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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO MAYARA GOMES CLEMENTE A LIDERANÇA COMO FATOR PROPULSOR DA MOTIVAÇÃO DE EQUIPES: ESTUDO EM UMA COOPERATIVA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE FORTALEZA FORTALEZA 2012

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE

BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

MAYARA GOMES CLEMENTE

A LIDERANÇA COMO FATOR PROPULSOR DA MOTIVAÇÃO DE EQUIPES:

ESTUDO EM UMA COOPERATIVA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE FORTALEZA

FORTALEZA

2012

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MAYARA GOMES CLEMENTE

A LIDERANÇA COMO FATOR PROPULSOR DA MOTIVAÇÃO DE EQUIPES:

ESTUDO EM UMA COOPERATIVA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE FORTALEZA

Monografia submetida à aprovação Coordenação do Curso de Administração do Centro Superior do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharela de administração.

Orientadora: Márcia Zabdiele Moreira, Ms.

FORTALEZA

2012

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C626l Clemente, Mayara Gomes.

A liderança como fator propulsor da motivação de equipes: estudo

em uma cooperativa de assistência à saúde de Fortaleza / Mayara

Gomes Clemente. – 2012.

95 f. ; il.

Orientador: Profª. Ms. Márcia Zabdiele Moreira.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Faculdade

Cearense, Curso de Administração, 2012.

1. Liderança. 2. Teorias comportamentais. 3. Motivação. I. Moreira,

Márcia Zabdiele. II. Título.

CDU 316.46:005.583.1

CDU 658.155

CDU 347.922.6

Bibliotecária Maria Albaniza de Oliveira CRB-3/867

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MAYARA GOMES CLEMENTE

A LIDERANÇA COMO FATOR PROPULSOR DA MOTIVAÇÃO DE EQUIPES:

ESTUDO EM UMA COOPERATIVA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE FORTALEZA

Monografia como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense – FaC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data de aprovação: ____/ ____/____

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________ Professor Ms. .........................................

_________________________________________________

Professora Ms. .........................................

_________________________________________________ Professor Esp. .........................................

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Dedico esta, bem como todas as minhas

demais conquistas, primeiramente a

Deus; aos meus pais por todo esforço

agregado aos meus estudos; a minha avó

por todo amor com que fui criada; em

especial, ao Bruno, meu companheiro

pelo incentivo, companheirismo, força e

carinho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que plantou em mim um sonho, que hoje se materializa.

Obrigada Senhor, por segurar na minha mão em todos os momentos que pensei em

fraquejar.

Aos meus pais, cujos me deram toda força e incentivo.

À minha avó, que é minha base de vida e me ajudou nessa árdua

caminhada, com amor, orações e conselhos preciosos.

Ao Bruno, meu companheiro, meu amigo, meu namorado, que teve

paciência, compreendeu minhas ausências e me ajudou plenamente nesta

conquista.

À minha orientadora, professora Márcia Zabdiele, por ter confiado em

mim, por sua calma, dedicação, disponibilidade e, principalmente, pela competência

em ajudar na concretização deste trabalho.

Às minhas amigas, que hoje já não são apenas de faculdade, Juliane

Faustino e Euzélia Muniz que ao longo desses anos, me proporcionaram tantas

alegrias e conforto.

À minha equipe de trabalho, pela participação na pesquisa e torcida. Em

especial, minha coordenadora Giovanna Prudente, que soube compreender meus

esforços.

A todos os professores que dedicaram seu tempo e sabedoria, a fim de

que minha formação acadêmica fosse uma lição de vida. Em especial: Ricardo

Cesar, Bernadete, Mônica Gurgel, Mônica Machado, Luis Carlos, Werner, Alexandre

Carneiro, Vitor, João Queiroz, Marcos Falcão, Júlio, Milena Falcão e Ricardo

Moreira.

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“A disciplina é a ponte entre os objetivos e as realizações.”

Jim Rohn (Escritor e motivador americano).

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RESUMO

Este trabalho trata da influência que a liderança proporciona na motivação dos liderados em uma cooperativa de Fortaleza, analisando a contribuição das ações da liderança para que este estímulo ocorra. O estudo apresenta as principais teorias da liderança e motivação e como elas se relacionam na gestão motivacional. A realização desta pesquisa foi feita em uma empresa que tem 200 funcionários na área de atendimento ao cliente, sendo retirada uma amostra de 131 pessoas deste quantitativo, que observou como critérios a importância da liderança, a valorização do funcionário, as condições físicas, as orientações sobre o trabalho, o relacionamento com o chefe, os principais traços da liderança, dentre outros fatores motivacionais. O tipo de pesquisa foi de natureza quantitativa. Classifica-se como exploratória; descritiva; explicativa; bibliográfica; pesquisa de campo; estudo de caso. Os dados foram coletados no mês de novembro de 2012. Na análise dos resultados mostrou que ações como o suprimento das necessidades básicas, o suporte da supervisão, o reconhecimento, a confiança, as oportunidades de crescimento profissional, a aplicação de feedbacks, a autonomia nas decisões, as melhorias dos benefícios, a igualdade salarial e a comunicação, são alguns dos fatores essenciais à motivação. As considerações finais mostraram que é preciso investimento da empresa na capacitação da liderança para que ela consiga motivar seus funcionários. Sugeriu-se ainda, o aproveitamento da pesquisa para trabalhos futuros, no intuito de avaliar a percepção dos gestores sobre sua própria liderança e cruzar as informações coletadas.

PALAVRAS-CHAVE: Liderança. Motivação. Capital Humano. Gestão de Pessoas.

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ABSTRACT

This work deals with the influence that leadership provides the motivating led to a cooperative of Fortaleza. Analyzing the contribution of shares of leadership that this stimulus occurs. The study presents the major theories of leadership and motivation and how they relate to the management motivational. This research was done in a company that gets 200 people in the area of customer service, which was removed a sample of 131 people this quantitative criteria that looked at how the importance of leadership, the appreciation of the official, physical conditions, guidelines on the job, the relationship with the boss, the main traits of leadership, among other motivational factors. What kind of research was quantitative. It is classified as exploratory, descriptive, explanatory, literature, field research, case study. Data were collected between November 2012. In the analysis of the results showed that actions such as basic needs, support supervision, recognition, trust, opportunities for professional growth, the application of feedback, autonomy in decision-making, improved benefits, and equal pay communication are some of the factors essential to motivation. The final considerations show that it takes the company's investment in leadership training so she can motivate their employees. It was further suggested, the use of research for future work, in order to assess the perception of managers on their own leadership and cross the collected information.

KEY-WORDS: Leadership. Motivation. Human Capital. People Management.

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 Sexo ............................................................................................. 67

GRÁFICO 2 Faixa Etária .................................................................................. 68

GRÁFICO 3 Escolaridade ................................................................................ 69

GRÁFICO 4 Tempo de Trabalho na Empresa .................................................. 70

GRÁFICO 5 Fator que atraiu para trabalhar na Empresa ................................ 70

GRÁFICO 6 Tarefas X Cumprimento de Ordens ............................................. 72

GRÁFICO 7 Necessidade de Supervisão......................................................... 72

GRÁFICO 8 Tarefas X Funcionários ................................................................ 73

GRÁFICO 9 Liderança e o Cotidiano ............................................................... 74

GRÁFICO 10 Estilo de Liderança X Eficácia do Grupo .................................... 75

GRÁFICO 11 Disposição para as Tarefas........................................................ 76

GRÁFICO 12 Orientação para as Metas .......................................................... 76

GRÁFICO 13 Confiança no Líder ..................................................................... 77

GRÁFICO 14 Liderança X Motivação ............................................................... 78

GRÁFICO 15 Valorização ................................................................................ 79

GRÁFICO 16 Oportunidades Internas .............................................................. 80

GRÁFICO 17 Satisfação do Ambiente ............................................................. 81

GRÁFICO 18 Adequação Salarial .................................................................... 81

GRÁFICO 19 Admissão de responsabilidades ................................................. 82

GRÁFICO 20 Aplicação de Feedback .............................................................. 83

GRÁFICO 21 Padronização de Salários .......................................................... 84

GRAFICO 22 Benefícios Ofertados .................................................................. 85

GRAFICO 23 A Influência do Líder na Motivação ............................................ 86

GRÁFICO 24 Traços da liderança .................................................................... 87

GRÁFICO 25 Decisões do Setor ...................................................................... 88

GRÁFICO 26 Relacionamento com a Liderança .............................................. 89

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Sexo ............................................................................................... 67

TABELA 2 Faixa etária ..................................................................................... 68

TABELA 3 Escolaridade ................................................................................... 69

TABELA 4 Tempo de trabalho na empresa ...................................................... 69

TABELA 5 Fator que atraiu para trabalhar na Empresa ................................... 70

TABELA 6 Você acredita que as pessoas cumprem as tarefas porque são obrigadas a cumprir ordens da chefia? ............................................................ 71 TABELA 7 Você acredita que as pessoas precisam de supervisão, para assim desempenhar suas atividades e alcançar as metas estipuladas? .................... 72 TABELA 8 Você sente que o seu gestor dá mais importância para o cumprimento das tarefas do que para os funcionários? ................................... 73 TABELA 9 Você acha que sua chefia se adapta bem às diversidades de situações que devem ser resolvidas no cotidiano? .......................................... 74 TABELA 10 Você acredita que a eficácia do desempenho do grupo, depende da adequação entre o estilo da liderança e a situação exposta? .......................... 75 TABELA 11 Você se sente disposto(a) a realizar suas tarefas? ...................... 75

TABELA 12 Seu líder lhe orienta em relação às suas metas? ......................... 76

TABELA 13 Seu líder transparece confiança? ................................................. 77

TABELA 14 Você acha que o seu líder cria situações para motivar seus funcionários? .................................................................................................... 78 TABELA 15 Você se sente valorizado(a) pela empresa? ................................. 79

TABELA 16 A empresa oferece oportunidades para o crescimento profissional? ..................................................................................................... 80 TABELA 17 As condições físicas do ambiente de trabalho são adequadas e satisfatórias? .................................................................................................... 80 TABELA 18 O salário é adequado à responsabilidade e importância das atividades? ....................................................................................................... 81 TABELA 19 Sente-se preparado para assumir maiores responsabilidades ..... 82

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TABELA 20 A sua liderança aplica feedbacks constantemente? ..................... 83

TABELA 21 A sua empresa oferece salários padrões para funcionários que desenvolvem a mesma atividade? ................................................................... 84 TABELA 22 Os benefícios oferecidos pela empresa são satisfatórios? ........... 85

TABELA 23 Você acha que a liderança influência na motivação dos funcionários? .................................................................................................... 86 TABELA 24 Marque 03 traços que você acredita ser essencial para a liderança ........................................................................................................... 87 TABELA 25 Como são tomadas as decisões de impacto ao setor? ................ 88

TABELA 26 Numa escala de 1 a 9, como você pontua seu relacionamento com a liderança? ...................................................................................................... 89

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 Matriz Bidimensional da liderança .................................................. 32

FIGURA 2 Estilo de liderança da Universidade de Ohio .................................. 34

FIGURA 3 O grid gerencial, de R. Blake e J. Mouton. ..................................... 37

FIGURA 4 Descobertas do Modelo de Fiedler ................................................. 41

FIGURA 5 Hierarquia das Necessidades de Maslow ....................................... 50

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

QUADRO 1 Tipos de Poder por Silva ...................................................... 24

QUADRO 2 Tipos de Poder por Montana e Charnov .............................. 25

QUADRO 3 Estilos de Liderança na Teoria Comportamental .................. 29

QUADRO 4 As características das Teorias X e Y .................................... 30

QUADRO 5 Estilos de Liderança na Teoria Situacional .......................... 43

QUADRO 6 Influências à Liderança ........................................................ 44

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 16

2 LIDERANÇA .................................................................................................. 21

2.1 A relação entre Liderança e Administração ................................................ 22

2.2 Poder X Autoridade .................................................................................... 23

2.3 Teoria Genética .......................................................................................... 25

2.4 Teoria dos Traços....................................................................................... 26

2.5 Teorias Comportamentais .......................................................................... 28

2.5.1 Estudos da Universidade de Michigan .................................................... 31

2.5.2 Estudos da Universidade de Ohio ........................................................... 33

2.5.3 Grid Gerencial ......................................................................................... 35

2.6 Teorias das Contingências ......................................................................... 38

2.6.1 Modelo de Fiedler .................................................................................... 39

2.6.2 Modelo de Hersey e Blanchard ............................................................... 42

2.6.3 Modelo de Tannenbaum e Schmidt ......................................................... 44

2.6.4 Modelo Caminho-Meta ............................................................................ 45

3 MOTIVAÇÃO ................................................................................................. 47

3.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow................................... 48

3.2 Teoria dos Motivos Humanos de McClelland ............................................. 50

3.3 Teoria dos Dois Fatores ............................................................................. 52

3.4 Teoria da Equidade .................................................................................... 53

3.5 Gestão Motivacional ................................................................................... 54

4. MATERIAL E MÉTODO ............................................................................... 57

4.1 Definição do Problema ............................................................................... 57

4.2 Tipo de Pesquisa ........................................................................................ 58

4.3 Universo e Amostra .................................................................................... 62

4.4 Pré-Teste .................................................................................................... 64

4.5 Coleta de Dados ......................................................................................... 64

4.6 Objeto de Estudo ........................................................................................ 65

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5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ..................................................................... 67

5.1 Características dos Funcionários ............................................................... 67

5.2 Análise da Caracterização do Objetivo da Pesquisa .................................. 72

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 90

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 93

APÊNDICE A – Pré-Teste ................................................................................ 96

APÊNDICE B – Questionário Aplicado ............................................................ 101

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1 INTRODUÇAO

Os temas liderança e motivação estão entre um dos mais abordados

dentro do mercado nos dias atuais. Tornaram-se mecanismos primordiais para as

empresas de sucesso; portanto, converteram-se em reais objetos de estudos destas

organizações.

São inúmeras as páginas na Internet, matérias na televisão e autores que

abordam a questão, enfim, o assunto expandiu-se; e para se tornarem mais

competitivas, as empresas decidiram investir a fundo naquilo que há de mais

importante e produtivo nas empresas: as pessoas.

As organizações estão cada vez mais preocupadas com aquilo que

chamam de capital humano, muitas estão percebendo que não basta apenas investir

em tecnologia ou mesmo em outro diferencial competitivo, se aquela organização

não possuir pessoas motivadas a desempenhar suas atividades.

Sabe-se que um líder motivado e motivador consegue inserir mudanças

de modo criativo, ao mesmo tempo em que estuda as necessidades das pessoas

que estão sob sua liderança, trabalha na solução de problemas e consegue agregar

valores individuais a cada um de seu time, fazendo com que eles sintam-se

capacitados para atingir os objetivos da empresa.

A organização entende que existem diversas Teorias Motivacionais, o

difícil para a empresa não é escolher entre tantas para ser aplicada, mas sim,

entender que cada pessoa carrega uma necessidade diferente. O líder deve ser

então, o facilitador de caminhos, aquele cuja equipe buscará inspiração para

alcançar objetivos pessoais, vinculados aos da organização.

As empresas devem se dedicar a descobrir como fazer com que haja uma

produção eficiente, mantendo funcionários motivados. Estão certas quando investem

em seus gerentes na tentativa de desenvolver habilidades da liderança. Afinal, elas

só têm a ganhar.

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Um líder deve ter em mente que ele desempenha o papel de “exemplo”

perante a sua equipe, torna-se o responsável pela motivação de seus liderados. É

árduo o dever de proporcionar o sentimento de prazer por aquilo que se faz, inspirar

trabalhos em equipe, instigar crescimento pessoal, enfim, um líder deve estar

preparado para enfrentar situações diversificadas.

Segundo Hunter (2004, p. 67) “[...] o papel da liderança é servir, isto é,

identificar e satisfazer as necessidades legítimas”. No entanto, praticar esta teoria

tornou-se um desafio para muitos.

Acredita-se que mais importante do que encontrar novos talentos é

retê-los. É difícil ter percepção para entender o que faz com que pessoas

aparentemente motivadas de um instante para outro pareçam ter uma queda no

interesse pelo trabalho. Fazer com que essas pessoas retomem a capacidade de se

sentirem felizes, faz parte principalmente do empenho do líder.

Algumas habilidades são consideradas fundamentais para vencer o

desafio do sucesso, como por exemplo, espera-se que o líder tenha uma visão

sistêmica, saiba executar trabalhos em equipe, tenha criatividade e inovação,

possua bons relacionamentos interpessoais, saiba administrar conflitos, tenha

flexibilidade e acima de tudo, dedicação. É importante que o líder saiba diferenciar e

trabalhar no momento adequado cada um desses pontos.

