alto custo; - porque é o melhor material.

6 – COMPOSIÇÃO: Óxido de Potássio Feldspato ou Soda-feldspato – se encontram nas rochas, são estruturas cor de rosa e

luminosas. Sílica Pigmentos Opacificadores Vidros Modificadores Óxidos (outros)

CARACTERÍSTICAS DE CADA PORÇÃO: Feldspato: propicia a fase vitrosa e serve como matriz vítrea para a sílica; - porque a cerâmica é um vidro,

assim como o cimento de silicato, cujo pó cerâmico era composto por partículas vítreas que tinham que ser aglutinadas para não serem quebradas.

Sílica: enrijecedor da porcelana; Fluxos: são partículas vítreas de baixo ponto de fusão, que servem para controlar a temperatura de fusão e

de sinterização, além do coeficiente de contração térmica e a solubilidade; - controlar e diminuir a temperatura de fusão é importante porque, se não houvesse a presença dos “fluxos” e a cerâmica fosse composta somente pelo feldspato, a temperatura de fusão seria altíssima. Então, o fluxo entra para melhorar algumas propriedades da cerâmica.

Caulin: aglutinante, aumenta a moldabilidade da porcelana não fundida; - quando o pó cerâmico é misturado com água destilada ou outro líquido específico, o “caulin” vai permitir que essa mistura fique umedecida e forma uma pasta moldável

Modificadores: servem para produzir porcelanas com diferentes temperaturas de cozimento; - atua, assim como o “fluxo”, diminuindo e condicionando a temperatura de fusão e sinterização.

SÍLICA: Quartzo cristalino - é a principal forma alotrópica da sílica a entrar na composição da cerâmica. Cristobalita cristalina / Tridimita cristalina / Sílica fundida não cristalina – são outras formas

alotrópicas que podem estar presentes mas não são tão usadas.

7 – FABRICAÇÃO:A gente pega todos aqueles componentes e sinteriza.

a) Sinterização: É a fusão de todos os componentes. Aquecimento dos componentes ao forno para unir e formar a cerâmica que vai produzir a cerâmica odontológica.

b) Resfria em água: Para forma um bloco cerâmico.c) Tritura: O bloco cerâmico é triturado e origina o pó cerâmico.d) Vitrificado cerâmico: O pó é vitrificado

VITRIFICADOS CORANTES:A sinterização específica dá origem a produtos cerâmicos diferentes com cores diferentes.Vitrificados corantes: São produtos que são adicionados para se obter as várias cores necessárias para simular os dentes naturais. As cores tem origem dos óxidos metálicos que fundem-se com o vidro de feldspato e originam cores diferentes. Exemplos: Fe2O3 (marrom), CuO (verde), TiO2(amarelado)

TIPOS DE PORCELANA:Com a sinterização, além das diversas cores, ainda é possível produzir tipos diferentes de cerâmica.Opaca: serve para mascara a cor do cimento ou estrutura da “liga metálica”; - e também é usado para dentes escuros.O cimento resinoso é empregado para dentes com coloração normal porque ele realça a cor natural de um dente que não está escurecido. Mas, como antigamente não existia cimento resinoso, e o cimento de fosfato de zinco (opaco) era o principal cimento usado para a cimentação de peças protéticas. Então, se você não colocar o opaco para mascarar o cimento, ela vai acabar com a estética da prótese. Corpo ou Dentina: Ocupa o volume principal das áreas gengivais ou de corpo da porcelana. – A cor do dentro vem da dentina e é vista através do esmalte. Por isso existe essa cerâmica, para reproduzir essa cor. Vem em diversas cores.Esmalte/Incisal/Gengival: cobre toda a porcelana produzindo translucidez característica e inerente ao dente natural. – As vezes ela vem separada em cerâmica de esmalte, de esmalte incisal e de esmalte gengival, tendo texturas diferentes.

8 – CLASSIFICAÇÃO:QUANTO AO EMPREGO:Cada cerâmica dessa tem composição e propriedades um pouco diferentes para poder executar essas funções de uso.

Dentes para dentadura / Metalocerâmica / Facetas estéticas / Incrustações / Coroas / Pontes / Dentes artificiais / Incrustações e coroas de jaqueta / Facetas sobre coroas metálicas.

QUANTO AO MATERIAL DE SUBESTRUTURA:A cerâmica vai ser adequadamente escolhida dependendo da composição da subestrutura empregada.

