fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhograduacao/gszdep3... · centro estadual de educaÇÃo...

156
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM BANCO DE DADOS DENIS DOS SANTOS THIAGO FARIAS A ARTE NA WEB: GALERIA VIRTUAL DE ARTE COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL LINS/SP 2º SEMESTRE/2013

Upload: others

Post on 05-Jun-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM BANCO DE DADOS

DENIS DOS SANTOS

THIAGO FARIAS

A ARTE NA WEB: GALERIA VIRTUAL DE ARTE COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL

LINS/SP 2º SEMESTRE/2013

Page 2: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM BANCO DE DADOS

DENIS DOS SANTOS

THIAGO FARIAS

A ARTE NA WEB: GALERIA VIRTUAL DE ARTE COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins para obtenção do Título de Tecnólogo em Banco de Dados.

Orientador: Prof. Me. Adriano Bezerra

LINS/SP 2º SEMESTRE/2013

Page 3: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

DENIS DOS SANTOS

THIAGO FARIAS

A ARTE NA WEB:

GALERIA VIRTUAL DE ARTE COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Faculdade de Tecnologia de Lins, como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do título de

Tecnólogo em Banco de Dados sob orientação do

Prof. Me. Adriano Bezerra.

Data de aprovação: 10 de Dezembro de 2013

________________________________

Orientador: Prof. Me. Adriano Bezerra

_______________________________

Profa. Me. Gisele Molina Becari

_______________________________

Prof. Me. Rodrigo Moura J. Ayres

Page 4: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

Minha formação não poderia ser

consumada sem a ajuda de minha amável mãe

Edna Farias e irmãos Lucas Farias, Aline Farias e

Gisele Farias, que nos momentos mais difíceis

sempre acreditaram em mim, e me deram forças

para continuar e enfrentar os desafios encontrados

durante a execução deste trabalho. A minha

namorada e futura mulher Haina Fanali, que

vivenciou todos os altos e baixos ao decorrer

deste curso, me apoiando sempre com muito

carinho e atenção nos momentos mais turbulentos

que passei. Por esta razão dedico e reconheço a

vocês muita gratidão.

Ao meu amigo e companheiro de trabalho

Denis dos Santos, que mesmo quando o

desinteresse surgia nunca mudou seu foco e

sempre me ajudou a retomar a atenção com

cobranças que me ajudaram a buscar cada vez

mais o conhecimento necessário para concluir

esta etapa em minha vida acadêmica.

Thiago Farias

Page 5: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me concedido persistência e êxito nas escolhas

durante este período de estudos. Assim como a minha mãe Tânia Maria dos Santos

e irmãos, que sempre estiveram ao meu lado em forma de apoio e compreensão as

abdicações e esforços.

Também sou grato a minha namorada, que compartilhou de minhas principais

decisões ao longo deste ciclo de estudos.

O presente trabalho não seria possível sem a orientação do Prof. Me. Adriano

Bezerra, ao qual agradeço, pela contribuição no direcionamento e ensinamentos

fundamentais para minha formação acadêmica.

Por fim, agradeço ao meu amigo Thiago Farias por fazer parte desta

importante etapa, sempre acreditando que seriamos capazes de alcançar nossos

objetivos.

Denis dos Santos

Page 6: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

AGRADECIMENTOS

A Deus, meu maior agradecimento, quando algumas vezes sentia vontade de

desistir, uma força maior surgia e me ajudava a levantar.

Ao Prof. Me. Adriano Bezerra, pela ajuda e orientação no decorrer deste

trabalho.

Aos meus amigos incansáveis que me incentivaram, sendo com críticas ou

brincadeiras, sempre buscaram me ajudar a vencer.

Aos professores da instituição que no decorrer do curso contribuíram

transmitindo seus conhecimentos a nós alunos.

Ao amigo e companheiro de trabalho Denis dos Santos, pela grande

contribuição e dedicação ao trabalho.

In memorian de minha avó Tereza Fernandes Farias, que em vida contribuiu e

muito, em fazer a pessoa que sou hoje.

A todos que fazem parte da minha família, que sempre serão importantes em

todos os passos que eu der em minha vida.

A todos um muito obrigado.

Thiago Farias

Page 7: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

RESUMO

O homem ao longo da história sempre teve por costume o hábito de se expressar e comunicar, a primeira forma de comunicação foi à pintura rupestre, esta característica da pré-história. Atualmente o principal meio de comunicação é a internet. O comportamento humano transcorreu inúmeras mutações ao longo das civilizações, no entanto, a essência de se comunicar permanece presente. Devido a isso, este trabalho tem como objeto de pesquisa a arte como a primeira forma de comunicação e suas características na sociedade contemporânea, mais especificamente a mescla da pintura com a internet, evento este resultado da imersão da arte na web, passando esta a usufruir do ambiente digital como um espaço para novos modelos de interação com seu público. Para a realização do estudo foram pesquisados e analisados o princípio da relação da arte com a internet, esta ligação ocorre desde as primeiras redes locais de computadores. A partir da idealização dos entusiastas da arte de vinculá-la à web é perceptível a intenção de exaurir as barreiras de acesso à cultura. Em decorrência da necessidade de inclusão cultural por meio da internet, a pesquisa resultou no protótipo do site “Crie arte – reinventando a Arte”, no qual todo o conteúdo é centrado no usuário, isto foi possível com a aplicação de estudos da área de interação humano-computador e arquitetura de informação em resposta as exigências da web 2.0, que requer ambientes de multicolaboração entre proprietários de sites e seu público de usuários. Entretanto, a concepção de conteúdo colaborativo não é o suficiente para a universalização do acesso a arte, visando isto foram inseridos no projeto os conceitos de acessibilidade e design responsivo, pois assim toda informação vigente no site provém experiência de navegação adaptável as singularidades de cada usuário, visto que, cada indivíduo contextualiza com o ambiente e interage de forma particular. Palavras-chave: Arte na web. Acessibilidade. Design responsivo. Interações centradas no usuário.

Page 8: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

ABSTRACT

The man throughout history always had how usual the habit to express themselves and transmit, the first form of communication was painting in the caves, characteristic of prehistory. Currently the main device of communication is the internet. The human behavior suffered several changes throughout of civilizations, However, the gist of communicating remains present. Due to that, this research had as object the art as the first form of communication and its characteristics in society contemporary, more specifically the mixture of painting with the internet, this event is the result of immersion of art in web, passing this the enjoy of ambience digital as an space for models of interaction News with its public. For the study were surveyed and analyzed the principle of the relation of art to the internet , this binding occurs from the first local computer networks. From the idealization of art enthusiasts to the web link it is noticeable intend to exhaust the barriers of access to culture . Due to the need for cultural inclusion through the internet , the search resulted in the prototype site " Create art - Reinventing the Art " , in which all content is user-centric , this was achieved with the application of studies in the area of interaction human-computer and information architecture in response to the demands of Web 2.0, which requires environments multicolaboração between website owners and their audience of users. However , the design of collaborative content is not enough for universal access to art , this order was entered into the design concepts of accessibility and responsive design , as well as all existing information on the site comes from adaptive navigation experience the uniqueness of each user , since each individual in context with the environment and interacts in a particular way . keywords: Art on the web. Accessibility. Design responsive. User-centered

interactions.

Page 9: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1.1 - Galeria de arte DaVinci...........................................................................24

Figura 1.2 - Galeria22.................................................................................................25

Figura 2.1 - Relacionamento dos componentes web.................................................33

Figura 3.1 - Medidas Fixas (não responsiva) ............................................................49

Figura 3.2 - Medidas Flexíveis (responsiva)...............................................................50

Figura 3.3 - Medidas em Pixel (visualizada em resolução 800 x 600).......................53

Figura 3.4 - Medidas em Pixel (visualizada em resolução 320 x 240).......................53

Figura 3.5 - Medidas em Pt (visualizada em resolução 800 x 600)............................54

Figura 3.6 - Medidas em Pt (visualizada em resolução 320 x 240)............................54

Figura 3.7 - Medidas Em % (visualizada em resolução 800 x 600)...........................55

Figura 3.8 - Medidas em % (visualizada em resolução 320 x 240)............................55

Figura 3.9 - Imagem não responsiva (visualizada em resolução 800 x 600).............57

Figura 3.10 - Imagem não responsiva (visualizada em resolução 320x 240)............57

Figura 3.11 - Imagem responsiva (visualizada em resolução 800 x 600)..................58

Figura 3.12 - Imagem responsiva (visualizada em resolução 320 x 240)..................58

Figura 4.1 - Web 1.0 X Web 2.0.................................................................................75

Figura 4.2 - Processo de inclusão por meio da AI......................................................85

Figura 4.3 - Regra CSS..............................................................................................95

Figura 4.4 - Exemplo de MER..................................................................................110

Figura 4.5 - Exemplo de Diagrama DER..................................................................111

Figura 4.6 - Modelo Físico........................................................................................111

Figura 4.7 - Elementos da Tecnologia Java.............................................................114

Figura 5.1 - Casos de uso de Cadastro....................................................................127

Figura 5.2 - Casos de uso do Artista........................................................................127

Figura 5.3 - Casos de uso do Cliente.......................................................................127

Figura 5.4 - Diagrama de Atividade de Login...........................................................128

Figura 5.5 - Diagrama de Atividade de Cadastro de Artista.....................................128

Figura 5.6 - Diagrama de Atividade de Cadastro de Cliente....................................129

Figura 5.7 - Diagrama de Atividade do Cadastro de Obras.....................................129

Figura 5.8 - Diagrama de Atividade de Pesquisa de Artistas...................................130

Figura 5.9 - Diagrama de Atividade de Publicação de Artigos.................................130

Page 10: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

Figura 5.10 - Diagrama de Atividade de Compra de Obras.....................................131

Figura 5.11 - Diagrama de Atividade de Mensagem................................................131

Figura 5.12 - Diagrama de Atividade de Interação na área ateliê............................132

Figura 5.13 - Diagrama de Sequência de Login.......................................................132

Figura 5.14 - Diagrama de Sequência de Cadastro de Artista.................................133

Figura 5.15 - Diagrama de Sequência de Cadastro de Cliente................................133

Figura 5.16 - Diagrama de Sequência de Pesquisa de Artistas...............................134

Figura 5.17 - Diagrama de Sequência de Publicação de Artigos.............................134

Figura 5.18 - Diagrama de Sequência de Compra de Obras...................................135

Figura 5.19 - Diagrama de Sequência de Envio de Mensagem...............................135

Figura 5.20 - Diagrama de Sequência de Interação com a Área Ateliê...................136

Figura 5.21 - Diagrama de Classes..........................................................................136

Figura 6.1 - Desenvolvimento em Camadas............................................................137

Figura 6.2 - Controles de Manipulação das Páginas................................................138

Figura 6.3 - Texto Visualizado em Fonte Padrão no Protótipo................................138

Figura 6.4 - Texto Visualizado em Fonte Aumentada no Protótipo..........................138

Figura 6.5 - Links de Saltos pela Página..................................................................139

Figura 6.6 - Atalho para o Topo da Página..............................................................139

Figura 6.7 - Página com alto-contraste....................................................................139

Figura 6.8 - Auxilio a Localização Espacial..............................................................140

Figura 6.9 - Dicas de Interações com os Formulários..............................................140

Figura 6.10 - Dicas de Preenchimento dos Formulários..........................................140

Figura 6.11 - Mensagens de Validação....................................................................141

Figura 6.12 - Contagem de Caracteres em Textarea...............................................141

Figura 6.13 - Página Visualizada em Celulares Antigos..........................................142

Figura 6.14 - Página Visualizada em Smartphones com Baixa Resolução.............142

Figura 6.15 - Página Visualizada em Smartphones com Alta Resolução................143

Figura 6.16 - Página visualizada em resoluções a partir de 1024x768....................143

Page 11: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

LISTA DE QUADROS

Quadro 1.1 – Comparação das Funcionalidades Providas pelas Galerias................26

Quadro 3.1 – Técnicas Front-end para Acessibilidade..............................................37

Quadro 5.1 – Lista de Casos de Uso.......................................................................122

Page 12: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AI - Arquitetura de Informação

AOL - American Online

API - Application Programming Interface

ASF - Apache Software Foundation

ATAG - Authoring Tool Accessibility Guidelines

CSS - Cascading Style Sheets

DER - Diagrama de Entidade-Relacionamento

E-MAG - Modelo de Acessibilidade do Governo Brasileiro

GIF - Graphics Interchange Format

HTML - Hypertext Markup Language

HTTP - HyperText Transfer Protocol

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IE - Internet Explorer

IHC - Interação Humano Computador

JDBC - Java Database Connectivity

JDK - Java Development Kit

JEE - Java Enterprise Edition

JME - Java Micro Edition

JPEG - Joint Photographic Experts Group

JRE - Java Runtime Enviroment

JSE - Java Standard Edition

JSP - Java Server Pages

JVM - Java Virtual Machine

MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo

MER - Modelo de Entidade e Relacionamento

MVC - Model View Controller

OMT- Object Modeling Technique

OOSE - Object – Oriented Software Engineering

PNG - Portable Network Graphics

PT - Pontos

PX - Pixels

Page 13: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

RENAPI - Rede de Pesquisa e Inovação em Tecnologias Digitais

SDK - Software Development Kit

SEO - Search Engine Optimization

SERP - Search Engine Results Page

SGBD - Sistema Gerenciador de Banco de Dados

SLTI - Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação

SVG - Scalable Vector Graphics

TI - Tecnologia da Informação

UACG - User Agent Accessibility Guidelines

UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

UML - Unified Modeling Language

União das Repúblicas Socialistas Soviéticas URSS

URL - Uniform Resource Locator

WAI - Web Accessibility Initiative

WCAG - Web Content Accessibility Guidelines

W3C - World Wide Web Consortium

XML - Extensible Markup Language

Page 14: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16

1 A ARTE NA INTERNET.......................................................................................... 19

1.1 NOVOS MODELOS DE ARTE ............................................................................ 19

1.2 A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO VIRTUAL .................................................... 21

1.3 CENÁRIOS VIRTUAIS DE ARTE EM EXPANSÃO ............................................. 23

2 ACESSIBILIDADE .................................................................................................. 29

2.1 ACESSIBILIDADE NA WEB ................................................................................ 30

2.1.1 Componentes Web .......................................................................................... 32

2.1.2 Diretrizes W3C ................................................................................................. 33

2.1.3 Modelo de Acessibilidade do Governo Brasileiro (E- MAG) ............................. 35

2.1.4 Interfaces e Informações Acessíveis ................................................................ 36

2.1.5 Validadores de Código e Acessibilidade .......................................................... 44

3 WEB DESIGN RESPONSIVO ................................................................................ 47

3.1 WEB MÓBILE ...................................................................................................... 47

3.2 PLATAFORMAS FLEXÍVEIS ............................................................................... 49

3.3 WEB RESPONSIVA ............................................................................................ 51

3.3.1 Layout Fluído .................................................................................................... 51

3.3.2 Imagens Flexíveis ............................................................................................ 56

3.3.3 Media Types ..................................................................................................... 62

3.3.4 Media Queries .................................................................................................. 65

3.3.5 Testes em Design Responsivo ......................................................................... 68

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 70

4.1 INTERNET .......................................................................................................... 70

4.2 WEB .................................................................................................................... 71

4.3 WEB 2.0 .............................................................................................................. 72

Page 15: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

4.3.1 Web 1.0 x Web 2.0 ........................................................................................... 74

4.4 INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR (IHC) .................................................. 75

4.5 UNIFIED MODELING LANGUAGE (UML) .......................................................... 81

4.6 ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO (AI) ............................................................. 83

4.7 GESTALT ............................................................................................................ 88

4.7.1 Lei da Proximidade ........................................................................................... 89

4.7.2 Lei da Continuidade ......................................................................................... 90

4.7.3 Lei da Semelhança ........................................................................................... 90

4.7.4 Lei da Experiência Passada ............................................................................. 91

4.7.5 Lei de Fechamento ........................................................................................... 91

4.8 HTML................................................................................................................... 92

4.8.1 HTML5 .............................................................................................................. 92

4.9 CSS ..................................................................................................................... 95

4.9.1 CSS3 ................................................................................................................ 96

4.10 JAVASCRIPT .................................................................................................... 99

4.11 JQUERY .......................................................................................................... 100

4.12 USABILIDADE ................................................................................................. 102

4.12.1 Diretrizes de Usabilidade na Web ................................................................ 104

4.13 SEARCH ENGINE OPTIMIZATION (SEO) ..................................................... 107

4.13.1 Técnicas de SEO ......................................................................................... 108

4.14 BANCO DE DADOS ........................................................................................ 110

4.15 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS (SGBD) ........................ 112

4.15.1 MySQL Server ............................................................................................. 112

4.16. JAVA .............................................................................................................. 112

4.16.1 Edições do Java ........................................................................................... 115

4.16.2 A Linguagem de Programação Java ............................................................ 115

4.16.3 Servlet .......................................................................................................... 116

Page 16: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

4.16.4 Java Server Pages ....................................................................................... 117

4.17 DESENVOLVIMENTO EM CAMADAS............................................................ 118

4.17.1 Model View Controller (MVC) ....................................................................... 118

4.18 APACHE TOMCAT ......................................................................................... 119

4.19 JAVA DATABASE CONNECTIVITY (JDBC) ................................................... 120

4.20 NETBEANS ..................................................................................................... 120

5 ANÁLISE E PROJETO DO SISTEMA .................................................................. 121

5.1 CASOS DE USO ............................................................................................... 122

5.2 DIAGRAMAS DE ATIVIDADE ........................................................................... 128

5.3 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA ......................................................................... 132

6 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 137

CONCLUSÃO .......................................................................................................... 144

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 145

Page 17: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

16

INTRODUÇÃO

A arte é mais antiga que a própria civilização, faz parte do comportamento e

cultura da humanidade desde o período pré-histórico, época na qual o homem ainda

não vivia em uma estrutura de sociedade. Neste período o modo de vida era

nômade, ou seja, os indivíduos não habitavam por longos períodos o mesmo local,

pois usufruíam o máximo possível dos recursos de determinada região, e com a

escassez deste o abandonava em busca de outro território habitável. (AGUIAR,

2013)

Apesar do modo de vida itinerante, o homem desta época adquiriu por

costume o hábito de registrar o seu cotidiano, tais registros eram feitos na forma de

pinturas nas paredes das cavernas as quais usava como moradia, este tipo de

pintura atualmente é classificado como rupestre. O papel desta era unicamente o de

expressar as atividades diárias, visto que, neste período ainda não exista a escrita,

desse modo a pintura surgiu como a primeira forma de expressão e comunicação do

homem. (AGUIAR, 2013)

Ao longo da existência da humanidade, com o surgimento das civilizações, o

homem criou diversos meios de se comunicar, todos característicos ao

comportamento social de cada época, sendo atualmente a internet o principal meio

de comunicação.

Na atualidade, a arte sendo a primeira forma de comunicação da humanidade

juntou-se à internet, o atual principal meio de comunicação, com isso percebe-se

que apesar da evolução do homem e mudanças de seu comportamento, um hábito

ainda permanece imutável, que consiste em seu constante anseio de se comunicar,

expressar sua cultura.

A junção da arte com a internet se faz por meio da criação de galerias virtuais

de arte, sites de museus visando a universalização da arte, assim como a criação de

obras específicas para a web. Dessa forma a aliança dos dois meios de

comunicação ocorre pela imersão da arte à web.

Em decorrência da informatização, não apenas da internet como ferramenta

de comunicação, mas também de sistemas interativos que auxiliem as ações e

tarefas do cotidiano, a sociedade aos poucos transformou sua cultura, o modo de

aprendizado, trabalho e socialização, por conseguinte sofrendo influências

provenientes da atual cultura globalizada. Nesta tornou-se fundamental a concepção

Page 18: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

17

de uma comunicação alicerceada em praticidade e agilidade, por consequência

disso a internet instaurou-se presente em simples ações do cotidiano, assim como

em grandes transações mediadas por empresas. (PRADO, 1997)

A agregação da internet às principais ações das pessoas, tanto no cotidiano

social quanto empresarial, tornou a tecnologia da informação (TI) mais presente e

dinâmica frente aos diversos tipos de usuários e tarefas requisitadas por estes, isso

porque a internet se comparada a outros meios de comunicação possibilita maior

agilidade e abrangência. Em contrapartida, aos responsáveis pela criação e

manutenção das ferramentas e serviços disponíveis na web, gerou-se uma

obrigatoriedade de constante atualização, que propicie cada vez mais interatividade

e acessibilidade para os seus usuários.

Atualmente as aplicações web têm por essência a mescla de conceitos, com

o intuito de possibilitar o desenvolvimento de conteúdos interativos e inovadores

para o usuário, estabelecendo como objetivo facilitar e agilizar a manipulação das

funcionalidades inerentes a sites e sistemas web, para assim possibilitar

experiências de uso intuitivos e transparentes a seu público.

O contexto de estudo deste trabalho aborda as transformações da arte

influenciada pelos novos costumes sociais radicados da cultura digital, mais

especificamente a pintura, com isso como objeto de pesquisa são abordados os

novos modelos de arte oriundos das possibilidades que a TI dispõem, dentre estas,

mais especificamente a web, dado que, esta possibilita a concepção de ambientes

interativos aptos a corresponder às atuais necessidades da sociedade.

Assim como outros fatores que compõem a cultura, a pintura na sociedade

contemporânea também requer maior agilidade em sua divulgação e disseminação,

além disso, também carece de formas de interação com seu público, a fim de

estreitar as barreiras de acesso à cultura.

Com o objetivo de estudar a essência do comportamento humano de se

expressar e comunicar, neste trabalho são apresentadas as mudanças mais

relevantes da primeira forma de comunicação do homem, a pintura. Nesta pesquisa

denota-se como a arte se relaciona com a TI desde as primeiras concepções de

redes de computadores, mesmo antes da existência da web, sendo assim é

explanado o interesse dos envolvidos com a arte em acompanhar os costumes

contemporâneos da humanidade, não deixando que esta se perca ao longo da

história, por consequência evitando sua obsolescência.

Page 19: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

18

Para aliar a primeira forma de expressão ao atual principal meio de

comunicação, junto à pesquisa foi elaborado um protótipo de galeria virtual de arte, é

intitulado “Crie arte – Reinventando a Arte”, com a finalidade de promover um

ambiente que corresponda aos preceitos da arte e comportamento contemporâneo,

ou seja, um espaço que propicie aos artistas plásticos a exposição e divulgação de

quadros, e aos apreciadores o acesso a estas, assim como a possibilidade de

discussão a respeito da arte por meio de exposição de artigos direcionados a este

assunto. Entretanto, considera-se que apenas criar um espaço de exposição e

divulgação não é suficiente, por isso usufrui-se de conceitos e tecnologias que

provenham ao site o acesso a diferentes pessoas, respeitando a singularidade de

cada indivíduo.

O trabalho segue como roteiro no primeiro capítulo a explanação dos novos

modelos de arte, galerias e museus virtuais resultantes das mutações da cultura,

sendo apresentadas as necessidades e limitações dos ambientes digitais atualmente

disponíveis.

O segundo capítulo contextualiza o acesso à web como uma forma de

inclusão social ao cidadão. Neste é destacado a importância de garantir o acesso de

todo indivíduo a todo e qualquer tipo de conteúdo, para isso é apresentado o

conceito de acessibilidade, que notifica a obrigação de adequações a todos os

setores da sociedade, direcionados às pessoas com limitações decorrentes de

deficiências físicas ou mentais, assim como causadas por idade ou temporárias

resultados de acidentes.

No terceiro capítulo é exposto o avanço das tecnologias que possuem acesso

à internet, e como estas influenciam na forma de exibição de conteúdo na web, pois

resulta em diferentes públicos caracterizados pelo tipo de dispositivo no momento de

acesso, desse modo é importante adequar as páginas as características de cada

navegação, isso é aplicado por meio do conceito de design responsivo.

O quarto e quinto capítulo são destinados a demais conceitos e

documentação que contribuíram para a produção centrada no usuário, destacam-se

os estudos de web 2.0, interação humano-computador (IHC), arquitetura de

informação (AI) e usabilidade. E, concluindo, o último capítulo é de caráter prático

voltado a exibir o processo de desenvolvimento do site “Crie arte”.

Page 20: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

19

1 A ARTE NA INTERNET

A sociedade atual está totalmente imersa na comunicação de diferentes

formas e através dos mais distintos meios. Por conseguinte, as ações cotidianas

estão em constante mudança devido às intervenções feitas pela internet, que

transforma e cria novos conceitos e hábitos de comportamento rapidamente em

grande escala, se constituindo de forma sólida como o principal meio de

comunicação, seja para entretenimento ou cunho empresarial. (PRADO, 1997)

A internet constitui-se como a maior rede de comunicação global, presente

nos mais diversos pontos do planeta, possibilitando alcance ilimitado para os mais

variáveis fins. Sendo utilizada como ambiente para todos os tipos de aplicações e

manifestações culturais, sejam eles, com caráter de entretenimento, educacional,

informativo, etc. (PRADO, 1997)

Em decorrência da consolidação da internet como principal tecnologia da

comunicação, não ocorreram apenas mudanças de comportamento social e

empresarial, mas também cultural, pois, de acordo com Laraia (2001), a cultura é

composta pelo conjunto de conhecimento, experiência e comportamento de um

grupo ou civilização, presente em todos os elementos que estruturam a sociedade,

sendo eles: leis, religião, ciência e todo âmbito social de valores e crenças obtidos

por vivência ou aprendizado, originando assim a cultura, a qual é desenvolvida por

relações sociais, incapaz de ser adquirida individualmente.

A arte sendo umas das principais manifestações do homem, paralelamente

aos outros elementos de cultura, também sofreu influências das possibilidades

atuais de comunicação providas pela internet. Visto que, segundo Gasparetto e

Santos (2010), a arte não apenas acompanhou a evolução da internet e adaptações

do comportamento social, mas também, utilizou-a para a elaboração de novos

conceitos e principalmente difundir os já existentes anteriormente.

1.1 NOVOS MODELOS DE ARTE

A arte ao agregar uma variedade de estilos e manifestações artísticas,

sempre presente nas sociedades ao longo das civilizações, se adapta e retrata o

comportamento e cotidiano estando em constante reformulação, fator que ocorreu e

ocorre paralelamente as novas rotinas estabelecidas pelo uso da internet.

Page 21: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

20

A velocidade com a qual este século criou um planeta eletronicamente conectado reflete-se na rápida expansão das práticas artísticas que vão além da escultura e pintura tradicionais, até a inclusão quase frenética de objetos do cotidiano no cenário da arte. (RUSH, 2006, p.1 apud GASPARETTO e SANTOS, 2010, p.2)

A relação da arte com a comunicação sempre existiu, não sendo algo

concebido recentemente, ao contrário, conforme Prado (1997), na década de 70, os

artistas já possuíam o interesse de desenvolver um tipo de arte que se comunicasse

de forma instantânea com seu público.

Algo mais concreto em relação ao uso de computadores para a arte surgiu

apenas em 1980, ao ser realizado um evento nomeado Artbox, que consistia na

formação de uma rede artística. Ainda na década de 80, outros eventos de arte

integrada a computadores foram organizados, acontecendo em 1989 o de maior

destaque, evento esse chamado Aspects of Gaia, composto por uma rede de

artistas de diferentes localidades interligados, com transferências de imagens

digitais, textos e sons. Por parte do público, a visualização do conteúdo

desenvolvido para o evento, era feita em uma instalação pública, caracterizada por

ser um ambiente interativo. (PRADO, 1997)

Os eventos que eram realizados na década de 80 já eram vinculados por

redes de computadores, ou seja, os interessados em arte sempre utilizaram das

diversas possibilidades de meios de comunicação, para se manifestarem e

produzirem obras. Todavia, apesar de esses eventos serem executados em redes

de computadores, estas eram estruturadas apenas para funcionarem ao longo do

acontecimento, e ao término desses eventos toda a estrutura era desfeita, não

permanecendo as obras criadas. Ao contrário de hoje, visto que, a internet torna a

propagação da obra perpétua, uma vez que independente do ciclo de vida do

evento, a obra continua disponível a acesso, desde que o site em que esteja

hospedada permaneça em funcionamento. (PRADO, 1997)

Em suma, com a facilidade e inúmeras possibilidades que o ambiente virtual

proporciona a propagação de conteúdo, novos conceitos são formados em virtude

destes, não sendo somente utilizado para divulgação e exposição, mas também

para criações.

[...] este espaço de encontro, de presenças simultâneas como espaço de divulgação/exposição para as produções artísticas (independente da linguagem utilizada) e como sistema de criação/exposição para a produção de arte e tecnologia (obras interativas ou não). (SANTOS, 2009, p.66 apud GASPARETTO e SANTOS, 2010, p.5)

Page 22: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

21

Segundo Gasparetto e Santos (2010), com o uso da web como plataforma

para os artistas, rompe-se a dimensão de tamanho da obra física, pois o uso do

ambiente virtual possibilita aos artistas desenvolverem obras que não dependem de

extensões reais, uma vez que, estas podem ser especificas para o ambiente virtual.

Desse modo, são estruturados diferentes tipos de ligações entre o público que a vê,

pois estabelece uma relação de interatividade entre a arte caracterizada pelo artista

e seu público. Por conseguinte, o público e os estudiosos dos novos moldes de arte,

solicitam cada vez mais obras que se comuniquem de forma interativa com o usuário

desses ambientes, que não sejam apenas visualizadas, mas sim, disseminadas por

um conjunto de interações entre artista e usuário.

Na visão de Gasparetto e Santos (2010), diante do crescimento de novos

modelos de arte e público interessado, surgiu a necessidade de novas vitrines para

divulgá-los, pois os artistas adeptos a esses conceitos de arte em mídias digitais

buscam meios de divulgação e publicação não convencionais, posto que, os meios

convencionais são caracterizados por apenas exporem o trabalho. Ou seja, não

correspondem as novas práticas, dado que, os adeptos desejam plataformas

adequadas a seus novos moldes de arte, focados em ambientes que torne possível,

não apenas o acesso simultâneo de diferentes localidades à obra do artista, mas

que também interaja com o usuário, que estabeleçam uma relação mais intrínseca

entre artistas e apreciadores, de modo que o processo de criação e exposição seja

de colaboração entre estes.

1.2 A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO VIRTUAL

Grande parte dos usuários que navegam na internet, espera interagir de

alguma maneira com os sites que costumam visitar, estes, por sua vez,

disponibilizam ferramentas visando garantir essa interação, como por exemplo:

mecanismos de pesquisas destinadas aos usuários, downloads de arquivos, jogos

online, players de vídeo e música, entre alguns outros.

Seguindo o raciocínio de Lippman (1998), pesquisador do Instituto de

Tecnologia de Massachusetts, podemos entender que essas ferramentas são

aplicativos recheados com comandos pré-determinados pelo desenvolvedor, que

induzem o usuário a seguir uma sequência de passos, antes definida por ele.

Page 23: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

22

O conceito de interatividade não se traduz em forçar uma direção a ser

seguida pelos usuários, e sim na inexistência de um padrão determinado de

comandos que caracterizem a falta de liberdade dos participantes, ou seja, destina-

se a deixá-los fazer parte de sua experiência, permitir que modifiquem o ambiente

no qual estão presentes de forma que o torne de seu agrado. (LIPPMAN, 1998)

Em conformidade, segundo Prado (2003), a amplitude da interação é

determinada pela quantidade de atributos do ambiente que pode ser manipulado

pelo usuário e variações possíveis em cada atributo. Portanto, amplitude se refere à

quantidade de modificações que podem ter efeito no ambiente, atendendo as

necessidades do usuário.

Atualmente os websites especializados em divulgar obras de arte, deixam

muito a desejar quando o assunto se trata de interatividade. Ao darem ênfase

excessiva à apresentação de imagens, esquecem o propósito principal do site, que

tem como objetivo chamar a atenção de um público específico e atrair potenciais

clientes.

Por ser um fator de extrema importância para tornar a ferramenta mais

atrativa e agradável ao usuário, um website voltado para esta área não deve deixar

de possuir recursos que o qualifiquem como interativo, pois o usuário procura nesse

ambiente um engajamento de diversas culturas. Todavia, é surpreendente a

quantidade de sites de exposição de arte que não possuem um ambiente para

discussões (fórum), ou mesmo para comentários de obras expostas para venda.

Focando neste ponto negativo dos sites que divulgam galerias de arte, é que

objetiva-se no presente trabalho, desenvolver um protótipo de um ambiente virtual

para suprir essas deficiências e torná-lo inovador no que se diz do conceito de

interação homem-máquina.

Para o desenvolvimento do trabalho foi pesquisado e estudado diferentes

cenários das práticas de arte atuais, contextualizando os fatores positivos e

negativos relativos a cada especificidade dos objetos de análise, estabelecendo

dessa forma, as características e requisitos necessários para o protótipo de uma

galeria virtual de arte. Agregada a pesquisa dos sistemas existentes atualmente na

web, definiu-se como objetivo, não apenas elaborar e desenvolver uma galeria

virtual mais acessível e ao alcance de um maior público, mas também, desenvolver

uma aplicação que contribua com a transformação no modo de divulgar e vincular

arte pelos ambientes virtuais.

Page 24: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

23

1.3 CENÁRIOS VIRTUAIS DE ARTE EM EXPANSÃO

Atualmente existe uma crescente de galerias de arte ambientadas na web,

sejam elas, exclusivamente para o ambiente digital ou site de uma galeria física. De

acordo com Gasparetto e Santos (2010), não somente galerias, os museus também

estão surgindo como tendência de divulgações internacionalizando as amostras de

obras, independente do local físico em que essa se encontre. Por outro lado, em sua

maioria apresentam em comum a mesma falha, que consiste na falta de criação de

um ambiente de interação entre o usuário e o artista. Em grande parte dos sites, as

obras são apresentadas por meio de imagens com informações de dimensões e

ficha técnica do artista, tanto em galerias virtuais, quanto museus.