Pensando em todos estes artifícios sendo postos em prática pela

liderança, surgiu a necessidade de compreender como os funcionários reagem a

estas aptidões.

Com o propósito de aprimorar o bem-estar organizacional, promovendo

situações motivacionais aos funcionários, surge a instigação de se realizar uma

pesquisa sobre a temática. Para tal, tem-se o seguinte problema: De que forma os

fatores suscitados pela ação da liderança contribuem na motivação dos

liderados?

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Compreende-se que a liderança é uma competência essencial e suas

ações são de alta relevância quando se pretende motivar equipes. Diante do

exposto, justificam-se os motivos que despertaram o interesse em pesquisar sobre

esta temática que interessa não somente a estudantes de administração, mas a

tantos que trabalham ou desempenham o papel da liderança.

Neste estudo, foram exibidos os resultados obtidos em uma pesquisa

realizada em uma Cooperativa de Assistência à Saúde de Fortaleza, com o objetivo

de identificar e analisar as principais ações movidas pela liderança que acarretam a

motivação dos liderados.

OBJETIVO GERAL

Analisar os principais elementos que contribuem para a motivação dos

funcionários baseados na ação da liderança de uma Cooperativa de Fortaleza.

Objetivos Específicos

1 Compreender a importância da liderança na motivação das equipes;

2 Identificar principais fatores de investimento da Cooperativa no intuito

de motivar seus funcionários;

3 Verificar o grau de satisfação dos funcionários em relação ao estilo de

liderança;

A relevância desta pesquisa consiste em evidenciar a intensidade da

influência que a liderança exerce sobre os seus liderados. É interessante descobrir

até que ponto a liderança é responsável por esta motivação. Desta forma, a

pesquisadora procurou levantar dados, junto aos próprios funcionários, no intuito de

sanar estas questões.

Este estudo é pertinente ao ambiente organizacional, ao passo que, suas

respostas são passíveis de aplicabilidade na Cooperativa pesquisada, com foco em

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auxiliar a empresa a promover situações que proporcione motivação aos seus

funcionários, facilitando o alcance de suas metas.

Logo, espera-se agregar valor a esta Cooperativa de Assistência à Saúde

e contribuir como fonte de informação para futuras pesquisas acadêmicas.

Considera-se também o fato de que a pesquisadora trabalha na

cooperativa pesquisada e tem interesse de ascender profissionalmente e, por certo,

investigar sobre este tema trará contribuições relevantes para a carreira profissional.

A estrutura da pesquisa está organizada da seguinte forma:

O Capítulo 1 apresenta a introdução do trabalho.

O Capítulo 2 aborda a Liderança, com foco nos conceitos e teorias,

explana sobre A relação entre a liderança e a administração; A comparação entre o

poder e a autoridade; Apresentando algumas teorias como a Teoria Genética, a

Teoria dos Traços, as Teorias Comportamentais e as Teorias das Contingências.

O Capítulo 3 faz um levantamento sobre as principais Teorias

Motivacionais: Teoria da hierarquia das necessidades de Maslow; Teoria dos

Motivos Humanos de McClelland; Teoria dos Dois Fatores e o Capital Humano.

O Capítulo 4 apresenta a metodologia utilizada no estudo, a Problemática;

Tipo de Pesquisa realizada; O Universo e Amostra; Pré-teste; Coleta de dados;

Objeto de estudo.

O Capítulo 5 apresenta a análise dos resultados da pesquisa e o perfil

dos respondentes.

Após apresentação dos Capítulos, mostrou-se a conclusão do trabalho,

no intuito de analisar se a problemática do trabalho foi respondida e se os objetivos

foram devidamente atendidos.

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Por fim, foram exibidas as referências bibliográficas do trabalho, a fim de

identificar as fontes utilizadas na pesquisa.

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21

2 LIDERANÇA

Desde os primórdios da administração ouve-se falar no termo: Liderança.

Muitos autores já apresentaram seus conceitos, alguns acreditam que a liderança é

uma habilidade, outros afirmam que é apenas um papel executável do gerente, são

muitas as definições. Todavia, nenhuma das que já foram apresentadas é

considerada um padrão, os estudiosos que por sua vez, afirmaram algum tipo de

conclusão sobre o assunto, permitem que este seja um conceito mutável.

Vários estudos demonstram que a liderança nada mais é do que uma

habilidade que pode ser ensinada e aprendida por qualquer um, basta ter disciplina.

É certo que as empresas podem se beneficiar destes conceitos.

Chandler e Richardson (2008, p. 39) citam:

Há uma pergunta que ouvimos com frequência: a liderança não é algo com que se nasce? Certas pessoas não são chamadas de líderes natos? Sim, mas isso é um mito. A liderança é uma habilidade que pode ser ensinada e aprendida em qualquer idade se houver empenho. Logo as empresas podem transformar seus gerentes em líderes.

Hunter (2004, p. 25) conclui que a Liderança é a habilidade de influenciar

pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos

identificados como sendo para o bem comum.

Maximiano (2004, p. 290) afirma que Líderes são os que, em um grupo,

ocupam uma posição de poder, e que têm condições de influenciar, de forma

determinante, todas as decisões de caráter estratégico. Ele complementa que a

liderança é um dos papéis dos administradores. E que a pessoa que desempenha o

tal papel de líder exerce sim uma determinada influência sobre os seus liderados.

Entende-se que toda organização precisa do cumprimento das metas

estipuladas, para alavancar no mercado. No entanto, isto só pode ser cumprido se

houver empenho por parte dos funcionários, para tal, pode-se dizer que um dos

papéis do líder é fazer esta condução de forma eficiente, eficaz e motivadora.

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22

Segundo Maximiano (2004, p. 289): “Liderança é a realização de uma

meta por meio da direção de colaboradores humanos. [...] Um grande líder é aquele

que tem essa capacidade dia após dia, ano após ano, numa grande variedade de

situações”.

Seja qual for a definição, é perceptível que todas apresentam algo em

comum, o quesito da influência sobre alguém para que o mesmo atinja o objetivo

esperado. Deste modo, fica evidente que as organizações estão cada vez mais

dependentes das habilidades da liderança, na expectativa que este líder aprimore a

capacidade da equipe, no intuito de atingir as metas estipuladas.

Empenhar o papel de líder não necessariamente deve estar relacionado a

uma organização. A liderança se encontra em todas as relações interpessoais,

desde a relação pai para filho, como simplesmente a influência que uma pessoa

exerce sobre outra ao convencê-la sobre certo assunto.

No cenário empresarial, tem se observado que este assunto tem ganhado

força sobre o processo administrativo, visto que a liderança age como a mola

propulsora no estímulo de seus liderados. Portanto, ela é necessária em todas as

organizações e para todo o tipo de necessidade, a liderança é quem facilita o

processo de comunicação, o relacionamento interpessoal da equipe, soluciona

conflitos, dentre outras funções que estão voltadas para o bem-estar do clima

organizacional.

2.1 A relação entre Liderança e Administração

Entre a liderança e a administração, existem tanto similaridade como

distinções, no entanto, o foco deste trabalho será nas diferenças do processo de

influência que estes causam aos seus subordinados.

É interessante perceber, que apesar de determinadas pessoas possuírem

cargos de poder nas organizações, muitas delas não são apontadas como líderes.

Alguns gerentes, administradores ou chefes possuem uma posição de liderança

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23

simplesmente pelo cargo que ocupa, ou seja, não há uma influência espontânea e

sim, formal.

Segundo Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 505), pessoas podem

ser líderes sem serem gerentes, ser gerentes sem serem líderes, ou podem ser

tanto gerentes como líderes, simultaneamente. Relata ainda que estas pessoas

devem ser tratadas como bem valiosos, visto que se encontram escassas no

mercado. Como uma espécie de recompensa, usualmente elas são muito bem

sucedidas em tudo que se propõem a fazer.

Os gestores que possuírem em sua equipe uma pessoa que se enquadre

tanto no perfil administrador, quanto no perfil de um líder, deve proporcionar toda

valorização necessária, para mantê-lo motivado na organização. Pessoas com estas

habilidades são capazes de conduzir os dois estilos de forma eficaz e eficiente.

Sabendo o momento adequado de utilizar cada uma das características.

Qualquer um pode exercer hábitos que influenciem na mudança

comportamental, mas poucos sabem como fazer com que estes hábitos o tornem um

líder de verdade. E como já foi citado, existe ainda aqueles que utilizam o poder que

o cargo o proporciona, para que através dele consiga cumprir determinadas metas

que o seu nível de autoridade não permite.

Para que houvesse um melhor entendimento sobre a diferença do poder

que afeta uma pessoa e a maneira como ele exerce sua autoridade, pesquisadores

passaram a estudar a relação destes dois fatores, portanto, surgiu a análise

diferencial entre o poder e a autoridade.

2.2 Poder X Autoridade

Pode-se dizer que existe uma distinção clara entre o exercício do “poder”

e o da “autoridade”. Alguns autores abordam claramente esta temática.

Segundo Hunter (2004, p. 26):

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24

Poder: É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer. [...] Autoridade: A habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.

Para tal, pode-se fazer a comparação que o uso da autoridade, equivale a

influência da liderança exercida sobre os seus liderados.

Um líder bem-sucedido deverá usar de forma eficiente e eficaz o seu

poder de influência sobre os seus liderados, segundo Silva (2004, p. 252) existe

cinco tipos de poder que agem como base para liderança se desenvolver. Estão

relacionados à posição hierárquica, os poderes de recompensa, coercitivo e

legítimo, já os poderes de especialização e de referência estão diretamente ligados

ao indivíduo, logo, eles não dependem da posição hierárquica que a pessoa ocupa,

o quadro 1 mostrará os detalhes.

Quadro 1 Tipos de Poder por Silva.

Tipos de Poder Descrição

Poder de Recompensa É a capacidade de ofertar algo de valor, ou mesmo um resultado positivo como meio de influenciar pessoas.

Poder Coercitivo É a capacidade de punir ou reter resultados positivos, como meio de influenciar a atitude de outras pessoas.

Poder de Especialização É a capacidade de influenciar aos outros por causa do conhecimento específico: talento, habilidades especiais ou mesmo do entendimento que alguém detém.

Poder de Referência É a capacidade de influenciar o comportamento dos outros, simplesmente por seu desejo de se identificar pessoal e positivamente com alguém admirado.

Poder Legítimo É a capacidade de exercer influência em virtude dos direitos do cargo ou da função ocupada.

Fonte: Silva, 2004, p. 252

De maneira relativa, o poder pode ser compreendido como “a capacidade

que A tem de influenciar o comportamento de B, de maneira que B haja de acordo

com a vontade de A” (ROBBINS, 2005, p. 302).

Montana e Charnov (2003, p. 244) complementam com mais alguns tipos

de poder, que será visto no quadro 2:

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25

Quadro 2 Tipos de Poder por Montana e Charnov.

Tipos de Poder Descrição

Poder Carismático É a capacidade de influenciar alguém simplesmente pelo caráter, muitas vezes chamado de carisma pessoal.

Poder de Informação Deriva da posse de informações importantes em um momento crítico quando tais informações são necessárias ao funcionamento da organização. Trata-se de um poder genuíno.

Fonte: Montana e Charnov, 2003, p. 244

A forma de influenciar pessoas pode ser percebida de modos diferentes,

sendo estas, realizadas a partir de técnicas diferentes, ou seja, existe a liderança

formal, cuja pessoa pode adquirir por meio do cargo e a informal, em que através de

suas habilidades de modo natural, esta pessoa pode se tornar fundamental para o

desempenho da organização.

Dentre tantas teorias relacionadas à liderança, neste trabalho será dada

ênfase nas seguintes Teorias: Teoria Genética, Teoria dos Traços, Teorias

Comportamentais e as Teorias Contingenciais.

2.3 Teoria Genética

É considerada uma das explicações mais antiga sobre a liderança. Ela

afirma que a capacidade de liderar pode ser transmitida geneticamente.

Para que se entenda melhor, esta teoria surgiu quando os reis passaram

a acreditar que seus filhos poderiam herdar a capacidade de liderar, muito embora

não fosse obrigatório ser transmitido somente de pai para filho. Logo, aquele que

fosse filho de um rei, teria o direito a uma posição de liderança.

Para que alguns dos traços genéticos não se perdessem ao longo das

passagens de gerações, a família real sempre procurava casar seus filhos com

alguém que também possuía as mesmas características, sendo assim, o próximo a

nascer traria consigo alguns dos traços do seu antepassado.

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26

Aos poucos esta teoria foi perdendo a credibilidade, pois muitos daqueles

herdeiros não demonstravam a capacidade de liderar.

Mesmo que a descendência da realeza não evidenciasse defeitos congênitos diretos e, dessa forma, parecesse normal em todos os aspectos, muitas vezes carecia dos chamados genes de liderança. Esse fenômeno genético ajuda a explicar por que essa abordagem da liderança acabou se mostrando inadequada (MONTANA; CHARNOV, 2003, p. 248).

Logo, a realeza da Europa percebeu que estava sofrendo uma espécie de

decadência com referência à liderança. Homens e mulheres que não estavam

ligados à realeza e possuíam habilidades aguçadas, passaram a buscar cada vez

mais status, poder e cargos relacionados à liderança, ou seja, viu-se que uma

pessoa não pertencente à classe real, também poderia ter a capacidade de liderar.

Estudiosos concluem que a teoria passou a ser desacreditada, a partir do

momento que perdeu a capacidade de explicar determinados fatos que estavam

ocorrendo, como por exemplo, o caso citado anteriormente. Como homens e

mulheres comuns poderiam ser capazes de liderar alguém? Para responder

questões como essa, surgiram novos princípios. Dentre eles, a Teoria dos Traços.

2.4 Teoria dos Traços

A teoria dos traços que hoje já não é mais plenamente aceita, mas que

ainda é muito vista, tinha a base da liderança a partir das características e das

qualidades pessoais, não deixa de ser também uma teoria genética, considerando o

fato de que ela acreditava nos líderes que nasciam prontos.

Segundo Montana e Charnov (2003, p. 249):

Traços como inteligência superior, estatura imponente, autoconfiança, eficácia na comunicação, capacidade para motivar outros (ser inspirador) e necessidade de realização, determinação e criatividade, têm sido identificado por vários pesquisadores científicos como traços característicos dos bem-sucedidos nos negócios.

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Bem como foi dito anteriormente, os pesquisadores apostaram em uma

busca de traços que fossem característicos de líderes, quem os possuísse seriam

líderes natos, quanto que os demais seriam os liderados.

Robbins (2005, p. 259) relata que estas pesquisas não tiveram um forte

impacto, visto que, em cerca de oitenta traços encontrados, apenas uma média de

cinco traços era comum a todos os outros trabalhos apresentados. Além do mais, os

traços identificavam a característica da liderança, mas não distinguia quais líderes

poderiam ser eficazes ou não.

Segundo Maximiano (2004, p. 292), alguns dos traços mais

característicos dos líderes são: (a) determinação, (b) iniciativa nas relações

pessoais, (c) vontade de liderar e (d) autoconfiança.

Já para Robbins (2005, p. 259) existem sete traços que diferenciam os

líderes dos não-líderes: (a) ambição e energia, (b) desejo de liderar, (c) honestidade

e integridade, (d) autoconfiança, (e) inteligência, (f) elevado automonitoramento e (g)

conhecimentos relevantes para o trabalho.

As pesquisas avançaram, no entanto, nada ficou concreto. Respondendo

aos questionamentos feitos na primeira teoria abordada, Montana e Charnov (2003,

p. 249) explicam que na teoria dos traços, se pessoas comuns conseguiam alcançar

o posto de líderes, isso acontecia porque aquele indivíduo havia herdado traços

característicos de liderança.

É possível perceber como essa teoria do passado ainda rebate em

nossas vidas cotidianas, quando observamos o que as empresas do mercado atual

procuram nos seus novos funcionários, traços específicos de personalidade. Embora

estes traços não transmitam nenhuma garantia do exercício da liderança.

Montana e Charnov (2003) relatam que, a grande dificuldade para o

entendimento da liderança, é que, por ser uma teoria genética, ela não supõe que

uma pessoa possa aprender todos os traços necessários para liderar. No entanto,

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tornou-se perceptível que algumas técnicas podem ser aprendidas, bastando

apenas empenho, como é o caso da comunicação.

Maximiano (2004, p. 293) afirma que:

A habilidade de comunicação oferece um dos melhores argumentos para demonstrar que certas características dos líderes podem ser e são, de fato, desenvolvidas. A comunicação é o alicerce da liderança, uma vez que o requisito básico para um líder é a capacidade de transmitir sua mensagem de modo a persuadir, inspirar ou motivar seus seguidores.