Metal fundido / Titânio fundido / Folha de metal prensado / Cerâmica vítrea / CAD-CAM / Núcleo cerâmico sinterizado.

QUANTO À TEPERATURA DE FUSÃO:A cerâmica não prejudica sua estética apesar de mudar suas propriedades físicas quanto ao ponto de fusão. Apesar de em dentes posteriores a cerâmica não ter um mimetismo perfeito em relação ao esmalte.

Alto ponto de fusão: 1300ºC Médio ponto de fusão: 1101 a 1300ºC Baixo ponto de fusão: 850 a 1100ºC Ultrabaixo ponto de fusão: < 850ºC.

QUANTO AO MÉTODO DE PROCESSAMENTO: “Sinterização” – A verdadeira sinterização é a fabricação do pó cerâmico. De forma diferente, a

“sinterização” de processamento usa os produtos da composição, sinteriza e produz o material. Mas não trabalha com o pó cerâmico.

Fundição – Fundir parte a parte Torneamento – É um processo semelhante ao processo de reprodução de uma chave. Molda a chave

copiando o segredo, pega uma chave lisa e encosta naquela cópia e reproduz. CAD-CAM – Filma a cavidade e, quando no computador, a máquina vai reproduzir fielmente o que foi

gravado. Escaneamento para reprodução precisa à nível micrométrico.

QUANTO AO TIPO: Porcelana feldspática / Porcelana reforçada por leucita / Porcelana aluminizada / Alumina infiltrada por

vidro / Spinel infiltrado por vidro / Cerâmicas vítreas.Obs.: Ela não vai perguntar a composição ou aplicação para cada tipo de cerâmica. As questões vão ser mais generalizadas, como o que é uma cerâmica e como ela é usada, ou detalhes composição que seja fundamentais.

9 – SISTEMAS TOTALMENTE CERÂMICOS (METAL FREE):A subestrutura é confeccionada com material cerâmico e recoberta com uma cerâmica compatível.Ela pode não ter subestrutura (ou seja, abaixo dela só existe o próprio dente natural) ou pode ter a estrutura feita de material cerâmico.

9.1 – FATORES QUE INFLUEM NA COR:São fatores que influenciam na coloração da resina, dando a ilusão de profundida, de visualização de algo interno, etc. Essa é a principal propriedade da cerâmica que auxilia na sua capacidade de reproduzir fielmente a estética do dente natural.

Reflexão / Refração / Dispersão

FONTES LUMINOSAS: São as fontes luminosas existentes. O uso de duas fontes de luz diferentes auxilia na escolha da cor do material que vai ser aplicado a um dente sem correr o risco de cometer “metamerismo”.

Luz solar direta – não é interessante para ser usado nessa escolha de cor, pois ela reflete demais. Luz do dia refletida – Sempre deveria fazer parte da nossa escolha. Luz fluorescente Luz de Tungstênio

COR:Segundo Skinner, a dentina reflete a luz, e no esmalte a luz é refletida e refratada, o que confere aspecto de profundida. – É o que vai me dar a idéia e o aspecto de profundidade, pois enxergamos a dentina através do esmalte.

Percepção da cor – A gente tem que ter os artifícios que nos dê capacidade de perceber as cores de forma ideal, levando em conta a intensidade, saturação, matiz. Por isso é importante desenvolver a acuidade visual.

Iluminação correta – É muito importante ter duas fontes de luz durante a escolha de cor, que não seja uma luz natural.

Metamerismo Influencia do ambiente.

O ideal seria que o dentista selecionasse a cor através de uma escala de cores usando a iluminação do céu azul da direção Norte. – Isso seria das 10h às 14h, pois é a luz mais natural que existe, sem estar muito amarelado.O material cimentante opaco tem grande influência na estética, podendo mudar a cor de uma restauração. – Porque, por exemplo, se tudo for feito com cerâmica pura e o material cimentante foi o cimento de fosfato de zinco, ele irá comprometer a estética, podendo mudar a cor da restauração. Nesse caso, a solução veio com o surgimento dos cimentos resinosos, porque tem a coloração variando em algumas nuances que o CD pode escolher.Transparente: Só refrata.Translúcido: Reflete e refrata.Opaco: Só reflete.