[...] a maior parte dos museus chamados virtuais nada tem de virtual: eles apenas permitem visualizar uma sequência de fotografias e de visões panorâmicas; neste caso, o que se chama de “virtual” é a possibilidade que tem o visitante de escolher o que ver clicando um nome em um menu. (CAUQUELIN, 2008, p.130 apud GASPARETTO e SANTOS, 2010, p.10)

Para elaboração de uma análise de galerias virtuais de arte, foram

selecionados dois sites de galerias, para assim, contextualizar as ferramentas e

serviços disponíveis aos três papéis envolvidos na relação da arte com os ambientes

virtuais. Sendo eles: os proprietários de galerias físicas, com interesse em

estabelecerem também uma veiculação de sua marca à web. Artistas plásticos que

almejam expandir o alcance e a acessibilidade de suas obras, e também, os

apreciadores de obras de arte, que com a expansão de galerias virtuais na web

passaram a ter mais opções de escolha, assim como, tornaram-se um público mais

diversificado, devido às novas possibilidades de criações de modelos de arte

oriundos dos ambientes de mídias virtuais.

A galeria virtual de arte DaVinci foi o primeiro site analisado, esta divulga e

vende quadros de vários artistas de diversas nacionalidades Possui opções de

visualização do conteúdo em três idiomas, são eles: português, inglês e espanhol,

desta forma provém uma acessibilidade maior aos interessados em arte, não

limitando seu público a apenas um idioma.

Caracterizada por ser uma plataforma voltada para artistas e apreciadores de

arte, é constituída apenas de ambiente virtual, não existindo uma galeria física.

Possui um layout bem simples e padronizado com outros sites especializados,

Page 25: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

24

expondo o fraco empenho de seus desenvolvedores em criar interfaces

personalizadas e interativas.

A figura 1.1 exibe a página inicial do site:

Figura 1.1 – Galeria de arte DaVinci Fonte: DAVINCI, 2012.

A plataforma, apesar de ser apresentada em layout modesto, torna a relação

entre artista e cliente mais estreita, pois conta com um fórum que permite a interação

entre os usuários que possuem cadastro ativo no ambiente. Além do fórum existe

um espaço destinado à publicação de artigos, fator que agrega valor de

conhecimento ao website e seus visitantes. Bem como, oferece serviço de consulta

para auxílio na busca de obras de determinados estilos, temáticas ou técnica.

Também disponibiliza uma agenda de eventos, que publica informações

sobre exposições de obras realizadas em ambientes físicos, que estejam expostas

no website.

O site não trabalha diretamente com a venda das obras, somente divulga

imagens destas e informações sobre o artista de como contatá-lo, podendo assim,

tornar o processo de compra mais demorado, contudo abre a possibilidade de

negociar o preço de venda da obra diretamente com o artista.

Page 26: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

25

No aspecto segurança, o site deixa a desejar, pois não se responsabiliza por

vendas mal sucedidas, ou mesmo ilegalidades das obras, fator que pode causar o

desinteresse de usuários visitantes, devido à falta de garantias oferecidas. Assim

como, pode diminuir o número de artistas interessados a vincular seu nome e

trabalhos ao ambiente virtual, uma vez que, este não provém segurança a seus

compradores.

O segundo site analisado foi a Galeria22, este atua com a venda e compra de

obras de arte, é destinado a colecionadores de artistas renomados, visando uma

variação em seu público, divulga quadros e esculturas. O website pertence a uma

conceituada empresa do ramo, possui um grande e diversificado acervo de obras.

Ambientado em um layout bem simplório, deixa a desejar no que se refere à

interatividade, pois não possui nenhum mecanismo para realizar a interação com os

usuários, senão os tradicionais módulos de leitura e contato por e-mail.

A figura 1.2 é referente à página inicial do site:

Figura1. 2 – Galeria22 Fonte: GALERIA22, 2012.

A galeria detém um sistema de busca, fator que facilita a pesquisa de obras

por parte do cliente, no entanto, esta ferramenta não possui filtros, o que torna o

sistema não tão efetivo, contém também uma sessão de login para usuários

cadastrados.

Page 27: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

26

Na venda de obras a seus clientes, as negociações são feitas por e-mail, ficha

de interesse, ou telefone, a empresa assegura ao comprador uma política de

privacidade em relação aos dados coletados, também garante ao cliente segurança

na entrega do produto requisitado, porém não arca com o frete. Demonstrado o

interesse em alguma das obras, basta preencher uma ficha de interesse e aguardar

o contato da empresa.

Na compra não proporciona espaço a artistas em inicio de carreira, pois atua

somente com negociações de obras de arte produzidas por artistas de renome, a

galeria avalia a obra oferecida e de acordo com os seus valores, coloca sua

porcentagem para obter seu lucro.

Para melhor detectar as necessidades atuais de artistas e apreciadores de

obras de arte, realizou-se um estudo fundamentado na análise das possibilidades

providas ao usuário encontradas nas galerias virtuais, comparadas com os novos

conceitos sugeridos por estudiosos e artistas inseridos na arte virtual. O objetivo em

questão consiste em detectar possíveis mecanismos falhos, ou inexistentes.

Visando facilitar a compreensão e documentar as funcionalidades

encontradas em cada ambiente, juntamente com as não existentes, em relação aos

conceitos de arte virtual, foi elaborado o quadro 1.1 que ilustra todos os dados

diagnosticados.

Quadro 1.1 – Comparação das Funcionalidades Providas pelas Galerias

Funcionalidades DaVinci galeria Galeria22

Layout Desatualizado as novas tecnologias Desatualizado as novas tecnologias

Opção de cadastro Possibilita cadastro Possibilita cadastro

Interação nas obras Parcial, permite comentários Não contém a funcionalidade

Ferramenta de busca Possibilita filtragem nas buscas Simples, sem filtros

Fórum Compartilhado aos cadastrados Não contém a funcionalidade

Publicação de artigos Espaço para publicações Não contém a funcionalidade

Agenda de eventos Desorganizada, usabilidade ruim Página em construção

Opção de venda Direta ao artista, este informa a galeria Negociação diretamente a galeria

Opção de compra Não contém a funcionalidade Após análise da obra

Segurança Não garante Garante política de segurança

Custo para artistas 5% aplicado às vendas das obras Varia conforme relevância da obra

Fonte: Elaborado pelos autores, 2012.

Page 28: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

27

Após o estudo, conclui-se que ambos os sites, apesar de possuírem

funcionalidades que contribuem o acesso aos interessados em arte, não estão

adaptados aos novos modelos de arte digital, que buscam maior enfoque em relação

com o usuário, de forma que este possa estar diretamente em contato com o

ambiente em que o artista cria.

É relevante também o fator segurança, não inserido em ambientes destinados

a exibição e venda de obras, elemento esse, que pode influenciar negativamente no

aumento de desenvolvimento de novas plataformas e público para esse tipo de

consumo de arte, referente a mídias digitais.

Para uma definição de um ambiente virtual inerente as tendências vigentes na

arte contemporânea, também foram estudados outros espaços que fazem uso da

web para disseminar a arte, desta forma, a pesquisa e estudo abrangeram distintos

cenários atuais de arte na web.

O processo de mudança e adaptação da arte devido ao cotidiano

contemporâneo é constante, assim como o comportamento social transmuta, a arte

também se transforma. Devido a isso, acompanhando a mudança do

comportamento social, especificamente no que se refere à comunicação, cada vez

mais atrelada à web, são ajustados os meios de veiculação de arte.

Desse modo, exposição em museus, que é a forma mais popular de exibição

de arte, também se reformula. Conforme Marin (2011), a partir da década de 90,

sites de museus passam a ter maior presença na rede, com o objetivo de informar e

buscar novos públicos usufrui da principal característica da web, que consiste em

tornar qualquer conteúdo acessível, independente de localidade.

Os museus virtuais, em sua maioria, não provêm conteúdo diferenciado e

ajustado aos recursos que a web possibilita. Estes sites são estruturados com layout

similar ao ambiente físico, não disponibilizando nada, além de acervos digitalizados

e agendas de exposições, juntamente ao endereço físico do museu respectivo ao

site. (MARIN, 2011)

Há uma preocupação em torno dessa manifestação da arte em museus

virtuais, sendo inclusive realizados eventos a respeito do tema do advento de

museus na web, com o enfoque de estabelecer modelos que usufruam de toda sua

potencialidade disponibilizada. Dessa forma, em 1997, Los Angeles, Califórnia,

aconteceu uma conferência a respeito de museus e internet, esta atualmente é

ministrada anualmente. (HENRIQUES, 2004)

Page 29: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

28

É perceptível a importância e evolução que a arte tem obtido junto a sua

manifestação ligada à web, independente do modelo de site elaborado por cada

museu, o fator em comum entre eles é a intenção de utilizar o principal meio de

comunicação presente em nossa sociedade atual, a internet.

Assim como museus e galerias, empresas consolidadas no mercado de

tecnologia também estão voltando atenção para sistemas e ferramentas que

satisfaçam essa procura por arte na web. Exemplo disso é o Art Project, da Google,

projeto elaborado para disseminar arte pela web, este possui agregado a seu site

acervos de inúmeros museus do mundo, em alguns casos, agrega a opção de

visitas virtuais por instalações físicas destes (ARTPROJECT, 2012).

Conforme Galastri (2012), o site do projeto apresenta um grande acervo dos

museus parceiros, além da variedade de obras, o principal atrativo é a qualidade

apresentada nas imagens, estas em alta resolução, algumas peças selecionadas

possibilitam a aplicação de zoom de 7 bilhões de pixels em sua digitalização. Por

outro lado, devido a esta alta qualidade das imagens, o site ocasiona lentidão no

carregamento das páginas. Neste projeto, atualmente dois museus brasileiros estão

vinculados, Pinacoteca e Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

Um atrativo interessante do site é a opção de cadastro ao usuário, este

possibilita interatividade, disponibilizando aos cadastrados a opção de formarem

suas próprias galerias de imagens, selecionando dentre o acervo de obras do

projeto.

Neste primeiro capítulo foi visto que os atuais meios de veiculação de arte,

assim como a web visam elaborar conteúdos acessíveis, que proponham interação

com o público que a consome. Para isto, trabalham em um processo de

aperfeiçoamento constante, junto aos recursos que propiciam interatividade ao

acesso de informação, estes cada vez mais adaptados as mudanças de

comportamento da sociedade contemporânea, centrados em praticidade e agilidade

na comunicação.

No próximo capítulo será abordado como os sites e sistemas web necessitam

estarem acessíveis a todo e qualquer cidadão, não limitando acesso, e que para

provir isso, fabricantes de ferramentas de desenvolvimento e desenvolvedores de

conteúdo web necessitam da compreensão de que toda informação deve estar

acessível a todo tipo de público.

Page 30: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

29

2 ACESSIBILIDADE

O termo acessibilidade tem sido abordado constantemente como um critério

de inclusão em todos os âmbitos da sociedade, não só no Brasil, mas em diversos

países. No atual momento, existe uma preocupação significativa em relação à

abrangência e aplicação de seus conceitos. Soluções estão sendo inseridas, dentre

as quais: leis estão sendo ajustadas, com o objetivo de possibilitar e tornar eficaz a

inclusão social de todo e qualquer cidadão. (NICÁCIO, 2010)

Referente a leis, no Brasil um decreto foi regulamentado em 2004, visando

atualizações voltadas à acessibilidade. O decreto datado do mês de dezembro, nº

5.296, apresenta especificações obrigatórias para todos os setores da sociedade,

entre eles: urbanística, habitação, serviços de transportes, informação e

comunicação. Em relação a TI, o decreto remete a obrigatoriedade de adequações a

portais e sites da administração pública. (BRASIL, 2004)

De acordo com Nicácio (2010), na sociedade contemporânea, o conceito de

acessibilidade está muito atrelado às pessoas com necessidades físicas, todavia,

este conceito engloba um conjunto de pessoas maior, apresentando como

significado, algo que seja passível de: alcançar, tratar e aproximar.

Outra definição que demonstra a amplitude do conceito de acessibilidade, não

o restringindo a deficiências visuais e sensoriais, pode ser encontrada na cartilha de

acessibilidade. Define Gameleira (2009), acessibilidade está inerente ao direito de ir

e vir, sem empecilhos, independente do ambiente.

A acessibilidade inclui não somente problemas relacionados a dificuldades

físicas e mentais, mas sim, todo o indivíduo que possui alguma dificuldade para

interagir com determinado mecanismo. Logo, uma criança que ainda não apresenta

conhecimento e similaridade com determinado conteúdo ou um deficiente visual, que

não consegue usufruir determinada informação por não a enxergar, são exemplos

nos quais pode ser aplicado este conceito. (NICÁCIO, 2010)

Todo local, objeto ou direito para denominar-se acessível, deve possibilitar

que qualquer pessoa, independente da idade, necessidades ou limitações, possa o

desfrutar.

A acessibilidade, conceito indispensável em qualquer sociedade para

propiciar inclusão a todo cidadão, está vigente na TI, sendo de extrema importância

na web. Visto que, a web dentre seus conceitos, tem como principal fator definido,

Page 31: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

30

que seus serviços devem facultar em tempo real, integralmente, sendo acessível a

qualquer pessoa. (NICÁCIO, 2010)

2.1 ACESSIBILIDADE NA WEB

A web disponibiliza serviços a locais e pessoas distintas, não limitando o

conteúdo a determinada faixa etária, nacionalidade, capacidade física ou intelectual.

Nesse contexto, os sistemas web facilitam o cotidiano da sociedade atual, poupando

serviços e simplificando algumas ações, que antes eram realizadas apenas em

espaço físico e com maior desprendimento de tempo. Para as pessoas com

deficiências, o uso da web, não apenas auxilia ou agiliza tarefas cotidianas, mas em

muitos casos, tornam praticáveis ações antes inviáveis devido a dificuldades ou

limitações. (W3C, 1999)

É notório o poder de inclusão da web a qualquer pessoa, no entanto, apesar

da facilidade e praticidade que esta possibilita, seu uso em determinados momentos

pode ser dificultoso, caso o usuário em questão apresente alguma limitação em

movimentos, visão, audição ou similaridade com o conteúdo apresentado. Por tudo,

é de sumária importância desenvolver conteúdos que facilitem o acesso, não criando

obstáculos ou restringindo usabilidade. (MP et al, 2011)

Imprescindivelmente a web deve vincular conteúdos que sejam projetados e

desenvolvidos com o conceito de acessibilidade inserido, para assim, prover sites e

sistemas compreensíveis, intuitivos e interativos a todo usuário. (SANTOS, 2012)

Todo desenvolvedor, geralmente ao projetar um site ou sistema web, faz

estudos de caso, destinando-se a desenvolvê-lo com o perfil do público alvo. No

entanto, a falha desse procedimento é que normalmente só é avaliado no estudo de

caso o perfil ilustrativo e informativo do site, ou seja, seu design e conteúdo,

deixando de lado a acessibilidade e usabilidade por todo e qualquer tipo de usuário.

Todavia, ao projetar um sistema web, o correto não é somente projetar o conteúdo e

forma de apresentação para um determinado público, mas sim, torná-lo funcional a

todo tipo de pessoa, independente se o indivíduo possui algum tipo de deficiência.

(SPELTA, 2012)

Conforme Spelta (2012), o erro de definir um público alvo a sites, é a falta de

associações de público de interesse a grupos de funcionalidade, ela cita alguns

exemplos:

Page 32: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

31

Um homem com baixa visão que entra no site de um fabricante de automóveis, para escolher um modelo para a sua mãe. Uma jovem surda que entra numa loja virtual de CDs, para escolher um presente para o seu namorado. Um menino de 11 anos que entra num site direcionado à terceira idade, para pegar uma informação para a sua avó. Uma estudante cega que entra numa livraria virtual, para comprar livros que serão escaniados por ela própria e lidos com o seu programa leitor de telas. (SPELTA, 2012, p.1)

Ao definirmos nosso sistema em relação a características do público alvo, não

estamos abrangendo nosso público, mas sim, limitando-o. (SPELTA, 2012)

Projetar um modelo para a transmissão de informação na web fazendo uso de

público alvo pode contribuir para inacessibilidade, ainda que esta informação seja

totalmente direcionada a um grupo especifico de pessoas, pois é impossível vincular

informações de modo uniforme, uma vez que, o modo de compreensão e interação

de uma informação varia de pessoa, seja ela em modo de leitura, auditiva ou

assistiva, isso porque cada indivíduo vivencia a experiência de forma individual.

Independente do público, a presença de pessoas com alguma dificuldade de acesso

pode existir.

Nos jogos olímpicos de Sidney ocorreu o primeiro processo oficial,

contextualizado no caráter de inacessibilidade digital, neste o comitê de organização

dos jogos foi processado sob a acusação de falta de acessibilidade em seu site.

(VINICIUS, 2012)

Em relação à relevância da acessibilidade na web por todos os grupos de

pessoas, pautados por Spelta (2012) e W3C (1999), é nítida a importância de

desenvolver conteúdos acessíveis para todos os cidadãos, não apenas para

expandirmos nosso mercado de usuários, mas também, para contribuirmos com o

desenvolvimento da sociedade e inclusão de todos. Em virtude disso, a seguir são

apresentados dados que denotam o número de pessoas que por algum tipo de

deficiência, caso não seja aplicada a acessibilidade de forma adequada, não terão

acesso à web.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de

6,7% da população brasileira sofrem de deficiência severa, estas são classificadas

nos dados como: visual, auditiva, motora e mental, sendo a visual com maior índice,

atingindo 2,3% das pessoas. (IBGE, 2010)

Em escala global, estatísticas apontam que existam aproximadamente 600

milhões de pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência física, esse número

Page 33: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

32

reflete em 10% da população mundial. (ONUBR, 2012).

É indiscutível o alto número de pessoas que possuem alguma dificuldade ou

sofrem de inacessibilidade. Por outro lado, soluções para a falta de acessibilidade

têm sido criadas, não somente por leis, mas também por órgãos e fabricantes de

serviços na web, todos ambientados em padrões, destinados a possibilitar e

organizar todo conteúdo desenvolvido. Contudo, para ser possível a realização da

acessibilidade, as regras devem ser aplicadas não somente por desenvolvedores de

aplicações, como também aos fabricantes de plataformas de criação, navegadores,

entre outros componentes que compõem a web. (NICÁCIO, 2010)

2.1.1 Componentes Web

O World Wide Web Consortium (W3C) consórcio internacional tem suas

atividades voltadas para o aperfeiçoamento da web, este mantém como intuito

prover padrões de qualidade que garantam a todos de forma igualitária o acesso à

web. Desse modo, formula padrões específicos a cada um de seus componentes.

(W3CBR, 2012)

Define W3C (2005), que a web é formada por componentes e que para se

manter adequada a acessibilidade, tais componentes precisam manter-se

relacionados, estes por sua vez, necessitam de melhorias contínuas em suas

especificidades, no que se refere à acessibilidade. Os componentes são:

Conteúdo – toda informação veiculada em sites ou sistemas web.

Navegadores, players de mídia – propiciam aos usuários o acesso ao

conteúdo.

Tecnologia assistiva – possibilita forma alternativa de acesso a usuários com

deficiência visual, exemplos desta tecnologia: leitores de tela, software de

digitalização.

Usuários – que usufruem de conteúdos na web.

Desenvolvedores - responsáveis por criarem conteúdos para web.

Ferramentas de criação – plataformas utilizadas por desenvolvedores para

criarem conteúdo.

Ferramentas de validação – validam tecnologias e semânticas utilizadas no

desenvolvimento.

A figura 2.1 representa a relação entre os componentes apresentados:

Page 34: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

33

Figura 2.1 – Relacionamento dos Componentes Web Fonte SILVA, 2005, p.1.

De acordo com Nicácio (2010), as principais falhas na relação dos

componentes web, normalmente acontecem entre o relacionamento dos

componentes de conteúdo e os usuários. Isso ocorre, porque em sua maioria, o

conteúdo disponibilizado na web, não está ajustado a qualquer tipo de usuário que o

acesse. Por isso a melhor forma encontrada para garantir que esta relação tenha

êxito, é estabelecer regras que vigem e padronizem todos os fatores inclusos na

acessibilidade.

No tempo presente, existem diretrizes que estabelecem regras e padrões

para acessibilidade na web, os principais documentos internacionais se remetem ao

W3C que possui como diretor o fundador da web, além disso, conta com

colaboração integral de organizações e desenvolvedores. (NICÁCIO, 2010)

2.1.2 Diretrizes W3C

O W3C tem reconhecimento mundial, isso devido a seus padrões voltados

para tecnologias referentes à web, bem como, Hyper Text Markup Language

(HTML), Cascading Style Sheets (CSS), dentre outras. (NICÁCIO, 2010)

A W3C tem como principal objetivo, viabilizar o acesso à web, por todo e

qualquer usuário, independente de software ou hardware que a utilize, assim como,

capacidade física e mental, plena ou limitada (W3CBR, 2012). Desta forma, a W3C

se preocupa em manter a web, uma ferramenta de serviços e comunicação irrestrita,

Page 35: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

34

de livre acesso, interativa e confiável. (W3CBR, 2012)

A W3C permeio a Web Accessibility Initiative (WAI), estabelece diretrizes

destinadas à acessibilidade, dividindo-as em grupos, de acordo com os

componentes web. (W3C, 2005)

Conforme Nicácio (2010), os grupos de diretrizes da WAI, possuem regras

especificas para cada grupo pertencente ao relacionamento de componentes web,

responsáveis por tornar possível o acesso de conteúdo. Abaixo veremos os grupos

e suas respectivas diretrizes:

Authoring Tool Accessibility Guidelines (ATAG) – referente aos fabricantes de

ferramentas de criação, utilizado por desenvolvedores para desenvolver o conteúdo.

Pauta que estes fabricantes devem fabricar tais ferramentas, com o contexto de

acessibilidade presente, possibilitando que os desenvolvedores de conteúdo web,

possam desenvolver de forma acessível.

Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) – destinado a desenvolvedores

de sites e sistemas web, auxilia no desenvolvimento de conteúdo acessível. Essas

diretrizes também são consultadas por fabricantes, tanto de ferramentas de criação,

quanto de validação, com o objetivo de melhor detectar as necessidades por parte

dos desenvolvedores, em relação a desenvolver conteúdo acessível.

User Agent Accessibility Guidelines (UACG) – voltada para fabricantes de

browsers e mídias players, assistivas. Com especificações para garantir que estas

mídias disponibilizem acesso a todo tipo de usuário.

As diretrizes descritas acima são fundamentadas em todas as tecnologias

destinadas a criação de conteúdo web, contendo especificações diferentes para

cada tipo de tecnologia, sejam elas: HTML, CSS, Extensible Markup Language

(XML), dentre outras. (NICÁCIO, 2010)

Referente a esse contexto, o guia WCAG possui 14 diretrizes, devido a sua

extensa documentação, para facilitar sua usabilidade, tais diretrizes são

classificadas por prioridade, divididas em 3 níveis:

O primeiro nível é responsável por apontar as verificações necessárias, para

provir que todos os usuários possam acessar o conteúdo web desenvolvido.

O segundo nível apresenta especificações, que caso não aplicadas,

determinados grupos de usuários, podem encontrar dificuldade em conseguir

acessar o conteúdo publicado.

O último nível de prioridade consiste em verificações, para que todos os

Page 36: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

35

grupos de usuários não sintam algum tipo de dificuldade, ao fazer acesso as

informações de conteúdo. (NICÁCIO, 2010)

Existe uma versão mais recente do guia WCAG, pois a primeira versão

apresentava maior foco em deficientes físicos, diferentemente da atual versão 2.0,

que engloba um conceito de acessibilidade mais abrangente, elaborada em um

documento contendo especificidades para aplicações a diferentes tecnologias da

web. (NICÁCIO, 2010)

Apesar de a WAI ser o conjunto de diretrizes diretamente ligado ao consórcio

W3C, existem outras normas que auxiliam no desenvolvimento de conteúdo web. O

Brasil possui um modelo nacional que é uma iniciativa do Ministério do

Planejamento. (NICÁCIO, 2010)

2.1.3 Modelo de Acessibilidade do Governo Brasileiro (E- MAG)

O E-MAG em sua versão inicial era estruturado em dois documentos, sendo

um deles tratado com visão técnica, destinado a profissionais da área de TI, e o

outro com linguagem mais clara direcionado a qualquer cidadão que auxilie no

entendimento das diretrizes de acessibilidade. As principais fontes para a

elaboração do modelo brasileiro foram normas internacionais, principalmente as do

modelo WCAG, estas foram adaptadas as necessidades brasileiras. (MP et al, 2011)

Conforme consta no E-MAG versão 3.0, para o modelo brasileiro em suas

primeiras versões, foram adotados os mesmos níveis de prioridade presentes no

WAI, sendo bastante semelhante a sua versão 1.0. (MP et al, 2011)

Atualmente o E- MAG encontra-se na versão 3.0, desenvolvida em conjunto,

tendo como colaboradores: o Departamento de Governo Eletrônico, a Secretaria de

Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, e o

projeto de acessibilidade virtual da Rede de Pesquisa e Inovação em Tecnologias

Digitais (RENAPI), nesta atual versão foi descontinuada a estrutura de divisão de

documentos, antes parte destinada a profissionais específicos de informática, e

outra a cidadão, usuário. Desta forma foi elaborado um único documento contendo

todas as normas e orientações, também foi retirada a classificação de níveis de

prioridade, pois concluiu-se que todos os sites e portais não devem adequar-se a

padrões cabíveis a determinados grupos de inclusão, e sim tornar acessível todo

conteúdo, sem restrições. (MP et al, 2011)

Page 37: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

36

2.1.4 Interfaces e Informações Acessíveis

Conforme Spelta (2012), grande parte dos desenvolvedores e provedores de

conteúdo na web, mantém mitos em relação à aplicação do conceito de

acessibilidade, apesar da frequente discussão e determinação de se desenvolver

toda informação de forma acessível. Ainda assim, é comum desenvolvedores ou

contratantes do serviço não se preocuparem em atender especificações e normas

destinadas ao desenvolvimento de conteúdo acessível. Por motivos diferentes, mas

que em sua maioria, justificam que tal adequação pode aumentar o custo do projeto,

assim como o ciclo de desenvolvimento, além de resultar um produto final com

qualidade inferior aos demais, no que se refere à aparência do layout.

Elaborar conteúdos web centrados em acessibilidade não significa perder

sofisticação em layout, adaptações criativas estruturadas em usabilidade podem

mantê-lo atrativo em relação a efeitos visuais. Entretanto, o principal a ressaltar é o

ganho em qualidade na transmissão da informação, uma vez que, um número maior

de pessoas a compreenderão. (SANTOS, 2012)

De acordo com Nicácio (2010), preocupar-se com a dificuldade, custo e

produto final da aplicação de acessibilidade, é um equivoco, posto que, ao início do

projeto, se este for elaborado fundamentado nos atuais padrões de desenvolvimento

web, já estará mais usual e acessível. Tendo em vista, que estes possuem como

principal objetivo proverem conteúdos dinâmicos e de fácil interação ao usuário,

junto a isso, acrescentar adequações de usabilidade e funcionalidade perante a

acessibilidade requer esforço mínimo e provém um resultado final satisfatório, tanto

para usuários, pois um grupo maior será apto a navegar nas informações

publicadas, assim como ao desenvolvedor e contratante, que com isso ampliarão

seu mercado.

Caso o escopo de planejamento do projeto não seja elaborado com o

conceito de acessibilidade presente, sua implantação posterior ao término do

desenvolvimento de conteúdo acarreta maior dificuldade, no entanto, ainda assim,

não se caracteriza por algo de complexidade, pois o acréscimo de algumas técnicas

e práticas de desenvolvimento já tornaria o conteúdo mais acessível. Todavia, é

importante ressaltar, que apesar da possibilidade de adicionar acessibilidade e maior

usabilidade após o ciclo de desenvolvimento, isto só é indicado em reestruturação

de sites, visto que, todas as funcionalidades devem ser pensadas e projetadas para

Page 38: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

37

todos os usuários e seus contextos de uso durante o planejamento inicial do

conteúdo do site e suas interações com o usuário. (NICÁCIO, 2010)

A tecnologia não é o fator primordial de um site, mas sim a informação a ser

veiculada, o conteúdo a ser apresentado é o fator indispensável. Este só obtém seu

objetivo, seja informar, entreter, quando é compreensível a todos de forma plena.

(SANTOS, 2012)

“Um site bem desenhado e eficiente não é um site cheio de efeitos visuais,

mas um site que informa, se faz entender, se faz navegar e trás resultados sem

excluir nenhum perfil de pessoa.” (SANTOS, 2012, p.1)

Ao elaborar a estrutura de um conteúdo web, seja sistema ou site, é

fundamental estruturá-lo com clareza, possibilitar uma navegação intuitiva. Este é o

princípio necessário para propiciar uma boa acessibilidade. (SANTOS, 2012)

Alguns preceitos são essenciais para o desenvolvimento de um site acessível,

Santos (2012) realça as seguintes diretrizes apresentadas no quadro 3.1:

Quadro 3.1 – Técnicas Front-end para Acessibilidade

Técnicas de Acessibilidade

Conteúdos em texto personalizáveis, que permita aumento e redução de fonte.

Links preferencialmente em textos, com destaque visual.

Títulos realçados para softwares leitores de tela.

Layout configurável, que possibilite ao usuário a opção de contraste.

Fonte: SANTOS, 2012. Adaptado pelos autores.

Nicácio (2010), também cita algumas técnicas importantes para facilitar a

acessibilidade :

Manter o código HTML sempre válido e semanticamente correto;

Desenvolver o conteúdo de forma organizada, apresentando todas as

informações de forma relacionada, com nexo;

Aplicar textos e links claros e concisos;

Assim como existem premissas a serem seguidas para garantir

acessibilidade, também existem técnicas que geram inacessibilidade, estas devem

ser evitadas, pois restringem o acesso e compreensão da informação. Santos (2012)

aconselha a evitar as seguintes práticas:

Page 39: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

38

Menus totalmente codificados em flash;

Imagens sem declaração de texto alternativo ou descritivo;

Páginas repletas de animações em flash;

Cores e elementos do layout sem contraste;

Com o uso das práticas apresentadas, o site já se demonstra mais

compreensível e acessível a um conjunto maior de pessoas, todavia, estas técnicas

não são o suficiente para produzir conteúdo adequado às diretrizes do conceito de

acessibilidade. (NICÁCIO, 2010)

Um fator simples, mas imprescindível para conteúdos acessíveis, é a

definição da linguagem a ser utilizada no documento, linguagem aqui caracterizada

não por tecnologia, mas sim, linguagem de idioma. O uso dessa técnica facilita a

identificação de informações por sistemas de busca e leitores de tela (software

utilizado por usuários cegos). (NICÁCIO, 2010)

A definição do idioma da página faz-se importante devido aos seguintes

motivos:

Possibilita melhora na pronunciação dos textos por leitores de tela;

Otimiza a indexação da página por buscadores, pois desse modo o site é

ranqueado de acordo com o seu idioma;

A página é renderizada mais rápido, isso porque browsers precisam detectar

o idioma da página antes de carregá-la; (EIS, 2012)

Dessa forma ao empregar a técnica de declaração de idioma nas páginas,

obtém-se ganho tanto no conceito de acessibilidade, pois usuários com deficiências

visuais terão uma navegação mais agradável, assim como também é aperfeiçoado o

Search Engine Optimization (SEO) do site, tendo em vista que este será mais

facilmente detectado pelos sistemas de busca (Google, Yahoo, dentre outros). Com

isso, consequentemente o site será mais acessado, isso porque propiciará

satisfação a usuários que necessitam desta inclusão digital, e também porque será

mais divulgado, uma vez que será melhor posicionado nos principais sites

buscadores.

A estrutura de todo site deve ser dividida em dois arquivos distintos: o

primeiro destinado exclusivamente as marcações dos conteúdos que serão

publicados nas páginas, estas devem ser feitas por linguagem de marcação de texto

HTML, que tem unicamente como função apenas referenciar o conteúdo a ser

apresentado. A outra é destinada as características de apresentação que devem ser

Page 40: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

39

estilizadas em arquivos CSS. (NICÁCIO, 2010)

As características de apresentação das páginas consistem em todas as

formas dos elementos que a compõe, dentre estes: formas geométricas da estrutura,

cores, tamanho, tipo de fonte e disposição dos elementos na tela (NICÁCIO, 2010)

O conceito de divisão do código em camadas, ou seja, divido em arquivos

diferentes, tendo responsabilidades distintas é denominado tableless. A ideia do

nome, surgiu em relação a prática de muitos desenvolvedores estruturarem todo o

código em um único arquivo, contendo marcação de conteúdo e forma de

apresentação, isto era feito em tabelas, fator que dificultava muito o trabalho do

desenvolvedor, assim como o resultado final restringia acessibilidade. (NICÁCIO,

2010)

O conceito de tableless já é adotado por alguns leitores de tela, estes já

conseguem detectar informações de modo de apresentação especificados em

arquivos CSS, por isso a aplicação deste tipo de arquivo não tem por objetivo

apenas tornar o layout mais atrativo e sim mais funcional, compreensível. (FERRAZ,

2013)

Um dos elementos principais do design de um site são as cores aplicadas nas

páginas, isso porque estas são utilizadas tanto para tornar o conteúdo mais atrativo,

quanto para dar similaridade ou dissimilaridade entre as informações contidas no

site, além disso, em geral estão associadas à logomarca. Entretanto, ao ser

elaborado o layout é imprescindível que as cores sejam usadas de forma que o

conteúdo não se torne inacessível, ou seja, que estas não sejam um empecilho para

uma navegação agradável.