A partir desta observação os pesquisadores mudaram seu foco, passaram

então a analisar traços aprendidos apenas averiguando o comportamento dos

líderes. Já não se tinha preocupação com os traços pessoais, e sim, com o

comportamento daquele que se fazia líder. E foi assim que surgiu a próxima

abordagem: as Teorias Comportamentais.

2.5 Teorias Comportamentais

Posto que, a teoria dos traços não pôde ser comprovada, surgiu então

uma nova abordagem a ser estudada, a teoria comportamental. Os pesquisadores

deram início à análise comportamental de certos líderes, em busca de algo que

pudesse se concretizar como um padrão de comportamento daquele que exercia a

liderança.

Dubrin (2001, p. 173), esclarece que foram determinados três estilos

clássicos do tipo de liderança, seriam eles: autocrático, participativo e liberal. Essa

classificação abordava a maneira que a autoridade do líder, era exercida sobre os

seus liderados. O quadro 3 representa a maneira que ele descreve cada um dos

estilos.

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Quadro 3 Estilos de Liderança na Teoria Comportamental

Estilos de Liderança Descrição

Estilo Autocrático Estes retêm a maior parte da autoridade para si. Esse tipo de líder, não se preocupa com as atitudes dos subordinados com relação às decisões tomadas pela liderança. Os líderes autocráticos são considerados orientados para as tarefas. Sempre diz às pessoas, o que fazer, são positivos e servem de modelo para o grupo.

Estilo Participativo

Diferente do estilo anterior, o líder participativo compartilha a tomada de decisão com os membros do grupo.

Dentro desta classificação existem mais três subgrupos: Líderes consultivos, que solicitam um parecer de seus liderados, antes de tomar qualquer decisão;

Líderes consensuais estimulam a discussão do grupo sobre determinado tema, em seguida entra num consenso entre eles em relação a melhor decisão;

Líder democrático confere a autoridade final ao grupo, estes fazem uma coleta de opiniões e em seguida, promovem uma eleição antes de qualquer decisão.

Estilo Liberal Este tipo de líder transfere para o grupo toda a autoridade e controle, não se envolve a menos que seja chamado. Os subordinados recebem toda a liberdade que desejem desde que não violem a política da empresa.

Fonte: Dubrin, 2001, p. 173

No entanto, através de suas observações Douglas McGregor (1906-

1964), estabeleceu duas teorias bastante conhecidas: Teorias X e Y, que ajudaram

na compreensão de algumas ideias como, por exemplo, a teoria comportamental.

Essas teorias analisavam basicamente o comportamento humano de fato.

Segundo McGregor (1960 apud Silva, 2004, p. 253), a Teoria X

tradicional, mecanicista e pragmática apresentava as seguintes pressuposições:

O homem é, por natureza, indolente, evita o trabalho, não tem ambição, desgosta da responsabilidade e prefere ser dirigido: a teoria assume também que o indivíduo é autocentrado, indiferente às necessidades organizacionais, resistente a mudanças, ingênuo e nada brilhante.

Logo, o recomendado seria que o administrador ou líder empregasse a

este tipo de comportamento, técnicas que fossem coercitivas. Nesta situação, o

sistema utilizado seria o de imposição, para que, assim, os indivíduos pudessem

seguir os padrões pré-determinados pela organização.

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Sobre a Teoria Y, McGregor (1960 apud Silva, 2004, p. 254), diz que: O

indivíduo não é, por natureza, preguiçoso e não-confiável. Essa visão propõe que as

pessoas podem se autodirigir e ser criativas no trabalho, desde que adequadamente

motivadas. Então o administrador ou líder, tem como foco, expandir o potencial

destas pessoas.

Diferentemente da primeira teoria, a Teoria Y propõe um estilo de

liderança totalmente diferente, ao invés de autoritário coercitivo, o líder terá enfoque

participativo, democrático e que respeita os valores humanos.

Para que fique mais claro ainda, Montana e Charnov (2003, p. 250) fazem

uma distinção entre elas, da seguinte forma: uma teoria é orientada para a tarefa, de

modo que a preocupação gira em torno das ações tomadas pelo líder para realizar o

trabalho, tais como atribuir à tarefa e organizar o trabalho, bem como supervisionar e

avaliar o desempenho do trabalhador. A outra teoria seria então orientada para as

pessoas, consistindo assim na maneira como o líder se relaciona e trata os seus

subordinados.

A seguir o quadro 4 resume as características da Teoria X e da Teoria Y.

Quadro 4 As características das Teorias X e Y. TEORIA X TEORIA Y

Centrada na produção Centrada no emprego

Autocrática Democrática

Controle externo Controle interno

Papel gerencial

Supervisão próxima, com comportamento diretivo.

Supervisão ampla, com comportamento de apoio.

Enfoque principal

Ênfase no controle, na coerção e na punição. Ênfase no crescimento, na autonomia e na recompensa.

Natureza humana

As pessoas são preguiçosas, têm falta de ambição, precisam ser conduzidas e têm baixo nível de motivação.

As pessoas por natureza gostam do trabalho, querem fazer o melhor e são motivadas pelo autocontrole e autodesenvolvimento.

Fonte: Silva, 2004, p.255

Dando continuidade ao estudo de McGregor, começaram a surgir novas

pesquisas relacionadas ao comportamento. Como por exemplo, os estudos de

Michigan e os estudos de Ohio.

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31

2.5.1 Estudos da Universidade de Michigan

As análises sobre o tema liderança foram sendo continuadas, através de

diversas pesquisas, como o caso ocorrido na Universidade de Michigan. De acordo

com Silva (2004, p. 256), os pesquisadores tinham como objetivo determinar os

princípios e os métodos da liderança eficaz, necessários para alcançar desempenho

e níveis de satisfação almejados.

Através deste estudo, comparou-se que a eficiência dos grupos variava,

em função do comportamento do líder. Além de terem identificado dois tipos de

comportamentos de liderança, fundamentais para a tese.

O comportamento centrado no trabalho: de acordo com Silva (2004, p.

256) este é o tipo de comportamento centrado nas tarefas, ela requer uma forte

supervisão, exige pressão para o melhor desempenho a fim de alcançar as metas

estipuladas.

Segundo Maximiano (2004, p.294), autocracia, liderança diretiva são

alguns dos nomes que se dão para aqueles que se importam primeiramente com o

cumprimento das tarefas. O autor afirma que, para estes líderes os subordinados

são apenas instrumentos para alcance de metas ou realização de tarefas, mais do

que pessoas com necessidades e emoções, semelhantes às deles próprios.

O outro comportamento identificado foi:

O comportamento centrado no empregado: este tipo é totalmente

voltado para as pessoas, a supervisão é preocupada inteiramente com o capital

humano, seu desempenho, desenvolvimento, motivação, enfim, é o oposto do

comportamento citado anteriormente. A maneira como o líder trata o seu

subordinado é totalmente diferenciado.

Logo, o comportamento do líder é cada vez mais democrático, à medida

que as suas decisões são influenciadas pela equipe. De acordo com Silva (2004,

p.256):

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Os estudos de Michigan demonstraram, dentre outras coisas, que as atitudes e comportamentos dos dois grupos eram bastante diferentes: nas unidades com estilo de liderança centrada nos empregados, a satisfação no trabalho era mais alta, a rotatividade e o absenteísmo eram baixos. Nas unidades com líderes centrados no trabalho, a produção não era maior, mas a satisfação dos empregados era baixa e a rotatividade e o absenteísmo eram altos.

Robbins (2005, p. 262) afirma que, as conclusões a que chegaram os

pesquisadores foram extremamente favoráveis ao comportamento dos líderes

orientados para os funcionários e que realmente existe uma diferença impactante

nos resultados dependendo do estilo de liderança adotado.

A figura 1 mostra uma matriz do estilo de liderança que vai esclarecer

melhor a diferença entre essas dimensões.

A explicação de Montana e Charnov (2003, p.251) para a figura 1, cabe

muito bem à teoria apresentada pelos estudos abordados anteriormente. O líder A

demonstra um alto interesse pelas pessoas e uma baixa preocupação com as

tarefas. O líder B demonstra um interesse igual por ambos, ou seja, por pessoas e

por tarefas. O líder C demonstra um grande interesse pela tarefa e pouco interesse

pelas pessoas.

Figura 1 - Matriz Bidimensional da liderança. Fonte: Montana e Charnov, (2003, p. 251).

A

B

C

Orientação para a tarefa

Orienta

ção p

ara

funcio

nário

Baix

a

M

édia

A

lta

Baixa Média Alta

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33

O autor complementa alegando que apesar dos resultados demonstrados

pela teoria de Michigan, não terem sido completamente atingidos, que era encontrar

um estilo de liderança correto a ser seguido, ela contribuiu de forma brilhante para

os estudos que se seguiram, como por exemplo, foi possível observar que um líder

poderia agir com orientações variadas, de acordo com a exigência da situação. Não

se limitando a agir somente para o funcionário ou somente para a tarefa.

Ao mesmo tempo em que foram sendo estudadas todas estas teorias na

Universidade de Michigan, também ocorreram estudos nas Universidades de Ohio,

esta por sua vez desenvolvia teses comparativas, que serão apresentadas a seguir.

2.5.2 Estudos da Universidade de Ohio

Os estudos de Ohio iniciaram-se no final dos anos 40, estudiosos fizeram

um afunilamento das categorias nos quais o comportamento do líder poderia ser

facilmente diferenciado. Dentre as mais de mil dimensões diferentes, os estudiosos

chegaram a duas, apontadas pelos funcionários como sendo responsáveis pelo

comportamento da liderança: estas estão relacionadas à Consideração e à Estrutura

de iniciação.

Consideração refere-se a como o gerente se preocupa com as pessoas, com o relacionamento entre pessoas no trabalho, e entre líderes e subordinados, com confiança mútua, respeito e amizade; em outras palavras, a extensão com que o gerente mostra consideração com os liderados. Estrutura de iniciação refere-se à tendência de o gerente estruturar as tarefas, para claramente definir relacionamentos entre grupos e definir os canais de comunicação; em outras palavras, a extensão com a qual o líder inicia ou cria a estrutura do trabalho dos seguidores. (SILVA, 2004, p. 259).

Os pesquisadores acreditavam na época que um líder que obtivesse êxito

em sua liderança, demonstraria tanto um nível elevado de orientação para a tarefa

como de orientação para o funcionário.

Montana e Charnov (2003, p. 251), afirmam que em vários estudos

nenhum estilo isolado se mostrou sempre eficaz. O que caracterizava a eficácia era

justamente a combinação das duas dimensões. No entanto, havia indicações

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seguras de que os melhores líderes tinham uma pontuação alta em ambas as

orientações.

O comportamento do líder poderia variar em torno destas duas dimensões

apresentadas. Para tal demonstração desenvolveu-se uma matriz, deixando visível

que a posição do líder dentro de cada dimensão poderia ser avaliada por uma ou

duas questões. Na figura 2 é possível ver a matriz e suas dimensões.

Figura 2 – Estilo de Liderança da Universidade de Ohio. Fonte: Silva, (2004, p. 259).

Silva (2004, p. 260) finaliza dizendo que os estudos de Ohio têm sido

criticados, em particular, por serem simples demais, não aplicáveis para um amplo

espectro de situações e pela confiabilidade no questionamento para medir a eficácia

da liderança. Logo, outras pesquisas surgiram dentre as de grande importância está

o grid gerencial, que será abordado a seguir.

Baixa Orientação para tarefas Alta Orientação para empregados

(O líder se esforça para promover a harmonia e a satisfação das

necessidades sociais do grupo)

A

Alta Orientação para tarefas Alta Orientação para empregados

(O líder se esforça para alcançar um balanço produtivo entre obtenção do

trabalho feito e manutenção de um grupo

coesivo e amigável de trabalho)

B

(O líder se retrai a um papel passivo de

permissão que a situação se resolva

por si mesma)

Baixa orientação para tarefas Baixa orientação para empregados

C

(O líder devote a atenção mais forte para

a obtenção do trabalho; os aspectos

pessoais são estritamente secundários)

Alta orientação para tarefas Baixa orientação para empregados

D

CO

NS

IDE

RA

ÇÃ

O

(Orienta

ção p

ara

em

pre

gados)

Alta

Baixa

ESTRUTURA DE INICIAÇÃO

(Orientação para tarefas)

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2.5.3 Grid Gerencial

De acordo com Silva (2004, p.260) a teoria do Grid Gerencial (Managerial

Grid) se originou de uma forte dívida intelectual dos estudos apresentados

anteriormente na Universidade do Estado de Ohio, na qual analisavam dimensões

de “consideração” e de “estrutura de iniciação”.

As pesquisas de Michigan desenvolvidas por Likert foram as primeiras a

estabelecer duas dimensões sobre a liderança, bem como já foram apresentadas

anteriormente, uma delas orientada para a produção, outra orientada para os

empregados.

Robbins (2005, p. 262) relata que devido às teorias sobre estas

dimensões terem sido desenvolvidas em uma época em que o mundo era mais

estável e previsível, os estudiosos começaram a reavaliar se existem mesmo apenas

duas dimensões para capturar a essência do comportamento de liderança.

Surge uma nova teoria, na qual o autor nos esclarece que em mundo de

mudanças, o líder deve demonstrar um comportamento inovador, este deve ser

orientado para o desenvolvimento, a fim de valorizar e aprimorar novas ideias, gerar

e programar as tais mudanças apresentadas.

Para tal, William Blake e Jane Mouton baseados nos estudos anteriores

(de Michigan e de Ohio) desenvolveram uma representação gráfica de uma visão

bidimensional dos estilos de liderança, chamaram-no de Grid Gerencial (também

conhecido como Grid da Liderança).

O grid fez o conceito escorregadio de liderança muito mais fácil de trabalhar, para muitos gerentes, e é apresentado como um processo direto para a melhoria organizacional, baseada em, aparentemente, proposições auto-evidentes de bom senso; é uma classificação de estilos de gerenciamento baseada em duas variáveis – relacionada às pessoas e relacionada à produção (SILVA, 2004, p. 260).

Existem nove graus de referência para cada uma das duas dimensões

apresentadas, o que finaliza numa matriz de oitenta e uma células. Robbins (2005,

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p. 262) complementa que o grid não mostra os resultados produzidos, mas sim os

fatores dominantes na forma de pensar do líder em relação à obtenção de

resultados.

A explicação de Silva (2004, p. 260) para a figura 3, é bem clara, cada

célula representa um estilo de gerenciamento:

Estilo (1.1) é um líder nem relacionado à produção, nem relacionado ao

bem-estar das pessoas, devido a essa preocupação mínima, trata-se de um estilo

gerencial empobrecido ou laissez-faire.

Estilo (9.1) é um líder fortemente relacionado à produção e com pouco

interesse pelas pessoas; seu estilo é denominado gerenciamento autoritário.

Estilo (1.9) é um líder suavemente preocupado com a produção e

fortemente preocupado com o bem-estar das pessoas subordinadas, e seu estilo de

gerenciamento é denominado gerenciamento de clube de campo.

Estilo (5.5) é um líder com boas intenções, mas não de ação, pela visível

indecisão quanto aos resultados e às pessoas, e seu gerenciamento é denominado

gerenciamento de meio do caminho.

Estilo (9.9) é um líder que demanda à confiança dos seus subordinados, é

solícito aos seus desejos e desenvolvimento, ao mesmo tempo que desenvolve os

recursos materiais de modo a alcançar alta eficiência das operações dos

subordinados. Logo, é este estilo, conhecido como gerenciamento de equipe, que

tem se mostrado bastante eficaz nos dias atuais.

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Figura 3 – O grid gerencial, de R. Blake e J. Mouton.

Fonte: Silva, (2004, p. 261).

A discussão sobre este modelo tem sido ampla entre os autores, com

relação à sua aplicabilidade, enquanto Robbins (2005, p. 262) afirma que:

O grid oferece apenas uma melhor estrutura para conceitualização do estilo de liderança, sem apresentar qualquer nova informação tangível para o esclarecimento da questão da liderança, já que a pouca evidência substancial para se afirmar que o estilo 9.9 é o mais eficaz em todas as situações.

Montana e Charnov (2003, p. 260) dizem que é importante dar ênfase

nesse assunto, por este modelo ser bastante utilizado pelos gerentes. E que ele tem

se mostrado uma ferramenta útil e popular por propor uma visão mais complexa da

liderança no sentido de que utiliza duas dimensões diferentes.