A coloração da restauração de porcelana é em última análise, uma Arte, não uma Ciência.Segundo o Aurélio, a coloração é o aspecto dos corpos decorrentes da percepção daquelas radiações pelo órgão visual, determinado basicamente, pois suas variáveis, e que tem como atributos principais o matiz, a luminosidade e a saturação.A cor muda não só de paciente para paciente, como também de dente pra dente. Então, se eu não tenho o canino, eu vou formá-lo com base nos outros dentes, de forma que quando ele for colocado fique tal qual era antes.

Técnica de Maquiagem:Essa escala de cor é conhecida por todos os ceramistas e é usada para aplicar nos dentes até chegar a cor desejada. Óxidos ou cerâmicas que contenham esses óxidos são aplicados depois da confecção para dar o pigmento a estrutura.

Óxidos funcionam como pigmentos para o material dentário. Óxido de Magnésio: Lavanda Óxido de Cobalto: Azul Óxido de Ferro: Marrom Óxido de Cobre: Verde Óxido de Titânio: Marrom Amarelado

9.2 - ETADAS LABORATORIAIS:As etapas laboratoriais dizem como é usado o pó cerâmico para a construção de uma coroa, por exemplo.

Condensação do pó cerâmico Aquecimento gradativo Cocção (Questão de prova: qual a diferença entre sinterização e cocção? Sinterização é a fabricação do pó

cerâmico a partir de todos os componentes fundidos. Na cocção a fusão acontece quando eu pego o pó cerâmico e vou construir a minha coroa).

Esfriamento lento

Glazeamento ou Vitrificação

Depois de feito o preparo cavitário do dente natural na profundida correta, molda-se o paciente formando modelos e troquéis. Esse preparo tem que ser com base na estrutura exigida e depois se faz a coroa.Primeiro usa-se uma lâmina de platina finíssima, que é adaptada ao troquel por um trabalho mecânico a frio usando um brunidor. Essa lâmina fica dura, rígida. Recorto a terminação, adapto bem.Essa lâmina é tão fina, menor que 50 micrometros, que é exatamente o espaço que vai entrar o cimento.Depois, eu vou depositar a cerâmica sobre a lâmina para iniciar a condensação.

CONDENSAÇÃO:A condensação nada mais é que a técnica de eliminação da água. Ela se dá por secagem com papel absorvente para eliminação do excesso de água.

Eu misturei o pó com a água, mas a água nem é necessária, ela só entra pra fixar a cerâmica ali, não é processada, pois as partículas do pó se fundem formando uma estrutura sólida. Na verdade, a água é a responsável pelos 40% de contração que ocorre. Quanto mais água tiver, mais contração. Deve ser usado o mínimo possível de água, para obter uma menor contração de cocção.

Existem 3 técnicas de condensação. São elas: Técnica de vibração (em ultrassom ou utilizando o cabo do lecron) – Nessa técnica, eu tenho a estrutura de

aço (um instrumental) e um tecido ou um papel externo na base. A água que escoar, o papel ou o tecido absorvem.

Técnica de espatulação (pincel ou espátula) – A espatulação aperta e a água vai escorrendo. Técnica da escova (acrescentando porcelana) – Uma proporção de cerâmica/líquido, cerâmica seca é

adicionado e isso vai diminuir o líquido para cada porção de cerâmica.

Obs.: Qual a melhor técnica: Aquela que diminui mais água, a técnica da vibração, pois tem menor contração volumétrica final do que as outras técnicas.Obs.: Quanto mais água tiver, mais trincas vão existir, pois maior a contração volumétrica. Essas trincas normalmente são formadas, porque sempre vai haver contração. Porém, a presença delas prejudica as propriedades mecânicas da cerâmica.

AQUECIMENTO LENTO:BANDEIJA OU PLACA REFRATÁRIA DE ARGILA COZIDA. – Depois de feito e retirado o troquel, a estrutura é colocada numa bandeja ou placa refratária de argila cozida para levar o forno para sofrer cocção. Isso só serve pra levar ao forno e sofrer a cocção. Mas antes da cocção tem que haver o aquecimento lento para não haver choque de temperatura e provocar trincas maiores.

Secagem: 2 a 3 minutos na entrada do forno. – Porque o calor gerado no forno vai aos poucos secando a estrutura.

Pré-aquecimento: 650º C por 5 minutos.

COCÇÃO: Ciclo de cocção fusão: 871ºC a 1371ºC.

ESFRIAMENTO LENTO:Faz o caminho inverso das temperaturas do aquecimento lento. Obedece a características do fabricante. É feito para manter as propriedades mecânicas e não causar mais trincas.