As cores pertencentes ao layout devem ser aplicadas contendo contraste

entre o elemento de fundo e o de primeiro plano, somente assim o conteúdo

possibilitará uma boa navegação a usuários com problemas visuais. (MP et al, 2011)

É importante ressaltar que a transmissão de informações não deve restringir-

se a cores, estas também devem estar acessíveis por outros modos. Sendo assim,

avisos, mensagens e alertas não podem ser informados apenas por cores, mas sim

textualmente. (FERRAZ, 2013)

Atualmente é impossível imaginar o uso da web sem a existência de imagens,

tornou-se fundamental, principalmente para fortalecer o apelo visual e aproximar-se

aos meios de veiculação impresso. Contudo, assim como é necessário atenção ao

uso de cores em sites, algumas técnicas são essenciais para garantir que a inserção

Page 41: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

40

de imagens não torne o site inacessível.

Conforme (NICÁCIO, 2010), a utilização do parâmetro “ALT”, pertencente à

tag “IMG”, possibilita que a informação transmitida com a imagem seja acessível a

deficientes visuais, pois como valor para o parâmetro “ALT”, podemos definir um

texto alternativo, acionado por softwares leitores de tela.

<img src=”/img/Acessibilidade.jpg” alt=”Site acessível”/>

A não utilização da técnica produz conteúdo inacessível, pois ao carregar a

página o leitor de tela não identificará a imagem. Todavia, apesar de a técnica

possibilitar inclusão acessível a usuários cegos, esta deve ser aplicada com cautela

em relação à relevância da imagem contida na página web. Visto que, é

desnecessário textos para imagens meramente ilustrativas, nestes casos o

parâmetro deve ser colocado, contudo, sem o preenchimento de valor. (NICÁCIO,

2010)

<img src=”/imagens/contornoSuperior.jpg” alt=” “/>

O conceito de acessibilidade na web visa facilitar o acesso, para isso não

deve existir nenhum tipo de barreira ou dificuldade à navegação pelo conteúdo.

Entretanto, propiciar conteúdos acessíveis não é o suficiente, também se faz

necessário possibilitar aos usuários uma navegação ágil e intuitiva. (QUEIROZ,

2008)

Para garantir rapidez no acesso provido a usuários cegos as informações

contidas nas páginas web, é importante a inserção de técnicas que possibilitem o

salto por elementos na página, formando-se atalhos para o teclado. (NICÁCIO,

2010)

O salto entre conteúdos de uma mesma página é possível perante a

implementação da técnica Skip links, mediante o uso desta, torna-se ágil a

navegação por usuários cegos, uma vez que, não é necessária a leitura de todos os

links e menus para se chegar ao conteúdo principal, pois ao entrar na página o

usuário poderá escolher saltar para os elementos em destaque contidos nesta.

(NICÁCIO, 2010)

Assim que a página é carregada pelo leitor de tela são apresentadas as

Page 42: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

41

opções de saltos da página. Isto é feito usando-se links internos. (QUEIROZ, 2008)

<a href=”#1s” title=”Skip link para o conteúdo principal”>

Ir para o conteúdo</a>

No conteúdo da página a marcação é feita da seguinte forma:

<a name=”1s”> Título do conteúdo principal</a>

Alguns leitores de tela possuem de forma nativa o uso de saltos por letras de

tag, estes possibilitam ao usuário a navegação por títulos, quando pressionada a

tecla H, F para formulários, T para tabelas, L para listas e I para itens de uma lista.

(QUEIROZ, 2008)

Com a aplicação das técnicas de salto é perceptível a importância de ater-se

aos padrões de desenvolvimento web. Isto percebe-se em sites mal desenvolvidos,

aos quais a estrutura da página foi toda codificada em tabelas. Nestes o uso de

saltos na página é impossível, visto que, usuários cegos normalmente utilizam a

tecla T para a navegação em tabela, no entanto, o leitor de tela não conseguirá

adequar-se à navegação, uma vez que, o site todo estará contido em tags com a

inicial T, sendo assim composto pela tag <table>. (QUEIROZ, 2008)

A existência de formulários em páginas web é um dos principais fatores que

estabelece a interatividade entre conteúdo e usuário, ou seja, seu uso torna-se cada

vez mais indispensável, tendo em vista que esse é um dos preceitos da atual web

2.0, que de modo geral, sites e portais provenham conteúdos dinâmicos e

interativos. (PORTA; QUEIROZ, 2008)

A navegação e preenchimento de dados em formulários web tornou-se ato

corriqueiro, é parte da experiência do dia a dia de internautas. No entanto, acessá-lo

apenas por teclado e desprovido de visão, pode não ser tão simples assim. (PORTA;

QUEIROZ, 2008)

O principal cuidado ao se desenvolver formulários, é a realização de testes

que verifiquem se todas as funcionalidades estão acessíveis tanto por mouse quanto

teclado. (PORTA; QUEIROZ, 2008)

A estrutura de formulários deve priorizar clareza e organização na disposição

dos dados a serem preenchidos. O estudo de interação humano-computador orienta

Page 43: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

42

a organização de modo que a informação venha primeiro, e a seguir o campo de

preenchimento referente aquela informação, leitores de tela baseiam-se neste modo

para a leitura do formulário. (LLOYD, 2006 apud SILVA 2011)

Para tornar formulários visualmente mais organizados, quando estes são

muito extensos é interessante dividir os dados em grupos, isto não apresentará

apenas ganho em acessibilidade, mas também em usabilidade, visto que, o

preenchimento a qualquer usuário será mais claro e compreensível. (LLOYD, 2006

apud SILVA 2011)

Para auxiliar o usuário a forma correta do preenchimento dos dados do

formulário, anteriormente a estes devem ser emitidos avisos, por exemplo: campos

com o caractere * é de preenchimento obrigatório. Também é necessário o uso de

validações nos inputs, de modo que ao usuário clicar no botão para enviar os dados,

caso haja algum erro no preenchimento, o envio não pode ser concluído e o usuário

precisa ser notificado o porquê da ocorrência, isto é essencial que seja feito de

forma clara. (MP et al, 2011)

Algumas empresas e desenvolvedores fazem o uso de captcha em

formulários, este é um teste que tem por objetivo detectar se o usuário é um humano

ou computador. Isto é feito para provir segurança, com o intuito de barrar invasões e

envios de spam. No entanto, esta prática deve ser feita com atenção, de modo que

seu uso não implique em inacessibilidade, ou seja, a realização do teste deve ser

passível a todo tipo de usuário, independente de limitações visuais, auditivas ou

motoras. (SOARES; SPELTA, 2012)

Ao ser desenvolvido formulários, caso a equipe responsável tenha interesse

no uso de captcha, é essencial que este seja aplicado com o uso de perguntas

simples, que dependam da interpretação humana, entretanto, comum a qualquer

cultura e nível de instrução. Para isso soluções matemáticas podem ser

empregadas, nestas pode ser solicitado ao usuário digitar por extenso o resultado de

determinado cálculo. (MP et al, 2011)

O uso de tabelas em HTML para sites, originalmente foi inserido para

apresentar dados tabulados, no entanto, alguns desenvolvedores passaram a utilizá-

la na estruturação das páginas, desse modo o site todo é construído por tabelas.

Esta técnica de estruturar o layout do site é contra os principais padrões de

desenvolvimento web, ao qual é especificado que tabelas são unicamente para

dados tabulados e HTML é somente para marcação de texto, ou seja, indica o que

Page 44: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

43

será apresentado na página, e não como esta deverá ser apresentada. (NICÁCIO,

2010)

A utilização de tabelas para apresentar dados tabulados não significa que

estas sejam acessíveis, por isso é essencial o conhecimento dos seguintes atributos

e tags:

Summary – atributo que contém conteúdo que será apresentado somente a

leitores de tela, este serve para notificar alguma característica da tabela;

Caption – tag que contém o título da tabela, deve ser inserida abaixo da tag

table;

Th – marcação que indica quais células são cabeçalhos na tabela;

Headers – atributo da tag td, referencia a qual cabeçalho determinada célula

de dado pertence; (NICÁCIO, 2010)

Com a aplicação das tags e atributos especificados torna-se possível a

concepção de tabelas realmente acessíveis, estas serão claras e organizadas para

todo tipo de usuário. (NICÁCIO, 2010)

Para uma experiência agradável durante a navegação em um site, uma leitura

confortável é fundamental. Por isso é essencial que o usuário possa configurar o

tamanho da fonte utilizada na página, tendo em vista que usuários com baixa visão

podem sentir dificuldade dependendo do tamanho de fonte utilizado no corpo da

página. (NICÁCIO, 2010)

Os browsers disponibilizam a opção de controle de fonte, todavia, ao utilizar

esta opção nativa do navegador a estrutura da página pode ser desconfigurada,

deste modo não só a leitura, como também a compreensão da página como um todo

será prejudicada. Devido a este fator é importante o desenvolvedor acrescentar na

própria página a opção de ajuste da fonte. (NICÁCIO, 2010)

Sempre que utilizado vídeos no conteúdo das páginas, em caso de não

possuírem áudio, é essencial que o desenvolvedor disponibilize alternativa textual.

Para todo vídeo com recurso de áudio é importante que seja disponibilizado

legendas. Seguindo estas diretrizes o vídeo estará passível a usuários com

deficiência auditiva, visual, assim como usuários que não tenham caixa de som no

momento do acesso. (MP et al, 2011)

O uso de alternativa textual não se restringe a imagens e vídeos, também se

faz importante a inserção de texto para conteúdos que estejam apenas vinculados

por arquivos de áudio, para assim provir a mesma informação a usuários com

Page 45: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

44

deficiência auditiva. (MP et al, 2011)

Em disponibilizações de áudio, é requerido ao desenvolvedor que seja

provido o controle sob o recurso ao usuário, sendo assim, deve ser possível o ajuste

de volume, pausa e interrupção da reprodução. (MP et al, 2011)

Quando ocorrer o uso de animações nas páginas, estas precisam estar

passíveis de pausa e interrupção por parte do usuário. (MP et al, 2011)

Um site contendo as técnicas abordadas anteriormente são necessárias para

possibilitar uma boa acessibilidade. Entretanto, tê-las contidas no site não é o

suficiente, também é preciso disponibilizá-las com um bom destaque visual, de

modo que estas sejam de fácil localização em qualquer página. Deste modo, é

interessante que no topo de todas as páginas esteja disponível uma barra contendo

os controles de acessibilidade, que permitiam ao usuário adaptações características

a sua dificuldade. (MP et al, 2011)

O E-MAG versão 3.0, orienta a utilização dos seguintes itens na barra de

acessibilidade:

Controle de fonte (aumento, diminuição, normal);

Alto contraste;

Atalhos (para saltos dentro do conteúdo da página);

Acessibilidade do site (link para página que especifique toda a acessibilidade

provida); (MP et al, 2011)

Ao término do desenvolvimento de um site ou sistema web, ainda que o

desenvolvedor tenha utilizado as recomendações e padrões de desenvolvimento e

acessibilidade, é necessário aplicar testes a fim de verificar se o conteúdo está

realmente cumprindo todas as normas e recomendações, dessa forma, serão

obtidos resultados explanando se o conteúdo está realmente acessível. (MP et al,

2011)

A validação de conteúdo web pode ser feita por diversas ferramentas e sites

que testam todo o código do projeto, verificando se este está ajustado a todos os

tipos de usuários. (MP et al, 2011)

2.1.5 Validadores de Código e Acessibilidade

Os validadores de código e acessibilidade podem apresentar funcionalidades

diferentes umas das outras, assim como, possibilitam sua utilização de maneiras

Page 46: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

45

distintas, visto que, alguns propiciam testes apenas a conteúdos já hospedados na

web, entretanto, algumas ferramentas e sites facilitam o trabalho do desenvolvedor,

pois permitem testar o código durante todo o desenvolvimento, não sendo

necessário o conteúdo estar hospedado, dessa forma torna o conceito de

acessibilidade mais inerente a todo o projeto. (NICÁCIO, 2010)

Dentre os validadores de código, existem específicos para HTML, XHTML,

CSS, todos destinados a avaliar as diferentes versões existentes de cada tecnologia.

Estas ferramentas analisam a sintaxe do código, com isso auxiliam o desenvolvedor

a criar conteúdos semanticamente corretos, fator que facilita no desenvolvimento de

sites e sistemas web mais acessíveis aos diferentes tipos de mídias existentes,

propiciando assim, acesso a todo tipo de público (NICÁCIO, 2010).

Os validadores de código e acessibilidade podem validar um conteúdo como

sendo acessível e padronizado, no entanto, isso não garante que o site ou sistema

web esteja realmente acessível, pois as normas e padrões orientam no

desenvolvimento, contudo, é preciso também analisar o contexto ao qual está

inserido o conteúdo, sendo dessa forma necessário aplicar outros tipos de testes.

(NICÁCIO, 2010)

Ao realizar testes complementares de acessibilidade, podem ser utilizados

softwares leitores de tela, estes tornam possível a navegação na web por usuários

cegos, ou seja, cabe a desenvolvedores simularem o acesso ao conteúdo por

usuários com deficiência visual. O DosVox sistema gratuito da Universidade Federal

do Rio de Janeiro (UFRJ) pode ser usado para tal simulação.(NICÁCIO, 2010).

Testes de acessibilidade também podem ser realizados manualmente, o

governo eletrônico brasileiro elaborou um material de apoio, que consiste em um

checklist de acessibilidade, este tem por objetivo auxiliar no cumprimento e

aplicação da acessibilidade a todos os envolvidos no desenvolvimento de projetos

web. (MP et al, 2011).

Atualmente a aplicação do conceito de acessibilidade deveria ser fundamental

em sites, isto porque acarreta fatores positivos para todos os lados interessados, ou

seja, usuários se sentiriam mais capazes e ativos, tendo em vista que muitas

pessoas com algum tipo de deficiência passariam a usufruir sem maiores

dificuldades dos conteúdos providos na web. Assim como, empresas e

desenvolvedores ganhariam um maior público em seus serviços. Prova disto é o fato

Page 47: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

46

do google, buscador de conteúdo mais consultado, priorizar sites que estejam

organizados em diretrizes acessíveis, em detrimento dos estruturados fora dos

padrões de desenvolvimento e acessibilidade. (VINICIUS, 2012)

Neste capítulo foi abordado o conceito de acessibilidade, sendo apresentadas

suas normas, conceituações e aplicações, especificamente na web, denotando que

todos os interessados em conteúdo web: governos, empresas, desenvolvedores e

usuários, devem estar cientes à abrangência e importância de estabelecer uma web

cada vez mais acessível, para assim revigorarem seus direitos, consolidando

usabilidade a todo tipo de usuário.

O próximo capítulo será destinado ao conceito design responsivo, este visa

facilitar o uso de sites e sistemas web em qualquer tipo de dispositivo, desta forma

contribui com a acessibilidade, pois auxilia na independência e universalização do

acesso a internet.

Page 48: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

47

3 WEB DESIGN RESPONSIVO

A web popularizou-se junto à popularização dos desktops e posteriormente

com o advento dos notebooks, até pouco tempo, este era o principal cenário a qual

estava vinculada. Visualizada em telas de tamanhos similares a pequenos

televisores, manuseada por teclados e mouses, estas eram as principais

características de aparelhos que possibilitavam acessá-la. (ZEMEL, 2012)

O uso da web transformou-se acompanhando os costumes e necessidades

atuais da sociedade, com isso, acessá-la por celulares, smartphones, tablets e

televisores, dentre outros aparelhos que atualmente possibilitam navegá-la, tornou-

se hábito do cotidiano. Isso porque, dessa forma, seu uso é feito independente do

local que o usuário esteja. Entretanto, esses novos meios de usabilidade mudaram o

cenário. (ZEMEL, 2012)

A transitoriedade é presente em todas as áreas da TI, nos seguimentos

vinculados à web isso ocorre ainda mais rápido, seja por ajustes ou substituições de

conceitos e tecnologias que a compõe. No entanto, tais mudanças ganharam âmbito

maior, pois ao estar acessível a novos meios, sua elaboração também necessita de

adaptações que atendam as especificidades de cada aparelho. (MARCOTTE, 2010)

O acesso a web feito por distintos aparelhos atenuou o cuidado em relação as

interfaces e funcionalidades inerentes a esta, pois adequações fizeram-se

necessárias, isso devido principalmente aos diferentes tamanhos e resoluções de

tela atualmente existentes nos dispositivos. Desenvolver telas especificas para cada

tipo de agente de usuário, aos poucos tornou-se inviável. (MARCOTTE, 2010)

Os cenários atuais da web, apesar de serem parte imprescindível do

comportamento da sociedade, são recente, a web móvel ainda mais, isso tudo

encontra-se no início, grande parte da web não está devidamente ajustada a essa

nova perspectiva. Contudo, sua elaboração não deve ter como foco apenas os

novos dispositivos, ao contrário, é indispensável projetar sem restrições a

determinadas tecnologias, pois, só assim a web será realmente acessível a qualquer

pessoa e independente de hardware e software. (ZEMEL, 2012)

3.1 WEB MÓBILE

Atualmente existe uma separação de formatos no desenvolvimento de

Page 49: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

48

páginas web, dividida em versões especificas para formato desktop, e outra

referente a móbile. Isso a torna dependente de linguagens diferentes, ocasiona o

uso de subdomínios, porém a web tem como princípio ser única, o que não acontece

no presente momento, uma vez que, ao ser acessado páginas via móbile, o usuário

é redirecionado. (ZEMEL, 2012)

O redirecionamento de usuários móbile na web é prática frequente, consiste

na técnica de criar e utilizar subdomínios contendo “m.” no início da Uniform

Resource Locator (URL), a sintaxe fica desse modo: (m.website.com), dessa forma a

usabilidade deixa a desejar, posto que, o usuário necessita digitar URLs diferentes

dependendo de seu dispositivo de acesso. (ZEMEL, 2012)

O W3C é contra a prática de classificar e disseminar a web em tipos, este

orienta o uso do conceito One Web, a qual denota que as informações e serviços

devem ser acessíveis a todo e qualquer dispositivo sem limitação de uso, acessados

por uma única URL. É definido que projetos com base nesse conceito devem

propiciar usabilidade satisfatória, independente de hardware. (FARIA, 2007)

É notável a preocupação em disponibilizar conteúdos para tecnologia móbile,

por isso é crescente o surgimento de técnicas e conceitos centrados nesse contexto.

Isso é consequente da cultura contemporânea cada vez mais habituada ao uso de

celulares. (ZEMEL, 2012)

O mercado de celulares e smartphones têm crescido abruptamente. No ano

de 2010, em escala mundial, a venda de smartphones foi superior a de

computadores pessoais, números do último trimestre deste ano de 2010 denotam a

superioridade: 100,9 milhões de smartphones aumento de 87% em relação ao ano

anterior, contra 91,2 milhões de computadores aumento de 3%. (TECNOTÍCIAS,

2011)

No Brasil, ainda em 2010, o número de linhas móveis ultrapassou a marca de

200 milhões. (LOPES, 2012)

Em 2011 a diferença nas vendas global foi ainda maior, pois smartphones

atingiram a faixa de 400 milhões de unidades vendidas, enquanto foram vendidos

350 milhões de PCs. (TECTERRA, 2012)

Para 2013, a expectativa é que a venda de tablets prevaleça sobre a de

computadores, especialistas de mercado sustentam essa hipótese fundamentando

que em 2010 a cada 20 computadores vendidos, 1 tablet era comercializado. Já em

2011 a diferença foi mínima, 6 computadores para cada tablet. (SORG, 2012)

Page 50: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

49

3.2 PLATAFORMAS FLEXÍVEIS

Estruturada em um ambiente com formas fixas, esta é uma das atuais

características da web, fator este, que dificulta sua veiculação por aparelhos que

possuem resoluções diferentes das normalmente utilizadas. Isso ocorre, porque

todo conteúdo desenvolvido em medidas fixas, não se ajusta a janelas de

navegadores que possuam medidas diferentes das especificadas. (ZEMEL, 2012)

Um exemplo de site estruturado com medidas fixas é exposto na figura 3.1:

Figura 3.1 – Medidas Fixas (não responsiva) Fonte: GLOBO, 2013.

O oposto acontece ao serem elaborados designs flexíveis, estes não se

restringem a medidas, adaptam-se a janelas de navegadores de qualquer

Page 51: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

50

dispositivo, esteja este em modo de uso retrato ou paisagem. (MARCOTTE, 2010)

A figura 3.2 exibe a página inicial do site casa do código, este possui uma

estrutura flexível:

Figura 3.2 – Medidas Flexíveis (responsiva) Fonte: CDC, 2013.

O conceito de ambientes flexíveis não foi formulado voltado especificamente

para web, este já foi pensado e aplicado em outras áreas. Formas fixas já foram

questionadas na área de arquitetura, uma vertente intitulada arquitetura responsiva,

criada por Nicholas Negroponte arquiteto e cientista, idealizou espaços que

interagem com pessoas, contendo componentes de robótica e materiais elásticos,

possibilitou-se criar ambientes com paredes dobráveis. Estas paredes se movem à

presença de pessoas. (MARCOTTE, 2010)

“Um múltiplo sistema de circuito em que uma pessoa participa da conversa,

uma contínua e construtiva troca de informação”. (FOX; KEMP, 2009 apud

MARCOTTE, 2010, p.1)

Page 52: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

51

A filosofia de estruturas flexíveis e adaptáveis também está contida nos

princípios da web, ainda que no presente momento, seu uso esteja ambientado em

medidas fixas, este não foi seu propósito inicial. Sendo assim, experiências mutáveis

necessitam de ambientes diferentes dos preponderantemente estabelecidos

atualmente, imutáveis devido as suas formas definidas por medidas fixas.

(MARCOTTE, 2010)

3.3 WEB RESPONSIVA

A flexibilidade na web é a essência do design responsivo, pensado para

habituar-se a qualquer dispositivo que provenha acesso a esta. É importante

ressaltar que o conceito de responsividade não se restringe a possibilitar interfaces

ajustáveis a diferentes formatos de tela, mas também, que estejam aptas para

serem manuseadas por mouse ou touch da mesma forma. (ZEMEL, 2012)

Para tornar possível que os conteúdos hospedados na web estejam

adaptáveis, não devemos apenas nos ater a elaborar e desenvolver de forma flexível

e de fácil manuseio. Outro fator primordial consiste na atenção a forma de

apresentação que deve ser feita particularmente a cada dispositivo, pois, somente

assim toda experiência de interação entre o usuário e a plataforma web será de uma

interatividade e personalização agradável. (MARCOTTE, 2010)

Ao projetar o layout de um site, é essencial refletir em relação a qual forma de

estrutura utilizar, cabe à equipe conhecer as características do projeto, assim como

as atuais técnicas front-end especificas a cada tipo de layout. (GOMES, 2008)

O conceito de design responsivo, para prover que todo o conteúdo de

determinado site ou sistema web, possibilite usabilidade agradável a todo tipo de

dispositivo, estrutura-se em três princípios: apresentar layout fluído, conter imagens

e recursos flexíveis, ser desenvolvido com o uso de media queries. (ZEMEL, 2012)

3.3.1 Layout Fluído

Durante o processo de elaboração do front-end do projeto, o desenvolvedor

deve sempre priorizar o conceito de layout fluído, para isso deve optar pela

utilização de medidas flexíveis em todos os elementos da página a ser desenvolvida.

Dessa forma, a página se adaptará automaticamente a resolução do dispositivo

Page 53: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

52

utilizado no momento do acesso. (ZEMEL, 2012)

O futuro da web demonstra ser a estrutura de layouts fluídos, denominado

grid flexível. Isso porque nossas páginas não possuem uma apresentação uniforme.

Ao contrário, é dobrável, levando-se em conta que o usuário pode redimensionar a

janela de seu navegador ao modo que lhe convenha, assim como pode visualizá-la

em tamanhos menores ou maiores, dependendo do dispositivo adotado para a

navegação. (MARCOTTE, 2011)

Para que a web se torne realmente responsiva, é necessário o uso de

medidas relativas nos arquivos CSS dos projetos. (ZEMEL, 2012)

Na fase de elaboração do front-end das páginas é primordial conhecer os

principais tipos de medidas CSS, para assim fazer o uso correto destes. Atualmente

são quatro os tipos de medidas mais populares: percentagens, ems, pixels e pontos.

Estes são divididos em dois grupos: medidas relativas e absolutas. (ZEMEL, 2012)

Conforme Silva (2011), unidades de medidas relativas baseiam-se sempre em

outra medida, ou seja, adaptam-se em relação a algum outro elemento. Portanto a

aplicação de medidas relativas é essencial para a concepção do design responsivo,

visto que, páginas estruturadas desse modo serão ajustáveis a diferentes tipos de

mídias, uma vez que, estas serão relativas a proporção da tela do dispositivo

utilizado durante o acesso.

Um elemento declarado com uma unidade de media absoluta torna-se fixo, ou

seja, uma vez referenciado terá sempre a mesma proporção na exibição, pois esta

não se baseia em outros elementos, com isso sua exibição não é adaptável aos

dispositivos e sim é visualizado sempre do mesmo tamanho, sendo assim, em telas

menores ocasionará barras de rolagem na horizontal, fator este que dificulta a

usabilidade. (SILVA, 2011)

Pixel (px): medida mais comumente utilizada em projetos web tem como

característica principal ser uma unidade de medida absoluta, ou seja, um elemento

especificado com essas medidas possuirá sempre o mesmo tamanho, desse modo,

não é adaptável. Tecnicamente um pixel é caracterizado como um ponto indivisível

na tela de exibição. (ZEMEL, 2012)

#conteudo{

background-color: red;

width: 700px; height: 500px;

Page 54: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

53

left: 50%; margin-left: -350px;

top: 50%; margin-top: -250px;

}

O trecho de código CSS exemplificado mostra o uso da medida pixel, estas

são para especificar o tamanho de uma div codificada em HTML denominada

conteúdo, as outras especificações feitas são para estilizar a cor de fundo e

centralizar a div ao ser visualizada em um navegador. Com isso podemos ver o

resultado da aplicação de medidas pixel em dois tipos diferentes de resolução de

tela, como mostram as figuras 3.3 e 3.4.

Figura 3.3 – Medidas em Pixel (visualizada em resolução 800 x 600) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Figura 3.4 – Medidas em Pixel (visualizada em resolução 320 x 240) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Ao analisar as figuras acima, é perceptível que elementos especificados com

medidas pixel no CSS, não provem uma navegação agradável, tendo em vista que

surge barra de rolagem na horizontal, isso ocorre caso usuários acessem a página

fazendo-se uso de dispositivos de baixa resolução.

Ponto (pt): a medida ponto, geralmente é utilizada por desenvolvedores para

Page 55: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

54

estilizar elementos de uma página destinada a impressão. Esta medida também

pertence ao grupo de medidas absolutas, um ponto é o mesmo que 1/72 polegadas.

(ZEMEL, 2012)

Para obter um resultado prático do uso da unidade de medida ponto, será

utilizado o mesmo exemplo de código CSS explanado na exemplificação de medidas

pixel, modificando apenas os responsáveis pela especificação da medida a ser

utilizada.

#conteudo{

position: absolute;

background-color: red;

width: 450pt; height: 300pt;

left: 50%; margin-left: -225pt;

top: 50%; margin-top: -150pt;

}

Figura 3.5 – Medidas em pt (visualizada em resolução 800 x 600) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Figura 3.6 – Medidas em pt (visualizada em resolução 320 x 240) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 56: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

55

O resultado obtido como visto nas figuras 3.5 e 3.6, é idêntico ao exemplo que

foi utilizado unidade de medida pixel, ou seja, sua navegação em telas de baixa

resolução dificulta a usabilidade do usuário.

Percentagem (%): a unidade percento é a indicada para produzir páginas

responsivas, isso porque esta é uma unidade de medida relativa. Isso significa que

elementos definidos fazendo-se uso desta, automaticamente se ajustarão a janela

do navegador, seja em ações de redimensionamento de tela ou acesso em

resoluções inferiores. (ZEMEL, 2012)

Em prática a aplicação da unidade de medida percento:

#conteudo{

position: absolute; background-color: red;

width: 80%; height: 80%;

left: 50%; margin-left: -40%;

}

Figura 3.7 – Medidas em % (visualizada em resolução 800 x 600) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Figura 3.8 – Medidas em % (visualizada em resolução 320 x 240) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 57: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

56

Com o uso de uma unidade relativa fica nítido o ganho de usabilidade por

parte do usuário, independente da qualidade de resolução do dispositivo utilizado no

momento do acesso a página, isto pôde ser visto nas figuras 3.7 e 3.8.

Ems (em): unidade de medida indicada basicamente para a especificação do

tamanho de fontes utilizadas na página, esta unidade possui como fator principal ser

escalável, sempre se baseia no elemento pai, ou seja, seu tamanho baseia-se ao

tamanho da div a qual ela se encontra. Exemplificando: uma fonte inserida em um

elemento com tamanho especificado em 30pt, caso a fonte receba a medida 1em,

isso é o mesmo que 30pt, logo, se ao invés de 1em fosse especificado 2em seu

tamanho seria o mesmo que 60pt. (ZEMEL, 2012)

Ao compreender as unidades de medidas CSS mais usuais, conclui-se que o

ideal é utilizar a unidade de percentagem para elementos do layout (margens,

espaçamentos, larguras, etc), e ems para especificar o tamanho de fontes. Com

isso, o layout proporcionará navegação agradável a qualquer tipo de dispositivo,

propiciando maior usabilidade ao usuário. (ZEMEL, 2012)

3.3.2 Imagens Flexíveis

Ao desenvolver páginas com o objetivo responsivo, fazendo-se uso de

medidas relativas já deixará o grid flexível, no entanto, não é o suficiente para deixar

as páginas responsivas. Pois estas também são compostas por imagens, vídeos,

dentre outros elementos que compõem um site. (ZEMEL, 2012)

Durante a inserção de imagens no código HTML, normalmente o

desenvolvedor colocará o tamanho em pixels e a posicionará de acordo com as

regras de layout estabelecidas no projeto. Alguns desenvolvedores têm por hábito

especificarem o tamanho no HTML de inserção e o posicionamento no arquivo CSS,

outro modo bastante usual é especificar tanto tamanho quanto posicionamento no

CSS.

#conteudo img{

position: absolute;

width: 243px;

height: 87px;

}

Page 58: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

57

Figura 3.9 – Imagem não responsiva (visualizada em resolução 800 x 600) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Figura 3.10 – Imagem não responsiva (visualizada em resolução 320x 240) Fonte: Elaborada pelos autores. 2013.

Mediante os resultados demonstrados nas figuras 3.9 e 3.10, decorrentes do

trecho de código CSS que especifica o tamanho da imagem com uso da unidade de

medida pixel, é notório que a imagem não se adapta a resoluções baixa, pois é

perceptível que a imagem ultrapassa a largura do contêiner conteúdo. Isso ocorre

porque o contêiner se adapta a resolução de forma responsiva, entretanto, a

imagem se mantém no mesmo tamanho. Devido a isso toda a estrutura da página é

desfeita.

A solução para flexibilidade de imagens em páginas web é simples, o uso de

CSS já é o suficiente para torná-la responsiva, outro fator satisfatório é a

compatibilidade dos navegadores a técnica que a torna responsiva. (ZEMEL, 2012)

#conteudo img{

position: absolute;

max-width: 100%; max-height: 40%;

}

Page 59: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

58

Figura 3.11 – Imagem responsiva (visualizada em resolução 800 x 600) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Figura 3.12 – Imagem responsiva (visualizada em resolução 320 x 240) Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

No código transcrito que resultou nas figuras 3.11 e 3.12, ao invés de

especificar um tamanho absoluto para imagem, isto é, referenciar seu tamanho

original em pixels, especificou-se uma largura máxima de 100%, e altura máxima de

40%. Desse modo, se obtém um layout que mantém a ordem dos elementos,

independente da resolução. O uso de altura e largura máxima é em relação ao

contêiner em que a imagem está, sendo assim, caracterizar 40% como altura

máxima, significa que a imagem ocupará no máximo 40% da altura da div conteúdo,

que é o contêiner a qual a imagem está inserida. (ZEMEL, 2012)

A técnica de classificar altura e largura máxima não se restringe a imagens,

esta pode ser aplicada a qualquer outro elemento: vídeos, ou mesmo divs internas.

Dessa forma já é garantido responsividade dos elementos internos nas páginas web,

contudo, ater-se a visibilidade da imagem não deve ser a única medida a ser

aplicada. Outro fator atenuante é o peso desta, visto que, é necessário pensar no

Page 60: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

59

tempo médio de carregamento da página pelos diferentes tipos de dispositivo a qual

o acesso é provido. (ZEMEL, 2012)

Em 2011, conforme dados coletados do acesso a internet, constatou-se que

no Brasil, o acesso via desktop ou notebook proporciona uma velocidade média que

varia entre (512Kbps a 2Mbps). Sendo que 31% navega em uma faixa considerada

lenta, 512Kbps. Apenas 6% dos usuários possuem uma conexão veloz. (ARRUDA,

2011)

É habitual na atualidade acessar a web via móbile, esse é um fator

preocupante em relação ao carregamento de páginas, posto que, a conexão 3G

mais comumente utilizada no Brasil em aparelhos móveis, possui uma velocidade

média inferior aos outros meios de conexão. (ZEMEL, 2012)

A aplicação da técnica de referenciar imagens com altura máxima possibilita

que estas se adaptem a resolução de tela, entretanto, a mesma imagem é carregada

em todo dispositivo que acesse a página. Consequentemente o acesso via

dispositivos móveis acarretará lentidão na renderização das imagens, por

conseguinte o usuário poderá perder o interesse em navegar pelo site. (ZEMEL,

2012)

Para tornar uma imagem flexível inerente a um layout responsivo, deixá-la

ajustável a diferentes resoluções não é o suficiente. Prover um carregamento ágil

independente de tipo de conexão é fundamental, existem frameworks que buscam

suprir esse problema. (ZEMEL, 2012)

O Riloadr é um framework criado para carregar imagens responsivas,

objetiva-se a otimizar imagens para possibilitar velocidade na renderização destas. É

composto pelo uso de JavaScript, HTML e CSS. O desenvolvedor detém controle

total quanto a quais imagens serão processadas, assim como, especifica o máximo

e mínimo que a imagem deverá se ajustar. Nesse contexto o framework provém ao

desenvolvedor praticidade e personalização na customização das imagens nas

páginas. (MARTIN, 2013)

A técnica do framework consiste em não utilizar o atributo src nas inserções

das imagens na marcação de texto HTML, este é substituído pelo atributo data-src.