9

8

7

6

5

4

3

2

1

1 2 3 4 5 6 7 8 9

1.9

Gerenciamento de

clube de campo

(paternalista)

9.9

Gerenciamento

de equipe

(eficaz)

5.5

Gerenciamento de

meio do caminho

(em cima do muro)

1.1

Gerenciamento

empobrecido

(inexistente)

9.1

Gerenciamento de

tarefas/ produção

(autoritário)

Co

mp

ort

am

en

to

Rela

cio

nad

o à

s p

esso

as

Alto

Baixo

Comportamento

Relacionado à produção

Baixo Alto

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38

Silva (2004, p. 261) relata que este modelo tem sido largamente utilizado

no mundo inteiro, ele oferece uma perspectiva de solução simples, ou um estilo de

gerenciamento preferido (denominado 9.9), que é aclamado como universalmente

aplicável.

É interessante mostrar toda essa diferenciação de pensamentos, no

entanto, é bem verdade que este modelo tem sido utilizado nos dias atuais. Não se

pode deixar de reconhecer a importância que esta pesquisa tem demonstrado para

as organizações, que podem identificar claramente o estilo gerencial que tem dentro

da própria empresa e escolher a melhor estratégia a ser trabalhada para alcance

das metas estipuladas.

Quando se fala em escolhas, deixamos uma ponte para outra teoria. O

fato das teorias comportamentais terem alcançado um grande sucesso nas relações

entre o desempenho da liderança e o comportamento dos subordinados, abre

espaço para outra pesquisa, a atenção para os elementos situacionais.

Pesquisadores começaram então a questionar se a liderança de algum ícone do

século passado seria bem aplicada nos dias atuais. Com esse levantamento de

questões, surgiram então as teorias das contingências.

2.6 Teoria das Contingências

Diante de todas as teorias abordadas anteriormente, o estudo demonstra

não existir um estilo único e correto de liderança. Para tal, deu-se início a uma nova

abordagem, baseada na liderança situacional.

É plenamente visível que, hoje se vive em um mundo de constantes

mudanças, logo, nota-se que as organizações estão bastante interessadas na busca

de líderes que consiga facilmente se adaptar a elas, para que, através das tomadas

de decisões corretas, as empresas possam sobreviver no mercado e tornarem-se

cada vez mais competitivas.

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39

A liderança situacional contribui exatamente na adequação das decisões

mediante a situação exposta. Entende-se que o líder neste caso, procura manter os

valores e cultura da empresa, bem como, se adapta as circunstâncias, motiva sua

equipe, mantém a essência da organização e apresenta bons resultados, agindo de

forma eficaz.

Segundo Robbins (2005, p. 263), esta relação entre estilo de liderança e

eficácia, sugere que, sob uma condição a, o estilo x pode ser mais adequado,

enquanto o estilo y é mais indicado para a situação b, e o estilo z é mais apropriado

para a situação c. Através deste exemplo, o autor tenta demonstrar a importância,

não da eficácia da liderança que depende da situação, mas sim, o valor da

identificação das condições situacionais.

Através de pensamentos como estes, foi que se deu início a algumas

abordagens para identificação de variantes situacionais. Neste estudo abordaremos

algumas das mais conhecidas, como Modelo de Fiedler, Modelo de Hersey e

Blanchard, Modelo de Tannenbaum e Schmidt, e Modelo Caminho-Meta de House e

Mitchell.

2.6.1 Modelo de Fiedler

De acordo com Robbins (2005, p.263) o primeiro modelo contingencial de

liderança, foi elaborado por Fred Fiedler (1967), e sugere que a eficácia do

desempenho do grupo depende da adequação entre o estilo de líder e a situação

exposta.

Assim, Fiedler no intuito de medir as atitudes do líder (se este era

orientado para as tarefas ou para os relacionamentos), elaborou um questionário em

forma de escala, que ficou conhecido como: LPC, sigla originada do inglês: Least

Preferred Co-worker, sua tradução seria “Questionário do Colega Menos Preferido”.

Vale ressaltar que alguns autores usam para este questionário a sigla MPCT –

“Menor Preferência Como Colega de Trabalho”.

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A relação de perguntas possui dezesseis adjetivos opostos e uma escala

de 1 a 8 que deverá ser classificada de acordo com a escolha que o respondente

fizer sobre a pessoa que ele menos gostou de trabalhar.

Segundo Maximiano (2004, p. 300) as situações enfrentadas pela

liderança podem ser avaliadas através de três características, sendo estas,

passíveis de avaliação sobre o grau de favorabilidade da situação para o líder. São

elas: as relações entre líder e liderados, o grau de estruturação da tarefa e o poder

da posição.

Nas relações entre líder e liderados, caso o sentimento desses

seguidores sejam positivos em relação à liderança, a situação será favorável. Se

estes liderados forem adversos, logo a situação será desfavorável para a liderança.

Quanto ao grau de estruturação da tarefa, quando estas são bem

definidas, torna-se oportuno para a liderança. Na hipótese das tarefas serem

indefinidas, mal organizadas, isto pode acarretar em problemas para o líder, será

considerada uma situação desfavorável.

Sobre o poder da posição, se o comportamento do líder indicar a

presença de autoridade, poder e seu título indicar tal importância, então, esta

situação será favorável para o mesmo. Caso as circunstâncias sejam inversas, a

situação será desfavorável.

Consoante Robbins (2005), o sucesso do grupo depende da relação entre

o estilo da liderança e o grau de controle que a situação lhe proporciona, a figura 4

mostra como funciona este modelo.

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Figura 4 – Descobertas do Modelo de Fiedler Fonte: Robbins, (2005, p. 265).

Maximiano (2004, p. 301) relata que ao final desta pesquisa, Fiedler e

outros estudiosos perceberam que a liderança orientada para a tarefa é eficaz

quando a situação é muito favorável ou muito desfavorável para a liderança. E a

liderança orientada para as pessoas é eficaz quando estas mesmas situações, são

de dificuldades intermediárias.

Ainda de acordo com o autor outros pesquisadores fizeram críticas

referentes a esses estudos, alegavam que o modelo de questionários para medir a

liderança examinavam apenas atitudes, e não situações diárias. Logo, ao responder

essa série de perguntas os respondentes poderiam não ser tão sinceros em suas

respostas.

Apesar de todas as críticas, o estudo contribuiu significativamente para as

ideias futuras a respeito da liderança, onde o líder deveria flexibilizar seu

comportamento, mediante as situações vivenciadas.

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A partir das críticas expostas, juntamente com o fato de a teoria de Fiedler

desconsiderar o seguidor, passaram a surgir novos estudos, como por exemplo, o

modelo de Hersey e Blanchard.

2.6.2 Modelo de Hersey e Blanchard

Este modelo criado por Paul Hersey e Ken Blanchard vem conquistando

milhares de executivos ainda nos dias atuais. Também conhecido como Teoria da

liderança situacional, eles desenvolveram um modelo de liderança baseado na

maturidade dos subordinados.

Entende-se que a maturidade seja um estado, no qual o indivíduo atinge

um nível pleno de desenvolvimento, portanto, o modelo avaliava o nível de

capacidade das pessoas, bem como o interesse em empenhar um bom trabalho.

Para os estudiosos, a maturidade dos subordinados deverá ser analisada

sempre em associação a uma atividade específica, haja vista, que não se pode

considerar que um indivíduo seja sempre imaturo. Acredita-se que para algumas

atividades, o nível de maturidade apresentado seja diferenciado.

Para Silva (2004, p. 271), ao falar de maturidade em termos de

capacidade e de disposição, pode-se analisar a inclusão de duas dimensões:

maturidade de trabalho (capacidade de fazer algo sem que haja a necessidade da

direção de outras pessoas, ou seja, capacidade técnica) e maturidade psicológica

(refere-se à disposição, motivação, empenho e à confiança em si próprio).

Neste conceito de liderança situacional, a idade cronológica não é um

fator diretamente ligado à maturidade, o que realmente importa é a “idade

psicológica”.

Quanto maior for a maturidade do colaborador, menor deverá ser o uso

da autoridade, assim, o que passará a vigorar será a orientação para o

relacionamento que o líder propõe a este subordinado.

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De acordo com Maximiano (2004, p. 301), a ideia de liderança baseada

nos estudos de Hersey e Blanchard (1986), divide-se em quatro estilos ou formas, o

quadro 5 detalha esta divisão:

Quadro 5 Estilos de Liderança na Teoria Situacional

Estilo de Liderança

Descrição

E1: Comando Esta prática é direcionada às pessoas que possuem um nível baixo de maturidade. Neste caso há uma forte orientação para as tarefas. Aconselha-se a usar um comportamento que imponha ordens e reduza o apoio emocional.

E2: Venda Este estilo é direcionado às pessoas que possuem alto nível de atitudes utilizadas tanto para a tarefa, como para os relacionamentos com as pessoas. No entanto, estas mesmas pessoas possuem poucas experiências ou até mesmo conhecimento restrito, no que tange o assunto, logo, a liderança deverá oferecer apoio emocional para reforçar o entusiasmo.

E3: Participação Este modo orienta-se primordialmente no relacionamento, possui ênfase mínima nas tarefas. Têm pouco interesse em acolher responsabilidades, principalmente pela falta de segurança e/ou motivação.

E4: Delegação Este tipo proporciona pouca ênfase tanto nos relacionamentos, quanto nas tarefas. Procura ajustar pessoas que possam assumir responsabilidades, que possuam competência e motivação.

Fonte: Maximiano 2004, p. 301.

É considerado um ponto forte da teoria, o seu entendimento com a

maturidade, a mesma é tratada de forma dinâmica, de modo que há um

reconhecimento da necessidade de se observar as competências e a motivação dos

indivíduos. No entanto, alguns autores julgam a ideia abordada nesta pesquisa, de

que, pessoas imaturas deveriam ser tratadas com uso da autoridade. Em

controvérsia, entende-se que o uso da autoridade com essas pessoas, possam não

funcionar. Existe a possibilidade de que elas não se desenvolvam e permaneçam

imaturas.

Várias outras críticas foram abordadas sobre esta teoria, como por

exemplo, a medição da maturidade das pessoas. Acredita-se que não é possível

fazer um estudo totalmente eficaz a respeito do nível de cada indivíduo. Bem como,

as recomendações dos pesquisadores, não tem amparo metodológico sobre como

lidar com a maturidade dos pesquisados.

Logo, novas teorias surgiram a respeito do tema. Principalmente porque

se sabia da necessidade de se aprofundar no assunto respectivo à liderança. Saber

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seus tipos e em quais situações aplicá-los seria o ideal para qualquer gerente.

Pensando nisso, Robert Tannenbaum e Warren H. Schmidt elaboraram uma das

mais conhecidas abordagens sobre os estilos de liderança.

2.6.3 Modelo de Tannenbaum e Schmidt

Tannenbaum e Schmidt (1958) elaboraram uma abordagem que permite

propor três critérios que influenciam a adequação da liderança as mais variadas

situações. O quadro 6 mostra detalhes dessas variáveis.

Quadro 6 Influências à Liderança

Variáveis Definição

O líder É um dos elementos primordiais da situação. Seu conhecimento, valores, cultura, experiências vivenciadas, formação e personalidade são algumas das principais formas de influenciar seu comportamento.

Os funcionários

Os traços dos funcionários podem influenciar de alguma forma a eficácia do estilo escolhido de liderança. Para os autores da teoria, os líderes deveriam proporcionar maior participação e liberdade aos funcionários, quando características X fossem identificadas, como, por exemplo, a capacidade de identificar os objetivos da organização, desejo de assumir responsabilidades e tomar decisões, experiência para resolver problemas com eficiência e a necessidade de independência.

A organização A conduta da liderança pode ser facilmente influenciada pela situação e pressões do ambiente. Neste critério há uma análise do clima organizacional, bem como da natureza das atividades, permitindo a avaliação da eficácia e eficiência da liderança nas circunstâncias vivenciadas.

Fonte: Maximiano 2004, p.299

A teoria dos autores afirma que o líder tem pleno conhecimento do

comportamento que deverá ser aplicado a cada situação. Logo gerentes bem-

sucedidos seriam aqueles que se moldam ao ambiente, favorecendo a tomada de

decisão, agindo de acordo com as necessidades de todos, seja do grupo, da

organização ou de si mesmo.

Esta abordagem contribuiu bastante para pesquisas futuras, no entanto,

não satisfez a todos. Novos estudiosos passaram a averiguar uma abordagem que

tivesse uma ligação maior entre a liderança, o subordinado e o desempenho, assim

sendo, houve o surgimento de mais uma nova teoria. Esta desenvolvida por Robert

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J. House e Terrence Mitchell em 1974, que ficou conhecida como Modelo Caminho-

Meta.

2.6.4 Modelo Caminho – Meta

Percebe-se que esta abordagem tem uma forte conexão com as

expectativas motivacionais. Criada em meados de 1974, por Robert J. House e

Terrence Mitchell, com o intuito de aprofundar a orientação dos subordinados

mediante o estímulo da liderança.

De acordo com Silva (2004, p. 208), nesta teoria mostra-se que os líderes

influenciam os subordinados através do chamado “caminho”, que seria uma espécie

de classificação daquilo que deve ser feito para se atingir a “meta”, ou seja, modo de

se adquirir as recompensas esperadas.

Para tal, os estudiosos fizeram uma série de sugestões para que a

abordagem obtivesse sucesso. Como por exemplo, as recompensas são estipuladas

de acordo com os estilos de liderança aplicados a cada situação, logo, a escolha do

estilo de liderança tem uma ligação direta no entendimento do subordinado sobre

suas próprias habilidades, para que, assim, haja um melhor desempenho por parte

de si mesmo.

Estes estilos classificam-se em quatro posicionamentos: Liderança

diretiva (foco da liderança na esquematização do trabalho), Liderança de apoio

(focada nos relacionamentos interpessoais), Liderança participativa (foco no

envolvimento dos subordinados no processo decisório) e, por último, a Liderança

orientada para a realização (foco na elaboração da autoconfiança do subordinado).

É apreciado um ponto forte da teoria, o fato de ela considerar os

elementos comportamentais e situacionais, como fonte de sucesso na escolha do

estilo apropriado de liderança, visto que, este ponto é o que trará sucesso no

desempenho do liderado.

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Alguns pesquisadores consideram que à medida que ocorrem mudanças

nas circunstâncias, podem acarretar também, mudanças nas habilidades do

empregado, o que de fato pode causar mudança no comportamento da liderança,

com intensidade maior do que a dos demais fatores externos. Ocorrendo então, uma

invalidez na hipótese abordada pelos criadores da teoria.

Para que o estudo sobre o estímulo dos subordinados seja aprofundado,

no próximo capítulo, serão abordadas diversas teorias sobre o assunto motivacional.

Acredita-se que o comportamento humano, é de fato, estimulado pela vontade de se

atingir um objetivo.

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3 MOTIVAÇÃO

Bem como foi abordado no tema sobre a liderança, cujo algumas pessoas

acreditavam que seria possível nascer com o dom de liderar, no quesito motivacional

não é diferente. Muitas pessoas acreditam que a motivação é um dom que alguns

carregam consigo. No entanto, ao longo deste estudo, entende-se que não funciona

totalmente desta forma.

O ser humano acumula inúmeras necessidades ao longo da vida, para tal,

ele desenvolve variados projetos, principalmente no campo organizacional, através

do objetivo de suprir suas carências ele define o percurso que deverá seguir para

alcançar suas metas. O desejo de atingir o alvo seria uma forma de se automotivar.

Existem modos diferenciados de se analisar o campo motivacional, como

por exemplo, a natureza de observação, o que alguns conhecem como

condicionamento. Neste caso, têm-se um caminho onde o ser humano é

condicionado a realizar a busca por algo que muito deseja. Em determinadas

situações, o esforço deixa de receber estímulos, acarretando à comodidade.

Estar motivado é estar a caminho de suas realizações, é viver em

dinâmica. Então, o comportamento motivador é baseado nos desejos e aspirações,

sendo estes dois termos, plenamente sentidos como parte da personalidade do

indivíduo, ou seja, forças psicológicas direcionadas a um propósito.

Logo, esta seria uma das maiores aflições dos gestores. Se a motivação

vem de dentro das pessoas, como a liderança poderia agir para motivar seus

liderados?

Para responder questionamentos como estes, surgiram algumas

definições, que deixam claro o papel do gestor sobre a motivação. O líder não

motiva diretamente seus funcionários, ele cria situações que fazem com que a

pessoa possa se motivar.

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Existe um exemplo considerado um clássico, no que diz respeito à

motivação:

A cenoura e a vara são a representação da imagem que temos do burrinho carregando no lombo um cesto com carga e com uma cenoura amarrada à sua frente, vindo o dono atrás com uma vara, batendo nas suas ancas. Ele vai realizar o trabalho por dois motivos: para tentar morder a cenoura e para que seu dono não lhe bata. (...) As empresas ainda se utilizam dessa técnica; por exemplo, há equipes de vendas que têm um prêmio para o campeão da cobertura de cotas do mês e o troféu abacaxi para o último colocado (ERVILHA, 2008, p. 126).