GLAZEAMENTO OU VITRIFICAÇÃO:É semelhante ao acabamento e polimento feito para dar a rtextura final polida da cerâmica. É uma etapa que deixa o aspecto perfeito; porém, para se assemelhar mais ao aspecto normal e natural dos dentes, ele é posteriormente arranhado. Existem duas técnicas:

Vitrificante de cobertura (Glaze) – O Vitrificante, também chamado de Glaze, é uma cerâmica de baixa temperatura de cocção que sela toda a cerâmica e leva a cocção com temperatura baixa dando aspecto brilhante a cerâmica.

Fusão adicional (autoglazeável) – É autoglazeável quando leva ao fogo para a cocção, já ficando com sua aparência final.

10 – SISTEMAS METALOCERÂMICOS:A cerâmica feldspática é fundida sobre uma subestrutura metálica. É uma cerâmica que vai ser depositada sobre um substrato (parte interna) metálico.

Essa estrutura cerâmica é construída e é medida. Caso ultrapasse à mediada desejada é desgastada.Essa estrutura metálica tem que ser de forma tal que a estrutura cerâmica sobre ela tenha propriedades

“semelhantes” as dela. Por exemplo, ao aquecimento, a expansão vai acontecer e vai gerar tensões na cerâmica; por isso é importante que o metal e a cerâmica estejam de forma combinadas quanto a essas propriedades. Se o metal e a cerâmica comprimem e expandem de forma semelhante, menos tensões serão induzidas e evita a promoção de fraturas. Da mesma forma, as rugosidades que ocorrem sobre a estrutura metálica também tem que ser homogêneas entre picos e vales, para não induzir tensões.

10.1 - UNIÃO PORCELANA-METAL:A união da cerâmica e do metal é dada pelos seguintes fatores:

Retenção mecânica – A estrutura metálica tem rugosidades superficiais, nas quais a estrutura da cerâmica se adentra para tomar à retenção mecânica necessária a adesão das duas porções.

Tensões de compressão – Eu tenho as tensões de compressão são geradas na compressão ao ser resfriada. União química – É através dos óxidos metálicos da estrutura metálica, que vão se combinar quimicamente

com os óxidos metálicos da cerâmica.

Obs.: Quando a estrutura metálica sai do forno essas rugosidades são irregulares (picos e vales irregulares) e diferentes. Então é feito um jato de Óxido de Alumínio para as rugosidades ficarem uniformes, porque se sabe que não se formem pontos de tensões diferentes gerando fraturas.

10.2 – METALO CERÂMICA/LIGAS:Algumas ligas mais utilizadas para a subestrutura metálica.

Ligas de ouro: menor resistência à união, espessura de 0,3 a 0,5 mm – sua resistência é muita fraca porque o óxido de ouro formado é muito fraco; é muito frágil e só tem propriedades mecânicas a partir da espessura de 0,3.

Ligas de cromo-cobalto: intermediária, espessura 0,2 a 0,5 mm. – tem categoria intermediária e é tão bom quanto a liga níquel-cromo.

Ligas de níquel-cromo: maior resistência à união, espessura 0,2 a 0,5 mm – tem maior resistência a união por conta da riqueza do seu óxido, seu óxido é bastante conveniente e lhe dá maior resistência.

Ligas de titânio: maior resistência a corrosão, 0,5 mm – tem maior resistência a corrosão, seu óxido também é muito bom, no entanto é a menos utilizada pois só pode ser utilizada quando na espessura de 0,5, o que não é muito favorável para o uso. Essa espessura prejudica muito a propriedade mecânica da estrutura porque induz fratura e muita rugosidade.

Obs.: São executadas as mesmas etapas laboratoriais das estruturas “metal free”, com a diferença apenas de que a cerâmica vai ser colocada sobre uma estrutura de metal.

10.3 – CIMENTAÇÃO: Cimento de Fosfato de Zinco Cimento de Ionômero de Vidro Cimento Resinoso

Os principais cimentos utilizados para a cimentação de sistemas metalocerâmicos são os Cimento de Fosfato de Zinco e o Cimentos Resinoso. O resinoso principalmente quando se quer uma estrutura altamente estética. E o Fosfato de Zinco quando a estrutura metalocerâmica não precisa muito levar a estética em questão.Precisamos levar em conta a opacidade, translucidez e adesividade, com isso o cimento de fosfato de zinco fica em último caso.