centro universitário augusto motta
TRANSCRIPT
Ana Danielle Sousa Mendes
Gabriel Almada
Giselle Bastos
Mariana Guimarães Batista
Nathalia Machado Moutinho
Trabalho apresentado para obtenção de
parcela de nota da disciplina Pré-preparo e
Cocção, no curso Superior de Tecnologia em
Gastronomia, do Centro Universitário
Augusto Motta.
Professora: Maria de Lourdes Andrade
Rio de Janeiro – RJ
2015
1
RESUMO
As proteínas, que são consideradas a parte mais importante da refeição para
o brasileiro, são importantes para a manutenção do corpo como um todo. Estas são
encontradas – em sua maioria – nos seguintes alimentos: aves, carne bovina, carne
suína, pescados e seus derivados. O devido trabalho tem por estudo a pesquisa e a
prática técnica de conservação e armazenamento das proteínas, pois os alimentos
aqui estudados tendem, em má conservação, a serem contaminados. Para a
obtenção das informações técnicas foram realizadas pesquisas de campo e
fundamentações legais, a partir do órgão especial, que regulariza as Boas Práticas
realizadas nos serviços de alimentação. Entretanto, alguns empreendimentos desse
ramo não cumprem – em sua totalidade – as normas estabelecidas, o que afeta
diretamente o consumidor final.
2
Lista de siglas e abreviações
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
POP – Procedimento Operacional Padronizado
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
3
1- Introdução
Para preparar uma boa refeição, além de técnica e amor, é de extrema
importância conhecer as variáveis físico-químico-biológicas que ocorrem nos
alimentos. Desde como é produzido até o modo de preparo, passando por
armazenamento e higiene.
As carnes, na linguagem coloquial, são de suma relevância na alimentação
humana: as proteínas têm funções estruturais, enzimáticas, de defesa, nutritiva e de
transporte; além de serem deliciosas. Não há como negar um bom churrasco, por
exemplo.
Os animais são como nós, se não forem bem cuidados e alimentados podem
contrair doenças fatais ou não, porém quem corre o risco de ingerir esses alimentos
infectados somos nós. Por isso existem leis que regularizam a criação agropecuária
desde o nascimento até o abate, com a finalidade de nos garantir um alimento de
qualidade.
Supermercados, hipermercados, abatedouros e açougues - que funcionam
seguindo as normas da Anvisa - têm a função de nos fornecer uma grande oferta de
proteínas em ótimo estado de conservação.
4
2- Definições e localização histórica
Trabalhar, ao mesmo tempo, manipulando alimentos e com o consumidor é
uma tarefa árdua que exige preparo profissional desde o recebimento dos insumos
até o momento que o alimento é preparado.
Segundo a SEBRAE/ES (Abril de 1999), “o conceito de supermercado -
comercialização de mercadorias através do sistema de auto-serviço - surgiu no
Brasil na década de 50”. Esse sistema de autosserviço (ou Peg-Pag) foi introduzido
pelo Grupo Pão de Açúcar nos anos 50 e em 1975 o grupo Carrefour chega ao
Brasil consolidando o conceito de hipermercados.
O grupo Carrefour é um dos maiores geradores de empregos privados do
país, com mais de 65 mil funcionários em suas 15 marcas desde soluções
financeiras até produtos alimentícios. Supermercados são, além de formadores de
empregos e capital, a ponte entre o produtor e o consumidor. E, como lida com o ser
humano, deve agir de acordo com os pressupostos exigidos conforme as normas da
agência reguladora. De acordo com a resolução – RDC Anvisa nº 216/04, Boas
Práticas
são práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores
desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do
alimento até a venda para o consumidor. O objetivo das Boas Práticas é
evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos
contaminados.
Como todo manipulador de alimentos, os funcionários que exercem função
no açougue, na peixaria e na parte dos embutidos devem ter os cuidados básicos
como tirar barba e bigode, manter os cabelos presos e protegidos com rede de
cabelo, não utilizar esmaltes e unhas postiças, manter as unhas curtas, preservar o
uniforme limpo, não utilizar nenhum adorno. Essas regras devem ser seguidas à
risca com o intuito de prolongar o tempo de prateleiras dos alimentos.
Além de cuidados com a higiene pessoal do manipulador, o alimento deve
ser manuseado com utensílios limpos e de material especificado e refrigeradores na
temperatura correta – já que os microrganismos se multiplicam entre 5°C e 60°C, a
chamada zona de perigo.
5
2.1 – Pesquisas de campo
Uma grande gama de proteínas foi encontrada no Supermercado Carrefour
situado no Norte Shopping (Av. Dom Hélder Câmara, 5474 - Cachambi, Rio de
Janeiro – RJ), dentre elas cortes de aves, suínos e pescados congelados e
resfriados, bovinos em sua maior parte resfriados e algumas proteínas mais raras de
serem encontradas como cordeiro e rã. Os embutidos, os frios e as carnes salgadas
também foram achados.
Contudo, algumas proteínas foram encontradas em mau estado de
apresentação e de armazenamento; como algumas unidades de frango resfriado
que tinha a embalagem violada e apresentava coloração esverdeada; o coração do
boi que tinha a embalagem rasgada; o peixe fresco estava em contado direto com o
gelo; algumas unidades de bacalhau apresentava cristal de gelo internamente.
Não foi possível a entrada na parte interna do supermercado e nem uma
entrevista formal, com a finalidade de sanar algumas dúvidas que surgiram. No
entanto, iremos dar soluções – baseados na legislação redigida pela Anvisa – aos
casos encontrados.
6
3 – Conclusão
As Boas Práticas associadas ao POP devem ser utilizados em todos os
setores que manipulam alimentos. Algumas maneiras de se evitar que o consumidor
adquira algum produto em condições erradas são: o treinamento dos caixas e dos
atendentes de setores, a verificação diária dos termostatos e dos produtos expostos
e a utilização de divisórias de inox entre as proteínas do açougue com a finalidade
de evitar a contaminação cruzada.
O visível cuidado que o supermercado irá ter com seus produtos em
conjunto com o uso d’As Boas Práticas, irá refletir na imagem da empresa, em
reduções de custo e na saúde do consumidor.
Normalmente os estabelecimentos apenas utilizam de POP’s e Boas
Práticas como exigência da Anvisa e somente se adequa após serem intimados ou
multados. O que deve ser mudado visto que essas práticas devem servir como
reconhecimento de qualidade e de concorrência, visando sempre o bem estar do
consumidor final.
7
Referências
RIOS, Tatiane Costella. “Boas Práticas em supermercados e na central
de armazenamento e distribuição”. Porto Alegre: UFRGS, 2012. Disponível em
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/72764/000870966.pdf?
sequence=1>. Acesso em: 23/05/2015.
Cartilha sobre Boas Práticas para Serviço de Alimentação. Brasília, 3ª
edição. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/alimentos/cartilha_gicra_final.pdf>. Acesso
em: 23/05/15.
Comércio varejista, Supermercados. Rio de Janeiro, 1996. Disponível em:
< http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/
Arquivos/conhecimento/relato/supmerca.pdf>. Acesso em: 23/05/2015
ES, SEBRAE. Análise de negócios, Supermercados e Mercearias.
Espírito Santo, 1999. Disponível em:
<
http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/485CCBAE36839CEC832573BE00520FD8/$File/
Supermercados_e_Mercearias.pdf>. Acesso em: 23/05/2015.
8