Entende-se que o líder deve decifrar o que motiva cada membro de sua

equipe e quais seus reais objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais. Assim, o

funcionário se sentirá valorizado e poderá ascender profissionalmente na melhor

forma possível, e consequentemente haverá desempenho e prazer em seu trabalho.

Logo, percebe-se que a motivação é algo que está dentro de cada um dos

indivíduos, trata-se de uma associação entre a necessidade, a razão e o entusiasmo

que sentimos em realizar determinada ação.

Todo o desejo que um indivíduo almeja realizar acaba se tornando uma

espécie de mola propulsora, a fim de realizar seus anseios. No entanto, se seus

desafios não são cumpridos, de alguma forma isso causa frustração, essa

insatisfação é também conhecida como desmotivação.

Com o surgimento da necessidade de se aprofundar no assunto do

comportamento humano, foi que se deu início a algumas das teorias motivacionais.

Dentre as quais, serão abordadas neste estudo, como a Teoria da Hierarquia das

Necessidades de Maslow, a Teoria dos Motivos Humanos de McClelland, a Teoria

dos Dois Fatores e a Teoria da Equidade.

3.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow

Esta é uma das teorias mais conhecidas no campo motivacional, criada

por Abrahan Maslow (1954), trata-se de um desfecho inovador para a compreensão

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do comportamento humano. Tem uma abordagem voltada para a busca da

satisfação das necessidades das pessoas. Segundo o pesquisador, essas

necessidades podem possuir as mais variadas origens e são classificadas em cinco

níveis (estruturados por ordem de probabilidade de surgimento), descritas em forma

de pirâmide.

De acordo com Maslow (1954 apud Silva, 2004, p. 229), a escala da

pirâmide está externalizada da seguinte forma, vista na figura 5:

Necessidades Fisiológicas: são as precisões mais básicas dos seres

humanos, todo indivíduo já nasce com elas. Estão relacionadas à sobrevivência da

pessoa, como por exemplo, a alimentação, o repouso, o sono, o abrigo, os desejos

sexuais, dentre outros.

Necessidades de Segurança: está ligada à busca pela proteção, seja

ela contra doenças, desemprego, ameaças etc. Surgem preferencialmente quando

as necessidades fisiológicas já estão satisfeitas.

Necessidades Sociais: são aquelas relacionadas à participação da

pessoa na sociedade, seja por relação de amor, afeto, amizade ou outra. Tem seu

surgimento a partir da satisfação da necessidade de segurança.

Necessidades de Estima: são as carências relacionadas com a

maneira pela qual o indivíduo se vê. Através desta percepção, passa então a

desenvolver autoconfiança e prestígio.

Necessidades de autorrealização: é aquela que o indivíduo tem de

chegar a “ser o seu melhor”, de atingir o nível mais elevado de autodesenvolvimento.

Esta só acontece se todas as outras necessidades estiverem satisfeitas.

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Figura 5 – Hierarquia das Necessidades de Maslow Fonte: Adaptado de < http://site.suamente.com.br/a-piramide-de-maslow/>, 2012.

A teoria de Maslow foi alvo de diversas críticas, dentre elas, podemos

destacar a alegação de alguns estudiosos quanto à validez da teoria.

Muitos alegam que a teoria de Maslow não possui fácil interpretação,

outros dizem que a amostra utilizada pelo pesquisador teria sido irrelevante. Além do

mais, não existem evidências que, ao satisfazer uma necessidade, a outra se ative

automaticamente. Por essas e outras razões, começaram a surgir novas teorias

aprofundando o estudo motivacional, como veremos a seguir, a Teoria dos Motivos

Humanos de McClelland.

3.2 Teoria dos Motivos Humanos de McClelland

Esta teoria conhecida também como a Teoria da Realização ou Teoria

das necessidades adquiridas, de acordo com Silva (2004, p. 238) abordava a

atitude de certas pessoas que possuem um forte desejo de se realizar, enquanto

outras não demonstram tanto interesse nisso.

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Segundo McClelland (1972), o pesquisador da abordagem, existe

algumas carências que são adquiridas (socialmente) ou que podem ser aprendidas,

à medida que o individuo passa a ter contato com o ambiente.

McClelland classificou essas necessidades em três categorias:

Necessidade de realização: existem pessoas que sentem a

necessidade de superar seus próprios limites, ultrapassar sua capacidade, a fim de

cumprir determinada ação com superação. Este gênero gosta de assumir

responsabilidades, correr riscos, receber feedbacks e não se motivam por dinheiro.

Necessidade de Afiliação: este tipo de indivíduo é totalmente

motivado pelos relacionamentos. Analisam as organizações como oportunidades de

criar novos vínculos com outras pessoas.

Necessidade de Poder: forte desejo de exercer autoridade sobre os

outros. Necessitam de poder, gostam de influenciar pessoas, dominar, manipular,

controlar, enfim, procuram exercer a liderança a fim de conseguir um benefício seja

ele próprio ou não.

Tão logo, estes tópicos foram determinados, o pesquisador McClelland

estabeleceu alguns pontos, baseados na teoria. Estes funcionariam como espécie

de orientação para os gerentes motivarem àqueles que não se enquadram nos

quesitos de grandes realizadores. São eles: o esforço pelo feedback frequente;

busca por modelos de realizações; estabelecimento de metas e desafios; controle de

desejos.

Em sua teoria McClelland esclareceu que os indivíduos são motivados por

algo que exerça influência sobre eles, na busca pela realização. No entanto, a

pesquisa não foi suficiente para esclarecer todos os questionamentos da época,

pensando nisso Frederick Herzberg passou a analisar outros fatores motivacionais,

logo se deu início a Teoria dos Dois Fatores que veremos a seguir.

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3.3 Teoria dos Dois Fatores

O estudioso Frederick Herzberg (1975) desenvolveu uma teoria que ficou

conhecida como uma extensão da teoria de Maslow, esta explicava basicamente o

comportamento das pessoas no ambiente de trabalho. Desenvolvida através de

entrevistas, o estudo mostra que existem dois fatores que influenciam a conduta das

pessoas. Seriam eles: Fatores de higiene também conhecido como Fatores

extrínsecos e os Fatores de motivação chamados também de Fatores intrínsecos.

Segundo Aguiar (2005, p.361), os fatores motivacionais são aqueles que

estão diretamente relacionados com a tarefa ou o trabalho e influenciam diretamente

a produtividade dos membros da organização.

Os fatores de higiene ou fatores extrínsecos são aqueles que estão

relacionados à questão salarial, políticas empresariais, ou seja, estão ligados à

disposição de como o trabalho é realizado, ou melhor, estão conectados ao

ambiente. De acordo com Silva (2004, p. 232) assim como a própria higiene física,

tais fatores não provocam crescimento, mas somente previnem deterioração.

Já os fatores de motivação ou fatores intrínsecos estão ligados

diretamente ao sentimento que o empregado desenvolve sobre o seu trabalho, ou

seja, estão conectadas às responsabilidades atribuídas ao cargo, o reconhecimento

e satisfação.

No mercado atual, percebe-se que a maioria dos gerentes estão mais

preocupados com o estado do ambiente organizacional, do que mesmo com o

trabalho realizado por seus subordinados. No entanto, entende-se que para

aumentar a produtividade das pessoas, é fundamental que haja a satisfação das

necessidades das mesmas, ou seja, haja motivação. Seria essa, então, a

aplicabilidade da Teoria de Herzberg, maximizar a produtividade.

De acordo com Silva (2004, p.234), a chave da motivação está em

reestruturar significativamente os cargos, para que sejam desafiadores e

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recompensadores, que provoquem oportunidades crescentes para realização,

responsabilidade, crescimento e reconhecimento.

Acredita-se que a teoria de Herzberg contribuiu significativamente para a

mudança do conceito das atividades gerenciais, acrescentando como uma ação

obrigatória da gerência, a promoção do aumento do nível motivacional de seus

subordinados, impactando diretamente sobre a produtividade organizacional.

Logo, compreende-se que as pessoas possuem necessidades a serem

satisfeitas, a fim de que haja melhorias no seu desempenho dentro da organização.

Imaginando a tarefa de identificação de grupos de necessidades, surgiu o estudo

sobre as motivações baseadas no desenvolvimento que será visto a seguir.

3.4 Teoria da Equidade

Em 1963, o psicólogo John Stacy Adams deu início ao desenvolvimento

da teoria da equidade, esta por sua vez tratava da comparação social no ambiente

de trabalho.

Segundo o estudioso, as pessoas buscam por justiça quanto aos seus

salários e recompensas, fazendo isso por meio de comparações às remunerações

de seus colegas.

Assim, a equidade seria então, a relação da contribuição que alguém dar

em seu trabalho com a recompensa que ela recebe por esta atividade, logicamente

comparada à contribuição e remuneração das outras pessoas em troca de seus

esforços no mesmo ambiente de trabalho.

Deste modo, caso seja percebida algum tipo de injustiça, o funcionário irá

ser motivado a agir de forma que se recupere a equidade. Poderá haver aumento ou

redução no esforço praticado nas tarefas, tentativas de alterar os resultados,

distorção de recursos, influência de mudança aos demais colegas de trabalho, troca

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do grupo de convivência, mudança de setor ou em alguns casos, poderá ocorrer,

inclusive, a mudança de emprego.

Uma opção ao gestor para que não ocorra iniquidade, seria o

estabelecimento de metas e objetivos de forma clara a equipe, afinal o que pode

parecer justo ao funcionário, pode não ser justo ao gestor e vice-versa.

Portanto, essa teoria contempla a variação daquilo que se acredita ser

justo e a motivação do funcionário. Logo, o comportamento deste, estará

inteiramente ligado às recompensas oferecidas por seu desempenho, sem sofrer

desigualdade perante os demais.

Pensando na necessidade do acompanhamento das equipes, para que a

motivação prevaleça entre elas, surge então um estudo sobre a gestão motivacional

que veremos a seguir.

3.5 Gestão Motivacional

Um dos grandes desafios da gestão nos dias atuais é a indução das

pessoas a realizarem por meios de seus esforços, aquilo que precisa ser feito. Para

tal faz-se necessário conhecer as necessidades das pessoas, para que assim, os

líderes possam induzi-las à motivação.

Segundo Bergamini (2008, p. 158):

A primeira preocupação consiste em descobrir por que o homem trabalha. [...] Toda uma pesquisa séria foi sendo desenvolvida através dos tempos, desde o momento da Escola de Relações Humanas, inaugurada por Elton Mayo, a partir da década de 20. A posição anterior, da Administração Científica, que leva a uma compreensão extremamente mecanicista do homem, parece não ter conseguido satisfazer de maneira completa no tocante ao conforto e satisfação no trabalho. O homem já não pode mais ser considerado como uma espécie de engrenagem que segue os ditames da máquina, buscando adaptar-se a seu ritmo. Ele tem características próprias, que devem necessariamente ser respeitadas, caso não se queira fracassar em sua missão produtiva.

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Com base no relato do autor, nota-se que a partir da evolução das

pesquisas, surgiu a necessidade de se explorar ainda mais o psicológico das

pessoas. Aqueles que detêm pouco conhecimento na área, ainda crer na teoria de

que pessoas são movidas apenas pelo dinheiro, muitos acreditam que o potencial do

indivíduo depende proporcionalmente do financeiro.

Em sua grande parte, indivíduos que solicitam aumento salarial supõe

que a empresa não consegue lhe oferecer outros tipos de satisfações, ou mesmo,

que a vida dentro da organização está estagnada, de modo que, o trabalho se torna

apenas negócio sem prazer, papel sem valor.

A maioria das pessoas não percebe o grau de importância de suas

atividades desempenhadas na organização, enxerga seu trabalho apenas como algo

operacional e sem influência aos demais. Seria o caso de um funcionário que

alimenta os dados dos clientes em planilhas, mas não compreende a utilidade

daqueles elementos, em alguns casos, chegam a imaginar que o resultado da

atividade não tem utilidade para ninguém.

É importante salientar que um dos papéis da liderança é informar aos

funcionários, quais são as funções específicas de cada um e qual a real importância

daquele trabalho desempenhado. Observar a diversidade da equipe é um fator

considerável no momento de motivá-los, visto que, deve-se considerar que existem

satisfações diferentes perante todas as atividades expostas, ou seja, a mesma

atividade pode fascinar ou entediar pessoas distintas.

Em função disso, é válido observar a maturidade dos liderados e

transmitir autonomia para tal, deixando assim, que o envolvimento com a atividade

flua de forma natural, pois, acredita-se que a prática do compartilhamento de poder

faz com que o desempenho organizacional aumente.

Segundo Cavalcanti et al. (2006), a delegação de atividades requer muita

cautela, pois neste momento, os líderes podem acabar separando as pessoas, de

modo que, aqueles que estiverem mais próximos da liderança tendem a receber

maior privilégio, confiança e por esta razão acabam tendo um melhor desempenho e

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satisfação na realização da sua função. Logo, o líder deve estar atento para que

consiga trazer todos para perto de si, a fim de alcançar as expectativas e

proporcionar atenção regular a todos.

Percebe-se que motivar pessoas é um trabalho árduo e requer muita

habilidade. Além de compreender a diversidade das pessoas, é preciso perceber as

subjetividades de cada um, ou seja, conhecer a mola propulsora que irá motivá-los.

Sendo assim, a liderança necessita de estabelecer metas, capacitar as

pessoas, criar ambientes e procurar adequá-los a cada indivíduo, de modo que, elas

sintam-se tratadas de forma personalizada e consigam alcançar os resultados

esperados.

É válido ainda, considerar o poder da automotivação, sendo esta a

habilidade que a pessoa desenvolve no intuito de motivar a si mesma, ou seja, o

indivíduo consegue encontrar razões para alcançar metas, ou realizar algo, sem a

necessidade de ser influenciada pelo outro.

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4 MATERIAL E MÉTODO

Este Capítulo apresenta a metodologia utilizada para a realização e

desenvolvimento deste estudo, abordando todas as etapas trabalhadas, a fim de

atingir aos objetivos da pesquisa, de modo que se possa conferir cientificidade no

trabalho.

Segundo Bertucci (2008, p. 45), se a metodologia for incorretamente

delineada, toda a etapa de coleta e análise de dados estará comprometida.

O trabalho foi realizado seguindo as seguintes fases: Definição do

Problema; Tipo de Pesquisa; Pré-teste; Cálculo da Amostra; Coleta de Dados;

Objeto de estudo.

4.1 Definição do Problema

A definição do problema da pesquisa é o ponto de partida para a

delimitação do tema, é importante que a determinação seja de forma nítida e

objetiva.

Segundo Rudio (1978, p. 75 apud Lakatos e Marconi, 2003, p. 127):

Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema da pesquisa é torná-lo individualizado, específico, inconfundível.

Ao longo deste trabalho observou-se um grande desafio, principalmente

em gerir a complexidade de seguir um caminho científico na pesquisa.

“Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que

podem ser tidas como testáveis” (GIL, 2002, p.24).

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Logo, procurou-se identificar os conflitos que rondam a temática, bem

como as variáveis que exercem influência e podem responder as indagações

estipuladas.

De acordo com Vergara (2009, p.13):

Problemas formulados de maneira inadequada podem colocar por terra todo um trabalho que, em geral, consome bastante tempo e energia de seu realizador. Como mencionado, se a definição adequada de um problema, por si só, não garante o êxito de uma produção científica, a definição inadequada, certamente, garante seu insucesso.

A etapa da formulação do problema é considerada por alguns estudos,

como uma das mais relevantes da pesquisa, para tal, procurou-se levar em

consideração as contribuições futuras para o objeto de estudo.

Segundo Bertucci (2008, p. 29):

Formular o problema a ser investigado é uma etapa extremamente delicada no planejamento da pesquisa. Um problema incorretamente formulado trará sérias implicações na definição, por exemplo, dos objetivos da pesquisa, nas escolhas teóricas e na metodologia de investigação.

4.2 Tipo de Pesquisa

A pesquisa exposta neste trabalho é de natureza quantitativa.

Segundo Sâmara e Barros (2002, p. 30), este tipo de pesquisa visa uma

análise quantitativa das relações de consumo respondendo à questão em relação à

quantidade, para cada objetivo que tenha adotado esta metodologia. Logo, o estudo

obtém esta classificação porque se traduz em números, as informações e opiniões

coletadas.

Quanto aos fins e aos meios esta pesquisa se classifica como:

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59

Exploratória

As pesquisas exploratórias, como realizada neste trabalho, são expostas

com base no objetivo de proporcionar uma visão ampla, sobre determinado fato ou

assunto. Podem ser designadas como aquelas que:

Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo mais explícito ou construir hipóteses. Pode-se dizer que tais pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado (GIL, 1988, p. 45).