A tag noscript só é ativada para navegadores com JavaScript desabilitado. (ZEMEL,

2012)

<img data-src=”pessoa.jpg”>

Page 61: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

60

<noscript>

<img src=”img/small/pessoa.jpg”>

</noscript>

O Riloadr possui características interessantes não apenas direcionadas ao

design responsivo vinculado a usabilidade, este também pensou no conceito de

acessibilidade, visto que, apresenta condição para navegadores com JavaScript

desabilitado, no entanto, seu grande diferencial está no ganho em desempenho,

porque não faz múltiplas requisições para a mesma imagem. (ZEMEL, 2012)

Existe uma solução de framework codificada em Jquery, o plugin jQuery

Picture, este concede suporte para imagens responsivas, uma vantagem expressa-

se em seu peso, pois possui apenas 2kb. (ABBAN, 2013)

<figure class=”responsive”>

data-media440=”assets/img/medium.png”

data-media600=”assets/img/large.png”

<noscript>

<img src=”assets/img/large.png” alt=””>

</noscript>

</figure>

Nos códigos HTML sempre que for utilizado o plugin jQuery Picture a imagem

será inserida pela tag figure, caso o usuário esteja com o JavaScript desabilitado

este plugin também ativa o noscript, a diferença é que a tag noscript está contida

dentro do bloco da tag figure. (ZEMEL, 2012)

A chamada para inicializar o plugin é simples e de fácil compreensão:

$(function(){

$('figure.responsive').picture();})

Este plugin jQuery Picture dá suporte aos principais navegadores, o maior

empecilho está em relação a usuários do Internet Explorer (IE), dado que, o plugin

só funciona a partir do IE9. (ZEMEL, 2012)

Page 62: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

61

Outro modo de otimizar imagens responsivas é o Picturefill, esta abordagem

só têm suporte em navegadores que funcione Media Queries. Seu funcionamento

obtém melhor desempenho em browsers que suportam CSS3. (JEHL, 2012)

<div data-picture data-alt=" Descrição da imagem ">

<div data-src="small.jpg"></div>

<div data-src="medium.jpg"

data-media="(min-width: 400px)">

</div>

<div data-src="large.jpg"

data-media="(min-width: 800px)">

</div>

<div data-src="extralarge.jpg"

data-media="(min-width: 1000px)">

</div>

<noscript>

<img src=" img/small.jpg" alt="Descrição da imagem">

</noscript>

</div>

O uso do Picturefill é feito com a aplicação de uma div contêiner e divs

internas, sendo que cada div interna é destinada a um tipo de resolução de tela,

estas são especificadas referenciando largura mínima.

Presentemente existem muitas técnicas que auxiliam na responsividade de

imagens, tanto para adaptá-las a resoluções de tela de forma visual, mantendo uma

boa apresentação, quanto para prover renderizações ágeis contribuindo para o

desempenho das páginas. Optar por qual técnica utilizar depende do contexto do

projeto, se é necessário código válido com padrão W3C, se este deve dar suporte à

acessibilidade. (ZEMEL, 2012)

Dentre as soluções para provir imagens flexíveis existem pontos falhos, isso

ocorre porque o conceito de design responsivo é recente, por outro lado, o W3C já

apresenta esforços destinados a tornar esse conceito uma rotina e realidade dentro

Page 63: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

62

dos projetos web. Elabora como proposta o uso do atributo srcset no código HTML,

e a propriedade image-set para CSS. (ZEMEL, 2012)

Independente da técnica escolhida para tornar imagens flexíveis, se faz

necessário, que desenvolvedores front-end conheçam os formatos de imagens e

suas características. Na web contemporânea, existem três formatos de imagens

mais comumente utilizados. (ZEMEL, 2012)

Graphics Interchange Format (GIF): formato com capacidade limitada a 256

cores, ou seja, 8 bits. Sua aplicação normalmente é feita em ícones e logomarcas,

tem como principal característica possibilitar animações. Dois fatores positivos em

relação a este tipo de formato são: arquivos leves e sem perda de qualidade após

alterações. (ZEMEL, 2012)

Joint Photographic Experts Group (JPEG): bastante aplicado atualmente, isso

devido ao formato gerar imagens de excelente qualidade gráfica, providas por 24

bits, que significa um total de 16 milhões de cores. O fator negativo deste formato

consiste na perda de qualidade toda vez que este é salvo, isso porque esse ato

requer nova compressão do arquivo. (ZEMEL, 2012)

Portable Network Graphics (PNG): dos três mais utilizados, este é o formato

mais recente, possui como objetivo agregar os pontos positivos dos outros dois

tipos, dessa forma, é disponível em duas versões: 8 bits e 24 bits, estes sendo

específicos a cada necessidade de uso. (ZEMEL, 2012)

A versão PNG 8 bits é voltada para ícones, possui as mesmas 256 cores do

formato GIF, no entanto, oferece como vantagem a criação de arquivos mais leves

que os originados do uso de GIF. Enquanto a versão PNG 24 bits visa substituir a

utilização do formato JPEG, isso porque também possui 16 milhões de cores,

entretanto, diferentemente do JPEG seus arquivos não apresentam perda de

qualidade. (ZEMEL, 2012)

Um formato que é atribuído ao futuro de elementos gráficos na web é o

Scalable Vector Graphics (SVG), este não é um tipo de imagem, mas sim uma

linguagem XML voltada para marcação de gráficos vetoriais, que recentemente pode

ser inserida em marcações HTML5, versão mais recente da linguagem de marcação

de texto. (EIS; FERREIRA, 2012)

3.3.3 Media Types

Para a concepção de sites estruturados com o conceito de design responsivo,

Page 64: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

63

não basta à elaboração de layouts automaticamente redimensionáveis, mas sim,

conceber interfaces que sejam especificas aos diferentes recursos disponibilizados

nos dispositivos. Essas especificidades consistem em designs característicos a cada

tamanho de tela, desse modo significa que dependendo do tamanho de tela do

dispositivo, o usuário terá acesso a determinado tipo de layout, isto é feito para

garantir uma experiência de navegação usualmente mais simples e ágil. (ZEMEL,

2012)

A elaboração de layouts diferentes para um mesmo site, característicos a

diferentes tipos de experiência, ocasionadas por acesso de dispositivos com telas de

tamanhos diversos, se faz possível com a aplicação da técnica Media Queries.

Entretanto, para melhor compreensão desta técnica é necessário conhecimento a

respeito de Media Types. (ZEMEL, 2012)

O uso de Media Types é recomendação do W3C, este foi inserido em seus

padrões na versão do CSS2, tem por objetivo exibir interfaces diferentes,

características a Media Type especificada. Com isso externa experiência particular

ao dispositivo usado no momento do acesso, ou seja, provem visualizações

especificas a impressão, sintetizadores de voz, televisores, ou qualquer outro

dispositivo que seja definido. (ZEMEL, 2012)

Na concepção do HTML foi principiado que este deve ser de uso universal,

acessível a qualquer dispositivo que detenha acesso a internet, por sua vez, o CSS

tem como função moldar a forma de apresentação do conteúdo marcado em HTML,

sendo possível especificar formas de exibição diferentes, referente ao dispositivo de

acesso, isto é possível com o uso de vários arquivos CSS para uma mesma página

HTML. Todavia, para diferenciar os dispositivos durante o acesso é aplicada a

técnica de Media Types, isto porque essa direciona ao browser qual arquivo CSS é o

indicado para cada mídia. (EIS, 2009)

Existe uma lista que define os tipos existentes e a quais dispositivos estes são

destinados:

All: referente a todos os dispositivos;

Braile: especifico para dispositivos de uso tátil, estes são utilizados por

usuários cegos;

Embossed: destinado a impressoras em braile;

Handheld: para dispositivos móveis;

Print: usado para modo de visualização de impressão;

Page 65: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

64

Projection: voltado para exibição em projetores;

Screen: para visualização em computadores;

Speech: específicos para sintetizadores de voz;

Tty: para exibição de caracteres em terminais, dentre outros;

TV: voltado para dispositivos Televisores; (EIS, 2009)

Quando declaradas estas especificações de Media Types, a página é exibida

contendo características especificas ao dispositivo de acesso do usuário. Desse

modo é renderizado o CSS que foi criado para a experiência inerente a determinado

device. (ZEMEL, 2012)

De acordo com EIS (2009), as marcações de especificações de Media Types

podem ser feitas dentro do bloco da tag <head> do código HTML, esta especificação

é indicada na tag <link>, que por sua vez detém o link com o arquivo CSS destinado

a determinado device.

<link rel=”stylesheet” media=”braile” href=”braile.css”>

Conforme Zemel (2012) pode ser de interesse do desenvolvedor que o

mesmo estilo de layout seja aplicado a diferentes devices, para isto a especificação

deve conter todas as mídias e dispositivos de destino.

<link rel=”stylesheet” type=”text/css” media=”screen, print”

href=”screen_print.css”>

A declaração de estilos referentes a cada device não precisa

necessariamente ser marcada pela tag <link> na página HTML, estas especificações

podem ser feitas em um mesmo arquivo CSS. (ZEMEL, 2012)

@media print{

body{font-size: 10pt;}

}

@media screen{

body{font-size: 12px;}

}

Page 66: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

65

O problema de construir páginas com experiência especifica para cada tipo de

dispositivo, é o surgimento crescente de novos devices, muitos destes com

configurações parecidas com desktops, por isso contemporaneamente é inviável a

criação de várias folhas de estilo centradas neste objetivo. (EIS, 2009)

3.3.4 Media Queries

Devido as muitas semelhanças entre os dispositivos atuais, conceber folhas

de estilo baseadas em tamanhos de tela, provem resultados mais satisfatórios em

relação aos fornecidos por estruturas características a cada dispositivo. (LOPES,

2012)

A atual versão CSS3 contém recursos interessantes que facilitam a criação de

designs responsivos, dentre estes, destacam-se os parâmetros de mínimo e máximo

tanto para altura, quanto largura. Desse modo, podem ser aplicados trechos de

estilização específicos a dispositivos com determinadas medidas de tela. (LOPES,

2012)

<link rel=”stylesheet” media=”screen

and (max-width:320px)” href=”320.css”>

Assim como é possível declarar vários Media Types em um único arquivo, o

mesmo acontece com Media Queries. (ZEMEL, 2012)

@media screen and (min-width:320px){

body{font-size: 80%;}

}

@media screen and (min-width:480px){{

body{font-size: 90%;}

}

O uso de Media Queries não se restringe a declarar estilizações focadas em

tamanhos de tela dos dispositivos, estes também contém uma lista de parâmetros

que podem ser aplicados, de modo que estabeleça experiências cada vez mais

Page 67: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

66

especificas para as capacidades e limitações de cada dispositivo. (ZEMEL, 2012)

Presentemente a navegação na web, fazendo-se o uso de tablets é cada vez

mais popular, uma de suas particularidades é seu manuseio tanto em modo

paisagem, quanto retrato. Este aspecto possibilita que o usuário mude sua forma de

navegar, pois dependendo o modo de uso que o dispositivo esteja, a tela terá

largura ou altura mais ampla, com isso se faz interessante que os desenvolvedores

provenham nos sites adaptações referentes a estas especificidades. (ZEMEL, 2012)

Segundo Zemel (2012), dentre os parâmetros de Media Queries, um deles

possui como função declarar estilizações de CSS especificas ao modo de uso do

dispositivo:

orientation: neste parâmetro, no atributo valor deve ser declarada a qual

particularidade a estilização será destinada, os valores a serem declarados

são landscape (paisagem) ou portrait (retrato).

@media all and (orientation: landscape)

Junto ao uso de parâmetros é interessante a aplicação de operadores lógicos,

visto que, estes possibilitarão maior diversidade nos Media Queries aplicados, são

quatro os operadores existentes: and, or, not e only. (EIS, 2009)

and: quando aplicado denota que determinado arquivo ou trecho CSS é

especifico a duas características. (ZEMEL, 2012)

<link rel=”stylesheet” media=”all

and (max-width:320px)” href=”320.css”>

or: operador declarado pelo uso de vírgula, este quando utilizado significa

que caso dentre as especificações uma for verdadeira, o mesmo acontecerá

com as demais. (ZEMEL, 2012)

@media screen and (color), print and (color)

not: possui como função negar determinada declaração, ou seja, quando

aplicado ao início de uma consulta, caso esta seja verdadeira, torna-se falsa,

o processo inverso também ocorre. (ZEMEL, 2012)

Page 68: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

67

<link rel=”stylesheet” media=”not screen

and(color)” href=”estilo.css”>

only: com uso deste, browsers mais antigos que não dão suporte a técnica de

Media Queries não detectarão o arquivo CSS especificado. (EIS, 2009)

<link rel=”stylesheet” media=”only screen

and(color)” href=”estilo.css”>

Os parâmetros mais aplicados atualmente são os referentes à largura e altura

dos dispositivos, isto porque cada vez mais os dispositivos assemelham-se nos

recursos, por isso não convêm a declaração de vários parâmetros, tendo em vista

que apenas o uso de especificação de largura e altura já provêm experiência

satisfatória ao usuário. (ZEMEL, 2012)

Conhecer os parâmetros e suas aplicações não é o suficiente para provir um

site responsivo, aplicá-los com atenção as necessidades do projeto é essencial. Por

conseguinte, se faz fundamental estipular quais serão as interrupções que indicarão

qual estilização será indexada em relação ao momento do acesso. (ZEMEL, 2012)

Os pontos de interrupção podem ser aplicados em forma crescente, desse

modo, é especificado determinado trecho CSS para a mais baixa resolução a qual o

site dará suporte, sendo continuado por outros pontos de interrupção, tendo como

término a mais alta resolução a qual o site será melhor navegável. (ZEMEL, 2012)

@media only screen and (min-width: 480px)

@media only screen and (min-width: 600px)

@media only screen and (min-width: 768px)

@media only screen and (min-width: 992px)

@media only screen and (min-width: 1382px)

A aplicação do conceito de Media Queries não requer apenas atenção às

interrupções feitas no CSS, mas também a tomada de decisão a qual forma

disponibilizar Media Queries, sendo assim, se faz necessário decidir entre a

utilização de vários arquivos CSS, ou especificar todas as interrupções em um único

arquivo. (ZEMEL, 2012)

Page 69: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

68

A decisão de como aplicar os Media Queries implica nos seguintes fatores: a

aplicação de vários arquivos será prejudicada, quando o site for acessado via

browsers antigos, uma vez que, estes não interpretarão as Media Queries, logo, os

arquivos CSS não serão indexados. Outro fator atenuante é o fato de que

navegadores que interpretam Media Queries irão baixar todos os arquivos CSS,

ainda que apenas um seja realmente utilizado pelo dispositivo no momento do

acesso, desse modo serão várias requisições HyperText Transfer Protocol (HTTP)

desnecessárias. (ZEMEL, 2012)

A estilização declarada em um único arquivo CSS, detém como principal

vantagem a necessidade de apenas uma requisição HTTP, por outro lado ocasiona

o uso de JavaScript, tendo em vista que versões mais antigas do IE não interpretam

Media Queries. (ZEMEL, 2012)

O browser IE comparado aos demais navegadores é o que apresenta maior

empecilho em relação ao conceito de design responsivo, isso porque este só provem

suporte a Media Queries a partir de sua versão IE9. No Brasil ainda se faz presente

o uso de versões antigas do IE, para solucionar esse fator atenuante é preciso

utilizar comentários condicionais na declaração do arquivo CSS, ou aplicar

JavaScript. (ZEMEL, 2012)

3.3.5 Testes em Design Responsivo

Desenvolver interações adaptáveis aos recursos e limitações referentes as

mídias de cada usuário, não tem como término o desenvolvimento front-end, pois

após a concepção da marcação e estilização de conteúdo, é imprescindível a

realização de testes funcionais, aos quais são exibidas e navegadas todas as

páginas que compõe o site, nas mais variáveis resoluções de tela. Desse modo,

todos os cenários serão testados em suas particularidades.

A aplicação de testes funcionais após a conclusão do desenvolvimento é

indispensável. Entretanto, é interessante verificar possíveis erros e falhas ao longo

de todo o processo, isso porque os ajustes e aprimoramentos são feitos

acompanhando a elaboração dos cenários especificados, sendo assim, as

experiências serão concebidas de modo mais característico, intrínseco.

Executar testes funcionais não requer complexidade, o simples ato de

visualizar todas as funcionalidades contidas no conteúdo em telas com medidas

Page 70: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

69

diferentes já é satisfatório. Para isso não é necessário a navegação em dispositivos

distintos, ao browser Google Chrome é possível adicionar o plugin resolution test,

este provem a visualização de páginas web em qualquer resolução de tela, pois

contém algumas resoluções, que ao serem selecionadas a janela do navegador é

redimensionada, também possibilita ao desenvolvedor acrescentar outras

resoluções que sejam de seu interesse.

Neste capítulo foi visto que o conceito de design responsivo se faz

fundamental na web contemporânea, assim como denota ser o futuro do

desenvolvimento front-end para sites, portais e sistemas web, visto que a fabricação

dos mais diversos dispositivos provendo acesso à internet só aumenta. Paralelo a

este aumento está a necessidade e cobrança por uma web interativa, sendo assim é

essencial a elaboração de aplicações cada vez mais personalizáveis a experiência

do usuário, centradas em usabilidade.

No próximo capítulo serão apresentados os demais conceitos e tecnologias

que serviram como base para a fundamentação teórica e prática do presente

trabalho.

Page 71: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

70

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O presente capítulo é destinado a apresentar todos os conceitos objetos de

pesquisa e estudo que contribuíram para a concepção do protótipo de galeria virtual

de arte: Crie arte, assim como, todas as ferramentas e tecnologias que auxiliaram

em seu desenvolvimento. Esta elaboração foi fundamentada nos preceitos sugeridos

e inerentes aos atuais modelos de arte e web, desse modo, junto à acessibilidade na

web e o design responsivo, foram aplicados conceitos que em conjunto podem

contribuir para a universalização da arte, ou seja, estreitar as barreiras físicas e

sociais do acesso a um dos elementos correlatos a humanidade e estruturação da

sociedade, que desde seu inicio, obteve nas manifestações artísticas um

instrumento de comunicação.

4.1 INTERNET

A criação da internet foi uma iniciativa militar do governo dos Estados Unidos,

a ideia surgiu a partir do conflito contra a antiga União das Repúblicas Socialistas

Soviéticas (URSS). (ABREU, 2009) Neste período ambos disputavam à supremacia

mundial no campo tecnológico, devido a isso em 1962 a força militar norte-

americana solicitou a universidades de seu país que estudassem e elaborassem

uma infraestrutura de comunicação inatingível a ataques nucleares, ou seja, que

esta continuasse em funcionamento mesmo sendo alvo de ataques, ou que

provesse fácil recuperação das informações. (MUNÕZ; TURNER, 2002 apud

ABREU, 2009)

Em 1972, pela primeira vez a internet interligou quatro computadores, estes

localizados em universidades distintas dos Estados Unidos. Com um avanço

relativamente rápido, no ano seguinte já disponibilizava acesso a cem usuários,

estes compostos por professores e pesquisadores. (CUSTÓDIO; SILVA, 2009) Em

1975 detinha em torno de dois mil usuários, seu uso havia sido intensificado por

pesquisadores, isso porque estes detectaram na nova tecnologia uma possibilidade

de disseminar e compartilhar suas pesquisas. (ABREU, 2009)

Aos poucos algumas empresas identificaram que a internet poderia ser

atrativa do ponto de vista comercial, dessa forma a partir de 1979 foi disponibilizado

o CompuServe, primeiro provedor comercial. Logo em seguida surgiu outro grupo

Page 72: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

71

empresarial interessado no novo modelo de comunicação, desse modo foi lançado

um segundo provedor, este fabricado por um grupo de empresas alemãs e

francesas associadas à American Online (AOL). Neste período inicial da internet

comercial outro provedor foi estabelecido, sendo este o Prodigy, especulasse que

em 1993 o montante de usuários clientes dos três provedores girava em torno de 3,5

milhões. (BRIGGS; BURKE apud ABREU, 2009)

No período inicial de concepção da internet, esta era estruturada de forma

precária, isso se comparada aos dias atuais, pois era composta por uma interface

puramente textual, manipulada por meio de comandos UNIX. (CUSTÓDIO; SILVA,

2009)

As funcionalidades presentes na internet eram limitadas, sendo possível

apenas o acesso a sessões instauradas por máquinas remotas e troca de

mensagens entre estas. (MATTOSO, 2003)

Em paralelo a consolidação dos primeiros provedores online, no ano de 1989,

na Suíça, o pesquisador inglês Tim Berners-Lee idealizou em pesquisas a

elaboração da web. Este pesquisador visava à concepção de uma rede mundial que

estabelecesse uma comunicação interligada por computadores em qualquer parte

do mundo, de forma aberta, ou seja, sem proprietários, devido a isso foi aplicado o

nome web, pois simboliza uma teia de computadores. No entanto, esta iniciativa era

contrária aos interesses das empresas que detinham o controle da internet, isso

porque estas ambicionavam apenas o lucro, não tinham a intenção de tornar a

internet aberta a qualquer usuário. (ABREU, 2009)

4.2 WEB

Somente com a aprovação do conceito idealizado por Tim Berners-Lee que a

internet aos poucos passou a ser do modo como a conhecemos hoje, isso porque

devido à inserção da web foi possibilitada a aplicação de outras funcionalidades,

dentre estas: textos, imagens e outros arquivos multimídia. (MATTOSO, 2003)

Os paradigmas da internet mudaram com o surgimento do Mosaic, o primeiro

navegador funcional da web em modo gráfico, que passou a oferecer suporte ao uso

de imagens, com isso tornou a internet mais amigável, que, por conseguinte facilitou

sua comercialização a usuários comerciais. (CUSTÓDIO; SILVA, 2009)

O surgimento da web contribuiu enormemente para a proliferação da internet,

Page 73: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

72

pois com esta as limitações foram estreitadas, isso devido ao principal preceito da

web, que consiste em estabelecer um meio de comunicação acessível e de

qualidade, com isso sua estrutura desde o início é independente de plataforma,

podendo assim ser utilizada em qualquer sistema operacional. (MATTOSO, 2003)

É importante diferenciar a web dos primórdios da internet, pois enquanto a

internet tinha a capacidade de interligar computadores pertencentes a uma mesma

rede, a web não só interliga computadores, como também engloba inúmeros

softwares, desse modo esta pode ser melhor caracterizada por ser um ambiente,

uma plataforma digital. (MATTOSO, 2003)

A web provém inteligência a internet, haja vista que esta é a responsável pela

interligação de páginas e sites por meio de links contidos nas marcações hipertexto.

Devido a essa capacidade de interligação é que se faz possível a comunicação por

computadores a qualquer parte do mundo. (CUSTÓDIO; SILVA, 2009)

4.3 WEB 2.0

A partir do ano 2000, mais precisamente em 2001 a web se popularizou,

ocasionando um notório aumento na quantidade de sites, neste período distintos

modelos de negócios foram criados estritamente para a web. Este fenômeno digital

ficou conhecido por estouro da bolha das empresas ponto-com, o cenário passou a

ser conturbado, tendo em vista, que muitas empresas não habituadas aos padrões

de negócios vinculados a plataforma web inseriram-se sem conhecimento

específico. Entretanto, apesar das convergências resultantes do aumento

desenfreado e não apropriado, alguns fatores benéficos foram obtidos, pois isso

possibilitou que a web alcançasse um maior patamar de visualização e participação

em relação à sociedade. (REILLY, 2005)

Com o advento de novos serviços fazendo-se uso da web como plataforma,

novos conceitos surgiram, assim como, seu uso de modo geral iniciou um processo

de reformulação, isso porque se instaurou uma mudança no modo de comunicação

dos sites com o usuário. Nestes novos conceitos eclodidos dessa mudança

comportamental dos criadores e desenvolvedores de conteúdo web, originou-se o

conceito de web 2.0. (REILLY, 2005)

A discussão em torno do conceito de web 2.0 teve início em uma conferência

organizada pelas empresas O’ Reilly e MediaLive International. Esta ocorreu em San

Page 74: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

73

Francisco no ano de 2004, na qual foi debatida a concepção de uma web mais

dinâmica e interativa junto aos usuários. Sendo assim, que não apenas

disponibilizasse e direcionasse informações a seu público, mas sim, que ao invés

disso estabelecesse uma comunicação multidirecional, propiciando a estes não

apenas a visualização e leitura de informações, mas que também tivessem a

possibilidade de efetuar publicações nos sites. (BLATTMANN; SILVA, 2007)

O novo modelo de comunicação dos sites acompanhou uma necessidade

histórica dos costumes sociáveis, isso porque a web com a consolidação do conceito

de web 2.0 tornou-se uma plataforma descentralizada, diferente de seus primórdios,

onde as informações eram vinculadas totalmente centralizadas, pois alguns poucos

autores tinham o total controle da disseminação da informação. Diferentemente de

hoje, que em grande parte dos sites disponíveis é possível não apenas ser um

indivíduo passivo que se remete a “assistir” o conteúdo disponibilizado, ao contrário,

pois ao usuário agora não só é permitido, como também é incentivado participar

ativamente dos conteúdos inerentes aos sites. (BLATTMANN; SILVA, 2007)

A transmissão de informação padronizada vinculada de modo generalizado na

web encontra-se cada vez mais em desuso, esta fora substituída por um modelo de

mídia de informação mais característico aos aspectos e necessidades de seu

público. (REED, 2012)

Devido à inserção de sites dinâmicos e quase extinção dos estáticos

característicos da web antecedente ao ano 2000, se proliferou páginas web mais

personificadas, características e adaptadas ao seu mercado e público, providas de

questões e respostas imediatas, tanto para as necessidades das empresas

proprietárias de sites, quanto de seus usuários. Este novo paradigma de web

assumiu um papel mais social, agregando participações dos mais diferentes públicos

presentes na plataforma digital, por meio do compartilhamento de informações.

(SOUZA, 2012)

Apresentando como caráter principal a multicolaboração e participação de

visitantes e colaboradores de conteúdo dos sites, o conceito web 2.0 não só

converteu o modelo de negócio da web, como transpôs as barreiras da internet, esta

ascendeu outras mídias, sendo hoje, vinculadas campanhas publicitárias

complementares na televisão, revistas e jornais. Este modelo de propaganda é

denominado de ação cross-media, nesta uma campanha de marketing pode iniciar

na televisão influenciando o telespectador a acessar determinado site, que, por

Page 75: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

74

conseguinte conclui a campanha, sendo assim um comercial multiplataforma.

(SOUZA, 2012)

Um bom exemplo da ação cross-media são os comerciais do site mercado

livre, estes atualmente transmitidos na televisão, pois é intencionalmente externado

o objetivo de influenciar o usuário a acessar o site, tanto é que a propaganda

televisiva a todo instante apresenta indivíduos acessando-o ou sendo motivados a

acessá-lo. Ou seja, trata-se de uma campanha publicitária multiplataforma iniciada

em uma mídia e concluída em outra.

A falta de barreira presente na web contemporânea estimulou e tem

estruturado a sociedade centrada em informação, que por sua vez é alentada por

seus próprios consumidores, isto é, formou-se um ciclo de sustentação da

informação, onde os usuários acessam determinado site, e consomem a informação

ao mesmo tempo em que também contribuem com novas informações ou opinião a

respeitos das adquiridas. Esta relação multidirecional não apenas gera uma

sociedade mais informativa, como também suscita uma inteligência coletiva,

sapiente dos diversivos elementos da cultura, tratando-se de práticas sociais,

política, entretenimento, manifestações artísticas, dentre outros. (BLATTMANN;

SILVA, 2007)

4.3.1 Web 1.0 x Web 2.0

A proposta de mudança da web moldada no conceito de web 2.0 não foi um

projeto de mera transformação das tecnologias vigentes, mas sim modificar o modo

de pensá-la, substituindo seu antigo modelo de distribuição de conteúdo para a

elaboração de uma plataforma de publicação, recepção e compartilhamento.

(BLATTMANN; SILVA, 2007)

Esta configuração do conceito de uma web plataforma deu origem a

empresas nativas da internet, criadas com o perfil característico da web 2.0, ou seja,

concebidas em estruturas de serviços disponíveis e compartilhados. Ao contrário

das principais empresas da web 1.0, que em sua maioria a ascendeu com o intuito

de expansão de um negócio já existente fora da plataforma digital. (REILLY, 2005)

Dentre os atuais sites e serviços online mais populares, todos possuem uma

característica comum, que consiste no agrupamento das especificidades do conceito

de web 2.0, mantendo como fator principal a criação de redes de conteúdos criadas,

Page 76: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

75

atualizadas e mantidas por seus próprios usuários. Nestes destacam-se a Google

uma das empresas mais valiosas do mundo que detém uma série de serviços

providos online, o Youtube portal de hospedagem e compartilhamento de vídeos,

Flickr serviço voltado ao compartilhamento de fotos, Wikipédia enciclopédia online

de conteúdo mais vasto, Facebook atualmente a principal rede social, Linkedin rede

social de caráter profissional e as plataformas de criação de blogs: Blogger e

Wordpress, entre tantos outros serviços centrados em uma comunicação

multidirecional com seus usuários. (SOUZA, 2012)

A figura 4.1 faz um comparativo entre alguns sites, serviços e ferramentas

correspondentes à web 1.0 e web 2.0

Figura 4.1 – Web 1.0 x Web 2.0 Fonte: BLATTMANN; SILVA, 2007, p. 198.

Para a compreensão a respeito de um serviço, site, ou empresa online ser ou

não estruturada no conceito de web 2.0 é fundamental que algumas diretrizes sejam

seguidas, tais como: plena confiança em seu público de usuários, mantendo-os com

o papel de desenvolvedores adjuntos do conteúdo disponível. A formação de uma

rede de inteligência coletiva, originada do compartilhamento e troca de experiências

e conhecimentos da rede de usuários. O serviço ou site estar acessível não

exclusivamente a computadores, mas sim a qualquer dispositivo provido de internet.

(REILLY, 2005)

4.4 INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR (IHC)

As tecnologias de informação e comunicação estão cada dia mais presentes

no cotidiano de toda a sociedade. Isto porque o uso de sistemas interativos já se

Page 77: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

76

tornou hábito entre a maioria das pessoas, isso devido ao fato de auxiliarem em

grande parte das atividades realizadas diariamente, aliando fatores computacionais

e de comunicação. (BARBOSA; SILVA, 2010)

Atualmente os sistemas interativos não exercem apenas o papel de

ferramentas para realizarmos nossas atividades, seu uso implica em mudanças

significativas em nosso modo de trabalhar, estudar e principalmente nos relacionar

com outras pessoas. Sendo assim, devemos nos ater ao fato de que as tecnologias

de informação e comunicação transformaram os papéis e ações do que se faz, como

se faz, quem as faz, quando, onde e por quê. (BARBOSA; SILVA, 2010)

A interação entre sistemas e pessoas intermediada por interfaces não fornece

apenas ícones, informações, links e opções de cliques, estas são parte da conversa

entre pessoas, constituem as mensagens entre os emitentes e remetentes.

(AGNER, 2011)

As barreiras de tempo e distância encontram-se cada vez mais ínfimas, não

se caracterizando mais como empecilhos para a comunicação entre as pessoas.

Visto que, serviços de e-mail, softwares para troca de mensagens, sites de

publicação já se apresentam indispensáveis na cultura contemporânea, pois

permitem a comunicação independente de distância geográfica, com serviços que

suportam envio de mensagens textuais, imagens, vídeos e sons. (BARBOSA;

SILVA, 2010)

Comumente ocorrem problemas nas relações entre pessoas, ainda que já

tenhamos atingido milênios da existência de civilizações, sendo assim, se em

relações entre nós acontecem divergências, não é diferente em relações compostas

por interações entre pessoas e sistemas computacionais. (BARBOSA; SILVA, 2010)

É fundamental analisarmos com cautela os ganhos e implicações

consequentes da consolidação de sistemas interativos na sociedade, tendo em vista

que o comportamento e cultura têm mudado continuamente em função destes. Pois

independente da razão e enraizamento das mudanças é necessário nos atermos às

individualidades de cada pessoa, ainda que a tecnologia se mostre vantajosa a um

grande grupo de pessoas. (BARBOSA; SILVA, 2010)

Com o intuito de analisar a qualidade de uso dos sistemas interativos e suas

consequências surgiu à área de IHC, esta visa à concepção de sistemas mais

adequados aos contextos de ambiente, cultura e indivíduos a qual serão inseridos.

Para isto designa que o desenvolvimento de sistemas interativos deve facultar em

Page 78: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

77

um processo centrado no usuário, ou seja, seu contexto, experiência de uso,

habilidade e, limitações motoras e cognitivas, para somente depois realizar o

desenvolvimento das funcionalidades, pois estas devem ser aplicadas de acordo

com seu público de usuários. (HEWETT et al, 1992 apud BARBOSA; SILVA, 2010)

Os estudos de IHC objetivam prover aos envolvidos na produção de sistemas

computacionais explicações e previsões referentes as relações de interação

humano-computador, almejando resultados práticos que contribuam para a

elaboração de designs de interface amigáveis para os usuários. (ACM SIGCHI, 1992

apud SOUZA et al, 1999)

De acordo com Hewett (1992) apud BARBOSA e SILVA (2010), a IHC pode

ser dividida em 5 subáreas de estudo: natureza da interação humano-computador;

uso de sistemas interativos e contexto ao qual se aplica; características humanas;

arquitetura de sistemas computacionais e da interface com usuários; processos de

desenvolvimento centrado no usuário.

Natureza da interação: aborda estudos destinados ao que procede enquanto

as pessoas realizam tarefas por meio de sistemas interativos.

Contexto de uso: averigua a influência da interação entre pessoas e

computadores, destacando que cada pessoa possui particularidades, que por sua

vez são decorrentes de sua cultura.

Características humanas: estuda como as características humanas interferem

na interação humano-computador, visto que a interação demanda capacidade

cognitiva para o processamento e aprendizado das funcionalidades. (REEVES;

NASS, 2003 apud BARBOSA; SILVA, 2010). Também analisa as características

físicas, bem como: tato, visão, audição e capacidade motora. Esta subárea visa

usufruir das características humanas para a elaboração de sistemas que as

favoreçam, respeitando particularidades de limitações que possam ocorrer durante a

interação. (BARBOSA; SILVA, 2010)

Arquitetura de sistemas computacionais: busca provir a construção de

sistemas que beneficiem a experiência de uso. (JOHN et al, 2004 apud BARBOSA;

SILVA, 2010)

Processo de desenvolvimento: influencia a qualidade do sistema, devido a

isso é de grande importância a aplicação de abordagens de IHC. (BARBOSA;

SILVA, 2010)

A área de IHC não contempla apenas pesquisas da área de computação. Ao

Page 79: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

78

contrário, esta engloba diversas áreas, tais como: psicologia, sociologia e

antropologia. Pois somente com esta composição de ligações multidisciplinares é

possível construir uma base de conhecimento a respeito da cultura do usuário e seu

comportamento. Após traçado o perfil de usuário, a IHC se beneficia das áreas de

design, ergonomia, linguística e semiótica para a construção prática. (BARBOSA;

SILVA, 2010)

Dentre os estudos de IHC os seguintes critérios são empregados: usabilidade,

experiência dos usuários, acessibilidade e comunicabilidade. (BARBOSA; SILVA,

2010) Comunicabilidade consiste na capacidade de transmissão do sistema ao

usuário, revelando de forma eficaz os objetivos inerentes ao design e

funcionalidades do sistema, a qualidade desta transparência dos objetivos está

diretamente ligada a eficiência de uso do usuário. (SOUZA et al, 1999)

Outro fator objeto de estudo da IHC é a affordance, este é um termo referente

as características dos objetos que auxiliam na interpretação dos usuários, em suas

operações e manipulações sobre os elementos da interface. (NORMAN, 1988 apud

BARBOSA; SILVA, 2010)

Segundo Norman (1988) apud SOUZA et al (1999), as affordances

estabelecem auxílios visuais, pois fortalecem a percepção do usuário indicando o

que este deve fazer de acordo com as características de cada elemento. Por

exemplo: um botão na interface remete ao usuário a ação de clique.

Para a aplicação dos estudos de IHC é importante o conhecimento e

compreensão de seus objetos de pesquisa, sendo assim é imprescindível a

compreensão do termo interface. Pois, ainda que esta seja uma palavra popular em

grande parte de usuários de computadores, seu significado e função são mais

abrangentes do que normalmente lhe é atribuído.

Conforme Norman (1986) apud SOUZA et al (1999), o termo interface é

designado ao objeto de interligação dos sistemas. Compreende-se que uma

interface é parte de um todo destinado ao usuário para controle e avaliação de

funcionamento do sistema, este é acionado por dispositivos passivos a ações e

percepções do usuário. A interface não corresponde apenas à interligação de

sistemas e sites, mas também máquinas, o que as difere, é uma aplicação maior da

cognição para interpretação das funcionalidades e informações que os sistemas

interativos disponibilizam.

A interface de usuário é caracterizada como sendo o elo entre um sistema e

Page 80: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

79

uma pessoa, tendo como função estabelecer o contato físico perceptivo e conceitual.

Nesta definição o contato físico é atribuído aos elementos manipuláveis pelo

usuário, enquanto o termo conceitual refere-se à interpretação, processamento e

raciocínio do usuário perante a interface. (MORAN, 1981 apud SOUZA et al, 1999)

Uma interface não é apenas o meio de interação entre usuário e sistema, mas

sim, um instrumento que estabelece a comunicação entre os serviços providos pelo

sistema e as vontades e necessidades dos usuários, desse modo conclui-se que a

interface é um sistema de comunicação. (SOUZA et al, 1999)

A interface é a responsável por estabelecer as possíveis interações, assim

como, especifica suas funções, comportamento e sequência. Portanto, a forma

como a interface será estruturada corresponde a restrição e limites da interação do

sistema com o usuário. (BARBOSA; SILVA, 2010)

O grau de semelhança das interfaces com as características humanas reflete

diretamente no êxito do sistema, pois, quanto mais similar uma interface for ao

comportamento humano, mais fácil será o processo de interação entre usuários e

sistema, isso porque as pessoas tendem a agirem em qualquer situação do mesmo

modo que se relacionam com outras pessoas. (AGNI. 2011)

Ao longo dos estudos de IHC, houve mudanças no significado de interação,

isso porque inicialmente esta era classificada basicamente como uma sequência de

estímulos e respostas. Entretanto, com os avanços da IHC, aos poucos foram

inseridas pesquisas de base cognitiva, com isso foi realçada a interação como um

processo de comunicação dos indivíduos com as máquinas, em detrimento dos

estudos iniciais que fundamentavam a interação como um processo de operação de

máquinas. (CARD, MORAN e NEWELL, 1983 apud BARBOSA; SILVA, 2010)

A interação pode ser descrita como um processo referente ao usuário, ao qual

é composto de intenção, planejamento de ações e atuação sobre a interface,

percepção e interpretação da resposta resultante da ação. (NORMAN, 1986 apud

BARBOSA; SILVA, 2010). Desse modo, o processo de interação é compreendido

como manipulação e comunicação do usuário com o sistema intermediado pela

interface. (BARBOSA; SILVA, 2010)

A interação pode ser classificada em estilos de interação, um estilo consiste

em todos os modos aos quais usuários estabelecem comunicação com sistemas

computacionais, estes podem ser: linguagem natural; linguagens de comando;

menus; preenchimento de formulário e manipulação direta, entre outros. (PREECE

Page 81: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

80

et al, 1994, SHNEIDERMAN, 1998 apud SOUZA et al, 1999)

Linguagem natural: interações deste estilo são estabelecidas por meio do

idioma que o usuário domina, ou seja, português, inglês, de acordo com o público de

usuário. Aplicações que façam uso desse estilo implicam em alta complexidade no

desenvolvimento, isso porque são necessárias análises gramaticais e verificações

de ambiguidades. (SOUZA et al, 1999)

Linguagem de comando: este estilo de interação possibilita o manuseio do

sistema por meio de comandos específicos. (PREECE et al, 1994 apud SOUZA et

al, 1999). Estes comandos podem variar de combinações de teclas, palavras,

abreviações, ou até mesmo um único caractere.

Menus: consiste em um conjunto de opções expostos na tela, este pode ser

de uma ou múltiplas escolhas, estas provocam as mudanças de estado da interface.

(PAAP; ROSKE-HOFSTRAND, 1988 apud SOUZA et al, 1999) Este é o principal

estilo de interação utilizado em sites, que por sua vez estão entre os sistemas

interativos mais populares atualmente.

Preenchimento de formulários: estes são bastante utilizados em sistemas e

sites que dependem dos dados de seus usuários. A interface de um formulário

remete o usuário aos modelos de formulários impressos, isto é feito com a intenção

de agilizar o processo de aprendizado do usuário, para assim prevenir erros de

interação. (SOUZA et al, 1999)

Manipulação direta: estabelece a interação sem a necessidade de linguagens.

Para isto faz uso de objetos gráficos que dependam da ação do cursor mediado pela

ação de movimento da mão. (SOUZA et al, 1999)

No tempo presente duas abordagens destacam-se nos estudos de IHC, são

elas: engenharia cognitiva e engenharia semiótica. Nos estudos cognitivos são

analisados os processos de aprendizagem humana, objetivando-se as

compreensões mentais inerentes aos usuários durante as interações. Já a corrente

semiótica estuda signos, os sistemas semióticos e comunicação. (AGNER, 2011)

Um signo é algo que estabeleça algum significado para alguém. (PIERCE,

1931 apud SOUZA et al, 1999). Logo, no idioma português, a palavra casa contém o

mesmo significado para as pessoas dominantes do idioma, que a ilustração ou

fotografia de uma casa. (SOUZA et al, 1999)

A aplicação da engenharia semiótica se comparada a cognitiva, requer maior

atenção, pois tanto quem elabore a mensagem, quanto as pessoas receptoras

Page 82: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

81

desta, devem ter ciência dos signos aplicados na interface, não podendo haver

ambiguidades. (SOUZA et al, 1999)

O comportamento do usuário não pode ser previsto integralmente, isso

porque cada indivíduo possui experiência e características próprias, dessa forma

interage de modo particular com os sistemas. Todavia, um estudo e planejamento

fundamentado em IHC possibilita a concepção de sistemas interativos que

minimizem as limitações e dificuldades de uso. (BARBOSA; SILVA, 2010)

4.5 UNIFIED MODELING LANGUAGE (UML)

A UML é uma linguagem visual destinada à modelagem gráfica de softwares

estruturados no conceito de orientação a objetos. (GUEDES, 2011). Esta possui

como funções: especificar, construir e documentar artefatos inerentes ao sistema,

desse modo auxilia a esmiuçar todas as suas características. (LARMAN, 2007)

Em 1996 foi disponibilizada a primeira versão da UML, esta originou-se da

união de três métodos de modelagem: método BOOCH, Object Modeling Technique

(OMT) e o Object – Oriented Software Engineering (OOSE), tais métodos eram os

mais utilizados da época. Em 2005 foi lançada a versão 2.0 da UML, atualmente

encontra-se em especificação a versão beta 2.3. (GUEDES, 2011)

A aplicação da UML no desenvolvimento de softwares é independente de

linguagens de programação, pois esta não é direcionada a nenhuma linguagem

especifica, também não implica em dependência a processos de desenvolvimento.

Deve ser aplicada no início do projeto, acompanhada, revisada e atualizada ao longo

de todo o ciclo. (GUEDES, 2011)

O cérebro humano dispõe de alta capacidade de processamento e

armazenamento de informações, entretanto, o projeto de um sistema pode acarretar

mudanças de complexidade e quantidade de informações incessantemente, devido

a isso, é aconselhado o uso da modelagem para facilitar o detalhamento e

arquivamento de todo o processo de desenvolvimento. Com a aplicação da UML

para a criação de modelos é possível minimizar os problemas restringindo a atenção

a cada particularidade por vez. (LARMAN, 2007)

Independente da complexidade de cada sistema, sua documentação é

essencial, isso porque com o avanço das tecnologias de informação, os sistemas

não tendem a manter uma mesma quantidade de recursos por um longo período, ao

Page 83: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

82

contrário, estes mudam continuamente. (GUEDES, 2011)

O processo de modelagem influi em todas as atividades relativas ao sistema,

sendo primordial em todo o seu ciclo. Os modelos são construídos com o intuito de

facilitar a comunicação e compreensão da visão de estrutura e comportamento do

projeto a ser elaborado. (LARMAN, 2007)

A prototipagem de um modelo objetiva simplificar o processo, isto é feito por

meio de quatro funções: facilitar a visualização de como pretende-se que o sistema

seja; detalhar sua estrutura e comportamento; agregar informações para auxiliar em

dúvidas e acompanhamento durante o processo de desenvolvimento; documentar

todas as decisões intrínsecas ao ciclo de produção do sistema. (LARMAN, 2007)

Os recursos disponíveis pela UML contemplam desde diagramas com função

de especificar características estruturais do sistema, a especificações que detalhem

seu modelo comportamental. (GUEDES, 2011)

A especificação caso de uso pode ser considerada de caráter narrativo

textual, tem como função detectar e documentar os requisitos que compõe o

sistema. (LARMAN, 2007). Sua aplicação possibilita uma compreensão melhor de

todos os requisitos indispensáveis para o desenvolvimento. (GUEDES, 2011)

Casos de uso são habitualmente elaborados no início da documentação de

um projeto, pois estes possibilitam uma visão geral do sistema, seus usuários, suas

funcionalidades, restrições e especificidades comportamentais. (GUEDES, 2011)

Um caso de uso é formado por um ator e cenário, sendo que o ator simboliza

um usuário a qual é atribuído um papel no sistema. Um cenário é constituído de uma

sequência de ações e interações estabelecidas entre atores e sistema. Todo cenário

aborda uma “história”, esta pode ser um cadastro de usuário, efetuação de compra,

em ambos os cenários os atores seriam os usuários. (LARMAN, 2007)

Nas especificações de caso de uso podem ser declarados fluxos básicos e

fluxos alternativos. Em um fluxo básico, também conhecido como cenário do

caminho correto, é descrito um percurso que realize com sucesso uma ação

esperada tanto pelo usuário quanto pelos envolvidos no desenvolvimento do

software. No fluxo alternativo é especificado um cenário alternativo ao fluxo básico,

este pode, por exemplo, indicar uma falha na efetuação de compra devido à recusa

de crédito. (LARMAN, 2007)

Outro diagrama que compõem o grupo comportamental é o diagrama de

sequência, este é voltado para a modelagem dos eventos de entrada e saída.

Page 84: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

83

(LARMAN, 2007) Sua atenção principal é destinada a ordem temporal dos eventos,

pois visa à detecção do agente gerador desse evento, ou seja, o ator que o iniciou,

assim como especifica o ciclo do processo encadeado pelo evento, sua sequência e

término. Isto é feito com uso de chamadas de métodos acionados por mensagens

enviadas entre os objetos (GUEDES, 2011)

O diagrama de atividade é utilizado para ilustrar os fluxos de trabalho relativos

ao sistema. (LARMAN, 2007) Este descreve todos os passos inerentes a alguma

ação especifica do software, pode especificar tanto processos simples, quanto ações

complexas. (GUEDES, 2011)

Dentre os diagramas que especificam a estrutura do sistema, existe o

diagrama de classes, este é destinado a modelar as classes, interfaces e

associações do sistema. (LARMAN, 2007) Detém como função estipular a estrutura

das classes inerentes ao software, especificando seus atributos e métodos, assim

como seus relacionamentos. (GUEDES, 2011)

4.6 ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO (AI)

Atualmente uma das principais características da sociedade contemporânea é

a facilidade de prover informação, isso devido principalmente à globalização da web,

uma vez que, esta se expande rapidamente, contendo uma grande quantidade de

sites, que por sua vez contém diferentes tipos de conteúdos. Entretanto, uma

sociedade repleta de informação de fácil acesso, não significa conhecimento.

(AGNER, 2012)

O crescimento sem precedentes do acumulo de informações correntes na

web, gera a formação de uma desorganização compartilhada. Isso porque, nesta

diariamente é disponibilizado um enorme volume de informações, tornando-se uma

tarefa árdua discernir o que é relevante. (AGNER, 2012)

Com a consolidação da web para o uso de publicação e transmissão de

informações, formou-se o simbolismo de que vivemos na sociedade do

conhecimento, o que atenua esse pensamento é a nossa constante recorrência à

informação. Todavia há a necessidade de a transformarmos em um real

conhecimento. (AGNER, 2012)

A problemática da ininterrupta crescente de disponibilização de conteúdo em

sites ocasiona aos usuários uma dificuldade demasiada em seu uso. Posto que, aos

Page 85: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

84

poucos a demanda de tempo em pesquisas e leituras de informações pertinentes

aos interessados, prolonga-se mais que a própria absorção do conhecimento contido

nos dados apresentados (MEMORIA, 2013)

Um fator que contribui ao excesso de informações irrelevantes é a facilidade

com a qual atualmente é possível publicar informações na web, seja uma pessoa

física ou jurídica. Desse modo, conteúdos dos mais diversos temas produzidos por

diferentes autores encontram-se disponíveis, o que não acarreta apenas benefícios,

haja vista que a informação publicada pode não ser verídica ou relevante

(CUSTÓDIO; SILVA, 2009)

A popularização da web como instrumento de consulta e comunicação para

uso pessoal, acadêmico e profissional, indiretamente impôs a necessidade de as

empresas também estarem online ao alcance de seus clientes. Pois com isso estas

podem estabelecer e manter um vínculo com seu público alvo. (SANTOS; SILVA,

2013)

O problema mais atenuante às empresas ao vincularem conteúdos em sites

consiste na transformação de dados e informações em mensagens claras o

suficiente para propiciar uma fácil e rápida assimilação. Este pode ser atribuído ao

egocentrismo de algumas empresas que insistem em focar suas convicções e

normas internas, remetendo a segundo plano as possíveis vontades de seus

clientes. (AGNER, 2012)

Os interessados em publicarem conteúdos na web não necessitam apenas de

conhecimentos técnicos, visto que, estes não são suficientes para a concepção de

um site satisfatório do ponto de vista de seus usuários. Faz-se fundamental que

seus autores concentrem-se nas informações referentes à mensagem que o site

quer comunicar aos seus visitantes. (MARTINEZ, 2003)

O sucesso de um site ou sistema de informação é atribuído a qualidade de

seu conteúdo e a praticidade com a qual este é manuseado, sendo assim é

essencial que seus dados sejam mais que informações, que formem mensagens,

uma conversa com seus usuários. (SANTOS; SILVA, 2013)

Com o avanço da TI a dificuldade de controlar e emitir informações de um

modo adequado é agravado. Dado que, a web em seus primórdios era simples,

possibilitava a aplicação de poucos recursos, mantinha uma relação mais estreita

aos meios de comunicação impressa, pois não existiam páginas dinâmicas de

comunicação multidirecional com o usuário, ao contrário, somente o autor transmitia

Page 86: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

85

a informação, ao visitante era reservado apenas o papel de receptor. (FERRERA,

2010)

A web atual implica a autores e desenvolvedores de conteúdo a problemática

de apresentar tantas informações em telas relativamente pequenas, ainda mais se

pensarmos na velocidade com a qual o uso de dispositivos móveis para acesso

virtual se populariza. (MEMORIA, 2013)

De acordo com Ferrera (2010), para organizar o incessante volume de

informações despejados na web foi concebida a AI, esta é voltada para o

planejamento e organização das páginas dos sites. Proposta por Wurman foi

elaborada com o intuito de erradicar a forma desestruturada e excessiva de

disponibilizar informação. (FERREIRA; REIS, 2008)

A AI consiste no mapeamento das informações contidas nas páginas dos

sites, de modo que estas sejam estruturadas com dicas e direcionamentos que

auxiliem os usuários a traçarem seus próprios percursos ao conhecimento. (AGNER,

2012)

O principal objetivo da AI é organizar sites para que estes sejam claros o

suficiente para seus usuários, desse modo tornar de fácil percepção as informações

contidas nas páginas, para assim o visitante encontrar com maior agilidade e êxito o

que procura. Sendo assim, foca na necessidade de equilibrar usabilidade e estética

visando conceber que as informações sejam mais acessíveis. (AGNER, 2012)

Ao propiciar recursos mais acessíveis, os autores dos sites possibilitam que

as informações sejam de fácil acesso a usuários com algum tipo de deficiência, isto

porque com o conteúdo melhor organizado, ferramentas de tecnologia assistiva

podem auxiliar mais satisfatoriamente seus usuários durante a navegação.

Figura 4.2 – Processo de inclusão por meio da AI Fonte: SANTOS; SILVA, 2013, p. 8.

Page 87: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

86

A figura 4.2 ilustra a relação da AI com a acessibilidade, usabilidade e

usuários, desse modo estabelecendo um processo de inclusão. Com isso a AI não

só contribui para uma melhor varredura de conteúdo, como também torna o

ambiente digital mais inclusivo. (SANTOS; SILVA, 2013)

O planejamento de conteúdo fundamentado por uso da AI possibilita mais

comodidade aos usuários, deixa-os mais confiantes durante a navegação pelas

páginas dos sites, provoca a sensação de que podem não só encontrar as

informações que procuram, como também os persuade a retornarem em futuras

buscas por novas informações. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

Por outro lado, um site elaborado sem as diretrizes e estudos da AI

normalmente é mais inacessível a seus visitantes. Posto que, está é centrada na

compreensão do comportamento e necessidades de seus usuários, objetiva

simplificar a navegação pelos sites, de modo que seja gasto mais tempo adquirindo

conhecimento, minimizando longas buscas por informações de fácil leitura e

conteúdo relevante. (SANTOS; SILVA, 2013)

É frequente a não aplicação da AI em sites projetados rapidamente sem

prévio planejamento, todavia isto implica na criação de páginas mal estruturadas,

que ao invés de satisfazer as expectativas de seus visitantes acabam gerando

incomodo e repulsa ao site, devido a dificuldade imposta aos usuários durante a

busca e leitura de informações. Isto normalmente prossegue com sua saída do site.

(NIELSEN; LORANGER, 2007)

Os usuários que não encontrarem as informações objetos de suas pesquisas

tendem a pensar que estas não estejam disponíveis no site em questão,

independente se este divulgue que possua as informações. Por isso é essencial que

as páginas sejam projetadas com o intuito de salientar no momento certo cada

conteúdo, por sua vez, isto é possível caso sua elaboração seja centrada nas

expectativas de seu público. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

O principal objetivo da AI é possibilitar a projeção de informações contidas em

páginas que deem mecanismos a seus usuários para que adquirem informações e

as processem em conhecimento. (AGNER, 2012)

Não existe um modelo de AI padrão para todos os sites, isso porque cada um

possui propósitos específicos contendo conteúdos diferentes uns dos outros, exceto

sites em que objetivam o mesmo nicho de mercado. Portanto, a aplicação da AI

deve ser feita mesclando as características da empresa e seu público alvo, de modo

Page 88: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

87

que seja baseada nas tarefas e modo de pensar do usuário. (NIELSEN;

LORANGER, 2007)

O design do site e suas páginas deve ser produzido com foco na

comunicação do produto, na informação que o site tem a oferecer a seu público,

sendo assim, este essencialmente deve ser projetado influenciado pela linguagem

mental de seus usuários. Ao fazer uso dessa projeção do fluxo de pensamento dos

usuários, os autores tendem a abdicarem de um antigo e déficit costume de

desenvolver conteúdos centrados em si próprios, empresa e funcionalidades, para

um site centrado em seu usuário. Entretanto, para isso é fundamental que os

autores conheçam seu público e suas vontades. (AGNER, 2012)

Para um conhecimento adequado das expectativas dos usuários em relação

aos sites, é primordial a realização de estudos que analisem o comportamento e o

modo do pensamento humano. Dentre estes estudos a AI faz uso da psicologia,

utilizando como objeto de pesquisa a neurolinguística a fim de compreender o modo

de memorização do cérebro humano. (FERRERA, 2010)

De acordo com Atkinson e Shiffrin apud Ferrera 2010, são três os tipos de

memória:

Memória sensorial: está é responsável por nossa percepção de ambiente e

indivíduos, entretanto é esquecida em pouquíssimos segundos. Apesar de

ser extremamente curta possui como função ser um estágio inicial da

memória, caso algo ao redor chame a atenção do indivíduo a memória é

armazenada e enviada para outro estágio, do contrário, se algo não o atrair a

percepção é descartada.

Memória de curto prazo: esta recebe as informações oriundas da memória

sensorial, contudo também é limitada, nesta as informações são mantidas de

15 a 20 segundos. Assim como na memória sensorial, se o indivíduo

mantiver interesse em alguma informação, esta é armazenada e enviada ao

último estágio da memória.

Memória de longo prazo: a informação ao atingir o último estágio da memória

tende a ser fixada, um fator que facilita esta fixação é a assimilação de tal

informação ao que já é de conhecimento do indivíduo.

Com um estudo adequado do processo de memorização do ser humano é

perceptível à necessidade de tornar toda informação suficientemente atraente e

compreensível para que este possa absorvê-la. (FERRERA, 2010)

Page 89: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

88

O processo de navegação dos usuários por sites pode ser facilmente

compreendido se analisado junto aos estágios da memória, isso porque um design

que não seja atrativo ou organizado tende a não prender a atenção do usuário,

consequentemente este o abandona. Entretanto, um site com informações

devidamente organizadas, que facilite a percepção dos conteúdos disponíveis

provavelmente fixará a atenção do usuário, sendo assim este o memorizará como

uma boa fonte de informações. (FERRERA, 2010)

A falha na concepção da organização dos recursos dos sites tem sido a não

aplicação de modelos que se assemelhem com o pensamento humano, isso

acontece em razão de muitos autores de conteúdo disponibilizarem os sites como

sendo listas de funcionalidades, quando deveriam estabelecer uma interação do

conteúdo com o usuário. (AGNER, 2012)

Uma interação eficaz do usuário com o site só acontece quando este é

estruturado visando um mapeamento cognitivo, que por sua vez consiste na

representação mental correlato a um mapa físico. Isso porque a navegação em sites

decorre de uma locomoção por espaços cognitivos, é importante ater-se ao fato de

que os usuários não apenas leem as informações, mas sim interagem com estas,

em um processo semelhante ao espaço físico, onde os indivíduos interagem com o

ambiente e outros indivíduos que os cercam. (AGNER, 2012)

Ao projetarmos sites não devemos conceber ícones e funcionalidades, mas

sim experiência, pois somente assim o conteúdo será compreendido e melhor

aproveitado transformando-se em conhecimento. (AGNER, 2012)

4.7 GESTALT

A capacidade da inteligência humana é atribuída a eficiência de distinguir

padrões, sendo o sistema visual o principal responsável por essa detecção. Desse

modo é caracterizada a importância de conceber representações visuais que

transformem dados em formas visuais características a capacidade de percepção

humana. (WARE, 2003 apud BARBOSA; SILVA, 2010)

De acordo com Barbosa e Silva (2010) a psicologia Gestalt foi fundada em

1912. Esta é classificada como a psicologia da forma e tem por objetivo analisar o

processo das formas, suas configurações e como estas são refletidas na percepção

humana. Conceitua que a forma vista como um todo é maior que a soma das partes

Page 90: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

89

analisadas individualmente. (IEIRI; COLE, 2011)

O campo de estudo da Gestalt na psicologia foca a relação do homem com as

formas e o ambiente que o cerca, como este percebe o que há ao seu redor. Analisa

todos os elementos como um todo, ou seja, uma forma única, a fim de averiguar

suas influências no homem. (ZEMEL, 2008a)

A informática nas áreas que contemplam o processo de criação de interfaces

faz uso dos estudos da Gestalt com o intuito de elaborar elementos visuais que

sejam de fácil percepção, para que assim sites e sistemas consigam estabelecer

uma melhor comunicação com o usuário. (ZEMEL, 2008a)

Uma boa compreensão e aplicação dos estudos da Gestalt possibilita a

concepção de formas visuais salientadas em equilíbrio, clareza e harmonia, fatores

estes intrínsecos a qualquer elemento que dependa da percepção visual para seu

entendimento. (WACHOWICZ; ARBIGAUS, 2003)

A aplicação da Gestalt na criação de elementos gráficos é fundamentada em

leis, sendo que estas possuem características próprias, com objetivos distintos,

entretanto, complementares. (IEIRI; COLE, 2011)

4.7.1 Lei da Proximidade

O princípio da proximidade fundamenta que quando elementos estão

posicionados próximos uns aos outros constituem uma única forma, aparentando

formarem uma unidade e não um grupo de unidades dispersas. Sendo assim, o

indivíduo não distingue os elementos como unitários independentes, mas sim os

enxerga como dependentes ou ligados. (ZEMEL, 2008b)

Na concepção de layouts de páginas web a aplicação da proximidade é feita

agrupando informações similares, isto é bastante aplicado nas áreas destinadas a

login de usuário. Pois nestes normalmente são disponibilizados campos reservados

ao login, link direcionado a registro, assim como links para recuperação de senha.

Todos costumam ser inseridos em um mesmo espaço tendo um retângulo que os

cerca, com isso inibem os usuários a perceberem todas as informações como

unitárias, externando a sensação de um grupo de informações. (ZEMEL, 2008b)

A estruturação de áreas com informações próximas umas das outras facilita a

percepção dos usuários, pois estes costumeiramente tendem a pensar que

informações relacionadas estejam disponíveis em um mesmo local. (NIELSEN;

Page 91: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

90

LORANGER, 2007)

4.7.2 Lei da Continuidade

O princípio da continuidade também chamado de alinhamento denota a

importância de toda representação visual ser formada por elementos que possuam

algum tipo de ligação entre si. (ZEMEL, 2008c)

O alinhamento de elementos conectados é empregado fazendo-se uso de

formas que explicitem se completarem. Dessa forma é transmitida ao usuário a ideia

de que elementos ainda que distantes possuam algo em comum. (IEIRI; COLE,

2011)

Conforme Barbosa e Silva (2010), formas construídas com traços contínuos

atingem a percepção de forma mais instantânea se comparada a traços incontínuos,

ou seja, formas que mudam de direção abruptamente.

Elementos visuais inter-relacionados transparecem organização e clareza

visual aos usuários, por conseguinte a mensagem é melhor interpretada. Pois ainda

que informações estejam distantes umas das outras, apresentam-se organizadas em

um mesmo conceito. (ZEMEL, 2008c)

O conceito de continuidade é bastante aplicado em cabeçalhos de sites,

nestes normalmente a logomarca é posicionada no canto esquerdo superior, do lado

oposto é disponibilizado um campo de busca, com isso ambos são ajustados em

uma linha reta. Dessa forma o cabeçalho se apresenta mais atrativo ao usuário, pois

as informações são exibidas de forma simétrica, como também indica ao usuário

que a busca destina-se ao conteúdo de todo o site, uma vez que o mecanismo de

pesquisa está localizado a uma hierarquia próxima a logomarca.

4.7.3 Lei da Semelhança

Conforme Ieiri e Cole (2011), a lei da semelhança estabelece que elementos

que possuam características similares sejam agrupados. A similaridade pode existir

por fator de cor, tamanho ou forma. Objetos similares naturalmente são percebidos

como um grupo. (BARBOSA; SILVA, 2010)

O princípio de similaridade é aplicado com frequência em homepages de

portais de notícias, nestes são associadas cores a cada tipo de matéria, podendo

Page 92: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

91

ser utilizada determinada cor para chamadas de textos referentes a esportes e outro

tipo de cor para manchetes de entretenimento. Com isso visitantes assíduos de um

portal que utilize este princípio percebem rapidamente a que grupo de notícias

determinada matéria pertence. (IEIRI; COLE, 2011)

4.7.4 Lei da Experiência Passada

O princípio da experiência passada também conhecido como princípio da

aprendizagem baseia-se nas experiências vivenciadas pelos indivíduos, e como

estas afetam ou contribuem para sua percepção e interpretação. ( ZEMEL, 2008d)

A lei da experiência passada possui caráter mais subjetivo se comparada às

outras formadas pela Gestalt, visto que cada indivíduo possui sua vivência, assim

como as relaciona de modo particular, isso porque uma experiência comum a duas

pessoas pode ocasionar significados distintos. (ZEMEL, 2008d)

A aplicação da aprendizagem é feita por meio de associações que visam

estimular a percepção dos usuários, isto ocorre com a inserção de elementos visuais

inerentes a vida física. Estas associações tendem a facilitar o reconhecimento e

interpretação, pois constituem uma interação humano-computador semelhante a

interações dos indivíduos com objetos físicos nos ambientes. (ZEMEL, 2008d)

Homepages de sites de restaurante podem beneficiar-se de associações que

estimulem o apetite de seus visitantes. Isto pode ser feito inserindo imagens de

talheres, pratos e pessoas à mesa se alimentando.

4.7.5 Lei de Fechamento

O princípio de fechamento formula a tese de que a mente humana tende a

perceber com clareza objetos e formas que possuam contornos fechados, quando o

mecanismo visual detecta formas incompletas, ou seja, que não possuem total

contorno, a mente inclina-se a completá-las. (BARBOSA; SILVA, 2010)

Em páginas web na concepção do layout é possível beneficiar-se da

percepção de fechamento, disponibilizando grupos de informações em blocos, isso

porque desse modo ficará claro para o usuário onde começa e termina cada

conteúdo. (IEIRI; COLE, 2011)

Page 93: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

92

4.8 HTML

A linguagem de marcação HTML tem como função marcar a inserção de todo

conteúdo referente a uma página web, sendo assim, determina quais informações

serão apresentadas, sua principal característica é interligar fragmentos e páginas.