Com esta pesquisa buscou-se descobrir incógnitas no campo estudado e

explorar as possibilidades de novas descobertas.

Segundo Bertucci (2008, p. 49):

A característica da flexibilidade, tanto no planejamento quanto na coleta e análise dos dados, não é suficiente para justificar a classificação de uma pesquisa como exploratória. É necessário mais que isso. É preciso que a pesquisa explore (daí o termo, exploratória) um tema, de forma inovadora e criativa, visando gerar encaminhamentos, problemas de pesquisa, pontos de partida, indagações que servirão a pesquisas futuras sobre o mesmo tema.

A pesquisa estimou assuntos evidentes do cotidiano, mas que ainda não

possuem análise aprofundada dentro da Cooperativa analisada. Este estudo é

realizado em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado

(VERGARA, 2009, p. 42).

Descritiva

Conforme Gil (2002, p. 42) as pesquisas descritivas têm como objetivo

primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno

ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. O estudo busca fazer a

descrição de uma parte do efetivo da empresa, visando abordar a percepção deles

acerca da relação entre a liderança e a motivação.

[...] Embora transmitam inicialmente a ideia de que apenas relatam ou descrevem uma situação, elas têm como objetivo principal estabelecer relações entre as variáveis analisadas e levantar hipóteses ou possibilidades para explicar essas relações (BERTUCCI, 2008, p. 50).

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60

Consoante Gil (2002, p. 42), algumas pesquisas descritivas vão além da

simples identificação da existência de relações entre variáveis, e pretendem

determinar a natureza dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva

que se aproxima da explicativa.

Outra característica deste tipo de pesquisa é a técnica padronizada da

coleta de dados, realizada principalmente através de questionários e da observação

sistemática (ANDRADE, 2009, p. 114).

Na empresa abordada pretende-se observar os fatos, efetuar registros,

analisar os dados coletados, interpretar os resultados sem interferência da

pesquisadora, de modo que, a percepção do funcionário a respeito do assunto

disposto, seja salientada.

Explicativa

Quanto às finalidades deste tipo de estudo, Vergara (2009, p. 42) afirma

que a investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inteligível,

justificar-lhes os motivos, ou mesmo, algo que identifique os fatores que contribuem

para a ocorrência de determinado fenômeno. Logo, se encaixa na natureza da

pesquisa, já que, ela busca justificar as razões e apontar os fatores que encadeiam

o evento.

Gil (1988, p. 46), conceitua esse tipo de pesquisa como a que mais

aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das

coisas. É considerado por alguns estudos como o tipo de pesquisa mais complexo,

visto que, na busca pelos motivos e na tentativa de aproximação da realidade, a

pesquisa está sujeita a produzir falhas.

Quanto aos meios, baseado nos procedimentos técnicos, caracterizou-se

assim:

Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa bibliográfica tanto pode ser um trabalho independente como

constituir-se no passo inicial de outra pesquisa (ANDRADE, 2009, p. 114).

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61

O estudo fundamentou-se a partir de pesquisas em livros, artigos

científicos, internet e fontes diversas.

Gil (2002, p. 45) diz que principal vantagem da pesquisa bibliográfica

reside no fato de permitir aos investigados a cobertura de uma gama de fenômenos

muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.

Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo utiliza técnicas específicas, que têm o objetivo de

recolher e registrar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em estudo

(ANDRADE, 2009, p. 133).

Para tal, nesta pesquisa houve a aplicação de um questionário em

determinadas áreas da Cooperativa.

Segundo Gil (2002, p. 55), neste tipo de estudo o pesquisador realiza

maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada a importância de o

pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta com a situação de estudo.

Estudo de Caso

Este método investiga um fenômeno dentro do seu real contexto, no

entanto, pressupõe determinadas regras a serem seguidas que servem de base

para validar as informações coletadas.

Consoante Gil (2002, p. 55), os propósitos do estudo de caso, não são os de proporcionar o conhecimento preciso das características de uma população, mas sim, o de proporcionar uma visão global do problema ou de identificar possíveis fatores que o influenciam ou são por ele influenciados.

Na pesquisa proposta, as análises serão feitas a partir de uma empresa

privada, optou-se por este método com a finalidade de preservar as características

dos acontecimentos dentro do ambiente coorporativo.

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62

4.3 Universo e Amostra

Neste tópico será abordada a dimensão da população total e da

população selecionada, para que se conduza a coleta dos dados. Levando em

contra partida que no caso das pesquisas científicas, a população investigada é

apenas aquela que se encontra na zona de influência para o estudo.

Nesta pesquisa foi considerado como população, todo efetivo da empresa

que compõe o atendimento presencial aos clientes, considerando o número total de

200 funcionários.

Como é praticamente impossível estudar uma população inteira, ou todo o universo dos elementos, escolhe-se determinada quantidade dos elementos de uma classe para objeto de estudo. Os sujeitos de uma pesquisa, ou seja, os elementos que serão investigados, compõem uma amostra da população ou do universo (ANDRADE, 2009, p. 132).

Diante da impossibilidade de designar uma probabilidade a cada

elemento da população, considerou-se a amostragem com não probabilística e

realizou-se um questionário em várias áreas da empresa, isto permitiu uma maior

precisão dos dados coletados e um manuseio mais adequado das informações.

Oliveira (2002, p. 160), define amostra como “uma porção ou parcela,

conveniente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”.

A quantidade da população é de 200 funcionários, esse número é

considerado finito, no entanto preferiu-se definir uma amostra. Que seguiu os

cálculos de Bisquerra, et al. (2004):

Tamanho da amostra para estimar a proporção (p) de uma população

considerada finita.

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63

Onde:

n = número da amostra (questionário aplicado)

N = XXXX tamanho da população

Zc = 1,96 (para nível significância de 95%)

α = 0,05 – erro máximo permitido

p = 0,5 – percentagem com a qual o fenômeno se verifica

q = 0,5 – percentagem complementar

Zc² x p x q

α ²

n = 1 + 1 x Zc² x p x q - 1

N α ²

Seguindo o nível de significância de 95% em relação à curva normal e

erro amostral de 5%, tem-se:

1,96² x 0,5 x 0,5

0,05²

n = = 131,75 = 131 1 + 1 x 1,96² x 0,5 x 0,5 - 1

200 0,05 ²

A amostra foi definida em 131 pessoas que representa 65,5% da

população estudada.

A tabulação dos dados foi feita no programa Microsoft Office Excel 2007 e

utilizado uma escala de frequência para os cálculos percentuais.

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64

4.4 Pré - Teste

No intuito de enriquecer o questionário, verificar a clareza, objetividade e

interpretação das questões, aplicou-se um pré-teste com 25 funcionários, sendo 37

perguntas de questões fechadas.

Sendo a parte I destinada às características dos respondentes, composta

por 08 questões e a parte II destinada às questões do ambiente de trabalho,

composta de 29 questões.

Procurou-se formular questões que envolvessem as teorias abordadas ao

longo da pesquisa, de forma que os questionamentos fossem enquadrados no perfil

da Empresa.

O pré-teste foi essencial para detectar falhas e assim efetuar correção

nos pontos importantes, por exemplo, a eliminação de perguntas desnecessárias à

pesquisa, evitando fadiga aos respondentes.

“O pré-teste pode ser aplicado mais de uma vez, tendo em vista seu

aprimoramento e o aumento de sua validez” (LAKATOS e MARCONI, 2003, p. 203).

4.5 Coleta de Dados

A fim de se alcançar os objetivos propostos, os dados foram coletados por

meio de um questionário de 26 perguntas fechadas, em que os respondentes

puderam escolher as alternativas expostas.

O questionário foi aplicado de forma individual, no prazo estabelecido de

tempo. A escolha do questionário se deu pela facilidade de acesso. Ao longo da

elaboração houve algumas preocupações, seguindo os passos de Bertucci (2008, p.

69):

A linguagem (que deve ser acessível ao respondente);

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65

Esclarecimento do objetivo da pesquisa;

Cuidado com a formatação (aspectos estéticos) do instrumento;

Tamanho do questionário (Grande demais cansa e pequeno demais,

ele não atende ao pesquisador);

O questionário foi estruturado em duas partes, a primeira mostra o perfil

dos funcionários e a segunda, indica a opinião dos respondentes em diversos

aspectos relacionados à pesquisa.

Depois de recolhidos todos os questionários devidamente preenchidos foi

realizado a tabulação dos dados, montagem dos gráficos e tabelas para a

apresentação dos resultados.

4.6 Objeto de Estudo

O objeto de estudo desta pesquisa é uma operadora de plano de saúde,

que atua prestando assistência neste sentido. A Cooperativa tem ramificações

independentes em todo o Brasil, no entanto, este estudo limitou-se a organização de

Fortaleza.

A organização vem se consolidando cada vez mais no mercado,

aprimorando seu processo de gestão e produzindo planejamentos estratégicos com

foco no cumprimento da missão da empresa: “Oferecer soluções em promoção e

assistência à saúde, fortalecendo o médico cooperado e assegurando a satisfação

dos clientes, com inovação e sustentabilidade”.

A empresa foi fundada em 1978, com a participação de 23 médicos

cooperados, em uma sala do prédio da antiga “Lojas Brasileiras”, no centro da

cidade.

Hoje, 34 anos depois, a empresa conta com a participação de mais de

3.800 médicos cooperados, cerca de 382 mil clientes e uma vasta gama de

Unidades. É composta por 2.668 funcionários, sendo 2.468 administrativos e 200

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66

fazem parte do atendimento ao cliente. A diretoria da empresa é toda composta por

médicos, alguns possuem mais de uma formação, como por exemplo, na área da

administração e marketing.

A organização tem feito investimentos na Gestão de Pessoas, de acordo

com o planejamento estratégico divulgado no final de 2011, a empresa oferece

cursos presenciais, cursos online, oficinas de capacitação, rodas de aprendizagem,

projetos de melhoria no atendimento, projetos para investimento na educação,

projetos de carreira de sucessão, projeto de reconhecimento, dentre outros.

A empresa é envolvida em projetos que envolvem a sociedade e o meio

ambiente, promovendo a saúde, bem-estar e a cidadania, tudo isso envolvendo

diretamente seus stakeholders.

A pesquisadora escolheu esta empresa, por fazer parte da organização e

ter expectativas de contribuir direta ou indiretamente com o desenvolvimento da

mesma.

.

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67

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A pesquisa foi realizada em novembro de 2012, com uma amostra de 131

funcionários. Os dados coletados foram tabulados e são apresentados da seguinte

maneira:

5.1 Características dos Funcionários

Neste ponto será abordado o resultado da primeira parte do questionário,

que visou traçar um perfil dos respondentes.

Tabela 1 – Sexo

Sexo Frequência %

Feminino 70 53

Masculino 61 47

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 1 – Sexo Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O Gráfico 1 referente à variável sexo, mostra que a empresa mantém um

equilíbrio entre os dois gêneros, já que 53% dos funcionários são do sexo feminino,

seguido de 47% do gênero masculino. Nota-se que não há muita diferença nesta

categoria. Este equilíbrio é um lado positivo para a empresa, já que gera mais valor

para o negócio, embora em uma diferença mínima seja possível perceber que a

53%

47%

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68

valorização da mulher no mercado, tem crescido a cada dia, ou seja, as empresas

estão apostando mais no perfil feminino.

Tabela 2 - Faixa Etária Faixa Etária Frequência %

18 a 30 anos 55 42

31 a 40 anos 39 30

41 a 50 anos 31 24

Mais que 61 anos 6 4

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 2 – Faixa Etária Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 2 referente à variável Faixa Etária indica que 42% dos

funcionários estão na faixa etária de 18 a 30 anos, 30% estão na faixa de 31 a 40

anos, enquanto que 24% estão na faixa de 41 a 50 anos e apenas 4% estão na faixa

acima de 61 anos. Observa-se que a empresa é composta em sua maioria por

jovens, e que apesar deste número ser significativamente elevado, não se

desconsidera a faixa dos 31 a 40, tratando-se de pessoas um pouco mais maduras

que compõem em boa proporção o quadro da empresa.

42%

30%

24%

4%

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69

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 3 – Escolaridade Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 3 referente à variável Escolaridade indica que 54% dos

funcionários entrevistados possuem o nível médio completo, enquanto que 32%

possuem o nível superior incompleto, 12% possuem o ensino superior completo, e

somente 2% possuem pós-graduação. Analisando estes resultados, pode-se obervar

que grande parte dos respondentes, ainda possui apenas um nível básico de

estudos, mas que existe um número crescente de funcionários que estão cursando

um nível superior, para tal, supõe-se que seja em busca de melhorias na carreira

profissional.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

54% 32%

12% 2%

Tabela 3 - Escolaridade Escolaridade Frequência %

Ensino Médio Completo 71 54

Superior Incompleto 42 32

Superior Completo 15 12

Pós-graduação 3 2

Total 131 100

Tabela 4 - Tempo de Trabalho na Empresa

Tempo de Empresa Frequência %

Até 01 ano 29 22

De 01 a 05 anos 46 35

De 06 a 15 anos 21 16

De 16 a 25 anos 20 15

Acima de 26 anos 15 12

Total 131 100

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70

Gráfico 4 – Tempo na Empresa Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 4 referente à variável Tempo de Trabalho na Empresa mostra

que 35% dos funcionários possuem de 1 a 5 anos de empresa, 22% possuem até

um ano, 16% possuem de 06 a 15 anos, 15% possuem de 16 a 25 anos, e 12%

possuem acima de 26 anos. Nota-se que grande parte do efetivo é considerado

novo no negócio, mas que há fatias consideráveis caminhando para a consolidação

neste ambiente coorporativo, isto mostra que a empresa conserva seus funcionários

antigos.

Tabela 5 - Fator que atraiu para trabalhar na Empresa

Fator atraente Frequência %

Salário 38 29

Benefícios 19 14

Necessidade de Trabalho 65 50

Outros 9 7

Nenhum 0 0

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 5 – Fator que atraiu para trabalhar na Empresa Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

22%

35% 16%

15%

12%

29%

14% 50%

7%

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71

O gráfico 5 referente à variável Fator que atraiu para trabalhar na

Empresa indica que 50% resolveu trabalhar na organização por necessidade de

trabalho, quanto que 29% assumiu o compromisso pelo salário, 14% pelos

benefícios e 7% por outras razões, não específicas. Observa-se que metade dos

respondentes deu início a este trabalho em função da necessidade vivenciada.

sabe-se que a própria civilização obriga o indivíduo a trabalhar, para que ele

mantenha satisfeito seus desejos e anseios, mas isso não significa que o homem

não sinta prazer em fazê-lo. Para tal, a empresa precisa trabalhar em cima deste

conflito e proporcionar estratégias para que o funcionário sinta que trabalhar não é

apenas uma questão de obrigação, mas sim de realização pessoal.

5.2 Análise da Caracterização do Objetivo da Pesquisa

Neste ponto serão apresentados os resultados obtidos a partir da

tabulação dos dados da parte II do questionário, que tem por objetivo, responder a

problemática e atender aos objetivos gerais e específicos da pesquisa.

Para tal, serão apresentados tabelas e gráficos, tabulados com base na

frequência das respostas. Será exposto também, os referidos em porcentagem, a

fim de que se compreenda melhor os resultados obtidos.

Tabela 6 - Você acredita que as pessoas cumprem as tarefas porque são obrigadas a seguir ordens da chefia?

Tarefas X Cumprimento de Ordens Frequência %

Sim 86 66 Não 21 16 Às vezes 24 18 Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

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72

Gráfico 6 – Tarefas X Cumprimento de Ordens Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 6 referente à variável Tarefas X Cumprimento de Ordens

indica que 66% dos respondentes afirmam que as pessoas realizam as tarefas

porque são obrigadas a seguir ordens da chefia. Enquanto que 16% acreditam que

não, as pessoas fazem as tarefas por vontade própria, e 18% acredita que isso

ocorra às vezes. Observa-se que existe uma espécie de coação, dentro das áreas

pesquisadas e que a maioria não fazem suas obrigações por desejo próprio, sendo

assim, seria interessante que a liderança fizesse uma revisão de como está agindo

com seus funcionários, visto que, imposições geram desmotivação.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 7 – Necessidade de Supervisão Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

66%

16%

18%

44%

23%

33%

Tabela 7 - Você acredita que as pessoas precisam de supervisão, para assim desempenhar suas atividades e alcançar as metas estipuladas?

Necessidade de Supervisão Frequência %

Sim 58 44

Não 30 23

Às vezes 43 33

Total 131 100

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73

O gráfico 7 referente à variável Necessidade de Supervisão, demonstra

que 44% dos funcionários acha necessário a presença de um supervisor para

acompanhar as pessoas, quanto que 23% acha desnecessário e 33% acha que a

supervisão é necessária em algumas situações. Nota-se que os funcionários sentem

necessidade de condução no seu dia-a-dia. É importante que a liderança faça um

acompanhamento periódico com as pessoas e ofereçam suporte nas atividades,

pois assim o funcionário sente que existe uma parceria entre ele e o líder,

acarretando em pontos motivacionais.