(SILVA, 2011) Esta linguagem é responsável pela organização do conteúdo, para

que este seja hierarquizado de forma não linear, ou seja, sua navegação deve ser

independente de direção, desse modo, o usuário pode navegar por qualquer área do

site, sem a necessidade de percorrer inúmeras páginas para somente

posteriormente acessar a de seu interesse. (EIS; FERREIRA, 2012)

A primeira versão da HTML foi criada por Tim Berners-Lee, esta se

popularizou nos anos 90 junto a popularização do navegador Mosaic. Por

conseguinte, a linguagem passou a ser bastante aplicada por desenvolvedores e

fabricantes de ferramentas voltadas para web. Entretanto, apenas em 1997 foi

adotada como padrão. (EIS; FERREIRA, 2012)

4.8.1 HTML5

Em determinado período do avanço da web, o W3C decidiu descontinuar a

linguagem HTML, ou seja, o suporte a esta seria mantido, entretanto não seriam

desenvolvidas novas versões. Esta iniciativa visava favorecer a linguagem XHTML,

a qual passaria a ser o principal padrão sugerido pelo consórcio. (EIS; FERREIRA,

2012)

No ano de 2004, algumas empresas descontentes com a falta de

continuidade do HTML se uniram com o objetivo de formular uma nova versão da

linguagem. Desta iniciativa originou-se o grupo WHATWG, este composto pela

Apple, Opera e Mozilla. (EIS; FERREIRA, 2012)

Ao decorrer do projeto da nova versão para a HTML, o W3C se interessou

pelas formulações propostas. Dessa forma, em 2006 o consórcio passou a ser

colaborador da iniciativa. Por consequência, a pesquisa de aprimoramento da

XHTML foi encerrada em 2009. (EIS; FERREIRA, 2012)

As versões anteriores da HTML não possibilitavam a elaboração de uma

marcação de código semântico, isso porque toda a estrutura dos blocos de conteúdo

eram aplicados pela tag div. Isto acarretava no uso excessivo de ids, pois não exista

Page 94: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

93

um outro modo de identificar as áreas do conteúdo. Neste modelo, todo bloco, seja

ele destinado a cabeçalho ou conteúdo principal eram marcados na tag div. (EIS;

FERREIRA)

A HTML5 trouxe significado semântico à elaboração de marcação do

conteúdo. Com esta é possível identificar as áreas da página, sendo cada uma delas

apresentadas por uma tag especifica, dentre as quais:

Header: destinada a inserção do cabeçalho da página;

Nav: para aplicação dos links de navegação do site;

Section: sessões da página;

Aside: barra de navegação direcionada a conteúdo secundário, aplicável as

propagandas contidas nas páginas;

Article: nesta é indicado o artigo da página, ou seja, o conteúdo principal;

Footer: o rodapé da página. (SILVA; 2011)

Os avanços da HTML5 não somente proporcionaram significado semântico,

mas também facilitaram a criação das páginas. Visto que, algumas informações

obrigatórias foram resumidas na atual versão da linguagem. (EIS; FERREIRA, 2012)

O primeiro elemento que compõem uma página web é o Doctype, este é o

responsável por indicar ao browser o tipo de documento a ser carregado. Existe um

Doctype referente a cada versão da HTML, desse modo, assim que este é

identificado pelo navegador é detectada a versão da linguagem aplicada ao site.

(SILVA, 2011)

Exemplo de Doctype característico a HTML4:

<!DOCTYPE HTML PUBLIC “-//W3C//DTD HTML 4.01//EM”

http://www.w3.org/TR/html4/stic.dtd>

Exemplo de Doctype característico a HTML5:

<! DOCTYPE HTML>

Durante a concepção de uma página web, é necessário inserir informações

que indiquem ao navegador a tabela de caracteres utilizada como padrão no site.

Esta é informada no corpo da tag head. (EIS; FERREIRA, 2012)

Page 95: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

94

Exemplo de informação da tabela de caractere na versão HTML4:

<head>

<meta http-equiv=”Content-Type” content=”text/html;

charset=utf-8”>

</head>

Exemplo de informação da tabela de caractere na versão HTML5:

<head>

<meta charset=”utf-8”>

</head>

A linguagem HTML5, assim como propiciou facilidade e organização na

estrutura das páginas web, também aprimorou o desenvolvimento de formulários, de

modo que estes sejam mais ágeis nas respostas às interações e mais específicos a

cada tipo de informação inserida. (SILVA, 2011)

Os formulários estão presentes em toda a web, atualmente se caracteriza por

ser uma das principais formas de interação entre o usuário e o site. Todavia, a

disponibilização de formulários requer cuidados em relação à veracidade e

segurança das informações. (SILVA, 2011)

Atualmente é possível realizar a validação de alguns campos de entrada dos

formulários sem a necessidade de arquivos JavaScript. Isto porque foram

desenvolvidos novos elementos para linguagem HTML, de modo que passou a ser

possível a aplicação de validações client-side sem o uso de scripts. (SILVA, 2011)

Em decorrência da possibilidade de validações via HTML, as interações entre

usuário e formulário tendem a ficarem mais rápidas e intuitivas. Posto que, os

navegadores não precisarão renderizar scripts destinados a esta tarefa.

Dentre os novos atributos referentes a formulários, destacam-se:

placeholder: possibilita a transmissão de dicas características ao campo a ser

preenchido;

required: torna o preenchimento obrigatório;

pattern: propicia a elaboração de expressões regulares, com isso possibilita a

criação de modelos de preenchimento;

Page 96: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

95

4.9 CSS

A CSS é a responsável pela estilização do conteúdo marcado por HTML,

nesta é possível aplicar desde formatações mais simples as mais complexas. Com

isso, qualquer conteúdo que faça uso de marcação HTML pode ser aplicado

instruções CSS. (EIS; FERREIRA, 2012)

A CSS foi criada com o objetivo de facilitar a criação de páginas web, visando

à importância de desenvolver em camadas. Neste processo de desenvolvimento em

camadas, o HTML é encarregado apenas de marcação da informação, enquanto a

CSS tem como função formatá-la. (SILVA, 2012)

Em 1994 foi elaborada a primeira proposta da instauração da CSS, antes

disso pensava-se que os navegadores que deveriam ficar a cargo da formatação de

exibição do conteúdo. Nesta época os recursos de estilização eram mínimos, pois só

eram realizáveis formatações de tipos de fontes e cores. Entretanto, apesar dessa

sugestão de uma linguagem exclusivamente para a formatação, apenas em 1996 o

W3C a tornou recomendação para o processo de desenvolvimento web. (SILVA,

2012)

O processo de formatação é feito com a inserção de regras CSS, uma regra

CSS é a menor fração de código capaz de executar mudanças na exibição de

informações. Esta é constituída de um seletor, sendo que este indica qual elemento

é o designado para a estilização, ou seja, o que estiver como seletor na regra será o

alvo da transformação. A outra parte da regra é classificada como declaração, esta

por sua vez é subdividida em duas partes, onde a primeira indica uma propriedade e

a segunda um valor destinado a esta propriedade, A figura 4.3 ilustra a composição

da regra. (SILVA, 2012)

Figura 4.3 – Regra CSS Fonte: SILVA, 2012, pg.26.

Uma única regra CSS pode conter inúmeras declarações, sendo assim um

bloco destinado a conteúdo pode possuir a seguinte formatação:

Page 97: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

96

#conteudo{

width: 70%;

height: 40%;

border: 2px #f00 solid;

}

Na regra exemplificada o alvo da transformação seria uma div identificada

pelo id conteúdo, ou seja, este exerce o papel de seletor da regra, nesta estão

sendo declarados: largura, altura e borda, sendo width, height e border as

propriedades seguidos por seus valores respectivos, é importante ressaltar que um

valor pode ser uma quantificação ou qualificação. (SILVA, 2012)

A aplicação de estilização por CSS não é feita apenas com o intuito de criar

páginas mais atraentes com designs mais sofisticados, isso porque esta linguagem

de formatação é fundamental para a concepção de páginas inerentes a usabilidade

e acessibilidade. (EIS; FERREIRA, 2012)

Uma regra CSS pode contribuir com a usabilidade destacando informações

relevantes e auxiliando na arquitetura de informação, pois os conteúdos podem ser

formatados de modo que cada informação tenha sua própria hierarquia e forma. Isto

pode ser feito aplicando determinada cor e formato a menus, assim como tornando

títulos e palavras chave mais destacados em relação ao restante do texto.

A acessibilidade pode ser auxiliada com a inserção de regras que possuam

declarações que estabeleçam um contraste entre a cor de fundo de um conteúdo

com a cor da fonte da informação. Outra contribuição consiste na organização de

dados a serem preenchidos em formulários, pois campos de preenchimento

obrigatório podem ser indicados por cores que simbolizem avisos, assim como todos

os campos podem ser divididos em grupos para melhor reconhecimento dos dados a

serem preenchidos, isto é possível com a aplicação da tag fieldset, neste caso a

função do CSS seria indicar seu formato e cor.

4.9.1 CSS3

CSS3 é a atual versão da folha de estilos, nesta os recursos foram

extensamente aprimorados, sendo otimizado o processo de formatação de páginas

web, visto que foi atenuado o uso excessivo de imagens destinadas exclusivamente

Page 98: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

97

a detalhes gráficos, dessa forma foram ajustadas técnicas voltadas para SEO,

usabilidade e acessibilidade, pois com os novos recursos de formatação, cada vez

mais as páginas tendem a ter apenas informações textuais e imagens referentes ao

conteúdo, estes devidamente marcados por tags HTML. (EIS; FERREIRA, 2012)

A atual versão da CSS, diferentemente das anteriores foi lançada sem estar

completa, pois esta ainda está em processo de desenvolvimento e testes para

tornar-se recomendada. Todavia, o W3C, dividiu a versão em módulos, sendo assim

cada módulo será disponibilizado de forma independente, ou seja, assim que

determinado módulo é finalizado prontamente este é liberado, com isso o prazo para

recomendação da versão CSS3 é indeterminado. (SILVA, 2012)

Dentre os novos recursos oriundos da atual versão destaca-se a regra @font-

face esta tem por objetivo extinguir o uso de imagens para a substituição de textos,

técnica bastante aplicada para a produção de páginas contendo informações

textuais com fontes diferentes, habitualmente não encontradas nos sistemas

operacionais de usuários. (EIS; FERREIRA, 2012)

Normalmente os designers para não abdicarem de um layout mais criativo,

tendem a gerar imagens com texto e inseri-las nas páginas em detrimento de

informações inseridas por tags particulares a produção textual. No entanto, esta

prática afeta drasticamente a acessibilidade, isso porque leitores de tela não

interpretam imagens, com isso também é prejudicada a usabilidade, pois quanto

mais acessível, mais usável um site é. Além disso, também é depreciado o SEO,

visto que os robôs de busca assim como leitores de tela não interpretam imagens.

A regra @font-face funciona de modo que qualquer tipo de fonte pode ser

aplicada na formatação de uma página, sem atribuir preocupação de compatibilidade

a equipe de desenvolvimento em relação ao sistema operacional do usuário, isso

porque a técnica possibilita a importação de fontes nas folhas de estilo. Desse modo

assim que a página é carregada pelo navegador do usuário, caso este não tenha a

fonte em questão, está é exibida normalmente, pois junto as demais regras de

exibição contidas nas folhas de estilo também são carregadas as fontes inexistentes

no sistema. (EIS; FERREIRA, 2012)

É comum designers durante a concepção de layouts inserirem imagens para

criarem efeitos de contraponto de cores, apesar desta técnica tornar as páginas

mais adaptáveis as cores que realcem a marca, a usabilidade é danificada. Isso

porque o uso excessivo de imagens meramente decorativas aumenta o peso do

Page 99: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

98

arquivo CSS, consequentemente é prolongado o tempo de download das páginas.

Um dos novos recursos providos pela CSS3 é a possibilidade de manipulação

de cores a fim de criar contrapontos sem a necessidade de imagens, pois o efeito

gradiente possibilita a inserção de cores de modo que sejam indicados intervalos

para início e fim de cada cor. Este efeito é aplicado na propriedade background.

(EIS; FERREIRA, 2012)

A aplicação de sombras em formas ou textos é comum em qualquer meio de

representação visual, seja impresso ou em mídias digitais, na web isto acontecia

com o auxilio de softwares para edição de imagens, pois tornar textos ou blocos de

conteúdo com efeitos de sombra só era possível com a inserção de imagens

previamente tratadas com a aplicação de filtros de sombreamento.

Uma nova propriedade da CSS3 permite a aplicação de sombras a textos e

contêineres de conteúdo, com isso, assim como a @font-face, esta também contribui

com a extinção da prática de inserção de imagens como textos. A propriedade text-

shadow é destinada ao efeito de sombreamento em textos, enquanto a box-shadow

é voltada para sombras em elementos. (EIS; FERREIRA, 2012)

Em sites que seja necessário uma apresentação de páginas mais estilizadas

com mescla de cores e imagens de fundo, é comum a criação de divs em HTML sem

atribuição semântica, isso porque para conceber tais mesclas pode ser criada uma

div para determinada imagem de fundo, enquanto em outra div é aplicada uma

formatação de cor, sendo que pode ocorrer de ambas não possuírem informações,

ou seja, terem sido criadas apenas para uso decorativo.

A partir do surgimento da CSS3 tornou-se possível criar diversos backgrounds

sem a necessidade de criar divs extras, pois a propriedade background deixou de

permitir a atribuição de um único valor, agora é cabível a inserção de múltiplos

valores, sejam diversas imagens, ou mescla de imagens e cores, sendo que é

realizável a indicação de qual parte da div cada valor deve formatar. (EIS;

FERREIRA, 2012)

Em alguns layouts de páginas pode haver a necessidade de apresentar

elementos com bordas arredondadas, esta prática com as versões anteriores da

CSS só era realizável fazendo-se uso de imagens com funções meramente

decorativas.

Na nova versão da CSS foi incluída a propriedade border-radius, esta é

responsável por arredondar bordas, sua aplicação permite especificar quanto cada

Page 100: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

99

superfície da borda deve ser inclinada, podendo ser atribuídos valores diferentes

para cada lado do elemento, assim como as partes inferiores e superiores. (EIS;

FERREIRA, 2012)

Apesar dos avanços obtidos com a mais recente versão da CSS, é de

extrema importância que seus novos recursos sejam aplicados com cautela e com o

acompanhamento de testes, pois estes funcionam apenas em navegadores

modernos. Dito isto, é de responsabilidade dos envolvidos no desenvolvimento das

páginas terem a preocupação de fornecerem suporte a usuários que possuam

navegadores antigos, isto pode ser realizado com a aplicação de testes nas páginas

que direcionem arquivos CSS específicos aos recursos que cada navegador detém.

(SILVA, 2012)

4.10 JAVASCRIPT

A linguagem JavaScript foi concebida com o intuito de possibilitar

interatividade às páginas web, a sua criação é derivada de uma parceria entre as

empresas Netscape e Sun Microsystems, sendo Brendan Eich o responsável por

sua concepção. A primeira versão da linguagem ocorreu em 1995, em março do ano

seguinte, o extinto navegador Netscape Navigator 2.0 implementou suporte a

linguagem, neste período este navegador dominava o mercado de browsers.

(SILVA, 2010)

A elaboração da JavaScript é alicerceada em uma mescla de conceitos

oriundos das linguagens C e Self. (REMOALDO, 2008) A aplicação desta é

direcionada ao desenvolvimento client-side, ou seja, sua implementação é destinada

as ações visíveis ao usuário. Dessa forma, a execução de scripts necessita de

suporte por parte do navegador utilizado durante a navegação do usuário.

Atualmente todos os principais navegadores possuem um interpretador de

JavaScript. (SILVA, 2010)

O comportamento da navegação do usuário pode ser toda manipulável por

uso de scripts, sendo possível: interferências nos aspectos visuais das páginas,

ocorrência de pop-ups, mensagens de alerta e avisos, assim como, alterações de

dimensões do navegador. (SILVA, 2010)

O desenvolvimento front-end encontra como principal problema em relação a

desempenho, a execução de JavaScript, este dependendo do modo ao qual seja

Page 101: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

100

aplicado pode prejudicar a usabilidade do usuário. Isso porque alguns scripts podem

bloquear a renderização da página, ou seja, enquanto o script não terminar de ser

interpretado, nenhuma outra informação é carregada. (ZAKAS, 2010)

O processo de espera nas renderizações das páginas é decorrente do modo

de funcionamento dos atuais navegadores, pois em sua maioria, estes mantêm

apenas um fluxo de funcionamento que é orientado tanto as atualizações da

interface, quanto para a interpretação e execução de scripts. Por conseguinte,

enquanto determinado elemento da página é renderizado, outro é mantido em

espera. (SILVA, 2010)

A forma de inserção de scripts não difere em sua interferência na

renderização, pois assim que um script é detectado, seja ele inserido por arquivo

externo ou transcrito na página, o carregamento dos demais elementos desta não

prossegue enquanto o script não for interpretado. A interrupção do carregamento

ocorre porque não existe uma forma do navegador identificar as alterações

aplicáveis pelo script, esta compreensão somente é possível com o término da

interpretação de todo o script. (ZAKAS, 2010)

Em virtude da importância do desempenho de aplicações web é ressaltada a

atenção ao posicionamento de scripts nas páginas. Presentemente, o W3C orienta

que todo script deve ser inserido no corpo da tag head ou body. É habitual a

realização de inserções na tag head, isso porque as equipes de desenvolvimento

tendem a posicionar chamadas a scripts, folhas de estilo e metatags em um mesmo

trecho da página, com o intuito de facilitar a localização de todas as chamadas e

descrições referente à página em questão. (ZAKAS, 2010)

No entanto, todo conteúdo contido na tag body não é carregável enquanto as

informações presentes na tag head não forem interpretadas, sendo assim, convém

aos responsáveis pela elaboração das páginas inserirem os scripts próximos ao

fechamento da tag body. Visto que, desse modo será obtido ganho de desempenho

no carregamento das páginas, pois quando o primeiro script for localizado, toda a

informação já terá sido apresentada ao usuário. (ZAKAS, 2010)

4.11 JQUERY

Em 2006 foi lançado o primeiro plugin da biblioteca jQuery, este é estruturado

na biblioteca JavaScript. Possui como objetivo simplificar a inserção de conteúdo

Page 102: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

101

inteligente em páginas web, ou seja, o comportamento dos elementos das páginas,

esta simplificação é sintetizada em códigos relativamente curtos se comparados a

funções JavaScript que objetivam o mesmo resultado. (SILVA, 2010)

A aplicação do jQuery em páginas web visa auxiliar as etapas de

desenvolvimento, faz isto com a disponibilização de funcionalidades que facilitem

tanto a elaboração do projeto quanto a usabilidade do usuário. Esta biblioteca é

baseada nos padrões web estabelecidos pelo W3C, desse modo prioriza

compatibilidade com todos os sistemas operacionais atualmente disponíveis, assim

como os navegadores, por estar em constante aprimoramento e em adequação aos

padrões web, encontrasse compatível as principais práticas atuais de

desenvolvimento, dentre elas seletores de CSS3. (SILVA, 2010)

O foco da jQuery é prover técnicas que estabeleçam o controle

comportamental sobre os elementos HTML. Por conseguinte é entendível que o

êxito desta biblioteca se deve a sua capacidade e simplicidade com a qual possibilita

a localização e manipulação de marcações HTML. (SILVA, 2010)

O uso da jQuery é feito por meio de seletores CSS, estes são os

responsáveis por localizarem os elementos contidos na marcação HTML. Sua

estrutura é constituída de compatibilidade com outras bibliotecas JavaScript, além

disso é configurável, sendo assim permite atualizações e acréscimo de novas

funcionalidades. (SILVA, 2010)

Um fator interessante da jQuery consiste em sua estrutura não permitir a

inserção de códigos HTML em trechos de script, com isso contribui ao

desenvolvimento em camadas, pois separa a camada inteligente da marcação

HTML. (SILVA, 2010)

A biblioteca jQuery trabalha na árvore DOM dos arquivos, isso porque seu

funcionamento é exercido por buscas a elementos contidos na marcação HTML.

Devido a isso, a execução de um script só é possível após o carregamento completo

do código HTML. (SILVA, 2010)

De acordo com Murphey (2010), os scripts jQuery podem ser inseridos nas

páginas de duas formas, são elas: inline e em arquivo externo.

No modelo de inserção inline o código é aplicado dentro da própria página,

isto é realizado da seguinte forma:

Page 103: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

102

<script type=”text/javascript”>

$(document).ready(function(){

$().fontSize({

alvo: ‘#pagina’

});

});

</script>

Caso o modelo de inserção inline seja adotado é orientado que o script seja

aplicado no fim do código HTML, isto garante melhor desempenho aos

carregamentos das páginas, visto que, o script só será acionado após todo o

conteúdo ser indexado pelo navegador, sendo assim a apresentação da página não

será interferida com requisições que não serão utilizadas em sua indexação inicial.

(MURPHEY, 2010)

Conforme Murphey (2010), um arquivo externo pode ser inserido dentro do

trecho de código head ou body da pagina HTML. Esta inserção é feita do seguinte

modo:

<script type=”text/javascript” src=”lib/font_size.js”>

</script>

É aconselhável que seja utilizado o carregamento de arquivos externos, pois

isso garante a reusabilidade, tendo em vista que um mesmo arquivo pode ser

chamado em diversas páginas. (SILVA, 2010)

4.12 USABILIDADE

Assim como na televisão os usuários da web possuem o controle sobre suas

ações, se ao assistir a televisão estes controlam a ação alternando entre os canais

disponíveis. Na web seu controle principal consiste na navegação por links

direcionados a fragmentos ou páginas internas de um mesmo site, além disso,

também podem mudar de um site para outro, decisão semelhante à troca de canais.

Todavia, apesar da semelhança, a web disponibiliza escolhas incalculáveis, tendo

em vista que o número de sites aumenta desenfreadamente a cada dia. (NIELSEN;

Page 104: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

103

LORANGER, 2007)

As possibilidades de controle e interação providas pela web faz desta um

meio de comunicação e informação único, isso devido às diversas opções de

conteúdo. Por outro lado, seu vasto conteúdo implica em complexidade maior para

seus usuários, dificuldades estas superiores aos demais meios de comunicação,

pois junto a um horizonte de opções vem uma série de obstáculos. (IEIRI; COLE,

2011)

A informação não é apenas para ser ouvida, vista e lida, mas sim

compreendida. Sendo assim, quanto melhor a qualidade da informação e seu modo

de exibição, mais facilidade terão os interessados em compreenderem suas

mensagens (NIELSEN; LORANGER, 2007)

Conforme Krug (2011), as pessoas ao interagirem com os sites, não se

preocupam em como suas funcionalidades são realizáveis, o que lhes interessa é se

podem usufruí-las e de que modo estas são praticáveis. Exatamente por isso,

segundo Nielsen e Loranger (2007) os autores de conteúdos de sites devem

priorizar a qualidade das interações com os usuários, visando que as informações

sejam facilmente alcançáveis.

Para tornar o uso de sites simplificado é aplicado o conceito de usabilidade,

que de acordo com a norma ISO 9241-11, designa que a usabilidade consiste na

eficiência, agrado com que as pessoas alcançam objetivos específicos em

ambientes característicos. (MARTINEZ, 2003)

O conceito de usabilidade denota que é impreterível que algo tenha bom

funcionamento, para com isso possibilitar que pessoas com diferentes graus de

habilidades e experiência possam fazer uso de um objeto ou conteúdo de modo

satisfatório. (KRUG, 2011)

Uma boa usabilidade implica em qualidade destinada a facilidade de

manuseio, rapidez e habilidade, com a qual indivíduos possam aprender a utilizar

algo. Desse modo, é essencial que o aprendizado seja de fácil memorização e

reconhecimento em novas experiências, pois com isso é atenuada a propensão a

erros. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

A usabilidade aplicada com sucesso beneficia o proprietário do site e seus

usuários, isso porque os autores do conteúdo conseguem transmitir com êxito a

informação que possuem, assim como seu público sente-se mais a vontade a

interagir com o site, uma vez que assimilam com facilidade suas funcionalidades e

Page 105: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

104

conteúdo. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

De acordo com Nielsen e Loranger (2007) com o aperfeiçoamento dos sites

fazendo-se uso da usabilidade, as pessoas menos íntimas às tecnologias são

beneficiadas, sejam estas de baixo grau de instrução ou privadas de acesso. Este

beneficiamento possibilita melhores oportunidades de emprego aos menos

instruídos e idosos, assim como aos com algum tipo de deficiência, visto que o uso

de sites e sistemas de informação tornam-se mais amigáveis e fáceis de utilização.

Com isso é estabelecida uma contribuição à sociedade uma vez que é facilitada a

inclusão.

O conceito de usabilidade só é completo quando aliado a acessibilidade,

tendo em vista que algo complexo confunde usuários de um modo geral,

impossibilita ainda mais os que sofrem de alguma limitação. (KRUG, 2011)

Os principais problemas de uso ocorrentes na web possuem em comum a

falha ou não existência da usabilidade. Sendo encontrada como a maior dificuldade

a percepção e reconhecimento das informações e funcionamento da navegação pelo

excesso de informações. Referente a estas questões é que se apresenta cada vez

mais importante a necessidade de aplicar diretrizes de usabilidade ao longo do

desenvolvimento de sites. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

4.12.1 Diretrizes de Usabilidade na Web

As pessoas gostam de atingir resultados sem se esforçarem, na web isto não

é diferente, pelo contrário, está ainda mais implícito, tendo em vista a existência de

diversos sites voltados para um mesmo tipo de conteúdo. Desse modo se algo

apresenta-se minimamente complicado de manusear ou compreender, o usuário não

se aplica em tentar entendê-lo, ao invés disso abandona o site se direcionando a

outro que forneça as mesmas informações de modo mais compreensível.

(NIELSEN; LORANGER, 2007)

O uso da web é repleto de escolhas, com isso qualquer tempo perdido em

uso da compreensão de alguma possibilidade é enfadonho. Por isso é importante

prover a sensação de despreocupação aos usuários, levá-los a não se preocuparem

em como funcionam as escolhas e sim em que resultam, pois somente assim os

visitantes se manterão estimulados a navegarem pelo conteúdo do site. (KRUG,

2011)

Page 106: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

105

Segundo Krug (2011) os usuários não costumam ler na íntegra as

informações contidas nas páginas, ao invés disso olham rapidamente as partes que

julgam serem mais interessantes a procura de algo que os atraia. Conclui Nielsen e

Loranger (2007) que é fundamental que cada página justifique sua relevância

quando acessada.

O conceito de usabilidade aplicado à web é fundamentando em diretrizes que

são sintetizadas em três objetivos:

Facilidade de usar: ou seja, conteúdo simplificado e intuitivo, de fácil

compreensão;

Facilidade de aprender: todo elemento da interface deve ser de fácil

reconhecimento;

Atenuar os erros dos usuários: para isso é imprescindível auxiliar os usuários

com mensagens e dicas visuais. (PAGANI, 2011)

Todas as páginas devem ser desenvolvidas com as diretrizes de usabilidade,

sendo ainda mais crucial a formulação de boas homepages, haja vista que a maioria

dos usuários tende a utilizá-las como ponto de partida em suas visitas aos sites.

(NIELSEN; LORANGER, 2007)

Para a concepção de uma homepage satisfatória as informações inseridas

nestas devem transparecer mensagens claras e diretas, e isso só é possível com a

formatação de parágrafos curtos, posto que, os usuários analisam rapidamente os

textos a procura de palavras chave. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

Afirmam Nielsen e Loranger (2007) que a homepage tem como objetivo

apresentar aos visitantes o site a qual estes acessarem, destacar os seus pontos

mais representativos, sejam estes de informações ou produtos e, exibir links

direcionados as principais seções. A estrutura e organização devem prover

percepção e reconhecimento dos pontos chave. (KRUG, 2011)

As informações e links da homepage devem ser concisos e autoexplicativos

para que esta apresente seus principais conteúdos de modo claro, fácil de identificar

e sem poluição visual. Assim sendo, é fundamental fornecer dicas visuais sem

ambiguidade, denotar claramente para qual tipo de conteúdo cada um é direcionado.

(KRUG, 2011)

A popularização da web produziu nos usuários algumas expectativas em

relação a padrões de posicionamento dos elementos nas páginas dos sites, uma

destas é a localização de sua logomarca, pois já é prática corrente esta estar

Page 107: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

106

localizada no canto superior esquerdo denotando que é o ponto mais alto da

hierarquia formada pelos conteúdos das páginas. (KRUG, 2011)

Durante a navegação pelas páginas internas do site a todo momento é

necessário que seja de fácil reconhecimento a página na qual o usuário se encontra,

a logomarca de identificação do site, assim como um campo destinado a busca, este

por padrão é comumente disponibilizado no canto superior direito de todas as

páginas, pois assim é facilmente perceptível a sua experiência. (NIELSEN;

LORANGER, 2007)

Os menus não devem ter estruturas muito sensíveis, posto que, isto implica

em dificuldade a usuários com limitação de percepção, seja por alguma deficiência

ou fator decorrente da idade. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

Todas as páginas devem manter em sua apresentação conteúdos sucintos,

ou seja, textos que sejam diretos, que agilizem a leitura, pois assim como faz parte

dos hábitos dos usuários a não leitura linear das páginas, textos longos implicam no

uso excessivo de barra de rolagem, elemento esse que a maioria dos usuários não

costuma utilizar. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

Conforme Nielsen e Loranger (2007) é interessante conceber o design das

páginas provocando três níveis emocionais nos usuários, que são: visceral, este é

provocado pela aparência, tem por característica ser imediatista. Nível

comportamental: é fundamentado na usabilidade de algo, consiste em qual

sentimento é provocado no indivíduo durante a experiência de uso, se este é

agradável. O último nível é denominado reflexivo, que por sua vez possui foco na

forma do indivíduo pensar em relação a algo, se este objeto de análise apresenta

benefícios ou malefícios.

A usabilidade se mostra de caráter comportamental, isto fica nítido mediante o

fato de que ao longo da existência da web não ocorreram grandes mudanças nas

principais diretrizes de usabilidade. Isto ocorre porque os sites são para o uso de

pessoas, ou seja, correspondem ao comportamento e costume de uma época e, o

comportamento humano costuma levar algum tempo para consolidar mudanças

efetivas. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

As sensações resultantes da experiência do uso de algo esclarecem a

importância de tornar as páginas usualmente fáceis, isso porque por mais que a

sofisticação e criatividade da interface atraiam, somente uma usabilidade eficaz e

agradável fidelizará seu público. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

Page 108: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

107

4.13 SEARCH ENGINE OPTIMIZATION (SEO)

Desde os primórdios das civilizações o homem busca estabelecer relações

sociais uns com os outros. Isto porque intuitivamente é de conhecimento que tanto

para a sobrevivência, quanto para uma vida mais cômoda o homem necessita da

busca por novas informações e conhecimentos, que por sua vez, torna-se bem mais

prático e fácil serem adquiridos em trocas de aprendizagem e experiência inerentes

aos relacionamentos sociais dos indivíduos. (OLIVEIRA, 2013)

A busca por informações e conhecimentos faz parte da evolução da

humanidade, na época atual, caracterizada como a era da informação, as buscas

apresentam-se ainda mais indispensáveis para a aquisição de aprendizado sólido.

Em consequência da globalização e intensivo uso de tecnologias de informação é

destacado o comportamento de busca dos indivíduos, estes cada vez mais ávidos

por novas informações vastamente acessíveis na web. (OLIVEIRA, 2013)

O infindável número de conteúdos publicados diariamente na web expõe uma

vastidão de possibilidades, todavia, quanto maior o número de escolhas mais

complicado será alcançar seu objeto de pesquisa. (OLIVEIRA, 2013) Sendo assim,

faz-se importante a utilização de mecanismos de busca que facilitem localizar e

discernir sites com conteúdo relevante dentre a enorme quantidade atualmente

existentes. (ALVAREZ, 2011)

Os primeiros serviços de busca foram concebidos em contrapartida a esta

imposição de filtrar conteúdos da web, no entanto, estes não eram tão eficazes

devido à lentidão das conexões de internet dos usuários. Todavia, com o avanço das

tecnologias e surgimento da banda larga, os serviços de busca também foram

aprimorados e consequentemente se estabeleceram como parte do comportamento

dos internautas. (OLIVEIRA, 2013)

Os sites de busca são basicamente compostos de três mecanismos:

Rastreamento: é voltado a coleta de informações na web;

Indexação: designado a separar todo o conteúdo coletado;

Ranqueamento: as páginas são categorizadas de acordo com sua relevância.