Tabela 8 - Você sente que o seu gestor da mais importância para o cumprimento das tarefas do que para os funcionários?

Tarefas x Funcionários Frequência %

Sim 61 47

Não 23 17

Às vezes 47 36

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 8 – Tarefas X Funcionários Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 8 referente à variável Tarefas X Funcionários indica que 47%

dos respondentes acham que o gestor dá mais importância para o cumprimento das

tarefas, do que para o próprio funcionário. Do total 36% acredita que essa

importância só é dada em algumas circunstâncias e 17% acha que o gestor dá mais

importância aos funcionários. Observou-se que a maioria das pessoas acha que não

são percebidas pela gestão, e isso pode acarretar desmotivação a qualquer

momento. Um dos papéis do líder é oferecer subsídios aos funcionários de modo

que se sintam valorizados por seu desempenho e útil para a empresa, no entanto, o

resultado da pesquisa mostra que isto não está sendo realizado.

47%

17%

36%

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74

Gráfico 9 – Liderança e o Cotidiano

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 9 referente à variável Liderança e o Cotidiano demonstra que

41% dos funcionários acredita que a chefia se sai bem com as diversidades de

situações do cotidiano, 33% discordam dos demais, enquanto que 26% acreditam

que essa adaptação da liderança depende das circunstâncias do momento.

Observou-se a importância do chefe nestas relações, considerando a resposta da

maioria dos funcionários notou-se uma demonstração de competência e um bom

conhecimento técnico por parte da liderança.

41%

33%

26%

Tabela 09 - Você acha que sua chefia se adapta bem às diversidades de situações que devem ser resolvidas no cotidiano?

Liderança e o Cotidiano Frequência %

Sim 54 41

Não 43 33

Às vezes 34 26

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

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75

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 10 – Estilo de Liderança X Eficácia do Grupo Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 10 referente à variável Estilo de Liderança X Eficácia do Grupo

indica que 69% dos respondentes acreditam que a eficácia do grupo depende sim

do estilo da liderança e a situação exposta, quanto que 26% discordam desta ideia,

5% acredita que isso acontece às vezes. Nota-se que os funcionários necessitam

da participação do líder nas ocorrências do cotidiano, este envolvimento é

considerado de extrema importância para o bom andamento das atividades.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

69%

26%

5%

Tabela 10 - Você acredita que a eficácia do desempenho do grupo, depende da adequação entre o estilo da liderança e a situação exposta?

Estilo de Liderança X Eficácia do Grupo Frequência %

Sim 91 69 Não 34 26 Às vezes 6 5 Total 131 100

Tabela 11- Você se sente disposto (a) a realizar suas tarefas?

Disposição para as Tarefas Frequência %

Sim 75 57 Não 22 17 Às vezes 34 26 Total 131 100

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76

Gráfico 11 – Disposição para as Tarefas Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 11 referente à variável Disposição para as Tarefas indica que

57% dos respondentes estão dispostos a realizar suas atividades, 26%, sentem

essa disposição às vezes, e 17% não se sentem dispostos. Logo, é perceptível que

a maioria possui comprometimento e dedicação com o trabalho desenvolvido.

Portanto, sugere-se que a liderança promova ações adicionais que proporcione

conforto à equipe, no intuito de manter a satisfação dos funcionários.

Tabela 12 - Seu líder lhe orienta em relação as suas metas?

Orientação para as Metas Frequência %

Sim 27 21

Não 85 65

As vezes 19 14

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 12 – Orientação para as metas Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

57%

17%

26%

21%

65%

14%

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77

O gráfico 12 referente à variável Orientação para as metas indica que

65% dos respondentes não recebem orientação sobre as suas metas, 21% afirma

que recebe seguido de 14% que informa que as orientações acontecem às vezes.

Observou-se que os funcionários não se sentem seguros com relação aos seus

objetivos, pois não há comunicação fluente entre líder e liderado e não há orientação

para a realização de trabalhos com qualidade. Sugere-se que a gestão promova

encontros para definir as estratégias do grupo, bem como, repassar as metas

individuais.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 13 – Confiança no líder Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 13 referente à variável Confiança no líder indica que 50% dos

funcionários não confiam no seu líder, seguido de 31% que demonstram confiar na

liderança, e 19% diz confiar, às vezes. Percebe-se que metade do grupo não confia

no líder, e isto de fato, acarreta desmotivação. A relação entre o líder e o liderado

necessita de uma fonte de relação segura, à medida que o funcionário não se sente

confortável com o líder, a produção tende a cair. A gestão da empresa precisa

fortificar seus relacionamentos, isto quer dizer que ela precisa se fazer presente no

31%

50%

19%

Tabela 13 - Seu líder transparece confiança?

Confiança no Líder Frequência %

Sim 41 31

Não 65 50

Às vezes 25 19

Total 131 100

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78

dia-a-dia das pessoas, mostrar transparência em suas ações, abrir espaço para

sugestões, enfim manter uma boa comunicação.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 14 – Liderança X Motivação Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 14 referente à variável Liderança X Motivação indica que 79%

dos respondentes acham que o líder não cria situações para motivar seus liderados.

Seguido de 14% o qual desenvolve sim, determinadas situações para elevar a

motivação e 7% dos funcionários acreditam que o estímulo ocorra, às vezes. Esta é

uma das perguntas considerada fundamental para a pesquisa, pois se pode

observar que esta situação gera um nível de desmotivação elevadíssimo,

acarretando em perdas para a empresa. Motivar funcionários é uma tarefa árdua,

requer muito empenho por parte da gestão, é preciso ouvir o funcionário, elaborar

planos de ação para melhorias, proporcionar participação dos funcionários nas

14%

79%

7%

Tabela 14 - Você acha que o seu líder cria situações para motivar seus funcionários?

Liderança X Motivação Frequência %

Sim 18 14

Não 104 79

As vezes 9 7

Total 131 100

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ações estratégicas, aplicar feedbacks, promover reconhecimentos, enfim, a

motivação reúne uma série de atividades que precisam ser aplicadas.

Tabela 15 - Você se sente valorizado(a) por sua empresa?

Valorização Frequência %

Sim 36 27

Não 85 65

Às vezes 10 8

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 15 – Valorização Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 15 referente à variável Valorização exibe que 65% dos

funcionários da empresa pesquisada sentem desvalorizados. Seguidos por 27%,

que dizem se sentir valorizados e 8%, diz que sente essa valorização, algumas

vezes. Observa-se que o clima organizacional, tende a piorar com as circunstâncias

vivenciadas. Os funcionários já não sentem valorização da empresa, e isso acarreta

queda no desempenho, levando a improdutividade no trabalho. A gestão precisa

demonstrar confiança nas atividades desempenhadas pelo funcionário, promover

campanhas de incentivo ao reconhecimento, pois, assim, o funcionário sentirá o

prestígio que tem na empresa, elevando sua autoestima.

27%

65%

8%

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80

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 16 – Oportunidades Internas Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

O gráfico 16 referente à variável Oportunidades Internas informa que

62% dos funcionários, dizem não haver oportunidades para crescimento profissional,

seguido de 23% que percebem essas oportunidades, às vezes. E 15%, afirma que

as oportunidades existem. Pôde-se perceber que o nível de oportunidades internas é

o mínimo possível, não oferecendo efeito satisfatório aos funcionários, o que gera

desmotivação no ambiente de trabalho. Neste caso, o papel da liderança é analisar

as atribuições de cada um, bem como, os diferenciais competitivos, como por

exemplo, a busca pela qualificação profissional. E a partir da análise, oferecer

oportunidades para engajamento dentro da organização, pois, neste caso, há

ganhos para ambas as partes.

Tabela 17- As condições físicas do ambiente de trabalho são adequadas e satisfatórias?

Satisfação do Ambiente Frequência %

Sim 88 67

Não 25 19

Às vezes 18 14

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

15%

62%

23%

Tabela 16 – A empresa oferece oportunidades para o crescimento profissional?

Oportunidades Internas Frequência %

Sim 20 15

Não 81 62

Às vezes 30 23

Total 131 100

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81

Gráfico 17 – Satisfação do Ambiente

Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

O gráfico 17 referente à variável Satisfação do Ambiente indica que 67%

dos respondentes acham as condições físicas do ambiente de trabalho, adequadas

e satisfatórias. Enquanto que 19% não concordam, e 14% acham que o ambiente

satisfaz algumas vezes. Para tal, neste ponto, a empresa se saiu bem na percepção

dos funcionários, que em sua maioria relacionaram positivamente o ambiente da

empresa. Mas será que apenas um bom ambiente é suficiente para manter a equipe

motivada? Neste caso, o ideal seria que a gestão fizesse uma análise de todos os

elementos que envolvem a satisfação dos funcionários, a fim de proporcionar

melhorias.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 18 – Adequação Salarial Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

67%

19%

14%

18%

82%

0%

Tabela 18 - O salário é adequado à responsabilidade e importância das atividades?

Adequação Salarial Frequência %

Sim 24 18

Não 107 82

Às vezes 0 0

Total 131 100

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82

O gráfico 18 referente à variável Adequação Salarial indica que 82% dos

respondentes acham que os salários não estão adequados às responsabilidades do

cotidiano, seguido por 18%, que acham que o salário está adequado às atribuições.

Notou-se que grande parte dos funcionários não está satisfeita com o salário que

ganha, por estar em desacordo com as tarefas e obrigações que cumprem. A gestão

precisa realizar um estudo sobre as reais condições financeiras ofertadas aos seus

funcionários, verificar qual o grau das atividades desempenhadas e analisar se a

renda está dentro dos padrões oferecidos pelos concorrentes, e em cima da média,

oferecer um diferencial, pois assim, a empresa de certa forma consegue criar uma

situação de conforto para o funcionário.

Tabela 19 - Você se sente preparado(a) para assumir maiores responsabilidades?

Admissão de Responsabilidades Frequência %

Sim 118 90

Não 6 5

Às vezes 7 5

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

Gráfico 19 – Admissão de Responsabilidades Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

O gráfico 19 referente à variável Admissão de Responsabilidades exibe

que 90% dos funcionários sentem-se preparados para assumir maiores

90%

5% 5%

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responsabilidades, seguido por 5% que não se sentem preparados e 5% que

afirmam ter essa sensação algumas vezes. Percebe-se que as pessoas sentem

necessidade de estimular o aprendizado e vivenciar novas experiências. Neste caso,

o gestor precisa rever as atividades dos funcionários e proporcionar confiança para

elevar o nível da equipe em seus papéis desenvolvidos.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 20 – Aplicação de Feedback Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

O gráfico 20 referente à variável aplicação de feedbacks indica que 59%

dos funcionários dizem não receber feedbacks constantes de sua liderança.

Enquanto que 21% afirmam receber e 20% dizem receber às vezes. A aplicação de

feedback é uma ferramenta essencial para uma boa relação entre líder e liderado, se

isso não ocorre constantemente, há risco de ocorrer o desenvolvimento da

desmotivação nos liderados. Neste caso, a liderança precisa rever seus conceitos,

pois é através da estratégia de aplicação de feedback que se alinham os objetivos

21%

59%

20%

Tabela 20 - A sua liderança aplica feedbacks constantemente?

Aplicação de Feedback Frequência %

Sim 28 21

Não 77 59

Às vezes 26 20

Total 131 100

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da empresa, corrigem-se conflitos e problemas existentes, desenvolve-se

crescimento e autoconhecimento. Além do mais, o feedback é uma rica fonte de

desenvolvimento profissional, o que contribuirá para ambas as partes.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 21 – Padronização de Salários Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

O gráfico 21 referente à variável Padronização de Salários exibe que

47% dos funcionários acham que os salários não são padronizados para todos que

exercem as mesmas funções, quanto que 28% acham que sim, os salários são

padronizados, seguidos de 25%, que acham que a igualdade só ocorre às vezes.

Nota-se aqui, algo relacionado à teoria da equidade, onde os colegas fazem

comparativos, principalmente salariais com outros colegas, ocasionando a busca

pela justiça, sendo movidos pelo esforço ou não. A liderança neste caso precisa

montar um estudo sobre as faixas salariais, e avaliar se há ou não desigualdades,

seja ela qual for, precisa ser corrigida. Neste momento, o líder precisa ser

transparente com sua equipe, se A ganha mais do que B e ambos fazem as mesmas

28%

47%

25%

Tabela 21 - A sua empresa oferece salários padrões para funcionários que desenvolvem a mesma atividade?

Padronização de Salários Frequência %

Sim 37 28

Não 62 47

Às vezes 32 25

Total 131 100

Page 86: CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE … · O estudo apresenta as principais teorias da liderança e motivação e como elas se relacionam na gestão motivacional. A realização

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atividades, a gestão precisa esclarecer o motivo desta diferenciação, do contrário,

ganhará uma equipe sem confiança e desmotivada.

Tabela 22 - Os benefícios oferecidos pela empresa são satisfatórios?

Benefícios Ofertados Frequência %

Sim 48 37

Não 53 40

Às vezes 30 23

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 22 – Benefícios Ofertados Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

O gráfico 22 referente à variável Benefícios Ofertados demonstra que

40% dos respondentes acham que os benefícios não são satisfatórios, enquanto

37%, discordam e afirmam que os benefícios são satisfatórios e 23%, acha que

satisfazem, às vezes. É possível notar que os números entre a satisfação e a

insatisfação, são bastante aproximados, ou seja, a empresa necessita ofertar

determinados benefícios para que ela possa se diferenciar das demais

organizações. Além do mais, os benefícios são considerados por muitos funcionários

como forma de gratificações pelo serviço prestado.

37%

40%

23%

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86

Tabela 23 - Você acha que a liderança influência na motivação dos funcionários?

A Influência do Líder na Motivação Frequência %

Sim 104 79

Não 10 8

Às vezes 17 13

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 23 – A influência do Líder na Motivação Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

O gráfico 23 referente à variável A influência do Líder na Motivação

indica que 79% dos funcionários acreditam que o líder tem influência na motivação

dos liderados, enquanto 13% acredita que esta influência ocorre, às vezes, seguido

por 8% que acham que ambos não tem relação alguma. Sem dúvidas esta é a

pergunta chave do questionário, ela busca explorar mais ainda o desejo de

aprofundar o estudo. Neste sentido, notou-se pelas respostas dos questionários, que

as pessoas precisam ser lideradas por alguém e que esta influência poderá

contribuir para a motivação delas. Sabendo disso, a gestão precisa trabalhar sua

arte, e trazer à tona todos os extintos e aprendizados da liderança, para que assim,

haja contribuição do líder na vida do funcionário.

79%

8%

13%

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87

Tabela 24 - Marque 03 traços que você acredita ser essencial para a liderança:

Traços da Liderança Frequência %

Iniciativa nas relações pessoais 35 27

Autoconfiança e Automotivação 22 17

Inteligência e Conhecimento Técnico 20 15

Boa comunicação 12 9

Flexibilidade 30 23

Criatividade e Organização 12 9

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 24 – Traços da Liderança Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

No gráfico 24 referente à variável Traços da Liderança foram

perguntados quais seriam os 03 traços essenciais à liderança. A Iniciativa nas

Relações Pessoais atingiu 27%; A Flexibilidade chegou a 23% e a Autoconfiança e

Automotivação indicaram 17%. Em posse dessas informações, é possível verificar

que existem características básicas em um líder, e estas certamente provocarão nos

funcionários um sentimento positivo, relacionado estreitamente com a motivação dos

mesmos. Neste caso, a gestão precisa rever quais traços estão sendo utilizados

pelos líderes e quais não estão tendo rendimento. Saber se moldar as variações do

cotidiano é essencial para o rendimento de um líder.

27%

17%

15%

9%

23%

9%

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88

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 25 – Decisões do setor Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

No gráfico 25 referente à variável Decisões do Setor questionou-se

como seriam tomadas as decisões do setor. Para tal 51% dos respondentes afirmam

que a chefia toma a decisão e anuncia, 29% dos funcionários indicam que a chefia

apresenta uma tentativa de decisão sujeita a mudanças; 18% informam que a chefia

apresenta um problema, obtém sugestões e toma a decisão e 2% diz que a chefia

define limites e pede ao grupo para tomar a decisão. Diante destas respostas

identificou-se que há presença de um líder autocrático, um líder participativo e um

terceiro tipo de líder, o liberal. Os líderes desta empresa devem trabalhar para que

os mais variados tipos de líder venham a agir de forma saudável entre si. O ideal

seria que cada líder tivesse um pouco de cada estilo apresentado nas teorias, para

que, assim, pudesse desenvolver uma liderança personalizada para os seus

funcionários, outro ponto seria rever as autonomias dos funcionários, pois, isso

também seria uma forma de proporcionar motivação aos mesmos.