No cenário da crescente de uso de sistemas para pesquisa web, o serviço

que mais se destaca é o provido pela Google, esta desde sua criação mudou

significativamente a forma de uso da web pelos usuários. Isso porque grande parte

de seu público, antes do acesso a qualquer site faz uma pesquisa prévia sobre o

Page 109: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

108

tema ou serviço a qual lhe interessa, para somente depois, com os resultados

fornecidos acessarem determinado site. (OLIVEIRA, 2013)

De acordo com IBOPEMEDIA (2011) apud Oliveira (2013), a cada 60

segundos 694.445 buscas são realizadas no Google. No Brasil, mensalmente 41

milhões de pessoas acessam sites de busca. (IBOPEMEDIA, 2011 apud OLIVEIRA,

2013) Destes usuários brasileiros 98% utiliza o Google. (OLIVEIRA, 2013)

Os internautas basicamente realizam três tipos de busca:

Busca navegacional: nesta é digitado o nome de determinada empresa ou

marca a qual o usuário tem interesse;

Busca informacional: é pesquisado um tema genérico;

Busca transacional: é indicada a intenção do usuário, seja comprar, abrir uma

conta em banco, etc. (SOUZA, 2012)

Em função do hábito dos usuários de consultarem sites de pesquisa para

acessarem conteúdo, todos os envolvidos no desenvolvimento de sites devem ater-

se a necessidade de possibilitarem com que suas páginas web sejam facilmente

detectadas por estes sites de busca. Pois com isso, a empresa obterá uma presença

mais ativa na web, visto que, seu conteúdo será classificado como resultado nas

buscas. (ALVAREZ, 2011)

Tornar o site encontrável por buscadores não apenas atrai um maior público,

mas também é obtido um público mais engajado no conteúdo disponibilizado, pois o

usuário originado de links fornecidos por buscadores tende a realmente estar

interessado nas informações oferecidas, posto que, o site foi selecionado entre os

vários resultados inerentes a pesquisa. (SOUZA, 2012)

O processo de desenvolvimento de um site deve conter a aplicação de

técnicas que possibilite uma boa colocação deste em resultados de buscadores. As

páginas de resultados dos sites de pesquisa são nomeadas de Search Engine

Results Page (SERP), para que um site seja exibido entre os seus primeiros

resultados é necessário o uso de técnicas de SEO. (SOUZA, 2012)

4.13.1 Técnicas de SEO

O conceito de SEO consiste na aplicação de técnicas de otimização nos sites,

com o intuito destes adquirirem um bom posicionamento em resultados de

pesquisas de buscadores. (OLIVEIRA, 2013) A otimização é realizada com o

Page 110: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

109

emprego de um conjunto de procedimentos, estes por sua vez são divididos em dois

grupos: internos e externos. (OLIVEIRA; et al, 2011)

As diretrizes de SEO internas são destinadas ao conteúdo das páginas, deste

modo, são aprimorados os títulos das URLs, as palavras chaves nos títulos e blocos

de conteúdo. Já as técnicas externas investigam a quantidade de links de outros

sites que interliguem ao site em questão, assim como a audiência que este obtém,

quais os horários de maior acesso, as características do público: sistema

operacional, navegador. (OLIVEIRA; et al, 2011)

A inserção de técnicas de SEO no processo de desenvolvimento exige da

equipe do projeto uma compreensão do público alvo do site, isso porque é primordial

que este seja otimizado visando o interesse do usuário, pois somente assim será

localizado com maior frequência em pesquisas. (OLIVEIRA, 2013) Para isso é

fundamental que os responsáveis pela redação dos textos redijam com atenção ao

vocabulário de seu público. (NIELSEN; LORANGER, 2007)

A marcação HTML do conteúdo deve ser padronizada, ou seja, esta deve ser

aplicada seguindo os padrões e funções a qual cada tag pertence, Desse modo,

toda página deve conter uma tag title, esta é destinada ao título, sendo que cada

página necessita ter um título único. Também é fundamental a inserção da tag

description que tem como função descrever o conteúdo da página. Todo título de

matéria, artigo ou bloco de texto deve ser hierarquizado por tags heading, estas tags

iniciam no h1, que é aplicado ao título principal da página e, termina no h6 que é o

menor nível de heading. (ALVAREZ, 2011)

Para realçar trechos dos textos é utilizado o negrito ou itálico, os buscadores

interpretam que palavras destacadas merecem maior atenção. (OLIVEIRA, 2013) É

importante ressaltar que os buscadores não interpretam imagens, ou seja, só

compreendem texto, fator que contribui à acessibilidade, pois desse modo os

buscadores valorizam sites compostos por páginas que tenham textos relevantes.

(NIELSEN; LORANGER, 2007)

As técnicas de SEO são mais abrangentes que ajustes nas tags utilizadas e

conhecimento do público alvo, no entanto, estes procedimentos são fundamentais

para a concepção de sites que visam um bom posicionamento nos buscadores. O

foco principal da equipe de projeto deve ser criar conteúdo interessante e único, ou

seja, relevante e que tenha particularidade. (OLIVEIRA, 2013)

Os procedimentos de SEO não devem ser aplicados apenas ao longo do

Page 111: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

110

desenvolvimento, estes necessitam de constante acompanhamento e ajustes, tendo

em vista que os sites buscadores estão sempre sendo ajustados. (OLIVEIRA; et al,

2011)

4.14 BANCO DE DADOS

Banco de dados é um sistema de arquivos integrados que atende a um

conjunto de dados devidamente relacionados, cujo propósito é criar uma

representação instantânea do estado do mundo real usando coleções de fatos

registrados no momento em que ocorrem. (MACHADO, 2004)

“Cada mudança ocorrida em algum item do banco de dados reflete uma

mudança ocorrida na realidade.” (MACHADO, 2004, p.23) Sendo assim um banco

de dados pode ser modelado a vários níveis de abstração, variando de acordo com

a intenção do modelador, este deve escolher pelo modelo que melhor satisfaça a

situação de uso. Seguindo o modelo que servirá como explicação a um usuário

sobre a organização das informações na base de dados, muito provavelmente não

deve possuir os detalhes sobre uma representação física da operação, desse modo

é importante a utilização de um modelo de representação para cada etapa do

processo de desenvolvimento. (HEUSER, 1998)

O modelo conceitual é o responsável pela primeira fase do projeto de

desenvolvimento do banco de dados, que conforme Machado (2004) tem por

objetivo criar uma descrição em alto nível das informações contidas em uma

realidade com o intuito de representar de forma global o ambiente da situação a ser

resolvida, busca descobrir os principais dados e relacionamentos existentes, sendo

independente de restrições de implementação. Este modelo é representado na

figura 4.4 a qual representa um diagrama Modelo de Entidade e Relacionamento

(MER).

Figura 4.4 – Exemplo de Diagrama MER Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 112: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

111

O modelo lógico é uma forma continua do conceitual, exerce como função a

descrição da estrutura do banco de dados na visão do usuário. Este modelo fornece

detalhes a respeito de como o armazenamento interno será realizado, porém não

influencia diretamente na implementação da aplicação no banco, pois resulta apenas

em um esquema lógico de organização dos dados. Nesta etapa da modelagem é

necessário optar pelo tipo de abordagem que será utilizado na aplicação, este pode

ser: hierarquia, rede, relacional ou orientada a objetos. (MACHADO, 2004)

Este modelo é representado na figura 4.5 a qual exibe um Diagrama de

Entidade-Relacionamento (DER).

Figura 4.5 – Exemplo de Diagrama DER Fonte: Elaborado pelos autores, 2013

O modelo físico é gerado a partir do sistema lógico, detêm como função

representar a modelagem física de armazenamento na base de dados. Esta etapa

esmiúça detalhes a respeito das informações de tamanho dos campos, assim como

quais informações devem receber nomenclaturas, etc. (MACHADO, 2004)

A figura 4.6 demonstra um exemplo de modelo físico:

Figura 4.6 – Modelo Físico Fonte: Elaborado pelos autores, 2013

Page 113: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

112

4.15 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS (SGBD)

O conceito de SGBD surgiu em meados da década de 70, este é responsável

pela gerencia da base de dados, objetiva facilitar a interação da aplicação junto a

base de dados. Em sua origem, este tipo de sistema era de difícil acesso, isso

devido à complexidade em sua manipulação, assim como o alto valor a qual era

comercializado. Todavia, com o passar do tempo foram surgindo novas tecnologias

para os SGBDs, estas os tornou mais acessíveis e compreensíveis a

programadores, dessa forma, não só foi simplificado seu uso, como também foram

criados sistemas a preços mais baixos, assim como alguns de licença gratuita.

Atualmente os mais populares são: Postgree, Firebird, MySQL, Oracle, SQLServer,

DB2. (MACHADO, 2004)

4.15.1 MySQL Server

O SGBD MySQL Server tem sua origem na Suécia, fora desenvolvido pelo

finlandês Michael Monty Widenius e os suecos David Axmark e Allan Larsson em

meados dos anos 90, quando a MySQL AB, empresa desenvolvedora nascia para o

mundo. Já em 2008 a empresa foi adquirida pela Sun Microsystems pelo valor de 1

bilhão de dólares, que logo após, em abril de 2009 foi adquirida pela Oracle.

(MILANI, 2007)

Em sua atual versão, o MySQL Server 5.6, traz algumas novidades visuais

que visam facilitar sua manipulação, também foi aprimorado o seu gerenciamento,

provendo melhorias em desempenho, escalabilidade, flexibilidade e disponibilidade.

Tais aperfeiçoamentos resultam na otimização de consultas, assim como no suporte

ao particionamento, no modelo de replicação de dados em servidores e no

monitoramento de performance . (BIANCHI, 2011)

4.16. JAVA

A empresa Sun Microsystems é a responsável pela criação da tecnologia

Java. Os estudos em torno desta se iniciaram em 1991, no qual foram investidos

recursos com o intuito de elaborar uma linguagem de programação semelhante ao

funcionamento da C++, a criação ficou a cargo de James Gosling, que inicialmente a

Page 114: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

113

batizou de Oak, entretanto, posteriormente descobriu-se que outra linguagem já

utilizava o mesmo nome, por conseguinte, esta foi renomeada para Java. (DEITEL;

DEITEL, 2010)

Em determinado momento, a pesquisa em torno do objetivo de uso da

linguagem sofreu alguns impasses, isso porque os responsáveis por sua elaboração

não souberam ao certo como direcioná-la a comunidade de programação. No

entanto, no mesmo período, ocorreu um marco na história da tecnologia de

informação, pois em 1993 a web iniciou seu processo de popularização que permeia

até os dias atuais. (DEITEL; DEITEL, 2010)

A Sun soube detectar uma oportunidade de crescimento junto à web, devido a

isso, a empresa decidiu centrar seus esforços na nova plataforma que ascendia,

com isso em maio de 1995 ocorreu o lançamento da linguagem Java. Para atrair a

atenção dos responsáveis por criarem conteúdo web, esta passou a produzir

tecnologias que propiciassem dinamismo e interatividade às aplicações

disponibilizadas na plataforma virtual. (DEITEL; DEITEL, 2010)

Durante o período de seu lançamento ao presente momento, a linguagem

Java não somente foi aperfeiçoada, como também expandiu sua área de atuação,

sendo hoje não apenas destinada a programação web, mas também a aplicações

mobile, cartões inteligentes, vídeo games, dentro outros. Atualmente esta não é

caraterizada unicamente como uma linguagem, mas sim pode ser classificada por

ser uma tecnologia. (COSTA, 2008)

O Java pode ser definido em vários contextos, aos quais se integram

formando mais que uma linguagem de programação, dessa forma compõe uma

plataforma de desenvolvimento de software alicerceada no conceito de orientação a

objetos, seguindo as seguintes classificações:

Tecnologia: em virtude da existência de conjuntos compostos por ferramentas

que agregam funcionalidades e métodos voltados ao processo de

desenvolvimento.

Plataforma de desenvolvimento: ambiente que possibilita a concepção e

execução de sistemas computacionais.

Linguagem de programação: consiste em regras sintáticas e semânticas

aplicáveis para a elaboração de softwares. Ou seja, por meio de uma

linguagem os desenvolvedores atribuem às funcionalidades, e seu modo de

funcionamento. (COSTA, 2008)

Page 115: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

114

A consolidação da tecnologia Java pode ser atribuída a sua portabilidade,

posto que, esta pode ser inserida em qualquer sistema operacional sem a

necessidade de exaustivos ajustes de código. Isto é possível em virtude de sua

estrutura conter elementos responsáveis pela compilação, interpretação e execução

das implementações inseridas por meio da linguagem. (COSTA, 2008)

A tecnologia Java é portável aos diversos sistemas operacionais existentes

em virtude da Java Virtual Machine (JVM), software responsável pela interpretação

do bytecode, desse modo possibilita a execução de sistemas desenvolvidos em

linguagem Java. É importante ressaltar que cada sistema operacional requer uma

JVM especifica. (COSTA, 2008)

Dentre os elementos que compõe a estrutura Java existe um conjunto de

bibliotecas que contém uma diversidade de funcionalidades prontas para uso, estas

são embutidas no Java Application Programming Interface (API), que visa facilitar o

processo de desenvolvimento, posto que, trechos de código prontos podem ser

aplicados por desenvolvedores. (COSTA, 2008)

O Java para ser executável dispõe de seu próprio ambiente, o Java Runtime

Enviroment (JRE), que por sua vez engloba as funcionalidades da Java API e JVM.

Um software implementado na linguagem Java só é passível de execução com a

JRE instalada no computador servidor da aplicação. (COSTA, 2008)

A comunidade de desenvolvedores Java dispõe de um kit de

desenvolvimento, o Java Development Kit (JDK), a partir da segunda geração Java

este foi renomeado para Software Development Kit (SDK). O SDK é uma plataforma

composta por um conjunto de ferramentas, sendo eles: o compilador javac; o

interpretador java; javadoc gerador de documentação, entre outros. (COSTA, 2008)

A figura 4.7 exemplifica a relação dos elementos que integram a tecnologia

Java:

Figura 4.7 - Elementos da Tecnologia Java

Fonte: COSTA, 2008, p.10.

Page 116: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

115

4.16.1 Edições do Java

Em virtude da abrangência de aplicações possíveis por meio da tecnologia

Java, esta é distribuída em edições, que por sua vez são direcionadas a

determinados cenários de uso, sendo eles: desktop, web, mobile, cartões

inteligentes. (ORACLE, 2013)

A distribuição JEE é designada ao desenvolvimento web, esta é aplicável

tanto à rede internet, quanto a redes internas de intranet. Em defluência da incisiva

presença da internet na sociedade contemporânea, a JEE é amplamente utilizada.

(COSTA, 2008)

A estrutura da JEE é composta por camadas, estas são acessíveis por um

uso de um web container. Este modelo de distribuição é composto por pacotes com

código Java, páginas com trechos (X)HTML, dentre outros arquivos característicos

às páginas web. (SAMPAIO, 2011)

A JME é destinada a aplicações com caráter de mobilidade, direcionadas a

dispositivos mobile ou portáteis, dentre os quais: celulares, pagers, palmtops, PDA’s.

(COSTA, 2008)

A edição JSE é voltada ao desenvolvimento desktop, esta distribuição é

integrada a JDK e JRE. (COSTA, 2008)

A edição JavaCard é direcionada a implementação de aplicações executáveis

em cartões inteligentes, estes basicamente utilizados em cartões de banco. Assim

como outros dispositivos que se assemelhem em recurso de memória, tais como:

chips de aparelhos celulares GSM. (COSTA, 2008)

4.16.2 A Linguagem de Programação Java

O acesso à linguagem de programação Java é livre, ou seja, esta é de uso

aberto à comunidade de desenvolvedores. (COSTA, 2008) A sua aplicação é

realizável na estrutura do conceito de orientação a objetos, ao qual é composto por

objetos, atributos e métodos. (DEITEL; DEITEL, 2010) É a partir das interações

entre objetos que ocorrem a execução das funcionalidades dos sistemas

fundamentados em Java. (COSTA, 2008)

Os objetos Java representam entidades referentes à existência externa

computacional, ou seja, pessoas, animais, países, etc. A representação de uma

Page 117: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

116

entidade é designada por modelos nomeados de classes, neste contexto uma classe

é especifica a uma entidade, por sua vez, cada classe pode gerar de zero a vários

objetos. (COSTA, 2008)

As pessoas, animais e objetos possuem características. Dessa forma, as

classes também necessitam de representações que as simbolizem, isto é possível

com a aplicação de atributos. (DEITEL; DEITEL, 2010)

As características dos objetos são representadas por atributos, aos quais,

cada atributo se refere a uma característica. De modo que, uma classe carro pode

conter os seguintes atributos: cor, ano, modelo, dentre outros. (DEITEL; DEITEL,

2010)

Os softwares funcionam por meio de interações entre usuário e sistema, na

linguagem Java está relação é estabelecida por métodos. Sendo assim, cada

método é uma ação de comportamento do sistema. (COSTA, 2008)

Por tudo, conclui-se que na linguagem Java, cada entidade é representada

por uma classe, que por sua vez, contém atributos referentes às características da

entidade simbolizada pela classe. A relação de classes com o sistema é

intermediada por métodos, ou seja, estes intermediam todo o comportamento da

classe, sua estrutura é composta por trechos de código com instruções referentes à

ação a qual ele realiza. (DEITEL; DEITEL, 2010)

Um cenário de aplicação da linguagem Java pode ser explanado na ação de

cadastro de cliente em um software. Neste o cliente é representado por uma classe

Cliente, que contém atributos referentes a cada informação preenchida no formulário

de cadastro. A ação de cadastro é executada por meio de um método que

implementa a operação. (DEITEL; DEITEL, 2010)

4.16.3 Servlet

A primeira tecnologia desenvolvida pela Sun Microsystems direcionada a

plataforma web é o servlet, sua especificação foi elaborada em 1997. Neste período

a distribuição Java EE ainda não havia sido criada. (SAMPAIO, 2011)

A estrutura dos servlets é herdada da classe javax.servlet.http.HttpServlet,

esta é localizada no pacote Container Java EE. (SAMPAIO, 2011) A função de um

servlet é tratar requisições de hosts clientes, ou seja, toda requisição do usuário ao

browser realizada em uma página Java Server Pages (JSP) é encaminhada a um

Page 118: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

117

servlet especifico que a redireciona a uma resposta. (GONÇALVES, 2007)

O direcionamento de uma requisição é executado por meio de um pedido http

ao servidor, no qual é especificado uma url, esta contém o nome do servlet que

atenderá a requisição. Uma requisição pode ser enviada via get ou post, de acordo

com o pedido o servlet a trata por um método doGet ou doPost, sendo doGet relativo

a pedidos via get e doPost para post. (SAMPAIO, 2011)

Os servlets possuem um ciclo que é divido em três fases: inicialização,

processamento das requisições e finalização. (GONÇALVES, 2007)

Em sua primeira fase, a inicialização, o servlet é carregado no Servlet

Container, este processo ocorre durante a inicialização do servidor, do contrário, o

servlet é iniciado assim que receber a primeira requisição. (GONÇALVES, 2007)

Assim que o servlet termina o processo de inicialização, este passa a estar

apto a receber pedidos. Uma vantagem deste modo de funcionamento da tecnologia

Servlet aliada a JSP, consiste na predisposição de receber várias requisições que

sejam atendidas por variáveis já pré-carregadas durante a inicialização.

(GONÇALVES, 2007)

O ciclo de vida de um servlet se conclui quando o Servlet Container considera

a aplicação inativa, ou quando o servidor é interrompido. (GONÇALVES, 2007)

4.16.4 Java Server Pages

A distribuição JEE faz uso de arquivos que possibilitem o desenvolvimento de

códigos estáticos e dinâmicos em uma mesma página web. Um dos primeiros

modelos com esse tipo de suporte foi a JSP, nesta é possível a criação de páginas

com estrutura (X)HTML para a marcação de conteúdo e a disponibilização de

informação dinâmica inserida por trechos de código Java. (GONÇALVES, 2007)

Os trechos de código Java inclusos por meio de uma JSP são nomeados de

scriplets. O nome scriplet é originado da palavra script, ou seja, uma linguagem de

script, o sufixo let representa pequeno, sendo assim, scriplets são considerados

fragmentos de scripts. (GONÇALVES, 2007)

A criação da JSP teve como propósito facilitar o desenvolvimento web por

meio da linguagem Java, visto que, anteriormente a esta tecnologia, a única forma

de desenvolver aplicações web em Java era com o uso de servlets. (COSTA, 2008)

O suporte oferecido com a tecnologia Servlet aos poucos gerou um

Page 119: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

118

problema, isso porque o gerenciamento de conteúdo apresentava-se cada vez mais

complexo, em virtude do avanço dos sistemas na plataforma web, pois tanto os

pedidos dos browsers, quanto as respostas a estas requisições eram tratadas nos

servlets, em função disto os arquivos passaram a ser muito extensos e de difícil

criação e manutenção. (COSTA, 2008)

A inserção da JSP no cenário de programação Java, possibilitou que as

requisições fossem recebidas por esta tecnologia e direcionadas a servlets

específicos a cada requisição, por tudo, o processo de desenvolvimento foi

simplificado e passou a ser concebido em camadas. (COSTA, 2008)

4.17 DESENVOLVIMENTO EM CAMADAS

A aplicação de softwares as mais diversas tarefas da sociedade tem exigido

que estes sejam cada vez mais completos, ou seja, aptos a executarem o maior

número possível de ações. Em contrapartida, isto implica complexidade ao processo

de desenvolvimento. (BAPTISTELLA, 2013)

A complexidade na codificação de sistemas pode ser atenuada dependendo

do modelo de desenvolvimento aplicado pela equipe responsável pelo projeto. Posto

que, elaborar um código organizado é significativo para simplificação do processo.

Isto pode ser concebido efetuando uma divisão do código em camadas.

(BAPTISTELLA, 2013)

O modelo de divisão empregado em projetos de software, normalmente

consiste na separação do código que contém a visão do usuário, das demais partes

relativas à lógica de negócios. (BAPTISTELLA, 2013)

4.17.1 Model View Controller (MVC)

No período da década de 70, o padrão de arquitetura de projeto MVC foi

elaborado com o intuito de auxiliar o desenvolvimento de sistemas codificados na

linguagem Smalltalk. Apesar deste padrão ter sido criado em um contexto diferente

dos dias atuais, visto que, a web ainda não existia, ainda assim, atualmente o MVC

é bastante aplicado em projetos direcionados a plataforma web. (BAPTISTELLA,

2013)

O modelo MVC é um paradigma que visa à separação em camadas do código

Page 120: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

119

de uma aplicação. Neste conceito são criadas três camadas: Model, View e

Controller, sendo cada uma responsável por uma parte especifica do sistema.

(GONÇALVES, 2007)

A camada Model é responsável por toda a parte lógica da aplicação, nesta

são inseridas as regras de negócios. (BAPTISTELLA, 2013) Esta é representada por

classes com a função de armazenamento e busca de dados. (GONÇALVES, 2007)

A visualização do usuário é codificada na View, ou seja, esta é encarregada

de apresentar todos os dados contidos nas classes da camada Model.

(GONÇALVES, 2007) A View em projetos web normalmente é desenvolvida em

código HTML. (BAPTISTELLA, 2013)

A camada Controller recebe toda requisição realizada por usuários na View,

esta camada direciona o pedido ao Model que o corresponde, posteriormente

redireciona a resposta a View responsável pela exibição da resposta a requisição.

(GONÇALVES, 2007) Dessa forma, conclui-se que o Controller é designado a

organizar o funcionamento do sistema, dado que, este realiza a intermediação das

apresentações e pedidos da View, junto ao armazenamento e busca da Model.

(BAPTISTELLA, 2013)

Uma explanação do funcionamento de MVC: o administrador solicita a

visualização de todos os clientes cadastrados, esta solicitação ocorre na View. O

Controller recebe a solicitação e a direciona ao Model que contém os registros dos

clientes, que por sua vez devolve ao Controller, na sequência este encaminha os

registros a View encarregada da listagem. (GONÇALVES, 2007)

4.18 APACHE TOMCAT

O primeiro contêiner Servlet desenvolvido pela Sun Microsystems foi o Java

Web Server, esta concepção objetivava a criação de um servidor voltado a

aplicações robustas. Em paralelo a isso, o Apache Software Foundation (ASF)

elaborou o JServ, este era um Servlet Engine integrado ao servidor Web Apache.

(GONÇALVES, 2007)

A Sun em virtude do suporte disponibilizado pela ASF, em 1999 decidiu

conceder o código fonte do Java Web Server a ASF. (GONÇALVES, 2007) Desta

doação surgiu o Tomcat, que consiste em um contêiner Java e um servidor web a

fim de propiciar um ambiente para tecnologia Java, sua estrutura é destinada ao

Page 121: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

120

suporte as suas tecnologias, dentre elas: Servlet e JSP. (LUCKOW; MELO, 2010)

4.19 JAVA DATABASE CONNECTIVITY (JDBC)

O JDBC é uma API Java que possibilita a conexão de uma aplicação codifica

na linguagem Java a um SGBD. (ORACLE, 2013) Esta API é composta por classes

e interfaces abstratas que permitem a inserção de código SQL, desse modo é

aplicável aos principais SGBDs. (GONÇALVES, 2007)

Em função do código font do JDBC ser em Java, este agrega a principal

característica da linguagem, que consiste em portabilidade independente de

plataforma. Entretanto, apesar da portabilidade da API, para cada SGBD ele

necessita de um driver especifico. (GONÇALVES, 2007)

4.20 NETBEANS

É um ambiente de desenvolvimento integrado também conhecido como

Integrated Development Environment (IDE). Criado em 1996 por dois universitários

tchecos era denominado como projeto Xelfi, logo, em 1999 o protótipo se consolidou

como uma poderosa IDE, por tudo, foi adquirida pela empresa Sun Microsystems,

que o mantém sob licença de código fonte aberto. (JAVAFREE, 2011)

Atualmente o ambiente de desenvolvimento NetBeans é bastante popular,

este dispõem portabilidade a várias plataformas, tais como Windows, Linux, Solaris

e MacOS, isto é possível porque o código fonte da IDE foi desenvolvido em Java.

Dessa forma, sua dependência é somente de suporte a JVM. (JAVAFREE, 2011)

A plataforma disponibiliza suporte a desenvolvedores que utilizam as

linguagens de programação Java, C, C++, PHP e também a linguagens de

marcação de texto: HTML e XML. Em virtude destas características, ao longo dos

anos o NetBeans tornou-se o IDE mais utilizado por desenvolvedores, seja para o

desenvolvimento de aplicativos moveis, desktop ou web. (JAVAFREE, 2011)

Neste capítulo foram apresentadas todas as tecnologias e conceitos que

contribuíram para o desenvolvimento do protótipo da galeria virtual Crie arte.

O capítulo seguinte é destinado ao processo de análise do site desenvolvido,

desse modo são abordados os requisitos necessários para a sua elaboração, assim

como os usuários e cenários existentes no sistema.

Page 122: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

121

5 ANÁLISE E PROJETO DO SISTEMA

O protótipo de galeria virtual de arte elaborado neste trabalho visa

fundamentalmente garantir um espaço para o relacionamento do artista com o seu

público. Por conseguinte, o site é estruturado de modo que facilite o acesso a

qualquer pessoa, seja ela leiga ou ciente da história da arte.

Em virtude do apoio à inclusão do acesso a arte, o site é destinado aos

seguintes usuários:

Artista plástico: interessado em divulgar suas obras;

Colecionadores de arte: interessados em pintura brasileira;

Interessados em arte: todo entusiasta da arte;

As funcionalidades, cenários de uso e seus usuários foram elaborados com

embasamento nas necessidades e aspirações dos envolvidos com a arte

contemporânea citados no primeiro capítulo do presente trabalho, ou seja, os

artistas e apreciadores de arte, interessados em vinculá-la à web de modo mais

dinâmico e interativo, de modo que seja estabelecido um espaço para relações de

divulgação, compra e debate a respeito dos novos modelos e costumes do atual

estado da arte.

Conforme a presente pesquisa denotou, os atuais espaços virtuais para

divulgação de obra, em sua maioria não estão aptos a atenderem as requisições dos

interessados em arte. Visto que, estes espaços não possibilitam uma interação entre

o artista, seu trabalho e os interessados neste, pois as galerias virtuais, e até mesmo

museus tendem a exporem apenas uma ficha técnica do artista, contendo

informações a respeito deste, assim como suas obras e respectivas descrições.

Os atuais modelos de exposição de arte limitam a transição desta aos atuais

hábitos de expressão da presente sociedade, posto que, atualmente as pessoas

usufruem da internet não somente com o intuito de terem acesso com maior

facilidade a informação, mas também interagirem com esta, isso porque

diferentemente dos demais meios de comunicação, a internet possibilita que um

número ilimitado de pessoas participe da construção de um mesmo conteúdo, isto é

possível por meio de expressões de opinião, edições, debates, que atualmente a

internet torna possível. Sendo assim esta se consolida como um meio de

comunicação de todos para todos, onde todas as pessoas emitem e recebem

Page 123: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

122

informação.

A elaboração do protótipo consiste no objetivo de promover um espaço que

integre divulgação e comercialização de obras de arte, assim como o

compartilhamento de artigos visando o enriquecimento das manifestações artísticas

no país e acesso a cultura. Em decorrência disto, a formação dos requisitos é

baseada nos fatores positivos encontrados nas atuais galerias e museus virtuais e

as falhas presentes nestas.

Para realizar a análise de requisitos do site, sua estrutura e comportamento,

foram selecionados os diagramas de caso de uso, atividade, sequência e classes.

5.1 CASOS DE USO

Os cenários e usuários do sistema foram especificados em uma lista de casos

de uso que esmiúça o funcionamento do protótipo. O quadro 5.1 contém a lista com

os casos de uso:

Quadro 5.1 Lista de Casos de Uso

Nº Descrição Evento Caso de uso

UC1 Usuário solicita uma conexão ao site DadosLogin Conectar-se ao site

UC2 Usuário solicita cadastro de artista DadosUsuarioArtista Cadastrar usuário artista

UC3 Usuário solicita cadastro de cliente DadosUsuarioCliente Cadastrar usuário cliente

UC4 Usuário artista solicita publicar uma obra DadosObra Cadastrar Obra

UC5 Usuário cliente solicita uma busca de

artistas DadosUsuariosArtistas Buscar artistas

UC6 Usuário artista solicita publicar um artigo DadosArtigo Cadastrar artigo

UC7 Usuário cliente solicita comprar uma obra DadosVenda Cadastrar venda

UC8 Usuário solicita envio de mensagem ao

administrador DadosMensagem Enviar mensagem

UC9 Usuário cliente solicita interagir no ateliê DadosObras Editar e baixar obra

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Caso de uso UC1: conectar-se ao site. Este caso de uso é responsável pela

conexão entre usuários e o site.

Curso Normal:

Page 124: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

123

UC 1.1: o usuário solicita realizar o login ao site.

UC 1.2: o sistema exibe os campos: usuário e senha para validação dos

dados.

UC 1.3: o sistema envia os dados para validação.

UC 1.4: o sistema realiza a conexão com o site.

UC 1.5: o caso de uso é encerrado.

Cursos alternativos:

UC 1.3.1: os dados são inválidos.

UC 1.3.1.1: o sistema exibe a mensagem ”Nome do usuário ou senha

inválido”.

UC 1.3.1.2 O caso de uso é encerrado.

Caso de Uso UC2: cadastrar usuário artista. Este caso de uso é responsável pelo

cadastro de um usuário artista.

Curso normal:

UC 2.1 : o usuário solicita cadastro

UC 2.2: o sistema verifica se o usuário já está cadastrado.

UC 2.3: o sistema adiciona um novo usuário e exibe a mensagem “Usuário

cadastrado com sucesso!”.

UC 2.4: o caso de uso é encerrado.

Cursos alternativos:

UC 2.2.1: o artista já consta cadastrado.

UC 2.2.1.2: o sistema oferece a opção de atualizar cadastro.

UC 2.2.1.3: o sistema obtém os dados do usuário.

UC 2.2.1.4: o sistema atualiza os dados do usuário e exibe a mensagem

“Artista atualizado com sucesso!”.

UC 2.2.1.5: o caso de uso é encerrado normalmente.

UC 2.2.2: caso o usuário exista no cadastro e deseja excluí-lo.

UC 2.2.2.1: o sistema excluí o usuário e exibe a mensagem “Artista excluído

com sucesso”.

UC 2.2.2.2: o caso de uso é encerrado.

Caso de Uso UC3: cadastrar usuário cliente. Este caso de uso é responsável

pelo cadastro de um usuário cliente.

Curso Normal:

Page 125: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

124

UC 3.1: o usuário solicita cadastro

UC 3.2: o sistema verifica se o usuário já está cadastrado.

UC 3.3: o sistema adiciona um novo usuário e exibe a mensagem “Usuário

cadastrado com sucesso!”.

UC 3.4: o caso de uso é encerrado.

Cursos Alternativos:

UC 3.2.1: o usuário já consta cadastrado.

UC 3.2.1.2: o sistema oferece a opção de atualizar cadastro.

UC 3.2.1.3: o sistema obtém os dados do usuário.

UC 3.2.1.4: o sistema atualiza os dados do usuário e exibe a mensagem

“Usuário atualizado com sucesso!”.

UC 3.2.1.5: o caso de uso é encerrado.

UC 3.2.2: caso o usuário exista no cadastro e deseja excluí-lo.

UC 3.2.2.1: o sistema exclui o usuário e exibe a mensagem “Usuário excluído

com sucesso”.

UC 3.2.2.2: o caso de uso é encerrado.

Caso de Uso UC4: publicar obra. Este caso de uso é responsável por publicar

obras de um artista.

Curso Normal:

UC 4.1: o artista solicita publicar uma obra

UC 4.2: o sistema verifica se o usuário está conectado ao site.

UC 4.3: o sistema publica uma nova obra e exibe a mensagem “obra

publicada com sucesso!”.

UC 4.4: o caso de uso é encerrado..

Cursos Alternativos:

UC 4.2.1: o usuário não está conectado ao site.

UC 4.2.1.2: o sistema exibe a mensagem “Para realizar publicações é

necessário logar no site”

UC 4.2.1.3: o sistema direciona o usuário para o caso de uso UC1.

UC 4.2.1.4: o caso de uso é encerrado.

UC5: buscar artistas. Este caso de uso é responsável por solicitações de

consultas sobre artistas.

Curso Normal:

Page 126: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

125

UC 5.1: o usuário solicita uma busca

UC 5.2: o sistema solicita o nome a ser pesquisado.

UC 5.3: o sistema verifica se o nome existe no banco de dados.

UC 5.4: o sistema retorna a busca com todos os dados relativos ao artista

encontrado.

UC 5.5: o caso de uso é encerrado.

Cursos Alternativos:

UC 5.3.1: o nome do artista não existe no banco de dados.

UC 5.3.2: o sistema envia a mensagem “Artista não encontrado, favor verificar

o nome”.

UC 5.3.3: o caso de uso é encerrado.

UC6: publicar artigo. Este caso de uso é responsável por publicar artigos de

artistas.

Curso Normal:

UC 6.1: o artista solicita publicar um artigo.

UC 6.2: o sistema verifica se o usuário está conectado ao site.

UC 6.3: o sistema publica um novo artigo e exibe a mensagem “Artigo

publicado com sucesso”.

UC 6.4: o caso de uso é encerrado.

Cursos Alternativos:

UC 6.2.1: o usuário não está conectado ao site.

UC 6.2.1.2: o sistema exibe a mensagem “Para realizar publicações é

necessário logar no site”

UC 6.2.1.3: o sistema direciona o usuário para o caso de uso UC 1.

UC 6.2.1.4: o caso de uso é encerrado.

Caso de Uso UC 7: cadastrar venda. Este caso de uso é responsável por

realizar a venda de uma obra

Curso Normal:

UC 7.1: o cliente solicita comprar uma obra

UC 7.2: o sistema verifica se o usuário está conectado ao site.

UC 7.3: o sistema comunica o artista sobre a venda.

UC 7.4: o caso de uso é encerrado.

. Cursos Alternativos:

Page 127: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

126

UC 7.2.1: o usuário não está conectado ao site.

UC 7.2.1.2: o sistema exibe a mensagem “Para realizar compras é necessário

logar no site”

UC 7.2.1.3 O sistema direciona o usuário para o caso de uso UC 1.

UC 7.2.1.4 Caso de uso é encerrado.

Caso de uso UC8: enviar mensagem. Este caso de uso é responsável pelo

envio de mensagens de usuários cadastrados e visitantes ao administrador.

Curso Normal:

UC 8.1: o usuário solicita o envio de mensagem.

UC 8.2: o sistema exibe os campos a serem preenchidos

UC 8.3: o sistema verifica se os campos obrigatórios foram preenchidos.

UC 8.4: o sistema envia a mensagem.

UC 8.5: o caso de uso é encerrado.

Cursos alternativos:

UC 8.2.1: alguns dados não foram informados.

UC 8.2.1.1: o sistema informa quais dados não foram informados.

UC 8.2.1.2 O caso de uso é encerrado.

Caso de Uso UC9: editar e baixar obra. Este caso de uso é responsável pela

edição e download de obras.

Curso Normal:

UC 9.1: o usuário cliente solicita interagir com uma obra.

UC 9.2: o sistema verifica se o cliente está conectado ao site.

UC 9.3: o sistema disponibiliza a obra para edição.

UC 9.4: o sistema disponibiliza a obra para download.

UC 9.5: o caso de uso é encerrado.

Cursos Alternativos:

UC 9.2.1: o usuário não está conectado ao site.

UC 9.2.1.2: o sistema exibe a mensagem “Para interagir com as obras é

necessário logar no site”

UC 9.2.1.3: o sistema direciona o usuário para o caso de uso UC1.

UC 9.2.1.4: o caso de uso é encerrado.

Os casos de uso especificados textualmente também foram elaborados em

diagramas para facilitar a compreensão dos cenários e atores existentes no sistema.

Page 128: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

127

A figura 5.1 ilustra os casos de uso de cadastro de artista e usuário:

Figura 5.1 - Casos de uso de Cadastro Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.2 ilustra todos os casos de uso em que o ator é o artista.

Figura 5.2 - Casos de uso do Artista. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.3 ilustra todos os casos de uso em que o ator é o cliente:

Figura 5.3 - Casos de uso do Cliente. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 129: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

128

5.2 DIAGRAMAS DE ATIVIDADE

Para ilustrar todos os fluxos de trabalho contidos no sistema foram

desenvolvidos diagramas de atividade.

A figura 5.4 ilustra o diagrama de atividade de login no site:

Figura 5.4 -Diagrama de Atividade de Login. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.5 ilustra o diagrama de atividade de cadastro do artista no site:

. Figura 5.5 - Diagrama de Atividade de Cadastro de Artista Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 130: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

129

A figura 5.6 ilustra o diagrama de atividade de cadastro do cliente no site:

Figura 5.6 - Diagrama de Atividade de Cadastro de Cliente. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.7 ilustra o diagrama de atividade do cadastro de obras:

Figura 5.7 - Diagrama de Atividade do Cadastro de Obras. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 131: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

130

A figura 5.8 ilustra o diagrama de atividade de pesquisa de artistas:

Figura 5.8 - Diagrama de Atividade de Pesquisa de Artistas. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.9 ilustra o diagrama de atividade de publicação de artigos:

Figura 5.9 - Diagrama de Atividade de Publicação de Artigos. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 132: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

131

A figura 5.10 ilustra o diagrama de atividade de compra de obras:

Figura 5.10 - Diagrama de Atividade de Compra de Obras. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.11 ilustra o diagrama de atividade de envio de mensagem:

Figura 5.11 - Diagrama de Atividade de Mensagem Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 133: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

132

A figura 5.12 ilustra o diagrama de atividade de interação do cliente com a

área ateliê:

Figura 5.12 - Diagrama de Atividade de Interação na área ateliê Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

5.3 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA

Os processos de entrada e saída do sistema, assim como a ordem temporal

destes e seu agente causador foram especificados nos diagramas de sequência.

A figura 5.13 ilustra o diagrama de sequência de login no site:

Figura 5.13 - Diagrama de Sequência de Login. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 134: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

133

A figura 5.14 ilustra o diagrama de sequência de cadastro de artista:

Figura 5.14 - Diagrama de Sequência de Cadastro de Artista. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.15 ilustra o diagrama de sequência de cadastro de cliente:

Figura 5.15 - Diagrama de Sequência de Cadastro de Cliente. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 135: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

134

A figura 5.16 ilustra o diagrama de sequência de pesquisa de artistas:

Figura 5.16 - Diagrama de Sequência de Pesquisa de Artistas. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.17 ilustra o diagrama de sequência de publicação de artigos:

Figura 5.17 - Diagrama de Sequência de Publicação de Artigos. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.18 ilustra o diagrama de sequência de compra de obras:

Page 136: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

135

Figura 5.18 - Diagrama de Sequência de Compra de Obras. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.19 ilustra o diagrama de sequência de envio de mensagem ao

administrador:

Figura 5.19 - Diagrama de Sequência de Envio de Mensagem. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 5.20 ilustra o diagrama de sequência de interação do cliente com a

área ateliê:

Page 137: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

136

Figura 5.20 - Diagrama de Sequência de Interação com a Área Ateliê. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Com o intuito de auxiliar a estrutura e desenvolvimento das classes e

funcionalidades do sistema, também foi elaborado um diagrama de classes. A figura

5.21 demonstra o diagrama de classes do protótipo:

Figura 5.21 - Diagrama de Classes. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 138: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

137

6 DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento do presente trabalho foi fundamentado no conceito de

MVC, desse modo toda a estrutura do sistema está divida da seguinte forma:

Figura - 6.1 Desenvolvimento em Camadas. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Conforme a figura 6.1, o código da aplicação foi divido em três partes:

Controle: nesta é realizada toda a comunicação do usuário com o sistema,

pois o pacote contém todos os servlets, estes recebem as requisições dos

usuários e realizam o redirecionamento as respostas;

DAO: este pacote contém as classes responsáveis pela persistência dos

dados, neste também foi inserida a fábrica de conexão.

Modelo: contém todas as classes que realizam o armazenamento dos dados.

O conceito que recebeu maior ênfase durante todo o processo de

desenvolvimento é o de acessibilidade na web, desta forma, este está presente em

todas as páginas do site, isso porque o objetivo principal dos estudos aos conceitos

de desenvolvimento web e inserção da arte na plataforma digital, foi conceber um

ambiente que seja agradável a qualquer pessoa que se interesse pelo conteúdo do

site.

Independente da página de entrada do usuário ao site, este terá suporte a

acessibilidade, pois em todas as páginas foram disponibilizados mecanismos que

possibilitam a adaptação e controle as configurações da página, assim como ao seu

modo de navegação. Posto que, foram aplicadas técnicas que auxiliem a usuários

com deficiência motora, ou seja, que necessitam da navegação por teclado; assim

como a pessoas com algum tipo de deficiência visual.

A figura 6.2 ilustra os controles de acessibilidade destinados a manipulação

Page 139: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

138

da fonte e cores de contraste:

Figura 6.2 - Controles de Manipulação das Páginas Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A barra de ferramenta de controles de manipulação permite o ajuste do

tamanho da fonte aplicada ao site, sendo assim, é estabelecido auxílio a pessoas

com limitações visuais.

A figura 6.3 ilustra um trecho de conteúdo com o tamanho de fonte padrão:

Figura 6.3 - Texto Visualizado em Fonte Padrão no Protótipo Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

O resultado de aplicação de aumento da fonte disponível na barra de

ferramentas do site é ilustrado na figura 6.4:

Figura 6.4 - Texto Visualizado em Fonte Aumentada no Protótipo Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

No topo das páginas também estão contidos links que agilizam a navegação

Page 140: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

139

via teclado, dessa forma, indivíduos com deficiência motora sentem-se mais a

vontade durante o acesso as informações presentes em todas as áreas do site. Visto

que, este ao entrar na página é possível escolher a qual área se direcionar, sem a

obrigatoriedade de percorrer toda a página.

A figura 6.5 demonstra os links aplicados no topo das páginas do site.

Figura 6.5 - Links de Saltos pela Página Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Ao final de toda página também é disponibilizado um link que propicia

automaticamente o retorno ao topo da página, mais precisamente, a barra de

acessibilidade.

A figura 6.6 exibe o atalho para o topo da página, este presente em toda a

parte inferior das páginas do site.

Figura 6.6 - Atalho para o Topo da Página Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

As páginas também são adaptáveis a pessoas que necessitam da

visualização de conteúdos em alto contraste. A figura 6.7 apresenta uma

visualização do site em alto contraste.

Figura 6.7 - Página com alto-contraste Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 141: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

140

Visando facilitar a navegação de todo usuário, foram aplicadas indicações

referentes à localização espacial da página acessada.

A figura 6.8 apresenta os auxílios de localização espacial presentes nas

páginas do site.

Figura 6.8 - Auxilio a Localização Espacial fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A usabilidade também foi aplicada ao auxílio às interações do usuário com

formulários.

A figura 6.9 ilustra as dicas de interações com os formulários:

Figura 6.9 - Dicas de Interações com os Formulários Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Todos os campos que necessitam ser preenchidos em um determinado

padrão foram apresentados contendo o modelo de preenchimento exigido.

A figura 6.10 apresenta uma demonstração de padrão a ser seguido no

preenchimento de e-mails:

Figura 6.10 - Dicas de Preenchimento dos Formulários Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 142: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

141

O conceito de usabilidade também está presente nas validações dos campos

dos formulários, pois as mensagens de validação são emitidas na tela assim que o

usuário se direciona a outro campo. Desse modo, é atenuada a ocorrência de erros

de preenchimento, posto que, não será necessário o usuário preencher todo o

formulário para somente ao clicar no botão de envio dos dados, saber se os mesmos

estão corretos.

A figura 6.11 ilustra a forma de avisos se determinado campo foi preenchido

de forma errada:

Figura 6.11 - Mensagens de Validação Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

O erro de preenchimento de campos do tipo textarea foi atenuado com a

disponibilização de recursos que demonstram o máximo de caracteres permitidos,

assim como quantos ainda são possíveis após o início de preenchimento.

A figura 6.12 exibe a contagem de caracteres durante o preenchimento de

uma mensagem:

Figura 6.12 - Contagem de Caracteres em Textarea Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 143: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

142

As páginas foram desenvolvidas de modo independente de forma de acesso,

ou seja, são acessíveis a qualquer aparelho apto a navegação na internet. Isto

porque o layout se adapta de acordo com a resolução de tela utilizado durante a

interação com o site.

A figura 6.13 demonstra o cabeçalho do site visto em uma resolução de tela

com 320 pixels de largura, esta é presente nos modelos de celulares mais antigos

com acesso a web:

.

Figura 6.13 - Página Visualizada em Celulares Antigos Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 6.14 exibe o cabeçalho do site visualizado em smartphones com

resolução de tela a partir de 480 pixels de largura:

Figura 6.14 - Página Visualizada em Smartphones com Baixa Resolução Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Page 144: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

143

A figura 6.15 exibe o cabeçalho do site visualizado em smartphones com

resolução de tela a partir de 768 pixels de largura:

Figura 6.15 - Página Visualizada em Smartphones com Alta Resolução

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A figura 6.16 ilustra o cabeçalho do site acessado por aparelhos com

resolução de tela a partir de 1024 pixels.

Figura 6.16 - Página visualizada em resoluções a partir de 1024x768. Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Neste capítulo foram apresentados os resultados obtidos da pesquisa que

possibilitou o desenvolvimento do protótipo do site: Crie arte. Mediante os recursos

demonstrados no presente capítulo, é perceptível que o acesso ao conteúdo

disponibilizado não se limitada a pessoas acostumadas com o uso da web, assim

como é garantido o auxílio a diferentes tipos de deficiências que poderiam limitar a

usabilidade do usuário, sendo assim, qualquer pessoa que tenha interesse voltado à

arte terá uma navegação agradável por todo o conteúdo vinculado nas páginas do

site.

Page 145: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

144

CONCLUSÃO

O presente trabalho priorizou a inclusão social a todo indivíduo, fez isto por

meio da quebra de barreiras do acesso a cultura, mais especificamente a pintura.

Para esta inserção foram aplicados conceitos e tecnologias que tornam a web mais

dinâmica e acessível a qualquer usuário. Destes destacam-se: os estudos de IHC

que propiciam o aprimoramento da relação homem máquina, não concebendo

apenas funcionalidades, mas sim interações entre sistema e usuário, de modo que

este se relacione da mesma forma que interage no ambiente real.

Os estudos aplicados à área de IHC possibilitou que o site fosse projetado se

assemelhando o máximo possível a ambientes aos quais os interessados em arte

estão acostumados, ou seja, museus, galerias, visando que não fosse apenas um

ambiente de exposições, mas sim um espaço para a troca de aprendizagens e

experiência, de forma que se estabeleça uma rede de informações em torno do tema

arte. Este processo de troca de experiências também transcorreu a elaboração

centrada no conceito de web 2.0, sendo assim, a participação do público do site é

fundamental, pois esta agrega valor ao conteúdo, pois quanto mais interessados no

assunto participarem, mais diversidade de informação será disponibilizada.

Durante a elaboração das páginas, os conceitos de acessibilidade e

usabilidade sempre estiveram presentes, para assim propiciar o acesso a toda

pessoa, independente de limitações oriundas de deficiências, ou falta de

similaridade com o ambiente virtual. Com isso, foi aplicado o principal preceito

corrente na internet, que desde a sua concepção objetiva disponibilizar informações

de modo universal.

Por fim, Conclui-se que o ambiente digital proporciona a vivência de

experiências muitas vezes inconcebíveis por diversas razões, tais como: distância

geográfica e falta de recursos. Empecilhos estes não mais presentes, em

decorrência da imersão da sociedade na internet, seja por acesso a celulares,

tablets ou computadores.

Ao realizarmos um processo contínuo de otimização dos recursos da web e

as tecnologias que a fazem uso, estaremos contribuindo não somente para a

vivência de novas experiências, mas também para o aprimoramento pessoal e

profissional de cada indivíduo.

Page 146: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

145

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABBAN. Jquery plugin to handle responsive images, 2013. Disponível em:

<https://github.com/Abban/jQuery-Picture>. Acesso em: 12 out. 2013.

ABREU, K. C. K. Histórias e usos da internet, 2009. Disponível em:

<http://www.bocc.ubi.pt/pag/abreu-karen-historia-e-usos-da-internet.pdf> Acesso em:

02 mar. 2013.

AGNER, L. Em busca de um olhar interdisciplinar sobre a arquitetura de informação,

a usabilidade e a metacomunicação em dispositivos móveis com interfaces gestuais.

In: SIMPÓSIO NACIONAL ABCIBER, 5., 2011, Florianópolis. Anais... Florianópolis:

UDESC/UFSC, 2011.

______. Ergodesign e arquitetura de informação: trabalhando com o usuário. 3.

ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2012.

AGNI, E. Social interface design: um olhar para além da usabilidade, 2011.

Disponível em: <http://imasters.com.br/artigo/20163/usabilidade/social-interface-

pensando-alem-da-usabilidade-parte-01/> Acesso em: 10 jun. 2013.

AGUIAR, L. A arte na pré-história nos períodos paleolítico e neolítico, 2013.

Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiag/a-arte-prehistoria-nos-

periodos-paleolitico-neolitico.htm>. Acesso em: 10 out. 2013.

ALVAREZ, B. Z. Cartilha de recomendações de SEO para jornalistas online.

2011, 23p. Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Comunicação

Social.

ARRUDA, F. A velocidade média da internet no Brasil [infográfico], 2011.

Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/infografico/9683-a-velocidade-media-

da-internet-no-brasil-infografico-.htm>. Acesso em: 7 jun. 2013.

Page 147: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

146

ARTPROJECT. Google cultural institute, 2012. Disponível em:

<http://www.google.com/culturalinstitute/project/art-project?hl=pt-BR> Acesso em: 20

jun. 2012.

BAPTISTELLA, A. J. Abordando a arquitetura MVC, e design patterns: observer,

composite, strategy, 2013. Disponível em: <

http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/2367/abordando-a-arquitetura-mvc-e-design-

patterns-observer-composite-strategy.aspx> Acesso em: 02 nov. 2013.

BARBOSA, S. D. J.; SILVA, B. S. Interação humano-computador. 1. ed. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2010.

BIANCHI, W. MySQL 5.6, o que há de novidade?, 2011. Disponível em:

<http://imasters.com.br/artigo/20748/mysql/mysql-56-o-que-ha-de-novidade/>.

Acesso em: 28 out. 2013.

BLATTMANN, U.; SILVA, F. C. C. Colaboração e interação na web 2.0 e biblioteca

2.0. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina. Florianópolis. v.12, n.2, p.191-215,

jul. 2007.

BRASIL. Decreto-Lei nº 5296, de 2 de dezembro de 2004. Diário Oficial da

República Federativa do Brasil. Brasília, DF, p. 5.·

CDC. Casa do Código: livros para o programador, 2013. Disponível em:

<http://www.casadocodigo.com.br/>. Acesso em: 29 mar. 2013.

COSTA, D. G. Java em rede: recursos avançados de programação. 1. ed. Rio de

Janeiro: Brasport, 2008.

COSTA, R. G. P. Universo java: domine os principais recursos oferecidos por esta

linguagem de programação. 1. ed. São Paulo: Digerati Books, 2008.

CUSTÓDIO, D. M.; SILVA, J. C. P. Design de homepage: a usabilidade na web. In:

MENEZES, M. S.; PASCHOARELLI, L. C. (Org.). Design e planejamento: aspectos

tecnológicos. 1. São Paulo: UNESP, 2009. p.179-210.

Page 148: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

147

DAVINCI. DaVinci galeria de arte, 2012. Disponível em:

<http://davincigallery.net/art/welcome.do> Acesso em: 15 nov. 2012.

DEITEL, P.; DEITEL H. Java: como programar. Tradução Edson Furmankiewicz. 8.

ed. São Paulo: Pearson, 2010.

EIS, D. Introdução sobre media queries, 2009 Disponível em:

<http://tableless.com.br/introducao-sobre-media-queries/#.UW6OgqJwqTw>. Acesso

em: 15 out. 2013.

______. Declarando Idiomas no HTML, 2012. Disponível em: <

http://tableless.com.br/declarando-idiomas-no-html/#.UnLX6_mkofT> Acesso em: 26

out. 2012.

EIS, D.; FERREIRA, E. HTML5 e CSS3: com farinha e pimenta. 1. ed. São Paulo:

Tableless, 2012

FARIA, M. L. L. Regras práticas para apresentação de páginas web em

dispositivos fixos e móveis. 2007. Tese de Mestrado (Mestrado em Engenharia

Eletrônica e Computação) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos

Campos.

FERRAZ, R. CSS e acessibilidade na web, 2013. Disponível em: <

http://blog.w3c.br/css-e-acessibilidade-na-web/> Acesso em: 06 abr. 2013.

FERREIRA, S. M. S. P.; REIS G. A prática de arquitetura de informação de websites

no Brasil. TransInformação. Campinas. v.20, n.3, p. 285-307, set. 2008.

FERRERA, I. Conteúdo de um site e seus efeitos na memória, 2010. Disponível

em: <http://imasters.com.br/artigo/18283/arquitetura-da-informacao/conteudo-de-um-

site-e-seus-efeitos-na-memoria/>. Acesso em: 5 mai. 2013.

GALASTRI, L. Museus brasileiros entram no google art project, 2012. Disponível

em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI301125-17770,00-

Page 149: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

148

MUSEUS+BRASILEIROS+ENTRAM+NO+GOOGLE+ART+PROJECT.html>. Acesso

em: 20 jun. 2012.

GALERIA22. Galeria22 arte brasileira, 2012. Disponível em:

<http://galeria22.com.br/> Acesso em: 15 mar. 2012.

GAMELEIRA, F. A. B. Cartilha de acessibilidade, 2009. Disponível em:

<http://www.lupadigital.info/>. Acesso em: 15 jul. 2012.

GASPARETTO, D. A.; SANTOS, N. C. Galerias virtuais de arte digital no

ciberespaço: possibilidades para o sistema da arte contemporânea. In: ENCONTRO

DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 19,

2010, Cachoeira. Anais... Cruz das Almas: UFRB, 2010.

GLOBO. Absolutamente tudo sobre notícias, esportes e entretenimento, 2013.

Disponível em: <http://www.globo.com/>. Acesso em: 29 mar. 2013.

GOMES, I. Web: layout fixo, liquido ou elástico?, 2008. Disponível em:

<http://www.acessibilidadelegal.com/13-layout.php > Acesso em: 22 jul. 2012.

GONÇALVES, E. Desenvolvendo aplicações web com jsp, servlets, javaserver

faces, hibernate, ejb3 persistence e ajax. 1. ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna,

2007

GUEDES, G. T. A. UML 2: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Novatec,

2011.

HENRIQUES, R. Memória, museologia e virtualidade: um estudo sobre o Museu

da Pessoa. 2004. Dissertação (Mestrado em Museologia) – Universidade Lusófona

de Humanidades e Tecnologia, Lisboa.

HEUSER, C. A. Projeto de banco de dados. 4. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzato,

1998.

Page 150: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

149

IEIRI, A. Y.; COLE, A. D. webdesign: a usabilidade e a percepção visual da internet

aplicada ao webdesign, 2011. Disponível em:

http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Pesquisa/pibic/publicacoes/2011/pdf/dsn/alin

e_yuri.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2013.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010:

características gerias da população, religião e pessoas com deficiência, 2010. Rio de

Janeiro, 215 p.

JAVAFREE. O IDE NetBeans, 2011. Disponível em: <

http://javafree.uol.com.br/artigo/882453/O-IDE-NetBeans.html >. Acesso em: 16 nov.

2013.

JEHL, S. Picturefill: a responsive images approach that you can use today!, 2012.

Disponível em: <https://github.com/filamentgroup/picturefill>. Acesso em: 12 out.

2013.

KRUG, S. Não me faça pensar. Tradução Acauan Pereira Fernandes. 2. ed. Rio de

Janeiro: Alta Books, 2011.

LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. 14. ed. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar Editor, 2001.

LARMAN, C. Utilizando UML e padrões: uma introdução à análise e ao projeto

orientados a objetos e ao desenvolvimento iterativo. Tradução Bookman. 3. Ed. São

Paulo: BOOKMAN, 2007.

LIPPMAN, E. O arquiteto do futuro. Meio & mensagem. São Paulo. n.792, 26 jan.

1998.

LOPES, S. 2012 é o ano do mercado mobile no Brasil, 2012. Disponível em:

<http://blog.caelum.com.br/2012-e-o-ano-do-mercado-mobile-no-brasil/> Acesso em:

28 mar. 2013.

Page 151: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

150

______. Flexibilidade em páginas para dispositivos móveis com media queries,

2012. Disponível em: <http://blog.caelum.com.br/flexibilidade-em-paginas-para-

dispositivos-moveis-com-media-queries/>. Acesso em: 10 out. 2013.

LUKOW, D. H.; MELO, A. A. Programação Java para a web. 1. ed. São Paulo:

Novatec, 2010.

MACHADO, F. Projeto de banco de dados: visão prática. 11. ed. São Paulo: Érica,

2004.

MARCOTTE, E. Web design responsive. Tradução Curso iLearn, 2010. Disponível

em <http://www.ilearn.com.br/artigos/design-responsivo/> Acesso em: 20 mar. 2013.

______. Responsive web design. 1. ed. New York: A book Apart, 2011.

MARIN, S. P. Comunicação visual de museus. 2011. Dissertação (Pós-graduação

stricto sensu em Estética e História da Arte) – Universidade de São Paulo, São

Paulo.

MARTIN, T. Riloadr: A cross-browser framework-independent responsive images

loader written in Javascript, 2013. Disponível em:

<https://github.com/tubalmartin/riloadr>. Acesso em: 12 out. 2013.

MARTINEZ, M. L. Um método de web design baseado em usabilidade. In:

SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMETRIA DESCRITIVA E DESENHO TÉCNICO, 16.,

2003, Santa Cruz do Sul. Anais... Santa Cruz do Sul: UNISC, 2003.

MATTOSO, G. Q. Internet, jornalismo e weblogs: uma nova alternativa de

informação. 2003. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/mattoso-guilherme-

webjornalismo.pdf> Acesso em: 05 marc. 2013.

MEMORIA, F. F. P. Usabilidade de interfaces e arquitetura da informação:

navegação estrutural, 2013. Disponível em:

<http://www.fmemoria.com.br/artigos/nav_estr.pdf >. Acesso em: 8 marc. 2013.

Page 152: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

151

MILANI, A. MySQL: guia do programador. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2007.

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; et al. E-MAG versão 3.0: modelo

de acessibilidade em governo eletrônico, 2011. Brasil, 74 p.

MURPHEY, R. Fundamentos de jQuery. Tradução Herberth Amaral; Diego

Guimarães; Diego Caxito. 2010.

NICÁCIO, J. M. Técnicas de acessibilidade: criando uma web para todos. 2. ed.

Maceió: Edufal, 2010.

NIELSEN, J.; LORANGER, H. Usabilidade na web: projetando websites com

qualidade. Tradução Edson Furmankiewicz; Carlos schafranski; Docwarare

traduções técnicas. 5. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

OLIVEIRA, A. M. et al. Search Engine Optimization – SEO: a contribuição do

bibliotecário na otimização de websites para os mecanismos de busca. CRB-8

Digital.São Paulo. v.4, n.1, p.64-77, abr. 2011.

OLIVEIRA. N. SEO na prática: como gerar negócios para sua empresa através da

internet. 1. ed. Fortaleza: Quartel Digital, 2013.

ORACLE. Why java?, 2013 Disponível: <

http://www.oracle.com/us/technologies/java/overview/index.html>. Acesso em: 10

nov. 2013.

ONUBR. A ONU e as pessoas com deficiência, 2012. Disponível em: <

http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-as-pessoas-com-deficiencia/>. Acesso

em: 15 mar. 2012.

PAGANI, T. O que é usabilidade?, 2011. Disponível em: <http://tableless.com.br/o-

que-e-usabilidade/#.UpZo0sRDte8>. Acesso em: 10 mai. 2013.

PRADO, G. Os sites de arte na rede internet. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS,

6. 1997, São Leopoldo. Anais... São Leopoldo: UNISINOS, 1997.

Page 153: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

152

______. Arte telemática: dos intercâmbios pontuais aos ambientes virtuais

multiusuário. 1. Ed. São Paulo: Itaú Cultural, 2003.

PORTA, G.; QUEIROZ, M. A. Formulários em uma web para todos, 06 out. 2008.

Disponível em: <http://www.acessibilidadelegal.com/13-formularios.php> Acesso em:

5 nov. 2012.

______. Saltos: facilidade de navegação na web, 2008. Disponível em:

<http://www.acessibilidadelegal.com/13-saltos.php> Acesso em: 30 out. 2012.

REED, J. Marketing online: como usar sites, blogs, redes sociais e muito mais.

Tradução Carlos Szlak. 1. ed. São Paulo: Lafonte, 2012.

REILLY, T. O’. What is web 2.0: design patterns and business models for the next

generation of software, 2005. Disponível em: <http://oreilly.com/web2/archive/what-

is-web-20.html> Acesso em: 10 fev. 2013.

REMOALDO, P. O guia prático do dreamweaver CS3 com PHP, javaScript e

ajax. 1. ed. Lisboa: Centro Atlântico, 2008.

SAMPAIO, C. Java enterprise edition 6: desenvolvendo aplicações corporativas. 1.

ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2011.

SANTOS, R. L. Acessibilidade web é um dever cívico, 2012. Disponível em:

<http://imasters.com.br/artigo/16960/acessibilidade/acessibilidade-web-e-um-dever-

civico/>. Acesso em: 23 jul. 2012.

SANTOS, F. R.; SILVA, E. F. A importância da arquitetura da informação no

planejamento de ambientes digitais inclusivos, 2013. Disponível em:

<http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/1/6229/1/Fernanda_CCSA%5B1%5D.

pdf>. Acesso em: 10 jun. 2013.

SILVA, M. S. Componentes essenciais para acessibilidade à web, 2005.

Disponível em: <http://www.maujor.com/w3c/wcacomponents.html>. Acesso em: 13

mar. 2012.

Page 154: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

153

______. JavaScript: guia do programador. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2010.

______. JQuery: a biblioteca do programador JavaScript. 2. ed. São Paulo: Novatec,

2010.

______. HTML 5: a linguagem de marcação que revolucionou a web. 1. ed. São

Paulo: Novatec, 2011.

______. Construindo formulários HTML/XHTML acessíveis – 1ª Parte, 2011.

Disponível em: <http://www.maujor.com/tutorial/formac-a.php> Acesso em: 5 nov.

2012.

______. CSS3: desenvolva aplicações web profissionais com uso dos poderosos

recursos de estilização das CSS3. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2012.

______. As medidas CSS de comprimento, 2011. Disponível em:

<http://maujor.com/tutorial/medidascss.php>. Acesso em: 5 jun. 2013.

SOARES, H.; SPELTA, L. Captcha, herói ou vilão?, 2012. Disponível em: <

http://acessodigital.net/art_captcha-heroi-ou-vilao.html> Acesso em: 9 nov. 2012

SORG, L. Tablets podem ultrapassar o mercado de computadores já em 2013,

2012. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,tablets-

podem-ultrapassar-o-mercado-de-computadores-ja-em-2013,105181,0.htm> Acesso

em: 28 marc. 2013.

SOUZA, B. Marketing Digital 2.0: como sair na frente da concorrência. 2012.

SOUZA, C. S.; et al. Projeto de Interfaces de Usuário: perspectivas cognitiva e

semiótica, In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO,

19., 1999, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 1999.

SPELTA, L. Acessibilidade web: 7 mitos e um equívoco, 2012, Disponível em:

<http://acessodigital.net/art_acessibilidade-web-7-mitos-e-um-equivoco.html>.

Acesso em: 10 jun. 2012.

Page 155: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

154

TECNOTÍCIAS. Venda de smartphones ultrapassa a de pcs pela 1ª vez, 2011.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/tec/872915-venda-de-smartphones-

ultrapassa-a-de-pcs-pela-1-vez.shtml> Acesso em: 28 marc. 2013.

TECTERRA. Smartphones superam computadores em vendas no mundo. 2012.

Disponível em: <http://tecnologia.terra.com.br/smartphones-superam-computadores-

em-vendas-no-mundo,9c0833983a35b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html>

Acesso em: 28 mar. 2013.

WACHOWICZ, L. A.; ARBIGAUS, M. L. Aprendizagem por meio da Gestalt na

formação de competências do profissional de desenho industrial. Diálogo

Educacional. Curitiba: Maio-agosto, n.9, p. 1-14. 2003

W3C. Web Content Accessibility Guidelines 1.0, 1999. Disponível em:

<http://www.w3.org/TR/WAI-WEBCONTENT/>. Acesso em: 22 jul. 2012.

W3C. Essential Components of Web Accessibility, 2005. Disponível em: <

http://www.w3.org/WAI/intro/components.php> Acesso em: 25 out. 2012.

W3CBR. Missão do W3C, 2012, Disponível em:

<http://www.w3c.br/Sobre/MissaoW3C >. Acesso em: 20 out. 2012.

VINICIUS, S. Por que devo estudar acessibilidade digital?, 2012. Disponível em:

<http://imasters.com.br/artigo/24491/acessibilidade/por-que-devo-estudar-

acessibilidade-digital/>. Acesso em: 10 out. 2012.

ZAKAS, N. C. JavaScript de alto desempenho. Tradução Rafael Zanolli. 1. ed. São

Paulo: Novatec, 2010.

ZEMEL, T. Gestalt aplicado ao design web (parte 1): origem do termo, significado

e utilidade, 2008a. Disponível em:

<http://desenvolvimentoparaweb.com/design/gestalt-aplicado-ao-design-web-parte-

1-origem-do-termo-significado-e-utilidade/>. Acesso em: 04 ago. 2013.

______. Gestalt aplicado ao design web (parte 2): princípio da proximidade,

2008b. Disponível em: http://desenvolvimentoparaweb.com/design/gestalt-aplicado-

ao-design-web-parte-2-principio-da-proximidade/ >. Acesso em: 04 ago. 2013.

Page 156: fateclins.edu.brfateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/gSZDEp3... · CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO

155

______. Gestalt aplicado ao web design (parte 4): princípio da boa continuidade

ou princípio do alinhamento, 2008c. Disponível em:

<http://desenvolvimentoparaweb.com/design/gestalt-aplicado-ao-design-web-parte-

4-principio-da-boa-continuidade-ou-principio-do-alinhamento/>. Acesso em: 04 ago.

2013.

______. Gestalt aplicado ao design web (parte 6): princípio da experiência

passada, 2008d. Disponível em:

<http://desenvolvimentoparaweb.com/design/gestalt-aplicado-ao-design-web-parte-

6-principio-da-experiencia-passada/>. Acesso em 04 ago. 2013.

______. Web design responsivo: páginas adaptáveis para todos os dispositivos. 1.

ed. São Paulo: Casa do Código, 2012.