51%

29%

18% 2%

Tabela 25 - Como são tomadas as decisões de impacto ao Setor?

Decisões do Setor Frequência %

A chefia toma a decisão e anuncia 66 51

A chefia "vende" a decisão 0 0

A chefia apresenta um tentativa de decisão sujeita à mudanças 38 29

A chefia apresenta um problema, obtém sugestões e toma a decisão 24 18

A chefia define limites; pede ao grupo para tomar decisões 3 2

Total 131 100

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89

Tabela 26 - Numa escala de 1 a 9, como você pontua seu relacionamento com a liderança? Sendo 1 o relacionamento mais empobrecido e 9 o melhor possível.

Relacionamento com a Liderança Frequência %

Nota 1 4 3

Nota 2 5 4

Nota 3 9 7

Nota 4 1 1

Nota 5 4 3

Nota 6 27 21

Nota 7 44 33

Nota 8 21 16

Nota 9 16 12

Total 131 100

Fonte: Pesquisa de Campo, 2012.

Gráfico 26 – Relacionamento com a Liderança Fonte: Pesquisa de campo, 2012.

O gráfico 26 referente à variável Relacionamento com a Liderança,

indagou como seria a pontuação do relacionamento do liderado com a sua liderança.

Para tal, a maioria dos respondentes 33% escolheram a nota sete 7, seguidos por

21% que escolheram a nota seis 6 e 16% escolheram a nota oito 8. Considerando o

nível das respostas, observa-se que os relacionamentos se mantêm em uma média

normal. O ideal seria que o líder trabalhasse mais a questão desses

relacionamentos, já que a população da nota seis é maior do que a nota oito.

Existem as mais variadas formas de se estreitar relacionamentos, com certeza, a

liderança encontrará algum com a qual se identifique. Afinal, bons relacionamentos

resultam em contribuições para a motivação dos funcionários.

3% 4% 7%

1% 3%

21%

33%

16%

12%

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na busca pelo êxito, as empresas estão cada vez mais dispostas a correr

em busca de suas metas. Para isso, a organização precisa fazer alguns

investimentos, como por exemplo, investir em gestão de pessoas. Isto implica dizer,

que além de moldar seus gestores, a empresa precisa motivar seus funcionários.

Sabe-se que o exercício da liderança é uma atividade vital para o bom

andamento da organização, assim como a eficácia da produtividade das pessoas

que compõem a empresa. Ambos trabalhando em conjunto fortificam a marca e

promovem o sucesso organizacional.

Para haver uma boa liderança, entende-se que é necessária a prática de

um conjunto de atitudes. Para motivar outra pessoa, é preciso que esta liderança

use suas atitudes a favor da adequação com cada ser humano, pois estes vivem em

um mundo de culturas distintas onde cada pessoa tem uma necessidade e reação

diferenciada do outro.

Com este estudo, pode-se considerar que não existem fórmulas prontas

para motivar as pessoas, são todos diferentes e não há como moldar o

comportamento das pessoas, para que vivam em função de um único objetivo.

Motivar as equipes para que alcancem as metas, sentindo prazer pelo que fazem, é

algo que requer habilidade e estímulo, cabendo este feito ao papel da liderança.

Para tal, é necessário que o próprio líder esteja se sentindo motivado, do contrário a

possibilidade de alcançar o triunfo torna-se reduzida.

A resposta do problema em questão induz que a ação da liderança tem

forte influência na motivação dos liderados, e os fatores suscitados por ela podem

contribuir tanto positivamente como negativamente, visto que, pequenas atitudes

tomadas pelos líderes agem significativamente sobre o desempenho do funcionário.

Logo, todas as ações como, o suprimento das necessidades básicas, o suporte da

supervisão, o reconhecimento, a confiança, as oportunidades de crescimento

profissional, a aplicação de feedbacks, a autonomia nas decisões, as melhorias dos

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benefícios, a igualdade salarial, a comunicação, dentre outros, são fatores

essenciais à motivação.

O objetivo deste trabalho foi averiguar, de que forma os fatores suscitados

pela ação da liderança contribuem na motivação dos funcionários. Além de cooperar

para a empresa nos assuntos relacionados à gestão, de modo que, a área de

Recursos Humanos tome providências cabíveis sobre o assunto.

Em relação ao objetivo geral, de acordo com os dados coletados, os

elementos contribuintes para a motivação são: a Iniciativa da liderança nas relações

pessoais, a flexibilidade da gestão, a automotivação e autoconfiança do líder, o

conhecimento que a liderança possui para resolver situações conflitantes e as

condições físicas oferecidas pela empresa que são reforçadas pela manutenção da

gestão.

Quanto aos objetivos específicos, compreende-se que a liderança é um

fator de extrema importância no que diz respeito à motivação das pessoas, pois

através de sua influência, os funcionários tendem a seguir um único objetivo. Com

base em suas habilidades, a liderança visa estimular e extrair o melhor das pessoas,

trabalhando para isso, com a satisfação das necessidades do indivíduo, confiança,

criatividade, enfim, com a construção de relacionamentos.

Identificaram-se também os principais fatores de investimentos da

cooperativa, no intuito de motivar seus funcionários, seriam então os cursos

ofertados (online e presencial), oficinas de capacitação, variados projetos de

melhoria (investimento na educação, carreira de sucessão, reconhecimento do

indivíduo), dentre outros.

No entanto, observou-se que existe um paralelo, entre o que a empresa

oferta e o que realmente o funcionário desfruta. É preciso que a gestão apure, se

estes investimentos estão sendo suficientes para a motivação de seus funcionários,

e se existem outras propostas a serem trabalhadas, para que não se limitem a

ofertar algo que não seja acessível a todos.

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Quanto ao estilo de liderança, foi possível identificar que os funcionários

estão insatisfeitos com ele. Em sua maior parte, as pessoas transpareceram no

questionário que se sentem coagidas com as imposições da liderança. As pessoas

não se sentem valorizadas por seu desempenho, não confiam no seu líder, não

recebem oportunidades de crescimento ou de novos desafios, têm seus salários em

desacordo com as responsabilidades, não recebem avaliações sobre o trabalho

desempenhado, não têm liberdade de participar de decisões importantes para o

setor. Enfim, percebe-se a existência de um líder autocrático que precisa

consideravelmente rever seus conceitos, ou não conseguirá motivar sua equipe.

Uma das principais dificuldades enfrentadas na pesquisa foi o acesso aos

respondentes, muitos deles não tinham disponibilidade de tempo pra responder ao

questionário, o que se tornou um tanto trabalhoso conseguir a participação da

porcentagem referida. Outro ponto foi o acesso a obras antigas, para o referencial

teórico, obrigando a pesquisadora a utilizar alguns apuds ao longo do estudo.

Sugere-se que esta pesquisa seja aproveitada para trabalhos futuros,

realizando ajustes, de modo que, desta vez possa investigar os gestores, no intuito

de avaliar a sua percepção sobre a própria liderança e quais fatores são utilizados

para estimular a motivação dos seus liderados. E a partir dos resultados, avaliar as

convergências de informações. Afinal, o aprimoramento do conhecimento é infinito.

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93

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APÊNDICE A

Pré-Teste

FACULDADE CEARENSE

Prezado (a) funcionário (a),

Este questionário servirá de base para o trabalho acadêmico que tem

como objetivo analisar quais fatores ocasionados pela ação da liderança tem maior

contribuição na motivação dos liderados.

Sua colaboração é importante na realização desta pesquisa. Não é

necessária sua identificação pessoal, todas as informações são de caráter

extremamente sigiloso.

Agradeço desde já sua participação.

Concludente do Curso de Administração da Faculdade Cearense, Mayara

Gomes Clemente.

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PARTE I – Características dos Funcionários

1. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 2. Idade: ( ) 18 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) Mais que 61 anos 3. Escolaridade: ( ) Ensino Médio ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo ( ) Pós-graduação ( ) Outros:____________ 4. Estado Civil e Filhos ( ) Solteiro sem filho(s) ( ) Solteiro com filho(s) ( ) Casado sem filho(s) ( ) Casado com filho(s) ( ) Separado sem filho(s) ( ) separado com filho(s) 5. Tempo na Empresa ( ) Até 01 ano ( ) de 01 a 02 anos ( ) de 02 a 05 anos ( ) de 05 a 10 anos ( ) Acima de 10 anos 6. Função Desempenhada ( ) Médico Auditor ( ) Diretor ( ) Gerente ( ) Coordenador ( ) Supervisor ( ) Assistente ( ) Auxiliar 7. Salário ( ) Entre R$ 400,00 e R$ 700,00 ( ) Entre R$ 701,00 e R$ 1.000,00 ( ) Entre R$ 1.001,00 e R$ 1.500,00 ( ) Entre R$1.501,00 e R$ 2.000,00 ( ) Acima de R$2.000,00 8. Fator que atraiu para trabalhar nesta empresa?

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( ) Salário ( ) Benefícios ( ) Necessidade de Trabalho ( ) Outros ( ) Nenhum PARTE II – Questionário com os Funcionários 9. Você acredita que as pessoas cumprem as tarefas porque são obrigadas a seguir ordens da chefia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 10. Marque 03 traços que você acredita ser essencial para a liderança: ( ) Determinação ( ) Iniciativa nas relações Pessoais ( ) Desejo de Liderar ( ) Autoconfiança e Automotivação ( ) Ambição e Energia ( ) Honestidade e Integridade ( ) Inteligência e Conhecimento técnico ( ) Boa comunicação ( ) Flexibilidade ( ) Criatividade e Organização 11. Como são tomadas decisões de impacto ao Setor: ( ) A chefia toma a decisão e anuncia ( ) A chefia “vende” a decisão. ( ) A chefia apresenta as ideias e convida ao questionamento. ( ) A chefia apresenta uma tentativa de decisão sujeita a mudanças. ( ) A chefia apresenta um problema, obtém sugestões e toma a decisão. ( ) A chefia define limites; pede ao grupo para tomar decisões. ( ) A chefia permite aos subordinados funcionarem dentro dos limites definido pelo superior 12. Você acredita que as pessoas precisam de supervisão, para assim desempenhar suas atividades e alcançar as metas estipuladas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 13. Você sente que o seu gestor dá mais importância para o cumprimento das tarefas do que para os funcionários? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 14. Numa escala de 1 a 9, como você pontua seu relacionamento com a liderança? Sendo 1 o relacionamento mais empobrecido e 9 o melhor possível. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 15. Numa escala de 1 a 9, como você se relaciona com as suas tarefas? Sendo 1 a relação mais complicada e 9 a melhor possível.

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 16. Você acha que sua chefia se adapta bem as diversidades de situações que devem ser resolvidas no cotidiano? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 17. Você acredita que a eficácia do desempenho do grupo, depende da adequação entre o estilo da liderança e a situação exposta? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 18. Você confia na execução das suas tarefas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 19. Você se sente disposto (a) a realizar suas tarefas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 20. Seu líder lhe orienta em relação as suas metas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 21. Seu líder transparece confiança? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 22. Você acha que o seu líder cria situações para motivar seus funcionários? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 23. Você se sente valorizado pela empresa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 24. A empresa oferece oportunidades para o crescimento profissional? ( ) Sim ( )Não ( )Ás vezes 25. Por ordem de relevância, enumere suas necessidades que precisam de satisfação. Sendo 1 menos importante e 5 mais importante. ( ) Autorrealização (ser o melhor que pode ser) ( ) Autoestima (Autoconfiança e prestígio) ( ) Necessidades Sociais ( Participação na sociedade, Relação de afeto, amor, amizade, entre outros) ( ) Necessidades de Segurança (Contra doenças, desemprego, ameaças, entre outros) ( ) Necessidades Fisiológicas (Alimentação, repouso, sono, abrigo, desejos sexuais, entre outros) 26. As condições físicas do ambiente de trabalho são adequadas e satisfatórias? ( ) Sim ( ) Não ( )Ás vezes

27. O salário é adequado à responsabilidade e importância das atividades? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes 28. Você se sente preparado (a) para assumir maiores responsabilidades? ( ) Sim ( ) Não ( ) Ás vezes

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29. As orientações dadas sobre o desenvolvimento de suas atividades são claras e objetivas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 30. Você considera suas atividades importantes para o andamento do Setor? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 31. A sua liderança aplica feedbacks constantemente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 32. Existe respeito mútuo entre os colegas dentro da empresa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 33. A sua empresa oferece salários padrões para funcionários que desenvolvem a mesma atividade? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 34. Você acha que a chefia oferece bons exemplos aos funcionários? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 35. Você gostaria de ser promovido (a)? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 36. Os benefícios oferecidos pela empresa são satisfatórios? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 37. Você acha que a liderança influência na motivação dos funcionários? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

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APÊNDICE B

Questionário Aplicado

FACULDADE CEARENSE

Prezado (a) funcionário (a),

Este questionário servirá de base para o trabalho acadêmico que tem

como objetivo analisar quais fatores ocasionados pela ação da liderança tem maior

contribuição na motivação dos liderados.

Sua colaboração é importante na realização desta pesquisa. Não é

necessária sua identificação pessoal, todas as informações são de caráter

extremamente sigiloso.

Agradeço desde já sua participação.

Concludente do Curso de Administração da Faculdade Cearense, Mayara

Gomes Clemente.

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PARTE I - CARACTERÍSTICAS DOS FUNCIONÁRIOS

1 Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

2 Faixa Etária: ( ) 18 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) Mais que 61 anos

3 Escolaridade: ( ) Ensino Médio ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo ( ) Pós-Graduação

4 Tempo de Empresa: ( ) Até 01 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 06 a 15 anos ( ) De 16 a 25 anos ( ) Mais de 26 anos

5 Fator que atraiu para trabalhar nesta empresa: ( ) Salário ( ) Benefícios ( ) Necessidade de Trabalho ( ) Outros _______________ ( ) Nenhum

PARTE II – QUESTIONÁRIO COM OS AVALIADOS

As perguntas abaixo apresentam respostas numa escala de valores com os seguintes

significados: SIM (1); Não (2); ÀS VEZES (3). Aponte suas respostas de acordo com as

variáveis abaixo:

Questionário com os Avaliados

6 Você acredita que as pessoas cumprem as tarefas porque são obrigadas a seguir ordens da chefia?

1 2 3

7 Você acredita que as pessoas precisam de supervisão, para assim desempenhar suas atividades e alcançar as metas estipuladas?

1 2 3

8 Você sente que o seu gestor dá mais importância para o cumprimento das tarefas do que para os funcionários?

1 2 3

9 Você acha que sua chefia se adapta bem às diversidades de situações que devem ser resolvidas no cotidiano?

1 2 3

10 Você acredita que a eficácia do desempenho do grupo, depende da adequação entre o estilo da liderança e a situação exposta?

1 2 3

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Obrigada pela participação,

Mayara Gomes Clemente.

11 Você se sente disposto (a) a realizar suas tarefas? 1 2 3

12 Seu líder lhe orienta em relação as suas metas? 1 2 3

13 Seu líder transparece confiança? 1 2 3

14 Você acha que o seu líder cria situações para motivar seus funcionários?

1 2 3

15 Você se sente valorizado(a) pela empresa? 1 2 3

16 A empresa oferece oportunidades para o crescimento profissional? 1 2 3

17 As condições físicas do ambiente de trabalho são adequadas e satisfatórias?

1 2 3

18 O salário é adequado à responsabilidade e importância das atividades?

1 2 3

19 Você se sente preparado (a) para assumir maiores responsabilidades?

1 2 3

20 A sua liderança aplica feedbacks constantemente? 1 2 3

21 A sua empresa oferece salários padrões para funcionários que desenvolvem a mesma atividade?

1 2 3

22 Os benefícios oferecidos pela empresa são satisfatórios? 1 2 3

23 Você acha que a liderança influência na motivação dos funcionários? 1 2 3

24

Marque 03 traços que você acredita ser essencial para a liderança: ( ) Iniciativa nas relações pessoais ( ) Autoconfiança e automotivação ( ) Inteligência e conhecimento técnico ( ) Boa comunicação ( ) Flexibilidade ( ) Criatividade e organização

25

Como são tomadas as decisões de impacto ao setor? ( ) A chefia toma a decisão e anuncia ( ) A chefia “vende” a decisão ( ) A chefia apresenta uma tentativa de decisão sujeita a mudanças ( ) A chefia apresenta um problema, obtém sugestões e toma a decisão ( ) A chefia define limites; pede ao grupo para tomar decisões

26. Numa escala de 1 a 9, como você pontua seu relacionamento com a liderança? 1 2 3 4 5 6 7 8 9